INFORMATIVO SEMANAL AGL - AGL
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INFORMATIVO SEMANAL AGL SUMÁRIO: Porto Alegre, 24 de Agosto de 2012.............................................. 2 Queijo mais nobre do mundo será produzido em Santa Catarina ... 4 Capacitação/SC ............................................................................. 4 Lei do preço do leite precisa ser regulamentada ............................ 7 Rio de Janeiro ganha mais uma indústria láctea em setembro ....... 7 Importação .................................................................................... 8 Mapa cria grupo para modernizar a defesa agropecuária ............... 9 Importação e alto custo de produção ameaçam a pecuária leiteira do Brasil ........................................................................................ 9 Reajuste de preço referência agita setor lácteo ........................... 11 Fiscais Agropecuários protestam e distribuem leite ..................... 12 Preços .......................................................................................... 14 Argentina: Crise leiteira também afeta grandes companhias ....... 15 EUA: Governador de Nova York reduz restrições para suprir demanda de leite ......................................................................... 16 Nestlé perde batalha do Nespresso na Alemanha ........................ 16 Como eles produzem o melhor leite do mundo? ........................... 17 Seca provoca efeitos econômicos em todo o planeta ................... 20 Leite. Comissão Europeia abre consulta sobre futuro das quotas após 2015 .................................................................................... 24 Preços do leite em pó estão reagindo no mercado internacional.. 25 Aditivo lácteo "anti-apetite" obtém aprovação preliminar no Reino Unido ........................................................................................... 25 1 INFORMATIVO SEMANAL AGL Porto Alegre, 24 de Agosto de 2012. RIO GRANDE DO SUL Estado elabora programa Mais Leite O Governo do Estado trabalha na formatação final do Programa Mais Leite que estabelecerá mecanismos capazes de impulsionar o aumento da produção gaúcha. O leite é um dos 22 itens priorizados pelo governo na Política Industrial , pois é uma atividade que envolve mais de 100 mil famílias e responde por 2,7% do PIB gaúcho, produzindo cerca de dez milhões de litros/dia. Para tratar de questões relacionadas com o programa, cujas diretrizes centrais foram estabelecidas no Seminário de Alinhamento Estratégico promovido pela Câmara Setorial do Leite, o secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, esteve reunido na manhã desta terça-feira com representantes da Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) e da Secretaria da Fazenda. Entre os temas tratados estavam a criação do Instituto Gaúcho do Leite, Fundo Setorial do Leite, Programa de Qualidade e Programa de Melhoramento Genético. Fioreze argumenta que é fundamental a implantação de programas que impulsionem, especialmente, o aumento da produtividade. "Enquanto nossos vizinhos argentinos e uruguaios conseguem uma produtividade em torno de cinco mil litros/leite/vaca/ano, aqui no Rio Grande do Sul, na média, produzimos 2.300 litros", justificou o secretário adjunto. Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio Plano apoiará pobre do campo O Rio Grande do Sul terá, a partir do ano que vem, um plano safra especial para contemplar a parcela mais pobre do campo. O anúncio foi feito ontem pelo governador Tarso Genro durante reunião com integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Eles entregaram ao chefe do Executivo um relatório com propostas para o desenvolvimento rural. De acordo com o secretário Ivar Pavan, cerca de 200 mil famílias de pequenos agricultores, camponeses, assentados, índios e quilombolas poderão ser beneficiadas com crédito subsidiado e políticas específicas de pesquisa e assistência. O próximo passo é conceituar e identificar o perfil do público a ser contemplado. Depois, o conselho gestor do Plano Safra e a Câmara Temática Economias 2 INFORMATIVO SEMANAL AGL do Campo irão definir as medidas a serem adotadas. O assessor de Política Agrícola da Fetag, Airton Hochscheid, elogiou a iniciativa. "Precisamos de políticas específicas para públicos específicos. Não podemos tratar de forma igual os desiguais." Fonte: Correio do Povo SANTA CATARINA Conseleite/SC A diretoria do Conseleite - Santa Catarina, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matériaprima leite, realizado no mês de julho de 2012 e a projeção dos preços de referência para o mês de agosto de 2012. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite - Santa Catarina. Fonte: FAESC 3 INFORMATIVO SEMANAL AGL Queijo mais nobre do mundo será produzido em Santa Catarina O governador catarinense Raimundo Colombo participou, no dia 18 de agosto de 2012, da inauguração do complexo internacional da empresa Gran Mestri. A fábrica está localizada no município de Guaraciaba A Gran Mestri recebe do Governo do Estado, por meio do Pró-Emprego, incentivos fiscais que contribuem com a geração de empregos e com o aumento de renda da região. “Somos o 5º maior país produtor de leite, e agradeço a essa empresa por valorizar a cultura local. Auxiliamos em sua implantação, dando diferimento do ICMS para ajudar a Gran Mestri e o Estado no desenvolvimento do agronegócio”, disse o governador. A nova unidade tem capacidade de produção de 30 toneladas de queijo por dia. Foram investidos R$ 28 milhões no parque industrial, gerando 200 empregos diretos e com previsão de faturamento de R$ 150 milhões ao ano. A empresa foi montada com tecnologia e equipamentos 100% italianos. A Gran Mestri tem localização estratégica – junto à BR-163, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, na rota da fronteira entre Brasil e Argentina. O proprietário da empresa, Acari Menestrina, explica que a mesma já atua em parceria com os produtores de leite dessa região. “Hoje, são 200 produtores que nos atendem, mas queremos chegar, em 2 anos, a trabalhar com mil fornecedores de leite.” Há uma década, a Gran Mestri introduziu a espécie de queijo grana padano no Brasil, reproduzindo as mesmas características dos elaborados na Itália, e agora inaugura um complexo que será referência na América Latina. “Estamos focados na qualidade exigida por este queijo nobre e no rigoroso controle diário de todos os lotes e etapas da cadeia produtiva, com o acompanhamento de mestres queijeiros europeus, para garantir a essência de um produto diferenciado e especial”, destaca Acari Menestrina. Fonte: Agrosoft Capacitação/SC A Epagri de Guaraciaba, com apoio da Secretaria da Agricultura, realizou uma capacitação a um grupo de produtores de leite do município abordando principalmente a produção de leite à base de pasto perene, uma alternativa que baixa o custo de produção 4 INFORMATIVO SEMANAL AGL e melhora a qualidade do leite e a sanidade do rebanho. A capacitação foi realizada em duas etapas. No dia 8 de agosto, 26 agricultores discutiram o mercado do leite e suas perspectivas, implantação de pastagens perenes e o seu manejo. Cada participante fez um