plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos
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plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos
DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP – DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS CNPJ n.º 49.576.614/0001-05 Av.Adelino Peters, n.º217– São Vicente CEP: 16300-000 Telefone: (18) 3654-6100 Penápolis– São Paulo– Brasil Diretora Presidente: Silvia Mayumi Shinkai de Oliveira 2 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos CONSULTORIA CONTRATADA AMBIENTAL COSTA OESTE PROJETOS TÉCNICOS E CONSULTORIA LTDA CNPJ n.º 04.517.031/0001-75 CREA PR 40332 Rua Miguel Smack, 2050 – Centro CEP: 85875-000 Telefone: (45) 3541-2466 Santa Terezinha de Itaipu – Paraná – Brasil Email: [email protected] EQUIPE TÉCNICA: Fabiano de Souza Engenheiro Ambiental CREA SP – 5069249448 Coordenador Pedro Fernando Viera Engenheiro Ambiental CREA SP - 5069248953 Aischan Karolyne Sonda Lança Tecnóloga Ambiental CREA PR – 102328/D 3 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos SUMÁRIO 1. OBJETIVOS DO PLANO ................................................................................................................................... 9 2. ASPECTOS GERAIS DO MUNICIPIO ............................................................................................................... 11 2.1 HISTÓRIA......................................................................................................................................................... 11 2.2 ASPECTOS GEOGRÁFICOS ............................................................................................................................ 12 2.3 ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS ................................................................................................................ 13 2.3.1 DINÂMICA POPULACIONAL ....................................................................................................................... 13 2.4 PIB ............................................................................................................................................................... 14 2.5 OCUPAÇÃO E RENDA ................................................................................................................................... 14 2.6 IDH-M .......................................................................................................................................................... 17 2.7 FINANÇAS PÚBLICAS .................................................................................................................................... 18 3. SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO .......................................................................................................... 19 4. SITUAÇÃO GERAL DOS MUNICÍPIOS DO ENTORNO ...................................................................................... 21 5. LEGISLAÇÃO LOCAL EM VIGOR ..................................................................................................................... 23 6. ESTRUTURA OPERACIONAL, FISCALIZATÓRIA E GERENCIAL ......................................................................... 29 7. INICIATIVAS E CAPACIDADE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL.............................................................................. 30 8. DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................... 34 8.1 CARACTERÍSTICAS, QUANTIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTO, COLETA E DESTINO FINAL ............................. 34 8.1.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS ................................................................................... 34 8.1.1.1 CONDOMÍNIOS DE RANCHOS E CHÁCARAS DE RECREIO ................................................................. 43 8.1.2 RESTOS VEGETAIS OU RESÍDUOS VERDES ................................................................................................. 44 8.1.3 RESÍDUOS VOLUMOSOS ............................................................................................................................ 47 8.1.4 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................................................................................... 48 8.1.4.1 FUNERÁRIAS ..................................................................................................................................... 53 8.1.5 RESÍDUOS CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................................................................................. 53 8.1.6 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO............................................................................ 59 8.1.7 RESÍDUOS DE MINERAÇÃO ........................................................................................................................ 60 8.1.8 RESÍDUOS AGROSILVOPASTORIS ............................................................................................................... 62 8.1.9 RESÍDUOS DE CEMITÉRIOS ........................................................................................................................4 64 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8.1.10 RESÍDUOS: ÓLEO DE COZINHA .............................................................................................................. 68 8.1.11 RESÍDUOS INDUSTRIAIS ........................................................................................................................ 69 8.1.12 RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA .......................................................................................................... 71 8.1.12.1 LIXEIRAS ........................................................................................................................................... 75 8.1.13 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE.......................................................................................... 76 8.1.14 ANIMAIS MORTOS ................................................................................................................................ 80 8.1.14.1 MATADOURO MUNICIPAL ............................................................................................................... 82 8.1.15 RESÍDUOS DAS HORTAS COMUNITÁRIAS ............................................................................................. 82 8.1.16 RESÍDUOS DA FEIRA LIVRE E BARRACÃO DO PRODUTOR ..................................................................... 83 8.1.17 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA ............................................................................ 85 8.1.17.1 PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS ................................................................................................... 85 8.1.17.2 PNEUS .............................................................................................................................................. 86 8.1.17.3 PILHAS E BATERIAS........................................................................................................................... 89 8.1.17.4 LÂMPADAS FLUORESCENTES ........................................................................................................... 91 8.1.17.5 ÓLEOS LUBRIFICANTES, SEUS RESÍDUOS E EMBALAGENS ............................................................... 93 8.1.17.6 EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS ..................................................................................................... 93 8.1.18 GRANDES GERADORES ......................................................................................................................... 95 8.1.19 RESÍDUOS DE EVENTOS ...................................................................................................................... 100 8.1.20 DEPÓSITOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ..................................................................................... 100 8.2 CARROCEIROS .............................................................................................................................................. 102 8.3 ECOPONTOS ................................................................................................................................................. 102 8.4 CORPE ........................................................................................................................................................... 105 8.5 PÁTIO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................................................... 107 8.6 ATERRO DE INERTES ..................................................................................................................................... 109 8.7 ATERRO SANITÁRIO ...................................................................................................................................... 111 8.8 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA– DAEP ......................................................................................................... 112 8.9 CONSELHO DELIBERATIVO ........................................................................................................................... 113 8.10 PASSIVOS AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO ................................................................................................... 113 8.11 PONTOS VICIADOS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS .................................................................................. 114 8.12 RECICLADORES NÃO COOPERADOS ........................................................................................................ 115 8.13 ESTRUTURA FINANCEIRA ......................................................................................................................... 116 8.13.1 ARRECADAÇÃO ................................................................................................................................... 116 8.13.2 DESPESAS ............................................................................................................................................ 117 8.14 CANAIS DE COMUNICAÇÃO ..................................................................................................................... 119 8.15 11º FÓRUM DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE ................................................................................. 119 9. CENÁRIO ATUAL E PROPOSIÇÕES ............................................................................................................... 125 10. PROPOSIÇÕES PARA O MELHORAMENTO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA PÚBLICA ........................................................................... 126 10.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS ................................................................................ 126 10.1.1 ACONDICIONAMENTO ........................................................................................................................ 126 10.1.2 COLETA ............................................................................................................................................... 131 10.1.3 TRATAMENTO E DESTINO FINAL......................................................................................................... 134 10.1.3.1 RESÍDUOS RECICLÁVEIS .................................................................................................................. 135 5 10.1.3.2 RESÍDUOS ORGÂNICOS .................................................................................................................. 138 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10.1.3.3 REJEITOS......................................................................................................................................... 140 10.2 RESTOS VEGETAIS OU RESÍDUOS VERDES .............................................................................................. 140 10.2.1 ACONDICIONAMENTO E COLETA........................................................................................................ 140 10.2.2 DESTINO FINAL ................................................................................................................................... 141 10.2.3 FLUXOGRAMA DA GESTÃO IDEAL DOS RESÍDUOS VERDES ................................................................ 141 10.3 RESÍDUOS VOLUMOSOS ........................................................................................................................ 142 10.3.1 ACONDICIONAMENTO E COLETA........................................................................................................ 142 10.3.2 TRATAMENTO E DESTINO FINAL......................................................................................................... 143 10.3.3 FLUXOGRAMA DA GESTÃO IDEAL DOS RESÍDUOS VOLUMOSOS ....................................................... 144 10.4 RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE ......................................................................................................... 144 10.4.1 PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE ................................................ 144 10.4.2 FORMA DE COBRANÇA PARA COLETA, TRATAMENTO E DESTINO FINAL DOS RSS ............................ 146 10.5 RESÍDUOS CONSTRUÇÃO CIVIL .............................................................................................................. 147 10.5.1 CLASSE A ............................................................................................................................................. 147 10.5.2 CLASSE B ............................................................................................................................................. 148 10.5.3 CLASSE C ............................................................................................................................................. 149 10.5.4 CLASSE D ............................................................................................................................................. 150 10.5.5 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E TERMO DE COMPROMISSO . 151 10.5.6 REGRAS PARA ESTACIONAMENTO, SINALIZAÇÃO E TRANSPORTE DE CAÇAMBAS ESTACIONÁRIAS . 152 10.5.7 FLUXOGRAMA IDEAL DA GESTÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................... 155 10.6 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO ......................................................................... 155 10.6.1 RESÍDUOS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO ..................................................................... 155 10.6.2 RESÍDUOS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ......................................................................... 156 10.7 RESÍDUOS DE MINERAÇÃO .................................................................................................................... 156 10.8 RESÍDUOS AGROSILVOPASTORIS ........................................................................................................... 157 10.9 RESÍDUOS DE CEMITÉRIOS .................................................................................................................... 158 10.10 RESÍDUOS: ÓLEO DE COZINHA ............................................................................................................... 159 10.11 RESÍDUOS INDUSTRIAIS......................................................................................................................... 159 10.12 RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA ........................................................................................................... 160 10.12.1 VARRIÇÃO ........................................................................................................................................... 160 10.12.2 CAPINAÇÃO ......................................................................................................................................... 161 10.12.3 LIXEIRAS .............................................................................................................................................. 162 10.13 RESÍDUOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE .............................................................................................. 163 10.14 ANIMAIS MORTOS ................................................................................................................................ 164 6 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10.14.1 FLUXOGRAMA IDEAL DA GESTÃO DOS ANIMAIS MORTOS ................................................................ 165 10.15 RESÍDUOS DAS HORTAS COMUNITÁRIAS .............................................................................................. 166 10.16 RESÍDUOS DA FEIRA LIVRE E BARRACÃO DO PRODUTOR ...................................................................... 167 10.17 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA ............................................................................. 167 10.17.1 PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS ...................................................................................................... 171 10.17.2 PNEUS ................................................................................................................................................. 172 10.17.3 PILHAS E BATERIAS ............................................................................................................................. 173 10.17.4 LÂMPADAS FLUORESCENTES .............................................................................................................. 173 10.17.5 ÓLEOS LUBRIFICANTES, SEUS RESÍDUOS E EMBALAGENS .................................................................. 174 10.17.6 EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS ....................................................................................................... 175 10.18 GRANDES GERADORES .......................................................................................................................... 176 10.19 RESÍDUOS DE EVENTOS ......................................................................................................................... 177 10.20 DEPÓSITOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ........................................................................................ 178 10.21 ANÁLISE DO SISTEMA DE COBRANÇA DA TAXA DE COLETA DE LIXO...................................................... 178 11 CARROCEIROS ........................................................................................................................ 179 12 ECOPONTOS ............................................................................................................................ 179 13 CORPE ....................................................................................................................................... 181 14 ATERRO DE INERTES ........................................................................................................... 182 15 ATERRO SANITÁRIO ............................................................................................................ 182 16 PONTOS VICIADOS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS.................................................... 184 17 FISCALIZAÇÃO ........................................................................................................................ 187 18 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...................................................................... 188 19 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAIS E AMBIENTAIS DOS SERVIÇOS 189 7 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 20 PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................... 191 21 PROGRAMAS E AÇÕES DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA VOLTADOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PMGIRS ..................................................... 193 22 PERIODICIDADE DA REVISÃO DO PMGIRS, OBSERVADO PRIORITAMENTE O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PLANO PLURIANUAL – PPA MUNICIPAL ............................... 194 23 POSSÍVEIS FONTES DE FINANCIAMENTO ..................................................................... 195 23.1 BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO (BNDES) ............................................................................. 195 23.2 BANCO DO BRASIL................................................................................................................................. 196 23.3 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ................................................................................................................ 196 23.4 PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC) ......................................................................... 197 23.5 FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (FNMA) .................................................................................. 197 23.6 MINISTÉRIO DA SAÚDE ......................................................................................................................... 197 24 AÇÕES PARA AS EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS RELATIVAS AO SISTEMA DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE LIMPEZA URBANA.................................................... 198 25 SÍNTESE DAS METAS E AÇÕES .......................................................................................... 203 26 SÍNTESE DAS RESPONSABILIDADES POR CATEGORIA DE RESÍDUO ................... 208 27 INFRAÇÕES E MULTAS......................................................................................................... 209 28 29. 30. ASSINATURAS .............................................................................................................................................. 210 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................... 211 ANEXOS .................................................................................................................................... 217 8 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 1. OBJETIVOS DO PLANO O presente Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos tem por objetivo nortear as ações relacionadas à gestão dos resíduos sólidos do Município de Penápolis – SP. Este documento vem apresentar uma série de operações destinadas ao conhecimento e estudo dos resíduos do local, objetivando a gestão ótima destes, conforme as necessidades e situação do município sob diferentes pontos de vista. Conforme a Lei 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, um plano municipal de gerenciamento de resíduos sólidos deve ter dentre o seu conteúdo mínimo: Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no município; Identificação das áreas favoráveis para a disposição final ambientalmente adequada dos resíduos; Identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas; Identificação dos geradores sujeitos ao plano de gerenciamento de resíduos sólidos; Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotadas nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; Indicadores de desempenho ambiental e operacional dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos; Definições de responsabilidades quanto a sua implementação e operacionalização; Programas e ações de capacitação técnica voltados a sua implementação e operacionalização. Programas e ações de educação ambiental. 9 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante valorização dos resíduos sólidos. Sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem. Descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa. Meios a serem utilizados para o controle e fiscalização, no âmbito local, da implementação e operacionalização dos planos. Ações preventivas e corretivas a serem praticadas. Identificação dos passivos ambientais relacionadas aos resíduos sólidos e respectivas ações saneadoras. 10 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 2. ASPECTOS GERAIS DO MUNICIPIO 2.1 HISTÓRIA A ocupação da região noroeste do estado de São Paulo se deu no período de 1842 a 1870 a partir da ocupação das margens direita e esquerda do Salto Avanhandava. O primeiro núcleo residencial da região, o povoado de Nosso Senhor dos Passos, iniciou-se em 1842 com a doação de 100 alqueires da fazenda José Pinto Caldeira, localizando-se metade de cada lado do ribeirão Lajeado (PENÁPOLIS, 2011). A partir de 1880, com o aumento do volume do comércio de café às exigências do mercado externo e também interno e a consequente descoberta das potencialidades das terras do oeste paulista, outras frentes pioneiras invadem o território e a ocupação sistemática finalmente se instaura como empreendimento econômico motivado pelo café e outros implementos capitalistas, provocando radical transformação sócioeconômica na região que, a partir dessa época, passa a experimentar notável desenvolvimento e progresso (PENÁPOLIS, 2011). Em outubro de 1908 foi criado o Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava, com a tomada de posse pelo frei Bernardino de Lavale, da Congregação dos Frades Capuchinhos, de terras doadas para a criação da cidade por Eduardo de Castilho. Em 1909 foi criado o Distrito de Paz de Penápolis em homenagem ao Dr. Afonso Augusto Moreira Penna, Presidente da República falecido neste ano. O Distrito pertencia ao município de comarca de Rio Preto e era uma vila progressista, já incorporada ao ciclo do café (PENÁPOLIS, 2011). Com o processo de interiorização da ocupação paulista, muitas famílias foram em busca de novas terras e oportunidades, trazendo o “progresso” à região. Em 22 de dezembro de 1913, através da Lei Estadual nº 1.397, foi criado o município de Penápolis. 11 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 2.2 ASPECTOS GEOGRÁFICOS A cidade de Penápolis – SP localiza-se a uma latitude de 21º25'11”sul e a uma longitude 50º04'39" oeste, estando a uma altitude de 416 metros. Possui uma área de 710,816 km². O mapa a seguir demonstra a localização do município com relação ao estado de São Paulo. Figura 01 – Mapa de Localização do Município de Penápolis – SP. Fonte: Wikipédia 2014 O município de Penápolis pertence à região administrativa de Araçatuba, e faz divisa com os seguintes municípios: ao norte com o município de Planalto (Região 12 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Administrativa de São Jose do Rio Preto); ao sul com o município de Alto Alegre; a oeste com os municípios de Braúna e Glicério; a leste com os municípios de Avanhandava e Barbosa (Revista Penápolis Virtual, 2014). Figura 02 – Mapa da região de Araçatuba - SP Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional (2014). 2.3 2.3.1 ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS DINÂMICA POPULACIONAL No município de Penápolis, levando em conta os últimos sensos, contagem da população e estimativas, nota-se um aumento da população entre os anos 2000 e 13 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 2013. A tabela 2 demonstra a variação do número de habitantes entre os anos de 2000 e 2013. Tabela 01 – População entre os anos de 1991 e 2013. Ano População 1991 (censo) 48.285 1996 (contagem populacional) 51.162 2000 (censo) 54.635 2007 (contagem populacional) 56.681 2010 (censo) 58.510 2013 (população estimada) 61.371 Fonte: IBGE 2.4 PIB O Produto Interno Bruto de Penápolis foi de R$ 1.131,725 milhões, enquanto que o PIB do estado de São Paulo no mesmo período foi de R$ 1.349.465,14 milhões. O PIB per capita do município em 2011 foi de R$ 19.244,41 reais, abaixo do PIB per capita do Estado de R$ 32.454,91 reais (Fundação SEADE – Fundação Sistema Estadual de Analise de Dados, 2014). 2.5 OCUPAÇÃO E RENDA A população economicamente ativa do município em 2010 era de aproximadamente 31.442 pessoas (IBGE, 2010). O município contou em 2012 com 13.969 empregos formais, caracterizando uma boa evolução desde 2010. O gráfico a seguir demonstra a evolução dos empregos 14 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos formais entre os anos de 2006 a 2011. Figura 03 – Evolução dos empregos formais em Penápolis. Fonte: Fundação SEADE Em relação aos empregos formais, se destaca a administração pública em geral, seguida da fabricação de açúcar e fabricação de calçados. A tabela a seguir demonstra as atividades geradoras de emprego no município. 15 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 02 – Setores que mais empregaram entre 2008 e 2010. Fonte: Observatório do emprego - FIPE 16 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 2.6 IDH-M A construção do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) tem particular importância ao expor as desigualdades de forma abrangente e comparativa, permitindo que diferenças nos indicadores possam se tornar instigadoras da gestão pública. Esse conjunto de indicadores compõe os índices: IDH-E (educação), IDH-L (longevidade) e IDH-R (renda), cuja média aritmética simples resulta no IDH-M. Esses índices variam de 0 a 1, sendo 1 a posição correspondente aos melhores valores. O IDH-M é um índice que mede o desenvolvimento humano de uma unidade geográfica. Foi concebido para ser aplicado no nível de países e grandes regiões, sua aplicação no nível municipal tornou necessárias algumas adaptações metodológicas e conceituais. O IDHM brasileiro segue as mesmas três dimensões do IDH Global – longevidade, educação e renda, mas atualiza a metodologia global ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores nacionais. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDHM são mais adequados para avaliar o desenvolvimento dos municípios brasileiros. O IDHM é importante por fazer: Contraponto ao PIB – O IDHM populariza o conceito de desenvolvimento centrado nas pessoas, e não a visão de que desenvolvimento se limita a crescimento econômico. Comparação Entre Municípios – Ao sintetizar uma realidade complexa em um único número, o IDHM e seus três componentes viabilizam a comparação entre os municípios brasileiros ao longo do tempo. Estímulo à Melhoria – O ranking do IDHM estimula formuladores e implementadores de políticas públicas no nível municipal a priorizar a melhoria da vida das pessoas em suas ações e decisões. O IDHM é um número que varia entre zero e um. Quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano de um município. 17 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 04 – Leitura do IDHM Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/o_atlas/idhm O IDH – M do município de Penápolis é considerado alto (0,759), porém abaixo do IDH – M do estado (0,783). 2.7 FINANÇAS PÚBLICAS As receitas municipais da prefeitura municipal de Penápolis alcançarão 85 milhões em 2014, enquanto que as receitas do DAEP (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) alcançarão 17,8 milhões no mesmo período. A tabela a seguir demonstra a evolução dos orçamentos de receita da prefeitura municipal e DAEP. Tabela 03 – Orçamento de receita da prefeitura municipal de Penápolis e DAEP. Ano Orçamento de Receita da Orçamento de Receita do Prefeitura Municipal (R$) DAEP (R$) 2012 78.000.000,00 15.500.000,00 2013 81.000.000,00 16.500.000,00 2014 85.000.000,00 17.800.000,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Penápolis (www.penapolis.sp.gov.br) 18 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 3. SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO O município de Penápolis se destaca no estado de São Paulo com relação aos serviços de saneamento básico. Isto se deve, pois o município atende todas as residências urbanas com água tratada e coleta de esgoto que é tratado. A coleta de resíduos sólidos e coleta seletiva de materiais recicláveis também são realizadas em toda a área urbana do município que conta com ecopontos para entrega de alguns resíduos, aterro de inertes, aterro sanitário, pátio de compostagem e pátio de armazenamento de resíduos da construção civil classe A. O órgão responsável pelo saneamento básico no município (eixos abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos) é o Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis (DAEP). O DAEP é uma autarquia municipal, criada pela Lei Municipal nº 935 de 18/05/1978 (revogada pela Lei nº 1.172/81), passando a ser, a partir de 1978, o órgão municipal responsável pelo saneamento básico no município. O sistema existente, na data de sua criação, era extremamente precário sendo que havia falta de água em alguns bairros do município, o sistema de coleta de esgotos era precário e os dejetos recolhidos eram despejados diretamente no Ribeirão Lajeado única fonte de abastecimento de água do município, além da cidade não ser hidrometrada (DAEP, 2014). De 1978 a 1992, o DAEP, mesmo passando por muitas dificuldades, conseguiu gerenciar os recursos disponíveis e atingir 100% de abrangência dos serviços de tratamento e distribuição de água tratada e 100% de abrangência de coleta e tratamento de esgotos (DAEP, 2014). A partir de 1993 o DAEP passou a ser responsável também pelo sistema de coleta e destino final de resíduos sólidos domésticos, resíduos industriais (classe II –B), entulhos, resíduos serviços de saúde e animais mortos através da Lei Municipal nº 225/93. Os resíduos de serviço de saúde e animais mortos são coletados pela19 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos mesma equipe e veículo. Neste mesmo ano, também foi criado o Centro de Educação Ambiental, com o objetivo de conscientizar a população para a preservação e recuperação do meio ambiente local (DAEP, 2014). No ano 2000, através de parceria com a CORPE (Cooperativa de Trabalho dos Recicladores de Lixo de Penápolis) iniciou-se a coleta seletiva do lixo inorgânico doméstico no município. Em setembro de 2004, o DAEP obteve a certificação na norma ABNT NBR ISO 9001:2000 em todo processo do sistema de gestão da qualidade (DAEP, 2014). No ano de 2004, o DAEP teve mais uma avanço com relação a gestão dos resíduos a partir da instalação de uma unidade de tratamento de resíduos de serviço de saúde com o sistema de autoclave (2004). 20 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 4. SITUAÇÃO GERAL DOS MUNICÍPIOS DO ENTORNO Na elaboração do diagnóstico, sempre é importante retratar de forma básica a realidade dos municípios do entorno, visando posteriormente no caderno de propostas, a realização de parcerias, convênios ou consórcios para gestão dos resíduos. Buscou-se levantar a realidade dos municípios do entorno de Penápolis trazendo características básicas como população, PIB, IDH-M, cobertura de abastecimento de água e esgoto, coleta de lixo e IQR- Nova Proposta. O IQR (Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos) é uma ferramenta de avaliação dos aterros sanitários localizados no estado de São Paulo. Trata-se de uma metodologia criada pela CETESB que visa avaliar as condições dos aterros sanitários, atribuindo-lhe notas (0,0 a 10,0), sendo que as notas com intervalo entre 0,0 e 7,0 indicam condições inadequadas (I) e notas de 7,1 a 10,0 indicam condições adequadas (A). Tabela 04 – Situação geral dos municípios do entorno em comparação a Penápolis Município População PIB per IDH-M Abastecimento de Esgotamento Coleta de Lixo IQR - NOVA (IBGE, capita R$ água (cobertura 2010) (2011) das residências em Sanitário (nível de PROPOSTA (cobertura das atendimento em %) – urbano residências em %) – urbano (SEADE, 2010) %)– urbano (SEADE, 2010) (CETESB, 2013) (SEADE, 2010) Penápolis 58.510 19.244,41 0,759 99,44 99,08 99,44 9,0 (ADEQUADA) Zacarias 2.335 26.499,16 0,729 99,06 José Bonifácio 32.673 24.539,34 0,777 99,43 97,02 100 8,6 (ADEQUADA) 97,83 99,8 7,4 (ADEQUADA) Barbosa 6.593 11.916,19 0,699 98,77 98,44 99,89 8,2 (ADEQUADA) Avanhandava 11.310 14.378,06 Promissão 35.674 27.856,26 0,705 99,52 99,31 99,97 7,9 (ADEQUADA) 0,743 99,65 98,31 99,76 10 (ADEQUADA)* Alto Alegre 4.102 Braúna 5.021 18.514,92 0,700 99,36 96,17 99,64 9,5 (ADEQUADA) 11.845,67 0,737 99,35 97,92 99,57 9,1 (ADEQUADA) Glicério 4.565 17.121,04 0,735 97,91 97,15 100 7,9 (ADEQUADA) * O município de Promissão descarta os seus resíduos em um aterro particular no município de Onda Verde – SP. 21 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos O mapa a seguir demonstra a situação dos aterros sanitário dos municípios de São Paulo com relação ao IQR – Nova Proposta (2013). Figura 05 – IQR – Nova Proposta dos municípios do estado de São Paulo Fonte: CETESB (2013). 