Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
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Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Escola Nacional de Ciências Estatísticas Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos Programa Anual de Treinamento Rio de Janeiro 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Av. Franklin Roosevelt, 166 – Centro – 20021 – 120 – Rio de Janeiro, RJ - Brasil Programa Anual de Treinamento – PAT/2010 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento - ENCE/CTA Sandra Furtado de Oliveira – Coordenadora Adilson Ribeiro da Silva – gerente EAD Luciene Ribeiro Galart – Gerente de Treinamento Impressão Centro de Documentação e Disseminação de Informações – CDDI Capa Coordenação de Marketing – CDDI/COMAR Rita de Cássia Macedo Villas Boas – Gerente do CDHP Pesquisa e elaboração do material didático Coordenação de cursos Claudio João Barreto dos Santos DGC/CCAR) Bruno Taranto Malhieors Luís Antônio Xavier (DGC/CCAR) Luiz Felipe D’Alberto Louzada Márcia de Almeida Mathias (DGC/CCAR) Silvana Teresa T. Britto Ramos Rafael Balbi Reis (DGC/CCAR) Teresinha Milanez Pinheiro Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Índice – Sessão 1 Capítulo 1: Introdução 4 1.1 Sistema de Informação Geográfica (SIG) 4 1.2 SIGxCAD 5 1.3 Open Source / Software livre 6 Capitulo 2: Quantum GIS (QGIS) 7 2.1 Sobre o QGIS 7 2.2 Baixando o QGIS 7 Capitulo 3: Iniciando o QGIS 8 3.1 Configurações do Projeto 8 3.2 Opções do Projeto 10 Capitulo 4: Camada Vetorial 12 4.1 Abrindo uma camada vetorial. 12 4.2 Ligando, desligando e removendo a camada vetorial 13 4.3 Tabela de Atributo 15 4.4 Propriedades da camada vetorial 17 4.4.1 Simbologia 18 4.4.2 Rótulos 21 Capitulo 5: Camada Raster 24 5.1 Abrindo uma camada raster. 24 5.2 Propriedades da camada raster 25 5.2.1 Simbologia 25 5.2.2 Transparência 26 5.2.3 Pirâmides 28 Capitulo 6: Edição 29 6.1 Digitalizando um novo arquivo vetorial 29 6.2 Abrindo a edição 30 6.3 Selecionando, movendo e excluindo na edição vetorial 31 Capitulo 7: Trabalhando com GPS no QGIS 35 7.1 GPS BABEL 35 7.2 GPS Trackmaker 38 7.2.1 Baixando waypoints 40 7.2.2 Baixando trilhas 41 7.2.3 Salvando em GPX 42 Capitulo 8: ADGV e EDGV na escala 1:250.000 47 Referência Bibliográfica 60 3 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO A cartografia vem passando por uma série de transformações nos últimos anos. A principal mudança ocorrida foi a inserção de novas tecnologias na produção de mapas, com o advento da cartografia digital. Surgem ferramentas importantes como o Sensoriamento Remoto, o GPS, o Geoprocessamento, o Modelo Digital de Elevação (MDE), entre outras que passam a ser conhecidas como geotecnologias. Estas tecnologias vêm influenciando de maneira crescente diversas áreas de estudo, principalmente as referentes à análise de recursos naturais, monitoramento costeiro, cartografia, transporte, comunicação, energia e planejamento urbano e regional. Com o potencial crescente pela redução de custos, ampliação de bases e conhecimentos específicos e a estrutura de armazenamento de dados 1. 1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) As ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), permitem a realização de análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados, possibilitando ainda, a geração de documentos gráficos, cartográficos e/ou temáticos. Estes sistemas possuem a particularidade de armazenar e tratar a informação geográfica, ou seja, que se encontra posicionada no espaço geográfico através de coordenadas referenciadas a um sistema cartográfico conhecido. A necessidade de se armazenar não só a geometria dos elementos geográficos, mas também seus atributos não-gráficos (características gerais), é plenamente atendida pelas estruturas de armazenamento disponíveis nestes sistemas. Os bancos de dados geográficos criados para este fim possuem desta forma, funções de armazenamento e de recuperação da informação espacial, seja através da efetuação de consultas do banco para o mapa, como do mapa para o banco. Para que a base gerada possa de fato atender às necessidades levantadas, é extremamente importante Construir modelo de organização das informações a serem incorporadas ao SIG de modo a permitir uma ótima correspondência entre os objetos geográficos coletados e os atributos relevantes para entendimento do espaço geográfico. Neste processo, parte-se do levantamento cuidadoso das entidades e relacionamentos mais importantes do mundo real, a serem modeladas nos universos conceitual, de representação e 4 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC de implementação, considerando sempre as especificidades de cada sistema e usuário final. O mercado está repleto de opções variadas, que devem ser consideradas ponderadamente, diante das necessidades reais e projetadas de cada usuário. 1.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS & CADD Na cartografia, os primeiros sistemas automatizados, que permitiam o tratamento de dados espaciais, se limitavam à reprodução de mapas. Era o surgimento dos sistemas CADD (Projeto e Desenho Assistido por Computador), que revolucionaram o processo de produção de projetos gráficos muito utilizados nas áreas de Engenharia e Arquitetura. O conceito de SIG, desenvolvido originalmente nos anos 60, surgiu como algo muito mais abrangente do que se conhecia até então. A proposta era a de não se limitar à automatização das funções de desenho, como nos CADD, mas permitir sobreposições, combinações e análises topológicas de diversos tipos de dados sobre uma área; associando ainda, atributos gráficos e não-gráficos de recursos cartográficos. Não há dúvidas de que um sistema de automação de mapeamentos facilita a manipulação de elementos da representação cartográfica, e por conta disto, otimiza a análise espacial empreendida pelo intérprete do mapa, mas isto não faz dele, em absoluto, um SIG. Complicando ainda mais, o desenvolvimento dos SIG ao longo destas décadas, passou por vários estágios de evolução, conforme a ciência computacional também foi evoluindo, e oferecendo maiores facilidades para a implementação de sistemas mais complexos. Acontece que estas mudanças ocorrem muito mais rapidamente que a aceitação e compreensão da comunidade de usuários, a nível científico, empresarial ou governamental. Desta forma, quando conceituamos o termo SIG, em toda a sua plenitude, considerando suas atuais potencialidades, nos deparamos com sérios problemas de caracterização dos sistemas em uso. Isto é, em muitos casos, já não é tão clara a distinção entre SIG e CADD, que por sua vez, também vem sofrendo evoluções. Mas, o que distingue e caracteriza os SIGs? Esta pergunta deve ser respondida à luz do fato de que as informações são de natureza geográfica e que nos fundamentos da ciência geográfica, deve-se buscar o sentido de um SIG como uma poderosa ferramenta da análise espacial. O espaço, questão tão cara à ciência geográfica, encerra o elemento que faz dos SIGs sistemas particulares de informação. 5 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC As análises espaciais e espaço-temporais, capazes de depreender e explicar os mecanismos que definem a interação espacial do binômio sociedade-natureza, a partir da integração de diversos dados, geográficos e alfanuméricos, das mais variadas origens, qualificam os SIGs. A visão holística dos problemas, a possibilidade de promover avaliações e diagnósticos, simulações e previsões, em suma, a condução dos processos de tomada de decisão que implicam nas alterações do espaço geográfico faz dos SIGs poderosos e multiperspectivos sistemas de informações. 1.3 OPEN SOURCE OU SOFTWARE LIVRE O mercado está repleto de opções variadas de softwares e produtos, que devem ser consideradas ponderadamente, diante das necessidades reais e projetadas de cada usuário. O custo de um produto SIG atualmente é muito elevado, o que pode comprometer todo um orçamento de um projeto de pesquisa. Em contrapartida, hoje temos a difusão do chamado software livre. Software livre ou Open Source são aqueles que o código fonte do software é distribuído e os termos de licença permitem que o software seja modificado e redistribuído com as mesmas liberdades do software original. Além do custo baixo, ou quase nulo, os softwares livres apresentam as seguintes vantagens: - Acesso dos usuários as ferramentas SIG - No caso do IBGE, disseminação das técnicas de reambulação nas unidades descentralizadas. - Disponibilidade cada vez maior de insumos 6 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPITULO 2: Quantum GIS 2.1 SOBRE O QGIS O Quantum GIS (QGIS) é um amigável sistema de informação geográfica open source. O QGIS é um projeto ofical da Open Source Geospatial Foundation (OSGEO). É um software que roda em diferentes sistemas operacionais (Linux, Windows, Mac,etc) e suporta arquivos vetoriais, do tipo raster, banco de dados e possui várias funcionalidades QGIS fornece um continuo número de atualizações e funcionalidades através de plugins e downloads. No QGIS podemos visualizar, manusear, editar, analisar arquivos e montar mapas par impressão. O QGIS é um projeto voluntário que funciona com a contribuição de usuários informando sobre problemas que possam ocorrer durante o processo de utilização do software. 2.2 BAIXANDO O QGIS O software pode ser encontrado no site www.qgis.org. No site você encontra a opção para download, além de informações e discussões sobre o programa. A figura 1 abaixo mostra o site no seu layout atual. 7 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPITULO 3: INICIANDO O QGIS 3.1 CONFIGURAÇÕES DO PROJETO Para iniciar o QGIS no Windows XP basta clicar no Ícone do programa ou ir em Iniciar/ Todos os Programas/ Quantum Gis Tethis/ Quantum Gis 1.5.0, que é a ultima versão disponível para download. 8 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Tela inicial do QGIS As barras de ferramentas que aparecem na tela inicial podem ser editadas, para isso basta clicar com o botão direito no mouse sobre a parte superior do programa. As barras de ferramentas são importantes para manusear dos dados. 9 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 3.1 OPÇÕES DO PROJETO Antes de iniciar um projeto é importante ajustar suas configurações para entrada e edição dos dados. Para acessar as configurações do projeto: ir à aba Configurações/ Propriedades do Projeto localizado na parte superior da tela inicial Ao clicar nas propriedades do projeto a seguinte janela de interface irá se abir: Nesta Janela podem ser configurados o nome do projeto, definição de cores para seleção de elementos, sistema de referência de coordenadas, unidades de medidas do mapa, tolerâncias para edição. Outra forma de ajustar as configurações é através das opções – Configurações/Opções.Onde encontramos separados por sessões • Geral • Restituição & SVG 10 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC • Ferramentas de Mapa • Sobrepõe • Digitalizar • SRC • Região • Rede & Proxy 11 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPITULO 4: CAMADA VETORIAL A camada vetorial é um tipo de arquivo digital para representação da informação espacial, onde a primitiva geométrica pode ser representada por pontos, linhas e polígonos. 