A assinatura celeste

Transcrição

A assinatura celeste
A assinatura celeste nos mitos apocalípticos:
(re) velando o óbvio
Lúcia D. Torres
É possível estarmos todos
errados?
(Rainer Maria Rilke)
“É possível (...) que não
se tenha visto,
conhecido e dito
nada de real
e importante?
É possível que se tenha tido milênios
para olhar, refletir e anotar
e que se tenha deixado passar os
milênios como uma pausa escolar,
durante a qual se come fatias de pão
com manteiga e uma maçã?
Sim, é possível.
É possível que, apesar das investigações e
dos progressos, apesar da cultura,
da religião e da filosofia,
se tenha ficado na superfície da vida?
É possível que até se tenha coberto essa
superfície - que, apesar de tudo, seria
qualquer coisa - com um pano incrivelmente
aborrecido, de tal modo que se assemelhe
aos móveis da sala
durante as férias de verão?
Sim, é possível.
É possível que toda a História Universal tenha
sido mal-entendida?
É possível que o passado seja falso,
precisamente porque sempre se falou
das suas multidões, como se dissertasse sobre
uma aglomeração de pessoas,
em vez de falar de uma única,
em torno da qual elas estavam,
porque se tratava de um desconhecido
que morreu?
Sim, é possível.”
pocalipse significa literalmente “abaixo do véu dos eventos”
APOCALIPSE (apokalypsis)
Apokalyptein “desvendar,
descobrir, revelar”
APO “sobre”,
KALYPTEIN, “cobrir, esconder”.
P
Significa literalmente
“abaixo do véu dos eventos”
ou revelação do que estava
oculto...
Sinais dos tempos ... Fim do mundo
Os quatro cavaleiros do ateísmo
23 fev 11
Cleiton Heredia
administrador,
teólogo com bacharelado
em línguas bíblicas
www.saudesaberevirtude.blogspot.com
Clinton Richard Dawkin (26/03/41)
Considerado um dos maiores intelectuais do
mundo, é o mais famoso dos quatro, por ser
o mais militante na defesa e divulgação de
correntes como o ateísmo, ceticismo e
humanismo. Zoólogo, etólogo, biólogo
evolutivo fez uma grande contribuição à
ciência da evolução com a Teoria do
Fenótipo Estendido.
“Para não acreditar na evolução você deve
ser ignorante, estúpido ou insano“.
Suas principais obras são:
O Gene Egoísta (1976);
O Fenótipo Estendido (1982);
O Relojoeiro Cego (1986);
O Capelão do Diabo (2003);
Deus, um Delírio (2006);
A Desilusão de Deus (2007).
Daniel Clement Dennett (69) filósofo especializado em filosofia
da mente relacionada à ciência
cognitiva. É o que tem uma
atitude mais conciliadora. Quanto
ao ateísmo, ele acredita que este
termo tende a desaparecer no
futuro, da mesma forma que agora
não temos nenhum termo para
definir as pessoas que acreditam
que a Terra é redonda.
Content and Consciousness
(1969), Brainstorms (1978),
Elbow Room (1984),
The Intentional Stance (1987)
Consciousness Explained (1991).
Christopher Hitchens (26/04/49)
com sua análise política cortante talvez
seja o mais irônico dos quatro,
provavelmente por sua formação
jornalística.
"Deus não é Grande – como as religiões
envenenam tudo". (2007)
Acredita que a livre expressão e a
investigação científica deveriam
substituir a religião como um meio de
ensinar ética e definir a civilização
humana. Seu estilo de debate é
argumentativo e confrontante, e lhe
conferiu em 2009, pela revista Forbes, o
título de um dos 25 liberais mais
influentes da mídia americana.
Sam Harris (43) filósofo com doutorado
em neurociência. "O Fim da Fé" (2004).
