diagnóstico dos investimentos em cultura no brasil
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diagnóstico dos investimentos em cultura no brasil
DIAGNÓSTICO DOS INVESTIMENTOS EM CULTURA NO BRASIL v. 1 Gastos públicos com cultura no Brasil: 1985-1995 Contrato de prestação de serviços que entre si celebram a União Federal, por intermédio da Secretaria de Apoio à Cultura do Ministério da Cultura e a Fundação João Pinheiro para executar a pesquisa Diagnóstico dos Investimentos em Cultura no Brasil, em 13 de novembro de 1996. Belo Horizonte Novembro 1998 GOVERNO DE ESTADO DE MINAS GERAIS Eduardo Brandão de Azeredo SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL Marcus Vinícius Caetano Pestana da Silva FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO Roberto Borges Martins CENTRO DE ESTUDOS HISTÓRICOS E CULTURAIS – CEHC Júnia Ferreira Furtado CENTRO DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES – CEI Antonio Braz de Oliveira e Silva DIAGNÓSTICO DOS INVESTIMENTOS EM CULTURA NO BRASIL v. 1 Gastos públicos com cultura no Brasil: 1985-1995 MINISTÉRIO SISTEMA ESTADUAL DA CULTURA DE PLANEJAMENTO FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO CENTRO DE CENTRO ESTUDOS HISTÓRICOS DE ESTATÍSTICA E CULTURAIS E INFORMAÇÕES DIAGNÓSTICO DOS INVESTIMENTOS EM CULTURA NO BRASIL v. 1: Gastos públicos com cultura no Brasil: 1985-1995 v. 2: Gastos em cultura realizados por empresas públicas, privadas e suas fundações ou institutos culturais no período de 1990 a 1997 v. 3: O Produto Interno Bruto (PIB) das atividades culturais – Brasil 1980/1985/1994: análise temporal e espacial das atividades que compõem o setor cultural – Brasil, grandes regiões e estados componentes 1980/1985/1991/1994 ISBN 85-85930-35-7 D536 Diagnóstico dos investimentos em cultura no Brasil. — Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998 3v.: il. 1. Cultura – Investimento – Brasil. I. Fundação João Pinheiro. CDU 008(81) EQUIPE TÉCNICA SUPERVISÃO Maria Eleonora Barroso Santa Rosa COORDENAÇÃO Maria Amarante Pastor Baracho ELABORAÇÃO Affonso de Mello Baeta (Consultor) Breno Fernando Saturnino Maria Amarante Pastor Baracho APOIO ADMINISTRATIVO CEI: Adenilze Ângela de Lima Pontes; Dirce Seixas Francia Nogueira; José Mário Lemes da Silva (SDI); Luiz Carlos Dressler Noronha; Selma Maria Ferreira CEHC: Lauro José dos Santos Teixeira, Jésus Coelho da Silva Neto e Paulo Rogério Pereira de Freitas PRODUÇÃO EDITORIAL Jussara Maria Januzzi NORMALIZAÇÃO Helena Schirm Maria Judite Alves Pacheco REVISÃO Luiz Carlos Freitas Pereira IMPRESSÃO E ENCADERNAÇÃO Divisão de Serviços Gráficos – DSG AGRADECIMENTOS Registramos nossos agradecimentos especiais aos secretários estaduais e municipais de Fazenda, prefeitos das capitais, contadores gerais dos estados e municípios, secretários estaduais e municipais de cultura, diretores administrativos e financeiros das entidades da administração indireta da cultura, diretores administrativos e financeiros das universidades federais, diretores administrativos e financeiros das entidades supervisionadas pelo MinC, coordenadores da Secretaria do Tesouro Nacional e todas as pessoas que nos forneceram dados e informações. Também, prestamos nosso reconhecimento às colegas Atamis Heberle Luna (CDA), Fátima Beatriz C. Fortes (CEES) e Juliana Dias Alves (CEHC). SUMÁRIO EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................................... 5 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 9 Capítulo 1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11 Capítulo 2 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA REALIZADOS NO BRASIL 1985-1995: UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E CAPITAIS ............................................................................ 15 Capítulo 3 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL 1985-1996 ......................... 23 3.1 Considerações gerais .......................................................................................................... 23 3.2 Evolução dos dados globais ............................................................................................... 25 3.3 Desdobramento da Função 08 – Educação e Cultura, Com ênfase no Programa 48 – Cultura ....................................................................................................... 30 3.4 Comportamento das despesas das autarquias, fundações e fundos sob supervisão do Ministério da Cultura .................................................................................. 30 Capítulo 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA 1985-1995 ...... 34 4.1 Considerações gerais .......................................................................................................... 34 4.2 Evolução dos dados estaduais, incluindo o Distrito Federal ............................................. 43 Capítulo 5 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NAS CAPITAIS DOS ESTADOS – 1985-1995 ............... 54 5.1 Considerações gerais .......................................................................................................... 54 5.2 Evolução dos gastos com cultura nas capitais ................................................................... 55 Capítulo 6 – ANEXOS .................................................................................................................. 63 Capítulo 7 – RESUMO ................................................................................................................. 76 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 78 SIGLAS DOS ESTADOS AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Acre Alagoas Amazonas Amapá Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Minas Gerais Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Paraíba Pernambuco Piauí Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rondônia Roraima Rio grande do Sul Santa Catarina Sergipe São Paulo Tocantins SINAIS CONVENCIONAIS — ... .. Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento Dado numérico não disponível Não se aplica dado numérico APRESENTAÇÃO C om o objetivo de dotar o Governo Federal de uma ampla base de dados sobre o setor cultural e de avaliar o impacto dos investimentos públicos e privados em cultura na economia brasileira, o Ministério da Cultura e a Fundação João Pinheiro firmaram convênio, em novembro de 1996, para a realização do projeto Diagnóstico dos Investimentos em Cultura no Brasil. Para a definição de políticas e a execução de suas ações de planejamento, é fundamental que o Poder Público conheça tanto os gastos efetuados em determinada área como sua composição e distribuição segundo as diversas fontes de financiamento, públicas e privadas. São tais informações que permitem avaliar o esforço empreendido pelas várias esferas de governo e entes privados com atuação no segmento cultural e definir as estratégias e os programas que possam incrementar o volume dos recursos a ele destinados e orientar o seu redirecionamento. É nesse contexto de múltiplos agentes financiadores da área cultural no Brasil que este estudo revela toda a sua importância. A metodologia aqui adotada compreendeu a realização simultânea de três pesquisas, desenvolvidas sob a coordenação do Centro de Estudos Históricos e Culturais e do Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, cujos principais resultados encontram-se disponibilizados nos volumes 1, 2 e 3 desta coleção. A primeira pesquisa avaliou os gastos efetuados pelo setor público nos níveis federal, estadual e municipal (capitais) no período de 1985 a 1995, inclusive dos órgãos das administrações indiretas dessas esferas governamentais; a segunda consistiu no estudo dos gastos em cultura de uma amostra selecionada das maiores empresas privadas e públicas e suas fundações/institutos culturais no período de 1990 a 1997; e a terceira estimou a participação do setor cultural no Produto Interno Bruto do País, assim como analisou a evolução e a composição dos seus principais segmentos, possibilitando, do ponto de vista econômico, medir seus reflexos na geração da renda, emprego, salários e impostos com base nas técnicas de insumo-produto. Agradecemos o apoio do Ministério da Cultura, em especial ao Dr. José Álvaro Moisés, Secretário de Apoio à Cultura, por seu empenho no desenvolvimento deste projeto, que se constituiu num trabalho pioneiro, representando o esforço que vem sendo desenvolvido pelas partes envolvidas no sentido de contribuir para o conhecimento dos diversos aspectos da realidade socioeconômica do País. Roberto Borges Martins Presidente da Fundação João Pinheiro CAP. I – INTRODUÇÃO Capítulo 1 INTRODUÇÃO E ste relatório, em um único volume, é o resultado final do levantamento e da análise dos gastos realizados com cultura pelos poderes públicos federal, estadual e municipal das capitais dos estados, ao nível das administrações direta e indireta, no período de 1985 a 1995, constituindo-se no produto final do Módulo I Gastos Públicos com Cultura no Brasil, do projeto Diagnóstico dos Investimentos Culturais no Brasil. O programa de trabalho deste módulo da pesquisa teve como parâmetros o período indicado para a série histórica, o levantamento de variáveis significativas para análise dos gastos com cultura, a identificação das fontes de recursos e o comportamento das administrações direta e indireta no que diz respeito aos seus gastos com cultura e outros. Informações básicas para a finalização desta pesquisa são encontradas, nos níveis de desagregação mais inferiores da classificação, no Demonstrativo da Despesa por Programa de Trabalho dos governos, do qual consta o programa 48 – Cultura, subdividido em seus dois subprogramas típicos: 246 – Patrimônio histórico, artístico e arqueológico e 247 – Difusão cultural. De acordo com a classificação funcional-programática da despesa por funções em vigor, é neste nível que estão registrados os gastos relativos ao conjunto de ações que visam ao desenvolvimento, à difusão e à preservação do conhecimento adquirido e acumulado pela humanidade. Na classificação funcional-programática da despesa pública, o programa 48 – Cultura integra, no nível maior de agregação da despesa por funções do governo, a função 08 – Educação e Cultura, como típico desta função. Como o universo a pesquisar envolvia as administrações direta e indireta nos seus três níveis, caberia levantar também os elementos da despesa, os projetos e as atividades. Para atendimento desses propósitos, propôs-se a elaboração de planilhas que demonstrassem: • os gastos da administração direta nas funções do governo; • o desdobramento dos gastos da função 08 – Educação e Cultura ao nível de programas; • o desdobramento do programa 48 – Cultura, da função 08 em subprogramas; • o desdobramento dos subprogramas do programa 48 por projetos e atividades e por natureza (elementos) da despesa. Tais planilhas, além de indicarem o roteiro básico a seguir nos levantamentos, teriam o objetivo maior de apontar, com consistência e no melhor nível de informações, os gastos dos órgãos e entidades cuja função principal se relaciona com a área cultural – secretarias de cultura, fundações culturais, institutos de preservação do patrimônio histórico e artístico, entre outros. A expectativa era de que este levantamento cobriria mais de 90% dos gastos da administração direta e orientaria, com mais segurança, a pesquisa dos gastos na administração indireta, além de eliminar a dupla contagem nos três níveis de governo. Como se sabe, na sistemática da gestão da despesa pública com cultura, a responsabilidade principal recai sobre o Ministério da Cultura, que realiza despesas próprias de manutenção e desenvolvimento, como também transfere parte de seus recursos orçamentários a fundos e entidades por ele supervisionados, a órgãos e entidades dos estados e municípios e a CEHC – Centro de Estudos Históricos e Culturais; CEI – Centro de Estatística e Informações 11 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 instituições culturais de direito privado sem fins lucrativos. Ao final da pesquisa, o nível das informações nos diversos balanços consultados variou muito acima do esperado, apesar da relativa uniformidade definida pela Lei 4.320, de 17 de março de 1964, o que prejudicou a consecução dos propósitos a serem atingidos. As deficiências estão apontadas nos relatórios parciais e finais de cada esfera de governo. Os seguintes documentos, já entregues ao Ministério da Cultura, compõem a base de dados e de informações analíticas deste relatório final: Relatório 1: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil 1985-1995/Metodologia para coleta de dados da União/Fevereiro de 1997. Relatório 2: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil 1985-1995/Metodologia Preliminar para coleta de dados dos estados/Março de 1997. Relatório 3: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil 1985-1995/Etapa 1: Coleta de Dados sobre a Despesa com Cultura nas administrações direta e indireta da União, dos estados e dos municípios das capitais dos estados – Procedimentos Metodológicos Adotados e Tabelas Preliminares/Maio de 1997. Relatório 4: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/União 1985-1995/administração direta/2 Volumes/Volume 1: Análise de Dados Volume 2: Base de Dados/Julho de 1997. Relatório 5: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/União 1985-1995/3 Volumes/ Volume 1: Análise de Dados/Volume 2 (Base de dados administração direta)/Volume 3 (Base de dados: autarquias, fundações e fundos supervisionados pelo Ministério da Cultura e entidades educacionais supervisionadas pelo Ministério da Educação e do Desporto)/Novembro de 1997. Relatório 6: Diagnóstico dos Investimentos 12 Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/municípios das capitais dos estados 1985-1995/2 Volumes/Volume 1: Análise de dados/Volume 2: Base de dados /Novembro de 1997. Relatório 7: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/Estados 1985-1995/4 volumes/ Volume 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Análise de dados/Volume 2: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados agregada/Volume 3: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados – Tabelas por estados e Distrito Federal – Acre até Pará/Volume 4: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados – Tabelas por estados e Distrito Federal – Paraíba até Tocantins (Abril de 1998). Os relatórios parciais relacionados apresentam os procedimentos metodológicos que orientaram a coleta, sistematização e análise dos dados; descrevem o aparato institucional que envolve a realização dos gastos públicos da administração direta e da indireta; e trazem a análise dos dados, buscando identificar seu montante, sua evolução, sua estrutura e as unidades e entidades executoras. O levantamento abrangeu os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, por via da despesa por eles realizadas dentro do programa Cultura. Procedeu-se, também, a uma estimativa dos gastos com cultura no universo das entidades supervisionadas pelo Ministério da Educação e do Desporto, com base em dados fornecidos por algumas universidades. Esses gastos não são orçamentariamente classificados no programa Cultura, e sim no programa Ensino Superior, como extensão universitária. O conceito adotado para o levantamento foi o de despesa realizada. Os valores apurados correspondem à efetiva utilização ou ao comprometimento dos recursos consignados nas leis de orçamento para a execução das atividades CEHC – Centro de Estudos Históricos e Culturais; CEI – Centro de Estatística e Informações CAP. I – INTRODUÇÃO ou projetos, ainda que parte da despesa empenhada, inscrita em restos a pagar, pudesse vir a ser anulada. Deve-se registrar, também, que as modificações sofridas na forma de registro dos dados e de apresentação dos balanços ao longo do período contemplado pela análise (1985-1995) tiveram algumas implicações na construção da base primária de dados, quer pela inexistência de determinados demonstrativos em alguns dos documentos consultados – o que resultou na impossibilidade de elaborar algumas tabelas –, quer por dificuldades na sua leitura e interpretação, apesar da normatização decorrente da Lei 4.320, de 17 de março de 1964.1 Outra alteração diz respeito ao fato de os balanços do governo federal, a partir de 1993, trazerem a despesa das fundações, autarquias e fundos consolidada com a despesa da administração direta. Este fato, entretanto, não comprometeu os resultados da análise, face à possibilidade de acesso aos balanços e demonstrativos dessas entidades e ao pequeno valor de suas receitas próprias, como se verificou posteriormente. O processo de coleta de dados partiu do nível de agregação máximo das ações do governo – despesa por função. Selecionada a função 08 – Educação e Cultura, esta foi desdobrada em programas, identificando-se o programa 48 Cultura. Embora típico da função 08 – Educação e Cultura, gastos com o programa Cultura foram também realizados em outras funções de forma episódica e em valor muito pequeno, quando comparado com os valores despendidos na função 08. O desdobramento por subprogramas sinaliza para a estrutura dos gastos por aplicação e sua classificação em atividades meio e fim. São 1 2 3 considerados típicos do programa Cultura os subprogramas Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico (246) e o de Difusão Cultural (247). O primeiro “compreende o conjunto de projetos/atividades voltados para a identificação, a organização, a proteção, a conservação e a divulgação dos acervos que constituem o patrimônio cultural brasileiro, de forma a contribuir para o resgate da memória e o desenvolvimento da ciência e da cultura.” O segundo subprograma “...compreende os projetos/atividades voltados para o apoio às diversas formas de produção e criação cultural nas áreas do cinema e do vídeo, da literatura, das artes cênicas, plásticas e gráficas, da fotografia, da música e de outras manifestações representativas da cultura brasileira.”2 Finalmente, cabe salientar o procedimento comumente adotado na administração pública de classificar gasto com pessoal o maior dos elementos da despesa, no subprograma 021 – Administração Geral, independentemente da maior ou menor participação da despesa com pessoal nas atividades finalísticas dos órgãos. Embora haja razões para tanto, tal comportamento leva a uma interpretação distorcida da estrutura de custos da despesa pública – em gastos administrativos e finalísticos –, quando esta é analisada somente em nível da classificação por subprogramas. Este procedimento pode ser um dos responsáveis pela falsa impressão, freqüentemente veiculada, de que o gasto com a finalidade principal do órgão ou entidade se perde no meio da burocracia.3 Em outras palavras, o que se argumenta neste ponto é que parcela significativa dos gastos com subprogramas finalísticos é alocada no subprograma 021 – Administração Geral, conduzindo a uma leitura Encontra-se em tramitação no Congresso Nacional o substitutivo ao Projeto de Lei 135/96 que propõe sensíveis alterações na Lei 4.320 de 17/03/64 e legislação posterior, conforme BRASIL, Congresso Nacional, Parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, Relator Deputado Augusto Viveiros. MANUAIS de Legislação, São Paulo: Editora Atlas, 17. ed. n. 19, 1993, p. 164 Nesta discussão, vale destacar os ensaios constantes do Relatório 4: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/União 1985-1995/Administração Direta/2 Volumes/Volume 1: Análise de Dados Volume 2: Base de Dados/Julho de 1997, realizados para a análise dos gastos com cultura, comparativamente aos gastos com outros programas na função 08 – Educação e Cultura. CEHC – Centro de Estudos Históricos e Culturais; CEI – Centro de Estatística e Informações 13 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 inadequada da informação na aplicação do recurso em atividades burocráticas e finalísticas. Enquanto a seção 2 se refere aos dados globais consolidados, as seções seguintes destinamse à apresentação dos dados de uma das esferas de governo, constituindo-se em uma síntese da análise realizada nos relatórios analíticos anteriores (Relatórios de Andamento de 3 a 7) que integram o módulo I do projeto Diagnóstico dos Investimentos Culturais no Brasil. Assim, em síntese, além desta introdução, este volume 1 é composto de seis sessões e um anexo, que contém tabelas mais analíticas, para complementar as informações do relatório. A primeira seção apresenta os conceitos e os parâmetros para o nível de desagregação dos gas- 14 tos com cultura, a metodologia básica, a estrutura da base de dados analíticos, as limitações e expectativas. A segunda seção consolida os dados globais dos gastos com cultura realizados pelo poder público nos três níveis de governo. A terceira, quarta e quinta seções apresentam em síntese, para cada um dos níveis de governo, respectivamente, União, estados e municípios das capitais dos estados: • as questões metodológicas e de levantamento que influenciaram o resultado da pesquisa e a estrutura institucional dominante na esfera de governo; • a análise dos gastos com cultura, em sua evolução e composição para as administrações direta e indireta. CEHC – Centro de Estudos Históricos e Culturais; CEI – Centro de Estatística e Informações CAP. 2 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA REALIZADOS NO BRASIL – 1985-1995: UNIÃO, ESTADOS ... Capítulo 2 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA – 1985 A 1995 Tabela 2.1 Brasil – Gastos públicos com cultura, governo federal, estados e capitais – 1985-1995 (em milhões de reais de dezembro de 1996) Ano Governo Estados Capital Total Federal dos Estados 1985 208 293 76 578 1986 254 334 108 696 1987 302 288 119 710 1988 279 250 96 625 1989 296 337 104 737 1990 197 403 135 735 1991 131 401 141 673 1992 222 564 164 951 1993 222 398 121 741 1994 213 486 134 833 1995 245 268 179 692 Total 2.571 4.022 1.378 7.971 Média Anual 234 366 125 725 Participação (%) 31 50,81 17,41 100,00 Taxa Linear de Crescimento -1,35% 4,82% 8,90% 2,81% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: A partir de 1992 foram incluídos os recursos do Tesouro Nacional utilizados como incentivo fiscal, através das leis 8.313 (Rouanet) e 8.685 (Audiovisual). Em vista da existência de superestimação dos valores para 1993 e subestimação para os valores de 1992, decorrentes de problemas na legislação contábil, optou-se por trabalhar com as médias dos dois períodos. 4 Pela tabela 2.1, observa-se que a despesa total com cultura para o governo federal,4 estados, Distrito Federal e capitais atinge, em média, ano a ano, no período 1985-1995, R$ 725 milhões, expressos a preços de dezembro de 1996. Deste total, o governo federal detém 32%, enquanto os estados e capitais representam, respectivamente, 51% e 17% do total geral. Em 1995, último ano da série histórica da pesquisa nas três esferas de governo, o valor estimado de gastos públicos com cultura no Brasil atingiu R$ 692 milhões, a preços de dezembro de 1996, que representam apenas 0,089% do PIB brasileiro desse mesmo ano. Gráfico 2.1 Brasil – Gastos públicos com cultura, governo federal, estados e capitais – 1985-1995 1.000 GOVERNO FEDERAL ESTADOS CAPITAIS TO TA L 900 800 700 R$ MILHÕES O total dos gastos do setor público com cultura no Brasil está demonstrado na tabela 2.1 e no gráfico 2.1. Nas colunas estão demonstrados os valores estimados despendidos pelo governo federal, pelos estados e pelas capitais dos estados, e os totais do setor público em cada um dos exercícios compreendidos no período 1985-1995. 