empresas - Revista Cobertura
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empresas - Revista Cobertura
Com foco nos segmentos de entretenimento, turismo e esporte, empresa oferece seguro de acidentes pessoais com tecnologia que identifica o acesso do público. Para os corretores, a solução sofisticada traz simplicidade e facilidade no processo de contratação Período de economia fragilizada exige que corretor atue na conscientização da importância do seguro, identifique os reais riscos do segurado e fortaleça essa relação Especialistas compartilham opiniões sobre as mudanças na legislação Essor Seguros se prepara para lançar novos produtos e volta sua atenção ao corretor, conforme o CEO da companhia, Fábio Pinho 2 revista cobertura setembro2015 destaques Entrevista Essor Seguros: Fábio Pinho, CEO da seguradora, destaca lançamento de produtos e fortalecimento da parceria com corretor Inovação na Alfa Seguradora 22 34 48 setembro2015 Apoio em tempos de crise Seguradora investe em tecnologia de ponta para seguros de acidentes pessoais, com foco de atendimento a segmentos de turismo, esporte e entretenimento Conscientização da importância do seguro, fortalecimento da relação e conhecimento dos reais riscos do segurado solidificam o papel do corretor em momento de economia fragilizada 26 Resseguros: novas regras O ponto de vista do mercado sobre as mudanças na legislação do segmento 7ª Conseguro Educação, ética e seguro ainda nesta edição Artigo Walter Polido Necessária inovação do mercado de seguros brasileiro (primeira parte) Acervo Cobertura 05 Hélio Loreno 10 VGBL Saúde – novas oportunidades Sergio Barroso de Mello 12 RC Profissional do advogado e o novo CPC Corretagem em destaque 58 06 Loufil Corretora de Seguros: empresa é adepta às novas tecnologias, mas não abre mão do atendimento pessoal e personalizado Acacio Queiroz Planejamento em momento de crise: cuidado e atenção Samplemed preparada para atender as diversas demandas das seguradoras que envolvem questões médicas 46 14 Atuação da Prado Seguros cresce no mercado 16 3º Conseg-PE – 52 Oportunidades no nordeste Use a malícia de um bom negociador Eduardo Sanches Soluções para subscrição 42 de riscos médicos Regulação de sinistros Liderando em meio à crise André Santos 38 20 Temas como venda on-line de seguros e multicálculo fizeram parte do evento Executivos & Cia 56 revista cobertura 3 Qual o seu papel na crise? Edição 166 | Setembro l 2015 | Ano XXIV Fase 1 - 86 edições formato jornal Fase 2 - 166 edições formato revista D iante da fase conturbada que o País enfrenta, qual o papel do corretor de seguros? Para ressaltar alternativas, destrinchamos essa questão em uma matéria que mostra, entre outros fatores, que esse profissional deve fortalecer hábitos já praticados, como conscientizar o segurado sobre a importância do seguro, fortalecer essa relação, além de ter a real dimensão dos riscos dos clientes. Para colocar tais ações em prática, o corretor dependerá também do apoio das seguradoras e estratégias que enalteçam a função do seguro. Nessa edição, destacamos um exemplo desses em uma matéria que aborda uma iniciativa inovadora da Alfa Seguradora, que traz ao mercado uma tecnologia de ponta para os seguros de acidentes pessoais. Voltada aos segmentos de entretenimento, turismo e esporte, a tecnologia possibilita que o público participante de cada evento seja identificado. A solução tecnológica, como compartilha a diretora executiva da Alfa, Milca Pereira Zambrini, oferece benefícios como o controle de acesso tanto para a empresa organizadora do evento, quanto para a seguradora, pois em caso de sinistro, o seguro é viabilizado de maneira assertiva e identifica o segurado com agilidade. Para o corretor de seguros, canal exclusivo de distribuição na seguradora, a solução sofisticada traz simplicidade e facilidade no processo de contratação. Em sua entrevista para essa edição, o CEO da Essor Seguros, Fábio Pinho, também reforçou a atenção da companhia para o corretor. Com cerca de três anos de atuação no País, a Essor se prepara para apresentar, em breve, novos produtos ao mercado. Realizado em Porto de Galinhas, Pernambuco, o 3° Congresso de Seguros (Conseg/PE) trouxe à luz as oportunidades de seguros existentes no nordeste. Para se ter uma ideia, em todo o nordeste, apenas 3% das empresas possuem um seguro. Outras oportunidades destacadas durante o evento promovido pelo Sincor-PE são por conta dos investimentos realizados por aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. No segmento de resseguros, as mudanças trazidas pelas Resoluções nº 321 e nº 322 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) implicam em novas regras para esse mercado. Trazemos nesse mês uma matéria sobre o ponto de vista de profissionais do segmento sobre essas mudanças. Na seção Corretagem em Destaque, Sergio Secchi da Silva, da Loufil Corretora de Seguros, compartilha que a empresa é adepta às novas tecnologias, mas não abre mão de prestar um atendimento pessoal e personalizado. Boa leitura! Equipe Cobertura Paulo Akio Kato Editor Executivo e Diretor Comercial [email protected] Conselho Editorial: Carol Rodrigues Editora - Mtb 42.158 [email protected] Camila Alcova Redação [email protected] Karin Fuchs Tany Souza Repórter Thaís Tagliatella Barros Projeto Gráfico | Diagramação [email protected] Luciano Brandão Atendimento ao leitor [email protected] Laryssa Carreiro Web Aline Martins Estagiária Fotografia | Antranik e Agência Imagem online Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam, portanto, a opinião desta publicação. Curta nas redes sociais e receba nosso conteúdo 4 revista cobertura A marca Cobertura - Mercado de Seguros está registrada no INPI conforme Pedido Número 816.562.318 www.revistacobertura.com.br www.twitter.com/RevCobertura www.facebook.com/RevistaCobertura Uma publicação da Cobertura Editora Ltda (24 anos de informações e prestação de serviço) Rua Cons. Crispiniano, 53 - 12.a - cj.121 | São Paulo - Capital CEP 01037-001 Fone (11) 3151-5444 setembro2015 acervo cobertura Revista Cobertura | Março de 2003 Os leitores podem conferir as notícias da época na íntegra no Acervo Digital da Cobertura disponível em Em meados de 2003, frota segurável no Brasil era de 18 milhões, mas apenas oito milhões de veículos estavam segurados E m sua 26ª edição, a Revista Cobertura destacou o 6º Seminário Cobertura – Seguros de Automóvel e Serviços. O encontro reuniu corretores, seguradores e prestadores de serviços. Com a discussão de temas como aspectos contratuais, atendimento a sinistros, combate a fraudes e tecnologias para a comercialização, o ponto central do evento foi a discrepância entre o potencial segurável em automóvel, que alcançava 18 milhões de veículos, e o montante da frota segurada, que atingiu oito milhões naquele ano. Outro evento mencionado nessa edição foi o 22º Encontro Estadual setembro2015 dos Corretores de Seguros de São Paulo, promovido pelo Sincor-SP, em Águas de Lindóia. O ponto central do encontro o aprimoramento da relação entre seguradores e corretores, além da melhora no atendimento ao segurado. Por conta do então recente lançamento do Código Civil Brasileiro, ocorrido em 2002, a Fenaseg lançou naquele ano o Guia Fenaseg – Novo Código Civil Brasileiro, documento que trouxe recomendações e comentários sobre as mudanças para o mercado de seguros. O lançamento do guia, realizado pelo SindsegSP, foi outro destaque da 26ª edição da Revista Cobertura. www.revistacobertura.com.br/ arquivos/hotsite Reprodução da capa da 26ª edição da Revista Cobertura (março de 2003) e 112ª publicação Cobertura revista cobertura 5 Essor Seguros Fábio Pinho Por Karin Fuchs | [email protected] Em menos de três anos de atuação, Essor Seguros contabiliza crescimento expressivo e volta sua atenção ao corretor C Fábio Pinho CEO da Essor Seguros 6 revista cobertura om atuação nos segmentos agrícola, transporte de passageiros e construção civil, a Essor Seguros se prepara para lançar novos produtos e também foca o corretor de seguros. Inclusive, em setembro, a companhia lançou uma campanha de conscientização em relação aos seus produtos, a “Parceiro da Inovação”. Sediada no Rio de Janeiro e com escritório em São Paulo, a Essor opera há pouco mais de dois anos e meio no País, veio para ofertar seguros diferenciados, já colhe ótimos resultados em prêmios emitidos, e em julho recebeu mais aporte de capital da matriz francesa. Outro foco da seguradora é o crescimento constante e orgânico. Já no primeiro ano de operação, efetivamente em 2013, Fábio Pinho, CEO da seguradora, conta que foram R$ 127 milhões em prêmios emitidos, volume que mais do que duplicou no ano seguinte, chegando a R$ 260 milhões. Para esse ano, a previsão é fechar com R$ 300 milhões. “É um bom resultado, pois estamos pregando o crescimento orgânico e sustentável, e dependemos de questões agrícolas e governamentais. Também cresceu a nossa rede de corretores, o que é extremamente importante, pois o mercado é muito voltado a produtos massificados: 86% dos seguros vendidos no Brasil estão relacionados a automóvel, vida/previdência e saúde”, diz. Inicialmente, a Essor Seguros fez a sua estreia para atender o setor de construção civil e opera com dois produtos: decenal e habitacional. “Mas é um mercado extremamente antipático com a questão de seguros. Construtoras e incorporadoras pensam no produto risco de engenharia porque é uma exigência do banco que lhe dá crédito. Poucas contratam um seguro de Responsabilidade Civil ou de garantia”, comenta. Com otimismo, ele fala sobre o decenal, seguro que protege o construtor e o incorporador contra danos relevantes nas estruturas do empreendimento. “O México está implementando o decenal em projetos sociais e o meu esforço é não que ele se torne obrigatório no Brasil, mas mostrar o bem que este seguro pode fazer na qualidade da construção civil”, defende. E dois outros segmentos foram desbravados pela Essor: o seguro agrícola, com coberturas para granizo e geada, e o RC Ônibus/APP. “Hoje, somos a maior seguradora privada no agrícola. Estamos incomodando muita gente, temos concentração de mercado na região, com bons clientes e bons corretores. Não competimos com o Banco do Brasil, e nem queremos, pois ele tem o agrícola sobre crédito, o que não é o nosso foco”. Mesmo neste ano em que o governo está cortando os subsídios agrícolas e ainda tem uma dívida do ano setembro2015 Essor Seguros Fábio Pinho passado com as seguradoras, Pinho mostra a confiança no produto. “No primeiro semestre, pagamos R$ 80 milhões em sinistros e recebemos somente 50% do governo. A sorte é que temos resseguradoras que acreditam não somente na Essor, mas no produto. Mas o que está acontecendo é ruim para a imagem do País e o meu trabalho institucional é muito forte”, afirma. No RC Ônibus/APP, para proteção de passageiros de ônibus e terceiros envolvidos em acidentes de trânsito, a Essor também buscou um produto diferenciado. “A maneira que era feito o RCO era arcaica e cartesiana. A precificação de prêmio de seguro era por número de portas de ônibus, por exemplo, e sem prestação de serviço às vítimas. O que nós estamos fazendo é um trabalho de precificação e humanização de vítimas, trabalho este que tem sido reconhecido pelos empresários do setor”. Novos produtos Fábio Pinho antecipa que novos produtos estão em fase de teste e elaboração. “Posso adiantar que serão de dois segmentos que, geralmente, as seguradoras têm aversão ao risco”, diz, acrescentando que um deles será lançado ainda neste segundo semestre. Novidade recente foi o início da comercialização do seguro DFI Compreensivo, para o setor de construção civil, lançado em julho. “Identificamos que com a retração nas vendas de apartamentos e imóveis em estoque, o risco é se acontecer um Dano Físico do Imóvel. Apesar de pouco tempo, o seguro DFI Compreensivo é um produto que tem tido grande aceitação e a nossa parceira comercial, a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) tem uma plataforma eletrônica que é extraordinária”, destaca Pinho. Parceiro da inovação Com o objetivo de conscientizar os corretores sobre a importância de ampliarem seu portfólio e conhecerem novos produtos, a seguradora lançou em setembro a campanha publicitária “Parceiro da Inovação”, no site da Essor, mídias digitais (Facebook e YouTube) e com distribuisetembro2015 ção eletrônica. “Hoje, mais de 10% do público que acessa nossas mídias sociais são corretores e, por isso, criamos uma campanha de conscientização”, explica. Para Pinho, a oportunidade dada ao corretor é que refletirá no seu tamanho. “Temos que ampliar este espaço para que as boas sementes do mercado possam crescer. É uma visão que tenho e que prego para seguirmos neste rumo. Eu levo comigo a frase de Muhammad Yunus (banqueiro dos pobres, prêmio Nobel da Paz), que diz que “o bonsai ser pequeno não é um problema da árvore, pois é uma semente de uma grande árvore em um vaso pequeno. O problema não é a semente, mas o espaço que demos para ele”, cita. Respaldo Já em fase de criação, a Essor disponibilizará um portal exclusivo aos corretores, um canal de comunicação direta com a seguradora. “Até pela cultura europeia da seguradora de trabalhar com os empresários com o corretor ao lado, não tínhamos o foco em questões tecnológicas”, diz Pinho. De acordo com ele, “nós não estávamos preparados para isso e agora nosso investimento está nesta linha de precificação na ponta, um portal para o corretor interagir, e percebemos que há uma grande carência de pessoas e tecnologia voltadas ao mercado de seguros para implantar o ambiente que desenhamos para os nossos usuários e corretores. Para alguns ramos, o portal estará disponível até o início de novembro e para os demais, na virada do ano”. Nesta etapa da Essor, o executivo revela que a seguradora tem como foco conscientizar os corretores em querer fazer diferente e mostrar que a seguradora veio para ficar. “E não estamos buscando volume de prêmio, mas sim conscientização e crescimento inteligente. O nosso terceiro foco é sempre buscar inovação e diferenciação, o que não é fácil”. E o caminho está traçado. “Em julho, nós re- cebemos um novo aporte de capital, o que demonstra que a matriz acredita no Brasil. Foram mais alguns milhões de euros que vieram para guardarmos para novos negócios e para a carteira atual, pois quanto mais crescemos, mais aporte de capital é preciso. Pode até existir oportunidades de adquirirmos carteiras, mas não é a cultura do grupo, mas sim crescer ano a ano”, finaliza. Na ponta com os clientes Especialista em RC de Transportes de Passageiros (Ônibus) no Brasil, Helder Antoni Pontarolo, diretor da ActuaBus Administradora e Corretora de Seguros, com sede em Curitiba, diz que “a Essor tem um dos melhores atendimentos que já tivemos nestes 20 anos de mercado de seguro de transportes de passageiros. Ela trouxe toda a estrutura e expertise internacional para as suas operações no Brasil, além de ser parceira da Livonius, outra especialista em danos corporais e materiais provocados por acidentes com ônibus”. O corretor Fauaz Cury, da Secur Corretora, ilustra os diferenciais da Essor. “No seguro habitacional, os principais são o preço e o suporte/ atendimento aos corretores e clientes. No seguro de vida para prestamistas, as taxas da Essor são fixas, o que torna o produto mais acessível, já que na concorrência variam de acordo com a idade”, exemplifica. revista cobertura 7 negócios & empresas Agende-se para 2015 06 de outubro XII Seminário Técnico de Finanças Organização | Associação Panamericana de Finanças Local | Paraguai 08 a 10 de outubro 19º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros Organização | Fenacor Local | Centro de Convenções do Rafain Palace Hotel Avenida Olímpio Rafagnin, 2357 – Foz do Iguaçu - PR Informações | www.rafainpalace.com.br 25 a 27 de outubro FIDES – XXXV Conferência Hemisférica de Seguros e Assembleia Geral Organização | Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES) Local | Santiago – Chile Informações | [email protected] Confiança do setor em queda em agosto Após registrar mais um mês de queda, o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) atingiu 65,5% em agosto, frente aos 68,3% calculados em julho. O resultado da pesquisa da Fenacor é um reflexo do impacto das notícias de incerteza no mercado nacional e de possíveis novos aumentos de impostos para cobrir o déficit orçamentário federal. Plataforma gerencia frotas corporativas online 03 de novembro 11ª Conferência Internacional de Microsseguros Organização | Munich Re Foundation Local | Marrakech - Marrocos Informações | www.munichre-foundation. org/home/Microinsurance/2015IMC.html 06 de novembro Insurance Service Meeting Organização | CNseg Local | Club Med Rio das Pedras - Angra dos Reis - RJ Informações | www.insurancemeeting.org.br 23 de novembro XVIII Prêmio Cobertura Organização | Revista Cobertura Local | Casa Petra, São Paulo - SP Informações | www.premiocobertura.com.br 17 de dezembro Almoço das Lideranças do Mercado e a entrega do Prêmio Antônio Carlos de Almeida Braga Organização | CNseg Local | Hotel Copacabana Palace, Rio de Janeiro – RJ Informações | www.cnseg.org.br 8 revista cobertura Em agosto, seguradoras, corretoras e resseguradoras ficaram com expectativa negativa em relação ao crescimento da economia. Para se ter uma ideia, 54% das seguradoras e 66% das resseguradoras esperam piora. As corretoras também seguem tendência de queda, mas houve melhora em relação a julho: de 55% para 44% das entrevistadas. A Marsh lança no Brasil uma plataforma online para gestão de frotas corporativas. A plataforma, desenvolvida pela prática de Auto Frotas da corretora e que se chama Webfrotas, é um sistema pioneiro que viabiliza o gerenciamento mais eficiente dos veículos, sejam eles próprios ou locados pelas empresas. A Marsh está implantando o sistema em empresas com frotas de 100 a 10 mil veículos e as informações dos veículos serão integradas aos sistemas da corretora e aos das seguradoras. O Webfrotas faz a gestão de diversos perfis de frotas: carros, pick-up, caminhões leves e pesados, semi reboque e de rebocadores. A plataforma via web é trilíngue (português, inglês e espanhol), dinâmica e interativa. Permite gerenciar online toda a frota com controle das entradas, saídas, condutores, status da CNH, multas, IPVA, manutenção dos veículos, seguros, custo com pedágios, consumo de combustível, entre outros indicadores sistematizados e necessários para a administração da frota com garantia do histórico de cada automóvel. Errata Ao contrário do que foi publicado na matéria “A caminho da quarta geração, grupo ZM inova no litoral de São Paulo”, na edição 165 (agosto), Carlos Henrique Christianini e Elaine Centeno Ruiz Christianini não são irmãos, mas sim, casados. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 9 negócios & empresas Europ Assistance Brasil oferece tecnologia aos clientes Aplicativos e rastreadores automotivos agilizam o atendimento dos serviços de assistência 24 horas. Com investimento de R$ 10 milhões, o objetivo é facilitar a prestação de serviço no momento de salvar vidas e dar assistência no menor tempo possível. “Nossos investimentos em tecnologia colocaram a operação brasileira à frente da própria matriz e demais filiais da Europ Assistance nos 35 países em que a empresa atua”, comenta o diretor de tecnologia da EABR, Ulisses Campos (foto). Tokio Marine cresce 15,8% no segmento de pessoas A seguradora anuncia o crescimento de 15,8% na carteira de pessoas no primeiro semestre de 2015, enquanto o mercado subiu apenas 9,6%. Uma das estratégias da companhia para atingir esse resultado foi reforçar o time de gerentes co- merciais de vida, que passou de 13 para 27 especialistas. O objetivo da empresa é ser uma das cinco maiores empresas independentes de vida em grupo e figurar entre as dez maiores seguradoras de pessoas do País até 2018. AIG apresenta Relatório Anual de Cidadania Corporativa A American International Group, Inc. (AIG), apresenta seu Relatório de Cidadania Corporativa, documento que destaca os resultados das iniciativas globais da companhia em 2014, focadas nos pilares da responsabilidade social, envolvendo os funcionários e comunidades, e da preservação do meio ambiente. O documento foi disponibilizado pela AIG em seu site oficial (www.aig.com.br). Somente no ano passado, a AIG assistiu a um crescimento global de 76% nas horas de trabalho voluntário oferecidas durante as tradicionais Semanas de Voluntariado Global, nas quais funcionários de 46 países participaram de 324 projetos de serviço comunitário no mundo inteiro. Mondial Assistance Brasil lança aplicativo ViaNet Pocket para prestadores A Mondial Assistance Brasil acaba de lançar uma ferramenta digital para otimizar o acionamento da sua rede de prestadores chamado ViaNet Pocket, um serviço que funcionava pelo computador, mas que agora passa a operar como aplicativo para celular. Seu funcionamento é similar aos aplicativos de táxi: em caso de sinistro automotivo, residencial ou saúde, o acionamento é feito de forma automática para que os prestadores credenciados que estiverem mais próximos do beneficiado possam atender ao chamado através de guinchos, taxistas parceiros, ambulâncias, enfermeiras, entre outros. Além disso, o ViaNet Pocket também é integrado ao aplicativo Waze, possibilitando ao prestador o acesso a rotas alternativas e com menos trânsito. VGBL Saúde - novas oportunidades No último dia 27 de agosto, a Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei n.º 10/2015, que trata do chamado VGBL Saúde. O projeto segue agora para o Senado. Trata-se de um dos mais importantes produtos que vem sendo discutidos nos últimos anos. Isto porque ele terá influência decisiva sobre uma área complexa do planejamento da vida dos indivíduos, que é o custeio dos planos de saúde quando a pessoa atinge determinada idade. Pelo projeto, os cidadãos que 10 revista cobertura contribuírem para o VGBL Saúde gozarão de incentivo fiscal. As empresas que contribuírem para o VGBL Saúde dos funcionários também gozariam de benefícios fiscais. E os regates para custeio de planos de saúde serão isentos de tributação. A aprovação do projeto representará, também, uma grande oportunidade para os corretores de seguros, pois poderão ofertar aos seus clientes individuais ou empresariais o produto, que certamente terá boa aceitação e procura. Isto criará um novo , importante e grande nicho para seguradores e corretores que se prepararem para operar com o produto tão logo esteja disponível. Ótima notícia! Hélio Loreno - fundador e CEO da Classic Assessoria – Vida e Previdência setembro2015 setembro2015 revista cobertura 11 negócios & empresas Classic chega em São Paulo Em agosto foi inaugurado o salão comercial da Classic em São Paulo, para atender a parceria com a seguradora American Life, no Projeto Vida Consignado. Sob a gerência de vendas de Eduardo Macedo (ex-GBOEX) nesse novo projeto, a Classic tem expectativas de ampliar sua área de atuação em São Paulo. “Iremos oferecer o melhor atendimento aos nossos clientes, sempre visando estar à frente de suas necessidades e demandas” completa o presidente do grupo, Hélio Loreno. JLT inaugura sede no Brasil Em setembro, aconteceu a apresentação da nova sede da filial da JLT Brasil em São Paulo aos 150 convidados entre clientes e mercado segurador, além da diretoria da Companhia. O evento contou Allianz abre mais três filiais Em setembro, a seguradora inaugurou filial em Aracajú e Teresina, que somam agora cinco na região nordeste; e em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde há cerca de 900 corretores tendo como foco de negócios os seguros de varejo, o que leva a Allianz a acompanhar essa demanda e também empenhar esforços, sobretudo, no Automóvel Individual, Empresarial e Saúde. com a presença de Mike Methley, CEO para LATAM, que falou sobre a importância do Brasil para o grupo e afirmou que a empresa acredita no País, apesar do momento econômico. RC Profissional do Advogado e o novo CPC O novo Código de Processo Civil (CPC), aprovado pela Lei nº 13.105/2015, entrará em vigor no dia 17 de março de 2016, em substituição ao código anterior, editado em 1973. Trata-se de lei na qual se encontram as regras de procedimentos no campo do processo civil, de obrigatório conhecimento por todo advogado que atua no chamado “contencioso”. A princípio, é difícil perceber a sua relação com o Seguro de RC Profissional do advogado, mas basta pequeno exercício de reflexão para logo notarmos a sua importância. É que a lei processual anterior, em vigor por 33 anos, somente foi assimilada após seu estudo durante grande parte do curso de direito, com a sua aplicação ao longo do estágio e da atuação profissional 12 revista cobertura concreta. Pois bem, muitos dos paradigmas jurídicos foram alterados, ou até mesmo substituídos, institutos inteiros, como certos tipos de recursos, foram suprimidos, tudo com o objetivo de fazer o processo seguir mais rápido. Essa verdadeira revolução processual vai produzir reflexo no risco do seguro de RC, representado pelo advogado que não estudar, que não se atualizar, que não se preparar adequadamente, pois poderá ver o direito de seu cliente perecer, justo pela ausência de providências previstas no novo CPC. Essa conta será imposta ao advogado, porque o cliente não admitirá a perda por desídia e, por consequência, o segurador de RC Profissional será acionado. Portanto, é hora do advogado voltar aos bancos escolares, estudar, cotejar o novo CPC, se informar, se preparar, sob pena de agravar fortemente o risco de sua atuação, com impacto decisivo no seu seguro de Responsabilidade Civil. Sergio Barroso de Mello - Pellon e Associados Advocacia [email protected] setembro2015 setembro2015 revista cobertura 13 negócios & empresas SulAmérica aprimora atendimento em seguro auto HDI Seguros soma 1,7 milhão de veículos segurados Quinta maior operadora do ramo automotivo no País, a companhia acaba de atingir 1,7 milhão de automóveis segurados no Brasil. Com operação em todo o território nacional, a seguradora tem investido em expansão nas regiões com maior volume de frota segurável e já colhe os resultados dessa estratégia. De janeiro a julho deste ano sua carteira cresceu em 100 mil itens, considerando apenas o ramo automotivo, principal foco da HDI Seguros. A operadora também atua fortemente em seguros residenciais. Liberty bonifica clientes Seguradora utilizará tecnologia chamada telemetria para determinar preço do seguros de automóvel e assim beneficiar os motoristas que dirigem com segurança e de forma consciente. “O Direção em Conta é um programa inovador, pois abre um novo capítulo na forma de interagir e consumir seguros, menos focado em estereótipos de comportamento e mais baseado no perfil de cada indivíduo, que amplia a confiança e transparência na relação entre cliente e seguradora e acompanha uma tendência mundial de valorizar o motorista que dirige com cuidado”, diz o superintendente de inteligência de marketing e inovação da Liberty seguros, José Mello (foto). A seguradora aperfeiçoou o modelo de atendimento realizado em seus 35 Centros Automotivos SulAmérica, os CASAs, espalhados por todo o País. Após mapeamento de toda a operação e suas atividades, a companhia reestruturou processos e implementou um novo modelo de atendimento que oferece aos clientes de seguro auto maior conveniência e agilidade no momento do sinistro. O Centro Automotivo SulAmérica atende os segurados no momento do sinistro, com agilidade, segurança e comodidade ao segurado e para terceiros, desde o atendimento inicial, com a realização e aprovação do orçamento, até o acompanhamento do término do reparo. Entre os serviços oferecidos no estabelecimento, estão laudo de vistoria, atendimento da garantia de vidros e retirada de carro reserva. Liderando em meio à crise A crise se aprofunda, o consumo cai, a inflação sobe, o Real se deprecia, o crédito desaparece e o desemprego aumenta a cada dia. Tal cenário é capaz de causar um grande estresse até mesmo nos profissionais mais experientes. Por isso, mais do que nunca, é necessário ser sensível para saber identificar os bons profissionais e criar ambientes mais humanizados. Quer saber qual a melhor maneira para identificar um bom líder? Veja como ele atua em meio à uma grande crise. É ele que tem plena consciência dos desafios, mas que sabe encará-los com positividade e criatividade. Ele não só sabe identificar os pontos fortes 14 revista cobertura de sua equipe, como utiliza todas as ferramentas para amplificar ainda mais estes potenciais. Acredito em três pilares essenciais para a formação de um líder: firmeza, objetividade e, principalmente, transparência. Estas três atitudes devem prevalecer sempre, para que as empresas e os colaboradores sofram o menos possível com os efeitos da crise. O melhor modo de fazer isso é valorizando, escutando e abrindo espaço para que todos possam contribuir para solucionar os desafios. E por que não fazer isto durante um café da manhã com a equipe? São pequenas atitudes que farão a diferença para que seu time se sinta valorizado e motivado, mesmo em um ambiente macroeconômico incerto. Acacio Queiroz - Chairman da Chubb do Brasil. Formado em Economia, pósgraduado em Finanças e com especialização em Business nos EUA, possui certificação no Programa de Desenvolvimento de Conselheiros pela Fundação Dom Cabral, é Conselheiro de Administração Certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), autor do livro “Minhas Bagagens” e palestrante nas áreas de Economia, Liderança e Motivação. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 15 negócios & empresas Planejamento financeiro é o segredo para evitar saques antecipados de planos de previdência privada Em tempos de recessão econômica, pode ser grande a tentação de efetuar o resgate de planos de previdência privada para o pagamento das mais diversas despesas, que podem ir desde a reforma da casa até uma viagem que, de repen- Use a malícia de um bom negociador Toda venda é uma forma de negociação e, para que você tenha maior sucesso nisso, sugiro que: - Inicialmente, nunca dê todos os descontos possíveis para seu cliente. Negocie. Passe o preço do seguro com a margem de comissão cheia e veja como o cliente responde. A regra é: nunca dê tudo o que pode mesmo que o possível cliente esteja fazendo outras cotações. Quando você chega a seu limite logo no início, fica sem poder de fogo para negociar e sem armas para tentar o fechamento; - Não ofereça o seguro com o valor mínimo de cobertura para os danos materiais e corporais. Além de não estar atendendo bem, caso seja necessário, você não terá de onde tirar para equacionar o prêmio do seguro as possibilidades do cliente. Deixe para, se preciso for, baixar os valores já caminhando para o fechamento da proposta. Boas vendas! André Santos Corretor de Seguros e palestrante, além de autor de cinco livros específicos para comercialização de seguros com cerca de 35 mil exemplares vendidos. Especialista em comunicação de venda para esse mercado é também diretor da Treinaseg Consultoria e Treinamentos em Seguros. Tel.:(11) 3662-0756 - www.treinaseg. com.br - [email protected] 16 revista cobertura te, teve custos maiores por conta da alta do dólar. No entanto, é importante ter consciência de que essa opção fará toda a diferença no futuro, quando o contratante tiver a renda bruscamente diminuída, entre outras limitações. “A previdência priva- da é uma excelente ferramenta de disciplina financeira e irá fazer toda a diferença na vida de quem ganha mais do que o INSS paga na aposentadoria. Sem um plano adequado, alguém que se aposenta pode ter sua renda reduzida significativamente de um dia para o outro”, diz Maristela Gorayb (foto), diretora de previdência e vida resgatável da Mapfre. SindsegSP lança o Dicionário Bilíngue de Seguros O Dicionário Bilíngue de Seguros possui termos técnicos e expressões do setor, em português e inglês. A solução permite ainda que o usuário faça a busca por palavras nas duas línguas. Disponível no site do Sindicato, a ferramenta visa auxiliar empresas e profissionais do segmento segurador e, também, leigos que desejam ingressar neste mercado. Icatu alcança faturamento de R$1,5 bilhão no primeiro semestre A Icatu Seguros alcançou faturamento de R$ 1,5 bilhão no primeiro semestre de 2015, aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. O patrimônio líquido atingiu R$ 848,4 milhões ao final do semestre, após distribuição de R$ 100 milhões em dividendos. A seguradora fechou o semestre com aproximadamente R$ 320 milhões em volume de ativos livres. Mantendo o desempenho do mesmo período do ano anterior, a companhia alcançou lucro líquido de R$ 130,5 milhões. “Os resultados do primeiro semestre do ano demostram a consistência do crescimento da companhia, que tem buscado aprimorar constantemente o atendimento e investido na qualidade dos produtos e serviços aos clientes, corretores e parceiros comerciais. Os números refletem o trabalho de uma equipe que atua de forma coesa na direção dos mesmos objetivos”, afirma o presidente da Icatu Seguros, Luciano Snel (foto). Argo seguros amplia seus produtos Com alto crescimento de roubos e furtos de bicicletas, a seguradora oferece um produto diferenciado para o mercado. O Protector Bikes, para ciclistas e também Responsabilidade Civil Profissional, abrange todo o território nacional e cobre três principais momentos: enquanto a bicicleta estiver guardada, sendo transportada ou quando em uso nas ruas, inclusive em competições. Além disso, ciclistas profissionais podem ter uma cobertura de Responsabilidade Civil por danos que, eventualmente, causem a terceiros em decorrência de acidentes. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 17 negócios & empresas Berkley investe em sistema user-friendly para seguro garantia Publieditorial Não há solução de prateleira para as necessidades do mercado Alexandre Camillo Presidente do Sincor-SP A GTI Solution, empresa que desenvolve ferramentas e soluções para a indústria de seguros, está investindo em venda consultiva para o segmento de corretores de seguros. Com 19 anos de experiência neste mercado, a companhia observou que para o sucesso das atualizações tecnológicas nas corretoras é necessário, antes de tudo, um bom estudo das necessidades, demandas e objetivos do cliente. “Não é só entender e acatar a visão do cliente”, afirma Fábio Marcicano Vicente, gerente de negócios da GTI Solution. “É preciso questionar, levantar dificuldades ainda não identificadas para que a solução final fique adequada da melhor forma possível para a empresa”. Para o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, é fundamental ao corretor analisar sua própria atuação para identificar oportunidades de melhoria. “Muitas vezes falta ao corretor a possibilidade de olhar o próprio negócio, analisar os processos e verificar o que está fazendo corretamente e melhorar este processo, ou até mesmo, ver processos que ainda não adotou”, diz. A proposta da GTI Solution é justamente auxiliar o corretor a olhar melhor o seu negócio, otimizando recursos, ajustando processos, reduzindo o trabalho manual e ampliando a integração entre os softwares já existentes. Assista a reportagem em: http://bit.ly/1NJdYkm 18 revista cobertura A carteira de garantia da Berkley conta com um sistema onl i n e para comercialização do produto que garante agilidade nos processos junto a corretores parceiros. A ferramenta acaba de ser atualizada e dispõe de um layout user-friendly, o qual facilita o acesso de usuários que buscam produtos da área de Garantia. O sistema proporciona fácil adesão e entendimento, é acessível para operações de varejo e atende as modalidades mais tradicionais do segmento - garantia de concorrência ou “Bid Bond” (BID), que garante indenização ao segurado (contratante da obra ou serviço), caso o vencedor da licitação deixe de assinar o contrato; e a garantia de executante ou “Performance Bond”, produto que garante ao segurado o cumprimento das obrigações assumidas no contrato. RSA anuncia venda de operações na América Latina A RSA Insurance Groupp lc. anunciou no início de setembro que chegou a um acordo, sujeito a aprovações regulatórias, para vender todas as suas operações na América Latina (RSA LatinAmerica) a Suramericana S.A, a seguradora subsidiária do Grupo de Inversiones Suramericana (Grupo Sura) por aproximadamente 403 milhões de libras pagos em espécie. “Temos o prazer de anunciar a passagem de nossos negócios na América Latina para a Surameri- cana. Sendo o foco da RSA nos seus maiores mercados no Reino Unido & Irlanda, Escandinávia e Canadá, tem sido cada vez mais claro para nós que a RSA não é o melhor detentor estratégico destes negócios. Na Suramericana temos um player regional experiente e comprometido que pode tornar o negócio uma parte central de sua estratégia”, disse Stephen Hester, CEO do Grupo RSA. A12, um novo grupo de corretoras Resultado da sociedade de 12 empresas, a A12 Corretora de Seguros iniciou suas operações no mercado brasileiro em abril de 2015 e já representa um volume de emissão anual de R$ 250 milhões de prêmios em seguros e benefícios. Sediada em São Paulo, na Vila Olímpia, a companhia, que começou a ser pro- jetada em 2010, já está operando em parceria com algumas das principais seguradoras do país, com corretoras estabelecidas em sete estados, sendo eles São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Distrito Federal e Goiás, e atuação em todo território nacional. Entre seus idealizadores, a A12 reúne grandes nomes do mercado securitário, como Armando Vergílio, presidente da Fenacor, e Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros. A atuação do Grupo A12, que é gerido por um Conselho Deliberativo e uma Diretoria Executiva, é bem diversificada e seu mix é composto por Auto (57,1%), Benefícios (24,7%) e Demais Ramos (18,2%). setembro2015 setembro2015 revista cobertura 19 negócios & empresas Bradesco Saúde ultrapassa a marca de um milhão de segurados em PME’s Após obter a renovação do seu certificado de Acreditação, a Bradesco Saúde ultrapassou a marca de um milhão de vidas seguradas no segmento Seguro Para Grupos (SPG) de até 199 vidas. O segmento tem sido o grande destaque da carteira da seguradora nos últimos anos, que em 2014 representou cerca de 28% da receita de planos coletivos, enquanto que no final de 2008 representava 14%. “Após conquistarmos o selo de Acreditação pela segunda vez consecutiva, agora alcançamos mais essa grande conquista. Esperamos que essas empresas possam atingir seus objetivos, tornando-se mais competitivas no mercado de trabalho, melhorando tanto o clima organizacional como a qualidade de vida dos seus empregados, além de reterem boa parte dos recursos humanos essenciais para o desenvolvimento do seu próprio negócio”, afirma o presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice, Marcio Coriolano (foto). Hapvida inova no agendamento e ganha em escala Para garantir aos usuários o atendimento às consultas nos prazos máximos definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hapvida criou um software que internaliza a agenda dos dentistas. Por meio da plataforma, os dentistas disponibilizam seus horários de atendimento exclusivo para planos Hapvida e os clientes têm o diferencial de fazer o agendamento via site ou call center, além do próprio consultório. Planejamento em momento de crise: cuidado e atenção Parte das organizações voltam sua atenção no segundo semestre para revisitar, avaliar e planejar ações que poderão impactar no crescimento do próximo ano. Em momentos de crise como atualmente estamos assistindo, é necessário (para não dizer obrigatório), que isto ocorra de forma ainda mais rápida. Se o cenário comercial apresenta incertezas, a revisão da operação é uma oportunidade para melhorar os resultados e os controles. A ideia de busca pela melhoria contínua segue como boa prática à toda operação, complexa ou não, onde existem diversos envolvidos, analisando 20 revista cobertura e tratando informações que resultarão na conclusão de processos. Precisamos nos cercar de indicadores que nos sinalizem quanto estas conclusões estão impactando de forma inadequada nos resultados esperados, a tempo de realizar os ajustes necessários, garantindo o alcance do que foi planejado. Além do inventário de salvados (um dos indicadores, já mencionado em edição anterior), cabe revisitação ao demais momentos do produto automóvel, como a aceitação e a perda parcial, interna e externamente, em seus diferentes tipos de liquidação. Alcançamos nestes 20 anos uma atuação muito próxima aos nossos clientes, que nos permite participar deste momento, colaborando com seu plano de ação futuro, baseado em dados atuais e prevendo diante dos cenários possíveis, quais os ganhos factíveis neste contexto. Com esta bagagem adquirida, nos dedicamos juntamente com as equipes de projetos, construindo um plano para 2016. Eduardo Sanches diretor da Verithus Assessoria setembro2015 negócios & empresas Ameplan prepara suas equipes para a excelência no atendimento A Ameplan Assistência Médica Planejada, no seu planejamento estratégico, tem como compromisso a excelência do atendimento aos seus beneficiários. O gráfico trimestral emitido pela ouvidoria e apresentado na última reunião da Gestão Profissional da operadora indica a diminuição gradativa no número de reclamações registradas no último período de 90 dias. Apesar dos resultados, esse número não é satisfatório e não agrada aos profissionais da Ameplan, que trabalham em busca da conquista de “Zero Reclamações”, um objetivo traçado e divulgado desde o início deste ano. “Para uma empresa que preza pela excelência no atendimento, não deveríamos ter reclamações”, comenta José Silva dos Santos, diretor administrativo financeiro da Ameplan, “mas já que as temos”, continua, “devemos verificar pontualmente onde estamos errando e tratar de ouvir melhor o cliente logo no primeiro contato, para que ele se sinta sempre satisfeito com o plano de saúde que escolheu e utilizar as reclamações como instrumento de gestão”. Katia Regina C. Pasquarelli, coordenadora da ouvidoria da Ameplan, confidencia que está trabalhando numprojeto piloto de ouvidoria preventiva, cujo setembro2015 objetivo é elevar os padrões de eficiência, presteza e segurança das atividades da ouvidoria e dos gestores dos demais departamentos, visando o estreitamento da comunicação e alinhamento das ações. Para isso, serão realizados encontros técnicos com departamentos específicos, no intuito de estimular os gestores e equipes para que sejam agentes de mudança e transfor- NotreDame Intermédica amplia atendimento oncológico Em agosto, a Intermédica inaugurou a ala dedicada ao tratamento de câncer, para o conforto e privacidade dos pacientes oncológicos na sua rede própria de atendimento, assim os pacientes terão salas individuais e poderão participar do grupo “Entendendo a Quimioterapia”. O novo espaço tem capacidade para atender 21 pacientes por dia e cerca de 420 por mês. Seguro odontológico de graça para dependentes de até três anos madores de processo. Com isso, o resultado esperado será a prevenção de problemas, alinhamento de processos, satisfação do cliente e excelência no atendimento, meta que a operadora estabeleceu para ser reconhecida no mercado. A Ameplan criou um símbolo para lembrar a todos sobre o compromisso assumido, que está estampado em impressos, documentos internos e banners. A Caixa Seguradora oferecerá gratuitamente seguro odontológico para dependentes de até 3 anos de idade. A iniciativa tem o objetivo de promover a saúde bucal infantil, incentivando visitas regulares ao dentista desde o começo da vida. A medida foi adotada primeiro nos planos empresariais e, em breve, será estendida para os planos para pessoa física. “Nesse primeiro momento, desde micro-empreendedores até grandes empresas terão esse benefício para seus funcionários”, explica o diretor de seguro odontológico da seguradora, Júlio César Felipe. Os planos disponíveis são o Fundamental, que comporta todos os atendimentos do rol da ANS, como consultas, atendimentos emergenciais, radiologia, limpeza; e o Vital, que conta com todos os atendimentos do Fundamental e 17 procedimentos exclusivos, como radiografia da ATM, e instalação de aparelho ortodôntico. revista cobertura 21 inovação eventos, lazer e turismo Por Karin Fuchs | [email protected] Alfa Seguradora inova com tecnologia de ponta em seguros de acidentes pessoais; foco é entretenimento, turismo e esporte C Milca Pereira Zambrini diretora executiva da Alfa Seguradora 22 revista cobertura om toda a expertise em seguro de pessoas, a Alfa Seguradora inovou e, em parceria com a Connect Soluções Múltiplas, traz aos segmentos de entretenimento, turismo e esporte um seguro de acidentes pessoais que conta com tecnologia de ponta, possibilitando identificar o público participante de cada evento, até então, uma ferramenta carente neste mercado. Nos segmentos aderentes ao produto, o foco de atendimento são parques de diversão, esportes radicais, como rapel e rafting, além de turismo e ecoturismo. Nesses segmentos, inclusive, a seguradora já possui experiência de atendimento há alguns anos através de uma parceria com a EcoTrip, empresa com expertise no atendimento ao turismo/ecoturismo junto a agências de viagem, hotéis e parques. Milca Pereira Zambrini, diretora executiva da Alfa, explica que a solução tecnológica oferece vários benefícios. “A parceria com a Connect é um modelo de controle de acesso tanto para a empresa organizadora do evento como para a própria seguradora, pois, caso ocorra um sinistro, de forma assertiva é viabilizado o seguro, identificando o segurado com rapidez e agilidade nos processos”, informa. Já para a empresa organizadora ou promotora do evento, além de uma ferramenta de controle de acesso, a solução permite a identificação do público presente, servindo como uma base de informação, um mailing para eventos futuros ou ações de marketing, como também a possibilidade delas realizarem sorteios de brindes e até com capitalização, durante a realização dos mesmos. “Não são todas as empresas que têm um modelo de controle tão eficiente e nós oferecemos esta solução. De maneira geral, pouca tecnologia, pouco controle nesse sentido havia para seguros de acidentes pessoais voltados a turismo, esportes e entretenimento. Nós já tínhamos um sistema que permitia de forma online saber o tempo de cobertura e avançamos com o controle de acesso”, diz a executiva. Segundo ela, a tecnologia aplica-se ao segurado individual, um pequeno grupo e até setembro2015 inovação eventos, lazer e turismo a grande massa. “O controle é tudo na identificação do público, o que faz com que tenhamos muito mais tranquilidade para precificar e oferecer apólices mais personalizadas. E, principalmente, não apenas na identificação como no atendimento dos segurados. Tecnologia é um modelo que perseguimos sempre, para que nos dê segurança e conhecimento”, enfatiza. Contratação e cobertura Tendo o corretor de seguros como canal exclusivo, no segmento de entretenimento, turismo e esportes são três subprodutos da companhia: esportivo individual, grandes eventos e embarcações, modulados e desenhados conforme as necessidades e características de cada um. “Desta forma, podemos agregar serviços de assistência às coberturas securitárias”, acrescenta Marcela Vasconcellos da Silva, gerente geral de produtos da Alfa Seguradora. O seguro abrange morte e invalidez por acidente e o despesas médicas e hospitalares (DMH), com diária de internação hospitalar, como cobertura complementar, e a possibilidade de contratação de assistência para remoção aérea. De fácil contratação, para o corretor de seguros a ferramenta é uma aliada a mais para a diversificação de carteira em um mercado com crescente demanda e inúmeras possibilidades, já que o seguro abrange diferentes perfis de eventos, parques, esportes radicais e pontos de ecoturismo. Além disso, por se tratar de um produto modular, o corretor pode junto ao seu cliente definir o pacote de coberturas. Milca Zambrini conta que a divulgação do produto está sendo feita junto à força de vendas da companhia, nas filiais e escritórios de representação. Controle de acesso Na prática, o segurado recebe uma pulseira com um QR Code para o controle de acesso e saída do evento. Com o seu smartphone, ele mesmo preenche seus dados pessoais, o que permite maior agilidade no atendimento, caso ocorra um sinistro. Para o promotor ou organizador do evento, este controle permite um mapeamento preciso do seu público para ações futuras, podendo ser moldado de acordo com suas necessidades. Para o corretor se traduz em novas oportunidades de negócios, que conta com todo o respaldo da Alfa Seguradora, incluindo rapidez e agilidade desde a contratação até a emissão de apólices. “Estamos muito felizes com a parceria com a Alfa, pois sempre demonstraram, desde o começo, que também estão pensando à frente, além da enorme disposição de fazer acontecer. Isso nos dá a tranquilidade de que poderemos continuar a inovar. O produto por si só já é sinônimo de sucesso, pois permite o controle de pessoas sem nenhuma burocracia, o que representa um ganho enorme de tempo. Permite também coletar dados dos participantes do evento, o que é essencial para