Metalworking World 1/2009
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Metalworking World 1/2009
Facas industriais de qualidade: SUCESSO ESLOVENO uma revista de negócios e tecnologia da sandvik coromant coromant Daniel Bergerfurth, gerente de produção da unidade de fabricação de peças da Siemens em Bocholt, Alemanha. N.º1 2009 A Alemanha dá o exemplo: ventos da mudança Grandes melhorias à moda chinesa Hora de colher os frutos mais cedo Por que a renda é tão fascinante editorial Agindo certo desde o início Um novo ano vai começar. Dentre outras coisas, temos à nossa frente um mercado que clama por energias limpas, como a energia eólica. A primeira edição de 2009 da Metalworking World destaca a Alemanha, líder mundial em energia eólica. As empresas alemãs, que já trabalham com níveis máximos de produtividade, fornecem muitos dos equipamentos usados para construir moinhos de vento. Suas carteiras de pedidos já estão cheias e a demanda por seus produtos é maior do que nunca. Atualmente, fabricantes da área de energia eólica do mundo todo necessitam melhorar a eficiência, a qualidade e a produtividade. A Sandvik Coromant assumiu o papel de fornecedor total para um grande número de empresas do setor. Nossa vasta linha de produtos e nosso know-how nos tornam colaboradores naturais de todas as empresas que precisam mudar para melhor. “O mercado clama por que ocorrerá o próximo boom. energias limpas, como O governo alemão decidiu dar mais um impulso à energia eólica para aumentar sua particia energia eólica.” pação no mercado. Os parques eólicos existenÉ nessa área tes deverão ser modernizados e novos parques terão que ser construídos. Ao mesmo tempo, muitos outros países aumentaram seus investimentos em energia eólica recentemente, criando novas oportunidades para seus fabricantes locais – mas geralmente recorrendo às suas contrapartes alemãs durante o processo. Se estiver pensando em investir em novas máquinas, faça a coisa certa desde o início. Para saber como reduzir drasticamente o tempo de retorno do investimento, consulte a página 11. Mas pode ser que você não precise investir em novas máquinas por enquanto. Aplicando o nosso Programa de Incremento da Produtividade, você vai descobrir como maximizar a produtividade usando os recursos existentes. A chinesa ZPMC, sediada em Xangai, obteve resultados incríveis graças a algumas sugestões de sua empresa parceira de produtividade, relacionadas a pequenos ajustes, como a modernização de uma pastilha. Afinal, é para isso que servem as parcerias. Leia essa história na íntegra à página 8. Foto: Mats Jonholt Desejo a todos vocês um próspero 2009! Kenneth V Sundh Presidente da Sandvik Coromant PS 1: As rigorosas exigências de precisão e segurança no setor aeroespacial transformaram nossa gama de produtos Silent Tools no padrão da indústria. Ao trabalhar em conjunto com a Sandvik Coromant, os fabricantes desse setor ganham exatamente o que desejam: precisão e produtividade. 2 metalworking world PS 2: Não perca o artigo sobre a renda à página 28! Símbolo tradicional de poder e excelência, a renda percorreu um caminho fascinante ao longo dos séculos – desde a nobreza européia até as massas globais, passando por astros do rock e casamentos emblemáticos. O que virá a seguir? índice metalworking world N.º 1 2009 Tecnologia A CoroMill 345 é um avançado conceito de ferramenta, ideal tanto para usinagem mista em pequenos lotes como para usinagem dedicada de grandes volumes. Ela oferece possibilidades de otimização de longo alcance, seja em máquinas menores de baixa potência, ou em máquinas maiores e mais potentes. 14 dando conta do recado O Coromant Capto C10 amplia a linha standard desse sistema de ferramentas modulares. O C10 é um acoplamento estável e robusto, capaz de lidar com forças elevadas nas exigentes operações de usinagem pesada em materiais difíceis, como titânio ou HRSA. 23 fresas de topo – a próxima geração A CoroMill 316 leva o conceito de fresas com cabeça intercambiável a uma nova geração de ferramentas. Ela une as vantagens das ferramentas intercambiáveis e das ferramentas inteiriças de metal duro na forma de uma fresa de topo. 32 melhore seu desempenho Entre as pastilhas intercambiáveis e as ferramentas inteiriças de metal duro, existe uma área potencial de otimização, que proporciona vantagens de ambos os tipos de ferramentas para fresas de topo com diâmetros de pequenos a médios. Christoph Papsch 6 o som do sucesso 16 4 NOTÍCIAS DE USINAGEM 8 melhorias que se 14 pagam rápido 11 tire o máximo do seu investimento 16 energia eólica à moda alemã 24 cuidado – soluções afiadas à frente 27 panorama da usinagem 28 como a renda seduziu 8 o mundo Metalworking World é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Telefone: +46 (26) 26 60 00. A Metalworking World é publicada três vezes por ano em alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, inglês americano, inglês britânico, italiano, japonês, polonês, português do Brasil, russo, sueco, tailandês e tcheco. A distribuição é gratuita para clientes da Sandvik Coromant mundialmente. Publicada pela Spoon Publishing em Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825. Favor observar que não aceitamos originais não-solicitados. O conteúdo desta publicação só poderá ser reproduzido com permissão, que deve ser solicitada ao gerente editorial da Metalworking World. As matérias e opiniões expressas na Metalworking World não refletem necessariamente os pontos de vista da Sandvik Coromant ou da editora. Correspondências e pedidos de informação sobre a revista são bem-vindos. Contato: Metalworking World, Spoon Publishing AB, Kungstensgatan 21B, 113 57 Estocolmo, Suécia. Telefone: +46 (8) 442 96 20. E-mail: [email protected]. Informações sobre distribuição: Johanna Sundström, Sandvik Coromant. Telefone: +46 (26) 26 61 74. E-mail: [email protected] Impressa na Suécia por Sandvikens Tryckeri, em papel MultiArt Matt 115 gramas e MultiArt Gloss 200 gramas da Papyrus AB, com certificação ISO 14001 e registro EMAS. Coromant Capto, CoroMill, CoroCut, CoroPlex, CoroTurn, CoroThread, CoroDrill, CoroBore, CoroGrip, AutoTAS, GC e iLock são marcas registradas da Sandvik Coromant. Peça seu exemplar gratuito da Metalworking World enviando seu endereço para [email protected] gao erqang Editora-chefe e responsável legal na Suécia: Pernilla Eriksson. Executiva de conta: Christina Hoffmann. Gerente editorial: Johan Andersson. Diretora de arte: Erik Westin. Editor de imagens: Christer Jansson. Editor técnico: Christer Richt. Subeditoras: Valerie Mindel, Åsa Brolin. Coordenadora: Johanna Sundström. Coordenação de idiomas: Sergio Tenconi. Editora de português: Miriam Moraes Bengtsson. Tradutor: Carlos Teixeira. Layout: Ulrika Jonasson. Pré-impressão:Markus Dahlstedt. Foto da capa: Christoph Papsch. A Metalworking World é publicada com objetivo meramente informativo. As informações fornecidas são de natureza genérica e não devem ser tratadas como recomendação ou como base para tomadas de decisão em casos específicos. Qualquer uso dessas informações é de total responsabilidade do usuário. A Sandvik Coromant não se responsabiliza por qualquer dano direto, acidental, conseqüencial ou indireto, resultante do uso das informações disponíveis na Metalworking World. metalworking world 3 notícias Novas habilidades na AMB educação. Futuros trabalhadores da indústria alemã de usinagem tiveram a oportunidade de exibir suas habilidades na última exposição AMB 2008 em Stuttgart. Dentre os mais de 80 mil visitantes estavam os participantes da SkillsGermany, competição nacional para jovens talentos em usinagem e técnicas CNC. A Sandvik Coromant participou da exposição com um Smart Hub, ponto de encontro onde as pessoas podem se reunir para discutir assuntos de negócios com profissionais do mesmo setor. Além disso, a empresa foi a fornecedora exclusiva de ferramentas e conhecimento de usinagem para as máquinas de torneamento DMG e máquinas de fresamento Chiron usadas na competição SkillsGermany. “Para nós, é importante apoiar um evento como o SkillsGermany para mostrar aos jovens como o nosso ramo é empolgante e despertar o interesse deles pela usinagem,” afirma Kenneth Sundberg, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Sandvik Coromant Alemanha. Os vencedores do SkillsGermany vão participar do campeonato internacional WorldSkills, que ocorrerá em Calgary, Canadá, em 2009. A Sandvik Coromant Alemanha estará presente para compartilhar seu know-how com o instrutor alemão. A AMB é a segunda maior exposição da Europa para a indústria de usinagem e processamento de metais, depois da EMO. Seu principal alvo são os fabricantes da Alemanha, França, Suíça e Itália, mas atrai também fabricantes de países da Ásia, como a Coréia do Sul. A AMB 2008 foi realizada no novo Centro de Convenções de Stuttgart, situado próximo ao aeroporto. As garotas competiram com piões fabricados no centro de produtividade. programa técnico para garotas educação. Aqui está o futuro da indústria de usinagem. Em agosto passado, 24 garotas de 14 a 16 anos visitaram a sede da Sandvik Coromant EUA em Fair Lawn, Nova Jersey, para aprender mais sobre usinagem e engenharia. Conversaram com representantes, fizeram perguntas e até competiram em equipes usando piões fabricados no Centro de Produtividade Sandvik Coromant. 4 metalworking world A visita fez parte do Girls Get S.M.A.R.T., um programa de verão de uma semana destinado a incentivar garotas a explorarem carreiras nos setores de fabricação e conformação de metais. Realizado em uma colônia de férias situada no condado de Ulster, Nova York, o programa é uma iniciativa conjunta de várias fundações ligadas às indústrias e ao condado, e conta com o apoio da Sandvik Coromant, entre outras empresas. O deficiente visual Santosh Rokade trabalha como operador de máquina na UMA Precision. Parte de seu trabalho é inspecionar peças pequenas. oportunidade para Deficientes qualidade. Há seis anos, a UMA Precision, fornecedora indiana do setor automotivo, contratou três trabalhadores com deficiência visual para sua fábrica de Pune, a 200 km a sudeste de Mumbai. Desde então, já aumentou para 21 o número de trabalhadores com deficiência visual na fábrica. A iniciativa começou graças à associação entre o vice-presidente do conselho de administração BZ Kankaria e a entidade de assistência Jagruti. Os funcionários com deficiência visual realizam quase as mesmas tarefas que os funcionários com visão normal: operam máquinas manuais de furação radial e pequenas máquinas de rosqueamento, e trabalham em linhas de montagem e nos departamentos de inspeção e qualidade. “Todas as indústrias deveriam tomar iniciativas como essa. Em nossa empresa, os deficientes visuais não deixam nada a desejar em relação aos melhores da indústria”, garante Shashank Shah, vice-presidente da UMA Precision. A UMA Precision atende as principais indústrias da Índia desde 1979 e, recentemente, passou a ser um fornecedor global. Isso significa que qualidade e produtividade estão sempre em foco. O trabalho dos operadores cegos, porém, não é um problema quando se trata de melhorar algumas áreas. “A qualidade do trabalho deles é tão boa quanto a do trabalho das pessoas com visão, às vezes até melhor”, afirma Shah. Em 2003, a UMA Precision rece- “Os deficientes visuais não deixam nada a desejar em relação aos melhores da indústria.” Shashank Shah, vice-presidente da UMA Precision. beu o Prêmio Nacional de Igualdade de Oportunidades para Deficientes por sua iniciativa de contratar trabalhadores com deficiência visual. A Sandvik Coromant é o fornecedor de ferramentas preferido pela empresa há muitos anos. “Essa escolha nos ajudará a obter um retorno mais rápido do investimento.” Jim Lee, diretor de serviços de fabricação da Mitchel & Scott Machine Company nos Estados Unidos. Leia mais à página 13. Olimpíadas CNC Na China educação. Desde seu início, há cinco anos, o Campeonato Chinês de Controle Numérico (CNCC) tornou-se uma das competições mais importantes e influentes da indústria de usinagem na China, a ponto de ser apelidada de “Olimpíadas CNC da China” em sua terceira edição, em outubro de 2008. A final nacional de outubro, chamada de CNCC III, aconteceu em Dalian, China, a cerca de 900 km a leste de Pequim. Dos 10 mil participantes originais das competições regionais, cerca de 600 se classificaram para as finais. As categorias foram “torno CNC”, “fresa CNC” e “centro de usinagem”. Os competidores, dentre eles profissionais, professores e alunos, precisaram demonstrar não só suas “O campeonato tem um habilidades práticas papel fundamental para em usinagem de incentivar e treinar precisão mas também trabalhadores CNC seu conhecimento altamente qualificados”, teórico, por meio de afirma Ee Sian Lee, provas escritas. gerente da Sandvik O CNCC começou Coromant China. como uma resposta à “Considerando o nosso falta de trabalhadores Ee Sian Lee, gerente da compromisso de longo qualificados após o Sandvik Coromant China. prazo com o desenvolviboom econômico da mento da indústria de China e à crescente demanda por usinagem na China, é natural que a serviços de fabricação no país. Desde Sandvik Coromant dê seu apoio.” então, tornou-se o evento mais significativo da indústria de usinagem chinesa. A Sandvik Coromant China é a patrocinadora exclusiva das ferramentas de corte do evento desde seu início. Para ajudar os participantes a se adaptarem melhor à competição, a Sandvik Coromant China trabalhou de perto com a organização do CNCC, fornecendo treinamento e know-how aos participantes, tanto Fonte: no nível nacional como regional. US SABIA QUE …cerc a de 1,5 … milhão novos formara engenheiros s de e m no m undo to em 200 do 4? Nati cinco perguntas para: ...David Andersson, 30, pesquisador de pós-doutorado P&D. David Andersson estuda como os modelos por computador podem ser usados para prever mudanças nas características dos materiais. Em setembro passado, na IMTS de Chicago, ele foi contemplado com o 18.