22 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 5. LEGISLAÇÃO LOCAL EM VIGOR Com o intuito de auxiliar na gestão dos resíduos sólidos do município, buscou-se a legislação municipal para verificação dos dispositivos legais já existentes relacionados ao ponto central deste trabalho, que é considerado valioso instrumento que envolve todas as esferas no que se refere aos resíduos sólidos e limpeza urbana. O Código de Posturas do município de Penápolis é regido pela Lei n° 2.000 de 30/11/1989. Alguns artigos relacionam a questão da gestão dos resíduos, dentre eles. Art. 3º O serviço de limpeza de ruas, praças ou logradouros públicos será executado direta ou indiretamente pela Prefeitura, bem como o serviço de coleta de lixo domiciliar, industrial e os contaminados de origem hospitalar, farmacêutica e de estabelecimento congêneres. § 1º O lixo domiciliar e o industrial serão recolhidos em “vasilhas apropriadas” para serem removidos pelo serviço de limpeza pública, em conformidade com a legislação vigente. § 2° O lixo contaminado a que se refere o “caput” deste artigo deverá ser recolhido separadamente e incinerado. § 3º Entende-se como lixo industrial as pequenas quantidades, de restos de uso normal da empresa, não incluindo, conseqüentemente, os resíduos de matéria prima e secundária utilizados no processo de fabricação ou beneficiamento, quando considerados de grande quantidade, ou seja, acima de 400 litros. § 4º A retirada de quaisquer entulhos fica sob exclusiva responsabilidade do município. Art. 4º Os munícipes serão responsáveis pela limpeza do passeio fronteiriço à sua residência ou terreno, estabelecimento comercial, industrial ou prestadores de 23 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos serviços. Art. 5º É proibido fazer varredura do interior dos prédios, dos terrenos e dos veículos para os logradouros públicos, executar nestes, serviços de argamassa, bem como despejar ou atirar papéis, anúncios, entulhos de construção ou demolição, reclames ou quaisquer detritos sobre esses logradouros. Parágrafo único. No caso de serviços de argamassa, quando forem executados nas vias de passeio público, por motivo de falta de espaço ou necessidade do projeto, os mesmos deverão ser executados em caixas de madeira, chapas de ferro ou similares a fim de evitar que a argamassa tenha contato com o calçamento ou a pavimentação. Art. 6º É proibido impedir ou dificultar o livre escoamento das águas pelos canos, valas, sarjetas ou canais das vias públicas e estradas municipais, danificando ou obstruindo tais servidões, Parágrafo único. Em caso de servidão, quando se referir a terrenos na área urbana, os localizados à jusante deverão obrigatoriamente, quando possível e sem prejuízo das construções existentes, ceder passagens das águas pluviais provenientes dos terrenos localizados a montante, sendo tais serviços canalizados, obedecendo às especificações técnicas dos órgãos competentes. Art. 13. Nas obras, demolições e reformas será permitida a instalação de tapume, ocupando no máximo 2/3 da largura do passeio. Parágrafo único. Fica proibida a ocupação por materiais de construção do restante do passeio. Art. 14. Os quintais ou pátios dos prédios situados na zona urbana deverão ser 24 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos mantidos limpos, livres de água estagnada, entulhos e qualquer tipo de detritos. Art. 19. É proibido plantar, podar, cortar, danificar, derrubar, remover ou sacrificar árvores de arborização pública, sendo estes serviços de atribuição exclusiva da Prefeitura, obedecidas as disposições do Código Florestal Brasileiro ou do IBAMA. Art. 23. Os proprietários de terrenos urbanos são obrigados a mantê-los limpos, capinados ou roçados, de maneira uniforme e rente ao solo, murados ou cercados dentro dos prazos fixados pela Prefeitura, obedecendo a critérios contidos em decreto do executivo. Parágrafo único. É dever do proprietário executar o passeio junto do seu imóvel e obedecendo critérios de materiais em regulamentação por decreto do executivo. Art. 53. É proibido o acúmulo de lixo, materiais inservíveis ou outros materiais que propiciem a instalação e a proliferação de roedores ou outros animais sinantrópicos. Art. 54. Os estabelecimentos que estoquem ou comercializem pneumáticos, são obrigados a mantê-los permanentemente isentos de coleções liquidas, de forma a evitar a proliferação de mosquitos. Art. 55. Nas obras de construção civil é obrigatória à drenagem permanente de coleções liquidas, originadas ou não pelas chuvas, de forma a impedir a proliferação dos mosquitos. A Lei n.º 225/1993 que outorga ao DAEP, os serviços de limpeza pública e coleta de lixo. A Lei n° 460/1995 trata sobre os serviços de limpeza pública do município de 25 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Penápolis. Está referida lei esta relacionada com a gestão dos resíduos. Alguns artigos podem ser observados abaixo: Art. 1° - O serviço de limpeza pública é o conjunto de atividades destinadas a afastar e dispor os resíduos sólidos produzidos em uma comunidade e a manter o estado de limpeza de sua Área Urbanizada mediante acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final. Parágrafo único - Entende-se por resíduo sólido (lixo), para os efeitos desta Lei, o conjunto heterogêneo constituído por materiais sólidos residuais provenientes das atividades humanas que ficam assim subdivididos: I. Resíduos sólidos urbanos; b. Lixo domiciliar; c. Lixo do comércio, bares, hotéis, restaurante, supermercado e similares, edifícios públicos e entidades de serviços em geral; d. Restos de materiais de construção, entulhos de obras e demolições, animais mortos, árvores, folhas, galhos resultantes de podas e capinação de jardins, quintais e terrenos baldios de propriedades particulares; e. Os resíduos provenientes da limpeza urbana, tais como terra e outros materiais provenientes da varrição, raspagem, capinação de vias, logradouros públicos, troncos, galhos e folhas provenientes da poda de árvores, restos de limpeza de jardins e praças públicas e outros; f. Resíduos sólidos provenientes dos serviços de saúde oriundos das atividades administrativas, varrição e limpeza das áreas externas; g. Resíduos sólidos provenientes de indústrias, oriundos do setor administrativo, restaurante, varrição e limpeza de áreas externas. I. Resíduos sólidos sépticos provenientes dos serviços de saúde. II. Resíduos sólidos provenientes de indústrias, oriundos do processo 26 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos industrial. Art. 30 - Os serviços municipais de limpeza pública compreendem a execução das seguintes atividades: I. A coleta regular de: a. Lixos provenientes das atividades domésticas b. Lixo originário de feira-livre, cemitério, mercados municipais, recintos de exposição, edifícios de uso público em geral. c. Lixos provenientes de atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços, até 400 (quatrocentos litros acondicionados em recipientes de capacidade não superior a 100 (cem) litros d. Animais mortos de pequeno porte; e. Resíduos resultantes da varrição dos passeios públicos. II. A coleta especial de resíduos séptico a dos serviços de saúde; III. Remoções especiais; IV. Capinação do leito das ruas e remoção do produto resultante; V. Tratamento através de usinas de processamento incineração e destinação dos resíduos através de aterro sanitários e industriais; VI. Varrição de ruas. Dentre outras Leis e Decretos instituídos visando à proteção e conservação ao meio ambiente também pode - se citar: Lei n° 1033/2002 dispõe sobre a coleta, recolhimento e destino final de resíduos sólidos potencialmente perigosos que menciona, adota outras providências. Lei n° 1798/2011 - Dispõe sobre a Política Municipal De Saneamento Ambiental e o Plano Municipal De Saneamento Ambiental de Penápolis. Lei n° 1834/2012 - Prevê no currículo escolar aulas de educação ambiental e de posse responsável de animais (Programa Amigo dos Animais e da Natureza) 27 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no município de Penápolis. Lei n° 1836/2012 - Dispõe sobre a recuperação e a preservação da permeabilidade do solo, no município de Penápolis, através da implantação das Calçadas Verdes. Lei nº 1917/2013 - Dispõe sobre a proibição do uso de materiais, elementos construtivos e equipamentos da construção civil constituídos de amianto. Decreto nº 4416/2013 - Regulamenta a Lei nº 1598, de 15 de Setembro de 2009, que dispõe sobre a criação do programa de educação ambiental da rede municipal de ensino do município de Penápolis. Lei nº 1937/2013 - Institui a Política Municipal de Recursos Hídricos, estabelecem diretrizes e normas para a proteção, preservação e recuperação do manancial de interesse do Município de Penápolis para abastecimento urbano, cria o Sistema Municipal de Gerenciamento dos Recursos Hídricos e dá outras providências. Lei nº 1967/2013 – Institui o Plano Diretor de Penápolis e dá outras providências. Lei nº 1968/2013 – Institui a Lei de Uso e Ocupação do Solo e dá outras providências. Lei 2000/1989 – Institui o Código de Posturas do Município de Penápolis. 28 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 6. ESTRUTURA OPERACIONAL, FISCALIZATÓRIA E GERENCIAL A estrutura operacional é vista como elemento essencial para a gestão de resíduos sólidos no município. Tal estrutura é composta por diversos elementos que viabilizam a execução dos serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos por meio de uma tecnologia específica ou um conjunto de tecnologias (SELUR, 2011). O município possui uma estrutura operacional que atualmente atende os serviços de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos nas suas mais diversas categorias. Possui equipamentos em bom estado de conservação para todas as atividades inerentes a gestão dos resíduos sólidos. A fiscalização no município é deficitária. São apenas quatro fiscais de posturas que realizam as atividades. Os fiscais de postura estão ligados a prefeitura municipal. Atualmente, através do Decreto Municipal 4408/2013, o prefeito municipal determinou que um dos fiscais do quadro do DAEP, a ser nomeado pelo Presidente da Autarquia, efetuará relatório de ocorrências ligadas à matéria de resíduos sólidos constante na legislação local em referência, para posterior elaboração de auto de advertência ou de aplicação de multa ao infrator, observado, contudo, o setor competente para a sua aplicação, uma vez que o profissional não tem poder de aplicar as multas legais. O gerenciamento de todas as atividades do DAEP é realizado de modo muito organizado através da estrutura funcional existente que contempla 325 servidores. O DAEP é um órgão que envolve a população em suas decisões através do Conselho Gestor de Saneamento Ambiental. 29 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 7. INICIATIVAS E CAPACIDADE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (Política Nacional de Educação Ambiental). O DAEP conta com Centro de Educação Ambiental (CEA) no município, onde são desenvolvidas diversas atividades ligadas à conscientização ambiental. O Centro de Educação Ambiental foi criado em 1993 e tem uma equipe permanente composta por uma pedagoga, três auxiliares de pedagoga e um motorista. A estrutura do local conta com área para atividades de educação ambiental e palestras, além de um museu instalado na antiga estação de tratamento de água que fica em anexo. Para o transporte dos alunos da rede pública e privada municipal, o DAEP possui um mini ônibus C58 ano 2012. O Centro de Educação Ambiental realiza diversas atividades tanto no próprio local ou através de acompanhamento em visitas técnicas nas estruturas de saneamento básico do município, rios, etc. No período de 1993 a 2012 em todas as atividades realizadas pelo Centro de Educação Ambiental foram envolvidas e/ou atendidas 18.137 pessoas. Além da participação em eventos públicos, o CEA atende empresas e organizações privadas para debater assuntos relacionados ao meio ambiente. Com relação a gestão dos resíduos sólidos, pode-se destacar algumas atividades realizadas pela equipe do CEA em 2013: Mapeamento do Lixo nos Bairros – realizado com alunos do ensino municipal, 30 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos estadual e particular através do mapeamento de pontos de acumulo de lixo, discussão de alternativas em sala de aula e exposição de cartazes (240 participantes) Distribuição do Jornal “Lixo e Coleta Seletiva, um Desafio de Todos” - distribuído nas redes escolares como material de apoio a ser trabalhado em sala de aula e em uma passeata denominada “Cidade Linda” (1.000 exemplares). Visitas monitoradas com os pais de alunos ao ecopontos - Sensibilização da comunidade no entorno dos Ecopontos para com o funcionamento e desempenho contra o lixo na rua (38 participantes). Oficina Artesanal de Papel - CEIM Renascer (54 participantes), EMEF Harume Kubota da Silva (106 participantes), EEMEI Jardim Brasilia (17 participantes), EMEF Mario Sabino (31 participantes). Oficina de Garrafa Pet - EMEF Elza Nadai (51 participantes), Lar Vicentino (15 participantes) e Filhos dos Funcionários do DAEP (13 participantes), EMEF Marilena Cipriano (188 participantes). Projeto “Cidade Linda” - Realizadas em quatro bairros passeatas com a participação das escolas e parceiros. A equipe, juntamente com os parceiros usaram 80 aventais amarelos confeccionados pelo CEA e com o slogan do projeto “Cidade Linda eu participo!”. Na Passeata foram entregues panfletos orientando a população sobre o lugar correto para destinação de entulhos - o ECOPONTO, e o cuidado com o meio ambiente. Os alunos fizeram cartazes e todos os grupos envolvidos participaram ativamente com um objetivo comum: amenizar o problema do lixo, evitando a Dengue, a Leishmaniose e outras doenças, deixando a nossa Penápolis uma “Cidade Linda” (1.228 participantes). Projeto “Contação de História”, “Resíduos Sólidos: Valorização dos Coletores” Um trabalho Lúdico, a qual aborda a importância da coleta seletiva e os impactos causados pelos resíduos no meio ambiente. Realizado com alunos do CEIM 31 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Renascer (50 participantes). Projeto “Compostagem” - As atividades desse projeto consistem na entrega de dois latões de 200 L em cada unidade, com orientação técnica, entrega de folhetos e cartilhas com o passo a passo para a preparação do composto. Este projeto foi desenvolvido no S.O.S. (Serviço de Obras Sociais), que possui uma “Casa de Estar”, onde abriga homens em situações vulneráveis a qualquer tipo de risco (20 participantes). Mutirão da Coleta de Lixo Eletrônico na Praça 9 de Julho – Envolveu 22 participantes e o recolhimento de uma toneladas de resíduos eletrônicos. A imagem a seguir demonstra o panfleto referente ao evento. Figura 06 – Panfleto utilizado na divulgação do dia D – recolhimento de lixo eletrônico Fonte: DAEP 32 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Projeto Resíduos Sólidos – Com o intuito de sensibilizar a população do bairro quanto aos impactos causados pelos resíduos, orientando quanto sua disposição e descarte correto (63 participantes) – Bairro Gualter Monteiro. Realização da eleição do conselho mirim – Visando aproximar cada vez mais os adolescentes dos problemas relacionados ao saneamento ambiental, o DAEP elegeu um conselho mirim, formado por seis estudantes de 12 a 16 anos das escolas do município. Campanha de conscientização popular dos usuários do Parque Santa Leonor em 28/02/2014 – Com a participação dos garis do serviço de varrição devidamente uniformizada, afim de incentivar a manutenção da limpeza no local não dispondo lixo orgânico nas lixeiras e despejo de resíduos recicláveis no córrego. 33 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8. 8.1 DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CARACTERÍSTICAS, QUANTIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTO, COLETA E DESTINO FINAL 8.1.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS Trata-se da classe de resíduos provindo das atividades comerciais da área urbana do município bem como dos resíduos gerados nos domicílios. Estes resíduos são constituídos de matéria orgânica, rejeitos (lixo de banheiro) e resíduos recicláveis. A tabela a seguir demonstra a quantidade de resíduos que foi enviada ao aterro, resíduos recicláveis que foi comercializado pela CORPE (Cooperativa dos Recicladores de Penápolis), além dos rejeitos gerados na triagem dos resíduos recicláveis. Tabela 05 – Quantidade de resíduos sólidos comerciais e domiciliares por categoria (2013) Resíduos Enviados ao Resíduos Aterro Sanitário - coleta Recicláveis Total no Mês domiciliar e comercial (kg) (kg) mês Janeiro 1.108.140 95.840 1.203.980 Fevereiro 937.680 88.700 1.026.380 Março 934.972 100.940 1.035.912 Abril 977.066 161.955 1.139.021 Maio 977.540 133.840 1.111.380 Junho 968.295 150.730 1.119.025 Julho 1.032.810 121.230 1.154.040 Agosto 1.108.504 124.780 1.233.284 Setembro 1.138.260 111.780 1.250.040 Outubro 1.020.130 110.290 1.130.420 Novembro 1.135.810 114.620 1.250.430 Dezembro 1.213.140 287.284 1.500.424 TOTAL 12.552.347 1.601.989 14.154.336 Fonte: DAEP (2013) 34 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Portanto, em 2013, foram gerados 14.154.336 Kg de resíduos sólidos domiciliares e comerciais, considerando a população de 58.510 habitantes (IBGE, 2010), tem-se uma geração per capita de 0,663 Kg/hab/dia. O acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais é realizado de forma individual, normalmente em compartimentos elevados em frente às casas e em outros casos, os sacos são dispostos junto ao passeio. As figuras a seguir demonstram tal situação. Figura 07 – Formas de acondicionamento dos resíduos sólidos comerciais e domiciliares. Fonte: Trabalho de campo (2014). 35 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 08 – Formas de acondicionamento dos resíduos sólidos comerciais e domiciliares. Fonte: Trabalho de campo (2014). A coleta dos resíduos domiciliares e comerciais, denominada coleta domiciliar, é realizada de forma separada dos resíduos sólidos recicláveis. A matéria orgânica e rejeitos são coletados pelo DAEP com estrutura própria (equipamentos e pessoal) três vezes por semana nos bairros e diariamente na área central conforme mapa de coleta a seguir: 36 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 37 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 09 – Mapa de coleta domiciliar do município de Penápolis. Fonte: DAEP (2013). Os coletores que fazem parte da equipe de coleta trabalham sob regime de tarefa. Os veículos utilizados na coleta dos resíduos domiciliares são do tipo caminhões compactadores, conforme é listado a seguir: Caminhão compactador Ford 14000 HD – ano/modelo 1997/1998 Caminhão compactador Ford 14000 HD – ano/modelo 1997/1998 Caminhão compactador Ford Cargo 1521 – ano/modelo 2003/2003 Caminhão compactador Ford Cargo 1722E – ano/modelo 2008/2008 Caminhão compactador Ford Cargo 1722E – ano/modelo 2008/2008 Em alguns pontos fora do perímetro urbano, o DAEP, mediante contrato dispõe caçambas estacionárias para acondicionamento e posterior coleta dos resíduos domiciliares. A coleta é realizada mediante solicitação do contratante ao DAEP que substitui a caçamba cheia pela vazia. Atualmente são 10 pontos de coleta (caçambas estacionárias) fora do perímetro urbano. A fotografia a seguir demonstra um dos pontos de acondicionamento dos resíduos fora do perímetro urbano. 38 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 10 – Caçamba para acondicionamento de resíduos fora do perímetro urbano. Fonte: Trabalho de campo (2014). Os resíduos da coleta domiciliar e comercial são encaminhados ao aterro sanitário do município. O aterro sanitário possui licença de operação emitido pela CETESB, sendo os resíduos dispostos em camadas, na célula em atividade. O aterro sanitário será melhor caracterizado em um item específico deste trabalho. A figura a seguir demonstra o patamar superior do aterro onde os resíduos estão sendo dispostos. Figura 11 – Vista do patamar superior do aterro. Fonte: Trabalho de campo (2014). 39 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos No município, existe um programa de coleta seletiva coordenado pelo DAEP em parceria com a CORPE (Cooperativa dos Recicladores de Penápolis). O DAEP realiza a distribuição de sacos plásticos diferenciadas (cor vermelha) para os munícipes que acondicionam e dispõe para a coleta que é realizada na frequência de uma vez por semana pelos cooperados. A figura a seguir demonstra tal realidade. Figura 12 – Sacos para acondicionamento dos resíduos recicláveis. Fonte: Trabalho de campo (2014). A coleta dos resíduos recicláveis é realizada por integrantes da CORPE com o auxilio de um motorista do quadro do DAEP. Os caminhões utilizados para a coleta são: 01 Ford modelo C-18 ano 1977 de propriedade do DAEP. 40 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 01 Ford modelo Cargo 1717 ano 2008 de propriedade da CORPE. A imagem a seguir demonstra o caminhão da CORPE, Ford Cargo 1717. Figura 13 – Caminhões da CORPE e coleta seletiva sendo realizada. Fonte: Trabalho de campo (2014)/ DAEP. A coleta é realizada de segunda a sexta em todo o perímetro urbano do município conforme mapa a seguir: 41 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 14 – Mapa de coleta seletiva do município de Penápolis. Fonte: DAEP (2013). 42 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Os resíduos recicláveis são encaminhados a estrutura da CORPE para triagem e comercialização. A CORPE será caracterizada em item especifico deste trabalho. As imagens a seguir demonstram a triagem dos resíduos recicláveis. Figura 15 – Vista geral da CORPE e triagem dos resíduos recicláveis. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.1.1.1 CONDOMÍNIOS DE RANCHOS E CHÁCARAS DE RECREIO Os resíduos sólidos domiciliares e comerciais são coletados também em ranchos e chácaras de recreio mediante contrato de prestação de serviços firmados entre o gerador e o DAEP. Atualmente, o DAEP recolhe os resíduos nos seguintes locais: Recanto Belvedere Recanto Bom Retiro Condomínio Moinho de Vento Chácara de Recreio Nossa Senhora Aparecida 43 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Os resíduos recolhidos nestes locais são caracterizados como domiciliares e são encaminhados ao aterro sanitário. 8.1.2 RESTOS VEGETAIS OU RESÍDUOS VERDES Segundo MMA (2012) os resíduos verdes são provenientes da manutenção de parques, áreas verdes e jardins, redes de distribuição de energia elétrica, telefone e outras. São comumente classificados em troncos, galhos finos, folhas e material de capina e desbaste. Estes resíduos tornaram-se empecilhos para vários municípios, pois os mesmos acabam por serem misturados a outros resíduos, principalmente aos resíduos da construção civil, sendo desta forma dispostos em locais não apropriados para tal fim. Segundo MMA (2012) em cidades médias e pequenas não densamente ocupadas o volume dos resíduos verdes é considerável e apresentam peso específico de 200 Kg/m3 in natura e 450 kg/m3 triturados. Os resíduos verdes, quando gerados pelos munícipes são acondicionados em frente às residências e logo coletados por carroceiros contratados pelo gerador ou enviados diretamente para os ecopontos. Estes serão caracterizados em item especifico deste trabalho. As imagens a seguir demonstram os resíduos verdes sendo transportados por carroceiros e a disposição destes em um dos ecopontos. 44 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 16 – Carroceiro coletando resíduos verdes e dispostos no ecoponto. Fonte: Trabalho de campo (2014). O DAEP recolhe os resíduos verdes dispostos nos ecopontos e encaminha para o aterro de inertes. Em 2013, o DAEP dispôs no aterro de inertes 2.571.693 Kg de resíduos verdes. Existem profissionais no município que realizam poda e jardinagem, sendo que os resíduos verdes oriundos de tais atividades são encaminhados pelos próprios aos ecopontos, quando em volumes pequenos e ao aterro de inertes, quando em volumes maiores. A parte dos resíduos verdes que segue para o pátio de compostagem é triturado por equipamento especifico para posterior montagem das leiras, passando por processo de compostagem para posterior utilização nas hortas comunitárias do município. As imagens a seguir demonstram os resíduos verdes no aterro de inertes e pátio de compostagem. 45 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 17 – Resíduos verdes dispostos no aterro de inertes. Fonte: Trabalho de campo (2014). Figura18 – Equipamento triturador de galhos e leira de compostagem. Fonte: Trabalho de campo (2014). Fica claro que seria interessante transformar a outra quantidade de resíduos verdes que foram aterrados na área de inertes em húmus, pois o município possui mais de 50 hortas comunitárias espalhadas pelo perímetro urbano e esse material seria de grande importância para o aumento da produção das hortas. 46 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8.1.3 RESÍDUOS VOLUMOSOS Estes resíduos são constituídos por peças de grandes dimensões como móveis e utensílios domésticos inservíveis (MMA, 2012). A geração destes resíduos alcançou tal magnitude, pois cada vez mais a população pode adquirir o que lhe convém, dessa forma ao invés de reformar ou consertar os utensílios de casa, acabam por substituí-los, pois muitas vezes torna-se mais viável economicamente. Segundo MMA (2012) os inventários de alguns municípios revelam a taxa de geração desta classe de resíduos na ordem de 30 Kg/habitante/ano. Se considerar este parâmetro, pode-se concluir que no município de Penápolis são geradas aproximadamente 1.750 toneladas anuais desta classe de resíduos. O ponto positivo observado na cidade, é que a maioria da população leva os resíduos volumosos até os ecopontos ou contrata um carroceiro para que faça tal atividade. As imagens a seguir demonstram alguns resíduos volumosos dispostos nos ecopontos. Figura 19 – Resíduos volumosos disposto temporariamente nos ecopontos. Fonte: Trabalho de campo (2014). 47 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos O DAEP recolhe os resíduos volumosos dispostos nos ecopontos e encaminha para o aterro de inertes. 8.1.4 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Os resíduos de serviço de saúde são aqueles resultantes de atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares (CONAMA, 2005). Resumidamente, os resíduos de serviço de saúde são divididos em grupos, da seguinte forma: Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas transfusionais, peças anatômicas, filtros de ar, gases, etc); Grupo B (químicos); Grupo C (rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfurocortantes). Segundo o MMA (2012), a observação de estabelecimentos de serviço de saúde tem demonstrado que os resíduos dos Grupos A, B, C e E são no conjunto, 25% do volume total. Os do grupo D (resíduos comuns e passíveis de reciclagem, como as embalagens) respondem por 75% do volume. Segundo a Prefeitura Municipal, o sistema de saúde compreende as redes primária, secundária e terciária, conforme é demonstrado a seguir: Rede Primária 48 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 9 Unidades Básicas 1 Pronto Socorro 1 Clínica Odontológica Serviço de Vigilância Sanitária e Epidemiológica Controle de Zoonoses Programa Saúde da Família (PSF) Rede Secundária O Consórcio Intermunicipal de Saúde (7 municípios da Comarca de Penápolis) agrega as seguinte unidades: Clínica de Especialidades Laboratório Farmácia Unidade de Saúde Mental e Oficina Abrigada de Reabilitação SAE - Serviço de Atendimento Especializado aos portadores de DST/HIV/AIDS Rede Terciária 1 Hospital (Santa Casa de Misericórdia) 1 Hospital Espírita (Psiquiatria) 1 Hospital Particular (UNIMED) Conforme a Resolução CONAMA n.º 358/2005, os empreendimentos de serviço de saúde deve elaborar e implantar seus Planos de Gerenciamentos de Resíduos de Serviço de Saúde – PGRSS. Esta ação deve ser de responsabilidade de cada gerador de resíduo, visando sempre o controle sanitário e o bem estar ambiental. Em visita a algumas destas unidades de saúde, observou-se principalmente a estrutura de acondicionamento externo dos resíduos e constatou-se que algumas atendiam o disposto nas normas vigentes enquanto outras não. As imagens a seguir demonstram 49 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos o acondicionamento externo de alguns estabelecimentos públicos de serviço de saúde. Figura 20 – Acondicionamento externo dos resíduos de serviços de saúde em estabelecimentos públicos de serviço de saúde. Fonte: Trabalho de campo (2014). Outro ponto a ser observado é a falta de cuidado na separação dos resíduos, pois segundo o DAEP, outros resíduos que não necessitam de tratamento (autoclave) estão juntos com os contaminados, causando custos adicionais e desperdícios. A coleta e destinação final dos resíduos de serviço de saúde (Grupos A e E) são realizadas pelo DAEP que conta com uma estrutura de grande qualidade para realizar50 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos tal atividade. Para a coleta, o órgão conta com um caminhão com carroceria em inox que atende a legislação e normas vigentes. O mesmo pode ser visto na imagem a seguir. Figura 21 – Caminhão coletor de resíduos de serviço de saúde. Fonte: Trabalho de campo (2014). Os resíduos de risco biológico dos grupos A e E recebem tratamento por Autoclavagem na unidade de tratamento de resíduos de serviço de saúde do DAEP localizado junto ao aterro sanitário. Após descontaminação, os resíduos são encaminhados para a destinação final no aterro sanitário. As imagens a seguir demonstram a unidade de tratamento de resíduos de serviço de saúde. 51 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 22 – Vista interna e externa da unidade de tratamento de resíduos de serviço de saúde. Fonte: Trabalho de campo (2014). Figura 23 – Autoclave. Fonte: Trabalho de campo (2014). Os resíduos do grupo B são coletados e destinados por empresas contratadas e especializadas que atendem principalmente os laboratórios do município, assim como os resíduos grupo C. A autoclave tem capacidade para descontaminar 400 Kg por dia, porém atualmente está trabalhando com 33% de sua capacidade, processando em média 52 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 4.055 Kg/mês. 8.1.4.1 FUNERÁRIAS As funerárias são classificadas como estabelecimento de serviço de saúde conforme resolução CONAMA n.º 358/2005. Os resíduos gerados em uma funerária vão desde flores e ornamentos até resíduos contaminados (roupas com sangue, materiais de limpeza do cadáver, materiais prefurocortantes contaminados, barba, cabelo e unhas) entre outros. O município conta com duas funerárias que realizam práticas de tanatopraxia. Estas não possuem contrato com o DAEP para recolhimento e destinação final de resíduos de serviços de saúde. Além do mais, a prática de tanatopraxia, que consiste na retirada de fluido corporais e sangue e introdução de líquidos conservantes através de bombas de sucção e dosadoras, gera efluente orgânico que atualmente segue sem nenhum pré-tratamento para a rede de esgoto. 8.1.5 RESÍDUOS CONSTRUÇÃO CIVIL Os RCC (resíduos da construção civil) são vistos como resíduos de baixa periculosidade, mais o impacto é causado pelo seu grande volume gerado. Contudo, nesses resíduos também há presença de material orgânico, produtos químicos, tóxicos e de embalagens diversas que podem acumular água e favorecer a proliferação de insetos e de outros vetores de doenças (KARPINSK, 2009). A resolução CONAMA n.º 307/2002 define resíduos da construção civil como os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, 53 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. A resolução classifica os resíduos da construção civil em quatro classes, sendo elas: Classe A – Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, quando inertes, destacando-se a argamassa, azulejos, pisos, concreto, porcelanatos, tijolos, solos e rochas. CLASSE B – Resíduos recicláveis ou reutilizáveis para outras destinações desde que não contaminados, destacando-se as embalagens de papelão, metálicas e plásticas, metais, plásticos, fios e madeira. CLASSE C – Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitiam a sua reciclagem ou recuperação. CLASSE D – Resíduos perigosos destacando-se os solos contaminados, lâmpadas fluorescentes, embalagens de papelão, plástica e metálica contaminadas com tintas e solventes, rolos e pincéis contaminados com tinta e materiais de cimento-amianto. A geração per capita dos resíduos da construção civil é bastante relativa e varia de acordo com o perfil do município. O crescimento no mercado da construção civil deve ser levado em consideração, pois cada vez mais há a facilidade de se conseguir crédito para construção e reforma, com isso aumenta cada vez mais a geração dos resíduos. Segundo o MMA (2012) a média estimada como geração per capita é de 520 Kg anuais, sendo que de tal geração, 75% é correspondente de pequenos e médios eventos construtivos, praticamente informais como uma pequena reforma. Se levarmos em consideração a média estimada pelo MMA, pode-se afirmar que no município de Penápolis são gerados anualmente3 0.425 T de RCC. 54 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos No município, existem cinco empresas que alugam caçambas para o acondicionamento dos resíduos da construção civil, sendo elas: Disk Entulho Depósito de Materiais de Construção Amazonas Depósito Pessin Remove Depósito do Piso Caçambas As caçambas estacionárias nem sempre são alugadas para dispor resíduos da construção civil, sendo utilizadas também para acondicionamento de resíduos oriundos da limpeza de quintais, capinação de terrenos, podas de jardim entre outros, sendo estes resíduos dispostos no aterro de inertes na Central de Resíduos. Estas empresas cobram aproximadamente R$ 60,00 para aluguel da caçamba de 3 m³ e R$ 90,00 para caçambas de 5 m³ e os resíduos, tanto da construção civil e outros citados acima, colocados em áreas publica sem nenhum tipo de cobrança, ficando a cargo do município o destino final. O grande problema com relação ao acondicionamento dos resíduos da construção civil é a falta de informação e conscientização dos geradores que acabam “misturando” todas as classes de resíduos, levando em consideração que a caçamba estacionária tecnicamente é apenas para acondicionamento dos resíduos classe A. As imagens a seguir demonstram o acondicionamento dos RCC em caçambas estacionárias. 55 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 24 – Acondicionamento dos resíduos da construção civil em caçambas estacionárias Fonte: Trabalho de campo (2014). Em algumas situações, os munícipes acabam por acondicionar os resíduos da construção civil junto ao passeio para posterior coleta por carroceiros. Este tipo de acondicionamento traz grandes inconvenientes, pois além de trazer um aspecto desagradável ao meio urbano pode causar acidentes e dificultar a passagem dos transeuntes. As imagens a seguir demonstram tal situação. 56 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 25 – Acondicionamento dos resíduos da construção civil no passeio e em vias públicas. Fonte: Trabalho de campo (2014). Os resíduos da construção civil são acondicionados no passeio até o recolhimento por carroceiros contratados pelos munícipes para levarem o entulho até os ecopontos. A imagem a seguir demonstra um carroceiro dispondo resíduos da construção civil em um dos ecopontos. 57 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 26 – Carroceiro dispondo resíduos da construção civil em um dos ecopontos. Fonte: Trabalho de campo (2014). Para os resíduos da construção civil existem dois locais de destinação final, sendo estes o aterro de inertes e o pátio de resíduos da construção civil. Ambos serão caracterizados em item específico neste trabalho. As imagens a seguir demonstram os resíduos da construção civil dispostos no aterro de inertes e no pátio de resíduos da construção civil. Figura 27 – Vista geral do pátio de resíduos da construção civil e RCC dispostos no aterro de inertes. Fonte: Trabalho de campo (2014). 58 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8.1.6 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO A água utilizada no abastecimento público do município de Penápolis é oriunda do Ribeirão Lageado. A água é captada, e o tratamento utilizado é composto por coagulação, floculação, decantação, filtração, fluoretação e desinfecção. No processo de tratamento da água, especificamente nos processos de floculação e decantação é gerado um resíduo denominado lodo. Segundo o DAEP, mensalmente são produzidos 70 m³ de lodo do sistema de abastecimento de água que são enviados para o leito de secagem conforme demonstra as imagens a seguir: Figura 28 – Vista do lodo em processo de secagem e o lodo já seco nos leitos de secagem. Fonte: Trabalho de campo (2014). O lodo, depois de desidratado segue para o aterro sanitário do município. O esgoto sanitário gerado nas residências é enviado por meio de tubulação (gravidade e recalques) para a estação de tratamento de esgoto que utiliza o sistema de lagoas de estabilização. São dois conjuntos de lagoas que contemplam lagoas anaeróbias, lagoas facultativas e lagoas de maturação. O sistema conta inicialmente com gradeamento para evitar que sólidos grosseiros adentrem as lagoas. 59 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos No tratamento do esgoto, portanto, são gerados os seguintes resíduos: Sólidos grosseiros nos recalques – nas estações de recalque, que são cinco, são gerados sólidos grosseiros, pois existe gradeamento para evitar danos às bombas. A limpeza é realizada conforme a necessidade, sendo o volume de resíduos gerados muito pequeno. Estes resíduos são embalados e enviados ao aterro sanitário. Sólidos grosseiros no gradeamento – antes do esgoto seguir para as lagoas, o mesmo passa por um sistema de gradeamento para evitar que sólidos grosseiros sigam pelo sistema. São gerados diariamente cerca de 0,4 m³ deste resíduos no sistema. Estes resíduos são embalados e enviados ao aterro sanitário. Lodo da limpeza das lagoas – As lagoas de estabilização necessitam de limpeza a cada determinado prazo, pois com o tempo acumula-se lodo no fundo das mesmas. O ultimo desassoreamento realizado nas lagoas de estabilização ocorreu em 1998, porém o DAEP pretende realizar nova limpeza em 2014. Estima-se que sejam retirados das lagoas 40.000 m3 de lodo que serão depositados no aterro sanitário que está autorizado pela CETESB a receber este resíduo. 