Fisco em Ação nº - Sindifisco-MG
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Fisco em Ação nº - Sindifisco-MG
Nº 1 - Janeiro a Março/2016 Categoria mobilizada em todo o Estado I ndignados com o processo crescente de desvalorização do Fisco, os auditores fiscais estão se mobilizando para lutar contra as perdas impostas à categoria, sobretudo o arrocho salarial, agora agravado com atrasos e parcelamento dos salários. Nas diversas unidades de fiscalização do Estado, os auditores fiscais, orientados pelo Sindifisco-MG, estão promovendo atos públicos, paralisações e produzindo abaixo-assinados contra o desrespeito do governo. Na base, nas ruas, na mesa de negociação e nas reuniões de articulação com parlamentares e com o movimento sindical, a diretoria do Sindifisco-MG tem fomentado um debate intenso em defesa do Fisco, do Estado e da prestação de serviços públicos de qualidade à sociedade. Pág. 8 Leia também nesta edição: ▪ Defesa do trabalho da Fiscalização Pág. 7 ▪ Inserções na mídia reforçam insatisfação Pág. 12 Editorial O principal compromisso assumido por esta diretoria com a categoria fiscal é o de sermos firmes na defesa dos salários. Os auditores fiscais estão há mais de dois anos sem reajuste e as perdas inflacionárias no período ultrapassam 20%. Temos ciência de que não é fácil reverter essas perdas em tempos de crise, como a que Minas Gerais passa atualmente, e isso só será possível com o envolvimento de toda a categoria na luta sindical. financeiras dos últimos anos, mas também é claro que os servidores não podem pagar o preço da irresponsabilidade dos governos que deixaram o Estado chegar nesse ponto, muitas vezes abrindo mão de receita. Como se não bastasse o arrocho salarial, nossos salários foram pagos com atraso nos meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016, o mesmo ocorrendo com o 13º salário. Logo em seguida, fomos surpreendidos com o anúncio de que, de fevereiro a abril de 2016, os salários do funcionalismo estadual seriam pagos em três parcelas. “O governo precisa entender que a abertura de negociação não é apenas um desejo da categoria, mas uma necessidade, sem a qual palavras como comprometimento, contribuição e esforço adicional perderão todo o sentido.” No dia 29 de março, em reunião com as entidades, o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, disse que, para o próximo trimestre (maio, junho e julho), o parcelamento continua nos mesmos moldes, com o pagamento de até R$ 3 mil no quinto dia útil do mês, R$ 6 mil no nono dia útil e o restante no décimo segundo dia útil. Ao que tudo indica, atrasos e parcelamentos de salário podem se tornar rotina na atual gestão do Estado, contrariando todas as expectativas dos servidores em relação ao tratamento dispensado pelo governo estadual. Nenhum trabalhador tem condições de suportar tantas perdas, sobretudo se considerarmos uma inflação de 10% ao ano. É fato que estamos enfrentando uma das piores crises O Sindifisco-MG tem repetido à exaustão que o Estado perde bilhões de reais com a concessão de benefícios fiscais que não oferecem nenhum retorno para a população. O mesmo ocorre com o enfraquecimento do combate à sonegação que, embora seja obrigação de todo governo, tem sido negligenciado em Minas Gerais. O impacto dessas medidas sobre a receita produz uma situação lamentável para os servidores, que acabam pagando o pato, uma vez que, para compensar as perdas, o governo promove o ajuste fiscal sobre a folha de pagamentos. Não podemos aceitar que esse tipo de postura persista, enquanto os servidores mineiros são aviltados no seu direito mais básico, que é o de receber seu salário integral, no quinto dia útil do mês. Essa passou a ser a principal reivindicação da nossa pauta emergencial, somada à reposição das perdas inflacionárias que vêm corroendo o poder de compra Diretoria Executiva Gestão 2016-2017 Nº 1 - Janeiro a Março/2016 Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) Av. Afonso Pena, 3.130 - Conj. 402 Belo Horizonte - MG - CEP: 30.130.009 Telefax: (31) 3194-2222 www.sindifisco.org.br [email protected] Presidente Lindolfo Fernandes de Castro n Vice-presidente Marco Antonio Couto dos Santos n Diretor de Assuntos Jurídicos Alípio Pereira da Silva Filho n Suplente Milena Sousa Moreira Diretor-Tesoureiro Marco Antônio Mota Mayer n Suplente Júlio Marcello Mendes Daun n DiretorAdministrativo Carlos Roberto dos Santos n Suplente Sérgio de Sousa Machado n Diretor de Formação Sindical e de Relações Intersindicais Manoel José Magalhães n Suplente José Roberto Medeiros (Catraca) n Diretor de Aposentados e Pensionistas Flávio Cortat n Suplente Dagoberto Félix Ferreira do salário do auditor fiscal e à correção das distorções que fragilizam a carreira. Passados três meses e meio desde que assumimos a direção do Sindifisco-MG, estamos empenhados na defesa intransigente dos salários, honrando o compromisso assumido com a categoria. Temos nos desdobrado em várias frentes de trabalho: junto à base, informando, ouvindo sugestões e mobilizando os colegas, com a realização de reuniões nas unidades e do Conselho Deliberativo Ampliado (CDA) do sindicato. Também temos atuado junto aos representantes dos Poderes Públicos, como deputados estaduais, aos sindicatos combativos do funcionalismo, somando forças na luta pelo atendimento às nossas reivindicações, e à imprensa, colocando em pauta as reivindicações e a luta da categoria, bem como outros temas de interesse social, o que fortalece a imagem do sindicato e dos auditores fiscais como agentes públicos comprometidos com o desenvolvimento do Estado e da sociedade. O sentimento de indignação que temos presenciado nas nossas visitas às repartições fazendárias é um indicativo claro de que a categoria não suporta mais tantas perdas e que a situação está se tornando insustentável. No atual contexto, o que o governo precisa entender é que a abertura de negociação com a SEF/MG não é apenas um desejo da categoria, mas uma necessidade, sem a qual palavras como comprometimento, contribuição e esforço adicional perderão todo o sentido. Lindolfo Fernandes de Castro Presidente Editado pela assessoria de comunicação do Sindifisco-MG Jornalistas Responsáveis: Marcela Souza – MTb 5533/MG Lilian Souza – 11931/MG Fotografia: Paulo Sérgio e Isis Rigueira Medeiros Projeto Gráfico e Editoração: Flávio Lemos Impressão: Artes Gráfica Formato Tiragem: 3.100 - Distribuição gratuita Sindifisco-MG contestou secretários do governo sobre atraso e parcelamento de salários Entidade reivindicou recomposição salarial e alteração na política remuneratória dos