faculdades integradas ipiranga curso tecnológico de estética e

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faculdades integradas ipiranga curso tecnológico de estética e
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
CURSO TECNOLÓGICO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA
ELLEN BRAZÃO DE OLIVEIRA
VANESSA SILVA DAS MERCES
MELASMA E OS SEUS TRATAMENTOS
Belém - PA
2013
ELLEN BRAZÃO DE OLIVEIRA
VANESSA SILVA DAS MERCES
MELASMA E OS SEUS TRATAMENTOS
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso,
apresentado ao curso Tecnológico em
Estética e Cosmética das Faculdades
Integradas Ipiranga como requisito final para
obtenção do título de Tecnológo em Estétics e
Cosmética.
Orientadora: Profª Tatiane Almeida de Freitas
Belém - PA
2013
ELLEN BRAZÃO DE OLIVEIRA
VANESSA SILVA DAS MERCES
MELASMA E OS SEUS TRATAMENTOS
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao curso Tecnológico em Estética e
Cosmética das Faculdades Integradas
Ipiranga como requisito final para obtenção do
titulo de Tecnológo em Estética e Cosmetica.
Orientadora: Prof.ª Tatiane Almeida de Freitas
Data:
Resultados: _________________________
BANCA EXAMINADORA
Orientador (a) Tatiane Almeida de Freitas
Assinatura:__________________________
Prof.
Assinatura:__________________________
Prof.
Assinatura:__________________________
M48m
Oliveira, Ellen Brazão de
Melasma e os seus tratamentos/ Vanessa Silva das
Merces. -- Belém, 2013.
44 f.
Orientador: Tatiana Almeida de Freitas
Trabalho de Conclusão de Curso - (Graduação) –
Faculdades Integradas Ipiranga, Tecnólogo em Estática e
Cosmética.
1. Hipermelanose. 2. Hiperpigmentação. 3. Melanina. I.
Merces, Vanessa Silva das. II. Título
CDD – 21.ed. : 616.07
CDD. 20. ed. 616.07561
C.D.D. 20.ed.615.4
C.D.D. 20ªed. 615.109811
Dedico primeiramente a Deus, pois sem ele não teria
forças para desenvolver este trabalho, aos meus
amados pais César Peres e Cleide Brazão, ao meu
noivo José Sindeaux, sogra e sogro.
Ellen Brazão de Oliveira.
Dedico Este trabalho a Deus em primeiro lugar, aos meus pais
Alberto e Rose que sempre me ensinaram o valor do estudo, a
responsabilidade com meus deveres e obrigações, ofereço a eles
tudo isto, dedico também ao meu irmão Junior, meu noivo Reandro
e aos meus mestres que me apoiaram nesta grande jornada minha
muito Obrigada!
Vanessa Silva das Mercês
Agradecimento
Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, pela força e saúde durante toda esta longa
jornada. Aos meus pais César Peres e Cleide Brazão, pelo apoio e por tudo que sempre
fizeram por mim, pela simplicidade, exemplo, amizade e carinho, fundamentais na
construção do meu caráter, ao meu noivo José Sindeaux, obrigada pela paciência, pelo
incentivo, pelos conselhos e força. Agradeço também pela foto da lâmina da pele
mostrando melanócitos.
A minha sogra Ana Carvalho, pois sem ela não estaria cursando esta faculdade, meu
sogro Francisco de Assis, meus cunhados e aos amigos em especial Brenda Santos.
Aos meus professores (Keila Madureira, Isabel Cordovil e Simone Miranda) e
orientadores (Augusto Ruffeil e Tatiane Almeida), que foram de tão importância na minha
vida acadêmica e no desenvolvimento deste trabalho. E a todos que contribuíra para a
realização deste sonho, muito Obrigada a todos.
¨ A persistência é o menor caminho do êxito ¨.
Charles Chaplin
Agradecimento
Agradeço a Deus novamente, pois foi ele que me deu forças muitas vezes que tentei
fraquejar, mas ali ele estava para me erguer, dando- me força e fé. Agradeço aos meus
pais Alberto e Rose que são meus maiores exemplos nesta vida, que sempre me
ensinaram a dar valor ao estudo, à responsabilidade com meus deveres e obrigações e
a força que me deram em todos os momentos difíceis que passei, e a eles que dedico
tudo que tenho e que sou, pois graças a eles, a educação e valores que me passaram
sou quem sou hoje. Aos meus mestres que através de seus conhecimentos repassaramme toda a base para concluir este curso e seguir a diante.
Ao meu irmão Júnior, ao meu noivo Reandro que me ajudou e incentivou diretamente e
indiretamente nesta concretização deste sonho.
Aos meus verdadeiros colegas de classe que me apoiaram, me incentivaram em vários
momentos aos familiares, amigos e a minha sogra Sandra a todos que contribuíram de
alguma forma para a realização deste sonho muito Obrigada a todos!
RESUMO
O melasma é uma alteração física, que pode comprometer as relações sociais do
homem e com isso causar mal estar psicológico, ou seja, é uma doença que afeta as
três camadas básicas de bem estar humano: o físico, social e psicológico. O melasma é
definido como uma hipermelanose crônica adquirida, que se caracteriza pelo
aparecimento de máculas irregulares, simétricas, bem delimitadas, com coloração
acastanhada. Está associado a uma grande variedade de fatores desencadeantes.
Estão bem estabelecidas as variáveis, exposição solar, medidas de fotoproteção, fatores
hormonais e familiares. Mas ainda não foram realizados estudos epidemiológicos
controlados sobre outros fatores de risco como uso de álcool, tabagismo, cafeína, uso de
medicamentos, cosméticos, etnia e estado de ansiedade. A cura total inexiste, no
entanto, tratamentos cada vez mais modernos têm dado aos pacientes melhores
resultados proporcionando-lhes melhor qualidade de vida e de suas relações
interpessoais, dentre estes tratamentos daremos destaque ao Peeling químico, que são
despigmentantes que agem como clareadores é um tratamento de custo acessível,
rápido e eficaz em situações de melasma epidérmico; Microdermoabrasão, onde é
utilizado um aparelho mecânico que emite jatos de microcristais, sobre a área
hiperpigmentada, causando atrito e níveis leves de esfoliação (que facilitam a renovação
celular), tem custo superior ao do peeling químico, mas em contrapartida pode gerar
resultados mais rápidos e satisfatórios, principalmente em casos de melasma mais
superficiais; Luz intensa pulsada, que difere dos demais tratamentos, por ser menos
invasivo e indolor. Age através de uma dilatação vascular facilitando a irrigação
sanguínea da região com melasma, aumentando o potencial de renovação celular e
maior produção de colágeno e elastina. É um tratamento mais oneroso que os demais,
mas gera resultados melhores.
