Relatório e Contas Consolidadas 2005
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Relatório e Contas Consolidadas 2005
MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no nº 3 do artigo 250º do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas anuais individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta Sociedade, de acordo com o estabelecido pelo Código das Sociedades Comerciais. MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. SOCIEDADE ABERTA CAPITAL SOCIAL: 204 635 695 EUROS MATRICULADA NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DO PORTO COM O Nº 56.514 NIPC: 502 399 694 EDIFÍCIO MOTA RUA DO REGO LAMEIRO, Nº 38 4300-454 PORTO TEL: 351 22 5190300 FAX: 351 22 5190303 WWW.MOTA-ENGIL.PT RUA MÁRIO DIONÍSIO, Nº 2 2796-957 LINDA-A-VELHA TEL: 351 21 4158200 FAX: 351 21 4158688 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 2 Destaques • Crescimento das vendas e prestações de serviços de 18% (4T: 38%) • EBITDA ultrapassa os 150 milhões de euros com margem de 11% • EBIT cresce 29% e margem EBIT sobe para 6,7% • Incremento do resultado líquido de 36% • Dívida líquida de 518 milhões de euros (Net debt/EBITDA de 3,38) • Carteira de encomendas de cerca de 1,6 mil milhões de euros milhares de euros 31.12.2005 % VN ∆% IFRS Vendas e Prestações de Serviços EBITDA EBIT 1.381.001 153.011 92.691 11,1% 15,5% 6,7% (29.788) (2,2%) Ganhos / (perdas) em empresas associadas (1.082) Resultados antes de impostos 61.821 Resultado líquido consolidado Atribuível: a interesses minoritários ao Grupo Resultados financeiros • 31.12.2004 IFRS % VN 11,3% 29,2% 1.169.252 132.514 71.738 (11,1%) (0,1%) 4,5% 37.536 2,7% 7.129 30.407 31.12.2004 POC % VN 11,1% 6,1% 1.168.635 129.832 67.608 (26.803) (2,3%) (27.834) (2,4%) 64,5% (3.046) (0,3%) 750 0,1% 47,6% 41.889 3,6% 40.525 3,5% 34,2% 27.964 2,4% 27.690 2,4% 0,5% 26,7% 5.621 22.069 0,5% 36,1% 5.625 22.339 0,5% 2,2% 18,1% 1,9% 5,8% 1,9% Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS): as demonstrações financeiras apresentadas foram elaboradas de acordo com as IFRS, o que implicou, tal como divulgado em Anúncio de Facto Relevante de 19 de Abril pp., a introdução de alterações nas políticas contabilísticas do GRUPO, e na apresentação das próprias demonstrações financeiras e informação conexa. A data de referência desta alteração é o dia 1 de Janeiro de 2005 pelo que, para efeitos de comparação, toda a informação de 2004 foi reexpressa. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 3 Índice Destaques 2 Principais acontecimentos 4 “MOTA-ENGIL num olhar” 7 Mensagem do presidente 9 Relatório de Gestão Consolidado Enquadramento macro-económico Enquadramento de mercado e estratégico Análise económico-financeira Comportamento das acções e dividendos Publicidade de participações Proposta de aplicação de resultados Nota final 10 11 12 24 33 34 37 38 Relatório sobre as Práticas de Governo Societário 40 Informação Financeira Consolidada Demonstração dos Resultados Consolidados Demonstração dos Resultados Trimestrais Balanço Consolidado Demonstração das Alterações no Capital Próprio Consolidado Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 55 56 57 58 59 60 61 Relatórios de Fiscalização Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único 100 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 4 Principais acontecimentos 9.Fevereiro 2006 - A MOTA-ENGIL anuncia um novo modelo de governação da sociedade e a reorganização das suas áreas de negócio, com a integração da área imobiliária na Engenharia e Construção e a autonomização da Indústria e Energia. 21.Dezembro – A MOTA-ENGIL adquire 50% do capital de uma empresa espanhola que opera no segmento de mercado das fundações e geotecnia, pelo montante de 3 milhões de euros. 24.Outubro – A MOTA-ENGIL assina contrato promessa de compra e venda de 55% do capital da Concessionária do Terminal Multiusos, Zona 2 , do porto de Setúbal (SADOPORT - TERMINAL MARÍTIMO DO SADO, SA), pelo montante de 2,145 milhões de euros, reforçando assim a sua participação para 80%. 1.Setembro – A MOTA-ENGIL, através da sua participada MARTIFER, integra consórcio com a Galp Energia e a Enersis no âmbito do concurso lançado pelo Governo para a produção de energia eólica. O projecto representa um investimento que deverá ultrapassar os mil milhões de euros. A MARTIFER é líder ibérica e a quarta maior empresa europeia no sector da produção de estruturas metálicas e é o maior accionista da REpower Systems, AG, fabricante alemão de aerogeradores. 30.Agosto – O consórcio liderado pela MOTA-ENGIL (32,79%) foi seleccionado para a “short list” da concessão da Grande Lisboa. A referida concessão tem uma extensão aproximada de 25 quilómetros. O investimento total previsto ascende a cerca de 270 milhões de euros. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 5 20.Julho – A MOTA-ENGIL CONCESSÕES DE TRANSPORTES estabeleceu um acordo para adquirir à Jaime Ribeiro & Filhos as participações desta empresa nas quatro Concessionárias de auto-estradas em que o GRUPO MOTA-ENGIL é já o maior accionista. O acordo inclui assim as participações de 3,3% nas LUSOSCUT COSTA DE PRATA, LUSOSCUT BEIRAS LITORAL E ALTA e LUSOSCUT GRANDE PORTO, sociedades nas quais o GRUPO MOTA-ENGIL passará a deter 36,09% e ainda a participação de 2,69% na AENOR-AUTOESTRADAS DO NORTE, que passará a ser detida pelo GRUPO MOTAENGIL em 35,11%. 20.Junho – Euronext Lisbon confirma a entrada da MOTA-ENGIL para o PSI 20, o principal índice da Bolsa Portuguesa. Como consequência, entre outros factores, da operação de dispersão de 2.Fevereiro, as acções da MOTA-ENGIL passam a integrar o PSI 20 a partir do início do segundo semestre de 2005. 19.Abril - No Relatório Consolidado de Gestão de 2004, aprovado em Assembleia Geral de Accionistas no passado dia 15 de Abril, o GRUPO MOTA-ENGIL, divulga, em capítulo próprio e de forma preliminar, o impacto da adopção das Normas Internacionais de Contabilidade. Conforme se poderá concluir da análise dessa informação, os impactos, nos capitais próprios e nos resultados do exercício, são materialmente pouco significativos e em ambos os casos positivos. 18.Março - A MARTIFER estabeleceu uma parceria estratégica com a REpower Systems AG, a 3ª maior empresa da Europa e a 6ª maior a nível mundial, na produção e assemblagem de aerogeradores. O acordo compreende as bases para a transferência de know how para a produção de aerogeradores eólicos em Portugal, assim como o reforço da participação financeira da MARTIFER naquela empresa para 19,5% num investimento de cerca de 12,5 milhões de euros. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 6 2.Fevereiro – os accionistas maioritários do GRUPO MOTA-ENGIL realizaram uma operação de dispersão de 22% do capital da holding com o objectivo de aumentar o free-float e potenciar a visibilidade no mercado de capitais. Como resultado desta operação foram colocadas 45 milhões de acções ao preço de € 2,45. 3.Janeiro - A MOTA-ENGIL AMBIENTE E SERVIÇos, holding do GRUPO para a Área de Ambiente, reforçou a sua presença no sector das águas através da compra (em conjunto com os restantes parceiros portugueses) das acções da INDÁQUA, SA, detidas pelas sociedades de direito inglês Severn Trent Water International e Severn Trent Enterprises. A INDÁQUA, SA, veículo do GRUPO MOTA-ENGIL para o segmento de “Tratamento e distribuição de água e saneamento”, passou assim a ser detida em 42,86% pela MOTA-ENGIL AMBIENTE E SERVIÇOS. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 7 “Mota-Engil num olhar” Um dos principais grupos económicos privados em Portugal, explorando e desenvolvendo um portfólio integrado de negócios centrado na cadeia de valor da Construção com níveis de desempenho alinhados com as melhores práticas internacionais Construção • Península Ibérica • Europa Central • África & América VOLUME DE NEGÓCIOS 1.137 MILHÕES DE EUROS Indústria e Energia VOLUME DE NEGÓCIOS 149 MILHÕES DE EUROS • Construções metálicas • Equipamentos de produção de energia • Produção de energia biocombustível • Produção de energia eólica RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 8 Ambiente e Serviços • Resíduos sólidos Grupo Suma • Água e águas residuais Indáqua • Logística Porto de Setúbal • Espaços verdes e manutenção Vibeiras e Manvia • Recolha e reciclagem de óleos usados Enviroil e Correia&Correia VOLUME DE NEGÓCIOS 115 MILHÕES DE EUROS Concessões de transportes MAIS DE 500 KM DE AUTO-ESTRADAS • Grupo Aenor • Lusoponte • Metro Sul do Tejo RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 9 Mensagem do Presidente “Exmos. Senhores Accionistas Quero em primeiro lugar felicitar todos os colaboradores do GRUPO MOTA-ENGIL pela performance atingida em 2005, cumprindo assim totalmente as expectativas apontadas, apesar do mercado português de construção ter, durante 2005, continuado bastante deprimido. Esta performance demonstra o acerto das decisões que ao longo dos últimos anos foram sendo tomadas, quer na forte aposta na internacionalização, quer pela diversificação de áreas de negócios em que apostámos, mas também pela fusão da Mota & Companhia, SA e da Engil, SA, que permitiram ganhar a dimensão necessária à empresa. O ano de 2006 será certamente um ano de transição entre dois ciclos de forte crescimento do GRUPO MOTA-ENGIL, já que é nossa convicção que a expansão da nossa actividade na Europa Central e em Angola, a entrada em serviço da totalidade das nossas concessões rodoviárias no final de 2006, a forte aposta na área das energias e a expansão dos negócios do ambiente, associada a uma esperada retoma do mercado português da construção, deixam prever a partir de 2007 um novo ciclo de crescimento. Por outro lado consideramos consolidada a fusão da MOTA-ENGIL, tendo-se criado claramente uma cultura empresarial baseada nas melhores características de cada uma das antigas empresas. É assim chegado o momento de se proceder a uma nova reestruturação do GRUPO, abrangendo o próprio modelo de gestão, totalmente orientada para uma maior geração de valor. A criação da sub-holding Indústria e Energia personalizada na MARTIFER, SGPS, a reformulação estrutural da área da construção, alterando a visão Portugal Vs Internacional para Europa Vs Internacional e a remodelação dos Conselhos de Administração da holding-mãe e das diversas sub-holdings, são medidas que afirmarão a visão da MOTA-ENGIL como Grande Grupo Económico Nacional com importante presença em diversas áreas de negócio tendo como principal objectivo, a criação de valor accionista. Estou certo de que é a decisão correcta no momento certo e que estaremos assim mais fortes e mais preparados para os novos desafios que se avizinham, consolidando o GRUPO MOTAENGIL como um grande grupo português, e como uma referência de excelência no sector de construção europeu. SEMPRE MAIS FORTES!” António Mota Presidente do Conselho de Administração RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 10 Relatório de Gestão Consolidado RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 11 1. Enquadramento macro-económico A economia mundial, apesar do ligeiro decréscimo das taxas de crescimento do produto interno bruto (PIB), manteve o ritmo de crescimento acelerado que vem mantendo desde há 4 anos, com o PIB a crescer cerca de 4,3% em 2005, e um aumento das trocas comerciais de cerca de 7%. A intensificação do processo de globalização da economia tem permitido sustentar este crescimento com as economias oriundas dos mercados emergentes e em desenvolvimento a apresentar uma taxa média de crescimento do PIB de cerca de 6,4%, e as economias avançadas, apesar da performance menos boa da área do euro, com uma taxa média de variação positiva do PIB de cerca de 3,5% (com destaque para os Estados Unidos da América). O Japão após vários anos de estagnação económica conseguiu em 2004 e 2005 crescer a taxas superiores a 2%. Como consequência deste crescimento económico, tem-se vindo a assistir a um aumento da procura dos bens de produção, que provocou um crescimento generalizado do preço das matérias primas energéticas e não energéticas, nomeadamente o petróleo, gás natural, carvão, aço e ferro. Portugal encontra-se em contraciclo com a economia mundial mantendo um ritmo de crescimento bastante baixo, com a taxa de variação do PIB de 2005 a situar-se em 0,3%, sendo a segunda mais baixa dos países da União Europeia, logo a seguir à Itália. A evolução do PIB nacional está historicamente muito influenciada pela contribuição dos gastos do sector público estatal, que em consequência do défice orçamental excessivo, não tem tido um desempenho expansionista no último triénio. Assim, a evolução do rendimento nacional tem dependido quase exclusivamente do consumo das famílias, até porque, o investimento tem-se retraído, apesar das taxas de juro de longo prazo se manterem em níveis baixos do ponto de vista histórico, tendo-se reduzido em 2005 para 3,5%. A redução das taxas de juro de longo prazo justifica-se pela percepção de que a inflação se vai manter contida e pelo aumento da procura de títulos da dívida pública norte-americana por parte dos países exportadores de petróleo e de bancos centrais asiáticos, no âmbito da gestão das suas políticas cambiais, assim como por parte das seguradoras e fundos de pensões dos Estados Unidos e da Europa, na consequência de alterações ao nível regulamentar na sua gestão de risco. No entanto, no último trimestre de 2005 as taxas de juro de curto prazo subiram na zona euro, em consequência do ligeiro crescimento da inflação nos seus principais mercados. A economia da União Europeia tem vindo a demonstrar crescimentos moderados, apesar do impulso dado pelas novas economias do leste, com destaque para os países bálticos e para a Eslováquia e República Checa. A economia angolana vem-se destacando desde 2002 no cenário internacional como uma das mais dinâmicas, atraindo grande volume de negócios e investimentos. O PIB apresenta um crescimento de cerca de 15,5%, bem superior ao crescimento de cerca de 4,3 % da economia mundial. Para o período 2005/2007, as previsões de crescimento da economia apontam para uma média anual de 18%. O crescimento da actividade económica em Angola tem superado até mesmo as economias emergentes da Ásia, tidas como as mais bem sucedidas no cenário da economia mundial nos últimos vinte anos. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 12 2. Enquadramento de mercado e estratégico Engenharia e Construção Península Ibérica O mercado ibérico de obras públicas tem tido um desenvolvimento diferenciado, apresentandose expansionista em Espanha e com um comportamento de retracção em Portugal, conforme demonstra o volume de obras adjudicadas em 2005, que ascendeu a cerca de 39 mil milhões de euros (crescimento de 26% face a 2004) em Espanha, contra cerca de 3,8 mil milhões de euros em Portugal (decréscimo de 9% face a 2004). A conjuntura negativa que o sector da construção de obras públicas em Portugal atravessa, reflecte-se no decréscimo da produção e na redução do emprego, que diminui consecutivamente desde 2002, naquele que é o maior ciclo negativo de sempre desta indústria. O sector está a ser fortemente penalizado pela redução do investimento público em infraestruturas, em resultado da necessidade de contenção do défice orçamental. No entanto, apesar do panorama das adjudicações de 2005 perspectivar que os próximos 2 ou 3 anos serão difíceis para o sector. O sector em Portugal, caracteriza-se pela pulverização de empresas de pequena dimensão, as quais face à actual dimensão do mercado deverão estar a passar por algumas dificuldades ao nível da carteira de encomendas, o que faz com que os concursos de empreitada, já de si em número reduzido, tenham um número de concorrentes anormalmente elevado com propostas que encerrar preços extraordinariamente baixos.. Um nível de concorrência tão alto irá a prazo ter consequências em termos da qualidade de execução dos trabalhos e da deterioração económica de todo o sector. Para proteger a qualidade das empreitadas e o próprio sector, era salutar que se fosse avançando para a concretização da ideia do empreiteiro geral, assim como para uma maior concentração do sector, de forma a permitir a constituição de grupos económicos portugueses com verdadeira dimensão no contexto europeu. Estas acções possibilitariam ainda uma maior equiparação ao mercado espanhol, do qual são oriundas várias empresas que estão classificadas em termos de dimensão no Top-ten europeu, em resultado de se terem registado em Espanha nas últimas duas décadas, 26 operações de concentração. A MOTA-ENGIL é a lider de mercado em Portugal no sector da construção, pelo que a estratégia de actuação no mercado nacional da área de Engenharia e Construção do GRUPO, consiste no crescimento orgânico, estando o GRUPO disponível para participar em concentrações empresariais, apenas no caso de se assistir por parte da concorrência, a um movimento concentracionista. No que respeita à opção de integração vertical do processo produtivo, o GRUPO irá manter uma forte presença no sector de exploração de inertes (tendo inclusivé incrementado a área licenciada de exploração durante o exercício de 2005), e na área industrial, com destaque para a produção de betão, betuminoso e de pré-esforçados. Por outro lado, irá manter as filiais que detém em áreas de negócio especializado, como são os da ferrovia, hidráulica e sinalização. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 13 A apresentação do Plano de Investimentos em Infraestruturas Prioritárias (PIIP) foi o aspecto mais relevante do ano para o sector, pois apresenta-se como um quadro de referência estratégico, que permite às empresas planearem a sua actividade numa perspectiva de médio prazo, clarificando onde, e em que dimensão, se espera a adesão do investimento privado. Em termos de obras de construção, foram identificados projectos prioritários cujo volume de construção ascende a cerca de 8,3 mil milhões de euros a realizar até 2009, nos quais se incluem os projectos da ferrovia de alta velocidade e o aeroporto de Ota, que garantirão volumes de construção significativos até 2015. Em termos estratégicos, o GRUPO está-se a posicionar de forma a poder liderar consórcios multidisciplinares fortes do ponto de vista económico e técnico, aguardando que os projectos sejam adequadamente calendarizados. No plano ibérico, o GRUPO não cresceu de forma significativa no mercado espanhol conforme era a sua estratégia, nem por via do crescimento orgânico, nem por via de processos de concentração. Efectivamente, este mercado mantém-se muito fechado, e apesar de termos vindo a concorrer sucessivamente a várias empreitadas ainda não conseguimos nenhuma adjudicação. Esta situação de não adjudicação de obras a empresas não nacionais, tem permitido às empresas espanholas ganhar ainda mais dimensão, e reforçar a ideia que será mais rápido garantir uma presença forte naquele mercado através de aquisições ou fusões do que pelo crescimento orgânico. No entanto, pela via da concentração também não tivemos ainda sucesso, apesar da aquisição este ano de uma pequena empresa que opera num nicho de mercado, mas mantém-se inalterado o objectivo estratégico do Grupo de alargamento dos seus negócios em Espanha. No que respeita às obras de construção civil para privados, as grandes linhas estratégicas estão orientadas para a participação nos grandes projectos imobiliários e turísticos, caracterizados pela complexidade técnica e por curtos prazos de execução, nos quais o GRUPO pode participar na criação de valor. O negócio imobiliário é também uma prioridade estratégica, e o GRUPO reorganizou-se no sentido de se posicionar para estar presente neste mercado com uma posição alinhada com a sua dimensão e aproveitar as oportunidades que surjam no mercado. Assim, a decisão de integrar a promoção imobiliária na área de negócio da Engenharia e Construção possibilitará maiores sinergias na gestão da carteira de projectos imobiliários em curso. Em 2005, após uma reflexão sobre a evolução futura do mercado imobiliário foram identificados uma série de imóveis não estratégicos, tendo o GRUPO celebrado um protocolo com um grande agente imobiliário para a promoção da sua alienação. Europa Central A Europa Central e de Leste depois da sua adesão à União Europeia, encontra-se num autentico boom económico, facto que está a potenciar um forte crescimento no sector da construção. Antecipando este fenómeno, o GRUPO decidiu em finais da década de 90, investir nestes países por forma a posicionar-se nos respectivos mercados locais. Verificamos hoje que essa decisão estratégica se revelou acertada, com o volume de negócios desta área geográfica em 2005 a ascender a cerca de 22% do negócio da construção, tendo inclusivé a MOTA-ENGIL sido premiada com o “Best of European Business em Portugal” na categoria de “Crescimento”, para o qual muito contribuiu esta vertente, o que aliás mereceu ao GRUPO uma menção honrosa no mesmo galardão na categoria “Europa central”. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 14 De forma a fazer face aos desafios futuros deste mercado, o GRUPO está a exportar as suas melhores práticas, dotando cada mercado de uma estrutura local que permita que este seja trabalhado a partir de dentro. Paralelamente estão a ser implementados processos de transversalidade funcional ao nível comercial, técnico e financeiro, que permitirão suportar a gestão e efectuar o controlo necessário à boa gestão dos mercados e respectivos riscos. Nos países em que o GRUPO está presente há mais tempo (Polónia, Hungria e República Checa), a estratégia centra-se fundamentalmente na consolidação do seu crescimento, através da execução de trabalhos com melhores margens e afirmando-nos cada vez mais como um player de referência nos mercados locais. Na Polónia e na Hungria, após um período em que a actividade se centrou exclusivamente nas obras públicas, encontramo-nos a diversificar a actividade para a promoção imobiliária, aproveitando o desenvolvimento das facilidades de acesso ao crédito à habitação proposto pela banca local, tendo já em carteira vários projectos que se iniciarão em 2006. Esta diversificação permite reduzir o impacto normal do período de inactividade que ocorre nos meses de inverno. Em 2005, os mercados polaco e húngaro tiveram um enorme desenvolvimento, dando expressão à boa carteira de encomendas obtida em 2004, alicerçada em grandes projectos rodoviários. A estratégia de actuação em todos os mercados da Europa Central assenta no desenvolvimento de todas as valências respeitantes ao negócio clássico da construção, e por outro lado, aproveitar a estrutura instalada e potenciar a internacionalização das restantes áreas de negócio do GRUPO. A presença na Roménia e na Eslováquia é ainda inexpressiva, estando ainda em fase de estudo, mas insere-se na estratégia de alargamento das fronteiras para a Europa de Leste. África & América A economia angolana, em virtude da paz continuada e dos novos contratos de exploração de petróleo encontra-se numa fase de crescimento acelerado, sendo um dos países do mundo com maior taxa de crescimento do PIB. Mas o dinamismo económico de Angola não se circunscreve ao sector petrolífero. A par com a indústria extractiva onde se intensificam as parcerias entre empresas angolanas e estrangeiras, o sector da construção civil prevê um crescimento da ordem dos 16%. Angola apresenta-se assim como um enorme mar de oportunidades. Angola é para o GRUPO MOTA-ENGIL um segundo mercado doméstico, onde trabalha ininterruptamente há 60 anos, e com o qual quer continuar a crescer. Tirando partido do conhecimento adquirido do país, onde é um player de referência incontornável, o GRUPO pretende fortalecer a sua presença no país, quer através do incremento da actividade no seu sector tradicional, quer na diversificação para outros negócios relacionados com a cadeia de valor da construção. Para além dos mercados externos que consideramos estratégicos, encaramos positivamente a participação em projectos de construção promovidos por países produtores de petróleo ou outras matérias-primas, que possam garantir a cobertura do risco financeiro dos mesmos. No momento actual estamos a concorrer na Argélia, a dois contratos de construção de auto- RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 15 estradas, liderando um consórcio de empresas portuguesas, dentro de um contexto comercial que nos parece positivo, quer pelo enorme volume de construção de infraestruturas que aquele país está a promover, quer pelas boas relações, políticas e económicas, luso-argelinas. O GRUPO pretende manter a actividade em Moçambique e no Malawi estando atento às oportunidades que o desenvolvimento destes países trouxerem. No Malawi temos conseguido renovar a carteira de negócios, e em Moçambique foi-nos recentemente adjudicada a construção de uma ponte sobre o rio Zambeze, pelo montante de 65 milhões de euros. Nestes mercados o GRUPO adequará os recursos afectos tendo em conta o nível de actividade que o país permitir. No continente americano o Grupo está presente no Perú e nos Estados Unidos da América, tendo estratégias distintas para o desenvolvimento dos seus negócios. Enquanto no Perú o objectivo é consolidar a posição que ocupa, mantendo o nível de rentabilidade evidenciado nos últimos anos, nos Estados Unidos a estratégia passa por, no médio prazo, reforçarmos a nossa presença no país, que actualmente se restringe ao estado da Flórida. Encontramo-nos a estudar formas de uma intervenção mais profunda nos EUA que apesar de ser um mercado maduro oferece inúmeras oportunidades de negócio. No curto prazo, o Grupo vai deixar de actuar exclusivamente no segmento de mercado de construção civil para diversificar para as obras públicas. