executivos da andrade gutierrez citam “aécio
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executivos da andrade gutierrez citam “aécio
FERRENHOS DEFENSORES DO GOLPE SÃO ATINGIDOS POR DENÚNCIAS DUVIVIER FEZ A ANÁLISE MAIS LÚCIDA DO MOMENTO QUE VIVE O PAÍS Ano 01 nº 01 Setembro 2015 www.portalnovosrumos.com.br EXECUTIVOS DA ANDRADE GUTIERREZ CITAM “AÉCIO,SERRA E ALOYSIO” Executivos da empreiteira Andrade Gutierres teriam, em delação premiada, confessado que lideranças do PSDB teriam se beneficiado com dinheiro sujo do Petrolão ÍNDICE 03 EXECUTIVOS DA ANDRADE GUTIERREZ CITAM “AÉCIO, SERRA E ALOYSIO” 04 DELATORES YOUSSEF E COSTA MENCIONAM REPASSE DE PROPINA A TUCANOS 05 LISTA DE FURNAS É A MAIOR PEDRA NO CAMINHO DE AÉCIO 06 AÉCIO: INVESTIGAR PSDB E ALOYSIO DESVIA O FOCO 08 ALOYSIO USOU SERVIDORES NA CAPANHA PRESIDENCIAL 09 A HISTERIA GOLPISTA DE AÉCIO TEM DUAS VELHAS CAUSAS: ALCKMIN E SERRA 10 SERRA PISCA PARA TEMER E PREGA PARLAMENTARISMO NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 editora 02 12 FERRENHOS DEFENSORES DO IMPEACHMENT SÃO ATINGIDOS POR DENÚNCIAS 13 DUVIVIER FEZ A ANÁLISE MAIS LÚCIDA DO MOMENTO QUE VIVE O PAÍS 14 ATÉ QUANDO GILMAR VAI ABUSAR DA NOSSA PACIÊNCIA? 16 ODEBRECHT JÁ RECEBIA PROPINA NA DÉCADA DE 1980, REVELA DOCUMENTO Vilson Teixeira Jornalista/Editor - Reg. 11795 Presidente da Editora Novos Rumos Ltda Editoração/Artes: WDNR Redação: (51) 3501.2047 A revista é publicada mensalmente pela Editora Novos Rumos Ltda, e não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados. Executivos da Andrade Gutierrez citam “Aécio, Serra e Aloysio” Em acordo de delação premiada, dois executivos da construtora Andrade Gutierrez, uma das investigadas no esquema de corrupção da Petrobras, citam os nomes das principais lideranças do PDSB: os senadores Aloysio Nunes (SP), José Serra (SP) e Aécio Neves (MG); Aloysio já é alvo de pedido de investigação por parte da Procuradoria Geral da República por suposto recebimento de doação irregular na campanha; a Andrade Gutierrez contribuiu com R$ 19 milhões para a campanha de Aécio à presidência da República em 2014. D ois executivos da construtora Andrade Gutierrez, uma das envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras e investigada pela Operação Lava Jato, citam os nomes das principais lideranças tucanas em acordo de delação premiada. São mencionados os senadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), de acordo com o colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Aloysio já é alvo de pedido de investigação da Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. E Aécio já foi mencionado em depoimento do doleiro Alberto Youssef por ter recebido dinheiro de Furnas. A empreiteira, que teve seu presidente, Otávio Azevedo, preso em junho, foi a maior doadora de recursos na campanha de Aécio à presidência em 2014. Foram 322 doações, que somaram mais de R$ 20 milhões, de acordo com dados do TSE. Fonte: Brasil 247 NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 03 Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de propina a tucanos D ois dos principais delatores da operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, mencionaram que políticos do PSDB receberam recursos desviados de empresas estatais como a Petrobras e Furnas. Entre os beneficiados estariam o ex-presidente nacional partido Sérgio Guerra e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 As declarações de Costa e Youssef foram feitas durante uma acareação realizada nesta terça-feira na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras na Câmara. Costa e Youssef disseram que Sérgio Guerra recebeu R$ 10 milhões para “abafar” uma CPI no Congresso Nacional para investigar irregularidades na Petrobras em 2009. O dinheiro, segundo a dupla, teria sido pago pela empreiteira. Segundo Youssef, o dinheiro foi pago pela empreiteira Camargo Correa, uma das investigadas pela operação Lava Jato. 04 Costa disse que foi procurado por Guerra e pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) para que o dinheiro fosse encaminhado ao líder tucano. “De minha parte, posso dizer que eles receberam”, afirmou Costa. Sérgio Guerra morreu em março de 2014. Deputados do PT seguiram questionando os dois delatores sobre suspeitas de pagamento de propina