servidores O recebimento dos salários em dia é um direito de todos os trabalhadores, por isso mesmo, o atraso e o parcelamento dos salários do funcionalismo estadual têm gerado indignação entre os servidores públicos. O atraso do pagamento de dezembro, que deveria ter sido realizado no quinto dia útil de janeiro, foi anunciado diretamente à mídia, logo após o ano-novo, sem nenhuma comunicação dirigida aos sindicatos dos servidores; já a decisão do parcelamento foi informada pelos secretários de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, e de Fazenda, José Afonso Bicalho, às entidades representantes do funcionalismo, durante reunião ocorrida no dia 15 de janeiro, sem que houvesse espaço para negociação. Mesmo assim, durante a reunião, o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes de Castro, protestou contra a medida, contrapondo o argumento utilizado pelo governo na imprensa para tentar justificar os atrasos, o parcelamento e a crise financeira do Estado, que seria uma suposta “forte diminuição da arrecadação de ICMS”. Ele ressaltou que a receita, em termos nominais, se manteve praticamente a mesma e que o ônus da crise não pode recair sobre os trabalhadores. Lindolfo de Castro ainda solicitou que fosse agendada reunião específica para discutir o reajuste salarial dos servidores, uma vez que o governo cancelou o índice de 4,62%, relativo à recomposição de parte das perdas decorrentes da inflação de 2014, que já havia sido aprovado pelo governo anterior. Ele argumentou que também não houve recomposição das perdas inflacionárias de 2015, o que gera acúmulo de cerca de 20% de perdas nesses dois anos. Reunião com a Seplag No dia 1º de março, o Sindifisco-MG participou de nova reunião, convocada pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) para apresentação aos representantes de entidades das categorias de modelo de negociação com o funcionalismo estadual. A reunião teve a participação do secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, do secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Wieland Silberschneider, da subsecretária de Gestão de Pessoas, Warlene Salum Drumond Rezende, e de assessores da secretaria. A proposta da Seplag é que fossem formados núcleos de negociação com as entidades: a Mesa Estadual de Negociação Sindical Permanente, que se- Sindifisco-MG ressaltou que o Estado necessita de uma política remuneratória que efetivamente recomponha perdas salariais – 1º/3/2016 3 ria para negociação de assuntos gerais pertinentes a todas as categorias, e as Câmaras Setoriais, para negociação de questões por setores do governo (secretarias e órgãos), em que cada câmara abarcaria as entidades de categorias de um determinado setor. A divisão das câmaras por setores foi criticada por várias entidades, inclusive pelo Sindifisco-MG. O sindicato argumentou que há conflitos de representatividade e de condução entre as entidades e ressaltou que esse debate de representatividade deve ser feito com a base, pois é ela quem define qual a entidade que a representa e que deve organizar e construir a pauta de lutas. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) apresentou sugestão para divisão dos núcleos por temas de interesse das categorias, em vez de setores, mas não houve definição sobre o funcionamento das câmaras. O presidente do Sindifisco-MG lembrou, mais uma vez, as perdas salarias acumuladas por grande parte das categorias e ressaltou a necessidade de ser implementada com urgência uma revisão geral anual da remuneração, que efetivamente recomponha perdas salariais, e que essa política seja respeitada pelos governos. Diretoria argumenta com a SEF/MG pelo atendimento às reivindicações coletivas Sindifisco-MG também debate com a SRH formas de melhorar atendimento aos servidores gamento dos salários no quinto dia útil do mês, a recomposição das perdas inflacionárias, que já acumulam cerca de 20%, a incorporação da conta reserva e a correção de distorções salariais. O subsecretário disse que já tem essa autorização e que, emboNa reunião com a SRE, diretoria pressionou pelo atendimento ra não veja qualquer às reivindicações da categoria – 15/3/2016 perspectiva de atendimento imediato de reio dia 15 de março, a diretoria vindicação salarial, em decorrência do Sindifisco-MG se reuniu da crise financeira pela qual passa com o subsecretário da Re- o Estado, irá analisar as reivindicaceita Estadual, João Alberto Vizzot- ções, construir propostas de atendito, que estava acompanhado pelo mento e submetê-las à apreciação do superintendente de Fiscalização em secretário. exercício, Carlos Renato Machado Confar, e pelo assessor especial da A diretoria do sindicato reforçou a SRE, Eduardo Silva da Silveira. O insatisfação dos auditores fiscais objetivo da reunião era indagar se o com a cobrança da administração subsecretário estaria disposto a bus- por esforço adicional de arrecadacar autorização do secretário de Fa- ção e reafirmou a posição da categozenda para iniciar negociação com o ria, definida na reunião do ConseSindifisco-MG das reivindicações da lho Deliberativo do Sindifisco-MG pauta emergencial, sendo essas o pa- de 2 de fevereiro e já comunicada ao N subsecretário, quando ele recebeu a diretoria na Cidade Administrativa, no dia 17 de fevereiro, de que não adianta o governo pressionar por esse empenho se não atender as reivindicações da pauta emergencial. Diretoria buscou antecipar negociação com a SEF/MG O Sindifisco-MG já havia se reunido com o secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho, no dia 9 de dezembro, antes da posse dos eleitos para o biênio 2016-2017, com o objetivo de convidá-lo para a solenidade de posse. Também estavam presentes o subsecretário da Receita Estadual, João Alberto Vizzotto, e a superintendente de Recursos Humanos, Blenda Rosa Pereira Couto. Na ocasião, a diretoria aproveitou a oportunidade para abordar as reivindicações da categoria fiscal, antecipando que a prioridade dessa gestão seria a pauta emergencial, Confira Confira outros outrostemas temaspautados pautados nConcurso público para auditor fiscal: a diretoria argumentou pela urgência de abertura de concurso. n Reforma administrativa da SEF/MG: respondendo ao questionamento da diretoria por informações, o subsecretário disse apenas que a reforma está em estudo e que não poderia adiantar nenhuma informação sobre o seu conteúdo e data de implementação. nSindicância administrativa na Controladoria Geral do Estado: foi solicitado que a SEF/MG se empenhe por um rápido desfecho da sindicância em andamento (veja informações sobre a sindicância na reportagem da pág. 7). n Revisão da inclusão do abono de permanência na base de cálculo do abate-teto. n Distorções salariais na carreira de auditor fiscal: foram debatidas opções para o início da correção de distorções. n Clima organizacional: o sindicato reafirmou a constatação de que o clima é muito ruim e de desmotivação, principalmente devido à negligência da administração em solucionar divergências. n Desvalorização do Fisco: perda de protagonismo e visibilidade da SEF/MG nas operações conjuntas com o Ministério Público e outros órgãos, que geram ainda mais desmotivação na categoria. 