º Prêmio de Materiais Sandvik Coromant. 1. Você Poderia explicar um pouco do seu trabalho? “Todos os materiais são formados por cadeias de átomos, ordenadas de determinada maneira. Na realidade, porém, essas cadeias sempre contêm irregularidades que alteram as características do material. Eu estudo se é possível usar uma modelagem teórica por computador, em vez de experimentos práticos, para prever como essas irregularidades alteram as características, por exemplo, de óxidos, metais duros e nitretos de titânio. 2. Qual é a sua conclusão? “Que é possível usar a modelagem teórica por computador em uma escala mais ampla do que a atual. O uso do computador como complemento aos experimentos práticos pode gerar economia e aprimorar diversos produtos industriais importantes.” 3. Como você gostaria que os seus resultados fossem usados, digamos, daqui a 20 anos? “Uma perspectiva excelente seria se as indústrias envolvidas fizessem mais experimentos David Andersson individuais, orientadas por previsões de simulações por computador. A modelagem por computador poderia gerar avanços e descobertas mais freqüentes que, por sua vez, se observarmos a indústria de usinagem, melhorariam os materiais e as pastilhas e levariam a uma maior variedade de materiais.” 4. O que você fez com o dinheiro do prêmio? “O prêmio foi de 35 mil coroas suecas [3,7 mil euros]. Na verdade, usei parte disso para as minhas férias. Sabe como é, preciso de inspiração para futuras pesquisas...” 5. QUAL É A SUA ATIVIDADE ATUAL? “Trabalho no Laboratório Nacional Los Álamos, nos EUA, localizado a cerca de uma hora de Santa Fé, no Novo México. É um instituto de pesquisa federal, onde trabalho praticamente com as mesmas coisas de antes – modelagem por computador e materiais.” Sobre o Prêmio de Materiais Sandvik Coromant O prestigiado Prêmio de Materiais Sandvik Coromant é oferecido todos os anos. Foi criado para incentivar as pesquisas na área de materiais duros. Uma comissão com representantes de universidades e da Sandvik Coromant escolhe os vencedores. onal Sc ience F oundati on. metalworking world 5 Tecnologia por christer richt DESEMPENHO sem meios-termos: o SOm diz tudo Desafio: Elevar o nível do faceamento com um novo conceito de fresa, abrindo espaço para diferentes versões que satisfaçam demandas específicas. Solução: Uma nova e exclusiva dimensão para as fresas de facear com múltiplas arestas – Nova ferramenta de corte de alta tecnologia. Dentre as operações de fresamento, o faceamento, que consiste na geração de uma área plana em uma peça, é a tarefa mais básica e mais freqüente. Embora relativamente simples, ela envolve um elevado número de fatores. O êxito do faceamento é medido em termos de segurança, produtividade e custos de usinagem, além de vida útil e versatilidade da ferramenta. Hoje, a maioria dos fatores do processo de fresamento foi incorporada no projeto das fresas, deixando que as fábricas escolham e apliquem as ferramentas. No caso de uma fresa dedicada ao faceamento puro, o tipo em 45° é o mais indicado, pois oferece várias vantagens: ➔ Forças de corte balanceadas, axiais e radiais ➔ Boas características de entrada e saída no corte ➔ Aresta de corte robusta para cortes difíceis ➔ Boa capacidade de acabamento superficial ➔ Efeito de afinamento dos cavacos, facilitando faixas de avanço mais altas. anos 90, os conceitos de faceamento avançaram em duas direções. Uma delas dizia respeito ao desempenho, aos resultados e à confiabilidade, com pastilhas quadradas de quatro arestas de corte em um ângulo de posição de 45°. A outra buscava maximizar o número de arestas disponíveis, geralmente oito por pastilha. Mas como os custos das ferramentas repre- Em meados dos 6 metalworking world A CoroMill 345 efetuando uma operação de faceamento em aço. Calços com pontos de apoio que se firmam nos planos das pastilhas deixam as arestas de corte livres e oferecem um apoio rígido durante a usinagem. sentavam apenas 3% dos custos de fabricação, a direção mais adequada foi a versão com pastilha de quatro arestas, especialmente devido às limitações relacionadas ao conceito octogonal na época. Com o tempo, o conceito de fresa de faceamento com quatro arestas CoroMill 245 tornou-se o mais usado e uma referência da indústria, sendo apresentado em duas versões: uma para profundidades de corte até 6 mm e outra para profundidades até 10 mm. Também se adequava a todos os tipos de materiais e operações, de desbaste a acabamento espelhado, em fresas de diâmetros pequenos a grandes. Entretanto, sempre é bom incorporar melhorias também nos custos das ferramentas. Se a CoroMill 245 fosse dotada de oito arestas por pastilha, essa questão seria tratada, mas, segundo o princípio do usuário da CoroMill, o desempenho e a confiabilidade não deveriam ser comprometidos. Hoje, extensos trabalhos de P&D combinaram as duas direções – pastilhas com oito arestas e desempenho inalterado – em um único conceito de fresa de facear. A CoroMill 345 é um novo e exclusivo conceito de fresa de facear que não compromete a confiabilidade, os resultados, a produtividade ou o custo da ferramenta. Essa nova geração de fresas de facear em 45° é equipada com pastilhas dupla face, com quatro arestas de cada lado. a CoroMill 345 e como foi possível unificar todas as propriedades das fresas de facear? Assim como a CoroMill 245, a fresa CoroMill 345 mantém as características de estabilidade e resistência sem concessões. A CoroMill 245 permanece como uma alternativa complementar para algumas aplicações. A pastilha quadrada do conceito da CoroMill 245 é a base de uma tecnologia de pastilha intercambiável do mais alto nível, em que a macrogeometria da fresa e a microgeometria da pastilha se fundem de forma vantajosa. Com a CoroMill 345, a aresta de corte da pastilha tem design avançado, que varia de acordo com a profundidade de corte. Uma inclinação axial mais positiva em pequenas profundidades de corte fornece uma ação Mas o que diferencia de corte suave, com baixa pressão axial por meio de forças de corte na peça. Uma parte mais vertical da aresta entra em ação sucessivamente conforme a profundidade aumenta, conferindo à pastilha uma estrutura mais substancial, para maior segurança, especialmente em cortes mais difíceis. ação de corte inteligente com a duplicação do número de arestas de corte disponíveis por pastilha foi o desafio da CoroMill 345. Ele foi vencido por meio da utilização de uma pastilha com formato básico negativo, com quatro arestas por lado. Calços foram desenvolvidos com pontos de apoio estratégicos para combinar com as faces de saída da pastilha, fornecendo suporte completo para a aresta de corte e estabilidade ao assento da pastilha. O corpo da fresa foi calculado e projetado para um balanço correto do suporte e também para acomodar passos mais finos. A CoroMill 345 tem uma alternativa de passo adicional (HX) que au- Combinar a nova menta a capacidade de remoção de metal com mais dentes no corte. O avanço exclusivo da tecnologia da fresa traz um novo nível de desempenho, como indica o som produzido durante a usinagem. A CoroMill 345 é uma digna sucessora da CoroMill 245, que dominou o faceamento até agora como a primeira escolha para o faceamento de uso geral. resumo A CoroMill 345 é um avançado conceito de ferramenta, ideal tanto para usinagem mista em pequenos lotes como para usinagem dedicada de grandes volumes. Versátil, tem possibilidades de otimização de longo alcance para operações exigentes de desbaste até acabamento espelhado com pastilhas Wiper, seja em máquinas menores de baixa potência ou em máquinas maiores e mais potentes. A CoroMill 345 é uma fresa de facear de uso geral com possibilidades de realizar longo alcance. OBTENDO O MÁXIMO DO FACEAMENTO COM A CoroMill 345 • Procure usar sempre o fresamento concordante, para obter melhor qualidade. • Escolha o diâmetro mais adequado ao corte e à potência disponíveis; geralmente, a largura do corte deve ter dois terços do diâmetro da ferramenta. • Posicione a fresa corretamente em relação ao corte, considerando a entrada e a saída da fresa e garantindo que sua linha de centro não esteja no centro do corte. • Para áreas de faceamento que sejam maiores que o diâmetro da ferramenta, escolha percursos que mantenham a fresa em contato total, o máximo possível. • Ao mudar a direção da ferramenta com a fresa em corte total, inclua o percurso radial da ferramenta para manter o movimento, evitando tendências de contatos e vibrações. • Escolha o passo mais adequado à fresa, a fim de garantir que não haja dentes demais em corte, em termos de disponibili- dade de potência, bem como para garantir que haja dentes suficientes em contato, considerando o potencial de avanço. • Selecione o avanço mais adequado por dente em relação à espessura máxima recomendada para os cavacos, a fim de maximizar o avanço da mesa. • Monitore o desgaste da aresta de corte, a fim de otimizar a vida útil e a segurança da ferramenta, a velocidade de corte e o potencial de avanço. metalworking world 7 gao erqang Operador Mao Xiaoming, da ZPMC: cada guindaste contém em média 70 rodas e 40 pórticos. guindastes, cérebros e muita ambição China. Ao concentrar-se em novas tecnologias, a Shanghai Zhenhua Port Machinery Co melhorou rapidamente suas competências, tornando-se a n.º 1 do mundo dentre os fabricantes de equipamentos portuários. No final de 2007, um navio mercante com 800 anos de idade foi içado do fundo do Mar da China, carregado de artefatos que podem vir a confirmar a existência de uma antiga rota de comércio marítimo entre a China e o Ocidente. A embarcação, apelidada de Nanhai N.º 1, data da dinastia Song (960–1279). Foi descoberta em 1987, ao largo da costa, perto da cidade de Yangjiang, na província de Guangdong, 8 metalworking world submersa a mais de 20 metros de profundidade. O antigo navio foi resgatado com um guindaste flutuante de 4 mil toneladas, fabricado pela Shanghai Zhenhua Port Machinery Co (ZPMC). A ZPMC, fundada em 1992 com apenas 10 trabalhadores, progrediu de maneira impressionante nos últimos 16 anos. O guindaste flutuante usado para resgatar a embarcação de 800 anos de idade é apenas um exemplo da ampla variedade de produtos fabricados por ela atualmente. Hoje, a Zhenhua – que significa ‘rejuvenescer a China’ – emprega 40 mil pessoas globalmente e é considerada a n.º 1 do mundo em fabricação de maquinário para portos, por nove anos consecutivos. Seus guindastes para contêineres têm mais de 70% de participação no mercado global. Em 2007, a empresa aumentou seu valor de produção gao erqang A ZPMC cresceu de 10 funcionários para 40 mil em apenas 16 anos e detém mais de 70% do mercado global. Da esquerda para a direita: Lai Guorong (gerente de vendas de um distribuidor Sandvik Coromant), Zhang Jun (chefe da fábrica de usinagem), Joseph Hu (engenheiro sênior da Sandvik Coromant China responsável pelo Programa de Incremento da Produtividade). As rodas de corrente – peças indispensáveis para os guindastes – ajudam a distribuir a força, enquanto os pórticos ajudam a suportar o peso dos guindastes conforme eles se movem para frente e para trás para realizar diferentes tarefas de carregamento e descarregamento. “Em média, um guindaste pode ter cerca de 70 rodas e 40 pórticos”, destaca Dai Qiwen, vice-gerente geral do Parque Industrial de Changxing. “Rodas e pórticos de boa qualidade garantem o bom desempenho dos guindastes. Assim, a qualidade das classes de torneamento é muito importante para a produção. Em 2007, nossa empresa assumiu o compromisso de que nossos pórticos e rodas teriam uma garantia vitalícia. Para isso, é fundamental garantirmos a qualidade dos produtos.” Atualmente, a ZPMC está discutindo possíveis melhorias na produção com a Sandvik Coromant (veja quadro à página 10). Na produção de rodas, por exemplo, o gao erqang para mais de RMB 21 bilhões (R$ 5,7 bilhões), concretizando uma antiga ambição de ampliar sua presença para os terminais de contêineres do mundo todo. Para dar conta desse rápido crescimento, a gigante estabeleceu bases em Jiangyin, Nantong e Changzhou, três cidades ao longo do rio Yangtze, na província de Jiangsu. Em Xangai, a ZPMC ostenta duas bases em Zhangjiang e na ilha de Changxing, e um parque industrial na ilha. “Com a expansão da ZPMC, fundamos o parque industrial em 2004, onde produzimos sobretudo rodas de corrente e pórticos para os guindastes ZPMC”, explica Yang Xiaohua, vice-gerente geral do Parque Industrial de Changxing. Líder de mercado no mundo A Shanghai Zhenhua Port Machinery Co Ltd é líder mundial em fabricação de guindastes e grandes estruturas em aço. Seus principais produtos incluem guindastes para contêineres portuários, guindastes de pórtico com pneus de borracha (RTGs), carregadores e descarregadores de material a granel em navios, empilhadores e recuperadores de material com caçambas, guindastes de pórtico, guindastes flutuantes, embarcações de engenharia e grandes estruturas para pontes de aço. Fundada em 1992, hoje a empresa tem mais de 40 mil funcionários e seus produtos estão presentes em mais de 70 países e regiões. Seu principal produto, o guindaste para contêineres portuários, tem mais de 70% de participação no mercado global. Em 2007, o valor da produção da ZPMC ultrapassou RMB 21 bilhões, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. A empresa pretende aumentar esse valor para RMB 35 bilhões até 2010. ❯❯ metalworking world 9 As rodas de corrente são peças indispensáveis dos guindastes, ajudando a distribuir a força. Otimização da eficiência ❯❯ parque industrial escolheu a classe de torneamen- to GC4025 da Sandvik Coromant, dentre várias empresas candidatas. “Até agora, ela tem funcionado muito bem, ajudando a liberar os operadores do trabalho manual pesado e aumentando a nossa produção”, conta Zhang Jun, chefe da fábrica de usinagem. Em 2007, quando Zhang e seus colegas viram a GC4225 atualizada e a testaram, puderam perceber que ela ampliaria as aplicações e preencheria a lacuna entre tenacidade e operações resistentes ao desgaste. Os trabalhadores só precisam trocar a nova pastilha uma vez por dia, contra três no caso da pastilha antiga. “Com a nova pastilha GC4225, o número total de pastilhas usadas diminuiu drasticamente, assim como os nossos custos”, observa Zhang. “A nova pastilha tem desempenho excelente, melhorando a nossa eficiência e nos ajudando a atender o aumento do número de pedidos. Excelente!” “Com a nova pastilha, o número total de pastilhas usadas diminuiu drasticamente, assim como os nossos custos.” Zhang Jun, CHEFE DA fábrica de usinagem da ZPMC A fábrica de Zhang elevou a produção para cerca de 3 mil rodas por mês. Segundo Joseph Hu, engenheiro sênior da Sandvik Coromant China responsável pelo PIP (Programa de Incremento da Produtividade), a novidade da GC4225 está em sua cobertura especial, que tem excelente adesão ao substrato. “A nova pastilha atendeu perfeitamente as exigências da ZPMC por produtos de qualidade, otimização da eficiência e inovação tecnológica”, destaca. gao erqang Trabalhadores da ZPMC voltando para casa após um dia de trabalho duro . 