8.1.7 RESÍDUOS DE MINERAÇÃO Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (2012), O setor mineral tem grande importância social e econômica para o país. O setor responde por 4,2 % do PIB e 20% das exportações brasileiras, e produz cerca de 80 substâncias minerais não energéticas. Na atividade de mineração, grandes volumes e massas de materiais são extraídos e movimentados, e existem dois tipos principais de resíduos sólidos: os estéreis e os rejeitos. Os estéreis são os materiais escavados, gerados pelas atividades de extração (ou lavra) no decapeamento da mina, não tem valor econômico e ficam geralmente dispostos em pilhas. Os rejeitos são resíduos resultantes dos processos 60 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de beneficiamento a que são submetidas às substâncias minerais. Existem ainda outros resíduos, constituídos por um conjunto bastante diverso de materiais, tais como efluentes do tratamento gerados nas plantas de mineração, carcaças de baterias e pneus utilizados pela frota de veículos, provenientes da operação das plantas de extração e de beneficiamento das substâncias minerais. É difícil quantificar o volume de resíduos sólidos gerados pela atividade de mineração, por conta da diversidade das operações e tecnologias utilizadas no processo de extração e beneficiamento dos minerais. Sabe-se que constituem entre 70% e 80% da massa de resíduos sólidos geradas pela atividade de mineração (IPEA, 2012). Segundo o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) existem áreas requeridas para mineração no município de Penápolis. As substâncias requeridas para exploração são principalmente argila para cerâmica vermelha e areia. Existe um requerimento também para exploração de ouro (DNPM, 2014). A imagem a seguir demonstra as áreas requeridas para exploração em forma de poligonais. 61 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 29 – Mapa com os processos minerários do município de Penápolis. Fonte: SIGMINE (2014). O município de Penápolis não recebe em seu sistema resíduos de mineração. 8.1.8 RESÍDUOS AGROSILVOPASTORIS O Brasil se destaca na produção agrícola, sendo este um dos setores econômicos mais estratégicos para a consolidação do programa de estabilização da economia. Desta forma, surgiu um novo segmento industrial, responsável pelo processamento da produção primária de alimentos, a chamada agroindústria (Ipea, 2012). 62 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Um dos problemas atuais na agricultura e agroindústria associada é a pouca preocupação do setor em geral em relação à geração de resíduos e seu posterior destino ou tratamento. Reduzir, reciclar, ou reaproveitar os resíduos gerados com o objetivo de recuperar a matéria e energia objetivam fundamentalmente preservar os recursos naturais e evitar a degradação ambiental (Ipea, 2012). A produção agrícola predominante no município de Penápolis é a cana-deaçúcar. Segundo IBGE (2012) a área de cultivo de cana-de-açúcar em Penápolis é de 37.869 ha que representa 53,27% do território do município. A tabela a seguir demonstra os principais cultivos e suas respectivas áreas. Tabela 06 – Tipos de cultura em Penápolis e área de cultivo Tipo de Cultura Cana-de-açúcar Café Amendoim Milho Soja Tomate Área de Cultivo (IBGE, 2012) 37.869 ha 230 ha 720 ha 250 ha 350 ha 75 ha Fonte: IBGE (2012). Na transformação da cana em produtos, são produzidos resíduos como bagaço, vinhaça, torta de filtro (resíduos da filtragem da cana) e a cinza do bagaço, produzida pela queima deste. Segundo o IPEA (2012), para cada tonelada de cana moída ou esmagada, são obtidos em média 120 kg de açúcar, 14 litros de álcool, ou 80 litros de álcool, quando se trata de destilarias. E quanto aos resíduos são produzidos de 100 a 400 kg de torta de filtro, 800 a 1 mil litros de vinhaça e 260 kg de bagaço de cana. Após a destilação fracionada do caldo da cana-de-açúcar, é gerado um resíduo pastoso denominado de vinhaça ou vinhoto. Está instalada no município, a usina de processamento de cana-de-açúcar63 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Clealco. Desde dezembro de 2013 a usina está sendo operacionalizada pelo grupo Clealco que tem capacidade de processar 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Assim como qualquer outra indústria, a usina deverá contar com Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos caso não tenha. Em relação à pecuária, merece destaque no município, a criação de bovinos (20.794 cabeças), suínos (2.400 cabeças) e ovinos (1.000 cabeças) (IBGE, 2012). Os resíduos que mais preocupam com relação a pecuária, é quando a mesma é de confinamento, pois acumula-se todos os dejetos (esterco + urina) dos animais, que precisam passar por tratamento adequado. O DAEP não recebe nenhum tipo de resíduos de pecuária, sendo as vezes necessário dispor no aterro sanitário (local para animais mortos) animais mortos vindos de propriedades ou que foram atropelados em rodovias. 8.1.9 RESÍDUOS DE CEMITÉRIOS Cemitérios são lugares onde são sepultados os cadáveres, considerados lugares de práticas religiosas. O município de Penápolis possui 02 cemitérios, ambos gerenciados pelo poder público (Prefeitura Municipal).´ O cemitério antigo (Necrópole Santa Cruz) encontra-se praticamente sem espaços para sepultamentos e funciona com o sistema de jazigos verticais. O novo cemitério (Jardim da Paz) funciona em sistema de cemitério parque. O mapa a seguir demonstra a localização dos dois cemitérios. 64 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 30 – Localização dos cemitérios em Penápolis. Fonte: Google Earth adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). Ambos os cemitérios possuem funcionários que realizam a limpeza geral das estruturas. O cemitério Necrópole Santa Cruz possui ossario, local para queima de velas e local para acondicionamento dos resíduos sólidos. As imagens a seguir demonstram tal realidade. 65 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 31 – Estruturas do cemitério Necrópole Santa Cruz. Fonte: Trabalho de campo (2014). Os resíduos gerados no cemitério (restos de caixões, resíduos da construção civil, flores, vasos, galhos, folhas, etc) são acondicionados em uma caçamba estacionária fornecida pelo DAEP para posterior envio ao aterro de inertes. O cemitério Jardim da Paz possui local específico para queima de velas, sendo expressamente proibido a queima de velas e colocação de arranjos e vasos nos locais de sepultamento (este ocorre apenas no momento do sepultamento, sendo retirado 66 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no dia posterior). No local, o DAEP mantém também uma caçamba estacionária para acondicionamento de resíduos (corte de grama, folhas, vasos e flores). As imagens a seguir demonstram a situação do cemitério. Figura 32 – Situação do cemitério Jardim da Paz. Fonte: Trabalho de campo (2014). Salienta-se que ambos os cemitérios não possuem Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Tais planos seriam essenciais para que cada cemitério pudesse realizar a gestão adequada dos resíduos, desde o acondicionamento até o destino final. 67 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8.1.10 RESÍDUOS: ÓLEO DE COZINHA Integrante fundamental das cozinhas, o óleo de cozinha causa grandes malefícios ao meio ambiente pela difícil degradabilidade e alto poder de contaminação. Após consumo, sua disposição final inadequada gera vários problemas como incrustações nas tubulações onde passam, aumento da pressão nas tubulações, prejudicam as estações de tratamento de esgoto e as comunidades aquáticas, causa obstrução dos interstícios do solo e desperdício, pois é um excelente subproduto para a cadeia produtiva (PGIROC, 2009). No município de Penápolis a coleta do óleo de cozinha é realizada pela CORPE. A coleta é efetuada no momento da coleta dos resíduos recicláveis. Cada munícipe acondiciona o óleo em garrafas pet e dispõe para a coleta junto com o “saco vermelho” nos dias de coleta de material reciclável. Após coletado, o óleo é acondicionado em um tanque existente na estrutura da CORPE o qual é vendido mensalmente. As imagens a seguir demonstram o local de acondicionamento do óleo de cozinha até a sua comercialização. Figura 33 – Óleo de cozinha coletado pela CORPE. Fonte: Trabalho de campo (2014). 68 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2012), a geração de óleo de cozinha é de 0,1 a 0,5 litros mensais por família das Classes A e B e 1 a 1,5 litros mensais por família das Classes C e D. No ano de 2012 a CORPE recolheu 6.972,80 litros de óleo de cozinha e em 2013 3.690,50 litros, arrecadando valores consideráveis conforme demonstra tabela a seguir: Tabela 07 – Quantidade de óleo de cozinha coletado e valores comercializados em 2012 e 2013 Coletado em litros (2012) Arrecadado com a comercialização (R$) - 2012 Coletado em litros (2013) 600,00 - Arrecadado com a comercialização (R$) 2013 Jan 1.000,00 Fev 465,80 279,50 740,00 533,00 Mar 500,00 300,00 280,00 168,00 Abr 500,00 300,00 417,40 292,15 Mai 998,50 798,80 200,00 140,00 Jun 500,00 350,00 300,00 210,00 Jul 872,50 610,75 - Ago 1.000,00 700,00 Set 1.000,00 570,00 - Out 136,00 136,00 - 350,00 245,00 - 600,00 360,00 Nov - 500,00 400 Dez - 303,10 303,10 3.690,50 2651,25 TOTAL 6.972,80 4.645,05 Fonte: CORPE (2014). 8.1.11 RESÍDUOS INDUSTRIAIS Resíduos industriais são aqueles originados nas atividades dos diversos ramos 69 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da indústria. Os resíduos são bastante variados, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papéis madeiras, fibras, borrachas, metais, escorias, vidros e cerâmicas, etc. (IPT/CEMPTRE, 2010) Os resíduos industriais são bastante diversificados e foram disciplinados, anteriormente à Política Nacional de Resíduos Sólidos, pela Resolução CONAMA n.º 313/2002. A partir da sua edição os seguintes setores industriais devem enviar registros para composição do Inventário Nacional de Resíduos Industriais: indústrias de preparação de couro e fabricação de artefatos de couro, fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustível nucleares e produção de álcool, fabricação de produtos químicos, metalurgia básica, fabricação de produtos de metal, fabricação de maquinas e equipamentos, máquinas para escritório e equipamentos de informática, fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias e fabricação de outros equipamentos de transporte (MMA, 2012). O DAEP possui contrato com várias indústrias para recebimento de resíduos classe II – B conforme NBR 10004/2004. As indústrias instaladas em Penápolis tem direito a coleta de forma gratuita a 400 litros ou 02 tambores de resíduos por coleta, pagando somente o excedente conforme Lei Municipal n.º 2000/1989. Essas indústrias não apresentaram Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ou às vezes nem possuem. O plano de cada empresa seria algo crucial para que o DAEP tivesse o controle qualitativo e quantitativo dos resíduos gerados no município. Em algumas situações, o DAEP fornece uma caçamba estacionária para acondicionamento dos resíduos industriais e em outras situações, o acondicionamento é realizado por meio de tambores. Os resíduos não são separados, onde muitas vezes resíduos classe I (materiais contaminados com óleo e graxa) são acondicionados juntamente com outros e acabam destinados no aterro de inertes. O transporte é realizado tanto pelo DAEP quanto pela empresa geradora dos resíduos, que depende do acordo firmado em contrato. 70 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8.1.12 RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado (2010), os resíduos públicos são aqueles originados nos serviços de: limpeza pública urbana, como os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, limpeza de galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores, etc. Segundo a FUNASA (2003) a quantidade de resíduos de varrição varia de 0,85 a 1,26 m3 diários por Km varrido. Os resíduos de varrição são constituídos por materiais de pequenas dimensões, principalmente os carreados pelo ventou ou oriundos da presença humana nos espaços urbanos. É comum a presença de areia e terra, folhas, pequenas embalagens e pedaços de madeira, fezes de animais, etc (MMA, 2012). No município de Penápolis a varrição de vias é realizada de forma manual e de forma mecanizada, conforme tabela a seguir: 71 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 08 – Frequência e locais de varrição no município de Penápolis (ver mapa a seguir) Fonte: DAEP (2013). 72 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 34 – Mapa de varrição de Penápolis. Fonte: DAEP 73 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos A varrição manual é realizada atualmente por 34 varredores, enquanto a varrição mecanizada é realizada por um caminhão FORD 1722E conforme demonstra as imagens a seguir: Figura 35 – Varredor realizando seu trabalho e equipamento de varrição do DAEP. Fonte: Trabalho de campo (2014). Os varredores trabalham devidamente uniformizados como todos os EPIs necessários para a realização da atividade com segurança. Além disso, levam equipamentos apropriados em polietileno, vassourão de fibra sintética com cabo de madeira (pinus) e pá em chapa de metal. O horário da varrição manual é das 07:00 as 13:00 h, não existindo expediente na parte da tarde. Os novos bairros não estão sendo atendidos com a varrição, pois a equipe existente é insuficiente para atender o município por completo. Os resíduos provindos da varrição de vias públicas representaram em 2012 uma média de 190.952 Kg e 125.613 Kg em 2013, conforme demonstra a tabela a seguir: 74 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 09 – Quantidade de resíduos de varrição nos anos de 2012 e 2013. MÊS 2013 JAN 200.170 205.210 FEV 180.190 186.680 MAR 146.560 210.570 ABR 193.043 158.150 MAI 198.790 156.660 JUN 142.870 147.034 JUL 70.090 176.730 AGO 158.250 256.120 SET 51.890 227.270 OUT 49.870 213.630 NOV 53.980 181.600 61.650 171.774 DEZ TOTAL MÉDIA MENSAL 2012 1.507.353 2.291.428 125.613 190.952 Fonte: DAEP Os resíduos são acondicionados em sacos plásticos pretos (1,10 x 0,90 m) e são coletados pela própria equipe de coleta de lixo regular e enviados ao aterro sanitário. 8.1.12.1 LIXEIRAS O município conta com 79 lixeiras espalhadas principalmente no centro do perímetro urbano, parques e praças. A tabela a seguir demonstra a localização de cada lixeira. 75 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 10 – Localização das lixeiras no município de Penápolis. Fonte: DAEP As lixeiras são esvaziadas na ocasião da varrição da rua onde a mesma se encontra. 8.1.13 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE Segundo MMA (2012) os resíduos dos serviços de transporte são aqueles gerados em atividades de transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário, inclusive os oriundos das instalações de trânsito de usuários como as rodoviárias, os portos, aeroportos e passagens de fronteira. São tidos como resíduos capazes de veicular doenças entre cidades, estados e países. São citados entre estes resíduos: resíduos orgânicos provenientes de cozinhas, refeitórios e serviços de bordo, sucatas e 76 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos embalagens em geral, material de escritório, resíduos infectantes, resíduos químicos, cargas em perdimento, apreendidas ou mal acondicionadas, lâmpadas, pilhas e baterias, resíduos contaminados de óleo, e os resíduos de atividades de manutenção dos meios de transporte. As estruturas de transporte existentes no município são a qual existe circulação de pessoas, as quais são: rodoviária municipal e aeroporto estadual. A rodoviária está situada na Av. Maria Chica e conta com duas lanchonetes, um bar, duas lojas de equipamentos, uma lotérica, um salão de cabelereiro, seis guichês de empresas de ônibus e terminal de coletivo. Possui estrutura básica com lixeiras simples, sem local adequado para acondicionamento do lixo para posterior recolhimento pelo DAEP e não possui plano de gerenciamento de resíduos sólidos. As imagens a seguir demonstram tal situação. Figura 36 – Lixeira e local de acondicionamento dos resíduos até a coleta na rodoviária. Fonte: Trabalho de campo (2014). O aeroporto Dr. Ramalho Franco, localizado na Estrada Vereador Kemil Hayal, 77 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos s/nº, é administrado pelo DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). Trata-se de um aeroporto de pequeno porte que não possui Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, instrumento imprescindível para esta classe de empreendimento. O DAEP recolhe os resíduos gerados no aeroporto. Tabela 11 – Aeroportos administrados pelo DAESP que possuem ou não PGRS. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Aeroporto Administrado pelo DAESP Aeroporto dos Amarais Aeroporto de Andradina Aeroporto de Araçatuba Aeroporto de Araraquara Aeroporto de Assis Aeroporto de Avaré-Arandu Aeroporto de Barretos Aeroporto de Bauru-Arealva Aeroporto de Botucatu Aeroporto de Bragança Paulista Aeroporto de Dracena Aeroporto de Franca Aeroporto de Itanhaém Aeroporto de Jundiaí Aeroporto de Lins Aeroporto de Marília Aeroporto de Ourinhos Aeroporto de Penápolis Aeroporto de Piracicaba Aeroporto de Presidente Epitácio Aeroporto de Presidente Prudente Aeroporto de Registro Aeroporto Leite Lopes Aeroporto de São Carlos Aeroporto de São José do Rio Preto Aeroporto de São Manuel Aeroporto de Sorocaba Aeroporto de Tupã Aeroporto de Ubatuba Aeroporto de Votuporanga Possui PGRS Sim Não Sim Sim Não Não Não Sim Não Sim Não Sim Sim Sim Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não Sim Não Sim Não Sim Sim Fonte: DAESP* *A base de dados de quem possui ou não PGRS baseou-se nas licitações que o DAESP realizou em 2013 visando à contratação de empresa para a elaboração dos planos. O perímetro urbano do município é cortado pela Estrada de Ferro Noroeste do 78 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Brasil. Possui uma estação desativada sendo que os trens são apenas de cargas. A imagem a seguir demonstra a ferrovia com relação ao perímetro urbano da cidade. Figura 37 – Detalhe da linha férrea que corta o perímetro urbano de Penápolis. Fonte: Google Earth adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). O inconveniente com relação à linha férrea é a sua faixa de domínio que é devidamente cercada. Muito moradores acabam por destinar nesta área, resíduos da construção civil e até resíduos domiciliares. Salienta-se também que a empresa 79 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos responsável pela linha férrea não faz a manutenção do local com a freqüência necessária (roçada) deixando um aspecto desagradável. As imagens a seguir demonstram tal situação. Figura 38 – Lixo e situação da vegetação na faixa de domínio da linha férrea. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.1.14 ANIMAIS MORTOS O DAEP atende a população de Penápolis com o serviço de coleta de animais mortos. É um serviço gratuito que recolhe, transporta e destina os animais mortos de 80 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos modo que evite que estes sejam colocados em locais inadequados (fundos de vale, lotes vazios, caçambas estacionárias, córregos, rios, etc). O serviço é realizado por dois funcionários (motorista e coletor) que se deslocam até a residência para coletar o animal morto conforme solicitação feita pelo munícipe. O veículo coletor é o mesmo utilizado para coleta de resíduos de serviço de saúde, porém, em compartimento separado. Em média, são recolhidos 329 animais mortos por mês para disposição final. A disposição final é realizada em uma área específica dentro do aterro sanitário. Este serviço está previsto na licença ambiental de operação do aterro sanitário. São escavadas valas e os animais ali são colocados e na sequência cobertos com cal. As imagens a seguir demonstram o local de disposição final dos animais mortos. Figura 39 – Vala para disposição final de animais nas dependências do aterro sanitário. Fonte: Trabalho de campo (2014). Para a destinação final, não existe separação de animais que tenham morrido 81 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos por doenças infectocontagiosas, que teriam que ser descontaminados antes de serem enterrados. Recentemente, a CETESB fez tal exigência, onde o DAEP junto com a vigilância sanitário do município tem buscado a solução para tais situações. Quando morrem animais de grande porte no interior (cavalos, vacas, etc), o DAEP disponibiliza retro escavadeira e operador para que o animal seja enterrado na propriedade. 8.1.14.1 MATADOURO MUNICIPAL No município, existe um matadouro municipal onde são abatidos bovinos. Para o controle de qualidade do abate, assim que o animal chega no matadouro são realizados exames para garantir que animais doentes não sejam consumidos posteriormente. Quando constatado que o animal (bovino) está em desconformidade apresentado doenças (brucelose, tuberculose, etc) este é sacrificado e enviado para o aterro sanitário para disposição final (local para animais mortos). O efluente do processo produtivo (sangue) é enviado para a rede coletora de esgoto do DAEP. 8.1.15 RESÍDUOS DAS HORTAS COMUNITÁRIAS Conforme já mencionado, no perímetro urbano do município de Penápolis, existem mais de 50 hortas comunitárias onde a população pode cultivar frutas, verduras e legumes para consumo. Os resíduos gerados nestes locais se caracterizam por restos vegetais e outros derivados da limpeza do local e dos canteiros. Tais resíduos são acondicionados do lado de fora das hortas, porém, outros munícipes acabam utilizando o local para acondicionamento de outros resíduos, caracterizando muitas vezes, pontos viciados de disposição. As imagens a seguir demonstram tal situação. 82 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 40 – Resíduos acondicionados no passeio oriundo das hortas comunitárias Fonte: Trabalho de campo (2014). A Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente realiza o recolhimento destes resíduos conforme demanda e os encaminha para o aterro de inertes. 8.1.16 RESÍDUOS DA FEIRA LIVRE E BARRACÃO DO PRODUTOR Os resíduos das feiras livres são equiparados aos resíduos sólidos domiciliares e comerciais. Segundo VAZ et. al (2003) geralmente feiras livres se caracterizam pela produção permanete dos seus resíduos sólidos nos seus setores de venda (hortifrutigranjeiros, carnes cereais, artesanatos, etc) e que são gerados desde a recepção e organização dos alimentos nas barracas e/ou chão pelos feirantes até o consumidor que por vezes, se rende ao consumo de alimentos (comidas variadas, frutas, sorvetes, etc) transformando-se em gerador. Existe ponto específico no município de Penápolis onde é realizada feira livre nas quintas-feiras e domingos (Av Rui Barbosa ao lado do antigo terminal ferroviário). No mesmo local, existe uma estrutura denominada barracão do produtor onde diariamente são comercializados diversos produtos e artesanatos dos produtores familiares do 83 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos município. As imagens a seguir demonstram tal situação. Figura 41 – Vista do local designado para feira livre e do barracão do produtor Fonte: Trabalho de campo (2014). Os resíduos gerados nestes locais são acondicionados pelos comerciantes em sacos pretos fornecidos pelo DAEP e colocados para coleta de resíduos sólidos junto ao passeio conforme imagem a seguir. Figura 42 – Vista dos resíduos da feira dispostos para a coleta junto ao passeio. Fonte: Trabalho de campo (2014). 84 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Não existe nenhuma estimativa com relação a quantidade destes resíduos, pois o mesmo é coletado juntamente com os domiciliares e comerciais. 8.1.17 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n.º 12305/2010) alguns produtos devem sofrer a logística reversa mediante retorno do produto ou embalagem, de forma independente do serviço público de limpeza urbana. A logística deve ser realizada pelos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos seus resíduos e embalagens, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes seus resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, mercúrio e luz mista e produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 8.1.17.1 PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS Os resíduos eletroeletrônicos, segundo estimativas da Fundação Estadual de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais – FEAM (2009) são gerados a uma média nacional per capita anual de 2,6 Kg. Se levarmos esta geração per capita para a realidade do município, pode-se chegar a uma estimativa de geração de 152.126Kg anual. A CORPE realiza atualmente a coleta dos resíduos eletroeletrônicos. Estes são acondicionados junto aos recicláveis ou levados até a estrutura da COPRE, lá estes resíduos são desmontados e triados, ou seja, separados o plástico, a fiação e as placas que são comercializados. As imagens a seguir demonstram os resíduos eletrônicos sendo demonstrados e separados. 85 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 43 – Resíduos eletroeletrônicos sendo desmontados e já separados. Fonte: Trabalho de campo (2014). O inconveniente desta triagem é que são gerados também resíduos que não podem ser comercializados, o que é exemplo dos tubos de imagem. Os tubos de imagem (televisores e monitores) contêm altos índices de chumbo e fósforo, o que caracteriza tal resíduo como perigosos conforme NBR 10004/2004. 8.1.17.2 PNEUS O pneu apresenta uma estrutura complexa, formada por diversos materiais, como: borracha, aço, tecido de nylon ou poliéster (IPT/CEMPRE, 2010). A estimativa de geração per capita segundo o IBAMA (2011) é de 2,9 Kg anuais. O DAEP possui um barracão que recebe pneus de outros 11 municípios próximos a Penápolis. O barracão foi construído em 2010, tem 650 m2 e os pneus ficam ali acondicionados até serem recolhidos pela Reciclanip. A imagem a seguir demonstra o barracão de pneus. 86 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 44 – Barracão de pneus (à esquerda) e ao fundo o barracão da CORPE. Fonte: DAEP (2014). A Reciclanip é uma associação formada pelos fabricantes Dunlop, Bridgestone, Continental, Goodyear, Michelin e Pirelli que realizam a coleta de pneus inservíveis em várias partes do Brasil, que são triturados e reutilizados ou reciclados em formas de produtos de borracha No município, os pneus são recolhidos semanalmente pelo DAEP em alguns empreendimentos que optem por tal situação a partir da cobrança pelo serviço, porém, estes tem opção de levar os resíduos pneumáticos até o barracão por conta própria e sem custos, tendo apenas que acondicioná-los de forma organizada. Tabela 12 – Cadastro das empresas onde o DAEP recolhe pneus Nome / empresa NELSON LAZARI PEDRO NABARRETE MARTOS SERGIO AP.FRANCISCON TARCISIO TRIDAPALI E OUTROS ELETROCAR BAT.AUTO ELETRICA LTDA IVANDIR ANTONIO LOPES MEYRE LUZIA C.L.BAFILE-ME JOSE AIRTON GALANTE E OUTR ANTONIO JOSE DE OLIVEIRA ODILON ALVES B. NETO Endereço Av. Rui Barbosa, 106 R. Dr. Mario Sabino, 350 Rua Brasil, 227 R. Dr. Mario Sabino, 1143 Av.Leandro R. Medeiros, 861 Av.Leandro R. Medeiros, 851 Av.Leandro R. Medeiros, 418-B Av. Alayde Ferraz de Almeida, 630 Av.Joao Antonio de Castilho, 370 Av. Mato Grosso, 641 TIPO PNEU P.Porte- Bicicl. P.Porte- Bicicl. P.Porte- Bicicl. P.Porte- Bicicl. M.Porte-Carro M.Porte-Carro M.Porte-Carro M.Porte-Carro M.Porte-Carro M.Porte-Carro 87 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos JOSE LUIZ P.DOS SANTOS WILSON YASUO ICERI ADILSON LOPES CASTILHO ADEVAIR CHIODEROLI PENAPOLIS-ME Av. Guilherme Lang, 870 Rua Augusto P. Moraes, 658 AV. Santa Leonor, 89 - Fundos Est. Irmãos Buranello, 940 – sala 2 G.Porte-Camin M.Porte-Carro M.Porte-carro G.Porte-Camin Fonte: DAEP (2014) Como o barracão é utilizado por 12 municípios, tem-se uma grande quantidade de pneus inservíveis que ali são armazenados anualmente. A tabela a seguir demonstra quais os municípios que acondicionam os pneus no barracão em Penápolis, bem como a população de cada município. Tabela 13 – Municípios com parceria no acondicionamento de pneus inservíveis. MUNICÍPIO STO ANTÔNIO DO ARACANGUÁ AURIFLAMA BARBOSA BILAC COROADOS ALTO ALEGRE GLICÉRIO ITAPURA AVANHANDAVA ADOLFO BREJO ALEGRE PENÁPOLIS TOTAL POPULAÇÃO IBGE (2010) 7.626 14.202 6.593 7.048 5.238 4.102 4.565 4.357 11.310 3.557 2.573 58.510 129.681 Fonte: IBGE (2010) Se levarmos em consideração a estimativa de produção per capita citada acima por IBAMA (2011) de 2,9 Kg/hab/ano para a população de 129.681 pessoas, tem-se um total anual de 376.074 Kg de pneus inservíveis. Segundo o DAEP, em 2013 foram acondicionados no barracão 457.804 Kg de pneus inservíveis, ou seja, 3,53 Kg/hab/ano. O gráfico a seguir demonstra a 88 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos quantidade de pneus acondicionados no barracão em 2011, 2012 e 2013. Figura 45 – Quantidade de pneus inservíveis acondicionados no barracão em 2011, 2012 e 2013. Fonte: DAEP (2014). A Reciclanip, responsável pelo destino final dos resíduos de pneus, faz o recolhimento até três vezes por mês, onde o carregamento dos caminhões fica a cargo do DAEP. 8.1.17.3 PILHAS E BATERIAS Quando se fala em pilhas e baterias, tem que se pensar nas diversas classes que estas representam. As pilhas e baterias estão presentes no nosso dia-a-dia, praticamente em todos os aparelhos eletrônicos (notebooks, celulares, câmeras digitais, etc) e em nossos veículos (baterias de chumbo). A quantidade de geração de pilhas e baterias, segundo a Associação Brasileira 89 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) citado por TRIGUEIRO (2006), é de 4,34 pilhas e 0,09 baterias per capita anual. A partir de tal média, pode-se chegar a uma geração estimada de 253.933 pilhas e 5.265 baterias anuais no município. O DAEP possui um programa de recolhimento de pilhas através de pontos de entrega espalhados pelo município. São 22 pontos nos seguintes locais: Escritório do DAEP Supermercado Avenida Supermercado Pevi Supermercado Vilage Shopping Center Prefeitura Supermercado Eldorado Supermercado Econômico (Tóquio) Supermercado São Cristóvão Fórum Supermercado Cortez – Redepas FUNEPE Supermercado Tubiatan Supermercado Luzitana Supermercado Big Mart (entrada do Village) Supermercado (próximo a prefeitura) Depósito Paredão Depósito Avenida Unifardas Teletusa Colégio Futuro Kin Calçados 90 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos As imagens a seguir demonstram dois pontos de entrega de pilhas e baterias em supermercados. Figura 46 – Pontos de entrega de pilhas. Fonte: Trabalho de campo (2014). Nota-se pelas fotografias, que os munícipes têm colocado também lâmpadas fluorescentes nos compartimentos de acrílico específicos para baterias. As pilhas e baterias estão sendo acondicionadas em um espaço separado no interior do barracão de acondicionamento de pneus. Esta ação demonstra a preocupação do DAEP com relação à disposição final adequada de pilhas e baterias, porém, ao assumir tal responsabilidade, o órgão gestor da limpeza pública conflita a lei 12.305/2010 no que diz respeito ao resíduos passíveis de logística reversa. As baterias veiculares não tem sido problema no município, pois de algum tempo pra cá os comerciantes tem recolhido as baterias usadas, pois estas têm valor financeiro na compra de uma nova que por sua vez são repassadas as fábricas. 8.1.17.4 LÂMPADAS FLUORESCENTES 91 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Também conhecidas com lâmpadas de descarga de gases, estas contem substâncias nocivas ao meio ambiente e a saúde, como metais pesados, onde se sobressai o mercúrio metálico (IPT/CEMPRE, 2010). Segundo MANSOR (2010) são descartados em média no Brasil 4 lâmpadas fluorescentes por domicílio anual. Considerando o número de domicílios do município segundo IBGE (2010) de 18.921 tem-se um descarte anual de 75.684 lâmpadas fluorescentes. Além de considerar o descarte de lâmpadas fluorescente por domicílio devem ser levadas em conta as lâmpadas de vapor de sódio utilizadas na iluminação pública. O município tem tido diversos problemas com relação a estes resíduos, onde primeiramente os comerciantes, por falta de acordos setoriais com os fabricantes e importadores, não recebem as lâmpadas queimadas. Parte da população, sabendo dos riscos de descarte inadequado das lâmpadas fluorescentes, não a mistura com outros resíduos, porém acaba deixando-as nos portões dos ecopontos durante a noite, na porta dos comerciantes (que vendem lâmpadas) e nos pontos de entrega de pilhas. As imagens a seguir demonstram as lâmpadas fluorescentes acondicionadas nos ecopontos. Figura 47 – Lâmpadas acondicionadas nos ecopontos. Fonte: Trabalho de campo (2014). 92 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Portanto, o DAEP tem recolhido as lâmpadas dispostas nestes locais, pois como órgão público de saneamento básico não pode simplesmente ignorar tal situação que põe em risco o meio ambiente e a saúde da população. As lâmpadas estão acondicionadas de forma separada no barracão de pneus em prateleiras para evitar quebra e contaminação do ambiente. 8.1.17.5 ÓLEOS LUBRIFICANTES, SEUS RESÍDUOS E EMBALAGENS Com relação ao óleo lubrificante, seus resíduos e embalagens pouco pode - se afirmar com relação à quantidade gerada, porém, pode-se indicar que os geradores são basicamente oficinas mecânicas e postos de combustíveis, que além de descartar as embalagens de óleo, geram estopas, serragem, papéis, panos e filtros de óleo. Verificou-se a existência de embalagens de óleo e resíduos de oficina no aterro de inertes, conforme imagens a seguir: Figura 48 – Embalagens de óleo e resíduos de oficina dispostos no aterro de inertes. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.1.17.6 EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS O Brasil é um dos países que mais dá destino correto às embalagens de93 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos agrotóxicos. Em 2012, segundo o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) 94% das embalagens primárias de defensivos agrícolas (aquelas que entram em contato direto com o produto) foram retiradas do campo e enviadas para a destinação ambientalmente correta – um percentual muito acima da média mundial. A Lei n 9.974/2000, disciplina a correta destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos e distribuem responsabilidades para o agricultor, comerciante, fabricante e poder público. Desta forma as embalagens vazias de agrotóxicos, devem ser devolvidas conforme a Lei, contribuindo desta forma para a preservação da saúde humana e do meio ambiente (ARIAS, 2014). No município, existem 10 empresas que comercializam insumos agrícolas e defensivos agrícolas, porém as empresas não estão recebendo as embalagens de agrotóxicos pós uso. Os agricultores estão acondicionando suas embalagens em seus galpões após realizar a tríplice lavagem. O posto de recebimento de embalagens de agrotóxicos mais próximo fica em Bilac – SP, a 60 Km de Penápolis. Este posto de recebimento é de responsabilidade da ARIAN (Associação dos Revendedores de Insumos Agrícolas do Noroeste). A imagem a seguir demonstra a estrutura do posto de recebimento de Bilac. Figura 49 – Posto de recebimento de embalagens de agrotóxicos em Bilac – SP. 94 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Fonte: http://www.camda.com.br/site/p_embalagens.php 8.1.18 GRANDES GERADORES A partir da revisão da logística da coleta de resíduos sólidos do município realizada em 2013, adotou-se a terminologia de grandes geradores. Segundo a Lei Municipal n.º 460/1995, a coleta regular abrange esta categoria de gerador. “Art. 3º - Os serviços municipais de limpeza pública compreendem a execução das seguintes atividades: I – a coleta regular de: a) lixos provenientes das atividades domésticas; b) lixos originários de feiras livres, cemitérios, mercados municipais, recintos de exposição, edifícios de uso público em geral; c) lixos provenientes de atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços, até 400 litros acondicionados em recipientes de capacidade não superior a 100 litros; d) animais mortos de pequeno porte; e) resíduos resultantes da varrição dos passeios públicos. Os grandes geradores são caracterizados pelos dias de coleta nas tabelas a seguir: 95 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 14 – Relação dos grandes geradores atendidos pelo DAEP – terça e quinta feira/tarde 96 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 15 – Relação dos grandes geradores atendidos pelo DAEP – segunda, quarta e sexta-feira/manhã 97 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 16 – Relação dos grandes geradores atendidos pelo DAEP – segunda, quarta e sexta-feira/tarde 98 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 17 – Relação dos grandes geradores atendidos pelo DAEP – terça e quinta feira/manhã 99 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Esses “grandes geradores” produzem resíduos das mais diversas categorias que necessitariam ser separados, alguns coletados inclusive por empresas especializadas e seguir para tratamento e disposição final adequados. 8.1.19 RESÍDUOS DE EVENTOS No município, existem dois locais para realização de eventos e instalações de parques e circos. Quando o evento ou festa tem parceria com a prefeitura municipal, o DAEP encarrega-se de realizar a limpeza e coleta dos resíduos sólidos, porém quando os eventos são particulares, os organizadores contratam o DAEP para realizar tal atividade. Em algumas situações, principalmente quando trata-se de parque e circos, não existe qualquer contrato ou acordo para a coleta dos resíduos, sendo estes deixados no local, obrigando o DAEP a realizar a limpeza do local para evitar a proliferação de vetores. As imagens a seguir demonstram tal situação. Figura 50 – Local de funcionamento de parques/circos e resíduos deixados pelo último usuário. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.1.20 DEPÓSITOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 100 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos No perímetro urbano do município existem dois depósitos de materiais de construção que causam problemas relacionados ao acondicionamento de areia e de outros materiais de construção. Estes depósitos não contam com nenhum tipo de cobertura, onde os materiais (principalmente areia) são carreados pelo vento e chuva causando transtornos aos vizinhos e deixando as ruas do entorno sempre sujas como pode ser visto nas imagens a seguir. Figura 51 – Depósitos de materiais de construção e ruas “sujas” com areia. Fonte: Trabalho de campo (2014). 