Palavras-chave: hipermelanose, hiperpigmentação, melanina, pele, melasma
ABSTRACT
Melasma is a physical change, which may compromise the social relations of man and
thus cause psychological discomfort, is a disease that affects the three basic layers of
human well-being: the physical, social and psychological. Melasma is defined as a
chronic hypermelanosis acquired, which is characterized by the appearance of irregular,
symmetrical macules, well delimited, with brownish. Is associated with a variety of
triggers. Are well established variable: sun exposure, sun protection measures, hormonal
factors and family. But not yet controlled epidemiological studies on other risk factors
such as alcohol use, smoking, caffeine, medications, cosmetics, ethnicity and state
anxiety performed. Full cure does not exist, however, increasingly modern treatments
have given better results for patients by providing them a better quality of life and
interpersonal relationships among these treatments give prominence to chemical peels,
which are lighteners that act as bleaching, is treatment affordable, fast and effective in
situations epidermal melasma cost, microdermabrasion, which is used a mechanical
device that emits jets of microcrystals on the hyperpigmented area, causing friction and
mild levels of exfoliation ( that facilitate cell renewal ), has the higher cost of chemical
peels, but in return can generate faster and more satisfactory results, especially in cases
of more superficial melasma; intense pulsed light, which differs from other treatments
because it is less invasive and painless. Acts through a vascular dilation facilitating blood
supply in the region with melasma, increasing the potential for cell renewal and increased
production of collagen and elastin. It is a more expensive treatment than others, but
produces better results.
Keywords: hypermelanosis, hyperpigmentation, melanin, skin, melasma.
Lista de Figuras
Figura 1 - Estrutura da pele, sua divisão, células e anexos.
Figura 2 - Fotomicrografia de lâmina da pele mostrando a melanócitos.
Figura 3 - Esquema simplificado da melanogênese.
Figura 4 - Melanina e sua síntese.
Figura 5 - Melasma na região da face
Figura 6 - Lâmpada de Wood.
Figura 7 - Efeito da radiação ultravioleta nos melanócitos
Figura 8 - Antes e depois do tratamento de melasma com o uso de despigmentantes.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. .........13
2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 16
2.1 GERAL.......................................................................................................................16
2.2 ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 16
3 METODOLOGIA...........................................................................................................17
4 REVISÃO TEÓRICA.....................................................................................................18
4.1 FISIOLOGIA DA PELE ....................................................................................... .....18
4.2 ESTRUTURAS BÁSICAS DA PELE ....................................................... .................19
4.3 EPIDERME ...............................................................................................................19
4.3.1 Camada córnea .................................................................................................. 20
4.3.2 Camada granulosa ............................................................................................ 20
4.3.3 Camada espinhosa ............................................................................................. 20
4.3.4 Camada basal ..................................................................................................... 20
4.3.4.1 Melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel ................................. 21
4.4 DERME ................................................................................................................... 21
4.5 HIPODERME........................................................................................................... 22
5. PIGMENTAÇÃO ........................................................................................................ 23
6. MELANÓCITO E MELANOGÊNESE........................................................................ 24
7. MELANOSSOMA ..................................................................................................... 26
8. MELANINA ............................................................................................................... 27
9. MELASMA ................................................................................................................ 29
10. FISIOETIOPATOGÊNIA DO MELASMA ................................................................. 30
11. FATORES DE RISCO DO MELASMA .................................................................... 32
12. PREVENÇÃO .......................................................................................................... 33
12.1 FOTOPROTEÇÃO ................................................................................................ 33
13. PRINCIPAIS TRATAMENTOS PARA O MELASMA ................................................ 34
13.1 DESPIGMENTANTES ........................................................................................... 35
13.1.1 Hidroquinona .................................................................................................... 35
13.1.2 Tretinoína .......................................................................................................... 35
13.1.3 Arbutin ............................................................................................................... 35
13.1.4 Ácido Azeláico .................................................................................................. 36
13.1.5 Ácido Kójico ..................................................................................................... 36
13.1.6 Alfa hidroxiácidos (AHA'S) ............................................................................. 36
13.2 MICRODERMOABRASÃO .................................................................................... 37
13.3 LUZ INTENSA PULSADA (LIP) ............................................................................ 37
14. DISCUSSÃO ........................................................................................................... 38
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 40
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 41
14
INTRODUÇÃO
Ao longo da vida as pessoas passam por períodos de intensas modificações,
praticamente todos os sistemas do organismo são afetados, entre eles a pele. A pele
é o maior órgão do corpo humano, representada por aproximadamente 15% do peso
do corpo, sua extensão corresponde a uma área de 2 metros quadrados, e nela se
localiza a primeira e a última linha de defesa contra insultos físicos, químicos e
biológicos, além do primeiro meio de comunicação e mais eficiente protetor (GUIRRO
e GUIRRO, 2002).
A pele é histologicamente composta por três camadas: epiderme, derme e
hipoderme. A epiderme é um epitélio de revestimento, que se encontra acoplado ao
tecido conjuntivo subadjacente, é localizada na porção mais externa do órgão. A
derme é definida como uma rígida matriz de tecido conjuntivo de suporte, contendo
estruturas especializadas dispostas abaixo e intimamente conectadas à epiderme
(GAWKRODGER, 2002).
Abaixo da derme reside um tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme, que contém
gordura. Acima deste complexo de três camadas existe um elaborado revestimento
chamado de revestimento córneo, ele é superficial, localizado acima da epiderme, é
plano e repleto de queratina (stratum corneum), Juntamente com uma matriz
hidrofóbica, o revestimento córneo previne a perda de líquido pela pele e age como
barreira contra a penetração de substâncias externas potencialmente nocivas; porém
seu caráter apolar permite que a penetração de compostos orgânicos ocorra
facilmente (PLIQUETT e PLIQUETT, 1996).
Existem ainda outras células com determinada especificidade, como os
queratinócitos que produzem citosinas que participam das reações inflamatórias e
imunológicas da pele (ALBANESI et al., 2005); as células de Merkel basais, que são
células neuroendócrinas as quais atuam na proliferação de queratinócitos e parecem
ter papel na regulação de doenças cutâneas (BOULAIS et al.,2009) e os melanócitos
da camada basal, que estendem seus prolongamentos dendríticos superiormente até
as outras células epidérmicas e contém pigmentos de melanina com ação protetora
contra a radiação ultra-violeta (BARBOSA, 2011).
A melanina é produzida pelos melanócitos a partir da tirosina (formando
eumelanina) ou da tirosina e cisteína (formando feomelanina) pela ação da tirosinase.