4 proposta discutida nas unidades, durante as Eleições Sindifisco-MG 2015. Além de apresentar os itens da pauta, a diretoria também argumentou pela realização de concurso público para auditor fiscal, em função do número crescente de aposentadorias, que aprofundam a defasagem no quadro. Também foi exposto ao secretário que, nessas visitas às unidades, a diretoria constatou a desmotivação de grande parte dos auditores, devido à frustração da expectativa de mudanças na Secretaria de Fazenda, com o início do novo governo em 2015. Antes da posse, diretoria já havia se reunido com o secretário de Fazenda e apresentado os pleitos da categoria – 9/12/2015 Sindifisco-MG enviou ofícios ao secretário de Fazenda e ao governador Fernando Pimentel com as reivindicações da categoria Sindifisco-MG leva pleitos da categoria à Segov P or intermédio da articulação com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o Sindifisco-MG obteve o agendamento de reunião com o secretário adjunto de Governo, Francisco Eduardo Moreira, no dia 8 de março, em mais um esforço para conseguir abrir a negociação das reivindicações da categoria fiscal. Nessa reunião, o presidente do Sindifisco-MG argumentou que até aquela data o secretário de Estado de Fazenda, José Afonso Bicalho, não havia respondido às solicitações de agendamento de reunião com o Sindifisco-MG para negociação dos itens da pauta emergencial. O secretário adjunto se dispôs a auxiliar, mas pediu tempo até que a renegociação das dívidas dos estados com a União fosse resolvida. Nos dias 29 de março e 4 de abril, o Sindifisco-MG se reuniu com o secretário de Fazenda. O resumo das reuniões pode ser lido na mala direta encartada nesta edição. Sindifisco-MG solicitou apoio ao secretário adjunto de governo para negociações das reivindicações da categoria – 8/3/2016 5 Reunião com a SRH Com o objetivo de buscar o estreitamento do canal de comunicação para a solução de problemas, discutir a melhoria dos processos de atendimento aos servidores e obter informações para subsidiar ações a serem empreendidas pelo Sindifisco-MG, a diretoria se reuniu no dia 9 de março com a superintendente de Recursos Humanos da SEF/MG, Blenda Rosa Pereira Couto, e assessores. A diretoria solicitou que a Superintendência de Recursos Humanos (SRH) disponibilize ao sindicato informações individualizadas da remuneração dos auditores fiscais, sem identificação do servidor, para subsidiar propostas remuneratórias. Outra solicitação feita é que a superintendente informe o valor do montante da contribuição sindical descontada desde 2009 dos servidores. A diretoria também abordou os casos em que é solicitada substituição de certidões de tempo de serviço averbadas, o que pode prejudicar os servidores, dependendo do fim da averbação. A SRH alegou que, em todos os casos, as certidões devem se enquadrar às exigências do Tribunal de Contas da União (TCU) e que, por isso, a superintendência pede a substituição quando as certidões não estão de acordo com os novos requisitos. O Sindifisco-MG tem orientado que, em caso de solicitação de substituição, os auditores entrem em contato com o Departamento Jurídico do sindicato para obter orientação. O Sindifisco-MG já ingressou com ações para que a Justiça desonere o servidor de desaverbar a certidão, contudo há decisões com entendimentos divergentes. Na reunião, a diretoria questionou sobre a publicação de adicionais por tempo de serviço, como quinquênios, e vantagens pessoais, bem como os atrasos no pagamento de férias prêmio e de publicação de aposentadorias. A diretoria argumentou que já havia sido feita a publica- ção dos quinquênios para servidores de outras secretarias. No dia 19 de março, o jornal Minas Gerais, trouxe a publicação dos adicionais por tempo de serviço, férias-prêmio e outros direitos dos auditores fiscais. Já na edição de 2 de abril, foi publicada a Resolução 4881/2016, que consede progressão a auditores fiscais, nos termos do artigo 15 da Lei 15.464/2005. Em relação aos atrasados, o Sindifisco-MG tem pressionado para que o pagamento do retroativo seja efetuado. Em relação à demora na publicação de aposentadorias, a SRH afirmou que os problemas de atraso maiores ocorrem na Seplag, que há no estoque 49 processos e que o tempo médio de exame deles na SEF/MG é de três meses. Caso algum colega tenha processo de aposentadoria com prazo maior, deve entrar em contato com o Sindifisco-MG pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (31) 3194-2222. dimento aos servidores – 9/3/2016 Diretoria pediu mais agilidade no aten 6 Defesa do Fisco em todas as esferas Em reunião com a Controladoria Geral do Estado, diretoria defende fiscalização de trânsito T endo em vista a sindicância administrativa aberta pela Controladoria Geral do Estado (CGE) para apurar denúncia atribuída à conduta da categoria fiscal e da gerência fiscal da SEF/MG, a diretoria do Sindifisco-MG se reuniu, no dia 4 de março, com o controlador-geral em exercício, Dany Andrey Secco, o subcontrolador de Correição Administrativa, Rafael Amorim de Amorim, e o subcontrolador de Auditoria e Controle de Gestão, Eduardo Fagundes Fernandino. A denúncia apurada pela sindicância foi feita pelos auditores fiscais João Batista Soares, Virginia Medeiros Pereira Leite e Andréa de Magalhães Barbalho em novembro de 2015 e está sendo apurada pela CGE, uma vez que a Advocacia Geral do Estado (AGE) emitiu parecer em que estabelece que a competência para realizar a apuração é da CGE. A diretoria do Sindifisco-MG informou que essa denúncia tenta desqualificar a importância e as particularidades do exercício da atividade essencial de Estado do auditor, forçando o seu enquadramento a normas e controles de atividade mecânicas ou burocráticas. Sindifisco-MG Humberto Lucchesi de Carvalho, que também participou da reunião, apontou decisões de processos que reconhecem a necessidade de controle diferenciado do cumprimento da jornada de trabalho exigida dos servidores ocupantes de