ICTIOPARÁSITOS

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ICTIOPARÁSITOS

The Biologist (Lima), 2012, vol. 10, jul-dic, Suplemento Especial 2
“Año de la Integración Nacional y el Reconocimiento de Nuestra Diversidad”
Abstract Book del III Congreso Internacional de Parasitología Neotropical (III COPANEO). "Parasitología Global: Salud, Biodiversidad y Zoonosis"
5 al 10 de Noviembre del 2012, Lima, Perú.
ICTIOPARÁSITOS
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A INTEGRIDADE AMBIENTAL DA REPRESA DE JURUMIRIM (ALTO RIO
PARANAPANEMA, SP, BRASIL) COM BASE NA ICTIOFAUNA, SUPRACOMUNIDADES DE PARASITAS, DIETA E MIGRAÇÃO DOS PEIXES
Heleno Brandão
UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu, Departamento de Parasitologia (Laboratório de Parasitologia de
Animais Silvestres) e Departamento de Morfologia (Laboratório de Biologia e Ecologia de Peixes)
The Biologist (Lima), 2012, vol. 10 (2), jul-dic, Suplemento Especial 2.
RESUMO
A construção de usinas hidrelétricas é um dos principais instrumentos de desenvolvimento econômico, sendo
estas muitas vezes implantadas em regiões densamente povoadas, onde os rios são cruciais, especialmente
no que diz respeito ao abastecimento e pesca comercial. Concomitante ao intenso desenvolvimento da
sociedade humana e ao crescimento populacional, a construção de represas artificiais na América do Sul, em
especial no Brasil, foi intensificada com intuito de aumentar a geração de energia elétrica. No entanto, estes
tipos de empreendimentos provocam drásticas alterações nos ecossistemas aquáticos alterando sua
paisagem original com reflexos negativos para a biota. Nessas condições, a fauna de peixes pode ser a mais
afetada, o que influencia tanto a prevalência como o tamanho das infra-populações de parasitas desses
animais. A represa artificial brasileira Jurumirim, localizada no rio Paranapanema (bacia do Alto Paraná), vem
sendo intensivamente estudado sob o aspecto limnológico desde 1979, tendo suas águas, consideradas de
excelente qualidade. Apesar disso, sua bacia hidrográfica vem sofrendo diversos impactos tais como a
introdução de espécies não nativas e instalação de empreendimentos de cultivo de peixes em tanques-rede, o
que justifica esforços no sentido de conservar e preservar este importante ecossistema aquático. Neste
contexto, os estudos envolvendo parasitas de populações naturais de peixes são de relevante importância
para um melhor entendimento do ecossistema. Trabalhos nesta linha de pesquisa podem ser utilizados como
ferramentas para tomada de decisão pelos administradores dos recursos hídricos, no qual, destacam-se os
estudos da área de sistemática, ecologia, ciclo de vida e análise das relações hospedeiro-parasita, o que os
tornam temas de interesse local, regional e mundial. O aumento dos estudos sobre os parasitas de peixes foi,
nas últimas décadas, renovado devido às implicações econômicas, sobretudo, no caso das pisciculturas
intensivas. Um dos principais motivos, é que grande número de parasitas pode causar mortalidade apreciável
nas diversas espécies de peixes cultivadas, sendo seu tratamento, em alguns casos, muito difícil, enquanto
noutros, não existem atualmente processos terapêuticos eficazes. Tanto do ponto de vista ecológico como
zootécnico, caracterizar e entender quais são as comunidades de parasitas presentes nos ecossistemas
naturais e quais as suas interações bióticas (hospedeiro-parasita) e abióticas (fatores físico-químicos do
ambiente) pode auxiliar num melhor entendimento dos processos de dispersões naturais e artificiais desses
organismos, e consequentemente, na preservação dos ecossistemas aquáticos. Os parasitas são indicativos
de muitos aspectos biológicos de seus hospedeiros, e também podem ser indicadores diretos da qualidade
ambiental. Com base no texto supracitado, esta palestra tem por objetivo apresentar os resultados
alcançados na área da parasitologia de peixes realizados no projeto CAPES processo: AUX-PE-PNPD
3005/2010 intitulado “A integridade ambiental da represa de Jurumirim (Alto rio Paranapanema, SP, Brasil)
com base na ictiofauna, supra-comunidades de parasitas, dieta e migração dos peixes”. Entre os estudos
