Aula 1. Simetria
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Aula 1. Simetria
Biologia Estrutural Simetria Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Resumo Características dos Cristais Características dos Cristais de Proteínas Elementos de Simetria Rede, Retículo e Empacotamento Cristalino Eixos e Ângulos Interaxiais Sistemas Cristalinos Centragens Retículos de Bravais Grupos Espaciais Referências wfdaj.sites.uol.com.br Características dos Cristais 1) 2) 3) wfdaj.sites.uol.com.br Rígidos Transparentes (a maioria) Com arestas bem definidas Características dos Cristais wfdaj.sites.uol.com.br Características dos Cristais de Proteínas 1) 2) 3) wfdaj.sites.uol.com.br Frágeis Transparentes (a maioria) Com arestas bem definidas © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Características dos Cristais de Proteínas Muitos cristais refletem na sua simetria externa aspectos da simetria da molécula cristalizada. A manifestação da simetria da molécula, a nível macroscópico, permite, muitas vez, inferir aspectos biológicos sobre a macromolécula cristalizada. No caso ao lado temos um cristal da Purina Nucleosídeo Fosforilase humana, a molécula é trimérica e vemos claramente um eixo de simetria de ordem 3 ao longo do cristal. wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Características dos Cristais de Proteínas 1) 2) 3) Fragilidade mecânica, devido às ligações que estabilizam o cristal. Nos cristais de pequenas moléculas as ligações que estabilizam o empacotamento cristalino normalmente são iônicas, nos cristais de macromoléculas biológicas essas ligações são do tipo ligação de hidrogênio; Alto conteúdo de solvente. Os cristais de macromoléculas biológicas apresentam alto conteúdo de solvente, se comparados com cristais de pequenas moléculas, tal conteúdo de solvente permite que ligantes possam difundir-se pelo retículo cristalino, permitindo o estudo de complexos entre proteínas e ligantes, bem como a preparação de derivados isomorfos. Fragilidade a danos causados por radiação. A exposição de cristais de proteínas a radiações ionizantes, como raios X, leva à quebra de ligações e a geração de radicais livres no retículo cristalino, que podem quebrar as frágeis ligações de hidrogênio que estabilizam o cristal. wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Elementos de Simetria 1) Rotação 2) Espelho 3) Centro de inversão 4) Roto-translação 5) Glide wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Rotação Eixo de ordem n → rotação de 360°/n onde n é a ordem do eixo, onde n pode ser 2, 3, 4, 6 (para cristais). Eixo de ordem 2, rotação de 180° wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Eixo de Ordem 2 2 wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Eixo de Ordem 3 3 wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Eixo de Ordem 3 3 wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Eixo de Ordem 4 4 wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Eixo de Ordem 6 6 wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Rotação (x,y,z) y x wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Rotação -x -y (-x,-y,z) wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Rotação x’ = -x y’ = -y z’ = z wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Matriz Rotação R = cos θ - sen θ 0 sen θ cos θ 0 0 1 0 x’ y’ z’ = cos θ - sen θ 0 sen θ cos θ 0 0 1 0 x y z X’ = RX wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Simetria Espelho plano yz -x x m wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Centro de Inversão plano yz (x,y,z) (-x,-y,-z) 1 wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Centro de Inversão wfdaj.sites.uol.com.br Eixo de Roto-translação plano yz (x+1/2,-y,-z) x (x,y,z) 21 wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Eixo de Roto-translação wfdaj.sites.uol.com.br Eixo de Roto-translação wfdaj.sites.uol.com.br Eixo de Roto-translação wfdaj.sites.uol.com.br Simetria Glide plano yz -x x m wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Classes