4.1 ABRINDO UMA CAMADA VETORIAL. Para abrir uma camada vetorial no QGIS o usuário deve clicar no ícone na barra de ferramentas gerenciado de camadas ou ir na aba Camada/Adicionar camada vetorial (CTRL+SHIFT+V), localizada na parte superior do programa. Ao clicar no ícone a seguinte janela irá se abrir: Selecione a opção de arquivo, para adicionar uma camada do tipo shapefile basta clicar no botão Exibir.Lembrando que este procedimento serve para pontos, linhas e polígonos. 12 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Existem inúmeros tipos de arquivos que são suportados pelo QGIS selecione o arquivo desejado e clique em Abrir 4.2 LIGANDO, DESLIGANDO E REMOVENDO, A CAMADA VETORIAL A) Ligando e desligando Para habilitar ou desabilitar uma camada que esteja inserida no projeto. Clique no quadrado ( ) ao lado do nome da camada. Outra opção é ir pela aba Camada/Mostrar todas as camadas ou Camada/Ocultar todas as camadas 13 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC B) Remover Para remover uma camada vetorial do projeto, clique com o botão direito sobre o nome do arquivo que deseja remover ou clique no ícone na barra de gerenciar camadas 14 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Ou ainda pela aba Camada/Remover camadas (Ctrl+D) 4.3 TABELA DE ATRIBUTOS A tabela de atributos é onde fica armazenada toda a informação da camada vetorial. Ela é responsável pelas informações geográficas contidas na camada vetorial e na representação de diferentes tipos de mapas. Existem 3 formas de acessar a tabela de atributos da camada vetorial. • O primeiro é através do ícone • A segunda opção é clicando com o botão direito do mouse sobre o nome da na barra de ferramentas ATRIBUTOS. camada que você deseja consultar a tabela de atributos. 15 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC • A terceira é acessando a aba Camada/Abrir tabela de atributos Como dito anteriormente, no SIG podemos trabalhar com uma relação entre o mapa e o banco de dados. Na tabela de atributos vamos encontrar algumas informações que nos ajudam a perceber essas interações. Através da tabela podemos, observar o total de feições, fazer consultas, apagar feições etc. 16 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Tabela de Atributos 4.4 PROPRIEDADES DA CAMADA VETORIAL A propriedade da camada vetorial contém as funções para alterar a simbologia e suas características gerais, rotular, consultar metadados e atributos, entre outros. Para acessar as propriedades clique com o botão direito sobre a camada ou aplique um duplo clique sobre a camada. 17 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 4.4.1 Simbologia Na simbologia podemos alterar o tipo de representação do arquivo (espessura, largura, cor, etc) além de acessar e adicionar as informações contidas na tabela de atributos e usá-la na representação da camada vetorial. No tipo de legenda observa-se quatro maneiras de classificar de um dado espacial: 1) Símbolo Simples – é a representação única para todos os elementos da camada vetorial 18 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 2) Símbolo Graduado – Usado para dados quantitativos. Utiliza modelos estatísticos na classificação. 3) Cor Contínua – Utiliza dados quantitativo na classificação. Divide os dados em duas classes: Valor Máximo e Valor Mínimo 19 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 4) Valor Único – Utiliza dados quantitativos e qualitativos. Este tipo classificação aplica uma cor /valor único para cada registro da sua tabela. Existe ainda a possibilidade de se criar uma nova simbologia. Nesta opção, o usuário pode criar novos símbolos para representar a camada vetorial. 20 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 4.4.2 Rótulos A função de rótulos é utilizada para colocar no mapa as informações contidas na tabela de atributos. Os rótulos, no caso atributos, podem ser alocados no mapa com diferentes tipos de fonte, cor, tamanho e posição Esta função pode ser acessada na propriedade da camada: Ou ainda clicando no ícone encontrada na barra de atributos. Ao clicar no ícone uma nova janela de interface vai estar disponível para o usuário. Para rotular uma camada vetorial o usário deve marcar a opção Rorular esta camada e escolher qual campo, dentro da tabela de atributo, o usuário quer que apareça no mapa – Campo com rótulos Exemplo: Nome, código, etc. 21 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Cabe ressaltar que, tanto atributos qualitativos, como atributos quantitativos podem ser rotulados. 22 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Exemplo: Nome dos Trecho de Drenagem aparecendo no mapa 23 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPITULO 5: CAMADA RASTER O raster é um arquivo matricial, isto é, significa que a forma do objeto é construída a partir de um conjunto de pontos num grid. O posicionamento dos objetos geográficos é dado a partir do cruzamento das linhas e colunas que ocupam. Cada célula armazena um valor ou atributo, que classifica o tipo do objeto representado. Adequado para armazenar e manipular imagens de sensoriamento remoto e modelos digitais de elevação (MDE), por exemplo. 5.1 ABRINDO UMA CAMADA RASTER. Para abrir uma camada raster no QGIS clique no ícone na barra de gerenciamento, ou pelo caminho Camada/Adicionar camada raster..(CTRL+SHIFT+R). Ao clicar na opção a seguinte janela se abrirá Selecione um arquivo com extensão de imagem (*.Tiff, *.Geotiff, *.Img, etc) e clique em abrir. 24 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 5.2 PROPRIEDADES DA CAMADA RASTER Da mesma forma como a camada vetorial, a camada raster também possui uma caixa de propriedades. A lógica de acesso para essas propriedades é a mesma da camada vetorial, ou seja, clicando com o botão direito sobre o nome da imagem ou dando um duplo clique sobre o mesmo. Nas propriedades da camada raster podemos alterar: • Simbologia e contraste da imagem; • Transparência; • Mapa de cores; • Características gerais do arquivo como metadados; • Construir pirâmides e mexer no histograma. 5.2.1 Simbologia Na parte da simbologia o usuário tem a capacidade de alterar o sistema de cores de uma imagem, optando em representar na forma de composição colorida ou em escalas de 25 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC cinza. O usuário pode alterar o contraste de imagens que apresentem tonalidades e brilho que dificultam a identificação de feições na imagem 5.2.2 Transparência Como o próprio nome já diz, esta parte serve para deixar a camada raster transparente com relação a outras camadas, esta ferramenta é muito utilizada quando existe sobreposição entre camadas distintas. Também serve para retirar os valores de fundo da imagem (back ground value). Para retirar os valores de fundo, basta digitar 0 (zero) no espaço Sem valores de dados localizado no canto esquerdo superior. 26 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Exemplo de imagem com e sem valores de fundo 27 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 5.2.3 Pirâmides Rasters de alta resolução podem tornar lenta a navegação no QGIS Ao criar cópias de baixa resolução (pirâmide) poderá haver um ganho em desempenho, pois o QGIS selecionará a resolução de acordo com o nível de aproximação. Você deve ter acesso de escrita na pasta onde está a imagem original para criar pirâmides. Para construir as pira,ides, basta escolher a resolução desejada e clicar na opção Construir pirâmides 28 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPITULO 6: EDIÇÃO 6.1 DIGITALIZANDO UM NOVO ARQUIVO VETORIAL Para criar um novo arquivo vetorial o usuário deve clicar no ícone , este ícone possibilita a criação de um novo arquivo shape (*.shp). Antes de digitalizar a nova camada é necessário definir alguns parâmetros como: • Tipo de primitiva geométrica (ponto/linha/polígono); • O sistema de coordenada do arquivo; • E informar os atributos que irão compor esta nova camada. Lembrando que os atributos podem ser números, textos ou alfanuméricos Definidas as configurações, clique em OK dar um nome de saída e Gravar o arquivo na pasta desejada 29 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 6.2 ABRINDO A EDIÇÃO da barra digitalizar. A Para abrir a edição de uma camada vetorial clique no ícone edição só pode realizada camada a camada. Com a edição aberta clicar no ícone de captura de ponto , linha ou polígono e digitalizar a feição desejada. Outra opção para digitalizar é através da aba Editar/Capturar Ponto (Ctrl+.), Linha (Ctrl+/), Polígono (Ctrl+ Shift+/), essa opção só vai funcionar com a edição aberta . Para editar os pontos: • Clicar com o botão esquerdo do mouse na posição desejada 30 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC • preencher os atributos Para editar linhas e polígonos: • digitalização com o botão esquerdo • aplicar duplo click no botão direito para finalizar a digitalização. • preencher os atributos do campo 6.3 SELECIONANDO, MOVENDO E EXCLUINDO NA EDIÇÃO VETORIAL A) Selecionar Para selecionar um arquivo clicar no ícone .Com a ferramenta selecionada basta clicar em cima da feição desejada. Para deselecionar as feições clicar no ícone ou clicando fora da área da camada. Outro caminho para executar a função é pela aba Exibir/Selecionar Feições e Exibir/ Deselecionar feições de todas as camadas. 31 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Exemplo B) Mover Para poder mover/ deslocar uma camada vetorial, a edição do arquivo deve estar aberta ( ), Clique no botão ou Editar/ Mover feições. Com a ferramenta selecionada basta clicar em cima da feição, segurar e arrastar para posição desejada. 