O ateísmo não é uma visão de mundo ou
uma filosofia, mas sim a "destruição de
ideias más". A religião é "um dos mais
perversos mau uso de inteligência que nós
já inventamos" e o campo fértil onde
crescem e proliferam estas ideias más. em
uma entrevista em 2007: "Nós não temos
uma palavra para não acreditar em Zeus, o
que é dizer que nós somos todos ateístas
em respeito a Zeus. E nós não temos uma
palavra para não ser um astrólogo". Ele
então diz que o termo será aposentado
apenas quando "nós todos alcançarmos
um nível de honestidade intelectual onde
nós não mais iremos fingir estarmos certos
sobre coisas que nós não estamos certos".
iImmanuel Velikovsky
(10/06/1895 *
17/11/1979)
10/06/1895
16:35
Vitebsk Bielorussia
•
•Psiquiatra e psicanalista russo, na década de 40,
questiona o modelo vigente do sistema solar,
propondo que a relação entre os planetas foi alterada
em tempos geológicos recentes;
• Para ele, o conceito da gravidade de Newton era
insuficiente para explicar o comportamento dos planetas :
“o que produz a estabilidade observada
no sistema solar ?”
as forças elétricas.
* Mundos em colisão (1950)
Principais idéias
* o planeta Terra tem sofrido catástrofes
naturais em uma escala global,
tanto antes como durante
a história registrada da humanidade,
e há evidências disto nos registros geológicos;
* A extinção de muitas espécies ocorreram
catastroficamente e não pela seleção
darwiniana;
* A memória da humanidade registrou estas catástrofes
nos mitos, lendas e história escrita de todas as culturas e
civilizações antigas.
Velikovsky apontou concordâncias nas narrativas de
muitas culturas e propôs que se referiam aos mesmos
eventos reais. Por exemplo, a memória de uma enchente
é registrada na Bíblia hebraica, na lenda grega de
Deucalião e no Código de Manu (Índia).
Esses registros literais foram considerados
como meras lendas em virtude
de uma “Amnesia Cultural”.
* Encontros entre a Terra e outros organismos
dentro do sistema solar
foram as causas destas catástrofes naturais;
* provavelmente, os planetas Saturno, Júpiter,
Vênus e Marte moviam-se sobre órbitas diferentes
destas que agora conhecemos;
* Para explicar esta “mecânica celeste” ,
Velikovsky formulou a hipótese de que as forças
eletromagnéticas podem, de alguma forma,
desempenhar um papel maior do que pensamos
para neutralizar a gravidade e a mecânica orbital.
10/06/1895
16:35
Vitebsk Bielorussia
*A Terra foi um satélite de um "proto-Saturno” ;
* O Dilúvio foi causado por este “proto-Saturno”
quando seu estado modificou-se,
ejetando grande parte da sua massa ao espaço;
* Mercúrio estava envolvido na catástrofe da
Torre de Babel ;
*Júpiter estava relacionado com a destruição de
Sodoma e Gomorra;
* Contatos periódicos e estreitos com Vênus (que foi
expulsa de Júpiter) causaram o êxodo (c.1500 aC) ;
* Contatos estreitos com Marte causaram estragos no
8º. e 7º. séculos aC.
Velikovsky tentou conciliar a história bíblica
com a arqueologia tradicional e a cronologia egípcia –
suas teorias foram vigorosamente rejeitadas ou ignoradas
pela comunidade científica.
“Idades no Caos”
“Edipo e Akenaton”
“Povos do Mar”
“Ramsés II e seu tempo”
“ A conquista assíria”
“ A idade das trevas na Grécia”
Caso Velikovsky - 25 fev 74 – São Francisco (CA)
Associação Americana para o avanço da Ciência
“Velikovsky’s challenge to science”
A academia negou-lhe um fórum para rebater as muitas
críticas recebidas, o que fez com que Velikosky se comparasse
a Giordano Bruno.

Yggdrasil (1886)
FriedrichWilhelm Heine




(1999)
“em alguns dos mitos
mais impressionantes e
duradouros que herdamos
dos tempos antigos,
parece que nossa espécie
reteve uma recordação
confusa, mas persistente,
de uma pavorosa
catástrofe global.
De onde vêm
estes mitos ?”