10 metalworking world gao erqang gao erqang Todos os meses, a Sandvik Coromant se reúne com a ZPMC para discutir as necessidades da empresa, possíveis melhorias e a forma de utilização das pastilhas. “Conversamos com os operadores e os responsáveis pela fábrica e organizamos treinamentos no próprio local. Ao mesmo tempo, introduzimos produtos que julgamos adequados para eles”, explica Joseph Hu, da Sandvik Coromant China em Xangai. “Como já estavam muito satisfeitos com a antiga pastilha GC4025, no início ficaram relutantes quando introduzimos a nova GC4225”, relembra Lai Guorong, gerente de vendas de um importante distribuidor Sandvik Coromant. “Porém, após um período de testes, conseguiram perceber a excelência da nova pastilha.” Segundo Hu, a novidade da GC4225 é a cobertura especial do substrato. “Além disso, a GC4225 pode garantir alta qualidade de usinagem, gerando mais benefícios econômicos”, acrescenta. “Se os trabalhadores precisam trocar as pastilhas com freqüência, a eficiência da produção e o controle da qualidade são afetados.” Yang Xiaohua (esq.) e Dai Qiwen (dir.), ambos do Parque Industrial Changxing, ZPMC. O foco da empresa em novas tecnologias e inovação impulsionou a rápida expansão da ZPMC. Segundo seu balanço anual de 2007, mais de 2% do faturamento anual foram alocados para pesquisa e desenvolvimento. Esse compromisso com P&D permitiu que a ZPMC superasse seus concorrentes com tecnologias inovadoras, como sistemas de GPS precisos e sistemas de acionamento que economizam energia. A ZPMC é responsável pelo projeto e pela fabricação do primeiro conjunto de guindastes para contêineres portuários capazes de movimentar contêineres de 12 metros com grua dupla, algo que causou uma reviravolta mundial, por melhorar a eficiência portuária em mais de 60%. Conforme o relatório anual, até 2007 a ZPMC tinha recebido 251 pedidos desses guindastes. Em 2007, um guindaste da ZPMC no porto de Yangshan, em Xangai, quebrou o recorde mundial de carregamento e descarregamento de contêineres, elevando o número para 97 por hora. Os guindastes tradicionais conseguem carregar e descarregar somente de 30 a 40 contêineres por hora. No mesmo ano, a ZPMC criou um sistema de carregamento e descarregamento de contêineres totalmente automatizado em sua base na ilha de Changxing, em Xangai, substituindo o tradicional motor a gás por um acionamento elétrico para a transferência de contêineres, reduzindo muito a poluição. Espera-se que o novo sistema aumente a produtividade em pelo menos 50%, reduzindo os custos operacionais de maneira significativa. Agora a ZPMC está adentrando um novo mercado, desenvolvendo equipamentos para exploração de petróleo no mar. “Precisamos ser inovadores e desenvolver novas tecnologias para alcançar uma rápida expansão e melhorar ainda mais”, afirma Dai. rita yao petter lönegård Você compraria um carro potente sem pensar nos pneus que vai colocar neles? investindo certo DESDE O INÍCIO Como preparar suas máquinas para o sucesso Na maioria dos casos, uma nova máquina significa um grande investimento. Com os critérios de produção ideais, que incluem custos com ferramentas, você pode reduzir o tempo de retorno do investimento em 25%. É mais fácil do que se pensa. Se, alguma vez, você já ficou responsável por um grande investimento em máquinas, conhece a cilada: você tem um orçamento para investir em máquinas que não inclui o custo com as ferramentas. Porém, a máquina deve, necessariamente, ser ferramentada, o que demanda, por sua vez, empenho e recursos para tal. Se a questão da ferramentação de uma nova máquina, normalmente cara, não for levada em conta no momento do investimento, a empresa que adquiriu a máquina não conseguirá usá-la de forma ideal, acarretando perda de produtividade e tempos de retorno do investimento desnecessariamente longos. terão um aumento de produtividade de 10% a “Na realidade, as ferramentas representam 15%, geralmente até mais. “Essa produtividaapenas de 3% a 4% do custo de produção de de extra pode valer muito”, afirma Björn Petuma empresa e uma pequena parcela de um tersson, gerente sênior de processos de vendas determinado investimento em máquinas”, obda Sandvik Coromant. “De fato, serva Joakim Westin, agente de nenossos cálculos mostram que, se gócios, Sandvik Coromant. “Mas, ao você conseguir vender todos os proescolher as ferramentas certas, é posdutos fabricados com esse aumento sível economizar muito mais do que de produtividade de 10% a 15%, o isso com o aumento de produção.” tempo de retorno do investimento Experiências do mundo todo mospode cair em 25% – por exemplo, tram que as empresas que fazem a três anos em vez de quatro.” coisa certa desde o início – ou seja, A redução do tempo de retorno que pensam nas ferramentas ao comdo investimento é cada vez mais prar uma máquina – provavelmente Joakim Westin ❯❯ metalworking world 11 Entendendo a economia da manufatura valor O aumento de produtividade aumenta seus ganhos – duas vezes. Este gráfico mostra o custo de produção típico de uma peça. Aumentando a sua produtividade, você produz uma maior quantidade de peças, o que aumenta o custo variável. O custo fixo, porém, permanece o mesmo, aumentando muito o lucro bruto adicional. petter lönegård Lucro bruto Será que eles tornariam o carro mais gostoso de dirigir? Lucro bruto adicional custo fixo custo variável custo variável adicional Produção ❯❯ importante, devido ao crescimento da concorrência mundial. “O uso de máquinas mais avançadas, ou de alta tecnologia, requer, no mínimo, três anos de retorno sobre o investimento. E não adianta investir em novas máquinas e continuar com processos antigos, incluindo ferramentas e métodos de usinagem, pois você não conseguirá o retorno desejado, podendo comprometer todo o investimento realizado”, afirma Pettersson. Tempos de retorno mais longos reduzem a liberdade de escolha para investir naquilo que é necessário no momento. por outro lado, aumentar as vendas usando os recursos existentes pode ser uma tacada comercial brilhante. “Você pode dobrar seu faturamento com a venda das peças adicionais produzidas”, explica Westin. “Mais vendas geram mais receita. O custo variável também cresce, já que acompanha a quantidade de peças produzidas, mas o custo fixo permanece o 12 metalworking world mesmo, independentemente da taxa de produção. Isso significa que é possível produzir mais peças com um menor custo por peça.” (Veja quadro acima.) Mesmo que você não consiga vender um maior número de peças de imediato, uma taxa Perguntas que devem ser respondidas – antes de investir •Tempo de retorno esperado •Quantidade de horas de operação na máquina ao ano •Quantidade de turnos •Relação custo fixo/variável •Custo da máquina por hora. de produção mais alta é nitidamente vantajosa. “Não se pode negar que será difícil, por exemplo, para um fornecedor terceirizado da indústria automotiva, contratado para fabricar 1.000 peças em determinado período, passar a fabricar e vender 1.200 peças de uma hora para outra, só porque é possível”, ressalta Westin. “Se um cliente encomenda 1.000 peças, é porque quer essa quantidade. Mas um incremento de produtividade pode ser vantajoso em outros aspectos. Se você terminar antes do prazo, poderá alocar pessoas e recursos para outros projetos. Poderá pegar mais trabalho ou até fazer o mesmo trabalho usando menos máquinas, ficando livre para vender as redundantes.” “Além disso, você estará disponível quando o cliente tiver um pico de produção e fizer um pedido maior”, acrescenta Pettersson. A Sandvik Coromant oferece uma ferramen- ta de cálculo on-line para ajudar os fabricantes “Atingimos a meta fixada” “Você pode dobrar seu faturamento com a venda das peças adicionais produzidas.” que estão em vias de fazer grandes investimentos. Você começa respondendo algumas perguntas sobre o investimento planejado e sobre a estrutura de produção da empresa. As respostas são usadas para calcular o tempo de usinagem que pode ser economizado em cada peça. Em seguida, o resultado é apresentado em termos das possibilidades de aumento de produtividade, de melhora de resultados e de redução do tempo de retorno do investimento. “A calculadora é fruto de pesquisas feitas em conjunto por nossos economistas e técnicos, que trabalham com as máquinas de nossos clientes diariamente”, enfatiza Westin. “Ela é útil para quem quer ter uma idéia inicial daquilo que um investimento em máquinas vai produzir e das melhorias que precisam ser feitas para se aumentar a produtividade.” Björn Pettersson Mas por que fazer uma parceria com a Sandvik Coromant? “Você conhece bem o seu próprio negócio”, Westin responde. “Mas a Sandvik Coromant tem grande conhecimento sobre produtividade e processos de usinagem semelhantes no mundo todo. Analisando a sua situação por vários ângulos, podemos ajudá-lo a fazer o melhor investimento.” Como diz Pettersson, não importa como você vai tirar proveito da produtividade ideal. A questão é a flexibilidade. “Pode ser que você não venda muito mais de uma vez, mas a produtividade ideal lhe dá liberdade para aplicar o tempo e os recursos da sua empresa em outras coisas”, destaca. Por que amarrar os seus recursos a uma produção desnecessariamente lenta?” johan andersson TESTE a calculadora em www.payback-calculator.com Luigi Ardesi é responsável pelo departamento de engenharia de aplicações e pela divisão de máquinas em operação da Innse Berardi, fabricante de máquinas da Itália. “Fabricamos uma ampla gama de produtos, incluindo linhas de transferência, centros de usinagem horizontais High Speed, tornos horizontais de grande porte e centros de fresamento e torneamento. Trabalhamos com uma variedade de setores, como aeroespacial, de energia, equipamentos de terraplenagem e aplicações automotivas. Recentemente você trabalhou em um projeto interessante com um cliente russo. Como foi? “É uma empresa que produz vagões ferroviários. Para implementar a produção, a empresa precisava instalar três máquinas de mandrilar horizontais e as respectivas mesas rotativas. A Sandvik Coromant forneceu todas as ferramentas e também desenvolveu algumas ferramentas especiais para resolver problemas relacionados à usinagem de aços difíceis e escoamento de cavacos grandes. Nós e os técnicos da Sandvik Coromant tivemos várias reuniões, tanto na Rússia como aqui na Itália.” Como você e a Sandvik Coromant se uniram nesse projeto? “Tanto nós como a Sandvik Coromant temos uma parceria de longo prazo com o cliente. Já temos uma excelente cooperação há anos.” Esse não é seu único projeto com um cliente russo. “É verdade. Uma empresa russa que fabrica carcaças para turbinas está prestes a comprar uma máquina nossa equipada com ferramentas da Sandvik Coromant. Esse é outro projeto em que nós e os técnicos da Sandvik Coromant nos reuniremos várias vezes na fábrica do cliente.” Qual é o impacto dessa cooperação? “O que permitiu que o projeto da Rússia funcionasse bem foi a grande ajuda da Sandvik Coromant de lá. A cooperação entre a Innse- Berardi, a Sandvik Coromant e o cliente final ajudou a atingir a meta de ferramentas, que é especialmente crítica para um insumo tão importante com um número tão grande de ferramentas especiais.” Como vocês usam essa parceria com o fornecedor de ferramentas de corte ao investir em novas máquinas? “Pedimos para compartilhar o método e as ferramentas analisadas para a peça a ser usinada. As ferramentas são escolhidas de acordo com os dados técnicos de torque/ potência da máquina e outros dados relacionados, a fim de melhorar a produtividade.” De que forma essa parceria com o fornecedor de ferramentas pode melhorar seus investimentos? “Com a crescente demanda por máquinasferramenta, a cooperação torna-se vital. Sempre requisitamos os métodos de usinagem mais variados e recentes – desde estruturas de escavadeiras até carcaças de turbinas, passando por rotores e detalhes do setor automotivo. Pedimos às empresas com as quais temos parcerias respostas e estudos sobre tópicos bem específicos. Em regiões como a China e a Rússia, por exemplo, essa parceria é fundamental.” Luigi Ardesi “retorno muito mais rápido do investimento.” Jim Lee é diretor de serviços de fabricação da Mitchel & Scott Machine Company em Indianapolis, Indiana, nos Estados Unidos. “Há bem pouco tempo, compramos um torno Wasino JJ1, robotizado com fuso duplo, no qual estamos fazendo operações de torneamento e mandrilamento em materiais mais duros para produção de peças para motores a diesel. Usamos a Sandvik Coromant para analisar os nossos processos e ajudar a melhorar o desempenho das nossas ferramentas.” Qual foi o impacto dessa cooperação? “Reduzimos os tempos de ciclo, prolongamos