600 500 400 300 200 100 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). A reta de ajustamento plotada na curva que mostra a evolução do total de gastos públicos com cultura no Brasil (gráf. 2.1) apresenta in- Incluindo a partir de 1992, os recursos do Tesouro Nacional utilizados como incentivo fiscal, através de Imposto de Renda não arrecadado, conforme as leis 8.313 (Rouanet), de 23 de dezembro de 1991, e 8.685 (Audiovisual), de 20 de julho de 1993. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 15 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 clinação positiva, indicando que os valores são crescentes no período de 1985 a 1995, a uma taxa média de 2,81% ao ano (tab. 2.1). Esta taxa atinge 2,41% se não incluídos os recursos do Tesouro Nacional, utilizados como incentivo fiscal, através de Imposto de Renda não arrecadado, através das leis 8.313 (Rouanet), de 23 de dezembro de 1991, e 8.685 (Audiovisual) de 8 de novembro de 1993, cujos montantes atingiram em 1992 (a preços de dezembro de 1996), R$ 598,2 mil, passando em 1995 e 1996 para, respectivamente, R$ 35.062,3 mil e R$ 87.469,1 mil, também a preços de dezembro de 1996 (gráf. 3.2). Na evolução histórica, considerando todo o conjunto, inclusive os valores aplicados através das leis de incentivo a partir de 1992, a primeira queda no volume total de recursos aplicados em cultura ocorre no exercício de 1988, decorrente de um mau desempenho nos três níveis de governo, diferentemente da queda seguinte em 1991, causada exclusivamente pelo agravamento da crise do setor no governo federal. A redução dos valores aplicados nos dois últimos anos da série, entretanto, parece resultar tanto de ajustes nas finanças estaduais, que apresentam maiores amplitudes nas variações, como também do nível de recursos aplicados pelo governo federal, ainda relativamente baixo quando comparado com os dados dos primeiros exercícios da série 1985-1995. Em face das transformações ocorridas nas formas de gestão da cultura neste nível de governo, a análise da evolução dos gastos do governo federal com cultura mereceu uma análise mais segmentada, conforme seção 3 deste relatório. Em síntese, a taxa de crescimento em 12 anos (até 1996) é, em média, 0,53% ao ano. No primeiro período, de 1985 a 1989, a taxa de crescimento linear é de 9,71% ao ano; de 1990 a 1991, decresce 18,5%, e de 1992 a 1996, os gastos são novamente crescentes, com um crescimento médio de 9,24% ao ano. Abstraído o período em que não existia o Ministério, os gastos do governo federal, no conjunto do primeiro e terceiro períodos, ainda permanecem com média decrescente, de 1,17%, uma vez que o 16 terceiro período não atingiu os níveis médios de crescimento registrados no primeiro, ainda que em 1993 o volume de recursos aplicados tenha sido o maior dos 12 anos levantados. Seguindo a mesma metodologia de cálculo da taxa de evolução dos gastos, os estados apresentam comportamento de gastos crescentes até 1992, quando aplicam o maior volume de recursos, exatamente o oposto do governo federal, que nesse ano mostra o menor volume de gastos com cultura. A partir deste exercício as aplicações dos estados entram em queda, até alcançar seu menor valor em 1995, contrastando com a recuperação dos gastos do governo federal e dos municípios a partir de 1993. Apesar da queda ocorrida no final do período, os estados mostram taxa de crescimento médio anual nos 11 anos da série, 1985-1995, de 4,82%. Enquanto os governos federal e estadual aportam volumes de recursos orçamentários em cultura, bastante variáveis a partir de 1989, as capitais dos estados apresentam valores crescentes, pouco afastados da taxa de crescimento linear, de 8,9%, revelando política mais estável de aplicação de recursos, apesar de que, em valor, correspondam a, aproximadamente, um quinto do que aplicam os dois outros níveis de governo, portanto com pouca influência no comportamento do total de gastos com cultura realizados no país. Uma vez que os estados e municípios das capitais, somados, realizam parcela significativa dos gastos com cultura (média de 68%), para uma análise regionalizada, procedeu-se à elaboração das tabelas 2.2 e 2.3. Na primeira, figuram os gastos per capita das esferas de governo em cada ano, bem com os valores médios no período e as taxas de crescimento com base na reta de ajustamento às curvas de aplicações de cada governo; na segunda, os mesmos indicadores são apresentados por regiões. Com os dados da tabela 2.2 elaborou-se os gráficos 2.2 e 2.3, para melhor observação do comportamento relativo de cada um dos níveis de governo. A conclusão é de que os estados e municípios substituíram o governo federal quando este reduziu seus gastos com cultura, e vice- FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 2 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA REALIZADOS NO BRASIL – 1985-1995: UNIÃO, ESTADOS ... Tabela 2.2 Brasil – Gastos públicos per capita com cultura, governo federal, estados e capitais – 1985-1995 Ano Gasto com cultura População Gasto per capita (R$/hab) (R$ milhões de dez. de 96) (milhões de hab.) União Est. Total União Est. e Total e cap. cap. 1985 208 370 578 132 1,58 2,80 4,38 1986 254 442 696 135 1,88 3,30 5,16 1987 302 408 710 137 2,20 3,00 5,18 1988 279 345 624 140 1,99 2,50 4,46 1989 296 441 737 142 2,08 3,10 5,19 1990 197 538 735 145 1,36 3,70 5,07 1991 131 542 673 147 0,89 3,70 4,58 1992 222 729 951 149 1,46 4,90 6,38 1993 222 519 741 152 1,46 3,40 4,88 1994 213 620 833 154 1,28 4,00 5,41 1995 245 448 693 156 1,35 2,90 4,44 2.572 5.402 7.974 1.589 Total Média anual 234 491 725 144 1,62 3,40 5,02 Taxa linear de crescimento -1,35% 6,08% 2,81% 1,83% -3,23% 3,26% 0,69% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Em vista da existência de superestimação dos valores para 1993 e subestimação para os valores de 1992, decorrentes de problemas na legislação contábil, optou-se por trabalhar com as médias dos dois períodos. Tabela 2.3 Brasil – Gastos públicos com cultura, estados e capitais agrupados por regiões – 1985-1995 (em R$ milhões de dezembro de 1996) Regiões Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Total População Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Total 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 3,10 4,90 4,60 3,60 6,60 11,70 13,90 70,40 91,50 80,30 63,00 63,20 78,10 51,40 38,00 32,60 19,70 14,20 25,60 16,40 19,60 215,60 261,90 261,70 226,00 290,40 381,50 426,50 43,80 52,90 42,90 39,60 55,50 55,30 39,20 370,90 443,80 409,20 346,40 441,30 543,00 550,60 1992 1993 1994 1995 6,30 11,60 59,10 14,80 127,40 92,30 94,40 82,60 16,20 13,00 16,90 18,00 536,30 367,90 404,40 282,90 41,60 33,70 43,90 47,90 727,80 518,50 618,70 446,20 Brasil – População estimada por regiões – 1985-1995 (em milhões de habitantes) 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 8,20 8,50 8,80 9,10 9,40 9,70 10,00 10,30 10,60 10,90 11,10 38,30 39,10 39,80 40,50 41,20 41,90 42,50 43,10 43,80 44,30 44,90 8,00 8,20 8,50 8,70 9,00 9,20 9,40 9,60 9,80 10,00 10,20 56,80 57,90 58,90 59,90 60,90 61,90 62,80 63,70 64,60 65,40 66,20 20,40 20,70 21,00 21,30 21,60 21,80 22,10 22,40 22,60 22,80 23,10 131,70 134,40 137,00 139,50 142,10 144,50 146,80 149,10 151,40 153,40 155,50 Brasil – Gastos per capita com cultura – Estados e capitais – 1985-1995 (em R$ 1,00/hab) 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Regiões Norte 0,38 0,58 0,52 0,40 0,70 1,21 1,39 0,61 1,09 5,42 1,33 Nordeste 1,84 2,34 2,02 1,56 1,53 1,86 1,21 2,96 2,11 2,13 1,84 Centro-Oeste 4,75 3,98 2,32 1,63 2,84 1,78 2,09 1,69 1,33 1,69 1,76 Sudeste 3,80 4,52 4,44 3,77 4,77 6,16 6,79 8,42 5,70 6,18 4,27 Sul 2,15 2,56 2,04 1,86 2,57 2,54 1,77 1,86 1,49 1,93 2,07 2,82 3,30 2,99 2,48 3,11 3,76 3,75 4,88 3,42 4,03 2,87 Estado+Capital Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). versa; isto é, reduziram seus gastos quando o governo federal alocou maiores volumes de recursos. Apoiado nos dispêndios dos estados e municípios, demonstra-se (tab. 2.3 e gráf. 2.4 e 2.5) que são crescentes os gastos per capita nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste e decrescentes no Centro-Oeste e Sul. Somente o crescimento da região Sudeste – de 5,43% – é superior à média do país – de 3,17%. A taxa de cresci- FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 17 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Gráfico 2.2 Brasil – Gastos públicos com cultura, governo federal, estados e capitais – 1985-1995 800 UNIÃO ESTADOS E CAPITAIS 700 GASTOS (R$ MILHÕES) 600 500 400 300 200 100 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 2.3 Brasil – Gastos públicos per capita com cultura, união, estados e capitais (R$ de dezembro de 1996 por habitante) 7 UNIÃO ESTADOS E CAPITAIS Total GASTOS (R$ 1,00 POR HABITANTE) 6 5 4 3 2 1 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). mento da região Norte, com seu valor fortemente influenciado por um ano atípico, o de 1994, está muito distante do que seria o seu nível médio significativo (gráf. 2.5). Esta demonstração regionalizada dos gastos públicos seria mais significativa se os dados 18 referentes aos demais municípios brasileiros ou daqueles de maior expressão, ainda que estimados, fossem incluídos. Na seqüência, embora a importância relativa de valores projetados seja, em geral, reduzida, três ensaios foram efetuados com base FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 2 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA REALIZADOS NO BRASIL – 1985-1995: UNIÃO, ESTADOS ... Gráfico 2.4 Brasil – Gastos per capita com cultura, estados e capitais – 1985-1995 9,00 CENT RO-OEST E SUDESTE Estado+Capital 8,00 R$ POR HABITANTE 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 2.5 Brasil – Gastos per capita com cultura, estados e capitais por regiões – 1985-1995 (em R$ por habitante) 3,00 R$ POR HABITANTE 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 NORT E 0,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 NORDEST E 1991 SUL 1992 1993 1994 1995 ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). nos parâmetros de crescimento encontrados, supondo a tendência de expansão da população no cálculo dos gastos per capita com cultura, conforme demonstra o quadro 2.1. Os resultados da projeção a partir das hipóteses do quadro 1 estão na tabela 2.4 e nos gráficos 2.6, 2.7 e 2.8, que mostram aproximadamente: • Na primeira hipótese, se a expansão de gastos públicos com cultura seguir parâmetros conservadores tanto para o governo federal quanto para os estados e capitais, a tendência do gasto per capita será a de estacionar em torno de R$ 5,5 a R$ 6,5 por habitante ao ano na próxima década. • Na segunda hipótese, menos conservado- FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 19 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Quadro 2.1 Brasil – Hipóteses de crescimento dos gastos com cultura, para estimativa dos valores per capita, na primeira década do próximo milênio Hipóteses 1 2 3 Governo Federal Crescer linearmente, seguindo a reta de ajustamento aos gastos com cultura efetuados no período 1992-1996. Crescer 6% ao ano, desempenho próximo do realizado pelos estados e umnicípios das capitais no período 19851995. Crescer 9% ao ano, a partir de 1997. Estados e municípios das capitais Crescer linearmente, seguindo a reta de ajustamento aos gastos com cultura no período 1985-1995. Crescer 6% ao ano, que equivale ao desempenho próximo do realizado por este segmento do governo no período 19851995. Crescer na linha de tendência do período 1985-1995 até 1999 e, a partir do ano 2000, crescer 9% ao ano. Tabela 2.4 Brasil – Projeção de gastos com cultura, governo federal, estados e capitais por regiões – 1985-2012 Ano Gasto com cultura (R$1.000.000,00) 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 União Estados e capitais Total Hip.1 Hip.2 Hip.3 Hip.1 Hip.2 Hip.3 Hip.1 Hip.2 Hip.3 Linear 3,00% 6,00% Linear 3,00% 6,00% Linear 3,00% 6,00% 208 208 208 370 370 370 578 578 578 254 254 254 442 442 442 696 696 696 302 302 302 408 408 408 710 710 710 279 279 279 345 345 345 624 624 624 296 296 296 441 441 441 737 737 737 197 197 197 538 538 538 735 735 735 131 131 131 542 542 542 673 673 673 107 107 107 729 729 729 836 836 836 334 334 334 519 519 519 853 853 853 197 197 197 620 620 620 817 817 817 210 210 210 448 448 448 658 658 658 249 249 249 617 461 475 866 710 724 251 256 264 638 475 503 889 732 767 267 264 280 659 490 534 925 754 813 283 272 297 680 504 566 962 776 862 299 280 314 701 519 600 999 800 914 314 289 333 721 535 635 1.036 824 969 330 297 353 742 551 674 1.073 848 1.027 346 306 374 763 568 714 1.109 874 1.088 362 315 397 784 585 757 1.146 900 1.154 378 325 421 805 602 802 1.183 927 1.223 394 335 446 826 620 850 1.220 955 1.296 410 345 473 847 639 901 1.257 983 1.374 425 355 501 868 658 956 1.294 1.013 1.457 441 366 531 889 678 1.013 1.330 1.043 1.544 457 377 563 910 698 1.074 1.367 1.075 1.637 473 388 597 931 719 1.138 1.404 1.107 1.735 489 400 633 952 740 1.206 1.441 1.140 1.839 População (milhões de hab.) 132 135 137 140 142 145 147 149 152 154 156 159 162 165 168 171 174 177 180 184 187 190 194 197 201 205 209 212 Gasto per capita (R$ 1,00/hab.) Hip.1 Linear 1,58 1,88 2,20 1,99 2,08 1,36 0,89 0,72 2,20 1,28 1,35 1,57 1,55 1,62 1,69 1,75 1,81 1,86 1,92 1,97 2,02 2,07 2,11 2,15 2,19 2,23 2,27 2,30 União Estados e capitais Hip.2 Hip.3 Hip.1 Hip.2 Hip.3 3,00% 6,00% Linear 3,00% 6,00% 1,58 1,58 2,80 2,80 2,80 1,88 1,88 3,27 3,27 3,27 2,20 2,20 2,98 2,98 2,98 1,99 1,99 2,46 2,46 2,46 2,08 2,08 3,11 3,11 3,11 1,36 1,36 3,71 3,71 3,71 0,89 0,89 3,69 3,69 3,69 0,72 0,72 4,89 4,89 4,89 2,20 2,20 3,41 3,41 3,41 1,28 1,28 4,03 4,03 4,03 1,35 1,35 2,87 2,87 2,87 1,57 1,57 3,88 2,90 2,99 1,59 1,63 3,94 2,94 3,11 1,60 1,70 4,00 2,97 3,24 1,62 1,77 4,05 3,01 3,37 1,64 1,84 4,10 3,04 3,51 1,66 1,92 4,15 3,08 3,65 1,68 1,99 4,19 3,11 3,80 1,70 2,08 4,23 3,15 3,96 1,72 2,16 4,27 3,18 4,12 1,74 2,25 4,31 3,22 4,29 1,76 2,34 4,34 3,26 4,47 1,78 2,44 4,37 3,29 4,65 1,80 2,54 4,40 3,33 4,84 1,82 2,64 4,42 3,37 5,04 1,84 2,75 4,44 3,41 5,24 1,86 2,86 4,46 3,45 5,46 1,88 2,98 4,48 3,49 5,68 Hip.1 Linear 4,38 5,16 5,18 4,46 5,19 5,07 4,58 5,61 5,61 5,31 4,22 5,45 5,49 5,62 5,74 5,85 5,96 6,06 6,15 6,24 6,33 6,41 6,48 6,55 6,62 6,68 6,73 6,79 Total Hip.2 Hip.3 3,00% 6,00% 4,38 4,38 5,16 5,16 5,18 5,18 4,46 4,46 5,19 5,19 5,07 5,07 4,58 4,58 5,61 5,61 5,61 5,61 5,31 5,31 4,22 4,22 4,47 4,56 4,52 4,74 4,58 4,94 4,63 5,14 4,68 5,35 4,74 5,57 4,79 5,80 4,84 6,03 4,90 6,28 4,96 6,54 5,01 6,81 5,07 7,09 5,13 7,38 5,19 7,68 5,25 7,99 5,31 8,32 5,37 8,66 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). ra, se os gastos do setor público crescerem a 6% ao ano, o que eqüivale à taxa de crescimento estimada para os estados e capitais no período de 11 anos, o gasto per capita poderá se situar entre R$ 6 e R$ 8 por habitante ao ano na próxima década. • Estes valores serão bastante aumentados se, numa hipótese bastante otimista, os três níveis de governo, especialmente o governo federal e os cinco estados mais representativos em termos de maior volume de gastos com cultura (São Paulo, Bahia, Rio 20 de Janeiro, Minas Gerais e Paraná) efetuarem aplicações crescentes a uma taxa de 9% ao ano, que é a taxa observada para o governo federal no período 1992 a 1996. Nesta terceira hipótese, o valor do gasto per capita deverá situar-se entre R$ 7,00 no início até R$ 13,00 no final da próxima década. A despeito de sua simplificação metodológica, este ensaio permite vislumbrar as possibilidades de alcance de valores mais elevados de gastos públicos per capita com cultura no iní- FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 2 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA REALIZADOS NO BRASIL – 1985-1995: UNIÃO, ESTADOS ... Gráfico 2.6 Brasil – Projeção de gastos com cultura, governo federal – 1985-2012 GOVERNO FEDERAL - 1985-2012 700 UNIÃO Hip.1 Linear 600 UNIÃO Hip.2 3,00% UNIÃO Hip.3 6,00% GASTOS EM R$ MILHÕES 500 400 300 200 100 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 ANO ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 2.7 Brasil – Projeção de gastos com cultura, estados e capitais – 1985-2012 1.400 ESTADOS e CAPITAIS Hip.1 Linear ESTADOS e CAPITAIS Hip.2 3,00% 1.200 ESTADOS e CAPITAIS Hip.3 6,00% GASTOSEM EM R$ R$ MILHÕES MILHÕES GASTOS 1.000 800 600 400 200 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 21 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Gráfico 2.7 Brasil – Projeção de gastos per capita com cultura, estados e capitais – 1985-2012 9,00 T otal Hip.1 Linear 8,50 T otal Hip.2 3,00% T otal Hip.3 6,00% 8,00 GASTOS EM R$ MILHÕES 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 ÁNO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). cio do próximo milênio. Sem dúvida, modelos mais sofisticados implicariam considerar outros aspectos que afetam o comportamento dos gastos públicos, como a evolução institucional de órgãos e entidades vinculados à execução de projetos e atividades culturais no âmbito das reformas administrativas nas três esferas da administração pública brasileira, a importância setorial da área cultural nas políticas públicas, a evolução das condições de financiamento das políticas públicas na próxima década, as parce- 22 rias com o setor privado, e a própria evolução da capacidade gerencial da área cultural no país. As seções seguintes, destinadas cada uma à apresentação dos dados de uma das esferas de governo, trazem uma síntese da análise realizada em cada um dos documentos analíticos (relatórios) que integram o módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – 1985 – 1995, do projeto Diagnóstico dos Investimentos Culturais no Brasil. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 3 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL – 1985-1986 Capítulo 3 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL – 1985-1986 3.1 Considerações gerais A responsabilidade do Ministério da Cultura na gestão da despesa com cultura incluí a realização de gastos relacionados com a própria manutenção e desenvolvimento do órgão e a transferência de recursos para aplicação a cargo dos fundos e entidades por ele supervisionados, bem como a órgãos e entidades públicas e privadas dos estados e municípios, em apoio a atividades e projetos incrementados em regime de cooperação. A estrutura responsável pela gestão dos gastos públicos federais com cultura no período compreendido pela pesquisa – 1985 a 1995 – foi objeto de várias alterações, já explicitadas em relatório anterior.5 Em conseqüência, para a consolidação da série de 11 anos da base de dados, os gastos das entidades extintas foram computados na despesa das entidades que as sucederam e que compareceram na despesa do último exercício pesquisado – 1995. Neste último ano estavam vinculados ao Ministério o Fundo Nacional de Cultura e as fundações Casa de Rui Barbosa, Nacional de Artes (FUNARTE), Cultural Palmares, Biblioteca Nacional e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Conforme relatórios analíticos, para consistência da série de dados incluiu-se também a Fundação Joaquim Nabuco, atualmente vinculada ao Ministério da Educação e do Desporto. 5 Em 1990, o Ministério da Cultura foi transformado em Secretaria (Lei 8.029, de 12 de abril de 1990). A perda de status do órgão federal responsável pela cultura ocorreu na esteira de um movimento no qual foram abolidos, nessa esfera, diversos incentivos para a cultura, como a revogação da Lei Sarney e o fim da Embrafilme. Foram também extintas a Fundação Nacional de Arte, a Fundação Nacional Pró-Memória, a Fundação Nacional de Artes Cênicas, a Fundação do Cinema Brasileiro (FCB) e a Fundação Nacional Pró-Leitura. A mesma lei que dispôs sobre a extinção dessas fundações autorizou o Poder Executivo a constituir o Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC), o Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural (IBPC) e a Biblioteca Nacional. No que se refere às atribuições das entidades vinculadas ao MinC, a partir de 1992, tem-se: • Fundação Nacional de Artes (FUNARTE): Responsável pela política cultural nas áreas de artes gráficas, artes plásticas, cinema e vídeo, circo, dança, documentação e informação, folclore e cultura popular, fotografia, música, ópera e teatro. Sucessora das extintas Fundação Nacional de Artes, Fundação de Artes Cênicas e Fundação Cinema Brasileiro e do também extinto IBAC, a FUNARTE tem como competência promover, incentivar e amparar, em todo o território nacional, a prática de atividades artísticas e culturais e o desenvol- Relatórios de Andamento 4 e 5: Relatório 4: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/União 1985-1995/Administração Direta/2 Volumes/Volume 1: Análise de dados Volume 2: Base de dados/Julho de 1997; Relatório 5: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/União 1985-1995/3 Volumes/Volume 1: Análise de Dados/Volume 2 (Base de Dados Administração Direta)/Volume 3 (Base de dados: autarquias, fundações e fundos supervisionados pelo Ministério da Cultura e entidades educacionais supervisionadas pelo Ministério da Educação e do Desporto)/Novembro de 1997. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 23 GASTOS PÚBLICOS • • • • 24 COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 vimento de projetos. Biblioteca Nacional: Instituída como fundação em 1990 pelo Decreto 99.492, que tem como principais atribuições a prestação de informações bibliográficas, a reprodução documental, o registro de direitos autorais, a coordenação do sistema nacional de bibliotecas, a promoção de intercâmbio bibliográfico e de exposições, e realização de atividades relacionadas à extinta Fundação Pró-Leitura. Fundação Cultural Palmares (FCP): Promove, patrocina e apoia as iniciativas que têm como marco a integração econômica, política e cultural do negro no contexto social do país, a fim de criar uma visibilidade positiva da comunidade negra, o desenvolvimento de sua auto-estima e sua inclusão no cenário social da nação. Para isso, a FCP busca parceria com diversas instituições de âmbito nacional, estadual e municipal, bem como com organismos internacionais. Fundação Casa de Rui Barbosa: Tem como objetivo o desenvolvimento da cultura, da pesquisa e do ensino, cabendo-lhe, especialmente, a divulgação e o culto da obra e vida de Rui Barbosa. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN): Tem como objetivo fiscalizar, proteger, identificar, restaurar, preservar e revitalizar monumentos, sítios e bens móveis, bem como promover o inventário e a documentação de bens culturais. Originário do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, criado em 1937, o IPHAN passou por várias modificações ao longo dos últimos 60 anos, embora suas atribuições tenham se mantido basicamente as mesmas. Mais recentemente, a Medida Provisória 610, de 8 de setembro de 1994, o instituiu com esse nome, em substituição ao Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural (IBPC), que havia assumido as funções da extinta Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e da Fundação Pró-Memória. Os valores transferidos de 1985 a 1989 pelo Ministério da Cultura para programação a cargo dessas entidades são encontrados no levantamento da despesa por atividades, projetos e subprogramas (tab. 6.1). No período de 1990 a 1992 as transferências estão concentradas em uma única atividade ou projeto, não tendo sido possível distinguir os beneficiários das transferências. De 1993 a 1996 o nível de informação do balanço fiscal publicado não demonstra o montante dos valores transferidos. Para este último período, os valores foram estimados com base na projeção linear da evolução da série e em função da despesa realizada pelos fundos e entidades. Procedeu-se também à estimativa dos investimentos em cultura realizados pelo universo das entidades educacionais supervisionadas pelo Ministério da Educação e do Desporto, com base em dados fornecidos por algumas universidades. Estes gastos são orçamentariamente classificados no programa Ensino Superior, como extensão universitária. Alcançando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, através da coleta dos valores da despesa do programa Cultura nos diversos demonstrativos dos balanços gerais da União, os valores dizem respeito aos gastos do Tesouro Nacional como um todo e, mais especificamente, da função Educação e Cultura e do Programa Cultura, este em nível de administração direta e indireta. Embora típico da função 08 – Educação e Cultura, gastos com o programa Cultura foram realizados em outras funções de forma episódica e em valor muito pequeno, quando comparado com os valores despendidos pelo sistema liderado pelo MinC. Modificações sofridas na forma de demonstração dos dados nos balanços gerais da União ao longo do período contemplado pela análise – 1985 a 1995 – tiveram algumas implicações para o trabalho de construção da base primária de dados. Em primeiro lugar, a inexistência de determinados demonstrativos para os anos de 1985, 1986, 1993 e 1995 resultou na impossibilidade de elaborar algumas tabelas para esses anos. Outra alteração é o fato de os balanços, a FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 3 – GASTOS partir de 1993, trazerem a despesa das fundações, autarquias e fundos consolidada com a despesa da administração direta. Esta reformulação, entretanto, não prejudicou os resultados da análise, em face do pequeno valor da receita própria dessas entidades. Em média, 97% dos recursos aplicados pelas entidades da administração indireta do MinC provêm do Tesouro Nacional. Em continuidade ao processo de desagregação, o programa Cultura foi desmembrado em subprogramas, projetos, atividades e elementos da despesa, de modo a propiciar visibilidade ao destino e às finalidades dos recursos. Os quadros da análise, neste nível de classificação, integram a memória da pesquisa.6 Os objetivos perseguidos em nível de subprogramas ficaram bastante prejudicados, em virtude do procedimento adotado nas entidades públicas de classificar no subprograma 021Administração Geral do programa 48 – Cultura a totalidade da despesa com pessoal e encargos PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL – 1985-1986 – a de maior volume no conjunto das despesas dos órgãos e entidades prestadoras de serviço público –, além de outras despesas em subprogramas que também agregam atividades-meio. Em 1996, por exemplo, o total da despesa apropriada no programa 48 – Cultura, de R$ 177 milhões, está apropriado no subprograma 246 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico, 23%; subprograma 246 – Difusão Cultural, 20%; subprogramas-meio, 57%. Conforme argumentado na seção 1, anteriormente, tais dados levam à falsa impressão de que a maior parte dos recursos públicos é aplicada em atividades administrativas meio, e não fim. 3.2 Evolução dos dados globais A tabela 3.1 apresenta o valor dos dispêndios com cultura nos exercícios de 1985 a 1996 efetuados pelos principais agentes culturais do governo federal: administração direta, autarquias, fundações e fundos supervisionados pelo Tabela 3.1 Gastos públicos com cultura, governo federal – 1985-1996 (valores expressos em R$ 1.000,00 de dezembro de 1996) Exercício Gastos com cultura Entidades Total Aplicação direta Autarquias e Fundos p/Ministério Fundações s/superv. MEC 1985 51.622 132.958 95 23.746 208.420 1986 71.501 167.058 83 15.120 253.762 1987 84.493 199.901 1.969 15.914 302.277 1988 96.450 167.606 2.054 13.291 279.401 1989 39.118 231.703 3.500 22.035 296.355 1990 17.520 164.063 473 15.197 197.252 1991 10.581 101.421 0 19.106 131.108 1992 42.105 156.763 4.906 18.726 222.499 1993 42.105 156.763 4.906 18.726 222.499 1994 40.244 135.970 3.541 33.015 212.770 1995 90.377 111.524 13.846 28.899 244.647 1996 156.968 138.863 13.447 26.829 336.107 Total 743.083 1.864.593 48.821 250.602 2.907.099 Média Anual 61.924 155.383 4.068 20.884 242.258 Participação 26% 64% 2% 9% 100% Taxa linear de crescimento 6,53% 2,10% 36,48% 8,01% 0,53% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: 1983, 1994 e 1995 os valores aplicados diretamente pelo Ministério são estimados; 1996 – Entidades s/ Superv. MEC = valor estimado. A partir de 1992 foram incluídos os recursos do Tesouro Nacional, utilizados como incentivo fiscal, através de Imposto de Renda não arrecadado, através das Leis 8.313 de 23 de dezembro de 1991 (Rouanet) e 8.685 de 20 de julho de 1993 (Audiovisual). 6 Relatório 5: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/União 19851995/3 Volumes/Volume 1: Análise de dados/Volume 2 (Base de dados: administração direta)/Volume 3 (Base de dados: autarquias, fundações e fundos supervisionados pelo Ministério da Cultura e entidades educacionais supervisionadas pelo Ministério da Educação e do Desporto)/Novembro de 1997. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 25 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 MinC e entidades de ensino supervisionadas pelo MEC (universidades e escolas técnicas federais e outras entidades). Uma vez que os dados apresentam-se bastante distintos em termos de escala, optou-se pela elaboração de três gráficos, em vez de apenas um, possibilitando a melhor visualização da grandeza dos valores plotados. A tabela 3.1 mostra a participação média anual no período de 1985 a 1996 de cada um desses segmentos. Do total realizado, o governo federal gastou com o próprio MinC aproximadamente 21%; com as autarquias e fundações vinculadas ao MinC, 64%; e os restantes 11% com o Fundo Nacional de Cultura e com os programas de extensão das entidades educacionais do Ministério da Educação. Considerando a análise da expansão dos va- lores aplicados pela reta de ajustamento linear, os gráficos 3.1, 3.3 e 3.4 mostram que as aplicações efetuadas diretamente pelo MinC e entidades supervisionadas são decrescentes no período 1985-1995, com exceção daquelas realizadas pelo Fundo Nacional de Cultura e entidades supervisionadas pelo Ministério da Educação. Paralelamente, o gráfico 3.1 revela que essa tendência decrescente resulta do comportamento dos gastos nos exercícios de 1991 e 1992, coincidentemente com a fase de profundas transformações ocorrida na área pública vinculada à execução de projetos e atividades culturais. Incluindo, a partir de 1992, os recursos do Tesouro Nacional utilizados como incentivo fiscal, através do Imposto de Renda não arrecada- Gráfico 3.1 Gastos públicos com cultura, governo federal – 1985-1996 (valores expressos em R$ 1.000,00 de dez. de 1996) 400.000 GASTOS 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 3.2 Evolução dos recursos do tesouro nacional utilizados como incentivo fiscal através do imposto de renda não arrecadado (Lei Rouanet e Lei do Audiovisual) – 1992-1997 VALOR EM R$ MIL DE DEZ. 96 140.000,00 138.545,18 120.000,00 100.000,00 87.469,09 80.000,00 60.000,00 40.000,00 35.062,37 20.000,00 0,00 14.945,64 598,15 1992 3.490,28 1993 1994 1995 1996 1997 ANO Fonte: Ministério da Cultura, Secretaria de Apoio à Cultura e Audiovisual. 26 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 3 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL – 1985-1986 Gráfico 3.3 Gastos públicos com cultura – governo federal, Ministério da Cultura, autarquias e fundações – 1985-1996 (em R$ mil de dez. de 1996) Aplicação Direta p/ Ministério Autarquias e Fundações 250.000 R$ MIL 200.000 150.000 100.000 50.000 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 3.4 Gastos públicos com cultura – governo federal, fundos do Ministério da Cultura e entidades do MEC – 1985-1996 (em R$ mil de dez. de 1996) 35.000 30.000 Fundos Entidades s/Superv. MEC 25.000 R$ MIL 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1985 -5.000 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). do, decorrentes da vigência das Leis 8.313 (Rouanet), de 23 de dezembro de 1991 e 8.685 (do Audiovisual), de 20 de julho de 1993, observase, pela tabela 3.1, que o gasto total com cultura realizado pelo governo federal atingiu, em 1996, o montante de R$ 336,1 milhões, a preços de dezembro de 1996. Este volume de gastos representa 0,05% do PIB brasileiro do mesmo ano. Em termos per capita, considerando a média do total estimado da população residente nos estados e Distrito Federal e a média dos gastos públicos federais com cultura no período 1985-1995, tem-se um valor médio per capita de R$ 2,82 por habitante/ano. Sem a inclusão dos valores relativos à renúncia fiscal, o montante do gasto com cultura pelo governo federal, em 1996, atingiria R$ 209,6 milhões e o índice per capita R$1,76 por habitante/ano. Os gráficos 3.3 e 3.4 desdobram o total de gastos em curvas distintas, conforme os valores despendidos pelas entidades responsáveis pela gestão dos gastos públicos federais com FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 27 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 cultura. O governo federal apresenta uma reta de ajustamento dos valores aplicados no período crescente, a uma taxa média de 0,53% ao ano, incluído o ano de 1996 (tab. 3.1), bastante influenciada pelas grandes alterações ocorridas a partir de 1990, ano em que o Ministério da Cultura foi extinto e o setor foi submetido a grandes modificações em sua estrutura operacional. Dessa forma, para melhor análise do comportamento do governo federal, desdobrouse o período total em três subperíodos (gráf. 3.5; 3.6 e 3.7): de 1985 (ano de criação do MinC) a 1989, quando se observa expansão dos gastos em média de 9,71% ao ano; de 1990 a 1991 (período em que o setor foi conduzido por um órgão em nível de Secretaria vinculada à Presidência da República), em que os gastos decrescem 18,5%; e de 1992 a 1996 (quando o setor é novamente conduzido por um ministério), no qual os gastos são novamente crescentes, na média de 9,24% ao ano. Mesmo que desconsiderando os anos em que não existia um ministério, os gastos do governo federal no conjunto dos dois períodos têm média decrescente de 1,17% (gráf. 3.8), dado que o segundo período não atingiu os níveis médios do primeiro. A partir de 1993 observam-se comportamentos diversos, ascendentes e descendentes, nos quatro segmentos. Todavia, os valores aplicados, conforme análise anterior, demonstram clara recuperação a partir de 1992. Destaca-se, também, nesse período, a tendência a maior aplicação de recursos do Fundo Nacional de Cultura Tabela 3.2 Brasil – gastos públicos com cultura, governo federal – 1985-1996 (em milhões de reais de dez. de 1996) Ano Gasto Ano Gasto Ano Gasto 1985 1986 1987 1988 208 254 302 279 1989 1990 1991 1992 296 197 131 222 1993 1994 1995 1996 222 213 245 336 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: De 1992 a 1996 estão incluídos os montantes relativos à Renúncia Fiscal. (FNC) a qual, em 1995, atinge R$ 13,8 milhões, após total paralisação no período 1990 a 1992, bem como maior expansão de recursos aplicados através da utilização das leis 8.313 (Rouanet) e 8.685 (do Audiovisual) que registraram, em valores reais, acréscimos de 171% de 1992 a 1996, e 197% de 1992 para 1997 (gráf. 3.2). O levantamento demonstrou também que a receita própria das entidades da administração indireta é muito pequena, em torno de 3% do que recebem como transferências da administração direta. As aplicações realizadas pelos fundos de Promoção Cultural e de Direito Autoral, por sua pequena expressão, foram agregadas ao Fundo Nacional de Cultura. Assinale-se que os gastos com serviço da dívida, seguridade social, saúde e saneamento têm participação cada vez maior no total dos gastos do governo federal. Em conseqüência, os gastos com as demais funções do governo crescem ou decrescem um pouco a cada ano. Gráfico 3.5 Gastos públicos com cultura – Brasil, governo federal – 1985-1989 (em R$ milhões de dez. de 1996) R$ MILHÕES 400 300 200 100 0 1985 1986 1987 1988 1989 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 28 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 3 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL – 1985-1986 R$ MILHÕES Gráfico 3.6 Gastos públicos com cultura – Brasil, governo federal – 1989-1992 (em R$ milhões de dez. de 1996) 400 300 200 100 0 1989 1990 1991 1992 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 3.7 Gastos públicos com cultura – Brasil, governo federal – 1992-1996 (em R$ milhões de dez. de 1996) R$ MILHÕES 400 300 200 100 0 1992 1993 1994 1995 1996 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 3.8 Gastos públicos com cultura – Brasil, governo federal – 1985-1996 (em R$ milhões de dez. de 1996) R$ MILHÕES 400 300 200 100 0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Os gastos com cultura estão classificados no programa 48, um dos programas da função 08 – Educação e Cultura, da qual constituem pequena parcela. Em média, 1,8% do total despendido com a função 08 refere-se a gastos do 7 programa 48 – Cultura. As alocações de recursos nesta última função decresceram no período, embora as alocações ao programa 48 tenham decrescido mais lentamente.7 Conforme mostrado em análise mais exaustiva no Relatório 5: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/União 1985-1995/3 Volumes/Volume 1: Análise de dados/Volume 2 (Base de dados: administração direta)/Volume 3 (Base de dados: autarquias, fundações e fundos supervisionados pelo Ministério da Cultura e entidades educacionais supervisionadas pelo Ministério da Educação e do Desporto)/Novembro de 1997. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 29 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 3.3 Desdobramento da função 08 – Educação e Cultura com ênfase no programa 48 – Cultura Conhecido o montante da despesa da função 08 – Educação e Cultura no conjunto das despesas do governo federal, buscou-se, conforme detalhamento dos procedimentos metodológicos, desagregá-las nos seus programas componentes. Na tabela 6.2 estão apresentados todos os programas da função 08 – Educação e Cultura. A partir desta tabela base os referidos programas foram agrupados e dispostos na tabela 3.3, de modo a destacar apenas as despesas com Cultura, Educação e Administração e Planejamento na função. Do programa Administração foram subtraídos os valores referentes ao serviço da dívida. Tabela 3.3 Brasil – despesa na função 08 – Educação e Cultura, governo federal – 1985-1995 (em R$ milhões de dez. de 1996) Ano 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Adm. e Planejamento Valor % 559 6,3 601 4,8 764 5,3 537 3,7 731 5,0 2.268 20,9 1.184 15,0 1.025 15,9 1.554 16,2 1.502 13,7 1.610 14,9 Educação Valor 8.138 11.824 13.321 13.654 13.666 8.397 6.576 5.333 7.752 9.281 8.986 Cultura Total % Valor % 91,7 180 2,0 8.877 93,5 224 1,8 12.649 92,8 266 1,9 14.352 94,5 258 1,8 14.449 93,2 269 1,8 14.665 77,3 200 1,8 10.865 83,5 114 1,5 7.874 82,6 95 1,5 6.453 80,6 307 3,2 9.612 84,8 164 1,5 10.947 83,4 181 1,7 10.777 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Foram excluídos do Programa Administração Financeira os valores relativos ao “serviço da dívida”. Em 1995 os gastos com o programa Cultura foram em torno de R$ 180,7 milhões, correspondendo a 1,68% da despesa total da função Educação e Cultura, o que representou um valor per capita de aproximadamente R$ 2,03 por habitante no referido exercício. Observa-se que este valor per capita para 1995 é superior ao valor médio de R$ 1,76 estimado para a série de 11 anos, de 1985 a 1995. 30 Internamente à função Educação e Cultura ocorre aumento da despesa com as atividadesmeio, em detrimento das atividades-fim. Ou seja, os gastos com os programas Cultura (2% em 1985 e 1,87% entre 1985 e 1995) e Educação (90,35% em 1985 e 86,36% no período 1985-1995) sofreram redução, contra um aumento da participação do programa Administração e Planejamento (7,65% em 1985 para 11,77% entre 1985 e 1995). Deve-se salientar ainda que os valores correspondentes ao programa Administração e Planejamento não representam o total dos gastos com atividades-meio, uma vez que, internamente ao programa Cultura, também são registrados gastos com atividades-meio, o mesmo ocorrendo com os demais programas da função 08 – Educação e Cultura. A desagregação do programa Cultura nos subprogramas Administração e Planejamento, Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico, Informação Científica e Pesquisa Aplicada e Promoção e Difusão Cultural é mostrada na tabela 3.4 e no gráfico 3.9. O desdobramento detalhado do programa 48 – Cultura é apresentado na tabela 6.3. A evolução de cada subprograma no total do programa Cultura, coincidentemente com o que ocorreu com a despesa em nível dos programas da função 08, também internamente ao programa 48 – Cultura, eleva-se a participação das atividades-meio. Ou seja, os subprogramas típicos do programa Cultura – Patrimônio Histórico Artístico e Arqueológico e Promoção e Difusão Cultural – perderam posição, enquanto que as atividades de administração e planejamento aumentaram sua participação. 3.4 Comportamento das despesas das autarquias, fundações e fundos sob a supervisão do Ministério da Cultura Os balanços publicados pelas entidades de ensino do MEC, que se constituíram na principal fonte utilizada para a elaboração da base de dados da pesquisa, não demonstram a realização de despesas no programa 48 – Cultura ou FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI (%) 13,93 11,97 1,95 86,07 66,52 0,04 — 3,33 8,18 15,69 39,03 — — — — — — 0,03 — 0,22 — — — 1,76 3,88 6,25 7,66 100,00 PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL Natureza da despesa 1985 (%) 1986 (%) 1987 Gasto Direto ... ... ... ... 37.061.692,94 Despesas de Custeio ... ... ... ... 31.861.127,24 Investimentos ... ... ... ... 5.200.565,70 Transferências ... ... ... ... 229.032.899,33 Transf. Operac. a Entid. Supervisionadas 146.626.574,66 81,35 166.472.698,02 74,29 177.016.221,15 Particip. União Capital da Embrafilme 17.997.082,55 9,98 11.838.637,42 5,28 95.541,39 Atividades a Cargo de Entidades Supervisionadas — — — — — Ativ. a Cargo da Fund. Casa de Rui Barbosa 3.599.815,00 2,00 2.676.762,48 1,19 8.871.700,50 Ativ. a Cargo da Fund. Joaquim Nabuco 13.552.628,61 7,52 15.387.554,98 6,87 21.774.019,27 Ativ. a Cargo da Fund. Nacional de Artes 30.315.300,12 16,82 40.747.164,49 18,18 41.754.726,65 Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró—Memória 81.161.748,38 45,03 92.641.831,63 41,34 103.867.822,14 Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró—Leitura — — — — — Ativ. a Cargo da Fund.Nac.de Artes Cênicas — — — — — Ativ. a Cargo da Fund. do Cinema Brasileiro — — — — — Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Palmares — — — — — Projetos a Cargo de Entidades Supervisionadas — — — — — Proj. Cargo Fund. Casa Rui Barbosa — — 1.453.724,82 0,65 — Projetos a Cargo da Fundação Joaquim Nabuco — — 795.893,41 0,36 75.068,24 Proj. a Cargo da Fund.Centro Bras. TV Educ. — — — — — Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró—Memória — — 931.128,79 0,42 577.342,97 Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró—Leitura — — — — — Proj. a Cargo da Fund. Nac.de Artes Cênicas — — — — — Proj. a Cargo da Fund. do Cinema Brasileiro — — — — — Contribuições p/ Fundos Especiais ... ... 3.237,54 0,00 4.681.039,14 Transf. a Territórios,Estados e DF ... ... ... ... 10.333.006,06 Transferências a Municípios ... ... ... ... 16.618.705,36 Outras Transferências ... ... ... ... 20.383.927,62 180.251.552,07 100,00 224.099.824,67 100,00 266.094.592,28 Subtotal (Função 08) 16.48.246.4023—Prog. Preservação do Ministério — — — 03.48.247.3762—Prog. do Centenário da República — — — 03.48.247.1935—Proj. a Cargo Cons. Nac. Desenv. Cient. — — — 16.48.246.1206—Prog. de Preserv. do Pat. Hist. do Ministério — — — 180.251.552,07 224.099.824,67 266.094.592,26 Total do Programa 48 (Continua) 1988 (%) 41.412.609,72 16,03 33.349.053,43 12,91 8.063.556,29 3,12 216.859.040,80 83,97 161.346.166,08 62,47 4.712.021,86 1,82 — — 7.127.409,83 2,76 20.006.837,68 7,75 21.145.077,98 8,19 71.989.754,00 27,87 18.163.231,46 7,03 18.108.764,46 7,01 — — — — — — — — 93.068,81 0,04 — — — — — — — — — — 5.187.138,63 2,01 31.119.246,22 12,05 388.874,75 0,15 18.817.615,12 7,29 258.271.650,53 100,00 137.233,10 — — — 258.408.883,62 CAP. 3 – GASTOS FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 3.4A Brasil – despesa da administração direta desdobramento do Programa 48 – Cultura, por natureza da despesa 1985-1992 – Governo Federal – Tesouro Nacional (em R$ de dez. de 1996) – 1985-1986 31 (%) 12,77 12,51 0,26 171,62 84,39 — — 3,73 7,49 6,68 39,35 11,74 5,41 3,13 0,40 — — — 0,11 2,64 2,35 0,58 0,78 1,16 0,36 0,16 1,16 100,00 1990 17.205.146,36 17.091.862,15 113.284,22 182.462.756,55 177.643.519,27 ... 177.073.815,78 ... ... ... ... ... ... ... ... 569.703,49 ... ... ... ... ... ... ... 4.440.391,25 — — 378.846,04 199.667.902,92 — — — — 41.725,39 199.709.628,31 (%) 8,62 8,56 0,06 91,38 88,97 ... 88,68 ... ... ... ... ... ... ... ... 0,29 ... ... ... ... ... ... ... 2,22 — — 0,19 100,00 1991 10.170.375,02 10.037.393,44 132.981,58 103.985.611,88 103.544.565,97 ... 103.544.565,97 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... — — — 441.045,91 114.155.986,90 — — — 58.664,75 — 114.214.651,65 (Conclusão) (%) 1992 (%) 8,91 9.013.602,88 9,48 8,79 8.959.035,17 9,42 0,12 54.567,72 0,06 91,09 163.487.068,11 171,96 90,70 77.430.114,14 81,44 ... ... ... 90,70 77.394.698,60 81,41 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 35.415,55 0,04 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... — 7.460.785,21 7,85 — 35.415,55 0,04 — 311.527,82 0,33 0,39 819.111,25 0,86 100,00 95.070.556,85 100,00 — — — — — 95.070.556,85 Fontes: Dados básicos: BALANÇO GERAL DA UNIÃO. Brasília: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, 1987;1988;1989; 1990; 1991; 1992. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Notas: Para os exercícios de 1985, 1986, 1990 e 1992, a apresentação dos demonstrativos nos Balanços Gerais da União não permite o desmembramento do dado, neste caso representado por: — Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento; ... Dado numérico não disponível BRASIL: 1985-1995 Total do Programa 48 1989 34.307.150,55 33.612.980,21 694.170,34 461.162.017,78 226.765.106,48 — — 10.014.799,70 20.126.816,10 17.955.929,86 105.734.967,63 31.548.638,63 14.534.349,91 8.419.091,99 1.068.782,84 — — — 306.294,69 7.106.036,69 6.313.346,05 1.553.248,53 2.082.803,86 3.127.715,67 968.864,98 418.413,85 3.116.810,32 268.704.061,85 13.562,73 1.928.949,60 2.082.803,86 — — 272.729.378,04 COM CULTURA NO FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Natureza da despesa Gasto Direto Despesas de Custeio Investimentos Transferências Transf. Operac. a Entid. Supervisionadas Particip. União Capital da Embrafilme Atividades a Cargo de Entidades Supervisionadas Ativ. a Cargo da Fund. Casa de Rui Barbosa Ativ. a Cargo da Fund. Joaquim Nabuco Ativ. a Cargo da Fund. Nacional de Artes Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró—Memória Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró—Leitura Ativ. a Cargo da Fund.Nac.de Artes Cênicas Ativ. a Cargo da Fund. do Cinema Brasileiro Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Palmares Projetos a Cargo de Entidades Supervisionadas Proj. Cargo Fund. Casa Rui Barbosa Projetos a Cargo da Fundação Joaquim Nabuco Proj. a Cargo da Fund.Centro Bras. TV Educ. Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró—Memória Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró—Leitura Proj. a Cargo da Fund. Nac.de Artes Cênicas Proj. a Cargo da Fund. do Cinema Brasileiro Contribuições p/ Fundos Especiais Transf. a Territórios,Estados e DF Transferências a Municípios Outras Transferências Subtotal (Função 08) 16.48.246.4023—Prog. Preservação do Ministério 03.48.247.3762—Prog. do Centenário da República 03.48.247.1935—Proj. a Cargo Cons. Nac. Desenv. Cient. 13.48.0428.2800—Ativ. a Cargo de Ent. Superv. 16.48.246.1206—Prog. de Preserv. do Pat. Hist. do Ministério GASTOS PÚBLICOS 32 Tabela 3.4B Brasil – despesa da administração direta desdobramento do Programa 48 – Cultura, por natureza da despesa 1985-1992 – Governo Federal – Tesouro Nacional (em R$ de dez. de 1996) CAP. 3 – GASTOS em qualquer um de seus subprogramas típicos (tab. 3.5). Nessas entidades, as despesas com cultura são classificadas no subprograma 211 – Extensão Universitária, típico do programa 44 – Ensino Superior. Todavia, como essas entidades efetuam despesas com cultura, foram objeto de levantamento de informações via formulário e apuração da despesa de cada uma, em nível de categorias econômicas (Despesa Corrente e de Capital). Com base na amostra e nos dados obtidos, foram realizados ensaios para se conhecer a percentagem média dos gastos totais com cultura em relação à despesa total e ao total da despesa corrente dessas entidades. Em face dos resultados obtidos, foi possível aplicar os percentuais médios encontrados, calculados ano a ano, sobre o total da despesa corrente de todas as entidades sob a supervisão do Ministério da Educação e do Desporto – MEC, de nível superior e médio, por se tratar de estabelecimentos que, de uma ou outra forma, realizam ou patrocinam eventos no campo da cultura. Embora não tenha sido prevista no programa de trabalho, essa metodologia apresentou bom resultado, sendo que os valores estimados relativos a gastos com cultura realizados por entidades sob a supervisão do MEC foram então computados na pesquisa. A tabela 6.4 mostra, ano a ano, entidade por entidade, a participação relativa dos gastos com cultura na despesa corrente das 11 universidades que preencheram os formulários. Na última linha está evidenciada a participação relati- PÚBLICOS COM CULTURA DO GOVERNO FEDERAL – 1985-1986 va de gastos com cultura dessas 11 universidades em relação ao total da sua despesa corrente. Este percentual médio encontrado foi a base da estimativa de gastos com cultura das demais instituições, conforme demonstra a tabela 6.5. Cabe ainda assinalar que: • os percentuais da despesa total que são transferidos para as entidades supervisionadas da administração indireta são elevados em todos os anos. Dito de outra forma, os gastos com cultura são realizados principalmente através dos projetos e atividades implementados pelas fundações e autarquias supervisionadas pelo MinC. O maior percentual registrado foi de 91 % em 1991, e o menor foi de 63% em 1988. • as contribuições a fundos referem-se aos recursos transferidos para o Fundo de Direito Autoral e de Promoção Cultural, este último substituído pelo Fundo Nacional de Cultura, a partir de 1991. • as transferências a estados e municípios, bem como a entidades públicas e privadas, só foram significativas nos anos de 1987 e 1988. • a ocorrência de despesa, dentro da função Educação e Cultura, executada pelos poderes Judiciário e Legislativo no ano de 1990 e, também, fora da função Educação e Cultura, nos anos de 1988 (função 16 – Transporte), 1989 (função 16 – Transporte e 03 – Administração e Planejamento), 1990 (função 16 – Transporte) e 1991 (função 13 – Saúde e Saneamento). FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 33 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Capítulo 4 GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 4.1 Considerações gerais N a sistemática da gestão da despesa os estados têm, praticamente, a mesma estrutura do governo federal, situando-se os órgãos e entidades e fundos culturais em torno de uma Secretaria de Estado da Cultura, que aplica recursos diretamente e também faz transferências intra e intergovernamentais para os municípios. Assim como ocorre em nível da União, são as entidades da administração indireta e os fundos especiais que, em geral, aplicam o maior volume de recursos públicos estaduais com cultura. Os gastos com cultura dos estados apresentados nesta seção e nas tabelas-resumo da seção 2, bem como os procedimentos metodológicos que orientaram a pesquisa, são analisados mais exaustivamente no Relatório n. 7,8 específico sobre as aplicações efetuadas pelos estados. Para o levantamento de informações e dados da administração indireta – autarquias, fundações e fundos – dos estados e Distrito Federal foram adotados os seguintes procedimentos: • identificação, nos balanços gerais dos exercícios de 1985 a 1995, para cada um dos estados e o Distrito Federal, das entidades que receberam recursos do Tesouro estadual no âmbito da execução do programa 48 – Cultura; 8 • definição das entidades que seriam pesquisadas; • envio de correspondência às Secretarias Estaduais de Cultura, para levantamento da estrutura organizacional da área cultural e cadastro das entidades vinculadas ou supervisionadas pelas secretarias, executoras de atividades e projetos classificados no programa 48 – Cultura; • encaminhamento de formulário às entidades e gestores de fundos, objetivando complementar as informações e os dados levantados dos balanços gerais. • levantamento e compilação dos dados por entidade e regiões, procedendo-se aos ajustes necessários. Alternativamente ao preenchimento dos formulários, as entidades poderiam enviar cópia da execução do programa de trabalho (anexo 6 da Lei 4.320) e relatórios anuais de atividades, se disponíveis. Alguns valores referentes aos estados do Acre, Pará e Rio Grande do Norte, para alguns exercícios financeiros, foram estimados para compor toda a série de dados da pesquisa. Para essas estimativas partiu-se da base de dados de despesa orçamentária dos estados – despesa total e despesa na função 08, disponível no SIAFI da Secretaria do Tesouro Nacional – e dos padrões de gastos com cultura observados nos Relatório 7: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/Estados 1985-1995/4 volumes/Volume 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Análise de dados/Volume 2: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados agregada/Volume 3: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados – Tabelas por estados e Distrito Federal – Acre até Pará/Volume 4: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados – Tabelas por estados e Distrito Federal – Paraíba até Tocantins 34 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E exercícios cujos balanços gerais dos referidos estados encontravam-se disponíveis.9 Para visualizar a distribuição regionalizada dos gastos dos estados com cultura, os dados foram agrupados por regiões e também apresentados nos mapas de 4.1 a 4.12, permitindo uma avaliação dos parâmetros locais de cada estado e sua posição em termos regionais. Observa-se, na próxima seção, que os referidos mapas mostram a hierarquia dos estados em termos de gastos per capita com cultura (mapas de 4.1 a 4.4), a importância dos gastos com cultura de cada um dos estados no conjunto de to- DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 dos os estados (mapas de 4.5 a 4.8). a importância da execução orçamentária de projetos e atividades culturais nos gastos totais de cada estado (mapas de 4.9 a 4.12). Cabe também ponderar que os dados desta seção seriam mais significativos se fossem complementados por levantamentos das transferências para os municípios e subvenções a instituições culturais, o que não foi possível dado o alcance desta pesquisa. Observa-se que a estrutura institucional responsável pela gestão de atividades e projetos na área de cultura é bastante variável nos esta- Mapa 4.1 Gastos per capita com cultura realizados pelos estados brasileiros e Distrito Federal – Administração direta dos estados e Distrito Federal – Valores médios per capita de 1985-1995 (em R$ de dez. de 1996 por habitante) São Paulo Distrito Federal Rio Grande do Norte Bahia Amazonas Roraima Rio de Janeiro Paraná Amapá Goiás Rio Grande do Sul Santa Catarina Piauí Mato Grosso do Sul Maranhão Minas Gerais Pernambuco Sergipe Ceará Acre Espirito Santo Paraiba Alagoas Mato Grosso Pará Rondônia Tocantins Média do Conjunto 6,05 5,00 4,49 3,01 2,62 2,50 2,03 1,63 1,58 1,51 1,47 1,27 1,22 1,21 1,17 1,16 1,15 1,03 0,69 0,66 0,62 0,50 0,47 0,38 0,29 0,27 0,03 2,52 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. 9 Para maior detalhamento dos procedimentos metodológicos adotados, ver Relatório 7: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/Estados 1985-1995/4 volumes Volume 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Análise de dados/Volume 2: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados agregada/Volume 3: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados – Tabelas por estados e Distrito Federal – Acre até Pará/Volume 4: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Base de dados – Tabelas por estados e Distrito Federal – Paraíba até Tocantins. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 35 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Mapa 4.2 Gastos per capita com cultura realizados pelos estados brasileiros e Distrito Federal – Administração direta dos estados e Distrito Federal – Valores médios per capita de 1985-1989 (em R$ de dez. de 1996 por habitante) Rio Grande do Norte Distrito Federal São Paulo Goiás Bahia Rio de Janeiro Piauí Rio Grande do Sul Santa Catarina Paraná Mato Grosso do Sul Pernambuco Minas Gerais Roraima Maranhão Sergipe Amapá Espirito Santo Mato Grosso Amazonas Acre Ceará Alagoas Paraiba Rondônia Pará Tocantins Média do Conjunto 5,18 4,85 4,10 3,58 2,54 2,32 2,05 1,94 1,91 1,75 1,60 1,33 1,26 1,00 0,93 0,91 0,80 0,77 0,76 0,64 0,62 0,49 0,48 0,44 0,41 0,25 0,00 2,19 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. Mapa 4.3 Gastos per capita com cultura realizados pelos estados brasileiros e Distrito Federal – Administração direta dos estados e Distrito Federal – Valores médios per capita de 1990-1992 (em R$ de dez. de 1996 por habitante) São Paulo Distrito Federal Roraima Rio Grande do Norte Bahia Rio De Janeiro Paraná Rio Grande do Sul Sergipe Ceará Mato Grosso do Sul Piauí Minas Gerais Maranhão Pernambuco Amapá Goiás Santa Catarina Acre Paraiba Amazonas Espirito Santo Pará Alagoas Rondônia Mato Grosso Tocantins Média do Conjunto 9,06 6,38 4,03 3,51 3,28 1,92 1,68 1,59 1,56 1,12 1,08 1,07 1,07 1,05 0,88 0,82 0,78 0,74 0,74 0,56 0,53 0,53 0,29 0,28 0,20 0,07 0,06 3,10 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. 36 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Mapa 4.4 Gastos per capita com cultura realizados pelos estados brasileiros e Distrito Federal – Administração direta dos estados e Distrito Federal – Valores médios per capita de 1993-1995 (em R$ de dez. de 1996 por habitante) Amazonas São Paulo Rio Grande do Norte Distrito Federal Amapá Bahia Roraima Maranhão Rio de Janeiro Paraná Pernambuco Minas Gerais Goiás Santa Catarina Sergipe Mato Grosso do Sul Acre Alagoas Rio Grande do Sul Ceará Paraiba Espirito Santo Pará Rondônia Mato Grosso Tocantins Piauí Média do Conjunto 8,01 6,29 4,32 3,88 3,66 3,52 3,46 1,70 1,67 1,37 1,11 1,08 0,77 0,72 0,71 0,68 0,65 0,64 0,59 0,58 0,53 0,46 0,35 0,12 0,06 0,04 0,00 2,50 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. Mapa 4.5 Participação relativa de cada estado e Distrito Federal no conjunto da despesa no Programa 48 – Cultura – Administração direta dos estados – Média 1985-1995 (%) São Paulo 49,62 Bahia 9,58 Rio de Janeiro 7,57 Minas Gerais 5,16 Paraná 4,02 Rio Grande do Sul 3,86 Rio Grande do Norte 3,12 Goiás 2,37 Pernambuco 2,34 Distrito Federal 2,20 Santa Catarina 1,73 Maranhão 1,62 Amazonas 1,32 Ceará 1,16 Piauí 0,94 Mato Grosso do Sul 0,62 Espirito Santo 0,44 Paraiba 0,44 Sergipe 0,43 Pará 0,39 Alagoas 0,32 Mato Grosso 0,21 Roraima 0,16 Amapá 0,13 Acre 0,08 Rondônia 0,08 Tocantins 0,01 100,00 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 37 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Mapa 4.6 Participação relativa de cada estado e Distrito Federal no conjunto da despesa no Programa 48 – Cultura – Administração direta dos estados – Média 1985-1989 (%) São Paulo 40,08 Rio de Janeiro 9,68 Bahia 9,35 Minas Gerais 6,19 Rio Grande do Sul 5,52 Paraná 4,81 Goiás 4,26 Rio Grande do Norte 3,91 Pernambuco 2,96 Santa Catarina 2,67 Distrito Federal 2,31 Piauí 1,66 Maranhão 1,44 Ceará 0,96 Mato Grosso do Sul 0,89 Espirito Santo 0,56 Paraiba 0,45 Sergipe 0,44 Mato Grosso 0,42 Amazonas 0,39 Alagoas 0,37 Pará 0,36 Rondônia 0,13 Acre 0,08 Amapá 0,07 Roraima 0,06 Tocantins 0,00 100,00 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. Mapa 4.7 Participação relativa de cada estado e Distrito Federal no conjunto da despesa no Programa 48 – Cultura – Administração direta dos estados – Média 1990-1992 (%) São Paulo 62,25 Bahia 7,67 Rio de Janeiro 5,55 Minas Gerais 3,85 Rio Grande do Sul 3,45 Paraná 3,38 Distrito Federal 2,31 Rio Grande do Norte 1,91 Ceará 1,67 Pernambuco 1,42 Maranhão 1,09 Santa Catarina 0,87 Goiás 0,71 Piauí 0,67 Sergipe 0,53 Mato Grosso do Sul 0,43 Paraiba 0,39 Espirito Santo 0,32 Pará 0,32 Amazonas 0,25 Roraima 0,23 Alagoas 0,16 Acre 0,07 Rondônia 0,05 Amapá 0,04 Mato Grosso 0,03 Tocantins 0,01 100,00 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. 38 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Mapa 4.8 Participação relativa de cada estado e Distrito Federal no conjunto da despesa no Programa 48 – Cultura – Administração direta dos estados – Média 1993-1995 (%) São Paulo 52,88 Bahia 11,88 Rio de Janeiro 6,09 Minas Gerais 4,74 Amazonas 3,92 Rio Grande do Norte 3,00 Maranhão 2,46 Pernambuco 2,22 Distrito Federal 1,91 Rio Grande do Sul 1,50 Santa Catarina 1,02 Ceará 0,98 Goiás 0,88 Pará 0,52 Paraná 0,49 Paraiba 0,49 Alagoas 0,40 Mato Grosso do Sul 0,35 Espirito Santo 0,34 Amapá 0,33 Sergipe 0,30 Roraima 0,26 Acre 0,08 Mato Grosso 0,04 Rondônia 0,04 Tocantins 0,01 Piauí 0,00 100,00 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. Mapa 4.9 Participação relativa da despesa com o Programa 48 – Cultura – da Administração direta de cada estado e Distrito Federal na despesa total da administração direta de cada estado e Distrito Federal – Estados e Distrito Federal em ordem decrescente dos valores médios percentuais do período 1985-1995 (%) Rio Grande do Norte Bahia São Paulo Maranhão Amazonas Paraná Piauí Goiás Pernambuco Rio de Janeiro Distrito Federal Santa Catarina Sergipe Ceará Minas Gerais Rio Grande do Sul Mato Grosso do Sul Alagoas Paraiba Roraima Espirito Santo Pará Amapá Acre Mato Grosso Rondônia Tocantins Média do Conjunto 1,28 0,82 0,65 0,50 0,46 0,41 0,40 0,37 0,36 0,31 0,30 0,22 0,22 0,22 0,21 0,20 0,17 0,16 0,16 0,14 0,11 0,11 0,09 0,07 0,04 0,03 0,00 0,43 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 39 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Mapa 4.10 Participação relativa da despesa com o Programa 48 – Cultura – da Administração direta de cada estado e Distrito Federal na despesa total da administração direta de cada estado e Distrito Federal – Estados e Distrito Federal em ordem decrescente dos valores médios percentuais do período 1985-1989 (%) Rio Grande do Norte Piauí Bahia Goiás São Paulo Pernambuco Paraná Rio de Janeiro Maranhão Santa Catarina Distrito Federal Rio Grande do Sul Minas Gerais Sergipe Mato Grosso do Sul Ceará Alagoas Paraiba Espirito Santo Amazonas Pará Acre Mato Grosso Roraima Amapá Rondônia Tocantins Média do Conjunto 1,42 0,69 0,64 0,63 0,47 0,40 0,39 0,38 0,37 0,34 0,33 0,26 0,23 0,20 0,19 0,15 0,14 0,13 0,13 0,10 0,10 0,07 0,07 0,05 0,05 0,03 0,00 0,38 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. Mapa 4.11 Participação relativa da despesa com o Programa 48 – Cultura – da Administração direta de cada estado e Distrito Federal na despesa total da administração direta de cada estado e Distrito Federal – Estados e Distrito Federal em ordem decrescente dos valores médios percentuais do período 1990-1992 (%) Rio Grande Do Norte São Paulo Bahia Paraná Maranhão Ceará Distrito Federal Sergipe Piauí Rio De Janeiro Pernambuco Rio Grande Do Sul Minas Gerais Paraiba Mato Grosso Do Sul Goiás Santa Catarina Roraima Espirito Santo Pará Alagoas Amazonas Acre Amapá Rondônia Tocantins Mato Grosso Média do Conjunto 1,09 0,95 0,91 0,49 0,45 0,37 0,36 0,33 0,30 0,30 0,28 0,22 0,20 0,19 0,17 0,15 0,13 0,13 0,10 0,10 0,09 0,09 0,07 0,04 0,03 0,01 0,01 0,53 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. 40 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Mapa 4.12 Participação relativa da despesa com o Programa 48 – Cultura – da Administração direta de cada estado e Distrito Federal na despesa total da administração direta de cada estado e Distrito Federal – Estados e Distrito Federal em ordem decrescente dos valores médios percentuais do período 1993-1995 (%) Amazonas Rio Grande do Norte Bahia Maranhão São Paulo Pernambuco Paraná Roraima Alagoas Rio de Janeiro Distrito Federal Amapá Ceará Minas Gerais Paraiba Goiás Sergipe Santa Catarina Pará Mato Grosso do Sul Rio Grande do Sul Espirito Santo Acre Rondônia Tocantins Mato Grosso Piauí Média do Conjunto 1,43 1,24 1,05 0,76 0,65 0,37 0,37 0,28 0,24 0,21 0,20 0,20 0,19 0,18 0,18 0,15 0,13 0,12 0,12 0,11 0,08 0,06 0,06 0,02 0,01 0,01 0,00 0,41 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: Os números entre parênteses na legenda referem-se à freqüência (n. de estados) em cada intervalo de classe. dos. É perceptível a tendência nos estados menores pela extinção de entidades da administração indireta e a conseqüente redistribuição de suas funções em órgãos da estrutura da administração direta, bem como a convivência do setor cultural com outros setores, como desportos, educação e turismo, em uma mesma secretaria. Independentemente da estrutura adotada, registra-se neste nível da administração pública uma diversificação da ação, em que diversas secretarias de estado interagem para a realização dos projetos e atividades culturais, bem como a presença, como órgãos da secretaria que cuida da cultura, dos denominados “equipamentos culturais” – arquivo público, biblioteca pública, centros culturais, galerias e cinemas de artes, museus, teatros, escolas de danças, orquestras sinfônicas e escolas de artes. No estado do Ceará observam-se encaminhamentos para viabilizar a transformação de entidades da administração indireta em “organizações sociais”. Aliás, este modelo vem sendo discutido no âmbito da Reforma Administrativa do Estado Brasileiro, sendo recomendado por possibilitar maior agilidade de entidades da administração indireta, nas três esferas da administração pública, na prestação dos serviços e na oferta de bens públicos e semipúblicos. A estrutura organizacional da administração em alguns estados sofreu modificações de 1996 a 1998, entretanto, estas não estão representadas no quadro 4.1, a seguir. O levantamento alcançou os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos estados, suas autarquias, fundações e fundos, através do levantamento da despesa do programa Cultura constante dos balanços. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 41 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Quadro 4.1 Autarquias, fundações e fundos estaduais, vinculados ao sistema operacional da cultura, estados e Distrito Federal – 1995 Unidades da Federação Entidades 1. Acre 2. Alagoas Fundação Cultural do Estado do Acre1 Fundação Pierre Chalita Fundação Teatro Teodoro Fundação Estadual de Cultura do Amapá Fundação Teatro Amazonas Arquivo Público do Estado da Bahia (Regime Especial)2 Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Autarquia) Fundação Cultural do Estado da Bahia Fundação Pedro Calmon Fundo Especial de Desenvolvimento do Ceará Fundação de Teleducação do Estado do Ceará3 Fundação de Assistência Desportiva do Estado do Ceará 3 Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal Fundo de Cultura do Distrito Federal (a partir de 1994 passa a denominar-se Fundo de Apoio a Arte e a Cultura do DF) Fundação Cultural do Distrito Federal Fundação Cultural do Espírito Santo1 Departamento Estadual de Cultura2 Fundação TV-Educativa do Espírito Santo3 Fundação Cultural Pedro Ludovico Fundo de Desenvolvimento de Cultura do Maranhão4 Fundação Cultural do Mato Grosso1 Fundo Estadual de Educação e Cultura1 Fundação Estadual de Cultura e Turismo4 Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul Fundação de Desporto e Lazer5 Fundação Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico Fundação de Arte de Ouro Preto Fundação Escola Guignard6 Fundação Clóvis Salgado Fundação TV-Minas5 Fundação Carlos Gomes2 Fundação Curro Velho2 Fundação Cultural Tancredo Neves2 Fundação Espaço Cultural1 Fundação Casa José Américo Fundação Ernani Satyro1 Biblioteca Pública do Estado do Paraná (Regime Especial) Rádio e TV-Educativa do Paraná5 Fundação Teatro Guaíra Fundação Artística do Pernambuco Conservatório Pernambucano de Música (Regime Especial) Fundação Cultural do Piauí Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeeiro Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro Fundação Museu da Imagem e do Som Fundação Casa França Brasil Superintendência de Desporto do Estado do Rio de Janeiro5 Fundação José Augusto Fundação Rádio e TV-Educativa5 Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore Fundação Teatro São Pedro Departamento de Cultura de Roraima Fundação Cultural do Estado de Rondônia Fundação Catarinense de Cultura Fundação Memorial da América Latina Fundação Padre Anchieta Fundação Parque Zoológico1 Fundação Estadual de Cultura de Sergipe 3. Amapá 4. Amazonas 5. Bahia 6. Ceará 7. Distrito Federal 8. Espírito Santo 9. Goiás 10. Maranhão 11. Mato Grosso 12. Mato Grosso do Sul 13. Minas Gerais 14. Pará 15. Paraíba 16. Paraná 17. Pernambuco 18. Piauí 19. Rio de Janeiro 20. Rio Grande do Norte 21. Rio Grande do Sul 22. 23. 24. 25. Roraima7 Rondônia Santa Catarina São Paulo 26. Sergipe 27. Tocantins7 Fonte: Dados Básicos: SECRETARIAS Estaduais de Fazenda, Contadorias Gerais: Balanços Gerais dos Estados. SECRETARIAS Estaduais de Cultura, Superintendências de Planejamento e Orçamento, Informações da Lei Orçamentaria Anual e do QDD: Quadro de Detalhamento da Despesa. 1 Excluída pela não disponibilidade de dados complementares aos dos balanços gerais. 2 Integra o levantamento relativo à estrutura da Administração Direta por não captar recursos próprios. 3 Excluídas do Levantamento por informarem que não realizam projetos e atividades na área cultural, embora algumas delas constem dos balanços gerais com transferências de recursos (Encargos Gerais do Estado) no âmbito do programa 48 – Cultura. 4 Excluído por não apresentar volume de recursos transferidos no período 1985-95, apenas abertura de rubrica e código. 5 Excluída do levantamento por não gastar em Cultura. 6 Incluída até 1994, a partir deste exercício passa para a área de educação. 7 Para os estados de Roraima e Tocantins foi considerada a estrutura da Administração Direta, conforme sec. 1. 