resumo do regulamento geral da marca“parques
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resumo do regulamento geral da marca“parques
Designação do Projeto: Parques Com Vida Pedido de Financiamento: 2004/EQUAL/A2/AD/275 Produto desenvolvido no âmbito da Atividade 1. Criação de Marca Coletiva RESUMO DO REGULAMENTO GERAL DA MARCA“PARQUES COM VIDA” NOTA PRÉVIA Objetivos e organização do documento O presente resumo do Regulamento Geral da Marca Parques Com Vida estabelece as regras para a concessão, manutenção e renovação do Certificado de Aderente à Marca Parques Com Vida (adiante PCV). O Certificado de Aderente PARQUES COM VIDA (adiante Certificado) que se outorga a um serviço determinado, é um certificado de conformidade com as especificações estabelecidas pela Associação Parques Com Vida (adiante APCV) conforme o Compromisso da Marca. Entende-se que os serviços aos quais tenham sido outorgados os Certificados, os mesmos, serão objeto das avaliações e controlos descritos no presente regulamento. Assim sendo, o Regulamento é o documento de referência para todos os agentes que de alguma forma interagem com a Marca, em especial a entidade gestora, Associação Parques Com Vida. Em tudo omisso, caberá à APCV decidir em concordância com o seu interesse e da Marca, tendo já previsto estatutariamente o “Conselho da Marca”, o qual a solicitação da Direção se assumirá como o órgão privilegiado para a emissão de pareceres. De acordo com as vertentes abordadas, o presente resumo do Regulamento encontra-se estruturado em sete capítulos: CAPÍTULO I – A Marca PCV: O enquadramento legal e a Entidade Gestora; génese e objetivos, necessidades e problemas a que responde, princípios orientadores; destinatários da Marca; CAPÍTULO II – Os Territórios PCV: Localização e caracterização do território de abrangência da Marca PCV; CAPÍTULO III – Identidade da Marca; CAPÍTULO IV – Suportes e Simbologia a atribuir aos Agentes Económicos: Explicita o conjunto de evidências que deverão constar nos agentes económicos que fazem uso da Marca, nomeadamente, Placa Identificativa, Certificado de Aderente e Montra Parques Com Vida; CAPÍTULO V – Processo de Adesão e Controlo dos agentes Económicos: Descreve-se todo o processo de adesão à Marca por parte dos Agentes Económicos, bem como o sistema de controlo a levar a cabo pela APCV; CAPÍTULO VI – Compromisso PCV/Agentes Económicos: Por tipologia de serviços (Alojamento, Restauração, Pontos de Venda ao Público, Animação Turística), são enumeradas as regras a cumprir pelos agentes económicos; CAPÍTULO VII – Processo de Adesão dos Agentes Institucionais: São descritos os princípios subjacentes ao Programa a assumir pelas instituições aderentes à Associação Parques Com Vida. GLOSSÁRIO – São definidos termos utilizados ao longo do Regulamento. ANEXOS CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO ÍNDICE CAPITULO I. A Marca Parques Com Vida 1. Enquadramento legal e Príncipios Orientadores da Marca PCV 2. Destinatários da Marca 2.1. Alojamento 2.2. Restauração 2.3. Pontos de Venda ao Público 2.4. Animação Turística CAPITULO II. Os Territórios Parques Com Vida 1. Território de Agrangência da Marca PCV 2. Breve Caracterização do Território CAPITULO III. Identidade da Marca CAPITULO IV. Suportes e Simbologia a atribuir aos Agentes Económicos 1. Placa identificativa (exterior) 2. Certificado de Aderente PCV 3. Montra PCV 4. Inquérito de satisfação CAPITULO V. Processo de Adesão e Controlo dos Agentes Económicos 1. Candidatura 2. Avaliação do processo de Candidatura 3. Atribuição da Marca PCV 4. Auditorias Intercalares 5. Renovação da Outorga da Marca PCV, Revisões e Alterações 6. Reprovação na admissão à Marca 7. Exclusão da Marca PCV CAPITULO VI. Compromisso PCV/Agentes Económicos A. Requisitos de Adesão - Alojamento B. Requisitos de Adesão - Restauração C. Requisitos de Adesão - Pontos de Venda D. Requisitos de Adesão - Animação Turística E. Programa de Melhoria CAPITULO VII. Processo de Adesão dos Agentes Institucionais GLOSSÁRIO 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 12 13 13 13 13 13 14 14 14 14 15 15 15 15 16 17 20 23 26 30 31 32 ANEXOS Documentos Setoriais Formulários 33 34 50 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO Território do Parque Natural de Montesinho (PNM) Território do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) Território do Parque Natural do Alvão (PNAL) Território do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) 65 66 73 84 91 CAPÍTULOS CAPÍTULOS I - VII GLOSSÁRIO 7 CAPÍTULO I – A MARCA PCV 1. Enquadramento Legal e Princípios Orientadores da Marca PCV O Projeto PARQUES COM VIDA iniciou-se em janeiro de 2005 e foi objetivo basilar do mesmo a promoção e divulgação dos territórios dos quatro Parques (Parque Natural de Montesinho, Parque Natural do Douro Internacional, Parque Natural do Alvão e Parque Nacional da Peneda-Gerês), através da constituição de uma Marca Coletiva a atribuir à restauração, alojamento, animação turística ou ambiental e pontos de venda ao público, em volta de uma estratégia comum de valorização dos territórios, fomentando pontes concretas de cooperação entre estes setores com vista à valorização e ao escoamento dos produtos locais. O Parques Com Vida representou a oportunidade de “sentar à mesma mesa”, em sessões de trabalho, envolvendo, comprometendo, auscultando e corresponsabilizando empresários, Câmaras Municipais, administração dos Parques, Regiões de Turismo, Associações de Desenvolvimento Local (ADL`s) artesãos e outros agentes, debatendo estratégias, identificando e descobrindo sinergias e complementaridades na otimização turística dos recursos endógenos dos territórios. A Marca “Parques Com Vida” (adiante PCV) é uma Marca coletiva de associação. Para efeitos de gestão da Marca PCV foi constituída a Associação Parques Com Vida (adiante APCV), sem fins lucrativos, tendo por base constitutiva o conjunto de entidades parceiras do Projeto Parques Com Vida, cujos estatutos se anexam. São ainda entidades passíveis de integrar esta Associação todas as entidades públicas e privadas que desenvolvem atividades conexas com a Marca nos territórios PCV. Obrigatoriamente todos os aderentes à Marca PCV serão associados da APCV. Com a Marca “PARQUES COM VIDA” pretende-se que os empresários e outros atores locais, através da discriminação positiva de serviços de qualidade, capitalizem as mais valias associadas à visibilidade turística do Parque onde se inserem. Por outro lado, a Marca constitui-se como uma rede que explora e concretiza as complementaridades entre os diversos serviços prestados por forma à sua otimização enquanto recurso turístico. Fundamentalmente, a constituição desta Marca Coletiva deverá assumir-se como um instrumento de agregação, organização e promoção destes territórios, em que os aderentes cumprem um conjunto de requisitos territoriais, de qualidade, de ambiente e sociais, que os diferenciam positivamente através do acréscimo de qualidade nos serviços prestados, permitindo-lhes portanto atingir uma gama de mercado exigente e diferenciada. 2. Destinatários da Marca Para os quatro territórios, Montesinho, Douro Internacional, Alvão e Peneda-Gerês, são potenciais aderentes à Marca PCV os agentes económicos enquadrados numa das tipologias de serviços, Alojamento, Restauração, Pontos de Venda ao Público, Animação Turística e cumpridores do Compromisso “Parques Com Vida” (Capitulo VI). CAPÍTULO I - A MARCA “PARQUES COM VIDA” 8 9 Alojamento Local: Para além dos empreendimentos turísticos, poderão se candidatar à Marca PCV os estabelecimentos licenciados como Alojamento Local nomeadamente as moradias, apartamentos e estabelecimentos de hospedagem que, dispondo de autorização de utilização, prestem serviços de alojamento temporário, mediante remuneração, mas não reúnam os requisitos para serem considerados empreendimentos turísticos. 2.2. Restauração 2.1. Alojamento Empreendimento turístico é definido como: Os estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento, mediante remuneração, dispondo, para o seu funcionamento de um adequado conjunto de estruturas, equipamentos e serviços complementares. Podem candidatar-se à Marca PCV várias tipologias de empreendimentos turísticos, os quais estão classificados, de acordo com a legislação em vigor, como indicado no quadro seguinte: Os estabelecimentos de restauração passíveis de vir a poder ostentar a Marca, são aqueles que, mediante remuneração, se destinam a proporcionar refeições e bebidas para serem consumidas no próprio estabelecimento ou fora dele. Os destinatários da Marca podem ser: - Restaurantes; - Casas de Pasto; - Pastelarias; - Confeitarias; - Casas de Chá. TIPOLOGIAS DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS 2.3. Pontos de venda ao Público Estabelecimentos Hoteleiros Hotéis com 1, 2, 3, 4 e 5 estrelas Hotéis-Apartamentos (aparthotéis) Pousadas Os Pontos de venda ao público são estabelecimentos de “Comércio Tradicional” de venda ao público onde, maioritariamente, são vendidos produtos artesanais e/ou produtos agroalimentares certificados, e/ou tradicionais e/ou locais. São suscetíveis de adesão à Marca PCV as seguintes tipologias de pontos de venda ao público: 2.3.1. Pontos de venda de produtos artesanais que preencham uma ou mais das seguintes categorias: a) Detentores de certificado de origem e oriundos do território de abrangência da Marca; b) Produzidos em unidade produtiva artesanal ou por artesãos reconhecidos com a carta de artesão pela Entidade competente, de acordo com a legislação em vigor, e oriundos do território de abrangência da Marca; Os produtos citados deverão estar fortemente conotados com o território de abrangência da Marca e reconhecidos pela Associação “Parques Com Vida”. Aldeamentos Turísticos Apartamentos Turísticos Conjuntos Turísticos (resorts) Empreendimentos de Turismo de Habitação Empreendimentos de Turismo no Espaço Rural Casas de Campo Agroturismo Hotéis Rurais Parques de Campismo e de Caravanismo Sem estrelas, com 3, 4 ou 5 estrelas CAPÍTULO I - A MARCA “PARQUES COM VIDA” 2.3.2. Pontos de venda de produtos agroalimentares que preenchem uma ou mais das seguintes categorias: a) Produtos certificados com denominações DO/P (Denominação de Origem / Protegida), IG/P (Indicação Geográfica / Protegida), ETG (Especialidades Tradicionais Garantidas), e PI (Produção Integrada), cuja área de produção inclua o território de abrangência da Marca PCV e produtos BIO (Produção em modo Biológico) de produção Nacional; b) Produtos tradicionais e/ou locais, oriundos e conotados com o território de abrangência da Marca e reconhecidos pela Associação “Parques Com Vida”. São produtos de origem conhecida e comprovável, com características sensoriais próprias e com qualidade específica diferenciada e ligada à sua origem geográfica e ao saber fazer tradicional e ancestral, que se tem mantido ao longo de várias gerações. 2.4. Animação Turística São suscetíveis de adesão à Marca PCV os agentes económicos que, cumprindo os requisitos legalmente previstos, promovem, para o público em geral, atividades de animação turística ou de turismo de natureza, designadamente lúdicas, culturais, desportivas ou de interpretação ambiental, contribuindo para a ocupação dos tempos livres dos visitantes, para a diversificação da oferta turística e para a divulgação dos valores naturais e culturais da região. CAPÍTULO I - A MARCA “PARQUES COM VIDA” 10 11 CAPÍTULO II – OS TERRITÓRIOS PARQUES COM VIDA 2. Breve Caracterização do Território 1. Território de Abrangência da Marca PCV O território de abrangência da Marca “Parques Com Vida” é constituído pela totalidade dos concelhos que integram nos seus territórios os 4 Parques: Parque Natural de Montesinho (PNM), Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), Parque Natural do Alvão (PNAl) e Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). No total é constituído por 13 concelhos, de acordo com a tabela seguinte: TERRITÓRIO CONCELHO Parque Natural de Montesinho Bragança Vinhais Parque Natural do Douro Internacional Freixo de Espada à Cinta Figueira de Castelo Rodrigo Miranda do Douro Mogadouro Parque Natural do Alvão Vila Real Mondim de Basto Parque Nacional da Peneda-Gerês Arcos de Valdevez Melgaço Montalegre Ponte da Barca Terras de Bouro Tabela 1 – Concelhos de abrangência da Marca. CAPÍTULO II - OS TERRITÓRIOS PARQUES COM VIDA Os quatro territórios PCV (Montesinho, Douro Internacional, Alvão e Peneda-Gerês) são distintos, com características marcadamente diferentes, quer de território para território, quer dentro de cada um deles – até porque ao abranger a totalidade dos diferentes concelhos que integram os parques, abrangem zonas marcadamente rurais e outras mais urbanas, como são as sedes de concelho, que têm crescido muito à custa da migração das populações residentes nas primeiras para as segundas, mas que mantém vivas as sua tradições e cultura, como se verificará pela caracterização em anexo. Esses elementos distintivos permitem concentrar num espaço geograficamente limitado um genuíno “museu vivo” onde se pode fazer um balanço do que se ganhou e do que se perdeu. E se isto acontece em cada um dos 4 territórios, sendo que todos eles têm uma “história” diferente e única, então o seu conjunto, neste recôndito lugar do velho continente, onde inúmeras civilizações deixaram as suas marcas, pode oferecer uma verdadeira “enciclopédia” para os sentidos, porventura das mais ricas e genuínas em tão pouco espaço geográfico, o que é evidenciado pelo elevado número de produtos tradicionais com proteções europeias e nacionais reconhecidas (DO/P, IG/P e ETG). Mas é também o característico, o verdadeiro, o permanente, que os une. Em suma, a sua riqueza patrimonial, não só no que se refere ao património natural – evidenciado pelas áreas protegidas – mas também às suas história e cultura. Aliás, essas áreas protegidas resultam do equilíbrio dos ecossistemas respetivos, mantido ao longo de muitos séculos, devido às práticas agropecuárias tradicionais e ecológicas que ainda hoje as comunidades locais mantém. A intervenção humana não só tem respeitado o ambiente, mas é, sobretudo hoje, imprescindível para a preservação desses ecossistemas, sendo que o seu abandono – risco atual devido ao êxodo rural a que se assiste um pouco por todo o país, convertendo territórios imensos em pasto para chamas – seria tão ou mais prejudicial à sua sustentabilidade, como a intensificação produtiva ou outras agressões ambientais como a massificação turística. Por outro lado, o Homem tem sido responsável por alguns estratos das pirâmides ecológicas respetivas, que, por sua vez, são determinantes na sustentabilidade dos restantes – realce para as raças autóctones, que são determinantes na preservação, quer de estratos inferiores (endemismos dos lameiros e bouças), quer dos predadores do topo das pirâmides, como é o caso do lobo ibérico. Este, apesar de tão mal amado por muitos criadores, que não viram ainda compensados os seus importantes contributos para este equilíbrio, é um símbolo indiscutível do património ambiental existente. Mas, se outrora, pela dimensão dos rebanhos e pela falta de oportunidades no exterior, obrigava as comunidades locais a manter as suas atividades tradicionais, de algumas décadas a esta parte, esse equilíbrio está em risco devido exatamente ao êxodo rural, e enquanto as populações rurais não virem o seu esforço recompensado ele continuará. Portanto, a sustentabilidade desses territórios vivos passa pela manutenção dessas comunidades locais, pelo que é necessário valorizar os seus produtos e serviços, organizando a oferta, assente num modelo de turismo sustentado (com horizontes no futuro), mais abrangente, proporcionando ao visitante, não apenas o respirar o ar puro da montanha e a indolente contemplação da natureza e paisagem, mas também a sua compreensão íntima e profunda, senti-las em conexão com a história, o temperamento, o estilo arquitetónico, o modo de vida, as tradições dos povos ali radicados, procurando que o visitante tenha uma vivência do seu quotidiano, e, em simultâneo, quer diretamente, quer através da divulgação, contribua para a manutenção dessa riqueza inestimável. Em anexo (Caracterização do Território) estão caracterizados os quatro parques e os treze concelhos, que constituem o território de abrangência da Marca Parques Com Vida. CAPÍTULO II - OS TERRITÓRIOS PARQUES COM VIDA 12 13 CAPÍTULO III – IDENTIDADE DA MARCA CAPÍTULO IV – SUPORTES E SIMBOLOGIA A ATRIBUIR AOS AGENTES ECONÓMICOS O logótipo da Marca é formado por um ponto amarelo, um prisma identitário de várias cores e uma base verde. Reflete um pensamento comum (ponto amarelo – cabeça), partilhado por vários membros (prisma identitário), que assenta no princípio das Áreas Protegidas (base verde). O prisma identitário, significado de vivacidade, é composto por quatro pétalas que consoante a cor representam um dos quatro Eixos: Azul – Qualidade; Amarelo – Território; Verde – Ambiente; Vermelho – Social. Amarelo Vermelho Azul Amarelo Verde As pétalas representam ainda as tipologias de serviços abrangidos: Azul – Alojamento; Vermelho – Restauração; Verde – Animação Turística e/ou Ambiental; Amarelo – Pontos de Venda ao Público. À Marca Parques Com Vida surgem associados os valores: Verde Verde a) Preservação e conservação da natureza e património cultural; b) Educação da população sobre a importância e especificidades ambientais; c) Oferta turística completa e de elevada qualidade; d) Destinos turísticos social e ambientalmente responsáveis. CAPÍTULO III - IDENTIDADE DA MARCA Aos agentes económicos que aderem à Marca PCV poderão ser atribuídos, pela Associação PCV, os seguintes suportes identificativos da Marca, designados no seu conjunto por Kit PCV: 1. Placa identificativa (exterior) É um dispositivo que é colocado no exterior do estabelecimento do agente económico aderente, sinalizando-o enquanto estabelecimento PCV. 2. Certificado de aderente PCV É o certificado que é atribuído pela Associação PCV ao agente económico após a sua adesão à Marca PCV. O certificado de aderente é afixado no interior do estabelecimento, em local visível aos utentes. 3. Montra PCV Por montra PCV entende-se o local, no interior do estabelecimento PCV, destinado à colocação de materiais de informação, sensibilização e de promoção da Marca, dos Territórios, dos Parques e dos Aderentes PCV. Os materiais são destinados à consulta dos utentes do estabelecimento, para além de outros materiais que o aderente entenda colocar na estante e que respondam aos mesmos objetivos (informar, sensibilizar e promover a Marca, os Territórios, os Parques e os Aderentes PCV). 4. Inquérito de satisfação Os inquéritos de satisfação tem como objetivo o de avaliar o grau de satisfação dos utentes no que ao serviço/estabelecimento PCV diz respeito. Os inquéritos depois de preenchidos devem ser colocados em local específico e devidamente identificado para esse fim. Os inquéritos são fornecidos pela Associação PCV. O acesso à informação dos inquéritos de satisfação é da exclusiva responsabilidade da Associação PCV, cujo interesse é constituir dados necessários ao Observatório da Marca PCV. O Kit PCV tem por função: - Sinalizar os agentes económicos, permitindo que os visitantes os reconheçam enquanto aderentes da Marca PCV (função particular da placa identificativa e do certificado de aderente PCV); - Responder a requisitos essenciais do Compromisso PCV, designadamente no que se refere ao requisito “Ponto de Informação PCV” – “o aderente constitui-se como um “ponto de informação PCV”, prestando informação aos seus clientes e visitantes do território, por comunicação direta e através da disponibilização de materiais informativos do território e da Marca PCV. Para tal, o aderente integra no seu estabelecimento ou instalações fixas existentes no território PCV, no interior ou exterior conforme aplicável, o logótipo e demais suportes identificativos da Marca” – bem como ao requisito “Inquérito de satisfação” – “o aderente dispõe de inquéritos de satisfação, disponíveis aos clientes e fornecidos pela Marca PCV nos moldes definidos no Capítulo IV do Regulamento da Marca e aceita que a Associação PCV tenha direito exclusivo de acesso à informação dos inquéritos de satisfação”; - Criar uma “imagem” comum a todos os agentes económicos aderentes à Marca PCV. CAPÍTULO IV - SUPORTES E SIMBOLOGIA DISTINTIVA DOS AGENTES ECONÓMICOS 14 CAPÍTULO V – PROCESSO DE ADESÃO E CONTROLO DOS AGENTES ECONÓMICOS O processo de adesão e controlo pretende ser o mais simples possível sem contudo perder rigor na avaliação das candidaturas. Assim sendo o procedimento passa pelas seguintes fases: 1. Candidatura O Agente económico formaliza a intenção de apresentação de candidatura à Marca PCV. Esta deve ser efetuada junto da Associação Parques Com Vida (APCV) ou junto da Associação de Desenvolvimento Local (adiante ADL) do respetivo território (CoraNE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, Douro Superior Associação de Desenvolvimento, Probasto – Associação de Desenvolvimento Rural de Basto e Adere-PG - Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda Gerês), por carta, fax, e-mail ou presencialmente. A Entidade Recetora disponibiliza, ao potencial aderente, o dossier de candidatura (em Anexos) assim como o resumo dos procedimentos a adotar e demais informação sobre a instrução do processo. O Potencial aderente reúne todos os documentos necessários à efetivação da candidatura e envia-os para a Entidade Recetora definida acima, que confirmará ao potencial aderente a formalização da mesma. 2. Avaliação do processo de Candidatura A fim de verificar a conformidade de todo o processo e o cumprimento de todos os requisitos ou normas de adesão, de acordo com o Regulamento da Marca 15 e o Compromisso PCV em específico, realiza-se uma visita de avaliação às instalações para avaliar a conformidade e o cumprimento de todos os requisitos. Seguidamente o processo seguirá para análise, devendo pronunciar-se, a solicitação da Direção da APCV, o Conselho da Marca, à qual competirá: - Avaliar a conformidade e o cumprimento de todos os requisitos; - Decidir sobre a adesão efetiva e atribuição da Marca (elaboração do parecer final). Caso o Conselho da Marca entenda necessário, poderá convocar o técnico que executou a visita de avaliação. A avaliação do processo de candidatura pode determinar a necessidade de se efetuarem consultas e pedidos de parecer técnico a outras entidades ou peritos nas matérias específicas, bem como solicitar mais elementos ou esclarecimentos ao proponente. A análise do processo de candidatura não poderá exceder os 30 dias úteis (20 dias para análise técnica e 10 dias para tomada de decisão da APCV). 3. Atribuição da Marca PCV Para efetivar a adesão do proponente, a direção da APCV comunica ao proponente a decisão da aprovação de adesão à Marca. O aderente, após comunicação da atribuição do Certificado da Marca PCV, deverá formalizar-se enquanto associado da Associação Parques Com Vida assinando o Contrato e procedendo ao pagamento da quota de associado que o vinculará à Marca por dois anos, com as regras de uso, manutenção e renovação do pedido e o Compromisso Parques Com Vida (adiante CPCV), recebendo finalmente o Kit Parques Com Vida: - Conjunto de simbologias para afixação no estabelecimento (interior e exterior) em conformidade com a tipologia do estabelecimento aderente; - Material informativo correspondente ao Ponto de Informação Parques Com Vida, material informativo de base PCV, inquéritos de satisfação PCV, todos em conformidade com a tipologia do estabelecimento aderente; - Regulamento da Marca. CAPÍTULO V - PROCESSOS DE ADESÃO E CONTROLO DOS AGENTES ECONÓMICOS 4. Auditorias Intercalares 7. Exclusão da Marca PCV A APCV reserva-se o direito de realizar auditorias intercalares com ou sem aviso prévio, de forma a controlar todo o processo e garantir que os serviços prestados obedecem aos compromissos assumidos. Tem por fim manter a boa imagem da Marca caso se verifique dolo ou negligência grave. Sempre que se verifique que um aderente não cumpre o regulamento da Marca Parques Com Vida, a Associação de Desenvolvimento Local respetiva comunica à Direção da Associação PCV a necessidade de proceder à correção dos incumprimentos. Caso os incumprimentos não sejam corrigidos no prazo estipulado, a Direção da Associação PCV poderá excluir da Marca os agentes económicos incumpridores. Após a comunicação de exclusão por parte da Direção da Associação PCV ao proponente, este dispõe de 30 dias para recorrer da decisão proferida e apresentar provas que atestem a sua contestação. No caso de se verificarem motivos que corroborem a exclusão, não há recurso da decisão tomada e serão retirados ao aderente todos os suportes e simbologias da Marca, e/ou qualquer outra forma de promoção existente na respetiva data de exclusão, cessando todo e qualquer vínculo à Associação Parques Com Vida. O proponente pode, por sua iniciativa, desvincularse da Marca PCV e fazer o respetivo pedido de desvinculação. Este pedido terá de ser efetuado com um período mínimo de antecedência de 6 meses. Não haverá lugar a novo pedido de reapreciação antes de passado um ano sobre a data da última decisão proferida. 5. Renovação da Outorga da Marca PCV, Revisões e Alterações A renovação da Marca será automaticamente efetuada de dois em dois anos caso o aderente não manifeste interesse em deixar de ser associado nos 60 dias anteriores ao vigésimo quarto mês e, cumulativamente, continue a cumprir os requisitos do Compromisso PCV e proceda anualmente ao pagamento da quota de associado. O aderente sujeita-se a avaliação de verificação do Programa de Melhoria do período anterior e apresenta novo Programa para os dois anos seguintes de outorga da Marca. A APCV reserva-se o direito de realizar auditorias de controlo com ou sem aviso prévio, de forma a controlar todo o processo. Tendo em vista a melhoria contínua da implementação da Marca PCV, e na medida do que a experiência adquirida for aconselhando, deverá a Direção da Associação PCV, por sua iniciativa, ou por sugestão dos associados, solicitar a introdução de correções, aditamentos ou quaisquer outras formas de alteração ao presente Regulamento, com parecer vinculativo do Conselho da Marca, conforme os Estatutos da APCV, no que às responsabilidades do mesmo conselho diz respeito. Anexo: Dossier de Candidatura 6. Reprovação na admissão à Marca Uma Marca de Qualidade, como é o caso da Marca PCV, limita o acesso a aderentes que não cumprem o Regulamento da Marca, em geral, e o Compromisso PCV, em particular. Após a comunicação de reprovação, o proponente dispõe de 30 dias para recorrer da decisão proferida, devidamente fundamentada, podendo repetir todo o processo, até regularizar a situação, para isso dispõe de um prazo máximo de 6 meses, findo o qual, o processo fica sem efeito. Não há lugar a novo pedido de reapreciação antes de passado um ano sobre a data da última decisão proferida. CAPÍTULO V - PROCESSOS DE ADESÃO E CONTROLO DOS AGENTES ECONÓMICOS 16 17 CAPÍTULO VI – COMPROMISSO PCV / AGENTES ECONÓMICOS A REQUISITOS DE ADESÃO ALOJAMENTO COMPROMISSO TERRITORIAL Requisito 1 Localização no território O aderente está localizado nos territórios de abrangência da Marca PCV. Requisito 2 Ponto de informação PCV Os serviços dos diferentes setores da Marca PCV em cada território são sinónimo de adesão a um conjunto de requisitos que se designaram por Compromisso Parques Com Vida e que podem ser traduzidos a dois níveis e em quatro eixos. A dois níveis na medida em que um aderente à Marca PCV tem de preencher: - A um primeiro nível, um conjunto de Requisitos de Adesão como condição prévia de entrada no sistema da Marca; - A um segundo nível, o aderente tem de assumir um Programa de Melhoria de natureza temporal e correspondente ao período de outorga da Marca, dois anos, durante os quais o aderente assume um Plano Individual de Ações de Melhoria do seu desempenho. A quatro eixos uma vez que a Marca PCV assenta na qualidade de oferta dos seus serviços de Alojamento, Restauração, Pontos de Venda e serviços de Animação Turística ou Ambiental no cumprimento de quatro pressupostos essenciais: 1) O território, na medida em que toda a estratégia da Marca assenta na valorização do território PCV, na sua promoção externa e no seu consumo interno como garantia de que a cadeia de valor acrescentado é máxima no conjunto dos agentes do território direta e indiretamente envolvidos na Marca PCV; 2) A qualidade, na medida em que apenas uma aposta na qualidade dos serviços prestados pode constituir uma real mais-valia no mercado da oferta turística nos mercados externos que a mais valorizam; 3) O ambiente, na medida em que o respeito pelo ambiente, conservação da natureza e biodiversidade são condições base para a sustentabilidade destas atividades e constituem marca distintiva dos territórios PCV comparativamente a outros destinos turísticos; 4) O social, na medida em que a dimensão social da Marca PCV confere-lhe a coesão interna imprescindível à sustentabilidade de uma estratégia de desenvolvimento do grupo/conjunto de aderentes do território e demais entidades e beneficiários locais envolvidos na Marca PCV. Assim para cada setor de serviços, Alojamento, Restauração, Pontos de Venda e Serviços de Animação Turística estabeleceram-se Requisitos de Adesão e de Melhoria para cada um dos eixos, Território, Qualidade, Ambiente e Social. CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS O aderente constitui-se como um “ponto de informação” do território de abrangência da Marca PCV, mediante a informação que presta de forma direta aos visitantes e através da disponibilização de materiais informativos sobre o território e a Marca PCV. Para tal, o aderente compromete-se a assinalar de forma visível no interior e exterior do estabelecimento, o logótipo e demais suportes identificativos da Marca, definidos no Cap. IV do Regulamento. COMPROMISSO DE QUALIDADE Requisito 1 Atividade licenciada e requisitos legais O