diagnóstico da sua propriedade e o planejamento forrageiro para ela, ou seja, planejaram qual a área de pastagem necessária para os animais que possuem. “Entre os vários assuntos discutidos na capacitação, um deles chamou a atenção: – a rapidez do retorno do capital investido em sistemas de pecuária à pasto”, informou o extensionista, Moisés Maldaner. “Produzir leite a pasto não descarta o uso de silagem e ração, porém os critérios de uso são diferenciados”, alerta Moisés. Fonte: Epagri/SC PARANÁ Conseleite/PR A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, fatendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2012 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2012, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem a matéria-prima leite denominada "Leite CONSELEITE IN62", que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2012 é de R$ 1,3544/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. Fonte: Sistema FAEP 5 INFORMATIVO SEMANAL AGL BRASIL Subcomissão do leite visitou oito estados Desde março, os parlamentares da subcomissão do leite realizaram assembleias no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rondônia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Ceará, representantes do Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, e Bahia, também participaram das reuniões e elegeram seus delegados. Entre os temas comuns nos encontros regionais destacam-se a necessidade de fixação de preço mínimo para os produtores, o combate aos cartéis na produção dos insumos lácteos e a definição de mecanismos de proteção do mercado interno de importação de produtos subsidiados, além da redefinição da carga tributária sobre leite in natura. "Com as propostas alinhadas poderemos estabelecer uma política permanente que garanta estabilidade ao produtor", afirma o relator da Subcomissão, deputado federal Alceu Moreira. De acordo com o parlamentar, o Nordeste tem 140 mil ha para irrigação, com investimento, a região que hoje importa 50% do que consome, será autossuficiente em cinco anos. "O Nordeste tem grande potencial para a produção leiteira, basta que se invista em irrigação e assistência técnica. Além da produção de leite de cabra, que é uma característica da região, observamos que, nas áreas irrigadas a capacidade de produção leiteira é equivalente às principais bacias leiteiras do País", afirmou. Fonte: Portal DBO 6 INFORMATIVO SEMANAL AGL Lei do preço do leite precisa ser regulamentada A Lei 12.669/2012, que obriga a indústrias a informar o preço que será pago ao produtor pelo litro do leite no próximo mês, ainda precisa ser regulamentada. O tema foi um dos assuntos debatidos durante reunião da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que aconteceu esta semana, em Brasília. O analista de pecuária do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Augusto Zanata, representou a entidade. Conforme explica Zanata, a legislação, publicada em 19 de junho, e que determina às indústrias informarem até o dia 25 de cada mês o preço pago ao produtor pelo litro de leite, é um grande avanço da cadeia, porém ainda precisa ser regulamentada já que não explica qual método será utilizado para a divulgação. Além disso, não informa quem fiscalizará se as indústrias estão cumprindo a regra e os tipos de punições. "Hoje, no Brasil se praticam vários preços por uma mesma indústria, geralmente vinculado à qualidade do produto que é fornecido. Neste caso, a lei não especifica qual preço deverá ser informado: preço mínimo, preço médio ou o preço pago ao leite de alta qualidade. Todos estes detalhes fizeram que a lei ficasse vaga, faltando estas definições para que possa ser regulamentada e executada", explica o analista de pecuária do Núcleo Técnico da Famato, Augusto Zanata. Fonte: Ascom CNA Rio de Janeiro ganha mais uma indústria láctea em setembro Atraído pelos incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual, através do Programa Rio Leite, e de olho no grande mercado fluminense, mais um grupo do setor de lácteos desembarca no Rio de Janeiro. A Quatá, que já opera cinco fábricas em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, vai investir na planta industrial e no revigoramento da tradicional marca Leite Glória, em Itaperuna, na Região Noroeste. De acordo com o secretário de Agricultura, Alberto Mofati, que coordenou a aproximação da empresa com o Governo do Estado, a Quatá investirá cerca de R$ 50 milhões na indústria, que iniciou suas atividades com o Fleischmann Royal e estava sob a operação da LBR. - Essa unidade industrial, referência no Rio de Janeiro, é agora absorvida por um grupo que há mais de um ano vinha buscando oportunidade de entrar no estado, em função da 7 INFORMATIVO SEMANAL AGL atratividade da legislação fluminense e expectativa de projetar seu posicionamento no segundo maior mercado consumidor do país - afirmou. O início de operação da nova fábrica está previsto para setembro, com a captação de mais de 100 mil litros de leite/dia. A empresa estima atingir no mínimo 200 mil litros até dezembro e alcançar em dois anos o patamar de 500 mililitros/dia. O diretor comercial da Quatá, Maurício Cardoso, explicou que esta será a maior indústria do grupo, ampliando o seu mix de produtos com leite em pó, leite condensado, creme de leite e UHT da marca Glória. - De imediato estamos recuperando 120 empregos. Pretendemos absorver até 200 ainda este ano. Queremos crescer na captação de leite e geração de empregos - enfatizou. O secretário Mofati antecipou o interesse da empresa em firmar parceria com a secretaria de Agricultura, com apoio do Banco do Brasil, visando o fomento da pecuária de leite e fidelização do fornecimento. -Esta é uma condição que temos evidenciado para manutenção dos incentivos fiscais no Rio de Janeiro - lembrou. Fonte: Jornal do Brasil Importação Os números preliminares da média diária de agosto de 2012 das importações de leite e derivados, em dólar, são 7,20% menores que a média de julho de 2012. Veja o quadro, considerando apenas os dias úteis das importações efetivas em dólar. Fonte: MDIC 8 INFORMATIVO SEMANAL AGL Mapa cria grupo para modernizar a defesa agropecuária O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20/8) a Portaria nº 769, instituindo o Grupo de Trabalho que vai propor a estruturação do Centro de Inteligência e de Formação em Defesa Agropecuária. O objetivo da medida é o aperfeiçoamento e a modernização dos processos dadefesa agropecuária em todo o território nacional. O Grupo de Trabalho será composto por um representante titular e um suplente de cada um dos seguintes órgãos:Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS); Secretaria-Executiva (SE); Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa); e a Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária (Anteffa). O Grupo de Trabalho será coordenado por um representante da SDA que se reportará ao secretário Executivo, José Carlos Vaz. O relatório final deverá ser apresentado no prazo de 90 dias, contados a partir de 3 de setembro de 2012, para aprovação do Secretário Executivo e apreciação do ministro Mendes Ribeiro Filho. Fonte: Globo Rural Importação e alto custo de produção ameaçam a pecuária