T U C A N O DIÁRIO
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T U C A N O DIÁRIO I N F O R M AT I V O Depoimento de Castilho causa decepção na CPI Hoje, a partir das 10h, o procurador Luiz Francisco de Souza depõe na CPI do Banestado. Ontem, o depoimento do delegado da Polícia Federal José Castilho Neto na Comissão Parlamentar de Inquérito Mista do Banestado foi dividido em duas partes: uma fechada e outra aberta. Na primeira etapa, pública, o delegado disse que enfrentou todo tipo de dificuldades na tentativa de produzir provas contra os responsáveis por evasão de divisas. Ele afirmou também que foi montada uma “operação abafa” para evitar a investigação enquanto esteve no caso. O deputado Paulo Kobayashi (PSDB-SP) disse, porém, que o delegado,além de não confirmar no depoimento fechado as acusações feitas anteriormente a tucanos, não acrescentou nenhuma informação nova à CPI.“Foi uma decepção”, comentou o parlamentar. Os governistas também não saíram do depoimento com boa impressão do delegado. Para o líder do PDT no Senado, Jefferson Péres (AM), por exemplo, faltou a José Castilho Neto “comedimento”.“Ele acusa com muita facilidade. Não me parece uma atitude equilibrada de uma autoridade dessa categoria”, afirmou o senador. A CPI foi criada para investigar a remessa ilegal de dinheiro por meio de contas CC-5 (de não residentes no Brasil) entre 1996 e 1999. O desvio teria sido feito via uma agência do Banestado em Foz do Iguaçu para contas do banco em Nova Iorque. D A S B A N C A D A S Nº 57, 30 D E D O P S D B JULHO N A D E C Â M A R A E N O S E N A D O 2 0 0 3 Tucanos cr iticam rrelatór elatór io da rrefor efor ma tr ibutár ia criticam elatório eforma tributár ibutária Os deputados que compõem a Comissão Especial da Reforma Tributária – vários deles da base governista – criticaram duramente o relatório preliminar do deputado Virgílio Guimarães (PTMG). Na opinião da maioria dos parlamentares presentes, o documento divulgado ontem privilegia a posição do Ministério da Fazenda e representa um retrocesso em relação às discussões realizadas até o momento. Entre os tucanos, o clima é de pessimismo. “Esse relatório é um escândalo”, resumiu o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ). Segundo ele, o texto prejudica o contribuinte ao deixar de fora a exigência de noventena - que impede a criação de novos impostos 90 dias antes do fim do exercício financeiro - e ao possibilitar a instituição de novos Emenda Hauly é defendida como alternativa à PEC 041 Em meio à enxurrada de críticas ao relatório do deputado Virgílio Guimarães, o substitutivo do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) foi lembrado, inclusive por aliados do governo, como exemplo de eficiência e simplificação tributária. A “emenda Hauly” propõe a extinção do ICMS, IPI, ISS e Cofins - excluindo 400 mil produtos de tributação - e a criação de um imposto seletivo que incidirá apenas sobre 11 produtos. Para Nelson Marquezelli (PTB-SP), a proposta tucana “é inovadora e caminha mais no sentido da distribuição eqüitativa entre os entes da federação”. Já Augusto Nardes (PP-RS) pediu que o relator aproveite a idéia dos impostos seletivos defendida pelo tucano. empréstimos compulsórios sem que os anteriores tenham sido devolvidos. O tucano acredita que o setor produtivo também perde com as mudanças propostas, já que o relatório preliminar não desonera os bens de capital. “O pior de tudo, no entanto, é o aumento de carga tributária, que ultrapassará os 40% do PIB e pode chegar a 45% até dezembro”, calcula o parlamentar. “Nesse ritmo, o governo Lula quebra o país até o fim do ano”, advertiu Paes. Já Walter Feldman (PSDB-SP) crê que as medidas previstas no relatório preliminar não possibilitarão a retomada do crescimento. Para ele, trata-se “mais de uma mera reforma de impostos do que de um profunda mudança no sistema tributário propriamente dito.” Proposta petista enfrenta “fogo amigo” O relatório preliminar do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) não recebeu apoio sequer dos partidos da base de apoio ao Planalto. Deputados