a líderes tucanos. Jorge Sola (PT-BA) perguntou a Youssef se ele tinha conhecimento das informações de que o senador Aécio Neves teria recebido dinheiro de propina relativa a contratos da estatal Furnas. “O senhor confirma que Aécio recebeu dinheiro de corrupção de Furnas?”, indagou Sola. Youssef disse ter ouvido sobre isso do ex-deputado José Janene, morto em 2010: “Eu confirmo por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador”, disse Youssef. Janene é apontado como o responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa à direção de Abastecimento da Petrobras. A partir das menções feitas a Aécio Neves e a Sérgio Guerra, deputados do PT e da oposição travaram uma espécie de “batalha” ao longo da acareação. Em diversos momentos, quando deputados oposicionistas faziam perguntas sobre líderes do PT, deputados governistas gritavam o nome de Aécio. Youssef disse ainda que chegou a enviar recursos oriundos de propina a Belo Horizonte, mas negou que fossem direcionados ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). “Com referência ao Anastasia, eu mandei, sim, dinheiro para Belo Horizonte, mas não fui que fui entregar. Então, a mim não foi dito que era para o Anastasia. Mas quem foi lá entregar foi o Jayme [Alves de Oliveira Filho], então só ele pode dizer a quem ele entregou. Eu posso dizer que recebi um endereço, um nome, e mandei entregar. Esse nome que eu recebi, me lembro muito bem, não era o Anastasia. Tinha outro nome e tinha outro endereço”, afirmou. Em março deste ano, Aécio negou participação no esquema de Furnas. “A chamada lista de Furnas - relação que contém nomes de mais de 150 políticos brasileiros de diferentes partidos - é uma das mais conhecidas fraudes políticas do País e já foi reconhecida como falsa em 2006 pela CPMI dos Correios”, disse o tucano em nota. Segundo a nota, a “lista de Furnas” surgiu em 2005 como “tentativa de dividir atenção da opinião pública” em meio à revelação do mensalão. Em relação ao PT, Youssef disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinham conhecimento do esquema de desvios de recursos públicos da Petrobras investigado pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal). Ambos negam. Fonte: O Cafezinho Lista de Furnas é a maior pedra no caminho de Aécio E m depoimento à CPI da Petrobras na Câmara Federal, o doleiro Alberto Youssef trouxe à tona uma das maiores pedras no caminho do senador Aécio Neves (PSDB): a Lista de Furnas. Ele confirmou à CPI ter tomado conhecimento de que o então deputado federal recebia dinheiro de um esquema de corrupção na Centrais Elétricas de Furnas. A informação lhe teria sido passada por José Janene, ex-deputado do PP, morto em 2010, apontado como um dos beneficiários do esquema de pagamento de propinas investigado na Operação Lava Jato. Vale recordar que, em depoimento anterior à Polícia Federal, o doleiro já havia afirmado que PP e PSDB “compar tilhavam” uma diretoria de Furnas e que os pagamentos a políticos seriam de pelo menos 100 mil dólares mensais entre 1996 e 2000. Por sinal, denúncia oferecida pela procuradora Andréia Baião, da Procuradoria Geral da República (PGR) do Rio de Janeiro, em 2010, também havia revelado o esquema. Assim como Yousseff, ela apontava a empresa Bauruense como intermediária dos recursos arrecadados pela estatal para financiar as campanhas de 2002 do candidato derrotado à presidência, José Serra, de Geraldo Alckmin, eleito governador de São Paulo e Aécio Neves, eleito para o governo de Minas, todos do PSDB. O esquema seria operado pela irmã de Aécio, Andréa Neves. E já se vão mais de dez anos desde que a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), especialmente o deputado estadual Rogério Correia, trouxe a público a denúncia do envolvimento do ex-governador em um esquema ilegal de repasse de recursos da estatal para políticos. Segundo o documento denominado Lista de Furnas, cuja autenticidade foi comprovada por perícia da Polícia Federal, quase R$ 40 milhões foram distribuídos a 156 políticos, sendo 69% para as três campanhas citadas. Nos bastidores, vários deputados confirmaram terem recebido as quantias vindas de Furnas, que variavam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil. Um deles, o então deputado Antônio Júlio (PMDB), hoje presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), corajosamente, assumiu na imprensa que recebeu R$ 50 mil para doação a um hospital. Em março desse ano, mais uma tentativa de que o esquema fosse apurado. Rogério Correia e os deputados federais petistas Adelmo Leão e Padre João apresentaram requerimento à PGR para que a delação premiada de Youssef sobre Furnas fosse desarquivada e investigada na Operação Lava Jato. Sem efeito, lamentavelmente. Pois bem. O fato volta à baila, agora, denunciado aos olhos de todos, na transmissão em rede NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 05 nacional do depoimento de Youssef à CPI. A grande pergunta que fazemos é: se o delator tem credibilidade ao denunciar outros políticos, do PP, PMDB, PT e PSDB, por que não o teria, em se tratando de Aécio Neves? Dizem que “pau que dá em Chico dá em Francisco”. Será? Se assim o for, aguardamos também a denúncia do senador pela PGR e, quem sabe, até o pedido de sua prisão. Se mantida a avaliação anterior do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que a delação de Youssef contra Aécio não tem consistência, há que se exigir uma mudança nos rumos da Operação Lava Jato. Prevaleceria o princípio de que a delação premiada não pode ser vista como prova absoluta, precisando, portanto, ser inves- tigada e confrontada com outras evidências. Ou seja, o próprio procurador assumiria que nem todas as acusações dos delatores são verdadeiras. Nesta lógica, todos os demais denunciados por eles teriam também direito ao benefício da dúvida. Sobretudo, o que o novo capítulo da Lava Jato evidencia é que as pedras que estavam no caminho de Aécio e do PSDB começam a ser atiradas neles. Caem sobre as cabeças dos que, de forma hipócrita e inconsequente, criaram fatos midiáticos artificiais e utilizaram a Operação Lava Jato para tentar enfraquecer adversários políticos, mesmo conscientes de que jogavam contra o Brasil. Não foi à toa que o empresário Abílio Diniz, presidente da Brasil Foods, declarou recentemente ser a crise do país “fundamentalmente política, muito mais do que econômica”. É fato que a corrupção sempre foi uma “chaga” no Brasil, sobretudo no campo político. Desde 1500, quando Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei para falar das belezas, virtudes e potencialidades dessa terra, praticou tráfico de influência, pedindo emprego para um parente. E é verdade também que este é um mal praticamente generalizado, independente de ideologia ou agremiação partidária. Chegou o momento de Aécio Neves e o PSDB se haverem com suas “pedras”. E agora, Janot? NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 Aécio: investigar PSDB e Aloysio desvia o foco 06 O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, enviou nota à imprensa, na qual afirma que o partido “recebeu com surpresa a abertura de inquérito sobre as contas da campanha de 2010 do senador Aloysio Nunes”. Aécio diz que “chama a atenção para O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, enviou nota à imprensa, na qual afirma que o partido “recebeu com surpresa a abertura de inquérito sobre as contas da campanha de 2010 do senador Aloysio Nunes”; Aécio diz que “chama a atenção para o risco dessas investigações desviarem-se do seu foco principal, que é a responsabilização daqueles que, no PT e partidos aliados, montaram um complexo esquema de corrupção que assaltou os cofres da Petrobras e financiou a manutenção desse grupo no poder”; Aloysio, que foi vice na chapa de Aécio em 2014, será investigado em função da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, feita na Operação Lava Jato, que disse ter doado R$ 200 mil, através de caixa dois ao tucano; para Aécio, no entanto, o foco deve ser exclusivo no PT e não todas as doações de campanha e denúncias contidas nas delações. o risco dessas investigações desviarem-se do seu foco principal, que é a responsabilização daqueles que, no PT e partidos aliados, montaram um complexo esquema de corrupção que assaltou os cofres da Petrobras e financiou a manutenção desse grupo no poder”. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que foi vice na chapa de Aécio em 2014, será investigado em função da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, feita na Operação Lava Jato. Em seu depoimento, Pessoa afirmou ter feito duas doações ao senador tucano em 2010, quando ele se elegeu ao Senado: uma de R$ 300 mil e outra de R$ 200 mil. Esta última, pelo caixa dois. Em nota, Aloysio disse que “é simplesmente absurda a mera suposição de que eu, oposicionista notório e intransigente aos governos do PT, pudesse favorecer negócios na Petrobras”. “A investigação das contas da minha campanha ao Senado em 2010, pedida por dr. Janot, representa um desvio do verdadeiro foco da operação Lava Jato que, como todos sabem, é o conluio entre empresários, políticos e dirigentes da Petrobras, com as bênçãos de Lula e Dilma. Podem investigar à vontade, pois nada tenho a ver com essa sujeira. Mas que investiguem mesmo: que investiguem tudo e todos”, afirmou. Abaixo a nota de Aécio Neves na íntegra: “O PSDB recebeu com surpresa a abertura de inquérito sobre as contas da campanha de 2010 do senador Aloysio Nunes, um dos mais combativos líderes da oposição no país. O PSDB, apesar de não temer qualquer tipo de investigação, chama a atenção para o risco dessas investigações desviarem-se do seu foco principal, que é a responsabilização daqueles que, no PT e partidos aliados, montaram um complexo esquema de corrupção que assaltou os cofres da Petrobras e financiou a manutenção desse grupo no poder. O senador Aloysio Nunes, cuja biografia é reconhecida e respeitada até mesmo por seus adversários, foi um dos primeiros a denunciar toda essa operação da qual, por razões óbvias, jamais poderia ter participado. Aguardaremos com serenidade o desenrolar desse processo, atentos a que ele não fuja de seu real objeto.” Fonte: Brasil 247 NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 07 Aloysio usou servidores na capanha presidencial Três assessores do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) trabalharam na campanha presidencial de 2014, quando o parlamentar foi vice na chapa de Aécio Neves, e receberam R$ 221 mil; a legislação eleitoral proíbe a participação de servidor público na campanha e o descumprimento da regra leva à cassação do diploma, no caso de candidato eleito, configurando ainda ato de improbidade administrativa; denúncia é mais um problema para o senador, que foi também citado como beneficiário de R$ 300 mil doados ao caixa dois de sua campanha ao Senado, em 2014; questionado, Aloysio disse que os servidores, pagos pela campanha presidencial tucana, prestaram serviços relacionados ao mandato parlamentar. C NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 itado pelo empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, como beneficiário de uma doação de R$ 300 mil ao caixa dois de sua campanha ao Senado, o senador Aloysio Nunes (PSDB-MG) é alvo de outra grave denúncia. 08 Reportagem dos jornalistas Ranier Bragon e Natuza Nery informa que ele usou servidores públicos em sua campanha de 2014, quando foi vice na chapa do senador Aécio Neves – uma prática que configura improbidade administrativa e pode levar à perda do mandato. Ao todo, os servidores Ana Flavia Pescuma, João Vicente Ferreira Telles Guariba e Sidney Lance receberam R$ 221,5 mil da campanha tucana pelo trabalho. Segundo a reportagem, “a legislação eleitoral veda a participação de servidor público na campanha ‘durante o horário de expediente normal, salvo se o ser vidor ou empregado estiver licenciado’”. De acordo com a apuração, os três atuaram quando estavam em férias – ou mesmo fora do período de férias. Questionado, Aloysio afirmou que os três cumpriram atividades relacionadas ao mandato parlamentar. “Embora o tempo decorrido dessas atividades impeça o senador de recordar quais foram as ações praticadas naqueles dias, ele viaja com frequência para cumprir atividades relacionadas a seu mandato. Como é de conhecimento de todos, as atividades de um parlamentar são dinâmicas e exigem, muitas vezes, pronta ação”, disse a assessoria do senador. No entanto, ele não explicou porque os três foram pagos pela campanha tucana. Fonte: Brasil 247 NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 09 A histeria golpista de Aécio tem duas velhas causas: Alckmin e Serra A histeria permanente de Aécio Neves — seu estado de alerta lembra o de um dobermann ouvindo barulho no portão — é sobretudo uma questão de timing, mais do qualquer outra coisa. Aécio