42 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E 4.2 Evolução dos dados estaduais – 1985 a 1995 A tabela 4.1 mostra a despesa total dos estados, a despesa com a função 08 – Educação e Cultura e, nesta função, a despesa do programa 48 – Cultura, além de indicadores da despesa per capita com cultura e dos percentuais dos gastos com cultura na despesa total e na despe- DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 sa da função 08 e da despesa desta função no total da despesa (gráf. 4.1 e 4.2). Enquanto os gastos da função 08 – Educação e Cultura apresentam taxa de crescimento de 0,53% no período 1985-1995 (gráf. 4.1 e tab. 4.1), observa-se que os gastos com cultura evoluíram a uma taxa linear média de 4,82% ao ano, no mesmo período (gráf. 4.2 e tab. 4.1). Se Tabela 4.1 Gastos públicos com cultura – Brasil: estados – 1985-1995 (em milhões de reais de dez. de 1996) Ítens da despesa 1985 1994 1995 Taxa de crescimento (%) 69.820 84.532 81.885 76.284 85.819 96.147 80.814 83.805 89.714 91.163 105.573 2,98 12.084 16.718 15.571 13.287 14.897 16.746 13.818 13.848 14.081 14.630 16.305 0,53 293 334 288 250 337 403 401 564 398 486 268 4,82 População (em milhões de hab.) 132,0 134,7 137,3 139,8 142,3 144,7 147,1 149,4 151,6 153,7 155,8 1,83% Indicadores de desempenho Em R$ 1,00 1985 1995 Taxa de crescimento (%) 2,55 4,24 1,87 1,87 Despesa Total Função 08 – Educação e Cultura Desp. Programa 48 – Cultura 1986 1986 1987 1987 1988 1989 1988 1989 Gasto per capita com Cultura 2,22 2,48 2,10 1,79 Gastos com Cultura/Despesa Total 0,42 0,40 0,35 0,33 Prog. Cultura/Função Educ. e Cultura 2,42 2,00 1,85 1,88 Função Educ. e Cultura/Desp. Total 17,31 19,78 19,02 17,42 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos 1990 1990 1991 1991 1992 1992 1993 1993 1994 2,37 2,79 2,72 3,78 2,63 3,16 0,39 0,42 0,50 0,67 0,44 0,53 2,26 2,41 2,90 4,07 2,83 3,32 17,36 17,42 17,10 16,52 15,70 16,05 e Culturais (CEHC). 1,72 0,25 1,64 15,44 GASTOS EM R$ MIL DE DEZ./96 Gráfico 4.1 Brasil – gastos dos estados com a função 08 – Educação e Cultura – 1985-1995 (em R$ mil de dez. de 1996) 18.000 17.000 16.000 15.000 14.000 13.000 12.000 11.000 10.000 1985 1986 1987 1988 1989 1990 ANO 1991 1992 1993 1994 1995 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). GASTOS EM R$ MILHÕES DE DEZ./96 Gráfico 4.2 Brasil – gastos dos estados com o Programa 48 – Cultura – 1985-1995 (em R$ milhões de dez. de 1996) 650 550 450 350 250 150 50 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 A NO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 43 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 esta análise for segmentada em três períodos, conforme sugere a evolução dos gastos, há no período 1985-1988 gastos decrescentes, contrastando com o comportamento de aplicações crescentes no governo federal. No período 19881992 ocorrem gastos crescentes, outra vez contrastando com os gastos decrescentes do governo federal. Finalmente, no período de 19921995 ocorrem gastos decrescentes, possivelmente como resultado de políticas estaduais para conter os gastos de custeio e de investimento, enquanto o governo federal inicia sua fase de recuperação, após a reinstalação do MinC. Essa constatação permite aventar a hipótese de que num contexto de contingenciamento do gasto em uma das esferas da administração pública as outras realocam suas despesas, com impactos setoriais positivos na área que sofreu restrições. A partir dos números levantados e da complementação dos dados estimados para os estados do Acre, Pará e Rio Grande do Norte, observa-se que, quando ocorre uma retração no volume de recursos alocados na área cultural pelo governo federal, os estados respondem com uma maior aplicação, e vice-versa, sustentando o desenvolvimento do setor, no caso, de forma crescente, como analisado anteriormente na seção 2. Os gastos per capita com cultura evoluíram a uma taxa de crescimento linear de 2,55% ao ano, com base na reta de ajustamento da curva demonstrada no gráfico 4.3. O percentual de crescimento da população (1,83%) é inferior ao percentual de crescimento das aplicações per capita de recursos em cultura (2,55%), demonstrando que o esforço dos estados tem ocorrido na mesma progressão do atendimento e do crescimento da população. Observa-se também que o percentual de crescimento dos gastos com cultura é superior ao do crescimento da despesa total e bastante acima dos valores aplicados na função 08, referente ao total dos gastos com os programas Educação e Cultura, evidenciando mais uma vez que os estados vêm alocando recursos orçamentários crescentes em cultura. Os mapas 4.1 a 4.4 mostram os gastos per capita em cada estado no período 1985-1995 e por subperíodos 1985-1989, 1990-1992 e 19931995. A gradação de tons evidencia a evolução para situações mais favoráveis em relação aos gastos per capita com cultura. Pela comparação entre os mapas 4.2 e 4.4, observa-se a mudança ocorrida por subperíodos para cada um dos estados no período 1985-1995. Em termos médios, os gastos per capita com cultura do conjunto dos estados oscilam entre R$ 1,79 e R$ 3,78 por habitante relativos, respectivamente, a 1988 e 1992, atingindo a média anual per capita no período 1985-1995 de R$ 2,78. Considerando os estados e Distrito Federal, individualmente, a amplitude de variação dos gastos per capita é relativamente grande, mesmo quando se refere a um mesmo estado. Todavia, esta am- Gráfico 4.3 Brasil – gastos per capita com cultura dos estados – 1985-1995 (R$/habitante) 4,00 R$/HABITANTE 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 ANO 1991 1992 1993 1994 1995 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 44 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E plitude se reduz, quando não se considera os estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e Rio de Janeiro, uma vez para os outros estados os gastos per capita com cultura variam, em cada ano, na faixa de R$ 0,1 a R$ 2,0 por habitante, em todo o período 1985-1995. Pelo gráfico 4.4 tem-se a comparação para 1990-1992 e 1993-1995 do mesmo indicador per capita de gastos com cultura para o conjunto dos estados e Distrito Federal. Observa-se que São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Rio Grande do Norte, Roraima, Amazonas e Amapá mostram seus valores per capita acima da média do conjunto. Os estados que registram sensíveis aumentos do indicador de gastos per capita com cultura de 1990-1992 para 19931995 são Amazonas, Amapá e Bahia, enquanto as maiores quedas ocorrem em São Paulo, Distrito Federal, Roraima, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Sul, Ceará e Piauí. DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Pela comparação entre índices de gastos per capita com cultura para períodos mais recentes (1989-1992 e 1993-1995) cobertos pela pesquisa relativa aos estados e Distrito Federal (gráf. 4.4), pode-se agrupar os estados brasileiros e Distrito Federal em três níveis, segundo os gastos per capita com cultura. No primeiro grupo, com índices superiores à média do conjunto, cujos valores para o período 1993-1995 são superiores a R$ 2,50 de dezembro de 1996 por habitante por ano e inferiores a R$ 9,06 por habitante por ano, estão os estados de Amazonas, São Paulo, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Amapá, Bahia e Roraima. No segundo grupo, classificados no intervalo de variação do índice, acima de R$ 1,00 e abaixo de R$ 2,50 por habitante por ano, encontram-se os estados do Maranhão, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco e Minas Gerais. Também integram este segundo grupo os estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Gráfico 4.4 Gastos per capita com cultura dos estados – Brasil – 1989-1992/1993-1995 (em R$ de dez. 1996/hab.) 10,00 9,00 EM R$ DEZ. 96/HABITANTE 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 Tocantins 93-95 90-92 Rondônia Espírito Santo Ceará Alagoas Mato G. do Sul Santa Catarina Minas Gerais Paraná Maranhão Roraima Amapá Rio G. do Norte Amazonas 0,00 ESTADO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 45 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Sergipe, Ceará e Piauí, que no período 19901992 apresentaram valores per capita para o indicador nesta faixa, embora se observem pequenas reduções no período seguinte. Por último, com valores para o indicador abaixo de R$ 1,00 por habitante por ano, estão Goiás, Santa Catarina, Acre, Alagoas, Paraíba, Espírito Santo, Pará, Rondônia, Mato Grosso e Tocantins. Cabe observar que o número reduzido de habitantes de Roraima, Amapá e Acre exercem influência nos indicadores per capita para esses três estados, posicionando-os favoravelmente no ranking em termos de gastos per capita com cultura. Se considerados apenas os valores absolutos ou de participação relativa, a posição se mostra mais desfavorável que a percebida em termos de gastos per capita. Em relação ao Rio Grande do Norte, a posição favorável em 1985-1992, embora consistente, resulta do processo de coleta (1993-1995) e da estimativa (1985-1992) do dado. Pela nãodisponibilidade dos balanços gerais para 19851992, para a não-exclusão deste Estado, optouse pela estimativa do gasto com cultura nos referidos anos, conforme observado na seção 1 do Relatório 7.10 Os dados por função da Execução Orçamentária11 forneceram a base para as estimativas de 1985-1992, pressupondo a mesma estrutura de gastos observada nos exercícios de 1993-1995, a partir dos balanços gerais. Estes números mostram-se consistentes, pois no período 1993-1995, onde os dados não foram estimados, mas coletados diretamente nos balanços gerais, a posição do Rio Grande do Norte é favorável, com um percentual per capita médio de R$ 4,32 por habitante por ano. Na estimativa para os períodos anteriores a estrutura de gastos de 1993-1995 foi mantida. Cabe ainda observar que a análise relativa aos valores anuais retrata mais sensivelmente 10 11 12 os maiores montantes gastos atipicamente com cultura em alguns estados e alguns exercícios na execução de obras. A título de ilustração, cabe mencionar a construção de Centro Cultural em Manaus, em 1994, que puxa o índice per capita para cima, atingindo R$ 22,24 por habitante no Estado do Amazonas, neste ano (tab 4.2). As tabelas 4.3 e 4.4, relativas, respectivamente, aos exercícios de 1985 (primeiro ano da série) e 1995 (último ano), mostram a concentração de gastos com cultura em um número cada vez menor da população, apresentando sinteticamente os dados que geraram os gráficos de dispersão 4.5 e 4.6. Também estes dois gráficos para, respectivamente, 1985 e 1995, mostram a concentração da população e das variáveis monetárias de gastos estaduais que foram incluídas no estudo. É possível avançar nesta linha de análise a partir de metodologias para cálculo de índices como de Gini e Theil. Todavia, para fins deste relatório, tal como no Relatório 6 e 7,12 são apresentados apenas os gráficos, a tabela-síntese e o que permitem argumentar, não tendo sido calculado nenhum índice de dispersão. Observa-se que, em 1985 oito estados da federação (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Ceará), com 71,21% da população, despendiam 75,44% do total dos gastos com cultura. Ao final do período, em 1995, os mesmos estados abrigavam uma população menor – 69,69% – e, no entanto, despendiam 81,17% do total dos gastos com cultura efetuado pelos estados, uma participação maior que a observada no início do período, quando abrigava uma população menor (tab. 4.3 e 4.4, gráf. 4.5 e 4.6) Além disto, também, em 1995, três estados da região Sudeste (SP, RJ e MG) foram respon- Relatório 7: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/Estados 1985-1995/4 volumes/Volume 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil – estados brasileiros e Distrito Federal – 1985-1995 – Análise de dados – Seção 1, p. 45 MINISTÉRIO da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional: Execução Orçamentária dos Estados e Municípios das Capitais, Brasília, setembro de 1995. Relatório 6: Gastos Públicos com Cultura no Brasil: Municípios das Capitais 1985-1995, Relatório 7: Gastos Públicos com Cultura no Brasil: Estados e Distrito Federal 1985-1995 46 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 1985-1995 (em R$ de dezembro de 1996 por habitante) CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Tabela 4.2 Gastos per capita com cultura realizados pelos estados brasileiros e pelo Distrito Federal por regiões e em ordem decrescente dos valores per capita de 1996 – Administração direta dos estados e Distrito Federal – 1985-1995 (em R$ de de dez. de 1996/hab.) Unidade da Federação Região Sudeste 25 - São Paulo 19 - Rio de Janeiro 13 - Minas Gerais 8 - Espírito Santo Região Nordeste 20 - Rio Grande do Norte 5 - Bahia 10 - Maranhão 17 - Pernambuco 26 - Sergipe 15 - Paraíba 6 - Ceará 2 - Alagoas 18 - Piauí Região Centro-Oeste 7 - Distrito Federal 9 - Goiás 12 - Mato Grosso do Sul 11 - Mato Grosso Região Sul 16 - Paraná 24 - Santa Catarina 21 - Rio Grande do Sul Região Norte 23 - Roraima 3 - Amapá 4 - Amazonas 1 - Acre 14 - Pará 22 - Rondônia 27 - Tocantins Média do conjunto Sigla 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 85-95 85-89 90-92 93-95 2,70 3,05 2,77 2,47 3,39 4,41 5,04 6,29 4,36 4,78 2,31 3,78 2,88 5,25 3,82 SP 3,56 4,17 3,93 3,48 5,37 7,03 8,78 11,37 7,79 7,81 3,29 6,05 4,10 9,06 6,29 RJ 2,34 2,41 2,36 2,61 1,88 2,23 1,86 1,67 1,05 2,12 1,83 2,03 2,32 1,92 1,67 MG 1,58 1,46 1,27 0,75 1,23 1,56 0,86 0,80 0,77 1,46 1,00 1,16 1,26 1,07 1,08 ES 1,14 2,56 0,03 0,03 0,08 0,72 0,64 0,24 0,28 0,67 0,43 0,62 0,77 0,53 0,46 1,67 2,04 1,73 1,35 1,31 1,58 0,91 2,71 1,91 1,93 1,58 1,70 1,62 1,73 1,81 4,49 5,18 3,51 4,32 RN 4,27 5,71 6,75 5,05 4,12 3,97 3,47 3,10 3,87 4,99 4,10 BA 3,14 3,36 2,79 2,01 1,41 1,43 1,17 7,24 4,08 3,49 2,98 3,01 2,54 3,28 3,52 MA 0,82 0,98 0,93 0,89 1,04 1,27 0,24 1,63 1,65 1,64 1,80 1,17 0,93 1,05 1,70 1,15 1,33 0,88 1,11 PE 1,28 2,24 0,81 0,98 1,35 0,95 0,90 0,80 1,09 1,25 0,99 1,03 0,91 1,56 0,71 SE 1,54 0,02 0,01 1,52 1,46 2,25 1,40 1,02 0,72 0,82 0,59 PB 0,37 0,53 0,56 0,39 0,33 0,61 0,41 0,64 0,51 0,54 0,55 0,50 0,44 0,56 0,53 CE 0,30 0,32 0,24 0,37 1,21 2,09 0,74 0,55 0,62 0,80 0,33 0,69 0,49 1,12 0,58 AL 0,47 0,65 0,63 0,35 0,30 0,35 0,25 0,23 0,30 1,33 0,28 0,47 0,48 0,28 0,64 PI 1,65 2,78 3,50 1,33 1,00 3,19 — 0,01 0,01 — — 1,22 2,05 1,07 0,00 4,57 3,68 2,06 1,28 2,68 1,55 1,90 1,46 0,92 1,20 1,24 2,05 2,85 1,64 1,12 5,00 4,85 6,38 3,88 DF 2,76 3,87 3,61 2,89 11,11 5,25 8,27 5,63 2,61 4,15 4,88 GO 2,23 5,49 1,99 0,93 1,25 0,90 0,75 0,70 0,78 0,86 0,67 1,51 2,38 0,78 0,77 MS 1,45 1,63 2,19 1,49 1,24 1,34 0,86 1,04 0,71 0,68 0,64 1,21 1,60 1,08 0,68 0,38 0,76 0,07 0,06 MT 0,97 1,52 0,76 0,47 0,07 0,09 0,08 0,04 0,05 0,05 0,08 S 1,76 2,09 1,67 1,55 2,21 2,04 1,04 1,27 0,82 0,89 1,02 1,49 1,86 1,45 0,91 1,63 1,75 1,68 1,37 PR 1,48 1,78 1,84 1,75 1,89 1,93 1,67 1,46 1,17 1,34 1,59 SC 2,32 2,97 1,89 1,39 0,97 0,89 0,40 0,95 0,48 0,64 1,03 1,27 1,91 0,74 0,72 1,47 1,94 1,59 0,59 RS 1,76 1,96 1,41 1,43 3,12 2,72 0,78 1,27 0,65 0,62 0,49 0,31 0,44 0,38 0,28 0,44 0,58 0,49 0,37 0,50 4,99 0,71 0,86 0,37 0,48 2,07 2,50 1,00 4,03 3,46 RR 0,83 1,18 1,44 0,81 0,74 6,25 4,49 1,36 4,35 1,42 4,60 AP 0,38 1,24 1,04 0,78 0,54 0,71 0,17 1,58 2,53 4,17 4,27 1,58 0,80 0,82 3,66 2,62 0,64 0,53 8,01 AM 0,56 0,84 0,61 0,46 0,72 0,60 0,52 0,46 0,55 22,24 1,24 AC 0,46 0,78 0,64 0,55 0,67 0,81 0,72 0,68 0,62 0,65 0,67 0,66 0,62 0,74 0,65 PA 0,24 0,27 0,27 0,19 0,26 0,26 0,32 0,30 0,34 0,33 0,37 0,29 0,25 0,29 0,35 RO 0,23 0,40 0,28 0,25 0,90 0,29 0,17 0,15 0,12 0,12 0,11 0,27 0,41 0,20 0,12 TO — — — — — 0,12 0,00 0,06 0,11 0,00 0,01 0,03 0,00 0,06 0,04 2,52 2,19 3,10 2,50 2,22 2,48 2,10 1,79 2,37 2,79 2,73 3,78 2,63 3,16 1,72 Fontes: Dados Básicos: IBGE: Diretoria de Pesquisa, Departamento de População. Anuário Estatístico do Brasil, 1994 p. 2-13 e Contagem Populacional de 1996. BALANÇOS GERAIS – Secretarias de Estado da Fazenda – Contadorias Gerais. Elaboração: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Notas: Os valores elevados apresentados em alguns estados, em alguns anos, como Amazonas em 1994, referem-se a gastos com construção de obras. Tabela 4.3 Participação relativa acumulada de estados e Distrito Federal – População, despesa total, despesa Função 08 – Educação e Cultura – despesa Programa 48 – Cultura – Estados e DF classificados em ordem decrescente de população e acumulados – Brasil – 1985 (%) Estados e DF em ordem % acum. % acum. % acum. decrescente de População Pop. dt d08 São Paulo 21,29 27,59 32,88 São Paulo e Minas Gerais 32,26 37,90 42,23 São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro 41,35 46,61 50,38 SP, MG, RJ e Bahia 49,37 53,22 55,83 SP, MG, RJ, Bahia e Rio G do Sul 55,74 64,31 64,11 SP, MG, RJ, Bahia, Rio G do Sul e Paraná 61,81 68,86 69,78 SP, MG, RJ, BA, RS, Paraná e Pernambuco 66,82 71,74 72,69 SP, MG, RJ, BA, RS, PR, PE e Ceará 71,21 73,70 75,21 Todos os estados e Distrito Federal 100,00 100,00 100,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Pop.: População. dt: Despesa total da Função Educação e Cultura. d08: Despesa Função 08 – Educação e Cultura. d48: Despesa Programa 48 – Cultura. % acum. d48 34,12 41,94 51,51 62,85 67,89 71,95 74,84 75,44 100,00 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI TABELA 4.3 - PARTICIPAÇÃO RELATIVA ACUMULADA DE ESTADOS E DISTRITO FEDERAL 47 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Tabela 4.4 Participação relativa acumulada de estados e Distrito Federal – População, despesa total, despesa Função 08 – Educação e Cultura – despesa Programa 48 – Cultura – Estados e DF classificados em ordem decrescente de população e acumulados – Brasil – 1995 (%) Municípios em ordem decrescente % acum. % acum. % acum. de População Pop. dt d08 São Paulo 21,63 29,18 29,91 São Paulo e Minas Gerais 32,22 39,42 41,83 São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro 40,75 56,52 51,84 SP, MG, RJ e Bahia 48,87 60,84 56,63 SP, MG, RJ, Bahia e Rio G do Sul 55,02 67,58 61,03 SP, MG, RJ, Bahia, Rio G do Sul e Paraná 60,61 70,98 66,79 SP, MG, RJ, BA, RS, Paraná e Pernambuco 65,38 73,32 69,00 SP, MG, RJ, BA, RS, PR, PE e Ceará 69,69 75,43 71,39 Todos os Estados e o Distrito Federal 100,00 100,00 100,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Pop.: População. dt: Despesa total da Função Educação e Cultura. d08: Despesa Função 08 – Educação e Cultura. d48: Despesa Programa 48 – Cultura. % acum. d48 41,35 47,54 56,61 70,69 72,44 77,60 80,36 81,17 100,00 Gráfico 4.5 Participação relativa dos estados brasileiros e Distrito Federal na População, na despesa total, na despesa com a Função 08 – Educação e Cultura – e com o Programa 48 – Cultura – Brasil – 1985 120,00 % ACUMULADO DAS VARIÁVEIS 100,00 80,00 60,00 %acumpopulação 40,00 %acumdespesatotal %acumdesp08 %acumdesp48 20,00 0,00 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 % ACUMULADO DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (ESTADOS E DF EM ORDEM DECRESCENTE DE POPULAÇÃO) Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). sáveis por 56,61%; dois na região Sul (RS e PR) por 6,91% e os três da região Nordeste (BA, PE e CE) por 17,65%. Esta maior importância relativa de alguns estados da federação também pode ser visualizada nos mapas 4.5 a 4.8. Estes mostram a participação de cada estado no conjunto dos estados e Distrito Federal, no que tange aos gastos com cultura. Também, neste caso, a gradação 48 de tons evidencia evolução para situações mais favoráveis no período histórico, considerado por subperíodos. Considerando apenas os principais estados, tem-se que São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná detém 77,59% do gasto total realizado com Cultura em 1995, sendo que São Paulo representa 41,35%, aumentando sua participação em 7,23 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Gráfico 4.6 Participação relativa dos estados brasileiros e Distrito Federal na População, na despesa total, na despesa com a Função 08 – Educação e Cultura – e com o Programa 48 – Cultura – Brasil – 1995 120,00 % ACUMULADO DAS VARIÁVEIS 100,00 80,00 60,00 40,00 %acumpopulação %acumdespesatotal %acumdesp08 %acumdesp48 20,00 0,00 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 % ACUMULADO DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (ESTADOS E DF EM ORDEM DECRESCENTE DE POPULAÇÃO) Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). pontos percentuais, em relação a 1985 (gráf 4.7 e gráf 4.8). Gráfico 4.7 Participação relativa da despesa do Programa 48 – Cultura – de alguns estados no total da despesa do Programa 48 – Cultura – realizada pelo conjunto dos estados brasileiros e DF – 1995 (%) Gráfico 4.8 Participação relativa da despesa do Programa 48 – Cultura – de alguns estados no total da despesa do Programa 48 – Cultura – realizada pelo conjunto dos estados brasileiros e DF – 1995 (%) Outros 22,41% São Paulo 41,35% Outros 28,06% Rio G do Sul 1,75% São Paulo 34,12% Paraná 5,16% Minas Gerais 6,19% Rio de Janeiro 9,07% Rio G do Sul 5,04% Bahia 14,08% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Minas Gerais 7,82% Bahia 11,34% Rio de Janeiro 9,57% Paraná 4,06% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Na seqüência, os gastos efetuados por fundos e entidades da administração indireta dos estados estão demonstrados na tabela 4.5 e no FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 49 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 gráfico 4.9, de forma resumida, regionalizada e em valor absoluto e percentual. As parcelas da despesa cobertas por recursos próprios e por transferências encontram-se discriminadas na referida tabela. Os gastos cobertos com recursos próprios dos fundos e entidades foram somados aos gastos da administração direta, para cálculo do total despendido pelo poder público estadual. Ou seja, ilustrando, tem-se que aos valores de gastos com cultura relativos à administração direta dos estados e Distrito Federal foram R$ 5,13 milhões, R$ 14,21 milhões, R$ 20,66 milhões e R$ 16,89 milhões (a preços de dezembro de 1996) relativos, respectivamente, aos gastos realizados em 1985, 1989, 1994 e 1995 pelas autarquias, fundações e fundos dos estados e Distrito Federal cobertos por recursos pró- Tabela 4.5 Recursos próprios e transferidos a autarquias, fundações e fundos que executam projetos e atividades classificados no Programa 48 – Cultura – Brasil – Administração indireta e estados 1985/1995 (em R$ milhões) Região Norte Receita própria Transferências Nordeste Receita própria Transferências Centro-Oeste Receita própria Transferências Sudeste Receita própria Transferências Sul Receita própria Transferências Brasil Receita própria Transferências 1985 0,00 0,00 0,00 34,06 0,88 33,18 13,89 0,00 13,89 84,50 3,77 80,74 16,80 0,49 16,31 149,26 5,13 144,12 1986 0,00 0,00 0,00 37,01 1,70 35,31 598,01 0,00 598,01 102,77 4,93 97,84 20,96 0,61 20,35 758,74 7,24 751,51 1987 0,00 0,00 0,00 24,15 1,21 22,94 22,45 0,00 22,45 108,46 10,14 98,32 20,34 0,59 19,75 175,41 11,94 163,47 1988 0,00 0,00 0,00 22,91 1,40 21,51 5,33 0,02 5,31 109,35 15,76 93,58 16,68 0,49 16,20 154,27 17,67 136,60 1989 0,00 0,00 0,00 30,01 0,80 29,21 6,71 0,06 6,65 139,43 12,86 126,57 17,03 0,50 16,53 193,18 14,21 178,97 1990 0,00 0,00 0,00 27,17 0,76 26,41 7,86 0,56 7,29 152,17 20,75 131,41 16,62 0,48 16,14 203,81 22,56 181,25 1991 0,00 0,00 0,00 19,01 0,52 18,49 5,14 0,26 4,88 162,21 13,75 148,46 13,06 0,38 12,68 199,42 14,92 184,51 1992 0,85 0,02 0,83 47,39 1,05 46,34 6,26 0,19 6,07 218,35 15,89 202,47 15,41 0,74 14,67 288,27 17,89 270,38 1993 1,17 0,03 1,15 56,72 1,82 54,90 8,45 0,93 7,52 175,58 17,19 158,39 11,23 0,74 10,49 253,16 20,70 232,45 1994 2,70 0,08 2,61 52,41 1,65 50,77 9,59 1,02 8,57 164,10 17,20 146,90 11,91 0,71 11,21 240,71 20,66 220,06 1995 5,92 0,19 5,74 48,11 1,41 46,70 8,78 0,82 7,95 106,37 