101 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8.2 CARROCEIROS Os carroceiros tem papel fundamental na gestão dos resíduos sólidos do município de Penápolis, pois exercem a função de coletar e transportar resíduos volumosos, verdes e resíduos da construção civil até os ecopontos. A imagem a seguir demonstra uma das carroças. Figura 52 – Carroça utilizada para transporte de resíduos. Fonte: Trabalho de campo (2014). Atualmente, existem 27 carroceiros cadastrados que trabalham no município. O ponto de concentração destes carroceiros é na Av. Rui Barbosa e o DAEP fornece a eles vassourões e sacos de lixo para que eles recolham os dejetos e os restos de alimentos dos animais. 8.3 ECOPONTOS Os ecopontos são locais que auxiliam o DAEP e a população a manter o município com aspecto mais agradável e dar destino final adequado aos resíduos sólidos (da construção civil, volumosos e verdes) além de contribuir com a coleta de recicláveis. 102 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Estes tem um papel fundamental, pois se apresentam como uma ferramenta de acondicionamento de resíduos que hoje representam grandes problemas para a limpeza pública. Em Penápolis existem cinco ecopontos espalhados pelo perímetro urbano, todos com espaço suficiente para armazenamento dos resíduos sólidos. A imagem a seguir demonstra a localização dos ecopontos. Figura 53 – Localização dos ecopontos em Penápolis Fonte: Google Earth adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). 103 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Os ecopontos ficam abertos das 07:00 as 19:00 h. A estrutura conta com: Cerca e portão Guarita Placas de identificação Rampa para descarga Caçambas Estacionárias Cada ecoponto conta com um vigia de uma empresa contratada pelo DAEP que tem a função de fiscalizar e orientar o correto acondicionamento dos resíduos. As imagens a seguir demonstram parte da estrutura dos ecopontos. Figura 54 – Placa de identificação e orientação e caçambas estacionárias nos ecopontos. Fonte: Trabalho de campo (2014). Mesmo com a orientação, alguns inconvenientes acontecem nos ecopontos, como por exemplo, o descarte de lâmpadas e pneus no portão dos ecopontos a noite, além do acondicionamento desordenado de resíduos volumosos com resíduos verdes, entre outros. As imagens a seguir demonstram tal situação. 104 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 55 – Pneus e lâmpadas acondicionados nos ecopontos. Fonte: Trabalho de campo (2014). Figura 56 – Resíduos verdes e volumosos acondicionados juntos e roupas usadas na caçamba estacionária. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.4 CORPE A CORPE (Cooperativa dos Recicladores de Penápolis) surgiu no ano 2000 a partir da organização de catadores que trabalhavam no aterro sanitário de Penápolis. 105 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Atualmente a CORPE conta com uma estrutura excelente para gestão dos resíduos recicláveis e conta com 46 cooperados. A estrutura para que os cooperados realizem a triagem, prensagem e acondicionamento dos resíduos recicláveis é composta por um barracão de 1.500 m², duas linhas de triagem com esteiras, prensas e empilhadeira. Os rejeitos das esteiras são encaminhados ao aterro sanitário. As imagens a seguir demonstram tal situação: Figura 57 – Estrutura da CORPE. Fonte: Trabalho de campo (2014). Salienta-se que o DAEP apoia a coleta seletiva e colabora intensamente com a CORPE através das seguintes ações: 106 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Fornecimento de sacos plásticos vermelhos para coleta seletiva. Disponibilização de um motorista para coleta seletiva. Fornecimento de caçambas estacionárias para os rejeitos. Busca de recursos para melhoria da estrutura da CORPE. Apoio administrativo junto a cooperativa. Fornecimento de cestas básicas. Fornecimento de EPIs. No momento da coleta de resíduos recicláveis sigilosos (documentos de órgãos públicos, empresas privadas, bancos, etc) os cooperados levam uma picotadeira até o local para descaracterização dos documentos para posterior reciclagem. 8.5 PÁTIO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL O pátio de resíduos da construção civil está localizado próximo ao aterro sanitário e aterro de inertes. Trata-se de uma área de aproximadamente 7.500 m² onde os resíduos da construção civil “classe A” são depositados. A gestão do local é feita pela prefeitura municipal que pretende ali instalar uma usina de reciclagem de resíduos da construção civil. A localização do pátio e outras estruturas de gestão de resíduos sólidos podem ser vistos na imagem a seguir. 107 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 58 – Pátio de resíduos da construção civil e outras estruturas de gestão de resíduos sólidos. Fonte: Google Earth adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). Uma situação não adequada tem relação com a falta de separação dos materiais ainda no local da obra, onde outros resíduos são acondicionados nas caçambas estacionárias e acabam prosseguindo para o pátio. Nas figuras abaixo nota-se galhos, embalagens, telhas de amianto e madeira. 108 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 59 – Outros resíduos dispostos no pátio. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.6 ATERRO DE INERTES O aterro de inertes que tem uma área total de aproximadamente 40.000 m² recebe vários tipos de resíduos. Pela própria definição, este tipo de aterro deveria receber apenas resíduos classificados como Classe II-B conforme NBR 10004/2004. Muitos municípios utilizam aterro de inertes principalmente para disposição final de resíduos da construção civil “classe A”. Constatou-se que no local denominado aterro de inertes, vários outros tipos de resíduos estão sendo dispostos, dentre eles: Resíduos da Construção Civil – Classe A (Resolução CONAMA 307/2002) Resíduos da Construção Civil – Classe B (Resolução CONAMA 307/2002) Resíduos da Construção Civil – Classe D (Resolução CONAMA 307/2002) Galhos e folhas Resíduos Volumosos (sofás, armários, etc) Resíduos Recicláveis (alumínio, plástico, vidro, etc) Resíduos Perigosos Classe A conforme NBR 10004/2004 (resíduos de oficinas mecânicas) 109 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos As imagens a seguir demonstram tal situação: Figura 60 – Resíduos Classe A, Classe B e Classe D (Resolução CONAMA 307/2002) no aterro de inertes. Fonte: Trabalho de campo (2014). Figura 61 – Resíduos Classe D (Resolução CONAMA 307/2002) e resíduos de oficinas mecânica no aterro de inertes. Fonte: Trabalho de campo (2014). Segundo o DAEP, em 2013 foram dispostos 2.571.693 Kg de galhos e 1.288.281 Kg de resíduos industriais no aterro de inertes, além de outros resíduos (resíduos da 110 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos construção civil e outros). Inexiste um memorial de cálculo que limite a vida útil do aterro de inertes, portanto, não se sabe ainda quanto tempo o local poderá ser utilizado. A partir de boas práticas (compostagem, separação dos resíduos na fonte, controle do recebimento, etc) a vida útil do aterro de inertes deverá ser estendida consideravelmente. 8.7 ATERRO SANITÁRIO O município conta com um aterro sanitário desde 1994 devidamente licenciado pela CETESB o qual é administrado pelo DAEP. A área do aterro é de 121.000 m², onde a área atualmente ocupada com duas células é de 36.800 m² e a área de expansão para a terceira célula é de 13.500 m² conforme mapa a seguir. Figura 62 – Área do aterro e área ocupada pelas células e ampliação. Fonte: DAEP (2013). O aterro sanitário opera em forma de células, conta com drenagem e tratamento do percolado, drenagem de gases, compactação diária dos resíduos, balança e 111 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos outros necessários para a boa operação do sistema de disposição final de resíduos. Não existe nenhum estudo para aproveitamento do gás metano gerado no aterro sanitário. Conforme mencionado no item “4” deste trabalho, o aterro sanitário de Penápolis possui um IQR (2013) de 9,0, o que demonstra que é um aterro adequado. O aterro tem uma vida útil estimada de mais 15 anos. 8.8 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA– DAEP Figura 63 – Organograma do DAEP. Fonte: DAEP 112 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 8.9 CONSELHO DELIBERATIVO O DAEP possui o Conselho Gestor de Saneamento e Meio Ambiente, composto por 20 (vinte) representantes de diversos segmentos da sociedade, sendo seis deles eleitos nas edições do Fórum de Saneamento e Meio Ambiente, que acontece a cada dois anos, como representantes dos usuários urbanos de água, tendo sempre como Presidente do Conselho, o(a) Diretor(a) Presidente do DAEP (DAEP, 2014). O conselho tem por objetivo buscar o controle social das atividades do órgão gestor do saneamento básico do município. O conselho é formado pelos seguintes membros: Diretora Presidente do DAEP Representante da Área Administrativa do DAEP Representante da Área Operacional do DAEP Representante da Área Técnica do DAEP Representante do Consórcio Intermunicipal Ribeirão Lajeado Representante da Secretaria Municipal de Saúde Representante da Secretaria Municipal de Educação Representante da Secretaria Municipal de Obras Representante da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente Representante da Associação Comercial e Empresarial de Penápolis Representante das Entidades Assistenciais Representante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Penápolis Representante da Ordem dos Advogados do Brasil - Subsecção de Penápolis Representante da Polícia Militar Ambiental Seis Representantes dos Usuários Urbanos de Água 8.10 PASSIVOS AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO 113 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos O município não possui passivos ambientais ligados à inadequada gestão de destinação final de resíduos sólidos. 8.11 PONTOS VICIADOS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS Verificou-se alguns locais denominados pontos viciados, onde a população de forma indiscriminada, dispõe vários tipos de resíduos, trazendo aspectos desagradáveis, favorecendo a proliferação de vetores e gerando custos extras ao DAEP que tem que acabar fazendo a limpeza do local. O DAEP sinalizou estes locais com grandes placas orientativas, porém alguns munícipes simplesmente ignoram e continuam despejando resíduos no local. As imagens a seguir demonstram tais situações: Figura 64 – Ponto de disposição de resíduos. Fonte: Trabalho de campo (2014). 114 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 65 – Ponto de disposição de resíduos. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.12 RECICLADORES NÃO COOPERADOS Estima-se que no município de Penápolis exista cerca de dez recicladores não cooperados que sobrevivem da coleta e comercialização de materiais recicláveis. Este tipo de coleta traz vários malefícios aos cooperados, dos quais pode-se citar: Desvio de resíduos separados nos sacos vermelhos que seriam destinados a CORPE. Falta de valorização profissional. Conflito com recicladores cooperados. Desvalorização do material no mercado local. Acondicionamento dos resíduos em suas residências – problema com vetores. As imagens a seguir demonstram alguns catadores trabalhando no centro do município de Penápolis através da coleta em carrinhos improvisados. 115 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 66 – Recicladores coletando resíduos recicláveis no centro do município. Fonte: Trabalho de campo (2014). 8.13 ESTRUTURA FINANCEIRA Neste tópico serão levados em consideração os valores de orçamentos e gastos anuais para a gestão dos resíduos sólidos. Será analisado todo o orçamento do DAEP a fim de verificar se existe equilíbrio financeiro com relação ao eixo limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos. 8.13.1 ARRECADAÇÃO O DAEP tem como principal fonte de arrecadação, as taxas referentes aos serviços prestados. A legislação vigente que rege sobre as taxas de serviços de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos abrange os seguintes dispositivos legais: Lei Municipal n.º 1001/2001 – Institui a taxa de coleta de lixo no município e da outras providências. Decreto n.º 1124/1997 – Autoriza a cobrança da disposição de resíduos industriais no aterro. 116 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Decreto n.º 3439/2010 – Trata da cobrança da tarifa para o sistema de coleta e acondicionamento de pneus inservíveis. O DAEP estimou em 2013 uma receita de R$ 16.500.000,00 e tem previsão de arrecadar em 2014 R$ 17.800.000,00. Com relação à arrecadação referente aos serviços de limpeza pública e gestão de resíduos sólidos, tem-se o seguinte: Tabela 18 – Receita estimada do DAEP referente à limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos em 2013 e previstos para 2014. Serviço Coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos sólidos Utilização do aterro sanitário Autoclave Coleta de Pneus Total 2013 R$ 3.270.000,00 R$ 170.000,00 R$ 2.000,00 R$ 5.000,00 R$ 3.447.000,00 2014 R$3.340.000,00 R$ 250.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 3.600.000,00 Fonte: DAEP A receita estimada referente à limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos representou 20,89% e 20,22% do total nos anos de 2013 e 2014 respectivamente. A taxa de coleta de lixo foi fixada pela Lei n.º 1001/2001. O principal fator de cobrança da taxa é a área do imóvel. O pagamento da taxa pode ser feito em cota única no inicio do ano ou diluída em até 10 parcelas junto a conta de água. Não foi observado a existência de cobrança sobre os serviços de limpeza pública (varrição, capina, poda, etc). 8.13.2 DESPESAS As despesas autorizadas do DAEP em 2013 foram de R$ 17.090.000,00, ou seja, R$ 590.000,00 acima do arrecadado, demonstrando déficit em relação à arrecadação prevista. Em 2014, a previsão de despesas é de R$ 17.800.000,00, neste caso, R$ 710.000,00 superior ao valor autorizado da despesa de 2013. Uma despesa que merece destaque é com relação aos materiais de distribuição gratuita, que em 2013 chegou a R$ 332.000,00 e tem previsão de gastos de R$117 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 330.000,00 em 2014. Estas despesas são referentes a aquisição de sacos vermelhos para a coleta seletiva, sendo que este modelo deverá ser discutido para evitar gastos consideráveis como este. A tabela a seguir demonstra de forma resumida, os custos do DAEP em 2013 por categoria. Tabela 19 – Despesas do DAEP referente a cada categoria de serviços Fonte: DAEP(2014). No caderno de propostas serão analisados todos os custos referente a cada serviço afim de se criar índices para que a cobrança dos serviços de gestão dos resíduos sólidos seja realizada de acordo com a real necessidade do DAEP. Além do mais, a análise real dos custos se formará a partir de um novo cenário de prestação de serviços, por exemplo, a tendência das despesas de coleta de 118 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos “grandes geradores” tende a diminuir consideravelmente a partir do momento que o DAEP não coletar mais resíduos sólidos industriais classe I e realizar cobrança por qualquer disposição dos resíduos classe II conforme proposta do 11º Fórum de Saneamento e Meio Ambiente. 8.14 CANAIS DE COMUNICAÇÃO O DAEP mantém a população informada de suas ações utilizando os mais diversos meios de comunicação como a internet (site do DAEP), jornal escrito, televisão, radio, faixas, cartazes, panfletos, cartilhas e carros de som. Todos estes veículos são utilizados para os mais diversos fins que vão desde o convite para reuniões até ações maiores que necessite a mobilização de toda a sociedade. Para atendimento ao público, o DAEP mantém a central de atendimento ao cliente que funciona das 08:00 h as 17:00 h de segunda a sexta-feira e também via telefone de forma gratuita (0800-170195). 8.15 11º FÓRUM DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE De dois em dois anos, o DAEP realiza um fórum sobre saneamento e meio ambiente visando trazer o conhecimento para a população através de palestras, além da fixação de propostas colocadas pela população relacionada ao tema. No ano de 2014, o fórum teve o tema Resíduos Sólidos: O lixo nosso de cada dia – Desafios para a destinação correta. Neste fórum foram aprovadas 33 propostas para a melhoria da gestão dos resíduos sólidos, sendo estas: 1. EFETUAR A REVISÃO DA LEI MUNICIPAL Nº 460/1995, NO SENTIDO DE SE ESTIPULAR MULTAS MAIS ALTAS COM RELAÇÃO AOS CASOS DE ENTULHOS E MATERIAIS DE 119 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos CONSTRUÇÃO DEPOSITADOS NAS CALÇADAS, E NO SENTIDO, TAMBÉM, DE DISCIPLINAR A RESPONSABILIDADE DOS PROPRIETÁRIOS DE BARES, RESTAURANTES E CASAS NOTURNAS, PELO DESCARTE CORRETO DO LIXO PRODUZIDO PELOS FREQUENTADORES. 2. REGULAMENTAÇÃO DA LEI DE ARBORIZAÇÃO; MAPEAMENTO DAS ÁRVORES JÁ EXISTENTES; E INTENSIFICAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO, COM APLICAÇÃO DAS PENALIDADES LEGAIS. 3. CELEBRAÇÃO PELO DAEP DE ACORDO OU TERMO DE COMPROMISSO COM OS REVENDEDORES DE LÂMPADAS, PILHAS E BATERIAS, PARA O FIM DE DAR DESTINAÇÃO ADEQUADA AOS PRODUTOS POR ELES RECEBIDOS EM RAZÃO DA LOGÍSTICA REVERSA, COM A DEFINIÇÃO, INCLUSIVE, DO PREÇO DESSE SERVIÇO. 4. FAZER REVISÃO NA LEI DE COLETA DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS, NO SENTIDO DE SE EXCLUIR O LIMITE DE 400 (QUATROCENTOS) LITROS DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS POR COLETA, EXIGINDO-SE A CELEBRAÇÃO DE CONTRATO PRÓPRIO JUNTO AO DAEP, QUALQUER SEJA A QUANTIDADE DE RESÍDUOS PRODUZIDOS. 5. INTENSIFICAR O TRABALHO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TODOS OS SEGMENTOS DA SOCIEDADE, INCLUSIVE JUNTO À POPULAÇÃO ADULTA, DESENVOLVENDO CAMPANHAS EDUCATIVAS PROLONGADAS, MEDIANTE CARTILHAS, REUNIÕES COM OS GRUPOS COMUNITÁRIOS, NAS ESCOLAS, NAS ASSOCIAÇÕES, BAIRROS, IGREJAS E INSTITUIÇÕES, E QUE TENHAM POR OBJETO, TAMBÉM, A ORIENTAÇÃO À POPULAÇÃO QUANTO AO USO INDIVIDUAL DE SACOLINHAS PLÁSTICAS PARA A ACOMODAÇÃO DO LIXO PRODUZIDO EM EVENTOS. 6. INSTALAÇÃO DE CÂMERAS DE VIGILÂNCIA QUE SE MOVIMENTAM, EM LOCAIS DE DESCARTE IRREGULAR DE LIXO, E CONTRATAÇÃO DE EMPRESA TERCEIRIZADA PARA MONITORIZAÇÃO. 7. CONTRATAÇÃO DE MAIS FISCAIS, COM AUTORIDADE PARA PENALIZAR ATRAVÉS DE MULTAS, REALIZAÇÃO DE BOLETIM DE OCORRÊNCIA, COM APOIO/PARCERIA DA POLÍCIA MILITAR E AMBIENTAL, E CRIAÇÃO DE MECANISMOS DE FISCALIZAÇÃO JUNTO A POPULAÇÃO, ATRAVÉS DE FOTOS, APLICATIVOS DO CELULAR, COM RESPALDO DO DAEP PARA ESSE SISTEMA. 8. EM ÉPOCA DE ELEIÇÃO OS PARTIDOS SEREM RESPONSÁVEIS PELOS RESÍDUOS GERADOS, PAGANDO TAXA DE LIMPEZA. 9. COBRAR DOS CAÇAMBEIROS PARA UTILIZAÇÃO DO ATERRO, TENDO UMA FORMA DE MONITORAR O QUE ELES LEVAM, EXIGINDO A COBERTURA DAS CAÇAMBAS COM LONAS 120 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PARA NÃO CAIR DETRITOS NAS VIAS PÚBLICAS. 10. AUMENTO DO NÚMERO DE LIXEIRAS NAS RUAS. 11. AGREGAR OS CATADORES INDEPENDENTES À CORPE COM O OBJETIVO DE AUMENTAR A ARRECADAÇÃO DE PAPEL, PLÁSTICO, QUE SÃO DESCARTADOS PELOS COMERCIANTES QUE LEVARIAM ESTE MATERIAL ATÉ O ECOPONTO. 12. CRIAÇÃO DE UM CANAL DE DISQUE DENÚNCIA E CRIAÇÃO, TAMBÉM, DE MAIS ECOPONTOS. 13. ESTUDAR A VIABILIDADE DE CRIAÇÃO DE UMA ASSOCIAÇÃO ENTRE AS HORTAS COMUNITÁRIAS, COM O OBJETIVO DE DESENVOLVER O APROVEITAMENTO DO LIXO ORGÂNICO PARA A PRODUÇÃO DE COMPOSTO PARA UTILIZAÇÃO NA PRÓPRIA HORTA, OU, ENTÃO, O DESENVOLVIMENTO DE TRABALHO DE CONSCIENTIZAÇÃO NAS HORTAS COMUNITÁRIAS QUANTO À COMPOSTAGEM, PARA MELHOR DIRECIONAMENTO DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS. 14. RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL: ALÉM DA TRITURAÇÃO, REALIZAR A FABRICAÇÃO DE TIJOLOS ECOLÓGICOS E CORRELATOS, BARATEANDO A CONSTRUÇÃO DE CASAS POPULARES E VERIFICAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE PARCERIAS; 15. ESTUDO DE VIABILIDADE PARA AQUISIÇÃO DE BIODIGESTORES COMO ALTERNATIVA PARA A RECICLAGEM DO LIXO ORGÂNICO, INICIANDO-SE O SERVIÇO JUNTO AOS BARES, RESTAURANTES E ESTABELECIMENTOS SIMILARES; 16. CRIAÇÃO DE MULTIPLICADORES, COM LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS, PARA CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO QUANTO AO DESCARTE CORRETO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, EM ESPECIAL AS EMBALAGENS DE LONG NECK, PILHAS, BATERIAS E LÂMPADAS; 17. CRIAÇÃO DE UMA PÁGINA EM REDES SOCIAIS PARA MELHOR COMUNICAÇÃO ENTRE MUNÍCIPES E DAEP; 18. IDENTIFICAR QUEM REALIZA A RECICLAGEM DO VIDRO E POTENCIALIZAR O DIRECIONAMENTO DOS MESMOS; 19. TRABALHO DE CONSCIENTIZAÇÃO NAS EMPRESAS QUANTO À QUESTÃO DO DESCARTE CORRETO DE SEUS RESÍDUOS, COMO TAMBÉM DA LOGÍSTICA REVERSA; 20. ENTULHO: CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ACERCA DA QUANTIDADE ABSURDA DE RESÍDUOS GERADOS E DA NECESSIDADE DE REDUÇÃO. 21. REAPROVEITAR OS REJEITOS DA CORPE PARA ARTESANATOS, DOANDO OS MESMOS PARA ARTESÃOS (CASA DOS ARTESÃOS); 22. ESTIPULAR PREMIAÇÕES PARA AS EMPRESAS QUE DESTINAREM CORRETAMENTE 121 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos SEUS RESÍDUOS SEJA POR FORMA DE REDUÇÃO, REAPROVEITAMENTO OU RECICLAGEM DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS; 23. MAIOR DIVULGAÇÃO DAS AÇÕES DO DAEP JUNTO A POPULAÇÃO ESCLARECENDO VIA SITE, FACEBOOK E OUTRO MEIOS DE COMUNICAÇÃO. 24. PARCERIAS COM UNIVERSIDADES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS E ESTUDOS EM CONJUNTO, ESTIMULANDO A PESQUISA SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS. 25. CRIAÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA ONDE OS CONDOMÍNIOS A BEIRA DOS RIOS, CHÁCARAS RECREIO SEJA INCENTIVADOS A CELEBRAR CONTRATO JUNTO AO DAEP PARA A COLETA DO LIXO. 26. ADEQUAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI MUNICIPAL NO SENTIDO DE QUE PROÍBA A ARMAZANAGEM DE MATERIAL RECICLÁVEL EM RESIDÊNCIAS, QUANDO PARA FINS COMERCIAIS, BEM COMO NOS CASOS DE RISCO À SAÚDE PÚBLICA, BEM COMO FISCALIZAR OS RECEPTADORES DESTE MATERIAL COM RELAÇÃO A LICENÇA DE FUNCIONAMENTO. 27. QUE TODAS AS PROPOSTAS APROVADAS NO FORUM SEJAM REGISTRADAS EM CARTÓRIO E PUBLICADAS NO SITE PARA CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO. 28. ESTIMULAR A COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS, ATRAVÉS DA COLETA JUNTO AOS GRANDES GERADORES. 29 CRIAR PROJETO DE ORIENTAÇÃO “MESTRE DE OBRAS”, PARA A CAPACITAÇÃO NA SEPARAÇÃO DOS RESIDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. 30. CRIAÇÃO DE INCENTIVOS E PREMIAÇÕES, DE FORMA A ESTIMULAR AS PESSOAS A OLHAREM PARA OS RESÍDUOS DE FORMA CONSCIENTE, VALORIZANDO AQUELES QUE AGEM DE FORMA CORRETA. 31. CONTRATAÇÃO DE JOVENS APRENDIZES PARA TRABALHAR COM A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO E FORMAÇÃO DESSES JOVENS (INTEGRAÇÃO COM A POLÍCIA MIRIM). 32. AUMENTAR DIVULGAÇÃO RECURSOS DOS FINANCEIROS PROBLEMAS DOS DO DAEP RESÍDUOS PARA CONSCIENTIZAÇÃO SÓLIDOS NO E MUNICÍPIO PERMANENTEMENTE. 33. AUMENTAR O QUADRO DE EDUCADORAS QUE TRABALHAM COM A EDUCAÇÃO AMBIENTAL – CEA Também foi realizado em 2014, o primeiro fórum infanto-juvenil de saneamento122 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e meio ambiente de Penápolis. Com o mesmo tema do 11º Fórum de Saneamento e Meio Ambiente, a versão infanto-juvenil ocorreu no dia 20/03/2014 e envolveu adolescentes de 12 a 16 anos das escolas publicas e particulares do municipiio, servindo também para a eleição do conselho mirim do DAEP. No primeiro fórum infantojuvenil de saneamento e meio ambiente foram aprovadas 28 propostas conforme segue: 1. AMPLIAR O NÚMERO DE LIXEIRAS EM LOCAIS DE MUITA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS (EX: SANTA LEONOR, PARQUE MARIA CHICA, PRAÇAS, ETC.); 2. AUMENTAR O NUMERO DE FISCAIS, QUE A FISCALIZAÇÃO SEJA PERMANENTE E NÃO FIQUE SOMENTE NOS ECOPONTO MAS EM TODAS AS ÁREAS DA CIDADE,APLICANDO MULTAS. 3. - AUTONOMIA DO DAEP PARA EFETUAR A MULTA, PARA QUE HAJA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DAS PESSOAS. 4. QUE A PREFEITURA EFETUE A LIMPEZA DAS ÁREAS VERDES DO MUNICÍPIO PERIODICAMENTE PARA AJUDAR NA LIMPEZA DA CIDADE; 5. INTENSIFICAR DE FORMA PERMANENTE A CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO EM GERAL E ESCOLAS( EM FORMA DE PROJETOS E PALESTRAS) E DIVULGAÇÃO A REPEITO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS . 6. PALESTRAS PARA OS MUNÍCIPES QUE IRÃO MORAR EM BAIRROS NOVOS PARA PREVENÇÃO DESTE PROBLEMA. 7. FAZER MOBILIZAÇÃO AO MEIO AMBIENTE COM A COMUNIDADE; 8. CRIAR PROJETOS NAS ESCOLAS E INSTITUIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE; 9. DIVULGAÇÃO EM TVS, RÁDIOS E JORNAIS; 10. CRIAR PÁGINA NA INTERNET FALANDO SOBRE NÃO JOGAR LIXO NA RUA E MOSTRANDO ONDE ESTÃO INSTALADOS OS ECOPONTO. 11. SENSIBILIZAR OS JOVENS SOBRE AS QUESTÕES DO MEIO AMBIENTE E COMO ISSO PODE CAUSAR DANOS NO NOSSO FUTURO. 12. INSTALAR PEVS NO CENTRO DA CIDADE, EM PONTOS ESTRATÉGICOS; 13. REAPROVEITAMENTO DO LIXO DAS HORTAS COMUNITÁRIAS COMO ADUBO ORGÂNICO; 14. AUMENTO DE CAÇAMBAS ESPALHADAS PELA CIDADE E IMPLANTAÇÃO DE123 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA NAS MESMAS. 15. CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS A LONGO PRAZO DO DESCUIDO COM O LIXO, ATRAVÉS DE PALESTRAS EM PRAÇAS PÚBLICAS COM AUXILIO DOS ELEITOS PARA O CONSELHO MIRIM E JOVENS ; 16. UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA REUNIR E DIVULGAR AS PALESTRAS, UTILIZANDO TAMBÉM CARROS DE SOM NAS RUAS; 17. FISCALIZAÇÃO POR PARTE DA POPULAÇÃO COM DISK DENÚNCIA E UM GRUPO RESPONSÁVEL PARA GARANTIR O CUMPRIMENTO DA LEI DIRIGINDO-OS ATÉ O LOCAL E INFORMANDO SOBRE A MULTA E IDENTIFICAÇÃO DO INFRATOR; 18. COLOCAR FISCAIS NAS RUAS MAIS MOVIMENTADAS INFORMANDO OS ECOPONTOS NOS BAIRROS; 19. COLOCAR CAÇAMBAS DE LIXO COM PLACAS INFORMANDO DO QUE PODE SER DEPOSITADO ALI, COLOCÁ-LAS EM MAIS LOCAIS DIFERENTES DENTRO DOS BAIRROS E AINDA COLOCÁ-LAS DE MODO QUE SEJA FÁCIL O DEPÓSITO. 20. COLOCAR NOS SACOS DE RECICLAGEM AVISOS COM O MAPA DO BAIRRO IDENTIFICANDO OS ECOPONTOS MAIS PRÓXIMOS E INFORMANDO SOBRE AS DOENÇAS QUE PODEM SER TRANSMITIDAS COM O ACÚMULO DO LIXO. 21. MULTAS PARA CARROCEIROS, E PARA QUEM O CONTRATOU, CASO JOGUE O LIXO EM LUGAR INADEQUADO; 22. CONSCIENTIZAÇÃO PERMANENTE PARA REDUZIR, RECICLAR E REUTILIZAR; 23. CRIAÇÃO DE SITE PARA DIVULGAR À POPULAÇÃO OS CARROCEIROS CADASTRADOS NA PREFEITURA E QUE O CADASTRO DAS CARROÇAS E IDENTIFICAÇÃO ( PLACA), SEJAM GRATUITOS 24. PARCERIA COM A POLÍCIA MILITAR PARA AJUDAR FISCALIZAR O DESTINO DO LIXO; 25. CADA MUNÍCIPE CUIDA DE SUA PROPRIEDADE (PROPRIETÁRIOS DE TERRENOS VAGOS NÃO DEIXAR DEPOSITAR LIXO NO SEU TERRENO); 26. PREFEITURA MELHORAR A PAVIMENTAÇÃO DOS BAIRROS PORQUE PRECISA DE PARCERIA PARA RESOLVER O PROBLEMA DO LIXO; 27. LEI MUNICIPAL PARA MULTAR QUEM JOGA LIXO EM LUGARES INADEQUADOS; 28. INSTALAÇÃO DE MAIS ECOPONTOS NA CIDADE, COM ABERTURA POR 24 HORAS, DEVIDAMENTE SINALIZADOS E AMPLAMENTE DIVULGADO A APLICAÇÃO DE MULTAS. 124 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 9. CENÁRIO ATUAL E PROPOSIÇÕES As proposições com base no cenário atual e as metas a serem atingidas com o PMGIRS do município de Penápolis serão descritas nesta fase. A partir dos dados coletados e compilados no diagnóstico do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados no município, bem como os serviços de limpeza pública, permitiram a construção das proposições, as quais deverão ser executadas nos prazos determinados neste documento. As projeções das metas e situações a serem implantadas para o melhor gerenciamento dos resíduos sólidos no município de Penápolis estão estimadas para o horizonte de 20 anos. Tais metas foram trabalhadas na seguinte ordem cronológica em relação a seus custos e prioridades de implementação: Imediatas ou emergenciais – até 03 anos; Curto prazo – entre 04 a 09 anos; Médio prazo – entre 10 a 15 anos; Longo prazo – entre 16 a 20 anos. Quando se refere à meta a ser realizada a prazo imediato e contínuo, trata-se das atividades que precisam ser feitas a um prazo de até 03 anos, mas que precisam ser continuadas após sua implantação, ou seja, precisam ser constantemente verificadas e melhoradas, para a eficiência da gestão dos resíduos sólidos bem como da limpeza urbana. 125 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10. PROPOSIÇÕES PARA O MELHORAMENTO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA PÚBLICA 10.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS 10.1.1 ACONDICIONAMENTO Acondicionamento é a ação ou efeito de acondicionar. Os resíduos segregados devem ser prioritariamente acondicionados para o armazenamento temporário até o tratamento, transporte ou disposição final. É o ato de embalar os resíduos, em recipientes para protegê-los de riscos e facilitar seu transporte (Meio Ambiente e Saúde, 2009). Para o acondicionamento adequado do lixo devem-se ter embalagens que apresentem bom desempenho para que atendam a requisitos de acondicionamento local e estático do lixo. A importância do acondicionamento adequado está em: Evitar acidentes; Evitar a proliferação de vetores; Minimizar o impacto visual e olfativo; Facilitar a coleta dos resíduos. Como o acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais é realizado de modo individual, será necessário que todos os munícipes adequem suas residências com compartimentos elevados para que evite-se o carreamento dos resíduos pela chuva, a ruptura das sacolas por animais e facilite a coleta. O município deverá ter 100% de suas residências com local adequado para acondicionamento de resíduos a curto prazo, sendo que os resíduos devem ser acondicionados em frente126 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos as residências e não em locais públicos ou na frente de lotes vazios. As imagens a seguir demonstram os modelos de lixeiras que podem ser utilizadas pelos munícipes. Figura 67: Modelos de lixeiras Fonte: Ambiental Costa Oeste Propõe-se que no momento da apresentação do projeto de construção de novas residências, seja exigida lixeira já no momento do projeto para liberação do alvará de construção e a instalação para liberação do certificado Habite-se. Conforme demonstrado no diagnóstico, os resíduos recicláveis são acondicionados em sacos diferenciados descartáveis que são fornecidos pelo DAEP. 127 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos O órgão municipal tem gasto aproximadamente R$ 330.000,00 por ano com os sacos para a separação e acondicionamento dos resíduos recicláveis. Como proposta, sugere-se uma total mudança no sistema de acondicionamento dos resíduos recicláveis, onde o saco vermelho descartável será substituído por um saco de ráfia retornável. A princípio, o DAEP deverá realizar um projeto piloto aplicando esta nova metodologia em um bairro com população considerável para fins de teste e posteriormente para todo o município. Este teste deve durar no mínimo 60 dias para posterior aplicação em todo o município. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. A partir da implantação em todo o município, tendo como parâmetro o número de economias atendidas (23.000), pretende-se no primeiro ano, adquirir 50.000 sacos de ráfia visando substituições e grandes geradores que tendem a usar mais que um saco e nos anos subsequentes apenas adquirir 5.000 sacos de rafia para reposição. O valor estimado de cada saco de ráfia varia de R$ 1,69 a 1,75 a unidade de dimensões 85 x 115 cm. Este valor foi apresentado pela empresa MKS Sacaria Ltda localizada em Pinhais – PR. A tabela abaixo demonstra o comparativo de custos do cenário atual e da proposta. Tabela 20 – Comparativo entre os modelos de acondicionamento de resíduos recicláveis Modelo de saco para Gastos R$ atual (ano) acondicionamento Gastos R$ primeiro Gastos R$ segundo ano de implantação ano dos recicláveis Sacos Vermelhos anos subsequentes 330.000,00 Sacos de Ráfia 87.500,00 Sacos de Ráfia Economia Esperada e 8.750,00 ---------------- 242.500,00 321.250,00 Portanto, a nova forma de acondicionamento traria uma economia significativa 128 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ao DAEP levando em consideração também que os sacos de ráfia são ambientalmente corretos, pois são retornáveis e tem vida útil considerável. Existem duas maneiras de realizar a coleta seletiva com os sacos de ráfia. A primeira maneira consiste em descarregar o conteúdo no caminhão, devolvendo o mesmo saco para o munícipe e a segunda maneira em substituir o saco de rafia por outro que já foi descarregado. No segundo método, a coleta é mais ágil, porém pode existir reclamações dos munícipes que receberem sacos que estejam mais gastos e sujos. O método deverá ser escolhido pela CORPE em discussão com o DAEP. Os modelos de sacos de ráfia podem ser vistos nas imagens a seguir: Figura 68: Modelos de sacos de ráfia utilizados em Xanxerê - SC e Cascavel - PR Fonte: Prefeitura municipal de Xanxerê e Prefeitura municipal de Cascavel. 129 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Outra proposta com relação ao acondicionamento de resíduos recicláveis, em especial o papelão, é a instalação de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) no centro da cidade. Tal ação se faz necessária, pois os grandes comerciantes não tem espaço para acondicionar os materiais recicláveis que acabam sendo recolhidos por catadores que não fazem parte da cooperativa. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. Será necessária a instalação de seis PEVs que devem ser confeccionados em chapas metálicas, tela e porta com cadeado. A entrada para os resíduos deverá ser feita em um ponto alto onde não se possa entrar ou retirar quaisquer resíduos, sendo isto feito apenas pela equipe de coleta da CORPE. As imagens a seguir demonstra um modelo de PEV utilizado na cidade de Goiânia – GO. Figura 69: Modelos de PEVs para resíduos recicláveis utilizados em Goiânia - GO 130 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Fonte: Prefeitura municipal de Goiânia – GO. Estes PEVs têm altura de 2,40 m e diâmetro de 1,40 m, proporcionando um volume de 3,5 m3 com um custo aproximado de R$ 2.300,00 cada unidade (Prefeitura Municipal de Goiânia, 2014). 10.1.2 COLETA Com relação à coleta, a proposta é que tal serviço seja universalizado, atingido também a zona rural do município de Penápolis. Deverá, portanto, ser implantado mediante estudo, a coleta no interior a partir da instalação de Pontos de Entrega Voluntaria (PEVs). Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. Tal sistema de coleta deverá contemplar basicamente duas categorias de resíduos sólidos: os resíduos recicláveis e os rejeitos. Para acondicionamento dos resíduos, os PEVs deverão ter duas divisórias com placas indicativas dos tipos de resíduos que devem ser ali colocados. Tais PEVs poderão ser construídos no local ou fabricados e instalados. A seguir, são ilustrados os seguintes modelos de PEVs que podem ser instalados na zona rural do município. Figura 70: Modelos de Pontos de Entrega Voluntária de Resíduos 131 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Fonte: Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão – PR e Prefeitura Municipal de Rondonópolis - MT Como opção, a coleta na zona rural poderá ser única, utilizando um caminhão compactador com compartimento para recicláveis ou realizada em parte pelo DAEP (rejeitos) e pela CORPE (recicláveis). As imagens a seguir demonstram opções no caso de coleta única. Figura 71: Veículos adequados para coleta de rejeitos e resíduos recicláveis. Fonte: Prefeitura municipal de Santa Tereza do Oeste – PR e prefeitura municipal de José de Freitas - PI A partir da implantação da coleta de resíduos na zona rural do município, deverá ser iniciada a cobrança por este serviço de modo que este se torne economicamente sustentável. Para se chegar a um valor consistente da taxa a ser cobrada, deve ser levado em consideração as seguintes variáveis: Custos atuais com despesas de coleta e disposição final de resíduos sólidos domiciliares e comerciais x índice relativo à representatividade da população rural em relação ao total da população (%). População Urbana: 55.883 habitantes (IBGE, 2010) – representa 95,52% do total da 132 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos população. População Rural: 2.627 habitantes (IBGE, 2010) – representa 4,48% do total da população. A distância total para a realização da coleta em todos os bairros rurais será de aproximadamente 240 km. Sugere-se que os processos de coleta sejam realizados em duas rotas, uma atendendo a parcela ao norte do município e outra ao sul. Por exemplo: na primeira semana do mês será coletada a rota sul, na próxima semana será realizada a coleta na rota norte, este processo deverá ser realizado alternadamente, resultando em duas coletas mensais por bairro rural. A imagem a seguir ilustra as rotas sugeridas: 133 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 72: Sugestão de rota de coleta nos bairros rurais de Penápolis. Fonte: Prefeitura municipal de Penápolis (2011), adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). 10.1.3 TRATAMENTO E DESTINO FINAL As propostas para tratamento e destino final dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais no município abrangerão as três categorias as quais estes resíduos atualmente pertencem: os resíduos recicláveis, os resíduos orgânicos e os rejeitos. 134 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10.1.3.1 RESÍDUOS RECICLÁVEIS Conforme demonstrado no diagnóstico, o município de Penápolis, através da CORPE, comercializou 1.601.989 Kg de resíduos recicláveis em 2013, o que representa 11,30% do total de resíduos sólidos domiciliares e comerciais coletados no município. Segundo o MMA (2011), os resíduos recicláveis representam aproximadamente 32 % do total de resíduos sólidos domiciliares e comerciais no Brasil. Os gráficos a seguir demonstram a composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, Região Metropolitana da Baixada Santista e Ubatuba e da cidade de São Paulo. Figura 73: Estimativa da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil em 2008 Fonte: MMA (2011). 