aderente cumpre toda a legislação em vigor aplicável ao setor do alojamento, nomeadamente no que se refere à licença de utilização turística / alvará de autorização para utilização com fins turísticos e outros requisitos legalmente estipulados à data do pedido. Assim, e sem prejuízo de outros legalmente previstos, indicam-se os principais requisitos atualmente estipulados: a) Licenciamento da unidade de alojamento através da licença de utilização turística / alvará de autorização para utilização com fins turísticos emitida pelas entidades competentes; b) Registo no Registo Nacional dos Empreendimentos Turísticos; c) No caso do Alojamento local, requerimento à Câmara Municipal respetiva a solicitar o registo do alojamento; d) Implementação do HACCP – Hazard Analysis and Critical Control Points (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo), quando aplicável; e) Implementação das normas de higiene CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 18 e saúde no trabalho, em vigor; f) Subscrição das apólices de seguro obrigatórias, nomeadamente: seguro de acidentes de trabalho, seguro de incêndios e “riscos adicionais”, quando aplicável, assim como da apólice de seguro de responsabilidade civil; g) Dispor de livro de reclamações; h) Dispor, cumprir e comunicar à Associação Parques Com Vida o período e horário de funcionamento do estabelecimento. Requisito 2 Inquérito de satisfação O aderente dispõe de inquéritos de satisfação, disponíveis aos clientes e fornecidos pela Marca PCV nos moldes definidos no Capítulo IV do Regulamento da Marca (Requisito de Adesão 2- Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial) e aceita que a Associação PCV tenha direito exclusivo de acesso à informação dos inquéritos de satisfação. Requisito 3 Produtos certificados e/ou locais e/ou tradicionais ao pequeno-almoço 19 d) Não utilização de aquecedores a gás; e) Afixar em local visível os contactos necessários em caso de emergência. Requisito 5 Elementos não autorizados O aderente não utiliza na decoração de interior e exterior no seu estabelecimento e instalações fixas, elementos que transmitam uma imagem errónea ou contraditória com os objetivos da Marca PCV, nomeadamente a exibição de espécies cujo abate e captura não sejam autorizados por lei. Requisito 6 Integração na oferta institucional PCV O aderente integra a oferta institucional da Marca PCV, sendo responsável pela cedência de informação atualizada sobre a entidade, para integração no site e em materiais promocionais da Marca PCV. COMPROMISSO AMBIENTAL No pequeno-almoço devem ser utilizados pelo menos dois produtos alimentares certificados, locais ou tradicionais, produzidos no território de abrangência da Marca, de acordo com os documentos anexos B/2/2AD e C/2/3AD. (Anexo B/2/2AD – Listagem do conteúdo da ementa parques com vida, aprovada pela Associação PCV. Anexo C/2/3AD – Listagem dos produtos agroalimentares conotados com o território e aprovados pela Associação PCV.) Requisito 4 PCV em segurança O aderente mantém a qualidade e assegura a otimização e o funcionamento de todos os sistemas de segurança no seu estabelecimento, fazendo evidência dos mesmos através das seguintes práticas: a) Proceder com as vistorias dos extintores anualmente e assegurar a respetiva sinalização dos mesmos; b) Manter em bom estado as indicações de saída de emergência e demais sinalização existente, bem como a sua desobstrução; c) Cumprir os requisitos da instalação do gás, quando aplicável; Requisito 1 Conduta ambientalmente responsável O aderente promove junto dos seus clientes, uma conduta ambientalmente responsável, adotando uma atitude de sensibilização para com os clientes, facultando-lhes informação sobre as condicionantes ambientais do território e as boas práticas passíveis de serem postas em prática pelos mesmos. Requisito 2 Programa 4 R’s e outras boas práticas ambientais Reduzir, reciclar, reutilizar e recuperar O aderente adota ações integradas do programa dos 4 R’s (reduzir, reciclar, reutilizar e recuperar), sempre que aplicável, no exercício da sua atividade comercial, designadamente através das seguintes práticas: a) Manter os espaços exteriores limpos, adotando as respetivas boas práticas, quando aplicável; CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS b) Dispor no estabelecimento de um recipiente adequado para colocação e separação do lixo, colocado em local acessível aos hóspedes; c) Depositar os resíduos nos pontos de recolha diferenciados (eco pontos), quando aplicável; d) Colocar informação de sensibilização de redução de água/energia visível ao cliente, bem como outras informações sobre práticas ambientalmente responsáveis adotadas pela unidade de alojamento, segundo modelos estabelecidos pela Marca PCV; e) Adesão ao Sistema Verdoreca e outros sistemas de reciclagem, quando aplicável. Requisito 3 Festival PCV COMPROMISSO SOCIAL O aderente compromete-se a frequentar sempre que se realize, o Programa de Formação Geral do Parques Com Vida, transversal a todos os eixos e com as seguintes temáticas: “conhecer o território PCV”; “Qualidade em Turismo”; “Proteger e utilizar o Território” e “A dimensão social do PCV”. O Programa de Formação Geral é organizado pela APCV. Requisito 1 Conduta social responsável O aderente integra voluntariamente na sua atividade e na sua interação com outras partes interessadas, preocupações sociais, nomeadamente ao nível de: a) Gestão de recursos humanos; b) Saúde e segurança no trabalho; c) Respeito pelos direitos humanos; d) Parceiros comerciais, fornecedores e consumidores; e) Comunidades locais. O aderente cumpre as atividades que lhe competem realizar no âmbito do calendário de atividades do Festival PCV, previamente programado e acordado entre a APCV e o aderente. O calendário de atividades do Festival PCV é publicado pela APCV. Requisito 4 Programa de formação geral PCV Requisito 2 Promoção da Marca PCV e seus aderentes O aderente promove a Marca PCV junto dos seus clientes e disponibiliza-lhes informação sobre os aderentes PCV de outros setores de atividade do seu território, de forma a estabelecer uma lógica de oferta integrada PCV. A informação aos clientes é feita através dos materiais promocionais da Marca e dos aderentes PCV, disponíveis no ponto de informação PCV (Requisito de Adesão 2 Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial). CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 20 21 B REQUISITOS DE ADESÃO RESTAURAÇÃO 1. Restaurantes Requisito 4 Inquérito de satisfação 1.1. Ter no mínimo três* pratos que cumpram o seguinte: a) “Pratos” confecionados com produtos DO/P (Denominação de Origem/Protegida) e/ou IG/P (Indicação Geográfica/Protegida) em cujas áreas de produção estão integrados os territórios PCV e/ou produtos com denominação ETG (Especialidades Tradicionais Garantidas) e PI (Produção e/ou Proteção Integrada) oriundos dos territórios PCV e produtos BIO (Produção em Modo Biológico) oriundos do território nacional; b) E/Ou, com produtos de origem local, segundo uma receita tradicional local reconhecida, de acordo com documento anexo; COMPROMISSO TERRITORIAL Requisito 1 Localização no território 1.2. Ter no mínimo três** sobremesas, confecionados segundo uma receita tradicional local reconhecida, de acordo com documento anexo; O aderente está localizado no território de abrangência da Marca PCV. Requisito 2 Ponto de informação PCV O aderente constitui-se como um “ponto de informação” do território de abrangência da Marca PCV, mediante a informação que presta de forma direta aos visitantes e através da disponibilização de materiais informativos sobre o território e a Marca PCV. Para tal, o aderente compromete-se a assinalar de forma visível no interior e exterior do estabelecimento, o logótipo e demais suportes identificativos da Marca, definidos no Cap. IV do Regulamento. COMPROMISSO DE QUALIDADE Requisito 1 Atividade licenciada e requisitos legais b) Implementação do HACCP – Hazard Analysis and Critical Control Points (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo); c) Implementação das normas de higiene, segurança e saúde no trabalho, em vigor; d) Implementação de um plano de controlo de pragas e infestantes; e) Subscrição das apólices de seguro obrigatórias, nomeadamente: seguro de acidentes de trabalho, seguro de incêndios e “riscos adicionais”, quando aplicável, assim como da apólice de seguro de Responsabilidade Civil; f) Dispor de livro de reclamações; g) Dispor, cumprir e comunicar à Associação Parques Com Vida a época e horário de funcionamento do estabelecimento. Requisito 2 Ementa Parques Com Vida O aderente cumpre toda legislação em vigor aplicável ao setor da restauração, nomeadamente no que se refere à licença de utilização e outros requisitos legalmente estipulados à data do pedido. Assim, e sem prejuízo de outros legalmente previstos, indicam-se os principais requisitos atualmente estipulados: a) Licenciamento da unidade de restauração através da licença emitida pela Câmara Municipal; O aderente compromete-se a respeitar na sua ementa os seguintes requisitos: CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 1.3. Ter pelo menos 50% de vinhos oriundos do território de abrangência da Marca; 2. Confeitarias, Pastelarias e Casas de Chá a) Ter pelo menos quatro*** produtos tradicionais de confeitaria de acordo com documento anexo. * No caso de estabelecimentos que confecionem menos de 3 pratos consideram-se metade (50%) dos pratos, que cumpram as normas exigidas. ** No caso de estabelecimentos que confecionam menos de 3 sobremesas, consideram-se metade das sobremesas (50%), que cumpram as normas exigidas. *** No caso de estabelecimentos que confecionam menos de 4 produtos, considera-se metade dos produtos (50%), que cumpram as normas exigidas. (Anexo B/2/2AD – Listagem do conteúdo da ementa parques com vida, aprovada pela Associação PCV. Anexo C/2/3AD – Listagem dos produtos agroalimentares conotados com o território e aprovados pela Associação PCV.) Requisito 3 Ementa em língua estrangeira O aderente dispõe de uma ementa traduzida no mínimo para uma língua estrangeira, quando aplicável. O aderente dispõe de inquéritos de satisfação, disponíveis aos clientes e fornecidos pela Marca PCV nos moldes definidos no Capítulo IV do Regulamento da Marca (Requisito de Adesão 2- Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial) e aceita que a Associação PCV tenha direito exclusivo de acesso à informação dos inquéritos de satisfação. Requisito 5 PCV em segurança O aderente mantém a qualidade e assegura a otimização e o funcionamento de todos os sistemas de segurança no seu estabelecimento, fazendo evidência dos mesmos através das seguintes práticas: a) Proceder com as vistorias dos extintores anualmente e assegurar a respetiva sinalização dos mesmos; b) Manter em bom estado as indicações de saída de emergência e demais sinalização existente, bem como a sua desobstrução. c) Cumprir os requisitos da instalação do gás, quando aplicável; d) Não utilização de aquecedores a gás; e) Afixar em local visível os contactos necessários em caso de emergência. Requisito 6 Elementos não autorizados O aderente não utiliza na decoração de interior e exterior no seu estabelecimento e instalações fixas, elementos que transmitam uma imagem errónea ou contraditória com os objetivos da Marca PCV, nomeadamente a exibição de espécies cujo abate e captura não sejam autorizados por lei. Requisito 7 Integração na oferta institucional PCV O aderente integra a oferta institucional da Marca PCV, sendo responsável pela cedência de informação atualizada sobre a entidade, para integração no site e em materiais promocionais da Marca PCV. CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 22 COMPROMISSO AMBIENTAL 23 a) Gestão de recursos humanos; b) Saúde e segurança no trabalho; c) Respeito pelos direitos humanos; d) Parceiros comerciais, fornecedores e consumidores; e) Comunidades locais. Requisito 1 Conduta ambientalmente responsável O aderente promove junto dos seus clientes, uma conduta ambientalmente responsável, adotando uma atitude de sensibilização para com os clientes, facultando-lhes informação sobre as condicionantes ambientais do território e as boas práticas passíveis de serem postas em prática pelos mesmos. Requisito 2 Programa 4 R’s e outras boas práticas ambientais Reduzir, reciclar, reutilizar e recuperar O aderente adota ações integradas do programa dos 4 R’s (reduzir, reciclar, reutilizar e recuperar), sempre que aplicável, no exercício da sua atividade comercial, designadamente através das seguintes práticas: a) Manter os espaços exteriores limpos, adotando as respetivas boas práticas, quando aplicável; b) Dispor no estabelecimento de um recipiente adequado para colocação e separação do lixo, colocado em local acessível aos clientes; c) Depositar os resíduos nos pontos de recolha diferenciados (eco pontos), quando aplicável; d) Colocar informação de sensibilização de redução de água/energia visível ao cliente, bem como outras informações sobre práticas ambientalmente responsáveis adotadas pela unidade de restauração, segundo modelos estabelecidos pela Marca PCV; e) Adesão ao Sistema Verdoreca e outros sistemas de reciclagem, quando aplicável. COMPROMISSO SOCIAL Requisito 2 Promoção da Marca PCV e seus aderentes O aderente promove a Marca PCV junto dos seus clientes e disponibiliza-lhes informação sobre os aderentes PCV de outros setores de atividade do seu território, de forma a estabelecer uma lógica de oferta integrada PCV. A informação aos clientes é feita através dos materiais promocionais da Marca e dos aderentes PCV, disponíveis no ponto de informação PCV (Requisito de Adesão 2 Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial). Requisito 3 Festival PCV C REQUISITOS DE ADESÃO PONTOS DE VENDA COMPROMISSO TERRITORIAL Requisito 1 Localização no território O aderente está localizado no território de abrangência da Marca. Requisito 2 Ponto de informação PCV O aderente constitui-se como um “ponto de informação” do território de abrangência da Marca PCV, mediante a informação que presta de forma direta aos visitantes e através da disponibilização de materiais informativos sobre o território e a Marca PCV. Para tal, o aderente compromete-se a assinalar de forma visível no interior e exterior do estabelecimento, o logótipo e demais suportes identificativos da Marca, definidos no Cap. IV do Regulamento. COMPROMISSO DE QUALIDADE O aderente cumpre as atividades que lhe competem realizar no âmbito do calendário de atividades do Festival PCV, previamente programado e acordado entre a APCV e o aderente. O calendário de atividades do Festival PCV é publicado pela APCV. Requisito 4 Programa de formação geral PCV O aderente compromete-se a frequentar sempre que se realize, o Programa de Formação Geral do Parques Com Vida, transversal a todos os eixos e com as seguintes temáticas: “conhecer o território PCV”; “Qualidade em Turismo”; “Proteger e utilizar o Território” e “A dimensão social do PCV”. O Programa de Formação Geral é organizado pela APCV. Requisito 1 Conduta social responsável O aderente integra voluntariamente na sua atividade e na sua interação com outras partes interessadas, preocupações sociais, nomeadamente ao nível de: CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS Requisito 1 Atividade licenciada e requisitos legais O aderente cumpre toda a legislação em vigor aplicável ao setor do comércio, nomeadamente no que se refere à licença de utilização e outros requisitos legalmente estipulados à data do pedido. Assim, e sem prejuízo de outros legalmente previstos, indicam-se os principais requisitos atualmente estipulados: a) Licenciamento do ponto de venda ao público através da licença de utilização emitida pelas entidades competentes (Câmara Municipal respetiva); b) Implementação do HACCP – Hazard Analysis and Critical Control Points (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo), quando aplicável; c) Implementação das normas de higiene, segurança e saúde no trabalho, em vigor; d) Subscrição das apólices de seguro obrigatórias, nomeadamente: seguro de acidentes de trabalho, seguro de incêndios e “riscos adicionais”, quando aplicável, assim como da apólice de seguro de responsabilidade civil; CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 24 e) Dispor de livro de reclamações; f) Dispor, cumprir e comunicar à Associação Parques Com Vida a época e horário de funcionamento do estabelecimento. Requisito 2 Origem e tipologia dos produtos artesanais 1. O aderente possui carta de unidade produtiva artesanal e/ou vende artesanato certificado e/ ou oriundo de artesãos com carta de artesão; 25 anteriores (2 e 3), fazendo alusão específica à sua venda. COMPROMISSO AMBIENTAL 2. O aderente não utiliza na decoração de interior e exterior no seu estabelecimento e instalações fixas, elementos que transmitam uma imagem errónea ou contraditória com os objetivos da Marca PCV, nomeadamente a exibição de espécies cujo abate e captura não sejam autorizados por lei. Requisito 1 Conduta ambientalmente responsável (Anexo C/2/2AD – Listagem dos produtos artesanais conotados com o território e aprovados pela APCV.) Requisito 5 Inquérito de satisfação O aderente dispõe de inquéritos de satisfação, disponíveis aos clientes e fornecidos pela Marca PCV nos moldes definidos no Capítulo IV do Regulamento da Marca (Requisito de Adesão 2- Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial) e aceita que a Associação PCV tenha direito exclusivo de acesso à informação dos inquéritos de satisfação. Requisito 3 Origem e tipologia dos produtos agroalimentares Requisito 6 PCV em segurança 1. O aderente comercializa a seguinte tipologia de produtos agroalimentares: a) Produtos agroalimentares com denominações DO/P (Denominação de Origem / Protegida), IG/P (Indicação Geográfica / Protegida), ETG (Especialidades Tradicionais Garantidas), e PI (Produção e/ou Proteção Integrada) oriundos do território de abrangência da Marca PCV e produtos BIO (Produção em Modo Biológico) oriundos do território Nacional, constantes em documento anexo. b) Produtos locais e/ou tradicionais em que não estando previsto qualquer sistema de certificação, têm reconhecida conotação com o território de abrangência da Marca PCV e qualidade (listagem dos produtos em documento anexo). O aderente mantém a qualidade e assegura a otimização e o funcionamento de todos os sistemas de segurança no seu estabelecimento, fazendo evidência dos mesmos através das seguintes práticas: a) Proceder com as vistorias dos extintores anualmente e assegurar a respetiva sinalização dos mesmos; b) Manter em bom estado as indicações de saída de emergência e demais sinalização existente, bem como a sua desobstrução. c) Cumprir os requisitos da instalação do gás, quando aplicável; d) Não utilização de aquecedores a gás; e) Afixar em local visível os contactos necessários em caso de emergência. 2. Os produtos artesanais devem ser conotados com o território de abrangência da Marca PCV e constantes em documento anexo. (Anexo C/2/3AD – Listagem dos produtos agroalimentares conotados com o território e aprovados pela associação pcv. Anexo B/2/2AD – Listagem do conteúdo da ementa parques com vida, aprovada pela Associação PCV.) Requisito 4 Características associadas ao Ponto de Venda 1. O estabelecimento deverá comercializar maioritariamente os produtos artesanais e/ou produtos agroalimentares certificados, tradicionais e locais, de acordo com os requisitos b) Saúde e segurança no trabalho; c) Respeito pelos direitos humanos; d) Parceiros comerciais, fornecedores e consumidores; e) Comunidades locais. O aderente promove junto dos seus clientes, uma conduta ambientalmente responsável, adotando uma atitude de sensibilização para com os clientes, facultando-lhes informação sobre as condicionantes ambientais do território e as boas práticas passíveis de serem postas em prática pelos mesmos. Requisito 2 Programa 4 R’s e outras boas práticas ambientais Reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar O aderente adota ações integradas do programa dos 4 R’s (reciclar, reduzir, reutilizar e recuperar), sempre que aplicável, no exercício da sua atividade comercial, designadamente através das seguintes práticas: a) Manter os espaços exteriores limpos, adotando as respetivas boas práticas, quando aplicável; b) Dispor no estabelecimento de um recipiente adequado para colocação e separação do lixo, colocado em local acessível aos clientes; c) Depositar os resíduos nos pontos de recolha diferenciados (eco pontos), quando aplicável; d) Colocar informação de sensibilização de redução de água/energia visível ao cliente, bem como outras informações sobre práticas ambientalmente responsáveis adotadas pela unidade de ponto de venda, segundo modelos estabelecidos pela Marca PCV; e) Adesão a sistemas de reciclagem, quando aplicável. COMPROMISSO SOCIAL Requisito 7 Integração na oferta institucional PCV Requisito 1 Conduta social responsável O aderente integra a oferta institucional da Marca PCV, sendo responsável pela cedência de informação atualizada sobre a entidade, para integração no site e em materiais promocionais da Marca PCV. O aderente integra voluntariamente na sua atividade e na sua interação com outras partes interessadas, preocupações sociais, nomeadamente ao nível de: a) Gestão de recursos humanos; CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS Requisito 2 Promoção da Marca PCV e seus aderentes O aderente promove a Marca PCV junto dos seus clientes e disponibiliza-lhes informação sobre os aderentes PCV de outros setores de atividade do seu território, de forma a estabelecer uma lógica de oferta integrada PCV. A informação aos clientes é feita através dos materiais promocionais da Marca e dos aderentes PCV, disponíveis no ponto de informação PCV (Requisito de Adesão 2 Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial). Requisito 3 Festival PCV O aderente cumpre as atividades que lhe competem realizar no âmbito do calendário de atividades do Festival PCV, previamente programado e acordado entre a APCV e o aderente. O calendário de atividades do Festival PCV é publicado pela APCV. Requisito 4 Programa de formação geral PCV O aderente compromete-se a frequentar sempre que se realize, o Programa de Formação Geral do Parques Com Vida, transversal a todos os eixos e com as seguintes temáticas: “conhecer o território PCV”; “Qualidade em Turismo”; “Proteger e utilizar o Território” e “A dimensão social do PCV”. O Programa de Formação Geral é organizado pela APCV. CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 26 27 D REQUISITOS DE ADESÃO ANIMAÇÃO TURÍSTICA COMPROMISSO TERRITORIAL Requisito 1 Atuação no território a) O aderente exerce atividades de animação turística ou de turismo de natureza há pelo menos um ano e com regularidade no território de abrangência da Marca PCV. b) O aderente está sedeado e/ou tem instalações fixas no território de abrangência da Marca PCV. c) Caso não cumpra o requisito de localização da alínea b), e em alternativa, o aderente tem de demonstrar que a sua atividade contribui para a criação de valor acrescentado no território de abrangência da Marca Parques Com Vida, comprovando que a atividade que exerce contribui para o desenvolvimento socioeconómico do território, através do emprego de mão de obra local e/ou da dinamização de outros serviços ou atividades locais subsidiárias do turismo (por exemplo, alojamento, restauração, da venda de artesanato ou produtos agroalimentares locais) e/ou da subcontratação a outras empresas locais prestadoras de serviços de animação turística ou de turismo de natureza, entre outras formas. Requisito 2 Ponto de informação PCV O aderente constitui-se como um “ponto de informação PCV”, prestando informação aos seus clientes e visitantes do território, por comunicação direta e através da disponibilização de materiais informativos do território e da Marca PCV. Para tal, o aderente integra no seu estabelecimento ou instalações fixas existentes no território PCV, no interior ou exterior conforme aplicável, o logótipo e demais suportes identificativos da Marca, definidos no Capítulo IV do Regulamento da Marca PCV. COMPROMISSO DE QUALIDADE Requisito 1 Atividade licenciada e requisitos legais O aderente cumpre a legislação aplicável aos serviços e atividades de animação turística ou de turismo de natureza que promove, nomeadamente no que se refere às licenças, alvarás, averbamentos e outros requisitos legalmente estipulados à data do pedido. Assim, e sem prejuízo de outros legalmente previstos, indicam-se os principais requisitos atualmente estipulados: a) Licenciamento de atividades de animação turística através de Alvará emitido pelo Instituto de Turismo de Portugal; b) Registo no Registo Nacional de Agentes de Animação Turística; CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS c) Averbamento como Turismo de Natureza ao Alvará de Agente de Animação Turística emitido pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, quando as atividades forem desenvolvidas em áreas protegidas; d) Licenciamento de atividades marítimo-turísticas através de Licença a conceder, consoante os casos, pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, órgãos locais da Autoridade Marítima Nacional ou entidades com jurisdição no domínio hídrico fluvial ou lacustre, quando aplicável; e) Licenciamento das estruturas e instalações fixas, nomeadamente instalações desportivas, e do respetivo funcionamento pelas entidades competentes, quando aplicável; f) Licenciamento de veículos, embarcações e aeronaves utilizados nas atividades de animação turística ou de turismo de natureza, quando aplicável; g) Celebração e atualização dos seguros adequados a garantirem a cobertura dos riscos decorrentes das atividades de animação turística ou de turismo de natureza; h) Realização de vistorias obrigatórias aos equipamentos, veículos, embarcações e aeronaves utilizados nas atividades de animação turística ou de turismo de natureza, pelas entidades competentes, quando aplicável. i) Dispor de livro de reclamações em todos os estabelecimentos. próprio das instalações e atividades de animação turística ou de turismo de natureza; b) Acondicionar e dotar os locais de prática, localizados em espaços ou instalações da responsabilidade do aderente, com equipamentos adequados e certificados (reconhecidos pela CE), quando aplicável. c) Zelar, com a necessária adequação, pelo cumprimento dos requisitos de segurança constantes na Carta de Recomendação do Parque para a prática de atividades de animação turística ou de turismo de natureza, mesmo quando estas se realizam no território PCV não abrangido pela Área Protegida; d) Informar todos os clientes sobre as principais regras de segurança constantes na Carta de Recomendação do Parque referida na alínea anterior, antes do início da realização das atividades; e) Possuir no estabelecimento e instalações fixas existentes no território, de forma identificada e visível ou acessível para consulta, informação sobre os principais requisitos de segurança aplicáveis às instalações, equipamentos e atividades de animação turística ou de turismo de natureza. (Anexo D/2/3.2AD – Carta de Recomendação do Parque para a prática de atividades de animação turística ou de turismo de natureza (conduta ambiental e de segurança) – Modelo a afixar ou disponibilizar para consulta na sede e instalações da empresa.) Requisito 4 Elementos não autorizados Requisito 2 Inquérito de satisfação O aderente dispõe de inquéritos de satisfação, disponíveis aos clientes e fornecidos pela Marca PCV nos moldes definidos no Capítulo IV do Regulamento da Marca (Requisito de Adesão 2- Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial) e aceita que a Associação PCV tenha direito exclusivo de acesso à informação dos inquéritos de satisfação. Requisito 3 PCV em segurança O aderente atua em prol da qualidade e da segurança no exercício das atividades que promove, através das seguintes práticas: a) Respeitar o enquadramento regulamentar O aderente não utiliza na decoração de interior e exterior do seu estabelecimento e instalações fixas, elementos que transmitam uma imagem errónea ou contraditória com os objetivos da Marca PCV, nomeadamente a exibição de espécies cujo abate e captura não sejam autorizados por lei. Requisito 5 Integração na oferta institucional PCV O aderente integra a oferta institucional da Marca PCV, sendo responsável pela cedência de informação atualizada sobre a empresa e atividades promovidas para integração no site e em materiais promocionais da Marca PCV. CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 28 29 Requisito 2 Instalações e infraestruturas COMPROMISSO AMBIENTAL Requisito 1 Condicionantes ambientais e de ordenamento do território Para além do licenciamento referido na alínea b) do requisito 1 do compromisso de qualidade, o aderente cumpre os restantes requisitos estabelecidos por normas ambientais e pelos instrumentos de ordenamento do território, comprometendo-se a: a) Sempre que obrigatório, dispor de autorizações ou licenças previstas por normas ambientais e de ordenamento do território; b) Cumprir o Regulamento e a Carta de Desporto de Natureza da Área Protegida; c) Respeitar os instrumentos de ordenamento aplicáveis ao território em causa, nomeadamente Planos de Ordenamento das Áreas Protegidas, Planos Diretor Municipais e Planos de Ordenamento de Albufeiras. (Anexo D/3/1AD – Normas ambientais e de ordenamento do território: legislação aplicável ao setor e ao território PCV.) O aderente garante que: a) As instalações ou infraestruturas da sua responsabilidade não se encontram próximas de estruturas urbanas ou ambientais degradadas, com exceção das já existentes ou a construir quando se enquadrem num processo de requalificação urbana ou ambiental; b) As instalações ou infraestruturas da sua responsabilidade estão devidamente enquadradas na paisagem e envolvente local; c) As instalações e infraestruturas e todo o espaço físico de suporte da sua responsabilidade estão devidamente mantidos em termos de limpeza e arranjo dos espaços exteriores. Requisito 3 Conduta ambientalmente responsável O aderente promove junto dos seus clientes uma conduta ambientalmente responsável, de sensibilização e educação ambiental, comprometendo-se: a) A zelar pelo cumprimento da conduta ambiental defendida na Carta de Recomendação do Parque para a prática de atividades de animação turística ou de turismo de natureza, mesmo quando estas se realizam em território PCV não abrangido pela Área Protegida; b) A informar todos os clientes, antes do início da realização das atividades, sobre a conduta ambiental defendida na Carta de Recomendação do Parque para a prática de atividades de animação turística ou de turismo de natureza; c) A possuir no estabelecimento e instalações fixas existentes no território, de forma identificada e visível ou acessível para consulta, informação sobre a conduta ambiental e normas ambientais e de ordenamento do território aplicáveis às atividades, instalações e equipamentos. COMPROMISSO SOCIAL Requisito 1 Conduta social responsável Requisito 3 Festival PCV O aderente integra voluntariamente na sua atividade e na sua interação com outras partes interessadas, preocupações sociais, nomeadamente ao nível de: a) Gestão de recursos humanos; b) Saúde e segurança no trabalho; c) Respeito pelos direitos humanos; d) Parceiros comerciais, fornecedores e consumidores; e) Comunidades locais. Requisito 2 Promoção da Marca PCV e seus aderentes O aderente promove a Marca PCV junto dos seus clientes e disponibiliza-lhes informação sobre os aderentes PCV de outros setores de atividade do seu território, de forma a estabelecer uma lógica de oferta integrada PCV. A informação aos clientes é feita através dos materiais promocionais da Marca e dos aderentes PCV, disponíveis no ponto de informação PCV (Requisito de Adesão 2 Ponto de informação PCV, do Compromisso Territorial). O aderente cumpre as atividades que lhe competem realizar no âmbito do calendário de atividades do Festival PCV, previamente programado e acordado entre a APCV e o aderente. O calendário de atividades do Festival PCV é publicado pela APCV. Requisito 4 Programa de formação geral PCV O aderente compromete-se a frequentar sempre que se realize, o Programa de Formação Geral do Parques Com Vida, transversal a todos os eixos e com as seguintes temáticas: “conhecer o território PCV”; “Qualidade em Turismo”; “Proteger e utilizar o Território” e “A dimensão social do PCV”. O Programa de Formação Geral é organizado pela APCV. (Anexo D/3/3.2AD – Código de Conduta das Empresas de Turismo de Natureza (Anexo 1 da Portaria n.