É a ativação do receptor de melacortina 1 (MCR1) que promove essa diferenciada
15
transformação. A transferência da melanina para os queratinócitos é feita pelo
melanócito ou unidade epidérmica de melanização. A ação do hormônio
melanoestimulante (MSH), promove aumento dos melanócitos e entra nas células
pela ação de receptores. A exposição aos raios ultravioletas (RUV) promove um
aumento do número de melanócitos. São quatro a seis genes que determinam a cor
da pele e isso justifica os diferentes tipos de coloração. A classificação da pele pode
ser dividida em seis fototipos, indo de branco, morena a negra (GUIRRO e GUIRRO,
2004).
Quando ocorre alteração na atividade da síntese de melanina, pode resultar na
hiperpigmentação produzida por alguns fatores, esta doença recebe o nome de
Melasma (FIGUEIRÓ, 2008). O melasma caracteriza-se como um hiperpigmentação
comum, crônica e adquirida, que ocorre primeiramente na face, pescoço e antebraços,
é consequência de melanócitos hiperfuncionais específicos que causam deposição
excessiva de melanina na epiderme e na derme, afetando adversamente a qualidade
de vida, influenciando inclusive nas relações interpessoais e de estética (NUSSBAUM,
2006).
A fisiopatologia do melasma é incerta, apesar de serem conhecidos fatores
desencadeadores, que podem incluir influências genéticas, étnicas (determinando os
fototipos), hormonais e ambientais (exposição aos raios UVA ou UVB), também são
aceitas ocorrências espontâneas (BOLANCA, 2008 apud ORTONNE, 2009).
Histopatologicamente o melasma dividi-se em melasma epidérmico, que
consiste no depósito de melanina nas camadas basais e suprabasais da epiderme; e
em melasma dérmico, onde se encontram macrófagos carregados de melanina tanto
na derme superficial quanto profunda. Estes dois tipos podem ser encontrados em
uma mesma área, sendo caracterizado como misto (KEDE e SABATOVICH, 2004).
Fatores etiológicos na patogênese do melasma incluem gestação, uso de
anticoncepcionais hormonais ou terapia hormonal com estrogênio, estimulação
ovariana ou disfunção tireoidiana, tumores ovarianos, certos cosméticos, nutrição,
medicamentos
fotossensibilizantes,
doenças
hepáticas,
parasitoses,
drogas
fototóxicas e medicamentos anticonvulsivantes. Os mesmos fatores causam melasma
em homens e mulheres, exceto gravidez e contracepção. A presença de familiares
com melasma dão suporte a uma predisposição genética, mas não foi identificado um
modelo de herança (COSTIN, 2006 apud HEXSEL, 2009).
16
O fator ambiental mais importante para o desenvolvimento do melasma é a
exposição à luz solar. Radiação ultravioleta pode causar peroxidação dos lipídios nas
membranas celulares, levando à geração de radicais livres, que podem estimular os
melanócitos a produzir excesso de melanina. Muitos estudos sugerem que após a
exposição aos raios UVB, os queratinócitos produzem Interleucina 1 (IL-1), endotelina
1, MSH e ACTH, todos levando a um aumento da proliferação e/ou melanogênese
dos melanócitos humanos. Histologicamente há um espessamento epidermal normal.
As áreas de hiperpigmentação no melasma exibem aumento do depósito de melanina
na epiderme, especialmente na camada basal e na derme. Além de um aumento
relativo no número dos melanócitos, eles também estão mais largos. Protetores
solares que primariamente bloqueiam a radiação UVB são insatisfatórios porque
comprimentos de onda maiores (UVA e radiação visível) também estimulam os
melanócitos a produzir melanina (ELLING, 1997; COSTIN, 2006; BOLANCA, 2008).
Estudos comparativos entre a pele hiperpigmentada e a pele sã desses
pacientes, assim como estudos com mulheres pós-menopausa, gestantes e homens
seriam de grande ajuda para a formação de hipóteses para a escolha de tratamentos
adequados (MIOT et al., 2009).
O tratamento do Melasma é demorado e exige muita paciência e dedicação do
paciente. É recomendável que se evite o uso de contraceptivos orais e se reduza a
exposição aos raios solares, suspensão do uso de produtos cosméticos perfumados e
de drogas fototóxicas (RAMOS, 2009).
O tratamento do melasma tem como principal objetivo o clareamento e
prevenção da área a ser tratada com o mínimo possível de efeitos adversos, há vários
tipos de tratamento para o melasma entre eles estão os peelings químicos, a
microdermoabrasão e a Luz Intensa Pulsada (ILP) (RASSNER, 1990).
17
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Descrever a pele e suas características para entender como se dá o
aparecimento do melasma, os tipos de melasma e seus tratamentos.
2.2 ESPECÍFICOS
. Descrever como funciona a etiopatogênia do melasma;
. Identificar os tipos de melasma;
. Descrever os principais tratamentos para o melasma.
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3 METODOLOGIA
Esta pesquisa se configurou como uma revisão bibliográfica, que permite que
se tome conhecimento de material relevante, tomando-se como base o que já foi
publicado sobre melasma e seus tratamentos, de modo que se possa se esboçar uma
nova abordagem sobre este tema.
Esta abordagem foi realizada através de material já elaborado e publicado,
constituído de livros do acervo da biblioteca das Faculdades Integradas Ipiranga e da
Universidade da Amazônia (UNAMA), campus da Alcindo Cacela, revistas, artigos
científicos, portais científicos como Scielo (Scientific Electronic Library Online)
utilizando as palavras-chave: melasma, hiperpigmentação, manchas, melanina
melanócito, melanogênese, hipercromia. A elaboração desta monografia ocorreu no
período de julho a outubro de 2013.
19
4 REVISÃO TEÓRICA
4. 1. FISIOLOGIA DA PELE
.
A pele é o maior órgão do corpo humano, representada por aproximadamente
15% do peso do corpo. Sua extensão corresponde a uma área de 2 metros
quadrados, e nela se localiza a primeira e a última linha de defesa contra insultos
físicos, químicos e biológicos, além do primeiro meio de comunicação e mais eficiente
protetor (GUIRRO e GUIRRO, 2002).
A pele pode exercer diferentes funções como; manutenção da sua própria
integridade e do organismo, proteção contra agentes externos, absorve e secreta
líquidos, controla a temperatura, possui funções metabólicas importantes (HARRIS,
2005).
Este órgão de revestimento esta estruturado em três camadas a mais
superficial é a epiderme, a camada media é a derme, onde se encontra os anexos
subcutâneos, a derme se divide em derme papilar e derme reticular, já a camada mais
profunda, a hipoderme, é uma camada gordurosa que se amolda aos músculos
subjacentes (PEYREFITTE, 1998) (Figura 1).
Figura 1. Estrutura da pele, sua divisão, células e seus anexos.
Fonte: http://cancer.osu.edu/_layouts/ncipopup
20
4.2 ESTRUTURAS BÁSICAS DA PELE
A epiderme tem como função principal, servir como barreira protetora,
(GAWKRODGER, 1997). É formado por 90% de queratinócitos, os quais compõem a
camada córnea externa. A epiderme contém ainda as células produtoras de melanina
(melanócitos), as células dendríticas do sistema imunológico (células de Langerhans)
e células do sistema nervoso periférico (células de Merkel) (RASSNER, 1990).
