PARTE 1 I Introdução O fenômeno OVNI vem

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PARTE 1 I Introdução O fenômeno OVNI vem
PARTE 1
I
Introdução
O fenômeno OVNI vem ganhando força nas últimas décadas e tem
causado uma série de efeitos na sociedade. A crença na existência de vida
inteligente fora da Terra se tornou uma fixação apesar da inexistência de
qualquer comprovação científica a respeito. Ao contrário, quanto mais a
astronomia e pesquisas sérias se desenvolvem, mais raro os cientistas
consideram a vida em si, a sua ocorrência em nosso planeta e ainda, a
enorme dificuldade do seu desenvolvimento em outros lugares diante das
condições difíceis de habitabilidade que se encontra no universo (locais
muito quentes, sem água, tóxicos etc).
Costumam afirmar que a ocorrência OVNI e suposta atuação
extraterrestre começou a se desenvolver com maior vigor após a II Guerra
Mundial. Também por influência de muitas obras de ficção científica
tratando do tema alienígena, citando como grande exemplo a “Guerra dos
Mundos” de H.G Wells. Soma-se a febre cinematográfica que procurou
utilizar a idéia em milhares de filmes onde se vislumbram ETs às vezes
bons (E.T, Cocoon), porém, na maior parte dos casos, muito maus (Guerra
dos Mundos, Independency Day, o recente Batalha de Los Angeles...).
Nesse aspecto, a abordagem massiva da temática alienígena pelo
cinema não pode deixar de causar impacto na sociedade e deve ser levada
em conta como influência sobre muitas pessoas.
Nesse meio, muitos movimentos também foram responsáveis pela
disseminação da crença extraterrestre, sobretudo os vinculados a “Nova
Era” com seus aspectos místicos e esotéricos, reconhecendo “entidades”
alienígenas como benéficas salvadoras e propiciadoras do progresso da
humanidade. Muitas vezes, membros de seitas dizem estar em contato
com seres do espaço, recebendo “iluminação” e mensagens dos mais
diversos tipos. Milhões de indivíduos se lançaram por essa senda perigosa
e estão imersos em tais cultos obscuros.
Toda ocorrência ONVI não deixa de causar enorme preocupação e
espanto pelos efeitos que estamos testemunhando. As ações, as
abduções, as mensagens, as seitas em seu entorno, os “iluminados”, as
intervenções etc. Tudo demonstra uma absoluta contrariedade a fé cristã
e a revelação Divina, representando um verdadeiro risco ao cristão e a
todos os homens.
E para que os cristãos não sejam abalados por qualquer “sopro de
doutrina” (Ef 4,14) convém dar subsídio a contestação de toda
fenomologia “ufológica” e mostrar, com base nas Sagradas Escrituras, No
Magistério infalível da Igreja, na Sagrada Tradição e nos Santos Padres
Que tudo não passa de ação demoníaca extraordinária visando afastar o
homem de Deus e de Jesus, negando o Evangelho e toda a Revelação.
Animados com a possibilidade de auxiliar no combate a essa
verdadeira heresia moderna (embora só os argumentos sejam novos) é
que escrevemos esse pequeno trabalho, abordando ponto por ponto todo
fenômeno UFO para refutar seus argumentos e imprecisões. Sempre
mostrando ao leitor tanto as incompatibilidades de fé, quanto as
científicas em relação ao que se anuncia à vida extraterrestre.
Ao final, restara, sem dúvida alguma, para os que crêem em Deus e
na Sua Verdadeira Revelação, uma única conclusão possível:
EXTRATERRESTRE = DEMÔNIOS, recordando inicialmente o que nos
alertou São Paulo: “não é contra homens de carne e sangue que temos de
lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste
mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos
ares.” (Ef 6,12)
II
OVNI/UFOs SÃO EXTRATERRESTRES?
Não necessariamente! O termo OVNI significa literalmente “objeto
voador NÃO IDENTIFICADO”, sendo a tradução livre do termo inglês
“Unidentified Flying Object”. Ora, a primeira vista eles são justamente o
que o nome indica: objetos não identificados e o fato de serem “NÃO”
identificados não pode ser fator conclusivo para determinar uma origem
extraterrestre.
De fato, existem muitos documentos atestando a existência desses
objetos, alguns provenientes de fontes sérias e confiáveis, como os
relatórios tornado públicos por Forças Aéreas de diversos países, inclusive
o nosso. A FAB divulgou arquivos sobre o tema e os mesmos estão
disponíveis até pela internet para quem se interessar. No entanto, nada
houve até agora de conclusivo. Em relação aos OVNIS nos esclarece Kepler
de Sousa Oliveira Filho e Maria de Fátima Oliveira Saraiva, no livro
“Astronomia e Astrofísica1”, pag. 181, que a maioria deles “... resultam de
fenômenos naturais, como balões, meteoros, planetas brilhantes, ou
aviões militares classificados. De fato, nenhum OVNI jamais deixou
evidência física que pudesse ser estudada em laboratórios para
demonstrar a origem fora da Terra.”
Na mesma obra os autores traçam as inúmeras dificuldades físicas e
tecnológicas das viagens espaciais, principalmente ao se levar em conta as
incomensuráveis distâncias astronômicas medidas em anos-luz, tornando
praticamente impossível que uma horda de naves originadas de outros
mundos ande por ai, aparecendo em toda parte.
Contudo, devemos também discordar dos autores em um ponto:
nem todo fenômeno OVNI resulta de casos naturais ou mesmo constituem
fraudes. Muitos são reais e, mesmo depois de investigações sérias que
descartam a ação da natureza e embustes, não se chega a uma explicação
científica para o ocorrido.
1
2ª Ed – São Paulo: Editora Livraria da Física. 2004.
Mas, mesmo essas ocorrências que não são explicadas e configuram
o que se pode chamar de fenômeno OVNI verdadeiro, NÃO DEIXAM
QUALQUER EVIDÊNCIA FÍSICA palpável, além dos registros visuais ou em
sistemas de detecção, como radares, satélites etc. Essa constatação deve
ser bem guardada pelo leitor, pois adiante voltaremos a ela: OVNIS REAIS
jamais deixaram rastro MATERIAL, palpável. Nenhum pedaço do que são
feitos, apesar de voarem a altíssimas velocidades, pousarem (segundo
relatos) e entrar e sair da atmosfera. Muitos relatos dizem que não
produzem nem mesmo som, embora outros falem de “zumbido”.
Então, podemos concluir simplesmente que a maioria dos OVNIs ou
são fraudes ou são de causas naturais. A parte que constitui o fenômeno
real permanece, a princípio, NÃO IDENTIFICADA. Inexiste qualquer prova
séria de que sejam oriundos do espaço sideral, de outros mundos e
tripulados por seres extraterrestres. Ao contrário, as fontes que indicam
essa origem fora da Terra são muito perigosas e cercadas de sentidos
ocultos e maliciosos, com nítida intenção de mistificar e seduzir as pessoas
mais incautas.
Verdadeiramente basta uma pesquisa rápida e honesta em fontes
sérias para chegarmos à conclusão de que são muito difíceis as viagens
espaciais haja vista as grandes dificuldades que o espaço representa e os
riscos gigantescos que o cercam. Seria necessário viajar em uma nave a
velocidade da luz para cruzar os mundos, ou lançar mão de outra
tecnologia de transporte quase impossível. Tudo é muito vasto e distante,
tudo esta além das forças e capacidades de qualquer civilização, por mais
avançada que seja.
Logo, não é crível imaginar que naves espaciais cruzem toda a
imensidão do universo para chegar a nosso mundo e ficar vagando pelos
céus, fazendo malabarismos e acrobacias aéreas para entreter umas
poucas testemunhas na esmagadora maioria dos casos. Essa atitude não
condiz com uma suposta civilização avançada, mas denuncia a atuação de
inteligências com flagrante intenção de mobilizar e influenciar as pessoas.
UFÓLOGOS, OS ESTUDIOSOS DOS OVNIS/UFOS
As pessoas que se dedicam ao estudo do fenômeno OVNI são
chamadas de “ufólogos”, tendo como pseudo “ciência” objeto de estudo a
“ufologia”. Existem muitos indivíduos sérios e de boa vontade, há de se
reconhecer isso. Muitos com formação superior e cuja intenção é
puramente científica. Porém, lamentavelmente, o que temos observado
nesses últimos tempos é que movimentos antes com intenções
investigativas sérias acabaram se poluindo com conteúdo místico e
esotérico.
Cito como exemplo dessa realidade matérias extraídas da famosa
revista “UFO” que aborda o universo OVNI, sendo uma das mais
tradicionais publicações nacionais nesse segmento. Nas suas edições há
muitas reportagens correlacionando a temática OVNI ao Espiritismo,
Esoterismo, Nova Era, Seitas etc., tudo atribuindo aos ETs aspectos
espirituais. Como referencia do que estamos falando temos a recente
edição 173 de janeiro do presente ano de 2011, trazendo o “médium”
Chico Xavier na capa com o seguinte destaque: “Uma ponte entre
ufologia e espiritismo?”.
O que dizer da edição 169 de setembro de 2010 que traz a
manchete “Ufologia o colégio de magos da atualidade”? E ainda, a
edição 162 de fevereiro de 2010 com a absurda chamada “Jesus Cristo,
um extraterrestre?”
Como publicação reconhecida como “referência” no meio ufológico
e até mesmo pela qualidade de suas reportagens, faremos uso de muitas
informações que podem contribuir ao presente trabalho.
Em relação ao método de estudo utilizado pelos “ufólogos” são
pouco confiáveis. Como dito anteriormente, apesar das aparições
verdadeiras, nunca houve uma prova física e palpável. As investigações se
baseiam na grande parte dos casos em relatos de testemunhas,
fotografias e filmagens. Às vezes lançam mão de técnicas de hipnose e
regressão.
Todos esses métodos podem ser descritos como pouco ou nada
seguros e não conclusivos, não comprovando em nada a origem
extraterrestre do fenômeno, embora possam demonstrar a sua ocorrência
real.