é um homem apressado e acossado. Ele abusou novamente de sua cantilena sublacerdista numa sessão de palestras de economistas ligados ao PSDB. “Fomos acusados de pessimistas no passado. Agora mudam o termo e essas pessoas são chamadas de golpistas”, disse. “Golpe é usar dinheiro do crime para obter votos”. “Hoje vimos uma presidente da República obcecada com o próprio fim do seu governo”, afirmou. O cenário, segundo ele, é “tenebroso”. É tenebroso para Aécio por- que ele precisa de novas eleições agora. Cada pesquisa de um instituto paraná da vida o enche de esperança, enquanto um relógio interno na moleira faz tique taque tique taque. Num caso de impeachment de Dilma, e se Temer ficar, existe uma corrente que defende que o partido lhe dê sustentação política. E uma velha figura surge das trevas. José Serra assinalou, num Roda Viva, que estaria pronto para servir a pátria com Michel Temer. “Como foi com o Itamar”, falou. Serra estaria investindo num posto de ministro. Dali, em 2018, lançaria sua candidatura a presidente — pelo PSDB ou mesmo o PMDB. Para complicar ainda mais o meio de campo de Aécio, há Geraldo Alckmin, montado em São Paulo, locomotiva de seja lá o que Deus quiser. Alckmin já deixou claro que a crise é “governista” — portanto, Serra e os tucanos deveriam ficar de fora. Num seminário em seu instituto, Fernando Henrique Cardoso resumiu o drama: “Um quer que a Dilma saia hoje. Outro, que tenha nova eleição. Outro, que ela fique até 2018. Até entendo que todo político tenha seus interesses pessoais, mas tem hora em que temos que entender que há algo maior em jogo, o país”. É uma ironia que FHC, que vem fazendo de tudo para fomentar a instabilidade, incluindo sugerir a renúncia, declare que há algo maior em jogo. A não ser que ele esteja se referindo a pegar uma tela com Fernando Haddad. O país, que nunca importou de fato, não passaria a importar agora. Fonte: Diário do Centro do Mundo NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 Serra pisca para Temer e prega parla 10 Tido como um dos principais conspiradores em favor do vice-presidente Michel Temer, o senador José Serra (PSDB-SP), pela primeira vez, assumiu que trabalharia para dar sustentabilidade a um eventual governo do PMDB; no entanto, Serra impôs uma condição; “Do ponto de vista político, para mim, uma das condições mais importantes seria a implantação do parlamentarismo, a partir de 2018”, disse ele; assim, com a revisão do presidencialismo, aprovado em plebisicito pelos brasileiros em 1993, Serra poderia tentar se tornar primeiro-ministro; na entrevista, ele voltou a prever a queda da presidente Dilma Rousseff; “Não tenho bola de cristal nem estou fazendo torcida, mas está ficando cada vez mais difícil ela permanecer”. A s divisões do PSDB já são conhecidas. Enquanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sonhava com um golpe que levasse a novas eleições, para tentar concorrer novamente à presidência da República, o governador Geraldo Alckmin trabalhava para que o governo federal se desgastasse até 2018 para que ele se tornasse o candidato natural dos tucanos daqui a três anos. Enquanto isso, correndo por fora, o senador José Serra (PSDB-SP) sinalizava que apoiaria um eventual go- verno do vice-presidente Michel Temer. Pela primeira vez, Serra desceu do muro e assumiu sua posição. Ele daria sustentabilidade a um eventual governo Temer, desde que o PMDB se compro- do. Como há a possibilidade do impeachment, ele tornou-se uma figura central na política brasileira e, evidentemente, objeto de toda sorte de interpretações”, disse ele. S o b re s u a c apac idade de governar, mais elogios. “Ele tem muita experiência política e formação intelectual. O próximo presidente comerá o pão que o diabo amassou. Indigesto ou não, terá de fazer isso. É claro que é possível sairmos da crise.” amentarismo metesse com a adoção do parlamentarismo em 2018. Assim, Serra, que sempre se julgou predestinado a ocupar a presidência da República, poderia, ao menos, se tornar primeiro-ministro. A posição de Serra foi explicitada em entrevista ao jornalista Adriano Ceolin (confira aqui). Nela, Serra se rasgou em elogios a Temer. “Conheci o Michel no movimento estudantil. Ficamos próximos no governo Franco Montoro (1983-1987), quando fomos secretários do