A derme é a matriz de suporte rijo do tecido conjuntivo, contendo estruturas
especializadas, presentes diretamente abaixo da epiderme, a qual é intimamente
ligada (GAWKRODGER, 1997). É responsável pela firmeza e resistência mecânica
do tegumento, além de conter os vasos e nervos cutâneos (RASSNER, 1990).
A hipoderme é formada por um tecido conjuntivo que varia do tipo adiposo ao
denso, dependendo da localização e de cada individuo, esta camada não faz parte da
pele, mas é importante, pois esta fixa a pele as estruturas subjacentes
(GUIRRO e
GUIRRO, 2004).
4.3 EPIDERME
A epiderme é um epitélio de revestimento, que se encontra acoplado ao tecido
conjuntivo
subadjacente.
É
localizada
na
porção
mais
externa
do
órgão
(GAWKRODGER, 2002). A epiderme é um epitélio de revestimento estratificado e
possui várias camadas de células que vão se achatando, a principal função da
epiderme é a produção de queratina, que se dá através dos queratinócitos, esta
queratina é uma proteína fibrosa maleável, responsável pela impermeabilidade
cutânea (KEDE e SABATOVICH, 2004).
A epiderme não possui irrigação sanguínea direta, os nutrientes são
transportados através de capilaridade. Na epiderme encontramos varias células além
dos queratinócitos existem os melanócitos, as células de Merkel e as células de
Langerhans (HARRIS, 2005).
A epiderme é constituída por quatro subcamadas, que foram originadas através
da estratificação dos queratinócitos, sendo camada córnea, camada granulosa,
camada espinhosa e a camada basal (HARRIS, 2005).
21
4.3.1 Camada córnea
É a camada mais superficial da epiderme, suas células córneas são
anucleadas (PEYREFITTE, 1998). Esta camada é constituída por uma membrana
única, nesta camada encontram-se os corneócitos que são células planas. Os
corneócitos são conectados entre si, através dos desmossomos, que impedem que
ocorra o deslizamento entre as camadas, entre os corneócitos existe uma estrutura de
bicamada lipídica, a camada córnea é impermeável para os líquidos, isso se dá
através do alto grau de compactação e pelo pequeno espaço entre as células.
(HARRIS, 2005).
4.3.2 Camada granulosa
Está camada encontra-se situada abaixo da camada córnea, formada por
camadas de queratinócitos achatados com núcleo central e maior, esta camada é
chamada de granulosa, pois as células desta camada possuem grânulos ricos em
percussores de queratina (queratohialina) (PEYREFITTE, 1998).
A camada granulosa possui estruturas filtrantes chamadas de corpos lamelares,
essa estrutura despeja seu conteúdo nos espaços intercelulares, formando uma
importante barreira, chamada de manto hidrolipídico, nesta camada ocorre também à
produção de proteínas que são responsáveis pela estruturação do espaço córneo
(HARRIS, 2005).
4.3.3 Camada espinhosa
É composta por células poligonais irregulares, possuem aspecto esponjoso
devido os poros que são observados entre as células espinhosas, que permitem a
passagem de nutrientes na camada. Esta camada é ligada por desmossomos que não
são fixos, neste estrato também há formação de estruturas lamelares (HARRIS, 2005).
4.3.4 Camada basal
Esta camada é a mais profunda da epiderme, a camada basal é composta por
células proliferativas, os queratinócitos, que compõem esta camada são de forma
22
colunar, seu maior eixo é perpendicular a membrana basal. Nesta camada que se
encontra os melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merkel (HARRIS,
2005).
4.3.4.1 Melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel.
Os melanócitos são células dendríticas, que não apresentam os desmossomas,
que se originam a partir da crista neural, são encontrados na epiderme sobre a
camada basal e entre os queratinócitos da camada germinativa, são eles que
produzem a melanina, que é o pigmento responsável pela cor da pele e protege
contra os raios ultravioletas (PEYREFITTE, 1998).
As células de Langerhans também são células dendríticas, essas células estão
envolvidas com o sistema imunológico, sendo assim as mesmas são células de
defesa da pele (KEDE e SABATOVICH, 2004). Essas células fazem o controle dos
antígenos que podem atravessar a camada córnea, ocorre uma redução destas
células com o passar da idade (PEYREFITTE, 1998).
Já as células de Merkel encontram-se espalhadas na epiderme, atuam como
receptores mecânicos e estão relacionadas à função tátil (HARRIS, 2005).
4.4 DERME
A derme é definida como uma rígida matriz de tecido conjuntivo de suporte,
contendo estruturas especializadas dispostas abaixo e intimamente conectadas à
epiderme (GAWKRODGER, 2002). Sua espessura varia de 0,5mm a 3,0mm, na
derme há vascularização devido à presença de vasos sanguíneos. É responsável
pela termoregulaçäo, pela defesa do organismo juntamente com as células de
Langerhans que se encontram na epiderme (HARRIS, 2005).
Esta camada da pele sustenta e confere consistência a epiderme que fica
sobre a derme, está atravessada por vários nervos. A derme é considerada um tecido
de nutrição para a epiderme que não e irrigado, mas seus elementos nutritivos
provêm dos capilares que se encontram na derme (PEYREFITTE, 1998).
A derme é formada por fibras de colágeno, elastina que são produzidas pelos
fibroblastos, a derme se divide em derme papilar e derme reticular, e nesta camada
que se encontra os anexos cutâneos. (KEDE e SABATOVICH, 2004).
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A derme papilar é a mais externa, situa-se próximo da epiderme formado de
tecido conjuntivo frouxo e contêm papilas dérmicas. A derme papilar possui uma fina
rede de fibras elásticas, e rica em fibroblastos (HARRIS, 2005). Na derme papilar se
encontra os capilares linfáticos e sanguíneos e as terminações nervosas
(PEYREFITTE, 1998).
A derme reticular é um tecido denso e irregular que dá força e elasticidade para
a pele (HARRIS, 2005). Nesta camada há uma grande quantidade de fibras elásticas,
essas fibras são grosseiras, curtas e retorcidas (KEDE e SABATOVICH, 2004). As
fibras elásticas que compõem esta camada são responsáveis pelas características de
elasticidade da pele (GUIRRO e GUIRRO, 2004). Esta parte da derme é responsável
pela sustentação da epiderme (PEYREFITTE, 1998).
A grande diferença entre a camada reticular da camada papilar é no que diz
respeito ao seu conteúdo de capilares, a camada papilar é rica em capilares
sanguíneos, já na derme reticular os capilares são raros (GUIRRO e GUIRRO, 2004).