Os ufólogos, é bom que se anote isso também, salvo raras exceções,
são indivíduos ligados justamente aqueles movimentos “espiritualistas” da
Nova Era ou de outros movimentos religiosos o que mina por completo
qualquer imparcialidade na investigação que se propõem a realizar por já
terem formada uma opinião segundo seus próprios e distorcidos
conceitos. Não podemos lhes dar crédito algum.
RELATOS DOS FENÔMENOS OVNI, DOS CONTATOS COM
SUPOSTOS SERES ESPACIAIS E DE SUA INTERAÇÃO COM HUMANOS
Com esses breves conceitos e informações em mãos, vamos agora
passar a analisar as aparições dos OVNIS e seus supostos tripulantes
extraterrestres, bem como sua interação com as pessoas, após,
abordaremos o aspecto teológico bíblico que demonstra, da maneira mais
inequívoca e clara possível tratar-se de manifestação de forças hostis e
malignas, de nítida ação demoníaca.
1 - OCORREM PRIMORDIALMENTE A NOITE E EM LOCAIS ERMOS
Em primeiro lugar trazemos uma constatação bem curiosa e
esclarecedora. Matéria da UFO2, vinculada em seu site e citando outras
fontes afirma o seguinte: “Pesquisa aponta que maior incidência de
aparições ufológicas ocorre enquanto a população dorme”. O artigo
inicia essa conclusão da seguinte maneira:
2
http://www.ufo.com.br/noticias/pesquisa_aponta_que_maior_incidencia_de_aparicoes_ufologicas_oco
rre_enquanto_a_populacao_dorme/
“Talvez o Fenômeno UFO seja intrinsecamente noturno”,
dizia em 1972 o astrofísico norte-americano Joseph Allen
Hynek em seu clássico e importante livro The UFO
Experience: A Scientific Study, traduzido no Brasil com o
título Ufologia: Uma Pesquisa Científica [Editora Nórdica,
1981].”
Prossegue o artigo afirmando que:
“Não é à toa que ufófilos e ufólogos de todo o mundo
seguem esta intuição, este saber, pois uma das bases da
pesquisa ufológica – a vigília – é maciçamente realizada no
período do ocaso do Sol, varando-se a madrugada no alto
de morros ou locais que tenham uma visão esparsa do
horizonte, longe das luzes dos centros urbanos.”
(destaques nossos)
O artigo cita também a pesquisa de um astrofísico e cientista da
computação francês chamado Jacques Vallée, que em uma obra intitulada
“Challenge to Science: The UFO Enigma” [Desafio à Ciência, Editorial
Milênio, 1978] afirma, segundo artigo citado:
“As observações de aterrissagens de UFOs [Tipo 1]
ocorrem durante o dia somente raramente, entre 06h00 e
18h00. Ao pôr do Sol há um súbito aumento no número de
observações desses casos, sendo que o ápice é atingido
quase que imediatamente”. Essas visões de pousos de
UFOs, segundo Vallée, decaem no correr da noite, mas
apresentavam um segundo pico de ocorrências pela
madrugada, chegando a zero por volta das 06h00.”
(destaques nossos)
É importante destacar ainda o seguinte trecho do artigo:
“O famoso ufólogo brasileiro general Alfredo Moacyr de
M. Uchôa, em sua obra A Parapsicologia e os Discos
Voadores [Horizonte Editora, 1979], já ponderava se não
existiria algum denominador comum entre o fenômeno da
ectoplasmia em sessões espíritas e as manifestações
ufológicas, já que ambos são inibidos pela luz. Como
resumo de sua experiência em vigílias no município de
Alexânia (GO), Uchôa resumiu que “jamais vimos os UFOs
com qualquer claridade solar. Sempre foi necessário
sobrevir à obscuridade, superado o crepúsculo”
(destaques nossos)
A noite representa o momento do dia em que sempre se acreditou,
em todas as culturas, numa atuação mais ostensiva das forças do mal,
amparadas sob o véu da escuridão. Esse temor é constantemente
registrado também nas Sagradas Escrituras em muitas passagens, onde há
uma correlação entre a noite e as forças malignas: “O homicida levanta-se
quando cai o dia, para matar o pobre e o indigente; o ladrão vagueia
durante a noite.” (Jó 24,14) e “Não somos da noite nem das trevas” (I Ts
5,5)
A correlação entre Noite e Mal é recorrente. Intimamente todos
temem os véus da noite, a sua escuridão ameaçadora. É nesse período do
dia, em que tudo se torna mais oculto e misterioso. Acontece a maioria
dos crimes e também a maior parte de todo fenômeno considerado
sobrenatural, como as aparições de fantasmas e outros seres maus. É o
momento ideal também para a realização de feitiços, cultos satânicos,
rituais de magia e tudo o que envolve as forças das trevas. Assim, a
verificação que o fenômeno OVNI também se dá preferencialmente nesse
momento, certamente é um indício das causas que o originam e da sua
relação com aqueles poderes noturnos que todos nós, como que
instintivamente, tememos.
Outro aspecto dessas aparições que não foi abordado nesse artigo,
mas que também é muito conhecido é a ocorrência em lugares ermos ou
muito pouco povoados. Raramente surgem em centros urbanos, mas sim
em locais de deserto, campos, interior e ao redor de vilarejos. Também
encontramos nas Sagradas Escrituras uma intrínseca relação entre
criaturas malignas e locais ermos e despovoados, como sendo estes, o
lugar em que habitam. No profeta Isaías lemos essa verdade quando ele
fala da Babilônia desabitada para sempre: “Nela se encontrarão cães e
gatos selvagens, e os sátiros chamarão uns pelos outros; espectro
noturno (Lilith) freqüentará esses lugares e neles encontrará o seu
repouso.” (Is 34,14)
O deserto é visto como a habitação dos demônios e para onde se
mandava, inclusive, o bode com os pecados do Povo de Israel que era
arremessado de um penhasco em um local ermo e longe do acampamento
israelita e posteriormente afastado de Jerusalém: “Quanto ao bode sobre
o qual caiu a sorte para Azazel, será apresentado vivo ao Senhor, para
que se faça a expiação sobre ele, a fim de enviá-lo a Azazel, no deserto.”
(Lv 16,10). Para um deserto Jesus é levado, pelo Maligno, para ser tentado
(Cf. Mt 4,1).
No Evangelho de São Lucas lemos a narrativa de um homem
possuído, depois liberto por Cristo, que era constantemente impelido ao
deserto pelo demônio (Cf. Lc 8,29). É no deserto que Santo Antão é
atacado por demônios.
É no campo e nas cidades de interior que os relatos mais estranhos,
envolvendo espectros, lobisomens, criaturas fantásticas e Ets são mais
comuns. Ninguém NUNCA ouviu dizer que um habitante da grande São
Paulo tenha topado com um alienígena no meio da rua. Assim como
temos medo da noite, instintivamente, também receamos os lugares
isolados, distantes de tudo e de todos. As solidões, os ermos e campos
vazios nos assustam.
2 – MANIFESTAM HOSTILIDADE E COMPORTAMENTO AGRESSIVO
Na edição n° 165 de Maio de 2010 a UFO traz a seguinte
reportagem de capa “Ataques Alienígenas”. Para ilustrar a matéria, é
citado um caso ocorrido aqui no Brasil, na cidade de Pedro de Toledo no
litoral paulista no ano de 1994. O caso envolve a ocorrência onde um
caseiro apareceu misteriosamente carbonizado. O relato indica que o
proprietário de um sítio produtor de água ardente ao chegar de uma
viagem e percebendo muitos animais mortos, se dirigiu a habitação
destinada ao caseiro na propriedade. No local verificou que o casebre
estava trancado, tendo então olhado por uma pequena janela, viu o
empregado estirado no chão com sinais de queimaduras. Imediatamente
arrombou a porta e confirmou que o homem estava morto, em estado
terrível (na revista há foto do corpo). Acionou a polícia.
Segundo a reportagem, de acordo com o laudo, apesar da
carbonização da vítima, suas roupas estavam intactas e ainda havia uma
estranha mancha branca ao redor do corpo, também encontrada em uma
galinha morta nas proximidades. Também foram encontrados outros três
bezerros mortos. As investigações cogitaram a possibilidade de a vítima
ter sido atingida por um raio, mas nada foi provado nesse sentido.
Adiante, por indicação do proprietário do local, entrevistaram um casal de
moradores próximos que sobreviveram a um evento semelhante.
Ao entrevistarem o mencionado casal, foi dito que um dia enquanto
dormiam foram atingidos por um raio, porém, no dia em questão não
chovia, muito menos relampejava. Além das queimaduras após o evento,
sentiram forte cheiro de enxofre. O casal também relatou que era comum
o avistamento de luzes noturnas sobre os céus de sua propriedade a baixa
altura, com tons azuis, vermelhos e verdes.
A reportagem continua acentuando a estranha morte, as
inconclusões policiais e a onda de avistamento de OVNIS na ocasião do
incidente.
Em outras edições o tema de contatos hostis e danosos, com
ataques e até morte de pessoas e animais é também abordado: edição
164 de abril de 2010, n° 157 de setembro de 2009. Esta última traz relatos
do que ocorre as pessoas seqüestradas por supostas entidades
extraterrestres dentro das “naves”, são as abduções, que trataremos a
parte. A edição 132 de abril de 2007 alerta na capa “Os Ufos são um
perigo” citando a declaração do capitão e piloto do exército chileno
Rodrigo Bravo.
Não é nenhuma novidade os relatos de pessoas que desaparecem
misteriosamente, seqüestradas por luzes noturnas e que nunca mais são
vistas. Igualmente, é muito comum a matança de animais em
circunstâncias misteriosas como nas aparições do “chupa-cabras”
atribuídas a manifestação de origem extraterrestre.