Estado. Em 2002, ele foi decisivo para que o PMDB me apoiasse para a Presidência. Na minha opinião, o Michel tem tido uma postura de equilíbrio em relação ao governo. Recentemente, tivemos poucas conversas. Não o vejo conspiran- Serra prometeu apoiá-lo, mas impôs condições. “Certamente o PSDB apresentaria algumas condicionantes. Do ponto de vista político, para mim, uma das condições mais importantes seria a implantação do parlamentarismo, a partir de 2018”, afirmou. “O PSDB sempre foi parlamentarista. Fernando Henrique, Mario Covas, Montoro, José Richa, eu mesmo e vários outros tentamos aprovar esse sistema de governo durante a Assembleia Constituinte. Na entrevista, ele voltou a prever que a presidente Dilma Rousseff não chegará ao fim do mandato para o qual foi reeleita há menos de um ano. “Não tenho bola de cristal nem estou fazendo torcida, mas está ficando cada vez mais difícil ela permanecer”, afirmou. Fonte: Brasil 247 NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 11 Ferrenhos defensores do impeachment são atingidos por denúncias Representantes de certas esperanças receberam más notícias às vésperas do nascimento oficial da iniciativa; entre eles, Paulinho da Força, Alberto Fraga e Augusto Nardes NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 A 12 frente pró-impeachment lançada nasce fraturada. Alguns de seus expoentes ou representantes de certas esperanças receberam más notícias às vésperas do nascimento oficial da iniciativa. Paulinho da Força, do Solidariedade, tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de ter se beneficiado de um esquema de desvios de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A Procuradoria-Geral da República quer condená-lo por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Nas redes sociais, Paulinho valeu-se de uma tática recorrente da oposição quando citada em falcatruas: acusou o PT de tentar incriminá-lo. Alberto Fraga, do DEM, que ostenta no currículo serviços prestados ao banqueiro Daniel Dantas, responderá no STF por ter recebido propina quando secretário dos Transportes no Distrito Federal em troca de contratos com cooperativas do setor. Fraga nega as acusações. Segundo ele, o processo lhe dará a oportunidade de “apresentar provas”. Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e um dos principais defensores da reprovação das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, estaria prestes a cair nas garras da Operação Zelotes. Uma empresa da qual o ministro é ou era sócio serviu de laranja no esquema. Nardes diz ter se afastado dos negócios ao assumir a vaga no TCU em 2005. Fonte: Carta Capital Duvivier fez a análise mais lúcida do momento que vive o país em que é acusado de achacar um empresário, ele consegue comparecer, como se tivesse a ficha mais limpa do mundo, a protestos anticorrupção. Isto se chama tratar os brasileiros como se fossem imbecis. V ocê vê Lobão, Gentili, Fábio Júnior e pensa em perder a fé na capacidade de reflexão da classe artística. para rádios suas quando governador de Minas, e em vez disso fala com a maior cara de pau em combater a corrupção. Atenção. Mas aí você vê Gregório Duvivier e volta a acreditar nos artistas. A entrevista que Duvivier concedeu a uma emissora portuguesa em Lisboa é uma das mais luminosas análises da cena política contemporânea nacional. A frase chave é esta: os caras querem tirar Dilma para poderem continuar a roubar. A não ser que você acredite nos bons propósitos de figuras como Eduardo Cunha, Caiado e, como bem notou Duvivier, Aécio. Aécio deveria explicar o aeroporto privado que construiu, ou as verbas públicas que alocou As pessoas que mais falam em corrupção são, em geral, as almas mais corrompidas. No Brasil, o foco de espertalhões em corrupção desvia o debate do verdadeiro câncer nacional: a desigualdade. Duvivier usou, com graça irreverente, uma sentença que todos deveríamos ter em mente. Limpar a corrupção com os pseudocampeões da moralidade que estão aí é como “limpar o chão com bosta”. Um caso exemplar é o de Agripino Maia, presidente do DEM. Enroscadíssimo num caso A entrevista de Duvivier em Portugal é um magnífico contraponto a toda a canalhice cínica que marca o movimento pró-impeachment. Os políticos que o lideram se batem, todos eles, pela manutenção do