135 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 74: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos gerados na Região Metropolitana da Baixada Santista e Ubatuba. Fonte: Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo (2014). Figura 75: Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares gerados na cidade de São Paulo. Fonte: Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo (2014). Esta comparação é necessária, pois acredita-se que muitos resíduos recicláveis estejam sendo encaminhados para o aterro sanitário por falta de separação na fonte. Acredita-se que o potencial de comércio de resíduos sólidos no município seja de 20% do total, sendo esta a meta a ser alcançada em longo prazo. 136 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Para que isto ocorra será necessário um trabalho intenso em vários eixos (separação, formas de acondicionamento, conscientização e educação ambiental, etc). A tabela a seguir apresenta o crescimento populacional, a estimativa de geração de resíduos domiciliares e comerciais e as metas anuais de aproveitamento dos resíduos recicláveis do município de Penápolis, apresentadas num horizonte de 20 anos. Tabela 21 – Geração de resíduos sólidos domiciliares comerciais e metas de aproveitamento dos resíduos recicláveis para o horizonte de 20 anos. *O crescimento populacional foi estimado levando em consideração os últimos dois censos. 137 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10.1.3.2 RESÍDUOS ORGÂNICOS Os resíduos orgânicos (parcela dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais) são essencialmente compostáveis. É bastante complexo realizar a compostagem destes resíduos em uma escala macro, ou seja, em um grande pátio de compostagem que atenderia a todo o município. Fato é que tais resíduos também não deveriam seguir para o aterro sanitário ou pelo menos, grande parte deste. A proposta para melhoria da disposição final destes resíduos é a compostagem a nível micro, ou seja, aplicando nas escolas e residências através de composterias compactas. Desta maneira, a quantidade de resíduos orgânicos que são enviados ao aterro sanitário diminuiria de forma considerável e esta classe de resíduos teria um destino final adequado, húmus para o solo. Esta proposta deverá ser colocada em prática de forma imediata e deve ser contínua. O DAEP, juntamente com a prefeitura municipal deverá incentivar a compostagem caseira através de campanha especifica e contínua utilizando os mais diversos meios de comunicação. Como sugestão, pode-se iniciar tal campanha com os próprios funcionários dos órgãos públicos para que estes se tornem multiplicadores. Existem vários modelos de composteiras no mercado atualmente além de modelos que podem ser construídos artesanalmente. As imagens a seguir demonstram tais modelos. 138 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 76: Modelos de composterias disponíveis no mercado. Fonte: http://www.loja.moradadafloresta.org.br e http://www.ecodesenvolvimento.org. 139 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 77: Modelos de composterias artesanais Fonte: Ambiental Costa Oeste. 10.1.3.3 REJEITOS Apenas os rejeitos dos resíduos domiciliares e comerciais deveriam seguir para o aterro sanitário. Esta seria a condição ideal que traria inúmeros benefícios, dentre eles, o aumento considerável da vida útil do aterro sanitário. 10.2 RESTOS VEGETAIS OU RESÍDUOS VERDES 10.2.1 ACONDICIONAMENTO E COLETA Estes resíduos são os de mais difícil acondicionamento, pois é praticamente impossível colocar galhos e restos de poda em sacos plásticos ou lixeiras. No caso de podas realizadas pelos munícipes ou jardineiros, os resíduos verdes devem ser acondicionados no pátio de suas residências e imediatamente enviados ao ecoponto através de carroceiros credenciados ou outro veículo quando em pequenos volumes, e quando em grandes volumes, encaminhado de forma in natura para o pátio de compostagem. Esta determinação deve ocorrer de forma imediata e deve ser 140 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos contínua. Em situações onde a poda é realizada nas praças pela Secretaria de Agricultura do município, os resíduos verdes deverão ser encaminhados imediatamente para o pátio de compostagem pela própria equipe responsável pela poda. Esta determinação deve ocorrer de forma imediata e deve ser contínua. No caso de podas realizadas pela CPFL, os resíduos verdes devem ser triturados pela companhia no momento da poda ou no pátio de compostagem. Esta determinação deve ocorrer de forma imediata e deve ser contínua. No ecoponto, estes resíduos devem ficar separados dos demais resíduos (volumosos, RCC, etc) e devem ser coletados de forma separada pelo DAEP para serem enviados ao pátio de compostagem para trituração. A separação no ecoponto deve ocorrer de forma imediata e deve ser contínua. 10.2.2 DESTINO FINAL Os resíduos verdes não deverão ser mais encaminhados ao aterro de inertes, tendo como destino a trituração para compostagem ou como combustível (lenha) para entidades que necessitem (ex. Hospital Santa Casa de Misericórdia). Esta determinação deve ocorrer de forma imediata. Todos os resíduos verdes que podem ser triturados serão enviados para o pátio de compostagem, os quais deverão ser organizados em leiras de grande porte juntamente. O composto pronto poderá ser utilizados nas hortas comunitárias, hortas das escolas, canteiros de flores, plantio de árvores, etc. 10.2.3 FLUXOGRAMA DA GESTÃO IDEAL DOS RESÍDUOS VERDES 141 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 78: Fluxograma da gestão ideal dos resíduos verdes. 10.3 RESÍDUOS VOLUMOSOS 10.3.1 ACONDICIONAMENTO E COLETA A princípio deve ser incentivado a não geração dos resíduos volumosos através da conscientização da população em doar, quando o mesmo ainda tem serventia, 142 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para pessoas carentes ou associações que possam fazer uso do objeto. Quando existe a geração deste resíduo, ou seja, o munícipe quer se desfazer de um móvel ou outro este deve ser imediatamente enviado ao ecoponto por meio de carroceiros credenciados ou de outra forma por conta do gerador. No ecoponto, estes resíduos devem ser acondicionados de forma separada de outros para posterior coleta pelo DAEP. Esta ação deve ocorrer de forma imediata e contínua. 10.3.2 TRATAMENTO E DESTINO FINAL O maior problema com relação aos resíduos volumosos é dar o destino final adequado. Sugere-se que os resíduos volumosos que forem coletados a partir do ecoponto, sejam triados, de modo a separar os componentes destes resíduos. Para que isto ocorra, o DAEP deverá providenciar um pátio coberto que poderá ser instalado próximo ao aterro sanitário. Esta ação deverá ocorrer em curto prazo. Para realizar a triagem destes resíduos (desmontagem e separação) serão necessárias no mínimo duas pessoas. O DAEP deverá buscar parcerias para que não necessite contratar mais funcionários. Está parceria poderá envolver pessoas interessadas na comercialização dos materiais ou a CORPE. Na triagem dos resíduos volumosos, são gerados diversos materiais, dentre eles: Madeira – Deverá ser encaminhado para uso como combustível em olarias e outros. Espuma (poliuretano) – Deverá ser estocado no espaço para posterior reutilização ou quando não possível, encaminhado ao aterro sanitário. Tecidos – Quando em boas condições, deverá ser encaminhado para cooperativa/associações de artesãos e quando não possível, encaminhado ao aterro sanitário 143 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Vidro, Plásticos e Metais – Deverão ser encaminhados a CORPE 10.3.3 FLUXOGRAMA DA GESTÃO IDEAL DOS RESÍDUOS VOLUMOSOS Figura 79: Fluxograma da gestão ideal dos resíduos volumosos. 10.4 RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE 10.4.1 PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE Os geradores de resíduos de serviço de saúde descritos na Resolução CONAMA n.º 358/2005 devem elaborar e implantar seus Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde. Estes planos deverão ser apresentados a Vigilância Sanitária e só a partir de 144 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos sua aprovação é que será emitida a Licença Sanitária anual. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata e contínua. A partir da aprovação e emissão da Licença Sanitária, a Vigilância Sanitária deverá notificar o estabelecimento a enviar uma cópia do PGRSS para o DAEP. O fluxograma a seguir demonstra como deve ser o procedimento de apresentação e avaliação dos PGRSS. Figura 80: Fluxograma da apresentação e avaliação dos PGRSS. Os PGRSS devem demonstrar a quantidade de resíduos gerados no estabelecimento e classificados conforme a Resolução CONAMA n.º 358/2005 e ANVISA RDC n.º 306/2004, bem como a forma de segregação, acondicionamento e destino final. As funerárias deverão também apresentar seus PGRSS, classificando seus 145 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos resíduos e indicando o destino final adequado incluindo o efluente de práticas de somatoconservação. Os estabelecimento de serviço de saúde deverão contemplar também nos PGRSS efluentes de revelação de raio X. 10.4.2 FORMA DE COBRANÇA PARA COLETA, TRATAMENTO E DESTINO FINAL DOS RSS A atual forma de cobrança para coleta e destinação final dos RSS realizada pelo DAEP é baseada principalmente na área construída (área útil de trabalho) de cada estabelecimento de serviço de saúde. Sugere-se que o fator de cálculo principal seja a massa dos resíduos coletados, pois este sim reflete a realidade de cada estabelecimento de serviço de saúde. A fórmula a seguir traz um índice do custo R$/Kg para ser aplicado no sistema de coleta. Custo (R$/Kg) = Custo anual p/manutenção da atividade x fator de investimentos para o setor* Qtdade anual de RSS coletado e descontaminado x (fator de compensação) ** * o fator de investimento no setor deve ser levado em consideração a partir do conhecimento das necessidades futuras do setor (ex. R$ 30.000,00 para modernizar a autoclave ou R$ 150.000,00 para compra de um novo veículo coletor) ** o fator de compensação deve ser calculado em função da quantidade de RSS coletado e descontaminado dos estabelecimentos públicos de serviço de saúde que tem 95% de desconto na taxa. A partir da adoção deste sistema de cobrança, no momento da coleta os RSS 146 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverão ser pesados para a geração da cobrança tendo como o fator a massa gerada por cada estabelecimento de serviço de saúde. 10.5 RESÍDUOS CONSTRUÇÃO CIVIL 10.5.1 CLASSE A Segundo a Resolução CONAMA n.º 307/2002 os resíduos classe A são os reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos, (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc), argamassa e concreto; c) De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios, etc) produzidas nos canteiros de obras. Primeiramente, deve sempre ser incentivado a reutilização destes materiais (resíduos classe A) na própria obra para reaterros de base e outras atividades no local. Quando ocorrer a geração, o acondicionamento deverá ser realizado em caçambas estacionárias metálicas (grandes volumes) ou no pátio para posterior recolhimento por carroceiro credenciado (pequenos volumes). A coleta é de responsabilidade do gerador, tanto em pequenos quanto em grandes volumes. No caso de pequenos volumes, está classe de resíduos pode ser enviada ao ecoponto por meio de carroceiros ou por veículo próprio. No caso de grandes volumes, estes devem ser imediatamente enviados ao pátio de resíduos da construção civil onde será instalada uma usina de reciclagem destes materiais. As 147 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ações descritas acima deverão ser colocadas em prática imediatamente e devem ser contínuas. A usina de reciclagem de RCC deverá ser construída em prazo imediato. Tal usina transformará os RCC classe A em um material denominado bica corrida que pode ser reutilizado na construção civil. Já existe convênio celebrado entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e a prefeitura de Penápolis para a construção da usina de RCC que se encontra em fase de licenciamento ambiental junto a CETESB e terá um custo aproximado de R$ 170.000,00. Para a operação da usina de reciclagem de RCC o município poderá realizar uma parceria publico privada, na qual a usina ficará a cargo de alguma empresa que se interesse a partir da concessão dos equipamentos. Entretanto, a responsabilidade pela destinação final adequada dos RCC Classe A será sempre das empresas que alugam caçambas estacionárias. Sendo que a destinação final poderá ocorrer por meio do beneficiamento da usina (que cobrará para reciclar os RCC) ou outro meio ambientalmente correto que é o pátio de acumulo de RCC o qual deverá ser licenciado pela CETESB. Estas alternativas de destinação final dos RCC também se aplicam aos geradores em obras públicas. 10.5.2 CLASSE B Segundo a Resolução CONAMA n.º 307/2002 os resíduos classe B são aqueles para outras destinações como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso. Para os resíduos (plástico, papel, vidro e metais) o acondicionamento deverá ser realizado de modo separado na obra e colocado para coleta de materiais recicláveis. A madeira não deve ser acondicionada junto ao passeio ou a via, e sim, na propriedade até posterior utilização (outras obras ou como combustível). O gesso deverá ser acondicionado na propriedade da construção ou reforma e 148 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos a sua gestão se dará da seguinte maneira. Após a limpeza de toda a obra e enchimento das caçambas estacionarias com os resíduos classe A, deverá ser solicitado novamente a caçamba apenas para acondicionamento do gesso de forma que este não se misture aos outros tipos de resíduos. O gesso devera ser enviado à área destinada aos resíduos classe A e serão depositados ali de forma separada para serem enviados a empresas de reciclagem quando atingir um volume considerável. Todas estas ações devem ser iniciadas de forma imediata e devem ser contínuas. As empresas que alugam caçambas estacionarias deverão ser as responsáveis por encaminhar os resíduos de gesso para reciclagem ou a instituição que será responsável pela operacionalização da usina de reciclagem de RCC. Obviamente que não existirá no município procedimento para reciclagem, porém esta empresa/instituição deverá cobrar um valor a ser calculado levando em consideração o custo do envio da tonelada para reciclagem visando obter uma pequena margem de lucro. Sendo assim, a responsabilidade inicial recairá sobre o gerador que custeará para dar destino final ao resíduo de gesso. Segundo ETEP Consultoria Gerenciamento e Serviços (2007), as latas de tinta podem sofrer o processo de reciclagem. O estudo realizado entre os anos de 2004 e 2007 demonstraram que as latas de tinta não se enquadram como Classe I – Perigosos conforme NBR 10.004/2004. No entanto, são passiveis de reciclagem. 10.5.3 CLASSE C Segundo a Resolução CONAMA n.º 307/2002 os resíduos classe C são aqueles para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação, como exemplo, pode-se citar segundo Maia et. al (2009) a manta asfáltica, manta de lã de vidro, fórmica e peças de fibra de nylon. Estes resíduos devem ser acondicionados primeiramente em sacos plásticos e 149 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos encaminhados para coleta convencional de resíduos sólidos domiciliares e comerciais. Segundo Maia et. al (2009) a manta asfáltica, manta de lã de vidro, fórmica e peças de fibra de nylon devem ser encaminhados ao aterro sanitário. Estes resíduos são classificados como Classe II – A conforme NBR 10.004/2004. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata e deverá ser contínua. 10.5.4 CLASSE D Segundo a Resolução CONAMA n.º 307/2002 os resíduos classe D são aqueles oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais a saúde oriundo de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. Como exemplo pode-se citar os pincéis e rolos contaminados com tinta e peças de amianto. Tais resíduos são classificados como Classe I – Perigosos conforme NBR 10.004/2004 e devem sofrer gestão adequada para evitar a contaminação do solo e água e consequentemente risco a saúde. A responsabilidade da ideal gestão destes resíduos é primeiramente do gerador que deve acondicionar estes em embalagens rígidas e estanques para evitar vazamentos e em local coberto para evitar contato com água da chuva. O destino final adequado para esta classe de resíduos são os aterros industriais. O encaminhamento destes resíduos para o aterro industrial ficará sob responsabilidade das empresas que alugam caçambas estacionárias. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata e deverá ser contínua. Ao envolver as empresas que alugam caçambas estacionárias na ideal gestão dos RCC Classe D, o município resolverá a problemática com relação a disposição inadequada destes resíduos, além do que, as empresas que alugam caçambas 150 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverão realizar a cobrança para executar tal serviço servindo-se de um pequeno lucro. Conforme mencionado, as latas de tinta não se enquadram nos resíduos Classe I – Perigosos conforme NBR 10.004/2004, ou classe D conforme Resolução CONAMA n.º 307/2002. 10.5.5 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E TERMO DE COMPROMISSO A exigência da separação dos resíduos da construção civil deve ser realizada pelo poder público municipal no momento da liberação do alvará de construção, onde, juntamente com o documento que autoriza o início da obra, seria assinado pelo munícipe um termo de compromisso visando a ideal separação e acondicionamento das classes dos resíduos da construção civil. Para tal orientação seria entregue também um material (folder) informando como deve ser separado e acondicionado os resíduos da construção civil conforme modelo em anexo (VER ANEXO I). Para obras e reformas de até 300 m2, o município apenas deverá exigir a assinatura do termo de compromisso para a ideal separação e destino final adequado dos RCC. No termo de compromisso devem-se constar os dados cadastrais do proprietário da construção ou reforma bem como os termos previstos para a ideal gestão de cada classe de resíduos em conformidade com a legislação vigente (Política Municipal de Resíduos Sólidos) com a devida data de duração (vigência do alvará de construção ou período acordado com o fiscal no caso de reformas). Este deverá ser assinado pelo proprietário da obra em duas vias. Para demolições, obras e reformas acima de 300 m 2, o proprietário deverá apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil elaborado por profissional habilitado, sendo este avaliado pela administração municipal para posterior assinatura do termo de compromisso. Além do mais, em pequenas reformas onde o alvará de construção não é 151 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos necessário, o fiscal de obras deverá fixar o termo de compromisso no local da obra entregando ao morador material didático orientativo para o ideal gerenciamento dos RCC. Estas ações deverão ocorrer de forma imediata e deverão ser contínuas. Figura 81: Fluxograma da apresentação e avaliação dos PGRCC. 10.5.6 REGRAS PARA ESTACIONAMENTO, SINALIZAÇÃO E TRANSPORTE DE CAÇAMBAS ESTACIONÁRIAS O Código Brasileiro de Transito (Lei 9503/1997) não traz nada específico sobre estacionamento, sinalização e transporte de caçambas estacionárias. Apenas o art. 245 traz que “utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via: Infração – grave; 152 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Penalidade – multa; Medida administrativa – remoção da mercadoria ou do material. Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável.” Muitos municípios brasileiros têm legislado sobre o assunto devido ao grande aumento da prestação destes tipos de serviços. O município de Penápolis não possui legislação específica sobre o assunto, sendo que algumas propostas estarão presentes neste caderno que compõe o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Com relação ao estacionamento, preferencialmente a caçamba deverá ser colocada no interior do imóvel. Quando isto não for possível, a caçamba deverá ser colocada na faixa de estacionamento ou acostamento da via de modo que não cause prejuízo à segurança do trânsito de veículos e pedestres. As caçambas não deverão ser colocadas sobre as calçadas, em vagas de estacionamento especial (deficientes, idosos, etc), sobre a faixa de pedestres, em frente a rampas de acesso de portadores de necessidades especiais e em frente a pontos de ônibus. Com relação à sinalização, é crucial que a caçamba seja pintada com cores chamativas (vermelho, laranja, amarelo, azul ou verde), tenha o nome e o telefone da empresa, tenha descrito “proibido lixo doméstico” e tenha sinalização refletiva na parte superior, de 8 a 15cm (oito a quinze centímetros) de largura no mínimo, em volta da caçamba (nas quatro faces). A imagem a seguir demonstra a forma de sinalização adequada de uma caçamba estacionária. 153 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 82: Forma de sinalização adequada de uma caçamba estacionária. Fonte: Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu Com relação ao transporte, é crucial que as caçambas deverão ser dotadas de cobertura que permita a proteção da carga durante o transporte (lona ou similar), a fim de evitar a queda de resíduos. No caso de queda de resíduos no momento do içamento da caçamba, imediatamente o motorista deve realizar a limpeza do local de modo que não fique nenhum tipo de resíduo na via. As ações descritas neste tópico deverão ocorrer de forma imediata e deverão ser contínuas. 154 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10.5.7 FLUXOGRAMA IDEAL DA GESTÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Figura 83: Fluxograma ideal da gestão dos resíduos da construção civil. 10.6 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO 10.6.1 RESÍDUOS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO Visando principalmente diminuir o assoreamento das lagoas de estabilização da estação de tratamento de esgoto, deve ser otimizado o sistema primário (gradeamento e decantação), evitando assim o acumulo de grandes volumes de sólidos e melhorando a eficiência geral do tratamento do esgoto. O município através do DAEP deve buscar novas alternativas para destino final do lodo das lagoas de tratamento de esgoto, levando em consideração que o mesmo apresenta composição de resíduos perigosos como os metais pesados, pois o sistema também recebe efluentes industriais. 155 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Estas ações deverão ocorrer de forma imediata. 10.6.2 RESÍDUOS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA O lodo da estação de tratamento de água, que atualmente esta sendo encaminhado ao aterro sanitário, deverá ser melhor analisado (através de pesquisadores: universitários/mestrandos/doutorandos) visando possíveis utilizações, evitando assim, que este ocupe mensalmente 70 m³ de volume do aterro sanitário. As aplicações de novas tecnologias em resíduos, tanto de estações de tratamento de água, quanto de esgoto, devem ser buscadas pela DAEP para a melhoria da gestão do saneamento básico no município. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. 10.7 RESÍDUOS DE MINERAÇÃO As atividades de extração de minérios devem ser licenciadas pelo órgão ambiental competente e tais devem elaborar e implementar seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos. No município, por exemplo, existem indústrias de artefatos cerâmicos que exploram argila vermelha. Tais indústrias ao explorar e beneficiar o mineral geram diversos tipos de resíduos que vão desde os rejeitos da mineração até peças de reposição para maquinários. Como exemplo, pode citar os seguintes resíduos: - Solo de decapeamento – Gerado no momento da preparação da lavra, classificado como Classe II B (inertes) conforme NBR 10.004/2004. - Cinzas dos queimadores – Gerado no processo de cozimento da argila para fabricação do artefato cerâmico, classificado como Classe II A (não-inertes) conforme NBR 10.004/2004. - Estopas e outros contaminados com óleos e graxas – Gerado no momento de 156 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos manutenção dos equipamentos móveis (caminhões, pá-carregadeira, etc) e equipamentos da indústria, classificado como Classe I (perigosos) conforme NBR 10.004/2004. Caso necessitem de alvará de funcionamento, estas devem apresentar seus planos para apreciação do poder público municipal para posterior liberação do documento que autoriza o funcionamento do empreendimento. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. 10.8 RESÍDUOS AGROSILVOPASTORIS As atividades agrosilvopastoris que gerem quantidades significativas de resíduos e necessitem de alvará para funcionamento (usina de processamento de cana-deaçúcar, agroindústrias, etc) devem elaborar seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos e submeter estes a análise do poder público municipal. Como exemplo, pode-se citar as usina de beneficiamento de cana-de-açúcar do grupo Clealco, indústria de grande porte que gera as mais diversas classes de resíduos sólidos e necessita ter e implementar o plano de gerenciamento de resíduos sólidos e este deve ser apresentado e aprovado pelo poder público municipal. Outro exemplo são as granjas (aviários) que são grandes geradores de resíduos sólidos, principalmente de cama de aviário (fezes e urina das aves misturado a maravalha) que são classificados como Classe II A (não-inertes) conforme NBR 10.004/2004 e devem ser utilizados como biofertilizante para áreas agrícolas. Nestes locais também é gerado grandes quantidades de carcaças de animais, que devem ser compostado na propriedade rural por meio de composteiras próprias conforme imagens a seguir: 157 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 85: Compostagem de carcaças de aves. Fonte: EMBRAPA Os resíduos gerados por tais empreendimentos são de responsabilidade do gerador que deverá sempre proceder obedecendo à legislação vigente. O órgão público terá a incumbência de fiscalizar, notificar e se necessário aplicar multas para os geradores que não estiverem de acordo com as condições estabelecidas através do PGRS. Resíduos de vacinas e medicamentos utilizados em animais são classificados conforme a Resolução CONAMA n.º 358/2005 e devem sofrer gestão conforme legislação específica. A solicitação dos PGRS das atividades agrosilvopastoris que necessitem de alvará deverá ocorrer de forma imediata. 10.9 RESÍDUOS DE CEMITÉRIOS Os cemitérios de Penápolis, são gerenciados pela prefeitura municipal, deverão elaborar e implementar seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos. Estes planos deverão contemplar a caracterização, quantificação, acondicionamento e destino final de todos os resíduos gerados. Dentre alguns exemplos de resíduos gerados em um cemitério, pode-se citar os restos de caixão, roupas e outros provenientes da exumação (Resíduos Classe II – A158 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos NBR 10.0004/2004) e grande quantidade de cera proveniente das velas caracterizado como resíduos reciclável. Tais planos deverão ser entregues ao DAEP para avaliação. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. 10.10 RESÍDUOS: ÓLEO DE COZINHA De maneira geral, deve-se incentivar a reciclagem do óleo de cozinha através da coleta realizada pela CORPE ou outros como a fabricação de sabão caseiro. Não existe legislação especifica sobre a gestão e descarte do óleo de cozinha mesmo sabendo que atualmente ele tem um valor comercial e pode ser agregado junto à coleta seletiva. A população deve sempre estar consciente do não lançamento do óleo de cozinha na rede coletora de esgoto e também sobre a importância da separação e destinação deste a cooperativa ou outra forma de reutilização. Estas ações deverão ocorrer de forma imediata e ser contínua. 10.11 RESÍDUOS INDUSTRIAIS A responsabilidade com a destinação desses resíduos é do próprio gerador, ficando a cargo do órgão público, a cobrança e a fiscalização, para que estes empreendimentos elaborem e implantem o PGRS do seu empreendimento, e o mantenham em constante operacionalização. Este plano deverá ser solicitado, a princípio, no momento em que o empreendedor solicitar junto à prefeitura municipal o seu alvará de funcionamento, ficando este obrigado a apresentar o referido plano, para que possa obter o documento necessário. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata e ser contínua. Todos os resíduos gerados nos processos industriais, e que o DAEP possa 159 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos receber e dar destino final será devidamente cobrado, tornando assim, o processo de gestão destes resíduos economicamente sustentável. Caracteriza-se como resíduos que o DAEP possa receber os Classe II A (não inertes) e Classe II B (inertes) - NBR 10.004/2004, sendo depositados no aterro sanitário e aterro de inertes consecutivamente. Quando os técnicos do DAEP acharem necessário, poderão solicitar análises de caracterização dos resíduos que terá que ser custeado pela indústria. Tais análises seriam necessárias a partir do momento em que os técnicos do DAEP não conseguissem caracterizar os resíduos se baseando na NBR 10.004/2004. Alguns resíduos são facilmente caracterizáveis como Classe I (NBR 10.004/2004), como os contaminados com óleo ou produtos químicos. Além do mais, para que o DAEP realize a coleta e destinação final destes resíduos, a indústria deverá contar com o CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental), documento este emitido pela CETESB que aprova o encaminhamento dos resíduos em locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final. Os contratos existentes terão que ser revisados a partir do momento da elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos de cada empreendimento que deverá trazer as características, acondicionamento, transporte e destino final de cada resíduo. Estas ações deverão ocorrer de forma imediata. 10.12 RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA 10.12.1 VARRIÇÃO Conforme detalhado no diagnóstico, o DAEP conta com 34 varredores em atividade e com equipamento de varrição mecanizada. Os serviços de varrição não 160 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos atendem todo o perímetro urbano devido e será pouco provável que atenderá, pois o crescimento da cidade é inversamente proporcional ao número de varredores. Além do mais, o DAEP encontra-se praticamente no limite de contratações com relação a sua arrecadação total. Uma solução seria a terceirização dos serviços de varrição, porém, estudos realizados pelo DAEP indicam a inviabilidade econômica de se realizar tal ação. Como ação imediata e contínua, deve-se incentivar a população a realizar a limpeza da frente de suas casas, tornando a atividade de varrição do município algo de compromisso coletivo. 10.12.2 CAPINAÇÃO A capinação é um serviço indispensável hoje dentro do conceito de limpeza pública. O solo acaba se acumulando nas sarjetas e nas frestas das calçadas, fazendo com que cresça mato e ervas daninha. A capinação pode ser realizada de três modos: Manual – realizada com enxadas, picaretas e outras ferramentas. Química – realizada com produtos químicos (herbicidas), não é recomendável para áreas urbanas. Fogo – realizada com equipamento especifico, tem que ser acoplada a um trator. O equipamento custa em média R$ 100.000,00 e utiliza como combustível principal, o etanol. A figura a seguir demonstra um modelo de capinadeira a fogo: 161 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 86: Modelo de capinadeira a fogo. Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Terezinha de Itaipu – PR. Em curto prazo, o DAEP deverá colocar em prática esta ação. 10.12.3 LIXEIRAS As lixeiras públicas são grandes aliadas para se manter uma cidade mais limpa. Muitos cidadãos jogam lixo nas ruas (latas, garrafas, guardanapos, papeis, etc) por não ter paciência até encontrar lixeiras para disposição destes. Atualmente, a tendência é que as lixeiras tenham separação para que os cidadãos possam acondicionar de forma separada os resíduos, normalmente “resíduos não recicláveis” e “resíduos recicláveis”. O DAEP deverá substituir as lixeiras atuais por modelos com separação, além de instalar novas lixeiras em locais de grande movimentação de pessoas. Os modelos de lixeiras podem ser vistos a seguir: 162 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 87: Modelo de lixeiras para instalação em locais públicos. Primeiramente deve ser mapeado os pontos para instalação de novas lixeiras para depois escolher um novo modelo para instalação e substituição. A instalação de novas lixeiras, incluindo as comercializadas por terceiros, bem como do local de instalação deve ser analisado e autorizado pelo DAEP que é o gestor de resíduos sólidos do município. Estas ações devem ocorrer de forma imediata. 10.13 RESÍDUOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE Com relação aos resíduos de serviço de transporte, o DAEP deverá solicitar de forma imediata o plano de gerenciamento de resíduos dos seguintes 163 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos empreendimentos: Rodoviária do município. Aeroporto Dr. Ramalho Franco. Empresas de Transporte. Com relação à ferrovia que corta a cidade, o DAEP juntamente com técnicos da prefeitura municipal, deverão analisar o contrato de concessão da ALL – América Latina Logística para verificar possíveis cláusulas que falem sobre a manutenção e limpeza da faixa de domínio. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata, pois assim o município poderá ter um norte para futuras ações com relação à limpeza e manutenção da faixa de domínio da ferrovia. 10.14 ANIMAIS MORTOS A coleta e o destino final de animais mortos é de responsabilidade do município por se tratar de uma questão de saúde publica. Atualmente, o serviço de coleta e destinação final de animais mortos é efetuado pelo DAEP sem nenhuma legislação especifica que outorgou ao mesmo o referido serviço. O DAEP manterá o serviço, atendendo as determinações imposta pela CETESB com relação ao não recolhimento e destino final de animais que morreram de doenças infectocontagiosas. Para isto, a população deverá informar o motivo da morte do animal no momento da solicitação de recolhimento. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. Caso o animal tenha morrido por consequências de doenças infectocontagiosas em uma clínica veterinária, o responsável imediato em dar o destino final adequado é o estabelecimento. Caso o animal tenha morrido por consequências de doenças infectocontagiosas na residência, o munícipe deverá acionar imediatamente a vigilância sanitária do município para orientação quanto ao destino final. Estas ações deverão ocorrer de forma imediata. 164 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Quando constatado doenças infectocontagiosas em animais que são abatidos no matadouro municipal, sob a fiscalização da vigilância sanitária, devem seguir para descontaminação, porém com responsabilidade compartilhada do criador, ou seja, os custos de descontaminação e destino final de tais animais devem ser repassados a pessoa que vendeu ou forneceu o animal para abate. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. Em situações onde o DAEP necessita deslocar a retroescavadeira para propriedades rurais para enterrar animais (vacas, cavalos, etc), os custos do serviço deverá ser repassado ao proprietário do animal em função das horas/máquina realizadas pelo equipamento. Como referência da hora/máquina pode ser utilizada a tabela SINAPI (Caixa Econômica Federal). Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. 10.14.1 FLUXOGRAMA IDEAL DA GESTÃO DOS ANIMAIS MORTOS 165 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 88: Fluxograma ideal da gestão dos animais mortos 10.15 RESÍDUOS DAS HORTAS COMUNITÁRIAS Os resíduos das hortas comunitárias tem causado alguns problemas por não terem local especifico para acondicionamento. De forma imediata, cada horta deverá contar com um sistema de compostagem compacto conforme demonstrando no item 2.1.3.2 deste trabalho e um cesto para colocar outros resíduos que não sejam compostáveis. 166 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10.16 RESÍDUOS DA FEIRA LIVRE E BARRACÃO DO PRODUTOR A maioria dos resíduos provindos da feira livre e barracão têm características orgânicas e devem seguir para o pátio de compostagem para ser agregado aos resíduos verdes. Para que isto ocorra, os comerciantes e feirantes devem ser conscientizados a acondicionar os resíduos orgânicos de forma separada de outros, principalmente os grandes volumes (bagaço de laranja, bagaço de cana e coco). Estes resíduos deverão ser enviados ao pátio de compostagem pelos próprios feirantes que devem se organizar através do sindicato da categoria. Esta ação deverá ocorrer em um curto prazo. 10.17 RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei Federal n.º 12.305/2010, Art. 33, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I – Agrotóxicos, seus resíduos, embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso. II – Pilhas e Baterias. III – Pneus. IV – Óleos Lubrificantes, seus resíduos e embalagens. V – Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista. VI – Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Para operacionalização das exigências do retorno pós consumo dos produtos 167 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ou embalagens por meio da logística reversa, a Política Nacional de Resíduos Sólidos criou dois instrumentos considerados inovadores: o Acordo Setorial e o Termo de Compromisso, firmados entre os atores para formalização dos sistemas. Os Acordos Setoriais são “atos de natureza contratual, firmados entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, visando à implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto” (Art. 19, Decreto n.º 7.404/2010), sobre os quais são exigidos consulta pública, estudos de viabilidade, dentre outras prerrogativas. Já os Termos de Compromisso não são definidos explicitamente em norma, mas referidos como possibilidade na inexistência de acordo setorial para o produto, ou para estabelecimento de compromissos mais rígidos, devendo ser homologados pelo órgão ambiental competente. Nesses casos, uma ou outra parte pode firmar um Termo de Compromisso individualmente, sendo que o instrumento pode ter abrangência estadual (Art. 32, Decreto n.