4.5 HIPODERME
A hipoderme é formada por um tecido conjuntivo que varia do tipo adiposo ao
denso, dependendo da localização e de cada individuo. Esta camada tem como
funções ser um reservatório energético, realizar o isolamento térmico do organismo,
modela a superfície corporal, absorve choques através de seus coxins, preencher e
auxiliar na fixação de órgãos (GUIRRO e GUIRRO 2004|).
24
5. PIGMENTAÇÄO
Há dois tipos de cores que participam da coloração da pele a que é
proporcionada pela melanina e a dos pigmentos sanguíneos. A pigmentação melânica
é geneticamente determinada, isso se dá através do grau de tolerância do indivíduo a
exposição solar. Sua classificação é feita em fototipos a partir da tabela de Fitzpatrick
(Quadro 1). No Brasil a classificação de Fitzpatrick é difícil de ser seguida, isso se dá
devido à miscigenação racial presente (KEDE, e SABATOVICH, 2004).
Quadro 1. Classificação dos fototipos de Fitzpatrick
Fonte: http: //www.surgicalcosmetic.org.br
Entre humanos, a pigmentação da pele e do cabelo depende da atividade
melanogênica dentro dos melanócitos, que são responsáveis pela pigmentação da
pele, da taxa de produção de melanina, do tamanho, número, composição, e
distribuição
de
partículas
do
citoplasma
dos
melanócitos,
denominadas
melanossomas, além da natureza química da melanina que elas contem (JIMBOW,
QUEVEDO e FITZPATRICK 1999 apud ABDEL 2011).
25
6. MELANÓCITOS E MELANOGÊNESE
Os melanócitos são células responsáveis pela pigmentação da pele e dos
pelos, conferindo proteção direta aos danos causados pela radiação ultravioleta. A
quantidade de melanócitos diminui com a idade (PEYREFITTE, 1998) (Figura 2).
Figura 2. Fotomicrografia de lâmina da pele mostrando a melanócitos
Fonte: Laboratório de Histologia da Universidade Federal do Pará
Os melanócitos são encontrados apenas na camada basal, isso ocorre apenas
em pele normal, eles estão distribuídos entre os queratinócitos presentes nessa
camada, cada melanócito esta em contato com 30 a 40 queratinócitos. A
melanogenêse é um encadeamento de numerosas reações bioquímicas que inicia
com a tirosina que é um tipo de aminoácido e termina com a melanina, isto ocorre
com a presença da enzima tirosinase. Em indivíduos normais este processo funciona
normalmente, mas em indivíduos que apresentam algum tipo de hipercromia como o
melasma, este processo é desordenado, devido um grande aumento deste pigmento
que resultou do aumento da atividade melanócita epidérmica (WILKSON e MOORE,
26
1990). A fabricação da melanina dentro do melanócito ocorre em três etapas, a
primeira etapa é a produção da tirosinase, a segunda é a formação dos
melanossomas, a terceira e ultima é a sínteses das melaninas (PEYREFITTE,1998).
A melanina é produzida dentro dos melanossomas a partir da enzima tirosinase,
esta produção é estimulada pela radiação ultravioleta. A produção de melanina
começa através da oxidação enzimática de L-tirosinase a L-dopa e dopaquinona. Em
seguida ocorre a transformação espontânea da dopaquinona em dopacromo e
leucodopacromo inicia-se reações bioquímicas, resultando na formação de pigmento
de eumelanina que dão os pigmentos marrons ou negros. A união de dopaquinona
com cisteína ou glutationa resulta em cisteinidopa e glutationildopa. Ambos passam
por diversas transformações, gerando a feomelanina que é responsável pelos
pigmentos amarelos ou vermelho-marrom. Além de todas estas enzimas que
participam deste processo, fatores não enzimáticos também interferem na produção
do pigmento entre eles podemos destacar o ph, concentração de íons metálicos ou os
oligoelementos como o Ca++ (WILKSON e MOORE, 1990) (Figura 3).
Figura 3. Esquema simplificado da melanogênese.
Fonte: http://www.adeliamendonca.com.br/dicas
27
7. MELANOSSOMA
Os melanossomas são organelas, nas quais ocorre a produção é o depósito de
melanina, e nele que ocorre os fenômenos bioquímicos que originam a melanina.
(MOSHER
e
FITZPATRICK,
1999).
A produção
de
melanina
ocorre
nos
melanossomas, isso ocorre com a presença de vários genes (JIMBOW, QUEVEDO e
FITZPATRICK, 1999 apud BOLOGNI e ORLOW, 2003). A qualidade do melanossoma
é importante para identificar a diferença fenotípica entre as raças mais pigmentadas e
as menos pigmentadas, pois é a partir dele que se pode constatar esta diferença.
(BOLOGNI e ORLOW 2003).
Os melanossomas nos indivíduos de pele branca são menores e menos
maduros que os de pele negra e são armazenados mais como grupamento do que
como unidade (SULAIMON e KITCHELL, 2003). Nos melanossomas de pele normais,
e observado uma melanina densa, que apresenta alto peso molecular, insolúvel, que
além de dar cor à pele, apresenta uma ação protetora, que filtra e absorve as
radiações ultravioletas realizando uma proteção contra os danos que são causados
na pele pela radiação ultravioleta (JIMBOW, QUEVEDO e FITZPATRICK, 1999;
ROUZAD e KADEKARO, 2005).
28
8. MELANINA
A melanina é produzida pelos melanócitos a partir da tirosina (formando
eumelanina que é mais comum e confere coloração castanho-enegrecida) ou da
tirosina e cisteína (formando feomelanina que é a menos comum e produz uma
coloração amarela ou vermelha) pela ação da tirosinase (GAWKRODGER, 1997). É a
ativação do receptor de melacortina 1 (MCR1) que promove essa diferenciada
transformação. A transferência da melanina para os queratinócitos é feita pelo
melanócito ou unidade epidérmica de melanização. A ação do hormônio
melanoestimulante (MSH), promove aumento dos melanócitos e entra nas células
pela ação de receptores. A exposição aos raios ultravioletas (RUV) promove um
aumento do número de melanócitos. São quatro a seis genes que determinam a cor
da pele e isso justifica os diferentes tipos de coloração. A classificação da pele pode
ser dividida em seis fototipos, indo de branco, morena a negra. (GUIRRO e GUIRRO,
2004).
A quantidade de melanócito que se encontra na epiderme, varia de região para
região, a região com maior quantidade destas células é a cabeça e o antebraço, já em
indivíduos que se expõem a radiação solar, observa-se um aumento de melanócitos
em regiões do corpo mais exposta. (PEREIRA, 2013).