concluídos e em andamento, será enfatizado: a distribuição de monogenóides em peixes dos rios Taquari,
Veados e Paranapanema, reservatório de Jurumirim; o artigo “Occurrence of Braga cigarra (Cymothoidae)
parasitizing Galeocharax knerii (Characidae) from affluent of Jurumirim reservoir, Brazil” aceito para
publicação na Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária; três resumos em congressos nacionais e três
em congresso regional, relatando a ocorrência e descritores quantitativos de populações parasitas de peixes
nos rios Taquari, Veados e Paranapanema. Ainda, será comentado o manuscrito “Occurrence of
Tereancistrum parvus Kritsky, Thatcher & Kayton, 1980 (Monogenea: Dactylogyridae) in gills of Schizodon
nasutus Kner, 1858 from Veados River, municipality of Itatinga, state of São Paulo, Brazil submetido para a
revista Helminthologia e dois em fase de redação, relatando a ocorrência e descritores quantitativos de
populações parasitas de peixes dos hospedeiros Salminus hilarii e Cyphocharax modestus nos rios Taquari,
Veados e Paranapanema. Sendo o último hospedeiro carente de informações referente à ocorrência e dados
quantitativos de monogenóides em suas populações. Ao final do projeto (2015), pretende-se designar
medidas de atenuação e prevenção de impactos junto ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto
Paranapanema (CBH-ALPA), responsável pelas ações de manejo na área de abrangência do reservatório de
Jurumirim, Brasil.
Palavras-chave: infra-populações de parasitas, parasitas de peixes, usinas hidrelétricas.
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PARASITOS DE PEIXES DULCÍCOLAS DE INTERESSE COMERCIAL
Antonio M. Antonucci
Universidade Estadual de Maringá, DBI, PGB, NUPELIA, Av. Colombo 5790, 87020-900,
Maringá, PR, Brasil [email protected]
RESUMO
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) define a
aquicultura como toda a criação de organismos aquáticos. Esta atividade vem se
desenvolvendo a cada ano, pois é mais uma alternativa de produção de alimentos para a
crescente população humana mundial. Por ser uma atividade emergente requer grandes
esforços científicos e desenvolvimentos tecnológicos para sua melhor viabilidade. A
aquicultura pode ser classificada conforme as estratégias de desenvolvimento da
atividade. Ela pode ser industrial, quando existem empresas financiando a atividade, e na
maioria das vezes o produto aquícola é processado em plantas de beneficiamento e
exportado, ou pode ser classificada como rural, quando envolve empreendimentos
pequenos geralmente de subsistência da família do aquicultor ou comércio do produto em
seu estado bruto e entre vizinhos. Os principais organismos criados nesta atividade são
os peixes, de diferentes espécies agradando, assim, vários tipos de mercados
consumidores. Fatores físicos e químicos devem ser observados constantemente, e
respeitados para cada espécie produzida, viabilizando a obtenção de uma boa qualidade
da água que é fundamental para a manutenção da saúde dos animais que geralmente
são criados em altas densidades. Os parasitos são agentes que, em conjunto com fatores
estressantes, podem provocar o surgimento de doenças e até a morte dos animais. Os
principais helmintos de interesse sócio-econômico, pela alta prevalência em peixes são os
nematóides, cestóideos, digenéticos, monogêneos e acantocephalos. Protozoários e
Mixosporídeos também causam lesões e danos em piscicultura. Alguns dos parasitos de
peixes já foram de notificação obrigatória pela OIE devido aos enormes prejuízos
provocados nas criações. A maioria dos nematóides produz danos que são dependentes
do número de parasitos que acometem o animal. Desse modo, a simples presença de
alguns vermes, não indica que os hospedeiros estejam sendo prejudicados. A ação
patológica dos parasitos depende do órgão afetado, das lesões perfurantes, da
intensidade do parasitismo e da contaminação bacteriana secundária. Os estudos sobre
os agentes patogênicos são de fundamental importância pois além de afetarem a
sanidade dos peixes podem provocar graves prejuízos econômicos, sociais e de saúde
pública.