carreira típica de Estado. Perante a solicitação da diretoria que a sindicância seja concluída o mais breve possível, o controlador-geral disse entender o sentimento de apreensão dos auditores, mas que não poderia se comprometer com um prazo para a conclusão, em razão do grande número de outras apurações e de limitações de servidores. A diretoria esclareceu que o trabalho fiscal é vinculado a planejamento, metas, resultados e controles, apresentando estatística de trabalhos dos auditores fiscais da DFT BH. O consultor jurídico do Encontro com a AGE No dia 11 de março, a diretoria do sindicato, acompanhada do consultor jurídico Humberto Lucchesi de Carvalho, participou de reunião com o advogado-Geral do Estado, Onofre Alves Batista Júnior, na Advocacia Geral do Estado (AGE). Nessa reunião, foram tratados vários assuntos de interesse da Fiscalização, como abono de permanência, contribuição sindical, atribuições, denúncia feita à controladoria Geral do Estado (CGE). Reunião com a AGE pautou vários temas de interesse da categoria fiscal – 11/3/2016 Sindifisco-MG solicitou à CGE rápida conclusão da sindicância relacionada ao trabalho dos auditores fiscais – 4/3/2016 7 Auditores fiscais reagem para reverter perdas salariais e desvalorização do Fisco Mobilização da categoria vem ganhando força em todo o Estado I ndignados com o processo crescente de desvalorização do Fisco, os auditores fiscais estão se mobilizando nas repartições para lutar contra as perdas impostas à categoria, sobretudo o arrocho salarial fruto de dois anos sem reajuste e inflação acumulada no período, agora agravado com o atraso e parcelamento dos salários. Assim que o escalonamento foi anunciado na mídia, o Sindifisco-MG conclamou a categoria a reagir deixando claro para o governo que os servidores não aceitariam o ônus de uma crise para a qual não contribuíram. Nas unidades de fiscalização, os auditores fiscais se organizaram e, de acordo com as características de cada região, promoveram atos de protesto públicos, com distribuição de panfletos à população e afixação de faixas nas vias públicas, ou internos nas unidades, forçando reuniões com as chefias e expondo toda sua indignação. Na capital, já foram realizados três atos públicos em frente ao prédio onde funcionam as delegacias fiscais BH 1 e 2, com participação de auditores fiscais de várias unidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os participantes denunciaram a postura arbitrária do governo de tomar decisões que afetam diretamente os servidores sem sequer ouvi-los, como vem ocorrendo com o atraso e parcelamento dos salários. Num cruzamento próximo ao local, foram exibidas faixas e distribuídos panfletos para a população, mostrando que algumas medidas adotadas pelo governo de Minas, sob a justificativa da necessidade de superação da crise financeira, estão penalizando toda a sociedade, como é o caso das injustiças tributárias praticadas no estado, com altas alíquotas de ICMS sobre bens e serviços essenciais como energia elétrica e comunicações. após a reunião, os auditores foram para a frente das delegacias, onde exibiram faixas de protesto e dialogaram com o público. Em Uberaba, a manifestação repercutiu na imprensa local, que também citou o primeiro protesto em Belo Horizonte. Em alguns locais, os auditores foram até o gabinete dos respectivos superintendentes para manifestar sua indignação e entregar abaixo-assinado dirigido aos ocupantes de cargo comissionado reivindicando apoio à luta do Fisco. Panfletagem durante ato denunciou as políticas do governo estadual nocivas aos trabalhadores – 7/3/2016 Em Extrema, foram afixadas faixas em frente ao posto fiscal – 5/2/2016 Auditores fiscais ativos e aposentados das unidades da Região Metropolitana participaram do ato – 7/3/2016 No interior do estado, também ocorreram manifestações. Os auditores fiscais se reuniram nas repartições para debater o atual cenário de perdas e sugerir ações de luta. Em algumas unidades, Mobilização em Poços de Caldas – 7/4/2016 8 Atividades de protesto foram definidas em CDA A realização dos protestos no quinto dia útil do mês foi definida durante realização de reunião do Conselho Deliberativo Ampliado (CDA) do Sindifisco-MG, no dia 2 de fevereiro. Os participantes do fórum também deliberaram que o Sindifisco-MG deve fortalecer sua atuação na sociedade, por meio dos debates na mídia e nos diversos fóruns sociais, como foi realizado nas campanhas “Imposto justo” e “Chega de enganação”, respectivamente em 2011 e 2013. Para financiar ações nessa linha de trabalho sindical, o CDA autorizou a liberação da quantia de 5.000 contribuições de recursos do Fundo FiscoForte (quantidade máxima que pode ser liberada pelo fórum conforme o regulamento do fundo). CDA definiu realização de atos públicos no quinto dia útil dos meses de fevereiro, março e abril – 5/2/2016 Reuniões com a base A fim de manter o espírito da mobilização, o Sindifisco-MG tem percorrido as unidades de fiscalização da capital e interior do estado e conversado com os auditores fiscais. Lembrando que o cenário é muito ruim e que a categoria fiscal vem acumulando várias perdas nos últimos anos, a diretoria do Sindicato tem insistido no fato de que só com o engajamento de todos os auditores fiscais será possível tentar reverter o quadro. “A Fiscalização está numa rota de perdas que teve início com a retirada de pauta na ALMG dos 4,6% de reajuste pelo governo, sendo que sem essa recomposição e com a inflação de 2015, as perdas inflacionárias já acumulam 20%, e prosseguiu com os problemas envolvendo a conta reserva, abono, teto e, agora, o atraso nos salários. O Sindicato não tem uma solução mágica para os nossos problemas; mais uma vez será preciso lutar e muito. Estamos procurando articular a Reunião de mobilização em Juiz de Fora – 22/1/2016 luta com outras entidades combativas do funcionalismo, temos nos mantido em contato com alguns parlamentares na ALMG e realizado vários tipos de ações (judiciais, inserções na mídia etc.), mas, para que essas ações tenham resultado, é fundamental o engajamento dos auditores fiscais”, afirmou o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo de Castro. 