financiamento privado às campanhas, sabidamente o maior foco de corrupção que existe, e a maneira como a plutocracia toma de assalto a democracia. As críticas que Duvivier faz ao PT não são poucas, e são justíssimas. O PT fez muito menos pelos índios do que deveria fazer. Na questão ambiental, deixou também muito a desejar. Mexeu muito pouco na estrutura abjeta da política brasileira ao se ídedicar a acordos lastimáveis em nome da governabilidade. Mas não é nenhuma dessas questões que comove os defensores do impeachment. O que eles querem, como disse Duvivier, é poder meter a mão em paz, como sempre fizeram. Fonte: Diário do Centro do Mundo NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 13 Até quando Gilmar vai abusar da nossa paciência? NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 Não pode ver um microfone pela frente 14 C ícero, numa de suas orações eternas, disse o seguinte a Catilina, uma ameaça à sociedade romana daqueles dias. “Até quando você continuará a abusar de nossa paciência?” Não há melhor frase que esta para os brasileiros dirigirem a Gil- mar Mendes. Até quando ele continuará a abusar de nossa paciência? O voto de cinco horas que ele deu ontem na sessão do STF que discute financiamento de campanhas é algo que desmoraliza não apenas a ele próprio – mas à Justiça como um todo. Gilmar, com o palavreado pomposo, vazio e cínico que o caracteriza, fez aquilo que um juiz jamais deveria fazer: política. Ele não se preocupa mais sequer em manter a aparência de isenção e apartidarismo. Neste sentido, ele lembra o que aconteceu com a Veja, depois Ele acha que pode tudo. Segurou, sem nenhum pudor, a votação no STF sobre financiamento por mais de um ano, com o mais longo pedido de vista da história da República. Teve a audácia, depois, de dizer que fora a “mão de Deus” que o levara a pedir vistas do processo. Uma das melhores definições de seu voto veio de uma especialista na área, Márcia Semer, procuradora do estado de São Paulo. “Inacreditável”, disse ela em sua conta no Facebook. Ela desconstruiu o blablablá de Gilmar com uma constatação: para falar aquilo que ele disse num voto interminável não era necessário sentar um ano em cima de um caso. A procuradora acrescentou um adjetivo: “lamentável”. Ela disse que esperava mais de Gilmar, mas só posso interpretar isso como ironia. De Gilmar não se pode esperar nada melhor. que a revista rompeu com qualquer pretensão de fazer jornalismo. Gilmar usa o STF – para o qual foi indicado por FHC, não deve ser esquecido – para fazer política sem que tenha um único voto dos brasileiros. Gilmar usou seu voto para criminalizar o PT, como de hábito. E para atacar outros alvos, como integrantes do próprio STF, a OAB e blogs que ousam ter ideias diferentes das suas e da plutocracia que ele representa. É, sob este ângulo, um usurpador. Roma não tolerou tanto assim Catilina, para voltar a Cícero. E Gilmar? Num momento em que o país discute tanto a si próprio, seus colegas de STF têm a obrigação moral de se colocar diante de Gilmar. Calar, fingir que nada acontece, é apoiá-lo. Lewandowsky, como presidente, tem a responsabilidade maior aí. Ele viu do que Gilmar é capaz no final da sessão de ontem. Tentou cassar a voz que Lewandowsky dera a um advogado da OAB para que este pudesse responder a uma das acusações. Contrariado, levantou-se. Antes, deu uma carteirada ao dizer que ele podia falar por cinco horas – quando se estabelecerá um limite de tempo para votos – por ser do STF. Para o pobre advogado, o silêncio. Muitos se perguntam como se poderia promover um impeachment no STF, por causa de Gilmar. Se alguém já fez por merecer isso, o afastamento, é ele. Ele já abusou o suficiente da nossa paciência. Fonte: Diário do Centro do Mundo NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 15 Odebrecht já recebia propina na década de 1980, revela documento NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 Documento entregue à CPI da Petrobras aponta que a Odebrecht fazia pagamento de propina para políticos no fim da década de 1980. Na lista, há políticos aposentados e outros que estão na ativa, como o deputado Antônio Imbassahy (PSDB), membro da CPI e identificado com o codinome de ‘Almofadinha’; entre os mais conhecidos, estão o senador Jader Barbalho (PMDB), o ex-ministro Edison Lobão (PMDB), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), o ex-deputado João Agripino Maia Neto, o empresário Fernando Sarney, o deputado José Sarney Filho e a ex-governadora Roseana Sarney. 