Por que, embora procedam de
culturas sem relação entre si,
seus temas são tão parecidos ?
Por que estão imbuídos de um
simbolismo comum ?
E por que falam, com tanta
freqüência, dos mesmos
personagens e enredos
padronizados ?
Se são realmente memórias,
por que não existem registros
históricos das catástrofes
planetárias que parecem aludir ?
Poderia acontecer que os próprios
mitos sejam registros históricos?
Poderia acontecer que essas
histórias interessantes e imortais,
compostas por gênios anônimos,
tenham sido o meio usado para
conservar informações desse tipo
e transmiti-las ao longo do tempo,
antes que começasse a história
documentada ?”
Não há mito mais
globalizado do que
o do Dilúvio
•Suméria (Epopéia de
Gilgamesh)
•México (Popol Vuh)
•Chibcas (Colômbia)
•Tupinambás (Brasil)
•Yamanas (Terra do Fogo)
•Inuítes (Alaska)
Em todo o mundo, são
conhecidas mais de
quinhentas lendas...
Setenta e duas delas são
totalmente independentes
das versões mesopotâmias
e hebraicas.
Elementos comuns:
*barco construído;
*casal /sementes/animais
*múltiplos de 12
(36,72, 108, 432)
“Provavelmente estamos
diante de uma fonte
comum e bastante
arcaica...
Mas seria imprudente
explicar um mito tão
difundido por meio de
fenômenos cujos traços
geológicos não foram
encontrados.”
“
The Poetic Edda,
Quinhentas e quarenta portas existem,
Eu suponho, nos muros de Valhala;
Oitocentos lutadores através de cada
porta passam
Quando partem para guerrear com o
Lobo.
( A Edda Poética é um conjunto de poemas
preservados no islandês medieval é a fonte mais importante existente na
mitologia nórdica)
A mitologia germânica acredita que chegará um dia em
que tudo findará, tanto para os homens quanto para os
deuses. Este dia é chamado de Ragnarök :
“o destino dos deuses”.
.
O fim do mundo será precedido pela era do machado e da
espada. As armas serão empunhadas e destruídas; seguirão
então a era do vento e a era do lobo antes da destruição
inevitável do Ragnarök.
Surgirá Fimbulvetr, um inverno tríplice, que despejará neve
dos quatro cantos do céu. Durante este período, o sol não
mostrará sua face e não trará sua alegria para a terra e seus
habitantes. Outros três anos de inverno se seguirão sem que o
verão apareça para aliviar seus rigores. Midgard estará em
guerra durante este tempo. E pai e filho lutarão um contra o
outro, irmãos participarão de atos incestuosos, as mães
abandonarão seus maridos e seduzirão seus próprios filhos,
enquanto irmãos destroçam os corações um do outro.
Neste período de guerra, a própria terra ficará
assustada e tremerá, montanhas e árvores tombarão, o
mar sairá de seu leito, o céu se abrirá e as estrelas cairão,
e os homens morrerão em grande número.
540 x 800 = 432.000.
Nos Puranas hindus, ou “Crônicas da Antiga Tradição”,
este é o número de anos de duração da Kali Yuga,
o presente ciclo de tempo, considerado o último e mais breve
dos quatro ciclos que juntos formam um “Grande Ciclo”
(Mahayuga) de 4.320.000 anos.
E que deverá terminar em um dilúvio universal.
“
“Os Puranas datam de 400 a 1000 a.C.;
os versos édicos de 900 a 1100 a.C.
A pergunta óbvia a ser feita é:
que coincidência pode ter levado esse
número a aparecer tanto na Índia
quanto na Islândia, em associação
com uma mitologia
de ciclos recorrentes de tempo ?”
(CAMPBELL, Joseph.
Mitologia na vida moderna. )
Segundo Campbell, estes números já teriam chamado a
atenção de alguns pesquisadores como Hilpretcht (1906) e
Alfred Jeremias (1909), que, segundo ele, foram os
primeiros a reconhecer estas conexões:
“todas as tábuas de multiplicação e divisão das bibliotecas
templárias de Nippur e Sippar e da biblioteca de
Assurbanipal são baseadas em 12.960.000.