leiteira do Brasil Um momento difícil impacta de maneira determinante sobre a cadeia produtiva do leite do Brasil. Fatores que quando associados criaram um contexto de instabilidade, incerteza e preços baixos pagos ao produtor. Entre os elementos, ganha destaque a forte alta do custo de produção, causada pela elevação do preço da ração e a importação de leite de países vizinhos como Uruguai e Argentina. Segundo Wilson Igi, diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, o momento negativo acontece por questões ligadas ao mercado e também a questão política e econômica que envolve os países vizinhos. “Podemos destacar que o custo para elaboração da ração disparou com a elevação dos preços do milho e soja. Além disso, o produtor de leite brasileiro sofre com a entrada desenfreada de produtos lácteos vindos de países como Uruguai e Argentina, que traz desequilíbrio para o mercado interno”, afirmou Igi ao lembrar-se da chamada ‘Guerra dos Portos’, no qual alguns estados brasileiros disputam a importação de produtos de diversas origens, através de incentivo ou renúncia fiscal. Com alguns produtos lácteos não é diferente. Mato Grosso do Sul, Estado que também estava na disputa pela entrada de produtos, conjuntamente com Pernambuco, Santa 9 INFORMATIVO SEMANAL AGL Catarina, Paraná e Espírito Santo, além de Tocantins, Maranhão e Goiás. No caso sulmato-grossense, a entrada no Estado concentrou-se em produtos lácteos, oriundos principalmente do Uruguai. Neste caso, segundo o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Superintendência Federal da Agricultura de Mato Grosso do Sul, a ação do braço do Ministério da Agricultura tem como base a Portaria nº 183/1998, que define que os importados de origem animal passam por inspeção de documentação realizada pelos agentes do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). São analisadas as solicitações das empresas localizada em Mato Grosso do Sul para os produtos diversos de origem animal, como pescados, carnes, manteiga e queijo. O procedimento é feito após o requerimento, análise técnica e os dados são inseridos no Siscomex, sistema de informações disposto pelo Mapa, Anvisa e Receita Federal. Ainda segundo o órgão da SFA/MS, os produtos não têm ficado em Mato Grosso do Sul e, geralmente seguem para São Paulo e Minas Gerais, com a finalidade de industrialização, com destaque principalmente para manteiga, leite em pó e queijo para ralar. “Este tipo de ação, a importação, prejudica sobremaneira a cadeia produtiva do leite do Brasil, uma vez que acaba chegando como uma concorrência fortalecida pelos subsídios concedidos pelo governo”, disse Igi. Em dados solidificados, segundo a Agência de Informações Rural Business, as importações brasileiras de leite e derivados feitas do Uruguai não param de crescer em 2012, juntamente com a Argentina que também conta com bom ritmo. No 1° semestre deste ano vieram do Uruguai 37,5 mil toneladas líquidas de leite e derivados. Com o crescente aumento demográfico e capacidade de compra do brasileiro, as importações cresceram fortemente neste ano, 75% a mais que um ano atrás, quando eram adquiridas 21,5 mil/t do Uruguai. As importações do País vizinho em 2012 é a segunda maior da história, sendo superadas apenas pelo volume do ano 2000 quando entraram 51,5 mil/ton. Ainda segunda a Rural Business, os importadores brasileiros já gastaram neste ano um recorde de R$ 215,6 milhões, 88 milhões de reais ou 69% acima dos gastos registrados em 2011, quando as compras ficaram em R$ 127,8 milhões. Em dólar, foram gastos cerca de US$ 115,7 milhões, número histórico para os seis primeiros meses do ano, mostrando uma média na tonelada de US$ 3.137,00. Fonte: Sindicato Rural Campo Grande MS 10 INFORMATIVO SEMANAL AGL Reajuste de preço referência agita setor lácteo A analista para o setor lácteo da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Maria Helena Fagundes, afirma que dois fatores do mercado interno merecem destaque nesse início de ano-safra, quando entra em vigor o novo Plano Agrícola e Pecuário do Governo Federal: o reajuste de preço mínimo do leite, que serve de referência para as operações de crédito de comercialização – o chamado EGF-Empréstimo do Governo Federal – e a entrada em vigor da Lei 12.669, de 19 de junho, que cria a obrigatoriedade, junto às indústrias, de divulgação antecipada do preço do leite entregue pelo produtor. Antes, os produtores entregavam o leite durante o mês – de 01 a 30 – e só sabiam o quanto iam ganhar no mês seguinte. Agora, as indústrias têm até o dia 25 de cada mês para declarar o preço que pagarão pelo produto no mês seguinte. A estimativa é que as indústrias divulguem apenas um preço básico a ser pago e que os ágios dependerão da avaliação da qualidade do leite a ser entregue (Contagem Bacteriana Total, Contagem de Células Somáticas e outros). “Mesmo sendo uma reivindicação antiga do setor, vamos ver como o mercado vai se comportar na prática”, enfatiza. Os novos preços mínimos entraram em vigor dia 01 de julho. Nas regiões Sul e Sudeste, o leite subiu para R$ 0,61/litro, alta de 5,2%; no Nordeste, que pela primeira vez passa a ter preço separado das demais regiões, o preço é de R$ 0,62 litro, alta de 6,9%. No Centro-Oeste (MS, GO e DF), o preço foi reajustado para R$ 0,59/litro, elevação de 5,4% enquanto a região Norte e Mato Grosso tiveram preço ajustado para R$ 0,54/litro, alta de 5,9%. “Esses valores servem de base para o empréstimo que cooperativas e indústrias tomam junto ao governo, para comercialização. Na estação de produção alta, os produtores podem se valer dos empréstimos para quitar dividas e segurar o estoque para vender mais adiante, a preços melhores”, explica a analista. A CONAB prevê que uma alta de 3% na produção de leite em 2012, atingindo 32,5 bilhões de litros. Esse desempenho é melindrado somente pela entrada de produtos do Mercosul, principalmente Uruguai e Argentina, o que vem pesando na balança comercial de lácteos. “O impacto das importações se faz sentir sobretudo nas fábricas de leite em pó e de queijo. Não se pode dizer que o Brasil está ameaçado, mas isso tem sido empecilho para os negócios, principalmente na região Sul”, a analista. Fagundes trabalha com dados para as importações de 870 milhões de litros. Esse volume, somado à produção esperada, resultará numa oferta total de 33,3 bilhões de litros/ano, para um consumo interno aparente de 33,3 bilhões de litros e um consumo per capita equivalente de 169,1 litros/ano. Fonte: www.portaldbo.com.br 11 INFORMATIVO SEMANAL AGL Fonterra registra exportações recordes no trimestre As exportações da cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra durante o trimestre de maio, junho e julho foram recordes - com 620.000 toneladas de produtos lácteos exportados para mais de 100 mercados em todo o mundo. O diretor gerente de produtos lácteos da Fonterra, Gary Romano, disse que a cooperativa exportou 36% mais do que no mesmo período do ano anterior. "A produção recorde de leite em 2011/12 significou que a Fonterra bateu recorde de exportação. Nossas equipes têm feito um excelente trabalho em coletar leite, processar, embalar, estocar, vender e enviar". "Tradicionalmente, enviamos pouco mais de 450.000 toneladas nessa época do ano, mas tivemos muito mais produtos para enviar, e isso significa um planejamento criativo em toda a cadeia de fornecimento para administrar e estocar esse volume adicional. Pela primeira vez desde que a Fonterra foi formada, fretamos nosso próprio navio-tanque para enviar produtos ao Oriente Médio"."Nossos produtores fizeram um excelente trabalho aproveitando ao máximo as condições climáticas favoráveis durante a estação e tem sido nossa responsabilidade garantir o máximo de coleta e trazer os melhores retornos aos nossos produtores acionistas", disse Romano. Fonte: Fonterra Fiscais Agropecuários protestam e distribuem leite Fiscais do Ministério da Agricultura fizeram protesto, nesta terça-feira (21), na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte. Durante a manifestação, os servidores, que estão em greve há 15 dias, distribuíram cerca de 3 mil litros de leite. Os fiscais agropecuários pedem retomada imediata das negociações com o Ministério do Planejamento. Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que os servidores que atuam em postos de fronteira, portos, aeroportos, voltem ao trabalho. A categoria é responsável pela fiscalização de cargas de indústrias alimentícias, frigoríficos e laticínios. As reivindicações dos servidores são o aumento de vagas para o setor, o reajuste salarial e a formação de uma escola para treinar e discutir as questões básicas da preparação dos fiscais. No Mato Grosso do Sul também está havendo manifestação. Os fiscais estão distribuindo cerca de dois mil litros de leite pasteurizado nessa manhã de quarta-feira (22), na Praça do Rádio Clube, em campo Grande. A manifestação visa divulgar a carreira e o trabalho dos Fiscais Federais Agropecuários, já que o leite é um dos produtos inspecionados e fiscalizados pelos mesmos assim como outros produtos agropecuários. 12 INFORMATIVO SEMANAL AGL Segundo o ministério, o último reajuste oferecido à categoria é de 5%, que seria pago de forma escalonada até 2015. Fonte: MilkPoint Lei restringe produtor de Minas Gerais Desde 1952, a legislação brasileira impede a produção de queijo a partir de leite cru, aquele que não passa por processo de pasteurização, por razões sanitárias. Como nos Estados Unidos, mas diferentemente dos europeus. No entanto, a lei brasileira coloca praticamente na "clandestinidade" o queijo mineiro produzido por quatro microrregiões Canastra, Serro, Araxá e Alto Paranaíba - e determina que sua comercialização deve ficar restrita ao Estado de Minas Gerais porque o produto não pode obter o Selo de Inspeção Federal (SIF). Cerca de 27 mil famílias de pequenos produtores estão envolvidas com esta fabricação, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), cuja tradição foi herdada dos colonizadores portugueses. "O país não reconhece a própria riqueza", diz o produtor João Leite, diretor da Associação de Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan). A associação defende que uma lei antiga não pode continuar a tratar microprodutores com o rigor dedicado à grande indústria. "Não somos contrários à fiscalização. Ela só tem que levar em consideração uma forma de produção secular", defende ele. O queijo mineiro é considerado um produto de "terrois", palavra francesa que não tem tradução para o português, mas diz respeito à especificidade de determinadas condições de microclima, solo e tradição que fazem um produto ser considerado único no seu gênero e importante para a preservação da tradição de um povo. Ele é tão artesanal quanto os queijos seculares da França, Itália e Portugal, que contam com regras para viabilizar a sua comercialização em seus países. Fonte: Valor Econômico Acordo do ICMS no Sul e Sudeste Secretários estaduais de Fazenda do Sul e do Sudeste, reunidos ontem em Porto Alegre para tratar da guerra fiscal, chegaram a um acordo sobre a proposta que será levada ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Entre as principais diretrizes, que definem condições e regras tributárias, estão a redução gradativa, a partir de 2013, das alíquotas interestaduais até resultar em alíquota uniforme nacional de 4%; registro no Confaz de todos os benefícios fiscais e financeiros concedidos pelas unidades da Federação no contexto da guerra fiscal e a possibilidade de manutenção dos benefícios fiscais por prazos definidos. Fonte: Correio do Povo 13 INFORMATIVO SEMANAL AGL Rio reduz ICMS do setor atacadista O Rio de Janeiro ampliou o benefício fiscal concedido por meio do Programa de Fomento ao Comércio Atacadista e Centrais de Distribuição (Riolog). O Estado reduziu em um ponto percentual a base de cálculo do ICMS de vários produtos, listados no anexo único do Decreto nº 43.725. A norma foi publicada no Diário Oficial fluminense de ontem. Produtos de limpeza e de higiene pessoal e alimentos, como vinagre, bala, chocolate e goma de mascar, constam do decreto e passaram a ter base de cálculo de 12%. "Com a redução, essas empresas terão mais competitividade e, assim, o Estado também", afirma o advogado tributarista Richard Dotoli, do escritório Siqueira Castro Advogados. A medida reforça a intenção do governo fluminense de estimular a instalação de centrais de distribuição de empresas do setor atacadista no Estado. O Riolog existe desde a edição da Lei nº 4.173, de 2003. A norma instituiu um crédito presumido de 2% de ICMS na entrada das mercadorias nessas centrais. Um ano depois, o Decreto nº 36.453 determinou a redução da base de cálculo do imposto para 13% e a cobrança por meio do regime de substituição tributária. Fonte: Valor Econômico Preços A alta do preço dos insumos, sobretudo da ração animal, provocada pelas secas no Sul do Brasil e nos EUA deve aumentar o preço do leite para o consumidor final, prevê o mercado pecuário leiteiro. Segundo o setor, existe um déficit entre o custo de produção e o valor de venda para a indústria. Em julho, foram R$ 0,90 contra R$ 0,85 por litro, segundo dados da Associação Leite Brasil. Em janeiro, eram R$ 0,80 contra R$ 0,90. "Já é mais vantajoso para produtores de leite que plantam milho vender o grão, ao invés de alimentar o gado. O preço vai subir quando começar a faltar leite", afirma Jorge Rubez, presidente da entidade. Produtores fluminenses também estão sendo afetados pela alta. "O Rio quase não produz grãos e sofre com a alta do frete", diz Ricardo Bastos, da Comissão de Pecuária de Leite da Faerj. Ele prevê que, em 30 a 60 dias, o preço final subirá em até 6%. A Comissão Nacional de Pecuária de Leite já coleta assinaturas no mercado par a pleitear, junto ao governo, a suspensão temporária da importação de produtos lácteos. Fonte: O Globo 14 INFORMATIVO SEMANAL AGL ARGENTINA Argentina: Crise leiteira também afeta grandes companhias A crise leiteira da Argentina não está afetando apenas os pequenos produtores, mas também, está gerando perdas para grandes companhias que operam no setor. No primeiro semestre de 2012, a área leiteira a Adecoagro registrou uma perda de US$ 912.000 contra um lucro (antes do pagamento de impostos e juros) de US$ 603.000 no mesmo período do ano anterior. Apesar de o faturamento ter passado de US$ 8,96 milhões de janeiro a junho de 2011 para