Sob essa mesma perspectiva o aclamado cientista Stephen Hawking
alertou em uma série de documentários para o Discovery Channel que
deveríamos evitar contato com civilizações alienígenas já que podem
representar enorme perigo fazendo até uma comparação entre a chegada
dos europeus a América e as conseqüências desastrosas para os povos
nativos. Em suas palavras, Hawking diz: "Só temos que observar a nós
mesmos para ver como a vida inteligente poderia desenvolver-se em
algo que não gostaríamos de encontrar" (reportagem na página do
Estado de São Paulo3)
3
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,contato-com-ets-nao-e-uma-boa-ideia-diz-stephenhawking,543192,0.htm
Notícia4 na Veja On-line informa que a Royal Society se reuniu em
Londres para discutir sobre a possibilidade de vida extraterrestre e suas
implicações em nossa civilização, segundo vinculado:
“Alguns estudiosos alertam para o "perigo" do
contato entre humanos e alienígenas. Marek Kukula,
astrônomo do Royal Observatory, em Greenwich,
admitiu ao The Sunday Times: "Nós gostaríamos de
afirmar que, se existe vida fora da Terra, ela seria
sábia e benevolente. Porém, não temos evidências
para isso."
Após o encontro foi informado que a prestigiada sociedade
Britânica conclamou a ONU a elaborar um plano de contato e se precaver
contra possíveis invasões. Em artigo na “Philosophical Transactions”,
também vinculada a prestigiada sociedade científica, em sua edição de
Fevereiro de 2011, intitulado “The detection of extra-terrestrial life and
the consequences for science and society” (A detecção da vida
extraterrestre e as conseqüências para a ciência e sociedade) temos
importante alerta para a ameaça potencial em contatar possíveis seres do
espaço:
“Como a detecção de vida extraterrestre pode ser
tecnicamente viável, é preciso ponderar se os
benefícios percebidos pela sociedade nos manda
procurar por ela, ou se tal esforço pode sim vir a ser
uma ameaça à nossa própria existência”
Aliais, a idéia de alienígenas maus parece estar contida em nosso
inconsciente coletivo, uma vez que a maioria das vezes são retratados
justamente como agressores, invasores, perversos e violentos. Como dito,
o cinema é o que mais aborda os ETS com essas características, lançando
filmes onde os extraterrestres são de aspecto tenebroso e não
demonstram qualquer piedade para conosco.
4
http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/et-s-podem-estar-bem-debaixo-nosso-nariz
Nesse sentido, muito sabiamente e de maneira “profética”, logo no
início da sua obra “Guerra dos Mundos”, Wells narra de maneira
apreensiva e obscura5:
“Ninguém teria acreditado, nos últimos anos do século
XIX, que este mundo era atenta e minuciosamente
observado por inteligências superiores à do homem e,
no entanto, igualmente mortais...”
Como podemos observar, várias são as fontes que descrevem os
supostos extraterrestres como perversos e perigosos. Sejam elas
originadas de testemunhos de pessoas vitimas de suas manifestações ou
de pesquisadores e cientistas sérios que alertam sobre as conseqüências
nefastas de possíveis contatos.
3 – SEQUESTRAM SERES HUMANOS
Um dos maiores indícios da origem maléfica dos supostos seres
extraterrestres esta no comportamento e ações que eles manifestam nas
abduções de pessoas que são seqüestradas e submetidas a uma série de
“experiências” traumáticas. No livro “Anjos Mentirosos” 6 de Sérgio da
Silva, pág. 76, onde ele trata no Capítulo X sobre as abduções, é citado
uma pesquisa financiada por um empresário de Las Vegas chamado
Robert Bigelow. Segundo livro citado, no estudo em questão foram
ouvidas 5.947 pessoas e perguntado a cada uma delas se haviam tido uma
das cinco experiências:
1. Acordar paralisado, com a sensação da PRESENÇA de alguém
ou alguma coisa dentro do quarto;
2. Experimentar a sensação de que esteve perdido, sem se
lembrar o motivo ou por onde esteve;
3. Presenciar luzes no quarto, sem saber a origem;
4. Encontrar cicatrizes no corpo, sem recordar e/ou saber o que
as ocasionou;
5. Por último, sentir que voava pelo ar.
5
“A Guerra dos Mundos” – Tradução de Thelma Médice Nóbrega – Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
Capítulo I, pág. 31.
6
Na obra não há informação de editora, ano de publicação etc. Apenas os dados de registro na
Biblioteca Nacional, a saber: N° de registro 349.256, Livro 643, Folha 416.
Se o entrevistado respondesse sim, para pelo menos quatro das
cinco perguntas era considerado um abduzido. O livro prossegue
indicando que com base nos resultados, foi constatado que pelo menos 4
milhões de americanos e pelo menos 100 milhões de pessoas no restante
do mundo podem ter sofrido abdução “alienígena”. No livro, pag. 82 o
autor cita a obra “Evidence for alien abduction” do escritor John Rimmer,
onde as experiências de abdução alienígena muito se assemelham aos
relatos medievais dos seqüestros demoníacos. Na pág. 135, o autor cita
também outras investigações que comparam as abduções a experiências
consideradas místicas e ligadas ao folclore de povos.
De uma forma geral, os relatos que temos de abduções sempre
trazem as seguintes características:
1. As vítimas foram seqüestradas quando passavam por locais isolados
e remotos ou moram em lugares com essas características;
2. O fato ocorre A NOITE ou pela madrugada, raramente a luz do dia;
3. Em geral os supostos seres alienígenas tem aspecto assustador e
repulsivo e agem de maneira violenta, contra a vontade da vítima;
4. Em geral os supostos alienígenas se comunicam por “telepatia”;
5. Ao se encontrarem dentro da suposta “nave” as vítimas relatam
terem sido submetidas a experiências dolorosas como implantes,
injeções e cortes;
6. Também é comum no relato de vítimas, na maioria das vezes
homens, serem submetidas a manter relações sexuais com os
alienígenas;
7. Após a abdução, é comum as vítimas sofrerem problemas
psicológicos graves que, não raro, terminam em loucura;
8. É comum as vítimas também continuarem a receber, após a
abdução, mensagens dos seres do espaço com conteúdo
salvacionista, apocalíptico e religioso (trataremos em lugar próprio)
São justamente as circunstâncias envolvendo os casos de abdução
que mais evidenciam a atividade, por trás dessas ações, de mentes
malignas e perversas. Toda casuística apresentada é idêntica ao que os
antigos atribuíam acertadamente a atuação demoníaca. Os relatos são
assustadores e causam grande sofrimento as vítimas. Isso para aqueles
que não são considerados fraudulentos ou mesmo fruto de pura
alucinação ou sugestão.
Na edição 101 de julho de 2004 a UFO traz uma reportagem sobre
luzes “vampiras” no interior do Amazonas. A matéria narra o testemunho
de uma médica na unidade de saúde em Colares. Segundo relato, no
período de um ano, em 1976-1977, diversas pessoas deram entrada no
posto médico com ferimentos ocasionados por OVINis. Já na edição 70 de
Março de 2010 a matéria de capa da revista aborda o tema “Sexo com
ETs”. Em novembro de 2006, edição 127 a chamada de capa da publicação
é assustadora: “Milhares já foram levados”
Na edição 125 de setembro de 2006, a chamada de capa é “Técnicas
para resistir a abduções” há um tópico da matéria intitulada “Batalha
mental” em que se descreve a natureza “ intradimensional” dos ETs, uma
vez que segundo os testemunhos dos abduzidos os seres alienígenas “...
podem materializar-se e desmaterializar-se em pleno ar, além de
atravessar paredes sólidas e matéria física. Mais que isso, em alguns
casos parecem capazes de mudar de forma de acordo com as
necessidades do momento, alterando altura e formato.”
Poderíamos escrever páginas e mais páginas com relatos macabros
de abduções, mas o pouco que já foi registrado já é o bastante para dar
uma idéia clara ao leitor do que esta acontecendo e do perigo que cerca
essa onda de atividade supostamente extraterrestre. Como já dissemos
anteriormente, as semelhanças das modernas narrativas de vítimas de
abduções e do testemunho dos povos antigos é enorme e, de maneira
alguma, devemos menosprezar a sabedoria dos nossos antepassados na
origem escura de tais manifestações.
4 – NEGAM AS VERDADES FUNDAMENTAIS DA REVELAÇÃO CRISTÃ
Muitos dos abduzidos, em especial aqueles que não ficaram
traumatizados e dizem não ter sofrido qualquer forma de violência,
relatam que receberam muitas mensagens dos tripulantes extraterrestres
e foram, por isso mesmo, incumbidos de passar aos outros homens o que
lhes foi transmitido. É aqui que aquelas supostas inteligências “espaciais”
se traem e revelam a certeza da origem diabólica que possuem. Por isso
mesmo, esse vai ser o ponto mais abrangente da nossa exposição, pois
devemos examinar se “os espíritos são de Deus” (1Jo 4,1) como nos
exorta o Apóstolo.
Se toda a experiência ufológica podia dar a entender se tratar de
ocorrências provenientes de outros mundos e obras de civilizações
espaciais, uma vez que cercadas de elementos aparentemente
tecnológicos (naves, sondas, armas) e de informações ingenuamente
“científicas” (dados de estrelas, constelações etc) são as “mensagens”
transmitidas pelos Ets que denunciam a verdadeira origem, não estelar,
dessas criaturas e deixam claro como a luz do dia as suas intenções
malignas.
O Demônio sempre se trai, apesar de ser o “pai da mentira” (Jo
8,44) ele não consegue enganar por muito tempo mesmo com os
inúmeros artifícios que utiliza para iludir os mais despreparados. É o que
ocorre com as manifestações ufológicas. Não é difícil ver uma estreita
ligação entre inúmeras seitas absolutamente contrárias a fé cristã e os
OVNIs. Agora, os seres alienígenas são vistos como os poderes que vem
salvar o homem de si mesmo e resolver os problemas da humanidade,
acabando com as guerras, desgraças e elevando o homem a um novo
patamar cósmico por meio da evolução da “consciência universal”.