32 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC C) Excluir Para excluir uma camada vetorial, a edição do arquivo deve estar aberta ( feição deve estar selecionada ( ), clique no botão ) ea ou Editar/ Excluir seleção. Obs1: As ferramentas de exclusão também podem ser acessadas pela tabela de atributos 33 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Obs2: O comando DESFAZER é dado pela tecla de atalho Ctrl+Z e o comando REFAZER pelas teclas Ctrl+Shift+Z ou Editar/ Desfazer - Editar /Refazer 34 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPITULO 7: TRABALHANDO COM GPS NO QGIS O QGIS possui muitos plug-ins que podem ser baixados gratuitamente na internet. Uma das opções para se trabalhar com GPS no QGIS é baixando um desses plug-in. O GPSBABEL é o programa recomendado, pelos criadores do software, para se trabalhar com GPS no QGIS. 7.1 GPS BABEL Para baixar o GPSBABEL, o usuário deve acessar o site www.gpsbabel.org ir na opções de download e baixar o aplicativo. O aplicativo pode ser usado dentro ou fora do QGIS, ele funciona como um conversor de dados de diferentes modelos de GPS. 35 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Tela Inicial do GPS Babel Para que o QGIS consiga enxergar a ferramenta é necessário instalar o caminho do aplicativo no sistema no Windows. O usuário deve ir em MEU COMPUTADOR clicar com botão direito propriedades do sistema. 36 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Procurar a aba Avançado/Variáveis de Ambiente/ Variáveis do sistema/ Path/ Editar Na opção de editar digitar C:\Arquivos de programas\GPSBabel e aplicar OK. Para abrir a ferramenta de GPS no QGIS clique no ícone da barra de gerenciar camadas ou pelo caminho Complementos/GPS/ Ferramenta de GPS A janela Ferramenta de GPS irá se abri 37 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Nesta janela de interface o usuário poderá: • Carregar um aqruivo GPX • Importar outro tipo de arquivo GPS • Descarregar os dados do GPS - em fase de teste • Carregar os dados dentro do GPS - - em fase de teste • Converter o Arquivo GPX 7.2 GPS trackmaker Devido a facilidade das equipes de campo em manusear e trabalhar com este software e a falta de comunicação, até o memento, com os GPS Magellan, foi pensando em uma solução para utilização da versão grátis (gpstrackmaker 13.7) encontrada disponível para download no site www.trackmaker.com 38 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Na versão grátis pode ocorrer de não estar disponível alguma versão ou modelo de GPS, ou ainda, não ter a possibilidade de realizar a interface com os aparelhos por falta de um cabo serial, nestes dois casos os dados podem ser baixados como um pen-drive. Exemplo: 39 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 7.2.1 Baixando waypoints Para baixar os Waypoints do Magellan Explorist, acesse disco removível/ os meus POIs/ *.upt Esta opção irá habilitar apenas os pontos contidos no GPS 40 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 7.2.2 Baixando trilhas Para baixar as trilhas do Magellan Explorist, acesse disco removível/ registro dos traçados/ *.log Esta opção irá habilitar apenas as trilhas contidos no GPS 41 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 7.2.3 Salvando em GPX Para abrir os arquivos do GPS no QGIS é necessário salvar os dados em *.GPX. O GPS trackmaker consegue salvar as trilhas e os pontos em único arquivo GPX. Após abrir uma das camadas clique em Arquivo/Unir Arquivos (Ctrl+M); As duas camadas deverão estar ligadas na tela para transformação para o formato GPX 42 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Com as duas camadas abertas clicar opção Arquivo/Salvar Arquivo Como/*.GPX 43 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Depois do arquivo GPX salvo, para abri-lo no QGIS o usuário poderá abrir o arquivo de duas maneiras: • 1) Como uma camada vetorial, usando o mesmo procedimento do capitulo 4 Neste caso, o usuário deverá escolher qual o tipo de camada que ele quer abrir – waypoint, tracks, routes track_points ou route_points. Conforme ilustração abaixo 44 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC • 2) Abrir o arquivo GPX pela Ferramenta de GPS, Complemneto/GPS/Ferramenta de GPS/ Carregar arquivo GPX Neste caso, ao selecionar o arquivo, antes de dar OK o usuário pode selecionar qual camada deseja visualizar no mapa 45 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC O resultado pode ser visto na ilustração abaixo 46 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC CAPITULO 8: ADGV E EDGV NA ESCALA 1:250.000 Classes de objetos geoespaciais de possível ocorrência nas escalas do mapeamento sistemático terrestre 1- Hidrografia CLASSE Oceano Baía Enseada Massa_ Dagua Meandro Abandonado Lago/Lagoa Represa/Açude Rio Trecho_ Massa_ Dagua Canal Represa/Açude Laguna Limite_Massa_ Dagua Trecho_Drenagem PRIMITIVA GEOMÉTRICA Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono 1:250.000 X X X X X X X X X - - Linha X - - Linha X - - CRITÉRIO/ OBS Área ≥ 5 X 5mm Área ≥ 5 X 5mm Área ≥ 5 X 5mm Área ≥ 5 X 5mm Área ≥ 5 X 5mm Área ≥ 5 X 5mm Largura ≥ 0,8 mm Largura ≥ 0,8 mm Área ≥ 5 X 5mm Área ≥ 5 X 5mm - Todos trechos drenagem permanentes devem ser adquiridos e os temporários só deverão quando possuírem: comprimento ≥ 2 cm, possuir nome próprio ou obrade-arte construída que deva ser representada - 47 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Ponto - Ponto_Drenagem Barragem Ponto X Linha X Polígono - Ponto - Linha - Ponto - - Ponto X Linha X Polígono Ponto Ponto Ponto X X Linha X Polígono Ponto - X X - Ponto X Linha X Polígono Ponto Linha Polígono Ponto X X Linha X Polígono Ponto - X X - Polígono X Comporta Sumidouro_ Vertedouro Queda_Dagua Fonte_Dagua Ponto_Inicio_ Drenagem Foz_Maritima Confluencia Corredeira Natureza_Fundo Ilha Rocha_Em_ Agua Ponto X Largura ≤ 0.40 mm na escala Largura ≥ 0.40 mm na escala Largura do Trecho_Massa_Da gua ≤ 0,80 mm Largura do Trecho_Massa_D Agua ≥ 0,80 mm Largura do Trecho_Massa_Da gua ≤ 0,80 mm Largura do Trecho_Massa_Da gua ≥ 0,80 mm Área ≥ 0.8 X 5mm Válido para qualquer tipoFonteDagua Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 X 5mm Largura do Trecho_Massa_Da gua ≤ 0,80 mm Largura do Trecho_Massa_Da gua ≥ 0,80 mm Área ≥ 0,8 X 5mm Largura ≤ 5 mm e Comprimento > 5 mm Área ≥ 5 X 5mm Conjunto de objetos adquiridos em escala - 48 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Linha Polígono Banco_Areia Linha Polígono - Quebramar_Molhe Terreno_Sujeito_ Inundacao Area_Umida Linha X X X Polígono - - Polígono X Polígono - Reservatorio_ Hidrico X Polígono Linha Polígono X - X Largura < 0,4mm e Comprimento > 2cm Área ≥ 5 X 5mm Largura < 0,4mm e Comprimento > 2cm Área ≥ 5 X 5mm Largura < 0,4mm e Comprimento > 2cm Área ≥ 5 X 5mm Área ≥ 10 X 10mm Área ≥ 10 X 10mm Desde que o Trecho_Massa_Da gua correspondente seja adquirido X X 2- Relevo CLASSE Curva_Nivel Curva_Batimetrica Ponto_Cotado_Altimetrico Ponto_Cotado_Batimetrico Elemento_Fisiografico_Natural Dolina Duna PRIMITIVA 1:250.000 GEOMÉTRICA Linha X Linha X Ponto X Ponto X Ponto X Linha X Polígono X Ponto - - Polígono - Ponto - X - CRITÉRIO/ OBS - - - Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 10 X 10mm Área ≥ 10 X 10mm - 49 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Gruta_Caverna Pico Rocha Terreno_Exposto Alteracao_Fisiografica_ Antropica Polígono X Ponto Ponto Ponto - X - Polígono - - - Polígono X Linha X Polígono - Área ≥ 10 X 10mm - Área ≥ 10 X 10mm Área ≥ 10 X 10mm Área ≥ 10 X 10mm 3- Vegetação Os elementos de vegetação existentes dentro de áreas edificadas, destruídas e abandonadas devem ser omitidos, exceto nas escalas de 1:25.000 e 1:50.000. 4- Sistema de Transportes CLASSE Trecho_Rodoviario Identificador_ Trecho_Rodoviario Ponto_Rodoviario Travessia PRIMITIVA GEOMÉTRICA Linha Ponto Ponto Ponto 1:250.000 X X X X Linha X Polígono - Ponto X Linha X Ponto X Galeria_Bueiro Linha - Entroncamento Ponto Ponto X X Linha X Ponto X Linha X Tunel Ponte Passagem_ Elevada_Viaduto CRITÉRIO/ OBS Largura ≥ 3 mm - Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm 50 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC - - - - - Polígono Ponto Polígono X - Área ≥ 5 x 5mm - Ponto - - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm - - Largura ≤ 3 mm e Linha X - - Comprimento ≥ 10 mm – exceto em áreas pouco densas de rede viária Ciclovia Linha - Arruamento Linha - Ponto - Linha - Linha Ponto Ponto Ponto Polígono Linha Ponto X X X X X Linha - Ponto X Cremalheira Linha - Trecho_Duto Linha Ponto - X - Area_Estrut_ Transporte Patio Edif_Rodoviaria Trilha_Picada Travessia_ Pedestre Trecho_ Ferroviario Ponto_ Ferroviario Girador_ Ferroviario Edif_Metro_ Ferroviaria Caminho_Aereo Funicular Ponto_Duto Área ≥ 5 x 5mm - Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm - Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm - Comprimento ≥ 5 mm - 51 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Area_Duto Local_Critico Condutor_Hidrico Pista_Ponto_Pouso Edif_Constr_Aeroportuaria Trecho_Hidroviario Ponto_Hidroviario Eclusa Edif_Constr_Portuaria Atracadouro Fundeadouro Obstaculo_Navegacao Sinalizacao Faixa_Seguranca Passagem_Nivel Posto_Combustivel Polígono Ponto X Linha X Polígono - - Linha X Ponto X Linha X Polígono Ponto Polígono Linha Ponto Ponto X - Linha - Polígono Ponto Polígono Ponto X X Linha X Polígono Ponto X Linha X Polígono Ponto X Linha X Polígono Ponto - X - Polígono Ponto Ponto Polígono X X - X X Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm A ser fornecido pela ANTAQ Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 10 x 10mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 10 x 10mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5m Área ≥ 5 x 5m Área ≥ 5 x 5m 52 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Linha Polígono X X CLASSE PRIMITIVA GEOMÉTRICA 1:250.000 Area_Energia_Eletrica Polígono X Edif_Energia Ponto Polígono - Ponto X Linha X Polígono X Ponto X Linha X Polígono X Ponto - X - Polígono Ponto - - Linha X - - Polígono Ponto - - - - 5- Energia e Comunicações Est_Gerad_Energia_Eletrica Hidreletrica Termeletrica Subest_Transm Distrib_Energia_Eletrica Ponto_Trecho Energia Trecho_Energia Zona_Linhas Energia_Comunicacao Torre_Energia Area_Comunicacao Edif_Comunic Antena_Comunic Torre_Comunic Grupo_Transformadores CRITÉRIO/ OBS Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Agregador Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm - - - - Polígono X Área ≥ 5 x 5mm Ponto Polígono - - Ponto Ponto Ponto Polígono X X - Área ≥ 5 x 5mm - Área ≥ 5 x 5mm 53 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Linha Polígono X X 6- Abastecimento de Água e Saneamento Básico CLASSE Area_Abast_Agua Edif_Abast_Agua Dep_Abast_Agua Complexo_Saneamento Area_Saneamento Edif_Saneamento Dep_Saneamento Cemiterio PRIMITIVA GEOMÉTRICA Polígono 1:250.000 - CRITÉRIO/ OBS Área ≥ 5 x 5mm Ponto - - Polígono Ponto Polígono - - Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm - - - Polígono Ponto - - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Ponto - - Polígono - Ponto Polígono Linha Polígono X X X Agregador Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm 7- Educação