º 651/2009 de 12 de junho).) CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 30 E PROGRAMA DE MELHORIA Requisito 1 O aderente apresenta, no momento de candidatura, o Programa de Melhoria que contém os objetivos e as ações de melhoria para cada eixo do Compromisso PCV (Territorial, Qualidade, Ambiental e Social), comprometendo-se a implementá-lo num período de dois anos. As ações a propor no programa de Melhoria devem enquadrar-se nos objetivos comuns definidos para cada setor. Requisito 2 O aderente compromete-se, ainda: a) A participar ativamente na atualização da grelha de objetivos comuns do PM; b) A frequentar os módulos de formação inseridos no Programa de Formação Específica PCV, da responsabilidade da Associação PCV; c) A facilitar o acesso a dados estatísticos e informação particular da empresa, considerados relevantes para as atividades do Observatório da Marca PCV; d) A adotar ações pontuais para corrigir ou melhorar a qualidade das atividades e serviços prestados, que venham a ser sugeridas e devidamente fundamentadas pela Associação PCV. A Associação PCV fundamenta as sugestões de melhoria com base no Observatório da Marca PCV ou na análise da informação proveniente dos inquéritos de satisfação do cliente ou nas auditorias intercalares efetuadas à empresa aderente. CAPÍTULO VI - COMPROMISSO PCV/AGENTES ECONÓMICOS 31 CAPITULO VII – PROCESSO DE ADESÃO DOS AGENTES INSTITUCIONAIS A Marca Parques Com Vida tem como principal objetivo a certificação das tipologias dos serviços de alojamento, restauração, pontos de venda ao público e animação turística ou de turismo de natureza. Contudo e tendo em conta que a APCV também terá associados institucionais, é pertinente definir o processo de adesão dos agentes institucionais. Por agentes institucionais potencialmente aderentes à Associação Parques Com Vida, entendem-se todas as instituições que detêm responsabilidades no desenvolvimento transversal dos vários territórios de abrangência da Marca. São exemplo de potenciais aderentes as Câmaras Municipais, as Associações de Desenvolvimento Local, entre outras. A Associação Parques com Vida convidará os agentes institucionais que entenda como importantes para a prossecução dos objetivos constantes nos seus estatutos, a integrar a Associação Parques com Vida, podendo no entanto a proposta de adesão ser apresentada pelas próprias instituições. Será proposto à instituição convidada ou proponente a realização de um protocolo de colaboração entre as partes, de modo a garantir o início de um trabalho em parceria efetiva, de colaboração e de relacionamento inter institucional e onde deverão estar explicitas as suas responsabilidades enquanto parceiro ativo da APCV. CAPÍTULO VII - PROCESSO DE ADESÃO DOS AGENTES INSTITUCIONAIS 32 GLOSSÁRIO O presente Regulamento utiliza as seguintes definições: Atividades das empresas de animação turística: A organização e a venda de atividades recreativas, desportivas ou culturais, em meio natural ou em instalações fixas destinadas ao efeito, de caráter lúdico e com interesse turístico para a região em que se desenvolvam. Atividade de Turismo de Natureza: Integra as atividades de animação turística desenvolvidas em áreas classificadas ou outras com valores naturais, desde que sejam reconhecidas como tal pelo ICNB, I.P.. Aderente: São todas as tipologias de serviços e entidades que satisfaçam os requisitos de adesão e de melhoria constantes no Compromisso da Marca PARQUES COM VIDA, em função do serviço ou setor de atividade correspondente. Alojamento Local: Integra as moradias, apartamentos e estabelecimentos de hospedagem que, dispondo de autorização de utilização, prestem serviços de alojamento temporário, mediante remuneração, mas não reúnam os requisitos para serem considerados empreendimentos turísticos. Código de Conduta do Parque para as atividades de animação turística e ambiental: Manual do Parque que contém as principais regras, orientações e boas práticas ambientais, comportamentais e de segurança a observar no exercício das atividades de animação turística e ambiental que se realizam em contacto com a natureza. Empreendimento turístico: Integra os estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento, mediante remuneração, dispondo, para o seu funcionamento de um adequado conjunto de estruturas, equipamentos e serviços complementares. Festival PCV: É o conjunto de atividades e eventos de animação turística e cultural, com calendário próprio, que privilegiam o conceito da oferta integrada dos serviços PCV para os visitantes e populações locais. 33 Pontos de venda ao público: São estabelecimentos de Comércio Tradicional de venda ao público onde, maioritariamente, são vendidos produtos artesanais e agroalimentares certificados e outros produtos de âmbito local e/ou tradicional. Ponto de informação PCV: Corresponde, por inerência, ao aderente à Marca PCV, reconhecido por esta como um local destinado à prestação de informação sobre o território aos utentes e visitantes, de forma direta e/ou através da disponibilização de material informativo e promocional sobre o território em suporte específico à Marca. Produto artesanal: É o produto artesanal produzido por uma unidade produtiva artesanal ou por um artesão com a respetiva carta, reconhecidos pelo PPART, de acordo com a legislação em vigor. Acrescem ainda os produtos artesanais com certificado de origem. Produto agroalimentar certificado: Todo o produto agroalimentar com DOP (Denominação de Origem Protegida), IGP (Indicação Geográfica Protegida), ETG (Especialidades Tradicionais Garantidas), BIO (produção em modo Biológico), PI (Produção Integrada). Produto de âmbito local: Todo o produto produzido no território de abrangência da Marca PCV. Produto Tradicional: Produto de origem conhecida e comprovável, com características sensoriais próprias e com qualidade específica diferenciada e ligada à sua origem geográfica e ao saber fazer tradicional e ancestral, que se tem mantido ao longo de várias gerações. Programa de formação geral PCV: É o programa de formação que inclui o conjunto de módulos de formação correspondentes a cada um dos eixos: território, qualidade, ambiente e social. Programa de formação específica PCV: É o programa de formação que os destinatários da Marca PCV identificaram como sendo o conjunto de módulos de formação específicos necessários aos diferentes serviços e setores de atividade e relativos aos eixos território, qualidade, ambiente e social. Receita tradicional: Toda a confeção culinária que, utilizando ingredientes tradicionais, tem um determinado nível de reconhecimento no território a que diz respeito. Restauração: São estabelecimentos de restauração os que proporcionam, mediante remuneração, refeições e bebidas no próprio estabelecimento ou fora dele. GLOSSÁRIO ANEXOS DOCUMENTOS SETORIAIS DOSSIER DE CANDIDATURA ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS 34 35 ANEXO B/2/2AD - LISTAGEM DO CONTEÚDO DA EMENTA PARQUES COM VIDA Objetivo: Identificar os Pratos Tradicionais reconhecidos pela APCV. Território do Parque Natural do Montesinho Fonte: “Produtos Tradicionais Portugueses “, Direção Geral de Desenvolvimento Rural, 2001; Site da Câmara Municipal de Bragança; Site da Câmara Municipal de Vinhais; Região de Turismo do Nordeste Transmontano. Sopas Sopa das matanças Sopa das malhas Sopa das alheiras Caldo de nabos Caldo de castanhas com feijão vermelho Caldo de cascas Caldo de couves Caldo à Transmontana Sopa de grão-de-bico Caldo de castanha Entradas Requeijão Manteiga Torradas de mel Torradas de azeite Salpicão Chouriço Presunto Peixinhos do rio Folar da Páscoa Pasteis de massa tenra Pratos típicos Trutas do Tuela Peixinhos do rio fritos Bacalhau cozido com batatas e tronchos de couve penca Bacalhau assado com pão centeio Polvo cozido no pote Cuscos Cabrito ou cordeiro à transmontana Javali Grelos cozidos com linguiça e chouriço de pão Cozido à transmontana Vitela entronchada com castanhas Rodeão assado Rojões Fígado com couve guisada Feijoada à transmontana Milhos Casulas/Cascas Miolos (sopas de pão ou ovos mexidos, ossos de costelas) Posta mirandesa Cabrito do Montesinho Carne de porco estufado com castanhas Bifes de presunto em cebolada Frango albardado Leitão “torradeiro” Aba guisada com ovos ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Aves de Capoeira/Caça Perdiz estufada ou assada Arroz de pato no forno Arroz de lebre Arroz de tordos Coelho guisado Coelho com molho vilão Caldos de perdiz Sopa de coelho bravo Sobremesas Tarte de castanhas Pudim de ovos Pudim de castanha Arroz doce Sonhos de abóbora Leite-creme com pão de ló Bolo de castanha Súplicas Económicos Filhós Rabanadas Bolo de noz Bolinhos ou doces das Clarissas Pão de ló Aletria Ovos doces Bolo de mel Rosquilhas Enchidos Alheira assada com batata frita e grelos (inverno) Butelo com casacas (inverno) Enchidos cozidos com batata cozida e grelos Chouriça assada com batata cozida e grelos Chouriça e presunto com favas guisadas Chouriça com milhos Salpicão assado com grelos cozidos Doces Caseiros Doce de Chila Doce de abóbora com noz Doce de pêssego Doce de morango Doce de pavia Doce de marmelo Compota de pera Compota de pêssego Compota de cereja Compota de amora Compota de ameixa Território do Parque Natural do Douro Internacional Fonte: Sites das Câmaras Municipais, IDRHa. Enchidos Alheira Salpicão Chouriço de carne Presunto Morcelas Salpicão de ossos Farinheira Bucho de porco recheado Bulho Queijos Cabra Ovelha Ovelha e vaca Caça Coelho à caçador Javali Lebre Perdiz com castanhas Sopas Sopas de tomate Sopas de alho Sopas de ovo Sopa de pedra Sopa de peixe Sopa de carrapatos Caldo de couves Caldo de feijão com hortaliça ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Carne Posta de vitela à Mirandesa Leitão Perdiz com castanhas Anho ou cabrito assado com batatas e arroz de forno Capado (bode castrado) assado na brasa com molho de azeite, vinagre e salsa Folar de carne Borrego assado Febras grelhadas Feijoada Torresmos Alheira com grelos Marra (carne de porco assada na brasa) Casulas (vagens secas cozidas com carne de porco fumada) Cozidos com grelos Peixes Lascas de bacalhau cru ou assado Bacalhau cozido com azeite Peixe com arroz malandro de feijão verde ou tomate Batatas com bacalhau à lagareiro Bacalhau assado com batatas a murro Doces Doces com ovos e amêndoa Doces de chila com amêndoa “Arrepelados” Amêndoa coberta Milhos doces Folar doce Compotas Filhós Arroz-doce Papas de milho Biscoitos de Escalhão “Mortoiros” de Mata de Lobos 36 “Esquecidos” de Mata de lobos Súplicas Sodos Roscos Bola doce mirandesa Rosquilhas Pão de ló Outros Bola de azeite e queijo Azeitonas de conserva Salada de alcaparras Torta de espargos bravios Tibornas (pão torrado com azeite) Pão de trigo ou centeio Mel Melctões Figos secos com amêndoa Uvas Laranjas Azeitonas curtidas Vinho 37 Território do Parque Natural do Alvão Fonte: “Guia dos Produtos de Qualidade 2005 – DOP / IGP / ETG / DOC / IPR / AB / PI “, IDRHa Fonte: “Produtos Tradicionais Portugueses “, Direção Geral de Desenvolvimento Rural, 2001; “Artes e Ofícios Tradicionais do Distrito de Vila Real” – NERVIR; Site da Câmara Municipal de Vila Real, Região de Turismo da Serra do Marão. Enchidos Alheira de Vinhais Chouriça Doce de Vinhais Chouriço Azedo de Vinhais Butelo de Vinhais Presunto de Vinhais Alheira de Mirandela Moura de Vila Real Presunto do Marão Carnes Posta maronesa Cabrito assado com arroz de forno Tripas aos molhos Joelho da porca Vitela Bola de carne Covilhetes de Vila Real Cozido à portuguesa Milhos Peixe Diversos pratos de bacalhau Sopas Diversas Doces Pasteis de toucinho Cristas de Galo Pasteis de Santa Clara Conventuais Tigelinhas de laranja Pitos de Santa Luzia Cavacórios Bexigas Santórios Ganchas de S. Brás Amêndoas cobertas Cavacas Toucinho do céu Queijadas Pão de ló Rosquilhos Bolinhos de Chila Bolos Pobres Filhós Massapães Orelhas de abade Viuvinhas Outros Vinhos do Douro Vinhos de Trás-os-Montes Figos secos do Douro ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Território do Parque Nacional da Peneda-Gerês Entradas Pão Castrejo Bolo do Forno da Broa Bola de presunto Bolo de lampreia Fritada de ovos com presunto Lampreia de escabeche Fumeiro de abade Queijo da Cachena Chouriço de Abóbora Orelheira Bolo do tacho Pataniscas de bacalhau Farinhados Enchidos e fumados da terra de Nóbrega Bolo de Sertã Papas de Sarrabulho Enchidos e fumados da Salgadeira Bolo do forno da broa Bacalhau frito com arroz de feijão Pastéis de bacalhau Folar Pão de centeio Presunto e chouriço de Montalegre Sopas Água d’unto Caldo de substância Sopas de ossos e assuão Sopa de grão Caldo de farinha Caldo verde Caldo da serra Caldo de feijão Carnes Carne de cabrito de Castro Laboreiro Batatada Castreja Grelos com rojões Bifes de presunto Posta Barrosã Alô de Cabidela Sarrabulho de Melgaço Cabrito da Serra à moda do Soajo Cozido à minhota Arroz de pato Costela Barrosã com arroz malandro Chanfana de cabra à moda de Germil Cozido do “Pai Velho” Cabritinho Mamão Coelho Bravo estufado Cozido de couves com feijão Cabritinho da Geira Vitela do Gerês Arroz de galo na caçarola Feijoada de ossos d’assuão Caldeirada de “cabra nova” Cozido à barrosã Cabrito do barroso assado no forno Cabrito do barroso estufado Cabrito do barroso de caldeirada Fumeiros Vitela assada do barroso Coelho do monte Perdiz Javali ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Peixes Lampreia em arroz Lampreia assada Lampreia no espeto Lampreia em escabeche Lampreia enrolada Lampreia seca Sável frito Bacalhau da casa Bacalhau à Violeta Trutas do Vez Bacalhau frito das vessadas Lampreia à Bordalesa Truta com presunto Bacalhau com broa Trutas fritas dos regatos do Gerês Pescada da Póvoa Truta recheada Sobremesas Bucho doce Tostas douradas Pastéis mimosos Migas doce Arroz doce Mexidos Bolo da Casa Biscoito de Melgaço Bolo de mel Pudim de mel Charutos de ovos Rebuçados dos Arcos Laranja de Ermelo Leite real Leite-creme Rabanadas de mel Sopa de leite Rabanadas de mel Filhozes de abóbora menina Aletria Formigos à minhota 38 ANEXO C/2/2AD - LISTAGEM DOS PRODUTOS ARTESANAIS CONOTADOS COM O TERRITÓRIO E APROVADOS PELA ASSOCIAÇÃO PCV Território do Parque Natural do Montesinho Fonte: Artesanato tradicional Português Trás-os-Montes e Douro, produtos e ofícios artesanais. Artes e Ofícios Têxteis Tecidos de puro linho. Toalhas, cortinados, cobertas. Bordados e Rendas: colchas, camilhas, centros de mesa, toalhas de mesa, guardanapos, tapeçaria, jogos de banho, panos de tabuleiro, passadeiras, tapetes de lã, cobertores, outros panos. Artes e Ofícios da Cerâmica Olaria: cantarinhas de Pinela. Azulejaria, pintura em cerâmica, porcelana. Artes e Ofícios de Trabalhar Madeira e Cortiça Tanoaria: pipos, canecos, carros de bois. Produtos em madeira: miniaturas, alfaias agrícolas, teares, trabalhos diversos. Artes e Ofícios de Trabalhar a Pedra Produtos em Pedra: casas em pedra, relógios de lousa, cantaria artística, igrejas, miniaturas, trabalhos diversos. 39 Território do Parque Natural do Douro Internacional Fonte: Câmaras Municipais. Artes e Ofícios Têxteis Tecidos de Saragoça e Buréis usados na manufatura das capas de honra e coletes. Colchas, tapetes, carpetes, alforges em lã de ovelha e linho. Rendas e bordados. Pinturas em tecido e outros materiais. Tecelagem. Tecelagem do linho, da lã e do algodão. Tecelagem da seda. Artes e Ofícios da Cerâmica Olaria. Artes e Ofícios de Trabalhar Elementos Vegetais Trabalhos em verga. Cestaria. Artes e Ofícios de Trabalhar Peles e Couros Gaitas de foles. Artes e Ofícios de Trabalhar Elementos Vegetais Cestaria: cestas, tabuleiros. Artes e Ofícios de Trabalhar Peles e Couros Albardas, correias, coleiras. Artes e Ofícios de Trabalhar Madeira e Cortiça Trabalhos de madeira. Facas de Palaçoulo. Cadeiras. Miniaturas em madeira. Artes e Ofícios de Trabalhar o Metal Latoaria (lata, chapa, estanho, cobre, etc.): lampiões, regadores, funis, candeeiros, pulverizadores. Artes e Ofícios de Trabalhar o Metal Trabalhos em ferro forjado. Latoaria. Ferraria. ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Artes e Ofícios de Trabalhar a Pedra Reprodução em miniatura de casas e construções típicas transmontanas. Artes e Ofícios de Trabalhar Madeira e Cortiça Cangas e cangalhos, espadela, cortiços, fusos e rocas, jugos trabalhados, tanoaria, socos e tamancos, espigueiros, miniaturas (canastros, espigueiros), marcenaria, utensílios e outros objetos em madeira, alfaias agrícolas, soques em madeira. Território do Parque Natural do Alvão Fonte: “Artes e Ofícios Tradicionais do Distrito de Vila Real” – NERVIR. Artes e Ofícios Têxteis Bragal: tecidos de puro linho. Toalhas, cortinados, cobertas. Bordados e Rendas: colchas, panos de ganho, rendas de barqueiros, camilhas, centros de mesa, toalhas de mesa, guardanapos, tapeçaria, jogos de banho, panos de tabuleiro, passadeiras, tapetes de lã, cobertores, outros panos. Artes e Ofícios de Trabalhar Peles e Couros Albardas, correias, coleiras. Artes e Ofícios da Cerâmica Olaria Negra de Bisalhães: potes, jarras, peças grandes, miniaturas. Azulejaria, pintura em cerâmica, porcelana. Artes e Ofícios de Trabalhar a Pedra Produtos em Pedra: casas em pedra, espigueiros, relógios de lousa, cantaria artística, casas de xisto, igrejas, miniaturas, trabalhos diversos. Artes e Ofícios de Trabalhar o Metal Latoaria (lata, chapa, estanho, cobre, etc.): botijas, lampiões, regadores, funis, candeeiros, pulverizadores. Artes e Ofícios de Trabalhar Madeira e Cortiça Tanoaria: pipos, canecos, carros de bois. Tamancaria: socos, tamancos. Produtos em madeira: miniaturas, espigadeiras, castanhetas, alfaias agrícolas, barcos rabelos, teares, trabalhos diversos. Artes e Ofícios de Trabalhar Elementos Vegetais Cestaria: cestas, vindimos, roupeiros, tabuleiros. Croçaria: croças. Território do Parque Nacional da Peneda-Gerês Fonte: Com base no estudo desenvolvido para a ADERE - Peneda Gerês pelo CRAT - Centro Regional de Artes Tradicionais. Artes e Ofícios de Trabalhar Elementos Vegetais Cestaria, croças em junco, trabalhos em verga ou junco, miniaturas em colmo. Artes e Ofícios de Trabalhar o Vidro Esculturas em vidro. ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Artes e Ofícios Têxteis Mantas de farrapos e de lã, cobertores de lã, monelha ou molhelha, tapetes, passadeiras, carpetes, tecelagem em lã, tecelagem em algodão, meias de lã, luvas, trabalhos em lã, rendas (toalhas, jogos de naperons, cortinas, colchas), crochet, tecelagem em linho, fiação e tecelagem em linho e algodão, lenços dos namorados, bainhas abertas, tirelas, bordados (ponto de cruz, a matiz, meio ponto), trajes típicos de Castro Laboreiro, acessórios de vestuário (aventais), bonecas, bonecos de pano, fabrico de redes de pesca, Mlas feitas de trapilhos e farrapos. Artes e Ofícios da Cerâmica Cerâmica figurativa contemporânea. Artes e Ofícios de Trabalhar o Metal Ferros forjados, instrumentos de trabalho em ferro forjado (foices, machados), cutelaria, crabunha (gadanhas para cegar o feno). Artes e Ofícios de Trabalhar a Pedra Cantaria e escultura em granito (santos, relógios de sol, espigueiros, miniaturas, etc.). 40 41 ANEXO C/2/3AD - LISTAGEM DOS PRODUTOS AGROALIMENTARES CONOTADOS COM O TERRITÓRIO E APROVADOS PELA ASSOCIAÇÃO PCV PRODUTOS TRADICIONAIS Fonte: “Produtos Tradicionais Portugueses”, Direção Geral de Desenvolvimento Rural, 2001. Objetivo: Identificar os Produtos Agroalimentares reconhecidos pela APCV. Território do Parque Natural do Douro Internacional PRODUTOS CERTIFICADOS Território do Parque Natural do Montesinho Fonte: www.idrha.min-agricultura.pt/produtos_tradicionais e Câmaras Municipais. PRODUTOS CERTIFICADOS Fonte: www.idrha.min-agricultura.pt/produtos_tradicionais Denominação de Origem Protegida Carne Bovina Mirandesa Cordeiro Bragançano Castanha da Terra Fria Mel do Parque de Montesinho Azeite de Trás-os-Montes Denominação de Origem Carne de Bísaro Transmontano Indicação Geográfica Protegida Salpicão de Vinhais Chouriça de Vinhais Indicação Geográfica Vinho Regional Trás-os-Montes Presunto Bísaro de Vinhais Chouriço Azedo de Vinhais Alheira de Vinhais Chouriça Doce de Vinhais Butelo de Vinhais Batata de Trás-os-Montes Vinhos PDR DOC Vinho de Trás-os-Montes Agricultura Biológica Apicultura Horticultura Vinha, etc... PRODUTOS TRADICIONAIS Fonte: João Azevedo Editor, 1998, Património Natural Transmontano “P. N. de Montesinho” Pudim de castanhas Bola de mel Rosquilhas Súplicas Económicos Filhós Sonhos Casulas / cascas Folares da Páscoa Pasteis de massa tenra ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Denominação de Origem Protegida Azeite de Trás-os-Montes Azeite da Beira Alta Carne Mirandesa Cabrito Transmontano Cabrito da Beira Borrego Terrincho Borrego da Beira Queijo Terrincho Queijo de Cabra Transmontano Mel da Terra Quente Amêndoa do Douro Azeitona de Conserva Negrinha de Freixo Denominação de Origem Carne de Bísaro Transmontano Indicação Geográfica Alheira de Vinhais Butelo de Vinhais Chouriço Azedo de Vinhais Chouriço Doce de Vinhais Presunto de Vinhais Vinhos VQPRD DOC Douro DOC Porto DOC Beira Interior IPR Planalto Mirandês Azeite de Trás-os-Montes (DOP) Azeitona de Conserva Negrinha de Freixo (DOP) Biscoitos de Escalhão Carne Mirandesa (DOP) Amêndoa do Douro (DOP) Figo seco do Douro Mel da Terra Quente (DOP) Folar de Trás-os-Montes Pão de Escalhão Queijo de cabra transmontano (DOP) Queijo Terrincho (DOP) Cabrito Transmontano (DOP) Borrego Terrincho (DOP) Laranja do Douro Território do Parque Natural do Alvão PRODUTOS CERTIFICADOS Fonte: “Guia dos Produtos de Qualidade 2005 – DOP / IGP / ETG / DOC / IPR / AB / PI “, IDRHa, 2005. Denominação de Origem Protegida Carne Maronesa Mel das Terras Altas do Minho Indicação Geográfica Protegida Cabrito das Terras Altas do Minho Indicação Geográfica Cordeiro de Barroso Alheira de Vinhais Chouriça Doce de Vinhais Chouriço Azedo de Vinhais Butelo de Vinhais Presunto de Vinhais Especialidades Tradicionais Garantidas Alheira de Mirandela; Frutos em Vinho do Porto PRODUTOS CERTIFICADOS Vinhos DOC Douro DOC Porto DOC Vinho Verde Indicação Geográfica: Vinho Regional Trás-os-Montes Vinho Regional Minho PRODUTOS TRADICIONAIS Fonte: “Produtos Tradicionais Portugueses “, Direção Geral de Desenvolvimento Rural, 2001; “Artes e Ofícios Tradicionais do Distrito de Vila Real” – NERVIR; Site da Câmara Municipal de Vila Real, Região de Turismo da Serra do Marão. Pitos de Santa Luzia Covilhetes de Vila Real Cristas de Galo Pastéis de Toucinho Amêndoas cobertas Ganchas de S. Brás Cavacas Cavacórios Toucinho do Céu Queijadas Pão de ló Rosquilhos Pasteis de Santa Clara Tigelinhas de laranja Santórios Figos secos do Douro Bolinhos de Chila Bexigas Bolos Podres Filhós Massapães Orelhas de Abade Viuvinhas Moura de Vila Real Presunto do Marão Bola de carne Território do Parque Nacional da Peneda-Gerês ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Denominação de Origem Protegida Carne de Cachena (Entre Douro e Minho) Carne de Barrosã (Entre Douro e Minho) Mel do Barroso (Montalegre) Mel das Terras Altas do Minho (Entre Douro e Minho) Indicação Geográfica Protegida Cabrito das Terras Altas do Minho (Entre Douro e Minho) Cabrito do Barroso (Montalegre) Presunto do Barroso (Montalegre) Vinhos VQPRD DOC Vinho Verde DOC Vinho Verde, sub-região Monção Melgaço PRODUTOS TRADICIONAIS Fonte: “Roteiro gastronómico de Arcos de Valdevez” e sites das Câmaras Municipais. Laranja do Ermelo – SlowFood® (Arcos de Valdevez) Broa de Milho – SlowFood® (Arcos de Valdevez) Feijão “Tarrestre” – SlowFood® (Arcos de Valdevez) Charutos de ovos Rebuçados dos Arcos Pudim de milho regional Torta com doce de fruta Tarte de feijão Torta de laranja de Ermelo Bolo de castanha Bolo branco Docinhos de milho Queijadas de laranja Pastéis de Sta. Eufémia Ervas aromáticas 42 43 ANEXO D/2/1AD - LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO SETOR DA ANIMAÇÃO TURÍSTICA OU TURISMO DE NATUREZA Turismo de Natureza Principais diplomas legais aplicáveis ao setor da animação turística ou de turismo de natureza: Animação Turística e Operadores Marítimo-Turísticos Potencial Interesse Turístico Instalações desportivas e responsabilidade técnica pelas instalações desportivas Utilidade Turística Portaria n.º 651/2009, de 12 de junho Define o Código de Conduta a adotar pelas empresas de animação turística e dos operadores marítimoturísticos que exerçam atividades reconhecidas como turismo de natureza e o logótipo que os identifica. Decreto-Lei n.º 174/2008, de 26 de agosto Aprova o Regulamento do Sistema de Reconhecimento e Acompanhamento de projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN). Decreto-Lei n.º 271/2009, de 01 de outubro Define a responsabilidade técnica pela direção das atividades físicas e desportivas desenvolvidas nas instalações desportivas. Decreto de Retificação n.º 122/94, de 31 de agosto Retifica a Portaria n.º 554/94 de 11 de julho. Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio Estabelece as condições de acesso e de exercício da atividade das empresas de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos. Decreto-Lei n.º 157/2008, de 8 de agosto Estabelece o regime de articulação de procedimentos administrativos de consulta pública e publicitação aplicável aos projetos reconhecidos como de potencial interesse nacional (PIN). ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Decreto-Lei n.º 141/2009, de 16 de junho Consagra o novo regime jurídico das instalações desportivas, procedendo à revogação do DecretoLei n.º 317/97 de 25 de novembro. Portaria n.º 554/94, de 11 de julho Define Utilidade Turística e estabelece os princípios e requisitos necessários para a sua concessão. Portaria n.º 651/2009, de 12 de junho Define o Código de Conduta a adotar pelas empresas de animação turística e dos operadores marítimoturísticos que exerçam atividades reconhecidas como turismo de natureza e o logótipo que os identifica. Decreto-Lei n.º 38/94, de 8 de fevereiro Altera o Decreto-Lei n.º 423/83 de 5 de dezembro, que estabelece o regime de utilidade turística. Decreto-Lei n.º 423/83, de 5 de dezembro Define Utilidade Turística e estabelece os princípios e requisitos necessários para a sua concessão. Declaração de Retificação n.º 39/94, de 31 de março Retifica o Decreto-Lei n.º 38/94 de 8 de fevereiro. Portaria n.º 261/2009, de 12 de março Define os critérios e procedimentos para o reconhecimento, pelo ICNB, I.P., de empreendimentos de turismo de natureza. Decreto-Lei n.º 228/2009, de 14 de setembro Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 39/2008 de 7 de março, que aprovou o regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos. Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março Consagra o novo regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos, procedendo à revogação dos diversos diplomas que regulavam esta matéria e reunindo num único Decreto-lei as disposições comuns a todos os empreendimentos, de modo a tornar mais fácil o acesso às normas reguladoras da atividade. ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS 44 45 Outros diplomas de interesse Lei n.º 60/2007, de 04 de setembro Procede à sexta alteração ao Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, que estabelece o regime jurídico da urbanização e edificação. Decreto-Lei n.º 86/2012, de 10 de abril Altera o Decreto-Lei n.º 65/97 de 31 de março que regula a instalação e o funcionamento dos recintos com diversões aquáticas. Decreto-Lei n.