E 12.960 x 2 = 25.920.”
É è Seria incrível que os babilônios, experientes como
eram na observação dos céus, não tenham deduzido,
a partir da diferença entre observações
anteriores e posteriores,
uma mudança no ponto equinocial...
“
Oficialmente, a precessão dos
equinócios (movimento que a
Terra executa, a partir de seu
próprio eixo), foi percebido pelo
astrônomo grego asiático
Hiparco de Bitínia (129 a.C)
em um tratado cujo nome é
“ Sobre o deslocamento dos
sinais solsticiais e equinociais”.
Tal “descoberta” foi decorrência
de suas observações celestes a
partir de medições feitas
anteriormente por Timocharis de
Alexandria ( 320 – 260 a.C).
Hertha von Dechend
Giorgio di Santillana
Afirmam que a precessão dos equinócios é
muito mais antiga do que supomos
e que foi descoberta por uma civilização
ancestral extremamente sofisticada
(talvez muito anterior a 4000 ac).
Os mitos que codificam este conhecimento
astronômico transmitem esta crença
através de uma história relativa a uma
pedra de moinho e uma jovem
protagonista.
“
Se “ a mensagem sobre a precessão”,
identificada por tantos estudiosos foi, na verdade,
uma tentativa deliberada de comunicação,
por parte de alguma civilização perdida da
antiguidade,
por que não foi simplesmente escrita e deixada
para que a encontrássemos ?
Não teria sido mais fácil do que codificá-la
em mitos ? Pode ser.
Mas talvez a única linguagem universal que
pudesse atravessar os milênios ainda fosse a
matemática...
Dados geodésicos,
relacionados com o
posicionamento exato de
pontos geográficos físicos
e com a forma e o
tamanho da terra
permaneceriam, também,
válidos e reconhecíveis
durante dezenas de
milhares de anos
e poderiam ser expressos
através de monumentos
gigantescos .
“
Assim, “constante” em nosso
“ sistema solar é a linguagem do
tempo: os intervalos grandes e
regulares calibrados pelo
lentíssimo movimento de
precessão.
Agora, ou dentro de dez mil anos
no futuro, uma mensagem que
forneça os números como 72,
2160, 4320 ou 25.920 deve ser
imediatamente inteligível para
qualquer civilização que tenha
desenvolvido a capacidade de
detectar e medir o bamboleio
reverso, quase invisível, que o Sol
parece fazer ao longo da eclíptica.
Embora nem todos os
mecanismos de natureza
geológica e astronômica
envolvidos pareçam ser
compreendidos, o fato é que o
ciclo de precessão correlaciona-se
real e fortemente com o
desencadeamento e o fim das
eras glaciais.
“
O conhecimento de que, de fato
isto acontece, só foi provado por
nossa ciência no final da década
de 1970.
E o que dizer da maravilhosa
divindade, ou super-homem,
mencionado em tantos
mitos, que apareceu
imediatamente
após ter sido o mundo
despedaçado por uma
catástrofe geológica,
trazendo consolo
e as dádivas da civilização
aos sobreviventes ?
Peabiru
A palavra é de origem tupi-guarani e há uma grande
variedade de traduções:
"Caminho forrado, entulhado";
“Por aqui passa o caminho antigo de ida e de volta";
"Caminho pisado, pegada do caminho, marca do caminho";
"Caminho ralo, caminho sem ervas";
"Caminho brando, suave";
"Caminho cujo percurso se iniciou";
"Caminho tortuoso, cheio de voltas";
"Caminho que leva ao céu, ou às alturas".
As trilhas indígenas são um dos raros testemunhos
da vida no período pré-colombiano brasileiro.