quem quer ter um relacionamento mais próximo com seus clientes. Temos certeza que muito mais que um produto, estamos criando uma nova tendência no controle de acessos e na massificação dos seguros de acidentes pessoais”, comenta o diretor executivo da Connect Control, José Caldeira. mos e especialidades, para na ponta se transformar em uma comunicação mais amigável com o corretor. Uma mesma plataforma onde ele enxerga cada vez mais toda a linha de produtos da Alfa”. Tanto que há um sistema na ponta para os corretores com várias facilidades para realizar cotações, transmitir a proposta em tempo real, ter uma aceitação pronta e imediata, transformando a cotação em proposta muito rapidamente. “A evolução sistêmica tem sido muito forte, in- Know how Com investimentos constantes em tecnologia, a Alfa Seguradora tem uma área interna de TI com profissionais especializados em cada ramo em que atua, ao mesmo tempo, dividida e unificada. Milca Zambrini explica como isto se dá na prática. “Existe uma expertise de TI como uma plataforma, uma base que serve a todos os produtos, rasetembro2015 revista cobertura 23 inovação eventos, lazer e turismo clusive, nós tivemos uma mudança recente de ajuste no sistema e eliminamos o papel. Hoje é tudo eletrônico, o que agiliza a cotação, emissão e, principalmente, a comissão do corretor, além do segurado receber seu kit eletrônico com mais rapidez e eficácia”, especifica. Por enquanto, essa tecnologia está disponível nos processos do seguro de automóvel, mas em breve os demais produtos da seguradora contarão com essa praticidade. Também na retaguarda, os corretores contam com 30 escritórios espalhados em todo o território nacional. “Todos eles trabalham com o nosso mix de produtos (ver Box), nosso canal é 100% corretores, e estabelecemos metas para atingirmos “A parceria com a Connect é um modelo de controle de acesso tanto para a empresa organizadora do evento como para a própria seguradora, pois, caso ocorra um sinistro, de forma assertiva é viabilizado o seguro, identificando o segurado com rapidez e agilidade nos processos” Milca Zambrini | Alfa Seguradora Marcela Vasconcellos gerente geral de produtos da Alfa Seguradora 24 revista cobertura o desejo de um melhor mix entre os ramos que atuamos. Nós temos percebido os grandes feitos da tecnologia e isso só reforça que precisamos continuar e investir mais ainda”, antecipa a executiva. Especialização Na área de pessoas, a seguradora evolui constantemente com a oferta de produtos e coberturas para todos os perfis e tamanhos de empresas. O seu principal diferencial está nos nichos em que atua. “Nós concorremos no mercado igualmente em relação às características de produtos. A nossa grande diferenciação é o Milca Zambrini diretora executiva da Alfa Seguradora setembro2015 inovação eventos, lazer e turismo Portfólio Alfa Vida | Desenhado sob medida para empresas, sindicatos, varejistas, financeiras, escolas, órgãos públicos, eventos esportivos, entre outros, com uma completa rede de assistência e proteção 24 horas por dia. No portfólio estão desde microsseguros de pessoas, prestamistas a seguros coletivos. Alfaprev | Contempla as modalidades PGBL e VGBL, com opções de investimentos em renda fixa ou parte em renda variável, para um público que abrange empresas, clientes de alta renda e crianças. foco em alguns segmentos específicos. Escolhemos quais nos interessam mediante pesquisa de mercado, sempre junto ao corretor, e com precisão conseguimos alcançar escala e massificar”, explica. Como exemplo, ela cita os sindicatos, nos quais a Alfa Seguradora tem hoje cerca de 120 mil segurados, entre os quase 500 mil de sua carteira de seguro de vida em grupo. “Nós atendemos convenções coletivas com produtos muito padronizados e com coberturas para cada categoria, conforme as necessidades ou as convenções coletivas. Por trás, nós temos uma estru- setembro2015 Alfa Multirrisco | Seguros para empresas e residências, com planos de assistência 24 horas, produtos voltados a residências, empresas, imobiliárias, escritórios e consultórios. Alfa Car | Com coberturas que abrangem opcionais para acessórios, equipamentos, blindagem, garantia zero km, carro reserva, cobertura para vidros e teto solar e assistência 24 horas com um amplo leque de serviços, entre outros benefícios. O Alfa Car é voltado para automóveis diferenciados, incluindo importados, e frotas de empresas. tura operacional em que buscamos excelência no atendimento”. A área de pessoas tem apresentado crescimento anual de cerca de 20%. “Essa área está em ascensão. Por isso, pretendemos torná-la tão representativa quanto os demais ramos em que atuamos”, comenta Milca. Outro foco da seguradora são as pequenas e médias empresas. “Nós temos um modelo de cotação por atividade, adequando o preço, conforme o perfil de cada uma. É um processo que investimos também em tecnologia e que, na ponta, o corretor pode ter orçamentos e propostas até o fechamento de negócios. Neste segmento, nós dependemos muito do apoio e da parceria dos corretores”, enfatiza. O segmento varejista também tem se destacado, com produtos massificados. “Com a Resolução 297 (que autorizou as redes de varejo a atuarem como representantes das seguradoras, antes estipulantes), nós criamos vários produtos para atender o varejo. Em agosto deste ano, lançamos o microsseguro de pessoas, um produto de acidentes pessoais com cobertura de no máximo R$ 30 mil, conforme estipulado pela legislação”, conta Marcela Vasconcellos. 90 anos de história Há 90 anos nascia o Grupo Alfa, com a fundação do Banco da Lavoura de Minas Gerais, que chegou a ser um dos maiores bancos privados da América Latina. Em 1971, seu nome foi alterado para Banco Real S/A, cujo controle acionário foi vendido a um banco holandês, no ano de 1998, e o conglomerado financeiro Alfa passou a ser formado por várias empresas: Banco Alfa, Alfa Financeira, Alfa Leasing, Alfa Seguradora, Alfa Previdência e Alfa Corretora. Juntas, elas têm um patrimônio líquido superior a R$ 2,3 bilhões e ativos totais superiores a R$ 15,5 bilhões. Há 16 anos no mercado, a Alfa Seguradora herdou da Real Seguradora o know how dos seus executivos. O primeiro produto lançado foi o seguro de automóvel e, ao longo dos anos, o mix de produtos foi ampliado. Atualmente, a seguradora conta com 30 filiais e representações em todo o País. Em 2014, fechou o ano com um patrimônio líquido de R$ 160,5 milhões e R$ 459,8 milhões em prêmios ganhos, resultado quase 22% superior ao ano anterior. revista cobertura 25 corretor contra a crise Por Camila Alcova [email protected] E m meio a um período marcado por incertezas na economia e corte de despesas por parte do consumidor, a atuação do corretor torna-se ainda mais crucial nos processos de seguros. Para driblar as dificuldades oriundas da crise, desempenhar uma venda consultiva e manter-se antenado sobre a situação soluções para os riscos aos quais o segurado está exposto. “Quer seja em um cenário positivo ou negativo, o papel do corretor é de suma importância, porém, na atual condição, o segurado costuma cortar despesas, e muitas vezes o seguro é entendido como sendo uma, quando na verdade deveria ser encarado como investi- “Quer seja em um cenário positivo ou negativo, o papel do corretor é de suma importância, porém, na atual condição, o segurado costuma cortar despesas, e muitas vezes o seguro é entendido como sendo uma, quando na verdade deveria ser encarado como investimento para proteção do patrimônio, tanto material como pessoal” Carlos Gabriel Prezenszky | Berkley econômica do País são algumas das estratégias indispensáveis para esse profissional daqui em diante. Na opinião do diretor comercial da Berkley, Carlos Gabriel Prezenszky, o papel do corretor é fundamental independente do cenário econômico, no sentido de apresentar e buscar 26 revista cobertura mento para proteção do patrimônio, tanto material como pessoal”. Diante desse cenário, ele enfatiza que a atuação do corretor é importante para alertar e orientar o segurado. O diretor comercial da Yasuda Marítima, Wilson Lima, pondera que o corretor tem um papel crucial na sociedade e nos tempos de incertezas na economia isso fica ainda mais evidente, pois o seguro deve fazer parte do planejamento financeiro de cada indivíduo ou empresa. “E, em tempos de crise, todos estamos mais propensos a sermos surpreendidos por eventualidades, e o seguro foi criado justamente para o restabelecimento financeiro por conta dessas eventualidades”. Ele alerta que por conta do aperto nos orçamentos nesse período é comum o consumidor decidir, equivocadamente, cancelar ou não contratar algumas modalidades de seguros que poderiam ser essenciais em determinadas situações. Venda consultiva Outra importante habilidade que o corretor pode desempenhar especialmente no momento incerto que o Brasil vive é a venda consultiva, orienta o superintendente do canal corretores Brasil da AIG Brasil, Ronaldo Barreto. “O corretor exerce um papel fundamental ao realizar a venda consultiva para o segurado e apresentar as melhores soluções em setembro2015 setembro2015 revista cobertura 27 corretor contra a crise produtos oferecidos pelo mercado segurador, considerando seu momento de vida e suas necessidades. Isso proporciona tranquilidade principalmente em momentos de incerteza e proteção para pessoas e patrimônio”. Para conscientizar o cliente sobre a importância de proteger sua vida e bens, o relacionamento entre corretor e o segurado também pode ser um importante aliado nesse cenário. “De acordo com a perspectiva da AIG baseada em nosso relacionamento com os corretores, sem dúvida o relacionamento entre corretor e segurado pode ser um facilitador”, frisa Barreto, ao complementar que a proximidade facilita a identificação de necessidades. Além disso, pelo fato de o corretor conhecer as coberturas, benefícios e condições para a contratação dos produtos de seguros, pode apresentar boas soluções ao cliente. Prezenszky, da Berkley, acrescenta que “quanto mais próximo o corretor estiver do seu cliente, maior é a possibilidade de avaliar os riscos aos quais o segurado está exposto. E, assim, propor a melhor condição de garantir seu patrimônio”. Função educadora Wilson Lima defende o relacionamento como um facilitador na tarefa de conscientizar o segurado e complementa que além de consultor, o corretor de seguros tem um papel educador. A colocação do executivo é ratificada quando considerados alguns aspec- Carlos Gabriel Berkley 28 revista cobertura tos culturais ainda em processo de transformação, como a falta de hábito de planejamento financeiro, fator que impacta diretamente o setor de seguros. “A contratação de seguros de vida, saúde, residencial, têm a ver com essa prática, pois é no planejamento financeiro que se planilha os bens, projeções de rendimentos, reservas financeiras e aplicações para investimentos futuros, bem como as ferramentas que poderão ser úteis para minimizar eventuais perdas”. Na visão do diretor executivo de produção da Porto Seguro, Rivaldo Lei- te, o corretor de seguros sempre deve ter um papel de consultor, característica que se fortalece por conta do atual cenário econômico. “O cliente confia no corretor, que tem um papel relevante em sua decisão”. Ele acredita que o corretor deve estar cada vez mais antenado ao momento econômico do País e orientar o segurado para que adquira o que for adequado às suas necessidades. O executivo ilustra que o corretor deve estar atento às reais necessidades do cliente, ou seja, se ele não precisa de um carro extra, mas, por outro lado, precisa de outra assistência, por exemplo, o corretor deve direcioná-lo. “Ao entender o perfil do cliente, o corretor tem a chance de contribuir mais nesse processo”. O executivo Ramon Gomez frisa que moAllianz Seguros mentos positivos economicamente impulsionam a compra pelos consumidores. Já os períodos de economia fragilizada, em que o consumidor pode perder o emprego e parte Rivaldo Leite de sua renda, fica Porto Seguro com receio de per- der o patrimônio, o que leva à aquisição de seguros, em sua opinião. “A necessidade de fazer um seguro, ter coberturas para seu patrimônio e também para terceiros, por exemplo, independem de momentos de crise”. Ele acrescenta que a consciência dos brasileiros em relação às diversas modalidades tem crescido bastante nos últimos anos. Ele pondera que o que pode ocorrer em situações de crise é a alteração de comportamento para a contratação de apólices mais enxutas, mas sem que o cliente abra mão do seguro. Elo importante Ramon Gomez, diretor da divisão comercial da Allianz Seguros, acredita que a responsabilidade do corretor aumenta diante do atual momento. Ele comenta que em períodos que a confiança do consumidor em relação ao futuro diminui, há uma tendência de cortar custos que considerem de baixo risco. “Infelizmente, seja por desinformação ou outro motivo, o seguro ainda está nessa lista”. Ele acrescenta “diante desse momento, a responsabilidade do corretor aumenta exponencialmente, pois ele tem uma missão de conscientizar os segurados da importância de manter o seguro de um bem que, muitas vezes, pode ser a maior conquista pessoal em sua vida. Então é preciso uma atuação muito forte para manter essa proteção”, pontua. Gomez aponta que para os corretores que construíram uma relação de relevância, confiança e credibilidade com seus clientes, certamente setembro2015 setembro2015 revista cobertura 29 corretor contra a crise haverá maior facilidade para cumprir o papel de conscientizar o consumidor de que manter o seguro é importante. “Esses corretores que construíram esse ativo durante a relação com os segurados certamente farão a diferença”. O executivo reforça que o consumidor tem como hábito cancelar seguros que são mais caros e pondera que, até mesmo pelo valor envolvido, seguros como o residencial, que garante um patrimônio importante, e o próprio seguro de vida são exemplo de produtos que não fazem sentido serem cancelados. Nesse contexto, ele opina “é fundamental que os corretores tenham uma atuação implacável para fazer com que os segurados não cometam esse engano enorme”. Atuação aprimorada Diversos fatores devem ser considerados para que o corretor desempenhe a função de conscientizar o segurado, e, consequentemente, aprimore sua atuação. Inicialmente, o profissional deve conhecer bem as opções disponíveis e quais as mais vantajosas para o perfil de seu segurado. Wilson Lima, da Yasuda Marítima, explica que também é necessário que o corretor mostre ao segurado que seu trabalho não é uma venda simples, mas sim, uma orientação. “Ele deve deixar claro que é fato que eventualidades acontecem, independente da situação econômica. E, se o consumidor já não está totalmente tranquilo com as condições Ronaldo Barreto AIG 30 revista cobertura da nossa economia, quem dirá o que pode acontecer se o seu patrimônio não estiver coberto por uma apólice de seguros?”, indaga. Ele lembra que os seguros têm acoplados benefícios que podem colaborar para a economia de recursos. “Há uma série de serviços assistenciais que podem ser requisitados como parte dos benefícios agregados ao seguro que, se contratados separadamente, representariam um custo substancial”. Nesse contexto, o executivo frisa que esse tipo de abordagem faz parte do processo educacional que o corretor de seguros deve fazer junto a segurados e potenciais clientes, independente do cenário econômico. Outra maneira eficaz para auxiliar o corretor na conscientização é a proximidade com o cliente, opina Prezenszky, da Berkley. “Estando mais próximo do cliente para avaliar, efetivamente, os riscos, além de buscar uma atualização constante dos produtos oferecidos pelas seguradoras para oferecer, além dos seguros, alternativas para gerenciamento de riscos que garantam o patrimônio material Wilson Lima e pessoal de seus Yasuda Marítima clientes”. Profissional antenado Barreto, da AIG, complementa que o corretor pode aprimorar sua atuação por meio da capacitação constante. “O corretor de seguros é um empreendedor e como tal deve buscar desenvolvimento para estar apto a apresentar as melhores soluções para o segurado e representá-lo com elevado grau de profissionalismo”. Para aprimorar sua atuação, o corretor deve manter-se atualizado sobre as questões econômicas e políticas do Brasil, fatores que reforçam a figura de consultor desse profissional. “Informação é valor. E com informação você direciona melhor o seu cliente”, orientaRivaldo