Prof° André Montillo
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Prof° André Montillo Esclerose Sistêmica (ES) Generalidades: Esclerose Sistêmica (ES) – Esclerodermia É uma Doença Crônica, Multissistêmica e incluída no Grupo das Doenças Auto-Imunes do Tecido Conectivo (Conjuntivo) Ocorre uma Fibrose Generalizada na pele e em outros órgãos que possuem tecido conjuntivo Esclerodermia - “pele dura”: descreve o achado clínico mais dramático que é a Fibrose Cutânea Se caracteriza por um espessamento cutâneo, podendo comprometer as articulações, trato gastro-intestinal, pulmão, coração, rins e outros órgãos A Esclerodermia representa um amplo espectro de doenças diferentes que variam desde forma localizada até síndromes mistas Esclerose Sistêmica (ES) Classificação: Esclerodermia Esclerose Sistêmica: ES Limitada ES Difusa Esclerose Sistêmica (ES) Epidemiologia: É uma doença rara Grande variação de incidência 1 à 2 casos/100.000 pessoas 4 à 12 casos/1.000.000 da população/ano EUA: 19 à 75 casos/100.000 habitantes EUA: 50.000 à 200.000 casos Índios de Oklahoma: incidência 20 vezes maior Sexo: 3M/1H e 4M/1H Raça Negra: Maior incidência Idade: 30 à 50 anos (maior incidência: mulher na idade fértil) Mais grave quando compromete o homem e idoso A forma difusa é mais freqüente no negro e tem seu início mais precoce, quando comparada com a forma limitada A ocorrência familiar é rara Esclerose Sistêmica (ES) Patogênese: É pouco conhecida Acredita-se que ocorram, inicialmente, episódios repetidos de injúria endotelial de vasos e microvasos Há uma Vasoconstricção Exagerada antes de qualquer outra manifestação clínica: justifica o Fenômeno de Raynaud severo e prolongado antes dos demais sintomas Vasoconstricção determinada por: Endotelinas: • agente vasoconstrictor muito potente • promove a fibrose • sua secreção se encontra desregulada • promovendo a disfunção vascular e a fibrose o Ácido Nítrico o Fatores de constrição derivados do endotélio o Hipóxia o Estresse físico o Esclerose Sistêmica (ES) Patogênese: Esclerose Sistêmica (ES) Patogênese: Função anormal dos fibroblastos: Determina o processo fibrótico Estão hiperestimulados a produzir a matriz fibrótica • células imunológicas • células endoteliais • próprios fibroblastos • TGF-: fator de transformação de crescimento o Redução dos sinais inibitórios: • fibra de colágeno • fibronectina o Esclerose Sistêmica (ES) Patogênese: Auto-Anticorpos: Anticorpo Antitopoisomerase 1 (Scl-70): padrão pontilhado nucleolar Esclerose Sistêmica (ES) Patogênese: Epiderme Derme Hipoderme Esclerose Sistêmica (ES) Patogênese: Derme Fibrosada Hipoderme Epiderme Atrófica Vasoconstricção Esclerose Sistêmica (ES) Patogênese: Fibrose Ativação Inflamatória e Auto Imune Proliferação de Fibroblastos Vasculopatia Efeitos Ambientais Susceptibilidade Genética Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas São as mais freqüentes Acompanhadas ou precedidas pelo Fenômeno de Raynaud O Comprometimento Cutâneo ocorre em 3 Fases: 1ª Fase: Precoce ou Edematosa 2ª Fase: Esclerótica ou Clássica 3ª Fase: Tardia ou Atrófica Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 1ª Fase: Edematosa ou Precoce: A pele se torna edematoso e espessada o Discreto eritema: processo inflamatório o Inicia com o comprometimento das extremidades: dedos e mãos e depois se estende para a face, frêmulo da língua e o resto do corpo o O edema é duro, sem cacifo e mais acentuado pela manhã oApresenta limitação da extensão total dos dedos o Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 1ª Fase: Edematosa ou Precoce: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 2ª Fase: Esclerótica ou Clássica: É de evolução gradual o Estabelece a esclerose com endurecimento da pele aderindo aos planos profundos, dificultando a mobilidade articular e se tornando friável (ulcerando com facilidade) o Surge a telangiectasia, perda de pelos e anidrose, nas áreas afetadas, por atrofia dos anexos, pela fibrose circundante o Úlceras dolorosas de cicatrização lenta, surgem nas pontas dos dedos o Encurtamento dos dedos pela reabsorção óssea das falanges distais o A esclerose na face determina: • afilamento do nariz: “pico de pássaro” • diminuição da rima bucal: pregas radiais nos ângulos labiais • perda das pregas naturais da face: “face inexpressiva” o Haverá na pela alteração da pigmentação: hipo ou hiper o Pode ser limitada a pele: esclerodermia limitada ( lSSc ou CREST) o Pode comprometer, rapidamente, outros órgãos: esclerodermia difusa (dSSc): mau prognóstico o Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 2ª Fase: Esclerótica ou Clássica: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 2ª Fase: Esclerótica ou Clássica: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 2ª Fase: Esclerótica ou