US$ 9,31 milhões nos primeiros seis meses desse ano. A produção leiteira da Adecoagro – concentrada totalmente na Argentina – foi no primeiro semestre de 2012 de 24,9 milhões de litros, 10,4% a mais que em janeiro a junho de 2011. “Isso é produto de um crescimento de 5,6% em nosso rebanho leiteiro (atualmente com 4.659 vacas), combinado com um aumento da produtividade individual”, disse a companhia em seu último informe quadrimestral de resultados. As razões, segundo a Adeoagro, a partir das quais se registrou uma perda no primeiro semestre de 2012 são as seguintes: a) preços do leite menores aos de 2011 devido aos preços internacionais mais baixos dos lácteos, combinados com a desvalorização do peso argentino; b) Aumento dos custos de produção por causa da alta do preço do milho promovida pela seca nos Estados Unidos; e c) um aumento dos custos laborais no mercado argentino. A maior parte da produção leiteira da companhia se concentra em uma megafazenda leiteira localizada na zona rural de Christophersen, sul de Santa Fé. A Adecoagro é uma das principais companhias agroindustriais do Cone Sul, com diversas unidades de negócios no Brasil, na Argentina e no Uruguai. Os maiores acionistas da companhia são Quantum Partners LP (controlado por Soros Fund Management LLC), HBK Master Fund LP, Al Gharrafa Investiment Company e Stichting Pensioenfonds Zoeg em Welzijn, entre outros. Fonte: www.valorsoja.com 15 INFORMATIVO SEMANAL AGL MUNDO EUA: Governador de Nova York reduz restrições para suprir demanda de leite O Governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, nos Estados Unidos, planeja suprir as demandas de leite do Estado nas plantas de fabricação de iogurte permitindo que pequenas fazendas leiteiras adicionem até 50% mais vacas sem ter a permissão chamada Operação de Alimentação de Animais Concentrados (Concentrated Animal Feeding Operation - CAFO). O anúncio foi feito na quarta-feira na primeira Cúpula de Iogurte realizada. Os planos permitirão que fazendas com 300 vacas ou menos operem sem a permissão CAFO, aumentando o limite, que antes era de 200 vacas. A mudança na permissão estimula as fazendas leiteiras do Estado a expandir seus rebanhos, produzindo mais leite para suprir a demanda de 29 plantas de iogurte em Nova York. Na fala de fechamento da Cúpula, Cuomo classificou a expansão do mercado de iogurte como uma das melhores oportunidades de mercado para o setor privado em Nova York em pelo menos 40 anos. As empresas Fage e Chobani aumentaram sua produção, requerendo mais leite. Uma joint venture envolvendo a PepsiCo adicionará uma nova planta de processamento de iogurte em Genesee County. Cuomo disse que quer que Nova York se torne a capital do iogurte doa Estados Unidos. Fonte: Dairy Herd Nestlé perde batalha do Nespresso na Alemanha São Paulo – A Nestlé perdeu nesta quinta-feira uma batalha jurídica na Alemanha para impedir que duas empresas continuassem a vender cápsulas de café compatíveis com as máquinas Nespresso. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o tribunal regional de Dusseldorf rejeitou o pedido de medida cautelar da Nestlé contra a também suíça Ethical Coffee Company – fundada por Jean-Paul Gaillard, um ex-diretor da Nespresso – e sua distribuidora, a Betron. Ambas vendiam no mercado europeu cápsulas de café individual por até um terço do preço praticado pela multinacional. 16 INFORMATIVO SEMANAL AGL A Justiça alemã indeferiu o pedido com o argumento de que, ao comprar uma cafeteira da Nespresso, o consumidor também adquire o direito de operá-la como bem entender – inclusive usando cápsulas de outros fabricantes. A corte também destacou que, a despeito do fato de as cápsulas serem essenciais ao funcionamento da máquina da Nestlé, elas não são um componente-chave nem uma “invenção especial”. “As cápsulas não são a parte funcional central das máquinas”, disse o tribunal. Em nota, a Nestlé admitiu estar “desapontada” com a decisão. Ela, contudo, não está disposta a desistir. “Acreditamos na força de nossos argumentos jurídicos e vamos, portanto, continuar com a ação legal para proteger nossos direitos de propriedade intelectual”, explicou. Nos últimos meses, a multinacional impetrou ações legais contra dois produtos rivais da Nespresso em seu país-sede, inclusive contra uma subsidiária da Migros, a maior rede varejista suíça. Também em outros países, a Nestlé tem movido ações legais, como, por exemplo, as que envolvem a Sara Lee na França, Bélgica e Holanda. Em abril, a empresa venceu no Escritório Europeu de Patentes (EPO, inglês) um processo contra a companhia americana sobre a patente das máquinas de café e cápsulas da Nespresso. O EPO ratificou, com pequenas alterações, a patente que a Nestlé registrou em 2010 sobre como as cápsulas da Nespresso se acoplam às máquinas. Este e outros casos, contudo, não foram julgados em definitivo ainda. A profusão de ações penais envolvendo o mercado de cafés individuais é uma demonstração de quanto esse mercado é lucrativo, mesmo numa época em que governos e cidadãos europeus cortam gastos. Fonte: exame.abril.com.br Como eles produzem o melhor leite do mundo? Na Nova Zelândia, pecuaristas e indústria se unem e criam sistemas inteligentes para fazer o melhor leite do mundo. O dia nem amanhece direito e o fazendeiro Murray Shaw, dono da Fazenda Bella Vista, em Papakura, na ilha do norte da Nova Zelândia, já está ligado nos 220 volts. Olha daqui e dali e, a cada três horas, senta em seu computador e imprime um extrato. Não é o do banco, mas um extrato com informações detalhadas e preciosas sobre o leite que suas 400 vacas holandesas criadas a pasto de primeiríssima qualidade produzem. “Nesse papel eu tenho tudo o que preciso: quantos litros de leite estão sendo ordenhados por minuto e a quantidade de sólidos contidos em cada litro”, diz Shaw. Em 2010, ele 17 INFORMATIVO SEMANAL AGL investiu em um carrossel, uma engenhoca tecnológica que quase todo produtor neozelandês já tem, e foi a partir daí que ele passou a andar com o “diário do leite” no bolso. “Tudo é informatizado, do peso da vaca à quantidade de sólidos por litro, sem nenhum contato humano”, explica. “Se não estou aqui e o computador detecta algum problema, meu telefone celular toca e eu venho correndo.” Na Bella Vista, Shaw divide o trabalho com o irmão e, sozinhos, ordenham o rebanho quatro vezes ao dia – e realizam inseminações. “Investir em tecnologia foi fundamental para agregar valor ao nosso produto e garantir a qualidade do leite”, justificam. Os irmãos trabalham e têm uma fazenda típica do modelo neozelandês, no qual as porteiras dos bretes abrem e fecham sozinhas, por sensores (assim como a desinfecção de úberes e teteiras), e fazem parte de uma cooperativa de 10.500 produtores que vendem 100% do leite para a Fonterra, líder mundial do setor. E o diálogo entre indústria e produtores tem sido cada vez mais próximo, para que ambos melhorem juntos. “Olhe isto aqui”, mostra Shaw. “É um livro preparado pela Fonterra com referenciais que devo seguir para que a qualidade do leite seja uniforme. Todos os fornecedores o seguem. Quando algo não bate, em meia hora tem alguém da Fonterra aqui para resolvermos juntos o problema”, diz ele, contando