Leite, da Porto Seguro. Ele reforça que o corretor deve procurar constantemente obter mais informações sobre o perfil do cliente, pois isso também ajudará a encontrar os melhores produtos. Nesse sentido, o relacionamento entre essas partes é imprescindível. Além disso, por meio da oferta de outros produtos, o profissional também tem interação maior com o segurado. “Quando o corretor fecha apenas o seguro de automóvel, acaba conhecendo pouco sobre o cliente. Quando tem em sua carteira o residencial, previdência, entre outras modalidades de seguros, principalmente em vigências diferentes, há a probabilidade de estar com aquele cliente mais vezes”. Ramon Gomez, da Allianz, acredisetembro2015 setembro2015 revista cobertura 31 corretor contra a crise ta que a realidade econômica exige total atenção por parte do corretor e das seguradoras e acompanhamento das renovações com atenção e organização. Esse trabalho já tem sido desempenhado pelos corretores, observa, mas esse momento, em especial, é de muito contato, esclarecimento e proximidade com o segurado. Suporte ao corretor Além da importância da atuação do corretor nesse momento de economia fragilizada e incertezas, as seguradoras estão atentas, especialmente em relação ao apoio para que os parceiros exerçam sua função de transmitir segurança ao cliente. Para auxiliar o corretor nesse cenário, Carlos Gabriel Prezenszky comenta que a Berkley conta com profissionais comerciais especialistas nos produtos operados pela seguradora, fator que viabiliza uma relação mais proveitosa com o corretor, uma vez que é aberto um leque de possibilidades de discussão de aspectos técnicos e não simplesmente comerciais. “Além disso, procuramos divulgar nossos produtos não só na mídia, como também em palestras, encontros e treinamentos para estarmos cada vez mais próximos dos corretores e transmitir informações de nossos produtos, e, assim, oferecer alternativas para assegurar os riscos de seus clientes”. A AIG também promove treinamentos para os corretores sobre os produtos comercializados pela com- nhos para atender sua clientela com qualidade e rentabilizar sua carteira. Uma delas é abrir o leque de produtos oferecidos aos seus segurados”. De acordo com ele, para apoiar o corretor, a Yasuda Marítima também realiza treinamentos pelo País para reforçar que os tempos atuais exigem que esse profissional conheça as diversas modalidades de seguros para atender seus clientes. “Já não “Há anos defendemos que o corretor deve buscar novos caminhos para atender sua clientela com qualidade e rentabilizar sua carteira. Uma delas é abrir o leque de produtos oferecidos aos seus segurados” Wilson Lima | Yasuda Marítima panhia. “Além disso, disponibilizamos ferramentas simples para cálculo e contratação de seguros. Nossa proposta é sempre contribuir com o desenvolvimento dos negócios do corretor”, frisa Ronaldo Barreto. Wilson Lima reforça que mesmo em um cenário econômico desfavorável, o corretor não deve desanimar. “Há anos defendemos que o corretor deve buscar novos cami32 revista cobertura há mais espaço para o ‘especialista em auto’, ‘especialista em empresariais’ ou qualquer outra atuação de nicho. O corretor deve conhecer os produtos disponíveis no mercado que sejam adequados ao perfil de seus segurados”. A Yasuda Marítima também disponibiliza ferramentas tecnológicas para facilitar a rotina do corretor, além de informações sobre produ- tos, benefícios e exemplos da importância do seguro. Para apoiar o corretor para que transmita segurança ao segurado, Rivaldo Leite comenta que a Porto tem como prática disponibilizar treinamentos constantes, conta com profissionais especializados em todos os segmentos em que atua. Além disso, ele menciona que todas as sucursais e regionais têm espaços para treinamentos. Uma das maneiras que a Allianz encontrou para apoiar o corretor nesse momento foi reforçar a atuação nos processos de sinistros. “O sinistro é a ‘hora de verdade’ dos seguros, do serviço que prestamos e até da nossa missão. Essa é a hora que a relação entre o corretor e o segurado se solidifica”. Ele complementa que esse momento também pode colaborar para que o segurado, em períodos de cortes de despesas, reconsidere o cancelamento do seguro. A Allianz também tem focado a questão das renovações, para garantir que mantenham o patamar estável de fidelidade com a companhia. “Essas são as duas maneiras mais importantes que encontramos para prestar suporte aos corretores”, finaliza. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 33 resseguro novas regras Por Karin Fuchs | [email protected] O ponto de vista do mercado sobre as novas regras do jogo A s Resoluções nº 321 e nº 322 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) (ver Box), trazem mudanças nas regras de resseguros. Entre as alterações, estão a flexibilização gradativa das preferências pelos resseguradores locais e a possibilidade de o mercado colaborar mais com a regulação. Por outro lado, houve a falta de regras com detalhes sobre os procedimentos a serem adotados no caso da oferta preferencial e a questão da isonomia tributária. Sobre a alteração da exigência de cada cessão das seguradoras terem pelo menos 40% contratados com resseguradoras locais, estabelecida na Resolução nº 255, de 2010, para uma flexibilização gradual que chegará em 15% até 2020, conforme a Resolução nº 322, Bruno Freire, presidente da Austral RE, analisa que por mais que haja uma flexibilidade, ela é menor do que havia antes. “A interpretação que nós e o mer- “Achamos negativo a maneira como a Resolução foi implementada. Semelhante ao que fez em 2010, o governo impôs mudanças regulatórias aparentemente por pressões de grupos específicos, sem um diálogo amplo com os diversos participantes do mercado” Rodrigo Botti, da Terra Brasis Margo Black Swiss Re 34 revista cobertura Luís Felipe Pellon Pellon & Associados cado fazemos é que a exigência dos 40% é o primeiro direito de recusa e a contratação obrigatória começa a reduzir com o tempo. Com a nova Resolução, ela vai ficando mais flexível do que era, mas menos do que era antes. Acho que o governo buscou o meio termo para uma flexibilização, sem ser muito radical para não prejudicar o mercado local”, diz. Para Luís Felipe Pellon, presidente do escritório Pellon & Associados, a interpretação é a de que as seguradoras locais continuam obrigadas a contratar 40% de seus negócios de resseguro junto a resseguradores locais. “A obrigatoriedade de ofertar estes negócios aos mesmos é que foi reduzida gradativamente ao longo do tempo”, acrescenta. Com um prazo de quatro anos para adaptação, a partir de 2016, João Marcelo dos Santos, sócio-fundador da Santos Bevilaqua Advogados, comenta que “as empresas locais e estrangeiras terão tempo para se adaptar à redução da proteção ao mercado local. Como precedente, é muito positivo este prazo maior, prática relativamente comum em mercados mais maduros”, afirma. Rodrigo Botti, diretor de finanças e operações da Terra Brasis RE, faz ressalvas. “Achamos negativo a maneira como a Resolução foi implementada. Semelhante ao que fez em 2010, o governo impôs mudanças regulatórias aparentemente por pressões de grupos específicos, sem um diálogo amplo com os diversos participantes do mercado”, afirma. De acordo com ele, “o conteúdo da mudança é construtivo, o governo está gradualmente reduzindo os mecanismos impostos em 2010 e retornando o mercado ao arcabouço setembro2015 resseguro novas regras original que foi implementado em 2008, após longa discussão e negociação entre todos os participantes do mercado”. Operações intragrupo No que se refere às operações intragrupo, o limite para colocação de resseguro e retrocessão com empresas estrangeiras do mesmo grupo, atualmente de 20%, será anualmente e gradualmente aumentado até chegar a 75%. Para Botti, o ponto central de atenção será o comportamento dos seguradores e resseguradores, principalmente dos grandes grupos internacionais. “Será muito negativo ao mercado brasileiro se estes grupos retornarem às práticas vistas entre 2009 e 2010, com a volta de operações não ortodoxas, ferindo o espírito da legislação com o objetivo de remeter mais prêmio de seguro ao exterior. Este comportamento foi a razão pela qual o governo impôs em 2010 sérias restrições, que estão agora sendo gradualmente extintas”. Na avaliação de Santos, “o aumento do volume de riscos passível de setembro2015 Ponto de vista da seguradora Vice-presidente de seguros corporativos da Liberty Seguros, Paulo Umeki comenta que na visão da companhia, as mudanças previstas na Resolução nº 322 são bastante positivas para o mercado segurador. “Pois restabelecem os princípios da abertura do mercado de resseguros, conforme a lei complementar 126”, acrescenta. Segundo ele, ao permitir uma flexibilização gradativa das preferências pelos resseguradores locais, há enorme incentivo à livre concorrência. “E, com certeza, novos investimentos de capital privado serão atraídos, fomentando o crescimento da indústria de seguros no País”, prevê. Porém, pondera que “a prática internacional mais comum é ter um mercado totalmente aberto. Entendemos que estamos caminhando nessa direção e, quanto mais rápido seguirmos esse caminho, teremos um mercado de seguros mais Paulo Umeki forte e mais próximo dos interesses dos consuLiberty Seguros midores em geral”. ser colocado por empresas brasileiras com suas controladoras é uma excelente notícia. A crítica é que a manutenção do limite a operações intragrupo, ainda que maior do que antes, demanda a manutenção de controles complexos e estruturação de operações mais complexas, aumentando o custo Brasil”, prevê. A análise de Bruno Freire, da Aus- revista cobertura 35 resseguro novas regras tral RE, é que a limitação dos 20% comprometia as expectativas das matrizes das resseguradoras e, em relação ao mercado local, “também houve um pouco de reclamação, pois poderia haver prática de preço maior diminuindo a competitividade. Reclamação principalmente das estrangeiras em relação às locais. Mesmo assim, a nova Resolução não traz uma flexibilização total”, comenta. Segundo Pellon, a cessão intragrupo é uma atividade mantida sob controle em todo o mundo. “Uma vez que tanto pode significar uma racionalização positiva na gestão de riscos, como pode dar margem a atitudes impróprias, prejudiciais à boa e saudável concorrência, viabilizando a transferência oculta de lucros ou prejuízos”. Ainda de acordo com ele, “a partir de 2019 serão atingidos níveis bem altos de transferências intragrupo, o que deverá influenciar o mercado ressegurador local, podendo gerar uma boa redução de negócios e, talvez, interesse em manter resseguradores capitalizados no País”, prevê. Head Resseguros da América Latina Sul e Presidente da Swiss Re Brasil Resseguros, Margo Black comenta que a nova Resolução CNSP nº 322, traz mudanças importantes e certamente influenciará a dinâmica do mercado de resseguros brasileiro. “Nós estamos ainda analisando internamente as novas regras para avaliar os reais impactos que elas terão em nossa operação, assim como no mercado em geral”, antecipa. Competitividade internacional Em comum, os executivos da Terra Brasis RE e da Austral RE defendem que um quesito internacional que falta ser resolvido se refere à isonomia tributária. Bruno Freire Austral RE 36 revista cobertura Principais tópicos da Resolução nº 321 - Consolidação de diversas normas de governança (provisões técnicas, ativos redutores da necessidade de sua cobertura, capital mínimo requerido - inclusive capital baseado em risco, patrimônio líquido ajustado, plano de regularização de solvência, limites de retenção, regras de investimentos, regras contábeis e de auditoria e auditoria atuarial). Principais tópicos da Resolução nº 322 - Estabelecimento de prazos longos de adaptação (quatro anos); - Redução da restrição às operações intragrupo, - Criação de uma Comissão Consultiva no âmbito do CNSP. “Hoje, a carga tributária brasileira incidente em resseguradoras locais é de 40%, provavelmente subindo em breve a 48%. Resseguradoras internacionais atuantes no Brasil são baseadas em jurisdições com carga tributária muito menor como Alemanha (30%), Inglaterra (20%), Suíça (18%) e Bermudas (0%)”, cita Botti. Freire acrescenta que, desta forma, é difícil competir de igual para igual. “O Custo Brasil está em fazer a proteção para o ressegurador local ou o ressegurador local pagar muito mais imposto que um ressegurador no exterior? Tornar o País mais competitivo implica em redução da carga tributária. No ressegurador local ter uma tributação mais compatível com o ressegurador de fora e, ao mesmo tempo, brigar em igualdade de condições”, defende. Conforme suas palavras, “o que Rodrigo Botti Terra Brasis João Marcelo dos Santos Santos Bevilaqua Advogados seria positivo é a visão do que se pretende ter para o Brasil. Se queremos ter ou não um mercado local e, se quisermos, como fazer isso da forma mais competitiva. Criando um mercado local que traga negócios, receitas de fora. Esta é a agenda que eu acho a mais importante de se falar hoje”, conclui. A desejar Para João Marcelo dos Santos, falhas da Resolução foram não trazer de volta à vigência as regras que detalhavam os procedimentos a serem adotados no caso da oferta preferencial; a manutenção de um limite para operações intragrupo e a manutenção simultânea da oferta preferencial e da reserva de mercado. “O que aumentará a estrutura e a complexidade dos controles a serem adotados pelas cedentes”, acrescenta. Nas palavras de Pellon, como a Resolução nº 322 deu nova redação ao artigo 15, integralmente, todos os demais parágrafos foram revogados. “O que é uma pena, pois tratavam da sistemática a ser observada para a colocação da oferta preferencial, sua aceitação ou recusa e a respectiva formalização e comprovação. Criou-se, assim, uma lacuna regulamentar, que deve ser urgentemente suprida por uma nova norma. Esta seria talvez uma tarefa para a Comissão Consultiva instituída no âmbito do CNSP”, defende. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 37 evento conseguro Por Karin Fuchs | [email protected] Uma sociedade com baixos índices de escolaridade e cultura reflete na percepção do risco. E o consumidor nem sempre tem razão N o Brasil, mais do que a baixa qualificação do ensino, a sociedade não atribui valor ao conhecimento. Nas palavras do economista da PUC do Rio de Janeiro, Sergio Besserman Vianna, isso é gravíssimo por estarmos na era do conhecimento. “Quanto mais valor dermos ao conhecimento e à educação, não apenas nas salas de aulas, isso amplia nossa consciência e a aversão individual e coletiva ao risco”, afirmou. Segundo Vianna, em sua apresentação no 7º Conseguro, realizado pela CNseg, em São Paulo, em estudantes da elite do País com os de outros países, a diferença ainda é maior”, comentou. Professora da Universidade da Antuérpia, Suncica Vujic, apresentou uma pesquisa mostrando o quanto mais tempo na escola reduz a criminalidade, tomando como base a reforma no ensino no Reino Unido, de 1973, que ampliou de 15 para 16 anos a idade para o jovem deixar a escola. “Somente um ano a mais fez com que houvesse uma redução de até 2% nos crimes relacionados ao patrimônio”, citou. Para Ricardo Morishita Wada, es- “A educação não afeta apenas a produtividade e a violência, mas é a maneira pela qual vendemos e compramos seguros no Brasil” Ricardo Morishita Wada, Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) setembro, educação reduz consideravelmente os crimes contra o patrimônio e políticas que subsidiam educação reduzem a criminalidade. E, ainda, a falta de cultura não se restringe à renda. Para exemplificar, ele citou o PISA, programa internacional de avaliação de estudantes. Na última avaliação, o Brasil ficou em 60º lugar entre 76 países participantes, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “O Brasil sempre fica nas últimas colocações e, quando comparados os 38 revista cobertura pecialista em Direito do Consumidor e diretor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), “a educação não afeta apenas a produtividade e a violência, mas é a maneira pela qual vendemos e compramos seguros no Brasil”. Wada disse que “a correlação entre educação e violência é gritante no País e à medida que a qualidade da educação é questionável, a percepção de risco é muito baixa, o que cria uma barreira para a sociedade ter uma gestão do risco. Percepção que piora quanto menor a renda e a escolaridade”, explicou. Marco Antonio Rossi CNseg Percepção do seguro Com base em uma pesquisa do Ibope, que contou com a participação de 1010 consumidores aleatórios e 434 segurados, de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Guilherme Dutra, superintendente da Itaú Seguros, mostrou a percepção do consumidor em relação ao seguro de garantia estendida. “Entre os aleatórios, 80% disseram que conheciam o produto, percentual que ficou em 98% entre os segurados. Para ambos, a contratação é em função do aumento do tempo de proteção e 54% dos segurados comprariam novamente o seguro”, citou. Na análise de Dutra, a pesquisa mostra que um número relevante de consumidores já conhece o produto e que as coberturas e exclusões foram simplificadas facilitando o entendimento do consumidor. “Mas é preciso ampliar o conhecimento sobre o que é seguro e o que ele cobre”, defendeu. Para Tereza Gimenes, coordenadora Jurídica da Via Varejo, é preciso Garantia estendida (Fonte: Susep) Seguros vendidos: 27,1 milhões em 2008 e 46 milhões em 2014. Consumidores: 9,4 milhões em 2008 e 32,8 milhões em 2014. Sinistros: 1,1 milhão em 2008 e 2,2 milhões de sinistros em 2014 setembro2015 setembro2015 revista cobertura 39 evento conseguro aprimorar a comunicação do garantia estendida no varejo e explorar mais a criatividade na venda do seguro. “Estamos em uma fase em que o seguro prestamista é importante para a população de baixa renda, é preciso fazer com que o consumidor conheça mais sobre seguros e unir forças para ter um diálogo melhor com ele”, expôs. Relevância das ouvidorias Desde 2013, a ouvidoria é obrigatória nas empresas de saúde suplementar. Para ilustrar a importância dessa área, Jorge Toledo, ouvidor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), contou que “entre os cerca de 78 milhões de beneficiários, 99,8% são atendidos pelas ouvidorias das operadoras e seguradoras. E elas estão recebendo duas vezes e meia mais demandas do que a ANS. O que mostra que o canal é eficaz”, disse. Segundo ele, a maior parte da demanda nas ouvidorias refere-se a questões não assistenciais, mas financeiras e administrativas, principalmente relacionadas a reajustes. “E a ouvidoria não somente resolve o problema do consumidor, como é uma ferramenta para melhorar a gestão das empresas, além de ser um dos meios mais eficientes para atacar problemas que chegam aos Procons”. Para Gustavo Schmidt, presidente do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), não há dúvidas que é preciso buscar meios para desafogar a Justiça. “São cerca de 105 milhões de processos no judiciário e este número vai aumentar, pois a busca pela Justiça está relacionada à informação e à educação. Temos que enfrentar este problema com so40 revista cobertura luções inovadoras para desafogar o judiciário”, defendeu. Procuradora geral da Susep, Maria Beatriz Corrêa Salles, expôs que o consumidor é vulnerável economicamente, tecnicamente e juridicamente. “E nós atuamos até para verificar se há procedência na reclamação do consumidor. Conciliação e mediação têm que ser incentivadas para soluções de conflitos”, defendeu. Ética e razão No último painel, Solange Amaral, presidente do Procon Carioca, colocou em questionamento a própria ética do consumidor. “O consumidor nem sempre tem razão, há os que consomem produtos piratas ou fruto de trabalho infantil. E nem sempre o fornecedor tem má fé. A garantia estendida, por exemplo, é Processos na Justiça Em todo o País, há aproximadamente 105 milhões de processos na Justiça. Em 2012, 14,8% dos processos eram relacionados a consumo. garantia ou seguro? É venda casada? Essas são as questões, e a linguagem de seguros é difícil para o consumidor”, indagou. Diretora da Carlini Associados, Angelica Carlini, disse que ética é resultado do equilíbrio de uma sociedade e o consumidor de seguros tem que saber que pertence à uma mutualidade. “As relações de consumo de seguros são bastante complexas e a precificação de riscos para a construção de uma mutualidade espanca qualquer ideia de individualidade em seguros. Para fazer parte da mutualidade não pode agravar o risco e só faz parte do grupo de seguro quem não deseja que ele se materialize”, expôs. Segundo ela, “o histórico do nosso País não é de ética. Nós lidamos com a cultura de que o privado é de alguém e o público não é de ninguém. Em uma sociedade em que os papeis sociais já não são tão bem definidos como há 50 anos, de hiperconsumo que estimula o individualismo, há pouca tolerância para as frustrações. Precisamos dialogar com o consumidor, proteção exacerbada não constrói autonomia e nem torna os consumidores mais livres”, defendeu. Para Mariana Freitas de Souza, sócia da Veirano Advogados, o consumidor não é mais vulnerável, ele tem um poder enorme com as redes sociais. “E ele também tem que ter muita boa fé e ética para usar esse poder. Há uma perspectiva pessoal do consumidor de um produto, de um serviço de seguro. Há o medo, vulnerabilidade e a confiança para que o seguro corresponda às suas expectativas. Em seguros é importante a perenidade”, finalizou. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 41 gestão de riscos Inovadora e pronta para atender as diversas demandas das seguradoras que envolvem questões médicas S ediada em São Paulo e com uma equipe multidisciplinar de médicos e enfermeiras no Brasil, a Samplemed foi pioneira ao implementar uma operação de avaliação de riscos, com exames médicos, em todo o território nacional, atendendo seguradoras, resseguradoras e bancos no seguro de vida. Há cerca de cinco anos, inovou departamento próprio de TI, para entender melhor as necessidades dos clientes, agilizando o processo de demandas customizadas que incluem integração de sistemas, a fim de melhorar a interface com a nossa empresa”, afirma o Dr. Jairo Waitman, CEO da Samplemed. A empresa oferece todos os serviços de suporte à subscrição de “Havendo a oportunidade de avaliar melhor o risco é possível estratificar e a seguradora precificar adequadamente. Esta é a inteligência do negócio com a tele-entrevista” Dr. Jairo B. Waitman | Samplemed mais uma vez ao introduzir a teleentrevista com call center próprio, oferecendo ao mercado uma melhor subscrição, com prazo reduzido. Hoje, com mais de 25 anos de experiência, a Samplemed está pronta para atender as mais diversas demandas, além de seguros de vida, com soluções completas e customizadas. E neste sentido, mais um passo foi dado. “Nós criamos um riscos para as seguradoras, desde exames médicos, cardiológicos, laboratoriais, a entrevistas com os médicos dos proponentes. Hoje, a sua principal ferramenta é a teleentrevista, com uma média de 800 entrevistas/mês. “A tele-entrevista tem, entre tantas vantagens, a de evitar recusas desnecessárias em função de falta de informação, perda de documentação ou até mesmo Cristhianne Garcia Fagioli e Dr. Jairo B. Waitman, da Samplemed 42 revista cobertura preenchimento incorreto da DPS por parte do proponente. O que oferecemos são ganhos consideráveis no nível da informação obtida, pois é fato que uma melhor subscrição diminui o risco”, diz Cristhianne Garcia Fagioli, diretora Comercial da Samplemed. Avaliação eficaz A solução da Samplemed é voltada principalmente para o público com apólices de vida que variam de R$ 100 mil a mais de R$ 20 milhões, sendo também muito bem aplicada para seguros habitacional e prestamista. “A aceitação das seguradoras sempre foi binária. Havendo a oportunidade de avaliar melhor o risco é possível estratificar e, com isso, a seguradora precificar adequadamente. Esta é a inteligência do negócio com a tele-entrevista. Por isso, também tem sido uma forte aliada na redução de riscos declináveis”, especifica Dr. Jairo. “Os procedimentos para avaliação de risco são proporcionais à idade e capital contratado. Buscamos criar soluções aos produtos das seguradoras, em tudo que tem relação às questões médicas, com projetos sob medida que podem envolver desde a investigação de uma doença específica até a realização da Declaração Pessoal de Saúde (DPS) completa por tele-entrevista”, exemplifica. Para estar em linha com o que há de mais inovador nos mercados maduros, como Estados Unidos e Europa, Dr. Jairo, médico por formação e médico de seguro, profissão ainda pouco conhecida no país, faz pesquisas in loco e, para isso, frequenta congressos promovidos pela Associação Americana de Subscritores e Associação Americana de Médicos de Seguro, visando sempre trazer inovações para o mercado brasileiro. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 43 tecnologia inovação Aplicativo proporciona comodidade e agilidade no atendimento M elhoria contínua, qualidade e inovação. Foram estes valores que nortearam a Autoglass na criação da Vistoria Mobile. A ferramenta permite que o procedimento de vistoria das peças danificadas seja feito pelo próprio segurado, através do seu smartphone. O resultado é um atendimento muito mais rápido e prático, já que ele não precisa mais comparecer a loja duas vezes: uma para a vistoria e outra para a troca da peça. Uma pesquisa de satisfação realizada em agosto demonstrou que quem usou aprovou: em média, a nota dada para o atendimento realizado com o auxílio do aplicativo foi de 9,48. Isso é mais uma prova do quanto ele é simples e ágil. O link da mensagem é enviado por SMS ou e-mail. Seguindo o passo a passo com apenas cinco minutos é finalizada a vistoria. Essa comodidade está disponível para todas as seguradoras parceiras da Autoglass. A marca de mil vistorias realizadas pelo celular já foi ultrapassada no mês de setembro, o que implica em muitos benefícios para o segurado tais como: conforto; economia de tempo (realização da vistoria em no máximo cinco minutos); praticidade; e ainda, evita o deslocamento até a loja para a vistoria. Vale observar que a Vistoria Mobile também traz um grande ganho para a operação da empresa, uma vez que aumenta a disponibilidade de agendamento para execução de serviços. “Com esta solução, além de proporcionar conforto, economia de tempo, comodidade e praticidade para os segurados, também será possível um ganho expressivo nas agendas das unidades, uma vez que através desta facilidade o segurado não mais irá precisar comparecer a loja para a realização da vistoria. Mais uma vez, a Autoglass oferece ao mercado uma ferramenta inovadora, prática e que facilita a vida dos nossos clientes”, comenta Eduardo Borges, diretor comercial da Autoglass. 44 revista cobertura Eduardo Borges Auroglass setembro2015 setembro2015 revista cobertura 45 regulação de sinistros Por Tany Souza | [email protected] Empresa mostra desenvolvimento em relação ao ano passado P recisou de apenas um convite de uma seguradora para que a Prado Seguros começasse sua atuação no ramo de regulação e assessoria em seguros e resseguros auto e ramos elementares. Em relação a 2014, a empresa já apresenta uma média de crescimento de 28% e um desenvolvimento de 40% somente no primeiro semestre desse ano. A Prado Seguros surgiu em 2007, com a expertise do fundador Adilson Prado, que já trabalhava na área há mais de dez anos. “A partir de então fomos traçando como queríamos ser, como queríamos representar nossos clientes, atendê-los traçando então nossos princípios e estratégias”, conta o diretor Adilson Prado. Devido a essa experiência direta no mercado do fundador e proprietário, a principal área de atuação hoje é a regulação e assessoria em seguros e resseguros auto e RE. “Devido à vasta experiência no ramo adquirida durante anos, houve a necessidade de expansão, de um crescimento e assim a entrada direta no ramo, pesquisando e aprimorando cada vez mais, para melhor atender nossos clientes”, compartilha. Controle de qualidade Para ser um diferencial ainda mais agudo nesse ramo, a Prado Seguros criou um controle interno de qualidade, com ações específicas voltadas à organização na prestação de serviços ao cliente. “Realizamos uma atuação organizacional para atingir os melhores índices de qualidade que envolve um processo, como custo médio, economia 46 revista cobertura gerada, tempo de finalização, atendimento prioritário”, explica Prado. Além dessas estratégias internas, a Prado Seguros também se preocupa com os resultados dos clientes e suas reais necessidades para chegar ao objetivo traçado. “Realizamos análises contínuas de necessidades de cada cliente para atingirmos os pontos a serem melhorados e assim atender o nosso cliente da melhor forma”, ressalta. E para que essas análises sejam coerentes e corretas, os colaboradores recebem qualificação e cursos internos constantes. “Também trabalhamos com estruturação e motivação de nossos colaboradores, que são treinados continuamente para Adilson Prado Prado Seguros realizar o serviço da forma correta, com comprometimento, pois somente quando juntamos todas essas ações conseguimos bons resultados, atingimos a qualidade que buscamos e que nossos clientes buscam”. Para atuar de forma contundente e assertiva no mercado, é preciso fazer parcerias com seguradoras, corretores de seguros e todos os atores do ramo. “Possuímos parcerias com grandes empresas do setor. Hoje para uma empresa é fundamental a parceria com outras empresas, pois isto proporciona uma troca de ideias, um brainstorming, e assim um conhecimento melhor da área e uma atuação melhor”, comenta. É nessa parceria que a reguladora aposta para enfrentar a crise econômica que assola o País e atinge todos os setores. “Infelizmente a crise econômica momentânea influencia o cenário nacional e com isso o mercado muda, porém acreditamos que quando se mantém a qualidade, o comprometimento e a seriedade nos serviços prestados, afastamos a crise e mantemos nossos clientes satisfeitos, visando sempre melhor atendê-los, tornamos a necessidade do cliente a nossa necessidade e juntos caminhamos para vencer o cenário atual e atingir o objetivo buscado”. É driblando a crise e visando sempre os objetivos comuns com os parceiros que a Prado Seguros consegue ter boas perspectivas para 2015. “Estamos otimistas com o mercado para este ano, pois neste ramo há vários fatores que influenciam os índices, mas em geral o mercado vem reagindo”, finaliza Adilson Prado. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 47 artigo | Walter Polido A pesar da importância inegável do seguro na sociedade pós-moderna e na condição de instrumento de garantia efetiva de interesses diversos, ainda insuperável por qualquer outro mecanismo, qual o estágio de desenvolvimento dele no Brasil? A produção do mercado segurador nacional tem superado até mesmo expectativas e cresce exponencialmente, mas a tecnologia e a especialização requeridas não têm acompanhado na mesma proporção. O mercado vive hoje entre o atraso e o moderno, mas está longe de ser desenvolvido tecnicamente. Preso ao passado recente do monopólio do resseguro (1939-2008), o pensamento contratual e os procedimentos ainda não superaram essa fase que deixou o mercado afastado da realidade mundial, notadamente em relação àquelas práticas internacionais que deveriam ser seguidas por todos os players. O simples fato de a Política Nacional de “O pensamento contratual é outro e com vistas neste novo cenário os profissionais necessitam ser treinados” Seguros ainda ser direcionada pelo Decreto-Lei n.