Nas páginas seguintes vamos demonstrar as “mensagens”
transmitidas pelas supostas entidades “extraterrestres”, para que não
reste qualquer sombra de dúvida de que OVNIs não passam de pura [e
perigosíssima] atividade demoníaca.
OS E.Ts DIZEM QUE SÃO OS CRIADORES DO HOMEM
Por ordem cronológica de informações, vamos começar pela que diz
respeito a nossa própria origem. Talvez a publicação mais célebre no
sentido de que somos fruto de uma “intervenção” alienígena, que nos
criou por meio de tecnologia de aprimoramento genético é o livro (se é
que se pode chamar de livro...) de Erich von Däniken “Eram os Deuses
Astronautas?”, porém, essa idéia absurda já circulava entre os aficionados
por OVNIs.
O número de publicações e escritos nesse sentido é enorme, mas as
afirmações são basicamente concordes no sentido de que a humanidade
não passa de uma criação de alguma civilização extraterrestre. Alguns
afirmam que fomos criados por meio de melhoramento genético de
espécies que aqui já existiam, outros que somos o cruzamento de espécies
nativas da Terra com “DNA” espacial...
Na obra “Contato Extraterrestre7” da escritora Gina Lake, na pág. 35
lemos o seguinte: “Visitantes extraterrestres não são nenhuma novidade.
Eles têm vindo à Terra desde antes da humanidade existir, e, na verdade,
foram responsáveis pelo surgimento dos seres humanos.”
Em outro livro chamado “Terra: Chaves Pleiadianas Para A
Biblioteca Viva8” de Barbara Marciniak, fazendo referência aos
extraterrestres, esta escrito: “Aqueles que criaram esse planeta
buscaram diferentes sementes de diferentes locais.” (aqui,
especificamente aos animais).
A revista UFO edição 93 de novembro de 2003 traz um artigo escrito
por Marco Antônio Petit intitulado “Karran: ET faz revelações sobre
nossas origens”. No escrito, resumidamente, há um relato de um casal
abduzido em 12/01/1976 quando viajava entre o Rio de Janeiro e Belo
Horizonte. Segundo testemunho das vítimas, seres com aproximadamente
dois metros de altura narraram que haviam semeado a vida humana aqui.
Ora, a afirmação de que a vida na Terra seria obra de seres
extraterrestres e não de Deus vai de encontro ao que testemunha as
Sagradas Escrituras logo no Livro do Genesis onde esta dito, como
palavras iniciais: “No princípio, Deus criou os céus e a terra.” (Gn 1,1) e
também criou o Homem a sua “imagem e semelhança” (Gn 1,27).
Não existe qualquer fundamento racional para supor que somos
obra de uma civilização espacial, ao contrário, a idéia de UM SER CRIADOR
é recorrente em todas as culturas e esta presente no inconsciente coletivo
de todos os povos ao longo do tempo. É um engano acreditar que os
antigos não seriam capazes de distinguir entre a figura de Deus e de povos
alienígenas, por mais que a noção de superioridade tecnológica daqueles
pudessem ser confundida com poderes sobrenaturais.
Além disso, a própria ciência prova que somos fruto desta Terra e
de nenhum outro lugar. Não há qualquer prova de intervenção de forças
fora desse mundo ou de manipulação da vida aqui existente. Não é só um
dogma de fé crer que somos filho de Deus e obra da Sua Vontade, é
também uma constatação de uma certeza que trazemos no íntimo da
7
8
Editora Pensamento, São Paulo, Ed. 9, 2004.
Tradução Sílvia Branco Sarzana - São Paulo: Ground, 1997 – pág. 79
nossa alma. Nem mesmo os ateus, que negam a verdade de Deus,
concebem serem filhos dos ETs.
Apenas por questão de divagação, ainda que se concebesse a
origem alienígena da vida, ficaria uma pergunta: quem criou os ETs que
teriam nos criado? Se foram eles criados a partir de uma outra civilização,
qual a origem daquela também? Essas questões evidenciam que mesmo a
suposta ocorrência de alienígenas criadores não exclui a necessária
existência de um princípio gerador, ou seja, Deus.
É fundamental a existência de um SER PRIMEIRO, que a tudo deu
origem, de uma inteligência que estabeleceu o universo segundo leis
perfeitas. Repugna a idéia de um acaso (nada) criador, de um caos sem
ordem com capacidade de ordenar! De um vazio que preenche a si
mesmo...
Como que inscrito em nosso próprio ser temos um “selo” de origem
que atesta a nossa criação por Deus, segundo o conhecimento, ainda que
primitivo, dos nossos antepassados ancestrais que souberam reconhecer o
Criador como fundamento de toda existência humana e, não em poucos
casos dignos de fé, chegaram a própria presença do Altíssimo. É o caso de
Moisés, que viu Deus, ainda que por detrás, pois O Senhor lhe disse: “não
poderás ver a minha face, pois o homem não me poderia ver e continuar
a viver” (Ex 33,20).
A idéia que os defensores na criação a partir dos ETs defendem é de
que Moisés, ou os outros profetas (no caso da tradição judaico-cristã) não
testemunharam manifestações sobrenaturais. Para eles Daniel ao
vislumbrar os quatro animais, estava diante de alienígenas. Ezequiel não
viu a carruagem divina ou “Merkaváh”, mas alguma nave. Enoch não foi
levado por Deus e sim abduzido por extraterrestres, assim como ocorreu
também com o profeta Elias ao ser conduzido pelo carro de fogo e
desaparecer. Sodoma e Gomorra foram destruídas por armas nucleares e
por ai seguem outros absurdos.
Essas crenças se baseiam apenas na premissa de que os patriarcas e
profetas ou os antigos de forma geral não eram capazes de um
discernimento adequado acerca da realidade que estavam sendo
submetidos. Segundo alegam, eles ao verem uma nave, por não saberem
seu significado real, falavam em termos místicos para descrever uma
geringonça mecânica feita para voar. Ao encontrar extraterrestres com
seus trajes espaciais e aparatos tecnológicos, os descreviam como anjos
com poderes sobre-humanos.
Há uma subestimação da capacidade intelectual e racional dos
povos antigos apenas por eles não possuírem computadores, ipods,
celulares e coisas do gênero, que longe de elevar a capacidade da nossa
celebrada era, parece que promoveu, isto sim, uma banalização do
pensamento e da cultura e o homem de hoje sabe o tanto ou menos que o
de ontem. Todo fundamento da nossa civilização vem da antiguidade, até
mesmo a democracia que tanto nos orgulhamos é criação dos antigos e
não invenção “moderna”.
O homem da antiguidade, longe de todo artifício moderno que só
serve para anestesiar a mente e dispersar o pensamento em coisas
inúteis, meditava e pensava com profundidade nas coisas da vida e, sem
sombra de dúvida, possuía uma capacidade de entendimento mais
profunda do que qualquer cidadão moderno, que só pensa “conectado” e
é incapaz de agir sem suas máquinas.
Deve ser ressaltado ainda que a idéia de outros planetas habitados
não fugia a compreensão dos antigos. No livro “Planetas solitários: a
filosofia natural da vida alienígena9” de David Grinspoon o autor nos
esclarece essa realidade:
“Para inventar extraterrestres modernos cientificamente
sancionados, precisaríamos antes pensar em nós como
terrestres. Teríamos de conceber nosso planeta natal
como uma parte limitada de um universo maior contendo
outros lugares semelhantes. Os epicuristas da Grécia
antiga nos iniciaram nessa senda. Seu universo continha
um número infinito de mundos, muitos deles habitados.
O próprio Epicuro (341-270 a.C) disse: ‘precisamos
acreditar que, em todos os mundos, existem criaturas
vivas, plantas e outras coisas que vemos nesse
mundo...’” (destaques nosso)
Um pouco adiante continua:
“Os epicuristas raciocinavam que a simples vastidão do
cosmos tornava todas as coisas, inclusive outros mundos
habitados, não apenas possíveis, mas inevitáveis. O
epicurista Metrodoro escreve: ‘considerar a Terra o único
mundo povoado no espaço infinito é tão absurdo quanto
afirmar que, num campo inteiro semeado por milho,
somente um grão crescera’”
9
Tradução Vera de Paula Assis – São Paulo: Globo, 2005. Pág. 30.
As constatações acima evidenciam que a noção de civilizações
vivendo em outros mundos, não espirituais, mas físicos, não era estranha
aos antigos pensadores. Por mais que a referencia em questão seja de
homens gregos, certamente a mesma crença era presente entre sábios de
outros povos tão avançados quanto os da Grécia.
Por isso, acredito com segurança que, se de fato as experiências
vivenciadas pelos profetas e patriarcas fossem ocorrências não
sobrenaturais, mas NATURAIS e de origem alienígena, mesmo em face da
completa ausência de conhecimento sobre tecnologias avançadas ou
capacidade científica, eles seriam capazes de distinguir entre as duas
realidades, separando o aspecto místico do extraterrestre.
Além do mais, ainda que por argumentação, da própria narrativa
antiga se deduz uma real experiência mística e sobrenatural longe de
qualquer contato com seres de outros planetas, civilizações com suas
próprias culturas espaciais. Deve se considerar também, como hoje, a
inexistência de qualquer evidência física da presença antiga de naves e
aparatos de maquinário extraterrestre em nosso mundo. A ciência
arqueológica já esmiuçou todos os sítios importantes da Terra e nada,
ABSOLUTAMENTE NADA com origem fora do planeta foi encontrado, nem
sequer o mínimo vestígio.
Aproveitando a oportunidade, também podemos constatar que a
premissa de que a imensidão do universo invariavelmente pressupõe a
existência de vida em outros lugares também não é nova, sobre isso veja
adiante as considerações sobre o Paradoxo de Fermi.
O argumento é simples: se o universo é tão imenso, tem que possuir
vida em outros lugares. Os que acreditam em ETs e em Deus, acrescentam
ainda que seria um desperdício que o Criador fizesse um universo tão
grandioso para semear a vida apenas na diminuta e insignificante Terra.