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 16 Indústria e Energia Indústria O mercado da indústria metalomecânica aplicada a processos construtivos tem vindo a crescer significativamente, nomeadamente ao nível das grandes estruturas para edifícios industriais, comerciais e desportivos. O GRUPO MARTIFER, detido em partes iguais pelo GRUPO MOTA-ENGIL e pela MTO, é lider do mercado ibérico, e o quarto maior produtor da Europa. A sua linha de orientação estratégica passa por atingir a liderança a nível europeu, através da manutenção da liderança em Portugal e o reforço da sua posição em Espanha e nos mercados da Europa Central. A aposta no crescimento nos mercados externos tem também como objectivo, fazer face ao emagrecimento do mercado interno. No seguimento da sua estratégia, a MARTIFER investiu cerca de 4,1 milhões de euros na criação de um polo industrial na Polónia que lhe permite abastecer toda a Europa Central. No seu primeiro ano de actividade, a MARTIFER POLSKA produziu cerca de 7% do volume de negócios consolidado do GRUPO MARTIFER, tendo fornecido as delegações comerciais instaladas na Roménia, e Polónia. Para rentabilizar a unidade industrial constituída na Polónia, foi reforçada a equipa comercial na Europa Central com a abertura de delegações, para além das citadas atrás, na República Checa, Alemanha e Eslováquia. Após a notoriedade e crescimento obtido com os grandes empreendimentos dos estádios do Euro 2004 e do aeroporto Francisco Sá Carneiro, a actividade das empresas está a ser dinamizada pela construção de centros comerciais em Portugal e Espanha, de unidades fabris, plataformas logísticas e pela demonstração de capacidade da empresa a operar no mercado da construção de vias rodoviárias com a execução de grandes projectos de pontes e viadutos metálicos. Outro facto relevante a considerar, foi o início da conquista do mercado espanhol das fachadas em alumínio e em vidro, no qual o Grupo conseguiu realizar as primeiras obras e conquistar os clientes com a execução de obras de grande complexidade técnica. Energia Em 2005, o governo português definiu a estratégia nacional para a energia com o objectivo de, entre outros, garantir a adequação ambiental do processo energético, reduzindo os impactos ambientais nomeadamente no que respeita à intensidade carbónica do PIB. Para tal, terá de ser efectuado um aumento do investimento nas energias renováveis, em particular na energia eólica, cuja meta de referência será a instalação de capacidade produtiva de 5100 MW, tendo já sido lançado, um concurso público para a atribuição até 1800 MW de licenças para parques eólicos. O PIIP apresentado pelo governo estabelece para o período 2005-2009 um conjunto de investimentos neste sector que ascende a cerca de 5,6 mil milhões de euros, dos quais 3,2 mil milhões a suportar por investimento privado. O GRUPO MOTA-ENGIL, atento às necessidades em termos energéticos do país e à importância do cumprimento do compromisso que Portugal assumiu em termos de quota de energia RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 17 renovável junto da UE, começou há cerca de dois anos a preparar-se estrategicamente para poder concorrer às licenças de produção de energia éolica que necessariamente teriam de vir a ser atribuídas. Assim, o GRUPO através da sua participada MARTIFER, efectuou um investimento de cerca de 12 milhões de euros numa nova fábrica, em Oliveira de Frades, cujo core business compreende o fabrico de equipamentos industriais para a sua produção, nomeadamente torres eólicas, a qual foi inaugurada no final de 2004, tendo este ano obtido um volume de negócios de cerca de 9,5 milhões de euros, dos quais cerca de 20% destinados a exportação, prevendose que atinja o seu break-even já em 2006. Paralelamente, a MARTIFER estabeleceu em Março de 2005 uma parceria estratégica com a REpower Systems AG, a 3ª maior empresa da Europa e a 6ª maior a nível mundial, na produção e assemblagem de aerogeradores, tendo-se tornado o seu maior accionista com uma participação de cerca de 30%, a que correspondeu um investimento de cerca de 26,5 milhões de euros. O acordo compreende as bases para a transferência de know-how para a produção de aerogeradores eólicos em Portugal, tendo já sido constituída a REPOWER PORTUGAL detida em partes iguais pela MARTIFER e pela Repower AG. Assim, no seguimento do concurso já referido, para atribuição das licenças para parques eólicos, a MOTA-ENGIL, apresentará uma proposta, em consórcio com a Galp Energia e a Enersis. Trata-se de um consórcio nacional liderado pela Galp Energia e integrado por duas empresas portuguesas líderes nos respectivos sectores de actividade: a MARTIFER, participada do GRUPO MOTA-ENGIL, e a Enersis, líder na produção de energia eólica em Portugal. O projecto representa um investimento que deverá ultrapassar os mil milhões de euros. Uma das linhas de orientação estratégica de médio e longo prazo do GRUPO MARTIFER consiste no desenvolvimento da sua actividade no domínio das energias renováveis. Nesse sentido a MARTIFER desenvolve capacidades de investigação no âmbito da energia das ondas e estabelece parcerias no domínio do biodiesel e energia eólica. No que respeita ao biodiesel, no exercício de 2005 o GRUPO investiu numa unidade produtiva de biodiesel na Roménia, e complementarmente em terrenos agricolas como suporte à obtenção de matérias-primas a montante deste projecto, um montante de cerca de 3,3 milhões de euros. Tem como objectivo desenvolver tecnologia para a produção de biocombustiveis, e a aspiração de produzir um milhão de toneladas deste combustível em 2015, controlando 25% das necessidades de matérias primas. Através do seu núcleo de I&D, a MARTIFER iniciou em 2004 o processo de desenvolvimento de tecnologia para o aproveitamento da energia das ondas, enquanto recurso promissor e inexplorado e fonte de energia alternativa e não poluente. Apesar da grandeza do recurso energético marítimo, não há ainda soluções tecnológicas a nível mundial que possibilitem o seu eficiente aproveitamento. O potencial cinético do mar é sobejamente conhecido, permitindo avaliar a disponibilidade energética, no entanto apresenta a dificuldade de sobrevivência dos equipamentos que interagem com a ondulação marítima, tornando a concepção de equipamentos muito difícil do ponto de vista da engenharia. Actualmente estão em simulação laboratorial os estudos de sistemas de conversão de energia, pós-processamento de energia e a sua injecção na rede de distribuição, sobrevivência dos modelos em estudo e sistemas de ancoragem. Encontra-se igualmente em projecto uma infraestrutura de apoio a esta iniciativa. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 18 Ambiente e serviços Prestação de serviços A prestação de serviços representa na fase actual do processo de desenvolvimento desta área de negócio, a parcela mais significativa da actividade e divide-se entre a recolha e limpeza urbana de resíduos sólidos, o seu tratamento final, a recolha e tratamento de resíduos industriais, a recolha e reciclagem de óleos usados, a construção e manutenção de espaços verdes, a manutenção e a gestão de equipamentos, edificios e espaços públicos. O mercado nacional de recolha de resíduos sólidos e limpeza urbana encontra-se em fase de contratação progressiva a privados, muito embora apenas 33% da população se encontre hoje servida por empresas privadas, sendo o restante mercado operado directamente pelas câmaras municipais. Este mercado (RSU) bem como a recolha e tratamento de resíduos industriais (RI) têm um interesse estratégico para o GRUPO MOTA-ENGIL e fazem parte do core business da divisão de ambiente e serviços, operando nele através das suas participadas SUMA, SERURB e STL, registando uma quota de cerca de 56% do mercado contratado a privados, servindo um total de 1.863.000 habitantes em 36 concelhos. A resistência à contratação a privados destes serviços resulta da falta de capacidade financeira do sector público para aumentar a despesa na melhoria da qualidade ambiental. Em virtude das dificuldades com o défice dos orçamentos municipais, este mercado debate-se com grandes dificuldades de liquidez, com os atrasos nos pagamentos dos serviços prestados pelas autarquias a atingir em alguns casos mais de 2 anos. A actividade de tratamento de residuos sólidos urbanos tem estado até ao momento a cargo de empresas públicas detidas maioritariamente pela EGF, empresa detida a 100% pela empresa pública Águas de Portugal, pelo que a intervenção dos privados nesse mercado tem e terá uma expressão reduzida até que os investimentos nessa actividade deixem de usufruir de vastíssimos apoios comunitários. A protecção sistemática do Estado à EGF na construção de aterros de RSU e a permissão dada para que os aterros de resíduos sólidos urbanos sejam utilizados como receptores de resíduos industriais associadas ao bloqueio às aprovações dos investimentos de privados nesta área, têm constituído um enorme entrave ao desenvolvimento do investimento privado nesta área. O GRUPO tem como estratégia a manutenção da sua posição de liderança tentando contribuir para a sensibilização das comunidades e do poder central quanto à importância da existência de um meio ambiente de qualidade, ao mesmo tempo que investe em investigação e desenvolvimento de forma a garantir a contínua optimização dos recursos utilizados. As principais infra-estruturas do mercado de tratamento de resíduos sólidos urbanos não perigosos são os aterros sanitários, as estações de compostagem e os centros de triagem, que regra geral são parcerias entre empresas do sector e associações de municípios. O principal operador do mercado é a Empresa Geral de Fomento, de capitais públicos, que tem gozado de protecção especial do Estado. De referir que os operadores privados foram desafiados pelo Estado a entrar neste mercado, tendo-lhes sido concedidas licenças de construção de aterros sanitários, os quais na sua maioria se encontram por construir em resultado das enormes dificuldades administrativas interpostas pelos organismos oficiais. A actividade do GRUPO neste segmento de negócio abrange 21 concelhos abrangendo uma população de cerca de 700.000 pessoas. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 19 No último trimestre de 2005, a MOTA-ENGIL AMBIENTE E SERVIÇOS deu os primeiros passos na implementação da sua estratégia de internacionalização, a qual consiste na exploração de oportunidades de negócios que estão a surgir na Europa Central, nomeadamentemente nos países onde o GRUPO já desenvolve outros negócios, potenciando a estrutura aí disponível. O mercado escolhido para iniciar a internacionalização foi a Polónia, tendo sido constituída a MOTA-ENGIL SRODOWISKO (AMBIENTE) que adquiriu a maioria do capital de uma empresa local. O mercado encontra-se bastante pulverizado em muito pequenos operadores privados, pelo que a estratégia de crescimento do mercado terá o vector de crescimento orgânico combinado com aquisições que traduzam acrescentos de valor ao negócio. No que respeita aos mercados de espaços verdes e de manutenção, o GRUPO tem uma participação maioritária nas duas principais empresas dos respectivos mercados. Acreditamos no imenso potencial destes mercados, pelo que a nossa estratégia passa pela manutenção da posição de liderança no mercado dos espaços verdes e potenciá-lo com a oferta de novos serviços, e continuar a aposta na manutenção diferenciando-nos da concorrência por incluirmos um cada vez maior número de valências na nossa gama de produtos. O GRUPO reforçou a sua posição no segmento de negócio da reciclagem de óleos usados ao assumir o controlo da sua participada ENVIROIL, contribuindo desta forma para o princípio da reciclagem dos óleos usados, estando presente na sua recolha, tratamento e posterior transformação em energia eléctrica. O mercado das tecnologias de informação não é estratégico para o GRUPO MOTA-ENGIL, pelo que se estudam soluções para a participação do GRUPO na SOLS-S E SOLSUNI. Parcerias público-privadas O GRUPO MOTA-ENGIL está fortemente empenhado em desenvolver parcerias público-privadas em regime de concessões de longo prazo, nos segmentos de mercado de abastecimento de água e de saneamento básico, logística e concessões de infra-estruturas de educação e saúde. O mercado de abastecimento de água e de saneamento básico encontra-se ainda controlado pelo estado, ou através das autarquias através dos seus SMAS, ou através da empresa Águas de Portugal. O sector vive num grande impasse face às constantes alterações da política definida pelos sucessivos governos, não sendo possível clarificar qual o papel que o Estado preconiza para as empresas privadas que operam no sector. Tomando em consideração que as metas definidas no PEAASAR – Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais, para o período (2000-2006) não foram alcançadas, aguarda-se que o PEAASAR II (2007-2013), para cujo estabelecimento foi nomeado por Decreto-Lei um Grupo de Trabalho, proceda previamente a um balanço do realizado para apuramento das razões desse não alcance e com realismo defina um novo Plano exequível que inequivocamente conte com o contributo do Sector Privado. É neste quadro que assenta a esperança do desenvolvimento do sector privado, cujo potencial não tem sido aproveitado no desafio que o País enfrenta e para o qual a INDÁQUA, empresa veículo do GRUPO MOTA-ENGIL para este sector, se preparou e está preparada. Independentemente das linhas de orientação do PEAASAR II, estamos convictos que o papel dos agentes privados será cada vez mais relevante e que sem eles serão inexequíveis alguns dos objectivos estratégicos para a política ambiental nacional. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 20 Reforçando a sua aposta neste mercado estratégico para o GRUPO, a MOTA-ENGIL AMBIENTE E SERVIÇOS reforçou formalmente em 2005 a sua participação na INDÁQUA, tendo passado a ser o seu maior accionista. Também em 2005, foram atribuídas à INDÁQUA as concessões para os concelhos de Matosinhos e de Vila do Conde, as quais não se encontram ainda formalizadas por terem sido interpostas sucessivas providencias cautelares e processos de impugnação dos concursos. No entanto, no caso de Matosinhos todos estes processos administrativos estão ultrapassados, e encontramo-nos já a negociar com o concedente o contrato de concessão. Quanto à concessão de Vila do Conde, fomos ultrapassando todas as providências cautelares e encontramo-nos neste momento a aguardar o contacto do concedente para a negociação do contrato de concessão. A entrada em exploração destas duas novas concessões permitirá à INDÁQUA triplicar a sua contribuição no GRUPO MOTA-ENGIL. Por outro lado, na concessão de Santa Maria da Feira foram suspensos os investimentos face ao incumprimento da autarquia, estando em fase de renegociação o contrato de concessão. O ano de 2005 foi o primeiro ano completo de exploração das duas concessões das plataformas logísticas que operam os terminais de granéis sólidos, contentores e “roll-on, rolloff“ do porto de Setúbal. A estratégia definida pelo GRUPO na operação do sector de logística consiste no estabelecimento de alianças estratégicas com parceiros internacionais de reconhecida dimensão e competência. Temos a pretensão de ocupar um lugar de destaque neste segmento de mercado porque acreditamos na necessidade de profundas mudanças estruturais no domínio dos transportes com particular relevo para toda a estrutura logística a eles associada. O crescimento no mercado nacional da logística portuária só deverá acontecer no curto prazo pela via de aquisições, pelo que nos mantemos atentos à evolução do mercado das plataformas logísticas terrestres e aeroportuárias. Durante o exercício de 2005 integramos consórcios que apresentaram propostas para concessões de concepção financiamento, construção e manutenção de hospitais, porque consideramos estratégica a nossa presença neste mercado que no futuro abrangerá diversos equipamentos sociais, como por exemplo os hospitais, cadeias e escolas. Os concursos referidos foram para a contratação dos hospitais de Loures, Braga e Cascais, e enquadram-se no âmbito do programa lançado pelo Governo Português com vista à associação de entidades do sector privado à gestão de estabelecimentos hospitalares inseridos no Serviço Nacional de Saúde. O modelo utilizado corresponde a um modelo integrado de construção e gestão da infraestrutura, e de prestação de serviços clínicos, sendo a presença do GRUPO mais significativa na componente da construção e gestão dos edifícios. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 21 Concessões de transportes A rede de auto-estradas concessionadas em Portugal correspondente a cerca de 2.403 km. A rede Brisa atribuída até meados da década de 90, totaliza cerca de 1.156 km (incluindo os da concessão da associada Brisal). A partir da década de 90 os processos de atribuição de concessões assumiram uma natureza concorrencial muito acentuada. Como consequência as 11 concessões concursadas neste período foram atribuídas a várias empresas. Destas, 7 correspondentes a 1.006 km, são concessões em regime SCUT, ou seja sem custos para o utilizador. A quota de mercado actual do sector das concessões de auto-estradas é como segue: Operador Brisa/Brisal Grupo Aenor Rede Euroscut Scutvias Auto-estradas do Atlântico Norscut Total Nº concessões Nº km Quota mercado 2 4 2 1 1 1 1.156 506 250 176 170 155 47,9% 21,0% 10,4% 7,3% 7,0% 6,4% 11 2.413 100% Adicionalmente, existe ainda a concessão das travessias do Rio Tejo, Ponte 25 de Abril e Ponte Vasco da Gama, num total de 24 km, atribuída à Lusoponte. O GRUPO MOTA-ENGIL está presente no mercado das concessões rodoviárias como maior accionista do GRUPO AENOR, detentor de cerca de um terço do seu capital, e com uma participação financeira de 13,8% na LUSOPONTE. Das concessões atribuídas ao GRUPO AENOR apenas a concessão Norte tem portagem real, sendo as restantes em regime “portagens virtuais”, sme custos para os utilizadores. Durante este ano foram empreendidos esforços no sentido de ampliar e consolidar o reconhecimento da marca AENOR, que passou a ser comum a toda a rede. O ano de 2005 correspondeu ao primeiro ano de exploração integral da concessão da Costa da Prata, com excepção do troço entre Estarreja e o IP5 que continua a aguardar a definição do traçado final por parte do Estado. Existe a expectativa de no decorrer de 2006 o Estado aprove finalmente o traçado do referido troço, de forma a que a totalidade da concessão esteja aberta ao tráfego em 2007. Quanto à concessão Norte, destacamos a abertura ao tráfego no último trimestre de 2005 de praticamente toda a concessão, estando previsto para o primeiro trimestre de 2006 a conclusão de todos os trabalhos de construção. A abertura da totalidade da concessão corresponde a um incremento significativo da mobilidade rodoviária entre o litoral e o interior do Douro Litoral e do Minho, reduzindo a distância temporal entre dezenas de cidades e vilas em alguns casos para cerca de um terço. Concluiu-se um investimento de cerca de mil milhões de euros efectuado ao longo de cerca de 5 anos. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 22 Os trabalhos de construção nas concessões do Grande Porto e das Beiras Litoral e Alta decorreram em bom ritmo, tendo sido abertos ao tráfego cerca de 34 km e 88 km, respectivamente, não se registando atrasos de maior, pelo que se mantém como data prevista de conclusão da totalidade dos troços destas duas concessões o último trimestre de 2006. Também ao nível da concessão ferroviária do Metro do Sul do Tejo os trabalhos foram-se desenvolvendo ao longo do ano, com alguns atrasos provocados quer pela indisponibilidade dos terrenos para proceder à construção, resultante dos atrasos no plano das expropriações da responsabilidade do concedente, quer pelas alterações e indefinições de traçado e projecto introduzidas pelo Município onde a obra se desenrola. A estratégia da MOTA-ENGIL CONCESSÕES DE TRANSPORTES quanto ao desenvolvimento de novos negócios em Portugal privilegia os concursos de atribuição de novas concessões numa posição de liderança dos consórcios, muito embora se mantenha atento às oportunidades que o mercado oferece. Foi neste contexto que o GRUPO celebrou com a Jaime Ribeiro & Filhos um contrato de promessa de aquisição de uma participação de cerca de 3% no GRUPO Aenor, que aguarda as devidas autorizações para ser consumado. No seguimento da sua estratégia o GRUPO apresentou proposta em 2004 nos únicos dois concursos actualmente a decorrer, Douro Litoral numa extensão de 122 km e Grande Lisboa com 25 km, tendo neste último sido notificado já durante o 1º trimestre de 2006 da sua selecção para a “short list” que negociará com o Estado a atribuição da concessão. Quanto à concessão do Douro Litoral não houve qualquer evolução durante 2005. Continuamos a aguardar o lançamento de novos concursos, nomeadamente as auto-estradas Transmontana e no Alto Alentejo, já anunciadas pelo Governo, no âmbito dos quais a MOTAENGIL certamente se apresentará a concurso como líder de um consórcio. No plano internacional o GRUPO tem a mesma estratégia que a desenvolvida internamente, assentando a sua internacionalização por via do concurso à atribuição de novas concessões em regime de concepção, financiamento, construção e exploração. Os mercados de referência são os da Europa Central, nos quais o GRUPO mantém já presença há vários anos na área da construção, nomeadamente a Polónia, assim como a República da Irlanda, país onde a MOTAENGIL CONCESSÕES DE TRANSPORTES tem já um historial de presenças em concursos, muito embora sem os resultados esperados em termos de atribuições de concessões. Na República da Irlanda, o GRUPO está pré-qualificado para dois concursos, um de 56 km e outro de 41 km, ambos em regime de portagem real, sendo líder do consórcio a par da espanhola Acciona. O consórcio acredita no desenvolvimento deste mercado e em resultado da experiência obtida em concuros anteriores mostra-se confiante e com possibilidades de sair vencedor destes concursos. Em Novembro, apresentamo-nos para pré-qualificação ao concurso para uma concessão de auto-estrada na extensão de 180 km na Polónia, integrando o consórcio liderado pela Strabag. Também na Polónia integramos um consórcio com posições paritárias que se apresentou para pré-qualificação à atribuição de uma concessão de auto-estrada com uma extensão de 95 km. O GRUPO foi pré-qualificado no final de 2005, no âmbito do concurso a uma concessão de autoestrada na Sérvia com uma extensão de 322 km ligando as localidades de Horgos e Pozega. A participação da MOTA-ENGIL CONCESSÕES DE TRANSPORTES neste consórcio é de 40%. O mercado húngaro e eslovaco encontra-se ainda numa fase pré-concursal, pelo que temos vindo a acompanhar com interesse o desenvolvimento das iniciativas promovidas pelas RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 23 autoridades locais, e estaremos em condições de nos apresentarmos a concurso integrando um consórcio forte, assim que estes forem lançados. No que respeita ao desenvolvimento das nossas actividades na Grécia, em virtude das grandes indefinições por parte das autoridades locais que tem provocado atrasos nos concursos entretanto lançados, o consórcio que integramos decidiu abandonar o mercado, desistindo de todos os concursos, incluindo aqueles para os quais já tinhamos apresentado proposta. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 24 3. Análise económico-financeira Ebitda Vendas e Prestação de Serviços 1.600 160 1.400 140 1.200 120 800 600 400 200 2003 2004 2005 0 2003 2004 2005 milhões de euros milhões de euros 1.000 100 80 60 40 2003 2004 2005 2003 2004 2005 20 O GRUPO MOTA-ENGIL no exercício de 2005 registou um volume de vendas e prestações de serviços de cerca de 1,38 mil milhões de euros que representa um crescimento face ao ano anterior de mais de 18% (comparando com o valor registado nas contas de 2004 reexpressas no novo normativo: 1,17 mil milhões de euros (1)). Este crescimento foi potenciado por todas as áreas de negócio, e com forte contributo dos mercados externos, nomeadamente a Europa Central e Africa & América. O crescimento da actividade não foi obtido em prejuízo da rentabilidade operacional, facto que é atestado pela manutenção da margem do resultado bruto em 45%, e do peso dos restantes custos operacionais, possibilitando que a margem EBITDA continuasse acima dos 11%. Para este excelente desempenho contribuiu o mercado de África & América e o mercado nacional, salientando-se a crescente contribuição da área de Ambiente e Serviços. De referir que no 4º trimestre, o nível de actividade continuou a um nível muito elevado, ascendendo a 374 milhões de euros (2004: 271 milhões de euros), não traduzindo a normal sazonalidade da actividade de construção, impulsionada pelos mercados externos e pela actividade industrial do GRUPO MARTIFER. Ao nível das margens operacionais foi possível manter as registadas nos restantes trimestres, que comparadas com as obtidas no ano anterior foram inferiores em virtude das particularidades não recorrentes ocorridas em 2004, que originaram que as margens EBITDA e EBIT ascendessem a 15,9% e a 9,3%, respectivamente. O resultado operacional em 2005 cresceu, face a 2004, 29% para 93 milhões de euros, revelando entre outros factores, a maior rentabilização dos equipamentos empregues na produção, em consequência da constante exploração das sinergias possibilitadas pelo processo de reestruturação levado a cabo ao longo dos últimos 3 anos. (1) nos parágrafos seguintes deste relatório usa-se a notação seguinte sempre que se apresentam os valores, reexpressos de acordo com o novo normativo contabilístico, referentes ao período homólogo do ano anterior: (2004: 1,17 mil milhões euros). Adicionalmente, todos os valores relativos ao ano de 2003 foram apurados de acordo com as normas geralmente aceites em Portugal. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 25 Endividamento Investimento 2003 550 Investimento s financeiro s 52% 2004 2005 500 milhões de euros 450 400 350 Imo bilizado co rpó reo 48% 300 250 1t 2t 3t 4t Os custos financeiros líquidos cresceram cerca de 11% em resultado do aumento do endividamento. Face ao último trimestre de 2004, a redução ocorrida nestes custos fica a dever-se exclusivamente à não ocorrência das perdas cambiais, que ocorreram nesse ano em resultado da desvalorização do dólar dos Estado Unidos. O referido crescimento da dívida líquida do GRUPO reflectiu o grande investimento efectuado em 2005 (130 milhões de euros), dos quais 68 milhões de euros em investimentos financeiros estratégicos (dotações de capital para as empresas concessionárias do GRUPO AENOR, e na Repower), que irão potenciar o crescimento de negócios com grande valor acrescentado. Por outro lado, para fazer face ao forte crescimento da actividade nas novas áreas de negócio e nos mercados internacionais, o investimento em imobilizado técnico ascendeu a cerca de 62 milhões de euros, enquanto o crescimento das necessidades de fundo maneio esteve em linha com o crescimento da produção. Assim, apesar do elevado cash-flow gerado pela actividade operacional, a dívida do GRUPO cresceu para cerca de 518 milhões de euros, sem contudo agravar significativamente a qualidade dos rácios económico-financeiros, mantendo-se o debt-to-equity em 1,61 (2004: 1,57) e o rácio de cobertura do EBITDA pelo endividamento em 3,38 (2004: 3,07). Adicionalmente, foram melhorados os níveis de liquidez do GRUPO tendo a dívida com maturidade superior a um ano passado a representar cerca de 78% do total do endividamento sem considerar as disponibilidades, contra os 61% que se verificavam em 2004. Os ganhos e perdas em empresas consolidadas pelo método da equivalência patrimonial melhoraram face a 2004, em consequência da redução dos prejuízos obtidos pelas empresas concessionárias de auto-estradas que ascenderam em 2005 a cerca de 2,3 milhões de euros (2004: 4,2 milhões de euros). RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 26 Resultado Líquido Resultado Líquido 70 15 10 5 2003 2004 2005 2003 2004 2005 0 50 40 EBIT 60 20 milhões de euros milhões de euros 25 30 IM 80 30 IRC 90 35 MEP financeiros 100 20 10 0 Em resumo, o excelente desempenho operacional permitiu que o resultado antes de impostos totalizasse 61,8 milhões de euros (2004: 41,9 milhões de euros), a que corresponde um crescimento de 48%. O resultado líquido consolidado, apesar do elevado valor dos impostos sobre lucros no montante de 24 milhões de euros e que resulta da conjugação de diversos factores não recorrentes, ascendeu a 37,5 milhões de euros (2004: 27,9 milhões de euros). Deste resultado, 7,1 milhões de euros são atribuíveis a interesses minoritários (2004: 5,6 milhões de euros) e 30,4 milhões de euros correspondem a resultado do GRUPO MOTA-ENGIL (2004: 22,3 milhões de euros). Para este valor, o quarto trimestre do ano contribuiu com 7,1 milhões de euros, mantendo-se em linha com o nível de rentabilidade dos restantes trimestres se excluirmos o impacto negativo dos resultados das empresas concessionárias de autoestradas no último trimestre. Destaque por outro lado, com impacto no balanço consolidado, para a correcção do valor de avaliação da participação do GRUPO na LUSOPONTE, agora registada por 66 milhões de euros. Fruto desta correcção, mas também da evolução favorável dos resultados, os capitais próprios do GRUPO totalizavam no final do exercício 318,2 milhões de euros (2004: 258,3 milhões de euros), dos quais 273,5 milhões de euros antes de Interesses Minoritários (2004: 229,0 milhões de euros). De referir ainda que no último trimestre, o GRUPO obteve a confirmação final por parte das autoridades angolanas das dívidas reclamadas ao abrigo do acordo estabelecido entre o Estado português e o Estado angolano, prevendo-se que em 2006 se firmará o protocolo de pagamentos das referidas dívidas. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 27 2.500 Carteira de Encomendas Construção Internacional 35% 2.000 Construção Nacional 47% milhões de euros 1.500 1.000 500 2003 2004 2005 Ambiente e Serviços 11% Indústria e Energia 7% 0 A performance atingida em 2005 vem ao encontro das expectativas e das previsões internas do GRUPO que apontam este ano como o culminar de um excelente ciclo de crescimento dos negócios em Portugal a par com os impactos positivos do processo de internacionalização (agora bem mais visíveis na análise por áreas de negócio e segmentos que se faz no capítulo seguinte). A contracção da carteira de encomendas do GRUPO tem vindo a ser parcialmente contrariada pelo volume de adjudicações obtidas nos mercados externos, com especial importância para a actividade nos três países da Europa Central onde o GRUPO desenvolve actividade há mais anos: Polónia, Hungria e República Checa, e para os Estados Unidos da América. Assim, no final de Dezembro de 2005 a carteira de encomendas do GRUPO atingia 1,6 mil milhões de euros (2004, Dezembro: 1,8 mil milhões de euros), com a distribuição que se pode analisar no gráfico supra, o que não inclui receitas dos contratos das concessões rodoviárias e de água e sanemento básico. Por outro lado a constante diversificação para outras áreas de negócio tornam o GRUPO menos dependente deste indicador fundamental, que ainda assim assegura cerca de um ano e meio de produção. A nível nacional estamos no início de um novo ciclo de investimento em infraestruturas, pelo que se aguarda com interesse o lançamento de novos concursos, tendo o GRUPO fundadas expectativas de participar activamente nesse processo, e com isso tornar a elevar para níveis superiores a sua carteira de encomendas. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 28 Análise por áreas de negócio Vendas e Prestação de Serviços 24% 11% 19% 57% 8% Construção nacional Construção internacional Ambiente e Serviços Indústria & Energia Tal como se pode analisar no gráfico acima, os processos de diversificação e internacionalização a que já se fez referência, ficaram bem espelhados na contribuição crescente para o volume de negócios do segmento internacional e das área de Ambiente e Serviços e de Indústria e Energia. Esta evolução é significativa nomeadamente porque se regista num período em que a própria actividade de construção nacional alcançou forte crescimento. Em valor, foi a seguinte a contribuição para as vendas e prestações de serviços: Engenharia e Construção, 1.137 milhões de euros (2004: 969,5 milhões de euros), Ambiente e Serviços, 114,7 milhões de euros (2004: 88,8 milhões de euros) e Indústria e Energia, 148,9 milhões de euros (2004: 122,6 milhões de euros). Mas para uma análise mais detalhada destas contribuições e igualmente dos resultados dos restantes indicadores económicos, faz-se de seguida uma apresentação da actividade de cada área de negócio do GRUPO. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 29 Engenharia e Construção Ebitda Vendas e Prestação de Serviços 1.200 1.000 600 400 200 2003 2004 2005 2003 2004 2.005 0 milhões de euros milhões de euros 800 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 2003 2004 2005 2003 2004 2.005 As vendas e prestações de serviços apresentaram uma excelente evolução, com um crescimento de cerca de 17%, para a qual contribuiu o desempenho das empresas de construção internacionais, nomeadamente na Polónia, Hungria, Angola e EUA. O peso na construção da área internacional passou de 22% em 2004 para 39% em 2005. A contribuição da Construção para o EBITDA e para o EBIT ascendeu a 112,4 milhões de euros (2004: 104,2 milhões de euros) e a 70,2 milhões de euros (2004: 60 milhões de euros), respectivamente, a que correspondem margens EBITDA e EBIT de 9,9% (2004: 10,7%) e 6,2% (2004: 6,2%). A MOTA-ENGIL ENGENHARIA foi o principal contribuinte para estes resultados pela capacidade de maximização da sua estrutura que tem vindo a demonstrar após a fusão por incorporação da Engil, e pelo nível de margens que o mix de obras, que teve a decorrer durante 2005, permitiu. O crescente peso da construção internacional ao nível do volume de negócios teve natural repercussão no que respeita às margens operacionais. De facto, apesar das diferenças entre os diversos mercados, a contribuição da construção internacional para o EBITDA e EBIT da construção corresponde a 27% em 2005 (2004: 15%) e a 26% em 2005 (2004: 8%), respectivamente. O resultado líquido da área de negócios da Construção ascendeu a 34,6 milhões de euros no exercício de 2005 apresentando um crescimento de 23% face ao ano anterior. Destaque também para o desempenho das empresas associadas nacionais que registaram um volume de negócios superior a 170 milhões de euros, e contribuiram para o EBIT e para o resultado líquido da área com 11,7 milhões de euros e 6,5 milhões de euros, respectivamente. Apesar do crescimento da actividade e de um volume de investimento que atingiu o montante de 53 milhões de euros, a área de Construção fruto de um excelente desempenho ao nível da gestão do fundo de maneio conseguiu reduzir as necessidades de fundo de maneio, permitindo assim que o endividamento líquido da área tenha diminuído. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 30 Indústria e Energia Ebitda 160 16 140 14 120 12 100 10 80 60 40 20 2003 2004 2005 0 2003 2004 2.005 milhões de euros milhões de euros Vendas e Prestação de Serviços 8 6 4 2 2003 2004 2005 2003 2004 2.005 0 A taxa de crescimento do volume de negócios da área de Indústria e Energia em 2005 correspondeu a cerca de 21%, para a qual contribuiu fortemente o processo de internacionalização do GRUPO. Efectivamente, o peso dos mercados externos na facturação do GRUPO MARTIFER passou de apenas 8% em 2004 para 36% em 2005, correspondente a um crescimento de 43,8 milhões de euros que compensa a redução do mercado nacional de 17,6 milhões de euros. A contribuição para o EBITDA e EBIT ascendeu a cerca de 15,3 milhões de euros (2004: 13 milhões de euros) e 9,2 milhões de euros (2004: 7,9 milhões de euros), respectivamente, tendo-se mantido as margens em cerca de 10,3% e 6,2%, respectivamente. O resultado financeiro evoluiu negativamente em 2005 em consequência do crescimento da dívida, que passou para 91,4 milhões de euros em resultado dos avultados investimentos efectuados no processo de internacionalização e na diversificação para os segmentos de equipamentos de produção de energia, onde se evidencia a aquisição da participação na Repower AG no montante de 27 milhões de euros. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 31 Ambiente e serviços Vendas e Prestação de Serviços 120 120 100 100 80 80 2003 2004 2005 2003 2004 2.005 0 40 20 0 Outros 20 60 Água 40 RSU 60 Ajustamentos 140 milhões de euros milhões de euros Vendas e PS por segmento 140 A área de Ambiente e Serviços em 2005 apresentou um crescimento do volume de negócios acima dos 29%, muito embora parte deste crescimento (12%) se fique a dever à alteração do método de consolidação da INDÁQUA e da ENVIROIL, por via do reforço da participação do GRUPO naquelas empresas. O destaque para o crescimento do volume de negócios vai para a VIBEIRAS, empresa de construção e manutenção de espaços verdes com um crescimento anual de cerca de 90%, e que representa já cerca de 15% do total de facturação desta área de negócios. Os resíduos sólidos urbanos apresentaram um bom crescimento (10%), se tivermos em conta que se trata da empresa líder de mercado. Em termos de rentabilidade operacional, esta área manteve o nível das margens EBITDA e EBIT em cerca de 24% e 15%, respectivamente, pelo que a contribuição para o consolidado do GRUPO MOTA-ENGIL ascendeu a cerca de 27,5 milhões de euros (2004: 21,3 milhões de euros ) e 17 milhões de euros (2004: 12,4 milhões de euros). No concerne ao segmento de água e águas residuais, verificou-se um crescimento das vendas e prestações de serviços, tendo o EBITDA e o EBIT crescido face ao ano anterior cerca de 34% e 186%, respectivamente. O resultado líquido da área ascendeu a 5,6 milhões de euros (2004: 4,5 milhões de euros) apesar da ligeira redução da margem líquida para 4,9%. A dívida líquida da área passou de 46 milhões de euros para 71 milhões de euros, fundamentalmente em consequência da alteração do método de consolidação da INDÁQUA e no segmento dos resíduos sólidos urbanos na dificuldade de pagamento que os municípios têm sentido. Ainda assim o rácio dívida líquida sobre EBITDA mantém-se controlado em 2,8. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 32 Concessões de transportes Tendo em conta a indefinição quanto às regras aplicáveis no âmbito do novo normativo, o GRUPO decidiu, até que haja uma decisão clara quanto ao seu tratamento em sede de IFRS, incluir pelo método de equivalência patrimonial as demonstrações financeiras das concessionárias e operadoras em que participa. Assim, a contribuição da área para resultado líquido do GRUPO foi negativa em 6,1 milhões de euros, pois, com excepção da Costa de Prata, as restantes concessões encontram-se ainda em fase de construção. O GRUPO não consolida a sua participação na LUSOPONTE, efectuando o seu registo contabilístico ao fair value. No entanto, de referir que a empresa mantém níveis de rentabilidade em linha com o base case, mantendo-se a previsão para 2006 de distribuição de dividendos. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 33 4. Comportamento das acções e dividendos Volume de acções transaccionadas 180% 25.000.000 170% 160% 20.000.000 150% Mota-Engil 140% 15.000.000 130% 120% Nextprime 110% 10.000.000 Dez-05 Out-05 Nov-05 Set-05 Ago-05 Jul-05 Mai-05 Jun-05 Abr-05 Mar-05 Jan-05 Fev-05 80% Dez-04 4t 05 3t 05 2t 05 0 PSI 20 90% 1t 05 5.000.000 Ano 2004 100% No final do exercício de 2004, cada acção MOTA-ENGIL cotava em 1,98 euros. Já durante o exercício de 2005, os accionistas maioritários lançaram uma Oferta Particular de Distribuição de acções da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, que resultou, tal como anunciado em 2 de Fevereiro de 2005, na colocação de 45 milhões de acções ao preço de 2,45 euros junto de Investidores Institucionais em Portugal e em diversos países europeus, e que permitiu o significativo aumento do free-float e do aumento da visibilidade no mercado de capitais do maior grupo de construção português. Em consequência desta dispersão, o volume de acções transaccionadas cresceu consideravelmente, conforme se pode analisar no gráfico supra, facto que permitiu que o título MOTA-ENGIL passasse a integrar o PSI 20, principal índice da Bolsa Portuguesa, a partir de 1 de Julho. A cotação da acção valorizou-se cerca de 64% durante o exercício, contrastando com a performance do PSI 20. Em 31 de Dezembro cada acção MOTA-ENGIL cotava em 3,25 euros. Em 15 de Abril pp., a Assembleia Geral de Accionistas deliberou a distribuição de um dividendo de 8 cêntimos por acção. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 34 5. Publicidade de participações Participações dos membros de orgãos de administração e fiscalização De acordo com o disposto nos artigos 447º do Código das Sociedades Comerciais são os seguintes os números de valores mobiliários emitidos pela MOTA-ENGIL, SGPS, SA e por sociedades com as quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, detidos no período de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2005, por titulares de órgãos sociais: Detendo em 2005.12.31 acções de MOTA-ENGIL,SGPS, SA Qt.Inicial Movimento ALGOSI, SGPS, SA Qt.Final % Qt. % MGP, SGPS, SA Qt.Inicial Movimento SOMOTA, SGPS, SA Qt.Final % Qt.Inicial Aum.entos Diminuições FM, SGPS, SA Qt.Final % Qt. % ANTÓNIO MANUEL QUEIRÓS VASCONCELOS DA MOTA (ENG.), CÔNJUGE 4.222.617 4.222.617 2,06 1.666 16,7 330.000 187.500 517.500 8,6 60.540 32.244 -92.784 0 0,0 19.115 38,2 MARIA MANUELA QUEIRÓS VASCONCELOS MOTA (DRª) E CÔNJUGE 3.661.841 3.661.841 1,79 1.078 10,8 240.000 187.500 427.500 7,1 50.429 32.242 -82.671 0 0,0 10.295 20,6 MARIA TERESA QUEIRÓS VASCONCELOS MOTA (DRª) E CÔNJUGE 3.736.836 3.736.836 1,83 1.078 10,8 240.000 187.500 427.500 7,1 50.429 32.242 -82.671 0 0,0 10.295 20,6 MARIA PAULA QUEIRÓS VASCONCELOS MOTA (ENGª) E CÔNJUGE 3.913.051 3.913.051 1,91 1.078 10,8 240.000 187.500 427.500 7,1 50.429 32.242 -82.671 0 0,0 10.295 20,6 ANTÓNIO JORGE CAMPOS ALMEIDA (ENGº) E CÔNJUGE 258.475 263.475 0,13 0 0,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 0,0 0,0 5.000 ARNALDO JOSÉ NUNES DA COSTA FIGUEIREDO (ENGº) E CÔNJUGE 91.410 91.410 0,04 0 0,0 0 0 0,0 18 18 0,0 0 MANUEL MARIA COELHO DE SOUSA RIBEIRO (ENGº) E CÔNJUGE 89.130 89.130 0,04 0 0,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 0,0 CARLOS MANUEL MARQUES MARTINS (ENGº) E CÔNJUGE 24.230 -24.230 0 0,00 0 0,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 0,0 0 12.000 12.000 0,01 0 0,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 0,0 49.110 -48.110 1.000 0,00 0 0,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 0,0 0,0 EDUARDO JORGE DE ALMEIDA ROCHA (DR.) ISMAEL ANTUNES HERNANDEZ GASPAR (ENGº) E CÔNJUGE MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA 68.665.313 16.839 68.682.152 33,56 5.100 51,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 ALGOSI - GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, SA 39.635.345 -5.364.695 34.270.650 16,75 0 0,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 0,0 VALLIS - SGPS, SA 39.635.305 -39.635.305 0 0,0 0 0 0,0 0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1.000.000 100,0 0 0,0 0 0,0 SOMOTA, SGPS, SA 0 0 0,0 0 0,0 4.200.000 4.200.000 70,0 0 FM, SGPS, SA 0 0 0,0 0 0,0 0 0 0,0 588.401 411.599 Os restantes membros dos Orgãos Sociais não são titulares dos valores mobiliários em causa. Participações de accionistas qualificadas De acordo com o disposto no artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais e na alínea e do número 1 do artigo 8º do regulamento 4/2004 da CMVM é a seguinte a lista dos titulares de participações qualificadas, com indicação do número de acções detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, em 31 de Dezembro de 2005: 1. A F.M. - SOCIEDADE DE CONTROLO, SGPS, SA, com sede na Rua do Rego Lameiro, nº 38, no Porto, com o capital social de Euros 250.000,00, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o nº 3.586/950920, pessoa colectiva nº 503.488.860 era detida em 31 de Dezembro de 2005 pelos Administradores da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, Engº António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota, Drª Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota, Drª Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota e Engª Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota respectivamente nas percentagens de, para o primeiro de 38,23% e 20,59% para cada uma das três restantes, no total de 100%. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 35 2. A SOMOTA, SGPS, SA, Sociedade Aberta, com sede na Casa da Calçada, Amarante, com o capital social de Euros 5.000.000,00 matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Amarante sob o nº 969/960424, pessoa colectiva nº 503.634.514 era detida em 31 de Dezembro de 2005 na totalidade pela F.M. - SOCIEDADE DE CONTROLO, SGPS, SA. 3. A MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, com sede na Rua do Rego Lameiro, nº 38, no Porto, com o capital social de Euros 30.000.000,00, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o nº 50.875/931115, pessoa colectiva nº 503.101.524 era detida em 31 de Dezembro de 2005 pelos Administradores da MOTA-ENGIL, SGPS, SA, Engº António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota, Drª Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota, Drª Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota e Engª Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota respectivamente nas percentagens de, para o primeiro de 8,63% e 7,13% para cada uma das três restantes, enquanto que a SOMOTA a detém na percentagem de 70,0% pelo que a MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES é detida em 100% pelos referidos. 4. A MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, com sede na Rua do Rego Lameiro, Nº 38, no Porto, com o capital social de Euros 30.000.000,00, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o nº 50.875/931115, pessoa colectiva nº 503 101 524, detinha em 31 de Dezembro de 2005, no capital da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.: (i) directamente, 68.682.152 acções escriturais, ordinárias, ao portador, com o valor nominal de 1 euro cada, correspondentes a 33,56% do capital, e a que correspondem 34,94% dos direitos de voto; (ii) indirectamente, através da ALGOSI - GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, SA, com sede na Rua do Rêgo Lameiro, Nº38, no Porto, com o capital social de euros 50.000,00 matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o nº 6.655/980522, pessoa colectiva n º 504 170 945, sociedade detida em 51% pela MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, 34.270.650 acções escriturais, ordinárias, ao portador, com o valor nominal de 1 euro cada, correspondentes a 16,75% do capital, e a que correspondem 17,44% dos direitos de voto. 5. Os membros do Conselho de Administração e do Órgão de Fiscalização da MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA detinham em 31 de Dezembro de 2005, individualmente, no capital da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A., acções escriturais, ordinárias ao portador com o valor nominal de 1 euro cada, cuja totalidade era de 15.637.140, correspondentes a 7,64% do capital, e a que correspondem 7,96% dos direitos de voto; dos membros dos referidos órgãos sociais da MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, apenas o Engº António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota, individualmente, detém um número de acções da MOTA-ENGIL, SGPS, SA representativas de 2% ou mais do capital (2,06%). Os direitos de voto, mencionados na alínea (ii) do n.º 4 e no n.º 5 supra, são imputáveis à MOTA GESTÃO E PARTICIPAÇÕES, SGPS, SA, nos termos do disposto do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 36 6. A Highfields Capital Management LP, sociedade gestora dos fundos com sede em John Hancock Tower, 200 Clarendon Street, Boston, MA 02116, EUA, comunicou em 4 de Abril que lhe era imputável uma participaçao qualificada de 4,84% capital da MOTA-ENGIL, SGPS, SA (correspondente a 5,04% dos direitos de voto) através das seguintes participações: (i) Highfields Capital I LP: 861.288 acções, representativas de 0,42% do capital social e aproximadamente 0,44% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da MOTA-ENGIL, SGPS, SA; (ii) Highfields Capital II LP: 2.018.787 acções, representativas de 0,99% do capital social e aproximadamente 1,03% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da MOTA-ENGIL, SGPS, SA; (iii) Highfields Capital Ltd.: 7.021.175 acções, representativas de 3,43% do capital social e aproximadamente 3,57% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da MOTA-ENGIL, SGPS, SA. Informou ainda que a Highfields GP LLC, sociedade com sede em John Hancock Tower, 200 Clarendon Street, Boston, MA 02116, EUA, encontra-se em relação de domínio com a Highfields Capital Management LP e que ambos os sócios, Jonathon S. Jacobson e Richard L. Grubman exercem influência dominante sobre a Highfields GP LLC. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 37 6. Proposta de aplicação de resultados Do Relatório de Gestão Individual consta a seguinte proposta: o Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, SA propõe à Assembleia Geral Anual, a seguinte distribuição dos Resultados Líquidos do Exercício, no valor de 31.069.145 euros: a) Para reserva legal, 5% correspondentes a 1.553.457 euros e 35 cêntimos; b) Para distribuição pelo Conselho de Administração nos termos do artigo 23º, nº 3 dos Estatutos o montante de 700.000 euros, correspondentes a cerca de 2,3%; c) Para distribuição aos Accionistas, 10 cêntimos por acção, cativos de impostos, o valor global de 20.463.569 euros e 30 cêntimos; d) Para reservas livres, o remanescente, no valor de 8.352.118 euros e 65 cêntimos. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 38 7. Nota final Resta agradecer o empenhamento pessoal e profissional de todos os colaboradores do GRUPO, dos membros dos Órgãos Sociais, dos clientes e de todos quantos se relacionaram com as suas diversas empresas. Porto, 27 de Fevereiro de 2006 O Conselho de Administração, Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Presidente Eng. António Jorge Campos de Almeida Vice-Presidente Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Vogal Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro Vogal Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota Vogal Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Vogal Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota Vogal Eng. Carlos Manuel Marques Martins Vogal RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 39 Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha Vogal Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Vogal Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves Vogal RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 40 Relatório sobre as Práticas de Governo Societário RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 41 1. Declaração de cumprimento Dando cumprimento ao regulamento nº7/2001 da CMVM (com a redacção dada pelos regulamentos nº11/2003 e nº10/2005 da mesma Comissão), declara-se que, conforme explicitado neste Relatório, a sociedade adoptou as “Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas”, com excepção das seguintes recomendações: • Parcialmente a recomendação 2, quanto ao número de dias úteis que a sociedade impõe (10 dias úteis) de antecedência para depósito ou bloqueio das acções para a participação na Assembleia Geral, sendo que é recomendado um máximo de 5 dias úteis; • Parcialmente a recomendação 8 porque não foi descriminada por administrador as remunerações do Conselho de Administração; • Recomendação 8A, pois não foi submitida à Assembleia Geral Anual de Accionistas uma declaração sobre a política de remunerações dos Orgãos Sociais; • Parcialmente a recomendação 9, porque nem todos os membros da Comissão de Vencimentos são independentes em relação ao Orgão de Administração; • Recomendação 10A, pois não está formalizada uma política de comunicação interna de irregularidades. Quanto às recomendações 5A e 6, e de acordo com a proposta a apresentar à Assembleia Geral de 31 de Março de 2006, a sociedade passará a incluir no seu Orgão de Administração membros não executivos e independentes. 2. Divulgação de informação A repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos da sociedade no quadro do processo de decisão empresarial, atendendo à sua natureza de Sociedade Gestora de Participações Sociais, apresenta-se não sob a forma de organigramas ou mapas funcionais, mas sim através da descrição dos pelouros que encerram as competências do órgão de administração, efectuada no ponto 5., bem como se consubstancia na descrição das regras societárias do ponto 4., onde se descreve a existência de regras inerentes aos processos de decisão críticos dentro do GRUPO de empresas. A Comissão de Investimento, Auditoria e Risco será composta por quatro membros permanentes (dos quais dois administradores executivos, um administrador executivo independente e um administrador independente não executivo), e poderá convidar outros responsáveis do Grupo ligados aos projectos em avaliação. As atribuições desta comissão são apresentadas no ponto 4. A Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos terá como membros permanentes dois administradores da MOTA-ENGIL, SGPS, SA (um administrador executivo e um administrador executivo independente) e os Presidentes dos Conselhos de Administração das Áreas de Negócio. As principais funções desta comissão são as de monitorar os níveis de produtividade, remuneração e “igualdade de oportunidades”, avaliar os programas de captura e desenvolvimento de quadros de elevado valor, definir as orientações dos sistemas de avaliação e incentivos, planos de carreiras, plano de formação e plano de recrutamento e selecção, RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 42 avaliar regularmente a motivação dos colaboradores, e definir a cultura e valores chave coordenando esforços para a sua implementação no GRUPO. A descrição da evolução da cotação das acções da MOTA-ENGIL SGPS, SA efectua-se no capítulo 4. do Relatório de Gestão Consolidado para onde se efectua a consequente remissão. Não ocorreram, durante o exercício de 2005, emissões de acções ou de outros valores mobiliários que confiram direito à subscrição ou aquisição de acções. A política de dividendos adoptada pela sociedade consiste na atribuição de um dividendo que materialize, em cada ano económico, um “Pay-Out Ratio” mínimo de 50% e máximo de 75%, dependendo da avaliação pelo Conselho de Administração de um conjunto de condições temporais, mas onde pontifica o objectivo de atingir uma adequada remuneração do capital accionista por essa via. Nos últimos 3 exercícios o dividendo por acção ascendeu em 2002 a 7 cêntimos, em 2003 a 5,5 cêntimos e em 2004 a 8 cêntimos. A proposta de aplicação dos resultados incluída no Relatório de Gestão Consolidado com referência a 31 de Dezembro de 2005, propõe a distribuição aos accionistas de um dividendo de 10 cêntimos por acção relativo ao exercício de 2005. O GRUPO anunciou resultados trimestrais em 16 de Maio, 31 de Agosto e 11 de Novembro de 2005. Não existem, actualmente quaisquer planos de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções, relativos à sociedade. Não foram efectuados negócios nem outras operações entre a sociedade e os membros dos órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontram em relação de domínio ou de grupo, excepto os negócios que fazendo parte da actividade corrente, foram adicionalmente realizados em condições normais de mercado. A sociedade utiliza com intensidade as novas tecnologias de informação, concretamente o correio electrónico, na divulgação de informação de natureza financeira, designadamente no contacto com investidores e analistas, com a imprensa da especialidade e com as autoridades de mercado, Comissão de Valores Mobiliários e Euronext Lisboa. Existe uma página oficial na Internet, sob o endereço www.mota-engil.pt, onde, para além das actividades do GRUPO MOTA-ENGIL, se disponibiliza informação financeira, designadamente os Relatórios e Contas, os comunicados de facto relevante e outras press-releases, bem como as apresentações de resultados em formato electrónico. Este sítio na Internet encontra-se já organizado de acordo com o disposto no artº 3º-A do Regulamento nº7/2001 da CMVM. A empresa divulga ainda informação diversa sobre a sua actividade através das versões em papel e electrónica do seu boletim: Sinergia. Adicionalmente, existem diversos sítios na internet de empresas do GRUPO, aos quais se poderá aceder através do menú de links da página oficial. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 43 Foi constituída durante o ano de 2002 a Direcção de Relações com o Mercado. O seu responsável é o Dr. João Vermelho, cujos contactos são: João Vermelho Rua Mário Dionísio nº2 2796-957 Linda-a-Velha tel. 351 214 158 200 fax. 351 214 158 688 e-mail: [email protected] Qualquer investidor ou analista poderá ainda entrar em contacto com a empresa através do seu Representante para as Relações com o Mercado, Dr. Eduardo Rocha, por correio electrónico, pelo endereço [email protected]. De acordo com os estatutos as remunerações dos Administradores e dos membros dos restantes órgãos sociais são fixadas por uma Comissão de Vencimentos composta por três accionistas. A composição actual desta comissão é a seguinte: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (em representação da Mota Gestão e Participações, SGPS, SA); Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (em representação da Algosi – Gestão de Participações Sociais, SGPS, SA); e Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa (em representação da Vallis – SGPS, SA), todos membros do órgão de administração. Durante o exercício de 2005 foram pagos, pela MOTA-ENGIL SGPS, SA e associadas, a todas as pessoas singulares e colectivas da mesma rede do auditor, registado na CMVM, os seguintes montantes: 357 mil euros por serviços de revisão legal de contas; 68 mil euros por serviços de garantia de fiabilidade; e 76 mil euros por outros serviços. 3. Exercício do direito de voto e representação de accionistas Nos termos dos Estatutos, a Assembleia Geral é constituída pelos accionistas com direito de voto possuidores de acções que, desde, pelo menos, dez dias antes da data da reunião da Assembleia: a. Tenham sido registadas em seu nome em conta aberta junto da própria sociedade, quando a lei o permita, ou de outras entidades autorizadas para o efeito, se foram escriturais; b. Se encontrem, consoante a sua natureza e regime, averbadas em seu nome nos registos da sociedade ou depositadas em seu nome junto desta ou de outra entidade legalmente autorizada para o efeito se forem tituladas. O registo em conta de valores mobiliários escriturais e o depósito supra referidos, quando não hajam sido feitos na própria sociedade, terão de ser comprovados mediante certificado emitido pela entidade em que foram efectuados e que dê entrada na sociedade até, pelo menos, oito dias antes da data fixada para a reunião da Assembleia Geral. Os accionistas que não possuírem o número de acções necessário para terem direito a voto poderão agrupar-se por forma a perfazê-lo, devendo designar por acordo um só de entre eles para os representar na Assembleia Geral. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 44 Os obrigacionistas só podem assistir às reuniões da Assembleia Geral através dos seus representantes comuns, designados nos termos, respectivamente, do artigo 343º e dos Artigos 357º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais. A cada grupo de cem acções corresponde um voto, tendo os accionistas tantos votos quantos os correspondentes à parte inteira que resulte da divisão por cem do número das acções que possuam, sem qualquer limite. As votações serão feitas pelo modo designado pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Os accionistas que sejam pessoas singulares poderão fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral pelo seu cônjuge, por um ascendente ou descendente, por um administrador da sociedade ou por outro accionista. Os accionistas que sejam pessoas colectivas far-se-ão representar por pessoa para o efeito designada pela respectiva Administração ou Direcção. Todas as representações supra previstas deverão ser comunicadas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral por carta, com a assinatura do mandante reconhecida notarialmente ou autenticada pela própria sociedade, entregue na sede social até oito dias antes da data da Assembleia, e que, especificando a reunião a que respeita, pela indicação da data, hora e local em que se realize e da respectiva ordem de trabalhos, confira inequivocamente o mandato ao representante, com adequada identificação deste último. Os accionistas poderão votar por correspondência, mas apenas relativamente à alteração do contrato social e à eleição dos órgãos sociais. Só serão considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da sociedade com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da Assembleia Geral, por meio de carta registada com aviso de recepção dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia, e sem prejuízo da obrigatoriedade da tempestiva prova da qualidade de accionista, nos termos supra indicados. A declaração de voto por correspondência só será admitida quando assinada pelo titular das acções ou seu representante legal e acompanhada de cópia autenticada do bilhete de identidade do accionista, se este for uma pessoa singular, ou, tratando-se de pessoa colectiva, com a assinatura da declaração reconhecida notarialmente na qualidade e com poderes para o acto. Só serão consideradas válidas as declarações de voto de onde conste, de forma expressa e inequívoca: a. A indicação do ponto ou pontos da ordem de trabalhos a que respeita; b. A proposta concreta a que se destina, com indicação do ou dos proponentes; c. A indicação precisa e incondicional do sentido de voto para cada proposta, bem como se o mesmo se mantém caso a proposta venha a ser alterada pelo seu proponente. Não obstante o disposto na alínea b. supra, é permitido a um accionista que envie declaração de voto relativamente a certa proposta declarar que vota contra todas as demais propostas sobre o mesmo ponto da ordem de trabalhos, sem outras especificações. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 45 Entender-se-á que os accionistas que enviem declarações de voto por correspondência se abstêm na votação das propostas que não sejam objecto dessas declarações. Não obstante o disposto na alínea c. supra, pode o accionista condicionar o sentido de voto para certa proposta à aprovação ou rejeição de outra, no âmbito do mesmo ponto da ordem de trabalhos. Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, ou, se for o caso, ao seu substituto, verificar da conformidade das declarações de voto por correspondência, valendo como não emitidos os votos constantes de declarações não aceites. Não é possível exercer o direito de voto por meios electrónicos. As deliberações sociais são tomadas por maioria simples dos votos emitidos na Assembleia, salvo quando a lei ou o presente contrato dispuserem diferentemente. Em primeira convocação, a Assembleia Geral apenas poderá deliberar desde que se encontrem presentes ou representados accionistas que detenham acções correspondentes a mais de cinquenta por cento do capital social. 4. Regras Societárias A sociedade, enquanto holding do GRUPO MOTA-ENGIL, possui um Regulamento Interno, aprovado em Conselho de Administração e, uma vez que exerce a sua actividade económica de forma indirecta através das suas participadas, formalmente comunicado a todas as empresas do GRUPO MOTA-ENGIL, onde existe uma relação de domínio, ou de influência dominante ou significativa. Ao abrigo desse regulamento os Conselhos de Administração das participadas devem obter aprovação prévia do Conselho de Administração da holding relativamente à prática de um conjunto de actos de gestão exaustivamente previstos no dito regulamento, considerados como de elevado impacto nos negócios do GRUPO ou por versarem matérias que a holding entende como compreendidas no seu exclusivo âmbito de competências. Para além do referido sobre o Regulamento Interno aprovado pelo Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, SA e divulgado junto das empresas do GRUPO existe uma Comissão de Investimento, Auditoria e Risco que tem como principais funções e responsabilidades apreciar e sugerir políticas de investimento e risco de negócios e projectos ao Conselho de Administração, examinar e emitir parecer sobre projectos de investimento ou desinvestimento, emitir parecer sobre a entrada e saída em novas áreas de negócio, e monitorizar operações financeiras e societárias relevantes. Refira-se ainda a existência de Departamentos de Qualidade nas empresas Certificadas ou em processo de certificação e de Departamentos de Segurança nas empresas que se dedicam ao segmento da Engenharia e Construção. É também órgão da MOTA-ENGIL, SGPS, SA a Direcção de Responsabilidade Social e Corporativa e Sustentabilidade. Conforme decorre das disposições estatutárias reproduzidas no capítulo anterior, não existem limites estatutários ao exercício de direitos de voto. Não existem direitos especiais de um accionista ou de um conjunto de accionistas, nem a sociedade tem conhecimento de quaisquer acordos parassociais. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 46 5. Órgão de Administração O Conselho de Administração é composto pelo Presidente do Conselho de Administração, pelo Vice-Presidente do Conselho de Administração e por 9 Vogais, não havendo a distinção entre administradores executivos e não-executivos, nem existindo a figura da Comissão Executiva. O Conselho de Administração tem a seguinte composição : Presidente - Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Vice-Presidente - Eng. António Jorge Campos de Almeida Vogais: Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Eng. Carlos Manuel Marques Martins Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves De acordo com o disposto no artº 1º do regulamento nº 7/2001 da CMVM consideram-se administradores independentes: Eng. António Jorge Campos de Almeida Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro Eng. Carlos Manuel Marques Martins Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves De referir que no âmbito do ponto 7 da convocatória da Assembleia Geral a decorrer em 31 de Março de 2006, existe uma proposta que contempla a eleição de um Conselho de Administração composto por: Presidente - Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Vice-Presidente - Eng. António Jorge Campos de Almeida Vogais: Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Professor Doutor Luís Valente de Oliveira Dr. António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Dr. António Manuel da Silva Vila Cova De acordo com o disposto no artº 1º do regulamento nº 7/2001 da CMVM considera-se-ão administradores independentes: Eng. António Jorge Campos de Almeida Professor Doutor Luís Valente de Oliveira (não executivo) Dr. António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier (não executivo) Dr. António Manuel da Silva Vila Cova (não executivo) RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 47 Listam-se nos parágrafos seguintes as sociedades em que os membros actuais do órgão de administração da MOTA-ENGIL - SGPS, SA exercem cargos sociais: Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • empresa agrícola e florestal portuguesa, sa • fm - sociedade de controlo, sgps, sa • somota, sgps, sa. • mota-engil, engenharia e construção, sa • mota gestão e participações, sgps,sa. • vallis - sgps, sa Administrador das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, s.a • auto sueco (angola), sarl. Representante com poderes da tabella holding, bv • Gerente das seguintes sociedades: • mota internacional – comércio e consultadoria económica, lda. • sociedade agrícola moura basto, lda. Director da • aneop – associação nacional de empreiteiros de obras públicas. Presidente da mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades: • indáqua – industria e gestão de águas, sa • martifer – construções metalomecânicas, sa • tratofoz – sociedade de tratamento de resíduos, s.a. • mota – engil, ambiente e serviços, sgps, sa • cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e construções, sa • martifer – sgps, sa • sunviauto – indústria de componentes automóveis, sa Presidente da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • martifer – alumínios, sa • emsa – sociedade imobiliária, sa • ferrovias e construções, sa • martifer – construções metalomecânicas, sa • mota-engil, ambiente e serviços, sgps, sa • sol - s - internacional, tecnologias de informação, sa • sol – s e solsuni – tecnologias de informação, sa • vibeiras – sociedade comercial de plantas, sa • mota-engil, engenharia e construção, s.a. Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, s.a • aurimove – sociedade imobiliária, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, sa • planinova – sociedade imobiliária, sa • suma – serviços urbanos e meio ambiente, sa • mota – engil, tecnologias de informação, sa • mota-engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões de serviços, sa • cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e construções, sa • sedengil – sociedade imobiliária, s.a. • martifer – sgps, sa • nortedomus – sociedade imobiliária, s.a. • manvia – manutenção e exploração de instalações e construção, sa RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 48 Eng. António Jorge Campos de Almeida Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota-engil – ambiente e serviços, sgps,sa • suma - serviços urbanos e meio ambiente, sa. • turalgo – sociedade promoção imobiliária e turística do algarve, sa • mota-engil, tecnologias de informação, sa • mota – engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões de serviços, s.a. Administrador das seguintes sociedades: • aenor – auto-estradas do norte, sa. • lusoscut – auto estradas das beiras litoral e alta, sa. • lusoscut - auto-estradas da costa da prata, sa • lusoscut – auto-estradas do gp, sa. • operanor – operação e manutenção de auto-estradas, sa • operadora lusoscut bla – operação e manutenção de auto-estradas, sa • operadora lusoscut – operação e manutenção de auto-estradas, s.a. • operadora lusoscut gp – operação e manutenção de auto-estradas, s.a. • mts-metro – transportes do sul, sa • sadoport – terminal marítimo do sado, sa • tersado – terminais portuários do sado, sa Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades: • rima – resíduos industriais e meio ambiente, sa • manvia – manutenção e exploração de instalações e construção, sa Representante da MOTA-ENGIL, AMBIENTE E SERVIÇOS, SGPS, S.A., na qualidade membro do Conselho Geral e bem assim, como Secretário da Mesa da assembleia Geral da • indáqua – indústria e gestão de águas, sa Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos da: • mota-engil, tecnologias de informação, sa Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Vogal do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota-engil, engenharia e construção, sa • mota gestão e participações, sgps, sa • meits – mota-engil, imobiliário e turismo, s.a. • mota-engil, concessões de transportes, sgps, s.a. Gerente das seguintes sociedades: • asinter – comércio internacional, lda. • cerâmica de boialvo, lda. • mota-internacional – comércio e consultadoria económica, lda. Presidente da Mesa da Assembleia Geral das seguintes sociedades: • maprel – nelas, indústria de pré-fabricados, sa • mesa da assembleia geral da paviterra, sarl (angola). • mesa da assembleia geral da auto-sueco (angola) , sarl. Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e construções, sa • maprel-nelas , indústria de pré-fabricados, sa • probisa portuguesa - construção e obras públicas, sa • soprocil - sociedade de projectos e construções civis, sa RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 49 Vice – Presidente do Conselho de Administração da: • probigalp – ligantes betuminosos, sa Administrador das seguintes sociedades: • ferrovias e construções, sa • lote dois – empreendimentos imobiliários, sa • proim – empreendimentos imobiliários, sa • quinta da foz – empreendimentos imobiliários, sa Gerente das seguintes sociedades: • maprel – empresa de pavimentos e materiais pré-esforçados, lda. • ferrovias, brasil, lda. • tracevia, lda. Vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • mota-engil, ambiente e serviços, sgps, sa Membro da comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • cptp – companhia portuguesa de trabalhos portuários e construções, s.a. Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • algosi – gestão de participações sociais, sgps, sa • antónio de lago cerqueira, sa. Administradora das seguintes sociedades: • agrimota – sociedade agrícola e florestal, sa • aurimove- sociedade imobiliária, sa • empresa agrícola florestal portuguesa, s.a. • f. m. – sociedade de controlo, sgps, s.a. • mesp – mota-engil, serviços partilhados, administrativos e de gestão, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • mota gestão e participações, sgps, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, s.a. • somota, sgps, sa • sunviauto - indústria de componentes de automóveis, sa. Gerente das seguintes sociedades • calçadas do douro – sociedade imobiliária, limitada. • casal agrícola de parada, lda • carlos vieira dos santos, lda. • cerâmica de boialvo, limitada. • edifícios galiza – sociedade imobiliária, limitada • edifícios mota-viso – sociedade imobiliária, limitada • edipainel – sociedade imobiliária, lda • ladário - sociedade de construção, lda. • largo do paço – investimentos turísticos e imobiliários, limitada. • matiprel – materiais pré-fabricados, limitada. • mil e sessenta – sociedade imobiliária, lda. • mota-internacional – comércio e consultoria económica, lda. • motadomus – sociedade imobiliária, limitada • predimarão – sociedade de construções, limitada • serra lisa - sociedade de empreendimentos imobiliários, lda. • sociedade agrícola moura basto, lda. • corgimobil – empresa imobiliária das corgas, lda. Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • vibeiras – sociedade comercial de plantas, s.a. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 50 Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • martifer - alumínios, s.a., em representação da mota-engil, sgps, s.a. • ferrovias e construções, s.a. • martifer – construções metalomecânicas, s.a., em representação da mota-engil, sgps, s.a. • mota-engil, ambiente e serviços, sgps, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, s.a. • antónio de lago cerqueira, sa • aurimove – sociedade imobiliária, sa • mota-engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões de serviços, sa • sedengil – sociedade imobiliária, s.a. • martifer – sgps, sa • nortedomus – sociedade imobiliária, sa • mota-engil, engenharia e construção, sa • manvia – manutenção e exploração de instalações e construção, sa • soprocil – sociedade de projectos e construções civis, sa, em representação da antónio lago cerqueira, sa Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa Presidente do Conselho de Administração da: • mesp – mota-engil, serviços partilhados, administrativos e de gestão, sa Vice-Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • f. m. – sociedade de controlo, sgps, sa • vallis , sgps, sa Administradora das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, sa • mota gestão e participações, sgps, sa • sdci – sociedade de distribuição e comércio internacional, sa. • somota, sgps, sa • supermercados navarras, sa. • tabella holding b.v. Gerente das seguintes sociedades: • edifícios galiza – sociedade imobiliária, lda. • imobiliária toca do lobo, lda. • matiprel – materiais pré-fabricados, lda. • sociedade agrícola moura basto, lda. • casal agrícola de parada, lda. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • empresa agrícola florestal portuguesa, sa Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da • pescas tavares mascarenhas, sa. Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • aurimove – sociedade imobiliária ,sa • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, sa • r.t.a. – rio tâmega, turismo e recreio, s.a. • sga – sociedade do golfe de amarante, sa Vice-Presidente do Conselho de Administração da: • algosi – gestão de participações sociais, sgps, sa RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 51 Administradora das seguintes sociedades: • antónio de lago cerqueira, s.a. • empresa agrícola florestal portuguesa, sa • f.m. – sociedade de controlo, sgps, sa • mota gestão e participações, sgps, sa • mota-engil, ambiente e serviços, sgps,sa • somota, sgps, sa • turalgo – sociedade de promoção imobiliária e turística do algarve, sa. Gerente das seguintes sociedades: • calçadas do douro – sociedade imobiliária, lda. • edifícios galiza – sociedade imobiliária, lda. • edifícios mota-viso – sociedade imobiliária, lda. • edipainel – sociedade imobiliária, lda. • largo do paço – investimentos turísticos e imobiliários, lda. • matiprel – materiais pré-fabricados, lda. • mil e sessenta – sociedade imobiliária, lda. • motadomus – sociedade imobiliária, lda. • predimarão - sociedade de construções, lda. • sociedade agricola moura bastos, lda. • verotâmega – sociedade imobiliária, lda. • casal agrícola de parada, lda • corgimobil – empresa imobiliária das corgas, lda. Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • aurimove - sociedade imobiliária, s.a. • meits - mota-engil – imobiliário e turismo, s.a. • planinova – sociedade imobiliária, sa • mota-engil ii, gestão, ambiente, energia e concessões de serviços, s.a. • antónio de lago cerqueira, sa • s.g.a. - sociedade do golfe de amarante, sa • r.t.a - rio tâmega, turismo e recreio, sa • nortedomus – sociedade imobiliária, sa • manvia – manutenção e exploração de instalações e construção, sa Eng. Carlos Manuel Marques Martins Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • • • • • • • • • • • • • martifer– construções metalomecânicas, sa. martifer energia, sa mto, sgps, sa promodois – investimentos imobiliários, sa promovinte – investimentos imobiliários, sa uriba, sgps, sa martifer gestão e investimentos, sa martifer polska, spolka z.o.o. imavic – gestão de investimentos, sa biomart – biocombustiveis, sa nagatel viseu, sa martifer espanha, sa ferreiros & almeida, sa RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 52 Administrador das seguintes sociedades: • repower portugal – sistemas eólicos, sa • agromart energy, s.r.l • mzi megawatt, sp. z.o.o • martifer deutschland, gmbh • martifer slovakia • martifer cz, s.r.o • martifer constructii, s.r.l • martifer konstrukcje, sp. z.o.o Gerente das seguintes sociedades: • martins e coutinho – construções em aço inox, lda. • promoquatro – investimentos imobiliários, lda. • promodoze – investimentos imobiliários, lda. Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • martifer – construções metalomecânicas, sa • martifer – sgps, sa • martifer alumínios, sa Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha Presidente do conselho Geral da • vortal – comércio electrónico, consultadoria e multimédia, sa em representação da mota-engil, sgps, s.a Administrador das seguintes sociedades: • algosi – gestão de participações sociais, sgps, sa • martifer – construções metalomecânicas, sa • mesp – mota-engil, serviços partilhados, administrativos e de gestão, s.a. • mota – engil, tecnologias de informação, s.a. • martifer – sgps, sa • meits - mota-engil, imobiliário e turismo, s.a. • mota-engil, concessões de transportes, sgps, s.a. Gerente único da • bilimora – trading internacional, lda. Membro da comissão de Fixação de Vencimentos da: • mota – engil, tecnologias de informação, sa Eng. Ismael Antunes Hernandez Gaspar Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • engil 4i – sgps, sa • emsa – empreendimentos e exploração de estacionamentos, sa Membro do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota – engil, engenharia e construção, sa Presidente da Mesa da Assembleia Geral da: • sedengil – sociedade imobiliária, s.a. Membro da Comissão de Fixação de Vencimentos das seguintes sociedades: • emsa – empreendimentos e exploração de estacionamentos, sa Director da aneop – associação nacional de empreiteiros de obras públicas. • RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 53 Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves Presidente do Conselho de Administração das seguintes sociedades: • mota-engil – concessões de transportes, sgps, s.a. • aenor – auto-estradas do norte, sa. • lusoscut – auto estradas das beiras litoral e alta, sa. • lusoscut - auto-estradas da costa da prata, sa • lusoscut – auto-estradas do gp, sa. • operanor – operação e manutenção de auto-estradas, sa • operadora lusoscut bla – operação e manutenção de auto-estradas, sa • operadora lusoscut – operação e manutenção de auto-estradas, s.a. • operadora lusoscut gp – operação e manutenção de auto-estradas, s.a. Com excepção do Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves, todos os membros do Conselho de Administração exercem funções de administração em empresas do GRUPO MOTAENGIL há mais de 5 anos. As funções exercidas nos últimos 5 anos pelo Dr. Luis Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves, para além das funções de administração em empresas do GRUPO MOTA-ENGIL desde 2002, foram as de Secretário de Estado Adjunto e das Obras Públicas, Deputado à Assembleia da República, Assessor do Conselho de Administração do Banco Português de Gestão para as áreas das Parcerias Público-Privadas e das Parcerias Público-Sociais, e Assistente convidado do Instituto Superior Bissaya Barreto. Foi ainda membro não executivo do Conselho de Administração da Companhia de Seguros Sagres. A descriminação do número de acções detidas pelos membros do Conselho de Administração encontra-se apresentada no ponto 5 do Relatório de Gestão Consolidado. As datas da primeira designação como administrador da sociedade, descriminadas por membro do Conselho de Administração são como segue: MOTAENGIL,SGPS Ex-Engil,SGPS Ex-Mota & Companhia,SA Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota 31-Mar-2000 7-Set-1987 Eng. António Jorge Campos de Almeida 16-Ago-1990 Eng. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo 31-Mar-2000 Eng. Manuel Maria Coelho de Sousa Ribeiro 30-Mar-1998 Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos 31-Mar-2000 7-Set-1987 Dra. Maria Teresa Queirós Vasconcelos Mota Neves da Costa 31-Mar-2000 7-Set-1987 Engª. Maria Paula Queirós Vasconcelos Mota de Meireles 31-Mar-2000 7-Set-1987 Eng. Carlos Manuel Marques Martins 31-Mar-2000 Dr. Eduardo Jorge de Almeida Rocha 31-Mar-2000 Eng. Ismael Antunes Hernández Gaspar 22-Mar-2002 Dr. Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves 30-Mar-2004 16-Ago-1990 14-Mai-1991 20-Out-1993 30-Mar-1998 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 54 O órgão de administração da sociedade exerce o controlo efectivo da vida societária através da distribuição de pelouros executivos aos membros do Conselho de Administração. Os pelouros atribuídos compreendem as funções de controle e coordenação de áreas supra-empresas, isto é as que atravessam horizontalmente todo o universo de empresas do GRUPO. A descriminação dos pelouros e o seu coordenador é apresentada como segue: • • • • • • • • Desenvolvimento Corporativo, coordenado pelo Engº António Mota Finanças Corporativas, coordenado pelo Dr. Eduardo Rocha Planeamento e Controlo de Gestão, coordenado pelo Dr. Eduardo Rocha Relações com o Mercado de Capitais, coordenado pelo Dr. Eduardo Rocha Desenvolvimento dos Recursos Humanos, coordenado pelo Dr. Maria Manuela Mota Apoio Jurídico, coordenado pelo Engº António Mota Desenvolvimento Sustentável, coordenado pelo Dr. Eduardo Rocha Comunicação e Relações Externas, coordenado pelo Engº Campos de Almeida O Conselho de Administração reúne com frequência mensal, para apreciação das matérias relativas aos negócios das sociedades e do GRUPO, sendo que uma componente significativa das reuniões, se destina especificamente à análise do Relatório de Gestão do Grupo, relativo ao mês anterior, onde se analisa o desempenho económico e financeiro das subsidiárias do GRUPO em termos individuais e consolidados. Uma parte da remuneração de todos os titulares do órgão de administração, está directamente dependente dos resultados da empresa. Assim, em 2005, os administradores da sociedade auferiram globalmente o montante de 500.000 euros, correspondentes a cerca de 2,3% dos Resultados Líquidos de 2004, por proposta de aplicação de resultados aprovada em Assembleia Geral de Accionistas. No exercício de 2005 a remuneração auferida pelo conjunto dos membros do órgão de administração, excluindo a referida no ponto anterior, foi de 1.280.751 euros do qual o montante de 966.101 euros a título de remuneração fixa e o montante de 314.650 euros a título de remuneração variável. Auferiram ainda, no exercício de funções nas empresas operacionais do GRUPO o montante global de 1.508.393 euros. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 55 Informação Financeira Consolidada MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Demonstração dos Resultados Consolidados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 2005 - IFRS Euro 2004 - IFRS Euro 2004 - POC Euro 1.381.000.637 54.335.665 (817.311.300) 1.169.251.778 47.783.606 (691.718.025) 1.168.635.178 47.838.316 (733.991.477) 618.025.002 525.317.359 482.482.017 6 (226.550.388) (235.451.987) (3.011.895) (172.102.833) (219.850.529) (849.583) (131.012.589) (220.654.620) (982.756) 4 153.010.732 132.514.414 129.832.052 4, 14 e 15 7 (55.169.867) (5.149.607) (54.449.599) (6.326.823) (54.444.814) (7.779.039) 4 92.691.258 71.737.992 67.608.199 8 4e9 10 (29.787.743) (1.082.287) (24.285.277) (26.803.460) (3.045.530) (13.924.776) (27.833.574) 750.234 (12.834.993) 37.535.951 27.964.226 27.689.866 Notas Vendas e prestações de serviços Outros proveitos Custo das mercadorias e dos subcontratos 3e4 5 Resultado bruto Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Outros proveitos / (custos) operacionais Amortizações Provisões e perdas de imparidade Resultado operacional Resultado financeiro Ganhos / (perdas) em empresas associadas Imposto sobre o rendimento Resultado consolidado líquido do exercício Atribuível: a interesses minoritários ao Grupo Resultado por acção: básico diluído 12 12 7.128.562 5.625.272 5.620.766 30.407.389 22.338.954 22.069.100 0,1547 0,1547 0,1141 0,1141 0,1127 0,1127 Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas 56 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Demonstração dos Resultados Consolidados para os trimestres de 1 de Outubro a 31 de Dezembro de 2005 e 2004 4T - 2005 Euro 4T - 2004 Euro (não auditado) (não auditado) 373.603.424 3.349.109 (205.546.451) 270.902.064 7.430.565 (131.557.639) Resultado bruto 171.406.082 146.774.990 Fornecimentos e serviços externos Custos com pessoal Outros proveitos / (custos) operacionais (64.510.169) (62.037.638) (5.595.858) (45.149.668) (56.326.964) (2.266.236) 39.262.417 43.032.122 (12.471.858) (3.125.097) (14.895.481) (2.985.139) Resultado operacional 23.665.462 25.151.502 Resultado financeiro Ganhos / (perdas) em empresas associadas Imposto sobre o rendimento (8.068.031) (1.323.455) (5.616.711) (11.629.583) (700.134) (4.488.888) 8.657.265 8.332.897 1.523.156 2.454.336 7.134.109 5.878.561 0,0358 0,0358 0,0299 0,0299 Vendas e prestações de serviços Outros proveitos Custo das mercadorias e dos subcontratos Amortizações Provisões e perdas de imparidade Resultado consolidado líquido do trimestre Atribuível: a interesses minoritários ao Grupo Resultado por acção: básico diluído Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas 57 58 59 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 2005 - IFRS Euro 2004 - IFRS Euro 1.479.875.809 (1.201.600.456) (185.672.692) 92.602.661 1.252.673.160 (893.015.933) (169.051.826) 190.605.401 (8.551.896) (6.457.065) 77.593.700 (16.022.338) (6.744.324) 167.838.739 31 4.590.618 7.005.053 957.716 128.911 12.682.298 784.291 687.053 949.580 2.420.924 31 (72.682.551) (68.537.578) (267.124) (2.382.994) (143.870.247) (131.187.949) (33.006.034) (63.193.352) (63.935) (96.263.321) (93.842.397) 740.051.825 198.224 740.250.049 194.803.633 122.680 1.374.578 196.300.891 (611.722.936) (17.851.317) (29.069.175) (15.722.522) (674.365.950) 65.884.099 (205.375.084) (16.526.601) (25.297.306) (10.758.410) (701.519) (258.658.920) (62.358.029) 12.289.850 4.374.886 50.780.863 67.445.599 11.638.313 4.676.522 34.466.028 50.780.863 Notas ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamento ao pessoal Fluxos gerados pelas operações Pagamento/Recebimento de imposto sobre o rendimento Outros receb./pagamentos de actividades operacionais Fluxos das actividades operacionais (1) ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Subsídios de investimento Dividendos Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas Outros Fluxos das actividades de investimento (2) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Subsídios e doações Venda de acções/quotas próprias Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Amortizações de contratos de locação financeira Juros e custos similares Dividendos Aquisição de acções próprias Fluxos das actividades de financiamento (3) Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) Variações decorrentes de alterações de perímetro Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 20 20 Para ser lido em conjunto com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas 60 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Nota Introdutória A Mota–Engil, S.G.P.S., S.A., com sede na cidade do Porto (“MOTA-ENGIL SGPS” ou “EMPRESA”), e empresas participadas (“GRUPO”), têm como actividade principal as empreitadas de obras públicas e privadas e actividades com elas conexas. Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em Euro, salvo se expressamente referido em contrário. 1. Políticas Contabilísticas Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO MOTA-ENGIL são preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o GRUPO, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IAS/IFRS") emitidas pelo International Accounting Standards Board ("IASB") e adoptadas pela União Europeia em vigor em 1 de Janeiro de 2005, data que corresponde ao início do período da primeira aplicação pela EMPRESA dos IAS/IFRS, de acordo com a IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro. O efeito dos ajustamentos, reportados a 1 de Janeiro de 2004, relacionados com a adopção de princípios e políticas contabilísticas de acordo com os IAS/IFRS, no montante de Euro 2.871.589, foi registado em capitais próprios na rubrica “Ajustamentos pela aplicação das IAS/IFRS” (Nota Explicativa 30. Transição para as IAS/IFRS). Adicionalmente, o GRUPO adoptou, antecipadamente e com efeitos retroactivos a Janeiro de 2004, o IFRS 6 – Exploração e Avaliação dos Recursos Minerais no registo e valorização das suas pedreiras na data de autorização destas demonstrações financeiras. Em virtude de não existir ainda uma interpretação do International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) sobre o tratamento contabilístico a ser utilizado nas concessões, nomeadamente de auto-estradas, o GRUPO adoptou os princípios contabilísticos geralmentes aceites em Portugal relativamente a essa matéria. O impacto da alteração do actual método de contabilização para o método em discussão actualmente no IFRIC não é possível de quantificação à data. Bases de consolidação São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo GRUPO: a) Empresas do GRUPO As participações financeiras em empresas nas quais o GRUPO detenha directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo GRUPO), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados no balanço consolidado (na rubrica de capitais próprios) e na demonstração dos resultados consolidados (incluída nos resultados líquidos consolidados) respectivamente. Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o GRUPO absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o GRUPO apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos tenha sido recuperada. 61 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004, os activos e passivos de cada filial (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido no IFRS 3 - Concentrações de Actividades Empresariais. Qualquer excesso/(défice) do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido, respectivamente, como diferença de consolidação positiva (Goodwill) e no caso de défice, após reanálise do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo GRUPO. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do GRUPO são eliminados no processo de consolidação. Nas situações em que o GRUPO detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico (“SPE”), ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. b) Empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o GRUPO exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da EMPRESA - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do GRUPO nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos. Os activos e passivos de cada associada (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso/(défice) do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido, respectivamente, como diferença de consolidação positiva (Goodwill) sendo adicionada ao valor de balanço do investimento financeiro e no caso de défice, após reanálise do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração de resultados do exercício. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade sendo registada uma perda na demonstração dos resultados sempre que tal se confirme. Quando a proporção do GRUPO nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada não for positivo, excepto quando o GRUPO tenha assumido compromissos para com a associada registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações. Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do GRUPO na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. 62 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 c) Empresas controladas conjuntamente Os interesses financeiros em empresas controladas conjuntamente foram consolidados nas demonstrações financeiras pelo método da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo é partilhado. De acordo com este método os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao GRUPO. A classificação dos interesses financeiros detidos em entidades controladas conjuntamente é determinada com base: - nos acordos parassociais que regulam o controlo conjunto; - na percentagem efectiva de detenção; - nos direitos de voto detidos. As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na proporção do controlo atribuível ao GRUPO. Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas do GRUPO nos períodos apresentados são os seguintes: i) Diferenças de consolidação positivas Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004, as diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do GRUPO e associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica “Goodwill”. Adicionalmente, as diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda de reporte dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do GRUPO (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica “Reserva de conversão cambial”. As diferenças de consolidação positivas geradas antes da data de transição para os IFRS mantêm-se registadas pelo valor líquido contabilístico, apurado de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade, tendo sido objecto de testes de imparidade naquela data. Adicionalmente, e de acordo com a alternativa prevista no IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, a MOTA – ENGIL, SGPS não aplicou retrospectivamente as disposições da IAS 21 - Efeitos de Alterações de Taxas de Câmbio às diferenças de consolidação positivas geradas antes de 1 de Janeiro de 2004, pelo que, a partir dessa data passou a mensurar tais diferenças de consolidação na moeda de reporte das suas participadas pelo valor equivalente de Euro naquela data. Anualmente, a MOTA–ENGIL, SGPS procede à realização de testes de imparidade formais às diferenças de consolidação positivas existentes à data de encerramento de contas. Sempre que o montante pelo qual se encontra registada a diferença de consolidação positiva seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de “Outros custos operacionais”. A quantia recuperável, é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua 63 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o activo pertence. ii) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidas se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para o GRUPO, se possa medir razoavelmente o seu valor e se o GRUPO possuir o controlo sobre as mesmas. As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por software sendo amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período entre três e seis anos. As despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas, enquanto as despesas de constituição e com aumentos de capital são deduzidas ao capital próprio. iii) Imóveis para uso próprio Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e, ou, quaisquer perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são efectuadas periodicamente, por avaliadores imobiliários independentes, de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respectivo imóvel. Por razões de funcionamento dos respectivos mercados, o GRUPO optou por não aplicar esta política aos imóveis detidos em países africanos e no Perú, registando os mesmos pelo seu custo de aquisição menos qualquer subsequente depreciação acumulada e, ou, quaisquer perdas de imparidade acumulada. Os ajustamentos resultantes das revalorizações efectuadas aos bens imobilizados são registados por contrapartida de capital próprio. Quando um activo fixo corpóreo que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios subsequentes se encontra sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores deduzido da quantia realizada através das amortizações, sendo o seu excedente registado como custo do exercício por contrapartida de resultado líquido do período. As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos edifícios, actualmente variando entre 20 e 50 anos, enquanto os terrenos não são depreciáveis. Os imóveis em construção por parte do GRUPO, nomeadamente em Angola, são registados ao custo de produção que inclui os custos dos materiais consumidos, os custos com o pessoal incorridos e outros custos, sendo inferior ao respectivo valor de realização. iv) Terrenos afectos à exploração de pedreiras Os terrenos afectos à exploração de pedreiras, bem como alguns custos relacionados (despesas suportadas com o licenciamento e arranque das pedreiras e os custos a incorrer com o desmantelamento das mesmas) são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e, ou, quaisquer perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são feitas periodicamente, por avaliadores independentes, de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor da respectiva pedreira. A depreciação de tais activos é efectuada de acordo com o nível de pedra extraído anualmente considerando o valor residual da pedreira no final da extracção. Os ajustamentos resultantes das revalorizações efectuadas aos bens imobilizados são registados por contrapartida de capital próprio. Quando a pedreira que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios subsequentes se encontra sujeita a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado 64 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 por contrapartida de capital próprio até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores deduzido da quantia realizada através das amortizações, sendo o seu excedente registado como custo do exercício por contrapartida de resultado líquido do período. v) Outras imobilizações corpóreas As outras imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 2003 encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do activo pelo GRUPO, do desgaste natural esperado, da sujeição a uma previsível obsolescência técnica e do valor residual atribuível ao bem. O valor residual atribuível ao bem é estimado com base no valor residual prevalecente à data da estimativa de activos semelhantes que tenham atingido o fim das suas vidas úteis e que tenham funcionado sob condições semelhantes àquelas em que o activo será usado. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Equipamentos: Equipamento básico Equipamento administrativo Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios 3 a 10 4 a 10 3 a 10 3a6 Outras imobilizações corpóreas 3 a 10 As despesas subsequentes de substituição de componentes de activos fixos incorridas pelo GRUPO são adicionadas aos respectivos activos corpóreos, sendo o valor líquido das componentes substituídas desses activos abatido e registado como um custo na rubrica de “Outros custos operacionais”. As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das imobilizações corpóreas, são registadas como custo do exercício em que ocorrem. vi) Locações Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes á posse do activo sob locação. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobilizado corpóreo, as amortizações acumuladas correspondentes, conforme definido nas alíneas iii) e v) acima e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. 65 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. vii) Propriedades de investimento As propriedades de investimento são constituídas por terrenos e edifícios cujos fins são a obtenção de rendas e, ou, a valorização do capital investido e não para uso na produção ou fornecimento de bens, serviços ou para fins administrativos ou para venda no decurso da actividade corrente dos negócios. As propriedades de investimento são registadas pelo seu justo valor determinado pela avaliação anual efectuada por entidade especializada independente. Em 2005 não foram efectuadas avaliações por autoridades independentes porque de acordo com a experiência do GRUPO é convicção do Conselho de Administração que não houve variação no justo valor dos imóveis. As variações no justo valor das propriedades de investimento são reconhecidas directamente na demonstração dos resultados do exercício na rubrica de variação de valor das propriedades de investimento. Por razões de funcionamento do mercado angolano, o GRUPO optou por não aplicar esta política às propriedades de investimento detidas nesse país, registando-se as mesmas pelo seu custo de aquisição menos qualquer subsequente depreciação acumulada e, ou, quaisquer perdas de imparidade acumulada. Os activos promovidos e construídos qualificados como propriedades de investimento só passam a ser reconhecidos como tal após o fim da sua construção. Até terminar o período de construção ou promoção do activo a qualificar como propriedade de investimento, esse activo é registado pelo seu custo de aquisição ou produção na rubrica de propriedades de investimento em construção. No final do período de promoção e construção desse activo a diferença entre o custo de construção e o justo valor nessa data é registada directamente na demonstração dos resultados consolidados na rubrica “Variação de valor das propriedades de investimento”. Os custos incorridos com propriedades de investimento em utilização nomeadamente: manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades (Imposto Municipal sobre Imóveis) são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidados do exercício a que se referem. viii)Activos não financeiros e não correntes disponíveis para venda Os activos não financeiros e não correntes são classificados como disponíveis para venda se o seu valor de balanço apenas for recuperado através de uma alienação e não através do uso continuado dos mesmos. Para que tais activos sejam objecto de tal classificação, os mesmos têm de estar disponíveis para venda imediata nas suas condições actuais, a venda tem de ser altamente provável, o Conselho de Administração tem de estar comprometido a executar tal venda e a alienação ocorrer num período de 12 meses, conforme estabelecido no IFRS 5 – Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas. Os activos não financeiros e não correntes classificados como disponíveis para venda são registados pelo mais baixo entre o seu valor de balanço e o justo valor dos mesmos, deduzido dos custos expectáveis com a sua venda. ix) Activos e passivos financeiros a) Instrumentos financeiros: O GRUPO classifica os investimentos financeiros nas seguintes categorias: “Investimentos registados ao justo valor através dos resultados”, “Empréstimos e contas a receber”, “Investimentos detidos até ao vencimento” e “Investimentos disponíveis para venda”. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento. A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base semestral. 66 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 - Investimentos registados ao justo valor através dos resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: “activos financeiros detidos para negociação” e “investimentos registados ao justo valor através de resultados”. Um activo financeiro é classificado nesta categoria se adquirido com o propósito de ser vendido no curto-prazo, ou se, no momento da sua aquisição, for designado como tal pelo Conselho de Administração do GRUPO. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os activos desta categoria são classificados como activos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço; - Empréstimos e contas a receber: empréstimos e contas a receber são activos financeiros não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que não se encontram cotados em mercados activos/líquidos. Estes investimentos financeiros surgem quando o GRUPO fornece dinheiro, bens ou serviços directamente a um devedor sem intenção de negociar a dívida. Os “empréstimos e contas a receber” são classificados como activos correntes, excepto nos casos em que a maturidade é superior a 12 meses da data do balanço, os quais se classificam como activos não correntes. Em ambos os casos, esta categoria aparece no balanço incluída na rubrica de “Clientes” e “Outros devedores”; - Investimentos detidos até ao vencimento: Esta categoria inclui os activos financeiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento; - Investimentos disponíveis para venda: Incluem-se aqui os activos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço. Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço. Os “investimentos registados a justo valor através dos resultados” são classificados como investimentos correntes. Os “investimentos disponíveis para venda” são classificados como não correntes. Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o valor pago na data de aquisição e que corresponde ao seu justo valor naquela data incluindo despesas de transacção. Após o reconhecimento inicial, os investimentos registados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reserva de justo valor” até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou nas situações em que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e tal situação seja considerada uma perda de imparidade, no momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração dos resultados. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos detidos para negociação são registados(as) na demonstração dos resultados do exercício. Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo capitalizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos. 67 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Os investimentos financeiros disponíveis para venda representativos de partes de capital em acções de empresas não cotadas, com excepção da Lusoponte – Concessionária para a Travessia do Tejo, S.A. onde foram solicitadas avaliações externas desta participada, são registados ao custo de aquisição, tendo em consideração a existência ou não de perdas de imparidade. É convicção do Conselho de Administração que o justo valor desses investimentos não difere significativamente do seu custo de aquisição. b) Clientes e outros devedores As dívidas de “Clientes” e as “Outros devedores” são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido. c) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo pelo custo amortizado. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas, ao longo do período de vida desses empréstimos, de acordo com o método da taxa de juro efectiva. d) Contas a pagar As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal. e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transacção. São considerados pelo GRUPO instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transacção evidencie que o GRUPO detém um interesse residual num conjunto de activos após dedução de um conjunto de passivos. f) Instrumentos derivados O GRUPO utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada pelo Conselho de Administração do GRUPO. Os instrumentos derivados utilizados pelo GRUPO definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio de empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro e taxa de câmbio são semelhantes às condições estabelecidas para os empréstimos contratados. Os critérios utilizados pelo GRUPO para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes: - Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto; - A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; - Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; - A transacção objecto de cobertura é altamente provável. 68 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Os instrumentos de cobertura de taxa de juro e de câmbio são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efectiva, são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidos para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta os resultados. A parcela de cobertura não efectiva é registada, no momento em que é apurada, na demonstração dos resultados do exercício. A reavaliação dos instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura” são transferidas para resultados do exercício, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados. g) Acções próprias As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica “Outras reservas e resultados”. h) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring” Os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em “factoring” à data de cada balanço, com excepção das operações de “factoring” sem recurso, são reconhecidas nas demonstrações financeiras do GRUPO na rubrica “Outros credores” até ao momento do recebimento das mesmas. x) Caixa e seus equivalentes Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. xi) Existências As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo médio de aquisição, ou do respectivo valor de mercado. Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. xii) Especialização de exercícios As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio de especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes”. 69 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 xiii)Rédito a) Reconhecimento de custos e proveitos em obras O GRUPO reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método de percentagem de acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os custos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma destes custos com os custos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos proveitos estimados e os valores facturados, são contabilizadas nas sub-rubricas "Produção não facturada" ou "Facturação antecipada", incluídas nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”. Relativamente aos contratos de prestação de serviços das sucursais no estrangeiro, os proveitos são registados com base nos autos de medição dos trabalhos realizados, sendo as diferenças positivas ou negativas face à facturação efectuada, calculadas contrato a contrato, apresentadas nas subrubricas "Produção não facturada" ou "Facturação antecipada", incluídas nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”. O impacto da adopção desta política face à descrita no parágrafo acima não produz efeitos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras anexas. Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é fortemente provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade. As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade. b) Obras de construção civil e obras públicas de curta duração Nestes contratos de prestação de serviços o GRUPO reconhece os proveitos e custos à medida que se facturam ou incorrem, respectivamente. c) Reconhecimento de custos e proveitos na actividade imobiliária Os custos relevantes com os empreendimentos imobiliários são apurados tendo em conta os custos directos de construção, assim como todos os custos associados à elaboração de projectos e licenciamento das obras. Os custos imputáveis ao financiamento, à supervisão e fiscalização do empreendimento são também adicionados ao custo dos empreendimentos imobiliários, desde que estes se encontrem em curso. Considera-se, para efeito de capitalização de encargos financeiros e encargos com a supervisão e fiscalização do empreendimento, que o empreendimento está em curso se aguardar decisão das autoridades envolvidas, ou se se encontrar em construção. Caso o empreendimento não se encontre nestas fases é considerado parado e as capitalizações acima referidas são suspensas. As vendas da actividade imobiliária e os correspondentes custos das fracções vendidas são registados no momento em que existe expectativa, pelas condições contratuais, de que os clientes irão consumar a aquisição, isto é, quando o preço da venda está na sua quase totalidade pago, ou em que existe acordo de compra com entidades públicas relativo a planos de realojamento. A margem das vendas é ponderada pela percentagem de acabamento do imóvel, determinada pela relação entre os custos incorridos e os custos totais estimados. 70 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 xiv) Custos com a preparação de propostas Os custos incorridos com a preparação de propostas são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho da proposta não ser controlável. xv) Trabalhos para a própria empresa Os trabalhos para a própria empresa correspondem basicamente a obras de construção e beneficiação, executadas pelas próprias empresas, bem como a grandes reparações de equipamentos e incluem custos com materiais, mão-de-obra directa e gastos gerais, os quais são deduzidos às respectivas rubricas da demonstração dos resultados. xvi) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício. As demonstrações financeiras de empresas participadas e sucursais expressas em moeda estrangeira, que não Quanzas Angolanos, foram convertidas para Euro, através da utilização das seguintes taxas de câmbio: Vigente no final do ano: para a totalidade dos activos e passivos; Média: para a demonstração dos resultados do ano. As demonstrações financeiras de empresas participadas expressas em Quanzas Angolanos foram convertidas para Euro, através da utilização das seguintes taxas de câmbio: Histórica: para as rubricas de imobilizado e do capital próprio, com excepção do resultado do ano; Vigente no final do ano: para os restantes activos e passivos monetários; Média: para a demonstração dos resultados do ano. As diferenças de câmbio originadas nesta conversão, a partir de 1 de Janeiro de 2004, foram incluídas no capital próprio na rubrica “Reserva de conversão cambial”. xvii) Impostos diferidos Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças temporárias. Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições 71 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura. xviii) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos, ou projectos imobiliários classificados em existências, são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização ou final de produção ou construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. xix) Provisões As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o GRUPO tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo GRUPO sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. xx) Pensões As responsabilidades com planos de pensões de benefícios definidos atribuídos a alguns exfuncionários e actuais funcionários do GRUPO são apuradas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando os pressupostos actuariais e financeiros mais adequados ao plano estabelecido. As responsabilidades por serviços passados e as responsabilidades perante pensionistas encontramse totalmente cobertas. A responsabilidade adicional gerada em cada exercício é reconhecida na demonstração dos resultados do exercício como custos com o pessoal. xxi) Subsídios atribuídos pelo Estado Subsídios atribuídos para financiar acções de formação de pessoal são reconhecidos como proveitos durante o período de tempo durante o qual o GRUPO incorre nos respectivos custos e são apresentados na demonstração dos resultados a deduzir a esses mesmos custos. Subsídios atribuídos para financiar investimentos em imobilizado são registados como proveitos diferidos e reconhecidos na demonstração dos resultados durante o período de vida útil estimado para os bens em causa. xxii) Imparidade de activos que não “goodwill” É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de “Outros custos operacionais”. A quantia recuperável, é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos 72 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e consequentemente o activo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores. xxiii)Classificação de balanço Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data de balanço são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os activos e passivos por impostos diferidos e as “Provisões” são classificados como activos e passivos não correntes (Nota Explicativa 10. Imposto sobre o Rendimento e Nota Explicativa 25. Provisões, respectivamente). xxiv) Contingências As responsabilidades contingentes não são reconhecidas nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo as mesmas divulgadas no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota. Um activo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro. xxv) Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas. 2. Empresas incluídas na consolidação Em 31 de Dezembro de 2005, as empresas incluídas na consolidação e respectivos métodos de consolidação, sedes, actividade, proporção do capital detido, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras são tal como se apresenta no Apêndice A. Durante o exercício de 2005, e em virtude da alteração na composição accionista do Grupo Indáqua, o GRUPO decidiu alterar o método de consolidação destas sociedades do Método da Equivalência Patrimonial para o Método da Consolidação Proporcional. O impacto desta alteração no Activo, Passivo e nas Vendas e prestações de serviços foi de Euro 28.301.879, Euro 31.027.041 e Euro 5.515.170, respectivamente. O Grupo Martifer é consolidado pelo Método da Consolidação Integral uma vez que a MOTA-ENGIL SGPS nomeia a maioria do Conselho de Administração da Martifer SGPS, detendo, portanto, controlo sobre ela e sobre as suas associadas. 73 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 3. Vendas e prestações de serviços As vendas e prestações de serviços dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 têm a seguinte composição: 2005 Vendas de mercadorias Vendas de produtos Prestações de serviços: Obras públicas Construção civil Concessões de serviços públicos Outras 2004 23.400.581 159.790.218 16.788.619 176.475.323 751.360.314 298.322.483 72.283.864 75.843.177 691.741.835 205.298.403 56.633.437 22.314.161 1.381.000.637 1.169.251.778 Durante os exercícios de 2004 e 2005 não se verificou nenhuma descontinuação em actividades do GRUPO. 4. Segmentos de negócio O GRUPO serve-se da sua organização interna para efeitos de gestão como base para o seu reporte da informação por segmentos primários. O GRUPO está organizado em quatro áreas de negócio principais – Engenharia e Construção, Indústria e Energia, Ambiente e Serviços e Concessões de transportes - as quais são coordenadas e apoiadas pela MOTA-ENGIL SGPS e pela MESP. O segmento “Engenharia e Construção” inclui as actividades de construção, obras públicas e promoção imobiliária. O segmento “Indústria e Energia” inclui as actividades da metalomecância e da produção de energia e de equipamentos energéticos. O segmento “Ambiente e Serviços” engloba, basicamente, as empresas de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos e as empresas de água e saneamento básico. O segmento “Concessões de transportes” inclui as empresas que detêm as concessões de auto-estradas. Os valores relativos à MOTA-ENGIL SGPS, a MESP e às sociedades do GRUPO da área do Turismo estão incluídos na linha “Holding, outros e ajustamentos”, a qual inclui também os montantes relativos aos fluxos e saldos entre os segmentos de negócio. As vendas e prestações de serviços, e os resultados operacionais por segmentos primários podem ser analisados como segue: Vendas e prestações de serviços 2005 2004 Engenharia e Construção Indústria e Energia Ambiente e Serviços 1.136.960.500 148.864.599 114.704.376 Outros, eliminações e intragrupo (19.528.838) (11.711.845) 1.381.000.637 1.169.251.778 EBITDA 2005 Engenharia e Construção Indústria e Energia Ambiente e Serviços Concessões de transportes 112.377.267 15.292.159 27.547.150 (1.438.224) Outros, eliminações e intragrupo (767.620) 153.010.732 74 969.522.709 122.645.849 88.795.065 EBIT 2004 104.164.460 13.003.638 21.253.020 (1.592.030) (4.314.674) 132.514.414 2005 2004 70.229.779 9.233.946 16.964.431 (1.462.669) 60.005.193 7.867.007 12.530.806 (1.603.683) (2.274.229) (7.061.331) 92.691.258 71.737.992 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Os ganhos em empresas associadas líquidos de perdas em empresas associadas por segmentos primários são como segue: Ganhos / (perdas) em empresas associadas 2005 2004 Engenharia e Construção Ambiente e Serviços Concessões de transportes 1.445.492 (197.609) (2.330.170) 964.564 200.909 (4.211.003) (1.082.287) (3.045.530) O activo líquido total e o passivo do GRUPO por segmentos primários podem ser analisados como segue: Activo Passivo 2005 Engenharia e Construção Indústria e Energia Ambiente e Serviços Concessões de transportes 2004 1.121.310.445 220.130.835 187.184.509 91.459.323 Outros, eliminações e intragrupo 972.354.676 96.712.787 149.835.949 42.243.783 25.210.860 75.791.396 1.645.295.972 1.336.938.591 2005 2004 1.005.350.375 202.373.293 174.693.028 101.402.531 894.067.077 87.283.884 122.167.996 45.755.631 (156.676.940) 1.327.142.287 (70.634.089) 1.078.640.499 O investimento e as amortizações do GRUPO por segmentos primários são como segue: Investimento Engenharia e Construção Indústria e Energia Ambiente e Serviços Concessões de transportes Outros, eliminações e intragrupo Amortizações 2005 2004 2005 2004 65.325.655 35.852.342 12.379.675 33.365.621 69.853.857 19.051.143 7.776.723 23.725.014 40.747.689 5.733.868 7.089.897 24.445 42.006.989 3.817.474 7.128.849 11.653 555.416 4.572.662 1.573.968 1.484.634 147.478.709 124.979.399 55.169.867 54.449.599 A actividade do GRUPO está internacionalizada, marcando presença na Península Ibérica, na Europa Central (Polónia, Hungria, República Checa, Roménia e Eslováquia), em África (Angola, Moçambique, Malawi, Benim e Chade), na América do Norte (EUA) e América do Sul (Perú). Assim, definem-se 3 grandes segmentos geográficos de actuação: Península Ibérica, Europa Central, África & América. As vendas e prestações de serviços por segmentos geográficos podem ser analisadas como segue: Vendas e prestações de serviços 2005 2004 Península Ibérica Europa Central África & América 1.034.941.189 287.103.502 216.548.333 Outros, eliminações e intragrupo (157.592.387) 1.381.000.637 75 1.015.834.209 135.023.828 111.182.329 (92.788.588) 1.169.251.778 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Os activos detidos e os investimentos efectuados por segmentos geográficos podem ser analisados como segue: Activo 2005 Península Ibérica Europa Central África & América 1.620.899.570 264.715.597 271.090.875 Outros, eliminações e intragrupo (511.410.070) 1.645.295.972 Investimento 2004 1.188.674.843 162.021.140 191.686.914 (205.444.306) 1.336.938.591 2005 117.933.460 13.399.668 15.954.319 2004 78.319.908 22.306.984 23.687.640 191.262 664.867 147.478.709 124.979.399 5. Custo das mercadorias e dos subcontratos O custo das mercadorias e das matérias consumidas dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisado como segue: Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Total 2004 Existências iniciais Compras Existências finais 35.501.924 22.624.586 (45.121.683) 29.764.289 263.640.289 (36.399.284) 65.266.213 286.264.875 (81.520.967) 13.004.827 257.005.294 270.010.121 Subcontratos 421.707.904 Custo das mercadorias e dos subcontratos 691.718.025 2005 Existências iniciais Compras Existências finais 45.121.683 24.132.716 (46.317.165) 36.399.284 315.487.913 (38.842.837) 81.520.967 339.620.629 (85.160.002) 22.937.234 313.044.360 335.981.594 Subcontratos 481.329.706 Custo das mercadorias e dos subcontratos 817.311.300 6. Custos com o pessoal Os custos com o pessoal dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 podem ser analisados como segue: 2005 Remunerações Encargos Sociais: Pensões e outros benefícios concedidos Outros 184.580.382 953.318 49.918.287 235.451.987 2004 168.290.386 (64.789) 51.624.932 219.850.529 O montante negativo verificado no exercício de 2004 na rubrica “Pensões e outros benefícios concedidos” deveu-se essencialmente à redução das responsabilidades associadas ao plano de pensões do GRUPO como resultado do óbito de alguns beneficiários. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a rubrica “Outros” inclui essencialmente os custos suportados com a Segurança Social, subsídios de refeição e doença e seguros de acidentes de trabalho. 76 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Número médio de pessoal Durante os exercícios de 2005 e 2004, o número médio de pessoal ao serviço do GRUPO pode ser analisado como segue: 2005 Administradores Empregados Assalariados 2004 132 6.354 9.452 109 5.493 7.734 15.938 13.336 7.922 5.410 2.606 8.077 3.107 2.152 15.938 13.336 Empresas nacionais Empresas estrangeiras Sucursais 7. Provisões e perdas de imparidade As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 são como segue: 2005 2004 Provisões Perdas de imparidade em imobilizado incorpóreo em existências em clientes e outros devedores 4.788.720 956.098 318.332 42.555 367.315 125.045 4.878.365 Total de provisões e perdas de imparidade 5.149.607 6.326.823 8. Resultados financeiros Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 podem ser analisados como segue: 2005 2004 5.577.402 24.903 111.623 18.231.808 1.661.189 5.590.894 4.012.769 158.209 24.694 10.482.340 1.594.812 4.243.305 31.197.819 20.516.129 30.173.759 279.175 20.103.919 272.679 398.143 9.757.887 20.909.519 156.164 16.085.301 349.892 382.837 9.435.876 Proveitos e ganhos financeiros Juros obtidos Rendimentos de participação de capital Ganhos na alienação de investimentos financeiros Diferenças de câmbio favoráveis Descontos de pronto pagamentos obtidos Outros proveitos e ganhos financeiros Custos e perdas financeiras Juros suportados Amortizações de investimentos em imóveis Diferenças de câmbio desfavoráveis Descontos de pronto pagamento concedidos Perdas de imparidade em aplicações de tesouraria Perdas na alienação de aplicações de tesouraria Outros custos e perdas financeiros Resultados financeiros 60.985.562 47.319.589 (29.787.743) (26.803.460) A rubrica “Outros custos e perdas financeiros” inclui, essencialmente, os custos com garantias bancárias, com a montagem de empréstimos e diversas comissões e custos debitados por instituições financeiras. 77 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 9. Ganhos e perdas em empresas associadas Os ganhos em empresas associadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 podem ser analisados como segue: 2005 Asinter Auto Sueco Angola Cimertex & Companhia Cimertex Angola Citrup Icil-Icafal Indáqua Indáqua Fafe Indáqua St. Tirso Sonauta Tersado Vortal 2004 141.728 774.435 1.299.715 55.269 26.172 185.729 46.396 102.920 228.858 901.888 90.500 101.163 74.281 54.297 74.411 - 2.529.444 1.628.318 As perdas em empresas associadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 podem ser analisadas como segue: 2005 Aenor Cimertex Angola EM (dissolução) Fabritubo Inovia Indáqua Feira Jardimaia Lusoscut BLA Lusoscut CP Lusoscut GP Norponte Sadoport Sonauta Turalgo Vortal Ganhos / (perdas) em empresas associadas 78 2004 346.391 249.444 600.894 116.470 117.698 1.518.680 347.401 313.264 1.489 - 2.191.193 674 54.623 11.606 48.706 610.776 1.057.126 351.908 301.350 9.049 2.012 34.825 3.611.731 4.673.848 (1.082.287) (3.045.530) MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 10. Imposto sobre o rendimento A decomposição dos activos e passivos por impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisada da seguinte forma: As diferenças temporárias a deduzir ao lucro tributável que originaram activos por impostos diferidos são como segue: Efeito na Demonstração dos Resultados Total Efeito em Capital Próprio 2004 Provisões não aceites fiscalmente Acréscimos de custos não aceites fiscalmente Prejuízos fiscais Reduções de amortizações não consideradas fiscalmente Outros (63.088.377) (4.614.553) (33.243.357) (622.981) (1.281.020) 34.850.134 (379.147) (17.330.522) (532.931) (171.890) (97.938.511) (4.235.406) (15.912.835) (90.050) (1.109.130) (102.850.288) 16.435.644 (119.285.932) (53.625.701) (4.251.700) (32.642.963) (2.455.167) (923.202) 21.477.113 401.447 8.078.653 (137.192) (53.177) (75.102.814) (4.653.147) (40.721.616) (2.317.975) (870.025) (93.898.733) 29.766.844 (123.665.577) 2005 Provisões não aceites fiscalmente Acréscimos de custos não aceites fiscalmente Prejuízos fiscais Reduções de amortizações não consideradas fiscalmente Outros As diferenças temporárias a deduzir à colecta que originaram activos por impostos diferidos são como segue: Efeito na Demonstração dos Resultados Efeito em Capital Próprio (314.917) 458.477 (773.394) (314.917) 458.477 (773.394) - 314.917 (314.917) - 314.917 (314.917) Total 2004 Crédito de imposto por dupla tributação internacional 2005 Crédito de imposto por dupla tributação internacional As diferenças temporárias que originaram passivos por impostos diferidos são como segue: Total Efeito na Demonstração dos Resultados Efeito em Capital Próprio 2004 Reavaliação de activos imobilizados Resultados negativos em ACE’s Diferimento de tributação de mais valias Amortizações não aceites fiscalmente Acréscimos de proveitos não tributados Outros 37.779.348 5.519.543 3.226.880 4.165.571 1.968.308 5.627.608 1.659.291 54.622 (779.415) (414.321) (5.237.217) 1.882.376 36.120.057 5.464.921 4.006.295 4.579.892 7.205.525 3.745.232 58.287.258 (2.834.664) 61.121.922 71.147.150 5.410.130 2.438.053 4.961.270 8.199.513 3.015.120 3.916.945 (109.413) (697.492) 303.358 6.147.769 1.462.794 67.230.205 5.519.543 3.135.545 4.657.912 2.051.744 1.552.326 2005 Reavaliação de activos imobilizados Resultados negativos em ACE’s Diferimento de tributação de mais valias Amortizações não aceites fiscalmente Acréscimos de proveitos não tributados Outros 95.171.236 79 11.023.961 84.147.275 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Em 31 de Dezembro de 2005, os activos e passivos por impostos diferidos ascendiam a Euro 25.691.200 e Euro 29.267.418, respectivamente (2004: Euro 30.532.367 e Euro 16.791.828, respectivamente), sendo o efeito na demonstração dos resultados negativo de Euro 9.933.755 (2004: efeito negativo de Euro 4.402.438) A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como segue: 2005 Imposto corrente 2004 14.351.522 Reversão líquida do reporte de prejuízos Impostos diferidos relativos à amortização da reserva de reavaliação de imobilizações Reversão dos impostos diferidos com origem em diferenças temporárias Impostos diferidos relativos à alteração das taxas de tributação, ou lançamento ou abolição de impostos Ajustamento de políticas contabilísticas e erros fundamentais Outras diferenças não reconhecidas anteriormente como impostos diferidos Imposto diferido Imposto do exercício 2.168.392 (678.417) 8.564.313 (120.533) - (4.567.551) (633.799) 8.407.740 (17.203) (388) 1.213.639 9.933.755 4.402.438 24.285.277 13.924.776 39,28% Taxa de imposto efectiva 9.522.338 33,24% A MOTA-ENGIL SGPS e as suas empresas participadas nacionais são tributadas individualmente e encontram-se sujeitas a impostos sobre lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), à taxa normal de 25%, acrescida de Derrama à taxa máxima de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada de 27,5%. De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais por um período de seis anos nos exercícios referentes até ao ano de 2000 e de quatro anos no que se refere aos exercícios de 2002 a 2005 (dez anos para a Segurança Social até 31 de Dezembro de 2001, cinco anos após essa data) e consequentemente essas declarações fiscais poderão ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da EMPRESA entende que eventuais correcções, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente, por parte das autoridades fiscais, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. 11. Dividendos O Conselho de administração da Mota-Engil SGPS propõe à Assembleia Geral Anual a seguinte distribuição dos Resultados Líquidos do Exercício, no valor de Euro 31.069.147: -para reserva legal, 5% correspondentes a Euro 1.553.457 e 35 cêntimos; -para distribuição pelo Conselho de Administração nos termos do artigo 23º, nº3 dos Estatutos o montante de Euro 700.000, correspondente a cerca de 2,3%; -para distribuição aos accionistas, 10 cêntimos por acção, cativos de impostos, o valor global de Euro 20.463.569 e 30 cêntimos; -para reservas livres, o remanescente, no valor de Euro 8.352.120 e 65 cêntimos. A data limite para qualificação para atribuição de dividendos relativos ao exercício de 2005 é o dia 25 de Abril de 2006. No dia 16 de Maio de 2005 foi posto a pagamento o dividendo de Euro 0,08 por acção relativo ao exercício de 2004 tendo sido pago um total de Euro 16.370.856. No dia 29 de Abril de 2004 foi posto a pagamento o dividendo de Euro 0,04675 por acção relativo ao exercício de 2003 tendo sido pago um total de Euro 11.254.963. 80 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 12. Resultados por acção A EMPRESA emitiu apenas acções ordinárias, pelo que não existem direitos especiais de dividendo ou voto. Não se verifica no GRUPO qualquer situação que possa representar uma redução dos resultados por acção com origem em opções, warrants, obrigações convertíveis ou outros direitos associados a acções ordinárias. Assim, não existe dissemelhança entre o cálculo dos resultados por acção básicos e o cálculo dos resultados por acção diluídos. Durantes os exercícios de 2005 e 2004 não foram emitidas quaisquer acções ordinárias. O número médio de acções ordinárias nestes exercícios é apenas afectado pelas variações no número de acções próprias. 13. Goodwill A informação relativa ao goodwill, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: Goodwill bruto Aenor Aurimove Corgimobil Correia & Correia Indáqua Indaqua Feira IWP Jardimaia Lusoscut BLA Lusoscut CP Lusoscut GP Mota-Engil Polska M-Invest Stodulky Manvia Maprel Maprel Nelas Martifer Metalruda MKC Mota-Viso Promoquatro Sadoport Sol-S e Solsuni STL Suma Tersado UTIL Vibeiras Vortal 81 2005 Imparidades acumuladas Goodwill líquido 2004 Goodwill líquido 2.368.142 83.242 635.615 969.823 2.351.508 78.048 574.545 79.737 1.757.013 1.724.715 500.638 4.408.623 1.518.220 497.747 526.637 526.700 1.160.816 2.344.994 271.708 19.900 697.396 229.783 6.821.760 2.563.693 3.404.208 229.497 2.599.520 189.314 986.650 (33.297) (51.653) (928.847) (74.662) (210.655) (210.680) (290.204) (468.999) (7.960) (1.459.369) (128.185) (521.470) (191.800) - 2.368.142 49.945 635.615 918.170 2.351.508 78.048 574.545 79.737 1.757.013 1.724.715 500.638 3.479.776 1.518.220 423.085 315.982 316.020 870.612 1.875.995 271.708 11.940 697.396 229.783 5.362.391 2.435.508 2.882.738 229.497 2.407.720 189.314 986.650 2.368.142 49.945 635.615 153.669 2.351.508 1.757.013 1.724.715 500.638 3.288.514 832.778 423.085 315.982 316.020 870.612 1.875.995 271.708 11.940 5.362.391 2.435.508 2.882.738 2.407.720 189.314 986.650 40.120.192 (4.577.781) 35.542.411 32.012.200 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 As adições de goodwill durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 são decompostas como segue: 2005 Corgimobil Correia & Correia Indáqua Indaqua Feira IWP Jardimaia M-Invest Stodulsky MKC Promoquatro Sadoport Tersado Vibeiras Vortal 2004 764.501 78.048 574.545 79.737 685.442 697.396 229.783 229.497 - 635.615 2.351.508 832.778 271.708 189.313 986.649 3.338.949 5.267.571 Durante o exercício de 2005 não ocorreram alienações de goodwill. Durante o exercício de 2005 foi efectuada a actualização cambial do goodwill gerado na Mota-Engil Polska tendo a mesma gerado um montante de Euro 191.262. O GRUPO efectua teste anuais de imparidade do goodwill, tal como definido na alínea i) dos Principais critérios valorimétricos na Nota Explicativa 1. Políticas Contabilísticas. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 não se verificaram quaisquer perdas de imparidade em goodwill. 