e Cultura CLASSE Area_Ensino Edif_Ensino Area_Religiosa Edif_Religiosa Area_Lazer PRIMITIVA GEOMÉTRICA - 1:250.000 CRITÉRIO/ OBS - - - - Polígono X Ponto - Área ≥ 5 x 5mm - Polígono Polígono X Ponto - Polígono - - Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm 54 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Edif_Const_Lazer Piscina Campo_Quadra Edif_Const_Turistica Area_Ruinas Ruina Pista_Competicao Arquibancada Coreto_Tribuna Polígono Ponto Polígono Polígono Ponto Polígono Ponto Polígono Polígono Ponto Polígono - X X - Linha - - - Ponto Polígono Ponto Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm 8- Estrutura Econômica CLASSE Area_Comerc_Serv Edif_Comerc_Serv Deposito_Geral Area_Industrial Edif_Industrial Area_Ext_Mineral Ext_Mineral PRIMITIVA GEOMÉTRICA Polígono Ponto Polígono 1:250.000 - Ponto - Polígono Polígono Ponto Polígono Polígono Ponto - X X - CRITÉRIO/ OBS Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm - 55 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Edif_Ext_Mineral Plataforma Area_Agropec_Ext_Vegetal_ Pesca Edif_Agropec_Ext_Vegetal_ Pesca Equip_Agropec Polígono Ponto Polígono X - Área ≥ 5 x 5mm - - Área ≥ 5 x 5mm Ponto Polígono X - Área ≥ 5 x 5mm Polígono Ponto Polígono Ponto X - Linha - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm 9- Localidades CLASSE Cidade Capital Vila Area_Urbana_ Isolada Aglomerado_Rural_De_ Extensão_Urbana Aglomerado_Rural_Isolado Area_Edificada Aldeia_Indigena Hab_Indigena Area_Habitacional Edif_Habitacional PRIMITIVA GEOMÉTRICA Polígono Polígono Ponto Polígono Polígono Ponto Polígono 1:250.000 X X - CRITÉRIO/ OBS Agregador Agregador Agregador Área ≥ 5 x 5mm Agregador Agregador Área ≥ 5 x 5mm Agregador Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm 56 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Nome_Local Posic_Geo_Localidade Edificacao Ponto Ponto Ponto Polígono X X - A ser fornecido pelo IBGE Área ≥ 5 x 5mm 10- Pontos de Referência 11- Limites CLASSE Marco_De_Limite Linha_De_Limite Limite_Politico_ Administrativo Limite_Intra_Municipal_ Administrativo PRIMITIVA GEOMÉTRICA Ponto Linha Linha 1:250.000 X X X - - Linha X - - Linha X - - Linha X - - - - Linha - Polígono Linha - X - Limite_Operacional Outros_Limites_Oficiais Limite_Particular Area_De_Propriedade_ Particular Limite_Area_Especial Pais Polígono X - - CRITÉRIO/ OBS - A ser fornecido pelo IBGE ou CBDL (se internacional). A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes, exceto para “Costa visível da carta”, que será obtido na aquisição A ser fornecido pelos Órgãos competentes Comprimento ≥ 5 mm Área ≥ 5 x 5mm A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelo IBGE ou CBDL (Internacional) ou criado com base na classe Limite_Politico_ Administrativo . - 57 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Municipio Distrito Sub_Distrito Regiao_Administrativa Bairro Area_De_Litigio Delimitacao_Fisica Unidade_Uso_Sustentavel Unidade_Protecao_Integral Unidade_Conservacao_Nao_ Snuc Outras_Unid_Protegidas Terra_Publica Area_Uso_ Comunitario Area_Desenvolvimento_ Controle Terra_Indigena Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono Polígono - X X X X - Linha - Ponto Polígono X X Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm A ser fornecido pelos Órgãos competentes. A ser fornecido pelos Órgãos competentes. A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes Área ≥ 5 x 5mm Comprimento ≥ 5 mm A ser fornecido pelos Órgãos competentes Ponto Polígono Ponto Polígono Ponto Polígono Ponto Polígono Ponto Polígono Ponto Polígono Ponto Polígono X X X X X X X X X X X X X X A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes A ser fornecido pelos Órgãos competentes 1:250.000 CRITÉRIO/ OBS 12- Administração Pública CLASSE Area_Pub_Civil Edif_Pub_Civil PRIMITIVA GEOMÉTRICA Polígono Ponto Polígono - Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm 58 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Posto_Fiscal Area_Pub_Militar Edif_Pub_Militar Posto_Pol_Rod Ponto Polígono Polígono Ponto Polígono Ponto Polígono Linha Polígono X X Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm 13- Saúde e Serviço Social CLASSE Area_Saude Edif_Saude Area_Servico_ Social Edif_Servico_ Social PRIMITIVA GEOMÉTRICA Polígono Ponto Polígono Polígono 1:250.000 - CRITÉRIO/ OBS Área ≥ 5 x 5mm Área ≥ 5 x 5mm Ponto - Área ≥ 5 x 5mm - Polígono - Área ≥ 5 x 5mm 59 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CRUZ, Carla B M., Apostila de Geoprocessamento In:Curso de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000. DIRETORIA DE SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO - DSG. Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-ADGV v1.0). 2009 GPS BABEL. Manual. In www.gpsbabel.org , ultimo acesso em 14/09/2010 GPS TRACKMAKER. Manual. In www. http://www.trackmaker.com, ultimo acesso em 14/09/2010 /MARANHÃO. Marcelo R de A., Possibilidades de uso de software livre para retificação de imagens. In: XXIV Congresso Brasileiro de Cartografia/II Congresso Brasileiro de Geoprocessamento/XXIIExposicarta, Aracaju, Sergipe, 2010 QUANTUM GIS, Manual, In: www.qgis.org ultimo acesso em 14/09/2010 60 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC ÍNDICE- Sessão 2 INTRODUÇÃO À PADRONIZAÇÃO GEOGRÁFICOS..........................................................62 NOMES CARTOGRÁFICOS............................86 DE NOMES GEOGRÁFICOS/TOPÔNIMOS/TOPONÍMIA/NOMES UM POUCO DE SEMÂNTCA...........................................................................................................................88 QUESTÕES DE LINGUÍSTICA ....................................................................................................................... 90 COMPOSIÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS .......................................................................................................... 90 GRAFIA DOS TOPÔNIMOS OFICIAIS ......................................................................................................... 91 EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS ................................................................................................... 91 A GRAFIA DOS NOMES COMPOSTOS ........................................................................................................ 92 ABREVIAÇÃO.................................................................................................................................................... 94 NOMES PRÓPRIOS........................................................................................................................................... 95 APÓSTROFO ...................................................................................................................................................... 95 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................................96 61 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC PADRONIZAÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS E CONCEITOS Claudio João Barreto dos Santos CURSO ENCE IBGE DGC – COORDENAÇÃO DE CARTOGRAFIA AGOSTO 2010 Fonte: Curso ONU - Ormelling Justificativa Os nomes geográficos patrimônio cultural; refletem o histórico dos padrões de ocupação; diversidade linguística; qualidade para as informações cartográfica; carecem de padronização. 62 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Fundamentação Teórica • O conceito de Lugar: locação, referenciamento geográfico, individualização, parte de uma rede, componente histórico, semântica. O conceito de Padronização (estabelecer o padrão, servir de modelo): Normalização (retorno a uma situação normal), Normatização (de que se tiram regras ou preceitos). HOUAISS (1995). Escolhido padronização porque a ONU usa standartization. • • • O conceito da Tradição: Transmissão ou entrega de valores de uma geração à outra. Deve ser utilizado de forma criteriosa. O conceito da Identidade: Seja local ou não, trata-se de uma construção. O nome geográfico é uma materialização da identidade de um lugar. Fundamentação Teórica • Topônimo ? • Nome Geográfico ? • Geônimo ? Nome de Lugar (Place Name) ? • Fundamentação Teórica Onomástica Antropo nímia Toponí mia Onomástica, estudo dos nomes próprios. Antroponímia estudo dos nomes das pessoas Toponímia o estudo dos nomes dos lugares 63 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Fundamentação Teórica Topônimo - radicais gregos – Tópos ( Lugar) + Ónyma (Nome) “Toponímia: Estudo dos nomes de sítios, povoações, nações, e bem assim os rios, montes, vales, etc., - isto é os nomes geográficos.” (FURTADO, 1956) “A Toponímia se propõe a procurar a origem dos nomes dos lugares e também a estudar as suas transformações”. (ROSTAING, 1948) O Grupo de Especialistas da ONU em Nomes Geográficos – The United Nations Group of Experts on Geographical Names – define Nome Geográfico como um nome aplicado a qualquer feição sobre a superfície terrestre. Fundamentação Teórica Houaiss (1973) considera: “A noção de topônimo strictu sensu, ‘nome de lugar’, deve ser ampliada, ... dando-lhe, ademais, as coordenadas geográficas de identificação, mesmo daqueles que, pela escala e densidade dos nomes inscritos, não constem dos mapas”. geônimo O termo nesse estudo fica então conceituado como: os nomes geográficos identificadores de quaisquer feições geográficas naturais ou antropizadas recorrentes sobre a superfície terrestre e passíveis de serem georreferenciados. (Menezes e Santos, 2006) O georreferenciamento dos geônimos das feições lineares ainda suscita dúvidas. Fundamentação Teórica Reconhece-se, portanto, a sinonímia existente entre os termos toponímia, nomes de lugares, nomes geográficos e geonímia, respeitando-se a aplicação de cada um, de acordo com o contexto científico enfatizado. “Um dos desafios neste campo, portanto, é desenvolver termos e definições consistentes, universalmente aceitos, pelos atores envolvidos com a temática dos nomes geográficos.” Randall (2001) 64 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros Exônimo, na terminologia empregada pela ONU é o nome geográfico estrangeiro escrito de forma diferente da grafia oficial do país de origem. Em português, Nova York como grafam alguns ou Nova Iorque, como grafam outros, é o exônimo de New York. Endônimos são aqueles nomes geográficos estrangeiros, que quando grafados em publicações nacionais obedecem à sua grafia original. Por exemplo, em português grafa-se o endônimo Buenos Aires, e não o exônimo Bons Ares. Da mesma forma a cidade de Sttutgart em português é grafada da mesma maneira como no idioma alemão. Torna-se um endônimo em português da grafia da referida cidade. Métodos de