Clássica: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 2ª Fase: Esclerótica ou Clássica: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 2ª Fase: Esclerótica ou Clássica: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Cutâneas 3ª Fase: Atrófica ou Tardia: Alguns pacientes evoluem para a 3ª fase em 3 à 15 anos após a fase clássica o A pele se torna mais pregueável e mais macia, mas a epiderme permanece atrófica e sem anexos o Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: 90% dos pacientes, mais freqüente que em qualquer outra doença do conjuntivo Na forma limitada da ES, precede muitos anos o surgimento dos demais sintomas Determinar o paciente que vai evoluir para a ES: pesquisa dos Auto Anticorpos: anticentrômero o capilaroscopia periunqueal: padrão SD o O espasmo vascular pode comprometer outros órgãos: pulmão, coração, rins, etc Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: Úlceras digitais Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: Termograma Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: Gangrena Seca Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Vasculares Periféricas Fenômeno de Raynaud: Gangrena Seca Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Músculoesqueléticas Artrite: Compromete as articulações dos dedos, punhos, joelhos e tornozelos o Geralmente Simétrica o Precede as alterações da pele o Menor erosão articular o Contraturas: Por esclerose da pele e tendões o Pode ter deformidades nas mãos sem erosão o Acrosteólise: Reabsorção óssea nas falanges distais dos dedos o Sendo comum 20 à 30 anos de evolução da ES o Calcificações periarticulares (calcinoses): Geralmente subcutâneo nas saliências ósseas (cotovelos, joelhos, coluna vertebral e espinha ilíaca) o Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Músculoesqueléticas Artrite: deformidades Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Músculoesqueléticas Calcificações periarticulares (calcinoses): Calcinose Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Músculoesqueléticas Calcificações periarticulares (calcinoses): Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Músculoesqueléticas Acrosteólise: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Pulmonares É o 4º na ordem de incidência: precedido pelas alterações vasculares, na pele e no esôfago 3 tipos de envolvimento: Derrame pleural: raro o Hipertensão pulmonar (HP): grave o Fibrose Intersticial Pulmonar: grave o Fibrose Intersticial Difusa: Mais comum e típico o Início insidioso: • Dispnéia • Tosse • Hipertensão pulmonar: Fenômeno Raynaud nas artéria pulmonares • Cor pulmonaris o Diagnóstico precoce: • Raio X pouco sensível • TC de alta resolução: lesão em “vidro fosco” ou “vidro moído” • Prova de função respiratória • Ecocardiograma com medição da pressão da artéria pulmonar: HP o Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Pulmonares Fibrose Intersticial: TC de alta resolução: lesão em “vidro fosco Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Pulmonares Hipertensão Pulmonar: Ecocardiograma Normal Hipertensão Pulmonar Esquema Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Gastrointestinais Boca: Lábios menores com pregas radiais (rágades) o Mucosa dura o Telangiectasias em volta dos lábios, língua e mucosa o Microstomia: dificulta a abertura da boca e higiene dos dentes o Língua rígida e imóvel: espessamento e encurtamento do freio o Esôfago: Diminuição da motilidade nos 2/3 distais o Acalásia com regurgitação o Intestino Delgado: Diminuição da motilidade o Mal absorção o Pseudo obstrução o Colon: Diminuição da motilidade o Divertículos o Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Gastrointestinais Boca: microstomia e pregas radiais Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Gastrointestinais Boca: espessamento e encurtamento do freio da língua Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Gastrointestinais Esôfago: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Manifestações Gastrointestinais Intestino Delgado: Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: Hipertensão Pulmonar Crise Renal Fenômeno de Raynaud Úlceras Digitais Esclerose Sistêmica (ES) Quadro Clínico: DRGE Cardiopatia HP/DPI Crise Renal UDs Esclerose Sistêmica (ES) Diagnóstico: Evidencias clínicas: mais importante Sorologia: Pesquisa do FAN Biópsia da pele Esclerose Sistêmica (ES) Tratamento: Não existe medicação específica porque pouco se conhece da patogênese da ES, portanto trata-se as manifestações clínicas Esclerose Sistêmica (ES) Esclerodermia por Exposição Química: Mineradores de ouro e carvão: pó de sílica Assopradores de vidro Trabalhadores de cerâmica e fundição Parafina e silicone Óleo tóxico Cloreto de vinila
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