13,46 92,91 14,89 1,01 13,88 184,07 16,89 167,18 (em percentual) Região Norte Receita própria Transferências Nordeste Receita própria Transferências Centro-Oeste Receita própria Transferências Sudeste Receita própria Transferências Sul Receita própria Transferências Brasil Receita própria Transferências 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100 100 100 100 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,91 2,19 3,11 3,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 97,09 97,81 96,89 96,83 100,00 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 2,58 4,59 5,00 6,12 2,66 2,80 2,74 2,21 3,21 3,14 2,93 97,42 95,41 95,00 93,88 97,34 97,20 97,26 97,79 96,79 96,86 97,07 100,00 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0,00 0,00 0,00 0,45 0,90 7,15 5,08 3,07 11,02 10,64 9,39 100,00 100,00 100,00 99,55 99,10 92,85 94,92 96,93 88,98 89,36 90,61 100,00 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 4,46 4,79 9,35 14,41 9,22 13,64 8,48 7,28 9,79 10,48 12,65 95,54 95,21 90,65 85,59 90,78 86,36 91,52 92,72 90,21 89,52 87,35 100,00 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 2,91 2,91 2,91 2,91 2,91 2,91 2,91 4,78 6,58 5,92 6,77 97,09 97,09 97,09 97,09 97,09 97,09 97,09 95,22 93,42 94,08 93,23 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 3,44 0,95 6,81 11,46 7,36 11,07 7,48 6,21 8,18 8,58 9,18 96,56 99,05 93,19 88,54 92,64 88,93 92,52 93,79 91,82 91,42 90,82 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 50 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Gráfico 4.9 Participação relativa de cada região no total de recursos próprios de entidades da administração indireta dos estados e Distrito Federal que executam projetos e atividades culturais – 1985-1995 (%) 92,20 78,91 90,00 Média 1985-88 80,00 85,70 ) 86,10 ( 100,00 Média 1993-95 70,00 Média 1985-95 60,00 50,00 40,00 NORTE CENTRO-OESTE SUL 8,79 4,65 4,70 4,53 3,12 6,42 5,01 0,49 0,03 0,17 0,58 0,04 0,00 0,00 10,00 1,56 20,00 9,42 30,00 14,67 PARTICIPAÇÕES RELATIVAS (%) Média 1989-92 NORDESTE SUDESTE REGIÕES Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). prios, que representam 1,75%; 4,22%; 4,25% e 6,30% do total dos gastos com cultura realizados pela estrutura da administração direta dos estados e Distrito Federal, nos mesmos exercícios. Adotou-se o mesmo procedimento para todos os exercícios (tab. 4.5). Assim, se incluídos os montantes de despesas das fundações e fundos da área cultural cobertos por recursos próprios, tem-se que para o conjunto dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal a despesa total realizada na execução do programa 48 – Cultura passa a ser estimada, em R$ de dezembro de 1996, para 1985, 1989, 1994 e 1995 em, respectivamente, R$ 293,21 milhões, R$ 336,91 milhões, R$ 486,16 milhões e R$ 268,52 milhões. Em termos regionais, observa-se que com exceção da região Nordeste, em todas as regiões brasileiras expande a participação relativa dos recursos próprios das entidades. Esta evolução evidencia as atuais tendências de sensí- veis modificações na forma de inserção do estado na economia brasileira que, em período de restrições orçamentárias, vem buscando, no âmbito da administração descentralizada, formas alternativas de captação de recursos, em vez de acentuar a dependência em relação às transferências de recursos públicos. No conjunto das entidades estaduais esta participação elevase de 3,78% para 9,18% no final do período. Na região Sudeste este percentual chega a 12,65%. Na seqüência, a tabela 4.6 mostra a distribuição dos percentuais de participação dos gastos com cultura na despesa total dos estados. Os mapas 4.9 a 4.12 oriundos desta tabela, também evidenciam a importância da execução orçamentária de projetos e atividades culturais nos gastos totais de cada estado. Observa-se uma amplitude de variação muito grande em um mesmo estado de um ano para outro e também entre eles – de 0,02% a 2% –, não permitindo FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 51 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 identificar qualquer tendência quanto a este percentual. Constatou-se apenas que a faixa de variação dominante situa-se entre 0,02% e 0,45%. O gráfico 4.10 mostra a evolução da participação relativa dos gastos com cultura do conjunto dos estados e Distrito Federal na função Tabela 4.6 Participação relativa da despesa com cultura no total da despesa – Estados e Distrito Federal – Programa 48 – Cultura (%) Unid. da Federação 1985 1986 1987 1988 1989 4 - Amazonas 0,12 0,12 0,10 0,08 0,08 20 - Rio Grande do Norte 1,34 1,63 1,39 1,45 1,31 5 - Bahia 0,72 0,71 0,80 0,54 0,42 10 -Maranhão 0,33 0,36 0,43 0,41 0,34 25 - São Paulo 0,52 0,45 0,45 0,41 0,53 17 - Pernambuco 0,42 0,57 0,26 0,33 0,44 16 - Paraná 0,37 0,38 0,39 0,42 0,41 23 - Roraima 0,04 0,05 0,08 0,06 0,03 2 - Alagoas 0,13 0,16 0,16 0,15 0,14 19 - Rio de Janeiro 0,46 0,34 0,39 0,41 0,34 3 - Amapá 0,03 0,08 0,07 0,06 0,03 7 - Distrito Federal 0,24 0,32 0,27 0,22 0,60 6 - Ceará 0,13 0,10 0,05 0,12 0,38 13 - Minas Gerais 0,32 0,29 0,22 0,14 0,20 15 - Paraíba 0,11 0,13 0,16 0,14 0,14 9 - Goiás 1,46 0,88 0,38 0,17 0,28 26 - Sergipe 0,32 0,00 0,00 0,35 0,37 24 - Sta Catarina 0,47 0,49 0,31 0,29 0,14 14 - Pará 0,11 0,10 0,11 0,10 0,11 12 - Mato Grosso do Sul 0,17 0,17 0,22 0,22 0,20 21 - Rio Grande do Sul 0,19 0,23 0,19 0,22 0,49 8 - Espírito Santo 0,23 0,41 0,01 0,01 0,02 1 - Acre 0,06 0,08 0,08 0,07 0,08 22 - Rondônia 0,02 0,03 0,03 0,03 0,07 11 - Mato Grosso 0,08 0,16 0,06 0,07 0,01 27 - Tocantins — — — — — 18 - Piauí 0,62 0,73 1,11 0,59 0,44 0,42 0,40 0,35 0,33 0,39 Média do conjunto Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e – Dado numérico igual a 0 não resultante de arredondamento. 1990 1991 1992 1993 1994 1995 0,08 0,07 0,11 0,11 4,05 0,15 0,92 1,21 1,14 1,20 1,42 1,11 0,40 0,41 1,91 1,21 1,11 0,83 0,53 0,12 0,70 0,76 0,72 0,80 0,65 0,98 1,23 0,74 0,86 0,36 0,28 0,30 0,27 0,37 0,44 0,30 0,52 0,50 0,46 0,37 0,36 0,38 0,21 0,09 0,09 0,35 0,12 0,37 0,10 0,09 0,09 0,12 0,51 0,10 0,31 0,31 0,27 0,17 0,33 0,13 0,02 0,01 0,10 0,19 0,20 0,21 0,27 0,47 0,33 0,13 0,21 0,25 0,65 0,26 0,20 0,19 0,27 0,10 0,26 0,17 0,15 0,15 0,25 0,15 0,16 0,16 0,24 0,18 0,19 0,17 0,13 0,16 0,15 0,17 0,14 0,14 0,43 0,33 0,24 0,15 0,15 0,11 0,13 0,08 0,17 0,10 0,10 0,17 0,09 0,11 0,11 0,12 0,12 0,12 0,19 0,13 0,20 0,12 0,09 0,12 0,37 0,13 0,17 0,09 0,08 0,07 0,12 0,11 0,06 0,05 0,09 0,05 0,07 0,08 0,07 0,06 0,06 0,06 0,03 0,03 0,03 0,02 0,03 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,02 0,00 0,00 0,89 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,42 0,50 0,67 0,44 0,53 0,25 Culturais (CEHC). Dados tabulados da tabela 4.7 Intervalos de classe 0,02 - 0,05 0,06 - 0,10 0,11 - 0,15 0,16 - 0,20 0,21 - 0,25 0,26 - 0,30 0,31 - 0,35 0,36 - 0,40 0,41 - 0,45 0,46 - 0,50 0,51 - 0,60 0,61 - 0,70 0,71 - 0,80 0,81 - 0,90 0,91 - 1,00 Acima de 1,01 3 2 5 2 2 3 1 1 2 1 1 1 2 2 4 2 3 1 1 2 2 1 1 2 3 5 1 3 2 2 1 3 2 2 6 4 1 3 1 2 4 2 2 1 1 1 2 1 Freqüência 4 4 3 4 4 3 2 2 2 1 3 2 1 2 2 5 1 1 1 1 2 1 1 1 1 0 3 5 5 3 2 2 1 2 3 5 4 4 2 2 1 4 3 7 5 1 2 2 5 4 2 2 1 1 1 1 3 4 6 3 2 1 3 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 3 2 3 1 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 52 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 4 – GASTOS PÚBLICOS DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL COM CULTURA – 1985-1995 Gráfico 4.10 Participação relativa de cada região no total de recursos próprios de entidades da administração indireta dos estados e Distrito Federal que executam projetos e atividades culturais – 1985-1995 (%) 4,50 Gastos com Cultura/Despesa T otal Prog. Cultura/Função Educ. e Cult ura 4,00 3,50 (%) 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 08 – Educação e Cultura e na despesa total. Em termos médios, no período 1985-1995 tem-se os valores de 2,51% e 0,43% relativos, respectivamente, aos dois percentuais de participação mencionados. Finalmente, cabe observar nesta seção que o último nível de desagregação dos gastos pelos subprogramas 246 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico e 247 – Difusão Cultural, os documentos publicados e os dados le- vantados não permitiram chegar a informações uniformes e consistentes para o conjunto dos estados. Para estados mais representativos como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Ceará e Rio Grande do Sul é possível afirmar que alocam maior volume de recursos em atividades e projetos classificados em Difusão Cultural comparativamente ao montante alocado naqueles classificados em Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 53 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Capítulo 5 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NAS CAPITAIS DOS ESTADOS – 1985-1995 5.1 Considerações gerais N a sistemática da gestão da despesa pública recai sobre os órgãos centrais do governo federal e dos estados a responsabilidade principal pela coordenação e definição de políticas e pelo apoio financeiro a entidades públicas e privadas. São estes órgãos que, no universo das entidades objeto desta pesquisa, aplicam o maior volume de recursos em cultura. Os gastos dos municípios, apresentados em resumo nesta seção e nas tabelas analíticas dos dois volumes do 6º relatório,13 referem-se apenas àqueles efetuados pelos municípios das capitais dos estados. Os procedimentos metodológicos que orientaram este segmento da pesquisa, bem como os resultados analíticos, também estão nele expostos. O levantamento alcançou os poderes Executivo e Legislativo municipais, suas autarquias, fundações e fundos, através da identificação da despesa do programa Cultura constante dos balanços dos municípios, complementados por questionários, excetuando-se os de Campo Grande, Natal, Palmas e Porto Velho, que não forneceram as informações e os dados solicitados. Estes quatro municípios, para serem incluídos no estudo, tiveram seus valores estimados, a partir da base de dados da Execução Orçamentária14 que forneceu a despesa total por fun- ção. Os níveis seguintes de desagregação do gasto público, por programas da função 08 – Educação e Cultura e por subprogramas do programa 48 – Cultura, foram estimados para os quatro municípios, a partir de médias de participações relativas de conjuntos de municípios de capitais de mesmo porte e tamanho de população que enviaram dados.15 Não obstante a maior disponibilidade de informações sobre alguns municípios, a necessidade de padronização dos dados – de modo que o levantamento cobrisse todo o universo pesquisado – não permitiu que tabelas mais desagregadas fossem apresentadas no relatório final. A ausência de tal detalhamento, no entanto, em face de sua menor relevância, não chegou a interferir nos propósitos centrais da pesquisa. Cabe registrar, contudo, a título de observação e como subsídio a outros levantamentos, as seguintes possibilidades de ação: • analisar, em nível de projetos e atividades, as transferências intergovernamentais, federais e estaduais, para melhor conhecimento das fontes de financiamento dos gastos culturais, uma vez que é impossível realizar a análise a partir dos balanços publicados; • empenhar-se para que sejam publicados, pelos estados e municípios que possuam órgãos centrais de cultura, relatórios das 13 Relatório 6: Diagnóstico dos Investimentos Culturais / Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/Municípios das capitais dos estados 1985-1995/2 Volumes/Volume 1: Análise de dados/Volume 2: Base de dados/Novembro de 1997. 14 MINISTÉRIO da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional: Execução Orçamentária dos Estados e Municípios das Capitais, Brasília, setembro de 1995. 15 Para maiores detalhamentos consultar as seções 2 e 4 do 6º Relatório 6: Diagnóstico dos Investimentos Culturais/ Módulo 1: Gastos Públicos com Cultura no Brasil/Municípios das capitais dos estados 1985-1995/2 Volumes/Volume 1: Análise de dados/Volume 2: Base de dados/Novembro de 1997. 54 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 5 – GASTOS ações por eles desenvolvidas, classificadas segundo o município de destino, áreas culturais beneficiadas e valores aplicados; • adotar na divulgação dos dados a classificação por região, em formato a ser definido pelo MinC, dando-se destaque às regiões metropolitanas; • destacar os dados dos municípios com maior acervo cultural; • incluir nos estudos sobre gastos culturais, mediante critérios a serem fixados, aqueles referentes à educação em artes plásticas, música, museologia e outros afins. A estrutura institucional responsável pela gestão de atividades e projetos na área de cultura é bastante variável nos municípios das capitais dos estados brasileiros. É perceptível a tendência pela criação de uma Secretaria de Cul- PÚBLICOS COM CULTURA NAS CAPITAIS DOS ESTADOS – 1985-1995 tura. Poucos deles executam atividades e projetos classificados no programa 48 – Cultura através de fundos e fundações. Independentemente da estrutura adotada, registra-se com mais freqüência neste nível da administração pública uma diversificação da ação, em que diversos órgãos interagem para a realização dos projetos e atividades culturais. 5.2 Evolução dos gastos com cultura nas capitais – 1985-1995 A pesquisa contempla 26 municípios, que abrigam 35 milhões de habitantes, representando aproximadamente 24% da população brasileira. A despesa total dos municípios das capitais, a despesa com a função 08 – Educação e Cultu- Quadro 5.1 Estrutura institucional do setor cultural nas capitais – 1995 Capital Administração direta Rio Branco Maceió Macapá Manaus Salvador Fortaleza Vitória Goiânia São Luís Cuiabá Campo Grande Belo Horizonte Belém João Pessoa Curitiba Sec. de Educação e Cultura Sec. de Cultura Sec. de Educação e Cultura Sec. de Cultura, Desporto e Lazer Sec. de Governo Sec. de Cultura Sec. de Cultura Sec. da Educação Sec. de Cultura Não informou Sec. de Cultura Não informou Não informou Sec. de Cultura Recife Teresina Rio de Janeiro Sec. de Cultura Sec. de Educação e Cultura Sec. de Cultura Natal Porto Alegre Não informou Sec. de Cultura Porto Velho Boa Vista Não informou Florianópolis Sec. de Educação e Cultura São Paulo Sec. de Cultura Aracaju Palmas Sec. de Cultura Não informou Administração indireta Fundação Cultural de Rio Branco Fundação Villa Lobos Fundação Cultural de Fortaleza Fundação Cultural de Curitiba Fund. de Promoção de Atividades Culturais Fund. Cultural Monsenhor Chaves Instituto Musical de Arte e Cultura Empresa Distribuidora de Filmes Fund. de Educação Social e Comunitária Fundo Pró-Cultura do Município Fundo do Patrimônio Histórico e Cultural Fundo de Apoio à Produção Artística e Cultural Fundação de Educação Fundação de Educação, Ciência e Cultura Fundo Municipal de Cinema Fundação Franklin Cascaes Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 55 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 ra e, nesta, a despesa do programa 48 – Cultura, além de indicadores per capita e percentuais dos gastos com a despesa total e com a despesa da função 08 – Educação e Cultura são apresentados na tabela 5.1. A despesa total dos municípios teve um crescimento médio, avaliado pela reta de ajustamento linear, em torno de 7,39%, enquanto que os gastos totais com a função 08 – Educação e Cultura cresceram a uma taxa inferior, de 4,92% (gráf. 5.1 e 5.2). A participação dos gastos com educação e cultura no total da despesa, que figura na última linha da tabela 5.1 como um dos indicadores de desempenho, tende a se fixar em um percentual de 17,6%, muito embora registre queda de 1,4%. A evolução dos gastos com cultura apresentou uma taxa de 8,9%, bem superior à taxa de crescimento da função 08, de 4,9% (gráf 5.3). Este fenômeno mostra que também nos municípios houve maior aplicação de recursos em cultura, comparativamente ao aumento dos gastos com educação do governo Tabela 5.1 Gastos públicos com cultura nas capitais dos estados – Brasil – 1985-1996 (em R$ mil de dez. 96) Despesa 1985 Taxa de cresc. Despesa Total 8.673,5 9.111,0 10.088,0 10.671,8 10.479,2 12.405,1 14.144,0 13.889,7 11.721,7 12.969,5 15.901,1 7,39% Desp. Função 08 – Educação e Cultura 1.628,0 2.052,9 1.912,6 1.566,1 1.842,8 2.221,8 2.464,5 2.266,7 2.004,4 2.309,4 2.708,0 4,92% Desp. Programa 48 – Cultura 76,5 107,6 119,4 95,8 104,0 134,9 141,0 164,4 120,8 134,0 179,5 8,90% Em milhões de habitantes População (em milhões/hab.) 30,0 Indicadores de desempenho (em R$ mil) Ítens da despesa 1985 Gasto per capita com Cultura Gastos com Cultura/Despesa Total Prog. Cultura/Função Educ. e Cultura Função Educ. e Cultura/Desp. Total 2,55 0,88 4,70 18,77 1986 30,6 1986 3,52 1,18 5,24 22,53 1987 31,2 1987 3,83 1,18 6,24 18,96 1988 31,8 1988 3,01 0,90 6,12 14,68 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 32,4 33,0 33,7 34,0 34,4 34,7 35,1 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 3,21 0,99 5,65 17,58 4,08 1,09 6,07 17,91 4,18 1,00 5,72 17,42 4,83 1,18 7,25 16,32 3,52 1,03 6,03 17,10 3,86 1,03 5,80 17,81 Taxa de cresc. 5,12 5,78% 1,13 2,38% 6,63 0,68% 17,03 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 5.1 Despesa total dos municípios das capitais – Brasil – 1985-1995 18.000,0 16.000,0 14.000,0 12.000,0 10.000,0 8.000,0 6.000,0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 5.2 Despesa com educação e cultura nos municípios das capitais – Brasil – 1985-1995 2.800,0 2.600,0 2.400,0 2.200,0 2.000,0 1.800,0 1.600,0 1.400,0 1.200,0 1.000,0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 56 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 5 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NAS CAPITAIS DOS ESTADOS – 1985-1995 Gráfico 5.3 Gastos com cultura nos municípios das capitais – Brasil – 1985-1995 190,0 170,0 150,0 130,0 110,0 90,0 70,0 50,0 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 5.4 Gastos com cultura nos municípios das capitais – participação na despesa total e na Função 08 – Educação e Cultura – Brasil – 1985-1995 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 Gastos com Cultura/Despesa Total 3,00 Prog. Cultura/Função Educ. e Cultura 2,00 1,00 0,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). federal e dos estados. Em termos setoriais, o patamar de participação relativa registrado pelo volume de despesas com o programa 48 – Cultura no total das despesas dos municípios das capitais oscila em torno de 1,05% (gráf. 5.4). A análise dos indicadores mostra que os gastos per capita com cultura evoluíram de R$ 2,55 por habitante por ano no início da série histórica para R$ 5,12 em 1995, demonstrando uma taxa de crescimento linear de 5,78% ao ano, com base na reta de ajustamento da curva (gráf. 5.5). O gráfico 5.6 mostra, em colunas, o gasto per capita de cada uma das capitais no primeiro e no último ano do período em análise, bem como permite uma visualização da sensibilidade de cada uma na alocação de recursos públicos para cultura, apesar das ressalvas que se possa fazer a este tipo de indicador, muito influenciado pelas peculiaridades populacionais e de infra-estrutura de cada município de capital. Gráfico 5.5 Gastos com cultura nos municípios das capitais – gastos per capita – Brasil – 1985-1995 5,50 5,00 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 ANO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 57 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 As tabelas 5.2 a 5.5 fornecem alguns elementos para essa avaliação ao indicar para cada uma das capitais dos estados sua posição relativa no conjunto em cada uma das variáveis selecionadas – população (tab.5.2), despesa total (tab. 5.3), despesa na função 08 (tab. 5.4) e despesa com o programa 48 – Cultura (tab. 5.5). A desagregação dos gastos culturais em seus subprogramas 246 (Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico) e 247 (Difusão Cultural), mostra maior volume de despesa no último subprograma mencionado, cerca de 95,5%, em 1995. Quanto às entidades da administração indireta municipal, o levantamento aponta para uma estimativa de percentual médio de realização por receita própria da ordem de 2%. Relativamente aos gastos com cultura na esfera dos municípios das capitais, cabem as seguintes considerações: • A política cultural resulta de uma ação mais centralizada de governo, comparativamente a outras esferas da administração pública brasileira. • Os gastos com cultura nos municípios das capitais são executados de forma mais dispersa, nos órgãos da administração direta, interagindo, em geral, com educação, desporto e lazer, comunicação e cultura, mesmo nos municípios em que existe uma Secretaria de Cultura, como acontece no governo federal e nos estados. Também pouco se executa através de fundações, e menos ainda por meio de fundos especiais. • Embora em alguns municípios se possa observar uma tendência pouco estável de gasto, no conjunto dos municípios os gastos com cultura são mais estáveis e crescentes. No período observado foi registrada queda dos gastos em apenas dois exercícios. Tabela 5.2 Ranking das capitais dos estados brasileiros segundo a participação relativa na população – Brasil – 1985/1990/1995 (%) Ranking 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª 26ª População 1985 Ranking Capitais (%) São Paulo 29,93 1ª São Paulo Rio de Janeiro 17,52 2ª Rio de Janeiro Belo Horizonte 6,27 3ª Salvador Salvador 5,79 4ª Belo Horizonte Fortaleza 4,99 5ª Fortaleza Recife 4,15 6ª Recife Porto Alegre 3,95 7ª Curitiba Curitiba 3,82 8ª Porto Alegre Belém 3,54 9ª Belém Goiânia 2,68 10ª Manaus Manaus 2,61 11ª Goiânia São Luís 1,82 12ª São Luís Natal 1,65 13ª Maceió Maceió 1,63 14ª Natal Teresina 1,55 15ª Teresina João Pessoa 1,32 16ª Campo Grande Campo Grande 1,27 17ª João Pessoa Aracaju 1,13 18ª Aracaju Cuiabá 0,95 19ª Cuiabá Vitória 0,76 20ª Porto Velho Florianópolis 0,72 21ª Vitória Porto Velho 0,63 22ª Florianópolis Macapá 0,52 23ª Rio Branco Rio Branco 0,49 24ª Macapá Boa Vista 0,31 25ª Boa Vista 1 1 Palmas 0,00 26ª Palmas Capitais 1990 Ranking Capitais 1995 (%) (%) 28,80 1ª São Paulo 27,94 16,46 2ª Rio de Janeiro 15,79 6,09 3ª Salvador 6,22 6,04 4ª Belo Horizonte 5,92 5,20 5ª Fortaleza 5,49 3,90 6ª Curitiba 4,11 3,89 7ª Recife 3,81 3,78 8ª Porto Alegre 3,66 3,67 9ª Belém 3,32 2,93 10ª Manaus 3,21 2,72 11ª Goiânia 2,81 2,02 12ª São Luís 2,18 1,82 13ª Maceió 2,01 1,77 14ª Natal 1,84 1,74 15ª Teresina 1,84 1,51 16ª Campo Grande 1,67 1,45 17ª João Pessoa 1,54 1,18 18ª Cuiabá 1,22 1,15 19ª Aracaju 1,21 0,81 20ª Porto Velho 0,83 0,77 21ª Florianópolis 0,76 0,75 22ª Vitória 0,75 0,57 23ª Rio Branco 0,63 0,53 24ª Macapá 0,60 0,40 25ª Boa Vista 0,46 1 0,06 26ª Palmas 0,19 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 58 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 5 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NAS CAPITAIS DOS ESTADOS – 1985-1995 Tabela 5.3 Ranking dos municípios das capitais dos estados brasileiros segundo a participação relativa na despesa total do conjunto dos municípios das capitais – Brasil – 1985/1990/1995 (%) Ranking Municípios 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª 26ª São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte Salvador Recife Curitiba Fortaleza Porto Alegre Manaus Maceió Goiânia Belém Campo Grande João Pessoa Cuiabá São Luís Vitória Aracaju Natal Teresina Porto Velho Florianópolis Rio Branco Macapá Boa Vista Palmas Despesa total 1985 Ranking Municípios (%) 39,76 1ª São Paulo 17,82 2ª Rio de Janeiro 7,71 3ª Belo Horizonte 4,57 4ª Recife 3,71 5ª Porto Alegre 3,08 6ª Curitiba 2,97 7ª Salvador 2,96 8ª Manaus 2,84 9ª Fortaleza 1,73 10ª Goiânia 1,67 11ª Belém 1,25 12ª São Luís 1,08 13ª Vitória 1,06 14ª Cuiabá 1,05 15ª