º 10/2009, de 12 de janeiro Estabelece o regime jurídico do seguro desportivo obrigatório, revogando o Decreto-lei n.º 146/93 e Portarias subsequentes. Decreto-Lei n.º 283/2007, de 13 de agosto Altera e republica em anexo o Decreto-Lei n.º 238/2004 de 18 de dezembro, que aprova o regime jurídico aplicável à utilização de aeronaves civis de voo livre e de ultraleves. Regulamento n.º 164/2006, de 08 de setembro Incorpora à regulamentação complementar requerida aplicável às atividades de desporto, recreio e instrução de pilotos nas suas diversas vertentes: construção, certificação, registo, formação e licenciamento de pessoal, operações e aeródromos e outros locais de operação. Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos (V. SECÇÃO IX, sob a epígrafe “Competições desportivas e navegação marítimo-turística, infraestruturas e equipamentos de apoio à navegação”, artigos 70.º e ss. O artigo 81.º, n.º 3, alínea n) determina que constitui contraordenação ambiental muito grave a realização de competições desportivas e navegação marítimo-turística fora das áreas permitidas para o efeito). Decreto-Lei n.º 391-A/2007, de 12 de novembro Primeira alteração ao DecretoLei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, que estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos. Decreto-Lei n.º 32/2011, de 07 de março Estabelece o regime jurídico de acesso e de exercício da atividade de organização de campos de férias. Decreto-Lei n.º 245/2009, de 22 de setembro Segunda alteração ao DecretoLei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, que estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos. Decreto-Lei n.º 82/2010, de 2 de julho Terceira alteração ao DecretoLei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, que estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos. Decreto-Lei n.º 107/2009, de 15 de maio Estabelece o regime de proteção das albufeiras de águas públicas de serviço público e das lagoas ou lagos de águas públicas, dispondo sobre a sua utilização, e determinando, designadamente quais as atividades desportivas condicionadas e as interditas nas diversas zonas, e, bem ainda, o sistema de inspeção e fiscalização e respetivo regime sancionatório. Decreto-Lei n.º 142/2004, de 11 de junho Estabelece o regime jurídico da atividade termal. Mais legislação disponível em www.turismodeportugal.pt (Instituto de Turismo de Portugal) e em www.idesporto.pt (Instituto do Desporto e Juventude de Portugal). ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS ANEXO D/2/3.1/AD - LEGISLAÇÃO APLICÁVEL SOBRE NORMAS DE SEGURANÇA Principais diplomas sobre normas de segurança a observar no exercício de atividades recreativas, desportivas e de animação turística, bem como na instalação e funcionamento de instalações e equipamentos associados: Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio Estabelece as condições de acesso e de exercício da atividade das empresas de animação turística e dos operadores marítimoturísticos, redefinindo o conceito de turismo de natureza e contribuindo para a dinamização do Programa Nacional de Turismo de Natureza. Decreto-Lei n.º 141/2009, de 16 de junho Estabelece o regime jurídico das instalações desportivas de uso público. Decreto-Lei n.º 271/2009, de 01 de outubro Define a responsabilidade técnica pela direção das atividades físicas e desportivas desenvolvidas nas instalações desportivas. Decreto-Lei n.º 119/2009, de 19 de maio Altera e republica em anexo o Regulamento que estabelece as condições de segurança a observar na localização, implantação, conceção e organização funcional dos espaços de jogo e recreio, respetivo equipamento e superfícies de impacte, anexo ao Decreto-Lei n.º 379/97, de 27 de dezembro. Lei n.º 13/2006, de 17 de abril Define o regime jurídico do transporte coletivo de crianças e jovens. Decreto-Lei n.º 255/2007, de 13 de julho Segunda alteração da Lei n.º 13/2006, de 17 de abril (regime jurídico do transporte coletivo de crianças). Decreto-Lei n.º 32/2011, de 07 de março Estabelece o regime jurídico de acesso e de exercício da atividade de organização de campos de férias. Decreto-Lei n.º 550/99, de 15 de dezembro Sujeita os veículos automóveis a inspeção periódica obrigatória. Decreto-Lei n.º 139/95, de 14 de junho Marcação CE e Segurança de determinados produtos e equipamentos. Decreto-Lei n.º 136/2006, de 26 de julho Regula a utilização do gás de petróleo liquefeito (GPL) como combustível nos automóveis. Decreto Regulamentar n.º 5/97, de 31 de março Aprova o regulamento das condições técnicas e de segurança dos recintos com diversões aquáticas. Mais legislação disponível em www.turismodeportugal.pt (Instituto de Turismo de Portugal) e em www.idesporto.pt (Instituto do Desporto e Juventude de Portugal). ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS 46 47 ANEXO D/2/3.2/AD - CARTA DE RECOMENDAÇÕES DO PARQUE PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADES DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA OU AMBIENTAL (CONDUTA AMBIENTAL E DE SEGURANÇA) Transcrição da informação da Carta de Recomendações do Parque para as atividades de animação turística e ambiental (o modelo a fornecer aos agentes económicos aderentes à Marca PCV corresponde ao folheto editado do respetivo Parque): Promova uma atitude responsável na realização de atividades de animação turística ou ambiental: evite os grupos numerosos, o barulho e as atitudes que perturbem o meio que o rodeia; os materiais e equipamentos necessários, tais como cartas topográficas, bússola, binóculos, máquina fotográfica, para além de outro equipamento que seja específico da atividade; Siga pelos trilhos e caminhos existentes, evitando o pisoteio de outras áreas e a abertura de novos trilhos; Zele pela manutenção dos equipamentos e infraestruturas de apoio às atividades de animação; Carta de Recomendações do Parque para as atividades de animação turística e ambiental Contribuir para melhorar o planeamento, a organização e o desenvolvimento das atividades de animação turística ou de turismo de natureza realizadas no Parque. A Carta de Recomendações do Parque para as atividades de animação turística ou de turismo de natureza é dirigida a todos os visitantes da área protegida e, em particular, àqueles que praticam ou promovem as referidas atividades, na vertente da animação, interpretação ambiental ou desporto de natureza. Respeitar esta Carta significa adotar uma conduta ambientalmente responsável durante a realização das atividades de animação turística ou de turismo de natureza, bem como atuar de acordo com determinados cuidados que devem ser considerados especialmente no desenvolvimento das atividades de desporto de natureza que se praticam nesta zona de montanha. Consideram-se três os objetivos principais desta Carta de Recomendações: Sensibilizar os visitantes do Parque e, em particular, os praticantes e promotores de atividades de animação turística ou de turismo de natureza para a adoção de princípios e conduta compatíveis com as características dos valores da área protegida e com os seus objetivos de gestão; Reforçar o caráter pedagógico da Carta de Desporto de Natureza do Parque e, assim, contribuir para a compatibilização entre as práticas de visitação e os objetivos de conservação da natureza e da biodiversidade e de valorização do património; A primeira recomendação que deve ter presente ao planear a sua visita ou atividade no Parque é a de que deve cumprir a legislação em vigor e que poderá sempre contactar os serviços da área protegida no sentido de obter toda a informação necessária. Sempre que possível recorra a uma empresa de animação turística ou de turismo de natureza, mas certifique-se de que a mesma está devidamente licenciada. Normas e recomendações Respeite o Plano de Ordenamento do Parque, a Carta de Desporto de Natureza e outros instrumentos legais de ordenamento do território: cumpra as condicionantes existentes, designadamente no que respeita às áreas de acesso interdito ou condicionado, às épocas do ano e capacidades de carga definidas para determinadas zonas ou atividades específicas; procure saber se a atividade que pretende realizar cumpre essas condicionantes e também se carece de autorização prévia do Parque; Respeite as indicações dos funcionários do Parque; Respeite os valores naturais e culturais do Parque: não danifique a flora nem colha amostras de plantas, líquenes, cogumelos, rochas e minerais; não perturbe a fauna, observe-a à distância; ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Transporte consigo o seu lixo até poder colocá-lo num local de recolha apropriado; Acampe apenas nos locais autorizados e faça os piqueniques nas áreas devidamente acondicionadas para o efeito; Tenha sempre em consideração as previsões meteorológicas, evitando atividades nos dias em que se prevê a ocorrência de chuva, trovoadas e nevoeiros; Evite ir sozinho para a montanha, mas se o fizer informe conhecidos ou uma entidade local; quando regressar, comunique-lhes que terminou a atividade; Utilize vestuário e calçado adequados e tenha presente que os imprevistos acontecem: previna-se com agasalhos, alimentos, água e um isqueiro. Leve também um telemóvel; Tome precauções especiais quando caminha em zonas húmidas e rochosas ou com forte declive, para evitar quedas; evite qualquer ato que o coloque em risco ou aos outros; tenha em consideração que em alguns locais existem minas, pelo que não deverá sair dos trilhos existentes; Respeite a sinalização existente e a propriedade pública ou privada; Comunique ao Parque ou à GNR/SEPNA alguma infração que presencie; Evite o risco de incêndio: informe-se previamente dos locais e épocas do ano em que poderá utilizar fogareiros; evite fumar na floresta e respeite a época em que é proibido; Seja afável com os residentes, esclareça-os quanto à atividade em curso. Caso ocorra algum acidente, e se tiver possibilidade de contacto telefónico, contacte o serviço de emergência (112). Se não for possível efetuar o contacto telefónico, coloque a vítima em segurança e protegida do frio ou do sol e procure ajuda; Caso se perca, e se tiver possibilidade de contacto telefónico, contacte o serviço de emergência (112). Mantenha a calma e seja claro e preciso nas indicações sobre o local onde se encontra; Cuidados Algumas atividades de animação turística ou de turismo de natureza realizadas ao ar livre envolvem diversos riscos. É por isso importante agir com consciência, sobretudo quando desconhece o território ou não domina a atividade. Planeie cuidadosamente a atividade que pretende realizar e tome em consideração os seguintes conselhos: Em caso de mordedura de víbora - o que só acontece se forem diretamente molestadas - deve manter-se calmo e evitar movimentações desnecessárias. Se a parte mordida for um membro, este deve ser imobilizado e deve ser limpa a parte mordida. Deve deslocar-se ao hospital mais próximo. Antes de iniciar a atividade, informe-se sobre as exigências técnicas da modalidade e sobre as características do local de realização. Prepare a atividade e, se for o caso, providencie ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS 48 49 ANEXO D/3/1/AD - NORMAS AMBIENTAIS E DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO: LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO SETOR E AO TERRITÓRIO PCV Principais diplomas sobre normas ambientais e de ordenamento do território aplicáveis ao setor e ao território: Portaria n.º 651/2009, de 12 de junho Define o Código de Conduta a adotar pelas empresas de animação turística e dos operadores marítimoturísticos que exerçam atividades reconhecidas como turismo de natureza e o logótipo que os identifica. Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio Estabelece as condições de acesso e de exercício da atividade das empresas de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos. Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho Estabelece o regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade. Decreto-lei n.º 218/95, de 26 de agosto Regula a circulação de veículos motorizados nas praias, dunas, falésias e reservas integrais. Decreto-lei n.º 49/2005, de 24 de fevereiro Primeira alteração ao DecretoLei n.º 140/99, de 24 de abril, que procedeu à transposição para a ordem jurídica interna da Diretiva n.º 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril, relativa à conservação das aves selvagens (diretiva aves) e da Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de maio, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens (diretiva habitats). Nos termos do artigo 9.º. Decreto-lei n.º 69/2000, de 3 de maio Aprova o regime jurídico da avaliação de impacte ambiental, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 85/337/CEE, com as alterações introduzidas pela Diretiva n.º 97/11/CE, do Conselho, de 3 de março de 1997. O DecretoLei n.º 69/2000 foi retificado pela Declaração de Retificação n.º 7-D/2000, publicada no DR, I-A, suplemento, n.º 149, de 30 de junho. O Decreto-Lei n.º 74/2001, de 26 de fevereiro revogou o n.º 3 do artigo 46.º. O Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de maio foi alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de novembro. ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS Plano de Ordenamento das Áreas Protegidas aprovados Resolução do Conselho de Ministros n.º 11-A/2011, de 04 de fevereiro Aprova o Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês (POPNPG). Resolução do Conselho de Ministros n.º 120/2005, de 28 de julho Aprova o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Douro Internacional. Resolução do Conselho de Ministros n.º 62/2008, de 7 de abril Aprova o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Alvão. Resolução do Conselho de Ministros n.º 179/2008, de 24 de novembro Aprova o Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho. Mais legislação disponível em www.icnb.pt (Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade), em www.turismodeportugal.pt (Instituto de Turismo de Portugal), em www.idesporto.pt (Instituto do Desporto e Juventude de Portugal) e www.inag.pt (Instituto da Água) e sites institucionais das Câmaras Municipais. ANEXO D/3/3.2AD - CÓDIGO DE CONDUTA DAS EMPRESAS DE TURISMO DE NATUREZA (ANEXO 1 DA PORTARIA N. 651/2009, DE 12 DE JUNHO) De acordo com o Anexo 1 da Portaria n.º 651/2009, de 12 de junho, as empresas organizadoras de atividades de turismo de natureza devem-se reger por este Código de Conduto, sendo que em termos de responsabilidade empresarial: - São responsáveis pelo comportamento dos seus clientes no decurso das atividades de turismo de natureza que desenvolvam, cabendo-lhes garantir, através da informação fornecida no início da atividade e do acompanhamento do grupo, que as boas práticas ambientais são cumpridas; - Sempre que os seus programas tenham lugar dentro de áreas protegidas, devem cumprir as condicionantes expressas nas respetivas cartas de desporto de natureza, planos de ordenamento e outros regulamentos, nomeadamente no que respeita às atividades permitidas, cargas, locais e épocas do ano aconselhadas para a sua realização; - Devem respeitar a propriedade privada, pedindo autorização aos proprietários para o atravessamento e ou utilização das suas propriedades e certificando-se de que todas as suas recomendações são cumpridas, nomeadamente no que respeita à abertura e fecho de cancelas; - Na conceção das suas atividades devem certificar-se de que a sua realização no terreno respeita integralmente os habitantes locais, os seus modos de vida, tradições, bens e recursos; - Devem assegurar que os técnicos responsáveis pelo acompanhamento de grupos em espaços naturais têm a adequada formação e perfil para o desempenho desta função, quer ao nível da informação sobre os recursos naturais e os princípios da sua conservação, quer ao nível da gestão e animação de grupos; - São co-responsáveis pela salvaguarda e proteção dos recursos naturais devendo, quando operam nas áreas protegidas e outros espaços naturais, informar o ICNB, I. P., ou outras autoridades com responsabilidades na proteção do ambiente, sobre todas as situações anómalas detetadas nestes espaços; - São agentes diretos da sustentabilidade das áreas protegidas e outros espaços com valores naturais devendo, sempre que possível, utilizar e promover os serviços, cultura e produtos locais; - Devem atuar com cortesia para com outros visitantes e grupos que se encontrem nos mesmos locais, permitindo que todos possam desfrutar do património natural. No que às boas práticas ambientais diz respeito às atividades de turismo de natureza: - Devem ser evitados ruídos e perturbação da vida selvagem, especialmente em locais de abrigo e reprodução; - A observação da fauna deve fazer-se à distância e, de preferência, com binóculos ou outro equipamento ótico apropriado; - Não devem ser deixados alimentos no campo, nem fornecidos alimentos aos animais selvagens; - Não devem recolher-se animais, plantas, cogumelos ou amostras geológicas; - Quando forem encontrados animais selvagens feridos estes devem, sempre que possível, ser recolhidos e entregues ao ICNB, I. P., ou ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA), ou a situação reportada aos referidos organismos, para encaminhamento para centros de recuperação ou outros locais de acolhimento adequados; - Os acidentes ou transgressões ambientais detetados devem ser prontamente comunicados ao serviço SOS Ambiente e Território, ao ICNB, I. P., ou ao SEPNA; - O lixo e resíduos produzidos devem ser recolhidos e depositados nos locais apropriados; - Só deverá fazer-se lume nos locais autorizados para o efeito; - Seja qual for a natureza da atividade, todas as deslocações que lhe são inerentes devem utilizar caminhos e veredas existentes; - A sinalização deve ser respeitada. ANEXOS - DOCUMENTOS SETORIAIS 50 51 DOSSIER DE CANDIDATURA FORMULÁRIO DE CANDIDATURA Formulário de Candidatura e Formulário do Programa de Melhoria 2. Enquadramento da atividade Pretende-se que o candidato selecione o setor de atividade (alojamento, restauração, pontos de venda e animação turística e ambiental) para o qual se candidata, especificando a tipologia dos serviços ou produtos que pretende ver reconhecidos pela Marca Parques Com Vida (PCV). 0. Identificação do processo RECEÇÃO VERIFICAÇÃO Código do processo: Cód. Relatório de Avaliação: Data da receção: A. Alojamento C. Pontos de Venda Tipologia do Empreendimento Turístico: Tipologia dos produtos comercializados: Estabelecimentos Hoteleiros Hotéis Hotéis-Apartamentos Pousadas Aldeamentos Turísticos Apartamentos Turísticos Conjuntos Turísticos (resorts) Turismo de Habitação Turismo no Espaço Rural Casas de Campo Agroturismo Hotéis-Rurais Parque Campismo / Caravanismo Alojamento Local Outras tipologias Qual? Produtos Artesanais Especifique o tipo de produto: A preencher pela Entidade recetora / / Data de verificação: Serviço recetor: Serviço responsável: Assinatura: Responsável da avaliação: Observações: Resultado da avaliação: / / Produtos Agroalimentares Especifique o tipo de produto: 1. Identificação da entidade proponente B. Restauração Denominação social da entidade: Tipologia do estabelecimento e classificação atribuída: Natureza jurídica da entidade: NIF: CAE: Endereço da sede: Localidade: Código Postal: Concelho: Distrito: Telef: Fax: E-mail: Responsável ou pessoa de contacto: Telef / Telemóvel: - Designação Restaurante Casa de Pasto Pastelaria Confeitaria Casa de Chá Classificação Luxo Típico D. Animação Turística ou de Turismo de Natureza Tipologia das atividades e serviços (indicar apenas as que pretende que sejam reconhecidos pela Marca PCV): Animação Rotas temáticas Passeios em veículos todo-o-terreno Atividades tradicionais E-mail: ANEXOS - FORMULÁRIOS ANEXOS - FORMULÁRIOS Interpretação Ambiental Percursos pedestres interpretativos Percursos interpretativos em bicicleta Percursos equestres interpretativos Percursos interpretativos de barco Observação Desporto de Natureza Pedestrianismo Montanhismo Escalada Rapel Slide Bicicleta todo-o-terreno Atividades equestres Orientação Canyoning Canoagem Remo Vela Mergulho Voo-livre Balonismo Outras atividades e serviços Especifique: 52 53 3. Breve caracterização da entidade proponente C. Pontos de Venda Entregue Entrega (30 dias) Não se aplica Cópia de Alvará de funcionamento Cópia de Certificado HACCP Cópia de Carta de Artesão Cópia de Carta de Unidade Produtiva Artesanal Cópia de Apólices de Seguro (acidentes de trabalho, incêndio e riscos adicionais, automóvel, responsabilidade civil) Cópia de Certificado de Adesão aos sistemas de reciclagem legalmente instituídos 4. Época e horário de funcionamento 5. Documentos que acompanham o formulário de candidatura A. Alojamento Entregue Entrega (30 dias) Cópia de Alvará de Autorização de utilização para fins turísticos Cópia de Certificado HACCP Cópia de registo do Registo Nacional dos Empreendimentos Turísticos Cópia de Apólices de Seguro (acidentes de trabalho, incêndio e riscos adicionais, automóvel, responsabilidade civil) Cópia de Certificado de Adesão aos sistemas de reciclagem legalmente instituídos Cópia do requerimento à Câmara Municipal competente para registo como Alojamento local Não se aplica Designação dos Documentos que acompanham a presente candidatura B. Restauração Cópia de Alvará de funcionamento Cópia de Certificado HACCP Cópia de Apólices de Seguro (acidentes de trabalho, incêndio e riscos adicionais, automóvel, responsabilidade civil) Cópia de Certificado de Adesão aos sistemas de reciclagem legalmente instituídos ANEXOS - FORMULÁRIOS Entregue Entrega (30 dias) Não se aplica D. Animação Turística ou de Entregue Turismo de Natureza Cópia da certidão da escritura pública de constituição da empresa e certidão do respetivo registo comercial definitivo Cópia do Alvará de Animação Turística emitido pelo Instituto de Turismo de Portugal Cópia do Alvará de Animação Turística emitido pelo Instituto de Turismo de Portugal com averbamento do ICNB como Turismo de Natureza Cópia do registo no Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística Cópia da Licença da atividade de organização de campos de férias, titulada por Alvará emitido pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude Documentos comprovativos dos seguros adequados a garantirem a cobertura dos riscos decorrentes das atividades de animação turística, emitido pela companhia de seguros Entrega (30 dias) Não se aplica Entregue Entrega (30 dias) Não se aplica Cópia de documentos que atestem o licenciamento de veículos, embarcações e aeronaves utilizados nas atividades de animação turística, emitidos pelas entidades competentes Documento comprovativo da realização de vistorias aos equipamentos, veículos, embarcações e aeronaves utilizados nas atividades de animação turística, emitido pelas entidades competentes Documento comprovativo de que as instalações satisfazem os requisitos exigidos por lei: - Alvará da licença de utilização emitida pela Câmara Municipal e ou - Licença de funcionamento das instalações desportivas emitida pelo Instituto Português de Desporto e da Juventude de Portugal (apenas aplicável às instalações desportivas a que se refere o Decreto-Lei n.º 141/2009, de 16 de junho) Documento comprovativo da inscrição de um responsável técnico junto do Centro de Estudos e Formação Desportiva, que superintenda tecnicamente as atividades desportivas desenvolvidas em instalações desportivas. Cópia do regulamento de utilização das instalações desportivas que contenha as normas de cumprimento a serem observadas pelos utentes. NOTA: A candidatura só será apreciada após entrega de todos os formulários aplicáveis e documentos de verificação especificados nos respetivos formulários. ANEXOS - FORMULÁRIOS 54 55 FORMULÁRIO DO PROGRAMA DE MELHORIA 6. Declaração de Compromisso Declaração 0. Identificação do processo A preencher pela Entidade recetora Código do processo (dossier de candidatura): Para efeitos de adesão à Marca Parques Com Vida, (1) , representante legal da (2) , declara sob compromisso de honra que: Tem conhecimento e aceita as disposições do Regulamento da Marca Parques Com Vida, designadamente no que respeita ao Compromisso da Marca Parques Com Vida; Tem conhecimento e aceita os procedimentos de avaliação e verificação propostos pelo organismo competente, referidos no Regulamento da Marca; Compromete-se a assegurar que o serviço prestado pela entidade que representa mantém a conformidade com todos os requisitos do Compromisso Parques Com Vida, constante do Regulamento da Marca, e a notificar imediatamente o organismo competente sobre qualquer alteração verificada; Responsabiliza-se pela correta utilização da Marca Parques Com Vida; Compromete-se a colaborar com a Associação Parques Com Vida, de acordo com o que está previsto no Regulamento da Marca - Parques Com Vida; Todas as informações prestadas na presente candidatura são verdadeiras e retratam a realidade da entidade candidata à obtenção da Marca Parques Com Vida. , de de 20 Início PM: Final PM: Data: / / Ref.ª da Ficha de Verificação: Responsável pela visita de verificação: Data: / / Ref.ª da Ficha de Verificação: Responsável pela visita de verificação: Data: / / Ref.ª da Ficha de Verificação: Responsável pela visita de verificação: AVALIAÇÃO NO FINAL DOS 2 ANOS DE IMPLEMENTAÇÃO DO PM Data: / / Ref.ª do Relatório de Avaliação do PM: Responsável pela Avaliação Final do PM: (Assinatura e carimbo) ANEXOS - FORMULÁRIOS / VISITAS DE VERIFICAÇÃO Observações: (1) Nome completo do declarante (representante legal da entidade candidata/empresa). (2) Designação da entidade candidata/empresa. / Assinatura: ANEXOS - FORMULÁRIOS / / 56 57 1. Identificação da entidade proponente Denominação social da entidade: Natureza jurídica da entidade: NIF: CAE: Endereço da sede: Localidade: Código Postal: Concelho: Distrito: Telef: Fax: - Obj. 2 - Cooperação (parcerias) com outros agentes económicos e organizações locais a) Elaborar manuais (de descrição) dos produtos, em conjunto com os produtores, para entrega/consulta aos clientes b) Aumentar a exposição e venda de produtos fortemente conotados com o território, com o envolvimento dos produtores locais c) Fomentar parcerias entre o setor da animação turística ou de turismo de natureza e o setor do alojamento Outras (especificar): 2.1.2. Apresentação das ações de melhoria a implementar (de acordo com o indicado em 2.1.1) Designação da ação de melhoria a implementar: Modo de implementação da ação: E-mail: Responsável do Programa de Melhoria: Cargo do responsável : Telef / Telemóvel: E-mail: 2. Programa de Melhoria para o compromisso do território 2.1. Objetivos a atingir e ações de melhoria a implementar 2.1.1. Enquadramento das ações nos objetivos comuns para o setor Assinale os objetivos que pretende atingir, bem como as ações que se propõe implementar durante os dois anos de atribuição da Marca PCV Obj. 1 - Valorização do território e das comunidades locais a) Organizar exposições fotográficas/ temáticas sobre o Território PCV b) Disponibilizar informação sobre os pontos de interesse históricos e culturais do território (museus, teatros, igrejas, etc.) c) Organizar e dinamizar programas de animação cultural que privilegiem a revitalização de atividades tradicionais, como as malhadas, as desfolhadas, entre outras características da Região d) Aumentar a percentagem de atividades de animação turística ou de turismo de natureza que favoreçam o conhecimento do território e o contacto com as populações residentes e) Divulgar as Rotas Parques Com Vida f) Promover a realização de semanas ou programas temáticos Outras (especificar): Obj. 3 - Dinamização do ponto de informação PCV a) Editar outros folhetos informativos sobre o território PCV b) Disponibilizar informação temporária sobre eventos PCV / do território c) Disponibilizar informação sobre outros agentes económicos e organizações locais Outras (especificar): Resultados esperados: Calendarização: 1.º Trimestre 2.º Trimestre 3.º Trimestre 4.º Trimestre Ano 1 Ano 2 Nota: Esta página pode ser fotocopiada (deve apresentar-se uma página para cada ação proposta) ANEXOS - FORMULÁRIOS ANEXOS - FORMULÁRIOS 58 59 3. Programa de Melhoria para o Compromisso da Qualidade 3.1. Objetivos a atingir e ações de melhoria a implementar 3.1.1. Enquadramento das ações nos objetivos comuns para o setor Assinale os objetivos que pretende atingir, bem como as ações que se propõe implementar durante os dois anos de atribuição da Marca PCV Obj. 1 - Qualificação dos recursos humanos a) Frequentar as ações de formação organizadas pela Associação PCV b) Frequentar e permitir que os funcionários frequentem outras ações de formação na área da atividade profissional que desenvolvem Outras (especificar): Obj. 2 - Qualificação dos produtos, serviços e/ou atividades a) Aumentar a percentagem de exposição e venda de produtos certificados b) Aumentar o número/percentagem de pratos da ementa PCV c) Aumentar a percentagem dos produtos tradicionais ou certificados utilizados na confeção do pequeno-almoço d) Utilizar toalhas e guardanapos de pano, nos alojamentos e restaurantes PCV Outras (especificar): Obj. 3 - Qualificação das instalações e/ou equipamentos a) Criar ou melhorar acessos para pessoas com deficiência (exemplo: rampas de acesso) b) Promover ações de beneficiação (por exemplo, obras, decoração) nas estruturas ou instalações que servem de base à atividade desenvolvida c) Adquirir e ou renovar o equipamento e materiais utilizados no exercício da atividade Outras (especificar): Obj. 4 - Diversificação e ou inovação de produtos/serviços/atividades a) Expor e vender vários tipos de produtos certificados/tradicionais/locais b) Disponibilizar informação aos utentes sobre os transportes públicos que servem o alojamento e destinos locais c) Disponibilizar bicicletas aos utentes, de forma direta ou através de parcerias com empresas de animação turística ou de turismo de natureza, e providenciar informação sobre os locais por onde podem deslocar-se d) Organizar atividades ou programas de animação turística ou de turismo de natureza não tradicionais do território (consideradas inovadoras pela tipologia ou pela forma de organização) e que contribuam para a diversificação da oferta turística da Região Outras (especificar): Obj. 5 - Fomento de atividades/ programas específicos nas épocas de menor procura turística a) Promover programas ou concursos (concursos de fotografias, concursos de desenhos infantis, programa especial para o dia dos namorados, etc.), com oferta de um fim de semana (ou outro tipo de promoção), no alojamento, durante a época baixa b) Organizar e promover atividades, eventos ou programas de animação turística ou de turismo de natureza especificamente concebidos para as épocas de menor procura turística Outras (especificar): 3.1.2. Apresentação das ações de melhoria a implementar (de acordo com o indicado em 3.1.1) Designação da ação de melhoria a implementar: Modo de implementação da ação: Obj. 6 - Valorização de atividades e serviços de turismo de natureza compatíveis com as características e necessidades da região, em detrimento de outras tipologias – Objetivo específico da Animação Turística ou de Turismo de Natureza a) Aumentar a percentagem de atividades de animação não poluentes (privilegiar as atividades não motorizadas em detrimento das motorizadas) Outras (especificar): Resultados esperados: Obj. 7 - Contributo para a qualificação e diferenciação da oferta turística da Região a) (Re) Decorar o(s) espaço(s) com base em materiais/ elementos fortemente conotados com o território b) Fomentar atividades de animação turística ou de turismo de natureza que tenham uma forte relação com a natureza e a cultura local, promovendo a sua qualificação e diferenciação (devem favorecer-se as atividades que pela sua tipologia, características ou forma de organização são consideradas específicas do território onde são realizadas) Outras (especificar): Calendarização: 1.