Outros ainda, inclusive alguns padres (Deus nos livre desses!) afirmam que
negar a existência de vida em outros mundos é limitar a ação criadora de
Deus.
Creio que tais opiniões é que limitam a ação de Deus que indica ter
livremente criado o universo vasto como um espelho, apesar de tudo
pequeno, da sua própria grandiosidade e livremente quis colocar a vida
apenas aqui. Ou Deus é obrigado a encher os mundos de vida só por que
decidiu criar o cosmos com tamanha imensidão? Nas Escrituras, logo no
livro do Gênesis, podemos ver um indício que confirma essa verdade de
fé: “Deus disse: Façam-se luzeiros no firmamento dos céus para separar
o dia da noite; sirvam eles de sinais e marquem o tempo, os dias e os
anos” (Gn 1,14)
A simplicidade do texto Sagrado induz a conclusão de que o
Altíssimo criou as estrelas apenas para fazer diferença entre o dia e a
noite e também para auxiliar os homens a computar o tempo, as estações
e, com isso, certamente, aproveitar as colheitas, o trato com a terra, com
os animais etc. Há uma utilidade simples e providencial. Também,
devemos crer que a noção de grandeza universal é apenas nossa e não
para Deus, logo o Universo é imenso para nós, nunca em relação ao Seu
Criador. Nós é que, ao olharmos para o céu, nos admiramos diante da sua
vastidão, porém, nunca devemos crer que a vida existe lá fora apenas por
que tudo é (para nós) muito grande.
A vastidão universal, antes de ser um ponto a favor da pluralidade
de mundos é prova contrária. Primeiro temos as mais modernas
descobertas da astronomia revelando que lá fora é o caos e os ambientes
são muito hostis a qualquer forma de vida. Quanto mais olhamos para a
vastidão do espaço, mais nos damos conta da raridade da Terra.
Os aficionados da presença OVNI e do seu intervencionismo no
mundo antigo, a título de exemplo muito recorrente, costumam atribuir a
construção das pirâmides do Egito aos ETs ou, em alguma versão, o seu
auxílio, já que os egípcios não poderiam ter capacidade para tão grandioso
feito. Pura mentira e, chego a dizer, um grande desrespeito a memória de
tão grande civilização. Por toda a parte os arqueólogos encontraram
pinturas e inscrições atestado a construção [bem humana] das pirâmides,
com milhares de escravos e muito trabalho.
Acreditar que os antigos eram primitivos, sem entendimento,
praticamente homens das cavernas é um grande erro. Nossos
antepassados, com segurança possuíam enorme entendimento do mundo
em que viviam, apenas não dispunham de luz elétrica e toda comodidade
da qual somos escravos. Quem pode conceber Platão, Aristóteles e
Pitágoras como desentendidos?
O nosso mundo moderno produziu algum fruto de inteligência e
saber como os grandes vultos que estabeleceram as bases de toda
civilização? Longe disso, vivemos em uma era de reciclagem, não do lixo
que produzimos, mas das idéias a séculos já estabelecidas por não sermos
capazes de criar outras...
Portanto, na medida em que os supostos seres extraterrestres
alardeiam aos seus contatados, geralmente pessoas cujo testemunho não
é lá digno de fé, serem eles e não Deus os criadores da vida, traem a si
mesmos e negam a primeira verdade fundamental de fé que nos foi
revelada: Somos obras de Deus, que a TUDO CRIOU.
NEGAM A NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, SUA DIVINDADE E A
RESSURREIÇÃO
Outra afirmação comum atribuída aos “Ets” é de que Nosso Senhor
Jesus Cristo não é Deus com o Pai e o Espírito Santo, não é humano, não
morreu verdadeiramente na cruz, é também Ele um extraterrestre ou uma
“consciência” ou ainda “mestre cósmico” enviado a Terra para ajudar na
evolução da nossa civilização.
Antes de prosseguir, gostaria de começar citando o alerta de São
Paulo que, a DOIS MIL ANOS, inspirado pelo Espírito Santo e como
verdadeira testemunha do Cristo nos advertiu: “Mas, ainda que alguém nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente
do que vos temos anunciado, que ele seja anátema.” (Gl 1,8) – destaque
nosso. Tudo isso é Anátema! Uma negação frontal a N.S. Jesus e aos
Santos Evangelhos!
O escritor Juan Arias, em seu livro “Jesus, esse grande
desconhecido10” esclarece:
“Há até quem acredite que Jesus não veio a este mundo
em carne e osso, mas que foi uma espécie de
extraterrestre que desceu a Terra, numa nave espacial,
como comandante intergaláctico. E que um dia voltará
em outra nave. De fato, como afirma Josep Guijarro,
muitos grupos de contatos com óvnis espalhados pelo
mundo transformaram Jesus e sua mensagem de
redenção no eixo central de suas comunicações.”
E continua:
10
Rio de Janeiro: Objetiva, 201. Pág. 109/110.
“Segundo os adeptos das teorias do Cristo
extraterrestre, quando Jesus ressuscitou ele subiu aos
céus numa nave espacial, e em sua segunda vinda
retornará a qualquer momento em outra nave espacial.”
Todo ataque a fé cristã é dirigido aos dois pilares essenciais que os
inimigos de Cristo sempre pretendem destruir, pois são os fundamentos
da verdadeira e única fé, a saber: a divindade de Jesus Cristo Nosso
Senhor e a sua ressurreição como um fato histórico. A afirmação primeira,
de que Jesus Cristo seria um “extraterrestre” é uma negação absoluta da
sua divindade, indo de encontro ao testemunho do Evangelho que, em
diversos lugares nos assegura que Cristo é Deus com o Pai e o Espírito
Santo e, jamais, um “ET” vindo de outro mundo.
É o apóstolo quem diz, sobre a origem de Jesus: “Sendo ele de
condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus” (Fl 2,6).
Como dito, essa mesma verdade esta em diversas outras passagens nas
Sagradas Escrituras, inclusive o próprio Cristo declara, sobre si mesmo:
“Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30) e ainda: “e aquele que me vê, vê aquele
que me enviou.” (Jo 12,45).
Quando os contatados recebem supostas “mensagens” de
entidades “alienígenas” que negam a primeira verdade fundamental da fé
cristã, essas entidades traem a si mesmas e se tornam anátemas, pois
caem suas máscaras de falsidade e dissimulação pondo em descoberto as
malignas intenções que os animam. O mesmo se dá quando dizem que
Jesus não ressuscitou verdadeiramente, pregando ou que não chegou a
ser morto por ter sido salvo antes do martírio ou ainda, que voltou a vida
não pelo poder de Deus, mas por qualquer ação de uma avançadíssima
ciência e tecnologia.
Sendo a ressurreição o segundo pilar fundamental da fé cristã,
negar o seu verdadeiro acontecimento com um fato histórico é,
simplesmente o mesmo que destruir todo o Evangelho e toda a pregação
cristã. Tudo perderia o seu sentido. Mais uma vez, é o apóstolo que nos
traz essa constatação ao dizer: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa
pregação, e também é vã a vossa fé.” (1Cor 15,14). São João nos adverte
ainda de maneira muito clara sobre quem nega Jesus Senhor Nosso,
afirmando com sua autoridade: “Quem é mentiroso senão aquele que
nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho”
(1Jo 2,22).
CONSTITUI A BASE DE MUITAS SEITAS ATUAIS E CRENÇA RECORRENTE
COM OUTRAS CONTRÁRIAS A FÉ CRISTÃ
Se não bastasse os supostos alienígenas negarem as principais
verdades fundamentais das Sagradas Escrituras eles andam de mãos
dadas com seitas perniciosas, criando algumas sob suas orientações ou
mesmo servindo como apoio de outras já conhecidas, como o espiritismo.
Aqui mais uma vez eles se traem da forma mais descarada possível, pondo
as claras intenções malignas dirigidas a toda humanidade.
Nosso Senhor Jesus Cristo fez inúmeras advertências contra os
“falsos profetas” que viriam para abalar a fé e pregar muitas falsas
doutrinas: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados
de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.” (t 7,15) e mais:
“Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão sinais e
portentos para seduzir, se possível for, até os escolhidos.” (Mc 13,22).
São Pedro confirma as palavras de Jesus Cristo: “Assim como houve
entre o povo falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos
doutores que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas. Eles,
renegando assim o Senhor que os resgatou, atrairão sobre si uma ruína
repentina.” (2Pd 2,1) e São João faz também o seu alerta: “Caríssimos,
não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus,
porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo.” (1 Jo 4.1).
Como se vê, não falta nas Escrituras o alerta de perigo em relação
aos “falsos profetas”. E não se deve entender apenas “profetas falsos”
aqueles homens que pregam a heresia ou doutrinas contrárias a Fé Cristã,
mas também as forças malignas que os auxiliam ou mesmo agem por
conta própria. Não existe dúvida que aqueles “sinais e portentos” a que
alude o Senhor se dará pela ação do maligno e conforme o seu poder,
como sempre ensinaram nossos padres.
Inegavelmente muitas pessoas dizem receber mensagens de
entidades alienígenas e passam a agir como seus “profetas”, pregando
aquilo que foi revelado, comunicando aos demais o que receberam.
Nesse sentido, o caso mais emblemático que podemos citar é do
alienígena autodenominado “Ashtar Sheran”. Segundo fontes dispersas,
esta entidade seria proveniente de um planeta situado na constelação de
Alpha Centauro, chamado “Metharia”. É um engenheiro e comandante de
uma “frota” com mais de 15 milhões de naves estacionadas em algum
ponto do sistema solar esperando a oportunidade para intervir em nosso
mundo e nos “salvar” de alguma catástrofe natural, ou mesmo humana
(guerra nuclear).