Conversão de NG estrangeiros Transliteração: Definida como o procedimento de conversão das letras de vários alfabetos escritos, para outras letras equivalentes, associadas com outros alfabetos escritos. Conversão letra por letra. • Romanização: Caso singular de transliteração. Mudanças de conversão das letras de alfabetos não romanos para letras do alfabeto romano. Alguns países adotaram sistemas de transliteração romanizados: China, Japão, Bulgária e Rússia. •Beijing e não Pequim. • Métodos de Conversão de NG estrangeiros Transcrição: Converte o som dos elementos de uma linguagem ágrafa (não escrita) para um sistema de signos de uma linguagem escrita, que usa um sistema convencional de caracteres e símbolos. Ex: Tupi para o Português • Tradução: Converte as formas escritas das palavras, de um idioma para outro idioma. Ex:Português para o inglês. • 65 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC A grafia dos Nomes Geográficos Estrangeiros Kyev Kiev Kyiv Kyyev New Zealand Aotearoa Sidney Sydney Mumbai Bombay Athens Athenai Athína Baffin Island Île Baffin Île de Baffin Kaapstad Kapstadt IBGE X NOMES GEOGRÁFICOS O IBGE, como órgão oficial do Estado brasileiro, tem, entre outras, a missão de levantar, padronizar e divulgar os nomes geográficos, e neste sentido, participou de diversos encontros com países afiliados da ONU para discutir questões envolvendo o trabalho com nomes geográficos no mundo. ONU X NOMES GEOGRÁFICOS DESDE 1948 - Cartografia e padronização de NG UNGEGN - 1973 - DIVISÃO DE ESTATÍSTICA CRIAÇÃO DE AUTORIDADES NACIONAIS NG - INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS APLICAÇÃO EM SOCORROS A POPULAÇÕES FUNÇÃO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL, METAS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO .... 66 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Autoridades Nacionais no M undo – Jan 2006 Países com Autoridade em N G Países sem A utoridade em NG Situação desconhecida NOMES GEOGRÁFICOS NAS NAÇÕES UNIDAS PAPEL DA ONU DESDE 1948 A ONU PREOCUPA-SE COM A PADRONIZAÇÃO DOS NG; FORMAÇÃO DO GRUPO DE PERITOS EM NOMES GEOGRÁFICOS DA ONU; ESTABELECIMENTO DE CONFERÊNCIAS QUINQUENAIS PARA DEBATER A PADRONIZAÇÃO DOS NG; FORMAÇÃO DE DIVERSOS GRUPOS DE TRABALHO SOBRE A PADRONIZAÇÃO DOS NG; REALIZADAS OITO CONFERÊNCIAS QUE GERARAM 197 RESOLUÇÕES SOBRE PADRONIZAÇÃO NOS DIVERSOS GRUPOS DE TRABALHO. GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS 1. NOMES DOS PAÍSES: DISPONÍVEL EM SITE, NOMES ABREVIADOS, COMPLETOS, FORMAIS, CÓDIGO ISO DOS ESTADOS MEMBROS DA ONU, ATUALIZADOS SISTEMATICAMENTE; 2. ARQUIVOS DE DADOS TOPONÍMICOS E GAZZEETERS: DESENVOLVE E MANTÉM ARQUIVOS DE DADOS TOPONÍMICOS DIGITAIS E BANCO DE DADOS, PARA PUBLICAÇÃO; 3. PUBLICIDADE E FINANCIAMENTO: DISSEMINA INFORMAÇÕES SOBRE A PADRONIZAÇÃO DOS NG ATRAVÉS DE FOLHETOS INFORMATIVOS, MANUAIS SOBRE SISTEMAS DE ROMANIZAÇÃO, FORMATOS E PADRÕES PARA TROCA DE DADOS; 4. SISTEMAS DE ROMANIZAÇÃO: OBJETIVA A RECOMENDAÇÃO DE SISTEMAS ÚNICOS DE ROMANIZAÇÃO BASEADO EM MÉTODOS CIENTÍFICOS PARA LÍNGUAS DE ALFABETOS NÃO ROMANOS. 67 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS 5. TERMINOLOGIA TOPONÍMICA: DIVULGA EM SEIS LÍNGUAS GLOSSÁRIO DE TERMINOLOGIA TÉCNICA DOS TERMOS UTILIZADOS NA PADRONIZAÇÃO DOS NG PARA ENTENDIMENTO COMUM ENTRE OS ESTADOS MEMBROS; 6. CURSOS DE TREINAMENTO EM TOPONÍMIA: INFORMA SOBRE OS CURSOS DE TOPONÍMIA OFERECIDOS AO PÚBLICO INTERNACIONAL DESDE 1982 – PADRONIZAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL PONTO CENTRAL DOS CURSOS; 7. AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO: AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO GRUPO DE PERITOS, IMPLEMENTAÇÃO DAS RESOLUÇÕES, ENVOLVER ESTADOS MEMBROS NÃO ATIVOS E EXAMINAR NECESSIDADES DE PAÍSES DESENVOLVIDOS PARA PADRONIZAÇÃO DOS NG NACIONAIS; 8. EXÔNIMOS: TRABALHA O TRATAMENTO, USO E REDUÇÃO DOS EXONIMOS E O USO CONSISTENTE DOS ENDÔNIMOS ENTRE OS ESTADOS MEMBROS. GRUPOS DE TRABALHO DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS 9. PRONÚNCIA: FORNECER GUIA PARA A CORRETA PRONÚNCIA DOS NG´S APÓS A TRANSLITERAÇÃO COMO A ROMANIZAÇÃO, PARA AQUELES QUE NÃO CONHECEM A LÍNGUA FONTE; 10. PROMOÇÃO DE NOMES GEOGRÁFICOS DE GRUPOS NATIVOS E MINORIAS: FORMADO EM 2004 PARA TRATAR DAS ATIVIDADES DE NOMES GEOGRÁFICOS NO CONTEXTO DOS GRUPOS NATIVOS E MINORIAS. . OUTRAS ATIVIDADES DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS 1. DIRETRIZES TOPONÍMICAS PARA MAPAS E OUTRAS PUBLICAÇÃO: ESTUDO PARA QUE CADA PAÍS UTILIZE UM FORMATO COMUM, EM PARTICULAR NO TRATAMENTO DE NOMES GEOGRÁFICOS PARA A CARTOGRAFIA; 2. PUBLICAÇÕES E OUTRAS INFORMAÇÕES: DISSEMINA DOCUMENTAÇÃO DO GRUPO DE PERITOS E DAS CONFERÊNCIAS NA FORMA DE RELATÓRIOS, VOLUMES IMPRESSOS E EM MEIO DIGITAL; 3. SITE DO GRUPO DE PERITOS: DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES SOBRE O GRUPO DE PERITOS PODEM SER ACESSADOS. http://unstats.un.org/unsd/geoinfo/ O folheto explica os programas do Grupo de Peritos sobre o uso consistente de nomes geográficos precisos em todo o mundo e os benefícios sociais e econômicos da padronização de nomes geográficos. Ele é dirigido principalmente para aqueles tentando interessar seus próprios governos no trabalho das Nações Unidas neste campo. 4. FOLHETO PREPARADO PELO GRUPO DE PERITOS CHAMADO “USO CONSISTENTE DE NOMES DE LUGARES”: 68 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC OUTRAS ATIVIDADES DA ONU EM NOMES GEOGRÁFICOS 5. GLOSSÁRIO DE TERMOS PARA A PADRONIZAÇÃO DE NOMES GEOGRÁFICOS: PUBLICAÇÃO ORIGINADA DO GT EM TERMINOLOGIA TOPONÍMICA, ATUAL PUBLICAÇÃO CONTEM 375 TERMOS. Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros Falkland x Malvinas ? Mar do Japão x Mar da Coréia ? Estreito de Çanakalle (Grécia) ou Estreito de Istambul (Turquia) ? Beijing x Pequim ? New York x Nova York x Nova Iorque ? Amsterdã x Amsterdam ? Singapura x Cingapura ? Caxemira x Cachemira ? Vietnã x Viet Nam ? Moscou x Moscovo ? Iuguslávia x Juguslávia ? Grand Canyon x Grande Canhão (Portugal)? Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros Birmânia ===========> Myanmar, Mianma ? Saigon ============> Cidade de Ho Chi Minh (desde 1975) Paquistão Oriental====> Bangladesh ( a partir de 1971) Bombaim, Bombay====> Mumbai ( para evitar nomes que lembram colonialismo inglês) Bangalore==========> Bengaluru Rodésia ( Cecil Rhodes)> Zimbábwe, Zimbábue ? Filipinas ( Filipe II rei da Espanha)==> tenta mudar para Maharlika (precolonial = guerreiro) República Socialista Soviética da Tadjíquia ==> Tadjiquistão República Socialista Soviética da Quirguízia ==> Quirguízia, Quirquistão ou Quirguizistão 69 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros Camboja===========> Kampuchea ( de 1979 até 1989) Ilhas Gilbert ========> Kiribati Ilhas Hébridas=======> Vanuatu ( a partir de 1980) Zaire ( 1971 a 1997)===> República Democrática do Congo ( desde 1997 e antes de 1971) Bielo-Rússia, Belorrússia, Bielorússia, Bielorrússia ====> Belalarus ? Camarões =======> Cameroon Costa do Marfim =====> Côte D’Ivoire ? Padronização dos Nomes Geográficos Estrangeiros Porque Amsterdam e não Amsterdã ou Amsterdão ! Os nomes geográficos na legitimação do poder político Invasão de Paris pelos alemães na segunda Guerra Mundial Modificam-se as relações de Poder no território, modificam-se os Nomes Geográficos. 70 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Os nomes geográficos como marcos históricos através da cartografia O nome da localidade também assumiu o antigo nome da estação (Nilo Peçanha), assim como o nome do logradouro, segundo informantes locais, se chama Rua Leito da Estrada de Ferro. Foi-se o trem “Maria Fumaça”, foram-se os trilhos: ficou o nome geográfico. •FÓSSIL LINGUÍSTICO • Os nomes geográficos como marcos históricos através da cartografia Em 1943 o Prof. Leo Waibel conseguiu surpreendentes resultados em estudos para a determinação da vegetação original de Cuba, a partir da pesquisa de nomes geográficos, publicando um artigo intitulado: Place Names as an Aid in the reconstruction of The Original Vegetation of Cuba • Se acaso esses nomes sobrevivem onde já não há vestígios daquilo de que dão idéia, convém que se investigue a autenticidade da sua origem e conexão pregressa com os objetos denominados. • Taxeonomia da Motivação Toponímica. (Dick, 1990) A – Taxeonomias de Natureza Física 1 – Astrotopônimos: topônimos relativos aos corpos celestes em geral. 2 – Cardinotopônimos: topônimos relativos às posições geográficas em geral 3 – Cromotopônimos: topônimos relativos à escala cromática. 4 – Dimensiotopônimos: topônimos relativos às características dimensionais das feições geográficas como extensão, comprimento, largura, grossura, espessura, altura e profundidade. 5 – Fitotopônimos: topônimos relativos à índole vegetal, espontânea, em sua individualidade; em conjuntos da mesma espécie; em conjuntos de espécies diferentes; formações não espontâneas individuais e em conjunto. 6 – Geomorfotopônimos: topônimos relativos às formas topográficas: elevações; depressões do terreno e formações litorâneas. 7 – Hidrotopônimos: topônimos resultantes de feições hidrográficas em geral. 8 – Litotopônimos: topônimos de índole mineral, relativos também à constituição do solo, representados por indivíduos e conjuntos da mesma espécie. 9 – Meteorotopônimos: topônimos relativos à fenômenos atmosféricos. 10 – Morfotopônimos: topônimos que refletem o sentido de forma geométrica. 11 – Termotopônimos: topônimos que refletem estados físicos referentes 71 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Taxeonomia da Motivação Toponímica. Dick (1990) A – Taxeonomias de Natureza Antropo-Cultural 1 – Animotopônimos ou Nootopônimos – topônimos relativos a vida psíquica, à cultura espiritual, abrangendo a todos os produtos do psiquismo humano, cuja matéria prima fundamental, e em seu aspecto mais importante como fato cultural, não pertence à cultura física. 2 – Antropotopônimos – topônimos relativos aos nomes próprios individuais das espécies seguintes: prenome; hipocorístico; prenome + alcunha; apelidos de família; prenome + apelido de família. 3 – Axiotopônimos – topônimos relativos aos títulos e dignidades de que se fazem acompanhar os nomes próprios individuais. 4 – Corotopônimos – topônimos relativos aos nomes de cidades, países, estados, regiões e continentes. 5 – Cronotopônimos – topônimos que encerram indicadores cronológicos, re, representados, em Toponímia, pelos adjetivos novo/nova, velho/velha. 6 – Ecotopônimos – topônimos relativos às habitações de um modo geral. 