de Simetria wfdaj.sites.uol.com.br Por que não há eixo de ordem 5 em cristais? B’ C’ 2π/n 2π/n a A a B C B’C’ = ma AD = ka m e k são inteiros D B’C’ = AD -2a cos ( 2π/n ) ma = ka – 2a cos (2π/n ) => m = k – 2 cos (2π/n ) => cos (2π/n ) = wfdaj.sites.uol.com.br k–m 2 © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. a 2π/n a 2π/n k–m 2 k–m 2π/n cos ( ) = n = 2 => 2 k–m n = 3 => cos (2π/n ) = 2 k–m 2π/n )= n = 4 => cos ( 2 k–m 2π/n cos ( ) = n = 5 => 2 k–m 2π/n cos ( ) = n = 6 => 2 n = 1 => cos (2π/n ) = k–m cos (2π/n ) = 2 wfdaj.sites.uol.com.br = 1 (possível) = -1 (possível) = -1/2 (possível) = 0 (possível) ~ = 0,309 (impossível) = 1/2 (possível) © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Rede Cristalina Rede= construção matemática Base de átomos= entidade física Rede + Base de átomos = Cristal Rede+base de átomos= Rede cristalina wfdaj.sites.uol.com.br Retículo Cristalino Retículo= construção matemática Base de átomos= entidade física Retículo+base de átomos= Retículo cristalino wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Empacotamento Cristalino wfdaj.sites.uol.com.br Empacotamento Cristalino wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Eixos e Ângulos Interaxiais α ângulo entre b e c β ângulo entre a e c γ ângulo entre a e b wfdaj.sites.uol.com.br Sistemas Cristalinos wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Sistemas Cristalinos Sistema cristalino Relação entre ângulos e eixos Triclínico Nenhuma Monoclínico α=β=90°≠ γ α=γ=90°≠ β a≠b≠c (eixo c único) a≠b≠c (eixo b único) Ortorrômbico α=β=γ=90° a≠b≠c Tetragonal α=β=γ=90° a=b≠c Hexagonal α=β=90°, γ=120° Trigonal α=β=γ<90° a=b=c Cúbico α=β=γ=90° a=b=c wfdaj.sites.uol.com.br a=b≠c © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Centragens Os sistemas cristalinos descritos anteriormente permitem a inclusão de pontos no retículo cristalino, além dos constantes dos vértices da figura. Para que um ponto possa ser considerado como pertencente ao retículo, fazse necessário que ele tenha igual vizinhança. Usando-se tal critério podemos preencher o espaço tridimensional das seguintes formas: 1) corpo centrado (I), um ponto no centro da diagonal de corpo do retículo. 2) Face centrada (F), um ponto no centro da face. c b a Primitiva wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Centragens 1/2a, 1/2b, 1/2c c c b b a Primitiva wfdaj.sites.uol.com.br a Corpo centrado (I) © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Centragens 1/2b, 1/2c c c b b a Primitiva wfdaj.sites.uol.com.br a Face centrada (A ) © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Centragens c c b b a Primitiva wfdaj.sites.uol.com.br a Toda as faces centradas (F) © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Centragens 1/2a, 1/2b, 1/2c c c b b a Primitiva wfdaj.sites.uol.com.br a Corpo centrado (I) © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Retículos de Bravais Fonte: http://www.chemsoc.org/ExemplarChem/entries/2003/bristol_cook/latticetypes.htm wfdaj.sites.uol.com.br Grupos espaciais wfdaj.sites.uol.com.br Grupos espaciais wfdaj.sites.uol.com.br Grupos Espaciais para Proteínas Sistema Classe Símbolos dos grupos espaciais Triclínico 1 P1 Monoclínico 2 P2, P21, C2 Ortorrômbico 222 C222, P222, P212121, P21212, P2221, C2221, F222, I222, I212121 Tetragonal Trigonal Hexagonal Cúbico wfdaj.sites.uol.com.br 4 P4, P41, P42, P43, I4, I41 422 3 P422, P4212, P4122, P41212, P4222, P42212, P43212, P4322, I422, I4122 P3, P31, P32, R3 32 P312, P321, P3121, P3112, P3212, P3221, R32 6 P6, P65, P64, P63, P62, P61 622 P622, P6122, P6222, P6322, P6422, P5622 23 P23, F23, I23, P213, I213 432 P432, P4132, P4232, P4332, F432, F4132, I432, I4132 © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Referências Drenth, J. (1994). Principles of Protein X-ray Crystallography. New York: Springer-Verlag. wfdaj.sites.uol.com.br © 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. © Dr. Walter F. de Azevedo Jr. bmsys querover
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