que a rapidez só é possível porque os dados de seu computador estão interligados com os da rede da indústria. E nesse diálogo entram também temas como a qualidade das pastagens, os sistemas de tratamentos de efluentes (a água de todas as propriedades é reaproveitada para irrigar os pastos) e melhoramento genético. Em toda a Nova Zelândia, país de 4,2 milhões de habitantes e 4,9 milhões de vacas, que rendem em média 47,3 milhões de litros de leite por dia (e quase 2 milhões de ovinos), a relação entre produtor de leite e indústria é muito próxima, intermediada por cooperativas e sem pitacos do governo. “A cadeia produtiva é totalmente privada. Não existe subsídio do governo aos produtores, como nos Estados Unidos”, explica Peter Moore, diretor de operações da Fonterra. “Os produtores sabem que, para sobreviver, precisam investir em tecnologia, em pastagens, porque o custo-benefício compensa. Criaram um elo forte com a indústria. Eles investem, nós damos o suporte técnico e compramos”, diz. “Cabe ao governo o investimento em pesquisas e fomento à comercialização”, explica Moore. “Produzimos 18 bilhões de litros de leite por ano e exportamos 95% desse total. São apenas 3,5% da produção mundial, mas as vendas representam um terço do total no mundo. “Somos potencialmente exportadores”, diz David Carter, ministro das Indústrias Primárias (agricultura, florestas e biossegurança), que concedeu entrevista exclusiva à GLOBO RURAL durante o 44º Fieldays, realizado em Hamilton, em junho, e que reuniu 129 mil pessoas, 1.500 empresas e movimentou NZ$ 51 milhões em negócios (em torno de R$ 82 milhões). 18 INFORMATIVO SEMANAL AGL Mesmo com uma produção pequena, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), os maiores produtores de leite do mundo são a União Europeia, com 30%, seguida dos EUA, com 20%, Índia, com 11%, China, Rússia e Brasil, com 7%. A Nova Zelândia é importante para o mercado internacional graças à qualidade de seu leite. “Nossa meta é agregar mais valor ao produto, por isso investimos fortemente em tecnologias, em pesquisas de melhoramento genético e pastagens e, obviamente, no aumento da quantidade de sólidos do leite. Não estamos interessados em produzir água branca”, afirma o ministro. Hoje, segundo Jock Richardson, diretor da LivestockImprovement Corporation (LIC), importante cooperativa de genética, produção e venda de sêmen, a média das vacas neozelandesas é de 80 a 100 quilos de sólidos no leite por tonelada de matéria seca. “O incremento é de um quilo de sólidos por ano”, destaca. O fato se comprova na textura do líquido, mais cremosa que o leite brasileiro ou o americano. “Essa é a diferença do leite neozelandês”, diz. De acordo com Richardson, no país pastam vacas holandesas, jersey, kiwi-cross (cruzamento das duas anteriores) e há pesquisas com a jersolando e a possibilidade de o produtor aumentar seus ganhos, calculados em NZ$ 10 (R$ 16) por 4,5 toneladas de matéria seca ingerida, para NZ$ 13 (R$ 20). Se tem um item que o neozelandês se preocupa é com a pastagem, normalmente irrigada com água fertilizada biologicamente. “Não há problemas de alimento de alta qualidade mesmo no inverno, que é rigoroso”, diz Mike Parsons, diretor de biotecnologia da Donaghys. “Em regiões mais frias, há suplementação com feno ou silagem de milho, em outras, não é necessário”, explica Douglas Dibley, responsável pela fazenda da Fonterra em Te Rapa. “É preciso seguir o sistema rotacional de pastagens e acompanhar o desenvolvimento da cobertura vegetal para mudar o gado de pasto”, diz. As plantas utilizadas são típicas de clima temperado: azevém, aveia, trevo-branco ou vermelho. As estações bem definidas forçaram o produtor a um sistema sazonal de criação. No inverno, quase toda a cadeia produtiva dá um tempo para manutenções, inseminações. “As vacas entram em férias”, brinca Shaw. “Nessa época, estamos mais preocupados em trocar nossos equipamentos e cuidar da pastagem.” Eles estão de olho no potencial de expansão do Brasil. Há fazendeiros neozelandeses irrigando pasto e usando carrossel em Jaborandi (BA) e em Goiás, onde a Fonterra planeja abrir uma fábrica em 2014 (em Goiânia) e tem uma fazenda de 860 hectares, em Cristalina. “Temos interesse em firmar parcerias tanto na área leiteira como de corte”, afirma o ministro Carter. Segundo ele, o que dificulta são os altos impostos e a proteção aos produtores. “É quase blindado.” Algumas companhias optaram por achar sócios 19 INFORMATIVO SEMANAL AGL brasileiros e vender seus produtos aqui. Jason Barrier, executivo da Tru-Test, fabricante de cercas elétricas e acessórios (o leitor de chip da empresa ganhou o prêmio de melhor invenção tecnológica do ano na Nova Zelândia), conta que em fevereiro inaugurou uma fábrica em Porto Alegre (RS). E se não é na área agrícola, o interesse se aplica a outras. “Existe um presídio no Rio Grande do Sul que foi cercado eletricamente com nossa tecnologia. Se na Índia eu cerco elefantes, no Brasil eu quero cercar gente e bois”, define William Gallagher, filho do inventor da cerca elétrica. Há centenas de mestres e doutores brasileiros em áreas agrícolas na Nova Zelândia. Em Christchurch, na Ilha do Sul, estão as principais universidades e muitos agrônomos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) se especializando. “Essa troca de informações e conhecimento é fundamental para nossas pesquisas acerca de pastagens brasileiras”, explica Derek Woodfield, diretor da PGG WrightsonSeeds, empresa de sementes. Para ele, o Brasil é o país referência para o desenvolvimento e melhoramento de sementes tropicais de pastagens. “Estamos trabalhando com pesquisas de pastagens no Rio Grande do Sul, de clima mais temperado, e com braquiária no Centro-Oeste”, diz Colin Ansell, diretor do departamento de pesquisa da PGG. Fonte: revistagloborural.globo.com Seca provoca efeitos econômicos em todo o planeta As chuvas que finalmente começaram na última semana no Meio-Oeste dos Estados Unidos – região onde se concentra a maior produção mundial de grãos – chegou tarde demais para a lavoura já devastada pela seca. Para o milho, que deve ter 17% de perdas, com colheita de 55,5 milhões de toneladas a menos, não há grandes esperanças. A semeadura ocorreu mais cedo e, por conta disso, a fase de polinização – período de formação de pólen e desenvolvimento dos grãos – ocorreu quase toda durante o período de seca. Água é fundamental neste período, pois contribui diretamente para o desenvolvimento das espigas. Os prejuízos financeiros nos EUA são estimados em US$ 30 bilhões. No caso da soja, que também teve a safra revista pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as chances de recuperação, apesar de reduzidas, ainda existem. Segundo estimativas do Itaú Unibanco, historicamente, recuperações de qualidade para a soja ocorrem, mas não devem passar de 7% até o fim da safra. O efeito dominó da 20 INFORMATIVO SEMANAL AGL maior seca vivida pelos Estados Unidos nos últimos 50 anos já começou e uma possível crise alimentar, com alta generalizada de preços, já preocupa as Nações Unidas. No Brasil – que deve tomar a posição dos EUA como maior produtor mundial de soja com 81 milhões de toneladas nesta safra – os reflexos