º Trimestre 2.º Trimestre 3.º Trimestre 4.º Trimestre Ano 1 Ano 2 Nota: Esta página pode ser fotocopiada (deve apresentar-se uma página para cada ação proposta) ANEXOS - FORMULÁRIOS ANEXOS - FORMULÁRIOS 60 61 4. Programa de Melhoria para o Compromisso Ambiental 4.1. Objetivos a atingir e ações de melhoria a implementar 4.1.1. Enquadramento das ações nos objetivos comuns para o setor Assinale os objetivos que pretende atingir, bem como as ações que se propõe implementar durante os dois anos de atribuição da Marca PCV Obj. 1 - Introdução ou fomento de métodos de gestão ecológicos/eficientes e de práticas ambientalmente responsáveis a) Substituir pelo menos 50% das lâmpadas tradicionais por lâmpadas economizadoras de energia (lâmpadas de baixo consumo) b) Utilizar consumíveis (por exemplo, material de escritório, material promocional, ementas, etc.) biodegradáveis, recicláveis ou reutilizáveis c) Dispor de autoclismos de dupla descarga d) Nos estabelecimentos ou estruturas fixas, disponibilizar aos utentes informação de sensibilização sobre a redução de energia e recursos e outras boas práticas ambientais passíveis de serem adotadas pelos utentes e) Na realização de atividades de animação turística ou de turismo de natureza que são realizadas ao ar livre, providenciar meios que garantam que o lixo produzido durante a atividade é recolhido e colocado nos pontos de recolha apropriados f) Separar o lixo produzido no estabelecimento e colocá-lo nos pontos de recolha apropriados Outras (especifique): Obj. 2 - Fomento de práticas ou atividades que favoreçam o conhecimento e o contacto com os valores do património natural e cultural a) Divulgar as atividades de educação ambiental do Parque b) Promover exposições de fotografias sobre o património natural ou cultural do território, com indicação dos locais onde podem ser vistos c) Disponibilizar, nas unidades de alojamento, um “Baú Natureza”, ou seja um conjunto de informação escrita sobre os valores naturais do território, designadamente flora e fauna, sob a forma de livros, brochuras e/ou manuais, bem como um conjunto de equipamentos/instrumentos de observação (lupa, binóculos, etc.) que facilitem o processo de descoberta da natureza em particular aos mais jovens d) Desenvolver novas/aumentar a percentagem de atividades de animação turística ou de turismo de natureza que tenham uma forte relação com a natureza e a cultura local e) Na promoção de atividades de animação turística ou de natureza, providenciar aos clientes meios/equipamentos que facilitem a observação e a interpretação da natureza e da cultura local (por exemplo, binóculos, lupa, guia de aves, guia da flora, brochuras/livros culturais) f) Organizar e promover montras que retratem o património natural e cultural da região Outras (especifique): Obj. 3 - Contributo para a conservação da natureza e requalificação ambiental a) Programar espaços verdes em redor do estabelecimento, quando aplicável b) Desenvolver, juntamente com os seus clientes, ações ou programas ambientais (por exemplo, campanhas de recolha de lixo), adotando uma atitude ativa em matéria de conservação ou requalificação ambiental Outras (especifique): Obj. 4 - Fomento das relações comerciais com agentes económicos que integram também preocupações ambientais na gestão da empresa, em detrimento de outros a) Comprar produtos e materiais a agentes económicos que integram também preocupações ambientais na gestão da empresa b) Dar preferência à aquisição/ contratação de outros serviços PCV Outras (especifique): 4.1.2. Apresentação das ações de melhoria a implementar (de acordo com o indicado em 4.1.1) Designação da ação de melhoria a implementar: Modo de implementação da ação: Resultados esperados: Calendarização: 1.º Trimestre 2.º Trimestre 3.º Trimestre 4.º Trimestre Ano 1 Ano 2 Nota: Esta página pode ser fotocopiada (deve apresentar-se uma página para cada ação proposta) ANEXOS - FORMULÁRIOS ANEXOS - FORMULÁRIOS 62 63 5. Programa de Melhoria para o Compromisso Social 5.1. Objetivos a atingir e ações de melhoria a implementar 5.1.1. Enquadramento das ações nos objetivos comuns para o setor c) Realizar parcerias com outros agentes económicos locais (do setor do alojamento, restauração, animação turística ou de turismo de natureza e pontos de venda) Outras (especifique): Assinale os objetivos que pretende atingir, bem como as ações que se propõe implementar durante os dois anos de atribuição da Marca PCV Obj. 1 - Promoção da igualdade de oportunidades a) Selecionar os funcionários pelas suas capacidades, não tendo em consideração se é homem ou mulher b) Empregar ou proporcionar algum tipo de estágio a pessoas portadoras de deficiência c) Admitir horários de trabalho flexíveis d) Não discriminar pessoas pela raça ou nacionalidade ou credo Outras (especifique): Obj. 2 - Contributo para a melhoria das competências pessoais dos funcionários a) Permitir que os funcionários frequentem ações de formação em áreas como a gestão de conflitos, atendimento ao cliente e relações interpessoais Outras (especifique): Obj. 3 - Promoção ou consolidação de parcerias comerciais com outros agentes económicos locais, de preferência aderentes à Marca Parques Com Vida, que contribuam para uma oferta integrada e desenvolvimento em rede a) Organizar montras móveis de exposição de produtos/serviços/atividades de forma a haver uma divulgação conjunta de aderentes PCV b) Adquirir produtos no mercado local (privilegiar contratos com fornecedores locais, para aumentar a percentagem de fornecedores da empresa que estão estabelecidos no território) n) Doar o mobiliário, têxteis ou outros materiais usados a instituições de caridade ou associações que recolham e distribuam este tipo de bens o) Doar parte dos benefícios fiscais, no âmbito do artigo 119.º do Código do IRS, para entidades locais de cariz social p) Organizar e promover ações de voluntariado empresarial Outras (especifique): 5.1.2. Apresentação das ações de melhoria a implementar (de acordo com o indicado em 5.1.1) Designação da ação de melhoria a implementar: Modo de implementação da ação: Obj. 4 - Adoção ou consolidação de preocupações sociais na organização e relações da empresa (funcionários, fornecedores e clientes) a) Disponibilizar a todos os funcionários equipamento de trabalho adequado à função b) Introduzir métodos rotineiros de comunicação entre o empregador e os funcionários, por exemplo através da realização de uma reunião periódica (todas as semanas, todos os meses, ou outro intervalo temporal) onde são debatidos temas relacionados com a empresa e trabalhadores c) Facultar gratuitamente aos funcionários exames médicos e outros rastreios d) Garantir o pagamento aos fornecedores dentro do prazo estipulado e) Utilizar rótulos com todas as indicações necessárias e obrigatórias que garantam a qualidade do produto f) Permitir o registo de reclamações e proceder ao tratamento das mesmas g) Solicitar sempre ao fornecedor comprovativo da origem dos produtos ou matérias-primas h) Solicitar aos fornecedores comprovativo da localização das unidades de produção i) Não adquirir produtos sem documento comprovativo da despesa (fatura, recibo, venda a dinheiro) j) Recorrer a serviços de entidades locais (limpeza, segurança, etc.) l) Introduzir métodos que permitam aferir sobre o grau de satisfação/sugestões dos clientes e procurar adaptar a empresa face à análise efetuada m) Instituir o “Dia do Funcionário” e o “Dia do Fornecedor”, criando um serviço ou programa específico para os funcionários e fornecedores da empresa, respetivamente ANEXOS - FORMULÁRIOS Obj. 5 - Contributo para a dinamização do Calendário de Atividades do Festival PCV, a programar e promover pela Associação PCV a) Divulgar junto dos clientes o calendário e atividades do festival PCV b) Programar novas atividades, eventos ou programas para integrar no Festival Parques Com Vida (PCV), apresentando-os como proposta à Associação PCV (atitude pró-ativa relativamente ao Festival PCV) Outras (especifique): Obj. 6 - Promoção de atividades e serviços de Animação Turística ou de Turismo de Natureza dirigidas a públicos com necessidades específicas – Objetivo específico da Animação Turística ou de Turismo de Natureza a) Integrar, nos programas de animação turística ou ambiental, atividades destinadas a públicos com necessidades específicas (por exemplo, organização de percursos para invisuais, deficientes motores, entre outros públicos com necessidades específicas) b) Adquirir meios/equipamentos adequados a proporcionar a oferta do serviço ou da atividade a pessoas com necessidades específicas (por exemplo, meios áudio ou informação Braille para invisuais, meios visuais para deficientes auditivos) Outras (especifique): Resultados esperados: Calendarização: 1.º Trimestre 2.º Trimestre 3.º Trimestre 4.º Trimestre Ano 1 Ano 2 Nota: Esta página pode ser fotocopiada (deve apresentar-se uma página para cada ação proposta) ANEXOS - FORMULÁRIOS 64 65 6. Compromisso da entidade executora Declaração de Compromisso (1) , responsável legal da entidade (2) , candidata à Marca Parques Com Vida, apresenta o presente Programa de Melhoria e declara, sob compromisso de honra: 1. Executar as ações previstas, no prazo estabelecido (dois anos no total); 2. Prestar informações sobre o desenvolvimento das ações do Programa de Melhoria, sempre que solicitadas pela Associação Parques Com Vida; 3. Facilitar a realização de visitas de acompanhamento e avaliação do Programa de Melhoria, a realizar pela Associação Parques Com Vida. , de (Assinatura e carimbo) de 20 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL PARQUE NATURAL DO ALVÃO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS (1) Nome completo do declarante (representante legal da entidade candidata/empresa). (2) Designação da entidade candidata/empresa. ANEXOS - FORMULÁRIOS TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) 66 67 TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) O território de intervenção é composto pela totalidade dos concelhos que se inserem na área do Parque Natural de Montesinho (Bragança e Vinhais). Vinhais LEGENDA Concelhos do Território do PNM Bragança Vinhais Bragança Limite do PNM ESCALA 5 0 N 5 10 Km Zona de intervenção do Parque Natural do Montesinho A CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO 1. Descrição Geral O Parque Natural de Montesinho foi criado em agosto de 1979, face aos valores naturais, paisagísticos e humanos da região, assim reza o Decreto-Lei n.º 355/79 que classifica uma das maiores áreas protegidas do nosso país, com uma superfície de 74 229 ha. Caracteriza-se por uma sucessão de formas arredondadas, surgindo vales com uma alternância entre encostas suaves e escarpadas, atingindo altitudes que vão desde os 438 (rio Mente) aos 1481 metros (serra de Montesinho). Esta heterogeneidade proporciona ao visitante uma experiência inolvidável pela diversidade de habitats de que pode usufruir. 2. Localização O Parque Natural de Montesinho Situa-se no Nordeste de Portugal, recorta-se em quadrilátero no alto do Nordeste Transmontano entre as latitudes 41º 47’ N - 42º N e longitudes 6º 30’ W - 7º 12’ W. Administrativamente abarca a parte setentrional dos concelhos de Bragança e Vinhais, fazendo fronteira a nascente, norte e poente com Espanha. 3. Valor Natural Situado na Terra Fria Transmontana, o Parque Natural de Montesinho evidencia-se, de um modo geral, pela existência de Invernos rigorosos e longos e Verãos quentes e curtos. Em termos pluviométricos, o clima desta área apresenta características mediterrâneas, com chuvas durante a estação fria e uma pluviosidade muito fraca durante a estação quente atingindo-se valores de precipitação média anuais, TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) desde os 800 aos 1400 mm e temperaturas médias anuais inferiores a 9ºC nas Serras de Montesinho e Corôa, valores superiores a 14º C na zona oriental e ocidental do Parque. É frequente a queda de neve entre dezembro e março, podendo-se observar nas zonas altas, 40 a 50 dias com precipitação de neve e valores inferiores nas restantes zonas. A nível geológico, o parque integra-se na Meseta Ibérica, dominando quase exclusivamente, nesta zona, os terrenos paleozoicos e precâmbricos. Os xistos são as rochas dominantes, abrangendo a maior parte da área, sendo no entanto de referenciar a presença de algumas formações graníticas, ultrabásicas (serpentinitos) e ainda alguns afloramentos calcários pouco significativos. As variações orográficas, geológicas e climáticas, existentes na área do Parque, condicionam a vegetação aí existente e refletem-se na grande diversidade e heterogeneidade que esta apresenta. Como coberto vegetal típico, surgem os carvalhais, dominados pelo carvalho negral (Quercus pyrenaica), matas de castanheiros (Castanea sativa) e os lameiros, que constituem prados naturais de flora variada. Nas áreas consideradas de transição climática, surgem matas de azinheiras (Quercus rotundifolia), a indicar uma maior influência mediterrânea. Em zonas de altitude mais elevada, desenvolvem-se, de uma maneira geral associados aos solos pedregosos, os matos de urze (Erica arborea) e carqueja (Pterospartum tridentatum). São de referenciar ainda, a vegetação das áreas ultrabásicas, a vegetação das zonas ribeirinhas e as turfeiras de altitude, pelo grande valor conservacionista que apresentam. Nesta área protegida, devido aos elevados valores naturais, é possível encontrar uma fauna muito diversificada e de grande valor, a nível nacional e europeu. Assim, e embora os estudos de inventariação não sejam muito exaustivos, foram já referenciadas até ao momento, 70% das espécies de mamíferos terrestres do nosso país, 40% das aves, 69% dos répteis e 59% dos anfíbios. A importância faunística desta área, para além deste aspeto, prende-se com o facto de nela se encontrarem núcleos populacionais de espécies ameaçadas de extinção, como o lobo (Canis lupus signatus), várias espécies de morcegos e a águia real (Aquila chrysaetos), bem como espécies raras e vulneráveis, como a toupeira de água (Galemys pyrenaicus), a lontra (Lutra lutra), a marta (Martes martes) e a víbora cornuda (Vipera latastei). Aqui, a atividade humana, é indissociável dos recursos naturais, não só em termos quantitativos (cerca de 9.000 habitantes, distribuídos por 89 aldeias), mas também na modelação da paisagem e perpetuação de atividades sócio culturais. Os campos de cultura, intrinsecamente ligados à intervenção humana, surgem com grande abundância na área do Parque, modelando a paisagem e contribuindo, de um modo geral, para elevar ainda mais a diversidade ecológica existente. Tendo em conta a variação paisagística resultante das condições ambientais e da presença humana, considera-se a existência de nove zonas homogéneas – Lomba, Pinheiros, Vinhais, Corôa, Baceiro, Montesinho, Baixa Lombada, Onor e Alta Lombada . É esta heterogeneidade que confere a este parque natural características tão peculiares. 4. Flora As encostas soalheiras das zonas pouco elevadas acolhem bosques de azinheiras – sardoais –(Quercus rotundifolia), a que se associam importantes plantas da flora mediterrânica, como a inconfundível gilbardeira (Ruscus aculeatus), com os seus frutos vermelhos aninhados em ramos foliáceos, ou o medronheiro (Arbutus unedo). No colorido da paisagem outonal não têm comparação as largas manchas de carvalhonegral (Quercus pyrenaica) cujas folhas teimosamente vão permanecendo presas aos ramos, mesmo entrado o inverno. Aparecem em altitudes superiores às dos sardoais, onde a humidade e o frio são maiores, tendo na área central deste território algumas expressões de singular beleza e importância. Por entre carvalhos, rebentam algumas plantas raras: a violeta (Viola hirta), a Arabis glabra e a Centaurea triunfetti subsp. lingulata são exclusivas dos carvalhais de Montesinho e da serra da Nogueira. Os espaços de terrenos agrícolas abandonados ou de antigos bosques autóctones colonizam-se com giestais, urzais ou estevais, genericamente apelidados de matos. Nos solos pouco erodidos, instalam-se giestais salpicando a paisagem primaveril de amarelo intenso ou de branco quase puro, dependendo da presença das giestas-amarelas (Cytisus striatus e Cytisus scoparius) ou da giesta-branca (Cytisus multiflorus); nos mais degradados, impõem-se os roxos dos urzais de ericáceas (Erica sp.), associados à carqueja (Genistella tridentata) e ao sargaço (Halimium alyssoides) ou, nas cotas menos elevadas, a alvura dos estevais, nos quais, TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) 68 para além da esteva (Cistus ladanifer), também pontuam a arçã (Lavandula stoechas) e o sal-puro (Thymus mastichina). Ao longo de rios e ribeiros cerram-se largas cortinas de amieiros (Alnus glutinosa), freixos (Fraxinus angustifolia) e choupos-negros (Populus nigra), mas nos cursos mais agitados com margens pouco estáveis tem primazia a borrazeira-branca (Salix salvifolia). Desfrutando da frescura e humidade ribeirinhas aprumam-se cerejeiras-bravas (Prunus avium), borrazeiras-negras (Salix atrocinerea), pilriteiros (Crataegus monogyna), abrunheiros (Prunus spinosa) e aveleiras (Corylus avellana); é também o recanto dos aromas de madressilva (Lonicera hispanica), de poejo (Mentha pulegium) e mentrasto (Mentha suaveolens), bem como da vulgar pascoela (Primula vulgaris). Muitos dos freixiais cederam lugar a lameiros de verdeesperança debruados a plantas graciosas (orquidáceas, como a Dactilorrhyza maculata e a Serapias lingua; liliáceas, como o Asphodelus ramosus, a rara Paradisea lusitanica; labiadas, como a Ajuga pyramidalis subsp. meonantha ou o tomilho (Thymus pulegioides) que lhes emprestam algum colorido. As plantas radicadas nos solos tóxicos derivados das rochas ultrabásicas constituem autênticas relíquias. Se a arenária (Arenaria querioides subsp. fontiqueri), a cravina (Dianthus laricifolius subsp. marizii), a Avenula pratensis subsp. lusitanica, a santolina (Santolina semidentata), o feto (Cheilanthes marantae) e a salgadeira (Alysum serpyllifolium subsp. lusitanicum) já são admiráveis pela sua ocorrência exclusiva nestes nichos, a arméria (Armeria eriophylla), a vulnerária (Anthyllis sampaiana), a Jasione crispa subsp. serpentinica e Festuca brigantina têm honras especiais por terem a sua existência confinada a este recanto do globo terrestre. Nos horizontes mais humanizados, os soutos de castanheiros (Castanea sativa) são outra nota paisagística que se impõe por si só. Ocupam largas áreas de terreno agrícola, já que a castanha, desde há muito, é importante complemento da economia familiar. Alguns exemplares velhíssimos, robustos e majestosos, são, sem dúvida, testemunhos vivos da história secular da região. 69 5. Fauna Nos extensos carvalhais encontram refúgio muitas espécies animais como o açor (Accipiter gentilis) e o gavião (Accipiter nisus), a marta (Martes martes) ou o gato-bravo (Felis silvestris); também o pequeno esquilo (Sciurus vulgaris) ou o texugo (Meles meles) aí deambulam. Por entre os matos, podem surpreender-nos os movimentos do veado (Cervus elaphus) denunciados pelas suas imponentes hastes; em setembro e outubro, é impressionante o bramar forte dos machos em desafio pelo domínio dos grupos de fêmeas. Nos mesmos locais, também circulam com frequência grupos de javalis (Sus scrofa) que, não raro, invadem as culturas que circundam os povoados. Acima deles, na cadeia alimentar, está o lobo (Canis lupus) que, apesar de correr riscos de extinção, tem na região uma população estável. Na noite, um uivo solitário rasga o silêncio tranquilo; é a forma de comunicar do grande predador canídeo que pouco se chega ao espaço habitado, e ainda assim, histórias por ele protagonizadas não deixam de povoar o imaginário popular. Outros predadores importantes cruzam os ares: a águia-real (Aquila chrysaetos), o bufo-real (Bufo bufo), o tartaranhão-caçador (Circus pygargus) ou o tartaranhão-azulado (Circus cyaneus). Sob as sombras que pairam na corrente dos rios do parque, ora entre o raizame, ora pelo fragredo abrasado, vagueiam, amiúde, barbos (Barbus bocagei), bogas (Chodrostoma polyepis) e escalos (Leuciscos carolitertii); todos os troços mais movimentados, próximos das cabeceiras, exibem trutas (Salmo truta), capazes de desafiar o pescador mais hábil. Em voos rápidos sobre a corrente, o pica-peixe (Alcedo athis) é presença habitual, denunciada pelos seus reflexos de azul-metálico. De relance, talvez se possa encarar com uma lontra (Lutra lutra) que emirja, em puro divertimento, nalgum remanso, ou, nas águas cálidas da margem, com um vistoso e esquivo lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), quiçá, com a tímida toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus). De pedra em pedra, o melro-de-água (Cinclus cinclus) guarda o fluir das águas, indiferente à cegonhanegra (Ciconia nigra) refastelada no alto da sua gávea tecida de pequenos caules e ramagens. Os lameiros são o terreno preferido do rato-dos-lameiros (Arvicola terrestris), desconhecido no resto do país. Em lameiros mais recolhidos, não é raro vislumbrarem-se TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) corços (Capreolus capreolus), isolados ou em pequenos grupos, satisfazendo o apetite ou repousando. Já os soutos se revelam excelentes poisos para as corujasdo-mato (Strix aluco), para os rabirruivos-de-testabranca (Phoenicurus phoenicurus) ou para pardalada, nomeadamente para o pardal-francês (Petronia petronia), e verdadeiros berçários para fuinhas (Martes foina) e genetas (Genetta genetta). Nas imediações das aldeias ou à beira da estrada, decrépitos e raros negrilhos são frequente suporte aos grandes ninhos de cegonha-branca (Ciconia ciconia); nos beirados, a andorinha (Delichon urbica) continua a nidificar todas as Primaveras. 6. Tradições A vida em comunidade foi gerando práticas peculiares de sociabilidade. Em algumas aldeias desenvolveram-se algumas práticas comunitárias baseadas na entreajuda e na fruição em comum de determinados bens e meios de produção. A festa é outra forma de viver em sociedade. As Festas dos Rapazes (ou de Santo Estevão, por força da cristianização) da Lombada e Vinhais, ligadas ao solstício de inverno, são das mais originais e genuínas; debaixo do brilhantismo dos fatos coloridos e das máscaras fantasiosas, esconde-se uma recuada tradição fundada em práticas rituais de passagem, de integração na idade adulta. Mas as festas dos padroeiros, sobretudo as que se celebram pelo estio, são hoje o ponto alto de encontro, as que trazem a casa os filhos dispersos pelas sete partidas do Mundo, embebidos de devoção e de sentir profano. Da boca dos mais velhos continuam a ouvir-se histórias de mouras encantadas, do amanho da terra e do pascigo, de feras e lutas, de contrabandos e de canseiras. Os cenários pintam-se, invariavelmente, com as cores sazonais dos mosaicos paisagísticos. 7. Património Histórico A ocupação deste território é longínqua. Os mais antigos vestígios da presença humana atualmente conhecidos remontam do Neolítico Final – Neolítico Final / Calcolítico (IV e início do III milénio a. C.). De todos os períodos pré-históricos e históricos subsequentes dão notícia os abundantes vestígios arqueológicos e artísticos. Ao intenso povoamento da Idade do Ferro (I milénio a. C.) polarizado em numerosos povoados fortificados (castros), sucederam-se as ocupações romana, germânica, muçulmana; a partir do século XII surgiu o novel Reino de Portugal e, não tardou muito, a trama atual do povoamento ficou completa. A longa história da ocupação humana do território moldou a paisagem que hoje contemplamos. B CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE VINHAIS 1. Descrição Geral O concelho de Vinhais pertence à região de Trás-os-Montes, Terra fria Transmontana e insere-se na bacia do rio Douro, sendo atravessado pelos rios Rabaçal, Tuela, Mente e Baceiro. Ocupa uma área de 69 474 Ha (694,7 Km²) e é composto por 35 freguesias, num total de 101 aglomerados rurais, ocupando 10,5% da área do distrito de Bragança (660 800 Ha). Com um relevo muito acentuado, vales profundos e encaixados, o concelho apresenta valores altimétricos compreendidos entre os 300m e os 1 273m; situando-se a altitudes mais frequentes entre os 500m e os 900m. Esta vila muito antiga, anterior à fundação do reino, deve o seu nome à abundância de vinhais ou vinhedos que cobriam estes terrenos e que produziam vinho de excelente qualidade. Ainda hoje se podem ver reminiscências desses famosos vinhais, nas encostas soalheiras de alguns montes e por terras de Lomba, especialmente na aldeia de São Jumil, com as suas adegas características e peculiares, dignas de visita. No tempo dos romanos existiu no monte da Ciradelha, uma importante cidade, Veniatia, suevos, visigodos, vândalos e mouros. Expulsos estes, foi a povoação cruzada pela via militar de Braga-Chaves-Astorga.. Por esta fortaleza passaram destruída e outra construída, mais em baixo, no atual Bairro do Eiró. Chamava-se Crespos e cresceu à roda da Igreja de S.Facundo. Um dos primeiros reis de Portugal, D. Sancho II mandou fazer o castelo e as muralhas TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) 70 e fundou nos meados do séc. XIII, em redor, uma pequena povoação que há 2 séculos se passou a chamar Vinhaes. Este povoado foi apelidado de “Póvoa Rica” pelo facto de possuir bastante riqueza, especialmente vinho, linho, seda e lã de ovelha. Deu-lhe o 1º Foral D. Afonso III em 20 de maio de 1253 e o 2º D.Manuel I em 4 de maio de 1512. 2. Património Arquitetónico Em Vinhais, o pelourinho manuelino, reconstruído no século XX. A coluna, de fuste hexagonal, liso e com duas secções, tem uma base prismática que assenta sobre um soco poligonal de cinco degraus. O remate é constituído por um bloco, com corpo principal decorado com duas mãos, dois pés e duas maças, destacando-se as armas de Portugal encimadas por uma coroa. Sobre estes elementos ergue-se uma cruz grega, possuindo nos topos cabeças de serpente, uma das quais ainda possui uma argola de ferro. Remata o conjunto uma pirâmide de formato cónico que contém uma esfera armilar. A igreja de S. Facundo é um templo de traça românica, imóvel de Interesse Público (Dec. nº 95/78, DR 210 de 12 setembro 1978.) A fachada, com um portal de arco levemente apontado, ladeado por vestígios de esculturas, é rematada por um campanário. No interior, tem uma única nave de pequenas dimensões, que alberga, do lado da Epístola, um túmulo quatrocentista em xisto. A porta existente ao lado do túmulo é em arco levemente apontado, sendo na altura da construção da pequena sacristia alterada para um vão de verga reta. Na zona do arco triunfal, ostenta, do lado do evangelho, um pequeno altar em talha. A capela-mor, iluminada por dois vãos, encontra-se completamente preenchida pelo altar de talha. O convento de São Francisco merece também especial destaque pela sua imponência. Nos arredores, são ainda de realçar o solar de Vilar de Ossos, a igreja de Moimenta entre outros. 3. Património Natural O concelho reveste-se de grande importância faunística a nível europeu, pela existência de espécies em vias de extinção, como o lobo ibérico, a águia real e a cegonha branca, bem como espécies raras e vulneráveis, como a lontra, a marta, toupeira de água e a víbora cornuda. De referir 71 ainda o corço, o veado, o coelho, a lebre, a perdiz e o javali. A vegetação da região é muito diversificada. Em poucos quilómetros podem observar-se seculares carvalhais, sardoais e soutos que, concomitantemente com os pinheiros, freixos, vidoeiros e outras espécies autóctones, representam a riqueza de espaços florestais coloridos e frescos. A criação do PNM, que abrange parte do concelho veio corroborar esta riqueza faunística e florística 4.Tradições O concelho apresenta uma gastronomia rica e variada, baseada nos produtos genuínos e naturais onde o fumeiro de porco bísaro é rei e a truta do tuela é rainha, rematada com principescos doces á base de castanha e mel. A ruralidade intrínseca do concelho cria artesanato muito rico em colchas e meias de lã, rendas, cestos de vime e piorno (giesta) e trabalhos em madeira – máscaras, fusos, rocas, piões. Também o uso de plantas aromáticas e medicinais se foi transmitindo de gerações em gerações pela sapiência própria dos veneráveis anciãos. 