Palavras chave: aquicultura, interesse sócio-econômico, Parasitos, peixes Dulcícolas.
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PARASITOFAUNA DE PARANTHIAS COLONUS (VALENCIENNES, 1846) EN EL
SARGENTO, BAJA CALIFORNIA SUR, MÉXICO
Margarita Mendoza-Cruz, Isabel Valles-Vega, Horacio Lozano-Cobo & María del Carmen
Gómez del Prado-Rosas
Laboratorio de Parasitología. Departamento Académico de Biología Marina. Universidad
Autónoma de Baja California Sur. Ap. P. 19-B. La Paz, B.C.S., México
[email protected]
RESUMEN
Paranthias colonus (Valenciennes, 1846) es un pez comúnmente usado como carnada
que ha sustituido a los peces de primera clase que se han sobreexplotado en el Golfo de
California. Se distribuye desde el sur de California hasta Perú, incluyendo las islas
Revillagigedo, Galápagos y Clipperton. Debido a su reciente importancia comercial en
este trabajo se caracterizó la parasitofauna de P. colonus en la localidad de El Sargento,
B.C.S. para definir el papel que tiene en el ciclo biológico de sus parásitos. Se adquirieron
30 peces por donación de PRONATURA NorOeste A.C. Se fijaron en formaldehído al 4%
para su posterior revisión y obtención de la parasitofauna. Los helmintos (n= 651) y
copépodos (n= 744) se trataron con las técnicas convencionales propias de cada clase de
parásito. Se tuvo el 100% de prevalencia y 46.5 de intensidad media de parasitismo
generales. Pseudorhabdosynochus n. sp. (n= 577), Prodistomum orientalis (n= 42),
Brachyphallus sp. (n= 1), Lecithochirium sp. (n= 8), Spinitectus sp. (n= 1), Caligus sp. (n=
1), Pandaridae (n= 1) y Hatschekia sp. (n= 742) son adultos y Lecanicephalidae (n= 1),
Scolex pleuronectis (n= 2) y Anisakis sp. (n= 18) son formas larvarias. Los peces son
hospederos definitivos de las primeras formas encontradas; se evidencia la especificidad
hospedatoria de Pseudorhabdosynochus sp. y Hatschekia sp. por peces de la familia
Serranidae y el primero se propone como una especie nueva. P. orientalis parasita
principalmente peces de las familias Scombridae (57%), en menor proporción a
Carangidae, Clupeidae y Girellidae entre otros; en lo que respecta al género Paranthias,
el presente trabajo representa el segundo registro. Los hemiúridos son generalistas por lo
que Paranthias se agrega a este rango de hospederos. La presencia de metacéstodos de
Lecanicephalidae y Scolex pleuronectis en Paranthias indica su papel como hospedero
intermediario o paraténico, ya que en etapa adulta se encuentran en elasmobranquios.
Anisakis sp. y Caligus sp. son de amplia distribución geográfica y rango de hospederos.
Anisakis sp. es el único helminto registrado que representa un peligro potencial para la
salud pública por ser causante de Anisakidosis. Los miembros de la familia Pandaridae
son parásitos casi exclusivos de elasmobranquios y Paranthias diversifica su rango
hospedatorio. Finalmente, la parasitofauna del hospedero y localidad de este trabajo
representan el primer registro en México.
Palabras clave: crustáceos, El Sargento, B.C.S., Helmintos, Paranthias, México.