7 – Etnotopônimos – topônimos relativos aos elementos étnicos, isolados ou não. 8 – Ergotopônimos – topônimos relativos aos elementos da Análise da Padronização dos NG dos Municípios Fluminenses Gráfico da Motivação dos nomes dos municípios do RJ: 72 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Análise da Padronização dos NG dos Municípios Fluminenses Origem Histórica: Povoamento inicia no século XVII com os silvícolas que se dirigiam de Ilha Itacuruçá para o continente, seguindo os missionários que iniciaram o povoamento. Em 1818 passou-se a chamar Vila de São Francisco Xavier. Terras férteis prosperou até final do século XIX. Município: Itaguaí Origem Etno-linguística (Europa, Povos Originários, Africano e Híbrido) Etimologia: Tupi- TAGUA= pedra ou argila de cores. Diferentes TAGUAHYTAGUA-Y- RIO do TAUÁ= Rio dos Barreiros Motivação: Hidrotoponímo Algumas Controvérsias nos Geônimos Fluminenses Parati x Paraty (ABL, ABF) Paty de Alferes x Pati de Alferes (ABL, ABF) Campos dos Goytacazes x Campos dos Goitacases (ABL,ABF) Magé x Majé (ABL, ABF) Belford Roxo x Belfort Roxo (ABL, ABF) Quissamã x Quissama (ABL) x Quiçamã (ABF) Comendador Levy Gasparian x Comendador Levi Gaspariã (ABL) 73 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Algumas Controvérsias nos Geônimos Fluminenses Estima-se que 300 nomes de municípios podem não estar padronizados no Brasil. Sem contabilizar distritos, povoados, nomes locais, nomes de rios, montanhas, vales, vias de comunicação, assim como todas as feições cartográficas passíveis de nominação. Contabilizando-os, cerca de 202.500 nomes geográficos podem não estar padronizados no Brasil. O Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil A missão principal da Comissão de Nomes Geográficos no Brasil seria uniformizar a nomenclatura geográfica, orientando através de suas normas não apenas a grafia nos mapas e cartas, mas também os textos em que os mesmos aparecem. A padronização dos nomes geográficos resume-se em procurar obedecer a lei áurea da Geonímia que é a seguinte: A cada nome geográfico deve corresponder uma e apenas uma identificação, fonética e uma única grafia. PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE APRIMORADA O conjunto de 8 picos que formam o Maciço do Marumbi é conhecido entre os montanhistas por Abrolhos, Torre dos Sinos, Esfinge, Ponta do Tigre, Gigante, Olimpo, Boa Vista e Facãozinho. Entre a população em geral o conjunto todo é chamado simplesmente de Pico do Marumbi. 74 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM QUALIDADE APRIMORADA Município de Conceição do Jacuípe / BA APROXIMAÇÃO INICIAL DO QUANTITATIVO DO PASSIVO DE NG A SER INCORPORADO NO BNGB POR ESCALA DE MAPEAMENTO SISTEMÁTICO CARGA ATUAL BCIMD 55.000 NG QUANTIDADE DO PASSIVO A SER INCORPORADO NO BNGB – folhas de cartas impressas • 1: 250.000 - 250.650 NG • 1: 100.000 - 1.442.210 NG • 1: 50.000 - 1.396.450 NG • 1: 25.000 - 286.970 NG • TOTAL - 3.376.280 NG 75 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC O assentamento dos NG nos espécimes cartográficos Topônimos coletados Relatório dos topônimos Projeto Evolução da Reambulação 08/Jun/00 DET ALHE FOT O RE AMB ULADA CO M A DE S CRIÇÃO DO S E LEME NTO S Escala .000 Quadricula sg22-v-b-v-3 Reambulador SILEIMANN C. LEMOS Faixa 03 Conferente SILEIMANN C. LEMOS N da N da Foto 007 Data Reambulação Abr/98 Item Topônimo Elemento 1 ARROIO MANDAÇAIA RIO_PERMANENTE 2 SÍTIO SÃO MARTINHO EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 3 RI O SAN TA MARIA RIO_PERMANENTE 4 FAZ. SÃO LUIZ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 5 ARROIO ARAÇÁ RIO_PERMANENTE 6 CÓRR. D A PEDRA RIO_PERMANENTE 7 FAZ. SANTA MARIA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 8 ARROIO DA PACA RIO_PERMANENTE 9 FAZ. CAROLI NA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO Comentário 10 CAPELA DE N.S. APARECIDA IGREJA_SEM_REPRES 11 ESCOLA ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO DESATIVADA 12 CEMITÉRIO CEMITERIO_SEM_ REPRESENTAÇÃO 13 RI O FEIO ELEMENTO NÃO PREVI STO 14 RI O FEIO RIO_PERMANENTE 15 SÍTIO SÃO JOSÉ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 16 SÍTIO N.S. DE FÁTIMA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 17 RI O DAS PEDRAS RIO_PERMANENTE 18 RI O SAN TO ANTON IO RIO_PERMANENTE 19 FAZ. N.S.APARECIDA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 20 FAZ. SANTA MARIA EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 21 SANTA MARIA DO OESTE ELEMENTO NÃO PREVI STO 22 IGREJA DE SANTA MARIA IGREJA_SEM_REPRES 23 PREFEITURA MUNICI PAL EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 24 CÂMARA MUNICIPAL EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 25 CENTRO DE SAÚDE EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 26 IGREJA DE N.S. DA NATI VIDADE IGREJA_SEM_REPRES coleta NOME L OCAL ÍTENS 14 E 17 MATRI Z 27 ESCOLA MUN IC. BALBINO ALMEIDA DE ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série SOUZA 28 TORRE TELEPAR ELEMENTO NÃO PREVI STO 85m alt. c/sinalização 29 COLÉGI O EST. JOSÉ DE ANCHIETA ESCOLA_SEM_ REPRESENTAÇÃO 1a a 4a série 30 CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL IGREJA_SEM_REPRES 31 VILA RICA ELEMENTO NÃO PREVI STO 32 CHÁCAR A SÃO JOSÉ EDIFICAÇÃO_SEM_REPRESENTAÇÃO 33 ARROIO DO POTÃO RIO_PERMANENTE 34 RESERVADO ELEMENTO NÃO PREVI STO 35 CEMITÉRIO CEMITERIO_SEM_ REPRESENTAÇÃO NOME L OCAL NOME L OCAL Dificuldades na operação de Reambulação Técnicas - Nomes diferentes para um mesmo elemento geográfico; - Pronúncia, regionalismos, grafia (Constância, Croa, Ebenézia); - Falta de informantes; - Duração da campanha insuficiente para esclarecer dúvidas. Logísticas Acesso a áreas remotas a pé, de moto ou “lombo de animal”, devido às péssimas condições das estradas; - Abrangência geográfica determinando o pernoite de equipes no trecho de levantamento (fora de sua base operacional); - Impossibilidade de acesso a áreas por não autorização dos responsáveis/proprietários; - Inexistência ou impossibilidade de acesso a determinadas regiões geográficas (florestas, cabeceira de rios, serras). - Nossos Informantes Maranhãozinho/MA Centro Novo do Maranhão/MA 76 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Cândido Mendes/MA S.Gabriel da Cachoeira/AM Rio Paruá/MA Resende/RJ Arame/MA Rio Içana/AM 77 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC 78 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Algumas Ocorrências Rio de Janeiro Algumas Controvérsias nos Geônimos – Rios no Ceará 79 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Algumas Controvérsias nos Geônimos – Mesmo rio com nomes diferentes Escala 1:50.000 Escala 1:25.000 ALMIRANTE TAMANDARÉ – RIO BRANCO DO SUL 80 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC ALMIRANTE TAMANDARÉ – RIO BRANCO DO SUL Diário Oficial 205 de 1.11.1947. Dispõe sobre a divisão territorial do Estado para o quinquênio de 1948/1952. XXI – Timoneira, com a mesma denominação e com os limites seguintes: com o Município de Colombo: começa na foz do Arroio Cachoeira, no Rio Atuba, subindo por este até a sua cabeceira de onde vai em reta à cabeceira mais próxima de um afluente do Rio Morro Grande, descendo pelo mesmo até sua foz; com o município de Rio Branco do Sul: da foz do afluente citado sobe pelo Rio Morro Grande até sua cabeceira mais próxima do Morro da Tranqueira, seguindo pela cumieira da Serra da Betara até as cabeceiras do Arroio Olho D'Água, descendo por este até sua foz no Rio Tacaniça e por este até ALMIRANTE TAMANDARÉ – RIO BRANCO DO SUL ALMIRANTE TAMANDARÉ – RIO BRANCO DO SU 81 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC PADRONIZAÇÃO DOS NOMES GEOGRÁFICOS POR QUE PADRONIZAR ? POUPAR TEMPO E DINHEIRO; OPERAÇÕES DE CENSO; DEFESA NACIONAL; COMUNICAÇÃO TERRESTRE, AÉREA, MARÍTIMA; EFICIENCIA OPERACIONAL EM TODOS OS NÍVEIS DE GOVERNO; PESQUISAS AQUÁTICAS E MINERAIS; ENTREGAS POSTAIS E FRETES; SEGURANÇA POR TERRA, MAR E AR; CONTROLE DESASTRES AMBIENTAIS; BUSCA E SALVAMENTO; PREPARAÇÃO DE EMERGENCIAS. REPRESENTANTES O CNGB deverá ter representantes das seguintes estruturas: Ministério do Planejamento – IBGE Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty Ministério da Defesa – DSG DHN ICA Ministério da Cultura Ministério da Educação - Universidades Academia Brasileira de Letras Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI Outros organismos envolvidos com os nomes geográficos 82 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC ESTRUTURA DE PESSOAL DO CNGB Peritos em Nomes Geográficos; Peritos em Línguas Nacionais; Peritos em letras, direito, relações internacionais, antropologia, cultura, cartografia, segurança nacional, geografia, história, entre outros (a serem consultados quando necessário pelo Comitê) O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica A lei que regulamenta é a Lei da Propriedade Industrial, número 9279 de 14 de maio de 1996. O INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL – INPIestabelecerá as condições de registro das indicações geográficas brasileiras. “Art. 177. Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. Art. 178. Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.”. O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS: Todas Indicações de Procedência 1) Vale dos Vinhedos - RS 2) Região Mineira do Cerrado - MG 83 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS: Todas Indicações de Procedência 3) Pampa Gaúcho da Campanha Meridional - RS O aspecto econômico dos NG - A Indicação Geográfica AS ATUAIS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS BRASILEIRAS: Todas Indicações de Procedência 4) Cachaças de Paraty - RJ O Papel da Comissão de Nomes Geográficos do Brasil A missão principal da Comissão de Nomes Geográficos no Brasil seria uniformizar a nomenclatura geográfica, orientando através de suas normas não apenas a grafia nos mapas e cartas, mas também os textos em que os mesmos aparecem. A padronização dos nomes geográficos resume-se em procurar obedecer a lei áurea da Geonímia que é a seguinte: A cada nome geográfico deve corresponder uma e apenas uma identificação oficial, e uma única grafia, admitindo-se nomes alternativos. 84 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS (INDE) O marco legal da IDE brasileira (INDE) Decreto Presidencial nº 6.666 de 27/11/2008 (publicado no DOU em 28/11/2008) O MARCO LEGAL DA INDE Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE, com o objetivo de: I - promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal, em proveito do desenvolvimento do País; II - promover a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos públicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e normas homologados pela Comissão Nacional de Cartografia - CONCAR; III - evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de dados geoespaciais pelos órgãos da administração pública, por meio da divulgação dos metadados relativos a esses dados disponíveis nas (...) esferas federal, estadual, distrital e municipal. Art. 