Natal 1,04 16ª Maceió 1,02 17ª Florianópolis 0,99 18ª Campo Grande 0,74 19ª Teresina 0,66 20ª Aracaju 0,62 21ª João Pessoa 0,62 22ª Porto Velho 0,50 23ª Macapá 0,33 24ª Rio Branco 0,24 25ª Palmas 0,00 26ª Boa Vista 1990 Ranking Municípios (%) 42,17 1ª São Paulo 21,43 2ª Rio de Janeiro 4,77 3ª Belo Horizonte 3,48 4ª Curitiba 3,28 5ª Salvador 3,12 6ª Porto Alegre 3,04 7ª Fortaleza 2,55 8ª Recife 2,23 9ª Manaus 1,88 10ª Goiânia 1,23 11ª Belém 1,23 12ª São Luís 1,18 13ª Vitória 1,09 14ª Cuiabá 0,92 15ª Maceió 0,88 16ª Natal 0,82 17ª Campo Grande 0,78 18ª Teresina 0,74 19ª Palmas 0,68 20ª João Pessoa 0,64 21ª Florianópolis 0,50 22ª Aracaju 0,36 23ª Porto Velho 0,35 24ª Rio Branco 0,33 25ª Macapá 0,31 26ª Boa Vista 1995 (%) 41,82 20,21 6,34 3,46 3,23 2,86 2,84 2,68 2,29 1,78 1,43 1,37 1,29 0,99 0,85 0,82 0,78 0,77 0,76 0,73 0,73 0,68 0,41 0,32 0,31 0,25 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Tabela 5.4 Ranking dos municípios das capitais dos estados brasileiros segundo a participação relativa na despesa com a função Educação e Cultura do conjuntro dos municípios das capitais – Brasil – 1985/1990/1995 (%) Despesa com a Função 08 – Educação e Cultura 1985 Ranking Municípios 1990 Ranking Municípios (%) (%) 1ª Rio de Janeiro 38,89 1ª São Paulo 38,24 1ª São Paulo 2ª São Paulo 33,42 2ª Rio de Janeiro 28,53 2ª Rio de Janeiro 3ª Belo Horizonte 5,63 3ª Belo Horizonte 6,34 3ª Belo Horizonte 4ª Fortaleza 4,64 4ª Curitiba 4,24 4ª Curitiba 5ª Curitiba 3,09 5ª Recife 3,92 5ª Fortaleza 6ª Salvador 2,43 6ª Porto Alegre 2,63 6ª Porto Alegre 7ª Recife 2,12 7ª Vitória 2,34 7ª Recife 8ª Campo Grande 1,74 8ª Fortaleza 1,88 8ª Goiânia 9ª Porto Alegre 1,55 9ª Manaus 1,66 9ª Manaus 10ª Goiânia 1,35 10ª Salvador 1,61 10ª Vitória 11ª Manaus 1,06 11ª Goiânia 1,59 11ª Salvador 12ª Vitória 1,04 12ª Belém 1,26 12ª São Luís 13ª Natal 1,03 13ª Cuiabá 1,22 13ª Belém 14ª Belém 0,93 14ª Natal 1,18 14ª Maceió 15ª João Pessoa 0,75 15ª São Luís 1,05 15ª Natal 16ª Aracaju 0,73 16ª João Pessoa 0,97 16ª Campo Grande 17ª São Luís 0,67 17ª Campo Grande 0,96 17ª Teresina 18ª Teresina 0,57 18ª Teresina 0,90 18ª Cuiabá 19ª Florianópolis 0,49 19ª Aracaju 0,83 19ª João Pessoa 20ª Maceió 0,44 20ª Florianópolis 0,73 20ª Palmas 21ª Cuiabá 0,41 21ª Porto Velho 0,48 21ª Porto Velho 22ª Porto Velho 0,31 22ª Macapá 0,46 22ª Florianópolis 23ª Rio Branco 0,30 23ª Boa Vista 0,42 23ª Aracaju 24ª Macapá 0,26 24ª Rio Branco 0,41 24ª Macapá 25ª Boa Vista 0,15 25ª Palmas 0,12 25ª Rio Branco 26ª Palmas 0,00 26ª Maceió 0,03 26ª Boa Vista Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Ranking Municípios FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 1995 (%) 33,04 24,21 7,57 4,92 3,77 3,60 3,23 2,97 2,85 2,37 2,36 1,68 1,45 1,17 1,07 1,06 1,05 1,03 1,00 0,96 0,96 0,93 0,88 0,57 0,50 0,30 59 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Tabela 5.5 Ranking dos municípios das capitais dos estados brasileiros segundo a participação relativa na despesa com o Programa 48 – Cultura – dos municípios das capitais – Brasil – 1985/1990/1995 (%) Despesa com o Programa 48 – Cultura 1985 Ranking Municípios 1990 Ranking Municípios (%) (%) 1ª São Paulo 60,12 1ª São Paulo 68,45 1ª São Paulo 2ª Rio de Janeiro 16,13 2ª Rio de Janeiro 8,78 2ª Rio de Janeiro 3ª Recife 5,36 3ª Recife 6,95 3ª Curitiba 4ª Curitiba 5,35 4ª Curitiba 5,63 4ª Belo Horizonte 5ª Belo Horizonte 4,07 5ª Belo Horizonte 2,87 5ª Porto Alegre 6ª Porto Alegre 2,42 6ª Goiânia 1,38 6ª Recife 7ª Salvador 2,04 7ª Porto Alegre 1,14 7ª Belém 8ª Goiânia 1,16 8ª Manaus 0,91 8ª Goiânia 9ª Vitória 0,94 9ª Teresina 0,62 9ª Vitória 10ª Campo Grande 0,61 10ª Florianópolis 0,59 10ª Fortaleza 11ª Fortaleza 0,48 11ª Belém 0,56 11ª São Luís 12ª Belém 0,42 12ª Salvador 0,49 12ª Campo Grande 13ª Florianópolis 0,17 13ª Vitória 0,40 13ª Manaus 14ª Boa Vista 0,17 14ª Natal 0,39 14ª Teresina 15ª Aracaju 0,15 15ª Porto Velho 0,23 15ª Florianópolis 16ª Natal 0,13 16ª João Pessoa 0,16 16ª Porto Velho 17ª Manaus 0,10 17ª Campo Grande 0,16 17ª Aracaju 18ª Porto Velho 0,09 18ª Aracaju 0,13 18ª Maceió 19ª São Luís 0,04 19ª Boa Vista 0,09 19ª Natal 20ª João Pessoa 0,03 20ª Cuiabá 0,04 20ª Rio Branco 21ª Macapá 0,00 21ª Macapá 0,02 21ª Salvador 22ª Cuiabá 0,00 22ª Palmas 0,02 22ª Macapá 23ª Maceió 0,00 23ª São Luís 0,01 23ª Palmas 24ª Palmas 0,00 24ª Fortaleza 0,00 24ª João Pessoa 25ª Rio Branco 0,00 25ª Maceió 0,00 25ª Cuiabá 26ª Teresina 0,00 26ª Rio Branco 0,00 26ª Boa Vista Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Ranking Municípios • O crescimento linear médio dos gastos com cultura realizados pelos municípios das capitais é de 8,9%, superior ao aumento da despesa total e da despesa com a função 08 – Educação e Cultura, bem como com a taxa de 1,74% de crescimento da população. • Em termos setoriais, os gastos com cultura nas capitais dos estados situam-se em 1,05% e o percentual de participação dos gastos da função 08 – Educação e Cultura, em torno de 17,66%. No período, porém, observou-se uma tendência mais significativa de expansão dos gastos realizados com cultura em relação àqueles destinados à 60 1995 (%) 48,95 17,79 9,49 4,43 4,12 2,71 2,27 2,06 1,27 1,22 0,97 0,79 0,69 0,58 0,57 0,48 0,38 0,29 0,27 0,26 0,11 0,09 0,07 0,07 0,06 0,00 educação. • Finalmente em 1995, apenas oito municípios – São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Recife e Porto Alegre –, representando 72,93% da população e 83,43% da despesa total dos municípios das capitais, realizam 78,39% da despesa com a função Educação e Cultura e respondem por 88,83% do gasto com cultura, numa evidente concentração de ação e gastos, com tendência, entretanto, à desconcentração, quando este último exercício é comparado com o primeiro da série, o de 1985 (tab. 5.6 e 5.7 e gráf. 5.7 e 5.8). FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 5 – GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NAS CAPITAIS DOS ESTADOS – 1985-1995 Tabela 5.6 Participação relativa acumulada de municípios das capitais – população, despesa total, despesa Função 08 – Educação e Cultura – Despesa Programa 48 – Cultura – Municípios classificados em ordem decrescente de população e acumulados – Brasil – 1985 (%) Municípios em ordem decrescente de população São Paulo São Paulo e Rio de Janeiro São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte SP, RJ, BH e Salvador SP, RJ, BH, Salvador e Fortaleza SP, RJ, BH, Salvador, Fortaleza e Recife SP, RJ, BH, Salv., Fort., Recife e Porto Alegre SP, RJ, BH, Salv., Fort., Recife, POA e Curitiba Todos % acum. % acum. % acum. % acum. Pop. dt d08 d48 29,93 39,76 32,13 60,12 47,45 57,58 69,52 76,25 53,73 65,29 74,93 80,32 59,51 69,85 77,27 82,36 64,50 72,82 81,73 82,84 68,65 76,53 83,77 88,20 72,60 79,49 85,26 90,62 76,42 82,56 88,22 95,97 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Pop.: População. dt: Despesa total da Função Educação e Cultura. d08: Despesa Função 08 – Educação e Cultura. d48: Despesa Programa 48 – Cultura. Tabela 5.7 Participação relativa acumulada de municípios das capitais – população, despesa total, despesa Função 08 – Educação e Cultura – Despesa Função 08 – Educação e Cultura – despesa Programa 48 – Cultura – Municípios classificados em ordem decrescente de população e acumulados – Brasil – 1995 (%) Municípios em ordem decrescente de % Acum. % Acum. % Acum. % Acum. População Pop. dt d08 d48 São Paulo 27,94 41,82 31,31 48,95 São Paulo e Rio de Janeiro 43,72 62,03 54,26 66,74 São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador 49,95 65,26 56,50 66,84 SP, RJ, Salvador e Belo Horizonte 55,87 71,59 63,68 71,28 SP, RJ, Salv., BH e Fortaleza 61,35 74,43 67,25 72,50 SP, RJ, Salv., BH, Fortaleza e Curitiba 65,46 77,89 71,92 81,99 SP, RJ, Salv., BH, Fort., Curitiba e Recife 69,27 80,57 74,98 84,70 SP, RJ, Salv., BH, Fort., Curit, Recife e POA 72,93 83,43 78,39 88,83 Todos 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Pop.: População. dt: Despesa total da Função Educação e Cultura. d08: Despesa Função 08 – Educação e Cultura. d48: Despesa Programa 48 – Cultura. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 61 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Gráfico 5.7 Participação relativa da despesa com o Programa 48 – Cultura – de principais municípios de capitais no total da despesa com o mesmo programa realizada pelo conjunto dos municípios das capitais – Brasil – 1985 (%) Outros 8,96% Belo Horizonte 4,07% Curitiba 5,35% Recife 5,36% São Paulo 60,12% Rio de Janeiro 16,13% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Gráfico 5.8 Participação relativa da despesa com o Programa 48 – Cultura – de principais municípios de capitais no total da despesa com o mesmo programa realizada pelo conjunto dos municípios das capitais – Brasil – 1995 (%) Outros 15,21% Porto Alegre 4,12% Belo Horizonte 4,43% São Paulo 48,95% Curitiba 9,49% Rio de Janeiro 17,79% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). 62 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI (Continua) 1985 1989 1990 86.017,69 — — — — 21.567,58 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 569.703,49 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — CAP. 6 – ANEXOS 1986 1987 1988 — — 1.306.214,87 84.803,91 — — — — — — — — 7.338.950,45 1.740.365,85 — — 288.387,90 2.652.824,14 — — 11.518.594,70 13.086.402,96 — — 1.261.624,34 — — — 53.705,00 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 17.997.082,55 — 95.541,39 4.712.021,86 — — — — 483.345,00 895.657,21 853.048,13 966.610,96 516.105,05 — — — 825.914,16 — — — 1.778.405,35 2.038.367,68 — — — 11.838.637,42 — — — 3.286.651,53 — — — 1.322.803,27 — — — 120.256,01 — — — 3.442.917,05 — — — 2.453.924,65 — — — 70.943,15 — — — 429.596,06 213.110,92 — — 362.335,78 — — — 8.663.486,94 — — — 9.610.292,69 9.441.536,65 1.208.261,46 — — 30.493.317,47 48.087.724,08 — — 2.696.765,98 1.173.977,30 — — 1.408.130,07 — — — 595.321,47 — — — 295.943,20 199.802,45 — — 1.998.523,04 135.983,11 — — 142.191,52 — Capítulo 6 63 Projeto/Atividade 1057-Implant. e Instal. de Unidades 1086-Preservação do Patrimônio Histórico 1440-Prog. do Centenário da Rep. Bras. e o Bicentenário (Legisl. e Jud.) -Coord. de Atividades Culturais -Fiscaliz. Ativid. Cinematográficas -Proj. Desenvolvimento Cultural -Coord. Superv. Ativ. Cinematográficas -Apoio Fin. Museu de Arte Moderna do RJ 1630-Recuperação e Preservação do Patrimon. Hist. Art. 1631-Apoio a Implantação de Espaços Culturais 1632-Apoio a Implantação de Bibliotecas Públicas 1036-Implant. e Inst. de Unidades da Fund. Joaquim N. 1742-Particip. União Capital da Embrafilme 1800-Projetos a Cargo de Entidades Supervisionadas 2685-Apoio Financeiro a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira -Desenvolvimento Cultural -Programa de Cidades Históricas -Fomlulac. Pol. Nac. Cultura -Part. da União no Capital da Empresa Brasileira de Filmes S/A -Serviços Proc. Dados e Informações -Normat. Fisc. Assist. Direitos Autor -Capacitação de Recursos Humanos -Coord. Ativ. Criac. Prod. Dif. Cultural -Coord. Ativ. Preserv. Pot. Cultura -Etnias e Sociedade Nacional -Sist. de Informação Cultural -Referenciamento da Dinâmica Cultural -Proj. de Ação Cultural 2288-Preservação de Bens Culturais Móveis, Imóveis e Naturais 1351-Apoio a Projetos de Desenvolvimento Cultural 2282-Estímulo a Produção e a Dinamização da Cultura -Difusão da Cultura Brasileira -Divulgação de Informações sobre a Cultura Brasileira 2635-Ação Cultural para os Grupos Sociais mais Vulneráveis 2637-Preservação e Difusão dos Valores Culturais dos Grupos Étnicos -Integração Cultural de Grupos Etários Diferenciados ANEXOS FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.1A Despesa da administração direta no Programa 48 – Cultura – por projeto e atividade – 1985-1994 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) GASTOS 64 (Continuação) 1985 1986 1987 178.050,93 225.593,35 — — — — — 75.068,24 — — 577.342,97 — — — — 4.661.375,62 — 1988 1989 1990 — — — — — — — — — — — — — — — 1.313.829,86 — — — — — — — 1.453.724,82 795.893,41 — — 931.128,79 — — — — 1.880.150,42 — — — — 2.293.465,69 50.509,40 — — 93.068,81 — — — — — — — 6.633.594,08 — — — — — — — — — 428.812,56 306.294,69 7.106.036,69 6.313.346,05 1.553.248,53 2.082.803,86 — 9.843.677,10 — — — — — — — — — — — — — — — 36.563,25 9.627.328,21 27.136,41 6.669.615,32 — — — 1.206.352,01 — 4.629.302,86 12.863.424,15 13.676.071,67 — 2.330.980,26 2.219.927,90 128.264,49 3.276.629,57 1.405.626,77 — 2.048.572,82 1.912.598,36 498.970,12 684.011,61 383.787,53 — — — 9.196.368,07 3.035.517,66 439.949,36 913.484,52 164.670,14 — 5.398.368,22 14.501,94 4.509,86 673.129,86 412.000,18 504.524,15 370.148,29 310.376,26 279.796,58 156.720,92 74.935,61 145.278,60 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 27.783,05 — — — — — — — — BRASIL: 1985-1995 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Projeto/Atividade -Promoção da Mulher no Campo das Atividades Culturais -Ação Cultural para as Classes Trabalhadoras -Sistema de Processamento de Dados 3428-Comemoração do Centenário da Abolição da Escravatura 3163-Desenvolvimento de Políticas Sócioculturais nos Estados e Mun. 1800-Projetos a Cargo de Entidades Supervisionadas 1820-Proj. Cargo Fund. Casa Rui Barbosa 1821-Projetos a Cargo da Fundação Joaquim Nabuco 1852-Proj. a Cargo da Univ.Fed.do R. de Janeiro 1889-Proj. a Cargo da Fund.Centro Bras. TV Educ. 1933-Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró-Memória 1942-Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró-Leitura 1943-Proj. a Cargo da Fund. Nac.de Artes Cênicas 1944-Proj. a Cargo da Fund. do Cinema Brasileiro 2001-Assessoramento Superior 2005-Administração de Pessoal 2006-Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria 2007- Capacitação de Recursos humanos 2008-Coord. e Manutenção dos Serv. Administ. 2009-Coordenação do Planejamento 2010-Coordenação de Comunicação Social 2016-Manut. Serv. de Processamento de Dados 2017-Participação em Organismos Internacionais 2020-Coordenação e Manutenção de Órgãos Colegiados 2121- Preservação e Dif. de Acervos Artist., Museológico e Cient. 2125- Preservação e Dif. de Acervos Bibliog., Document. e Arquiv. 2045-Ação Cultural 2108-Ação Cultural 2113-Difusão e Intercâmbio de Bens e serviços Culturais 2114-Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 2115-Prot. dos Dir. do Autor e dos Dir. que lhe são conex. 2116-Desenvolvimento e Difusão de Invest. nas Áreas de Filo. 2121-Preservação e Difusão de Acervos Museológicos 2125-Preservação e Difusão de Acervos Biblio., Documentais 2126-Promoção da Biblioteca, do livro e da Literartura Brasileira 2188-Desenvolvimento e Divulgação de Invest. em Ciências Soc. 2190-Estudos Avançados de Ciência e Cultura das Áreas Tropicais 2191-Tratamento e Difusão da Inform. Cultural, Científica e Tec. 2193-Estímulo à Produção e à Dinamização da Cultura PÚBLICOS COM CULTURA NO Tabela 6.1B Despesa da administração direta no Programa 48 – Cultura – por projeto e atividade – 1985-1994 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.1C Despesa da administração direta no Programa 48 – Cultura – por projeto e atividade – 1985-1994 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) (Continuação) 1985 1986 — — — — — — — — — — — — — — — — 3.599.815,00 13.552.628,61 30.315.300,12 81.161.748,38 — — — — — — — — — — 3.237,54 — — — — — 1987 9.057,71 4.122.022,97 1.782.125,98 — — 1.688.760,46 2.047,32 4.678.991,81 802.826,66 — — — — — — — — — — — 2.676.762,48 8.871.700,50 15.387.554,98 21.774.019,27 40.747.164,49 41.754.726,65 92.641.831,63 103.867.822,14 — — — — — — — — 1988 — 5.464.675,90 1.997.061,75 — — 1.745.008,26 5.728,12 5.181.410,51 1.942.134,29 — — — 1989 1990 263.321,13 — 5.811.655,17 482.352,36 2.213.937,29 6.162,03 — — — — 2.233.884,38 104.623,60 171,92 — 3.127.543,74 — 1.458.134,72 98.163,10 — — — 177.073.815,78 — 4.440.391,25 — — — — — — — — 7.127.409,83 10.014.799,70 20.006.837,68 20.126.816,10 21.145.077,98 17.955.929,86 71.989.754,00 105.734.967,63 18.163.231,46 31.548.638,63 18.108.764,46 14.534.349,91 — 8.419.091,99 — 1.068.782,84 — — — — — — — — — — — — — — — — 2.216.676,69 — — — — — 79.014,84 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 351.182,78 — 180.251.552,07 224.099.824,67 266.094.592,26 258.271.650,53 268.704.061,85 199.667.902,92 — — — 137.233,10 13.562,73 — — — — — 1.928.949,60 — — — — — 2.082.803,86 — — — — — — 41.725,39 180.251.552,07 224.099.824,67 266.094.592,26 258.408.883,63 272.729.378,04 199.709.628,31 CAP. 6 – ANEXOS 65 Projeto/Atividade 2487-Desenv. e Estímulo a Prod.Filme Curta-Met. 2488-Normat. Fisc.Ativ.Cinematográficas e Vídeo 2503-Assessor. à Form. da Pol. Nac. de Cultura 2565-Fiscalização da Comercialização das Obras Cine. 2567-Promoção de Eventos de Significação Hist. e Cult. 2582-Coord. e Assistência a Direitos do Autor 2583-Contribuição ao Fundo de Direito Autoral 2584-Contribuição ao Fundo de Promoção Cultural 2587-Difusão e Interc. de Bens e Serv. Culturais 2773-Estudo, Preservação e Difusão do Acervo Museo., Biblio. 2800-Atividades a Cargo de Entidades Supervisionadas 2900-Contribuição a Fundos 2905-Interação entre a Educação Cien. e Tec. e os Diferen. 2906-Reconhecimento e Valorização das Espec. Cult. 2907-Programa de Incentivo a Leitura - Pro-Ler 2908-Programa Nacional de Informações Culturais 2909-Inventário Nacional do Patrimônio Cultural 2930-Ativ. a Cargo da Fund. Casa de Rui Barbosa 2931-Ativ. a Cargo da Fund. Joaquim Nabuco 2932-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional de Artes 2933-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró-Memória 2942-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró-Leitura 2943-Ativ. a Cargo da Fund.Nac.de Artes Cênicas 2944-Ativ. a Cargo da Fund. do Cinema Brasileiro 2952-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Palmares 3359- Estudos e Pesq. sobre Hist., Literatura e Direito Pub. Bras. 3762-Programa do Centenário da Rep. Brasileira 4149-Estudos e Pesquisas na Área Cultural 4029-Promoção e Incentivo às Atividades Artísticas e Culturais 4031-Preservação do Patrimônio Cultural 4034-Preservação do Palácio Gustavo Capanema 4035-Promoção Difusão e Intercâmbio de Bens e Serv. Cult. 4036-Incentivo às Atividades Audiovisuais 4302-Fomento à Produção Cultural e Artísitica 4303-Promoção do Acesso aos Bens e Serviços Culturais 4304-Apoio à Produção, Preservação e Dinamização da Cultura 4351- Promoç. e aces. aos bens e serv. culturais na Região Amazônica 8020-Apoio à Sociedade Civica - Memorial JK Subtotal (Função 08) 16.48.246.4023-Prog. Preservação do Ministério 03.48.247.3762-Prog. do Centenário da República 03.48.247.1935-Proj. a Cargo Cons. Nac. Desenv. Cient. 16.48.246.1206-Prog. de Preserv. do Pat. Hist. do Ministério Total do Programa 48 1991 1993 — — — — — — — — 534.550,55 35.415,55 34.555,50 — — — — — — — — — — 145,75 — — — — — — — — — — — — — — — — 151.620,84 — 17.192,74 — — — — — — — — — 1.016,10 — — — — — — — — — 94.053,26 — — — — — — — — 112.336,40 — — — — — — — — (Continuação) 1994 — 107.183,84 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — BRASIL: 1985-1995 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 165.315,61 1992 PÚBLICOS COM CULTURA NO FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Projeto/Atividade 1057-Implant. e Instal. de Unidades 1086-Preservação do Patrimônio Histórico 1440-Prog. do Centenário da Rep. Bras. e o Bicentenário (Legisl. e Jud.) -Coord. de Atividades Culturais -Fiscaliz. Ativid. Cinematográficas -Proj. Desenvolvimento Cultural -Coord. Superv. Ativ. Cinematográficas -Apoio Fin. Museu de Arte Moderna do RJ 1630-Recuperação e Preservação do Patrimon. Hist. Art. 1631-Apoio a Implantação de Espaços Culturais 1632-Apoio à Implantação de Bibliotecas Públicas 1036-Implant. e Inst. de Unidades da Fund. Joaquim N. 1742-Particip. União Capital da Embrafilme 1800-Projetos a Cargo de Entidades Supervisionadas 2685-Apoio Financeiro a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira -Desenvolvimento Cultural -Programa de Cidades Históricas -Fomlulac. Pol. Nac. Cultura -Part. da União no Capital da Empresa Brasileira de Filmes S/A -Serviços Proc. Dados e Informações -Normat. Fisc. Assist. Direitos Autor -Capacitação de Recursos Humanos -Coord. Ativ. Criac. Prod. Dif. Cultural -Coord. Ativ. Preserv. Pot. Cultura -Etnias e Sociedade Nacional -Sist. de Informação Cultural -Referenciamento da Dinâmica Cultura -Proj. de Ação Cultural 2288-Preservação de Bens Culturais Móveis, Imóveis e Naturais 1351-Apoio a Projetos de Desenvolvimento Cultural 2282-Estímulo a Produção e a Dinamização da Cultura -Difusão da Cultura Brasileira -Divulgação de Informações sobre a Cultura Brasileira 2635-Ação Cultural para os Grupos Sociais mais Vulneráveis 2637-Preservação e Difusão dos Valores Culturais dos Grupos Étnicos -Integração Cultural de Grupos Etários Diferenciados -Promoção da Mulher no Campo das Atividades Culturais -Ação Cultural para as Classes Trabalhadoras -Sistema de Processamento de Dados GASTOS 66 Tabela 6.1D Despesa da administração direta no Programa 48 – Cultura – por projeto e atividade – 1985-1994 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.1E Despesa da administração direta no Programa 48 – Cultura – por projeto e atividade – 1985-1994 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) (Continuação) Projeto/Atividade 1992 1993 1994 — — — — — — — — — — — — 5.998.985,77 — — — 35.415,55 — — — — — — — — — 6.706.259,39 — — — — — — — — — — — — — 5.301.393,60 — 3.031.678,96 — — — 318.832,70 — 891.255,55 — — — 271.187,34 — 211.732.631,47 — — 306.202,79 328.488,55 — 158.157,25 243.074,52 793.434,41 30.268,85 — — — — — — — — 89.601,26 — — 24.790,88 — — — — — 28.460,21 28.749,44 21.354,30 5.593.363,19 1.561.403,97 1.382.972,02 251.438,50 12.661,79 41.846,77 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 5.627.902,20 — 315.101,22 110.305.786,47 — — 238.033,29 217.588,89 44.889,30 5.287.280,59 526.289,40 — 1.293.000,95 9.796,66 33.864,24 2.091,08 46.194,23 — — 459.030,86 616.614,19 52.659,19 146.339,27 530.283,36 — — — CAP. 6 – ANEXOS 67 3428-Comemoração do Centenário da Abolição da Escravatura 3163-Desenvolvimento de Políticas Sócioculturais nos Estados e Mun. 1800-Projetos a Cargo de Entidades Supervisionadas 1820-Proj. Cargo Fund. Casa Rui Barbosa 1821-Projetos a Cargo da Fundação Joaquim Nabuco 1852-Proj. a Cargo da Univ.Fed.do R. de Janeiro 1889-Proj. a Cargo da Fund.Centro Bras. TV Educ. 1933-Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró-Memória 1942-Proj. a Cargo da Fund. Nac. Pró-Leitura 1943-Proj. a Cargo da Fund. Nac.de Artes Cênicas 1944-Proj. a Cargo da Fund. do Cinema Brasileiro 2001-Assessoramento Superior 2005-Administração de Pessoal 2006-Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria 2007- Capacitação de Recursos humanos 2008-Coord. e Manutenção dos Serv. Administ. 2009-Coordenação do Planejamento 2010-Coordenação de Comunicação Social 2016-Manut. Serv. de Processamento de Dados 2017-Participação em Organismos Internacionais 2020-Coordenação e Manutenção de Órgãos Colegiados 2121- Preservação e Dif. de Acervos Artist., Museológico e Cient. 2125- Preservação e Dif. de Acervos Bibliog., Document. e Arquiv. 2045-Ação Cultural 2108-Ação Cultural 2113-Difusão e Intercâmbio de Bens e serviços Culturais 2114-Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 2115-Prot. dos Dir. do Autor e dos Dir. que lhe são conex. 