a vida útil das ferramentas, diminuímos os custos gerais Jim Lee com ferramentas e chegamos a um processo muito mais consistente.” Você recomendaria a outras pessoas que fizessem o mesmo? “Sim! Com essa parceria, o setup inicial e a fase decisiva não poderiam ter dado mais certo. Essa escolha nos ajudará a obter um retorno muito mais rápido do investimento.” Descreva a sua empresa. “Trabalhamos com o mercado de caminhões pesados com motores a diesel e peças de transmissão, e também com alguns segmentos das indústrias automotiva, hidráulica, de controle do movimento, naval, médica e de energia.” metalworking world 13 TecnologIA por Elaine McClarence surpreendente! Desafio: Como lidar de maneira eficiente com aplicações que exigem usinagem pesada ou difícil? Solução: Utilizando o acoplamento Coromant Capto C10 – o maior da série. recente em termos de fabricação tem sido o aumento dos dados de corte para atender o crescimento das demandas de produtividade. Isso vale especialmente para uma série de operações de usinagem pesada, que representa um negócio crescente em vários setores da indústria. Para ajudar a alcançar melhorias de produtividade, a Sandvik Coromant ampliou a linha standard de seu sistema de ferramentas modular, acrescentando o acoplamento Coromant Capto de tamanho C10. Ele foi projetado para beneficiar as empresas que precisam realizar operações de usinagem pesada e/ou têm aplicações que envolvam materiais difíceis de usinar. A introdução do tamanho C10 oferece uma plataforma de ferramentas estável que aceita dados de corte mais altos. Ele também oferece as mesmas vantagens do conceito de ferramentas modulares, enquanto proporciona novos níveis de desempenho sob condições difíceis. Uma tendência Como sugere sua designação, o C10 é um acoplamento com 100 mm de diâmetro que supera a linha anterior de acoplamentos C8 e oferece aos fabricantes a oportu- 14 metalworking world nidade de usar as soluções de ferramentas modulares Coromant Capto em novas áreas de aplicação. Para operações de usinagem com pastilhas intercambiáveis grandes, oferece uma solução de ferramental mais eficiente, aliada a grande rigidez, alta precisão nas trocas e fácil manuseio. O diâmetro aumentado tem um importante papel nesse sentido, já que confere maior rigidez de deflexão. O C10 é um importante complemento da linha standard, pois muitas vezes é necessário usar ferramentas com longos balanços combinadas com dados de corte benefícios • Estável • Resistente • Melhor transmissão de torque e forças de deflexão • Capacidade de aceitar dados de corte elevados • Batimento radial mínimo e altura de centro garantida • Maior produtividade. elevados. Neste caso, os acoplamentos C8 não conseguem atender as exigências de resistência das operações que exigem maior transmissão de torque ou maior rigidez de deflexão. na indústria aeroespacial, o aumento do uso de materiais tais como titânio e superligas resistentes ao calor (HRSA) para atender as exigências de aplicações extremas criou uma classe de materiais mais duros, mais difíceis de se trabalhar, menos sensíveis ao calor e/ou mais resistentes à corrosão e à fadiga. Reiterando, eles são mais difíceis de usinar, o que exige que os fabricantes vençam o desafio de usinarem peças com dados de corte elevados e, ao mesmo tempo, aumentem a produtividade. O C10 é um acoplamento estável e resistente que consegue suportar potência, graças à sua maior e inerente rigidez de deflexão. Por esse motivo, pode ser usado quando há necessidade de ferramentas muito longas e/ou muita rigidez. Assim como os outros acoplamentos standard da família, o C10 se baseia em um acoplamento com face de contato que Além disso, Estudo de caso O Coromant Capto C10 já está sendo instalado em tornos verticais, normalmente com troca automática de ferramentas, mas também com sistemas de fixação manual. Em particular, o C10 está sendo usado por diversas empresas que fornecem peças para os setores ferroviário, de geração de energia e aeroespacial. Em uma aplicação para produção de conjuntos de rodeiros em máquinas Hegenscheidt, houve necessidade de usinagem pesada com pastilhas intercambiáveis grandes. Embora as ferramentas modulares requeiram um maior investimento inicial do que as ferramentas convencionais, a considerável economia gerada pelo aumento da produção e pela melhor utilização dos equipamentos mais do que compensou o investimento. Desde a introdução do Coromant Capto, ficou mais fácil usinar as peças, sem flutuações de qualidade e com excelente repetibilidade. São usados conjuntos de ferramentas intercambiáveis, o que dispensa medir as ferramentas repetidamente, embora as máquinas também permitam isso. O acoplamento C10 foi escolhido porque, mesmo usando 100 kW de potência, oferece reservas de estabilidade suficientemente grandes para permitir a geração de forças de corte acima da média. resumo posiciona as ferramentas por meio de um polígono cônico autocentrante. O acoplamento oferece estabilidade máxima, graças às duas faces de contato e à conexão por interferência. Apesar de ter sido projetado para fabricar peças grandes ou pesadas, as mesmas vantagens da troca rápida e da modularidade das ferramentas valem para as operações de furação, fresamento e torneamento. De fato, a troca de ferramentas é cinco vezes mais rápida do que a das ferramentas convencionais, além de exigir menos tempo para correção de ferramentas e cortes de referência. O Coromant Capto C10 é um acoplamento de 100 mm que supera os acoplamentos Coromant Capto anteriores. Aspectos técnicos • 100 mm de diâmetro • Polígono cônico autocentrante • Duas faces de contato • Encaixe de pressão evita folga no acoplamento • Disponibilidade de troca automática de ferramentas. O acoplamento C10 amplia a linha standard do sistema de ferramentas modulares Coromant Capto, permitindo que os fabricantes realizem a maioria das operações de usinagem de maneira mais eficiente em materiais difíceis, como titânio ou HRSA, ou oferecendo uma plataforma para aplicações de usinagem pesada, como nos setores aeroespacial, de geração de energia e de ferrovias. O C10 é um acoplamento estável e robusto, capaz de lidar com forças elevadas nas exigentes operações de usinagem pesada. O Coromant Capto C10 oferece a mesma flexibilidade, troca rápida, modularidade e padronização de ferramentas que o conceito tradicional de ferramentas modulares e amplia essas vantagens para todas as máquinas envolvidas em aplicações pesadas. metalworking world 15 getty images ESPECIAL ALEMANHA: PIONEIROS da energia eólica Girando ao vento Alemanha. A participação da energia eólica na quantidade total de energia produzida no mundo está crescendo constantemente. A Alemanha, pioneira no setor, hoje fornece turbinas e experiência tecnológica. Esse boom, porém, criou uma falta acentuada de capacidade de produção. por Luise Steinberger quando um novo moinho de vento surgia na paisagem, geralmente ele havia sido instalado por algum fazendeiro que, não raramente, era taxado de “ecologista louco”. Naquela época, dificilmente alguém pensaria que, em duas décadas, a energia eólica se tornaria uma das áreas mais promissoras para a engenharia industrial ou que a Alemanha seria uma das principais inovadoras do setor. As turbinas eólicas em uso atualmente no mundo todo têm uma capacidade total instalada de cerca de 93.849 MW (2007). Quase um quarto dessa capacidade – 22.250 MW – está na Alemanha. Agora, o primeiro boom no país pioneiro em energia eólica terminou. Em 2007, EUA, Espanha e China (quadro ao lado) quebraram o recorde de nova capacidade instalada estabelecido pela Alemanha em 2002. Entretanto, a modernização de antigas turbinas eólicas com os modelos mais novos e potentes deve produzir um segundo boom da energia eólica na Alemanha. Há vinte anos, 16 metalworking world “Há um enorme potencial aqui”, relatou Ralf Bischof, diretor-executivo da Associação Alemã de Energia Eólica. “Vai levar alguns anos até que a modernização alcance seu boom eólico NO MUNdo • O recorde alemão de instalação de nova capacidade de energia eólica (3.244 MW) foi quebrado por três países em 2007. Naquele ano, os EUA agregaram 5.244 MW, a Espanha, 3.515 MW e a China, 3.499 MW. • Os mercados que cresceram mais rápido de 2006 a 2007 foram a China, com 127% de crescimento, e os EUA, com taxa de crescimento de 45%. • Outros países com forte crescimento no período foram a França e a Índia. pleno potencial.” Também se espera que outro importante elemento no desenvolvimento da energia eólica seja a expansão de turbinas off-shore, ou parques eólicos. Segundo especialistas do setor, hoje há uma falta acentuada de capacidade de fabricação de peças cruciais de grande formato, como rolamentos, caixas de câmbio e geradores. se dedica a apoiar o desenvolvimento de empresas de fabricação no setor eólico, afirma Kenneth Sundberg, vicepresidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Sandvik Coromant Alemanha. “Somos especializados em produtividade e agora estamos trabalhando em soluções que levarão não só a uma maior utilização da máquina como também a uma vida útil mais longa”. A empresa tem apostado na usinagem de rodas de engrenagens como uma aplicação fundamental na produção de peças para a indústria de turbinas eólicas e formou uma A Sandvik Coromant A 100 metros do solo, trabalhadores instalam o maquinário de uma turbina eólica de 2,3 MW em um campo eólico próximo de Halle, no leste da Alemanha. “Vai levar alguns anos até que a modernização alcance seu pleno potencial.” Ralf Bischof, diretor executivo da Associação Alemã de Energia Eólica rede global de especialistas para reunir experiências e chegar a novas soluções. Devido à capacidade de produção limitada em países como a Alemanha, espera-se que o desenvolvimento de novos mercados e produtos resulte em novas unidades de produção. Por exemplo, as turbinas eólicas instaladas atualmente geralmente têm capacidade para 2 a 3 MW, embora modelos de 5 a 6 MW, principalmente para parques eólicos off-shore, estejam quase prontos e os fabricantes já estejam trabalhando em turbinas ainda mais potentes. De acordo com as previsões mais recentes, até o ano de 2017, a capacidade instalada no mundo deve chegar a cerca de 718.000 MW. Os governos estão criando regulamentações consistentes, ajudando a eliminar fatores de desestabilização no mundo todo. Nos EUA, decisões sobre se os incentivos fiscais devem ser ampliados a longo prazo e terão um impacto decisivo na quantidade de turbinas eólicas instaladas nos próximos anos. será preciso criar regras de longo prazo para dar aos investidores a segurança necessária para garantir o desenvolvimento estável da energia eólica no país. Na Alemanha, a recente reformulação da lei de compensações para produtores de energia eólica levou a um impulso repentino de otimismo no setor. Na Índia, metalworking world 17 Christoph Papsch ESPECIAL ALEMANHA: Christoph Papsch PIONEIROS da energia eólica O operador Juergen Kamien manuseia um estator acabado que será usado em caixas de câmbio de turbinas eólicas. Novas máquinas, processos otimizados A virada do século trouxe uma nova era para a Lenz Zerspanungstechnik, fabricante de peças de grande porte para turbinas eólicas. 18 metalworking world a 1.850 mm. Em seguida, a peça caixa de câmbio gire junto com o é solta da fixação e precisa eixo. Para fabricar essas peças, repousar durante 24 horas, para que medem mais de 2.500 mm de que a tensão da peça fundida uma ponta à outra, são necessárias seja liberada. Depois disso, a pelo menos duas operações, peça é acabada na segunda envolvendo duas montagens. operação. O segundo lado é “Primeiro, o blank fundido é fresado, furado e alargado por desbastado de um lado. Em completo. Todos os encaixes e seguida, a peça é alinhada sobre superfícies de referência são um dispositivo, para compensar Michael Becker, gerente de concluídos com uma única variações produzidas na fundiprodução. fixação, para que não ocorra um ção”, explica Becker. erro em cima do outro”, completa. “Durante o processo, é importante evitar qualquer deformação no blank. Então, o primeiro lado é fresado com todos os furos do Quando a Lenz começou a trabalhar com encaixe tendo sido usinados previamente. contratos de energia eólica, as peças de 2,5 Estamos falando de diâmetros que vão de 500 toneladas precisavam ser transportadas por Christoph Papsch (Lenz Tecnologia de Usinagem) é uma autêntica empresa familiar que cresceu muito nos últimos anos. Em 2000, o gerente de produção Michael Becker entrou para a empresa, com uma longa experiência em produção seriada, e as coisas começaram a acontecer muito rapidamente. Um contrato de fornecimento de peças em produção seriada para a indústria automobilística gerou mais contatos e, em 2002, fabricantes de turbinas eólicas bateram à porta. Hoje, a empresa passa parte de seu tempo usinando estatores para um grande fabricante alemão de caixas de câmbio para turbinas eólicas. Porém, ela fabrica principalmente braços de torque de reação – a peça que absorve a energia que vem das pás do rotor e evita que a Lenz Zerspanungstechnik tudo começou com um único homem A Lenz Zerspanungstechnik nasceu em Colônia em uma estufa. “É assim que as empresas cresciam naquela época, quando meu pai começou”, conta Peter Lenz, atual dirigente da empresa. Helmut Lenz, seu pai, comprou uma máquina de torneamento em meados da década de 1960 e abriu um negócio. Logo comprou outra máquina de torneamento e os negócios continuaram crescendo, pouco a pouco. Em 1990, a empresa se mudou para Godorf, área industrial de Colônia, onde comprou seu primeiro centro de usinagem CNC. Em 2000, lançou-se pela primeira vez na produção em série para a indústria automobilística. Em 2002, a Lenz começou a fabricar braços de torque de reação para turbinas eólicas. Hoje a empresa tem 40 funcionários. O operador Andre Schneider trabalhando em uma máquina de medição 3D