9 Em todas as repartições visitadas, é latente o sentimento de indignação dos auditores fiscais com o tratamento dispensado pelo governo à categoria fiscal. A percepção geral é de que é um contrassenso a SEF/MG cobrar o envolvimento dos auditores fiscais, em um esforço de elevar a arrecadação, enquanto permanece inerte diante dos problemas que ameaçam o Fisco. Reuniões da diretoria com a base nas unidades 29/1/2016 – DF Poços de Caldas 4/4/2016 – DF BH 1 6/3/2016 – DF Contagem 17/2/2016 – Cidade Administrativa 17/2/2016 – DFs BH 3 e 4 10 22/1/2016 – DF e DFT Uberlândia 29/2/2016 – DTF BH 21/1/2016 – DF Uberaba 25/2/2016 – DF BH 2 Receita Solidária Convocatória para apresentação de projetos 2016/2017 Até o dia 30 de abril, a Receita Solidária receberá inscrições para projetos de entidades sem fins lucrativos, que tenham como foco a melhoria da qualidade de vida de pessoas, para o processo de seleção dos projetos que receberão o apoio financeiro dessa organização dos servidores da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG). Os servidores também podem se candidatar para integrar a comissão que fará a seleção dos projetos que serão patrocinados. Acesse o novo site da Receita Solidária (www.receitasolidaria.org.br) para obter mais informações e baixar a convocatória. 11 Inserções na mídia dão visibilidade à luta da categoria Jornais da capital e interior destacam mobilização Na Cidade Administrativa, durante coletiva de imprensa, presidente do Sindifisco-MG contestou parcelamento de salários – 15/1/2016 N a luta contra as perdas impostas pelo governo ao funcionalismo estadual e, em particular, à categoria fiscal, o Sindifisco-MG tem utilizado a mídia para manifestar a indignação dos servidores e denunciar os prejuízos que esse tipo de postura podem causar a toda a sociedade. As inserções dão visibilidade à luta da categoria e reafirmam a condição do Sindifisco-MG como entidade combativa e atuante no cenário sindical mineiro. O sindicato também tem sido presença constante na imprensa na análise de temas de interesse geral, sobretudo questões envolvendo orçamento público, economia e seus reflexos políticos e sociais. Procurado como fonte pelas principais publicações do estado, o Sindifisco-MG tem exercido com seriedade e profissionalismo seu papel de Sindicato Cidadão, mostrando que para além dos interesses corporativos existe uma entidade comprometida com o interesse público e a sociedade na qual está inserida. Mídia espontânea ▪ 6/1 – Jornal O Tempo ▪ 6/1 – Portal do Estado de Minas Repercussão da Carta aberta ao governador: ▪ 7/1 – Rede Globo Minas, Jornal Bom dia Minas ▪ 7/1 – Jornal Estado de Minas (versões impressa e online) ▪ 7/1 – Folha de S.Paulo, Painel do Leitor (versão online) ▪ 12/1 – Diário do Comércio ▪ 13/1 – Jornal Metro Repercussão do mandado de segurança impetrado pelo Sindifisco-MG contra o atraso nos salários: ▪ 14/1 – Jornal O Tempo (versões impressa e online) ▪ 15/1 – Jornal Hoje em Dia ▪ 15/1 – Jornal Metro ▪ 15/1 – Jornal Tribuna de Minas (de Juiz de Fora) ▪ 15/1 – Rádio CBN ▪ 15/1 – Rádio Itatiaia ▪ 15/1 – Jornal O Tempo ▪ 15 a 21/1 – Jornal Brasil de Fato (artigo “O mito da queda da receita”, assinado pelo presidente do Sindifisco-MG) ▪ 15/1 – Rede Minas ▪ 15/1 – TV Alterosa (entrevista com presidente do Sindifisco-MG) ▪ 16/1 – Jornal Estado de Minas ▪ 16/1 – Jornal Hoje em Dia (Coluna do Orion) ▪ 16/1 – Rádio CBN ▪ 18/1 – Jornal Metro 12 ▪ 18/1 – Portal do Estadão ▪ 18/1 – Correio de Uberlândia ▪ 18/1 – Portal do jornal Tribuna de Minas ▪ 18/1 – Rádio Gerais AM (entrevista com presidente do Sindifisco-MG) ▪ 19/1 – Jornal O Estado de S. Paulo ▪ 19/1 – Diário do Comércio ▪ 18 e 19/1 – Rádio Band News (entrevista com presidente do Sindifisco-MG) ▪ 19/1 – Jornal Hoje em Dia (Coluna do Orion) ▪ 19/1 – Brasil de Fato Edição de 22 a 28 de janeiro Ato público de 5 de fevereiro: ▪ 4/2 – Blog do Servidor (portal de notícias do jornal Correio Braziliense) Impacto da redução das bandeiras da energia elétrica na arrecadação do Estado: ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ 16/2 – Jornal Diário do Comércio 16/2 – Rádio CBN BH 16/2 – Rádio Globo BH AM 17/2 – Rádio Itatiaia 2/3 – Rádio Band News Reunião com Seplag no dia 1º de março: ▪ 2/3 – Jornal O Tempo Ato público de 7 de março: ▪ 7/3 – Portal Estado de Minas ▪ 8/3 – Jornal O Tempo Mídia paga Publicação da Carta aberta ao governador: ▪ 7/1 - Jornal O Tempo ▪ 7/1 - Jornal Super Notícia Ato público de 5/2: ▪ 7/2 – Informe publicitário publicado no jornal O Tempo ▪ 7 e 8/2 – Informe publicitário publicado no jornal Estado de Minas Ato público de 7/3: ▪6/3 e 7/3 – Informe publicitário publicado no jornal Estado de Minas ▪6/3 e 7/3 – Informe publicitário publicado no jornal Hoje em Dia Presidente do Sindifisco-MG concede entrevista sobre impacto da redução das bandeiras da energia elétrica na arrecadação – 16/2/2016 13 Notas Fiscais Sindifisco-MG junto ao Legislativo Deputado Rogério Correia recebeu o presidente do Sindifisco-MG e se dispôs a ser interlocutor da Fiscalização junto à SEF/MG Assim que a diretoria gestão 20152016 tomou posse, o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo de Castro, procurou restabelecer contatos políticos iniciados nas outras gestões em que esteve à frente do sindicato. No dia 17/12/2015, ele esteve na ALMG, onde percorreu gabinetes e conversou com a assessoria do governo, parlamentares e demais assessores, procurando construir um canal de comunicação para defender as causas de interesse da categoria fiscal e da sociedade em geral. Ciente da importância do papel do Legislativo na decisão de questões relevantes para os servidores e para a sociedade, a diretoria do sindicato tem procurado estar sempre presente na ALMG e já se reuniu com alguns deputados, como Rogério Correia, Fred Costa e Wander Borges, entre outros. A ideia da diretoria é construir um grupo em defesa do fortalecimento do Fisco e do combate à sonegação. Postos fiscais Em defesa da valorização dos postos fiscais, em 11 de dezembro de 2015, a diretoria do Sindifisco-MG recebeu auditores fiscais do PF Manhuaçu, que haviam sido informados pela chefia que, devido ao encerramento de convênio da Secretaria de Fazenda com a Polícia Militar em 1º de março de 2016, a falta de policiamento tornaria inviável o funcionamento da unidade. O presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes de Castro, repassou aos colegas do posto que, durante encontro da diretoria com o secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho, na qual estava presente o subsecretário da Receita Estadual, João Alberto Vizzotto, realizado em 9 de dezembro, o subsecretário afirmou que a informação de fechamento de postos não procedia. Os auditores do PF Manhuaçu, acompanhados pelo diretor do Sindifisco-MG Alípio Pereira, foram então até a Cidade Administrativa, onde relataram ao superintendente de Fiscalização interino a situação de trabalho no posto, expuseram a preocupação com a ameaça de fechamento e entregaram um manifesto em defesa dos postos fiscais. Mineração e desastre em Mariana O presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes de Castro, fez uma palestra sobre a tributação no setor de mineração, em evento promovido por diversos sindicatos, entre eles o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindeletro-MG), e movimentos sociais. Diretoria recebe colegas do PF Manhuaçu na sede – 11/12/2015 Audiência na ALMG No dia 15 de março, foi realizada audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, com a presença dos secretários de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, e de Fazenda, José Afonso Bicalho, para que esses explicassem o atraso e parcelamento dos salários dos servidores e a situação financeira do Estado. A diretoria do Sindifisco-MG, usando coletes com as reivindicações da categoria, registrou o protesto e a indignação dos auditores fiscais com as medidas nocivas aos trabalhadores. 