A melanina tem como funções dar cor à pele, esta depende do número,
tamanho, composição e distribuição dos melanossomas, ,realizar a fotoproteção
através de uma parte da radiação que a melanina difrata
e a outra parte e
absorvida ,para que ocorra a síntese de vitamina D, neutraliza os radicais livres, faz a
termoregulação que e a transformação da radiação em calor (PEREIRA, 2013)
(Figura 4).
29
Figura 4. Melanina e sua síntese.
Fonte: http://www.adeliamendonca.com.br/dicas
Em indivíduos de cor branca, os melanócitos funcionam de forma mais lenta,
apresentando uma ausência de estimulação dos raios solares, com fabricação de
melanossomas pequenos. Já os negros se diferenciam, pois produzem na ausência
ou presença de raios solares, coma fabricação de melanossoma duas vezes maiores
que os de cor branca. Na pele indivíduos orientais se encontra melanossomas
grandes e pequenos (PEREIRA,2013).
30
9. MELASMA
Quando ocorre alteração da atividade na taxa de síntese de melanina pode
resultar na hiperpigmentação produzida por alguns fatores, esta patologia recebe o
nome de Melasma (FIGUEIRÓ, 2008), este se caracteriza como um hiperpigmentação
comum, crônica e adquirida, que ocorre primeiramente na face, pescoço e antebraços,
é consequência de melanócitos hiperfuncionais específicos que causam deposição
excessiva de melanina na epiderme e na derme, afetando adversamente a qualidade
de vida, influenciando inclusive as relações interpessoais e de estética (NUSSBAUM,
2006).
Este melasma pode aparecer ou piorar No período da gravidez, neste caso ele
é denominado de cloasma gravídico (PEREIRA, 2013). Ë responsável por um grande
número de consultas dermatológicas. A maioria dos casos e visto em mulheres,
embora possa ser visto em homens, que correspondem a 10% de indivíduos afetados
por esta hiperpigmentaçäo. É uma condição que além de um problema estético pode
levar um considerável problema psicológico (RIGOPOULOS, GREGORIOUS e
KATSAMBAS, 2007) (Figura 5).
Figura 5: Melasma na região da face.
Fonte: http:// dramariahelenasandoval.com.br
31
10. ETIOFISIOPATOGÊNIA DO MELASMA.
A fisiopatologia do melasma é incerta, apesar de serem conhecidos os fatores
desencadeantes, que podem incluir influências genéticas, étnicas (determinando os
fototipos), hormonais e ambientais (exposição aos raios UVA ou UVB), também são
aceitas ocorrências espontâneas (BOLANCA, 2008 apud ORTONNE, 2009).
Fatores etiológicos na patogênese do melasma incluem: gestação, o uso de
anticoncepcionais hormonais ou terapia hormonal com estrogênio, estimulação
ovariana ou disfunção tireoidiana, tumores ovarianos, certos cosméticos, nutrição,
medicamentos
fotossensibilizantes,
doenças
hepáticas,
parasitoses,
drogas
fototóxicas e medicamentos anticonvulsivantes. Os mesmos fatores causam melasma
em homens e mulheres, exceto gravidez e contracepção. A presença de familiares
com melasma dão suporte a uma predisposição genética, mas não foi identificado um
modelo de herança (COSTIN 2006 apud HEXSEL, 2009).
O aumento dos níveis de hormônios melanócito estimulante, progesterona e
estrógeno têm grandes indícios no aparecimento dessas manchas, isso ocorre devido
à relação destes hormônios tanto na gravidez quanto no uso de anticoncepcionais. O
melasma se apresenta em uma porcentagem de 70% das dermatoses em gestantes e
35% em mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais (PEREIRA, 2013). Outro
fator importante no aparecimento destas manchas e a radiação ultravioleta, a
exposição solar faz com que ocorra um aumento dos melanócitos situados na camada
basal, na produção e a transferência da melanina (NICOLLETI et al., 2002).
O melasma é classificado de acordo com características clínicas e histológicas,
histopatologicamente o melasma divide-se em: melasma epidérmico que consiste no
depósito de melanina nas camadas basais e suprabasais da epiderme e em melasma
dérmico onde se encontra macrófagos carregados de melanina tanto na derme
superficial quanto profunda. Quando estes dois tipos de melasma podem ser
observados em uma mesma área, este é denominado como misto. Esta classificação
tem especial importância para definir a escolha terapêutica e o prognóstico (KEDE e
SABATOVICH, 2004).
Quanto à fluorescência é observado quatro tipos de melasma, o melasma
epidérmico, dérmico, misto (apresenta tanto o epidérmico quanto dérmico) e indefinido
(observado em pacientes que apresentam fototipos de pele do tipo V e VI de
32
Fitzpatrick). O exame com a lâmpada de Wood é empregado para se determinar a
profundidade do melasma. Quanto mais superficial for o melasma, melhor e mais
rápido e a resposta do tratamento. Ao avaliar um paciente que apresenta melasma
devem-se levar em conta alguns fatores como: histórico familiar, grau de exposição
solar e o uso de hormônios (KEDE e SABATOVICH, 2004) ( Figura 6).
Figura 6. Lâmpada de Wood
Fonte: www.aparelhosdeestetica.com.br
33
11. FATORES DE RISCO DO MELASMA
A ação dos raios ultravioletas-B faz com que ocorra uma multiplicação dos
melanócitos ativos e estimula a enzima tirosinase, isso faz com que ocorra um
aumento na síntese de melanina, que é uma reação defensiva da pele promovendo a
formação de pigmentação indireta, já os raios ultravioleta fazem com que ocorra a
oxidação e escurecimento dos precursores incolores da melanina, promovendo uma
pigmentação direta. A exposição a esta luz ultravioleta faz que ocorra o aparecimento
destas manchas devido o processo que ocorre quando a pele entra em contato com
luz ultravioleta (PEREIRA, 2013).
Outros fatores que implicam no desenvolvimento do melasma e os altos níveis
de hormônios como estrogênio e progesterona, pois estes hormônios estão
associados com a gravidez, ao uso de contraceptivos e nos casos de reposição
hormonal em mulheres pós-menopausicas. A influência genética também é um fator
de risco para o desencadeamento do melasma (KEDE e SABATOVICH, 2004).
O uso de cosméticos, que muitas vezes pode ser inadequado ao tipo de pele,
seguido da exposição solar pode desencadear ou agravar a hiperpigmentação pele,
alguns exemplos de cosméticos são: perfumes e maquiagem que contenham ação
fototóxica que ao induzem os radicais livres fazem com que ocorra uma
hiperprodução dos melanócitos (KEDE e SABATOVICH, 2004).
A exposição solar induz a melanogênese, a falta de fotoproteção faz com que a
pele fique mais vulnerável ao aparecimento de melasma por isso e necessário que se
faça a fotoproteção adequada para que ocorra o bloqueio da radiação solar, com isso
pode-se evitar a síntese de melanina nos melanócitos (PEREIRA, 2013) (Figura 7).