já são sentidos em diversos segmentos. Desde os produtores de grãos até o consumidor e os índices de inflação, passando por investidores e insumos, todos devem ser afetados pela devastação sofrida pelas lavouras americanas. Inclusive, com impactos esperados para o mercado de trabalho. EFEITOS NO BRASIL PREÇOS DAS COMMODITIES A cotação dos grãos no mercado externo deve continuar em alta. Segundo avaliação da economista Giovanna Siniscalchi, do Itaú Unibanco, enquanto permanecer a dúvida quanto ao tamanho da queda da safra nos Estados Unidos, a pressão sobre os preços deve ser mantida. “Esperamos alta adicional de aproximadamente 30% para o preço do milho e de cerca de 10% para o preço da soja até o fim do ano”, avalia. As perspectivas de acomodação dos custos se concentram em 2013 para o caso do milho e do trigo. “Presumindo que a safra da América do Sul e a próxima safra dos EUA tenham produtividade próxima da média e que a área plantada de 2012/13 será mantida, acreditamos numa lenta reposição dos estoques”, observa a economista. Os preços da soja, por outro lado, devem se manter pressionados mesmo depois de 2013, motivados pela queda dos estoques. PRODUTORES DE SOJA E MILHO A saca de 60Kg de soja alcançou, em termos nominais, as maiores cotações da história este ano no Brasil. Bateu os R$ 84 no porto de Paranaguá, no Paraná, e R$ 79 no Triângulo Mineiro. “O preço pago ao produtor subiu 71% no acumulado do ano até agosto na média das regiões do Brasil. No atacado, comercialização entre cooperativas e indústria de processamento, a alta chegou a 76%”, calcula Lucílio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No caso do milho, a expansão soma 17% com a saca em R$ 33 em Campinas, São Paulo – também em patamares históricos e com chances de bater a casa dos R$ 40. 21 INFORMATIVO SEMANAL AGL SEMENTES E DEFENSIVOS Os preços em alta estão motivando os produtores a ampliar a área de produção para aproveitar o melhor momento vivido pela soja e milho no Brasil. O resultado pode ser a falta de sementes e até de defensivos agrícolas como cogitado pela Syngenta, maior grupo de agroquímicos do mundo. A expectativa da multinacional é de que a área plantada cresça em dois milhões de hectares na safra 2012/2013, aumentando em dois milhões de sacas de sementes à demanda brasileira, o que faz com que a empresa já trabalhe com possibilidade de falta de alguns produtos. EXPORTADORES Em julho, as vendas de milho para o exterior subiram 431,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com junho, a expansão é ainda mais expressiva. A receita de US$ 10,3 milhões foi 662,4% superior à de junho. No ano, devem ser remetidos ao exterior 14 milhões de toneladas do grão, somando cerca de US$ 3,8 bilhões em receita. A soja por sua vez elevou de 30,1% para 35% sua participação no total das exportações em julho frente ao mesmo período do ano passado. Somente no mês passado, a receita de farelo e óleo de soja exportados alcançou US$ 22,4 milhões, aumento de 164,1%. Nos sete primeiros meses do ano, a soja em grãos apresentou crescimento de 33,3% em valor exportado (de US$ 10,64 bilhões para US$ 14,19 bilhões), 25,9% em quantidade (de 21,85 milhões de toneladas para 27,5 milhões de toneladas) e 5,9% em preço (de US$ 487 para US$ 516 por tonelada). PRODUTORES DE CARNE SUÍNA E FRANGO A soja responde por 20% do custo de produção da suinocultura, enquanto o milho chega a quase 70%. Em pouco mais de um mês, os gastos do produtor para cada quilo do animal vivo pularam de R$ 2,70 para R$ 3,20 na média do estado. O peso dos animais ofertados ao mercado, em contrapartida, caiu para 95kg a 97kg quando antes superava a casa dos 110kg por animal. Cenário motivado, em grande medida, pelo alto custo com alimentação dos suínos. “Muitos produtores estavam vendendo leitões e animais mais leves para reduzir despesas”, afirma José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais. Na avicultura, o cenário não é mais animador. Os custos subiram, em média, 50% nos últimos meses. Os valores pagos ao produtor, porém, não sobem na mesma velocidade. “Antes pagava-se cerca de R$ 1,95 por frango vivo, agora está em R$ 2,35″, calcula Antônio Carlos Vasconcelos Costa, presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig). A alta é de 20%. Ele estima que haverá redução na produção, o que deve afetar a oferta. “Inclusive o 22 INFORMATIVO SEMANAL AGL emprego poderia estar comprometido com a diminuição das granjas”, acrescenta Carlos. Em alguns estados, como Santa Catarina, produtores reclamam da falta de ração e se desfazem dos pintinhos para reduzir as perdas. INFLAÇÃO Diretamente, os consumidores sentirão poucas pressões vindas da soja e do milho. Mas indiretamente os impactos são certeiros. A começar pelo preço do óleo de soja, que, em Belo Horizonte, acumula alta de 12,16% nos sete primeiros meses do ano. Outros itens que virão mais caros por conta da elevação dos custos são as carnes de frango e porco (e seus derivados, como ovos) cuja alimentação depende dos grãos na composição. A BRFoods, dona das marcas Sadia e Perdigão, já anunciou que vai aumentar os preços dos produtos em até 10% no segundo semestre para compensar o aumento de custos com ração animal. A Seara também já deu sinais de elevação dos preços. Nos Índices Gerais de Preços medidos pela Fundação Getulio Vargas, as influências já são evidentes. A última alta de 1,52% do IGP-DI teve como principal contribuição o preço da soja, que pulou de 6,39% em junho para 16,19% em julho, enquanto o milho saltou de 2,12% para 15,66% no mesmo período. O índice reajusta vários contratos, entre eles, o de tarifa de telefone. Sem contar que representa grande impacto aos preços pagos aos produtores, que, fatalmente, chegarão à ponta do consumo, ainda que não seja na íntegra. O mercado estima que este repasse demore entre três e seis meses, o que significa que as pressões serão sentidas até o fim do ano. INVESTIDORES Especuladores que operam no Mercado Futuro de commodities estão nadando de braçada com a alta de preços da soja e milho no mercado externo. “O milho é a coqueluche do momento”, garante o especialista em Futuros da XP Investimentos, Tito Gusmão. O cenário deve se manter firme para os próximos meses. “Os estoques estão nos menores níveis desde 1995″, lembra a especialista em grãos da XP Investimentos, Priscila Pereira. O cenário para o ano que vem mantém viés de elevação de preços. “Especialmente para o milho. Isso porque existe um grande movimento dos produtores de se dedicar mais à soja do que ao milho”, acrescenta. EFEITOS NO MUNDO ONU Já anunciou que o preço mundial das commodities agrícolas subiu 6% em julho. Para evitar uma crise alimentar nos moldes da ocorrida em 2007/2008, a ONU já pediu aos 23 INFORMATIVO SEMANAL AGL Estados Unidos a suspensão temporária da produção de etanol à base de milho. Pelo menos 42% da safra do grão, já bastante reduzida, seria destinada para este fim, comprometendo o fornecimento global do insumo. Governadores da Carolina do Norte e Arkansas, nos EUA, já enviaram petição ao governo pedindo a suspensão obrigatoriedade da mistrua de etanol à gasolina, como forma de conter a elevação de custos ao produtor rural. G-20 Líderes