ultramoderna, comprada para simplificar a fabricação dos braços de torque de reação de 2,5 toneladas. Desde o início, era vital que o investimento Christoph Papsch nas três máquinas gerasse os aumentos de produtividade desejados e planejados. Para garan- lhando nisso passo a passo. Prosseguiremos da mesma forma quando tivermos novas peças”. tir isso, a empresa decidiu limitar-se a dois fornecedores de ferramentas. “Antes, tínhamos que dar muitos telefonemas para obter as Como as peças são grandes e os tempos de peças de reposição de muitos fornecedores usinagem são longos, ainda há um potencial diferentes”, relembra Peter Lenz, diretor da considerável para maior otimização. “Em uma Lenz. A empresa estreitou o contato com o redas peças, conseguimos reduzir o tempo de presentante autorizado da Sandvik Coromant, usinagem de oito para cinco horas”, destaca a PPW Handel, em Marienheide. Peter Lenz. Para uma empresa Por recomendação da PPW, a pequena como a Lenz, otimizaLenz também pediu que a ção e aumento de produtividade Sandvik Coromant otimizasse o representam praticamente as desempenho das máquinas Pama únicas maneiras de expandir. recém-compradas. “Começamos “Não podemos pensar em seis meses antes da entrega das expandir para instalações máquinas”, conta Peter Pflitsch, maiores”, assinala Peter Lenz. diretor da PPW. Klaus Bussmann, “Mesmo considerando somente gerente de vendas técnicas da a duração da mudança, as nossas PPW, explica: “As ferramentas máquinas ficariam ociosas por Peter Lenz, diretor da Lenz Zerspanungstechnik. foram escolhidas e projetadas algumas semanas e um fornececom as especificações de corte e dor do nosso porte não pode todo o necessário para as peças específicas que permitir isso.” seriam fabricadas nas máquinas”. Logo depois Mas o futuro parece cor-de-rosa. “Na atual de instaladas, as máquinas foram equipadas situação de mercado, uma entrada de pedidos com as ferramentas mais adequadas e, em estável para os próximos dois anos deve ser seguida, otimizadas. “Continuamos trabaviável”, prevê Becker. Christoph Papsch 300 km até a cidade de Boxberg, para serem medidas em uma máquina CNC. Durante três anos, a empresa esforçou-se além de seus li mites. Era preciso uma mudança fundamental para que ela pudesse organizar melhor seus processos de produção e atender os padrões de qualidade cada vez mais rigorosos e os pedidos cada vez mais numerosos e volumosos. A Lenz deu um salto importante e adquiriu duas máquinas de mandrilar horizontais Pama e uma máquina de medição 3D ultramoderna. lenz zerspanungstechnik O desafio A necessidade: Equipar duas máquinas de mandrilar Pama recém-adquiridas para fabricar braços de torque de reação para turbinas eólicas. A solução: Furação: CoroDrill 880, bom desempenho e, ao mesmo tempo, a estabilidade necessária. Mandrilamento: CoroBore 820, uma ferramenta com três arestas. Fresamento: Praticamente todas as ferramentas de fresar da Sandvik Coromant foram utilizadas, especialmente a CoroMill 365 e a CoroMill 390, com novas classes, como a GC1020, e a CoroMill 245 com uma pastilha Wiper para acabamento. Sistema de fixação: Coromant Capto. O resultado: Redução dos tempos de usinagem e otimização da estabilidade, tanto com as ferramentas como com o Coromant Capto. A estabilidade proporciona menores níveis de desgaste e, como conseqüência, vida útil mais longa para as pastilhas. metalworking world 19 Christoph Papsch ESPECIAL ALEMANHA: PIONEIROS da energia eólica caçadores de produtividade Fornecedora de peças de unidades de câmbio para turbinas eólicas e outras aplicações, a Siemens Mechanical Drives de Bocholt precisa atender uma demanda crescente em termos de entregas e padrões de qualidade. de peças Flender AG em Bocholt (do setor Indústria da Divisão Drive Technology da Unidade de Negócios Mechanical Drives da Siemens AG) fica localizada perto de Düsseldorf, no noroeste da Alemanha. Ela foi integrada à Siemens há apenas três anos. A unidade de Bocholt fornece peças principalmente para unidades de montagem dentro do Grupo Siemens, mas atende clientes externos também. O desenvolvimento da unidade está alinhado com a crescente necessidade de infra-estrutura, energia e preservação do meio ambiente. A Mechanical Drives oferece equipamentos de transmissão de energia mecânica e elétrica, usados na indústria de engenharia mecânica, no processamento de matérias-primas, em tecnologias de transporte e na produção de energia. A linha de produtos da unidade se concentra em tecnologias para unidades de câmbio e abrange desde acoplamentos e unidades de câmbio para turbinas eólicas e outras aplicações industriais até motores com engrenagens e unidades de câmbio de grande porte para navios. A planta de Bocholt é especializada na fabricação de peças de transmissão de torque, com diâmetros de até 3 metros, incluindo peças com engrenagens, tais como engrenagens helicoidais, engrenagens de dentes retos, eixos de pinhão e engrenagens internas. Como a unidade de Bocholt fabrica peças para um setor industrial crescente, medidas para aumentar a produtividade fazem parte da 20 metalworking world Christoph Papsch A unidade de fabricação A equipe avalia um anel com dentes internos. A partir da esquerda: Rudolf Kloos, líder da equipe de produtividade, Sandvik Coromant; Udo Stoehler, programador CNC; Michael Garcia, responsável pelo processo de melhoria contínua; Ahmet Cinar, operador de máquina, e Daniel Bergerfurth, gerente de produção. rotina. Para aliviar um gargalo na pré-usinagem de engrenagens internas, a unidade optou por uma parceria com a Sandvik Coromant para um Programa de Incremento da Produtividade (PIP). “A Sandvik Coromant trabalha conosco há muito tempo e temos tido muito sucesso com ela em outras áreas usando esse tipo de projeto. Não tínhamos dúvida de que aproveitaríamos esses êxitos anteriores”, afirma Daniel Bergerfurth, gerente de produção. OS DENTES internOs são feitos a partir de anéis laminados, que são torneados e man- drilados antes que os dentes da engrenagem existentes sejam fresados e retificados em preparação para o acabamento. O Programa de Incremento da Produtividade focou as primeiras etapas do processo de usinagem, precedendo o corte efetivo das peças, explica Bergerfurth. “Examinamos nossos processos nos centros de usinagem DoerriesScharman”, diz. As pessoas envolvidas se conheceram pela primeira vez em novembro de 2007. Depois disso, a Sandvik Coromant passou uma semana analisando in loco os processos de produção, agindo inicialmente como observadora silenciosa. Líder em produção A Siemens Mechanical Drives é líder global na fabricação de peças para equipamentos de transmissão de energia mecânica. A empresa foi fundada em 1899 como A Friedr Flender & Co em Düsseldorf. Em 2005, o Grupo Flender foi comprado pela Siemens AG. Agora, a unidade sediada em Bocholt é conhecida como unidade de negócios Mechanical Drives e é uma das cinco unidades que formam a divisão de Tecnologia da Siemens AG, que por sua vez pertence ao setor de Indústria da empresa. Rudolf Kloos, líder da equipe de produtividade da Sandvik Coromant, explica: “Começamos um Programa de Incremento da Produtividade como esse com uma análise de especialistas. Descrevemos como as coisas estão e, em seguida, desenvolvemos idéias e conceitos sobre como o processo pode ficar depois de algumas mudanças. Em seguida, apresentamos tudo isso para o cliente.” Junto com a gerência da fábrica, a equipe da Sandvik Coromant estabeleceu que havia potencial para aumentar a produtividade. “Iniciamos o projeto com a meta de aumentar a produtividade em 20%”, explica Bergerfurth. “No Daniel Bergerfurth, gerente de produção da unidade de negócios fabricação de peças. final, alcançamos um aumento de 22%, que ocorreu graças à redução dos tempos de setup e do tempo necessário para usinagem e também por meio da otimização das áreas de trabalho”. Além de alterações nas máquinas, a equipe conseguiu diminuir a quantidade de etapas realizadas pelos operadores, por exemplo. Antes do início da fase experimental e de testes, as possíveis melhorias foram detalhadas em um workshop com todos os funcionários envolvidos. Cinco operadores da máquina em questão, juntamente com programadores e o chefe do departamento, discutiram as mudanças planejadas ao longo de três dias – tudo sob orien- tação de Michael Garcia, responsável pelo processo de melhoria contínua. “A questão era convencer nossos colegas de que eles não trabalhariam mais, e sim de forma mais eficiente”, conta Garcia. “Mudanças como essas só podem ser realizadas quando todos os funcionários estão no mesmo barco, e é claro que a Sandvik Coromant precisava nos dar as ferramentas adequadas.” Em um processo desses, é importante que os operadores da máquina em questão vejam uma melhora no ambiente de trabalho deles. Neste caso, uma unidade Polo que fornecia água resfriada para a máquina foi movida, eli- ❯❯ metalworking world 21 ❯❯ minando odores desagradáveis que incomodavam os operadores, sobretudo no verão. Essa mudança deixou mais espaço para o setup da máquina e para o manuseio das peças. Após a fase do workshop veio uma fase de testes práticos. Durante seis semanas, as mudanças sugeridas nas ferramentas e nos processos foram testadas sistematicamente. “Via de regra, são necessárias seis semanas para realizar testes em quantidade suficiente”, esclarece Bergerfurth. “Passo a passo, determinamos as áreas em que os dados de corte com relação à faixa de avanço, velocidade de corte e desgaste são tais que podemos obter um patamar de otimização geral. Embora nem todos os testes tenham obtido um resultado positivo, toda a experiência ganha foi necessária para estabelecer os limites dos nossos processos.” Nenhuma grande alteração foi feita nas ferramentas utilizadas. As ferramentas disponíveis foram atualizadas para os padrões tecnológicos mais recentes e equipadas com pastilhas intercambiáveis poderosas, dotadas da geometria mais eficaz. Usando esses novos materiais de corte, foi possível obter velocidades de corte e faixas de avanço mais altas. Christoph Papsch A visão perspicaz das pessoas de fora proporcionou outra chance inesperada de otimização, assinala Bergerfurth. “Projeto e engenharia O operador Johannes Lamers trabalha em uma engrenagem com anéis internos. 22 metalworking world que levem em conta a fabricação e a funcionalidade são elementos muito importantes das nossas medidas na área de produtividade e melhoria. As conversas com os engenheiros de projeto nos deram a idéia de adaptar determinadas qualidades de superfície às exigências e, assim, otimizar os valores de corte.” Combinando melhorias no ambiente de trabalho, alterações de projeto e, sobretudo, novas pastilhas intercambiáveis e novos materiais de corte, a fábrica pôde aumentar ainda mais os níveis de eficiência. Claro que o trabalho não pára por aí. Em um setor industrial em expansão, como é o caso do setor de energias renováveis, há uma constante demanda por novas habilidades e maior capacidade. “Para nós, aumentar a produtividade está sempre em pauta”, afirma Bergerfurth. “Para concluir projetos no setor de energia eólica, é necessário um conhecimento bastante aprofundado. Foi por isso que chamamos a Sandvik Coromant. Queremos poder contar com um fornecedor competente, que tenha a qualificação de que precisamos em tecnologias de ferramentas, além de extensos conhecimentos e longa experiência, para que possamos levar adiante esses projetos em curto espaço de tempo e a longo prazo.” Isso já está acontecendo de certa forma. Por sugestão de Rudolf Kloo, a fábrica introduziu uma planilha para registrar ocorrências anormais, que relaciona cada interrupção na operação de três máquinas, a fim de identificar a raiz de falhas que são pequenas, mas continuam acontecendo repetidamente. “A principal lição que tiramos desse projeto é que devemos registrar os dados das nossas máquinas continuamente”, destaca Bergerfurth. “Se deixarmos vários pequenos detalhes passarem na nossa rotina diária, estaremos permitindo a perda de potencial aqui e ali, o que no final pode se transformar em algo grande.” SIEMENS MECHANICAL DRIVES O desafio A necessidade: Otimizar as operações de torneamento e mandrilamento na primeira etapa da produção de dentes internos para unidades de câmbio de turbinas eólicas. A solução: Alterar a disposição das máquinas umas em relação às outras. Usar novas pastilhas intercambiávei e novos materiais de corte. Pequeno ajuste no projeto. O resultado: Aumento de produtividade de 22%. Tecnologia por christer richt CoroMill 316: versatilidade para um mundo em transformação A CoroMill 316 leva o conceito de fresas com cabeça intercambiável a uma nova geração de ferramentas. Desafio: Melhorar a produtividade e a versatilidade do fresamento de topo em operações com ferramentas de diâmetros pequenos a médios. Solução: Um novo acoplamento exclusivo para a ferramenta, destaque de uma nova linha de fresas de topo com cabeça intercambiável. O conceito de fresa de topo com cabeça intercambiável está começando a se difundir por vários motivos. Primeiro, cada vez mais operações de fresamento de topo precisam de fresas de tamanho médio para operar em máquinas de baixa potência. Outro motivo é que as fábricas estão valorizando a versatilidade das ferramentas e um número crescente de operações de fresamento exige alcance com estabilidade. Além disso, algumas ferramentas com pastilhas intercambiáveis precisam da ação de corte das ferramentas inteiriças de metal duro. Finalmente, a maioria das fábricas deseja minimizar o manuseio, o custo com ferramentas e o estoque. Por isso foi desenvolvida a nova linha de fresas CoroMill 316. Com um histórico de desenvolvimento de acoplamentos para ferramentas – foi pioneira em pastilhas intercambiáveis para ferramentas modulares – agora a Sandvik Coromant introduziu um sistema de fresa de topo com cabeça intercambiável, com um acoplamento