Figura 7. Efeito da radiação ultravioleta no melanócito.
Fonte: HTTP: // www.clinicaleger.com.br /melasma.htm
34
12. PREVENÇÃO
Para prevenir o aparecimento do melasma é necessário que se tome algumas
precauções entre elas estão a suspensão de drogas e cosméticos que possam
desencadear o surgimento do melasma ou manter hiperpigmentações da pele (KEDE
e SABATOVICH, 2004).
É indicado o uso de cosméticos com agentes inibam a tirosinase, o uso de
agentes despigmentantes como o ácido ascórbico que contribui para que ocorra uma
redução na síntese de melanina (PEREIRA, 2013). Evitar produtos que contenham
altas concentrações de estrógenos, pois os anovulatórios são apontados como um
dos fatores desencadeantes do aparecimento do melasma no sexo feminino (KEDE e
SABATOVICH, 2004).
Outro fator importante é a realização de fotoproteção adequada, o uso de
fotoprotetores adequados com o tipo de pele, que faz com que a pele fique protegida
ao entrar em contato com os raios solares (PEREIRA, 2013). É essencial que o
indivíduo se exponha as radiações com moderação e em horários que intensidade
dos raios solares sejam menores para que as mesma possa trazer efeitos benéficos e
não maléficos (PEREIRA,2013).
12.1 FOTOPROTEÇÃO
É importante que os fotoprotetores estejam inclusos nos protocolos de
tratamento do melasma, os fotoprotetores devem ter um amplo poder de absorção
das radiações e um alto fator de proteção. Os filtros solares são todos os produtos
que apresenta como função a capacidade de filtrar as radiações ultravioletas A e B
com o intuito de diminuir sua penetração na pele (KEDE e SABATOVICH, 2004).
A escolha adequada do filtro solar é essencial para que ocorra uma proteção
correta, deve-se levar em consideração o Fator de Proteção Solar (FPS),este fator
mede a proteção contra os raios UVB (PEREIRA, 2013).
35
13. PRINCIPAIS TRATAMENTOS PARA O MELASMA.
O tratamento do Melasma é demorado e exige muita paciência e dedicação do
paciente. É recomendável que se evite o uso de contraceptivos orais e se reduza a
exposição aos raios solares, suspensão do uso de produtos cosméticos perfumados e
de drogas fototóxicas (RAMOS, 2009).
Para um tratamento eficiente deste melasma, é necessário identificar a área da
lesão, fazer o diagnóstico desta área lesada, avaliar qual camada foi atingida. O
resultado satisfatório não é atingido imediatamente, pois tudo depende do grau da
despigmentação (PEREIRA, 20013).
A proposta de um tratamento eficaz para o melasma resulta de algumas etapas
indispensáveis no tratamento como prevenção e proteção contra a radiação solar,
inibição da atividade dos melanócitos, destruição dos grãos de melanina (PEREIRA,
2013).
O tratamento do melasma tem como principal objetivo o clareamento e
prevenção da área a ser tratada com o mínimo possível de efeitos adversos, há vários
tipos de tratamento para melasma mais os principais são os peelings químicos e a
microdermoabrasão e Luz Intensa Pulsada (LIP) (RASSNER, 1990) (Figura 8).
Figura 8: antes e depois do tratamento de melasma com o uso de despigmentantes.
Fonte: http://dulcineiasemadalenas.blogspot.com.br
36
13.1 DESPIGMENTANTES
Os despigmentantes agem por três mecanismos distintos: Clareamento da
melanina, inibição da função melanocitária e a distribuição dos melanócitos
(FIGUEIRÓ, 2008).
13.1.1 Hidroquinona
A hidroquinona é um agente mais comum é mais efetivo utilizado. É inibidor da
melanogênese, que é um derivado fenólico atuando sobre o melanócito (FIGUEIRÓ,
2008; BOLANCA, 2008). Tem como mecanismo de ação a inibição da oxidação da
tirosinase em Diidroxifenilalanina (DOPA), por meio da inibição da síntese melânica e
da ação citotóxica, levando a diminuição da produção de melanina, podendo ser
aplicado em creme ou em solução álcool-base (COSTIN, 2006; FIGUEIRÓ, 2008;
BOLANCA, 2008).
Este
agente
é
o
despigmentante
mais
utilizado
no
tratamento
de
hiperpigmentações como o melasma. Alguns efeitos colaterais como irritação da pele,
dermatites de contato e fotosensibilidade fazem com que este agente seja restrito e
proibido em alguns casos(PEREIRA, 2013).
13.1.2 Tretinoína
A Tretinoína, que deriva da vitamina A (ácido trans-retinóico), menos efetiva
que hidroquinona, podendo levar em média 6 meses ou mais para ocorrer uma
melhora.(COSTIN, 2006 apud BOLANCA, 2008).
Este tem como função diminuir a pigmentação na pele, principalmente nos
casos de melasma epidérmico, este em concentração elevada só poderá ser
manuseado em consultório médico(PEREIRA, 2013).
13.1.3 Arbutin
É um derivado metabólico da hidroquinona, considerado como a hidroquinona
natural, é obtida das folhas da amoreira. O seu mecanismo primário de ação é a
inibição da tirosinase, além da capacidade degradação da melanina, inibindo a
37
hiperpigmentação e na diminuição do melasma existente (FIGUEIRÓ 2008).
13.1.4 Ácido Azeláico
O ácido azeláico é um inibidor da tirosinase, tem também ação de
antimicrobiano, diminui a formação de comedões, regula a oleosidade e a
queratinização da pele (FIGUEIRÓ, 2008). O mecanismo de ação não é certo, mas a
indícios que tem como alvo apenas os melanócitos hiperativos e anormais, de forma
que não irá clarear a pele nos locais em que existem melanócitos normalmente
funcionamento ,assim evitando a ocorrência de leucodermias e ocronoses
(COSTIN,2006; FIGUEIRÓ, 2008; BOLANCA,2008).
É eficaz no tratamento de hiperpigmentação, devido sua ação anti-tirosinase,
preconizando-se a porcentagem de 20% (PEREIRA, 2013).
13.1.5 Ácido Kójico
O ácido Kójico tem grande eficácia no tratamento do melasma, pois inibe a
ação da tirosinase como quelante de íons cobre e promove a diminuição da
eumelanina e do seu precursor (PEREIRA, 2013). Quando associado ao ácido
glicólico, tem resultados semelhantes à hidroquinona a 2% no tratamento do melasma
(FIGUEIRÓ, 2008). Este ácido tem a vantagem de apresentar uma suavidade de sua
ação em contato com a pele,pois o mesmo não causa efeitos adversos como irritação
e fotosensibilização do usuário, com a possibilidade de ser usado durante o
dia.(PEREIRA, 2013).