14. Imobilizado incorpóreo A informação relativa aos valores brutos do imobilizado incorpóreo, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: Despesas de desenvolvimento Software e outros direitos Imobilizações em curso e outras 14.371.230 651.956 (10.377.779) 6.938 2.359.291 1.906.863 1.729.320 476.613 (6.972) (198.016) 56.160 7.605.696 2.645.690 369.128 222.035 (105.954) (437.725) 16.469.678 1.350.604 (6.972) (10.575.795) 63.098 9.859.033 4.114.828 47.484 21.274.474 Total 2004 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências 8.918.499 2005 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências 82 12.308.491 - - - - 8.918.499 4.994 (656.885) (51.582) 2.138.348 (4.566.549) 12.308.491 911.356 (23.895) (52.368) 35.483 62.480 (3.892.985) 47.484 744.212 (408) 18.014 (17.824) 21.274.474 1.660.562 (23.895) (709.661) (16.099) 2.218.842 (8.477.358) 5.786.825 9.348.562 791.478 15.926.865 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade do imobilizado incorpóreo, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: Despesas de desenvolvimento Software e outros direitos Imobilizações em curso e outras (13.697.855) (1.328.056) 10.376.300 (5.917) (1.298.100) (188.177) (574.909) (517.504) 6.972 193.959 (22.474) (7.457.574) (2.290.998) - (6.141.805) (10.662.528) - - - (6.141.805) (832.045) 654.879 15.237 (1.731.378) 2.652.478 (10.662.528) (1.427.056) 7.351 52.368 (18.982) (62.286) 6.619.904 - (16.804.333) (2.259.101) 7.351 707.247 (3.745) (1.793.664) 9.272.382 (5.382.634) (5.491.229) - (10.873.863) 2004 2.776.694 1.645.963 47.484 4.470.141 2005 404.191 3.857.333 791.478 5.053.002 Total 2004 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências (14.272.764) (1.845.560) 6.972 10.570.259 (28.391) (8.755.674) (2.479.175) (16.804.333) - - 2005 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências Valor líquido Os critérios valorimétricos estabelecidos pelo GRUPO na valorização destes activos incorpóreos estão referidos na alínea ii) dos Principais critérios valorimétricos na Nota Explicativa 1. Políticas Contabilísticas. 15. Imobilizado corpóreo A informação relativa aos valores brutos de terrenos, edifícios, equipamentos e de outras imobilizações corpóreas para os exercícios findos em 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: Terrenos e edifícios Equipamentos Outras imobilizações Total 2004 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências 189.863.196 8.478.269 (302.989) (110.960) (583.132) 3.796.653 (629.122) 501.116.211 31.313.952 (22.832.386) (8.554.140) (622.502) 15.080.215 (1.298.273) 35.183.228 34.582.749 (359.167) (781.825) (1.405.288) 2.075.288 (30.172.319) 726.162.635 74.374.970 (23.494.542) (9.446.925) (2.610.922) 20.952.156 (32.099.714) 200.511.915 514.203.077 39.122.666 753.837.658 200.511.915 7.097.192 (3.012.835) (1.042.973) 27.911.917 5.784.632 20.577.269 15.876.563 514.203.077 33.762.606 (37.647.649) (13.908.800) 7.261.536 7.579.506 17.576.079 39.122.666 25.194.657 (1.430) (56.498) 2.006.258 (42.705.503) 753.837.658 66.054.455 (40.661.914) (15.008.271) 27.911.917 15.052.426 28.156.775 (9.252.861) 273.703.680 528.826.355 23.560.150 826.090.185 2005 - Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Reavaliações Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências 83 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade de terrenos, edifícios, equipamentos e de outras imobilizações corpóreas para os exercícios findos em 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: Terrenos e edifícios Equipamentos Outras imobilizações Total 2004 Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências (40.456.102) (5.514.865) 122.852 101.534 (85.232) (1.000.485) 91.015 (349.615.119) (46.672.732) 18.447.908 8.418.927 440.927 (8.165.668) 2.865.910 (1.017.731) (416.442) 802 7.853 (31.706) (67.871) 34.418 (391.088.952) (52.604.039) 18.571.562 8.528.314 323.989 (9.234.024) 2.991.343 (46.741.283) (374.279.847) (1.490.677) (422.511.807) (46.741.283) (6.743.453) 1.102.670 895.127 (4.458.836) (103.635) 500.178 719.505 (374.279.847) (45.637.876) 33.294.542 13.595.143 (5.339.586) 2.272.722 (5.150.629) (1.490.677) (529.437) 763 11.989 (40.538) 3.576 (422.511.807) (52.910.766) 34.397.975 14.502.259 (4.458.836) (5.483.759) 2.772.900 (4.427.548) (54.829.727) (381.245.531) (2.044.324) (438.119.582) 2004 153.770.632 139.923.230 37.631.989 331.325.851 2005 218.873.953 147.580.824 21.515.826 387.970.603 2005 - Saldo inicial Aumentos Alienações Abates Reavaliações Diferenças cambiais Variação de perímetro Transferências Valor líquido Os critérios valorimétricos adoptados, as taxas de amortização utilizadas, bem como os valores residuais definidos estão referidos nas alíneas iii), iv) e v) dos Principais critérios valorimétricos na Nota Explicativa 1. Políticas Contabilísticas. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 encontravam-se no estrangeiro, nomeadamente em sucursais, as seguintes imobilizações corpóreas propriedade da Mota-Engil Engenharia: 31.12.05 Angola Benim Bulgária Chade Gana Hungria Malawi Moçambique Polónia Roménia 31.12.04 35.126.208 13.288 351 4.168.627 7.102 859.212 233.702 70.314 1.235.841 11.673 23.552.166 982.650 600 6.401.310 44.230 890.535 356.209 82.573 1.394.873 - 41.726.318 33.705.146 Os terrenos e edifícios estão registados ao seu valor de mercado de acordo com avaliações independentes (efectuadas na sua maioria pela Luso-Roux), com referência a evidência no mercado de transacções recentes de propriedades similares. As avaliações efectuadas estão em conformidade com os padrões internacionais de avaliação. Em 31 de Dezembro de 2005, se os terrenos e edifícios permanecessem registados aos seus custos de aquisição, diminuidos das suas depreciações acumuladas, estariam registados por cerca de Euro 150.000.000. 84 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 16. Investimentos financeiros em equivalência patrimonial Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a decomposição dos valores referentes a investimentos financeiros em equivalência patrimonial é como segue: 31.12.05 Asinter Auto Sueco Angola Cimertex & Companhia Cimertex Angola Grupo Aenor Grupo Indáqua Repower AG Sadoport Sonauta Tersado Turalgo Vortal 31.12.04 203.077 1.984.575 2.017.007 59.475 26.249.778 25.051.137 282.239 385.045 455.946 244.995 512.149 163.914 1.238.028 1.060.478 10.138 13.312.624 1.458.757 1.439.247 246.484 460.897 57.445.423 19.390.567 Durante o exercício de 2005 os movimentos ocorridos na rubrica “Investimentos financeiros em equivalência patrimonial” resultam essencialmente da apropriação do resultado de 2005, das distribuições de dividendos por parte de algumas associadas e dos aumentos de capital ocorridos nas empresas concessionárias. Em virtude de o GRUPO não possuir à data de autorização destas demonstrações financeiras as contas de Repower AG, que só estarão disponíveis nos próximos meses, o GRUPO utilizou na valorização deste investimento financeiro as últimas contas comunicadas ao mercado por essa associada (30 de Setembro de 2005). 17. Investimentos financeiros disponíveis para venda Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os montantes líquidos referentes a partes de capital, títulos e outras aplicações e adiantamentos e outros investimentos, são decompostos como segue: 31.12.05 31.12.04 Partes de capital Edodetra Iberfibran Lusoponte Mota Engil S.Tomé e Príncipe Mota-Engil Srodowisko MTS Rima Tradelsu Tratofoz Outros 1.153.202 375.000 62.439.117 190.000 890.812 1.375.737 1.416.947 1.000.000 669.900 687.282 1.153.202 375.000 39.536.636 200.000 904.400 669.900 - 70.197.997 42.839.138 31.12.05 31.12.04 Títulos e outras aplicações Obrigações do Tesouro Angolano Outros 17.035.304 478.508 7.341.605 - 17.513.812 7.341.605 As Obrigações do Tesouro Angolano correspondem a títulos de médio prazo atribuídos pelo Estado angolano para liquidação de dívidas comerciais. Estas obrigações estão expressas em Dólares Americanos e vencem juros a taxas de mercado. 85 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 31.12.05 31.12.04 Adiantamentos e outros investimentos Jaime Ribeiro & Filhos Parque Ambiental Nortenho Tradelsu Outros 2.650.000 1.206.686 2.000.000 235.472 1.206.686 - 6.092.158 1.206.686 Durante o exercício de 2005 o GRUPO procedeu à actualização do valor de mercado da Lusoponte, recorrendo para tal à média das avaliações obtidas de intermediários financeiros de reputação nacional e internacional. Adicionalmente, os principais movimentos no exercício de 2005 referem-se a aquisições e constituições de sociedades, cujo valor presumível de mercado segundo o Conselho de Administração não se afasta significativamente do seu custo. 18. Propriedades de investimento A informação relativa às propriedades de investimento do GRUPO, com referência a 31 de Dezembro de 2005 e 2004 é como segue: 31.12.05 31.12.04 Saldo inicial Aumento Alienações Abates Reavaliações Diferenças cambiais (propriedades localizadas em Angola) Transferências 27.317.524 652.646 (190.394) 2.466.860 (481.823) 9.044.534 356.962 (8.648) 1.811.957 15.128.614 Saldo final 29.764.813 27.317.524 Os critérios valorimétricos estabelecidos pelo GRUPO na valorização das suas propriedades de investimento estão referidos na alínea vii) dos Principais critérios valorimétricos na Nota Explicativa 1. Políticas Contabilísticas. As propriedades de investimentos estão registadas ao seu valor de mercado de acordo com avaliações independentes (efectuadas pela Luso-Roux), com referência a evidência no mercado de transações recentes de propriedades similares. As avaliações efectuadas estão em conformidade com os padrões internacionais de avaliação. 86 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 19. Existências A informação relativa a existências com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: 31.12.05 31.12.04 Custo: Matérias primas, subsidiárias e de consumo Produtos e trabalhos em curso Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos Produtos acabados Mercadorias Adiantamentos por conta de compras 38.842.837 66.278.324 9.855 21.062.837 46.317.165 4.458.401 36.399.284 39.372.654 1.614 18.412.736 45.121.683 5.344.792 176.969.419 144.652.763 Perdas de imparidade acumuladas: Matérias primas, subsidiárias e de consumo Produtos acabados Mercadorias (165.649) (157.365) (2.808.700) (3.131.714) 173.837.705 (304.444) (56.774) (10.336) (371.554) 144.281.209 O movimento das perdas de imparidade em existências é como segue: 2005 2004 Saldo inicial Aumento Redução e transferências 371.554 318.332 2.441.828 355.794 125.045 (109.285) Saldo final 3.131.714 371.554 20. Outros activos financeiros a) Comerciais e outros a receber A informação relativa a activos comerciais e outros activos a receber com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: Não correntes 31.12.05 31.12.04 Correntes 31.12.05 31.12.04 Valor Bruto: Clientes: Clientes, conta corrente Clientes, títulos a receber Clientes de cobrança duvidosa Outros devedores: Empresas associadas, participadas e participantes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos Outros 87 2.587.113 21.580 2.608.693 11.158.532 11.325.609 21.957 22.506.098 481.078.067 7.236.691 10.805.424 499.120.182 433.390.704 20.612.467 13.816.841 467.820.012 85.805.559 29.397.015 115.202.574 104.661.107 1.292.160 105.953.267 752.355 8.461.428 21.940.553 82.308.474 113.462.810 995.542 4.889.163 15.390.278 56.383.305 77.658.288 117.811.267 128.459.365 612.582.992 545.478.300 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 As perdas de imparidade em activos comerciais e outros a receber é como segue: Não correntes 31.12.05 31.12.04 Correntes 31.12.05 31.12.04 Perdas de imparidade acumuladas: Clientes: Clientes, conta corrente Clientes, títulos a receber Clientes de cobrança duvidosa Outros devedores: Empresas associadas, participadas e participantes Outros 21.580 21.580 6.090.108 7.361.646 21.996 13.473.750 13.929.621 10.805.424 24.735.045 14.056.240 9.603.580 13.816.840 37.476.660 17.206.565 10.849.385 28.055.950 19.390.646 19.390.646 1.986.698 1.986.698 2.829.540 2.829.540 28.077.530 32.864.396 26.721.743 40.306.200 É convicção do Conselho de Administração de que o valor pelo qual estes activos estão registados em balanço se aproxima do seu justo valor. As subsidiárias do GRUPO, Mota-Engil Engenharia e Mota Internacional, aderiram ao acordo estabelecido entre o Estado angolano e o Estado português, no que respeita ao pagamento por parte daquele da sua dívida anterior a 31 de Dezembro de 1998 às empresas portuguesas. Em resultado do acordo, o GRUPO reconheceu, em exercícios anteriores, nas contas de perdas de imparidade para clientes conta corrente, clientes conta títulos a receber e empresas associadas, participadas e participantes de médio e longo prazo, e de perdas de imparidade para clientes conta corrente e conta títulos a receber de curto prazo, os montantes de Euro 5.873.056, Euro 7.361.646, Euro 2.820.919, Euro 5.377.336 e de Euro 9.603.580, respectivamente. O efeito líquido na situação patrimonial do GRUPO, após consideração do regime fiscal aplicável, ascendeu, naquela data, a Euro 23.418.319. Durante o exercício de 2005 os montantes referentes à dívida e as perdas de imparidade reconhecidas com ela relacionados foram transferidas para “Outros devedores”. A exposição do GRUPO relativamente à dívida vencida sobre o Estado angolano foi integralmente reclamada ao abrigo do acordo anteriormente referido, pelo que o seu valor contabilístico líquido de provisões corresponde ao valor efectivamente a receber contemplando já o perdão previsto no acordo entre os dois países. A exposição do GRUPO ao risco de crédito é atribuível, sobretudo, às contas a receber da sua actividade operacional. As perdas acumuladas de imparidade foram estimadas pelo GRUPO, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O GRUPO não cobra qualquer encargo de juros enquanto os prazos de pagamento definidos estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 os saldos da rubrica “Estado e outros entes públicos” têm a seguinte composição: 31.12.05 Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas Imposto sobre o valor acrescentado Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares Outros impostos Impostos em outros países 88 31.12.04 2.008.597 3.610.841 16.321.115 4.736.684 3.953.568 3.633 185.809 6.510.584 21.940.553 15.390.278 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 O movimento das perdas de imparidade em activos comerciais e outros a receber é como segue: 2005 2004 Clientes, conta corrente: Saldo inicial Aumento Redução, transferências e variação de perímetro 20.146.348 2.250.343 (8.467.070) 3.893.305 8.288.682 7.964.361 Saldo final 13.929.621 20.146.348 16.965.226 (16.965.226) 9.603.580 7.361.646 Clientes, títulos a receber: Saldo inicial Aumento Redução, transferências e variação de perímetro Saldo final - 16.965.226 Clientes de cobrança duvidosa: Saldo inicial Aumento Redução, transferências e variação de perímetro 13.838.836 1.460.444 (4.472.276) 7.794.278 2.198.978 3.845.580 Saldo final 10.827.004 13.838.836 Saldo inicial Aumento Redução, transferências e variação de perímetro 22.220.186 397.276 7.425.186 18.576.795 169.287 3.474.104 Saldo final 30.042.648 22.220.186 Outros devedores: b) Outros activos correntes A rubrica “Outros activos correntes” pode ser analisada como segue: 31.12.05 31.12.04 Acréscimos de proveitos Produção não facturada Juros a receber Outros acréscimos de proveitos 86.965.710 24.452 1.873.284 88.863.446 36.396.758 548.127 2.990.992 39.935.877 1.237.167 3.045.650 4.282.817 823.272 452.656 1.275.928 93.146.263 41.211.805 Custos plurianuais Seguros Outros custos plurianuais c) Caixa e seus equivalentes A rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como segue: 31.12.05 Depósitos a prazo e outros Depósitos bancários e caixa: Depósitos à ordem Caixa 31.12.04 13.942.772 4.418.087 51.747.199 1.755.628 45.111.948 1.633.101 67.445.599 51.163.136 Caixa e seus equivalentes incluem o dinheiro detido pelo GRUPO e os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é signifivativo. O valor por que este conjunto de activos está registado aproxima-se do seu justo valor. 89 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 O movimento das perdas de imparidade em caixa e seus equivalentes pode ser analisado como segue: 2005 2004 Títulos negociáveis: Saldo inicial Aumento Redução e transferências 382.273 (382.273) Saldo final - 2.250 380.023 382.273 21. Capital social O capital da MOTA-ENGIL SGPS em 31 de Dezembro de 2005, ascende a Euro 204.635.695, totalmente realizado e representado por 204.635.695 acções ao portador com valor nominal de Euro 1 cada. Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 o GRUPO mantém 8.103.971 acções próprias. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Segundo dispõe a legislação comercial, esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas apenas podendo ser utilizada em aumentos de capital ou na cobertura de prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas. Segundo dispõe a legislação comercial, as reservas de reavaliação não podem ser distribuídas aos accionistas. A variação dos ajustamentos de conversão cambial resulta da conversão para Euro de demonstrações financeiras de empresas participadas originalmente expressas em moeda estrangeira, de acordo com os critérios descritos na alínea xvi) dos Principais critérios valorimétricos na Nota Explicativa 1. Políticas Contabilísticas. 22. Endividamento Os montantes relativos ao endividamento, com referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, são como segue: a 1 ano Empréstimos por obrigações não convertíveis Dívidas a instituições de crédito: Empréstimos bancários Descobertos bancários Contas caucionadas Outros empréstimos obtidos: Emissões de papel comercial Outros empréstimos a 2 anos entre 3 e 5 anos a mais de 5 anos Total 3.500.000 3.500.000 88.000.000 7.500.000 102.500.000 87.134.991 23.062.675 14.506.727 87.110.538 - 95.648.537 - 85.518.124 - 355.412.190 23.062.675 14.506.727 1.864.868 7.466.802 6.942.527 67.852.294 5.527.212 243.971 75.319.096 14.578.578 130.069.261 105.019.867 257.028.043 93.262.095 585.379.266 90 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Os montantes relativos ao endividamento estão denominados nas seguintes moedas: Instituições de crédito Obrigações Coroas Checas Coroas Eslovacas Dólares dos Estados Unidos Euros Forints Húngaros Meticais Moçambicanos Nuevos Soles Peruanos Zlotys Polacos Papel comercial Outros empréstimos Total 102.500.000 - 2.999.880 130.980 28.386.527 339.871.603 4.868.201 997.476 1.977.904 13.749.021 75.319.096 - 11.229.339 3.349.239 2.999.880 130.980 28.386.527 528.920.038 4.868.201 997.476 1.977.904 17.098.261 102.500.000 392.981.592 75.319.096 14.578.578 585.379.266 As taxas de juro médias suportadas em descobertos e empréstimos bancários são as seguintes: Taxas médias (%) Empréstimos por obrigações não convertíveis Dívidas a instituições de crédito: Empréstimos bancários Descobertos bancários Contas caucionadas Outros empréstimos obtidos: Emissões de papel comercial Intervalo de taxas (%) 4,02 [ 3,75 ; 4,15 ] 3,85 - [ 2,82 ; 6,17 ] [ 2,75 ; 3,88 ] [ 2,70 ; 3,88 ] 3,84 [ 3,51 ; 4,10 ] Os principais empréstimos obtidos pelo GRUPO são como segue: Empréstimos por obrigações não convertíveis Em 9 de Dezembro de 2003, a EMPRESA emitiu um empréstimo obrigaccionista no montante de Euro 17.500.000, pelo prazo de 7 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 1,75 pontos percentuais. Os juros são pagos em 9 de Junho e 9 de Dezembro de cada ano, tendo-se vencido o primeiro cupão em 9 de Junho de 2004. O reembolso será efectuado em dez prestações semestrais, iguais e sucessivas, por redução de valor nominal das obrigações, a partir da data de pagamento do 5ºcupão. A EMPRESA poderá efectuar o reembolso antecipado total ou parcial, neste caso por redução ao valor nominal, das obrigações, nas 10ª e 12ª datas de pagamento de juros. Cada obrigacionista poderá solicitar o reembolso antecipado das obrigações de que seja titular, ao valor nominal, nas 10ª e 12ª datas de pagamento de juros. A MOTA-ENGIL SGPS obriga-se a reembolsar de imediato as obrigações, e respectivos juros, caso se demonstre o incumprimento do definido contratualmente. Em 29 de Dezembro de 2003, a EMPRESA contraiu um empréstimo por obrigações no valor de Euro 35.000.000, pelo prazo de 5 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 0,75 pontos percentuais, com um único reembolso no final do prazo do empréstimo. Os juros são pagos em 29 de Junho e 29 de Dezembro de cada ano, tendo-se vencido o primeiro cupão em 29 de Junho de 2004. A MOTA-ENGIL SGPS obriga-se a reembolsar de imediato as obrigações, e respectivos juros, caso se demonstre o incumprimento do definido contratualmente. Em 29 de Dezembro de 2004, a EMPRESA emitiu novo empréstimo por obrigações no valor de Euro 15.000.000, pelo prazo de 7 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente, a 29 de Junho e 29 de Dezembro de cada ano, a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 1,5 pontos percentuais. O reembolso das obrigações será efectuado em 4 prestações semestrais iguais e sucessivas, por redução do valor nominal das obrigações, com início na 11ª data de pagamento de juros. A EMPRESA poderá, sem penalização, efectuar o reembolso antecipado, total ou parcial, neste caso por redução ao valor nominal, das obrigações, a partir da 10ª data de pagamento de juros, inclusive, sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros. Cada obrigacionista poderá, através de carta registada com aviso de recepção e com antecedência mínima de 30 dias, solicitar o reembolso antecipado, da totalidade ou de parte das obrigações de que seja 91 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 titular, ao valor nominal, a partir da 10ª data de pagamento de juros, inclusivé, e sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros, caso a MOTA-ENGIL SGPS demonstre incumprimento do definido contratualmente. Em 30 de Dezembro de 2004, a EMPRESA contraiu outro empréstimo por obrigações no valor de Euro 15.000.000, pelo prazo de 5 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente, a 30 de Junho e 30 de Dezembro de cada ano, a uma taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses adicionada de 1,75 pontos percentuais. O reembolso das obrigações será efectuado ao seu valor nominal, de uma só vez, no final do 5º ano, ou seja, em 30 de Dezembro de 2009. Cada obrigacionista poderá solicitar o reembolso antecipado, da totalidade ou de parte das obrigações de que seja titular, a partir da 6ª data de pagamento de juros, inclusivé, ou, caso as demonstrações financeiras consolidadas da MOTA-ENGIL SGPS demonstrem o incumprimento de determinados rácios financeiros definidos contratualmente. Em 21 de Junho de 2005, foi contraído pela EMPRESA um novo empréstimo por obrigações no valor de Euro 20.000.000, pelo prazo de 5 anos, remunerando juros semestral e postecipadamente, a 21 de Junho e 21 de Dezembro de cada ano, a uma taxa de juro indexada à Euribor de 6 meses adicionada de 0,95 pontos percentuais. O reembolso das obrigações será efectuado numa única prestação no final do prazo da emissão. Cada obrigacionista poderá solicitar o reembolso antecipado das obrigações ao valor nominal caso as demonstrações financeiras consolidadas da MOTA-ENGIL SGPS demonstrem o incumprimento de determinados rácios financeiros definidos contratualmente, ou caso os actuais accionistas de referência da EMPRESA deixem de controlar, directa ou indirectamente, a maioria do seu capital e/ou direitos de voto. Emissões de papel comercial Em 31 de Dezembro de 2005 existe uma emissão de papel comercial efectuada pela EMPRESA, no montante, líquido de juros vincendos, Euro 20.956.533, garantida por um sindicato bancário, que vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 23 de Abril de 2008, bem como, uma outra emissão, no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 16.964.647, que vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 3 de Dezembro de 2008. Acrescem três outras emissões de papel comercial, efectuadas pela subsidiária Mota-Engil Engenharia. A primeira, no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 14.968.582, que vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 04 de Dezembro de 2008; a segunda, no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 7.466.802, que vence juros a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 01 de Junho de 2007 e a terceira, no montante, líquido de juros vincendos, de Euro 14.962.532, que vence juros também a taxa variável e cujo prazo de vencimento é 15 de Dezembro de 2010. Outros empréstimos Os montantes considerados em “Outros empréstimos” dizem sobretudo respeito a empréstimos obtidos junto da Agência Portuguesa para o Investimento (API) e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) como apoio ao investimento. Estes empréstimos não pagam juros. 23. Instrumentos financeiros derivados O GRUPO recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de juro vigentes nos seus contratos de financiamento, fixando taxas de juro variáveis. Foram fixadas taxas de juro em contratos com um valor nominal conjunto de Euro 105.000.000. O justo valor dos intrumentos financeiros derivados existentes a 31 de Dezembro de 2005 não sofreu qualquer variação, uma vez que foram contratados nos últimos dias do ano de 2005. 92 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 24. Passivos comerciais e outros passivos a pagar A informação relativa a passivos comerciais e outros passivos a pagar, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser analisada como segue: Não correntes 31.12.05 31.12.04 Fornecedores Fornecedores de imobilizado Empresas do grupo, associadas e outros accionistas Adiantamentos de clientes e por conta de vendas Estado e outros entes públicos Outros credores Correntes 31.12.05 31.12.04 1.980.879 23.261.231 311.753 36.517.990 6.668.589 18.635.084 562.042 32.788.614 525.689 318.887.970 25.478.728 508.030 44.718.825 29.276.297 49.787.067 282.970.448 26.696.717 1.850.301 47.385.179 20.235.781 60.946.429 68.740.442 52.511.429 468.656.917 440.084.855 Estes montantes dizem sobretudo respeito a dívidas com origem em subcontratação na realização de obras em curso adjudicadas ao GRUPO. O Conselho de Administração está convicto que o valor pelo qual estes passivos estão registados em balanço se aproxima do seu justo valor. Em 31 de Dezembro de 2005, O GRUPO mantinha responsabilidades com locatárias relativas a rendas vincendas em contratos de locação financeira no montante de Euro 39.691.092, com os seguintes prazos de vencimento: Ano de vencimento Capital 1 ano 2 anos 3 anos 4 ou mais anos Juros Total 14.218.742 9.906.495 7.288.422 5.627.973 1.228.168 748.283 424.326 248.683 15.446.910 10.654.778 7.712.748 5.876.656 37.041.632 2.649.460 39.691.092 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 os saldos da rubrica “Estado e outros entes públicos” têm a seguinte composição: 31.12.05 Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas Imposto sobre o valor acrescentado Segurança social Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares Outros impostos Impostos em outros países 31.12.04 4.735.955 10.714.428 3.058.265 1.377.319 74.529 9.315.801 3.658.299 7.301.157 3.417.665 1.353.164 187.683 4.317.813 29.276.297 20.235.781 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 estão incluídos em “Outros credores” os montantes respeitantes a “factoring” com recurso e as letras descontadas no montante de Euro 27.357.439 e Euro 47.235.896, respectivamente. 