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INFRACOMUNIDAD PARÁSITARIA DE BALISTES POLYLEPIS STEINDACHNER, 1876
(TETRAODONTIFORMES: BALISTIDAE) AL ESTE DE BAHÍA DE LA PAZ, BAJA
CALIFORNIA SUR, MÉXICO
Margarita Mendoza-Cruz & María del Carmen Gómez del Prado-Rosas
Laboratorio de Parasitología. Departamento Académico de Biología Marina. Universidad
Autónoma de Baja California Sur. Carretera al Sur K.M. 5.5. Ap. P. 19-B. C.P. 23080. La
Paz, B.C.S., México
[email protected]
RESUMEN
Balistes polylepis forma parte de los recursos pesqueros del Golfo de California y se
distribuye desde San Francisco, California, Estados Unidos de América (EUA) hasta San
Antonio, Chile, incluyendo el Golfo de California, Hawaii y las islas Galápagos. Debido a la
importancia comercial de estos peces, en este trabajo se abordó el estudio de sus
especies parásitas para definir aquellas que pueden representar un riesgo potencial de
ictiozoonosis. Se adquirieron 25 ejemplares procedentes de El Sargento y Ensenada de
Muertos, localidades al este de Bahía de La Paz, B.C.S. Los ectoparásitos y
endoparásitos se fijaron, tiñeron o transparentaron y se montaron de acuerdo con las
técnicas convencionales propias de cada clase de parásito. Se obtuvo una prevalencia e
intensidad media de parasitismo generales del 100% y 81.12 respectivamente. La fauna
parasitaria presente corresponde a fases adultas de Monogenea (96%) con Mexicana
bichoswky y Mexicana n. sp.; Digenea (80%) con Hypocreadium sp., Opechona sp.,
Lepocreadiidae sp. 1 y sp. 2 y Xystretum sp.; Nematoda (56%) con Cucullanus sp. y
Copepoda (16%) con Caligus sp. por lo que B. polylepis actúa como hospedero definitivo.
Las especies del género Mexicana han sido registradas en peces de las familias
Haemulidae, Sciaenidae y Pomadasyidae por lo que en este trabajo se considera un
nuevo registro para la familia Balistidae y se propone una especie nueva. Respecto a
Hypocreadium sp. se evidencia su especificidad hospedatoria por la familia Balistidae. Las
especies de Opechona se han encontrado en peces de importancia comercial de las
familias Scombridae, Carangidae, Gadidae, Scorpaenidae y Clupeidae principalmente y,
en México, especialmente en el Golfo de California, solamente hay un registro en la
familia Balistidae. Los demás miembros de la familia Lepocreadiidae son cosmopolitas por
lo que B. polylepis forma parte de su rango hospedatorio. Por su parte, las especies del
género Xystretum muestran preferencia hacia peces de las familias Balistidae, Ostraciidae
y Tetraodontidae pero también se han encontrado en Triacanthidae y Leiognathidae. En
México solamente se han registrado en B. polylepis y B. capistratus. Referente a
Cucullanus sp. y Caligus sp. también tienen un amplio rango hospedatorio, pero
solamente hay un registro previo en el género del pez aquí estudiado. Ninguno de los
parásitos encontrados son causantes de ictiozonosis. El Sargento y Ensenada de
Muertos, B.C.S., son nuevos registros para todos los parásitos estudiados excepto
Xystretum sp.
Palabras clave: Balistes polylepis, crustáceos, este de Bahía de La Paz, B.C.S.,
Helmintos.
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ANÁLISE MOLECULAR E BIODIVERSIDADE DE METAZOÁRIOS PARASITAS DO
LAMBARI-DE-RABO-AMARELO, ASTYANAX AFF. BIMACULATUS (TELEOSTEI;
CHARACIDAE), NO BAIXO SÃO FRANCISCO, NORDESTE DO BRASIL
Alessa C. P. Vasconcelos1+, Paloma N. Félix2*, Joane M. S. Santos2*, Hallana S. Santos2*,
Ricardo M. Takemoto3, Verónica L. S. Jeraldo4, Cláudia M. Melo4 & Rubens R. Madi4a
1
Programa de Pós Graduação em Saúde e Ambientes - Universidade Tiradentes, Av.
Murilo Dantas, 300, Farolândia, CEP 49032-490, Aracaju, SE, Brasil
2
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Curso de Ciências Biológicas – Universidade
Tiradentes, Aracaju, SE, Brasil
3
Laboratório de Ictioparasitologia – NUPELIA – Universidade Estadual de Maringá, Av.