14 Diretoria acompanhou audiência na ALMG – 15/3/2016 Conselho de Contribuintes OAB/MG discute se advogados podem atuar como conselheiros O debate foi motivado por decisão recente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, de que conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf) não podem atuar como advogados. A audiência pública contou com a presença da presidente do Conselho de Contri- Foto: OAB/MG A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Minas Gerais promoveu audiência pública no dia 27 de janeiro para deliberar sobre eventual impedimento ou incompatibilidade do exercício de advocacia concomitante ao exercício da função de conselheiro do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG) e do Conselho Administrativo de Recursos Tributários (Cart). O Sindifisco-MG acompanhou a discussão, representado pelo diretor Júlio Marcello Mendes Daun e pelo advogado Guilherme Salvador. Representantes da OAB, auditores fiscais e advogado do Sindifisco-MG participaram de debate relativo ao Conselho de Contribuintes buintes do Estado de Minas Gerais (CC/MG), Maria de Lourdes de Medeiros, que enviou carta à OAB/MG destacando o papel relevante exercido pelos advogados que atuaram no Conselho. Também estiveram presentes auditores fiscais em exercício no Conselho de Contribuintes. O auditor fiscal Fernando Saldanha ressaltou que a principal finalidade do órgão julgador administrativo é reduzir a litigiosidade do crédito tributário, buscando, no menor prazo, nos limites da legalidade, que ocorra pagamento dos recursos sonegados aos cofres públicos, sendo fundamental para isso que os conselheiros sejam devidamente qualificados e comprometidos com a efetivação da justiça tributária. Sindifisco-MG integra comissão que discute reestruturação do Ipsemg Entidade defende Previdência dos servidores I ndicado por outros sindicatos do funcionalismo estadual, em especial o Sind-UTE/MG, o Sindifisco-MG é uma das oito entidades que integram a comissão de representação criada para acompanhar e sugerir desdobramentos para as propostas de reestruturação da Previdência do Estado, tira- das no Fórum Técnico 103 anos do Ipsemg: reorganização e valorização, realizado no final de 2015. A primeira reunião da comissão de representação foi realizada dia 15 de fevereiro na ALMG, sob a coordenação do deputado estadual Rogério Correia. O presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes de Castro, reivindicou a disponibilização de dados sobre a situação atual do Ipsemg. Na reunião realizada em 14 de março, o foco das discussões foi a Previdência. O presidente do Sindifisco-MG defendeu que a previdência dos servidores Secretário adjunto de Planejamento e Gestão, nunca teve caráter contributiWieland Silberschneider ouviu as considerações dos vo, pois não há uma relação da membros da comissão sobre o Ipsemg – 14/3/2016 15 contribuição com o valor das aposentadorias. Ele destacou que as aposentadorias e pensões dos servidores devem ser bancadas pelo Tesouro e que não há déficit da Previdência. “Essa discussão é de princípios e de concepções. O debate de formação de fundo de Previdência dos servidores não faz sentido, uma vez que o ‘empregador’ do servidor ativo é o mesmo do aposentado. É como retirar dinheiro de um bolso e colocar em outro. Quando o Estado tinha mais trabalhadores da ativa e menos aposentados, não formou os fundos e agora trouxe essa discussão do déficit. A Previdência deve ser tratada dentro do orçamento da seguridade social, como direito dos trabalhadores do serviço público, e não como mercadoria”, ressaltou o presidente. Cerimônia de posse da Gestão 2016-2017 Foto: Lidyane Pociano Solenidade comemorou os 25 anos do Sindifisco-MG A solenidade reuniu auditores fiscais da capital e do interior do estado e contou com a presença do secretário de Estado de Fazenda, José Afonso Bicalho, do vice-presidente da Fenafisco, João Marcos de Souza, e da diretora-presidente da Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg) à época, Maria Aparecida Neto Lacerda e Meloni. Também prestigiaram o evento o deputado federal Laudívio Carvalho, representantes do Sindsefaz-BA, do Sindifisco-MS e de outras instituições parceiras, como o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/ MG), o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) – Delegacia SindicalBH, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), a Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait) – Delegacia Sindical MG, Assibge-MG – Sindicato Nacional Núcleo Sindical Minas Gerais (trabalhadores do IBGE), e várias lideranças e membros de movimentos sociais. Os discursos proferidos durante a cerimônia exaltaram a capacidade do Fisco mineiro e a necessidade de valorização da categoria. As dificuldades impostas pelas crise econômica e política que atinge o país foram apontadas pelos oradores, sob perspectivas diferentes. Para o governo, a crise representa dificuldade para pagar salários e demais despesas e demandará do corpo funcional compreensão, articulação e trabalho em grupo para recuperar a receita. Para os representantes do Fisco, é desafio diante do qual será preciso lutar com Foto: Lidyane Pociano A Diretoria do Sindifisco-MG eleita para o biênio 20162017, tendo como presidente o auditor fiscal Lindolfo Fernandes de Castro, tomou posse em cerimônia realizada no dia 10 de dezembro de 2015, no auditório da Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Também tomaram posse os membros do Conselho Fiscal, do Conselho de Ética, representantes locais e de aposentados. Deputado federal Laudívio Carvalho (segundo à esq.) prestigiou cerimônia de