93 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 25. Provisões A informação relativa a provisões, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 pode ser resumida como segue: 31.12.05 Pensões Indemnizações ao pessoal Selagem e monitorização de aterro Provisões para investimentos valorizados pelo método da equivalência patrimonial Processos judiciais Garantias de qualidade Outros 31.12.04 10.915.946 3.310.089 2.903.952 1.971.713 764.866 736.530 236.930 10.919.820 290.682 2.492.460 3.702.441 386.104 367.167 20.840.026 18.158.674 A informação relativa ao movimento das provisões, com referência aos mesmos exercícios é como segue: 31.12.05 31.12.04 Saldo inicial Aumento Redução e transferências 18.158.674 4.788.720 (2.107.368) 12.811.054 956.098 4.391.522 Saldo final 20.840.026 18.158.674 26. Outros passivos correntes A informação relativa aos outros passivos correntes, com referência aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 é como segue: 31.12.05 31.12.04 Acréscimos de custos Encargos com férias e subsídio de férias Juros a liquidar Trabalhos em curso não facturados Outros acréscimos de custos 19.556.171 2.119.795 19.640.099 3.557.733 17.703.730 1.486.788 10.104.049 3.570.183 44.873.798 32.864.750 93.559.164 816.500 104.377 10.404.627 53.715.053 231.580 31.583 1.664.266 Proveitos diferidos Facturação antecipada Subsídios ao investimento Rendas em imóveis próprios Outros proveitos diferidos 94 104.884.668 55.642.482 149.758.466 88.507.232 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 27. Compromissos Garantias Prestadas Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, as garantias prestadas pelo GRUPO a terceiros referentes a garantias bancárias e a seguros caução prestados a donos de obras cujas empreitadas estão a cargo das diversas empresas do GRUPO, discriminadas por moeda eram como segue: Coroas Checas Coroas Eslovacas Dinares Argelinos Dinares Tunisinos Dólares dos Estados Unidos Escudos Cabo Verdianos Euros Forints Húngaros Franco CFA Kwashas do Malawi Meticais Moçambicanos Nuevos Soles Peruanos Zlotys Polacos 31.12.05 31.12.04 4.251.571 986.797 37.175.754 52.303 601.710.747 2.872.168 4.646.618 6.428.796 1.106.960 6.603.288 2.884.536 375.300 16.939.015 6.958 601.941.849 6.576.770 6.568.932 4.063.939 13.166 4.075.176 275.750 665.835.002 643.721.391 31.12.05 31.12.04 185.240 11.545.039 3.151 13.510 12.186.171 3.383.253 9.729.666 801.355 3.922.123 1.339.205 401.939 3.540.826 17.477.589 1.293.602 1.160.648 4.364 56.818.715 285.892 464.418.558 2.160.320 4.743.342 22.500.000 54.857 14.025.393 2.818.163 8.351.565 418.061 5.443.656 17.639 31.374 3.411.261 9.005.212 3.622 4.625.583 63.614 9.076.918 14.249 5.742 13.255.684 2.916.442 97.002 3.698.410 16.422.995 1.127.828 12.401 134.251 85.458.507 421.211.913 6.774.448 36.617.030 23.689 862.605 392.302 109.714 14.023.281 2.818.163 6.819.654 416.722 5.304.608 2.639 31.374 3.361.891 8.968.259 5.837 3.693.219 666.120.894 643.721.391 O detalhe por empresas do GRUPO é como segue: Correia & Correia CPTP Emocil EMSA Enviroil Ferrovias Geogranitos Indaqua Indaqua Fafe Indaqua Feira Indaqua Tirso Manvia Maprel Martifer Martifer Alumínios Martifer Energia Martifer Espanha Martifer Polska Martins & Coutinho MECT MESP Mota-Engil Engenharia Mota-Engil Magyarorszag Mota-Engil Polska Mota-Engil SGPS Probigalp Probisa RTA Sedengil Serurb Serurb Matosinhos Soprocil STL Suma Tecnocarril Timoz Tracevia Translei Util Vibeiras 95 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o GRUPO tem constituída caução sobre as acções detidas e prestações acessórias efectuadas às empresas participadas Lusoscut CP, Lusoscut GP, Lusoscut BLA, Lusoponte e AENOR, para garantir, a favor das entidades financeiras, os empréstimos contraídos por aquelas participadas, mecanismo que se insere no enquadramento jurídico e financeiro típico de uma estrutura de “Project Finance”. Garantias reais Em 31 de Dezembro de 2005 as garantias reais prestadas pelo GRUPO são como segue: Valor activo subjacente Garantia Translei Martifer Polska Maprel Timoz Penhor Hipoteca Hipoteca Penhor Hipoteca Valor da dívida 2.307.273 13.826.946 3.825.780 300.049 103.599 2.333.333 4.766.011 1.650.000 226.225 20.363.647 8.975.569 Os penhores incidem sobre equipamentos e foram concedidos como garantia de empréstimos bancários obtidos. 28. Benefícios de planos de reforma O GRUPO assumiu responsabilidades com planos de reforma de benefícios definidos atribuídos a alguns ex-funcionários e a alguns actuais funcionários. Os planos definidos são planos de pensões de ordenado final. As políticas de contabilização destes planos adoptadas pelo GRUPO estão descritas na alínea xx) dos Principais critérios valorimétricos na Nota Explicativa 1. Políticas Contabilísticas. Em 31 de Dezembro de 2005, as responsabilidades com pensionistas e as responsabilidades com o pessoal no activo, bem como as respectivas coberturas são como segue: 31.12.05 Responsabilidades com pensionistas Responsabilidades com actuais activos Provisões constituídas % de cobertura 4.070.606 5.347.585 10.915.946 115,9% Estas responsabilidades resultam do último estudo actuarial disponível efectuado pelo GRUPO e que assume os seguintes pressupostos: Idade de passagem à reforma Taxa esperada de aumento de ordenado Taxa de desconto Tábuas de mortalidade Taxa de crescimento das pensões Número de pagamentos do benefício 65 3% 3% TV 73/77 0% 14 96 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 29. Transacções com partes relacionadas a) Transacções comerciais As associadas do GRUPO têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas. Todas estas transacções são efectuadas a preços de mercado. Nos procedimentos de consolidação estas transacções são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias com se de uma única empresa se tratassem. As transacções com empresas associadas contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial não são eliminadas, e são nos seguintes montantes: 2005 2004 Vendas e prestações de serviços Custo das mercadorias vendidas 18.441.148 23.163.842 30.316.504 26.459.316 Saldos devedores Saldos credores 65.410.000 3.957.762 123.336.777 27.017.570 Incluídos nestes montantes não existem saldos ou transacções significativos com accionistas, quer da EMPRESA, quer de qualquer uma das outras empresas do GRUPO. b) Compensações da administração e do fiscal único As remunerações atribuídas aos membros da administração durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 ascenderam a Euro 1.830.901 e Euro 1.779.661, respectivamente. Para os mesmos exercícios as remunerações atribuídas ao fiscal único ascenderam a Euro 22.847 e Euro 22.352, respectivamente. Estas compensações são determinadas pela comissão de vencimentos, tendo em conta o desempenho individual e a evolução deste tipo de mercado de trabalho. Alguns membros da administração possuem planos de reforma com benefícios definidos. A informação sobre estes planos está apresentada na Nota Explicativa 28. Benefícios de Planos de Reforma. 97 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 30. Transição para as IAS/IFRS A reconciliação do capital próprio em 1 de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2004 pode ser analisada como segue: Capitais próprios consolidados em 1 de Janeiro de 2004 - POC 226.854.934 Ajustamentos pela aplicação das IAS/IFRS Diferenças de consolidação Imobilizações incorpóreas Imóveis afectos à exploração Terrenos afectos à exploração de pedreiras Propriedades de investimento Investimentos financeiros disponíveis para venda Inv. financeiros consolidados pelo método da equivalência patrimonial Perdas de imparidade de clientes Existências Acréscimos de proveitos Custos diferidos Pensões Imposto diferido Interesses minoritários (1.396.424) (809.949) 17.788.906 12.850.418 725.191 35.206.035 (4.709.675) (31.036.537) (27.325) (7.457.520) (9.546.451) (5.954.306) 606.211 (3.366.985) 2.871.589 Capitais próprios consolidados em 1 de Janeiro de 2004 - IAS/IFRS 229.726.523 A reconciliação do resultado líquido em 31 de Dezembro de 2004 pode ser analisada como segue: Resultado líquido consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 - POC Reconhecimento de dif. consolidação negativas Reversão da amortização do imob. incorpóreo Reversão da amortização das prop. investimento Custos diferidos Pensões Resultado das empresas não consolidadas Imposto do exercício Interesses minoritários 22.069.100 1.452.342 777.421 283.028 2.003.219 1.065.657 (4.205.390) (1.101.917) (4.506) 269.854 Resultado líquido consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 - IAS/IFRS 22.338.954 Informação adicional sobre a natureza dos ajustamentos efectuados pode ser encontrada no Relatório Consolidado de Gestão de 2004 e nos comunicados ao mercado efectuados pela EMPRESA. 98 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 31. Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, os montantes dados em pagamento por investimentos financeiros podem ser decompostos como segue: Aenor Citrup Ecolezíria Indaqua Jaime Ribeiro & Filhos Lusoscut BLA Lusoscut CP Lusoscut GP ME Slovak Mota-Engil Srodowisko MTS Obrigações do Tesouro Angolano Repower AG Rima Sadoport Tersado Tradeslu Outros 2005 2004 14.256.509 2.650.000 9.543.420 6.217.837 890.812 697.437 4.089.110 26.618.064 1.397.060 3.000.000 3.322.302 11.534.063 250 11.250 5.053.400 7.657.679 3.623.754 3.532.434 42.104 226.100 500.000 825.000 - 72.682.551 33.006.034 No exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 os montantes recebidos relativos a investimentos financeiros dizem essencialmente respeito às alienações de partes de capital na Lusoponte e na Repower AG. 99 APENDICE A – EMPRESAS CONSOLIDADAS MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Empresas incluídas na consolidação pelo Método da Consolidação integral As empresas incluídas na consolidação pelo Método da Consolidação Integral, respectivas sedes, proporção do capital detido, actividade, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras são as seguintes: MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Empresas consolidadas pelo Método da Consolidação Proporcional As empresas consolidadas pelo Método da Consolidação Proporcional, respectivas sedes, proporção do capital detido, actividade, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras são as seguintes: MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Empresas registadas pelo Método da Equivalência Patrimonial As empresas do Grupo e associadas incluídas na consolidação pela aplicação do Método da Equivalência Patrimonial, suas respectivas sedes e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2005, são as seguintes: RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO 2005 27 DE FEVEREIRO DE 2006 100 Relatórios de fiscalização ANTÓNIO MAGALHÃES & CARLOS SANTOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Inscrita na Lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº53 Registada na CMVM com o nº.1975 Contribuinte nº.502 138 394 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas de “MOTA – ENGIL, SGPS, S.A.”, as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005, (que evidencia um total de 1 645 295 972 euros e um total de capitais próprios de 318 153 685 euros, incluindo um resultado líquido atribuível aos accionistas da Sociedade de 30 407 389 euros), a Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e a Demonstração consolidada das alterações nos capitais próprios do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras acima referidas. …/… Escritório:Rua do Campo Alegre, 606 – 2º - Salas 201/203 – 4150-171 Porto · Telef.: 226 002 842 – 226 002 808 · Fax: 226 092 747 Email: [email protected] ANTÓNIO MAGALHÃES & CARLOS SANTOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Inscrita na Lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº53 Registada na CMVM com o nº.1975 Contribuinte nº.502 138 394 …/… 2. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. OPINIÃO 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da “MOTA - ENGIL, SGPS, S.A.” em 31 de Dezembro de 2005, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adoptadas na União Europeia. ÊNFASES 8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as situações seguintes: 8.1. A Empresa passou a adoptar, pela primeira vez em 2005, de acordo com a divulgação na nota nº.1 do Anexo, com efeitos a 1 de Janeiro de 2004, as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, na preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas. Para efeitos comparativos foram reexpressas as demonstrações financeiras referentes a 2004, elaboradas segundo as normas contabilísticas do Plano Oficial de Contabilidade. As presentes demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as disposições da Norma Internacional de Relato Financeiro 1, “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”. As divulgações exigidas por esta norma relativas aos efeitos do processo de transição constam da nota nº 30 do Anexo. 8.2 A nossa Certificação Legal das Contas Consolidadas, relativa ao exercício de 2004, datada de 09 de Março de 2005, cujas contas estavam elaboradas segundo as normas contabilísticas do Plano Oficial de Contabilidade, englobava duas ênfases, as quais deixaram de ter aplicação no exercício de 2005. Porto, 10 de Março de 2006 __________________________________________________ António Magalhães & Carlos Santos - SROC, representada por Dr. Carlos Alberto Freitas dos Santos - R.O.C. nº 177 Escritório:Rua do Campo Alegre, 606 – 2º - Salas 201/203 – 4150-171 Porto · Telef.: 226 002 842 – 226 002 808 · Fax: 226 092 747 Email: [email protected] ANTÓNIO MAGALHÃES & CARLOS SANTOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Inscrita na Lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº53 Registada na CMVM com o nº.1975 Contribuinte nº.502 138 394 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO Senhores accionistas da MOTA – ENGIL, SGPS, S.A. De acordo com as disposições legais e estatutárias, apresentamos o nosso relatório sobre a acção fiscalizadora desenvolvida e o parecer sobre os documentos de prestação das contas consolidadas da Empresa “MOTA – ENGIL, SGPS, S.A.”, elaborados pelo Conselho de Administração e respeitantes ao exercício terminado em 31 de Dezembro de 2005. Num ano em que se revelaram para a Empresa tantas operações de carácter positivo, que se reflectiram de forma significativa na sua situação económica e financeira, é difícil num relatório como este, cuja regra fundamental é a de síntese, destacar quais os factos mais importantes ocorridos no exercício. Como súmula, referiremos apenas que todas as áreas de negócio tiveram grandes desenvolvimentos e que essa dinamização, aliada certamente ao aumento do “free float”, foi bem compreendida pelo mercado financeiro, reflectindo-se num movimento ascendente de grande amplitude na cotação das acções da Empresa, o que se regista com muita satisfação. Efectuámos o acompanhamento da evolução da actividade da Empresa-mãe e da regularidade dos registos contabilísticos e dos respectivos documentos de suporte, com a periodicidade e extensão que entendemos apropriadas. Observámos o cumprimento dos normativos legais e estatutários em vigor e obtivemos do Conselho de Administração, bem como dos serviços da Empresa os esclarecimentos que lhes solicitámos, o que nos apraz agradecer. Examinámos o processo de consolidação das contas e verificamos as Certificações Legais das Contas e Relatórios de Fiscalização, quando existentes, emitidos por outros Revisores Oficiais de Contas sobre as demonstrações financeiras das empresas participadas. No âmbito das nossas funções, examinámos as Demonstrações Financeiras Consolidadas compostas pelo Balanço Consolidado, Demonstração Consolidada dos Resultados por naturezas, Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa e Demonstração Consolidada das alterações nos capitais próprios e respectivos Anexos, preparadas pela primeira vez de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adoptadas na União Europeia, as quais permitem uma apropriada visão da situação financeira, dos resultados apurados, dos fluxos de caixa da Empresa e do Capital Próprio do Grupo de Empresas. …/… Escritório:Rua do Campo Alegre, 606 – 2º - Salas 201/203 – 4150-171 Porto · Telef.: 226 002 842 – 226 002 808 · Fax: 226 092 747 Email: [email protected] ANTÓNIO MAGALHÃES & CARLOS SANTOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Inscrita na Lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº53 Registada na CMVM com o nº.1975 Contribuinte nº.502 138 394 …/… 2. O Relatório Consolidado de Gestão expõe com clareza a situação financeira e a evolução dos negócios, contém as menções que a lei exige, adianta a evolução previsível da Sociedade e remete para o Relatório de Gestão das contas individuais a proposta de aplicação de resultados do exercício. A concordância dos valores constantes do Relatório Consolidado de Gestão com as Demonstrações Financeiras Consolidadas foi também observada. Após o nosso trabalho de revisão, emitimos a Certificação Legal das Contas Consolidadas e enviámos para o Conselho de Administração o Relatório Anual sobre a Fiscalização Efectuada às Contas Consolidadas. Como corolário do acima exposto, somos de parecer que: - sejam aprovados o Relatório Consolidado de Gestão e as Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2005. Porto, 13 de Março de 2006 O Fiscal Único __________________________________________________________ António Magalhães & Carlos Santos - SROC, representada por Dr. Carlos Alberto Freitas dos Santos - R.O.C. nº 177 Escritório:Rua do Campo Alegre, 606 – 2º - Salas 201/203 – 4150-171 Porto · Telef.: 226 002 842 – 226 002 808 · Fax: 226 092 747 Email: [email protected] RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS CONSOLIDADAS Introdução 1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 da Mota Engil S.G.P.S., S.A. e subsidiárias (“Empresa”), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005 que evidencia um total de 1.645.295.972 Euros e capitais próprios de 318.153.685 Euros, incluindo um resultado líquido consolidado atribuível aos accionistas da Empresa de 30.407.389 Euros, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa; (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Página 2 de 3 Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação, a aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Mota Engil, S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2005, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia e a informação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Ênfases 6. Conforme divulgado na Nota 1 do Anexo, a Empresa adoptou, pela primeira vez em 2005, na apresentação das suas demonstrações financeiras consolidadas as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas na União Europeia. No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente adoptadas (Plano Oficial de Contabilidade – “POC”) para as IFRS tal como adoptadas na União Europeia, a Empresa seguiu os requisitos previstos na Norma Internacional de Relato Financeiro 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de 2004, pelo que a informação financeira referida àquela data e ao exercício de 2004, anteriormente apresentada de acordo com o POC, foi reexpressa para as IFRS tal como adoptadas na União Europeia, para efeitos de comparabilidade. Na Nota 30 do Anexo encontram-se divulgadas as informações exigidas relativamente ao processo de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia. Página 3 de 3 7. O nosso Relatório de Auditoria datado de 7 de Março de 2005 sobre as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2004 preparadas de acordo com as normas contabilísticas anteriormente adoptadas (POC), incluía duas ênfases, as quais não são aplicáveis ao exercício de 2005. Porto, 13 de Março de 2006 DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DA MOTA-ENGIL,SGPS, SA REALIZADA EM 31 DE MARÇO DE 2006 ACTA Nº 30 Aos trinta e um dias do mês de Março de dois mil e seis, pelas dezassete horas, reuniram os accionistas da sociedade comercial anónima com a denominação “MOTA-ENGIL, SGPS SA, Sociedade Aberta”, com o capital social de duzentos e quatro milhões seiscentos e trinta e cinco mil seiscentos e noventa e cinco Euros (Euros 204 635 695,00),(representado por 204 635 695 acções ordinárias do valor nominal de 1 Euro cada), titular do cartão de identificação de pessoa colectiva número quinhentos e dois milhões trezentos e noventa e nove mil seiscentos e noventa e quatro (502 399 694), matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número (502 399 694), em Assembleia Geral, no Centro de Formação da MOTA-ENGIL,SGPS,SA, Sociedade Aberta, sito na Avenida Paiva Couceiro, sem número de polícia, freguesia de Campanhã, concelho do Porto, conforme Convocatória, com a Ordem de Trabalhos, publicada no site de Publicações On-line de Actos Societários não sujeitos a Registo Comercial, em 9 de Fevereiro de 2006, disponibilizada na mesma data nos sítios da CMVM e da Sociedade na Internet e publicada no Jornal Público, Edição Nacional em 13 de Fevereiro de dois mil e seis. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(…) Assumiu a condução dos trabalhos o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Daniel Proença de Carvalho, secretariado pelo Secretário da Mesa e da Sociedade Drª Ivone Santos Martins.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------No início da reunião, e antes de começados os trabalhos, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral solicitou ao Secretário que organizasse a lista dos Senhores accionistas presentes ou devidamente representados na Assembleia, nos termos do Artigo 382º do Código das Sociedades Comerciais.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Organizada e assinada a lista de presenças, verificou-se estarem presentes ou devidamente representados, accionistas titulares de 135 013 531 acções (cento e trinta e cinco milhões treze mil quinhentas e trinta e uma acções), representativas de 65,978 % do capital social e de 68,698 % dos direitos de voto.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Presidente da Mesa da Assembleia Geral declarou então estar a Assembleia em condições de funcionar e deliberar validamente, de acordo com o número dois do Artigo 20º (vigésimo) dos Estatutos da Sociedade, ordenando de seguida que a referida lista de presenças fosse anexada à Acta.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Iniciada a sessão, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral cumprimentou os accionistas e os membros dos orgãos sociais, tendo de seguida lido integralmente a Ordem de Trabalhos e referido que haviam sido submetidos à Assembleia e nela se encontravam patentes, quer o Relatório de Gestão, o Balanço, as Demonstrações dos Resultados, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o Anexo ao Balanço, às Demonstrações dos Resultados e à Demonstração dos Fluxos de Caixa, relativos ao Exercício de 2005, apresentados pelo Conselho de Administração, bem como a Certificação Legal de Contas e o Relatório e Parecer do Fiscal Único, apresentados pelo Fiscal Único e o Relatório de Auditoria das Contas Individuais, apresentado pelo Auditor Externo, relativos ao mesmo exercício, quer o Relatório de Gestão Consolidado, o Balanço Consolidado, as Demonstrações dos Resultados Consolidados, a Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados e o Anexo ao Balanço Consolidado, as Demonstrações dos Resultados Consolidados e a Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados, relativos ao exercício de 2005, apresentados pelo Conselho de Administração, bem como a Certificação Legal das Contas Consolidadas e o Relatório e Parecer do Fiscal Único, apresentados pelo Fiscal Único e o Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas apresentado pelo Auditor Externo, pelo que colocou à discussão e apreciação dos accionistas presentes ou devidamente representados, simultâneamente o Ponto Um e o Ponto Três da Ordem de Trabalhos. ----------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------------Entrados assim no Primeiro e Terceiro Pontos da Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral perguntou se algum dos presentes desejava usar da palavra sobre esses pontos. (…).-------------------------------------------------------------------------------------------------------Seguidamente, pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral foram colocados à votação, conjuntamente, na generalidade e na especialidade todos os documentos de Prestação de Contas Individuais e Consolidadas patentes à Assembleia, no âmbito dos Pontos Um e Três da Ordem de Trabalhos.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Feita a contagem dos votos verificou-se que todos aqueles documentos foram aprovados por unanimidade dos accionistas presentes ou devidamente representados, titulares de 135 013 531 acções (cento e trinta e cinco milhões treze mil quinhentas e trinta e uma acções), representativas de 65,978 % do capital social e de 68,698 % dos direitos de voto.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------De seguida, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral declarou estar aberta a discussão quanto ao Segundo Ponto da Ordem de Trabalhos.------------------------------------------------------------------------------------------Como ninguém quisesse usar da palavra, o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs à votação a proposta do Conselho de Administração relativa à aplicação dos resultados do exercício, feita no seguinte sentido:-------------------------------------------------------------------“O Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, SA propõe à Assembleia Geral Anual, a seguinte distribuição dos Resultados Líquidos do Exercício, no valor de 31 069 145 Euros:------------------------------------------a) Para Reserva Legal, 5% correspondentes a 1 553 457 Euros e 35 cêntimos.-b) Para distribuição pelo Conselho de Administração, nos termos do Artigo 23º, nº 3 dos Estatutos, o montante de 700 000 Euros correspondentes a cerca de 2,3%.------------------------------------------------------------------------------------c) Para distribuição aos Accionistas, 10 cêntimos por acção, cativos de impostos, no valor global de 20 463 569 Euros e 30 cêntimos.------------------d) Para Reservas Livres, o remanescente, no valor de 8 352 118 Euros e 65 cêntimos.-----------------------------------------------------------------------------------Porto, 27 de Fevereiro de 2006--------------------------------------------------------O Conselho de Administração”---------------------------------------------------------- Colocado à discussão e votação o Segundo Ponto da Ordem de Trabalhos e feita a contagem dos votos, verificou-se que aquela Proposta de Aplicação de Resultados foi aprovada por unanimidade dos accionistas presentes ou devidamente representados, titulares de 135 013 531 acções (cento e trinta e cinco milhões treze mil quinhentas e trinta e uma acções), representativas de 65,978 % do capital social e de 68,698 % dos direitos de voto.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(…) Nada mais havendo a tratar foi a sessão encerrada, dela se lavrando a presente acta que vai ser assinada pelo Presidente da Mesa e pelo Secretário da Mesa e da Sociedade. MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. SOCIEDADE ABERTA CAPITAL SOCIAL: 204 635 695 EUROS MATRICULADA NA CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DO PORTO COM O Nº 56.514 NIPC: 502 399 694 EDIFÍCIO MOTA RUA DO REGO LAMEIRO, Nº 38 4300-454 PORTO TEL: 351 22 5190300 FAX: 351 22 5190303 WWW.MOTA-ENGIL.PT RUA MÁRIO DIONÍSIO, Nº 2 2796-957 LINDA-A-VELHA TEL: 351 21 4158200 FAX: 351 21 4158688