Colombo, 5790, Campus Universitário, CEP 87020-900, Maringá, PR, Brasil
4
Instituto de Tecnologia e Pesquisa, Av. Murilo Dantas, 300, Farolândia, CEP 49032-490,
Aracaju, SE, Brasil
a
[email protected]
RESUM0
No Estado de Sergipe, a aquicultura é desenvolvida em praticamente todas as microrregiões,
desde o alto-sertão ao sul. Nesta cultura, a endogamia pode ocasionar a redução na
heterozigosidade permitindo que alelos deletérios recessivos entrem em homozigose e manifestem
fenótipos indesejáveis físicos ou fisiológicos, incluindo-se o aumento da suscetibilidade aos
parasitas. Objetivou-se, desta forma, avaliar a diversidade genética e parasitológica de peixes
Astyanax sp. em pisciculturas de Sergipe, Brasil. Os espécimes, coletados em pisciculturas
localizadas nos municípios de Propriá (10º 10‟ 17” S e 36º 52‟ 90” O) e Neópolis (10º 24‟ 26” S e
36º 34‟ 28” O), foram submetidos à necropsia na busca por metazoários parasitas. Procedeu-se à
secção dos tecidos musculares e extração de DNA com tampão de digestão (Tris-base 50mM,
EDTA 100mM + SDS 0,5%/ pH 8,0), proteinase-K 20mg/mL (QIAGEN®) e mercaptoetanol. O DNA
foi isolado em fenol/clorofórmio/álcool isoamílico (25:24:1). As condições para PCR foram as
seguintes: 35 ciclos de desnaturação a 94ºC, anelamento a 42,1ºC e extensão a 72ºC, com
primers de 10 mers. Os produtos de PCR foram submetidos à eletroforese em gel de agarose
1,5%. Realizou-se análise de cluster com o programa Statistica 7.0 ®. A avaliação parasitológica de
102 peixes Astyanax aff. bimaculatus revelou a presença de Laernea na superfície do corpo,
monogênea nas brânquias, metacercária nas brânquias e bexiga natatória, além dos nematódeos
Procamallanus, Rabdochona (intestino) e Dolops (tegumento). Avaliou-se material genômico de
Astyanax sp com a seguinte distribuição segundo a origem: 34,3% oriundos de Propriá e 65,7% de
Neópolis. Aproximadamente 41% dos peixes Astyanax coletados apresentaram perfil eletroforético
homogêneo, ao utilizar-se o primer CCCGTAGCAC. Entre os espécimes oriundos de Propriá, o
material genômico apresentou perfil eletroforético com bandas 800pb (n=11) e 800pb (n=4),
sendo o último padrão mais prevalente nos hospedeiros de metacercárias nas brânquias. A análise
de cluster originou uma árvore filogenética com dois ramos/grupos distintos, independentes do
local de origem, entretanto homogênea com relação a expressão do caráter
suscetibilidade/resistência à infecção parasitária. Estas estratégias moleculares podem auxiliar na
identificação taxonômica de Astyanax do grupo bimaculatus, que é difícil devido a grande
semelhança na morfologia externa. O aprofundamento/ampliação de estudos sobre a variabilidade
genética em populações de Astyanax sp. selvagens certamente auxiliará o maior conhecimento
sobre a dinâmica da relação parasita-hospedeiro nestes animais. Financiamento CAPES. Bolsista
Mestrado CNPq. Bolsista IC CNPq.
Palavras-chave: Ictioparasitologia, diversidade genética, Ambiente natural, Astyanax aff.
bimaculatus, Brasil.