º 7.404/2010). Os Termos de Compromisso estabelecidos no estado de São Paulo possuem conteúdo padronizado, que consiste basicamente em: definição de objeto (resíduo pósconsumo em questão); definições gerais (termos a serem usados no documento); descrição do sistema (com as principais operações envolvidas); responsabilidades das partes (setor produtivo, governo e outros eventuais partícipes); metas do sistema; acompanhamento da implantação; exigência de comunicação e orientação e disposições finais. Deve-se destacar ainda que os Termos de Compromisso, diferentemente dos Acordos Setoriais, têm validade apenas para as empresas signatárias ou representadas por signatários (no caso de associações e sindicatos). Embora a estratégia da SMA e da Cetesb seja reunir o máximo de partícipes nesses sistemas, o atendimento legal pode ser realizado de forma independente em sistemas autônomos executados pelas empresas, desde que atendam ao estabelecido em lei, até que haja Acordo Setorial ou regulamento. 168 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos De forma geral, os sistemas estabelecidos em São Paulo seguem três modelos básicos em função da forma de coleta dos resíduos, cada um possuindo suas peculiaridades. São eles: • recolhimento via coleta seletiva, por meio da inserção de catadores (exemplo: embalagens de cosméticos, alimentos e produtos de limpeza etc.); • recolhimento via Pontos de Entrega Voluntária (PEV), onde o consumidor leva os produtos (exemplo: óleo comestível, pilhas, celulares etc.); e; • recolhimento via sistema itinerante junto ao comércio, sem participação direta do consumidor (exemplo: óleo lubrificante, baterias, pneus etc.). O quadro a seguir demonstra de forma resumida, os termos de compromisso existentes no Estado de São Paulo: Quadro 01 – Termos de compromisso para logística reversa existentes no Estado de São Paulo Resíduos Embalagens plástica de óleo lubrificante Embalagens de Agrotóxicos Nome do Programa Programa Jogue Limpo Responsável Descrição Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) Sistema Campo Limpo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) as embalagens deverão ser devolvidas nos pontos de recebimento estabelecidos no comércio varejista ou nas centrais e pontos de recebimento dos atacadistas; • o comércio varejista e atacadista deverá receber as embalagens e armazená-las temporariamente conforme orientação do Programa; • o sistema de recebimento itinerante recolherá as embalagens nos pontos de recebimento cadastrados e nas centrais dos atacadistas, emitindo certificado de recebimento e encaminhando-as às centrais de recebimento; • nas centrais de recebimento as embalagens deverão ser drenadas, pesadas, separadas por cor, prensadas ou picotadas e encaminhadas à destinação final, preferencialmente a reciclagem. • na compra do produto, o produtor rural é orientado quanto aos procedimentos de gerenciamento pós-consumo e o endereço da unidade de recebimento (posto ou central) é indicado na nota fiscal; • ainda no campo, após o uso, o produtor faz a tríplice lavagem, segundo regras definidas; • o produtor leva as embalagens às unidades de recebimento; • as unidades recebem e classificam embalagens e emitem comprovante de devolução; • eventualmente o recebimento pode ser via sistema itinerante; • o Inpev realiza o transporte dos postos para as centrais de recebimento; • o Inpev realiza transporte das centrais até o destino final, preferencialmente para reciclagem. Meta Para atendimento ao comércio varejista, em postos de serviços, concessionárias de veículos, e comércio atacadista: • 2012 – 25% dos municípios do estado; • 2013 – 50% dos municípios do estado; • 2014 – 75% dos municípios do estado; e • 2015 – 100% dos municípios do estado. As metas de recolhimento de embalagens previstas para os anos foram: • 2012 – 3.850.000 kg, • 2013 – 4.570.000 kg, 2014 – 4.570.000 kg. 169 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Empresas participantes do Programa Abinee Recebe Pilhas Reciclanip Associação Reciclanip Vários (cada operadora possui o seu) Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) Óleo lubrificante Logística Reversa de OLUC (Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados) Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (Sindirrefino) Baterias Automotivas Programa de Responsabilidad e Pós-Consumo de Baterias Automotivas Empresas signatárias associadas à Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) Pilhas e Baterias Portáteis Abinee Recebe Pilhas Pneus Aparelhos de telefonia móvel celular e de rádio comunicação • o consumidor leva as pilhas e baterias portáteis até • 2011 – 24,8 toneladas estabelecimento comercial que possua ponto de coleta; • 2012 – 76,3 toneladas • o estabelecimento comercial armazena temporariamente 2013 – 157 toneladas as pilhas e baterias de forma adequada e, após atingida uma quantidade mínima, solicita a coleta para a empresa gestora do Programa; • a empresa gestora recolhe as pilhas nos pontos de recebimento, efetua triagem por marca e encaminha para destinação final ambientalmente adequada. • a Reciclanip definirá pontos de coleta em locais de • dezembro de 2012: comércio de pneus, via convênio com prefeituras ou em estruturas implantação em 5 municípios do de terceiros; Litoral Sul já atendidos por ponto de • os pneus inservíveis deverão ser entregues em um coleta; • junho de 2013: desses pontos de coleta; • os pontos de coleta deverão fazer a armazenagem implantação de 1 ponto de coleta no temporária dos pneus, inteiros ou triturados, conforme os requisitos município de Ribeirão Preto; legais e a proteção à saúde e meio ambiente; implantação em 2 municípios do Vale do Paraíba já atendidos por ponto de • a Reciclanip recolherá os pneus nos pontos de coleta, assegurando sua correta destinação final. coleta; e • dezembro de 2013: implantação de 1 ponto de coleta no município de Campinas; implantação em 2 municípios da mesorregião do Itapetininga já atendidos por ponto de coleta. • os usuários devem entregar aparelhos, baterias e Disponibilizar postos de coleta em acessórios em um dos pontos de coleta das operadoras; todas as lojas próprias e revendas autorizadas até o final do primeiro • os pontos de coleta receberão os resíduos e realizarão a ano. armazenagem temporária; • o operador logístico recolherá os resíduos nos pontos de coleta, podendo enviá-los a um Centro de Armazenamento ou diretamente a um reciclador; • caso sejam enviados a um Centro de Armazenamento, nestes os resíduos serão pesados, separados e armazenados para posterior envio à reciclagem. • os geradores e revendedores de OLUC deverão recolher Coletar OLUC equivalente a 42% do o resíduo e entregá-lo exclusivamente aos coletores autorizados; volume de óleo acabado comercializado no estado de São • os coletores entregarão o OLUC recolhido exclusivamente às empresas rerrefinadoras; Paulo (deduzido o volume dispensado • os rerrefinadores beneficiarão o OLUC recebido de coleta), a ser atingida em 2015. conforme a legislação específica, produzindo óleo básico; • os produtores e importadores de óleo lubrificante custearão a coleta e destinação do OLUC • os geradores/consumidores deverão descartar as baterias • dar destinação usadas em um dos pontos de recebimento; ambientalmente adequada a 100% • o operador de logística deverá recolher as baterias nos das baterias automotivas recebidas pontos de recebimento e encaminhá-las a um centro de de suas marcas; • a coleta se dará em todos armazenamento ou diretamente à reciclagem; • caso sejam enviados a um centro de armazenamento, no os estabelecimentos comerciais e na local os resíduos serão pesados, separados e armazenados para rede de assistência técnica posterior envio à reciclagem. autorizada. 170 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Filtro de óleo lubrificante automotivo Programa Descarte Consciente Abrafiltros Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais (Abrafiltros) • o gerador retira o filtro de óleo lubrificante automotivo após sua utilização pelo consumidor, no momento da substituição deste por um novo; • o gerador armazena o filtro usado em kit de armazenagem, fornecido pelo coletor; • o coletor efetua a coleta periódica nos pontos de coleta, em geradores cadastrados conforme a definição de metas e abrangência geográfica; • o coletor efetua a rotulagem, o embarque e o transporte dos filtros usados até o reciclador ou outra destinação adequada; • 2012 – 135.615,40 kg de filtros coletados e destinados • 2013 – 276.664,57 kg de filtros coletados e destinados • até julho de 2014 – 275.352,80 kg de filtros coletados e destinados Fonte: Governo do Estado de São Paulo (2014). De um modo geral, a municipalidade deve agir como parceiro e agente fiscalizador no que diz respeito aos resíduos passíveis de logística reversa, a não ser em situações em que o próprio poder público se caracteriza como gerador. 10.17.1 PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS Esses produtos, após o termino de sua vida útil, devem ser absorvidos pelos fabricantes, importadores e comerciantes. Atualmente no município, os produtos eletroeletrônicos tem os seguintes destinos: a campanha anual realizada no município e pela coleta seletiva e ecopontos sendo absorvidos pela CORPE, que desmonta e os comercializa. Porém, parte destes resíduos (como os tubos de imagem) não tem mercado, tem um custo para posterior descontaminação, ficando como passivo ambiental. Parte dos resíduos eletroeletrônicos tem sido descartados no aterro de inertes por meio das caçambas estacionarias particulares, sem qualquer custo, caracterizando disposição inadequada de resíduos conforme legislação vigente. Mesmo com esta ação acontecendo, deve-se estabelecer no município o disposto no art. 33 da Lei Federal n.º 12.305/2010 incorporando a CORPE como parceiro na logística reversa, conforme fluxograma a seguir: 171 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 89: Fluxograma ideal da gestão dos resíduos eletroeletrônicos Para que exista um controle inicial sobre os revendedores (lojas), é necessário que estes apresentem ao DAEP o seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para avaliação e fique cadastrado junto ao DAEP como empreendimento participante da logística reversa em sua categoria (produtos eletroeletrônicos). 10.17.2 PNEUS Referente à logística reversa para os pneus já existe um acordo setorial a nível nacional. Contudo, no município de Penápolis os resíduos de pneus inservíveis gerados por comerciante (borracharias, bicicletarias, oficinas mecânicas) continuarão a ser destinados da forma que vem sendo realizada, neste caso encaminhado diretamente ao barracão de acondicionamentos de pneus. Salienta-se que este serviço não tem custo. Entretanto, o gerador poderá optar pela coleta realizada pelo DAEP, a qual terá um custo. Os ecopontos não podem receber acima de uma unidade por usuário que ira fazer o descartes. 172 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 10.17.3 PILHAS E BATERIAS Deverá ser implantando o sistema de logística reversa das pilhas e baterias a nível municipal. Os comerciantes de pilhas e baterias deverão manter uma urna em seu estabelecimento para o recebimento de pilhas e baterias. A partir do recebimento, cada comerciante deverá levar as pilhas e baterias até um local determinado pelo DAEP. Tais resíduos deverão ser recolhidos por empresa especializada no destino final ambientalmente adequado, sendo que os custos para tal destinação final serão rateados entre os comerciantes do município. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata e poderá ser modificada a partir da fixação dos acordos setoriais com os fabricantes e importadores. Para que exista um controle inicial sobre os revendedores (lojas), é necessário que estes apresentem ao DAEP o seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para avaliação e fique cadastrado junto ao DAEP como empreendimento participante da logística reversa em sua categoria (pilhas e baterias). Figura 90: Fluxograma ideal da gestão das pilhas e baterias. 10.17.4 LÂMPADAS FLUORESCENTES Deverá ser implantando o sistema de logística reversa de lâmpadas173 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos fluorescentes a nível municipal. Os comerciantes de lâmpadas fluorescentes deverão manter um recipiente especifico em seu estabelecimento para o recebimento de tais resíduos. A partir do recebimento, cada comerciante deverá levar as lâmpadas até um local determinado pelo DAEP. Tais resíduos deverão ser recolhidos por empresa especializada no destino final ambientalmente adequado, sendo que os custos para tal destinação final serão rateados entre os comerciantes do município. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata e poderá ser modificada a partir da fixação dos acordos setoriais com os fabricantes e importadores. Para que exista um controle inicial sobre os revendedores (lojas), é necessário que estes apresentem ao DAEP o seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para avaliação e fique cadastrado junto ao DAEP como empreendimento participante da logística reversa em sua categoria (lâmpadas fluorescentes). Figura 91: Fluxograma ideal da gestão das lâmpadas fluorescentes. 10.17.5 ÓLEOS LUBRIFICANTES, SEUS RESÍDUOS E EMBALAGENS Deverá ser implantando o sistema de logística reversa de óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens. Os postos de combustível, oficina mecânica e outros que realizam a venda e serviços de troca de óleo de veículos automotores deverão ter 174 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos local especifico para armazenamento do óleo usado, embalagens e produtos contaminados com óleo. O óleo lubrificante usado deve ser enviado para rerrefino. Atualmente, empresas compram o óleo lubrificante usado como a Lwart com sede na cidade de Lençóis Paulista – SP. Quanto aos produtos contaminados com óleo (estopas, flanelas, serragem e outros) devem ser armazenados e enviados para aterro industrial. Com relação às embalagens, estas devem seguir para a logística reversa, tendo em vista que já existe acordo setorial assinado em dezembro de 2012. Para que exista um controle inicial sobre os revendedores (mecânicas, postos de combustível, etc), é necessário que estes apresentem ao DAEP o seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para avaliação e fique cadastrado junto ao DAEP como empreendimento participante da logística reversa em sua categoria (óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens). Estas ações deverão ocorrer de forma imediata. Figura 92: Fluxograma ideal da gestão do óleo lubrificantes, seus resíduos e embalagens. 10.17.6 EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS Deverá ser implantando o sistema de logística reversa de embalagens de 175 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos agrotóxicos. As empresas que comercializam agrotóxicos deverão receber as embalagens de agrotóxicos e dar destino final adequado conforme preconiza as Leis 7802/1989 e 9974/2000. Para que exista um controle inicial sobre os revendedores (comerciantes de agrotóxicos), é necessário que estes apresentem ao DAEP o seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para avaliação e fique cadastrado junto ao DAEP como empreendimento participante da logística reversa em sua categoria (embalagens de agrotóxicos). Figura 93: Fluxograma ideal da gestão das embalagens de agrotóxicos. 10.18 GRANDES GERADORES Com relação aos grandes geradores, têm-se as seguintes proposições: Elaboração e apresentação ao DAEP dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos visando o controle da qualidade e quantidade de resíduos gerados nestes empreendimentos. 176 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Não recebimento de resíduos que não sejam considerados “domiciliares e comerciais” e/ou inertes. Os PGRS dos empreendimentos ajudarão o DAEP a compreender o que é gerado nas atividades comerciais, industriais e prestadores de serviço instalados no município. Tais PGRS deverão ser requeridos no momento da renovação do alvará ou no momento em que o DAEP achar necessário para auxiliar na gestão integrada dos resíduos sólidos. Com relação à cobrança pela coleta, a partir do momento que o DAEP conseguir organizar e classificar estes empreendimentos através dos PGRS, grande parte dos resíduos coletados atualmente não se enquadrarão para coleta do DAEP (ex. resíduos de oficinas mecânicas considerados classe I). Além do mais, quando o empreendimento se enquadrar dentro das diretrizes em que o DAEP pode atuar na coleta e disposição final, deverá existir cobrança especifica para tais geradores. Tais ações deverão ocorrer de forma imediata. 10.19 RESÍDUOS DE EVENTOS Para solucionar a problemática dos resíduos em eventos, propõe-se que o organizador ou promotor de cada evento seja obrigado a firmar um acordo com o DAEP através de contrato ou dispositivo que garanta a limpeza do local durante e/ou após o evento e que tal limpeza seja realizada pela equipe do DAEP mediante cobrança pelos serviços. Os eventos a que se refere este são aqueles abertos ao público realizados em locais públicos ou privados, que exista mobilização da população e que vise lucro ou não podendo ser de cunho religioso, cultural, político ou esportivo e que tenha produção de resíduos sólidos. Este acordo para limpeza deve ser realizado único e exclusivamente para eventos que não tenham parceria com a prefeitura municipal. 177 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. 10.20 DEPÓSITOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Visando diminuir os impactos aos vizinhos e também ao meio ambiente de uma forma geral, algumas ações devem ser realizadas pelos proprietários dos pátios de materiais para construção: Implantação de uma cortina verde formada por espécies de rápido crescimento e fechamento (ex. sansão-do-campo, hibisco, pingo-de-ouro). Implantação de dispositivos de drenagem para evitar que a água incidente sobre o pátio seja lançada na rua com detritos. Tais ações deverão ser aplicadas apenas a depósitos que comercializam pedra e/ou terra e/ou areia. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata. 10.21 ANÁLISE DO SISTEMA DE COBRANÇA DA TAXA DE COLETA DE LIXO A mudança na forma de cobrança da taxa de lixo é uma ação que vem sendo inseridas e propostas nos PMGIRS. No entanto, no município de Penápolis, verificou-se que o sistema de cobrança, definido pela Lei Municipal 1001/2001, está de acordo com o que preconiza as Leis Federais n.º 11.445/2007 e 12.305/2010. Entretanto, para que o sistema se torne economicamente sustentável, propõemse que ocorra reajustes com relação ao valor cobrado. Para isto, será necessário que a equipe técnica do DAEP realize analises anuais de suas receitas, despesas e investimentos necessários para a manutenção das atividades de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos, tendo como conceito básico a seguinte fórmula. RECEITAS ≥ 1,0 + (INVESTIMENTOS) DESPESAS 178 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Esta ação deverá ser colocada em prática imediatamente e deverá ser realizada de forma contínua. 11 CARROCEIROS Os carroceiros têm papel fundamental na gestão dos resíduos sólidos no município de Penápolis, por isso, algumas ações devem ser colocadas em prática visando à valorização da classe, dentre elas: O cadastramento de todos os carroceiros do município. A partir do cadastramento, a emissão de um selo (placa ou adesivo) que deverá ser fixado de modo visível na carroça. Treinamento (curso) sobre a importância da classe na gestão dos resíduos e o ciclo de vida dos resíduos que eles trabalham. Estas ações devem ocorrer de forma imediata pois auxiliará na gestão integrada de alguns resíduos no município e ao mesmo tempo ajudará na valorização dos carroceiros. 12 ECOPONTOS Existe a necessidade da criação de mais dois ecopontos. A partir destes, o município contaria com um total de sete ecopontos que atenderia todo o perímetro urbano do município. O mapa a seguir demonstra as regiões onde deveriam ser instalados os novos ecopontos. 179 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 94: Ecopontos existentes e regiões para instalação de novos ecopontos. Fonte: Google Earth adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). Os novos ecopontos serão instalados nos bairros Residencial Silva Covas e Bairro Santa Terezinha, os quais irão abranger os seguintes locais: Residencial Esplanada Residencial Gualter Monteiro Residencial Osvaldo Vizoni 180 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Olaria Sala Vila Martins Jardim Primavera Vila São Vicente Parque Residencial Oliveira Vila Gardin Vila Paulista Vila Formosa Parque Residencial São Fernando Parque Residencial Monreal Loteamento Delmo Cagliari Jardim Guanabara Jardim Fênix Condomínio Residencial Altimari Jardim Residencial Gargioni Cada ecoponto tem um valor médio de instalação de R$ 40.000,00 com exceção do valor do terreno e um custo mensal de R$ 6.000,00 mensais com vigias. A instalação dos novos ecopontos terá que ocorrer de forma imediata. Além da instalação de dois novos ecopontos, se faz necessário também que exista uma organização interna, tendo um espaço especifico para cada tipo de resíduo evitando receber resíduos que não estejam de acordo com a utilização do espaço. 13 CORPE Visando sempre o crescimento da cooperativa e levando em consideração o valor que a mesma apresenta para a gestão dos resíduos sólidos do município de 181 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Penápolis, algumas ações devem ser colocadas em prática de forma imediata e constante, dentre elas: Incentivar a separação de materiais que estão em baixa no mercado ou no momento não tem comercialização (ex. garrafa de leite Shefa, etc) e mantê-los prensados e estocados. Manter o auxilio administrativo que o DAEP realiza perante a cooperativa. Agrupar catadores avulsos. Intensificar a fiscalização de pontos clandestinos de acumulo de resíduos recicláveis visando a desativação destes locais, observando as diretrizes da saúde pública. A partir do momento em que a CORPE colocar em prática a separação de materiais que estão em baixa no mercado ou não tem comercialização no momento, a quantidade de rejeitos oriundos da classificação dos resíduos recicláveis diminuirá. Mesmo assim, os rejeitos da CORPE deverão continuar seguindo para o aterro sanitário. 14 ATERRO DE INERTES Em relação à área de disposição de resíduos inertes, deverá ser elaborado plano de adequação do local e paralisação imediata de recebimento de resíduos que não se caracterizem como Classe II – B conforme NBR 10.004/2004. Estas ações deverão ocorrer de forma imediata. 15 ATERRO SANITÁRIO O aterro sanitário do município, mesmo tendo um IQR de 9,0 (2013), deverá passar por melhorias que deverão ter início em um curto prazo e se estender durante182 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos a vida útil do local. Dentre as melhorias, pode-se citar: Melhorias do sistema de drenagem de águas pluviais. Adequação dos drenos de gases. Estudo visando o aproveitamento energético dos gases. Elaboração e implantação de um sistema de monitoramento (geotécnico, gases, percolado, águas superficiais e subterrâneas). Além do mais, em médio prazo, o DAEP deverá iniciar o processo de projeto e licenciamento para ampliação do aterro sanitário. A área para ampliação já foi adquirida pelo DAEP e possui 3,37 alqueires. A imagem a seguir demonstra a área para ampliação do aterro sanitário. 183 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 95: Área potencial para ampliação do aterro sanitário. Fonte: Google Earth adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). 16 PONTOS VICIADOS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS É muito claro que a intenção do poder público é que se extinguissem os pontos viciados de disposição de resíduos. Imediatamente, tal situação é praticamente impossível, porém com o passar do tempo é possível que isso se torne realidade que depende dos seguintes fatores: Aumento da fiscalização: a partir de uma fiscalização mais intensa, as pessoas que praticam tal situação ficarão coibidas de jogar os resíduos 184 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em quaisquer lugares. Conscientização ambiental: demonstrar a população que existem locais específicos para colocar os resíduos (ecopontos) e que tais são custeados pela própria população através das taxas e impostos. Aumento do número de ecopontos: com ecopontos mais próximos, a população se sente melhor atendida e passa a levar os resíduos até o local apropriado. Utilizar-se da legislação municipal que obrigue os proprietários de imóveis a construir calcadas afim de evitar a criação de novos pontos viciados. Os onze locais denominados pontos viciados podem ser vistos no mapa a seguir: 185 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 96: Pontos viciados de disposição de resíduos. Fonte: Google Earth adaptado por Ambiental Costa Oeste (2014). A descrição da localização dos pontos viciados pode ser observada na tabela a seguir: 186 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Tabela 22 – Descrição da localização dos pontos viciados Ponto Logradouro Bairro PV01 Estrada para o Bairro Córrego Grande Zona Rural PV02 Rua Augusto Pereira de Moraes Loteamento Delmo Cagliari PV03 Rua do Mineiro Residencial Ana Paula PV04 Rua Giacomo Paro Bairro Shangrilá PV05 Rua Leonello Luigi Beneduzzi Residencial São Francisco PV06 Avenida Julio Assef Dualibe Jardim Tokio PV07 Rua Alexandre Vieira de Miranda Loteamento Gualter Monteiro PV08 Rua dos Antúrios Conjunto Habitacional Silvia Covas PV09 Marginal Pau Brasil Conjunto Habitacional Silvia Covas PV10 Estrada Vicinal Principal PNP 012 Zona Rural PV11 Estrada Vicinal Principal PNP 010 Zona Rural 17 FISCALIZAÇÃO A fiscalização refere-se às atividades da administração pública e seus agentes visando fazer cumprir as obrigações legais da sociedade (Wikipédia, a Enciclopédia Livre, 2014). Diante do exposto, sabe-se que é necessário que a fiscalização deva ser fortalecida no município, para o melhor controle das atividades desenvolvidas em relação à limpeza urbana e gerenciamento dos resíduos sólidos, de forma que os serviços sejam prestados de forma eficaz. Esta fiscalização poderá ser realizada com o auxilio de fiscais de obras e posturas os quais deverão atuar diretamente nas ruas do município, em contato direto com os munícipes, desta forma, poderão instrui-los de como proceder em relação ao gerenciamento dos seus resíduos gerados, bem como autuar os cidadãos que não 187 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos respeitarem as condições e propostas deste plano, em relação ao correto gerenciamento dos resíduos sólidos. Para que tal ação aconteça, será necessária aumentar o número de fiscais de postura da prefeitura municipal de forma imediata. 18 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, e possui um conjunto de ações voltadas ao fomento da participação da população afetada durante o processo de implantação de um sistema de coleta seletiva no âmbito municipal. Este programa será capaz de construir estratégias de ação coletiva naquilo que afeta a qualidade do meio ambiente, a fim de prevenir, minimizar, mitigar os eventuais impactos ambientais decorrentes deste processo (LEI 9.795,1999). Os programas de Educação Ambiental têm como perspectiva a sustentabilidade ambiental, e suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade ambiental, buscando o envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida (PRONEA, 2005). As metas traçadas em um Programa de Educação Ambiental devem incluir em sua totalidade os munícipes, a fim de obter maior êxito no processo de implantação e operacionalização do processo de gerenciamento correto dos resíduos sólidos produzidos no município. Deverá haver comprometimento e participação de todos os setores envolvidos para que o programa de coleta seletiva funcione de forma correta. Sendo assim, o município deverá implantar ações para a educação ambiental, voltadas a correta gestão dos resíduos sólidos. O anexo III deste plano apresenta um modelo de Programa de Educação Ambiental, com ênfase na gestão dos resíduos sólidos, que deverá ser adotado pelo município. Esta ação deverá ocorrer de forma imediata e continua. 188 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 19 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAIS E AMBIENTAIS DOS SERVIÇOS Na maioria das cidades brasileiras, os serviços de limpeza urbana são operados sem controle e sem registros. Os dados e os parâmetros utilizados no dimensionamento das atividades operacionais são resultantes da experiência dos encarregados a estes setores, não passando por avaliações e análises sistemáticas. Isto dificulta o planejamento de ações globais para melhoria da qualidade da limpeza urbana e da gestão dos resíduos sólidos (D’alessandro e Barros). Os indicadores de desempenho devem respeitar os aspectos particulares do município, e devem refletir uma característica particular, com vistas a medir ou representar os aspectos que visam mudar uma situação existente julgada insatisfatória. Os indicadores devem ser utilizados como ferramentas concretas para o planejamento e avaliação de politicas públicas, fortalecendo as decisões e o controle, bem como facilitando uma maior participação dos diversos grupos de interesse (D’alessandro e Barros). Os relatórios com os indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços de limpeza pública e gestão dos resíduos sólidos, deverá ser realizado para o monitoramento da qualidade dos serviços prestados, para alcançar as metas préestabelecidas, e para melhorar a qualidade de vida da população. Umas das metodologias utilizadas para descrever essa situação é a construção de indicadores para ter um sistema de monitoramento. Os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, e possuem minimamente duas funções básicas: descrever por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento, e a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores de forma a 189 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos realizar proposições valorativas (Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores, Governo Federal, 2009). Os indicadores servem para: Mensurar os resultados e gerir o desempenho; Embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada de decisão; Contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais; Facilitar o planejamento e o controle do desempenho; Viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes. Para a avaliação dos indicadores de desempenho ambiental e operacional do Município de Penápolis, foi elaborada uma planilha para ser avaliada anualmente. Nesta planilha estão descritos vários itens a serem avaliados pela equipe do DAEP, com o intuito de que sejam criados indicadores para a manutenção dos serviços prestados de gerenciamento dos resíduos sólidos bem como dos serviços de limpeza pública. A planilha está em anexo a este caderno (ANEXO IV) Como no município já existe o Conselho Deliberativo, este poderá exercer as atividades de fiscalização, controle e monitoramento dos indicadores de desempenho operacional e ambiental, referentes ao gerenciamento dos resíduos sólidos e de limpeza pública. É importante salientar o caráter complementar deste Conselho, ao papel que deve ser de fato e de direito destinado ao ente regulador. Assim como lembrar ainda o caráter de apoio institucional que organismos ou representantes de outras esferas que não o município, podem atuar. Este conselho para acompanhamento e avaliação do desempenho operacional 190 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e ambiental das atividades de gestão dos resíduos sólidos bem como da limpeza pública, tem o objetivo de: Acompanhar as ações programadas para o cumprimento das metas; Atualizar os elementos que constituem o planejamento dos serviços; Operacionalizar o sistema municipal de informações do PMGIRS, Coordenar a atualização periódica do PMGIRS; Avaliar o processo de implementação do plano, através dos indicadores de eficiência, eficácia e efetividade. 20 PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é de grande importância para a gestão compartilhada e traz inúmeros benefícios para o município. Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) estão sujeitos a elaboração do plano, empresas de construção civil, empreendimentos de serviços públicos de saneamento básico, empreendimentos que gerem resíduos industriais, empreendimentos que gerem resíduos de serviços de saúde, empreendimentos que gerem resíduos de mineração, além de os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal. A identificação dos empreendimentos que necessitam de plano de gerenciamento de resíduos sólidos faz parte deste plano. Tal item norteia os responsáveis pela aplicação deste trabalho para que possam estar agindo de forma a orientar e fiscalizar os empreendimentos. Vários empreendimentos já foram citados 191 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos neste trabalho, sendo a listagem abaixo complementar e genéricos: Supermercados – Os supermercados geram grandes quantidades de resíduos, grande parte passíveis de reciclagem e grande parte orgânica. Além do mais, os supermercados comercializam pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes. Oficinas Mecânicas/Postos de Combustíveis/Chapeação e Pintura – Estes empreendimentos, além de gerarem grandes quantidade de resíduos recicláveis como embalagens e peças metálicas, produzem também vários tipos de resíduos Classe I (Perigosos). Os resíduos perigosos são gerados a partir do contato de materiais como óleos e solventes (estopas, maravalha), lonas de freio à base de amianto, filtros e embalagens de óleos, tintas, borras e óleo queimado e devem ser manuseados de forma a evitar contaminação de solo e água e devem ser enviados para coleta especializada e nunca enviados para o aterro sanitário ou aterro de inertes. Lava-car – Geram grandes quantidades de lodo provindo dos sistemas de tratamento de efluentes. Estes lodos estão sempre carregados com materiais tensoativos e óleos e graxas e são classificados como Classe I (Perigosos). Indústrias – As indústrias geram grandes quantidades e variedades de resíduos. Estes resíduos podem ser provindos do sistema produtivo Pátio de Máquinas da Prefeitura Municipal – Neste local são gerados resíduos provindos de atividades mecânicas, além de contar com uma usina de asfalto. Caixa de areia de postos de gasolina, lavajato, oficinas mecânicas – Os resíduos gerados nestes sistemas de tratamento de efluentes se caracterizam como Classe I – Perigosos conforme NBR 10004/2004 e devem ser enviados para aterro industrial. DAEP – O DAEP conta com uma estrutura completa onde são gerados diversos resíduos, incluindo o sistema de tratamento de água. Vale, salientar que outros empreendimentos também podem ser considerados geradores em potencial de resíduos sólidos, onde, o DAEP e os fiscais da prefeitura 192 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos devem estar sempre atentos aos processos produtivos que irão diferentes tipos de resíduos. Para que os empreendimentos estejam comprometidos com a gestão de seus resíduos sólidos, a prefeitura deve solicitar o PGRS no momento da solicitação do alvará e nos anos seguintes, relatório simplificado e comprovação de entrega de resíduos perigosos a empresas especializadas. 21 PROGRAMAS E AÇÕES DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA VOLTADOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PMGIRS A partir da aprovação do Plano de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos do município, inicia-se a oportunidade de capacitação e formação dos envolvidos com a implantação e operacionalização do referido plano, neste caso os funcionários do DAEP, servidores da prefeitura entre outros. Contudo, todas as pessoas que estão envolvidas com o serviço público, desde o mais importante cargo, até os mais baixos níveis de contratação, devem estar capacitados e conscientização da importância da correta gestão dos resíduos sólidos, pois deste comprometimento, depende o sucesso da implantação e operacionalização de um PMGIRS. O PMGIRS foi elaborado por uma equipe multidisciplinar contratada, a qual dispunha de equipe técnica capacitada para tal fim. As informações para a elaboração do plano foram obtidas através de levantamento bibliográfico, levantamento de informações a campo, pesquisas de documentos e informações com os responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos sólidos e limpeza pública do órgão público. Foram realizadas visitas a campo com o acompanhamento da equipe do DAEP, para a verificação da situação real do município, em relação ao gerenciamento dos resíduos sólidos e dos serviços de limpeza pública. Para a elaboração do Plano, foram discutidas as práticas e os modelos de 193 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos gestão dos resíduos sólidos, e também foram feitas proposições em cenários futuros para a implementação das ações necessárias para o melhoramento da gestão dos resíduos sólidos e dos serviços de limpeza pública. Em todas as etapas da construção do referido plano, foram discutidas e analisadas as informações e proposições da equipe do DAEP, da população através de reuniões e propostas do fórum de saneamento municipal. A equipe contratada para a elaboração do PMGIRS deve realizar uma capacitação de duas horas com os envolvidos na implementação do plano, porém, o DAEP deve manter um calendário de capacitação semestral envolvendo todos novamente e demonstrando os resultados alcançados. 