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por: I Dado ou informação geoespacial: aquele que se distingue (...) pela componente espacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em dado instante ou período de tempo, podendo ser derivado, entre outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas a sistemas globais de posicionamento (...) por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto; 85 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC O MARCO LEGAL DA INDE Art. 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por: I - Dado ou informação geoespacial: aquele que se distingue (...) pela componente espacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em dado instante ou período de tempo, podendo ser derivado, entre outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas a sistemas globais de posicionamento (...) por satélites, bem como de mapeamento ou de sensoriamento remoto; II - Metadados de informações geoespaciais: conjunto de informações descritivas sobre os dados, incluindo as características do seu levantamento, produção, qualidade e estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração e disponibilização, bem como possibilitar a sua busca e exploração; 86 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC TRATAMENTO LINGUÍSTICO DOS NOMES GEOGRÁFICOS Nomes Geográficos/ Topônimos/ Toponímia/ Nomes Cartográficos O Grupo de Peritos das Nações Unidas em Nomes Geográficos define um nome geográfico como um nome aplicado a uma feição na Terra (Glossário, 216). Em geral, um nome geográfico é o nome próprio (uma palavra específica, combinação de palavras ou expressões) usado consistentemente na língua para se referir a um lugar, feição ou áreas específicas, tendo uma identidade reconhecível na superfície da Terra. As principais feições incluem: (1) Lugares habitados (por exemplo, cidades, vilas) (2) Divisões administrativas (por exemplo, estados, municípios, distritos, bairros) (3) Feições naturais (por exemplo, cursos de água, montanhas, cabos, lagos, mares) (4) Feições construídas (por exemplo, barragens, aeroportos, auto-estradas) (5) Lugares sem limites precisos ou áreas com significado local específico (quase sempre religioso), como, por exemplo, pastagens, áreas de pesca, lugares sagrados. Um nome geográfico pode também ser referido como um nome topográfico ou topônimo (termo que num contexto mais amplo pode também incluir nomes extraterrestres, como nomes aplicados a feições da Lua ou de outros planetas). Nome Geográfico - Topônimo padronizado acrescido de atributos que o caracterizam como um conjunto etnográfico, etimológico e histórico, referenciado geograficamente e inserido em contexto temporal. Os nomes geográficos constituem um patrimônio cultural de valor inestimável para uma nação, porque, além de refletir seus padrões de ocupação e sua diversidade linguística, caracterizam a nomenclatura consistente associada aos acidentes geográficos. O topônimo é concebido como a denominação de acidentes naturais e culturais que são representados em documentos cartográficos, em diversas escalas. Nome Cartográfico - Adicionalmente, um documento cartográfico recebe nomes de valor explicativo que visam adicionar entendimentos ou melhorar as informações sobre elementos (feições) numa carta impressa; a esses denominamos nomes cartográficos, que são formados, principalmente, por termos genéricos. (Mathias e Santos, 2007) Exemplos: Corredeira, Curral, Estação de captação de água, Galpão, Viveiro, etc. Topônimos - Nomes próprios de lugares ou acidentes geográficos. (Mattoso Câmara, 1998) - Nome geográfico próprio de região, cidade, vila, povoação, lugar, rio, logradouro público etc. (Houaiss, 2006) Toponímia 87 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC - Parte da onomástica que estuda os nomes próprios de lugares. - Lista, relação de topônimos. (Houaiss, 2006) - Estudo linguístico ou histórico da origem dos topônimos. (Holanda Ferreira, 2004) Padronização de nomes geográficos A palavra padronização, como aplicada aos nomes geográficos/ topônimos, é definida pelo Grupo de Peritos (Glossário 311) como: a) O estabelecimento, por uma autoridade apropriada, de um conjunto específico de padrões ou normas, por exemplo, para a interpretação uniforme dos topônimos; b) A interpretação de um item como um topônimo de acordo com tais normas. Um nome padronizado é definido (Glossário, 228) como: Um nome sancionado por uma autoridade em nomes como o nome preferido dentre um número de alônimos [nomes variantes] por uma dada feição. Entretanto, uma única feição pode ter mais de um nome padronizado. Exemplo: Bálsamo e Bela Vista (mas não Belavista). 88 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Um pouco de semântica Motivação Toponímica A motivação toponímica e a terminologia onomástica Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (USP) A motivação dos nomes estudados pelas ciências onomásticas, em sua repartição toponímica (nomes de lugares) e antroponímica (nomes de pessoas), sempre foi objeto de interesses das populações. Desde tempos imemoriais, inscritos nas narrativas míticas ou na cartografia mais antiga, o dar nomes e o receber nomes cercava-se de uma aura até certo ponto incompreensível, porque beirando o imponderável, o divino, o sagrado. Temor e respeito, obediência e poder eram sentimentos que animavam condutas ou dificultavam o (re)conhecimento das formas linguísticas, em seu significado original. No período a-histórico do dado onomástico, as interferências de forças espirituais eram comuns na organização dos grupos étnicos ditos animistas. A sistematização desses estudos, a partir do século XIX, tornou científico o que, antes, se definia pelo imaginário popular, ligado ao inconsciente coletivo do grupo. Hoje, os nomes se conformam, linguisticamente, às características das camadas lexicais da língua regional, em sua dinâmica constitutiva; no caso do Brasil, aos estratos do português, das línguas indígenas e africanas e aos falares estrangeiros, estes mais comuns nos antropônimos que nos topônimos. Entretanto, todos são marcados por diferentes estilos pessoais de motivação (Dick, 1997) (descritos físicos e antrópicos, de natureza fitonímica, zoonímica, geomorfonímica, hidronímica, p.sc., ou hieronímica, hagronímica, coronímica, entre outros). Introjetados no objeto de estudo (um rio, um morro, um caminho, uma rua, um homem...), conferem-lhes, por isso mesmo, uma dimensão social própria e personalista, de fundo geográfico e etno-histórico. Principal classificação da motivação: • de natureza física: - geomorfotopônimos, litotopônimos, fitotopônimos, hidrotopônimos, zootopônimos. • de natureza antropocultural: - antrotopônimos e hierotopônimos. Questões de linguística 89 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Nomes geográficos x parte do mapeamento topográfico O mapeamento topográfico é composto pelas representações cartográficas do espaço geográfico onde está inserido o nosso país, porém não só graficamente (desenho), mas pelos nomes que a maioria destas representações recebem. Portanto, assim como a crítica efetuada na fase de reambulação dos elementos, os nomes geográficos também necessitam de um tratamento especial, de uma revisão, a fim de que os mesmos sejam escritos de acordo com as normas ortográficas da língua portuguesa e a tradição do uso coletivo, que são os princípios básicos para a padronização de nomes geográficos, conforme orienta a ONU. Neste sentido, a Coordenação de Cartografia conta com uma área responsável pela revisão e correção toponímica. Alguns aspectos linguísticos Composição dos nomes geográficos Nomes geográficos são, na maioria dos casos, formados por um termo genérico e um termo específico, sabiamente assim classificados como sintagmas toponímicos pela Prof. Dr.ª Maria Vicentina Dick, USP. NG = Sintagma Toponímico Termo Genérico Termo Específico Sintagma - conjunto binário constituído de um elemento determinado e um elemento determinante. Neste contexto, como identificamos um nome geográfico? Sintagma livro e caderno (coordenação) – não existe um sintagma. Ex.: Calaça (Nome Local) termo específico (determinado) livro de português (subordinação) – quando existe uma subordinação, há um sintagma. livro - determinado | de português - determinante Ex1: Igr. de São Pedro TG TE (ddo.) (dte.) Ex2: Rio Tenente Noronha TG (ddo.) TE (dte.) 90 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Integram os nomes geográficos: Conectivos: de, da(s), do(s) Conjunção: ou Variante – demais nomes para o termo específico Exemplo: Serra dos Coroados ou São Lourenço Gen. Conec. Específico Conj. Variante Letras x Fonema x Significado Córr. da Pata ou Córr. da Bata? Estes termos específicos têm o mesmo significado? Como distingui-los? Quais os fonemas que se diferem? Fonética e Fonologia - estudo da cadeia falada. Fonema - menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado. consoante Fonema vocálico Fonema é o feixe ou conjunto de traços distintivos. Exemplos: /p/ consoante oclusiva bilabial /b/ consoante oclusiva bilabial distinção surda sonora O traço distintivo que estabelece a distinção entre formas é chamado de traço pertinente. Exemplo: pata x bata 90 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC traço pertinente Fonética – se refere a todo e qualquer som da cadeia falada, a parte da realização acústica da palavra. (parte física) Fonologia – estuda o sistema de sons, os fonemas do ponto de vista de sua função na língua, quando estabelecendo distinção de formas, formando uma nova palavra. Exemplos: sabia, sabiá, sábia Grafia dos topônimos oficiais Topônimos oficiais, aqui, são aqueles que denominam as nossas unidades políticoadministrativas, tais como nomes de: país, regiões, estados, municípios, distritos, bairros, reservas ambientais, terras indígenas, bem como outras localidades que possuam Leis ou Decretos de Criação. Portanto, será respeitada a grafia constante na documentação legal. Exs.: Lages – grafia da Lei de Criação dos Municípios Lajes – grafia recomendada pelas Normas Ortográficas da Língua Portuguesa Emprego das iniciais maiúsculas Os nomes geográficos constantes dos mapeamentos seguirão as mesmas regras de emprego das iniciais maiúsculas existentes nas normas ortográficas da língua portuguesa, tais como algumas destacadas abaixo: 1) Nos substantivos próprios de qualquer espécie – antropônimos, topônimos, patronímicos, cognomes, alcunhas, tribos e castas, designações de comunidades religiosas e políticas, nomes sagrados e relativos a religiões, entidades mitológicas e astronômicas, etc.: José, Maria, Macedo, Freitas, Brasil, América, Guanabara, Tietê, Atlântico, Afonsinhos, Conquistador, Magnânimo, Coração de Leão, Sem Pavor, Deus, Jeová, Alá, Assunção, Ressurreição, Júpiter. Baco, Cérbero, Via Láctea, Canopo, Vênus, etc. 2) Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Rio Branco, Beco do Carmo, Largo da Carioca, Praia do Flamengo, Praça da Bandeira, Rua Larga, Rua do Ouvidor, Terreiro de São Francisco, Travessa do Comércio, Rodovia Washington Luís, Túnel Noel Rosa, etc. 3) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalista: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Nação, Estado, Pátria, Raça, etc. OBSERVAÇÃO: Esses nomes se escrevem com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. 