exclusivo. Baseado no consagrado e moderno programa de fresas de topo inteiriças de metal duro CoroMill Plura, o conceito de cabeça intercambiável é dotado de tecnologia de ponta. Trata-se de uma linha de fresas com capacidade comprovada para otimizar a maioria dos tipos de operações com fresas de topo ao longo de toda a usinagem. Porém, uma fresa inteiriça de metal duro é uma unidade relativamente grande, feita de um material caro na aresta de corte, que precisa ser projetada como um todo. Geralmente, só a parte cortante é necessária. É isso que está por trás do conceito. o conceito de fresa com cabeça intercambiável funcione bem, é necessário um acoplamento muito confiável e preciso entre o topo de metal duro e a haste de aço. O desempenho, a segurança e os resultados dependem diretamente da qualidade do acoplamento. Na CoroMill 316, o acoplamento é baseado em uma nova rosca de parafuso autocentrante, patenteada. Isso mantém firme a cabeça Porém, para que intercambiável contra a face do suporte axial vital e também contra o suporte radial cônico. O acoplamento é único em resistência e manuseio, com capacidade de corte de canal em cheio, precisão de poucos centésimos de milímetro e posicionamento fácil e seguro. resumo A ferramenta CoroMill 316 une as vantagens das ferramentas intercambiáveis e das ferramentas inteiriças de metal duro na forma de uma fresa de topo. A haste de aço funciona como um porta-ferramenta, enquanto a cabeça da fresa é a parte “intercambiável” da ferramenta. Vários topos podem ser conectados à haste da ferramenta, proporcionando versatilidade operacional e dedicação, além de melhorar os custos e o manuseio da ferramenta. metalworking world 23 Tratamento térmico de facas longas na Ravne Knives, um dos principais fabricantes mundiais de facas industriais. Richard Surman SOLUÇÕES de ponta Eslovênia. Com produtos feitos sob medida para um público global, a Ravne Knives busca melhorar constantemente a qualidade e a produtividade. Seus avanços mais recentes foram obtidos com o uso da CoroMill 490. Localizada na Eslovênia, região com 400 anos de história na produção de aço, a Ravne Knives é hoje um dos líderes mundiais na fabricação de facas industriais. A empresa faz parte do SIJ (Grupo Siderúrgico da Eslovênia), o qual, por sua vez, pertence à IMH – Industrial Metallurgical Holdings. O SIJ engloba 24 metalworking world seis diferentes empresas, cujos produtos e serviços vão desde placas de aço longas de alta qualidade até materiais consumíveis para solda, facas industriais e treinamento de trabalhadores com deficiência. A Ravne Knives produz facas para a indústria da madeira. Suas aplicações incluem facas para laminados de madeira, facas para trituração de madeira e celulose e para a indústria metalmecânica – facas para corte de metais e lâminas de cisalhamento, facas para as indústrias de papel e gráfica e para as indústrias de borracha, couro e plásticos. A empresa é capaz de fabricar facas retas com até seis metros de Richard Surman Richard Surman Facas acabadas com canais abertos fresados. Mais de 40% das facas Ravne precisam de canais, sejam abertos ou fechados. Simon Kupljen, representante da Sandvik Coromant (esq.), e Maks Klemenčič, programador CNC da Ravne Knives, discutem possibilidades de fresamento. A fabricação de facas industriais requer os mais altos níveis de especificação e produção. Egidij Hudrap, responsável por tratamento térmico, mostra com orgulho o moderníssimo forno a vácuo da empresa. Ele enfatiza que a Ravne Knives é um bom exemplo de “síntese entre alta tecnologia e habilidade artesanal”. O diretor comercial Janko Miklavc reforça Depois disso, começamos a olhar essa idéia: “Estamos sempre mais para o ocidente”, conta buscando o ponto ótimo entre Miklavc. dureza e tenacidade. Para nosso As vendas aumentaram diretor executivo, Darko Ravlan, é rapidamente para os mercados da o tratamento térmico que dá alma à Alemanha, Itália, Escandinávia, faca.” Grã-Bretanha e Ásia, além dos Em 1991, a Eslovênia votou EUA. Mais recentemente, a pela independência e, após um breRússia também se tornou um ve impasse militar com o exército grande cliente. Miklavc fala da iugoslavo, foi reconhecida como importância da posição da emestado independente pela União Janko Miklavc, diretor presa dentro do grupo SIJ em um Européia e admitida como estacomercial da Ravne Knives. momento de maior demanda por do-membro das Nações Unidas. produtos de aço. “Há uma imporDesde então, as vendas da Ravne tante sinergia por pertencermos ao grupo, uma Knives mudaram radicalmente. “Esse período força resultante da troca de conhecimentos e significou um ajuste do compasso comercial experiências. Na Ravne temos uma longa para nós. Antes de 1991, o leste era respontradição de conhecimento sobre fabricação e ❯❯ sável por quase 80% das nossas vendas. Richard Surman comprimento e facas circulares com um diâmetro máximo de 1.500 mm. Máquinas CNC, aços de classe alta, tecnologia avançada de tratamento térmico e uma força de trabalho altamente qualificada e motivada permitem que a Ravne Knives produza algumas das melhores facas industriais disponíveis no mercado e seja um importante fabricante e fornecedor do setor. novo patamar para faceamento e fresamento de cantos a 90° No final de 2003, a Ravne Knives estava diante de um desafio: aumentar sua produtividade, mantendo a qualidade dos canais fresados e dos furos que fornecem os pontos de fixação para suas facas industriais. Embora os concorrentes estivessem oferecendo ferramentas mais baratas à Ravne Knives, a Sandvik Coromant propôs uma ferramenta que pudesse fazer a função de uma fresa e de uma broca, dispensando a necessidade de duas ferramentas separadas. O representante da Sandvik Coromant, Simon Kupljen, explica: “Em 2006, apresentamos à Ravne Knives o novo e eficiente método de trabalho de usinagem em rampa com a CoroMill 390. Na época, foi uma ótima solução da Sandvik Coromant, que au- mentou a produtividade e reduziu custos.” Este ano, a empresa começou a usar a CoroMill 490, novo membro da família CoroMill. “A CoroMill 490 coloca o faceamento e o fresamento de cantos a 90° em um novo patamar de precisão e produtividade. Em vez de pastilhas com duas arestas, a CoroMill 490 tem quatro, e estamos usando materiais novos e aprimorados no corpo e na cobertura. Além disso, ela apresenta forças de corte mais leves, parâmetros mais altos e vida útil ainda mais longa. Trata-se de uma ferramenta de última geração que já está trazendo melhorias de produtividade e qualidade para a Ravne Knives”, completa. Marjeta Krof, da Ravne Knives, concorda. “É uma excelente solução, que reduz significativamente os custos de produção e diminui a necessidade de acabamento, gerando aumento de qualidade. A nossa equipe de produção também agradece pela redução nos níveis de ruído.” Além da CoroMill 390 e da CoroMill 490, a Sandvik Coromant apresentou à Ravne Knives a CoroDrill 880, uma broca de precisão para furação curta com quatro arestas de corte, capaz de dobrar a produtividade. A eficácia das ferramentas é medida com o software Productivity Analyzer (PA) da Sandvik Coromant, que permite uma avaliação precisa da economia de produção. CoroMill 490 metalworking world 25 aços-ferramenta. Isso nos permite produzir as melhores facas industriais de aço do mundo”, afirma. Esse sentimento de orgulho e compromisso Richard Surman ❯❯ metais, além de tratamento térmico de de um acordo de parceria aberta. Para Krof, “é uma ótima parceria – verdadeiramente simbiótica e única nessa área de ferramental. O acordo de parceria melhorou a gestão de dados e nos permite trabalhar com a Sandvik Coromant, testando, avaliando e desenvolvendo a ferramenta certa para cada trabalho. Consideramos muito fácil fazer negócios com a Sandvik Coromant. Eles são inovadores, ágeis e eficientes.” com uma qualidade cada vez mais alta de seus produtos se reflete em toda a empresa. “Todos os dias precisamos melhorar e temos como objetivo sermos sempre os melhores”, observa Miklavc. Essa atitude pode ser notada em toda a empresa, desde vendas até fabricação. Todos Mais de 40% das facas produzidas pela Ravne os produtos – exceto as facas para papel – são Knives precisam de canais, sejam abertos ou feitos sob medida, portanto é vital fechados. A CoroMill 390 e, prever tendências e demandas neste ano, a CoroMill 490 têm futuras, assim como manter a um importante papel no qualidade e a produtividade. processo de fabricação. Simon Enquanto a Ravne Knives prevê os Kupljen, da Sandvik Coromant, desafios para atender as futuras destaca que suas fresas necessidades dos clientes, os permitiram que a Ravne Knives fornecedores também têm um papel tivesse uma economia de cerca importante ao ajudar a empresa a sade 15% de seu faturamento tisfazer as expectativas dos clientes. anual. “Damos grande importância ao O relacionamento da Ravne nosso relacionamento com os Knives e da Sandvik Coromant Marjeta Krof, gerente de compras da Ravne fornecedores”, afirma Marjeta Krof, é construído sobre respeito Knives. gerente de compras. “Com a mútuo e vontade de sucesso. introdução das máquinas CNC há 14 anos, a Ambas as empresas têm uma paixão pela qualidade e a durabilidade das nossas excelência e isso se nota nas conversas entre ferramentas tornou-se ainda mais importante. representantes da Sandvik Coromant e o A Sandvik Coromant teve um papel histórico pessoal da Ravne Knives, em todos os níveis, e fundamental como fornecedor de ferramendesde a gerência e a administração até os tas para nós.” A natureza do relacionamento supervisores de produção e operadores de entre as duas empresas se desenvolveu máquina. consideravelmente em 2006, com a assinatura Richard Surman Richard Surman A Ravne Knives fica situada em uma das belas regiões rurais da Eslovênia. Ponto de Encontro para o comércio Richard Surman Rado Polenik, supervisor da linha de facas curtas (esq.), e Stanko Vogel, gerente técnico, junto a uma retificadora. 26 metalworking world Em 1945, a Eslovênia foi incorporada à República Popular Federal da Iugoslávia. A década seguinte foi mais favorável e, já sob a República Federal Socialista da Iugoslávia, a Eslovênia teve um nível de desenvolvimento econômico mais alto do que o de outros estados-membros. Beneficiada por uma força de trabalho qualificada, a Eslovênia aproveitou sua forte tradição industrial e, em meados da década de 60, sua economia começava a se assemelhar a uma economia de mercado. Em 1990, ocorreram as primeiras eleições democráticas e, no mesmo ano, mais de 80% dos eslovenos votaram pela independência soberana. Em 1991, foi feita uma declaração unilateral de independência, seguida de um ataque do exército iugoslavo. Após aquela que ficou conhecida como “a guerra dos 10 dias”, foi declarado um armistício e, em outubro de 1991, a Eslovênia adotou uma nova constituição. O reconhecimento pela União Européia veio logo depois. Situada em uma encruzilhada da Europa, a Eslovênia sempre esteve muito bem localizada geograficamente para o comércio tanto com o oriente quanto com o ocidente. Embora os eslovenos representassem somente 8% da população iugoslava, a Eslovênia era responsável por mais de um terço das exportações da Iugoslávia. Desde a guerra dos 10 dias, reformas fiscais e trabalhistas, aliadas a privatizações, deram impulso às exportações da Eslovênia. A perda dos mercados da antiga federação foi mais do que compensada pela mudança para mercados da Europa Ocidental e do resto do mundo. Mais recentemente, o boom energético da economia russa também abriu grandes mercados de exportação. Cerca de 60% do PIB da Eslovênia é gerado pelo setor de serviços, sobretudo os setores financeiro, turístico e imobiliário, que estão se tornando parte significativa da economia. Já a indústria é responsável por mais de 30% do PIB, notadamente os setores de aço, madeira, produtos químicos, borrachas, plásticos, equipamentos elétricos e ópticos, fabricação de máquinas e montagem de veículos. panorama Leveza e BELEZA para o interior de aeronaves aeroespacial. Em breve, um material novo e leve pode desafiar o alumínio no setor de interiores de aeronaves. Comercializado como Decobrix, esse material foi desenvolvido em conjunto pela empresa sueca Lamera – ligada à Volvo – e pela Sandvik Materials Technology. “O interessante é que conseguimos um peso baixo e uma superfície atraente”, explica Christina Berardi, responsável por marketing e vendas de Surface Technology dentro da Sandvik Materials Technology. O Decobrix é uma combinação do Hybrix, material em aço inoxidável da Lamera, com o Decorex, superfície para decoração da Sandvik Materials Technology. O Hybrix é formado por milhões de fibras microscópicas de aço inoxidável, posicionadas verticalmente contra a superfície. Isso o torna extraordinariamente forte, além de fino e moldável. A superfície Decorex da Sandvik Materials Technology permite que o material seja fabricado em diversas cores e texturas, que não são afetadas por pressionamento ou deflexão. “Esse revestimento colorido é obtido por meio de um processo patenteado, no qual o aço é coberto com metais em escala nanométrica”, explica Berardi. “Isso dá um efeito visual e torna o material super fino e durável.” A combinação de durabilidade e design torna o Decobrix ideal para a indústria aeroespacial, que necessita constantemente de materiais cada vez mais leves, mas com visual arrojado. Na realidade, o Decobrix pode representar uma dupla vitória para esse setor. Aviões mais leves usam menos combustível, o que reduz os custos e as emissões de poluentes. Além disso, a produção do Decobrix respeita o meio ambiente. “Hoje se fala em design ‘ecológico’, isto é, fabricar os produtos da maneira menos prejudicial ao meio ambiente”, destaca Berardi. O Decobrix é um material novo e leve, com uma superfície atraente. Processos melhores em muitos aspectos P&D. Para muitos fabricantes, espeparceira da