MERCADO-21.05.14:Pecuária não sente efeito do
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MERCADO-21.05.14:Pecuária não sente efeito do
:: SINDICARNE - Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados no Estado do PARANÁ :: MERCADO-21.05.14:Pecuária não sente efeito do mal da vaca louca e preços foram valorizados em MT Exportações também apresentaram alta com 21,18% na receita No dia 19/03/2014 um animal com suspeita do mal da vaca louca foi encontrado em um frigorífico em São José dos Quatro Marcos, sendo, posteriormente, confirmada pela Rede de Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro) e pela Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) a marcação priônica. Em meio a tudo isso, geraram-se, no mínimo, dois temores no mercado, um relativo a preços e outro à demanda externa, às exportações. Fato é que os preços não sentiram os efeitos do evento atípico do mal da vaca louca e a prova disso é a valorização do boi gordo em 1,71% do dia do evento até a sexta-feira. Com relação às exportações não foi confirmado o temor, registrando em abril/14 um aumento de 13,85% em volume e 21,18% em receita, quando comparado ao mês anterior. Entretanto houve países que embargaram a carne estadual (Peru e Egito), sendo um ato do ponto de vista técnico inválido e uma das provas disso é que o nosso principal comprador de carne bovina, a Rússia, liberou mais uma planta para exportar, mostrando o potencial de elevação nas exportações da carne matogrossense. Exportação: Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), pertinentes ao mês de abril/14, revelaram aumento no volume e receita de carne bovina mato-grossense exportada, tanto na comparação mensal quanto na comparação anual. Esmiuçando os dados, observa-se um aumento de 13,85% no volume quando se compara março/14 com abril/14. Assim, no mês de março foram embarcadas 24,29 mil TEC e em abril/14 o volume foi de 27,66 mil TEC. Analisando a receita obtida em abril/14 nota-se que o total arrecadado foi de US$ 102,43 milhões, sendo 21,18% maior que o montante arrecadado em março/14, quando foram exportados US$ 84,53 milhões. Realizando a comparação anual atenta-se para um aumento no volume exportado e na receita obtida pelas indústrias frigoríficas. Os resultados obtidos em abril/14 demonstram que o caso atípico do mal da vaca louca no Estado não afetou os embarques, mantendo a demanda externa elevada. Oferta e demanda: Os dados da Somar referentes ao mês de abril/14 revelaram um total de chuva de 172,1 milímetros em Rondonópolis no acumulado mensal. Esse é o segundo abril mais chuvoso da série histórica da Somar, abaixo apenas de abril/01 quando choveu 217,7 milímetros na cidade. Com esse bom volume de chuvas registrado, era de se esperar que as condições das pastagens melhorassem, que a oferta de boiadas criadas a pasto aumentasse e que as indústrias frigoríficas da região conseguissem uma boa escala de abate. No entanto, o que se observa é que a escala de abate no município está em um dos piores patamares da história e, se for excluído o mês de março/14, a última vez que foi registrada escala de cinco dias nas indústrias frigoríficas de Rondonópolis foi em fevereiro/11. As escalas mais curtas neste ano de 2014 são mais um indicativo do sentimento do mercado do boi gordo, o de que a oferta de boiadas e vacadas não está abundante, mesmo com a colaboração das chuvas. Reposição: A categoria do bezerro desmama é uma das mais utilizadas pelo bovinocultor de corte para reposição. Utilizando o indicador IGP-DI, observa-se que o preço real do bezerro desmama evoluiu 18,29% entre maio/13 a abril/14. No mês de maio/13 o preço real da categoria de reposição partiu de R$ 722,48/cabeça para R$ 854,63/cabeça em abril/14. O boi gordo apresenta essa mesma tendência de alta, registrando variação positiva de 28,77%. Para se ter uma ideia, o preço do animal terminado partiu de R$ 86,70/@ em maio/13 para R$ 111,65/@ em abril/14. Dessa forma, a relação de troca entre o bezerro desmama e o boi gordo aumentou, pois em maio/13 era possível adquirir 2,13 bezerros desmama com a venda de um boi gordo, já em abril/14 foi possível comprar 2,16 machos desmamados. Relação de troca: Em Lucas do Rio Verde observa-se que o milho e o farelo de soja tiveram uma valorização nos preços, já o caroço de algodão apresentou uma queda. A tonelada do milho, por exemplo, partiu de R$ 195,21 em maio/13 para R$ 322,38 em maio/2014, valorização de 65,15%. O farelo de soja seguiu o mesmo ritmo, pois na comparação anual saiu de R$ 752,50/tonelada para R$ 960,00/tonelada, valorização de 27,57%. O caroço de algodão seguiu tendência oposta à dos outros insumos, pois em maio/13 era cotado a R$ 625,00/tonelada e já em maio/14 a R$ 490,00/tonelada, desvalorização de 21,60%. Mesmo com a valorização da arroba do boi (28,22%), a relação de troca com o milho diminuiu, sendo necessárias 2,94 arrobas para adquirir uma tonelada de milho. Para adquirir farelo de soja são necessárias 8,75 arrobas e 4,47 arrobas para adquirir o caroço de algodão. Mercado futuro: Na semana atual o contrato futuro do boi gordo para o primeiro vencimento, ou seja, maio/14, mostrou-se em uma zona de indefinição de tendência. Entretanto, a queda na sexta-feira foi relativamente grande para movimentação que o contrato apresentava. A causa possível da queda acentuada pode ser encontrada no mercado físico do boi gordo, em São Paulo. Para se ter uma ideia, na semana atual os preços do mercado físico caíram 0,65%, saindo do patamar de preços de R$ 122,43/@ na segunda-feira para o os preços de R$ 121,64/@ da sexta-feira. O outro contrato importante para o boi gordo, o de outubro/14, apresentou uma movimentação similar ao de maio/14, com um queda acentuada na sexta-feira, fechando ao preço de R$ 122,50/@. Fonte: Uagro http://www.sindicarne.com.br Fornecido por Joomla! Produzido em: 1 October, 2016, 17:16
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