Diz-se que seu nome, em sânscrito, significa “O SOL Que Mais
Brilha”, porém, em algum lugar já li que o primeiro nome “Ashtar” tem
ligação com a “deusa” suméria “Ishtar”, na bíblia denominada “Asterote”
que na verdade é a demônio chamada “Lilith” muito tratada na literatura
rabínica e mencionada uma só vez pelo profeta no já citado versículo: "E
as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu
companheiro; e Lilith pousará ali, e achará lugar de repouso para si." (Is
34,14). Em algumas traduções mais modernas (como a da Ave Maria) seu
nome é substituído por “espectro” “bruxa”. Na vulgata o termo que a
designa é “Lâmia”: “et occurrent dæmonia onocentauris et pilosus
clamabit alter ad alterum ibi cubavit lamia et invenit sibi réquiem”
Deixando de lado as fantasias, o próprio nome da entidade, já o
qualifica. Trata-se de um demônio e isso é inequívoco. O nome indica a
sua origem ou função. Não podemos deixar de recordar que o Maligno é
nomeado como “estrela brilhante” pelo profeta: “Então! Caíste dos céus,
astro brilhante, filho da aurora! Então! Foste abatido por terra, tu que
prostravas as nações!” (Is 14,12).
Desta entidade maligna, principalmente em sites da internet,
circulam numerosas mensagens recebidas por “médiuns” por ele
contatados e incumbidos de propagar suas palavras. As blasfêmias,
heresias e absurdos são tão vastos que tratar de cada uma delas
separadamente fugiria ao objetivo do presente alerta. Basta o leitor saber
que o conteúdo de todas elas não foge a regra de tudo o que já dissemos
sobre os supostos extraterrestres: negam a Deus Criador, a Jesus Cristo, a
Revelação Cristã e todo Magistério infalível, sendo, por isso mesmo, uma
prova da contrariedade ao Evangelho e a todo testemunho das Sagradas
Escrituras.
PARTE 2
I
O AUMENTO DA ATIVIDADE DIABÓLICA
O fenômeno OVNI já reconhecido por nós como eminentemente
demoníaco esta ligado ao cumprimento da profecia revelada nas
Escrituras que afirma de maneira enfática uma ação extraordinária do
maligno e de toda atividade diabólica nos momentos precedentes ao Final
dos Tempos.
O alerta mais claro a esse respeito nos é dado por São Paulo: “A
manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás,
de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores.” (2TS 2,9)
Nosso Senhor também nos deixou de sobreaviso quando afirmou “Porque
se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto
de seduzir, se isto fosse possível, até mesmo os escolhidos.” (Rm 11,7)
Por “falsos cristos” se deve tomar todos aqueles que negam Nosso
Senhor e as verdades reveladas por Ele ou que pretendem assumir a sua
missão de Salvador, as supostas entidades alienígenas, como já visto, se
enquadram perfeitamente nessa categoria de opositores a Jesus e a
implantação do Seu reino de justiça.
O que sabemos é que o fenômeno OVNI se reveste de toda
característica extraordinária preconizada e os seus efeitos conduzem os
adeptos (a crença neles) para longe de Deus, na medida em que os ETs se
atuam da maneira nefasta do modo como foi profetizado a mais de dois
mil anos.
Vimos anteriormente que os ETs em suas “comunicações” com
médiuns ou pessoas “escolhidas” negam de forma frontal as verdades da
Sagrada Revelação contida no Evangelho e em toda Bíblia. Porém, o fato
mais claro é o caráter “messiânico” que eles próprios atribuem a suas
atividades. Afirmam um iminente perigo para a nossa civilização e, diante
disso, a tarefa de nos proteger e salvar.
Nesse contexto assumem para si o próprio caráter de forças
usurpadoras da função de “salvador” contida no Messias, de modo que
constituem o que se chama também de “falsos cristos”. Sobretudo, o
leitor deve estar atento igualmente para o fato de os supostos ETs
assumirem todas as características de poderes opositores a Cristo, ou
ANTICRISTO, aqui não atuando como aquele indivíduo opositor em
particular, mas a forças coletivas e maléficas com as mesmas intenções.
Todas essas forças malignas atuando como “falsos cristos e
profetas” e como anticristos, usam justamente da atividade diabólica
extraordinária para mistificar as pessoas incautas. Hoje, estando toda a
face da Terra revelada, sem mais mistérios e segredos, os olhos dos
homens voltam-se para o espaço sideral e de lá, onde a nossa vista não
alcança nem nossos mais modernos equipamentos enxergam, buscam os
mistérios que o Homem, cheio do seu natural “prurido de escutar
novidades” (cf. 2Tm 4,3) sempre deseja.
O Demônio, não mais podendo convencer a sociedade moderna e
industrial com falsos deuses e ídolos, como fez durante milênios ao impor
as mitologias e idolatrias aos povos antigos, agora dá a mesma idolatria
uma roupagem “moderna” e espacial. Os antigos “deuses” não são mais
divindades, mas sim astronautas de civilizações cósmicas distantes. Os
carros de fogo ou cavalos alados agora são discos voadores ou outra nave
de tecnologia avançadíssima e surpreendente. Os poderes das divindades
do passado e as magias agora constituem uma inimaginável e superior
ciência tão além da nossa que não podemos compreender.
Para isso há mesmo a teoria dos “deuses astronautas” mais eficaz
em iludir os incautos. As mesmas entidades malignas que agora se
apresentam como alienígenas assumem que eram os “deuses” do
passado. Os mesmos apressados que neles acreditam, aliados aos
“estudiosos” que em sua arrogância dizem tudo saber, defendem que suas
aparições são físicas e reais e não se trata de insídias demoníacas.
Porém, só quem desconhece os poderes malignos e suas
capacidades extraordinárias sobre a natureza, ou mesmo, quem não
acredita na existência do maligno e das forças do mal (negando toda a Fé
e o testemunho Sagrado) é que diz não ser possível ao Diabo fazer essas e
muitas outras coisas.
De fato, o testemunho contido nas Sagradas Escrituras e muito claro
em nos relatar o poder dos demônios sobre a natureza e a capacidade que
possuem para realizar fenômenos naturais extraordinários. Essa
capacidade, em primeiro lugar, decorre da própria natureza demoníaca.
Os demônios são anjos pervertidos, porém, anjos. Eles não perderam a
sua natureza angélica, apenas corromperam-se. Assim como um homem
perverso não deixa de ser humano por ser mau, os anjos não perderam a
sua natureza, o seu próprio ser.
Os anjos, por sua natureza, são puro espíritos e possuem
capacidade sobre toda a natureza, todo o mundo físico. Eles conhecem
todas as leis físicas do universo, todas as propriedades da matéria e enfim,
sabem tudo de todas as ciências. Isso lhes dá uma sabedoria infinitamente
maior que a nossa, mesmo se levarmos em conta o mais sábio dos
homens.
Com essas capacidades que é própria do ser angélico, os anjos
podem realizar prodígios, que são atos naturais, mas de difícil e
improvável ocorrência. Desse modo, um anjo pode, por exemplo, em um
desastre aéreo, calcular com precisão uma posição em que é possível
salvar uma pessoa da morte, contudo, morrendo o indivíduo ele (anjo)
não tem o poder de ressuscitá-lo (isto um milagre). Aqui se encontra o
limite do poder angélico, que é conforme a natureza e suas leis. Um anjo
não opera milagre, que é uma ação contrária as leis da natureza só
possível a Deus, Autor de todas as coisas.
Dotados desses “dons” sobre a natureza, é possível a um anjo
identificar uma doença que nossa melhor medicina não consegue, dando a
impressão de vidência. Na mesma linha, podem até curar enfermidades
que hoje não somos capazes de fazer, dando a impressão de milagre. Da
mesma forma, como possuem esse conhecimento total da realidade, a
capacidade analítica dos anjos é além da nossa, de modo que pondo as
causas eles deduzem com muito mais precisão seus efeitos. Não é
estranho que informem muitos videntes sobre acontecimentos futuros,
como terremotos, chuvas torrenciais, vulcões etc, muito antes desses
eventos se materializarem, mais uma vez para impressionar e enganar.
Por esse motivo, as Sagradas Escrituras relatam que o Demônio
pode causar tempestades, doenças nas pessoas e animais, possuir nações
inteiras (Vide livro de Jó). Relata também que os anjos vão de um lugar ao
outro só pelo pensamento, transportam objetos e pessoas pelos ares etc
etc.
Logo, basta conhecer a capacidade dos anjos e, por conseqüência,
também dos demônios, para saber que é mais do que possível a eles
serem os autores dos fenômenos OVNI, isto quando os mesmos não são
de causas muito humanas (fraudes, experimentos militares etc) ou
fenômenos naturais, como é mais do que provável essa realidade.
Além de toda atuação OVNI trair a verdadeira identidade de seus
autores, talvez um dos fatos que mais comprovam que o fenômeno seja
atuação diabólica é a completa ausência de elementos físicos de qualquer
dos fenômenos. Há apenas contatos visuais pelas pessoas ou por meio dos
radares. Nunca um rastro físico, nem mesmo o menor indício. Ora, se são
naves e se movem pelo espaço sideral, se pousam em diversos lugares
como dizem, muito estranho nunca se ter encontrado qualquer resquício
de nada, nenhuma radiação, nada... absolutamente nada!
O que deve ser considerado ainda é uma verdade muito clara em
relação aos anjos caídos. De fato, quando estes dizem serem
“extraterrestres” não mentem, pois não foram criados na Terra, como o
homem, portanto, não pertencem a este mundo. São de fora. Apenas
nesse ponto dizem a verdade.
II
A UTILIZAÇÃO DO FENOMENO OVNI PARA A MANIPULAÇÃO DAS
MASSAS E DA OPINIÃO PÚBLICA
Quem se interessa pela temática OVNI nos últimos anos vem
acompanhando com euforia uma série de medidas de aparente seriedade
envolvendo diversos governos e centros de pesquisa sérios que agora
indicam a vida alienígena e seu contato conosco como algo iminente e,
para surpresa de muitos, PERIGOSO. A despeito de toda falta de
comprovação científica da real existência de qualquer outra forma de vida
no espaço além da nossa, não só as ações citadas são temerárias como
estranhas.