posse – 10/12/2015 16 Foto: Lidyane Pociano Foto: Lidyane Pociano Lideranças de entidades sindicais e movimentos sociais parceiros do Sindifisco-MG Bastante aplaudido pelos colegas, Lindolfo de Castro agradeceu os votos e a confiança da categoria, que o elegeu pela 5ª vez para representá-la, e disse que esta diretoria fará de tudo para honrá-la. “Seremos firmes na defesa dos salários, não aceitaremos o argumento da crise para impor o imposto inflacionário e o arrocho salarial. Nenhum trabalhador, com esta inflação de 10% ao ano, tem condições de suportar dois, três, ou quatro anos sem reajuste salarial. Não há como colocar nas costas dos trabalhadores do Fisco o ônus e a responsabilidade de uma crise que não foi ele quem criou”, afirmou. A presidente do Sindifisco-MG na gestão 2014-2015, Deliane Lemos de Oliveira, que deixava o cargo, destacou a celebração dos 25 anos do Sindicato lembrando que a entidade “tem uma bela trajetória de luta pela valorização do auditor fiscal”. Observou que a Administração Tributária ainda não foi alçada a seu merecimento e que à medida em que o Fisco e a receita perdem importância a sociedade também sai prejudicada. O vice-presidente da Fenafisco, João Marcos de Souza, observou que a luta sindical é sempre cercada de muita expectativa, mas que é preciso compreender que, nesse percurso, os resultados não estão relacionados ao tempo cronológico, mas ao tempo da oportunidade. A diretora-presidente da Affemg, Maria Aparecida Meloni, ressaltou que, nesse momento, são muitos os desafios postos para os servidores em geral e para os auditores fiscais, em particular, e desejou uma trajetória exitosa à gestão que se iniciava. O secretário de Fazenda cumprimentou a nova diretoria e manifestou o desejo de que o relacionamento da SEF/MG com a entidade seja tranquilo e pacífico para que se possa “estabelecer novos tempos e conquistas”. Ele frisou que a atual gestão se iniciava num período difícil, de crises muito sérias no país e no estado, heranças recebidas de governos passados, que exigirão de todo o corpo funcional um grande empenho. Segundo ele, o momento demanda a adoção de inovações que tragam novas receitas e os auditores fiscais têm um papel muito importante nesse cenário. O presidente da Comissão Eleitoral Estadual, João Bosco Geordano, parabenizou a categoria pela participação expressiva no processo eleitoral (76% dos aptos a votarem). “Esse é o amadurecimento da consciência política, índice que ultrapassa o de outros pleitos de que se tem notícia”. Ao mencionar as perspectivas para a categoria nos próximos dois anos ele ressaltou que os auditores fiscais não devem deixar que o cenário adverso seja impedimento para ir além. Foto: Lidyane Pociano O presidente eleito Lindolfo Fernandes de Castro observou que esta solenidade de posse não representava simplesmente uma mudança de direção do sindicato, como ocorre a cada dois anos, possuindo um significado de suma importância para o Fisco mineiro, por acontecer num contexto de crise que também atingiu o Fisco, tendo este entrado numa rota de perdas e desmantelamento. Ela agradeceu o trabalho dos que a antecederam na direção do sindicato, bem como dos conselheiros, funcionários e outros que contribuíram para tornar a entidade forte, combativa e respeitada. “Me sinto contemplada por ter tido a honra de dirigir este sindicato”, disse. Foto: Lidyane Pociano afinco para avançar nas reivindicações e garantir que o ônus não recaia sobre os trabalhadores. Auditores fiscais de todo o Estado compareceram a cerimônia 17 Discurso de posse do presidente Lindolfo Fernandes de Castro Boa noite a todos! Quero cumprimentar a mesa, os colegas auditores, familiares, autoridades presentes e demais convidados. Esta solenidade de posse não é, simplesmente, mudança de direção, que ocorre a cada dois anos no nosso Sindicato, é de suma importância para o Fisco Mineiro, porque ela acontece num contexto de crise: crise política e econômica, com o Fisco também em crise, pois entrou numa rota de perdas e de desmantelamento, com os parlamentos com tendências conservadoras e, na sua maioria, a serviço do poder econômico e do capital. Os remédios utilizados pelos governos para solucionar são sempre colocar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores. Toda vez que se fala em crise, vêm os famosos remédios amargos, os ajustes fiscais efetuados pelos governos, que consistem em reduzir direitos sociais e trabalhistas, retirando recursos da área social para gerar o tal do superávit primário, para bancar os custos da dívida pública, ou seja, transferir renda do trabalho para o capital financeiro. Ser sindicalista com este modelo econômico perverso de transferência de renda do trabalho para o Capital, com dívida pública administrando o Estado brasileiro, em modelos de Estado do Robin Hood às avessas, que tira dinheiro de pobre para dar ao rico, e com este sistema tributário dos mais injustos do mundo, não é uma tarefa fácil, é uma tarefa de Hércules. É preciso trabalho duro, do ponto de vista sindical, construir uma rede de solidariedade com os movimentos sociais, sindicais e a sociedade civil organizada. É preciso organizar a base e prepará-la para a luta. O trabalhador que não quer perder e quer ser valorizado, principalmente, neste contexto de crise, tem jornada dupla ou tripla. Além das suas atividades profissionais, tem que participar das lutas sindicais e das lutas políticas. O momento de posse é a ocasião de agradecer os votos e firmar compromissos. Quero agradecer a confiança da categoria que me elegeu pela quinta vez para representá-la. Obrigado pela confiança e faremos tudo para honrá-la. Fizemos uma campanha realista, limpa, verdadeira, não prometemos resultados e sim empenho e luta. Foto: Lidyane Pociano Seremos firmes na defesa dos salários, não podemos aceitar o argumento da crise, para o governo impor o imposto inflacionário e o arrocho salarial. Nenhum trabalhador, com esta inflação de 10% ao ano, tem condições de suportar dois, três ou quatro anos sem reajuste salarial. Não há como colocar nas costas dos trabalhadores do Fisco o ônus e a responsabilidade de uma crise que não foi ele quem criou. Diretoria Gestão 2016-2017 18 A Fiscalização vem sendo desmantelada há anos e até agora, nesse primeiro ano de governo, este quadro vem se acentuando ainda mais. Perdas de direitos, arrocho salarial e redução da força de trabalho (falta de concurso público) são exemplos que nos permitem inferir ou concluir que este governo não está dando a devida importância à Fiscalização ou não está contando com o Fisco para este