º 73, de 1966 deixa claro o pensamento reinante no sistema. As seguradoras vivem hoje com resquícios do mercado fechado e direcionado de maneira massacrante e equivocada pelo Estado e sob os lampejos da pós-modernidade, sendo que algumas poucas seguradoras inovam e tentam operar no país com produtos mais sofisticados e provenientes de suas matrizes estrangeiras. Este paradigma tem de ser mudado, urgentemente e para o bem de todos. Em todos os setores do seguro nacional falta pesquisa científica voltada para a especialização, falta visão empreendedora em relação ao presente e ao futuro próximo. Apenas a visão comercial e pronta tem prevalecido há décadas. Essa miopia nos faz permanecer subdesenvolvidos e, persistindo antigas práticas, não é rompido este estágio e deixamos de criar o círculo virtuoso. Não haverá como galgar 48 revista cobertura patamares superiores com discursos proselitistas sem conteúdos práticos e desprovidos de objetivos concretos bem traçados na busca da excelência técnica. Dizer que as seguradoras pagam muitos sinistros e cumprem o seu papel social não representa qualquer adicional, uma vez que elas devem honrar os contratos, indenizando os sinistros que foram por ela garantidos. O mercado segurador precisa mudar o discurso, portanto, agindo na busca e superação do tempo perdido. A iniciativa privada tem papel preponderante neste objetivo e não pode mais ficar esperando apenas por ações do governo. Não compete à Susep “desenvolver” este mercado e este não é e nunca foi o papel institucional dela. Aquela Autarquia deve, por conta da pós-modernidade, fiscalizar adequadamente as provisões técnicas e as reservas de sinistros de modo a proteger os consumidores de seguros do país. Mais recentemente, cabe também à Susep fiscalizar, denunciar e impedir que falsos seguradores enganem a população com simulacros de seguros. Só isso. Não compete a ela elaborar bases de contratos de seguros, conforme ainda determina o DL 73/66, artigo 36, “c” [fixar condições de apólices, planos de operações e tarifas a serem utilizadas obrigatoriamente pelo mercado segurador nacional; (entre as competências da Susep)]. Em nenhum país desenvolvido isso acontece desta forma. Produto padronizado ou não-padronizado mas também conduzido pela Susep em face das “listas de verificações” nem sempre perfeitamente técnicas e consentâneas com o bom Direito, prejudica o desenvolvimento do mercado e mais ainda os consumidores de seguros. Aquelas seguradoras não realmente vocacionadas à atividade de tomadoras de riscos se escudam nesses modelos mal feitos e com escassez de cobertura. Há exemplos de toda ordem neste sentido: os clausulados de transportes; os de responsabilidade civil geral; operadores portuários; property, automóvel; etc. A empresarialidade, por sua vez, é fator essencial no setor, o qual repudia o amadorismo. Ao Poder Público, enquanto regulador, cabe apenas objetivar medidas conducentes da atividade e com vistas na solidez e na setembro2015 artigo | Walter Polido liquidez do sistema. Se problemas existirem em termos jurídicos contratuais caberá ao Judiciário providenciar a competente penalização da seguradora e não mais à Susep determinar com anterioridade os modelos padronizados de clausulados de coberturas. Este entendimento é básico e não cabe outra posição. Se assim não for, não sairemos do estágio no qual nos encontramos: de subdesenvolvimento. As seguradoras devem assumir os riscos de suas atividades pertinentes e ao Estado não cabe mais tutelá-las de forma uniforme, tal como se praticou por 69 anos enquanto perdurou o monopólio de resseguro no Brasil. Não cabe mais amadorismo na atividade, repita-se. O desenvolvimento tecnológico é premente. As atividades compreendidas pelo sistema financeiro nacional, em termos comparativos, já alcançaram no país patamar tecnológico muito superior ao securitário, apesar de haver também muito abuso em face aos direitos dos consumidores, fato que certamente deverá ser corrigido. A excelência nos serviços securitários somente será alcançada através do suprimento da tecnologia necessária ao setor. O processo terá início a partir da formação técnica adequada dos profissionais. Há de existir novo tipo de formação: “não se faz mais seguro como se fazia anos atrás”. O pensamento contratual é outro e com vistas neste novo cenário os profissionais necessitam ser treinados e mesmo os profissionais mais antigos setembro2015 precisam ter os seus conhecimentos (acerca do contrato de seguro e da atividade seguradora) “renovados”. Não cabe mais a instrução se dar com base em conceitos insculpidos no outro sistema, “o fechado”. A atividade de resseguro e sua significação também sofreram mudanças radicais. Antes um amontoado de informações e mapas que eram remetidos mensalmente pelas seguradoras ao ressegurador monopolista, de modo que ele preparasse a “conta resseguro” para elas, hoje tem conotação muito diferente e certamente muito mais significativa também. De uma atividade sem muita importância “aparente” para a seguradora, passou a ter significado vital para ela, pois faz parte de sua estratégia mercadológica. O empreendedor de seguros que ainda não se deu conta dessa transformação conceitual está totalmente desarticulado da realidade do novo mercado e certamente poderá amargar prejuízos, se já não os sentiu. Aquelas seguradoras que não retêm riscos e repassam quase que integralmente ao resseguro suas responsabilidades - também estão fora da realidade que já chegou ao país e que se maximizará em breve. *Leia a continuação do artigo na edição 167 (outubro) da Revista Cobertura Walter Polido, professor universitário, árbitro, parecerista e consultor em seguros e resseguros (www.polidoconsultoria.com.br) revista cobertura 49 cobertura global IIS 51st Annual Seminar Por Camila Alcova | [email protected] Indústria pode facilitar encargos financeiros associados a desastres e oferecer proteção a vulneráveis, aponta secretário-geral da ONU E m sua participação no Seminário Anual International Insurance Society (IIS 51st Annual Seminar), realizado em junho, em Nova Iorque, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, conclamou os players da indústria de seguros em todo o mundo para a conscientização e comprometimento com a sustentabilidade global. “Os impactos de mudanças climáticas estão acelerando. Esse assunto é decisivo em nossos tempos. Está claro que a mudança climática está acontecendo e se aproximando muito mais rápido do que podemos imaginar”, alertou. Ele comentou sobre o encontro dos membros da ONU com líderes mundiais, cujo propósito é adaptar uma pauta de desenvolvimento sustentável para os próximos anos. “Em dezembro, nós também esperamos os líderes governamentais se reunirem em Paris para adaptarem os ambiciosos e universais acordos de mudanças climáticas. Essas são prioridades livres que afetarão imensamente a nossa sociedade e o planeta Terra também”, observou. No que tange ao setor de seguros, Ban Kimoon acredita que a indústria pode assumir um importante papel, especialmente para ajudar a facilitar os encargos financeiros associados a 50 revista cobertura desastres e oferecer proteção a vulneráveis. “O setor de seguros é elogiado por ser líder em investimentos sensíveis a riscos, como uma grande fonte de investimentos a longo prazo. O setor pode e deve ter um forte papel ao moldar um futuro mais sustentável para todos nós”, frisou. O secretário-geral da ONU apontou que a redução de riscos de desastres é uma das defesas de frente contra os impactos das mudanças climáticas. Em sua visão, trata-se de um investimento inteligente, econômico e que pode salvar vidas. Ele complementou que esse é o momento de uma ação global de resiliência e redução de riscos de desastres, uma vez que essa iniciativa antecipa e absorve os riscos, além de remoldá-los dentro de oportunidades de desenvolvimento sustentável mais seguras. Agente de mudanças Nesse sentido, ele conclamou os representantes da indústria seguradora a refletir estrategicamente sobre como a mudança do clima pode ser reduzida e ajustar os investimentos de acordo com isso. Um ponto positivo compartilhado por Ban Ki-moon é que comunidades estão prontas a investir onde quer que seja necessário, onde traga economia de carbono e economia sustentável. Isso inclui comunidades de seguros e fundos Ban Ki-moon, Secretário - geral da ONU de pensão, inclusive. “Eles estão prontos para investir, mas os líderes governamentais devem ter visão correta, direção certa que este é o caminho para o qual estamos indo. Isso é o que estou fazendo como secretário-geral, porque as Nações Unidas devem dar uma visão clara, baseada em ciência e muitas pesquisas. As mudanças climáticas irão acontecer e haverá muitos desastres por vir”, reforçou. Diante do contexto, é necessário que o setor privado aloque capital para a construção de uma economia de baixo carbono. Nesse cenário, a indústria seguradora pode ser o centro de construções de uma economia inteligente e resiliente climática, ressaltou ele. A questão climática possui um panorama ainda maior do que o enxergado superficialmente. Os impactos dessas mudanças também englobam temas como desigualdade social e econômica, por exemplo. Por conta disso, acreditaBan Ki-moon, a prioridade da sociedade como um todo deve ser tornar o mundo sustentável em dimensões social, econômica e ambiental. Ainda sobre a colaboração dos players de seguros nessa questão, o secretário-geral da ONU acredita que a indústria pode lidar com a compensação e endereçamento dos grandes danos que certamente virão. Dessa maneira, ele acrescenta que é possível contar com uma boa política de seguros. “Eu acho que vocês (indústria de seguros) podem oferecer boas políticas de seguros para todos nós, e já estou contando com sua liderança e comprometimento”. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 51 cobertura nordeste sincor-pe Cláudia Cândido Diniz Sincor-PE Por Camila Alcova | [email protected] Temas como venda on-line de seguros e multicálculo também fizeram parte do evento “Embora em algumas indústrias a figura do intermediário perca força com o mercado on-line, no segmento de seguros o corretor mantém a sua importância” Marcos Machini | Liberty 52 revista cobertura A praia de Porto de é erroneamente concluído Galinhas, em Perpelo cliente. nambuco, receÉ imprescindível tambeu profissionais de bém ter conhecimento diversas partes do País sobre os riscos dos para o 3º Congresso de segurados para que a Seguros (Conseg/PE), apólice seja adequapromovido pelo Sinda. Também é imporcor-PE, em agosto. Na tante que seja docuEdson Toguchi abertura do congresso, mentado que o cliente a presidente da entidade, tem ciência das cobertuCláudia Cândido Diniz, ras do seguro. destacou que a realizaO corretor deve se atução do evento vai ao enalizar por conta das mucontro do objetivo do danças que esporadisindicato de fortalecer camente ocorrem nos a discussão e debates contratos. “O corretor dos interesses da cateprecisa conhecer progoria em Pernambuco. fundamente o contrato Fernando Muraro Durante sua palestra, da seguradora e quais o corretor e professor da são os riscos do seu clienEscola Nacional de Segute, para colocá-lo na seguraros, Gustavo Mello, destacou dora que melhor o atenda”. que é importante que o corretor esclareça ao cliente sobre as cobertuVenda on-line ras contidas nas apólices e que não Ao comentar sobre o mercado de há seguro que ofereça proteção para corretagem de seguros nos Estados todos os riscos, o que, muitas vezes, Unidos, o vice-presidente da Libersetembro2015 cobertura nordeste sincor-pe ty, Marcos Machini, compartilhou rentabilidade. Outro efeito Filho, a região nordeste faz que por conta da tendência da venda pode ser a elevação de parte do foco da comde seguro on-line, a companhia nos preços, o que também panhia. Em breve, a Estados Unidos encomendou uma prejudica o corretor, seguradora terá nova pesquisa para identificar o comporcomplementa. “Uma instalação em Pertamento do segurado em relação aos subida geral de preço nambuco, o que colacanais de distribuição. porque deteriora os borará para a aproxiEle lembra, inclusive, que no País resultados das commação dos corretores. o mercado é bastante aberto em repanhias tira uma par“Nossa ideia é cada Marcos Machini lação a canais de distribuição. “Há cela de consumidores vez mais crescer e focar o corretor, que é independente, tem do mercado”. o mercado nordestino”. o agente, que às vezes é funcionário O executivo reconheConforme Edson Toguda seguradora, às vezes não funcioce que o multicálculo chi, superintendente de nário, mas vende só de uma comproporciona vantagens produtos de ramos dipanhia e tem benefícios por isso, a ao corretor, como ecoversos e linhas finanvenda direta, em que a companhia nomia de dinheiro e ceiras da Tokio Marivende direto para o segurado”. tempo nas cotações. ne, em 2014 o PIB de Entre as conclusões da pesquisa, Entretanto, a ferraPernambuco atingiu Machini destacou que do total de menta pode ser prejuR$ 140 bilhões. Nos Mauro José clientes nos Estados Unidos que codicial pelo acesso a diúltimos cinco anos, o tam on-line, 80% fecham a compra versos preços, expansão Estado cresceu acima do em outro canal. Desse percentual, grande de seguradoras e Brasil. Ele comenta que o 57% fecharam com um corretor em foco apenas no preço no promercado segurador pernamseu escritório; 32% compraram de cesso de venda, fator que à exemplo bucano também tem crescido ultium corretor via telefone; e 25% conda pesquisa americana, não é o mais mamente. Em 2014, o resultado foi cretizam a compra em um canal de valorizado pelo cliente. de 2,4% em relação ao PIB. vendas direto. O executivo explicou que os in“Embora em algumas indústrias a Seguro no nordeste vestimentos realizados por segfigura do intermediário perca força Conforme o diretor comercial mentos como aeroportos, rodovias, com o mercado on-line, no segmenNorte/Nordeste e Espírito Santo da ferrovias e portos podem gerar oporto de seguros o corretor mantém a Porto Seguro, Mauro José, a região tunidades de seguros no mercado sua importância”, observou. nordeste responde por 10% da prolocal. Ele acrescentou que o setor de A pesquisa também identificou que dução de seguros. Em Pernambuenergia também tem recebido grana maioria dos consumidores americo, entre 2006 e 2014, a produção des investimentos. Na região Norcanos optou por contratar com um cresceu 285%, enquanto o PIB local deste, a energia híbrida se destaca, corretor por conta da ajuda oferecida cresceu 155%. No estado, o seguro principalmente em Pernambuco. por esse profissional caso algo não dê de automóvel responde por 15% de Fernando Muraro Donke Ferrari, certo, coberturas adequadas, por torparticipação, e o VGBL, 51%. diretor comercial e de risco da Starr nar a compra de um seguro simples, Cerca de 8% das empresas são seguradora, reforçou a confiança da entre outros fatores. protegidas pelo seguro emprecompanhia no potencial da região, Em um paralelo entre os sarial. Recife, Jaboatão dos especialmente Pernambuco, pelo mercados americano e Guararapes e Olinda redesenvolvimento acima do PIB, pernambucano, o exepresentam 63% das além dos investimentos de setores cutivo frisou que as empresas do Estado. calçadista, automotivo e cervejeiro escolhas pelo correEm todo o nordeste, no estado, que podem gerar oportutor são impulsiona3% das empresas esnidades de negócios na área de sedas exatamente pelos tão seguradas. guros de transportes, alertou. mesmos motivos, o No estado, o seguro Apesar da concentração de prêque ratifica o papel residencial tem pemios na região sudeste, a seguraFrancisco Vidigal Filho desse profissional. netração de 4,6%, o dora pretende desenvolver mais os Outro tema abordado que revela mais oportunegócios no nordeste. “Muitos dos por Machini foi o multinidades de negócios. Os negócios feitos aqui (região nordescálculo, que em sua opiprodutos odontológicos te) são feitos por corretoras das renião, dificilmente entambém apresentam giões sul e sudeste”, disse ao frisar globa as características uma grande demanda, que nesses casos os negócios são de cada seguradora, já pois cerca de oito micontabilizados para a região sudesque foca a divulgação lhões de pessoas não te, e que os corretores locais devem de preços. contam com a protese empenhar para que os prêmios Para ele, a multioção em Pernambuco. fiquem na região. ferta indiscriminada Conforme o presiGustavo Mello de preços pode levar as dente da Yasuda MaríLeia mais na Cobertura Digital: companhias a perderem tima, Francisco Vidigal http://migre.me/rdH3H setembro2015 revista cobertura 53 giro pelo mercado ANS está preocupada com o direito do consumidor O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, José Carlos Abrahão (foto), afirma que um dos tripés do órgão é a segurança de acesso ao consumidor e esse alcance aos serviços de saúde é uma demanda que acontece em qualquer modelo de sistema de saúde no mundo. Porém, é preciso garantir a qualidade do atendimento, o que deve acontecer com sustentabilidade. Essa sustentabilidade em saúde não pode ser considerada somente econômica e financeira, mas deve ser principalmente assistencial. “E o primeiro ponto a ser debatido para que isso aconteça é o monitoramento da garantia de atendimento, como uma ferramenta de gestão do sistema de regulação. E com essa preocupação com a sustentabilidade, procuramos aperfeiçoar esse modelo de monitoramento, discutir não só internamente, mas com todo o setor, e em breve teremos um novo modelo em funcionamento”, explica Abrahão. O monitoramento dos reajustes também foi assunto citado pelo diretor-presidente durante o 20º