Sandvik Coromant em cialmente os de peças em grandes porta-ferramentas acionados, tamséries, as máquinas multifusos torbém participou. Durante quatro dias, nam a usinagem mais eficiente. No os clientes viram como obter o máxiinício de junho, a Sandvik mo das máquinas multiCoromant Alemanha se fusos. “Enfatizamos a juntou à Index, importante importância de se olhar fabricante de máquinas o processo como um tomultifusos, para demonsdo ao investir em máquitrar que o investimento nas”, destaca Kenneth em uma nova máquina Sundberg, vice-presidesse tipo pode se tornar dente de marketing e um negócio ainda melhor desenvolvimento de quando combinado com o negócios da Sandvik acoplamento de troca Coromant Alemanha. Kenneth Sundberg rápida da Sandvik As máquinas multiCoromant, o Coromant Capto. fusos são otimizadas para produção Cerca de 200 clientes das duas em massa. Vários fusos – até seis – empresas, sobretudo do sul da Aleoperam simultaneamente, aumenmanha, foram convidados para o tando a produtividade em muitas Centro de Aplicação Automotiva da vezes. “Mas as máquinas são relatiSandvik Coromant em Bietigheim, vamente complexas e caras, portanto próximo a Stuttgart. A WTO, empresa é importante otimizar completamente o processo de usinagem para que o investimento seja aproveitado plenamente”, ressalta Sundberg. “A melhor forma de se conseguir isso é por meio de uma cooperação estreita entre o cliente, o fabricante da máquina e o fornecedor das ferra- jornalistas especializados foram convidados para uma sessão sobre como a Sandvik Coromant oferece soluções totais para clientes do mundo todo, combinando soluções de usinagem recém-desenvolvidas no Centro de Aplicação Automotiva da Sandvik “É importante otimizar completamente o processo de usinagem para que o investimento seja aproveitado plenamente.” mentas”, aponta. Assim, a Index preparou uma de suas máquinas mais modernas, para que os clientes pudessem ver em condições reais como a troca de ferramentas é muito mais fácil – portanto, mais produtiva – com o Coromant Capto. Além do evento para os clientes, Coromant e implementando-as por meio do exclusivo conceito OTS (Original Tooling System - Serviços aos Fabricantes de Máquinas). “No centro, desenvolvemos novas soluções, que depois tentamos multiplicar e espalhar pelo mundo”, declara Sundberg. metalworking world 27 getty images “Na Itália, as pessoas não podiam usar renda antes de completarem 25 anos.” Durante o século XX, a renda sintética se tornou um item de praxe nos tradicionais vestidos de noivas no Ocidente. 28 metalworking world A renda se renova Durante séculos, a renda foi um poderoso símbolo de status para as classes dominantes na Europa. Hoje, é usada no mundo todo, dando um toque especial até às roupas mais simples. projetou-se internacionalmente com o álbum e o filme Purple Rain, em 1984. Na capa, ele aparecia em cima de uma moto, com o cabelo armado, cheio de maquiagem, camisa com babados e – para completar – luvas de rendas. No ano seguinte, a banda de heavy metal Mötley Crüe lançou seu terceiro álbum, Theatre of Pain, cuja capa trazia o vocalista e líder da banda Vince Neil em uma das primeiras versões do penteado estilo poodle, que se tornaria um clássico, blush, batom e cintas-ligas de renda branca por cima de calças de lycra cor-de-rosa. Na época, a atitude dos astros em relação à moda causou espanto, mas nem Prince nem Vince Neil foram tão pioneiros quanto se pensava. “O visual ostentado por Prince, especialmente, foi bastante influenciado pela Europa do século XVIII”, explica Ann-Margret Fyregård, figurinista da Ópera Real Sueca, do Teatro Nacional e de vários sets de filmagem, e também responsável pelos programas de figurino de palco do Dramatiska Institutet da Suécia. Como figurinista profissional, Fyregård está acostumada a trabalhar com figurinos que evocam diferentes épocas. Como regra, a renda é usada como um detalhe decorativo. “Quando enfeitamos as roupas de um personagem com renda, isso mostra que a pessoa é rica. A renda [durante muito tempo, feita somente à mão] podia ser o detalhe mais caro de toda a indumentária. Ela indica abundância e serve apenas para embelezar. “Uso a renda sobretudo para criar figurinos europeus dos séculos XVII e XVIII. No século XVII, a renda era rígida e grossa, usada principalmente em golas grandes, O astro pop Prince chapéus e punhos, e ocasionalmente para adornar botas masculinas.” Tecidos semelhantes a rendas foram usados em muitos lugares bem antes disso, mas o que chamamos de renda hoje é o material que foi desenvolvido e refinado no século XVI, originário de diversas técnicas européias de bordado. quando a renda estava bem estabelecida na Europa – especialmente na França e em Flandres – surgiu um estilo diferente. A renda se tornou mais macia e passou a ser usada nos babados ou camadas dos vestidos. Os homens ainda a utilizavam, afirma Fyregård, “mas desde o século XIX, a renda é usada somente nas vestes femininas, particularmente em golas e punhos”. Quando a fabricação de rendas se tornou uma indústria e deixou de ser feita à mão, a renda perdeu um pouco do charme. Se antes era privilégio dos ricos e poderosos, de repente ficou disponível para todos, especialmente quando a renda sintética foi introduzida no final do século XIX. No século XX (e até agora, no XXI), a renda tem sido usada tipicamente em roupas íntimas e em vestidos de noivas. Apesar de seu baixo preço atual, a renda ainda chama atenção. Em seu livro Support and Seduction – A History of Corsets and Bras (Apoio e sedução – Uma história de espartilhos e sutiãs), Beatrice Fontanel conta que a atriz Janet Leigh usou um sutiã preto de renda durante os ensaios de Psicose, de Hitchcock. Mais tarde, ele foi trocado por um sutiã branco, numa tentativa de evitar a censura. Rendas pretas em lingeries tendem a ser vistas como mais No século XVIII, ❯❯ metalworking world 29 ❯❯ provocantes, observa Fyregård. “A renda branca é vista como mais pura, mais inocente. Porém, xales pretos de renda fazem parte de muitas roupas típicas e, nesse contexto, são vistos como belos em vários países”, ressalta. tem um papel importante nos vestidos de noiva dos países ocidentais. A maior parte da produção européia foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial, mas foi retomada após o seu fim, em 1945. Um ótimo exemplo de extravagância com rendas foi o casamento de Grace Kelly com o Príncipe Rainier de Mônaco em 1956. O vestido de Kelly continha 275 metros de tecido rendado, além de um véu de renda e seda de 125 anos de idade com 1.000 pérolas costuradas. Inspiração para estilistas, o vestido se encontra no Museu de Arte da Pensilvânia, nos EUA. A renda branca Príncipe Rainier de Mônaco e Grace Kelly em seu casamento. Nos 500 anos desde que a renda conquistou a Europa, seu apelo se espalhou pelo mundo. Quando o estilista sueco Lars Nilsson foi nomeado estilista-chefe da grife francesa Nina Ricci em 2003, sua primeira coleção estava repleta de renda. E a tendência não mostra sinais de enfraquecimento. Casas de moda e grifes como Stella McCartney, Chanel, Miu Miu, Prada, Roberto Cavalli e Christian Dior mostraram muita renda em suas coleções outono 2008. Quem sabe? Talvez daqui a alguns anos os homens voltem a usar renda. “Seria engraçado”, diz Fyregård. “Consigo imaginar uma gola de renda ou uma gravata borboleta sendo usada por homens jovens, pois eles costumam enfeitar mais suas roupas.” Dito isso, os primeiros da fila para adotar a renda seriam provavelmente dois veteranos – Prince e Vince Neil. Henrik emilson O vestido de Grace Kelly continha 275 metros de tecido rendado, além de um véu de renda e seda de 125 anos de idade com 1.000 pérolas costuradas. A longa trajetória da renda Algumas pessoas dizem que a renda chegou à Europa vinda do Oriente no século XIV. O certo é que sua posterior produção ficou baseada na Itália. Em pouco tempo, a renda ganhou popularidade e se espalhou por toda a Europa ocidental. Ainda que técnicas de bordado semelhantes à renda tenham aparecido na América Latina, na Ásia e no Oriente Médio, foi a renda européia que 30 metalworking world se transformou na definição da palavra nos tempos modernos. Na Europa, a renda se tornou um fenômeno comercial, às vezes tão valorizado como uma jóia. Ao industrializarem a fabricação de renda no final do século XVII, os franceses ganharam impulso e se tornaram líderes europeus no século XVIII. Mas a renda também era fabricada na Inglaterra, Espanha e Alemanha. Mesmo que não fossem os maiores produtores, os belgas foram os mais apaixonados pela renda e desenvolveram uma compreensão aprimorada de sua técnica e de sua história. Quando deu o pontapé inicial em sua indústria de renda, a França trouxe 200 mulheres de Flandres (e 30 da Itália) para treinar as rendeiras francesas. No século XXI, a Bélgica continua sendo uma das capitais mundiais da fabricação de renda, além de preservar sua história. O país conta com uma escola de renda, um museu da renda e a famosa sociedade Les amies de la dentelle, ou Amigas da renda. Outros importantes fabricantes de renda hoje são a França, Inglaterra, Irlanda e Itália. Na Ásia, a renda é fabricada principalmente na Índia e na China. Karl Mayer getty images Esta máquina de fabricação de renda é produzida pelo fabricante alemão Karl Mayer. getty images Quando falamos em renda hoje, geralmente nos referimos à variedade européia. do egito antigo às passarelas de hoje: Mil anos de luxo A origem exata da renda não é bem conhecida. Trabalhos em ouro, prata ou fios de seda em forma de renda foram encontrados em túmulos egípcios por volta de 1000 a.C. Restos de tecidos bordados de mil anos atrás com adornos em renda tecida ou tricotada também foram encontrados no Peru. em renda hoje, nos referimos à variedade européia, que teve sua origem provavelmente em diferentes técnicas de bordado, como o macramê, para enfeitar artigos de cama, mesa ou mobília, que se desenvolveram em paralelo. Um antecessor da renda é a técnica do point coupé (“ponto cortado”). Os espaços vazios que apareciam no tecido quando um fio era removido eram cobertos com pontos decorativos. O point coupé evoluiu e se transformou no que costuma ser chamado de renda Quando falamos costurada ou renda veneziana. O interesse pela produção de renda cresceu no século XVI e os primeiros livros de padrões foram publicados na Europa. O trabalho com agulha é muito demorado, e o embelezamento de roupas, mobílias e tapetes de parede tornouse uma demonstração de riqueza que, em alguns casos, ameaçava arruinar seus proprietários. “Consta que a nobreza se arruinou ao competir pelas roupas mais belas, sobre as quais as rendas feitas de fios de linho, ouro e prata eram um detalhe crucial”, escreve LW van der Meulen-Nulle, autor do livro Lace. Na Espanha, isso provocou a proibição das rendas no século XVI. Na Itália, as pessoas não podiam usar renda antes de completarem 25 anos. sob Luís XIV, a França se tornou a senhora das rendas no mundo. Jean-Baptiste Colbert, ministro das finanças, tentou industrializar a produção da renda e obteve o direito exclusivo de fabricá-la na França por dez anos. Além disso, a importação de rendas foi proibida. No final do século XVIII, várias pessoas tentaram lançar máquinas de fabricar rendas. Mas foi somente com o método inovador de John Leavers, em 1813, que a primeira máquina de rendas No século XVII, getty images getty images Homem vestindo trajes da corte elisabetana. realmente entrou em operação. Ela era limitada em termos de padrões, mas com o acréscimo da tecnologia de cartões perfurados do fabricante francês de teares Joseph-Marie Jacquard, as rendas fabricadas à máquina finalmente começaram a ficar parecidas com as fabricadas à mão. Com isso, o preço da renda caiu e ela se popularizou. Existem muitas máquinas de renda em operação atualmente, fabricadas por fornecedores tais como Prominent Technologies, da Índia, Zhangjiagang Victor Textile Machinery Co Ltd, da China, Raschel Machines, da Alemanha, e Jacob Muller, da Suíça. As máquinas originais Leavers, porém, não são mais fabricadas. As que ainda estão em operação são muito lentas, comparadas com uma máquina contemporânea, o que torna cara sua utilização. Ironicamente, isso transformou as “rendas Leavers” em um tipo luxuoso, bastante caro. metalworking world 31 Tecnologia por Christer Richt Eliminando desvantagens, agregando benefícios Desafio: Oferecer às operações de fresamento de topo as vantagens das ferramentas inteiriças de metal duro e com pastilhas intercambiáveis. Solução: Uma nova geração de ferramentas com cabeça intercambiável. intercambiáveis e as ferramentas inteiriças de metal duro, existe uma área potencial de otimização, que proporciona vantagens de ambos os tipos de ferramentas para fresas de topo com diâmetros de pequenos a médios. Até agora, foram feitas apenas algumas incursões marginais nessa área, mas um novo conceito está prestes a explorá-la de forma mais completa. Embora a tecnologia de pastilhas intercambiáveis tenha muito a oferecer, a ação de corte das modernas ferramentas inteiriças de metal duro, com arestas de corte longas e radiais e capacidade de avanço axial completo, proporciona, principalmente com ferramentas de diâmetros menores, importantes vantagens tais como: altos níveis de precisão, acabamento superficial, contato dos dentes e capacidade de cortes leves. Porém, voltando aos benefícios das ferramentas com pastilhas intercambiáveis, que possibilitam a troca rápida e fácil somente da parte que efetivamente corta, sem necessidade de troca de toda a ferramenta, vale ainda destacar a possibilidade de usar pastilhas com cobertura que não poderiam ter sido introduzidas e aprimoradas sem tal conceito. As fresas de topo com pastilhas intercambiáveis são fabricadas com diâmetros a partir de 12 mm, já que abaixo dessa medida seu manuseio e sua fixação tornam-se Entre as pastilhas 32 metalworking world