5. Eventos À feira do fumeiro, em fevereiro, acorrem centenas de pessoas de todo o País, ávidas do certificado fumeiro de Vinhais com destaque para o salpicão e chouriça de carne de vinhais (IGP) bem como o presunto, butelo, alheira, chouriço azedo e chouriça doce de Vinhais (IG). Esta feira assume papel de destaque inclusivamente no panorama Nacional. Também a Feira da castanha, em novembro, tem muita importância para a economia local pois é um dos principais meios de escoamento da deliciosa castanha da região. Das romarias do concelho destacam-se: • Nª Sª dos Remédios a 8 de setembro em Tuizelo. Romaria que congrega os romeiros das freguesias limítrofes, levando muita gente a fazer o percurso a pé. Existe ainda a tradição de várias famílias se juntarem para comerem a merenda à sombra dos castanheiros • Nª Sª da Saúde no último domingo de agosto em Vale de janeiro. Romaria que reúne muita gente, quer das freguesias limítrofes, quer de outros concelhos, sendo no entanto pessoas com ligações familiares a essas mesmas freguesias, mas residentes noutros locais. Os percursos feitos a pé, são normalmente feitos TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) durante a noite aproveitando as horas mais frescas para a caminhada se tornar menos penosa. Estas caminhadas são normalmente associadas ao cumprimento de promessas à Padroeira. Há ainda a tradição de famílias se juntarem para comer a merenda à sombra dos pinheiros. C CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE BRAGANÇA 1. Descrição Geral O concelho de Bragança pertence à região de Trásos-Montes, Terra fria Transmontana O concelho de Bragança confina a Norte e a Nascente com Espanha; a Sul com os concelhos de Vimioso e Macedo de Cavaleiros; e a Poente com o concelho de Vinhais. É um dos Concelhos com maior área, 117 396 hectares (1174 Km²) e é composto por 49 freguesias, num total de 112 aglomerados rurais, ocupando 17,8% da área do distrito de Bragança (660 800 Ha) Bragança tem um clima temperado com Invernos frios e longos e verãos quentes e curtos, daí o ditado popular “nove meses de inverno e três de inferno. A tradição atribui a fundação da cidade a um lendário rei Brigos, em 1906 a. C., daí lhe advindo o primitivo nome de Brigância. Mais tarde, foi dominada e reedificada pelos romanos, no tempo do imperador Augusto César que lhe terá dado o nome de Juliobriga. Destruída na altura da guerra com os mouros, foi mandada reconstruir em 1130 por D. Fernando Mendes, cunhado de D. Afonso Henriques, no lugar de Benquerença, tendo adotado este nome. Esta nova povoação travou novas lutas com os árabes que a destruíram. D. Sancho I repovoou-a e concedeu-lhe o primeiro foral, em 1187. Em 1199, em lutas com o rei de Castela, o monarca português, restituiu-lhe o nome de Bragança. O foral viria a ser confirmado e reformulado, em 20 de fevereiro de 1464, pelo rei D.AfonsoV. D. Dinis mandou fortificá-la, cercando-a de uma muralha e erigindo um poderoso castelo que, em 1390, D. João I mandou ampliar. Esse castelo que domina a cidade tem forma quadrangular, com cada face colocada na direção de cada um dos pontos cardeais. 2. Património Arquitetónico De entre o vasto património merecem especial destaque: • Vila ou Cidadela • Igreja de São Vicente • Portas da Vila • Casa do Arco, • Castelo Solar dos Pimenteis • Pelourinho • Casa dos Morgados • Torre de Menagem • Casa da antiga • Igreja de Santa Maria Câmara Municipal • Domus Municipalis • Cruzeiro e Praça da Sé • Igreja e Convento • Igreja da Sé de S. Francisco • Solar dos Calaínhos • Igreja do Convento • Solar dos Veiga Cabral de S. Bento • Igreja da Misericórdia • Governo Civil • Convento e Igreja • Solar dos Lousada de Santa Clara sarmento • Atual Paço Episcopal • Primeiro Edifício do • Centro Cultural banco de Portugal Municipal • Casa dos Figueiredos • Museu Militar • Solar dos Teixeiras • Museu do • Edifício do Principal Abade de Baçal • Largo do Principal, • O Núcleo Praça de s. Vicente Museológico da CP 3. Património Natural Falar do Património natural do concelho de Bragança passa por referir a presença do PNM que engloba parte do concelho com a sua riqueza faunística, florística e paisagística. Mas há mais valores para além dos limites do parque, são os casos das raças autóctones de bovinos mirandeses, o cordeiro de raça o porco Bísaro a churra galega Bragançana escoltada pelo corpulento cão de gado transmontano bem como a extensa mancha de carvalhos e os imponentes castanheiros que polvilham a paisagem em harmonia com as típicas edificações de xisto das aldeias e os luzentes afloramentos de serpentinitos. Contudo o mais importante é as pessoas com a hospitalidade que lhe sobejamente é reconhecida TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) 72 4. Tradições A gastronomia do concelho de Bragança é em tudo semelhante à da restante Terra Fria Transmontana. Caracteriza-se, quer pela elevada qualidade dos produtos que utiliza, quer pela relativa simplicidade dos processos de elaboração. Assenta essencialmente nos enchidos regionais (o fumeiro) É da abundância de fumeiro que resulta por ocasião das festas Pascais o “Folar”. De entre os pratos típicos salientam-se a conhecida posta mirandesa que pode ser encontrada nos principais restaurantes; o cabrito de Montesinho, o cozido e a feijoada à transmontana e ainda as trutas confecionadas das mais diversas maneiras. Por estas paragens, a realidade gastronómica é acrescida dos produtos cinegéticos. São os caldos de perdiz, confecionados com a água da cozedura destas aves, presunto, nabo ou nabiças e cebolas; a sopa de coelho bravo ou o arroz de lebre com repolho. E, o javali à transmontana tornou-se um prato “obrigatório” a qualquer ementa As cascas ou casulas, prato elaborado à base de vagens secas de feijão sujeitas a uma cozedura prolongada, constituem também um excelente acompanhamento de inverno, principalmente para os opulentos butelos. Mãos hábeis transformam as matérias que a natureza oferece. Tem sido assim ao longo dos séculos. Permanece, ainda que sem o fulgor que outrora teve, o sábio aproveitamento dos recursos naturais disponíveis localmente; falamos das fibras vegetais e animais, das peles, da madeira cuja transformação artesanal assume real importância, sobretudo no seio de comunidades rurais, as aldeias do Parque Natural de Montesinho. O artesanato tradicional produzido em algumas das aldeias ainda não perdeu o cariz utilitário que desde sempre lhe esteve subjacente, materializandose em objetos úteis e funcionais, mas também em peças, mais ligadas aos atos festivos e à decoração, reforçada a sua expressão estética com ênfase nas máscaras de caretos e as cantarinhas de Pinela. 73 5. Eventos A riqueza etnográfica da região está bem patente na festa dos Rapazes resultante de um milenar rito de puberdade. Descrito assim pelo abade de Baçal: «A festa dos rapazes, celebrada em muitas aldeias do concelho de Bragança (...) no dia 26 de dezembro ou no dia 6 de janeiro, em que os moços percorrem durante dois dias a povoação, mascarados, vestidos de fatos felpudos de variadas e burlescas cores, soltando i-gu-gus estrídulos ao som da gaita de fole.» À festa estão, desde há muito, ligadas as máscaras que disfarçam os rapazes nas festas de Santo Estevão, por alturas do solstício de inverno. A peculiaridade e originalidade desta tradição ancestral motivou alguns artesãos a produzir estas máscaras com uma finalidade, essencialmente, decorativa numa recriação de seres mais ou menos fantásticos que lhes povoam a imaginação. As Festas da Cidade agitam a vida noturna de Bragança durante quase todo mês de agosto atingindo o clímax no dia 22 (feriado Municipal) A Feira das Cantarinhas, em maio, inunda a cidade de artesanato e cor. A Norcaça atrai muitos entusiastas da caça e pesca à capital de Distrito em outubro Das romarias do concelho destacam-se: Festa em honra de N.ª S.ª da Hera de 1 a 3 de agosto em Cova de Lua. Evento realizado ao ar livre, junto a um dos quadros paisagísticos mais significativos do Parque Natural do Montesinho. Festa em honra de N.ª S.ª de Fátima no 2º domingo de maio na Petisqueira/Riomanzanas. Este evento tem lugar nas duas margens do rio Maçãs (entre Portugal e Espanha) e envolve as comunidades respetivas. Participam de forma espontânea grupos de música etnográfica (gaita de foles) que animam bailes ao ar livre Festa em honra de N.ª S.ª da Ribeira na, última semana de maio em Quintanilha. Evento realizado ao ar livre, em volta do Santuário. Realiza-se uma feira de produtos variados. Por ser uma festa situada na zona de fronteira, congrega populações de ambos os lados Festa da Santa Ana, na última semana de julho, em Meixedo, Santuário implantado num aprazível alto para onde os habitantes das aldeias vizinhas se deslocam, muitos deles a pé, no dia da Festa da Santa Ana. TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) A CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL O território de intervenção é composto pela totalidade dos concelhos que se inserem na área do Parque Natural do Douro Internacional ( Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada À Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo). 1. Descrição Geral O Parque Natural do Douro Internacional tem uma superfície total de 85.146 ha. O seu símbolo é o Abutre do Egito ou Britango (Neophron percnopterus) que foi escolhido por se tratar de uma espécie ameaçada a nível nacional e internacional e pelo facto de uma elevada percentagem da população nacional desta espécie nidificar no Douro Internacional. Além disso, é uma espécie que simboliza bem a integração entre uma paisagem praticamente intacta, como são as arribas, onde nidifica e a região planáltica, muito transformada pelo homem, onde a cultura cerealífera e pecuária do tipo extensivo lhe permite obter e localizar facilmente os cadáveres de animais, dos quais se alimenta. Miranda do Douro Mogadouro 2. Localização O Parque Natural do Douro Internacional abrange o troço fronteiriço do Rio Douro (numa extensão de cerca de 122 km), incluindo o seu vale e superfícies planálticas confinantes, e prolonga-se para sul através do vale do Rio Águeda. Está localizado nas regiões de Trás-os-Montes e Alto-Douro e da Beira Alta, abrangendo os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Figueira de Castelo Rodrigo no distrito da Guarda. Freixo de Espada à Cinta LEGENDA Concelhos do Território do PNDI Miranda do Douro Mogadouro Freixo de Espada à Cinta Figueira de Castelo Rodrigo Limite do PNDI Figueira de Castelo Rodrigo ESCALA 5 N 0 5 10 Km 3. Valor Natural O Douro Internacional é uma zona com elevado valor faunístico, em especial avifaunístico, constituindo o troço fronteiriço do Rio Douro com o seu vale, bastante profundo, encaixado e com margens escarpadas, um local de excelência para a nidificação de aves rupícolas das quais se destacam o Grifo, o Abutre-do-Egito, a Cegonha- Zona de intervenção do Parque Natural do Douro Internacional TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO (PNM) TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) 74 preta, a Águia-real e a Águia-de-Bonelli. A zona planáltica adjacente onde se desenvolve a atividade agropecuária é extremamente importante como habitat de alimentação destas espécies. O mosaico de habitats (lameiros rodeados por sebes arbóreas, terrenos de cereal, vinhedos, etc...) que caracteriza a zona do planalto, os matagais de esteva, giestas e azinheiras e os bosquetes de carvalho e sobreiro constituem locais de refúgio para numerosas espécies de mamíferos das quais se destacam o lobo, o corço, o gatobravo e o javali. De salientar ainda a barragem de Santa Maria de Aguiar, na zona sul do Parque, que constitui a zona húmida mais importante da região interior norte e centro, como local de nidificação e refúgio de aves aquáticas. 4. Flora Os estudos realizados até ao momento, nesta área, vieram a concluir que a maior parte dos elementos florísticos, mais importantes, estão localizados no leito de cheias do rio Douro ou na sua proximidade. Muitas destas plantas têm a totalidade ou a grande parte das suas populações portuguesas neste território de que são exemplos: Antirrhinum lopesianum (espécie rupícola considerada como um endemismo lusitano-duriense e classificada como uma planta rara (R)), Aphyllanthes monspeliensis (uma liliácea típica das terras de Miranda do Douro, também classificada como R), Coronilla minima subsp. minima (instalada nas margens do rio Douro), Cosentinia vellea, Festuca duriotagana, Holcus setiglumis subsp. duriensis (endemismo lusitano-duriense), Isatis platyloba (endemismo duriense, só coletável nas arribas do rio Douro, no seu percurso internacional), Lathyrus setifolius, Linaria coutinhoi (endemismo lusitano-duriense), Malcolmia triloba subsp. patula (característica de zonas arenosas), Narcissus jonquilla, Nigella gallica, Rumex roseus, Scrophularia valdesii (endemismo ainda não coletado em Portugal mas presente nas arribas espanholas do rio Douro), Silene boryi, Silene conica, Trigonella polyceratia var. amandiana (endemismo lusitano-duriense), Valerianella echinata, Vicia villosa subsp. ambigua e Salix purpurea (com distribuição geográfica, no nosso pais, exclusiva do rio Douro e até ao momento só coletado dentro dos limites do PNDI). A flora do PNDI contem ainda numerosas espécies termófilas em populações disjuntas, como são exemplo: a Cosentinia vellea, o Asparagus aphyllus, o Asparagus 75 albus. Estas plantas beneficiam da termicidade e do baixo risco de geadas da porção mais térmica do PNDI. Sendo uma área tipicamente mediterrânica, a vegetação aqui presente é o reflexo dessas influências climáticas. Além disso, e pelo facto de existir uma variação altitudinal muito marcada entre os planaltos de Miranda do Douro e Figueira de Castelo Rodrigo e os vales apertados dos rios Douro e Águeda, é possível observar uma diferenciação nítida entre a vegetação localizada nas áreas mais elevadas (zonas a norte da barragem de Aldeiadávila coincidentes com o andar bioclimático supramediterrânico) e a implantada no fundo dos vales (nos andares bioclimáticos meso e termomediterrânico). É ainda de salientar a presença dos imponentes zimbrais do Douro Internacional. Considerados como vegetação relíquia, constituem comunidades vegetais endémicas, a nível nacional, de grande beleza paisagística e com um papel ecológico fundamental nos ecossistemas locais. Comunidades vegetais mais representativas: • Os azinhais de Quercus rotundifolia • Os sobreirais de Quercus suber • Os carvalhais de Quercus pyrenaica • Os zimbrais de Juniperus oxycedrus • Bosques higrófilos • Matos pré-florestais • Comunidades arbustivas mais representativas Cytisus multiflorus (giesta branca) • Os lameiros Fungos Apesar de não pertencerem à flora, os fungos são tratados nesta página por uma questão de organização. A área do PNDI é fértil em fungos tanto em diversidade de espécies como em quantidade de exemplares. Todos os anos, principalmente no outono, muitas pessoas dedicamse à recolha de cogumelos. Os mais procurados são as sanchas Lactarius deliciosus, os míscaros Tricholoma equestres, os frades Macrolepiota procera, os boletos Boletus spp., os cantarelos Cantharellus cibarius e as trombetas-dos-mortos Craterellus cornucopioides. Na primavera procuram-se principalmente as pantorras Morchella esculenta. Além destes cogumelos comestíveis, existem muitos outros não-comestíveis, como por exemplo TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) várias espécies do género Amanita, entre as quais o conhecido e venenoso Amanita muscaria, várias espécies de Russula, Phallus impudicus e Lycoperdum echinatum, entre outros. A lista de cogumelos identificados até agora na área do PNDI resulta dos passeios realizados durante o Encontro Micológico realizado em novembro de 1999. Nenhum trabalho sistemático foi efetuado até agora. 5. Fauna O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) constitui, em termos faunísticos, uma das zonas mais importantes no contexto nacional, e mesmo ibérico. A sua riqueza e diversidade de espécies deriva das condições orográficas, climáticas e de ocupação humana, que apresentam uma marcada variação ao longo da vasta superfície desta área protegida. Podem considerar-se duas realidades ecológicas fundamentais, e que definem a ocupação faunística deste espaço: os vales declivosos, por vezes escarpados, designados vulgarmente por arribas, e os planaltos, terrenos de relevo suave acima dos 500 m, onde também surgem escassos relevos quartzíticos residuais. Merecem ainda destaque as bolsas de água correspondentes às 6 barragens hidroelétricas do Douro e à barragem de Santa Maria de Aguiar. Relativamente à fauna de vertebrados silvestres, no PNDI existem 250 espécies, sendo 35 de mamíferos, 170 de aves, 20 de répteis, 11 de anfíbios e 14 de peixes. A fauna de invertebrados é também abundante mais ainda muito desconhecida. Mamíferos A fauna mamalógica é diversificada sendo de destacar a presença de algumas espécies de elevado estatuto de conservação, como sejam: Lobos, Gato-bravo, Geneta, Corço, Javali e Morcegos. Aves Este grupo faunístico é o de maior representatividade nesta área, pela elevada diversidade e pela ocorrência de várias espécies ameaçadas, que guardam aqui uma importante parcela das suas populações nidificantes a nível nacional e ibérico. Estão registadas 170 espécies, das quais 126 são nidificantes podendo considerarse 4 grupos principais: as aves rupícolas, as aves florestais, as aves estepárias e as aves aquáticas. As aves rupícolas são as mais emblemáticas do PNDI, concentrando-se aqui uma grande percentagem dos efetivos nacionais de algumas das espécies mais ameaçadas, tais como Cegonha-preta, Abutre do Egito, Grifo, Águia-real, Águia de Bonelli, Falcão-peregrino, Bufo-real, Andorinhão-real, Gralha-de-bico-vermelho e Chasco-preto. Outras aves também observadas nestas zonas são os Melros-azuis, Gralhas-de-nuca-cinzenta, Corvos, Andorinhas-das-rochas e Pombos-das-rochas. Das aves florestais observáveis na área do PNDI podemos destacar a presença do Milhafre-real, ave ameaçada que possui um efetivo populacional importante nesta área, o Milhafre-preto, a Felosa de Bonelli e o Mocho de orelhas, cujo canto é facilmente audível nas noites de primavera e verão. Nos terrenos de cultura cerealífera podemos encontrar aves estepárias tais como o Sisão, o Alcaravão, a Calhandra e a Calhandrinha e os Tartaranhões-caçadores que sobrevoam os campos de cereal na busca de alimento. No inverno, estes campos são o local de hibernação de várias espécies em particular da Petinha dos campos. As aves aquáticas ocupam os planos de água existentes no PNDI, podendo encontrar-se nestes biótopos várias espécies de patos, principalmente no inverno, e o Mergulhão de crista, nidificante habitual na barragem de Stª Maria de Aguiar. Répteis e Anfíbios No PNDI ocorre um elevado número de espécies de répteis do total presente em Portugal e na Península Ibérica. São de referir, pela sua abundância na área: Cobra-rateira, Cobra-de-escada, Cobra-de-ferradura, Lagarto-comum ou Sardão, Lagartixa-do-mato, Lagartixa-de-dedosdenteados, Cobra-de-água-viperina, Cágado, Salamandrade-costas-salientes, Salamandra-de-pintas-amarelas, Tritão-de-ventre-laranja, Tritão-marmorado, Sapos parteiros, Sapo-comum, Sapo-corredor, Rela e Sapo-de-unha-negra. Peixes O grupo das espécies de peixes presentes na área do PNDI sofreu nas últimas décadas alterações no seu número e composição, sendo atualmente constituído por 14 espécies, entre elas: Barbo-comum, Boga-de-boca-direita, Escalo, Carpa, Pimpão, Lúcio, Perca-sol, Truta-arco-íris e Achigã. TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) 76 Invertebrados Os invertebrados são o grupo faunístico menos conhecido, havendo escassa bibliografia sobre algumas espécies de insetos, anelídeos, aracnídeos, crustáceos. A diversidade parece ser elevada, podendo destacar-se algumas espécies pela abundância ou aspetos estéticos. Por exemplo, é bastante comum uma aranha do Género Argyope, de padrão amarelo, que pendura as suas enormes teias entre os matos, especialmente nos giestais. Também o Escorpião ou Lacrau (Bhus occithanus) e as centopeias são muito abundantes nos terrenos pedregosos, e o “canto” das cigarras é um dos sons mais característicos dos Verãos nas arribas. Outros invertebrados muito conhecidos são os lagostins, estando a espécie autóctone (Lagostim-depatas-brancas Austropotamobius pallipes) considerada como extinta apesar de ter ocorrido até recentemente nesta área. De referir que ainda existe um pequeno núcleo desta espécie nas proximidades do PNDI. O Lagostimvermelho Procambarus clarkii, originário dos Estados Unidos, tem vindo a expandir-se por toda área. 6. Tradições As atividades tradicionais têm também algum peso na economia das famílias residentes no PNDI, nomeadamente a apicultura, o artesanato e a gastronomia. Na área do PNDI existem cerca de 110 apicultores, com um total de 1851 colmeias, que estão agora a constituir uma associação que irá permitir uma melhor divulgação do mel produzido nesta região. O artesanato recorre à utilização de materiais da região e de técnicas e saberes tradicionais obtendo-se diversos produtos – desde os trabalhos em madeira como é o caso das rocas e cabos de navalhas bordados, flautas e gaitas de foles, até aos ferros forjados e cutelaria, passando pela cestaria, a latoaria, a tecelagem em lã, linho e seda (de que são exemplo as “capas de honras” e as colchas) – ao quais é reconhecida muita qualidade e valor cultural. A restauração é um fator de desenvolvimento económico da região devido à qualidade da gastronomia à base de produtos naturais e tradicionais. A “Posta Mirandesa” é o produto mais famoso, mas também a caça, o cordeiro, o cabrito, os queijos e os enchidos (comidos com as “cascas” – vagens de feijão secas) merecem ser apreciados. A doçaria está também 77 bem representada com alguns produtos únicos como é o caso das Amêndoas Cobertas e da Bôla Doce Mirandesa. 7. Património Histórico Ao nível do património arquitetónico destaca-se a existência de exemplos de arquitetura religiosa (igrejas e capelas), arquitetura tradicional de feição erudita (casas solarengas) ou popular (edifícios isolados ou conjuntos arquitetónicos, para além de outros elementos diversos como cruzeiros, alminhas, pontes, etc.). O património arqueológico existente na zona é igualmente vasto, e abrange desde testemunhos da ocupação romana (povoados, necrópoles, pontes e estradas) a castelos e atalaias medievais, gravuras rupestres, até aos exemplares de arquitetura do ferro de finais do século passado (estações de comboio da linha do Sabor e da linha do Douro). Uma parte deste património está classificada como Monumento Nacional, Imóvel de Interesse Público ou como Valor Concelhio. B CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO 1. Descrição Geral O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo possui potencialidades turísticas variadas, que vão desde a beleza paisagística a valores históricos, arqueológicos e arquitetónicos, desde a diversidade artesanal e gastronómica a festas e romarias bem características, passando por capacidades piscícolas e cinegéticas. A localização geográfica do concelho numa zona de fronteira, com a província espanhola de Castela e Leão, contrasta entre a paisagem dos horizontes largos do planalto e os vales escarpados dos rios Douro e Águeda. Figueira tornou-se assim um local privilegiado como novo destino turístico. A paisagem, no sentido mais lato, poderia ser entendida, por si só, como o conjunto TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) das potencialidades e atrações turísticas da região. O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo está situado na zona mais a nordeste do Distrito da Guarda, conta com 17 freguesias distribuídas por um total de 508,57Km2. A posição do Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo contribui preponderantemente para a sua especificidade territorial, sendo a sua localização definida grosso modo pelo Rio Douro a Norte, pelo Rio Águeda e Ribeira de Tourões a Este (fronteira internacional), pelo Rio Coa a Oeste e pelo limite do concelho de Almeida a Sul. Como referido, a totalidade do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo é constituído pelas suas dezassete freguesias: Algodres, Almofala, Castelo Rodrigo, Cinco Vilas, Colmeal, Escalhão, Escarigo, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixeda do Torrão, Mata de Lobos, Penha de Águia, Quintã de Pero Martins, Reigada, Vale de Afonsinho, Vermiosa, Vilar de Amargo e Vilar Torpim. 2. Património Arquitetónico Castelo Rodrigo e o seu recinto muralhado, com os seus monumentos magníficos, de onde se destacam o Pelourinho Manuelino, a Cisterna Medieval, o Palácio Quinhentista, a Igreja de estilo românico e o magnífico Convento de Santa Maria de Aguiar permitem aos visitantes revisitar a valiosa história de Portugal. Destaca-se ainda a existência de magnífica arquitetura religiosa, com igrejas e capelas magníficas em todas as freguesias, que associados à tradicional hospitalidade das gentes Figueirenses tem atraído e feito regressar muitos visitantes. 3. Património Natural Muitos são os locais de atração paisagística, devendo contudo destacar-se o alto da serra da Marofa que permite vislumbrar a quase totalidade do concelho em toda a sua beleza e alguns concelhos vizinhos; O alto da Sapinha, miradouro natural para o rio Douro; o panorama das amendoeiras em flor em fevereiro e março; a barragem da Santa Maria de Aguiar e a zona envolvente com a sua riqueza cinegética e a beleza do templo romano; o vale e as margens do rio Águeda, cujas arribas cativam pela sua beleza é local único de nidificação de aves necrófagas. 4. Tradições Se bem que algumas festas, como o Entrudo e os Santos Populares, tenham perdido muito do entusiasmo de antigamente, outras conservam as antigas tradições. Na Quaresma, as procissões percorrem as ruas das aldeias, parando em determinados locais, rezando e meditando as estações da Via-Sacra. Como prelúdio do renascimento da Natureza, a Páscoa vem pôr fim ao período triste da Quaresma. Símbolo da Ressurreição, ela associa-se à primavera florida na certeza da vitória da Vida sobre a Morte. Freguesias há em que, de três em três anos, se realiza a festa dos «Passos» ou da «Verónica», como é mais conhecida. Na Sexta-Feira Santa, à tarde, o sacerdote, num breve sermão, medita sobre a «Paixão do Senhor». No final, o préstito percorre as ruas da localidade. Uma rapariga, simbolizando a «Verónica», vestida de preto, rosto tapado por um véu negro, revive esse quadro da Via-Sacra. É acompanhada por três jovens, igualmente vestidas de luto, representando as «três-marias». Em locais previamente estabelecidos, onde os populares levantaram singelos altares ornamentados com folhas verdes algumas flores e uma imagem religiosa ao centro, a procissão para e a, «Verónica» canta. Terminado o percurso, recolhe à igreja. O Natal é, talvez, a festa litúrgica com maior significado humano no concelho. A mensagem de Amor, trazido pelo Deus Menino ao Mundo, é sentida na alegria com que se esperam ansiosamente os familiares e se reveem os amigos. Na noite da Consoada, uma alta pira arde no centro da praça ou junto à igreja. A queima do «tóro» de Natal é uma tradição antiga. Ela tinha por finalidade proporcionar aos, mais pobres e desprotegidos a oportunidade de, à roda da fogueira, aquecerem os corpos enregelados pelo frio. Dos grandes troncos empilhados elevam-se altas labaredas, iluminando tudo em redor. O calor é intenso e as pessoas fazem uma larga roda à volta do «tóro de Natal». Algum, mais afoito, ergue uma comprida vara e, batendo com ela nos troncos em brasa, faz erguer, no negrume da noite, miriades de faúlhas elevando-se nos ares, quais estrelas que se encaminham para o céu. «Carda o tóro e viva o Nóro», gritam as pessoas que, em amena cavaqueira, observam o feito. Um homem, com um garrafão de vinho debaixo do braço, TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) 78 dá de beber a quem o solicitar. A noite é fria e a «boa pinga» ajuda a aquecer!... Para além destas festividades, as freguesias têm outras, quase todas na época do verão, em honra do seu Orago ou de algum Santo protetor. É interessante ver os «ramos» - leilões - organizados pelos mordomos para ajudarem nas despesas. Os produtos leiloados são oferecidos pelos populares e constam, na maior parte das vezes, de produtos naturais da freguesia, peças de fumeiro (se o «ramo» tem lugar no inverno), bolos e bebidas. 5. Eventos Figueira de Castelo Rodrigo é a Rainha da Amendoeira a nível nacional, o que faz com que nos meses de fevereiro e março haja uma grande demanda a esta região. Integrada nas rotas das Amendoeiras em Flor, a vila criou um mercado durante os fins de semana das Amendoeiras, possibilitando aos produtores locais vender os seus produtos de inegável qualidade e sabor. Um outro período que tem vindo a afirmar-se como importante pólo de atração turística está ligado à caça e pesca. A riqueza cinegética do concelho, onde abundam os javalis, os coelhos e lebres, a rola e a perdiz, tendo contribuído para o desenvolvimento do turismo cinegético, o qual tem contribuído para a criação de riqueza e inúmeros postos de trabalho. A gastronomia é também uma atividade com franca dinâmica, tanto pela sua diversidade e qualidade, como pela sua especificidade; tratando-se de uma região dotada de inúmeros produtos típicos e muito característicos, faz com que as iguarias do concelho sejam verdadeiro alento para os visitantes e habitantes. Outro aspeto importante e que tem vindo a ganhar destaque nos últimos anos é a navegação do rio douro, que possuí o último cais fluvial nos limites norte do concelho de Figueira, bem junto à fronteira com Espanha e que tem vindo aos poucos a trazer turistas que exigem produtos genuínos e de qualidade. Assim entre os meses de abril e outubro chegaram a este concelho pelo Douro navegável mais de 35 mil turistas. 