do grupo que reúne os 20 países mais ricos do mundo estão atentos ao comportamento de preços e podem convocar o Fórum de Reação Rápida – instância criada em 2011 que visa a garantir uma resposta rápida e coordenada em casos de fortes pressões sobre o mercado agrícola a fim de prevenir uma crise alimentar global. A expectativa é de que isso ocorra ainda no início de setembro e impeça que países produtores restrinjam as exportações agravando ainda mais o cenário já temerário. Fonte: Diário de Permambuco Leite. Comissão Europeia abre consulta sobre futuro das quotas após 2015 A Comissão Europeia (CE) abriu um período prévio de consulta a especialistas, países e produtores de gado da União Europeia, no âmbito da prevista liberalização a partir de 2015 do mercado leiteiro, até agora regido por quotas. Em comunicado, citado pela EFE, a CE diz pretender recolher informação de todos os interessados “para conhecer quais as tendências, as perspetivas e os desafios do setor”. Apesar de prevista a liberalização do setor leiteiro europeu, há vários países que continuam a defender a manutenção das quotas, em vigor desde a década de 80 para prevenir a descida dos preços e a sobreprodução, apontando o setor do açúcar e de plantação de vinho como exemplos onde estas se mantêm. Neste contexto, a CE diz manter a porta aberta a novas alternativas, tendo para o efeito aberto hoje, até 08 de outubro, o período de consulta ao setor, que se centrará na competitividade do mercado europeu de leite e na sustentabilidade territorial da produção. Fonte: CNA 24 INFORMATIVO SEMANAL AGL Preços do leite em pó estão reagindo no mercado internacional Os preços do leite em pó integral subiram na Europa e na Oceania na primeira quinzena deste mês Na Europa a tonelada do produto está cotada em US$3.337,50, 6,0% mais que na quinzena anterior. Em relação ao ano passado, os preços estão 20,8% menores. O volume de leite em pó para ser comercializado na Europa é suficiente para atender a demanda, entretanto é menor do que em anos anteriores. Na Oceania o leite em pó está cotado em US$2.900,00/tonelada, 2,2% mais que na quinzena anterior e 17,8% menos que há um ano. Há dúvidas se a Oceania, maior fornecedor do produto, vai conseguir atender a demanda internacional ou se haverá falta de leite em pó. Fonte: SCOT CONSULTORIA Aditivo lácteo "anti-apetite" obtém aprovação preliminar no Reino Unido A Agência de Padrões Alimentícios (FSA, sigla em inglês) do Reino Unido aprovou de forma preliminar um novo ingrediente "anti-apetite" para ser adicionado a uma série de produtos lácteos, incluindo iogurtes. Após uma avaliação, o Comitê Conselheiro da FSA sobre Novos Alimentos e Processos (ACNFP) não encontrou nenhum problema de segurança relacionado ao uso de metilcelulose como aditivo em alimentos. A companhia suíça, Dow Wolff Cellulosics, pediu à FSA no começo desse ano a aprovação para comercializar sua própria versão dessa substância. Se aprovado, a empresa pretende usar sua versão modificada do ingrediente - SATISFIT-LTG - em uma série de produtos, incluindo sorvetes, bebidas lácteas com sabor, sobremesas geladas e iogurtes. A metilcelulose está aprovada para uso na União Europeia (UE) como um emulsificante, estabilizante e espessante, mas não como "fibra dietética". De acordo com a Dow Wolff Cellulosics, o ingrediente "anti-apetite" tem um efeito de tornar as pessoas mais saciadas por mais tempo e reduz a fome. O produto em questão forma um gel à temperatura corporal, ficando um tempo prolongado no estômago antes de passar para o intestino delgado. O Comitê considera que a metilcelulose pode ocasionar sintomas intestinais em crianças, 25 INFORMATIVO SEMANAL AGL sendo assim, sugere que os alimentos contendo o ingrediente não seja destinado às mesmas. Fonte: Dairy Reporter Mercado global de soro de leite cresce 20% O mercado global de soro de leite está tendo melhor desempenho do que a maioria dos setores de nutrição em uma economia global em recessão, crescendo em 20%, para €5,83 bilhões (US$ 7,19 bilhões) em 2011. Um relatório da 3A Consulting disse que o mercado de soro de leite terá um valor de €6,88 bilhões (US$ 8,48 bilhões) em 2015 um crescimento anual de constante de 4%. "É animador dizer que a demanda por soro de leite e lactose continua crescendo, independentemente da volatilidade significante dos preços nos últimos cinco anos e do baixo desempenho relativo da economia global", disse Tage Affertsholt, sócio da 3A Business Consulting. Lactose, lactose farmacêutica, permeato e derivados da lactose tiveram um valor de €1,62 bilhão (US$ 1,99 bilhões) em 2011, €1,94 bilhão (US$ 2,39 bilhões) sendo previstos para 2015. "Para o grupo de produtos de lactose, um alto crescimento é aparente para permeato, mas também para lactose padrão, lactose farmacêutica e galacto-oligossacarídeos".As principais empresas desse setor são Lactalis, FrieslandCampina, Fonterra, Arla Foods, Saputo, Glanbia, Murray Goulburn, DMK/Wheyco, Leprino, Agropur, Sachsenmilch, ArmorProteines and Hilmar, Meggle, Euroserum, Milei, Volac, Carbery, Dairygold, Milk Specialties Global e Davisco. Fonte: Dairy Reporter Preços/EUA Os preços incompatíveis com os altos custos da alimentação animal estão levando muitos produtores de leite da Califórnia a abandonarem a atividade. "É uma retirada em massa", disse o produtor Tom Barcellos. "Eu diria que é uma catástrofe", acrescentou. Pelas notícias dos jornais, a situação na Califórnia é a pior de todo o país. O cenário é tão desolador que uma cooperativa de laticínios está disponibilizando apoio emocional para que os associados consigam lidar com os desafios, e as mudanças. "Os produtores querem sair do negócio de qualquer jeito e mandam as vacas para abate o mais rápido possível", relata Barcellos. Fonte: Dairy Herd 26 INFORMATIVO SEMANAL AGL Iogurte/EUA Durante a 1ª Cúpula do Iogurte, o governador, Andrew Cuomo, prometeu fazer do Estado de Nova Iorque "A Capital do Iogurte", e anunciou medidas para ajudar os produtores de leite a aumentarem o rebanho e a produção. De 2000 para cá, o número de indústrias de iogurte no estado de Nova Iorque saiu de 14 para 29, e em 2011 empregou 8.000 pessoas. De 2005 a 2011 a fabricação do produto dobrou. Isto se deu graças à popularidade do iogurte grego. O gigante do setor, Chobani, detém 35% do mercado de iogurtes dos Estados Unidos, e quer garantir matéria-prima suficiente à manutenção do crescimento da indústria. O governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, destacou que o iogurte é uma verdadeira história de sucesso, e um exemplo de como o governo pode se aliar ao setor privado para aumentar empregos e ajudar a indústria a crescer. O Estado apoiou o aumento do limite de vacas a serem alimentadas com concentrados, de 200 para 300 vacas, com isenção de licenciamento, e incentiva a utilização de biodigestores para geração de energia. Durante anos, Chobani e Fage dominaram a produção do iogurte grego no Estado de Nova Iorque. Mas, no início de agosto, a Müller Quaker Dairy - uma joint venture entre a PepsiCo e o gigante alemão de lácteos, Theo Müller - inaugurou uma fábrica no Estado. Fonte: Dairy Repórter 27
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