Como já citamos no início deste alerta, o astrofísico Stephen
Hawking fez importantes declarações em um documentário produzido
pelo Discovery Channel, chamado "Stephen Hawking's Universe". Segundo
Hawking, a vida extraterrestre existe com toda certeza (embora não sei
com que base), porém, devemos evitar o contato com outros seres
inteligentes por ser muito arriscado. Fazendo um paralelo com a nossa
história, em especial a chegada dos conquistadores europeus as Américas
(comparados a uma cultura superior alienígena) e seu encontro com os
indígenas (a raça humana diante da civilização superior), recorda que o
contato não foi bom para os segundos.
Hawking também levanta a hipótese de uma civilização nômade,
sempre em busca de locais para conquistar e colonizar, como muitas em
nossa própria Terra existiram.
Também já citamos a “Royal Socity” que em sua publicação
Philosophical Transactions of the Royal Society discorreu acerca da vida
extraterrestre e concluiu também para uma “ameaça” potencial
representada por alguma civilização alienígena. Há também, em virtude
disso, a cobrança de um protocolo adequado com as medidas a serem
tomadas em caso de contato. A respeitada publicação é enfática ao
afirmar que “Devemos estar preparados para o pior” no caso de
encontrarmos uma civilização extraterrestre, como alerta o professor de
paleobiologia evolutiva da Universidade de Cambridge, Simon Conway
Morris.
Desde o advento do movimento Nova Era (New Age) havia uma
tendência em se considerar os “extraterrestres” nossos sábios protetores
e futuros salvadores da raça humana, não só de desastres naturais como
de nós mesmos. Apesar das artes, em especial do cinema, sempre ter
tratado os ETs como perversos invasores, com raras exceções, a
mentalidade corrente era mesmo a de que seriam benéficos. Contudo,
como vimos, a tendência agora é considerá-los um verdadeiro perigo.
Merece destaque que essa nova perspectiva de alienígenas maus e
ameaçadores não partiu da população, mesmo com os filmes e de mais
artes tratando os Ets na maioria dos casos como seres ruins, tudo era visto
apenas como “ficção” e a tendência do povo era considerá-los bons.
Foram políticos, cientistas sérios e outras autoridades importantes que, ao
expor publicamente esses “temores”, iniciaram um mudança drástica na
mentalidade das massas e agora o pendulo segue para o outro lado.
É essa atitude das autoridades que torna claro a existência de
alguma coisa no ar... como disse Hamlet “Há algo estranho no Reino da
Dinamarca...”
A sombra de uma ameaça externa e, portanto, o medo que ela
incute na população é um poderosíssimo meio de manipulação de massas,
como nenhum outro. As pessoas temerosas se deixam mais facilmente
levar pelas más intenções daqueles que desejam tirar proveito da
situação. Não é raro, que diante de um poder exterior que ameaça a
sociedade, os governantes exijam sacrifícios do povo para os momentos
de dificuldade que podem (ou não) ser iminentes.
Assim a sociedade se revela, ante ao possível perigo, disposta a
fazer o que for preciso para salvar-se. Não mede esforços econômicos e
humanos. As pessoas abrem mão até mesmo de seus direitos em nome da
segurança.
Foi assim que muitos ditadores governaram ao longo da história e
ainda governam hoje. Foi pelo medo de uma ameaça (externa) que o povo
americano, após os atentados de 11 de Setembro, deixaram de lado
muitas das suas garantias constitucionais para se “proteger” de seus
inimigos. Então, diante de tantos testemunhos históricos, o que os povos
nãos seriam capazes de fazer se pairasse sobre (todos) nós uma força
terrível e destruidora que ameaçasse por fim não a uma nação em
particular, mas aos homens em geral? Foi justamente isso que o expresidente americano Ronald Reagan afirmou em um discurso polêmico e
obscuro na Assembléia Geral da ONU em 1987.
Diante dos recentes fatos não é difícil antever uma ação
orquestrada a nível mundial para lançar uma sombra de temor sobre as
pessoas. Sabemos as intenções dos que estão por trás disso ao voltarmos
justamente aos exemplos que a história nos dá. Há, sem dúvida, um plano
mundial arquitetado e em andamento para a instauração da Nova Ordem,
como se preconiza abertamente, pois já não é segredo. Porém, para que
uma Nova Ordem seja instaurada é necessário esforços que a maioria não
esta disposta a fazer, salvo em caso de extrema necessidade, ai entra o
medo e o inimigo comum que deve ser suscitado.
E como essa “Nova Ordem” pretende ser Mundial, o inimigo deve
ser comum a TODOS OS HOMENS e povos. Não basta temores de guerras
entre países nem ameaça terrorista que atingem nações isoladas e não
são capazes de se estender a humanidade, alcançando a todos
indistintamente.
Então, o que poderia representar uma ameaça a todos os homens,
independente de língua, religião e política? Qual o inimigo capaz de
infringir danos a todos os povos? Na Terra não existe nenhum, a não ser o
próprio homem, mas não é o homem que ameaça a si mesmo, pois ele,
apesar de muitos atos questionáveis e maus, tem o desejo de sobreviver.
É ai que os olhos maliciosos se voltam para o espaço, em busca de uma
inteligência cruel e avançada que olha para nosso mundo com cobiça e se
agita para querer dominá-lo.
Portanto, o leitor deve estar atento a todos os movimentos
governamentais nesse sentido e NÃO DEVE se deixar influenciar. Eles
querem a Nova Ordem, que é o Sistema contrário a Deus, que pretende
lutar contra o Senhor ao impor uma ditadura mundial do relativismo, do
sincretismo, da negação da cruz, da perseguição as liberdades e do
combate a Fé.
III
O PARADOXO DE FERMI
Antes de encerrar esta breve exposição, decidimos expor mais uma
irrefutável constatação de que a vida lá fora não existe. Deixamos o
famoso Paradoxo de Fermi por último para que o leitor, já ambientado na
temática OVNI, em especial aqueles que nunca tiveram contato com o
tema, pudesse ter uma maior clareza na exposição dos fatos e na análise
do paradoxo em si. Após termos falado do Universo, da sua vastidão, da
falta de evidencia científica de vida exterior, das implicações teológicas,
do testemunho das Sagradas Escrituras etc, cabe agora, com mais
conteúdo, discutir este importante paradoxo.
Em primeiro lugar, um paradoxo é de forma simples o oposto
daquilo que as pessoas acreditam como verdade. É uma constatação que
se opõem a uma verdade posta. Um argumento contrário ao que se
afirma. Antes de passarmos ao seu paradoxo, vamos falar do autor: O
Grande físico e premio Nobel Enrico Fermi nasceu em 1901 em Roma e
faleceu em 1954 em Chicago. Com seu trabalho, ajudou a desenvolver os
reatores nucleares, participando ativamente ainda de outras importantes
descobertas científicas. Também foi um dos participantes do famoso
projeto Manhattan. É um dos mais brilhantes homens que já existiu no
campo das ciências.
A despeito da sua grande genialidade, o importante também é
destacar que Fermi não era opositor da hipótese de vida extraterrestre, ao
contrário, acreditava na sua possibilidade com grande entusiasmo.
Como vimos, tudo leva a crer que existe vida lá fora. A imensidão do
Universo, a infinidade de galáxias, sistemas solares, planetas etc. Também,
soma-se a esse fato a própria antiguidade do cosmos, estimada entre 12 a
18 bilhões de anos (nossa Terra tem apenas 4,5 bilhões de anos), tempo
suficiente para a vida ter surgido em outros [muitos] lugares. Então, com
essas perspectivas, acreditava-se que a vida extraterrestre não só deveria
existir, como seria superabundante em muitos lugares.
Reparem que essa idéia (de vida abundante) ressalta aos olhos com
a aplicação da também famosa Equação de Drake, que estima a
quantidade de civilizações que podem existir. Segundo cálculos simplórios
aplicados a equação existiria pelo menos UM MILHÃO de civilizações
apenas na nossa galáxia... devemos destacar ainda que a equação de
Drake foi proposta em 1961, após a morte de Fermi e da criação do seu
paradoxo. Então, voltemos a ele!
Conta-se que Fermi, ao meditar sobre todas essas questões de vasto
universo, possibilidade de vida abundante em toda parte etc, fez a simples
pergunta: “Onde eles (Ets) estão?” e Eis o paradoxo!
Ora, de fato se a vida é (deve ser) tão abundante no universo, se
mais de um milhão de civilizações podem existir somente em nossa
galáxia, por que nunca vimos ninguém? Por que nunca recebemos
qualquer mensagem (SETI)? Por que nenhum vestígio foi encontrado nem
no nosso mundo, nem em outros lugares?
Pela nossa própria experiência sabemos que civilizações avançadas
e industriais deixam muitos rastros da sua existência e presença. Nós
mesmos já enviamos diversas sondas para o espaço, milhares de satélites
artificiais orbitam nosso mundo. Há vestígios da humanidade na Lua, em
Marte... A quase cem anos ondas de rádio e TV do nosso mundo vagam
para o espaço sem rumo. Toda a nossa própria presença seria facilmente
detectada por uma civilização de tecnologia superior ou mesmo
semelhante a que dispomos hoje.
Porém, a voz do paradoxo de Fermi continua imbatível: ONDE ESTÁ
TODO MUNDO?
Deve ser ressaltado que a época em que Fermi fez esse
questionamento nós não tínhamos as grandes descobertas astronômicas
que ocorreram nos últimos anos, descobertas estas que demonstram cada
vez com mais clareza que o universo é perigoso e seus ambientes nem um
pouco favoráveis a vida e de que, portanto, a nossa Terra se revela como
ÚNICA apesar de toda imensidão que nos rodeia.
É justamente a contradição entre essas altas estimativas de
existência de vida alienígena e a completa ausência de qualquer contato
ou a mínima evidencia de vida além da nossa que o Paradoxo de Fermi
salienta para demonstrar uma conclusão lógica: sim, nós estamos
sozinhos...