79 C CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE FREIXO DE ESPADA À CINTA 1. Descrição Geral Freixo de Espada à Cinta é vila e sede de concelho, cujo nome está ligado indissociavelmente ao do poeta Guerra Junqueiro (1850/1923), orgulho dos seus habitantes. Com um horizonte de montanhas pela frente, este povoado, construído em xisto, está situado no fundo de um vale fértil. O concelho tem mais de 4.600 habitantes divididos por 6 freguesias e o Feriado Municipal celebra-se na segunda-feira seguinte ao domingo de Páscoa. O nome deste concelho tem alimentado debates animados entre etimólogos e historiadores, havendo quem defenda que deriva de um visigodo chamado Espadacinta. Mas, segundo a tradição popular, o topónimo remonta aos tempos do rei D. Dinis, que, de acordo com os costumes medievais, por ali teria passado com a corte e parado para descansar, pendurando a espada num prego espetado num freixo. O concelho de Freixo de Espada à Cinta situa-se no Nordeste de Portugal. Este é um dos concelhos mais pequenos do distrito de Bragança, possuindo uma área de aproximadamente 24.500 ha. Encontra-se a cerca de 130 Kms da sede de distrito, entre o rio Douro e Espanha e os municípios contíguos de Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Coa, Torre de Moncorvo e Mogadouro. Está situado na NUT II Norte e NUT III Douro. Este concelho é constituído por 6 freguesias: Fornos, Freixo de Espada à Cinta, Lagoaça, Ligares, Mazouco e Poiares. Freixo de Espada à Cinta é um concelho tipicamente rural, em que a maioria da população ativa se ocupa da exploração da terra sob a forma de agricultura, pastoreio e pecuária. Neste concelho nasceram e viveram muitas figuras ilustres a nível local, regional, nacional e internacional, que desempenharam funções relevantes nos diferentes setores da vida social, politica, económica, cultural e religiosa, como sejam, Guerra Junqueiro, Almirante Sarmento Rodrigues, Jorge Alvares e Monsenhor Manuel Teixeira. TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) 2. Património Arquitetónico O Estilo “Manuelino” é imperativo em Freixo de Espada à Cinta. A chamada vila mais manuelina de Portugal, possui edifícios únicos e raros. Inúmeros portais e janelas com rendas brancas tradicionais decoram as ruas. Motivos simples quase sempre relacionados com os descobrimentos, apesar de Freixo estar longe do mar, encontram-se com frequência: motivos florais, cruzes de Cristo, esferas armilares e semi esferas, cadeados, cordas. Este conjunto alargado de edifícios manuelinos, demonstra bem como Freixo de Espada à Cinta deve ter prosperado e aumentado a sua população, pois o espaço urbano dilatava-se. Como exemplo emblemático temos a Igreja Matriz, também manuelina, dos começos do século XVI, e cujo interior é uma discreta réplica da Igreja dos Jerónimos e onde se podem admirar na capela mor um valiosíssimo retábulo quinhentista com 16 quadros dispostos em 4 fiadas, atribuídos à escola Viseense, e, em particular a Grão Vasco. O pelourinho é uma outra construção manuelina. Este, em bom estado de conservação, encontra-se em frente da Câmara Municipal. A igreja da Santa Casa da Misericórdia, onde ainda estão pendentes inúmeros gárgulas é mais um monumento a admirar. Outro edifício arquitetónico de louvar, é o castelo de Freixo de Espada à Cinta, mandado construir por D. Dinis, do qual apenas resta a muralha e uma imponente torre granítica, heptagonal, a chamada “Torre do Galo”. O convento de S. Filipe de Néri é outro lindíssimo imóvel, no entanto bastante degradado devido ao ostracismo e desleixo de entidades competentes. Claro que existem outros edifícios de orgulho dos freixenistas, tais como a Capela de Nossa Senhora dos Montes Ermos; o monumento dedicado aos missionários que percorreram o mundo a espalhar a fé de Cristo, dos quais Freixo é um autêntico viveiro; o Cruzeiro, magnífica construção em granito. Outros importantes são os monumentos erigidos em glória de ilustres naturais de Freixo de Espada à Cinta, tais como: Jorge Alvares (1.º navegador a chegar à China, Cantão em 1513, e depois ao Japão), Guerra Junqueiro (grande poeta e político) e Sarmento Rodrigues (Ministro no Tempo de Salazar e Almirante da Marinha Portuguesa, falecido na década de 80). 3. Património Natural Freixo de Espada à Cinta caracteriza-se por solos muito férteis e de origem granítica comportando, manchas importantes de solos xistosos. O clima subdivide-se em duas franjas microclimáticas: enquanto o frio, o gelo e a neve que por vezes se faz sentir nos Invernos rigorosos de Lagoaça e Fornos, em Mazouco e Freixo de Espada à Cinta tornase mais difícil ver a neve. Ligares situada no cimo de uma elevação também sente os rigores do inverno transmontano. A paisagem local é essencialmente agrícola, prevalecendo a cultura minifundiárias. As produções predominantes são a laranja, o azeite, a azeitona, a vinha, a amêndoa, figos e cereais. Estas culturas difundidas com manchas florestais de pinheiro bravo, castanheiro e carvalho conferem a este concelho uma elevada variedade paisagística onde ao longo das estações do ano se apercebem elevados contrastes de cores da natureza, transmitindo ao observador um quadro vivo. O rio Douro que banha o concelho e o separa de Espanha é mais um elemento que caracteriza a beleza paisagística de Freixo de Espada à Cinta, coração do Douro Internacional. Esta paisagem pode ser observada a partir dos miradouros da Cruzinha (Lagoaça) e Colado (Mazouco). Um outro fator paisagístico e importante dinamizador turístico é a flor da amendoeira, a qual pode ser admirada do Miradouro do Penedo Durão (Poiares). No que diz respeito à fauna, Freixo de Espada à Cinta é um paraíso para a ornitologia. Exemplares raros encontram neste local o habitat ideal para viver. É de destacar a Cegonha Negra, o Grifo, o Abutre do Egito, a Águia-real e a Águia de Bonelli, todas espécies protegidas. O concelho em si possui ótimas condições para a prática da caça e da pesca. Perdizes, coelhos e lebres abundam nestas paragens. É de destacar as tradicionais montarias ao javali realizadas nas freguesias do concelho. O rio Douro oferece ótimas condições para a pesca desportiva, sendo um local de destaque a albufeira da Congida. 4. Tradições Enterro do Entrudo Ritual pagão, há séculos que se realiza pelos rapazes da vila na Terça-Feira de Carnaval. Percorrem durante a noite as ruas, fazendo um enterro simbólico. A acompanhar TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) 80 o fictício defunto, molhos de palha a arder iluminam a noite. Neste ritual, grita-se, mete-se barulho e cantase “Ó meu Entrudo, Cabeça de Burro, Roubaste-me a Chicha e Deixaste-me os Ossos!!!”. Outros jovens transportam farinha e baldes com urina, que lançam aos curiosos que aparecem no caminho ou nas janelas. Sete Passos Procissão pagã, com origem medieval, sobreviveu até aos dias de hoje, passando de geração em geração. Representa a encomendação das almas. Este ritual realiza-se nas sete sextas-feiras que vão do Carnaval à Páscoa, a partir da meia-noite, com ausência de luz elétrica nas ruas. A procissão tem início na Praça Jorge Alvares, em frente à Igreja Matriz, e segue um percurso à volta da vila. Inicialmente, dois homens irreconhecíveis, fardados com capuchos pretos, arrastam sete vezes umas lares, isto é, ferros que metem um barulho rangente e medonho. De seguida, um outro homem igualmente vestido de preto, segue vergado, lentamente, os anteriores. Numa mão transporta uma lamparina acesa, noutra uma vara em que se apoia. Traz também consigo uma bota de vinho para dar aos populares que se ajoelhem e peçam respeitosamente de beber. Por último, segue um grupo de cantadores que entoa cânticos em latim e português em todos os cruzeiros da vila, alusivos à morte de Cristo. Rebentar do Judas No Domingo de Páscoa, no meio do percurso da Procissão da Vila, um boneco do tamanho de um homem de palha, vestido, tendo explosivos no seu interior, representa Judas, o traidor de Jesus Cristo. O fantoche é pendurado numa árvore e é aceso o rastilho. O boneco explode e desfaz-se em mil pedaços para a alegria da população, que simbolicamente vê Cristo vingado. 5. Eventos • Romaria da Senhora dos Montes Ermos, a 15 de agosto, em Freixo de Espada à Cinta; • Festa de Santa Bárbara, na segunda semana de agosto, em Ligares; • Festa de Santo Isidoro em honra de Santa Bárbara, na última semana de agosto, em Mazouco; • Festa de S. Pedro em honra de Nossa 81 Senhora do Rosário, em agosto, em Poiares; • Festa de Nossa Senhora das Graças, em setembro, em Lagoaça; • Festa de Nossa Senhora da Rua Nova, em setembro, em Fornos. D CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE MOGADOURO 1. Descrição Geral Esta é uma terra cheia de coisas boas, paisagens maravilhosas de contrastes acentuados e de formas, onde o planalto se destaca por contraste com as arribas do Douro. Neste contexto de diversidade e beleza paisagística vive uma população eminentemente rural, cujas principais atividades são a agricultura e a pecuária. No Nordeste do território nacional, integrado no distrito de Bragança, o concelho de Mogadouro faz fronteira com Espanha ao longo do rio Douro. Encaixado entre o vale profundo do Douro e a bacia do Sabor, ocupa o prolongamento do Planalto Mirandês que, por sua vez, dá seguimento ao Planalto Leonês (região de Zamora e Salamanca). Mogadouro é vila e sede de concelho de 28 freguesias numa área total de 756km² com 11.737 habitantes. 2. Património Arquitetónico Neste concelho herdeiro de uma história antiga, ainda podemos admirar muitos vestígios da presença dos povos que, pelo menos desde há 6 mil anos, o têm povoado. Desde a fundação da nacionalidade que a importância estratégica de Mogadouro o tem presenteado, não só com estruturas defensivas, mas também com solares e palácios que ainda hoje aqui nos lembram a vida dos portugueses de séculos passados. Concessão dos Templários e posteriormente dos Cavaleiros de Cristo, muitas foram as TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) relíquias deixadas por todo o concelho e que, ainda hoje, merecem a nossa admiração. Domínio dos Távoras, desde o século XV, foi grande a riqueza deste concelho que, não fora a destruição levada a cabo pelo Marquês de Pombal, muito teria hoje para nos mostrar daquele passado de opulência. No entanto, apesar de tudo, o concelho de Mogadouro é ainda detentor de um património digno de se admirar. Os castelos de Mogadouro e Penas Roias, ambos construídos no início da nacionalidade (séc. XII), constituíam, em conjunto com as fortificações de Algoso, Miranda do Douro, Outeiro e Vimioso, a linha de defesa do nordeste português, que teve um importante papel na formação e na defesa da nacionalidade. Algumas das povoações que hoje integram o concelho de Mogadouro já foram vilas e sedes de concelho, como é o caso de Azinhoso, Bemposta, Castro Vicente e Penas Roias, pelo que ainda hoje ostentam o seu pelourinho, com exceção apenas para Penas Roias. Já na Idade Moderna, a história desta região está intimamente ligada à importante família dos Távoras, que nos deixou o seu belo palácio e o Monóptero, santuário em honra de S. Gonçalo, construído na Quinta da Nogueira, perto de Mogadouro. Outros solares são também testemunhos dessa época, como é o caso dos de Castelo Branco, S. Martinho do Peso ou Tó. Devemos ainda destacar a rota do românico, que se faz representar por todo o concelho e onde se evidenciam as belíssimas igrejas de Algosinho e Azinhoso. Também a matriz de Mogadouro terá tido, eventualmente, origem românica, apesar de ter sido substituída pelo templo que hoje podemos apreciar no centro da vila e que já é referenciado em documentos do início do século XVI. Entretanto remodelado, foi-lhe acrescentada uma torre quadrangular que, à época, constituía um luxo a que só importantes paróquias podiam aspirar. A capela-mor é em estilo manuelino e dispõe de três janelas renascentistas que iluminam as três naves. O Convento de S. Francisco, contíguo à igreja com o mesmo nome, é referido em documentos de 1609, data em que já abrigava os frades terceiros da Ordem de S. Francisco. Ampliado ainda nesse século, terá sido mandado edificar por D. Luís Álvares de Távora, sétimo comendador de Mogadouro, e foi extinto em 1834 por decreto de Joaquim António de Aguiar, celebrizado como “mata-frades”. É considerado um dos mais importantes edifícios maneiristas do nordeste de Trás-os-Montes. Ainda na vila de Mogadouro um espaço museológico reúne um belo espólio de peças arqueológicas, dando-nos a conhecer o Mogadouro mais remoto. Mas, o património do concelho é vasto e merece uma visita cuidada por todas as freguesias, onde se destacam as suas características igrejas matrizes. 3. Património Natural Em toda a zona mais próxima do rio Douro alternam-se os grauvaques e os granitos, apresentando-se estes, ora em grandes blocos, ora sob a forma de areão proveniente da sua desagregação. O relevo, é constituído por uma sucessão de colinas onde predominam os xistos grauváquicos interrompidos por alguns afloramentos quartzíticos, que se elevam na paisagem formando as serras. Já a Sul abundam os xistos pardos, que também são dominantes na bacia do Sabor. Estes solos, e as características do clima, proporcionam um coberto vegetal abundante e diversificado, que atribui à paisagem um manto de belíssimas colorações que se alteram com as estações do ano. Ao entrarmos no concelho, vindo de Sul, atravessando a serra de Mogadouro, deparamo-nos com uma paisagem mais florestal, com predominância de pinheiros e castanheiros, intercalada com alguns espaços agricultados. À medida que subimos em direção a Mogadouro, os espaços agrícolas tornam-se mais frequentes e a paisagem é dominada por searas e pastagens. De Mogadouro para Norte, a suavidade das colinas está coberta por uma manta de retalhos de terras cultivadas, onde é bem marcante a cor vermelha dos solos, que empresta à paisagem uma alternância cromática de tonalidades vermelhas e verdes de uma beleza singular. É neste contexto paisagístico que a atividade pecuária ganha maior intensidade. Entretanto, junto às linhas de água que serpenteiam por entre as colinas, nas zonas mais encaixadas, surgem pequenas hortas, regadas pelo engenhoso processo de “cegonhas” ou “picotas” que, por meio de duas varas articuladas que equilibram um contrapeso e um recipiente suspenso, retiram a água de poços ou das próprias linhas de água. Já nas zonas baixas e mais frescas, por vezes associadas também a linhas de água, surgem os “Iameiros”, delimitados por sebes, árvores ou muros de pedra. Os “Lameiros” são pastagens naturais irrigadas por gravidade através de agueiras, a que se encontram muitas vezes associados os ulmeiros e os freixos, sendo a ramagem destes últimos por vezes TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) 82 utilizada na alimentação do gado, emprestando às árvores desramadas uma curiosa aparência de troncos mortos e nodosos, sobretudo no inverno, antes do despontar da nova folha. Nesta paisagem de ondulado suave, irrompem alguns relevos mais acentuados, constituídos pelos afloramentos quartzíticos, de entre os quais o mais notável é a serra da Castanheira, no terço Norte do concelho e em cujo topo se situa a capela da Sr.ª da Assunção. Daqui se podem apreciar deslumbrantes panoramas em que a vista se espraia por muitos quilómetros em redor. O alto da Castanheira é, sem dúvida, um fantástico miradouro do concelho de Mogadouro. 4. Tradições Os bordados e as rendas são sem dúvida o mais vulgarizado artesanato local dada a facilidade com que o podemos encontrar. Ao percorrermos o concelho, num dia de sol, é frequente encontrarmos, nas aldeias, as senhoras sentadas na soleira da porta de suas casas fazendo os seus bordados e rendas, ao mesmo tempo que desfrutam do bom tempo. Existem, no entanto, outras formas de expressão do artesanato local, para além das rendas e bordados. São estas a tecelagem do linho, da lã e do algodão, e também a reprodução em miniatura, com uma espantosa perfeição, das casas e construções típicas transmontanas. Outras atividades tradicionais, como o trabalho da seda, caíram entretanto em desuso. Outrora, foi muito abundante a produção de seda na região, como podemos perceber pelas muitas amoreiras existentes no concelho, e muito comum todo o processo que esta implica, desde a criação do bicho da seda até à fiação dos casulos e à execução das peças. 5. Eventos Quanto à história da religiosidade das gentes de Mogadouro, esta confunde-se com os rituais ancestrais com que se celebram, desde há séculos, diversas efemérides. É o caso do Bi-Tó-Ró ou Festa do Santo Nome de Jesus em Soutelo; São João ou Festa dos Solteiros em Penas Roias; N.ª Sr.ª do Caminho em Mogadouro. Existem no concelho, para além das festas religiosas, outras que subsistem, como herança de épocas muito remotas, que se inserem num ciclo de festas transmontanas, genericamente designadas por Festas dos Rapazes, e que se desenrolam entre o Natal e o Carnaval. São os casos do Chocalheiro 83 em Bemposta, do Farandulo ou Festa do Menino em Tó e da Festa dos Velhos em Bruçó e Vale de Porco. Outros acontecimentos, ligados à economia local, tais como as feiras, ganham o mesmo sentimento de festa, sendo a mais importante a Feira dos Gorazes na sede de concelho. Não se trata apenas de uma tradicional feira de gado mas, também, de um local de diversão e importante centro para o comércio do artesanato e de outros produtos tradicionais. Este sentimento de festa, de celebração, promove manifestações em todas as aldeias do concelho, quer se trate das interessantes feiras anuais ou da celebração de datas religiosas. E CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE MIRANDA DO DOURO 1. Descrição Geral Este concelho caracteriza-se por ter um clima áspero, transmitido pela sabedoria popular no provérbio “Em Miranda há nove meses de inverno e três de Inferno”. Os meses de inferno são os de verão, quentes e secos, e os de inverno são rigorosos, com frequentes nevadas. O principal comércio do concelho é gado vacum, que constitui a famosa raça mirandesa, gado lanígero, cereais, vinho, e cortiça, minério, mármores e alabastros. Também constitui grande indústria em Miranda do Douro o curtimento de couros, e tecidos de saragoças e buréis. Em Miranda do Douro fala-se a segunda língua oficial do país, o Mirandês, ensinado como opção nas escolas do 2º ciclo do ensino básico do concelho. “Não é o português a única língua usada em Portugal (...) fala-se aqui também o Mirandês”, anunciava, em 1882, José Leite de Vasconcelos, dado assim a conhecer ao mundo a existência desta língua. O Mirandês é uma variante do leonês ocidental e desenvolveu-se ao longo dos tempos muito devido ao isolamento do concelho em TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) relação ao resto do país. Na realidade, Miranda do Douro esteve durante muito tempo mais voltada para Espanha do que para Portugal. Assim foram-se criando raízes cada vez mais profundas com os vizinhos, dando origem a que o leonês, e suas variações, se desenvolvesse. O concelho de Miranda do Douro localiza-se no nordeste transmontano, na parte mais meridional da província, sobre a margem direita do Rio Douro, que o separa da vizinha Espanha. Possui uma área de cerca de 488 km², que abrangem dezasseis freguesias: Atenor, Cicouro, Constantim, Duas Igrejas, Genísio, Ifanes, Malhadas, Miranda do Douro, Palaçoulo, Paradela, Picote, Povoa, S. Martinho de Angueira, Sendim, Silva e Vila Chã de Braciosa. 2. Património Arquitetónico Cidade medieval, Miranda do Douro tem muitos monumentos que vale a pena visitar. De entre eles, destaque-se a Sé Catedral, a Igreja da Misericórdia do século XVIII, o Convento dos Frades Trinos do século XVIII (atualmente reconstruída e adaptada a Biblioteca Municipal), a Capela de Santa Cruz e as ruínas do Paço Episcopal, bem como o aqueduto do século XVI, único em Trás-os-Montes. As ruínas da muralha e do castelo, o castro de Aldeia Nova e o Cruzeiro de Malhadas também fazem parte do património mirandês. Não deixe de visitar ainda o Museu da Terra de Miranda, de cariz etnográfico, e a Rua da Costanilha, com casas do século XV. Fora da cidade há todo um conjunto de igrejas e capelas dos séculos XV e XVI, fontes e alminhas espalhadas pelas aldeias do concelho. 3. Tradições Gastronomia Posta à Mirandesa, sempre! Oriunda de carne de vaca de raça Mirandesa, a posta encanta qualquer paladar. De resto, todos os estudos realizados indicam que a carne Mirandesa possui excecionais qualidades organoléticas. Explica-se assim a sua tenrura, suculência, aroma e sabor. Mas o cordeiro da Raça Churra galega Mirandesa, as alheiras e os salpicões também não podem faltar numa refeição, composta ainda pelas empadas e pela bola doce. Artesanato Destaque para os tecidos de Saragoça e buréis, usados na manufatura das capas de honra e coletes. Nestas terras imperam ainda os trabalhos em verga, madeira e ferro forjado, tal como as colchas e tapetes de lã. Lugar de destaque tem as facas de Palaçoulo, autêntico ex-libris da região. Pauliteiros “Eu fui a Miranda ver os Pauliteiros...”. Cumpra-se, pois, a canção. O espetáculo dos Pauliteiros é considerado o expoente máximo do folclore Mirandês. Trata-se de uma dança comunitária ao som das gaitas de fole e dos bombos cadenciada pelos paus que os homens movem com destreza nas suas mãos. São oito dançadores, que envergam um trajo para-militar, considerado por alguns especialistas como sucessor do trajo militar greco-romano. Capa de Honras A Capa de Honras é um traje Mirandês feito em burel e com algumas aplicações. Com origem numa capa litúrgica medieval gótica, num mosteiro de Zamora, a capa era usada pelos pastores para os resguardar da chuva e do frio. Todavia, dadas as suas qualidades, os mais ricos também a vestiam, só que mais elaboradas, mais ricas de feitio e de materiais. 4. Eventos • Romaria de Nossa Senhora do Naso, a 8 de setembro, em Póvoa; • Romaria da Senhora da Luz, último domingo de abril, em Constantim, com feira franca; • Romaria da Santíssima Trindade, primeiro domingo de junho, em Fonte Aldeia com manifestações Populares; • Festa de Santa Bárbara, primeiro domingo a seguir a agosto, em Miranda; • Festa de Nossa Senhora do Monte, a 15 de agosto, em Duas Igrejas; • Festa de Santa Bárbara, no domingo anterior a 15 de agosto, em Sendim; • Feira dos Gorazes (Feira dos Burros), a 30 de outubro, em Sendim. Bibliografia: Sites oficiais das Câmaras Municipais Folhetos informativos Informação recolhida junto dos interlocutores técnicos das Câmaras Municipais e do PNDI TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO DOURO INTERNACIONAL (PNDI) 84 85 TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) inócua para o meio ambiente, criaram as condições favoráveis para a existência de um potencial de biodiversidade elevado numa Área Protegida de pequenas dimensões. O território de intervenção é composto pela totalidade dos concelhos que se inserem na área do Parque Natural do Alvão: Vila Real e Mondim de Basto. Mondim de Basto LEGENDA Concelhos do Território do PNAL Vila Real Mondim de Basto Vila Real Limite do PNAL ESCALA 3 0 N 3 6 Km Território de Intervenção do Projeto “Parques Com Vida” no Alvão A CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO 1. Descrição Geral O Parque Natural do Alvão foi criado, por Decreto-lei, em 08 de junho de 1983 e possui a área de 7239 hectares A altitude varia entre o máximo de 1339 m e o mínimo de 260 m. O Alvão possui aspetos geomorfológicos, paisagísticos e sociais de elevado interesse, como é o caso, entre outros: das espetaculares quedas de água das Fisgas de ErmeIo, do caos granítico de Muas-Arnal, do sistema silvo-agro-pastoril, das construções tradicionais, das tradições vivas e do artesanato. 2. Localização O Parque Natural do Alvão localiza-se no Norte de Portugal, na província de Trás-os-Montes e Alto Douro, no distrito de Vila Real, e reparte-se pelos concelhos de Vila Real e de Mondim de Basto. No concelho de Vila Real abrange uma parte da freguesia de Vila Marim (Arnal) e a totalidade da freguesia de Lamas de Olo (Lamas de Olo e Dornelas). No concelho de Mondim de Basto apenas existe, dentro dos limites do Parque Natural, parte significativa da freguesia de Ermelo (Ermelo, Fervença, Varzigueto, Barreiro e Assureira) e uma pequena margem da freguesia de Bilhó (aldeias de Anta e Pioledo). 3. Valor Natural As espécies animais e vegeteis características do Parque Natural do Alvão são aquelas que estão intimamente ligadas com os condicionalismos da montanha e que a ela se têm adaptado durante a sua evolução. A existência de habitats propícios e uma intervenção humana até agora relativamente TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) 4. Flora O PNAl insere-se numa zona de transição entre duas regiões fitoclimáticas europeias: a Eurosiberiana e a Submediterrânica/Subatlântica, estando assim influenciado pelo litoral húmido e o interior crescentemente mais seco. A este efeito junta-se-lhe a componente altitudinal das cumeadas onde um clima de feição subalpino se faz sentir, sendo responsáveis pela diversidade e diferenciação da cobertura vegetal espontânea/natural. Até ao momento foram recenseadas cerca de 400 espécies de plantas, havendo muitas mais ainda por recensear, 25 delas são endemismos ibéricos (6,3%), 6 são endemismos lusitanos (1,5%) e 23 possuem estatuto de ameaça (5,8%). A vegetação do PNAl está representada pelos carvalhais autóctones, os carvalhais Galaico-Portugueses que apresentam vestígios das comunidades climáticas da aliança Quercion robori – pyrenacae associação. Nas áreas de influência atlântica de menor altitude (andar submontano), o carvalho-roble (Quercus robur) domina, sendo acompanhado nas vertentes mais húmidas e pouco soalheiras por castanheiros (Castanea sativa), aveleiras (Corylus avellana), pilriteiros (Crataegus monogyna) ou azevinhos (Ilex aquifolium), espécie ameaçada de extinção (protegida pelo Decreto-Lei nº 423/89). A gilbardeira (Ruscus aculeatus) domina os estratos inferiores. Nas encostas mais expostas viradas a Sul, surgem espécies de ecologia mediterrânica tais como o sobreiro (Quercus suber), o medronheiro (Arbutus unedo), o loureiro (Laurus nobilis) ou o lentisco (Phyllirea angustifolia). Florísticamente destacam-se por exemplo algumas espécies de ecologia rupícola e fissurícola muito particular como a Murbeckiela sousae, o Teucrium salviastrum (endemismo lusitano) ou a Saxifraga spathularis (planta muito vulnerável). Aos níveis montano e altimontano, sobretudo a altitude, condiciona a composição florística dos carvalhais agora dominados não só pelo Quercus robur mas também pelo carvalho-negral (Quercus pyrenaica). São acompanhados pelo vidoeiro (Betula alba) - que chega mesmo a formar pequenos bosques (vidoais) - pelas pereiras-bravas (Pyrus spp.), pelo abrunheiro-bravo (Prunus spinosa), pelo azevinho e pelo sanguinho (Frangula alnus). No elenco florístico salientam-se algumas espécies de grande interesse para a conservação como o arando (Vaccinium myrtillus), o dente-de-cão (Erythronium dens-canis) e alguns endemismos como a búgula (Ajuga pyramidalis ssp. neonantha) - endemismo lusitano e a anémona-dosbosques (Anemone trifolia ssp. albida) - endemismo ibérico. Os prados de lima abrem-se em extensas clareiras nos carvalhais oferecendo um quadro paisagístico, biogenético e científico de grande valor. A riqueza e a biodiversidade florística deste habitat, é expressa pela abundância de espécies onde se incluem diversos endemismos e plantas raras com estatuto de proteção elevado, sendo disso exemplo a açucena-brava (Paradisea lusitanica), a aquilégia (Aquilegia vulgaris ssp. dichroa), o cravo-dosalpes (Arnica montana), o satirião malhado (Dactyloriza maculata) ou a orvalhinha (Drosera rotundifolia). A preservação das formas e práticas agrícolas tradicionais nomeadamente a utilização dos lameiros pelo gado bovino da autóctone maronesa e o corte dos fenos proporciona um certo equilíbrio nas sucessões vegetais favorecendo as condições ecológicas para o aparecimento destas e de outras espécies de extrema importância botânica. Tornase assim importante apoiar estas formas de exploração da terra por parte das comunidades rurais de montanha. Nas linhas de água, rios e ribeiras desenvolve-se uma comunidade vegetal típica formada por galerias de árvores e arbustos intimamente interligados e que se pode designar por vegetação ribeirinha ou ripícola. As espécies que caracterizam esta unidade de vegetação são entre outras: o amieiro (Alnus glutinosa), o amieiro-negro (Frangula alnus), o freixo (Fraxinus angustifolia), o salgueiro (Salix spp.), a urze-branca (Erica arborea), o feto-real (Osmunda regalis) ou o feto-pente (Blechnum spicant). De grande importância para as comunidades rurais e sobretudo para a avifauna de pequeno porte, os matagais e charnecas de urzes (Erica cinerea) - urze rôxa, (E. australis) - urgueira, (Calluna vulgaris), giestas (Genista spp.), tojos (Ulex spp.), carqueja (Chamaespartium tridentatum), sargaços (Hallimium spp. e Helianthemum nummularium), completam e interligam as diversas comunidades florísticas da área protegida. TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) 86 As urzes, para além de servirem de alimento ao gado Maronês e à Cabra Bravia, e para as suas camas, depois aproveitadas como fertilizante orgânico pelos criadores locais – importante na preservação de muitos endemismos nos lameiros – estão também, particularmente a queiró (Erica umbellata), na origem do mel de urze, cuja importância está bem patente nas 8 abelhas presentes nas armas do concelho de Mondim, onde beneficia de uma DOP (“Mel das Terras Altas do Minho”), proteção europeia de que beneficiam também as carnes das raças autóctones referidas – “Carne Maronesa” e “Cabrito das Terras Altas do Minho” respetivamente. Outras formações arbóreas introduzidas pelo homem, os povoamentos de coníferas, vulgarmente conhecidos por pinhais, podem ser encontradas. Estes povoamentos fundamentalmente são dominados pelo pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e pelo pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris) e que aparecem em maior expressão. Outras espécies com expressão reduzida em povoamentos puros ou mistos são o pinheiro-negro (Pinus nigra), o larício (Larix x eurolepis) ou o cupresso (Chamaecyparis lawsoniana). Todas estas espécies são oriundas de outros países e sendo por isso exóticas, não pertencendo portanto ao nosso património natural. Os carvalhais, a formação arbórea que engloba os vulgares carvalhos e os sobreiros, os lameiros, as charnecas húmidas com Erica tetralix (urze peluda), são os habitats que, em virtude das espécies que albergam, maior importância e risco possuem, sendo por isso aqueles que assumem um papel fundamental como suporte das comunidades faunísticas e florísticas contribuindo para a biodiversidade, sendo alvo de medidas importantes de Conservação da Natureza. 