2116-Desenvolvimento e Difusão de Invest. nas Áreas de Filo. 2121-Preservação e Difusão de Acervos Museológicos 2125-Preservação e Difusão de Acervos Biblio., Documentais 2126-Promoção da Biblioteca, do livro e da Literartura Brasileira 2188-Desenvolvimento e Divulgação de Invest. em Ciências Soc. 2190-Estudos Avançados de Ciência e Cultura das Áreas Tropicais 2191-Tratamento e Difusão da Inform. Cultural, Científica e Tec. 2193-Estímulo a Produção e a Dinamização da Cultura 2487-Desenv. e Estímulo a Prod.Filme Curta-Met. 2488-Normat. Fisc.Ativ.Cinematográficas e Vídeo 2503-Assessor. à Form. da Pol. Nac. de Cultura 1991 GASTOS 68 1991 394.329,79 9.561,42 — — — 504.290,58 — 103.544.565,97 — 1992 — — — — — — — 77.394.698,60 7.460.785,21 1993 — — — — — 6.300,45 40.379,53 — 17.593.673,54 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 11.420,54 30.564,76 142.982,12 9.213,86 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 114.155.986,90 58.664,75 114.214.651,65 — — — — 864.785,47 192.322,28 140.092,60 — — — — — — — 95.070.556,85 — 95.070.556,85 — — 2.469.515,01 10.264.260,01 — 124.330,14 43.926.058,55 4.120.260,86 65.544,72 581.677,76 — — — — 306.995.181,35 — 306.995.181,35 1994 — — — — — — 358.300,93 — 13.861.455,50 6.713,08 30.320,70 150.898,44 371.478,98 943.002,38 — — — — — — 28.145,81 — — 3.130.184,94 10.646.878,68 — 103.101,02 353.830,11 4.391.798,02 61.868,46 299.972,31 267.481,21 1.267.349,70 1.676.640,90 163.809.350,43 — 163.809.350,43 BRASIL: 1985-1995 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Projeto/Atividade 2565-Fiscalização da Comercialização das Obras Cine. 2567-Promoção de Eventos de Significação Hist. e Cult. 2582-Coord. e Assistência a Direitos do Autor 2583-Contribuição ao Fundo de Direito Autoral 2584-Contribuição ao Fundo de Promoção Cultural 2587-Difusão e Interc. de Bens e Serv. Culturais 2773-Estudo, Preservação e Difusão do Acervo Museo., Biblio. 2800-Atividades a Cargo de Entidades Supervisionadas 2900-Contribuição a Fundos 2905-Interação entre a Educação Cien. e Tec. e os Diferen. 2906-Reconhecimento e Valorização das Espec. Cult. 2907-Programa de Incentivo a Leitura - Pró-Ler 2908-Programa Nacional de Informações Culturais 2909-Inventário Nacional do Patrimônio Cultural 2930-Ativ. a Cargo da Fund. Casa de Rui Barbosa 2931-Ativ. a Cargo da Fund. Joaquim Nabuco 2932-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional de Artes 2933-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró-Memória 2942-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Pró-Leitura 2952-Ativ. a Cargo da Fund. Nacional Palmares 3359- Estudos e Pesq. sobre Hist., Literatura e Direito Pub. Bras. 3762-Programa do Centenário da Rep. Brasileira 4149-Estudos e Pesquisas na Área Cultural 4029-Promoção e Incentivo às Atividades Artísticas e Culturais 4031-Preservação do Patrimônio Cultural 4034-Preservação do Palácio Gustavo Capanema 4035-Promoção Difusão e Intercâmbio de Bens e Serv. Cult. 4036-Incentivo às Atividades Audiovisuais 4302-Fomento à Produção Cultural e Artística 4303-Promoção do Acesso aos Bens e Serviços Culturais 4304-Apoio a Produção, Preservação e Dinamização da Cultura 4351- Promoç. e aces. aos bens e serv. culturais na Região Amazônica 4352- Preservação do Patrimônio Cultural na Região Amazônica 4353- Preservação do Patrimônio Cultural na Região Nordeste 8020-Apoio à Sociedade Cívica - Memorial JK Subtotal (Função 08) 13.48.0428.2800-Ativ. a Cargo de Ent. Superv. Total do Programa 48 PÚBLICOS COM CULTURA NO Tabela 6.1F Despesa da administração direta no Programa 48 – Cultura – por projeto e atividade – 1985-1994 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) (Conclusão) Fontes: Dados básicos: BALANÇO GERAL DA UNIÃO. Brasília: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, 1985; 1986; 1987; 1988; 1989; 1990; 1991; 1992; 1993; 1994; 1995. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: A apresentação dos demonstrativos do BGU de 1995 não permite a inclusão de seus dados na tabela 1. Esta é a tabela 4.2. do Relatório 5. — Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.2A Despesa da administração direta, desdobramento da Função 08 – Educação e Cultura por programa – 1985-1995 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) (Continua) Código Programa 07 Administração 08 Administração Financeira 09 Planejamento Governamental 10 Ciência e Tecnologia 22 Telecomunicações 29 Serviços de Informação 40 Programas Integrados 41 Educação da criança de 0 a 6 anos 42 Ensino de Primeiro Grau 43 Ensino de Segundo Grau 44 Ensino Superior 45 Ensino Supletivo 46 Educação Física 47 Assistência a Educandos 48 Cultura 49 Educação Especial 66 Normatização e Fiscalização da Atividade Empresarial 72 Política Exterior 75 Saúde 78 Proteção ao Trabalhador 81 Assistência 84 Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público Total da Função 08 – Educação e Cultura 1985 1986 1987 1988 449.047.861,26 416.877.545,44 359.304.789,88 346.018.247,24 143.455.749,75 128.441.530,78 131.800.244,15 123.897.081,48 83.890.338,21 95.788.086,94 308.517.494,69 119.650.145,05 4.460.501,54 4.801.637,56 10.104.977,11 9.907.352,04 4.685.640,41 45.790.735,96 80.986.682,89 58.243.290,11 620.342,18 648.577,23 111.992,19 109.150,51 — 620.752,52 1.084.050,01 123.379,67 — — — — 3.952.902.320,97 6.947.009.068,24 7.053.721.799,85 6.379.388.427,56 620.070.346,92 856.902.714,72 838.816.560,13 1.010.572.274,09 3.488.338.640,61 3.943.664.061,04 5.343.503.035,63 6.181.295.358,33 14.710.650,40 12.858.687,63 15.436.164,82 7.033.957,14 20.991.233,33 13.730.713,99 13.999.148,81 5.016.903,81 20.442.593,43 19.609.439,21 28.399.678,18 26.289.895,92 180.251.552,07 224.099.824,67 266.094.592,26 258.271.650,53 15.735.111,61 25.272.271,78 17.252.977,19 34.869.865,27 — — — — 2.916.288,87 5.759.654,45 5.047.545,74 3.036.641,21 92.050,37 109.749,05 33.783,44 1.409.079,24 — — — — 4.382.052,03 19.340.446,65 4.207.213,99 4.046.732,30 — — — — 9.006.993.273,95 12.761.325.497,86 14.478.422.730,97 14.569.179.431,51 CAP. 6 – ANEXOS 69 GASTOS 70 Programa 07 Administração 08 Administração Financeira 09 Planejamento Governamental 10 Ciência e Tecnologia 22 Telecomunicações 29 Serviços de Informação 40 Programas Integrados 41 Educação da criança de 0 a 6 anos 42 Ensino de Primeiro Grau 43 Ensino de Segundo Grau 44 Ensino Superior 45 Ensino Supletivo 46 Educação Física 47 Assistência a Educandos 48 Cultura 49 Educação Especial 66 Normatização e Fiscalização da Atividade Empresarial 72 Política Exterior 75 Saúde 78 Proteção ao Trabalhador 81 Assistência 84 Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público Total da Função 08 – Educação e Cultura 1989 624.705.574,32 225.600.256,67 7.167.498,80 6.878.609,59 79.430.714,56 150.494,49 — — 6.035.664.832,65 1.082.815.828,07 6.463.140.105,72 12.992.757,87 2.649.956,69 28.265.372,18 268.704.061,85 33.303.285,58 — 4.288.616,46 609.223,19 — 750.664,56 — 14.877.117.853,25 1990 1991 (Continuação) 1992 1.181.892.377,18 327.812.611,76 546.877.168,14 90.304.708,00 122.966.617,91 203.168.318,90 10.705.752,13 11.843.964,02 4.319.283,11 2.304.185,58 7.441.744,26 1.614.722,46 4.746.522,48 3.903.282,04 4.387.955,68 907,66 — — — — — 12.654.153,55 10.213.302,11 4.501.553,05 2.699.846.707,23 2.124.222.490,64 1.814.191.545,61 778.658.056,94 722.896.113,23 460.071.589,58 4.782.686.705,33 3.631.567.662,14 3.017.958.672,95 6.334.078,82 31.361.744,53 16.498.337,36 13.527.502,45 597.200,19 183.034,34 83.259.347,38 22.499.827,63 7.672.600,32 199.667.902,92 114.155.986,90 95.070.556,85 17.562.636,19 24.917.566,24 10.561.158,41 — — — — — — 997.356.832,06 831.865.615,05 266.115.751,91 29.872.071,58 — 8.853,89 — — — 37.754.315,88 — 64.337,35 10.949.134.763,36 7.988.265.728,65 6.453.265.439,90 BRASIL: 1985-1995 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Código PÚBLICOS COM CULTURA NO Tabela 6.2B Despesa da administração direta, desdobramento da Função 08 – Educação e Cultura por programa – 1985-1995 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.2C Despesa da administração direta, desdobramento da Função 08 – Educação e Cultura por programa – 1985-1995 – Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) (Conclusão) Código Programa 07 Administração 08 Administração Financeira 09 Planejamento Governamental 10 Ciência e Tecnologia 22 Telecomunicações 29 Serviços de Informação 40 Programas Integrados 41 Educação da criança de 0 a 6 anos 42 Ensino de Primeiro Grau 43 Ensino de Segundo Grau 44 Ensino Superior 45 Ensino Supletivo 46 Educação Física 47 Assistência a Educandos 48 Cultura 49 Educação Especial 66 Normatização e Fiscalização da Atividade Empresarial 72 Política Exterior 75 Saúde 78 Proteção ao Trabalhador 81 Assistência 84 Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público Total da Função 08 – Educação e Cultura 1993 736.721.012,72 78.717.463,89 7.410.854,31 1.087.680,84 1.564.512,74 — 59.540.181,39 2.761.175.094,17 625.342.409,88 4.209.857.641,11 31.422.700,31 4.130.478,75 21.701.192,27 306.995.181,35 37.316.288,24 1.293,65 — 804.973.280,58 — — — 9.687.957.266,23 1994 655.849.211,44 67.851.915,69 13.004.891,41 1.978.618,33 548.818,82 — — 104.925.441,32 3.567.464.210,17 632.949.501,41 4.777.642.819,99 76.938.152,44 24.835.253,89 25.661.090,14 163.809.350,43 68.564.012,57 — — 829.479.219,23 — — — 11.011.502.507,29 1995 777.037.241,55 67.495.904,64 3.749.233,20 1.754.097,05 113.758,83 — — 277.968.701,21 2.808.087.487,88 646.333.072,48 5.118.144.282,85 28.450.981,68 64.405.696,45 29.459.380,39 180.686.001,70 11.795.409,89 — — 760.086.396,62 26.251,20 — — 10.775.593.897,62 Fontes: Dados básicos: BALANÇO GERAL DA UNIÃO. Brasília: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, 1985; 1986; 1987; 1988; 1989; 1990; 1991; 1992; 1993; 1994; 1995. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). CAP. 6 – ANEXOS 71 GASTOS 72 Subprograma Supervisão e Coordenação Superior Administração Geral Divulgação Oficial Informática Edificações Públicas Assistência Financeira Controle Interno Planejamento Orçamentário Pesquisa Aplicada Informação Científica e Tecnológica Radiodifusão Cursos de Suprimento Treinamento de Recursos Humanos Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico Difusão Cultural Cooperação Internacional Assistência Médica e Sanitária (Função 13) Total 1985 1986 1987 1988 1989 — — — — — 65.007.737,22 96.004.681,97 137.656.972,09 123.124.105,59 190.737.865,37 — 128.264,49 3.276.629,57 1.405.626,77 439.949,36 — 3.286.651,53 2.048.572,82 1.037.923,72 947.616,16 — 1.048.850,07 75.068,24 93.068,81 — — 3.237,54 35.174.356,60 53.269.134,60 3.478.726,53 — — — — — — 1.740.365,85 2.330.980,26 2.219.927,90 3.035.517,66 5.328.931,26 4.142.864,66 6.341.286,79 4.442.931,22 1.742.008,75 — 2.553.707,16 3.246.701,16 2.834.484,66 1.118.294,15 — 362.335,78 — — — — 326.533,56 435.191,03 426.864,03 115.115,96 — 120.256,01 — — — 54.856.557,11 46.258.876,57 30.995.264,77 14.849.153,21 29.352.851,86 53.851.974,48 67.624.229,37 43.829.557,33 53.042.396,82 41.596.762,10 1.206.352,01 498.970,12 684.011,61 383.787,53 164.670,14 — — — 1.279.478,74 — 180.251.552,07 224.099.824,67 266.094.592,26 258.408.883,63 272.729.378,04 (Continua) 1990 36.563,25 171.406.582,47 4.509,86 833.853,08 — 4.468.174,30 27.136,41 14.501,94 394.118,08 136.305,19 — — 15.056,34 14.473.315,12 7.487.512,10 412.000,18 — 199.709.628,31 BRASIL: 1985-1995 Código 020 021 023 024 025 031 032 040 055 057 137 214 217 246 247 411 428 PÚBLICOS COM CULTURA NO FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.3A Despesa da administração direta, desdobramento do Programa 48 – Cultura, por subprograma – 1985-1995 Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.3B Despesa da administração direta, desdobramento do Programa 48 – Cultura, por subprograma – 1985-1995 Governo Federal – Tesouro Nacional (R$ de dez. de 1996) (Conclusão) Código 020 021 023 024 025 031 032 040 055 057 137 214 217 246 247 411 428 Subprograma Supervisão e Coordenação Superior Administração Geral Divulgação Oficial Informática Edificações Públicas Assistência Financeira Controle Interno Planejamento Orçamentário Pesquisa Aplicada Informação Científica e Tecnológica Radiodifusão Cursos de Suprimento Treinamento de Recursos Humanos Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico Difusão Cultural Cooperação Internacional Assistência Médica e Sanitária (Função 13) Total 1991 — 95.558.849,76 — 503.460,22 — 30.268,85 — — 221.535,79 59.418,96 — — 34.157,21 10.966.382,19 6.463.081,23 318.832,70 58.664,75 114.214.651,65 1992 — 67.344.076,58 — 277.746,50 0,00 89.601,26 — — 60.414,92 55.286,88 — — 102.088,32 17.099.614,89 9.770.540,17 271.187,34 — 95.070.556,85 1993 — 217.034.025,07 — 306.202,79 1.016,10 28.460,21 — — 272.792,79 54.508,56 — — 94.053,26 26.054.760,97 62.799.312,29 350.049,32 — 306.995.181,35 1994 — 115.978.577,97 — 238.033,29 — 1.378.840,88 — — 760.446,82 198.998,46 — — 315.101,22 23.688.216,52 21.033.546,36 217.588,89 — 163.809.350,43 1995 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 23.992.159,64 47.712.943,66 ... ... 71.705.103,30 Fontes: Dados básicos: BALANÇO GERAL DA UNIÃO. Brasília: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, 1985; 1986; 1987; 1988; 1989; 1990; 1991; 1992; 1993; 1994; 1995. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Nota: A despesa do programa Cultura nos anos de 1988, 1989, 1990 e 1991 inclui gastos realizados em outra função e, por isso, os totais desses anos diferem daqueles apresentados na tabela 2. A apresentação dos demonstrativos do BGU de 1995 não permite a inclusão de seus dados na tabela 3.2. CAP. 6 – ANEXOS 73 GASTOS 74 1985 0,48 0,07 0,33 2,30 0,10 2,19 0,62 0,01 2,78 0,12 ... 1986 0,40 0,06 0,31 2,16 0,23 0,74 0,57 6,74 0,32 0,05 ... 1987 0,35 0,38 0,09 4,47 0,32 0,24 0,42 4,52 0,09 0,06 ... 1988 0,21 0,05 0,05 4,73 0,17 0,45 0,34 0,02 0,07 0,06 ... 1989 0,40 0,02 0,10 6,13 0,18 0,04 0,53 0,11 0,01 0,09 ... 1990 0,13 0,03 0,04 5,40 1,17 0,08 0,57 0,02 0,09 0,03 0,06 1991 0,25 0,05 0,04 9,83 0,45 0,55 0,72 0,02 0,07 0,09 0,11 1992 0,22 0,20 0,05 3,34 0,24 0,09 0,49 0,01 0,07 0,17 0,11 1993 0,06 0,67 0,05 9,91 0,32 0,19 0,57 0,68 0,03 0,13 0,20 1994 0,14 1,03 0,04 11,25 0,27 0,03 0,04 0,04 0,11 0,12 0,14 1995 0,21 0,84 0,07 10,46 0,32 0,19 0,03 0,03 0,15 0,06 0,20 média aritmética dos % das 11 0,90 1,16 1,10 0,62 0,76 0,76 1,22 0,50 1,28 1,32 1,25 participação relativa do conjunto 0,59 0,32 0,26 0,18 0,26 0,26 0,35 0,23 0,37 0,34 0,35 Fontes: Dados básicos: BALANÇO GERAL DA UNIÃO. Brasília: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, 1985; 1986; 1987; 1988; 1989; 1990; 1991; 1992; 1993; 1994; 1995. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). Esta tabela equivale à tabela 3.13 da seção 3, volume 1 do relatório 5. BRASIL: 1985-1995 Entidade Univ. Federal da Bahia Univ. Federal do ES Univ. Federal Fluminense Univ. Federal de Lavras Univ. Federal do MS Univ. Federal de Ouro Preto Univ. Federal de Rio Grande Univ. Federal de Rondônia Univ. Federal de SC Univ. Federal de Uberlândia Univ. Federal de MG PÚBLICOS COM CULTURA NO FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI Tabela 6.4 Participação relativa dos gastos com cultura na despesa corrente – entidades sob a supervisão do Ministério da Educação e do Desporto – Administração indireta da união – 1985-1995 (%) CAP. 6 – ANEXOS Tabela 6.5 Entidades vinculadas ao Ministério da Educação – Estimativa da despesa realizada com cultura Exercício Bases de cálculo – Preço corrente Despesa corrente % dos gastos Valor estimado entidades do MEC c/cultura Despesa c/ cultura 7.465.028.447.827 0,0059 44.215.363.496 21.018.526.602 0,0032 68.205.119 89.414.407.687 0,0026 233.192.775 837.270.309.547 0,0018 1.528.018.315 14.028.805.234 0,0026 35.969.857 275.101.212.224 0,0026 704.534.205 1.306.893.111.916 0,0035 4.559.750.067 12.481.025.959.156 0,0023 28.269.523.797 416.753.170.198 0,0037 1.526.566.862 5.015.588.524 0,0034 17.273.687 7.250.796.072 0,0035 25.319.780 Deflator Despesa c/ cultura preço despesa estimada dez./96 valor constante 1985 0,00053705 23.745.861 1986 0,22168733 15.120.211 1987 0,06824385 15.913.973 1088 0,00869802 13.290.734 1089 0,61258937 22.034.752 1990 0,02157069 15.197.289 1991 0,00419004 19.105.535 1992 0,00038395 10.854.084 1993 0,01742284 26.597.130 1994 1,91128995 33.015.024 1995 1,14135673 28.898.901 Total 223.773.493 Fonte: Dados Básicos: UNIVERSIDADES FEDERAIS, Contadorias, Coordenadorias de Orçamento: levantamento feito em relatórios de atividades ou formulários impressos. MINISTÉRIO DA FAZENDA; Secretaria do Tesouro Nacional, Balanços Gerais da União; 1985, 1986, 1987, 1988, 1989,1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1996. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estudos Históricos e Culturais (CEHC). FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 75 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 Capítulo 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS RELATIVAS AO GOVERNO FEDERAL, ESTADOS E CAPITAIS: 1985 A 1995 Gasto total: em R$ de dezembro de 1996 • Média anual: R$ 725 milhões – União 32%; Estados 51% e Municípios 17% • Crescimento médio: 2,81% • Gasto per capita médio: R$ 5,02 p/hab. • Gasto per capita: Menor: 1985 = R$ 4,38; Maior: 1992 = R$ 6,38 • Em 1995: R$ 658 milhões, aproximadamente 0,08% do PIB Governo federal • Média Anual: R$ 234 milhões; Aplicação Direta pelo MINC: 26%; Adm. Indireta e Fundos: 66% e Universidades 9% • Crescimento médio 1985-1995: -1,35% • Crescimento médio 1985-1996: 0,53% • Gasto per capita médio: R$ 1,62 p/hab. • Gasto per capita: Maior 1987 = R$ 2,20; Menor: 1991 = R$ 0,89 Estados • Média Anual: R$ 366 milhões; Adm. Direta 96%, Adm. Indireta e Fundos 4% • Gasto per capita médio: R$ 2,78 p/hab • Crescimento médio: 4,82% • Gasto per capita: Maior 1992 = R$ 3,78; Menor: 1988 = R$ 1,79 Capitais dos estados • Média Anual: R$ 125 milhões: Adm Direta 98,4%; Adm. Indireta e Fundos 1,6 %, Gasto per capita médio: R$ 3,79 p/hab • Crescimento Médio de 8,9% com variações de pequena amplitude – Crescimento mais constante e regular • Gasto per capita: Maior em 1985 = R$ 2,55 p/hab; Menor em 1995 = R$ 5,12 p/hab 76 Estados e capitais dos estados • Média Anual de R$ 491 milhões – em média 68% dos gastos com cultura • Crescimento médio: 6,08% • Gasto per capita: Médio: 3,39% Menor: 1988 = R$ 2,50; Maior: 1992 = R$ 4,90;. • Estados e Municípios substituíram o Governo Federal quando este reduziu suas aplicações e vice-versa; isto é, reduziram seus gastos quando o Governo Federal alocou maiores volumes de recursos • São crescentes os gastos per capita nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste e decrescentes nas regiões Centro-Oeste e Sul • Só o crescimento da região Sudeste (5,43%) é superior ao crescimento da média do país (3,71%) Perspectivas • A perspectiva é de que na próxima década o gasto per capita situe-se entre R$ 5,5 e R$ 6,5 se as aplicações permanecerem nos níveis atuais; entre R$ 6,00 e R$ 8,00 se o setor público aplicar valores crescentes a uma taxa média de 6% ao ano; e entre R$ 7,00 no início e R$ 13,00 no final da década se o setor público aplicar a uma taxa média de 9% ao ano, uma hipótese bastante otimista. • Os dados totais e os regionalizados seriam mais significativos se o levantamento incluísse os demais municípios, especialmente os integrantes de regiões metropolitanas e de maior tradição cultural, se a pesquisa alcançasse todos os gastos em outras áreas afins e se o valor das transferências intergovernamentais fossem levantados a nível de projetos e atividades. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI CAP. 7 – CONSIDERAÇÕES Outras considerações Estados • Face a interação de áreas como educação, ciência, desenvolvimento, desporto, lazer, comunicação social e cultura na execução de gastos com cultura, a pesquisa pressupôs que: “atividades e projetos culturais” sob a codificação do programa 48 – cultura têm o seu grau de abrangência influenciado pela evolução e pelas mudanças institucionais ocorridas no setor cultural dos estados. • A dinâmica da evolução da estrutura institucional dos estados, ligada à coordenação e execução de projetos e atividades culturais apresenta especificidades e particularidades distintas em cada um dos estados. Não é perceptível dinâmica que conduza à definição de uma estrutura que possa ser considerada modelo básico na trajetória institucional percorrida pelo sistema institucional vinculada à cultura em cada uma das unidades da federação. • Em alguns estados observa-se que a Secretaria de Estado da Cultura está presente com a mesma denominação (São Paulo, Minas Gerais e Paraná) ou com denominações diversas (Rio de Janeiro) em todos os anos e compreendidos entre 1985-1995. Em geral, nestes estados, as Secretarias de Cultura surgiram no final dos anos setenta, como São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, ou nos anos 80 como em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Amapá, Piauí, Sergipe, Santa Catarina e Amazonas. • Alguns estados buscam fortalecer a estrutura da administração direta, extinguindo fundações e atribuindo maior competência à Secre- FINAIS ... taria e órgãos integrantes da estrutura da administração direta ligada à cultura (Amazonas, Espírito Santo e Mato Grosso). Outros estados apresentam trajetória reversa da anterior, nestes observa-se que as fundações culturais que se desvincularam-se quando de sua origem do sistema educacional do estado, permanecem como cabeças do sistema cultural na esfera estadual (Mato Grosso do Sul e Piauí). Apenas no Estado do Ceará pôde-se perceber avanços em direção à instituição ou transformação de entidades da administração indireta nas chamadas “organizações sociais” para a atuação na área cultural. comparativamente aos municípios das capitais, a política cultural adotada nos estados mostra-se muito mais heterogênea em sua estrutura institucional, sendo, resultante de uma ação mais centralizada de governo em alguns estados e mais descentralizada em outros Municípios • Em muitos municípios, a denominação da Secretaria, com competência legal de executar projetos e atividades culturais, é ampla e pode-se observar que se interagem áreas como educação, desporto e lazer, comunicação e cultura. • Para as capitais observa-se que o comportamento dos gastos com cultura é sensível à capacidade financeira, pois ocorrem mudança no patamar de gastos públicos municipais e, mais especificamente, de gastos públicos municipais com cultura, exatamente quando os efeitos das mudanças de ordem fiscal e financeira advindas com a Constituição de 1988 se fazem sentir. FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 77 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALAGOAS. Secretaria de Estado da Fazenda. Inspetoria de Contabilidade e Finanças. Balanços gerais do estado. Maceió, 1992, 1993, 1994, 1995. AMAPÁ. Secretaria de Estado da Fazenda. Divisão de Análise Contábil. Balanço geral. Macapá, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995. AMAZONAS. Secretaria de Estado da Economia. Fazenda e Turismo. Coordenadoria de Orientação e Escrituração Contábil. Balanços gerais do estado. Manaus, 1992, 1993, 1994, 1995. ANGÉLICO, João. Contabilidade pública. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1981. ARACAJU. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Finanças. Demonstrativos da prestação de contas do município. Aracaju, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995. BAHIA. Secretaria de Estado da Fazenda. Contadoria Geral do Estado. Balanços gerais do estado. 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FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI 81 GASTOS PÚBLICOS COM CULTURA NO BRASIL: 1985-1995 COMPOSIÇÃO ELETRÔNICA EMS • Tel.: (031) 296.3055 82 FJP – Centro de Estudos Históricos e Culturais – CEHC; Centro de Estatística e Informações – CEI
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