4) Nos nomes que designam artes, ciências ou disciplinas, bem como nos que sintetizam, em sentido elevado, as manifestações do engenho e do saber: Agricultura, Arquitetura, 91 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Educação Física, Filologia Portuguesa, Direito, Medicina, Engenharia, História do Brasil, Geografia, Matemática, Pintura, Arte, Ciência, Cultura, etc. OBSERVAÇÃO: Os nomes idioma, idioma pátrio, língua, língua portuguesa, vernáculo, e outros análogos escrevem-se com inicial maiúscula quando empregados com especial relevo. 5) Nos nomes que designam altos cargos, dignidades ou postos: Papa, Cardeal, Arcebispo, Bispo, Patriarca, Vigário, Vigário Geral, Presidente da República, Ministro da Educação, Governador do Estado, Embaixador, Almirantado, Secretário de Estado, etc. 6) Nos nomes de repartições, corporações ou agremiações, edifícios e estabelecimentos públicos ou particulares: Diretoria Geral do Ensino, Ministério das Relações Exteriores, Academia Paranaense de Letras, Circulo de Estudos “Bandeirante”, Presidência da República, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Tesouro do Estado, Departamento Administrativo do Serviço Público, Imprensa Nacional, Teatro de são José, Museu de Arte moderna, etc. 7) Nos nomes de escolas de qualquer espécie ou grau de ensino: Faculdade de Filosofia, Escola Superior de Comércio, Ginásio do Estado, Colégio Pedro II, Instituto de Educação, Grupo Escolar de Machado de Assis, etc. 8) Nos nomes comuns, quando personificados ou individualizados, e de seres morais ou fictícios: a Capital da República, a Transbrasiliana, moro na Capital, o Natal de Jesus, o Poeta (Camões), os habitantes da Península, a Bondade, a Virtude, o Amor, a Ira, o Medo, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, etc. OBSERVAÇÃO: Incluem-se nesta norma os nomes que designam atos das autoridades da República, quando empregados em correspondência ou documentos oficias: A Lei de 13 de maio, o Decreto-Lei n° 292, o Decreto-Lei n° 20.108, a Portaria de 15 de junho, o Regulamento n° 737, o Acórdão de 3 de agosto, etc. 9) Nos nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: os povos do Oriente; o falar do Norte é diferente do falar do Sul; a guerra do Ocidente, etc. OBSERVAÇÃO: Os nomes dos pontos cardeais escrevem-se com iniciais minúsculas quando designam direções ou limites geográficos: Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 10) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; HP; Sr., V. Ex.ª. A grafia dos nomes compostos Dentre os processos de formação de palavras, dois se destacam como os principais processos em português do ponto de vista da expressão ou da sua constituição material: a) composição b) derivação A composição consiste na criação de uma palavra nova de significado único e constante, sempre e somente por meio de dois radicais relacionados entre si. Estes radicais podem ser livres, isto é, 92 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC usados independentemente na língua (como guarda-chuva) ou presos, isto é, não são usados isoladamente (como agrícola = agr+i+cola). Nas palavras compostas com radicais livres, do tipo guarda-chuva, persiste, como é fácil de observar, a individualidade de seus componentes. Esta individualidade se traduz: a) na escrita, pela mera justaposição de um radical a outro, normalmente separados por hífen; b) na pronúncia, pelo fato de ter cada radical seu acento tônico, sendo o último o mais forte e o que nos orienta na classificação da posição do acento nas palavras compostas (por isso que couve-flor é oxítono e guarda-chuva é paroxítono). Em tais casos dizemos que as palavras são compostas por justaposição. Chamamos aglutinação o processo de formar palavras compostas pela fusão ou maior integração dos dois radicais: planalto, fidalgo, agrícola. Esta maior integração traduz-se pela perda da delimitação vocabular decorrente: 1) da existência de um único acento tônico; 2) da troca ou perda de fonema; 3) da modificação da ordem mórfica. Portanto, a associação dos correspondentes das palavras compostas se pode dar por: a) justaposição: guarda-roupa, mãe-pátria, vaivém. b) aglutinação: planalto, auriverde, fidalgo. A derivação consiste em formar palavras a partir de outra primitiva por meio de afixos. De modo geral, especialmente na linguagem literária e técnica, os derivados se formam dos radicais de tipo latino em vez dos de tipo português quando este sofreu a evolução própria da história da língua: áureo (e não ouro), capilar (e não cabelo), aurícula (e não orelha). Os afixos se dividem, em português, em prefixos (se vêm antes do radical) ou sufixos (se vêm depois). Daí a divisão em derivação prefixal e sufixal Derivação sufixal: livraria, livrinho, livresco. Derivação prefixal: reter, deter, conter Destacaremos, aqui, apenas a derivação sufixal, muito empregada na formação dos nomes geográficos, nosso principal objeto de estudo. Emprego dos sufixos diminutivos São sufixos diminutivos: -inho, -zinho, -im, zim → livrinho, livrozinho, dormindinho, florzinha, espadim, bodim, valzim1 Observação: Nem sempre é indiferente a opção por -inho ou -zinho. Não toleram -inho (e ito), mas -zinho (e zito) os nomes terminados em nasal, ditongo e vogal tônica: cãozinho, cãozito, irmãzinha, albunzinho, raiozinho, bonezinho, urubuzinho.Também se incluem os 93 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC terminados em -r, embora aí haja alguns em -inho, facultativamente: serzinho, cadaverzinho, caraterzinho; colher admite colherinha, ao lado de colherzinha. Os terminados em -s e -z só toleram -inho (-ito): tenisinho, lapisinho, rapazinho. -ito, zito: copito, amorzito -ico: namorico, veranico -isco: chuvisco -eta, -ete, -eto: saleta, diabrete, livreto, saberete -eco: livreco, padreco -ota, -ote, -oto: ilhota, caixote, perdigoto -ejo: lugarejo, animalejo -acho: riacho, fogacho -el, -ela, -elo (ora com e aberto, ora fechado): cabedelo, magricela, donzela, donzel -iola: arteríola -ola: camisola (também tem sentido aumentativo quando designa a camisa longa de dormir); rapazola (cf. -iola) -ucho: gorducho, papelucho -ebre: casebre _____ 1 Se a palavra é masculina e termina em –a, este a reaparece quando se lhe acrescenta o sufixo -inho. O mesmo acontece se é feminino em -o ou singular em -s: Jarbas - Jarbinhas; Carmo (João do) – Carminha; Maia – o Mainha. (Nota de Martinz de Aguiar). Note-se ainda que os diminutivos -inho, -zinho podem assumir valor patronímico, quando pais e filhos têm o mesmo nome: Pacheco (o pai), Pachequinho (o filho), Diva (a mãe), Divinha (a filha). Abreviação A abreviação consiste no emprego de uma parte da palavra pelo todo. É comum não só no falar coloquial, mas ainda na linguagem cuidada, por brevidade de expressão: extra por extraordinário ou extrafino. A forma abreviada passa realmente a constituir uma nova palavra e, nos dicionários, tem tratamento à parte, quando sofre variação de sentido ou adquire matriz especial em relação àquela da qual procede. Fotografia e foto são sinônimos porque designam a mesma coisa, embora a sinonímia não seja absoluta. Foto, além de ser de emprego mais corrente, ainda serve para títulos de casas do gênero, o que não se dá com o termo fotografia. Pode-se incluir como caso especial da abreviação o processo de se criarem palavras, com vitalidade no léxico, mediante a leitura (isoladas ou não) das letras que compõem siglas, como, por exemplo: ONU (Organização das Nações Unidas) PUC (Pontifícia Universidade Católica) UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) USP (Universidade de São Paulo) PT (Partido dos Trabalhadores) 94 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC Destas abreviaturas se derivam, mediante sufixos: puquiano, uerjiano, uspiano, petista, etc. Nomes próprios Os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns. Para salvaguardar direitos individuais, quem o quiser manterá em sua assinatura a forma consuetudinária. Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o topônimo Bahia, que conservará esta forma quando se aplicar em referência ao estado e à cidade que têm esse nome. Apóstrofo Limita-se o emprego do apóstrofo aos seguintes casos: 1º) Indicar a supressão de uma letra ou letras no verso, por existência da metrificação: c’roa, esp’rança, of’recer, ’star, etc. 2º) Reproduzir certas pronúncias populares: ’tá, ’teve, etc. 3º) Indicar a supressão da vogal, já consagrada pelo uso, em certas palavras compostas ligadas pela preposição de: copo-d’água (planta, lanche), galinha-d’água, mãe-d’água, olho-d’água, paud’água (árvore, ébrio), pau-d’alho, pau-d’arco, etc. 4º) Nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológico, quando importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant’Ana, Sant’Iago, etc. 95 Aspectos práticos da coleta de nomes geográficos BC250/Centro de Referência em Nomes Geográficos - Coordenação de Cartografia – CCAR/DGC REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECHARA, Evanildo. A nova ortografia. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 2008. ______. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999. CAMARA JR., J. Mattoso. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1997. CIEE – Apostila sobre o acordo ortográfico. s/d. GRUPO DE PERITOS DAS NAÇÕES UNIDAS EM NOMES GEOGRÁFICOS. Manual de Padronização Nacional de Nomes Geográficos (tradução). New York: United Nations, 2006. DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. A motivação toponímica e a realidade brasileira. São Paulo: Arquivo do Estado de São Paulo, 1990. RIBEIRO, Manoel Pinto. Gramática aplicada da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Metáfora, 2009. ______. O novo acordo ortográfico: soluções, dúvidas e dificuldades para o ensino. Rio de Janeiro: Metáfora, 2008. SILVA, Maurício. O novo acordo ortográfico da língua portuguesa – o que muda e o que não muda. São Paulo: Contexto, 2008. 96