5. Fauna Até ao momento foram recenseadas 199 espécies de vertebrados no PNAl. Destas cerca de 117 (60%) estão incluídas no anexo II da Convenção de Berna e 44 (22%) constam da lista de espécies ameaçadas do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Entre as espécies presentes podemos salientar a ocorrência de endemismos ibéricos como o musaranho-de-dentes vermelhos (Sorex granarius), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), o trião-de-ventre-laranja (Triturus boscai), a cobra-de-cinco- 87 dedos (Chalcides bedriagai) e a rã-ibérica (Rana-iberica). Ainda entre os répteis há a destacar a víbora-cornuda (Vipera latastei) ofídeo extremamente importante e o sardão (Lacerta lepida), o maior réptil da nossa fauna. Das espécies de morcego inventariados destacamse diversas espécies muito importantes tais como o morcego-de-bigodes (Myotis mystacinus), espécie muito rara de que já não havia registos da sua ocorrência no nosso país e onde a única colónia conhecida está neste parque natural, o morcego-arborícola-pequeno (Nyctalus leisleri ssp. leisleri) ou a mais importante e maior colónia do país do morcego-rabudo (Tadarida teniotis). No grupo dos mamíferos ribeirinhos salienta-se a lontra (Lutra lutra) e a toupeira-d’água (Galemys pyrenaicus), estes algo ameaçados pela alteração do seu habitat. Nos mamíferos terrestres o lobo-ibérico (Canis lupus ssp. signatus), o maior predador existente em Portugal, espécie ameaçada de extinção, o gatobravo (Felix silvestris) e o arminho (Mustela erminae) são os carnívoros que maior importância tem para a Conservação da Natureza pela sua raridade. De entre as espécies mais notáveis e importantes da avifauna nidificantes no PNAl, importa referir o falcãoperegrino (Falco peregrinus), o tartaranhão-azulado (Cyrcus cyaneus), águia caçadeira (C. pygargus), a gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), o melro-das-rochas (Monticola saxatilis), o melro-de-água (Cinclus cinclus) ou o bufo-real (Bubo-bubo), o Dom-fafe (Pyrrhula pyrrhula), ou o cartaxo-nortenho (Saxicola rubetra) pelo estatuto de proteção que possuem. Ao nível da fauna de invertebrados apesar da pouca informação disponível existente, os trabalhos de inventariação permitiram identificar uma espécie muito importante de borboleta diurna a Maculinea alcon. Esta espécie encontra-se muito ameaçada e em regressão em toda a Europa, devido à destruição e alteração do seu habitat, nomeadamente, alteração de práticas agrícolas. Interessa assim referir, por último, a particular importância da preservação de certos habitats importantíssimos para algumas espécies da fauna que estão intimamente associados a formas e práticas agrícolas tradicionais já referenciadas, que contribuem grandemente para a diversificação de habitats tais como: sebes naturais, TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) muretes, muros, bouças ou pastagens. A extensificação agrícola com rotação de culturas e a incorporação de matéria orgânica nestes sistemas constitui uma importante intervenção na sustentabilidade das cadeias alimentares, refletindo-se sobretudo nalgumas espécies dos topos da pirâmide ecológica que se encontram ameaçadas (lobo-ibérico, gralha-de-bico-vermelho, aves de rapinas: águia-real, falcão peregrino). Atendendo à pequena área do PNAl, a grande diversidade e o número elevado de espécies em geral ou com estatuto especial de proteção, traduzem a importância desta Área Protegida em termos de Conservação da Natureza. 6. Tradições Na área do Parque, algumas das práticas agrícolas tradicionais que, embora não sendo genuinamente comunitárias, têm mantido esse mesmo espírito entre os familiares e “os mais chegados”. Exemplo disso são as malhadas de centeio, milho e feijão, as desfolhadas, as segadas e as vessadas, a roda do moinho, em que o moinho não pertence a todo o povo mas a várias famílias, as “horas das regas” que são adstritas às terras ou seja, são herdadas, o “touro de cobrição”, etc. Para além destes costumes ainda permanecem outros como a matança do porco com a confeção do fumeiro e o fabrico do pão de centeio e milho. 7. Património Histórico No Parque Natural do Alvão o património construído é, indiscutivelmente, de elevado valor, quer pela riqueza das suas formas, quer pelo seu estado de preservação. Aqui, onde a mão do homem moldou a paisagem, todo o tipo de construções estão estreitamente ligadas aos materiais da região e às necessidades da vida rural. São disso exemplo as habitações, palheiros, espigueiros, capelas, moinhos, azenhas e muros. A povoação de Ermelo, com mais de 1000 anos de existência apresenta inúmeros exemplos de arquitetura rural típica do Alvão. As casas no geral são ainda de paredes de xisto, à vista, e cobertas com lousa, com volume e beleza difíceis de superar, tudo isto enquadrado no arvoredo e nos campos de cultivo, Em Ermelo são dignos ainda de nota, o pelourinho (símbolo de poder municipal, uma vez que esta povoação já foi sede de concelho), os lagares de vara, a via sacra de cruzes graníticas, os espigueiros, as levadas de água e a igreja que, apesar de algo adulterada no interior, revelam ainda a importância de outrora na torre e no adro. Refira-se como curiosidade que este povoado teve o seu primeiro foral em 1196. No acesso à aldeia do Barreiro vislumbra-se para Oeste um horizonte sem par, centrado sobre o cone geológico perfeito, o Monte Farinha, em “ponta de lápis”, rematado no seu cume pela igreja da Senhora da Graça. A povoação de Lamas de Olo conserva ainda casas vetustas tradicionais, com duas águas, cobertas com colmo, amparado por duas fiadas de granito. Realça-se ainda a existência de alguns canastros longilíneos interessantes e de moinhos, com particular destaque para o moinho da Cruz, não só pela sua localização topográfica invulgar (no topo de colina e não no vale), mas também pelo seu aqueduto pitoresco. O Caos granítico das Muas/ Amal e a aldeia de Arnal são zonas de beleza áspera e serrana que se fica a dever a certo tipo de substracto geológico granítico. No alto da aldeia, junto à penedia, surge a casa recuperada pelo Parque Natural do Alvão, na sua traça tradicional, servindo de centro de acolhimento e de atividades ambientais. Aspetos Notáveis Zona de Ermelo: • As quedas de água das Fisgas de Ermelo; • A povoação de Ermelo, de grande riqueza em arquitetura, com vários conjuntos de casas de xisto, o pelourinho, a igreja, etc; • O acesso à aldeia do Barreiro, de onde se vislumbra vasta panorâmica para Oeste, sobre a Srª da Graça (Palhaços-Palhacinhos); • A aldeia do Barreiro; • O rio Olo, de águas límpidas adequadas à truta e, em certos trechos, com farta vegetação ribeirinha; • Captura do rio Olo pelo seu afluente, a Ribeira de Fervença, situada a cota mais baixa. Zona de Lamas de Olo e Arnal: • A povoação de Lamas de Olo com algumas casas vetustas, cobertas de colmo e com o seu moinho e tosco aqueduto, sobranceiros à aldeia; • A área das barragens do Alvão, onde foram construídas duas albufeiras na zona de Festo da Serra, TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) 88 vislumbrando-se os altos cumes do Alvão e do Marão; • O caos granítico das Muas/Arnal, zona de beleza áspera e serrana; • Estrada Agarez/Arnal, com largas vistas sobre a cidade de Vila Real, a serra do Marão e o planalto transmontano, que se desenvolve para Este; • Moinho, com queda de água, de Galegos da Serra: formoso moinho, na ribeira de Arnal e na estrada Agarez/Galegos da Serra. B CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE VILA REAL 1. Descrição Geral Vila Real foi fundada em 1289 por foral de D. Dinis, confirmado em 1293, é um concelho por onde se multiplicam os factos e momentos históricos, autênticos testemunhos vivos do passado, tendo gozado no séc. XVIII o epíteto de “corte da província”. Vila Real é atualmente sede de concelho e capital de distrito. Localiza-se num planalto rodeado de altas montanhas, em que avultam as serras do Marão e do Alvão. O concelho, com cerca de 370 km2 e 50 mil habitantes, divide-se em duas partes de características geográficas, geológicas, agrícolas e paisagísticas bem distintas: a norte, predomina o granito, junto ao Rio Douro predomina o xisto. A primeira é menos fértil e rica; a segunda, integrada na Região Demarcada do Douro, produz o mais rico dos nossos produtos agrícolas: o vinho fino. O Concelho é constituído por 30 Freguesias: Abaças, Adoufe, Andrães, Arroios, Borbela, Campeã, Constantim, Ermida, Folhadela, Guiães, Justes, Lamares, Lamas de Ôlo, Lordelo, Mateus, Mondrões, Mouçós, Nogueira, Nossa Senhora da Conceição (urbana), Parada de Cunhos, São Miguel da Pena, Quintã, São Dinis (urbana), São Pedro (urbana), São Tomé do Castelo, Torgueda, Vale de Nogueiras, Vila Cova, Vila Marim e Vilarinho da Samardã. 89 2. Património Arquitetónico Existem numerosos monumentos de diversos estilos e épocas, sendo de realçar a Igreja de S. Domingos, a Capela Nova ou a Igreja de S. Pedro. Varias são também as casas com historia como a Casa de Diogo Cão, de traço medieval, a Casa do Arco, a Casa de Mateus, monumento nacional e um dos mais belos exemplares da arquitetura aristocrática barroca do séc. XVIII, edificação de inegável beleza e de relevo monumental, está classificado como monumento nacional e é um dos ex-libris da região. Ao longo das ruas da zona histórica, que é preciso percorrer lentamente e prestando atenção aos pormenores e aos conjuntos, encontramos numerosas casas armoriadas. Data da época da romanização um dos mais importantes monumentos, situado a cerca de 6 km do centro da cidade. Trata-se do Santuário Rupestre de Panóias, monumento nacional, local de culto que os romanos herdaram de povos autóctones e o reutilizaram para honrar as suas próprias divindades, nomeadamente Serápis, deus da medicina. As inscrições existentes no local nomeiamno expressamente e falam do modo de utilização do santuário. É monumento único na Península Ibérica. A Arca Tumular Românica, situada junto da igreja Paroquial de Mouçós é Imóvel de Interesse Público. Trata-se de um sarcófago do fundador da igreja e é um importante mausoléu de granito. A torre de Quintela é uma das mais belas torres sem castelo de Portugal, data do século XVIII, localiza-se na aldeia de Vila Marim e está classificada como Monumento Nacional. O Fojo do Lobo, dispositivo destinado a atrair os lobos, na aldeia da Samardã está classificado como Imóvel de Interesse Público. Existe também ao longo de todo concelho, fundamentalmente nas aldeias, um conjunto apreciável de castelos e fortificações, mosteiros, igrejas (algumas classificadas como Imóvel de Interesse Público), capelas, pelourinhos, cruzeiros, pontes, espigueiros, eiras e palheiros, e outros monumentos de interesse arquitetónico. TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) 3. Património Natural A cidade de Vila Real é atravessada pelo Rio Corgo e está enquadrada por montanhas (a Serra do Marão, a Serra do Alvão e a Serra da Falperra), o que tudo lhe confere grande beleza natural. O Parque Natural do Alvão, (já caracterizado acima) situa-se na serra com o mesmo nome e abrange os concelhos de vila Real e Mondim de Basto. 4. Tradições Convivem nas ruas de Vila Real dois mundos, o urbano e o rural, produzindo uma mescla “sui generis” que confere à cidade um caráter único. Na cidade as tradições começam a estar mais associadas à Universidade e aos seus estudantes, como é o caso da latada, da queima das fitas, entre outros. Nas aldeias e tratando-se de um concelho com uma rusticidade digna de nota, não poderíamos deixar de falar dos trabalhos agrícolas tradicionais: são as malhadas de centeio, do milho e do feijão, as desfolhadas, as segadas e as vessadas, a roda do moinho, as “horas das regas”, o “touro de cobrição”, a matança do porco com a confeção do fumeiro e o fabrico do pão de centeio e milho. Numa região onde a ruralidade impera, é natural encontrarmos diferentes formas de artesanato, mas as que mais projeções alcançaram são a louça negra de Bisalhães e os linhos de Agarez. Tradicional é também a gastronomia. As tripas aos molhos, prato regional, o cabrito assado com arroz de forno, a vitela assada, a bola de carne, os covilhetes bem como os enchidos. Na doçaria, são célebres os pastéis de Santa Clara e as cristas de galo. 5. Eventos Diversas entidades, públicas e privadas, produzem uma atividade cultural digna de nota. Como digna de nota é a animação noturna, exigida pelos estudantes da Universidade. As Festas da Cidade, em junho, organizam-se em torno de dois acontecimentos nucleares: a Feira de Santo António, voltada para o mundo rural, em especial a pecuária, e a Feira de São Pedro, também dita dos Pucarinhos, voltada para o artesanato do concelho. De permeio, uma longa lista de manifestações culturais, desportivas, recreativas, festivas, religiosas mantém a cidade permanentemente animada ao longo do mês de junho. C CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE MONDIM DE BASTO 1. Descrição Geral Mondim de Basto pertence ao distrito de Vila Real e localizase na margem esquerda do rio Tâmega. Em conjunto com os concelhos de Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto e Ribeira de Pena constituem as chamadas Terras de Basto. Localizado numa zona de transição entre o Minho e Trás-os-Montes, Mondim de Basto tem características próprias do Minho - em particular a exuberância vegetal e a produção de vinho verde - comungando igualmente de características bem transmontanas presentes nos contrafortes da Serra do Alvão onde se situa. O concelho, uma área de 172,0 km2 e 8 498 habitantes é composto por 8 freguesias: Atei, Bilhó, Campanhó, Ermelo, Paradança, Pardelhas, Vilar de Ferreiros e Mondim de Basto. Possui características rurais bem marcadas, onde se esconde uma série de aldeias de um rusticismo quase bíblico, e a paisagem se caracteriza por significativas variações de relevo. Sobranceiro à vila - assente numa chã fértil a 200 m de altitude – eleva-se a pique, até à altitude de 990 m, o monte Farinha, em forma de grandiosa pirâmide verde coroada pela Ermida da Senhora da Graça. Mondim recebeu carta de foral no reinado de D. Sancho I, renovada por D. Manuel I em 15 de junho de 1514. 2. Património Arquitetónico A igreja matriz possui um sumptuoso retábulo de talha dourada (século XVIII); do edifício gótico primitivo apenas resta um gracioso pórtico lateral entaipado. A Capela do Senhor revela ainda a estrutura românica inicial. No topo do Monte Farinha encontra-se a capela TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) 90 de Nossa Senhora da Graça donde se alcança uma vista de impressionante vastidão e grandeza. Das casas históricas e/ou brasonadas merecem realce: a Casa da Igreja, de bom estilo joanino (século XVIII), a Casa do Eiró, profundamente remodelada em meados de século passado, onde atualmente se localiza a Câmara Municipal, o Solar dos Azevedos, classificado como Património de Valor Concelhio, o Solar dos Machados em Atei, entre muitas outras. A 18 Km a Sudoeste situa-se a freguesia de Ermelo, antiga sede de concelho, que conserva o pelourinho e a antiga Casa da Câmara. É também nesta freguesia que se situam as Fisgas de Ermelo (queda de água do rio Olo), onde a água se precipita numa fenda estreita, aparecendo e desaparecendo aos galgões através do despenhadeiro denegrido. Zona rural por excelência, é nas aldeias, nos seus monumentos de índole religioso e nas casas agrícolas – os sobejamente conhecidos solares de Basto – que se manifesta, essencialmente, o património arquitetónico de Mondim de Basto. As aldeias rurais incluem, para além das casas de habitação, os famosos espigueiros, os celeiros e alpendres, as fontes, os moinhos e muros de vedações, assim como as capelas e igrejas. Em Mondim de Basto existe um Centro de Informação e Interpretação do Parque Natural do Alvão. 3. Património Natural Basto, votado ao esquecimento durante décadas, viu as suas populações sofrerem as consequências do isolamento, o que, paradoxalmente, permitiu a preservação da sua maior riqueza – o Património Natural. A grande diversidade de habitats, as paisagens rural e serrana, a arquitetura e as atividades tradicionais, nomeadamente, a criação de gado de raças autóctones (Maronesa e Cabra Bravia), o fabrico de fumeiro e dos enchidos (porco caseiro), do mel de urze, do pão tradicional e do artesanato, transformam este concelho num destino privilegiado para amantes da natureza e de saberes tradicionais, que perduraram desde uma ancestralidade perdida nos tempos, onde se pode fazer um balanço comparativo do que o ser humano conquistou e do que perdeu. O Parque Natural do Alvão, que abrange a parte nascente do concelho, é o expoente máximo desta riqueza. 91 4. Tradições Sendo um concelho com características rurais bem marcadas, é na ruralidade que temos de procurar as tradições. Começando pelo artesanato, de que se salientam a tecelagem em linho e estopa, os tapetes, os tamancos, os cestos, a tanoaria e a obra de cantaria. Falamos também de música etnográfica, mantida viva por numerosos ranchos folclóricos, tunas e grupos de cavaquinhos. Falamos ainda de gastronomia, que em Mondim é à base de pratos fortes: cabrito, anho e vitela assada, acompanhados de arroz de forno. Quanto a sobremesas, fazem-se notar o pão de ló, as cavacas, os rosquilhos e também os rebuçados. O vinho verde é muito apreciado. TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS (PNPG) O território de intervenção é composto pela totalidade dos concelhos abrangidos pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês: Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. Melgaço LEGENDA Concelhos do Território do PNPG Melgaço Arcos de Valdevez Ponte da Barca Arcos de Valdevez 5. Eventos Estando às portas do Minho, os principais eventos são sobretudo feiras, festas e romarias em que estas manifestações ao mesmo tempo religiosas, sociais e económicas são normalmente exuberantes. Todas as povoações fazem a sua festa, mas merecem referência especial duas que se realizam na sede do concelho: a Procissão do Corpo de Deus, de tradição medieval, para a qual se preparam vistosos tapetes de flores e as festas do concelho, entre 23 e 25 de julho. As Festas da Senhora da Graça em julho e em setembro (primeiro Domingo) são o motivo de maior atração turística do concelho pois atraem inúmeros romeiros. Bibliografia: Câmara Municipal de Vila Real; Câmara Municipal de Mondim de Basto; Região de Turismo da Serra do Marão; Artisaga – Roteiro Turístico do Distrito de Vila Real; Parque Natural do Alvão: “O Parque Natural do Alvão – Entre o Homem e a Natureza” – Robert Manners Moura; Outros documentos do Parque; Probasto - Associação de Desenvolvimento Rural de Basto. TERRITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO (PNAL) Terras de Bouro Montalegre Montalegre Ponte da Barca Limite do PNPG Terras de Bouro ESCALA 6 0 N 6 12 Km Território de Intervenção do Projeto “Parques Com Vida” no Território do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) A CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS 1. Descrição geral Criado em 1971, o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) é uma das mais antigas áreas protegidas do nosso país e a única com estatuto de Parque Nacional. A importância do PNPG resulta, fundamentalmente, do facto deste possuir uma grande diversidade de ecossistemas bem preservados e de espécies faunísticas e florísticas de excecional interesse para a conservação da natureza e da biodiversidade. O PNPG é também reconhecido pela diversidade e beleza de paisagens mais ou menos humanizadas, de grande valor cultural e muito importantes para a conservação da natureza. É uma região que sempre contou com a presença humana, desde os remotos tempos do Neolítico. Hoje em dia residem no Parque cerca de 9000 pessoas que vivem principalmente da agricultura, da pastorícia, da silvicultura e, em menor grau, do turismo. 2. Localização O Parque Nacional da Peneda-Gerês ocupa uma área com cerca de 70.000 hectares, distribuídos por cinco concelhos: Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca no distrito de Viana do Castelo, Terras de Bouro no distrito de Braga e Montalegre no distrito de Vila Real. Abrange uma área montanhosa do noroeste português, desde o Planalto de Castro Laboreiro, no extremo NW, ao Planalto da Mourela (Barroso), no extremo NE. Entre os dois planaltos localizam-se as áreas serranas das Serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês. TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS (PNPG) 92 3. Valor natural Na região montanhosa do PNPG, as diferentes orientações do relevo, as variações bruscas de altitude e a influência dos climas atlântico, mediterrânico e continental dão origem a uma grande diversidade de microclimas. Estes, associados à constituição essencialmente granítica do solo, criam características particulares, de onde resultam aspetos botânicos muito especiais, que conferem ao PNPG um lugar de primazia em relação à demais flora portuguesa. Nesta região podem encontrar-se espécies florísticas que variam desde aquelas que são características das zonas mediterrânicas e subtropicais até às que predominam nas zonas euro-siberianas e alpinas. A diversidade de habitats, a riqueza florística e a fisiografia singular do PNPG permitiram reunir, neste território, condições favoráveis à manutenção de uma assinalável diversidade faunística. Permanecem, no PNPG, espécies faunísticas consideradas raras e únicas em todo o mundo, como é o caso do garrano selvagem (Equus caballus). Podem observar-se muitas outras espécies de animais, particularmente relevantes pelo seu estatuto de conservação ou pela reduzida área de distribuição que apresentam. 4. Flora O PNPG caracteriza-se pelas grandes manchas de carvalhos, algumas das quais são as maiores e em melhor estado de conservação de Portugal. Estes carvalhais, de aspeto luxuriante, são dominados pelo carvalho-alvarinho (Quercus robur) e ou pelo carvalho-negral (Quercus pyrenaica), mas apresentam uma grande diversidade de árvores e arbustos, dos quais se destacam pela sua raridade, o teixo (Taxus baccata), o azevinho (Ilex aquifolium), o azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica) e a uva-do-monte (Vaccinium myrtillus). Ao nível das plantas herbáceas podem destacarse os narcisos-bravos (Narcissus triandrus), as orquídeas (Orchis mascula e Cephalanthera longifolia), o martagão (Lilium martagon) e o feto-do-gerês (Woodwardia radicans). Ainda é visível uma grande quantidade de musgos, líquenes e trepadeiras a cobrir uma boa parte das árvores, rochas e solo. No entanto, a maior parte do território do PNPG está coberto por matos dominados por tojos (Ulex sp. pl.) e urzes (Erica sp. pl.). Apesar de estes matos resultarem principalmente da degradação dos carvalhais, possuem 93 também uma grande diversidade florística, com plantas que não se encontram em mais nenhum local do país, como o lírio-do-gerês (Iris boissieri), a timelea (Thymelea broterana) e a arméria (Armeria humilis subsp. humilis). Os lameiros, que assumem particular importância no concelho de Montalegre, embora sejam um tipo de habitat seminatural, possuem uma flora bastante diversa, com algumas espécies de elevado valor para a conservação como o narciso-de-trombeta (Narcissus pseudonarcissus subsp. nobilis), as orquídeas (Dactylorhiza maculata, Serapias cordigera e Serapias lingua), a arnica (Arnica montana subsp. atlantica) e as varinhas-de-S.José (Paradisea lusitanica). Destaca-se, ainda, a presença de algumas das maiores e melhores turfeiras de Portugal, que apresentam um elevado interesse a nível nacional pela sua raridade. 5. Fauna A variedade de habitats, a riqueza florística e a fisiografia singular do PNPG permitiram reunir, neste território, condições favoráveis à manutenção de uma assinalável diversidade faunística. No território do PNPG permanecem espécies faunísticas consideradas raras e únicas em todo o mundo, como é o caso dos garranos selvagens (Equus caballus). Para além destes, podem encontrar-se muitos outros animais, alguns dos quais são também considerados raros ou apresentam distribuições geográficas muito específicas. Dos invertebrados destacamse duas espécies de borboletas (Euphydryas aurinia e Callimorpha quadripunctata), um escaravelho (Lucanus cervus) e uma lesma (Geomalacus maculosus). Das 235 espécies de vertebrados, 204 são protegidas a nível nacional e internacional e 71 pertencem à lista de espécies ameaçadas do Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal. Nos cursos de água do PNPG existem quatro espécies de peixes, salientando-se a truta-de-rio (Salmo trutta), como a mais característica, e a enguia (Anguilla anguilla), pelo seu estatuto de conservação. Entre outras espécies associadas aos cursos de água, destacam-se a toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), a lontra (Lutra lutra), o melro-de-água (Cinclus cinclus), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), a rã-ibérica (Rana iberica) e a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica). Estão identificadas 147 espécies de aves, muitas das quais são migradoras. Salientam-se TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS (PNPG) pelo seu estatuto de conservação ou pela reduzida área de distribuição em Portugal, a águia-real (Aquila chrysaetos), a gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), o bufo-real (Bubo bubo), o falcão-abelheiro (Pernis apivorus) e o Cartaxo-nortenho (Saxicola rubetra). Conhecem-se 15 espécies de morcegos no PNPG, dos quais 10 possuem estatuto de ameaça. Finalmente, salienta-se a ocorrência de espécies com particular importância, como a marta (Martes martes), o arminho (Mustela erminea), as víboras (Vipera latastei e Vipera seoanei) e o lobo (Canis lúpus), espécie estritamente protegida por diversa legislação. 6. Tradições A existência de comunidades humanas no PNPG, e a sua antiguidade, conferem ao PNPG uma grande originalidade e uma identidade muito própria e diversificada. Estas comunidades serranas, votadas ao isolamento entre vales, montanhas e planaltos e separadas umas das outras por caminhos de serra de trânsito difícil, tiveram que viver por si, pelo que desenvolveram atividades e criaram uma organização social que lhes permitisse ultrapassar as condições hostis que o ambiente lhes proporcionava. Desta luta pela sobrevivência e adaptação às condições naturais resultou um saber de experiência acumulada ao longo dos séculos, traduzido nos usos e costumes de determinada comunidade, muitos dos quais permanecem até hoje. A malhada do centeio, a desfolhada do milho, o forno do povo ou as vezeiras (rebanhos) são exemplos de tradições bem presentes no PNPG, representativas de um comunitarismo de serviços criado para ultrapassar as dificuldades dos trabalhos da agricultura da montanha. vestígios, as antas (no planalto de Castro Laboreiro, na portela do Mezio, na chã da Serra Amarela ou nos altos do planalto da Mourela), o santuário rupestre de Gião e a estátua-menir da Ermida. A Idade do Ferro é testemunhada pelos castros de Outeiro, Parada, Ermida ou Tourém. Vários vestígios confirmam a época da romanização, sendo o mais relevante a Via Romana (Geira, como é conhecida a via n.º 18 do Itinerarun Antonini, uma estrada militar construída presumivelmente no último terço do séc. I d.C., ligando Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augyta (Astorga)). A época medieval revela-se através de mosteiros como o de Santa Maria de Pitões das Júnias, de castelos como os de Castro Laboreiro ou Lindoso e por povoados medievais abandonados como Pomba (na Gavieira) e S. Vicente do Gerês (na mata do Beredo). A riqueza do património histórico do território do PNPG inclui, ainda, elementos mais recentes do património construído (arquitetura popular e rural), como sejam os muros, levadas, calçadas, pontões, espigueiros, fojos do lobo, moinhos, abrigos de pastores, alminhas, entre muitos outros. 7. Património histórico A ocupação humana do território do PNPG remonta a tempos muito longínquos. Estudos e prospeções efetuados permitem afirmar que foi a partir do início da fase climática do período Atlântico (c. de 5000 a.C.) que a humanização desta zona montanhosa se processou ou acelerou. São muitos os vestígios que atestam a antiguidade da ocupação humana, feita por diferentes povos, com culturas próprias, que dominaram, em distintos períodos, este território. Dos tempos proto-históricos destacam-se, entre outros TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS (PNPG) Ficha técnica Autoria Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina Douro Superior – Associação de Desenvolvimento Associação de Desenvolvimento Rural de Basto Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda-Gerês Direção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho Atualização e reedição Associação Parques Com Vida Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina Douro Superior – Associação de Desenvolvimento Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte Mais informações em www.parquescomvida.pt