do PP, PTB, PL e PMDB atacaram o documento, evidenciando a falta de coesão da base parlamentar governista. Entre os pontos criticados estão a ausência do fundo de compensação para estados exportadores, a não repartição das receitas da Cide e da CPMF e o fim da exigência de lei complementar para instituição de imposto compulsório. Eduardo Gomes cobra modelo energético mais realista O deputado Eduardo Gomes (PSDB/TO) disse que o governo deve analisar melhor a viabilidade do modelo energético proposto pela ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef. “O texto é bom na teoria, mas o mercado determina os investimentos nesse setor com senso muito maior do que o governo imagina”, disse. Diante desse quadro, o tucano cobrou uma definição mais precisa e realista sobre o modelo energético. Segundo ele, a área de energia depende de investimentos estrangeiros de longo prazo, uma vez que o governo não é capaz de aplicar sozinho no setor. “A indefinição pode provocar conseqüências graves, pois o mercado pode direcionar e-mail: [email protected] os investimentos para outro setor ou país”, disse. Eduardo Gomes destacou ainda a necessidade de o governo corrigir outra indefinição: a da comunicação interna entre os ministérios envolvidos na questão da energia elétrica. “Isso evitará o esvaziamento econômico da pasta. Não se pode substituir o apagão pelo ‘lá se vão’ os recursos destinados ao setor”, afirmou. O tucano deixou claro também qual deve ser o papel do PSDB nessa questão. “Nossa maior responsabilidade é buscar uma oposição participante, em um setor que requer agilidade e um índice permanente de confiança do investidor estrangeiro.” site do PSDB: www.psdb.org.br 2 DIÁRIO TUCANO ■ 30 de julho de 2003 Bancada do PSDB debate Previdência na terça Situação dos municípios é crítica, alerta Lucia Vânia O líder do PSDB, deputado Jutahy Junior (BA), convocou reunião da bancada para discutir a votação da reforma da Previdência em plenário na próxima semana. A reunião será na terça-feira, às 14 horas. Jutahy e o primeiro vice-líder Custódio Mattos (MG) vão recomendar o voto a favor da reforma. A senadora Lucia Vânia (PSDB-GO) chamou a atenção para os cortes no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que o governo vem fazendo desde o início do governo Lula. Segundo relatório da Confederação Nacional dos Municípios, existem casos nos quais esse corte chega a 48%, o que significa a perda de quase metade do orçamento dos municípios. “O FPM representa uma injeção significativa para as localidades mais pobres”, afirmou a senadora. A tucana citou exemplos de medidas drásticas que os municípios tiveram que tomar por causa desse problema. É o caso de 50 prefeituras do Amazonas, que suspenderam o pagamento dos fornecedores para equilibrar o caixa. Já a Associação dos Municípios do Paraná teve que decretar moratória. “Os prefeitos não têm mais esperanças de vencer a resistência da equipe econômica e vão pedir ao presidente um adiantamento do Fundo de Participação dos Municípios na reunião marcada para esta quarta-feira”, disse. Bar será multado se vender bebida a menor O estabelecimento que vender bebidas alcóolicas a menores de idade receberá multa de três a vinte salários mínimos. É o que determina o projeto de lei de autoria do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). “Essa proposta vai proteger o menor dos prejuízos que o álcool provoca no organismo”, justificou o tucano. O texto prevê ainda o fechamento do bar ou restaurante, por até 15 dias, em casos de reincidência. De acordo com o deputado, a Justiça vai fiscalizar com rigor os estabelecimentos em todo o país. “ A questão tratada não alcança o status de crime, mas, por outro lado, o Estado não pode ficar sem meios de coibir essa prática”, afirmou Sampaio. A preocupação do tucano veio em boa hora. Dados do Hospital das Clínicas de São Paulo mostram que cerca de 15% da população brasileira sofre com os problemas do alcoolismo. O estudo também revelou que o álcool é responsável por 50% das internações psiquiátricas nos hospitais e o abuso da substância