13.1.6 Alfa-Hidroxiácidos (AHA'S)
Os peelings de Alfa- hidroxiácidos (AHA´S), bem como ácido glicólico e ácido
láctico, promovem a melhora do melasma ocorrendo um afinamento do estrato córneo
(diminuindo a adesão dos corneócitos), promove dispersão da melanina pela camada
basal e aumento na síntese de colágeno na derme (COSTIN, 2006 apud FIGUEIRÓ,
2008).
O ácido glicólico é um despigmentante devido sua ação de descamação, de
acordo com a concentração e tempo levando em consideração a necessidade do
38
cliente. Em baixa concentração seu efeito e de hidratação, já em alta concentração
apresenta um efeito esfoliante e descamante. O ácido glicólico pode ser encontrado
na cana- de açúcar, beterraba, uva, abacaxi (PEREIRA, 2013).
13.2 MICRODERMOABRASÃO
O equipamento que realiza a microdermoabrasão utilizado atualmente oferece
ao profissional a possibilidade de regular os níveis de esfoliação. A abrasão produzida
nos tecidos é condicionada pela quantidade de microcristais que são jateados na pele,
pela pressão utilizada, para a projeção, aspiração e também pelo número de
passagens sobre a área tratada (KEDE e SABATOVICH, 2004).
O procedimento é feito com níveis leves de esfoliação e com número
controlado de passagens da ponteira do equipamento sobre a pele, atingindo-a
superficialmente,
não
promovendo lesões (KEDE e SABATOVICH, 2004).
A utilização da microdermoabrasão no tratamento de melasma pode contribuir
para uma reposta de resultado mais rápido, principalmente se a despigmentação
ocorrer nas camadas mais superficiais (KEDE e SABATOVICH, 2004).
13.3 LUZ INTENSA PULSADA (LIP)
A tecnologia conhecida como Luz Intensa Pulsada (ILP) consiste em fontes
luminosas de alta intensidade, que são capazes de emitir uma luz policromática
multidireccional, utilizada de maneira eficaz para tratamento de disfunções vasculares
e pigmentares e também fotodepilação (AGNE, 2011).
O uso da IPL apresenta algumas limitações em alguns tratamentos como no
tratamento de lesões pigmentadas e vasculares em tipos de pele mais escura,
principalmente nos fototipos IV, V, VI, devido isto cabe ao profissional determinar a
fluência de energia de acordo com o fototipo de pele (AGNE, 2011).
Trata-se de um procedimento não ablativo, indolor, rápido, é indicado para o
tratamento de discromias induzidas pela exposição solar como o melasma, já que o
seu amplo espectro trata a melanina e os vasos sanguíneos dilatados, embora
também tenha sido descoberto que a luz intensa pulsada estimula a produção de
colágeno e elastina (NARINS, 2004 apud ODO, 2005).
39
14. DISCUSSÃO
Esta pesquisa bibliográfica foi realizada com o intuito de realizar um
levantamento de informações com o objetivo de se ampliar o conhecimento sobre o
melasma, os tipos de melasma e os seus tratamentos, aos profissionais da área da
saúde, em especial os profissionais da área da estética que estão a cada dia mais
aperfeiçoando seus conhecimentos.
O melasma resulta de uma alteração que ocorre na atividade de produção de
melanina e caracteriza-se como um hiperpigmentação comum, crônica e adquirida,
que ocorre primeiramente na face, pescoço e antebraços, é consequência do
surgimento de melanócitos hiperfuncionais específicos, que causam deposição
excessiva de melanina na epiderme e na derme, afetando adversamente a qualidade
de vida, influenciando inclusive nas relações interpessoais e de estética (NUSSBAUM,
2006).
O objetivo desta pesquisa foi alcançado de acordo das informações já
publicadas e estudos desenvolvidos nesta área, após este levantamento bibliográfico,
podemos perceber que o melasma tem sua fisiopatologia indefinida, mas se observou
que há fatores que implicam no aparecimento desta hiperpigmentação entre eles o
principal fator é a exposição solar sem proteção, mas também pode se desencadear
através de predisposição genética, étnicas (determinando o fototipo) e fatores
hormonais (BOLANCA, 2008 apud ORTONNE, 2009).
Um aspecto que se deve levar em consideração é o impacto psicológico que
esta doença pode causar no individuo que é acometido pelo melasma, muitos sentem
vergonha e até mesmo entram em um quadro de depressão.
Os vários trabalhos usando os tratamentos do melasma têm resultados seguros
e satisfatórios, pois são usados tratamentos que tenham o mínimo de efeitos
adversos, e promove o resultado adequado para o tratamento. Portanto ao se utilizar
os tratamentos de peelings, microdermoabrasão e luz intensa pulsada é notável uma
melhora gradativa do melasma, lembrando que é de suma importância se verificar na
avaliação do paciente a profundidade do melasma, pois quanto mais superficial e
mais fácil de se tratar.
O profissional da estética tem o papel de realizar o acompanhamento do
indivíduo desde a anamnese até o final do procedimento, acompanhando a evolução
do tratamento proposto. Este profissional deverá ter conhecimento sobre fisiologia e
40
anatomia da pele, para propor o tratamento adequado.
É de suma importância que a esteticista firme uma parceria com profissionais
dermatologistas, afim de que com isso ocorra uma contribuição nos resultados dos
tratamentos que ambos realizaram. Para isso é necessário que o profissional seja
qualificado,
tenha
formação
acadêmica
e
procedimentos, e atue com ética e transparência.
esteja
seguro
para
realizar
os
41
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho possibilitou, através de uma revisão de literatura, entender os
principais fatores que contribuem para aparecimento do melasma e suas variantes,
bem como os tratamentos mais utilizados no seu controle.
De acordo com a maioria dos autores, a prevenção é a principal forma de
combate ao melasma. Este controle preventivo ocorre através da utilização diária de
protetor solar, de forma correta e com reaplicações a cada 3 horas ou menos, bem
como, visita ao médico dermatologista aos primeiros sinais de qualquer mancha na
pele, devemos lembrar que o melasma pode ser epidérmico (tratado também pelo
profissional esteticista), dérmico (tratado somente pelo Médico Dermatologista) e
ainda pode ser um diagnóstico diferencial para Neoplasias de pele (câncer de pele).
Os tratamentos existentes fornecem somente uma amenização dos sinais
clínicos, o que instiga a sociedade científica para um maior estudo voltado para a
gênese e evolução deste distúrbio hiperpigmentar. Só através de um conhecimento
mais aprofundado sobre esta doença, será possível um tratamento mais eficaz e
acessível a todos os portadores indiferentemente de sexo, idade ou classe social.
Estudos estatísticos complementares sobre a evolução do melasma no estado
do Pará são de fundamental importância para o entendimento mais completo sobre a
evolução desta doença.
42
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