impraticáveis. Por outro lado, as fresas de topo inteiriças de metal duro têm diâmetros de décimos de milímetro. A faixa de diâmetro de 10 e 25 mm abrange os dois tipos de fresas de topo e representa uma ampla área, que emprega muitas ferramentas de ambos os tipos. É aqui que as fresas de topo com cabeça intercambiável demonstram seu valor, sem excluir as pastilhas intercambiáveis (melhores para desbaste ou semi-acabamento de alta produtividade) nem as fresas de topo inteiriças de metal duro (melhores para semi-acabamento ou acabamento fino) de suas operações mais adequadas. A terceira opção são as fresas de topo com cabeça intercambiável, que oferecem um potencial de otimização ao longo de toda uma área que se sobrepõe às duas. Entretanto, para realizar esse potencial nessa área intermediária do fresamento de topo, o conceito de cabeça intercambiável precisa atender alguns critérios, sobretudo o acoplamento da ferramenta e o programa de cabeças. É isso que está no cerne do novo conceito de fresa de topo com cabeça intercambiável CoroMill 316. entre a cabeça intercambiável e a haste da ferramenta precisa ser robusto, preciso e fácil de operar. As cabeças intercambiáveis – as ferramentas de corte – assim como a gama de O acoplamento hastes da ferramenta precisam ser de última geração e oferecer as vantagens reais do conceito de cabeça intercambiável. As ferramentas e as áreas de aplicação devem ter o respaldo do conhecimento da aplicação. O centro do acoplamento da CoroMill 316 é um parafuso autocentrante com uma rosca patenteada, especialmente desenvolvida. Ele foi projetado para puxar e reter a cabeça na haste e não permitir nenhuma folga. A face de apoio axial é generosa, assim como a face de apoio radial ao longo do cone. A extremidade interna da cabeça fica apoiada dentro da haste, para oferecer a máxima resistência possível à deflexão. A cabeça intercambiável da ferramenta de corte é posicionada e apertada com facilidade, girando-se levemente uma chave. As várias características resultam em uma interface única entre a cabeça e a haste, que proporciona rigidez para desbaste de canais em cheio, assim como alta exatidão em operações de acabamento de precisão. A CoroMill 316 tem repetibilidade no comprimento axial da ferramenta e batimento radial limitado a poucos centésimos de milímetro. de cabeças de ferramentas de corte CoroMill 316 baseia-se na tecnologia de última geração CoroMill Plura, com sua ampla gama de fresas de topo O programa Linha versátil A linha inicial da CoroMill 316 baseia-se nas fresas CoroMill Plura: • Uma fresa de uso geral multicanais, adequada para desbaste leve até semiacabamento. • Uma fresa multicanais, dedicada ao acabamento, capaz de altos avanços da mesa. • Uma fresa com geometria Kordell para desbaste efetivo – com ação de corte de alta tecnologia para forças de corte mais baixas e bom controle de cavacos. • Uma fresa de desbaste com altos avanços, indicada para pequenas profundidades de corte combinadas com altos avanços por dente, ideal para longos balanços de ferramentas. • Uma fresa Ball Nose para perfilamento com dois ou quatro dentes, adaptável para fornecer a ação de corte correta, de acordo com diferentes exigências de perfilamento. • Uma fresa com lâminas duplas, com uma gama de ângulos para contatos com menos dentes e para operações de chanframento e de rebarbação. inteiriças de metal duro. A gama CoroMill 316 será baseada nessas geometrias, que incluirão fresas com lâminas duplas e multicanais. Em alguns casos, o número de dentes de uma fresa de topo precisa ser limitado a dois, geralmente devido às tendências à vibração e/ou à falta de potência da máquina. Esse número também é mais adequado a muitas aplicações de chanframento. As fresas com vários dentes, porém, elevam produtividade, já que são adequadas a grandes avanços da mesa, graças ao maior número de dentes efetivos e aos valores mais altos de avanço por dente. inclui as cabeças inteiriças de metal duro CoroMill Plura, com ângulos de hélice de 40° e 50°, que A GAMA CoroMill 316 Para fábricas pequenas, com uma ou poucas máquinas, o conceito da CoroMill 316 oferece grande versatilidade e maior velocidade de produção, graças à capacidade de alternar entre ferramentas com rapidez e facilidade, permitindo assim usar a ferramenta ideal para a operação em questão. oferecem boa estabilidade de usinagem e minimizam as tendências à deflexão da ferramenta. Para manter as tendências à vibração em um valor mínimo, as fresas terão ainda passos diferenciais. Capacidade de alta produtividade e segurança são prioridades para as cabeças intercambiáveis da CoroMill 316. Elas serão dotadas da mais recente tecnologia de cobertura PVD, por meio da classe GC1030. Essa importante classe do programa de fresamento com pastilhas intercambiáveis CoroMill formará a base da linha inicial de cabeças da CoroMill 316. Classes com cobertura PVD, como a GC1030, são ótimas para arestas de corte vivas, que oferecem a tenacidade adequada às arestas de corte de diâmetros de fresas menores. A GC1030 é, acima de tudo, uma classe para fresamento de aços em aplicações que exigem uma pastilha robusta e positiva, principalmente para aplicações com fresas de topo. Ela também é considerada uma classe de uso geral. Geralmente, as classes com cobertura PVD são a melhor solução quando as profundidades de corte são menores, os balanços das ferramentas mais longos, o escoamento de cavacos complexo e a entrada/saída da fresa exige uma aresta de corte robusta. O conceito de fresa de topo com cabeça intercambiável é especialmente vantajoso por facilitar a troca da cabeça na própria máquina, sem precisar remover a haste da ferramenta e sem exigir pré-ajuste adicional da aresta de corte. Qualquer atividade na sala de ferramentas também é facilitada por meio da precisão e do manuseio. ❯❯ metalworking world 33 por elaine mcclarence A maioria das operações de fresamento de topo são candidatas ao programa de cabeças intercambiáveis CoroMill 316, incluindo escareamento, usinagem em rampa, interpolação, fresamento em mergulho e usinagem com altos avanços. vantagens das fresas de topo com cabeça intercambiável • O balanceamento do alcance da ferramenta com estabilidade é facilmente otimizado. A escolha da haste de ferramenta mais adequada adapta a fresa à melhor combinação de alcance de ferramenta e rigidez para a operação. • A versatilidade também é facilmente balanceada. As cabeças podem ser facilmente trocadas para vários tipos de ferramentas de corte, com alta capacidade para otimização. ❯❯ Uma gama de hastes de aço CoroMill 316 ofe- rece flexibilidade para acomodar ferramentas de curtas a longas, retas ou cônicas, para ênfase em resistência ou alcance. A haste maior com a cabeça relativamente pequena oferece resistência e estabilidade, sendo que, em muitos casos, uma haste cônica em aço é tão estável como uma haste reta feita de metal duro. As hastes também podem ser cortadas para o comprimento ideal, em uma determinada operação. O conceito de ferramenta com cabeça intercambiável e haste tem as vantagens das fresas de topo inteiriças de metal duro sem a necessidade de uma ferramenta totalmente em metal duro, que representa custos mais altos, nem de uma aresta de corte longa em espiral com canais para cavacos, que tem um núcleo longo, fino e relativamente fraco. Uma única ferramenta permite alternar entre cabeças minimizadas para diferentes tipos de fresas, em que a profundidade de corte máxima costuma ser 0,55 vezes o diâmetro da cabeça; no caso da 34 metalworking world • O potencial de produtividade é mais alto do que com as fresas inteiriças de metal duro convencionais, enquanto o potencial de acabamento superficial de precisão e a capacidade para cortes leves são mais altos do que com as fresas com pastilhas intercambiáveis. No caso de diâmetros menores, é possível acomodar mais canais em uma fresa inteiriça de metal duro, em comparação com ferramentas com pastilhas intercambiáveis. cabeça com lâminas duplas, o valor é de 0,8. A CoroMill 316 possui mais dentes do que uma fresa com pastilha intercambiável. Assim, ela produzirá um melhor acabamento superficial e avanços mais altos da mesa, graças ao maior número de dentes efetivos, embora não alcance o acabamento fino de algumas fresas convencionais dedicadas ao acabamento fino do programa CoroMill Plura. CoroMill 316 são balanceadas pelo desenho, tendo assim capacidade para velocidades do fuso relativamente altas. A combinação entre altas velocidades e opções de cabeça multidentes permite faixas de avanço muito altas, além de altas velocidades de corte. O conceito de cabeça intercambiável também torna mais fácil adaptar a geometria da fresa ao material da peça, sem muita preocupação com a estabilidade da ferramenta, devido ao diâmetro do núcleo, que é como o de uma fresa inteiriça de metal duro convencional. As ferramentas resumo A CoroMill 316 é uma nova fresa de topo com cabeça intercambiável para diâmetros de pequenos a médios (10 a 25 mm). As vantagens das ferramentas inteiriças de metal duro, tais como mais dentes em contato, ação de corte leve, arestas de corte radiais precisas e a possibilidade de avanço axial, podem melhorar o desempenho e reduzir o estoque de ferramentas. Além disso, é possível obter as vantagens das ferramentas intercambiáveis por meio das classes de pastilhas. O princípio de diferentes cabeças e hastes, para atender diferentes operações, pode ser explorado, proporcionando grande versatilidade. Com a CoroMill 316, a troca de ferramentas é consideravelmente mais fácil e pode ser aplicada em operações típicas, tanto com fresas inteiriças de metal duro quanto com fresas com pastilhas intercambiáveis, ao longo de uma variedade de aplicações. O novo conceito confere grande robustez às operações de desbaste e alta rigidez às operações de acabamento, especialmente quando há necessidade de variação no alcance da ferramenta. Níveis mais altos de produtividade, versatilidade, estoque, qualidade e custos com ferramentas são vantagens que podem ser obtidas com a CoroMill 316. PANORAMA Trens de pouso exigem silent tools aeroespacial. A demanda pela linha de produtos antivibratórios Silent Tools da Sandvik Coromant está aumentando, impulsionada pelo crescimento global das viagens aéreas previsto para os próximos 20 anos – taxa de 5% ao ano no tráfego de passageiros e de 6% no tráfego de cargas (MWW edição n.º 3, 2008). “Com o crescimento da indústria aeroespacial e da necessidade por novos aviões, aumenta também a necessidade de usinar furos profundos”, explica Francis Richt, gerente de produtos para usinagem da Sandvik Coromant, que trabalha com fabricantes aeroespaciais no Canadá. Segundo ele, a indústria aeroespacial precisa de barras de mandrilar maiores, com diâmetros de 16 mm a 220 mm e balanços de 10 a 16 vezes o diâmetro. “Com ferramentas convencionais, normalmente não é possível ter balanços com comprimento superior a quatro vezes o diâmetro da ferramenta sem criar vibrações. Mas com as Silent Tools, sim”. Em um caso recente no Canadá, o tempo de produção na operação de torneamento de um grande trem de pouso para as maiores aeronaves de passageiros do mercado foi reduzido de 24 para 7 horas. “A aplicação da barra de mandrilar Silent Tools com a pastilha e a classe corretas, além do ótimo conhecimento do processo por parte da Sandvik Coromant, gerou economias substanciais para os clientes no tempo de produção e de entrega, mantendo, obviamente, a qualidade e a funcionalidade do trem de pouso ”, ressalta Richt. Esse aumento de produtividade fez das Silent Tools um padrão não-oficial para a fabricação dos trens de pouso, operação que exige ligas modificadas de aço temperado, devido ao ambiente de grandes tensões a que o equipamento é submetido ao longo de sua vida útil. “A combinação de materiais, design do trem de pouso e comprimento do furo exige grande estabilidade da ferramenta, sem vibração”, complementa Richt. O novo padrão não-oficial para fabricação de trens de pouso. produtividade sobre rodas A van, mostruário de produtos sobre rodas, visita a Okuma Corporation. aeroespacial. “É um novo tipo de Relações Públicas.” “Que variedade de ferramentas!” “Não é formidável?!” Esses são alguns dos comentários dos clientes quando os representantes de vendas da Sandvik Coromant Japão chegam com “a Corovan”, a minivan da empresa. O veículo é um mostruário de produtos ambulante, a partir do qual os representantes de vendas podem apresentar grande parte da linha de produtos da Sandvik Coromant. A van também é usada para eventos locais de marketing. “De qualquer forma, os engenheiros de vendas têm que ir até os clientes. Trazer a van cria uma espécie de ‘clima de evento’, mesmo em visitas de rotina”, explica Mitsuhiro Kokubo, representante da Sandvik Coromant. As fotos foram tiradas em uma visita à planta de Oguchi da Okuma Corporation, na cidade de Aichi, Japão. “Gosto de poder tocar os produtos e ver a variedade de ferramentas aqui nas minhas próprias instalações”, afirma Fumihiko Andoh, gerente-adjunto de usinagem de peças do departamento de Produção – 2. metalworking world 35 Nossos clientes sempre valorizaram o Coromant Capto® como norma para a indústria de usinagem, mas agora é oficial. O Coromant Capto® foi adotado como norma ISO (ISO26623) para sistemas de fixação de ferramentas. E há boas razões para isso. Independentemente de ser usado para torneamento, furação ou fresamento, a tecnologia modular desse sistema ajuda a melhorar a estabilidade e a utilização das ferramentas de corte. Podemos até mesmo dizer que o Coromant Capto® é tão universal que é exclusivo. Coromant Capto® – The original www.coromant.sandvik.com Think smart | Work smart | Earn smart. Peça ao seu representante Sandvik Coromant para lhe mostrar como será o futuro. Print n:o C-5000:531 POR/01 © AB Sandvik Coromant 2009:1 Muitos dizem seguir a norma. Nós na verdade criamos uma.