Vestígios delas ainda existem e podem ser
identificados ainda hoje. A mais importante destas
trilhas, denominada Peabirú, possuía enorme
extensão ligando o litoral brasileiro com a
mesopotâmia paraguaia, atingindo a rede de
caminhos do Império Inca nos Andes. Em seu trajeto
a trilha cortava o planalto de Piratininga, terreno
onde hoje se estende a cidade de São Paulo. Dada
a importância do assunto, procuramos no presente
trabalho não só resgatar a bibliografia referente ao
Peabirú; mas principalmente reconstruir o traçado
que a trilha possuía dentro dos limites da cidade.
Para tanto, o trabalho envolveu técnicas de
interpretação aerofotogramétrica, assim como
pesquisa do material bibliográfico do século XVI e
da cartografia antiga.
“Nas paredes da pedra encantada,
os segredos talhados por Sumé”.
(Zé Ramalho)
A pedra encantada é a Pedra do Ingá, monolito arqueológico
situado no interior da Paraíba.
Sumé é um personagem da mitologia indígena tupi-guarani,
legislador de época anterior à colonização portuguesa.
De acordo com a lenda, Sumé, perseguido por índios
tupinambás, fugiu deixando rastros talhados em pedras
durante sua travessia. Teria ido até o Peru, abrindo uma trilha
ficou conhecida como Caminho das Montanhas do Sol.
Em tupi-guarani, Paêbirú.
Pedra do Ingá - Paraíba
O astrônomo Germano
Bruno Afonso,
do Dep. de Física (UFPR),
notou que,
coincidentemente ou não,
existiam diversas
marcações astronômicas,
a maioria feita em pedra,
ao longo do percurso do
Peabiru.
Eram gravações
rupestres e monolitos
com orientação
astronômica
(indicando solstícios,
equinócios, pontos
cardeais e até
constelações)
que demonstravam um
conhecimento bastante
aprimorado.
Tais pedras, verdadeiras
obras científicas, foram
trabalhadas por índios
brasileiros.
Talvez pelos itararés,
talvez pelos guaranis,
não se sabe.
Uma dessas peças de
pedra, uma espécie de
calendário solar,
foi localizada pelo
professor Germano em
Mangueirinha (PR).
O mito Sumé é um enigma que abrange todo
Continente Americano.
Possui muitos nomes: Sumé, Xumé, Pai Abara entre
nossos índios, Quetzalcoatl na América do Norte,
Sommay entre os Caribas.
No Haiti era Zemi, na América Central era Zamima.
Mas a figura é sempre a mesma: homem branco,
longa barba, que vem do mar, portando uma
‘borduna trovejante ’.
Saía das águas para catequizar e mostrar aos
nativos como construir casas, cultivar frutas,
verduras e legumes e outras técnicas .
A lenda indígena caia como
uma luva para os
missionários europeus: as
atitudes e vestimentas de
Sumé fizeram com que o
associassem a São Tomé.
Os nativos foram levados
a crer que os religiosos
estavam dando
prosseguimento à obra
do “herói civilizador”.
O caso Peabiru na MPB
A gravadora Rozenblit ficava
na beira do rio Capiberibe.
Durante a enchente (1975),
a fábrica de discos foi
inundada, sobrando apenas
cerca de 300 exemplares,
levados para a casa de Lula
antes da grande enchente daí começa a mística que
circunda este LP.
DISCO I
Lado A - "Terra"
01 - Trilha de Sumé
*Culto à terra *Bailado das muscarias
Lado B - "Ar"
02 - Harpa dos ares
03 - Não existe molhado igual ao pranto
04 - OMM
DISCO II
Lado A - "Fogo"
05 - Raga dos raios
06 - Nas paredes da pedra encantada, os segredos talhados por Sumé
07 - Maracas de fogo
Lado B - "Àgua"
08 - Louvação à Iemanjá • Regato da montanha
09 - Beira mar
10 - Pedra templo animal
11 - Sumé
1975
Considerada a maior calamidade do século, esta enchente
ocorreu entre os dias 17 e 18 de julho, deixando 80% da cidade
do Recife sob as águas. Outros 25 municípios da bacia do
Capibaribe também foram atingidos. Morreram 107 pessoas e
outras 350 mil ficaram desabrigadas. Na capital e interior, 1.000
km de ferrovias foram destruídos, pontes desabaram, casas foram
arrastadas pelas águas. Só no Recife, 31 bairros, 370 ruas e
praças ficaram submersos; 40% dos postos de gasolina da cidade
foram inundados; o sistema de energia elétrica foi cortado em
70% da área do município; quase todos os hospitais recifenses
ficaram inundados, tendo o depósito de alimentos do Hospital
Pedro II. sido saqueado. Por terra, o Recife ficou isolada do resto
do País durante dois dias.