Congresso Abramge e 11º Congresso Sinog, que aconteceu em São Paulo, em agosto. Na ocasião, ele foi enfático ao dizer que esse papel deve ser desempenhado pela ANS. “Quem adquire um plano de saúde o levará para o resto da sua vida, principalmente o plano de saúde individual e o órgão regulador não pode abrir mão desse monitoramento e estamos abertos a aperfeiçoar, aprimorar e buscar o equilíbrio dentro dos reajustes”. E nesse mesmo mote, ele ressalta a importância do estímulo na adversidade de oferta de produtos diferenciados. “Como é o caso dos produtos de coparticipação que têm aumentado gradativamente e existem dentro da regulação, e devemos incentivar isso e não esquecermos dos direitos que são adquiridos pelos consumidores, que devem ser respeitados e preservados. A segurança jurídica também tem que ser dada pelo regulador”. Ele finaliza dizendo que é preciso prestar mais atenção no aumento do preço da saúde e assim ter o paciente como centro de todas as ações no setor. “Esse aumento de gastos em saúde temos que trabalhar mais, pois temos a cada dia uma oferta maior e uma demanda que tem que ser equilibrada. Por isso, temos que estar cada vez mais centrados no paciente e em suas requisições”. (Tany Souza) Leia mais na Cobertura Digital: http://migre.me/ru9Yv Omint celebra 35 anos O Grupo Omint reuniu em setembro, no Jockey Club de São Paulo, mais de 500 convidados em um coquetel para comemorar os 35 anos de operação no Brasil e estreitar relacionamento com clientes corporativos, profissionais da saúde, corretores, além dos demais stakeholders da companhia. No evento, o Grupo lançou a nova empresa Omint Seguros, focada nos mercados de seguros de vida (individual e em grupo) e também em seguro viagem. Os clientes Omint, parceiros comerciais e profissionais de saúde foram recepcionados pelo fundador da Omint, o argentino Juan Carlos Villa Larroudet e seu filho Santiago Larroudet, além de André Coutinho (diretor geral), Cícero Barreto (diretor comercial), Paulo Gagliardi (diretor financeiro), Marcos Loreto (diretor médico), Eduardo Monteiro (diretor de saúde), Luciano Marques Filho (gerente de operações), e Flávio Merichello (gerente do Núcleo de Saúde e Prevenção). Setor de seguros lutando para inovar, aponta pesquisa KPMG international Enquanto executivos de seguros na maioria sabem que inovação conduzirá à vantagem competitiva e crescimento, muitos parecem estar lutando para acender a chama dentro de suas organizações, aponta relatório da KPMG International, divulgado em setembro. 48% dizem que já estão prejudicados por concorrentes novos, mais ágeis. “Como um membro do IIS Leadership Circle (Círculo de Liderança da IIS), a KPMG promove perspectiva válida das diretrizes da IIS. Os resultados do relatório da KPMG estimulam nossa certeza de que inovação é o tema estratégico predominante da indústria hoje, razão pela qual nós centraremos o tema do Fórum Global de Seguros de 2016 em “Inovação e Transformação da Indústria,” diz Michael J. Morrissey, presidente e CEO da IIS. 54 revista cobertura Baseado em uma pesquisa com 280 executivos de seguros de todo o mundo e uma série de entrevistas com líderes de seguros e novos concorrentes do mundo da FinTech, o relatório, intitulado Um novo mundo de oportunidade: O imperativo da inovação de seguros, aponta que a necessidade de inovar já está criando pressões significantes no setor de seguros. Muitos dos respondentes da pesquisa veem inovação como uma significante oportunidade, com 83% dizendo que o sucesso futuro de suas organizações está estreitamente amarrado às suas habilidades de inovar. setembro2015 giro pelo mercado Da legislação do desmonte à sua funcionalidade Desde 1º de maio deste ano vigora a Lei Federal nº 12.977/14 que regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos em todo o País. O primeiro seminário sobre o tema, realizado pela Fenacor, em agosto, em São Paulo, intitulado “Sobre a Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito”, contou com as participações de Daniel Annenberg e Eraldo Ferreira, respectivamente presidente e diretor do Detran. Daniel Annenberg disse que com o celular será viável identificar as peças principais e de qual veículo elas vieram (procedência), com a criação de um sistema regulado de desmontagem de veículos e abastecimento do mercado de autopeças, regulando e incentivando o processo de cadastrados. “Isto já está sendo implantado. A segunda etapa é que cada veículo desmontado tenha um código de barras, com peça a peça cadastrada, o que permitirá a rastreabilidade, desde a desmontagem até a venda ao consumidor final”, antecipou. Segundo ele, “já começamos a cadastrar todas as peças dos desmanches legais. Isso se dará de forma informatizada, interligando o Detran, leiloeiros, empresas de reciclagem, comerciantes e empresas fabricantes de etiquetas”, especificou. Para Eraldo Ferreira, o próprio cidadão será o fiscal. “Ao comprar a peça no desmonte, ele fará a verificação da sua procedência a partir da existência da etiqueta”, explicou, acrescentando que também é intenção que haja um próximo passo com a Lei Federal, que é o incentivo à renovação da frota. (Karin Fuchs) Leia mais na Cobertura Digital: http://migre.me/rdJcL Chubb Seguros marca presença em almoço da Aconseg-SP A diretoria da Chubb Seguros foi a convidada do almoço mensal de setembro da Aconseg-SP. Na oportunidade, os executivos ressaltaram a importância das assessorias para fazer com que o produto chegue ao cliente e assim que a companhia ser reconhecida por seus diferenciais. “Esse canal de distribuição é essencial para poder disponibilizar o produto e tem capilaridade o suficiente para fazer essa distribuição. Continua sendo importante estrategicamente para a nova companhia, já é para nós na Chubb, por Jorge Teixeira Barbosa, presidente da Aconseg-SP e Nivaldo Venturini, presidente e CEO da Chubb Seguros Itaú Seguros destaca iniciativas em evento do CCS-SP Em agosto, o tradicional almoço do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCSSP) contou com os executivos da Porto Seguro e Itaú Seguros. Na ocasião, o diretor executivo da Itaú Seguros Auto e Residência, Marcelo Sebastião (foto), comentou sobre algumas novidades da companhia.“Lançamos em 1º de agosto, desconto de 5% para os clientes com zero ponto na habilitação. A Porto tem 7%, a Azul tem 5% e nós adotamos os mesmos 5% da Azul. No orçamento, o sistema já carrega a variável para as três companhias”. Ele também mencionou o Programa Sempre Presente, desenvolvido junto com a Itaú Card, que troca pontos do cartão por desconto no seguro. Leia mais na Cobertura Digital: http://goo.gl/zr0kt4 setembro2015 isso uma das grandes fortalezas da companhia é a multiplicidade dos canais de distribuição”, ressalta o presidente e CEO da seguradora, Nivaldo Venturini. Ele explicou que a fusão entre as companhias ainda está em fase inicial. “A fusão será oferecida para aprovação em outubro aos acionistas nos Estados Unidos, uma vez aprovada, será deflagrada toda a parte regulatória que pode ir até o primeiro trimestre do ano que vem. Hoje não há nada que seja compartilhado ou acertado entre as companhias, até começarem a migrar”. (Tany Souza) Iniciativas da Yasuda Marítima em óleo e gás não são afetadas por conta da Lava Jato Já em setembro, os executivos da Yasuda Marítima foram os convidados do almoço do CCS-SP. Entre outros assuntos, o presidente da companhia, Francisco Vidigal Filho (foto), mencionou a unificação de sistemas das seguradoras e o foco na prestação de serviços ao segurado e também ao corretor. O executivo também destacou que apesar dos problemas revelados pela Operação Lava Jato, a seguradora não inibiu a atuação no ramo de óleo e gás, que foi lançada no início do ano. Ele compartilhou que a seguradora também está fortalecendo a comercialização em grandes riscos. O Grupo Sompo, inclusive, adquiriu uma operação em um sindicato do Lloyd’s voltado ao segmento. “Com isso, hoje temos no grupo uma empresa bastante especializada e voltada para essa área”. (Camila Alcova) Leia mais na Cobertura Digital: http://goo.gl/OT16Dd revista cobertura 55 executivos & cia. Osmar Bertacini toma posse como presidente da APTS Eleito por aclamação para comandar a entidade pelos próximos dois anos, Osmar Bertacini ressaltou a importância da atividade técnica para a evolução do setor em sua posse, em setembro, no auditório Sindseg-SP. O novo presidente comandará a entidade ao lado dos diretores Evaldir Barboza de Paula (secretário) e Hélio Opípari Junior (tesoureiro). Zurich O Zurich Insurance Group (Zurich) traz Alexandre B. Boccia como CEO de vida, previdência e capitalização para o Brasil. O presidente se reportará diretamente a Edson Franco, CEO de vida e previdência para América Latina. Ele ficará sediado em São Paulo. E Karine Brandão é a nova diretora comercial para seguros gerais com atuação na Filial RJ/ES. 1 2 4 5 Cooper Gay A corretora de resseguros Cooper Gay ampliou a equipe comercial, que passa a ter 20 profissionais, e 3 aprimorou processos para melhorar a eficiência de sua operação. Entre os reforços está o comercial Reynaldo Lontra (foto 3); Gilberto Gama (2); Rodrigo Londres (4); a administração e a negociação dos contratos ficarão a cargo de Aline Cortês (1); além do corretor Rogério Santos (5), que atuará com os times do outro braço da CGSC no Brasil, a Swett& Crawford, no desenvolvimento de novos produtos. Barela O executivo Weber Duarte é o novo diretor comercial da It’sSeg/Barela. O profissional tem o desafio de cuidar do relacionamento com corretores, atrair novos parceiros e, ainda, iniciar a expansão geográfica da corretora, a partir do estado de São Paulo. Escola Nacional de Seguros Gustavo Venda chega à Escola Nacional de Seguros para comandar a gerência comercial, com a missão de promover maior aproximação da Instituição com empresas e entidades do mercado de seguros, bem como com companhias de outros setores. MDS A MDS Insure anuncia que o médico Gustavo Cruz Quintão assume o cargo de diretor de benefícios corporativos da empresa. Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, foi interno do Cook County Hospital na cidade de Chicago nos Estados Unidos. Mitsui Sumitomo Seguros A Mitsui Sumitomo Seguros anuncia a contratação de Djalma Duarte Barros Junior para a área de Property & Casualty, para consolidar a marca como uma das principais seguradoras provedoras de soluções no segmento dos seguros corporativos. 56 revista cobertura Mondial Assistance Ana Cláudia Calil é a nova Head da área comercial do segmento de bancos e seguradoras. A executiva possui mais de 20 anos de experiência no mercado segurador. Seguros Unimed O Conselho de Administração da Seguros Unimed elegeu o Dr. Helton Freitas para o cargo de DiretorPresidente da Seguros Unimed, com mandato estabelecido até abril de 2017. Esta deliberação deve-se à vacância do cargo em razão do passamento do Dr. Rafael Moliterno Neto. Amcham Rio Acacio Queiroz assume a presidência do Comitê de Seguros, Resseguros e Previdência da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio). Na nova função, Acacio vai liderar um grupo formado por representantes dos principais segmentos do setor. Swiss Re Swiss Re Corporate Solutions nomeia Pedro Palma Neto como Head Surety LatinAmerica de Garantia para a região da América Latina. Ele ficará em Miami e conduzirá a estratégia de crescimento da companhia no mercado de garantia latino-americano. João Girolamo foi nomeado o sucessor de Palma Neto no Brasil e integrou a operação de garantia da Swiss Re Corporate Solutions no Brasil em 2011 e atualmente lidera a unidade de garantia judicial. Terra Brasis Resseguros Na Terra Brasis, Gustavo Lucas de Almeida assume a responsabilidade pela coordenadoria comercial e permanece como o principal Subscritor de Riscos Financeiros. Arthur Franzan Sanches assume a Coordenadoria de Subscrição de Contratos Automáticos; Rafael Alvarez Abad, assume a responsabilidade pela Subscrição de Facultativos, AcauySaracchiniassume a gerencia da área de tecnologia; Aline Kelly de Lima passa a coordenar a área financeira da companhia. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 57 corretagem em destaque Por Karin Fuchs | [email protected] Empresa é adepta às novas tecnologias, mas não abre mão do atendimento pessoal e personalizado N a cidade de Rio Grande (RS), Sergio Secchi da Silva está à frente da Loufil Corretora de Seguros, fundada pelo seu pai há 65 anos, com operação em seguro de transporte. Ao longo dos anos, novos produtos foram agregados na corretora, como o residencial, empresarial, vida, fiança locatícia, entre outros, e hoje o carro-chefe é o seguro de automóvel, respondendo por 70% da produção. Em suas memórias, Silva recorda-se dos tempos em que a informática ainda era uma realidade distante. “Inicialmente, nós fazíamos todo o cálculo de seguros manualmente e há 35 anos eu ia até os clientes de bicicleta para fazer as renovações. Com a informática, o nosso trabalho facilitou muito, hoje nós temos a ferramenta multicálculo que agiliza as cotações e o e-mail que nos ajuda muito. Hoje, a informática é uma das principais ferramentas no nosso trabalho”, enfatiza. E mesmo com toda a tecnologia, a Loufil preza pelo atendimento pessoal. “Nós criamos o pós-assistência ao cliente para o atendimento de sinistros. Desde o momento em que sabemos da ocorrência vamos ao local, se for dentro do município, ou acompanhamos pelo telefone, se for numa localidade mais distante. É um serviço bem personalizado que acompanhamos todas as etapas desde o guincho até a entrega do veículo reparado na oficina e há uma pessoa na corretora dedicada exclusivamente para este atendimento”, especifica. Com uma carteira de mais de cinco mil clientes e uma equipe formada por dez profissionais na corretora, Silva destaca que o mesmo atendimento personalizado é praticado ao longo do acompanhamento da apólice do Equipe Loufil Corretora de Seguros 58 revista cobertura cliente, desde a cotação. “Visitamos todos os clientes que estão no nosso município e este perfil de atendimento é o que nos faz crescer e conquistarmos novos clientes. A nossa principal ferramenta é o ‘boca a boca’”, diz. Ontem e hoje No comando da corretora desde 1975, Silva começou a trabalhar com o pai como office boy, aos 19 anos, e comenta o quanto o mercado evoluiu. “Hoje, a facilidade é imensa. Com a proposta inicial é possível adequar o produto conforme a necessidade do cliente, antigamente não havia essa possibilidade. E até para fazer uma vistoria era tudo muito difícil, inclusive, a seguradora liberava para eu mesmo fazer tanto a vistoria prévia como a de sinistro”, recorda-se. Em sua visão, ainda há muito a evoluir. “As seguradoras precisam melhorar a parte de assistência de guincho. Nós estamos mal atendidos neste sentido, pois dependemos de terceiros”, lamenta, acrescentando que, apesar disso, com as ferramentas digitais as seguradoras melhoraram muito, principalmente no pagamento de sinistros. Do ponto de vista do cliente, ele avalia que há uma conscientização maior sobre a importância do seguro. “Hoje, os seguros se tornaram uma necessidade. Não há como não ter um seguro de automóvel, um seguro de vida ou uma previdência que garantirá o futuro, pois não podemos depender do INSS.Também com o aumento da frota e pelas cidades não estarem adequadas para esta demanda, aumentou consideravelmente o número de sinistros, o que reforçou a conscientização em relação ao seguro de automóvel”, avalia. E para atender este cliente, Silva enfatiza que o papel do corretor é primordial. “Os profissionais desta área têm que oferecer excelência no atendimento. É isto que valorizará a nossa profissão e proporcionará tranquilidade aos segurados. Quem trabalha com seguros nunca mais larga e eu pretendo trabalhar até os 90 e poucos anos. Hoje, estou com 75 anos, trabalho entre 10 e 12 horas por dia, atendo todos os clientes e, por isso, eu tenho um índice de renovação que chega a 99%”, ensina. Sobre o futuro da corretora, Silva antecipa que a sucessão já está sendo preparada. “Eu tenho um funcionário que será o meu sucessor, pois a minha filha não quis seguir esta carreira. Eu vejo um futuro bastante promissor para a indústria de seguros, é impressionante como as seguradoras estão evoluindo e os produtos estão sendo melhorados e vai melhorar cada vez mais”, finaliza. setembro2015 setembro2015 revista cobertura 59 60 revista cobertura 48 REVISTA COBERTURA setembro2015 NOVEMBRO2014