16 A CPI da Petrobras recebeu cópias de documentos da contabilidade extraoficial da Odebrecht do fim da década de 1980, que aponta pagamento de propina para políticos como percentual das obras executadas pela empreiteira naquele época. O material original foi entregue ao delegado Bráulio Cézar Galloni, coordenador-geral da Polícia Fazendária, na sede da Polícia Federal, em Brasília. Na lista, há políticos aposentados e parlamentares que estão na ativa, como o também deputado federal baiano Antônio Imbassahy, do PSDB, que é membro da CPI e é identificado com o codinome de ‘Almofadinha’, listado como beneficiado da obra da barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia. Imbassahy foi diretor-presidente da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba). Ele ficou no cargo NOVOS RUMOS NEWS | SETEMBRO 2015 17 entre 79 e 84, cinco dos seis anos de execução da obra. Neste mesmo período ele foi também membro e depois presidente do Conselho da Companhia do Vale do Paraguaçu, a DESENVALE, estatal que contratou a obra. Entre os mais conhecidos, estão o senador Jader Barbalho (PMDB), o ex-ministro Edson Lobão (PMDB), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), do ex-deputado João Agripino Maia Neto, do empresário Fernando Sarney, do deputado José Sarney Filho e da ex-governadora Roseana Sarney. Na lista, o PMDB de Recife aparece relacionado com a obra do metrô de Recife. Aparecem também os nomes de cinco ex-governadores e dois ex-senadores que já saíram da política. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, aparece na lista com codinome de ‘Toldo’, e está vinculado à Adutora do Sisal. Na época, ele ocupava o cargo de presidente da Companhia de Engenharia Rural da Bahia (CERB) e secretário de recursos hídricos e Irrigação da Bahia. Um dos beneficiados no esquema, conforme consta nas ordens de pagamento da Odebrecht, é o tio do ex-presidente peruano Alan Garcia, que ocupou o cargo de presidente entre 1985 e 1990 e entre 2006 e 2011. Identificado nos documentos como Pescoção, Jorge Ramos Roncero aparece em ao menos duas notas de pagamento com valores de US$ 900 mil, que foram depositados em contas na Suíça e Bahamas. A obra referente a propina no Peru foi a da construção da usina de Charcani V. No projeto do terminal de passageiros 2 do Aeroporto Galeão, no Rio, o major-brigador Lauro Ney Meneses, que foi comandante da Aeronáutica, é listado com o codinome ‘Positivo’. Segundo as anotações, ele teria recebido 2% sobre uma ordem de pagamento, o que somava 5,5 milhões de cruzados. Na lista consta também obras como o metrô de Recife, a Ponte de Vitória, os Canais de Cuiabá, o Porto de Natal, o esgotamento de Rondonópólis, no Mato Grosso, a ponte Colatina, no Espírito Santo, BR-163, BR-101, Transmaranhão, e usina de Capanda, em Angola. Na década de 80, a estatal Furnas prestou assessoria técnica na obra da usina de Capanda, que foi construída pela Odebrecht. Na lista dos beneficiados com repasses que variam entre 10 e 33 mil dólares estão quatro funcionários de alto escalão de Furnas. Entre os políticos aposentados ou já falecidos, aparecem nomes como o de Cesar Cals, ex-ministro de Minas e Energia, Ary Valadão, ex-governador de Goias e Gerson Camata, ex-governador do Espírito Santo. O ex-senador Lazaro Barbosa (PMDB) aparece como Paris. Nas anotações há um pedido de entrega para ele em Brasília de 112 mil dólares. O ex-parlamentar era de Goias e a obra, a usina de Cachoeira Dourada. Informações de 247 e Agência Estado. Fonte: Pragmatismo Político marketing profissional rumo certo para o sucesso Credibilidade | Profissionalismo | Baixo Custo O Rumo Certo Mkt não é apenas um disparador de newsletters, ele dispara, hospeda e promove suas campanhas tranzendo diariamente milhares de pessoas para visitarem seus flyers. Rumo Certo Mkt trabalha com nuvem de IP's Randômicos Compartilhados para melhor entrega dos e-mails. Com o baixo custo que o Rumo Certo Mkt ofereçe, você pode fazer semanalmente disparos para seus clientes. 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