causa 350 doenças físicas e psíquicas nos dependentes. Infra-estrutura sofre com insegurança e corte de recursos Teotônio Vilela denuncia esvaziamento da ANA O setor de infra-estrutura, um dos principais indicadores do desenvolvimento econômico, mostra sinais incontestáveis de agonia. Diante do embate entre o Palácio do Planalto e as agências reguladoras, o risco iminente de descumprimento de contratos - inclusive com o endosso de membros do governo - e a recessão causaram a fuga em massa de investidores nacionais e estrangeiros. Desde o inicio do governo, a cúpula petista tem se dedicado a uma queda-de-braço com as agências reguladoras, ameaçando rever marcos regulatórios consagrados e caminhando na contramão da moderna administração pública. O clímax desse confronto institucional se deu em 10 de junho último, quando o governo editou decreto limitando as atribuições da Anatel. A tentativa de esvaziamento das atribuições desse órgão, felizmente, foi barrada pelo Congresso, com participação decisiva do PSDB. Como conseqüência, a insegurança que se instalou entre os agentes econômicos resultou no cancelamento de R$ 5,2 bilhões em investimentos. No setor da energia elétrica, 35 usinas licitadas desde 2000 estão com o cronograma de instalação atrasado. Com isso, o abastecimento de energia corre sério risco, já que 57% do total de megawatts que deveriam entrar em operação neste ano podem não ser gerados. Nos setores de telecomunicações, transportes e petróleo a paralisia se repete. Com relação a este último, o atraso na construção de duas plataformas retardará a auto-suficiência brasileira, condenando o país a importar combustíveis por mais um ano. Cortes orçamentários e contingenciamentos retiram 72% dos recursos que seriam aplicados nas estradas. O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) alertou os parlamentares para a intenção do governo em extinguir a Agência Nacional de Águas (ANA). O tucano afirmou que a Casa Civil articula o esvaziamento da agência com a intenção de transformar uma entidade independente em uma autarquia. “Isso é um retrocesso, pois elimina a participação da sociedade em um assunto que diz respeito a todos, que é a preservação dos recursos hídricos do país”, alertou. Teotônio disse que o plano do governo é cortar a verba da agência para provocar a asfixia financeira da entidade. “O Congresso Nacional não pode permitir um absurdo desses. O modelo de gerenciamento dos recursos hídricos adotado há dez anos é considerado inovador pela ONU”, lembrou o senador. Leia a íntegra do documento no site www.psdb.org.br Eduardo Azeredo quer beneficiar bons motoristas O senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG) quer premiar os bons motoristas. O tucano apresentou um projeto de lei que concede um bônus para o condutor que não tenha cometido infrações no trânsito por três anos consecutivos. O bônus corresponde a 12 pontos de crédito, que poderão ser abatidos daqueles que cometam, no máximo, quatro infrações leves. Para facilitar a vida do bom motorista, o projeto do senador Eduardo Azeredo prevê que o órgão de trânsito responsável tome a iniciativa de avisar ao condutor que tiver direito ao benefício. Mas quem estiver respondendo a inquérito policial ou ação judicial por delito de trânsito não poderá ser beneficiado. D I Á R I O T U C A N O Informativo das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado Câmara dos Deputados - Anexo II, sala 130 CEP 70160-900 Brasília (DF) Telefone: (61) 318-7230 Fax: (61) 318-2500 Líder da bancada na Câmara: deputado Jutahy Junior Líder da bancada no Senado: senador Arthur Virgílio Presidente do PSDB: José Aníbal Presidente do Instituto Teotônio Vilela: deputada Yeda Crusius Coordenador de Comunicação: Teodomiro Braga Editor: André Campos Subeditor: Marcos Côrtes Secretário de redação: Marco Caetano Produção: Bia Ramos e Fernanda Azevedo Repórteres: Achiles Pantazopoulos, Bruno Matos, Gabriela Flores, Geraldo Sobreira e Marcus Achiles e-mail: [email protected] site do PSDB: www.psdb.org.br
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