www.pernambuco.com/diario/2004/02/08/urbana9_2.html
Muitas dificuldades emperram
a reedição de 'Paêbirú' em
CD:
a Polydisc quer relançar, mas
não quer pagar nada dos
direitos;
Zé Ramalho quer inverter
os nomes da capa do LP
( para Zé Ramalho e Lula
Côrtes).
Assim fica inédito até hoje !
"Vão para a gaveta escura das
vaidades da MPB."
Talvez seja a hora de se retomar estas pesquisas,
buscando reunir vários saberes que ressignifiquem o
material já documentado, consolidando uma visão que
integre diferentes áreas do conhecimento,
Talvez estejamos num
ponto de mutação
enquanto espécie,
enquanto coletivo, e
possamos realmente
integrar os conhecimentos
de uma sabedoria milenar
com os de uma ciência
secular.
Universo elétrico
Sim, a visão do universo mudou.
Não muito tempo atrás, a gravidade era a
chave para explicar e prever a evolução dos
planetas, cometas, estrelas, sistemas solares e
galáxias.
Mas agora nossos instrumentos estudam o
espaço numa definição superior - em altas
freqüências acima e muito abaixo da luz
visível.
Ondas de rádio, microondas, ultravioleta,
infravermelho, raios-X e raios gama: o
universo ganha vida através do espectro
eletromagnético.
Novas perspectivas revelam fenômenos
elétricos em uma escala nunca antes
imaginada.
Inesperados, esteja certo.
Uma explosão de surpresas abriu uma nova
janela para o cosmos no século XXI.
Vivemos em um universo elétrico.
Físico e filósofo,
através de suas
pesquisas nos
últimos15 anos,
vem estabelecendo
as bases
interdisciplinares do
paradigma do
Universo Elétrico.
Wallace Thornhill
Professor aposentado,
PHD em engenharia
elétrica,
astrônomo amador
Donald Scott
David Talbott
Pesquisador em mitologia
comparada
Editor da World Science
Database,
engenheiro elétrico
Greg Volk
David Talbott e Wallace Thornhill
Ou talvez o pêndulo
cósmico anuncie, simples
e inexoravelmente,
que grande parte da
humanidade estará, mais
uma vez, atravessando a
fenda galáctica de uma
maneira totalmente
inconsciente e
desavisada, que o
Universo seguirá o seu
ritmo de criação e
dissolução,
E que, realmente, não há nada de novo sob os céus,
conforme profetizou o Eclesiastes...
Um Índio (Caetano Veloso)
Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América,
num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada
das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Gandhi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Para saber mais
* CAMPBELL, Joseph. Mitologia na vida moderna:ensaios selecionados. RJ:
Record:Rosa dos Tempos, 2002.
* ELIADE, Mircea. História das crenças e das idéias religiosas – I – da idade da
pedra aos mistérios de Elêusis. RJ, Zahar, 2010.
* HANCOCK, Graham. As digitais dos deuses. 3ª.edição. RJ, Record, 2010.
* SAGAN, Carl. Cosmos. Belo Horizonte:Villa Rica; Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1992.
*SANTILLANA, G. e DEUCHEN, Hertha Von. Hamilet’s Mill
(www.bibliotecapleyades.net/hamlets_mill/hamletmill.htm -)
* SELLERS, Jane B. Morte dos deuses no Antigo Egito – um ensaio sobre a religião
egícia e a armação do tempo. 3ª. edição, 2003
*www.thesellersplace.com
•www.thunderboalts.info
* TARNAS, Richard. Cosmos y Psique. Atalanta.
[email protected]