O grande Fermi tinha uma facilidade incrível para efetuar cálculos e
segundo ele ainda que existisse apenas uma civilização tecnológica na
nossa galáxia (e os defensores da vida lá fora apontam para milhares),
diante da idade da Via Láctea (nem estamos levando em conta a idade do
Universo), esta única civilização já deveria ter colonizado diversos lugares
e chegado aqui. Seria fácil para eles (se existissem) ter detectado nosso
planeta raro, habitável, com água e vida a pelo menos milhões de anos
(nós humanos só existimos há 200 mil anos) e, diante do achado único,
certamente teriam se estabelecido aqui ou feito contato.
Os inimigos da verdade e adoradores de pseudociências dizem que
a Terra não ocupa lugar especial e não seriamos descobertos com
facilidade. Ora, a Terra é sim muito especial e sabemos disso. Elementos
preciosos, matérias primas e outros recursos minerais abundam no
universo, mas um planeta como a Terra, até agora, não existe nenhum, o
nosso é exclusivo. Ainda que possam existir planetas acolhedores como a
nossa Terra, (se existem) são muito, extremamente raros, raríssimos e nós
já sabemos disso também.
Se a vida só se desenvolve sob determinadas condições, e essas
condições que conhecemos depende de um planeta semelhante ao nosso
(ou quase igual) e lembrando ainda que o nosso planeta único não é só em
decorrência da própria Terra em si mesma, com seu tamanho,
composição, gravidade, Lua, distancia perfeita de sua estrela, a própria
estrela e muitos outros fatores, deduzimos que eles (Ets) seriam também
de um mundo raro e, sem dúvida alguma, assim como nós buscamos
outros mundos como o nosso, eles fariam o mesmo e nos descobririam,
ou teriam descoberto e aqui estariam.
Porém, para tentar desacreditar a grande verdade que o Paradoxo
de Fermi denuncia (de que estamos sós), muitas teorias absurdas foram
propostas a fim de dar uma explicação ou mesmo derrubá-lo. Contudo,
nenhuma das “soluções” propostas explica com seriedade o porquê ainda
não encontramos com nenhum ET apesar de defenderem a hipótese da
vida abundante em outros mundos.
Existem hipóteses para todos os gostos visando dar uma
“explicação” a Fermi. Uma delas diz que civilizações tecnológicas teriam
também uma tendência (como nós) para se autodestruir... Então, não
vemos ETs inteligentes por ai por que eles cresceram, se desenvolveram e
se destruíram. Um absurdo, pois todo ser vivo traz em si não uma
tendência para de destruir, mas o oposto: carrega um instinto nato de
sobrevivência. Alô! Charles Darwin!!
Não é o instinto de sobrevivência um dos pilares da “teoria” da
evolução? Aliais, não um pilar, mas um dos seus motores de ação, pois
segundo defendem os evolucionistas, a luta (pela sobrevivência) provoca a
seleção natural e a perpetuação do mais apto, induzindo as espécies a
“evoluírem” para se adaptar as condições que a natureza impõe. Então, se
a “evolução” é uma “Lei da Natureza”, pois é isso que os evolucionistas
dizem, ela não é válida em todo Universo? Ou só seria aqui? Temos ai uma
grande contradição.
Aqui na Terra os seres vivos querem continuar a sua jornada, o que
inclui os homens. As guerras, as batalhas, as disputas etc não é fruto de
um desejo de aniquilamento inato, mas de interesses antagônicos e
políticas que visam justamente a sobrevivência, ainda que do mais forte.
É inegável que todos nós queremos é permanecer vivos. Pensar que
todas as civilizações industriais e tecnológicas progridam para depois se
aniquilar [necessariamente] devido a uma inclinação natural para isso
beira ao absurdo.
Outra hipótese é de que eles (Ets) existem, mas são tão avançados
que não se importam conosco. Bem, pelo que sabemos uma civilização
que progride indefinidamente necessita de muitos recursos, tantos que o
seu mundo nativo não poderia dispor e, por isso mesmo seriam levados a
colonização ou busca de novos materiais em outros mundos, já que
podem fazer e são impelidos por essa necessidade. Nós mesmos, se
levarmos em conta a nossa tecnologia atual, já consumimos muitos dos
recursos da Terra e, como a necessidade é mãe da vontade, não tardará
para irmos buscar em lugares mais difíceis o que precisamos, e isto inclui a
Lua e Marte, candidatos imediatos para começarmos.
Sendo assim, mesmo uma civilização extremamente avançada
deixaria seus rastros por ai, e antes que os fautores da verdade aleguem
que eles esconderiam seus vestígios, ora, há de se questionar: Se não se
importam conosco, por nossa mediocridade, por que se preocupariam em
esconder suas pegadas para não descobrirmos que eles existem? Eu vejo
as formigas com indiferença e não me importa que elas saibam da minha
existência, muito pelo contrário. Se eles nos enxergam como formigas (já li
isso em algum lugar que não me ocorre) por que agiriam diferente?
Para essas e demais respostas ao Paradoxo de Fermi, devemos
aplicar a também famosa “Navalha de Ockham”, outra brilhante
ferramenta de pensamento crítico. A Navalha de Ockham propõem, de
forma clara, que ao nos depararmos com duas ou mais explicações para
um fenômeno qualquer, a mais simples deve ser a verdadeira. Isto é a
aplicação do “princípio da economia” por que a Natureza é regida pela
simplicidade. Vale a lei do menor esforço, o fazer mais com menos. A
natureza utiliza apenas o necessário, nada de desperdícios.
Logo, ao analisarmos as muitas “soluções” propostas ao Paradoxo
de Fermi, não resta dúvida de que a mais simples é a que nos assegura
não existir vida inteligente lá fora além de nós. Se houver [vida] quando
muito é animal e mesmo esta não deve passar de seres muito simples,
como formas bacterianas, unicelulares, a maneira das que sobrevivem em
locais extremos aqui mesmo na Terra desde os primórdios do Mundo.
Vida como nós, certamente não há.
O Paradoxo de Fermi continua hoje implacável.
IV
COMO DEVE AGIR O CRISTÃO DIANTE DA TEMÁTICA ALIENÍGENA
Após as breves explanações, passamos a analisar como nós cristãos
devemos nos posicionar diante das abordagens midiáticas, das
declarações de autoridades e de pessoas ligadas aos “Ets”. Enfaticamente,
não deve o cristão crer na vida extraterrestre. Deve sim e com toda fé
depositar sua confiança apenas e corretamente em Deus e em Seu Cristo,
Nosso Senhor. Embora a vida fora da Terra seja possível, Deus jamais
revelou, nem pelo menor indício, a sua existência. Além do mais, essa
realidade traria uma série de considerações teológicas que, por isso
mesmo, se opõem a idéia.
E a ciência confirma com suas recentes descobertas e avanços o
quanto o universo é perigoso e inabitável, apesar da sua imensidão.
As condições físicas dos mundos, sua constituição, posição,
temperatura etc os tornam lugares insalubres e estéreis a qualquer forma
de vida, mesmo a mais resistente. Vimos que o argumento da imensidão
do espaço como pressuposto para haver vida não é valido por si mesmo,
mas antes um testemunho da sua não existência. Analisamos que a essa
idéia de vida abundante e a ausência de qualquer contato faz prova
contrária a existência de vida lá fora.
Nesse ponto, poderíamos ainda deduzir como argumentação que,
se de fato a vida existisse, Deus certamente não teria a intenção de que
civilizações diferentes interagissem entre si, haja vista as imensidões
espaciais e as dificuldades grandiosas de se vagar pelo cosmos. Sabemos
que Deus nada faz em vão. Sendo assim, se criou um Universo tão vasto e
árduo e pôs vida em muitos mundos afastados, certamente não quer que
nós os encontremos e eles a nós. Ao lançar insuperáveis barreiras entre os
possíveis muitos planetas habitados, Deus pretenderia o anonimato de
cada um deles em relação ao seu próximo.
Porém, repetimos, tudo isso é apenas uma dedução, para mostrar
que NÃO HÁ VIDA LÁ FORA, e mesmo que existisse, jamais chegaríamos a
saber, muito menos seríamos descobertos.
O Testemunho das Sagradas Escrituras é claro ao afirmar que a vida
só existe aqui e só os homens foram feitos a <imagem e semelhança> de
Deus. Só aos homens foi dado Jesus, para a remissão dos nossos pecados
e do mundo (nosso) inteiro. Se houvesse vida fora da Terra ela seria
também obra de Deus e, sabendo Deus de um futuro encontro, nos teria
advertido, porém, não fez.
Não deve também o leitor se alvoroçar com manchetes do tipo
“Igreja admite vida extraterrestre” vinculada em muitos meios de
informação após as declarações infelizes do Padre Funes que em uma
entrevista intitulada “O extraterrestre é meu irmão” (dele, isso mesmo,
pois meu não é!) considerou a existência de vida inteligente e outras
bobagens.
O padre Funes teve os seus minutos de fama, pois é o diretor do
observatório astronômico do Vaticano, contudo, Gabriel Funes é o que é,
apenas um padre não muito ortodoxo na sua fé... A julgar por declarações
como essa. Quando ele fala que os ETs são seus irmãos e muitos outros
absurdos, ELE FALA POR SÍ MESMO, NUNCA PELA IGREJA.
Um padre não fala pela Igreja, nem um bispo, nem muitos bispos,
nem mesmo um cardeal. Só o Papa pode falar pela Igreja e em seu nome.
E nunca vimos o Papa Bento, nem qualquer dos seus predecessores desde
São Pedro até agora se preocupar com Ets...
Portanto, orar e vigiar sempre são o melhor e mais seguro caminho.
Quanto aos ETs, que são os demônios disfarçados, não devemos lhes dar
qualquer crédito.
O Prosélito
Eduardo Esmerion
Texto de livre publicação e divulgação. Por favor apenas divulgar a
fonte.
“Ave Crux, Spes Unica!”