22 PERIODICIDADE DA REVISÃO DO PMGIRS, OBSERVADO PRIORITAMENTE O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PLANO PLURIANUAL – PPA MUNICIPAL O PMGIRS é constituído de etapas a serem seguidas pelo município, para que o mesmo consiga atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O devido plano é constituído de metas e ações a serem atingidas de forma imediata, curto, médio e longo prazo, pelo município. Desta forma, o município precisa investir em alguns pontos do gerenciamento dos resíduos sólidos e dos serviços de limpeza pública, para que os mesmos sejam executados de forma eficaz, atendendo sempre as leis ambientais. Contudo, estes investimentos devem estar previstos no orçamento público do município, para que o mesmo possa se organizar financeiramente para a realização das metas propostas no PMGIRS. O Plano Plurianual é o instrumento de planejamento governamental de médio prazo, previsto no artigo 165 da Constituição Federal, regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998 e estabelece diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para um período de 04 (quatro) anos, organizando as ações do governo em programas que resultem em bens e serviços para a população (Governo de Goiás, 2014). 194 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Este plano é aprovado por lei quadrienal, tendo vigência do segundo ano de um mandato majoritário até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Nele constam, detalhadamente, os atributos das políticas públicas executadas, tais como metas físicas e financeiras, público alvos, produtos a serem entregues à sociedade, etc. Segundo o inciso XIX do art. 19 da Lei Federal n.º 12.305/2010, a revisão do PMGIRS deve observar prioritariamente o período de vigência do Plano Plurianual Municipal (PPA). O município de Penápolis já está com seu PPA no período de 2014 a 2017 elaborado, onde está contido o orçamento a ser gasto dentro dos próximos 04 anos, em todos os setores do município. Isto não quer dizer, que este orçamento não pode ser revisado e modificado, pois sempre haverão investimentos a serem realizados que não foram previstos. Desta forma, o PMGIRS deverá ser revisado no começo do ano anterior a vigência do próximo plano plurianual, ou seja, em 2017 para que possa se encaixar as novas propostas no plano plurianual 2018 – 2021. 23 POSSÍVEIS FONTES DE FINANCIAMENTO Além dos recursos previstos no orçamento municipal, o DAEP pode ter acesso a recursos extraordinários provenientes da União, por meio de fomento ou de instituições financeiras federais, mediante a concessão de linhas de crédito. Desta forma é importante identificar as potenciais fontes para captação de recursos para gestão dos resíduos sólidos e limpeza pública que os municípios podem recorrer. Abaixo estão descritas, algumas fontes de financiamento disponíveis para os municípios estarem adquirindo. 23.1 BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO (BNDES) 195 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal, com sede em Brasília cujo principal objetivo é financiar de longo prazo a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, de âmbito social, regional e ambiental (Wikipédia, a Enciclopédia Livre). O BNDES possui, programas e fundos voltados a inovação, investimentos sociais e investimentos em infraestrutura tanto para saneamento básico, racionalização de uso de recursos naturais, recuperação de passivos ambientais. Salienta-se que tal tipo de financiamento é reembolsável, e quando requerido pelo município é necessário que esteja contemplado na lei orçamentária, a previsão do pagamento do empréstimo, e deve haver a permissão do município para a efetuação de tal pagamento. 23.2 BANCO DO BRASIL O Banco do Brasil disponibiliza várias linhas de financiamento para atender as necessidades dos mais diversos empreendimentos. O Banco do Brasil conta com apoio financeiro, que oferece as melhores condições para o sucesso de qualquer empreendimento (Banco do Brasil, 2014). Salienta-se que estas linhas de financiamento podem ser requeridos somente por sociedades empresarias ou por associações e cooperativas, sendo aplicável a CORPE. 23.3 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL A Caixa Econômica Federal (CEF) é uma instituição financeira, sob a forma de empresa pública do governo federal brasileiro, com patrimônio próprio e autonomia administrativa com sede em Brasília e com filiais em todo o território nacional. E um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda (Wikipédia, a Enciclopédia Livre, 2014). A CEF disponibiliza linhas de crédito para financiar a elaboração de planos 196 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos estaduais e municipais de resíduos sólidos e também para a implantação o que é previstos nestes planos. O financiamento pode ser requerido tanto por estados e municípios como também pelos demais atores ligados a Politica Nacional de Resíduos Sólidos. 23.4 PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC) Criado em 2007, o PAC promoveu a retomada do planejamento e execução de grandes obras de infraestrutura social, urbana, logística e energética do país, contribuindo para o seu desenvolvimento acelerado e sustentável (Governo Federal, 2014). Entre os investimentos concedidos pelo PAC estão: investimentos com o saneamento básico, habitação, transporte, energia e recursos hídricos. 23.5 FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (FNMA) O FNMA é um programa de financiamento não reembolsável. Foi criado há 24 anos, e é o mais antigo fundo ambiental da América Latina. Tem a missão de contribuir, como agente financiador, por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA (Governo Federal, 2014). 23.6 MINISTÉRIO DA SAÚDE O Ministério da Saúde é o órgão o poder executivo federal responsável pela organização e elaboração de planos e politicas publicas, voltados para a promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros. É função do ministério da saúde, dispor de condições para a proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo as enfermidades, controlando as doenças endêmicas e melhorando a vigilância a saúde (Governo Federal, 2014). 197 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos A Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, órgão executivo do Ministério da Saúde, é uma das instituições do Governo Federal responsável em promover a inclusão social por meio das ações de saneamento para prevenção e controle de doenças. E a instituição responsável por formular e implementar ações de promoção e proteção da saúde relacionadas com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (FUNASA, 2014). As áreas de atuação da FUNASA são: Engenharia de saúde publica: ligadas as ações de saneamento básico e promoção da saúde; Saúde ambiental: as ações desenvolvidas são ligadas ao planejamento, coordenação, supervisionamento e monitoramento das atividades relativas à implementação de ações de proteção a saúde ambiental, e ao controle da qualidade da água para consumo humano, e o apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas na área de saúde ambiental (FUNASA, 2014). Ministério das Cidades – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) A criação do Ministério das Cidades constituiu um fato inovador nas politicas urbanas, na medida em que superou o recorte setorial da habitação, do saneamento e dos transportes e trânsito para integrá-los levando em consideração o uso e a ocupação do solo. 24 AÇÕES PARA AS EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS RELATIVAS AO SISTEMA DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE LIMPEZA URBANA Um plano de contingência é um documento onde estão definidas as 198 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos responsabilidades estabelecidas em uma organização, para atender a uma emergência e também contém informações detalhadas sobre as características da área ou sistemas envolvidos. É um documento desenvolvido com o intuito de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate as ocorrências anormais. A Lei nº 11.445/07, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, preconiza em relação às ações de emergência e contingencia o que segue: Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser especifico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo: IV – ações para emergências e contingências. O plano de contingência e emergência é uma peça indispensável para orientar e disciplinar a atuação dos prestadores de serviços públicos essenciais, diante de eventuais casos de paralização dos serviços de manejo dos resíduos sólidos bem como dos serviços de limpeza pública. A seguir são apresentadas propostas de medidas de emergência e contingência relacionadas ao gerenciamento dos resíduos sólidos bem como da limpeza pública no município de Penápolis. A Organização Panamericana de Saúde – OPS recomenda ações a serem tomadas a fim de se obter um adequado manejo dos resíduos sólidos em situações de emergência, e apresenta sete etapas a serem seguidas nestas situações. As etapas podem ser verificadas na figura abaixo: 199 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Figura 97: Ações iniciais para o adequado manejo de resíduos sólidos em situações de emergência Fonte: Organização Panamericana de Saúde – OPS Outras ações emergenciais deverão ser tomadas para que os serviços de gestão dos resíduos sólidos bem como os serviços da limpeza pública, não sofram interrupções caso, alguma etapa destes serviços seja paralisada ou interrompida por fatores mecânicos ou pela operação dos mesmos. A tabela abaixo mostra as situações que podem ocorrer, e as ações emergenciais que poderão ser tomadas, até que o problema se resolva por completo. 200 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Quadro 02 – Descrição dos serviços que podem ser paralisados e as ações a serem tomadas de caráter emergencial: 1. Paralisação da Varrição dos Logradouros Públicos Origem Plano de Contingência/Emergência Greve dos garis Acionar conta mínima de funcionários s para efetuarem a limpeza dos pontos mais críticos. Realizar mutirões excepcionais com associações de moradores e bairros em locais críticos. Contratação de empresa terceirizada em caráter emergencial. 2. Paralisação da Coleta Origem Plano de Contingência/Emergência Greve dos coletores Acionar conta mínima de funcionários para efetuarem a coleta nos pontos mais críticos. Contratação de empresa terceirizada em caráter emergencial. Falta de veículo coletor (manutenção, acidente, furto). Utilizar veículo caçamba basculante de outro departamento. 3. Paralisação parcial ou total do aterro sanitário Origem Plano de Contingência/Emergência Explosão/incêndio/acidente Acionar órgão ambiental Acionar defesa civil Acionar corpo de bombeiros Acondicionar os resíduos fora da área do aterro temporariamente até a resolução do problema. Enviar os resíduos para o aterro sanitário de outro município próximo. 201 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Ruptura dos taludes da célula em operação Acionar órgão ambiental Acondicionar os resíduos fora da área do aterro temporariamente até a resolução do problema. Enviar os resíduos para o aterro sanitário de outro município próximo. Vazamento de chorume Realizar reparo. Acionar órgão ambiental Contenção e remoção através de caminhão limpa fossa e envio para estação de tratamento de esgoto mais próxima. Inicializar procedimentos de remediação emergenciais da área. Quebra de equipamento (trator de esteira) Utilização de outro equipamento como pá carregadeira ou escavadeira hidráulica. 4. Paralisação da Coleta Seletiva Origem Plano de Contingência/Emergência Fechamento da CORPE Coletar e acondicionar os recicláveis utilizando a estrutura do DAEP Falta de veículo coletor (manutenção, acidente, furto). Acumulo de material reciclável Utilizar outro veículo de outro departamento. Transportar os resíduos até o município vizinho mais próximo que tenha cooperativa. 202 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 25 SÍNTESE DAS METAS E AÇÕES ITEM SITUAÇÃO ATUAL Acondicionamento dos sacos em locais inadequados Acondicionamento de recicláveis em sacos descartáveis Acondicionamento indevido de recicláveis pelos comerciantes RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS Inexistência de coleta regular na zona rural Aproveitamento de 11,30% de resíduos recicláveis no município Resíduos orgânicos seguindo totalmente para o aterro sanitário Resíduos verdes acondicionado em frente as residências Poda em praças públicas com acondicionamento do resíduo verde no local Envio dos resíduos in natura quando a poda é realizada pela CPFL RESÍDUOS VERDES RESÍDUOS VOLUMOSOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Resíduos verdes misturados com outros nos ecopontos Parte dos resíduos verdes seguindo para o aterro de inertes Resíduos volumosos misturados com outros nos ecopontos Resíduos volumosos destinados ao aterro de inertes Apenas alguns estabelecimentos de serviço de saúde com PGRSS Cobrança pela coleta e destinação final dos RSS realizada em função da área do estabelecimento Acondicionamento de RCC “Classe A” no passeio Acondicionamento de RCC “Classe A” em caçamba estacionária misturado a outros AÇÃO PROPOSTA META Implantação de locais adequados para acondicionamento dos sacos Substituição por sacos de rafia reutilizáveis Curto prazo PRAZO ESTIMADO 2015 CUSTO ESTIMADO (R$) Sem valor estimado RESPONSÁVEL PELA AÇÃO Imediato 2015 87.500,00 DAEP Implantação de seis PEVs para acondicionamento dos recicláveis Implantação de coleta regular abrangendo também os resíduos recicláveis Alcançar 20% de aproveitamento Imediato 2015 13.800,00 DAEP Imediato 2016 Sem valor estimado DAEP Longo Prazo 2024 Sem valor CORPE, DAEP e Munícipes Incentivar a prática da compostagem caseira Imediato 2016 Sem valor estimado DAEP, Prefeitura Municipal e Munícipes Acondicionar os resíduos no pátio das residências Enviar os resíduos verdes imediatamente ao pátio de compostagem Trituração dos resíduos verdes e envio ao pátio de compostagem de responsabilidade da CPFL Separação dos resíduos verdes dos outros tipos de resíduos Envio de todos os resíduos verdes para trituração e compostagem ou utilizar como lenha (grande diâmetro) Separação dos resíduos volumosos dos outros tipos de resíduos Desmontagem e triagem dos componentes Imediato 2015 Sem valor Munícipes Imediato 2015 Sem valor Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente Imediato 2016 Sem valor CPFL Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, CPFL e Munícipes Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Imediato 2016 Sem valor estimado DAEP Que todos os estabelecimentos de serviço de saúde apresentem o PGRSS a vigilância sanitária como pré condição para emissão da licença sanitária e depois de aprovado uma cópia ao DAEP Cobrança pela coleta e destinação final dos RSS deverá ser realizada em função do peso (massa) Imediato 2015 Sem valor Estabelecimentos de serviço de saúde Imediato 2016 Sem valor estimado DAEP Acondicionar os RCC “Classe A” exclusivamente em caçambas estacionárias ou no pátio Acondicionar apenas os RCC “Classe A” na caçamba estacionária. Imediato 2015 Sem valor Geradores Imediato 2017 Sem valor Geradores Munícipes 203 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Acondicionamento dos RCC “Classe B” misturado a outras classes Acondicionamento dos RCC “Classe C” misturado a outras classes Acondicionamento dos RCC “Classe D” misturado a outras classes Envio dos RCC “Classe A” ao pátio de resíduos da construção civil e aterro de inertes Envio dos RCC “Classe B” ao pátio de resíduos da construção civil e aterro de inertes RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Envio dos RCC “Classe C” ao pátio de resíduos da construção civil e aterro de inertes Envio dos RCC “Classe D” ao pátio de resíduos da construção civil e aterro de inertes Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos da construção civil RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO Inexistência de regras sobre estacionamento de caçambas estacionárias Inexistência de regras sobre a sinalização de caçambas estacionárias Inexistência de regras sobre o transporte de caçambas estacionárias com carga Sistema de decantação da ETE ultrapassado, gerando assim grandes quantidades de lodo nas lagoas Loda da ETE sendo encaminhado ao aterro sanitário Lodo da ETA sendo encaminhado para o aterro sanitário Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos da mineração RESÍDUOS DE MINERAÇAO Acondicionar os RCC “Classe B”, se reciclável em sacos plásticos para coleta seletiva, se madeira, no pátio da obra, se gesso, em caçambas estacionárias Acondicionar os RCC “Classe C” em recipientes adequados separados dos outras classes Acondicionar os RCC “Classe D” em recipientes rígidos e estanques Implantar usina de reciclagem de RCC Imediato 2017 Sem valor Geradores Imediato 2017 Sem valor Geradores Imediato 2017 Sem valor Geradores Imediato 2015 170.000,00 Prefeitura de Penápolis Enviar os RCC “Classe B”, se reciclável para coleta seletiva, se madeira, reutilizar em outra obra ou como combustível, se gesso, para o pátio de resíduos da construção civil. Disponibilizar os RCC “Classe C” para coleta convencional Imediato 2015 Sem valor estimado Geradores, CORPE, Empresas que alugam caçambas estacionárias Imediato 2015 Sem valor estimado Geradores Enviar os RCC “Classe D” para aterro industrial por intermédio das empresas que alugam caçambas Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e/ou sejam assinados termos de compromisso para a ideal gestão dos RCC Regras para estacionamento Imediato 2015 Sem valor Geradores, Empresas que alugam caçambas estacionárias Imediato 2015 Sem valor Prefeitura municipal, geradores Imediato 2015 Sem valor Empresas que alugam caçambas estacionárias Regras para sinalização das caçambas estacionárias Regras para o transporte e içamento das caçambas Imediato 2015 Sem valor Empresas que alugam caçambas estacionárias Imediato 2015 Sem valor Empresas que alugam caçambas estacionárias Implantar novo sistema de gradeamento e de decantação visando diminuir a geração de lodo nas lagoas Buscar novas alternativas para reutilização do lodo Desenvolver parceria com universidades para buscar um aproveitamento do lodo Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos empreendimentos de extração e beneficiamento de minérios como précondição para emissão do alvará de funcionamento Imediato 2016 Sem valor estimado DAEP Imediato 2017 Sem valor estimado DAEP Imediato 2017 Sem valor DAEP Imediato 2016 Sem valor Prefeitura Municipal, empreendimento 204 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos RESÍDUOS AGROSILVOPASTORIS RESÍDUOS DE CEMITÉRIOS RESÍDUOS: ÓLEO DE COZINHA Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos agrosilvopastoris Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos empreendimentos agrosilvopastoris como pré-condição para emissão do alvará de funcionamento Imediato 2016 Sem valor Prefeitura Municipal, empreendimento Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos dos cemitérios Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos cemitérios Manter a coleta pela CORPE sempre incentivando a reciclagem Imediato 2016 Sem valor estimado Prefeitura Municipal Imediato 2015 Sem valor estimado CORPE, DAEP Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos empreendimentos agrosilvopastoris como pré-condição para emissão do alvará de funcionamento Revisão dos contratos para recebimento apenas de resíduos Classe II conforme NBR 10.004/2004 Cancelamento da isenção com cobrança integral Imediato 2016 Sem valor Prefeitura Municipal, Indústrias Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Incentivar a população a realizar a limpeza da frente de suas residências Implantar serviço de capinação Substituir as lixeiras existentes e implantar novas lixeiras com separação Terceirizar parte da varrição das ruas Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP, munícipes Curto Prazo 2015 2015 Depende do método Sem valor estimado DAEP Imediato Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos empreendimentos agrosilvopastoris como pré-condição para emissão do alvará de funcionamento Analisar o contrato de concessão da ALL – América Latina Logística para verificação das responsabilidades Imediato 2016 Sem valor Empresas de Transporte Imediato 2015 Sem valor estimado Prefeitura Municipal Coletar e destinar apenas animais que tenham morridos de causas que não sejam doenças infectocontagiosas. Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Óleo de cozinha sendo recolhido pela CORPE e reciclado pela população (fabricação de sabão) Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos industriais RESÍDUOS INDUSTRIAIS Recebimento pelo DAEP de resíduos Classe I conforme NBR 10.004/2004 Isenção de taxas para recebimento de 400 litros ou 02 tambores por coleta Serviço de varrição não atende todo o município RESÍDUOS DE LIMPEZA PÚBLICA Inexistência do serviço de capinação Lixeiras espalhadas no município: antigas e quantidade insatisfatória Mão de obra insuficiente para atender toda a varrição Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos industriais RESÍDUOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE Desconhecimento sobre a res ponsabilidade sobre a limpeza da faixa de domínio da linha férrea Coleta e destinação de todos os animais mortos DAEP 205 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ANIMAIS MORTOS Envio de equipamento (retroescavadeira) sem custo para enterrar animais de grande porte na zona rural RESÍDUOS DAS HORTAS COMUNITÁRIAS RESÍDUOS DA FEIRA LIVRE E DO BARRACÃO DO PRODUTOR Problemas com acondicionamento dos resíduos das hortas comunitárias Resíduos da feira livre e do barracão do produtor seguindo para a coleta convencional Resíduos eletroeletrônicos sendo coletados pela CORPE Logística reversa de pneus ocorrendo de forma satisfatória Inexistência de logística de pilhas e baterias (apenas pontos de coleta e armazenamento) RESÍDUOS PASSIVEIS DE LOGÍSTICA REVERSA Inexistência de logística de lâmpadas fluorescentes Inexistência de logística de embalagens de óleo lubrificante Inexistência de logística de embalagens de agrotóxicos Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos passíveis de logística reversa Em situações de morte por doenças infectocontagiosas ocasionadas na residência, o morador deverá solicitar orientação junto a vigilância sanitária para o descarte correto Em situações de morte por doenças infectocontagiosas ocasionadas em clínica veterinária, o responsável pela clinica ficará encarregado do descarte final adequado Cobrança pelo envio do equipamento Imediato 2015 Sem valor estimado Munícipe Imediato 2015 Sem valor estimado Clínicas Veterinárias Imediato 2017 Conforme tabela SINAPI DAEP Implantar composteiras compactas e lixeira para o ideal acondicionamento dos resíduos Enviar os resíduos orgânicos para o pátio de compostagem Imediato 2015 Sem valor estimado Prefeitura Municipal Curto Prazo 2015 Sem valor estimado Feirantes Manter a CORPE como parceiro na logística reversa destes resíduos, fazendo com que os comerciantes deem destino final aos que não são comercializados Manter o programa Imediato 2015 Sem valor Comerciantes de produtos eletroeletrônicos, CORPE Implantar sistema de logística reversa com os custos de coleta e destinação final dos comerciantes de pilhas e baterias Implantar sistema de logística reversa com os custos de coleta e destinação final dos comerciantes lâmpadas fluorescentes Implantar sistema de logística reversa com os custos de coleta e destinação final dos comerciantes de óleo lubrificante Implantar sistema de logística reversa com os custos de coleta e destinação final dos comerciantes de agrotóxicos Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos empreendimentos que comercializam produtos que gerem resíduos passíveis de logística reversa como précondição para emissão do alvará de funcionamento Imediato 2016 Sem valor estimado Comerciantes Imediato 2016 Sem valor estimado Comerciantes Imediato 2016 Sem valor estimado Comerciantes Imediato 2016 Sem valor estimado Comerciantes, INPEV Imediato 2016 Sem valor Comerciantes Comerciantes de pneus, DAEP, Reciclanip 206 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Inexistência de controle sobre a gestão dos resíduos de grandes geradores GRANDES GERADORES RESÍDUOS DE EVENTOS DEPÓSITOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SISTEMA DE COBRANÇA DA TAXA DE COLETA DE LIXO Recebimento de todas as classes de resíduos previstas na NBR 10.004/2004 Inexistência de acordos para limpeza de locais que receberam eventos Problemas de carreamento de sólidos (areia) através dos ventos e chuva Sistema disposto pela lei 1001/2001 Inexistência de cadastro de todos os carroceiros CARROCEIROS ECOPONTOS Existência de cinco ecopontos Resíduos acondicionados misturados (volumosos, verdes e RCC) Descarte de resíduos que teriam valor CORPE Conta com auxilio administrativo do DAEP Existência de catadores avulsos Envio de grande quantidade de rejeito para o aterro sanitário ATERRO DE INERTES Aterro de inertes recebendo outros resíduos (galhos, RCC, resíduos perigosos, etc) Aterro Sanitário de um IQR de 9,0 (2013) ATERRO SANITÁRIO Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos grandes geradores como pré-condição para emissão do alvará de funcionamento Recebimento, mediante cobrança, de resíduos Classe II conforme NBR 10.004/2004 Os organizadores deverão firmar acordo com o DAEP para a limpeza do local mediante cobrança dos serviços Implantar cortina vegetal e sistemas Imediato 2015 Sem valor Grandes geradores Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Imediato 2015 Sem valor Organizadores de eventos Imediato 2015 Sem valor estimado Proprietários de depósitos de materiais de construção Manter o sistema de cobrança anual, avaliando apenas os valores para manter a sustentabilidade financeira dos serviços Imediato Sem valor DAEP Deverá ser realizado o cadastramento de todos os carroceiros do município, a emissão de um selo (placa ou adesivo) para o carroceiro devidamente cadastrado e proporcionar cursos que realcem a importância deles na gestão dos residuos Implantar mais dois ecopontos Organizar de forma que cada resíduos tenha o seu local Imediato 2016 Sem valor estimado DAEP, Prefeitura Municipal Imediato 2016 80.000,00 DAEP Imediato 2015 Sem valor DAEP Incentivar a CORPE a explorar todos os resíduos recicláveis, estocando-os se necessário Manter o auxílio Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Trazer os catadores para a cooperativa visando sempre o fortalecimento da instituição Diminuição do rejeitos a partir da exploração de materiais com baixa de mercado ou sem valor comercial, estocando-os. Envio de menos rejeitos para o aterro sanitário. Paralisação imediata do recebimento de resíduos que não sejam inertes e elaboração do plano de recuperação da área Realizar melhorias com relação a drenagem de águas pluviais, drenos de gases e monitoramento ambiental. Realizar estudo para aproveitamento do biogás Imediato 2015 Sem valor estimado CORPE, DAEP, Prefeitura Municipal Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Imediato 2018 Sem valor estimado DAEP DAEP 207 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PONTOS VICIADOS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS Existência de pontos viciados de disposição de resíduos sólidos -Aumentar a fiscalização -Conscientização Ambiental - Aumento do número de ecopontos Imediato 2015 Vide outros itens DAEP, Prefeitura Municipal, Munícipes Fiscalização insuficiente - Aumentar o quadro de fiscais de postura do município Implantar Programa de Educação Ambiental voltado a gestão dos resíduos sólidos que englobe todos os setores da sociedade Implantar indicadores previstos no PMGIRS Imediato 2016 Sem valor estimado Prefeitura Municipal Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP, Prefeitura Municipal Imediato 2015 Sem valor DAEP Solicitar que sejam elaborados Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos empreendimentos enquadrados no PMGIRS Manter um calendário para capacitação semestral e demonstração de resultados Sincronizar a revisão do PMGIRS com o PPA Existência de um Plano de Contingência Imediato 2015 Sem valor DAEP, Prefeitura Municipal Imediato 2015 Sem valor estimado DAEP Imediato 2016 2016 Sem valor estimado - DAEP - FISCALIZAÇÃO EDUCAÇÃO AMBIENTAL INDICADORES AMBIENTAIS Existência de ações de educação ambiental e Centro de Educação Ambiental Inexistência de indicadores de avaliação operacional e ambiental Inexistência de PGRS dos empreendimentos PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CAPACITAÇÃO REVISÃO DO PMGIRS PLANO DE CONTINGÊNCIA DAEP 26 SÍNTESE DAS RESPONSABILIDADES POR CATEGORIA DE RESÍDUO RESÍDUO RESPONÁVEL PELO ACONDICIONAMENTO RESPONSÁVEL PELA COLETA OU RECEBIMENTO RESPONSÁVEL PELO DESTINO FINAL Munícipes DAEP DAEP Munícipes Gerador Munícipes (ecoponto) Gerador CORPE Gerador DAEP DAEP CORPE DAEP DAEP DAEP Gerador Gerador através de Empresa Especializada Gerador através de Empresa Especializada Gerador Gerador através de Empresa Especializada Gerador através de Empresa Especializada Gerador DAEP DAEP Gerador DAEP DAEP Munícipe Munícipe/Empresas que alugam caçambas estacionárias Empresas que alugam caçambas estacionárias RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CLASSE B Munícipe CORPE CORPE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CLASSE C Munícipe DAEP/Gerador DAEP RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CLASSE D Munícipe Munícipe/Empresas que alugam caçambas estacionárias Empresas que alugam caçambas estacionárias RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO (ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA) RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO (ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESOTO) DAEP DAEP DAEP DAEP DAEP DAEP RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS RESÍDUOS RECICLÁVEIS RESÍDUOS VERDES RESÍDUOS VOLUMOSOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE – GRUPO A RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE – GRUPO B RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE – GRUPO C RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE – GRUPO D RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE – GRUPO E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CLASSE A 208 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos RESÍDUOS DE MINERAÇÃO RESÍDUOS AGROSILVOPASTORIS RESÍDUOS DE CEMITÉRIOS RESÍDUOS: ÓLEO DE COZINHA RESÍDUOS INDUSTRIAIS RESÍDUOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE ANIMAIS MORTOS RESÍDUOS DAS HORTAS COMUNITÁRIAS RESÍDUOS DA FEIRA LIVRE E DO BARRACÃO DO PRODUTOR RESÍDUOS PASSIVEIS DE LOGÍSTICA REVERSA – EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS RESÍDUOS PASSIVEIS DE LOGÍSTICA REVERSA – ELETROELETRÔNICOS RESÍDUOS PASSIVEIS DE LOGÍSTICA REVERSA – PNEUS RESÍDUOS PASSIVEIS DE LOGÍSTICA REVERSA – PILHAS E BATERIAS RESÍDUOS PASSIVEIS DE LOGÍSTICA REVERSA – LÂMPADAS FLUORESCENTES RESÍDUOS PASSIVEIS DE LOGÍSTICA REVERSA – ÓLEOS LUBRIFICANTES, SEUS RESÍDUOS E EMBLAGENS RESÍDUOS DE EVENTOS DEPÓSITOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Empresas de Mineração Gerador Empresas de Mineração Gerador/DAEP Empresas de Mineração Gerador/DAEP Gerador Munícipe/Gerador DAEP/OUTROS CORPE DAEP/OUTROS CORPE Gerador Gerador Empresas Especializada/DAEP Empresas Especializada/DAEP Empresas Especializada/DAEP Empresas Especializada/DAEP Munícipe/Gerador Munícipes Feirantes DAEP/Empresa Especializada Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente Feirantes DAEP/Empresa Especializada Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente DAEP Agricultor Agricultor Empresa que comercializa o produto Munícipe Revendedores Revendedores/CORPE Munícipe Borracharias/DAEP DAEP/RECICLANIP Munícipe Revendedores Revendedores Munícipe Revendedores Empresa que comercializa o produto Revendedores Empresa Especializada Empresa Especializada Organizadores Problemas de carreamento de sólidos (areia) através dos ventos e chuva DAEP Implantar cortina vegetal e sistemas DAEP Imediato 27 INFRAÇÕES E MULTAS As multas oriundas das infrações relacionadas a incorreta gestão do resíduos sólidos serão estipuladas em legislação especifica, no prazo de 90 dias em consonância com as Leis Municipais n.º 2000/1989 e 460/1995 e suas alterações. 209 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 28 ASSINATURAS ______________________________ PEDRO FERNANDO VIERA Engenheiro Ambiental CREA SP – 5069248953 _______________________________ FABIANO DE SOUZA Engenheiro Ambiental CREA SP - 5069249448 _______________________________ DEPARTAMENTO AUTONOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENAPOLIS Santa Terezinha de Itaipu-PR, Fevereiro de 2015.210 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 29. REFERÊNCIAS ARIAS - ASSOCIAÇÃO DOS REVENDEDORES DE INSUMOS AGRÍCOLA DO SUDOESTE DO PARANÁ. Embalagens de Agrotóxicos. Disponível em:<http://www.ariaspr.com.br/arias/somos.html>. Acesso em Maio de 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10004: Resíduos Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004. Associação dos Fabricantes de Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos – AFCAL. VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA. DISPONÍVEL EM:<HTTP://WWW.AFCAL.PT/DESTINOFINAL_VALORIZACAO.PHP - destino final>. Acesso em Julho de 2014. ATLAS BRASIL. IDHM. Disponível em: Fonte: http://atlasbrasil.org.br/2013/o_atlas/idhm BRASIL. Lei n.º 12.305/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Brasília, 2010. Banco do Brasil. Propostas de Negócios. Disponível em:< http://www.bb.com.br/portalbb/page3,8682,8690,1,0,1,6.bb?codigoNoticia=12129&codig oRet=4855&bread=1&codigoNoticia=6203&codigoMenu=4850>. Acesso em Julho de 2014. Caixa Economica Federal. SINAPI – Índice da Construção Civil. Disponível em: <http://www1.caixa.gov.br/download/asp/download.asp?subCategId=1249>. CAMDA COOPERATIVA AGROPECUÁRIA. Informações diversas. Disponível em: <http://www.camda.com.br/site/p_embalagens.php>. 211 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos CETESB. Inventario estadual de resíduos sólidos urbanos. Secretaria do Estado do Meio Ambiente, 2013. CONAMA. Resolução nº 307/2002. CONAMA. Resolução nº 313/2002. CONAMA. Resolução nº 358/2005. DAESP. Informações diversas. Disponível em: <http://www.daesp.sp.gov.br/>. DEPARTAMENTO AUTONOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS. Informações diversas. Disponível em: <http://www.daep.com.br/principal/>. DEPARTAMENTO AUTONOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS. Relatório de atividades do Centro de Educação Ambiental 2013. DEPARTAMENTO AUTONOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS. Revisão da logística da coleta de resíduos do município de Penápolis, P2 relatório da situação atual do serviço de coleta de resíduos sólidos, 2012. DEPARTAMENTO AUTONOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS. Revisão da logística da coleta de resíduos do município de Penápolis, P4 apresentação da adequação do sistema de limpeza urbana do município de Penápolis, 2012. DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Sigmine. Disponível em: http://www.dnpm.gov.br/conteudo.asp?IDSecao=62&IDPagina=46. 212 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Empresa Geral do Fomento. Valorização de Resíduos. Disponível em:<http://www.egf.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=1807&t=Tratamento>. Acesso em Julho de 2014. Governo Federal – Ministério da Saúde. Funasa. Disponível em:<http://www.funasa.gov.br/site/conheca-a-funasa/competencia/>. Acesso em Junho de 2014. Governo Federal. Fundo Nacional do Meio Ambiente. 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ANEXOS ANEXO I – FOLDER RCC ANEXO II – CARTILHA DE GESTÃO DE RESÍDUOS ANEXO III – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADO A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ANEXO IV – PLANILHA DE INDICADORES AMBIENTAIS E OPERACIONAIS ANEXO V – MATERIAIS, FOTOS E APRESENTAÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA 217 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ANEXO I – FOLDER RCC DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ANEXO II – CARTILHA DE GESTÃO DE RESÍDUOS DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ANEXO III – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADO A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS APRESENTAÇÃO O presente documento tem por objetivo a criação de um programa de educação ambiental que deverá abranger todas as esferas do município, desde o munícipe até empresas, indústrias, e demais integrantes da sociedade. Para que programas de educação ambiental apresentem sucesso, é necessário traçar metas a fim de atingir todos os segmentos da sociedade, e consequentemente obter maior êxito no processo de implantação e operacionalização da correta gestão dos resíduos sólidos produzidos no município. INTRODUÇÃO De acordo com a Lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999, que institui a Politica Nacional da Educação Ambiental, “entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. O Art. 4 da Política Nacional da Educação Ambiental apresenta os princípios básicos da educação ambiental: I - O enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II – A concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos III – O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV – A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V – A garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI – A permanente avaliação crítica do processo educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII – O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. Dessa forma o Programa de Educação Ambiental (PEA) vem como uma ferramenta que servirá para instruir e capacitar à comunidade de uma forma geral, com o objetivo de formar cidadãos conscientes e sensibilizados em trabalhar para o melhoramento contínuo dos problemas ambientais existentes no município, bem como para auxiliar na implantação e monitoramento das ações e propostas, contidas no Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Além da formação de cidadãos mais conscientes, este programa visa a formação de educadores ambientais, os quais poderão atuar dentro do próprio Centro de Educação Ambiental – CEA, como diretamente na comunidade, levando informações sobre a gestão correta dos resíduos sólidos no município. Sendo assim, o programa deverá abranger todas as esferas municipais, desde o órgão público, o setor empresarial, setor de educação até a comunidade e associações em geral. Estas atividades propostas neste programa, realizados de forma contínua, poderão trazer resultados satisfatórios, como mudanças no comportamento do ser humano, tornando-o mais comprometido com as questões ambientais, e também fazendo com que as crianças, desde cedo, cresçam com a consciência de que precisam ser adultos responsáveis. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENVOLVIDAS PELO DAEP Como apresentado no diagnóstico, o DAEP conta com um Centro de Educação Ambiental (CEA), o qual já desenvolveu inúmeras atividades de educação ambiental no ano de 2013, entre as quais podemos citar: Mapeamento do Lixo nos Bairros – realizado com alunos do ensino municipal, estadual e particular através do mapeamento de pontos de acúmulo de lixo, discussão de alternativas em sala de aula e exposição de cartazes (240 participantes). Distribuição do Jornal “Lixo e Coleta Seletiva, um Desafio de Todos” - distribuído nas redes escolares como material de apoio a ser trabalhado em sala de aula e em uma passeata denominada “Cidade Linda” (1.000 exemplares). Visitas monitoradas com os pais de alunos ao Ecopontos - Sensibilização da comunidade no entorno dos Ecopontos para com o funcionamento e desempenho contra o lixo na rua (38 participantes). Oficina Artesanal de Papel - CEIM Renascer (54 participantes), EMEF Harume Kubota da Silva (106 participantes), EEMEI Jardim Brasília (17 participantes), EMEF Mario Sabino (31 participantes). Oficina de Garrafa Pet - EMEF Elza Nadai (51 participantes), Lar Vicentino (15 participantes) e Filhos dos Funcionários do DAEP (13 participantes), EMEF Marilena Cipriano (188 participantes). Projeto “Cidade Linda” - Realizadas em quatro bairros passeatas com a participação das escolas e parceiros. A equipe, juntamente com os parceiros usaram 80 aventais amarelos confeccionados pelo CEA e com o slogan do projeto “Cidade Linda eu participo!”. Na Passeata foram entregues panfletos orientando a população sobre o lugar correto para destinação de entulhos - o ECOPONTO, e o cuidado com o meio ambiente. Os alunos fizeram cartazes e todos os grupos envolvidos participaram ativamente com um objetivo comum: amenizar o problema do lixo, evitando a Dengue, a DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Leishmaniose e outras doenças, deixando a nossa Penápolis uma “Cidade Linda” (1.228 participantes). Projeto “Contação de História”, “Resíduos Sólidos: Valorização dos Coletores” - Um trabalho Lúdico, a qual aborda a importância da coleta seletiva e os impactos causados pelos resíduos no meio ambiente. Realizado com alunos do CEIM Renascer (50 participantes). Projeto “Compostagem” - As atividades desse projeto consistem na entrega de dois latões de 200 L em cada unidade, com orientação técnica, entrega de folhetos e cartilhas com o passo a passo para a preparação do composto. Este projeto foi desenvolvido no S.O.S. (Serviço de Obras Sociais), que possui uma “Casa de Estar”, onde abriga homens em situações vulneráveis a qualquer tipo de risco (20 participantes). Mutirão da Coleta de Lixo Eletrônico na Praça 9 de Julho – Envolveu 22 participantes e o recolhimento de uma toneladas de resíduos eletrônicos. A imagem a seguir demonstra o panfleto referente ao evento. Projeto Resíduos Sólidos – Com o intuito de sensibilizar a população do bairro quanto aos impactos causados pelos resíduos, orientando quanto sua disposição e descarte correto (63 participantes) – Bairro Gualter Monteiro. Realização da eleição do conselho mirim – Visando aproximar cada vez mais os adolescentes dos problemas relacionados ao saneamento ambiental, o DAEP elegeu um conselho mirim, formado por seis estudantes de 12 a 16 anos das escolas do município. Campanha de conscientização popular dos usuários do Parque Santa Leonor em 28/02/2014 – Com a participação dos garis do serviço de varrição devidamente uniformizada, a fim de incentivar a manutenção da limpeza no local não dispondo lixo orgânico nas lixeiras e despejo de resíduos recicláveis no córrego. No entanto, estas atividades que já vem sendo desenvolvidas no município de Penápolis deverão ser realizadas de forma contínua, juntamente com as atividades que serão propostas pelo PEA DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos OBJETIVOS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - EA Primeiramente, para que um programa de educação ambiental tenha eficácia, deve-se fazer a capacitação de todos os segmentos da sociedade de modo a formar um grupo diretor das ações para o desenvolvimento do programa. Os responsáveis pela implantação do programa poderão ser os funcionários lotados no Centro de Educação Ambiental já existente no município, juntamente com o DAEP, representantes da Secretaria de Ação Social e da Secretaria de Educação. Estes ficarão responsáveis pelas ações propostas neste programa, e por delegar responsabilidades para outras pessoas que tenham interesse em trabalhar como educadores e multiplicadores ambientais, podendo ser professores, estudantes da área ambiental, ou o próprio munícipe. EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL De acordo com a Lei nº 9.795/99, em seu Art. 9o: Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privada, englobando: I - educação básica: a) educação infantil; b) ensino fundamental e c) ensino médio; II - educação superior; III - educação especial; IV - educação profissional; V - educação de jovens e adultos. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal e não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas, e os professores devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental. No ambiente do Ensino Formal, faz-se necessário a construção de um Programa de Educação Ambiental comprometido com o exercício da cidadania e reconhecido como tema transversal e interdisciplinar, envolvido com a capacitação do corpo docente e discente. O sistema de educação deverá disponibilizar aos professores cursos para formação continuada sobre como deverão repassar aos seus alunos os assuntos relacionados às questões ambientais e como estes assuntos deverão ser inseridos no Projeto Politico Pedagógico da escola. Além dos professores, todos os funcionários (desde as zeladoras até a diretoria) deverão passar por cursos, palestras, e obter orientações, de como deverão proceder para auxiliar os professores na conscientização e sensibilização dos alunos, sobre a gestão dos resíduos sólidos na escola. Logo que todos os envolvidos no ambiente escolar, estiverem conscientes e sensibilizados sobre o seu papel perante a sociedade, estarão aptos a repassarem seus conhecimentos. Os professores deverão levar para dentro das salas de aula, as questões ambientais juntamente com os conteúdos pré-definidos pelo Ministério da Educação e Núcleos de Educação, enfatizando a importância de todos para a gestão correta e ideal dos resíduos sólidos produzidos por todos. Abaixo estão descritas algumas atividades e conteúdos que os professores deverão inserir na ementa escolar, a serem repassados dentro da sala de aula para os alunos: DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PÚBLICO ALVO São os alunos das redes de ensino, tanto de escolas municipais, estaduais ou particulares. PARCEIROS ENVOLVIDOS Os professores serão os disseminadores da conscientização e sensibilização dos alunos dentro das escolas, mas deverão obter auxilio da Secretaria de Educação para a criação do projeto politico pedagógico e da inclusão destes temas transversais no currículo escolar atual. As escolas também poderão contar com o auxilio do Centro de Educação Ambiental instalado no Município, o qual poderá ser solicitado, quando os professores precisarem de auxilio no desenvolvimento de algumas atividades fora da escola, ligadas a gestão dos resíduos sólidos como visitas ao aterro sanitário ou aos ecopontos. OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL Preparar os professores para atuarem como disseminadores da consciência ambiental dentro do ambiente escolar, fazendo com que os alunos percebam e se sensibilizem da importância da correta gestão dos resíduos sólidos; Identificar se há problemas com destinação inadequada dos resíduos sólidos ao entorno da escola; Identificar os tipos de resíduos e realizar a separação dos mesmos. Refletir sobre os problemas e as consequências da destinação final inadequada dos resíduos sólidos; Buscar identificar formas de melhorar a situação dos resíduos sólidos dentro da escola. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Os professores deverão inserir no projeto político pedagógico, temas relacionados a gestão dos resíduos sólidos, que deverão ser trabalhados de forma transversal e interdisciplinar. Os temas que deverão ser trabalhos poderão ser observados a seguir: Conceitos e atividades sobre os Resíduos Sólidos Introdução ao tema resíduos sólidos: conceitos e classificações. Logo que o tema for introduzido em sala de aula, o professor poderá desenvolver uma atividade de reconhecimento da realidade dos resíduos sólidos, ao entorno da escola. Esta atividade de reconhecimento poderá ser realizada com a realização de uma caminhada com os alunos, acompanhados com o professor, ao entorno da escola, com duração de cerca de 30 minutos para observação e coleta dos resíduos sólidos encontrados durante a caminhada. Antes da caminhada, deverão ser distribuídos sacos de lixo para os alunos, para que os resíduos encontrados possam ser recolhidos e acondicionados nas sacolas; Logo que a caminhada seja realizada, e a realidade local seja reconhecida, os alunos deverão voltar para a sala de aula, e realizar a separação e identificação do material recolhido (metal, plástico, papéis e vidros). Logo após a separação, o educador deverá instigar os alunos a refletirem sobre como esses resíduos são produzidos, como foram parar próximos a escola, o tempo de decomposição dos resíduos, bem como sobre a importância do destino adequado dos mesmos; 2 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Juntamente com a atividade de separação e classificação dos resíduos, o professor devera trabalhar os 5 Rs da sustentabilidade: o Refletir – antes de comprar ou pedir alguma coisa, deveríamos refletir se realmente precisamos dela. O consumo excessivo e o consumismo lideram as causas da degradação ambiental e social. o Recusar – recusar materiais desnecessários que não sejam biodegradáveis, como sacolas e copos de plástico. o Reutilizar – pensar sobre as coisas que você pode reutilizar: envelopes velhos, jornais, sacolas plásticas etc. Doar ou vender objetos pessoais como vestuário, móveis e brinquedos. A reutilização de itens reduz o número de coisas novas que você precisa comprar e, portanto, reduz a quantidade de resíduos que se produz. o Reduzir – reduzir o lixo e o consumo de energia. o Reciclar - reciclagem envolve a transformação de materiais usados, indesejados em novos produtos para evitar o desperdício de materiais potencialmente úteis. Apesar das estratégias utilizadas para reciclagem não serem o caminho ideal para a sustentabilidade e a redução das emissões de CO2, elas fazem sentido no que diz respeito à conservação dos recursos naturais escassos. Formas de Tratamento dos Resíduos Para o conhecimento dos alunos, sobre as opções disponíveis para o tratamento dos resíduos sólidos, os professores deverão trabalhar em sala de aula, as atividades a seguir: Leitura compartilhada de textos sobre as formas de tratamentos dos resíduos disponíveis atualmente e as mais empregadas; DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Trabalhar a separação dos resíduos sólidos de acordo com código de cores utilizados para a separação do material reciclável; Pesquisas em grupo, a partir de material disponibilizado pelo professor, sobre: tempo de decomposição e opção para reutilização dos resíduos sólidos produzidos por todos; Discussão sobre os resíduos gerados na comunidade ao entorno da escola, e as formas de tratamento que poderiam ser adotadas pelos munícipes; Visita e entrevista com os moradores ao entorno da escola para identificar o destino final dos resíduos sólidos adotados pelos mesmos; Discussão sobre medidas que podem ser tomadas para melhorar o problema: como implantação de lixeiras para coleta seletiva, contatos com os órgãos responsáveis para melhoria do serviço na comunidade, etc. Realização de oficinas de reciclagem utilizando materiais recicláveis (estas oficinas poderão ser realizadas nas aulas de artes). Consequências ambientais causadas pela disposição inadequada dos resíduos sólidos Para o conhecimento dos alunos, sobre as consequências causadas pela disposição inadequada dos resíduos sólidos, os professores deverão trabalhar em sala de aula, as atividades a seguir: Trabalho em sala de aula com textos, textos fatiados e apresentação de trabalhos pelos alunos, sobre o tema. Tema de Casa: pesquisar e elaborar um texto “Para onde vai o lixo da minha casa?”. Discussão e debate sobre os textos elaborados e orientação correta para a solução dos problemas diagnosticados. Destinação final dos resíduos orgânicos, rejeitos e recicláveis DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Para o conhecimento dos alunos, sobre as opções de destinação final dos resíduos orgânicos, rejeitos e recicláveis, gerados tanto na escola como nas residências dos alunos, os professores deverão trabalhar em sala de aula, as atividades a seguir: Informativos sobre as formas de acondicionamento dos resíduos orgânicos, rejeitos e recicláveis, e priorizar que os mesmos deverão ser separados, enfatizando a coleta seletiva já existente no município; Debate explorando o destino dado ao lixo coletado; Debater a importância e a funcionalidade dos conjuntos de lixeiras para coleta seletiva de acordo com o padrão de cores: papel, metal, vidro e plástico, dentro do ambiente escolar; Realizar um estudo na escola, pelos alunos, com coordenação dos professores, para a verificação da importância da instalação de duas lixeiras: uma para acondicionamento dos resíduos orgânicos e outra para os rejeitos, para posterior utilização dos resíduos orgânicos como composto, na implantação de uma horta escolar. Identificação do lixo orgânico gerados na escola (cozinha), e como podem ser reutilizados (compostagem). Discussão sobre compostagem e como implantar. Utilização do composto produzido na jardinagem ou na horta da escola. Salienta-se que estas atividades deverão ser ministradas pelos professores, de maneira interdisciplinar, de forma que os conteúdos sejam distribuídos durante o ano, tornando assuntos contínuos e persistentes. Desta forma, o programa de educação ambiental não acabará no esquecimento. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL De acordo com a Lei nº 9.795/99, em seu Art. 13o: Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará: I – A difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente; II – A ampla participação da escola, da universidade e de organizações nãogovernamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal; III – A participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organizações não-governamentais; IV – A sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação; V – A sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de conservação; VI – A sensibilização ambiental dos agricultores; VII – O ecoturismo. Para o sucesso dos programas de educação ambiental, é necessário que haja mudanças culturais e ações conjuntas e coordenadas com os todos os setores da sociedade. Desta forma, o município de Penápolis através do DAEP e do CEA, deverão desenvolver cursos, oficinas e palestras para toda a sociedade. Estas atividades poderão ser realizadas nas dependências do CEA, bem como poderão ser realizadas nas comunidades, bairros, empresas ou até mesmo dentro das escolas. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Abaixo estão descritos os objetivos da educação não formal, e as atividades a serem realizadas com todos os segmentos da sociedade, como palestras, curso de formação de educadores ambientais, bem como a realização de oficinas para reaproveitamento dos materiais recicláveis. Estas atividades deverão ser voltadas para a gestão ideal dos resíduos sólidos gerados no município. Os objetivos destes atividades são: Conscientizar, sensibilizar e mobilizar todos da sociedade em geral, em prol da gestão dos resíduos sólidos. Apresentar os tipos de resíduos, como realizar a separação e a importância deste procedimento. Refletir sobre o problema e as consequências da destinação inadequada dos resíduos sólidos. Importância da prática dos 5 Rs. Apresentar as formas de tratamento dos resíduos sólidos. Importância do reaproveitamento dos resíduos recicláveis, bem como a importância da coleta seletiva implantada no município. Logo, estão descritas as formas de trabalhar com a sociedade em geral, as questões ambientais, como a gestão correta dos resíduos sólidos. Palestras PÚBLICO ALVO Sociedade em geral (munícipes, associações de bairros, setor empresarial e industrial, Rotary, CORP, ONGs, entre outros). DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES E PARCEIROS ENVOLVIDOS As palestras deverão ser ministradas pelos responsáveis do CEA ou por profissionais do DAEP. DURAÇÃO DAS PALESTRAS As palestras deverão ter duração de no máximo 02 horas. PERIODICIDADE DAS PALETRAS As palestras serão ofertadas para a sociedade trimestralmente ou poderão ser realizadas através de agendamento caso alguma entidade (empresas, associações, Rotary, etc.) solicite. DESENVOLVIMENTO DAS PALESTRAS Os educadores ou responsáveis pelo CEA deverão trabalhar palestras com a sociedade, com os temas relacionados à gestão dos resíduos sólidos. Os temas que deverão ser trabalhos poderão ser observados a seguir: Introdução ao temas resíduos sólidos: conceitos e classificações. Os educadores deverão trabalhar os 5 Rs da sustentabilidade: Refletir, Recusar, Reutilizar, Reduzir e Reciclar. Apresentar as formas de separação dos resíduos sólidos em: resíduos orgânicos, rejeitos e recicláveis de acordo com código de cores utilizados para a separação dos resíduos; Apresentar as consequências ambientais causadas pela disposição inadequada dos resíduos sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Apresentar a importância da coleta seletiva no município e da CORPE. Importância da destinação final ambientalmente correta dos resíduos sólidos gerados. Após a apresentação dos conteúdos acima citados, o palestrante poderá abrir um espaço para sanar as dúvidas dos presentes. Oficina de Reciclagem para reaproveitamento de materiais recicláveis Estas oficinas visam reaproveitar materiais que são diariamente descartados, contribuindo para a diminuição da polução do solo, água e ar e melhorando a limpeza da cidade. Buscam a promoção da formação de cidadãos consciente em relação a preservação do meio ambiente e desenvolvem a criatividade na produção de objetos utilitários e decorativos a partir do reaproveitamento de materiais recicláveis. PÚBLICO ALVO Sociedade em geral (munícipes, associações de bairros, setor empresarial e industrial, Rotary, CORP, ONGs, idosos, crianças carentes, entre outros). RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES E PARCEIROS ENVOLVIDOS As oficinas deverão ser ministradas pelos responsáveis do CEA, pelos profissionais do DAEP e parceria com a Secretaria de Ação Social. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos As DURAÇÃO E PERIODICIDADE DAS OFICINAS oficinas deverão ser ofertadas semanalmente, com duração de aproximadamente 4 horas. A duração de cada oficina dependerá dos tipos de materiais reaproveitados e confeccionados. DESENVOLVIMENTO DAS OFICINAS Divulgação das oficinas; Montagem das turmas e definição de dias e horários das oficinas; Primeiramente os instrutores das oficinas deverão realizar aula expositiva, com a apresentação do tema e objetivos da oficina, bem como os materiais utilizados e os produtos a serem confeccionados; Durante as oficinas deverá haver discussões em grupo sobre a importância dos trabalhos de reaproveitamento e reciclagem artesanal; Agregar valor aos produtos produzidos nas oficinas, para gerar renda para pessoas que necessitem incrementar o orçamento; Estimular a criatividade e formação de consciência ambiental. Cursos de formação de educadores/multiplicadores ambientais Além das palestras e cursos, o CEA juntamente com o DAEP deverão ofertar para a sociedade interessada, cursos de formação de educadores/multiplicadores ambientais, os quais deverão ser incentivados a multiplicarem as ideias sobre a gestão correta dos resíduos sólidos no município. O objetivo destes cursos são a capacitação de professores e demais interessados, para atuarem como educadores ambientais na sociedade, repassando informações e conhecimentos sobre a correta gestão dos resíduos sólidos. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Capacitar os educadores para atuarem como intermediadores das aplicações das ações propostas pelo PMGIRS e capacitar os professores para atuarem dentro das escolas. PÚBLICO ALVO Professores, universitários, presidentes ou representantes de bairros ou associação, entidades interessadas. RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES E PARCEIROS ENVOLVIDOS Os cursos de formação deverão ser ministrados pelos responsáveis do CEA e pelos profissionais do DAEP. DURAÇÃO DO CURSO O curso deverá ter duração aproximadamente de 80 horas incluindo aulas teóricas e práticas. DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA DE EA Buscando o maior envolvimento da população na execução das ações propostas no PEA, faz-se necessário a divulgação deste programa através dos meios de comunicação. Esta divulgação deverá ser objetiva e clara, de forma a sensibilizar e conscientizar os munícipes da importância deles na participação deste programa, pois a gestão dos resíduos sólidos é um compromisso de toda a sociedade. Para auxiliar a comunicação e divulgação do Programa de Educação Ambiental o DAEP e o CEA poderão utilizar materiais gráficos como folders e convites, como DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos também banners, faixas distribuídas pela cidade, carros de som, jornal local, etc, a fim de mobilizar a sociedade para comparecer e participar das palestras, oficinas e cursos disponibilizados pelo centro, para conscientização ambiental da população sobre a gestão dos resíduos sólidos. Os meios de divulgação a serem utilizados são: Site da prefeitura municipal na internet: http://www.penapolis.sp.gov.br/ Site do DAEP: http://www.daep.com.br/principal/ Podem ser utilizados rede sociais como o facebook e o twitter. Jornal local. Emissoras de rádios locais. Emissoras de televisão locais. Panfletos, cartilhas, cartazes, banners, faixas, convites. Durante as oficinas, palestras e cursos poderão ser distribuídas cartilhas ou folders, contendo as seguintes informações: Dias e horários das oficinas, palestras e cursos, para que os participantes possam divulgar para outras pessoas o cronograma de atividades disponível no CEA; Reforçar as informações sobre a coleta de resíduos orgânicos e rejeitos, bem como dos resíduos recicláveis e óleo de cozinha usado; Informações sobre o acondicionamento para cada tipo de resíduo; Informações sobre a disposição correta nos ecopontos; Informações sobre a fiscalização, multas e penalidades. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos REFERÊNCIAS Educação Ambiental – Roteiro para elaboração de projetos FEHIDRO. Disponível em: <http://www.comitepcj.sp.gov.br/download/CT-EA_Roteiro-Elaboraca-ProjetosFEHIDRO.pdf>. Acesso em Novembro de 2014. LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível no site <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em Novembro de 2014. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS - Uma construção coletiva. Disponível em: <http://www.semad.mg.gov.br/images/stories/educacaoambiental/programa%20de%20e ducacao%20ambiental%20do%20estado%20de%20minas%20gerais.pdf>. Acesso em Novembro de 2014. PRONEA – Programa Nacional da Educação Ambiental. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pdf>. Acesso em Novembro de 2014. Sistematização das Experiências - Projeto Referencial de Educação Ambiental nas escolas das comunidades de atuação do Projeto Sertão no Território do Pajeú-PE. Disponível em: <http://www.projetodomhelder.gov.br/site/images/PDHC/Artigos_e_Publicacoes/Educac ao_Ambiental/Sistematizacao_Educacao_Ambiental.pdf>. Acesso em Novembro de 2014. Vamos Cuidar do Brasil – Conceitos e práticas em Educação Ambiental na Escola. Disponível em: <http://www.projetodomhelder.gov.br/site/images/PDHC/Artigos_e_Publicacoes/Educac ao_Ambiental/Sistematizacao_Educacao_Ambiental.pdf >. Acesso em Novembro de 2014. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ANEXO IV – PLANILHA DE INDICADORES AMBIENTAIS E OPERACIONAIS MODELO DE PLANILHA – INDICADOR DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL REFERÊNCIA RESPONSÁVEL OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente / Finanças Públicas OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente / Finanças Públicas OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente / Finanças Públicas OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente / Finanças Públicas INDICADOR Despesa média por empregado alocado nos serviços do manejo de RSU Incidência das despesas com o manejo de RSU nas despesas correntes do DAEP Autosuficiência financeira do DAEP com o manejo de RSU Despesas per capita com manejo de RSU em relação à população urbana FÓRMULA CAMPOS ENVOLVIDOS UNID. PERIO. R$ / emprego Anualmente % Anualmente % Anualmente R$/hab Anualmente FN218: Despesa do DAEP com serviços de manejo de RSU. TB013: Quantidade de trabalhadores do DAEP envolvidos nos serviços de manejo de RSU. (FN218 / TB013) FN 218: Despesa dos DAEP responsável pelos serviços de manejo de RSU. (FN218 / FN223) * 100 FN223: Despesa corrente do DAEP no ano. FN218: Despesa do DAEP executor dos serviços de manejo de RSU. (FN222 / FN218)* 100 FN222: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes à gestão e manejo de RSU. FN218: Despesa do DAEP executor dos serviços de manejo de RSU. (FN218) / POP_URB POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE). OBS. DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente / Finanças Públicas Receita arrecadada per capita com taxas ou outras formas de cobrança pela prestação de serviços de manejo de RSU FN222: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes a gestão e manejo de RSU. POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE) (FN222) / POP_URB % 2 Anualmente DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos RESÍDUOS ORGÃNICOS E REJEITOS – DOMICILIARES E COMERCIAIS OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar direta (portaa-porta) da população urbana do município. Autosuficiência financeira do DAEP com os serviços de manejo dos Resíduos Domiciliares e Comerciais Massa coletada (RDO + RPU) per capita em relação à população urbana Incidência do custo do serviço de coleta (RDO + RPU) no custo total do manejo de RSU CO165: População urbana atendida pelo serviço de coleta domiciliar direta (porta-a-porta) POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE) (CO165*100 / POP_URB) % Anualmente % Anualmente Kg/hab/dia Anualmente % Anualmente Kg/hab./dia Semestral Desp_Cap: Despesa do DAEP executor dos serviços de capina (Desp_RSD e RSC / Rec_RSD e RSC) * 100 Rec_Cap: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes ao serviço de capina CO116: Quantidade de RSD e RSC coletado pelo DAEP. POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE) ((CO116 / POP_URB)) * (1.000 / 365) FN206: Despesas dos agentes públicos com o serviço de coleta de RSD e RSC. FN218: Despesa dos agentes públicos executores de serviço de manejo de RSU (RSD + RSC). (FN206) / (FN218) * 100 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Massa de RCC per capita em relação à população urbana CC013: Pelo DAEP (CC013 + CC014) / (POP_URB) * 1000 CC014: Por empresas privadas – caçambeiros. POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE) DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Autosuficiência financeira do DAEP com os serviços de coleta de RCC Taxa de resíduos sólidos da construção civil (RCC) coletada pelo DAEP Desp_RCC: Despesa do DAEP executor dos serviços de capina (Desp_RCC / Rec_RCC) * 100 Rec_RCC: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes ao serviço de capina % Anualmente % Semestral R$ / emprego Anualmente % Anualmente Kg/hab/ano Anualmente CC013: Pelo DAEP (CC013 / CO117) * 100 CO117: Por empresas privadas – caçambeiros. RESÍDUOS – ANIMAIS MORTOS OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Despesa média por empregado alocado nos serviços do manejo de animais mortos Autosuficiência financeira do DAEP com o manejo de animais mortos Desp_AM: Despesa do DAEP com serviços de manejo de animais mortos Qtidade_Trab: Quantidade de trabalhadores do DAEP envolvidos nos serviços de manejo de animais mortos (Desp_AM / Qtidade_Trab) Desp_AM: Despesa do DAEP executor dos serviços de manejo de animais mortos. (Desp_AM / Rec_AM) * 100 Rec_AM: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes ao manejo de animais mortos. RESÍDUOS RECICLÁVEIS OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Massa recuperada per capita de materiais recicláveis em relação à população urbana CS009:Quantidade de total de materiais recicláveis recuperados POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE) (CS009 / POP_URB) * 100 DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Taxa de material recolhido pela coleta seletiva em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidos domésticos e comerciais Taxa de cobertura do serviço de coleta seletiva porta-a-porta em relação à população urbana do município Tot_Coop:Total de resíduos coletados pela cooperativa Tot_RSD: Total de resíduos sólidos domiciliares (Tot_Coop) / Tot_RSD e Tot_RSC + Tot_Coop) * 100 Tot_RSC: Total de resíduos sólidos comerciais % Anualmente % Semestral R$ / emprego Anualmente Kg/1000 hab/dia Semestral CS050: População urbana do município atendida com a coleta seletiva executada pela cooperativa POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE). (CS050 * 100 / POP_URB) RESÍDUOS SERVIÇÕS DE SAÚDE OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Despesa média por empregado alocado nos serviços do manejo de RSS realizado pelo DAEP (A e E) Massa de RSS coletada pelo DAEP (A e E), per capita em relação à população urbana Desp_man_RSS: Despesa do DAEP com os serviços de manejo de RSS. Qtidade_trab_RSS: Quantidade de trabalhadores do DAEP envolvidos nos serviços de manejo de RSS. (Desp_man_RSS / Qtidade_trab_RSS POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE). (RSS / POP_URB) * (1.000.000 / 365) RSS: Quantidade total de RSS coletado pelo DAEP (A e E). DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Desp_RSS: Despesa do DAEP executor dos serviços de manejo de animais mortos. Autosuficiência financeira do DAEP com o manejo dos RSS (Desp_RSS / Rec_RSS) * 100 Massa de RSS coletada por empresa privada (B), per capita em relação à população urbana Taxa de RSS coletado por empresa privada em relação à quantidade total coletada de RSS Taxa de RSS coletado pelo DAEP em relação à quantidade total coletada de RSS Rec_RSS: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes ao manejo de animais mortos. % Anualmente Kg/1000 hab/dia Semestral % Anualmente % Anualmente POP_URB: População urbana do município em 2010 (IBGE). (RSS / POP_URB) * (1.000.000 / 365) RSS: Quantidade total de RSS coletado por empresa privada (B). Tot_Col_Daep: Total de RSS coletado pelo DAEP Tot_Col_Priv / (Tot_Col_Priv + Tot_Col_Daep) * 100 Tot_Col_Priv: Total de RSS coletado por empresa privada Tot_Col_Daep: Total de RSS coletado pelo DAEP Tot_Col_Daep / (Tot_Col_Daep + Tot_Col_Priv) * 100 Tot_Col_Priv: Total de RSS coletado por empresa privada VARRIÇÃO, ROÇADA E CAPINA OBS: Estes serviços não estão sendo ofertados no município, mas há projetos futuros para a oferta destes serviços. OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Custo unitário médio do serviço de varrição Custo unitário médio do serviço de roçada Desp_Daep: Despesa do DAEP com o serviço de varrição. (Desp_Daep) / Km_varridos_func Km_varridos_func: Extensão total de sarjetas varridas pelos executores (km varridos) R$/Km Anualmente Desp_Daep: Despesa do DAEP com o serviço de roçada. (Desp_Daep) / Km_roçados_func Km_roçados_func: Extensão total roçados pelos executores (km roçados) R$/Km Anualmente DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Custo unitário médio do serviço de capina Extensão total anual varrida per capita Desp_Daep: Despesa do DAEP com o serviço de capina (Desp_Daep) / Km_capinados_func Km_capinados_func: Extensão total capinado pelos executores (km capinados) R$/Km Anualmente Ext_tot_var_Daep: Extensão total varrida pelo Daep (Ext_tot_var_Daep) / POP_URB POP_URB: população urbana do município em 2010 (IBGE) Km/hab./ano Anualmente Km/hab./ano Semestral % Anualmente % Anualmente % Anualmente Km/hab./ano Semestral Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Extensão total anual roçada per capita Ext_tot_roç_Daep: Extensão total roçada pelo Daep (Ext_tot_roç_Daep) / POP_URB POP_URB: população urbana do município em 2010 (IBGE) Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Autosuficiência financeira do DAEP com os serviços de capina Autosuficiência financeira do DAEP com os serviços de roçada Autosuficiência financeira do DAEP com os serviços de varrição Extensão total anual capinada per capita Desp_Cap: Despesa do DAEP executor dos serviços de capina (Desp_Cap / Rec_Cap) * 100 Rec_Cap: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes ao serviço de capina Desp_Roç: Despesa do DAEP executor dos serviços de roçada (Desp_Roç / Rec_Roç) * 100 Rec_Roç: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes ao serviço de roçada Desp_Var: Despesa do DAEP executor dos serviços de roçada (Desp_Var / Rec_Var) * 100 Rec_Var: Receita arrecadada com taxas e tarifas referentes ao serviço de roçada Ext_tot_cap_Daep: Extensão total capinada pelo Daep (Ext_tot_cap_Daep) / POP_URB POP_URB: população urbana do município em 2010 (IBGE) RESÍDUOS VERDES DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente OPERACIONAL AMBIENTAL Departamento de Meio Ambiente Taxa de cobertura do serviço de coleta de Resíduos verdes em relação à população total do município Taxa de Resíduos verdes gerados pelos munícipes em relação à quantidade total gerada Taxa de Resíduos verdes gerados pelo CPFL em relação à quantidade total gerada Massa de Resíduos verdes coletada per capita em relação à população urban Pop_Tot_Atend: população total atendida no município Pop_Tot: População total do município em 2010 (IBGE) (Pop_Tot_Atend / Pop_Tot) * 100 T_RVer_munic / (T_RVer_munic + T_RVer_CPFL) * 100 % Anualmente % Anualmente % Anualmente Kg/1000 hab/dia Anualmente T_RVer_munic: Total de resíduos verdes gerados pelos munícipes (podas e cortes de arvores) T_RVer_CPFL: total de resíduos verdes gerados pelo CPFL (podas e cortes de arvores) T_RVer_munic: Total de resíduos verdes gerados pelos munícipes (podas e cortes de arvores) T_RVer_CPFL / (T_RVer_munic + T_RVer_CPFL) * 100 T_RVer_CPFL: total de resíduos verdes gerados pelo CPFL (podas e cortes de arvores) T_RVer_munic: Quantidade total de resíduos verdes gerados e coletados pelos munícipes (podas e cortes de arvores) ((T_RVer_munic + T_RVer_CPFL) / (Pop_Urb)) * (1.000.000 / 365) T_RVer_CPFL: Quantidade total de resíduos verdes gerados e coletados pelo CPFL (podas e cortes de arvores) POP_URB: população urbana do município em 2010 (IBGE) DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos RESÍDUOS VOLUMOSOS Taxa de cobertura do serviço de OPERACIONAL coleta de AMBIENTAL Resíduos volumosos Departamento de em relação à Meio Ambiente população total do município Massa de Resíduos OPERACIONAL volumosos AMBIENTAL coletado per capita em Departamento de relação à Meio Ambiente população urbana *RSD: Resíduos Sólidos domiciliares *RSC: Resíduos Sólidos comerciais * Emp: Empregado * Hab: Habitante. *Obs: Observação *Perio: Periodicidade Pop_ atendida: população atendida pelo serviço de coleta de resíduos volumosos. Pop_ atendida / Pop_Urb) * 100 POP_URB: população urbana do município em 2010 (IBGE) % Anualmente Kg/1000 hab/dia Anualmente POP_URB: População urbana do município em 2010 (RVol / POP_URB) * (1.000.000 / 365) RVol: Quantidade total de resíduos volumosos coletados pelo DAEP DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ANEXO V – MATERIAIS, FOTOS E APRESENTAÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA Realização: 12/02/2015 Horário: 19:30 Local: Câmera Municipal de Penápolis Material de divulgação: Folder (tamanho A5) e Cartaz (tamanho A3) DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Convite DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Faixa Fotos da divulgação: Cartazes em comercio e atendimento de alguns órgãos públicos (postos de saúde, escolas, entre outros) DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Faixas DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Outdoor Foto da Audiência Publica realizada em 12/02/2015: DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Apresentação: DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Lista de Presença: DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos DAEP - DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PENÁPOLIS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
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