fim. O combate à sonegação (Caixa 2 e outros) é obrigação de todos os governos. A sonegação, além de provocar a concorrência desleal, tem uma conexão direta com os crimes organizados, tais como: corrupção, narcotráfico, roubo de carga, falsificação e adulteração de mercadorias (medicamentos, combustíveis) e outros. Achar que vamos ficar inertes ou imobilizados com o argumento de Limite Prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e aceitar o desmantelamento do Fisco, sem resistência e luta é um absurdo! A interpretação da Lei de Responsabilidade Fiscal muda de acordo com a conveniência dos governos. Se é para arrochar, aplica-se a lei, alegando limites estourados, mas se há interesse em conceder reajuste e o limite está estourado, muda-se a interpretação dessa Lei. Essa mesma lei prevê que as concessões dos benefícios fiscais (desonerações), em que o Estado perde bilhões de reais, têm que estar acompanhadas de medidas de compensação, ou melhor, o Estado deve indicar de onde sairão recursos para compensar as perdas de receitas ou demonstrar que a renúncia foi considerada na estimativa da receita orçamentária. Eu pergunto: isso ocorre? Ou seja, a Lei de Responsabilidade Fiscal serve é para arrochar salários dos trabalhadores dos serviços públicos. Não é que sejamos contrários à responsabilização fiscal dos governantes, que é de suma importância, mas, sim, reprovamos o fato dos ônus recaírem fundamentalmente sobre os pequenos e, principalmente, sobre os trabalhadores. Reafirmamos os nossos compromissos de campanha, de lutar para proteger os salários dos efeitos nocivos da inflação. A nossa pauta emergencial é repor perdas e corrigir distorções, sem descuidar das outras propostas de médio e longo prazo, e dos sonhos. Temos de resgatar a importância do Fisco e das suas prerrogativas, para que tenhamos condições de combater efetivamente a sonegação. Na nossa caminhada, sempre nos nortearemos pelos seguintes princípios: Luta sem atropelo de fase. Primeiro, procuraremos o diálogo e a negociação para evitarmos os desgastes desnecessários; não resolvido, não abriremos mão do enfrentamento. Diálogo e mobilização não são estratégias conflitantes. A luta e a mobilização são atividades e deveres de ofício de um sindicato. É inadmissível um governo ou patrão exigir do sindicato o imobilismo e a inércia para dialogar com ele. Se isso ocorrer, quem estará errado é o governo ou patrão, que quer fazer um trabalho de cooptação, e não a direção do sindicato e a categoria. Foto: Lidyane Pociano Firmeza na luta e habilidade na negociação. Lutamos e mobilizamos com o objetivo de negociar, por isso esses dois objetivos devem ser perseguidos. Finalizando, quero agradecer: À minha família, Celinha, Matheus e Lucas, pela paciência e por compreender os momentos de minha ausência. À categoria, por mais este voto de confiança. Aos diretores, por aceitar esta empreitada. A vocês todos, pela paciência e pelo comparecimento. Obrigado a todos! Em seu discurso de posse, presidente Lindolfo de Castro agradeceu o apoio da família 19 Parceria com outros sindicatos gera resultados positivos para o Fisco Articulação com outros sindicatos é importante instrumento na luta dos trabalhadores U nião, parceria e organização são palavras repetidas à exaustão no cenário sindical, mas nem sempre compreendidas em seu verdadeiro significado. Num contexto de luta permanente em defesa dos direitos e garantias dos tra- balhadores, união quer dizer somar esforços, a fim de fortalecer e avançar nas reivindicações. Se duas ou mais categorias se juntam para pressionar pelos mesmos pleitos, a chance de vitória é maior. Certo de que a parceria com outras categorias é positiva para os auditores fiscais, o Sindifisco-MG tem se reaproximado de entidades combativas do funcionalismo estadual, que sempre contribuíram para as conquistas dos servidores mineiros, em geral, e deram importante apoio às lutas da categoria fiscal. Carta aberta ao governador pagamento integral no quinto dia útil do mês e pela revisão/correção das remunerações. conversa com o presidente Lindolfo de Castro, o parlamentar colocou-se à disposição da categoria. Sindifisco-MG, Sind-UTE/MG e Sind-Saúde/MG redigiram e assinaram carta aberta ao governador, publicada na imprensa no dia 7 de janeiro. Na carta, esses sindicatos questionam a forma como foi feita a comunicação do atraso dos salários do funcionalismo, por meio da mídia, sem qualquer diálogo com as entidades, e afirmam que não é possível os servidores conviverem com a instabilidade na data de pagamento.“Assim como nos é exigido planejamento no nosso trabalho, o governo deve fazer o mesmo”, ressaltam. Confirmando a força das três entidades e, principalmente, o peso de uma ação conjunta, a iniciativa teve ampla repercussão na mídia, sendo citada pelos principais veículos de comunicação no Estado. Apoio ao O Sindifisco-MG, representado Sindieletro-MG Posse do Sind-UTE/MG pelo presidente Lindolfo de Castro, prestigiou a posse da direção estadual do Sind-UTE/MG, realizada no dia 20 de fevereiro. Em seu discurso, a coordenadora-geral reeleita, Beatriz Cerqueira, saudou os demais sindicalistas presentes e manifestou sua satisfação pelo retorno do presidente do Sindifisco-MG à frente da entidade, dizendo que ele estava fazendo falta, principalmente pelo debate das contas públicas e pelo enfrentamento ao governo. O deputado estadual Padre João destacou a luta dos trabalhadores em educação e também citou a luta do Sindifisco-MG. Em No dia 17 de dezembro de 2015, o presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo de Castro, esteve na Cemig a fim de se solidarizar com os servidores da companhia, que estavam em greve. Acompanhado da diretoria do Sindieletro-MG, que sempre apoiou as lutas do Sindifisco-MG, ele conversou com os grevistas e ouviu as reivindicações da categoria. Em moção de apoio aos eletricitários, o Sindifisco-MG fez um apelo ao governo do Estado para que negociasse com aquela categoria e chegasse a um acordo bom para todos: governo, trabalhadores e sociedade. Articulação contra atrasos de pagamento Imediatamente após a reunião do governo com as entidades representantes do funcionalismo, realizada em 15 de janeiro, quando foi divulgado o calendário de parcelamento do pagamento dos servidores, Sindifisco-MG, Sind-UTE/MG e Sind-Saúde/MG se reuniram para avaliar a reunião e articular a luta conjunta dos servidores pelo cumprimento do Presidente do Sindifisco-MG esteve na concentração dos eletricitários em frente à Cemig – 17/12/2015
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