130
FAUNA PARASITÁRIA E VARIABILIDADE GENÉTICA DE PROCHILODUS
ARGENTEUS SPIX & AGASSIZ, 1829 CULTIVADOS NO RIO SÃO FRANCISCO,
SERGIPE, BRASIL
1+
2*
2*
2*
Alessa C. P. Vasconcelos , Danilo B. Maciel , Danielle J. G. Maia , Camila P. Almeida , Ana
Helena G. Silva3, Veronica L. S. Jeraldo4, Cláudia M. Melo4 & Rubens R. Madi4a
1
Programa de Pós Graduação em Saúde e Ambientes - Universidade Tiradentes, Av. Murilo
Dantas, 300, Farolândia, CEP 49032-490, Aracaju, SE, Brasil.
2
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Curso de Ciências Biológicas – Universidade
Tiradentes, Aracaju, SE, Brasil.
3
Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume – CODEVASF, CEP 49980000, Neópolis, SE, Brasil.
4
Instituto de Tecnologia e Pesquisa, Av. Murilo Dantas, 300, Farolândia, CEP 49032-490, Aracaju,
SE, Brasil.
♦
+
Financiamento CAPES/PROCAD. Bolsista Mestrado CNPq. *Bolsista IC CNPq
a
[email protected]
RESUMO
A espécie Prochilodus argenteus é endêmica da bacia do rio São Francisco, e devido à sua
importância econômica é intensamente explorada em pisciculturas da região. Este trabalho tem
como objetivo avaliar a fauna parasitária e a variabilidade genética de P. argenteus coletados em
estação de alevinagem e piscicultura situada no baixo rio São Francisco, no município de Neópolis,
Estado de Sergipe. Foram coletados 46 espécimes entre abril e dezembro de 2011 com médias de
23,3±3,2 cm de comprimento total e 185,4±93,2 g. O peixes foram eutanasiados por choque
térmico, medidos, pesados e examinada a superfície externa. Em seguida foi realizada a necrópsia
onde foram examinadas a cavidade geral, musculatura e órgãos internos em busca de parasitas
dos quais foram calculadas as taxas de prevalência (P) e intensidade de infecção (I). Foram
retiradas amostras de tecido muscular e submetidos à extração de DNA. O material genômico foi
submetido à condições de amplifcação em termociclador Biocycler ® e analisados por RAPD
(CCCGTAGCAC;
TGCGGGTCCT;
GTGTCCGCA;
GTCCATGCCA;
CAGCACCCAC;
AATCGGGCTG; AGTCAGCCAC) e ISSR (AGAGAGAGAGAGAGA; CACACACACACACAC;
ACACACACACACACA). Após o PCR, os fragmentos gerados foram submetidos a eletroforese em
gel de agarose 1,7%, corados com Blue Green Loading Dye (LGC/Biotecnologia ®). Foi
determinada a distância e identidade genética de Nei em seguida, construído um dendrograma
®
baseado na distância genética através do método UPGMA, utilizando-se o programa Pop Gen32 .
Nos peixes coletados foram encontrados Spinitectus asperus no intestino (Nematoda) (P=65,2%;
I=8,5), Tereancistrum toksonum nas brânquias (Monogenea) (P=50,0%; I=7,6) e Dolops sp. no
tegumento (Branchiura) (P=13,0%; I=1,7). Em relação à riqueza interespecífica nas infecções,
45,7% apresentaram infecção simples, 34,8% infecção concomitante por duas espécies, 4,3% por
três e 15,2% não estavam parasitados. Entre as infecções simples, o parasita S. asperus foi o mais
frequente (30,4%), seguido da associação S. asperus-T. toksonum (28,3%) e de T. toksonum
(13,0%). A matriz de distância genética de Nei e o dendrograma revelaram que o percentual de loci
polimórficos e o índice de diversidade genética de Shannon, obtidos na avaliação molecular, foram
de 98,45% e 0,49 respectivamente. Apesar do alto potencial polimórfico obtido, o grau de
divergência genética intra populacional foi baixo. Os resultados apresentados demonstram que
espécimes de P. argenteus com maior proximidade genética são mais suscetíveis à infecção
parasitária por S. asperus, T. toksomun e Dolops sp., no trecho da bacia do rio São Francisco
estudado, tornando-se necessário o manejo dos estoques de produção piscícola com enfoque
seletivo de linhagens visando a resistência à infecção parasitária.
Palavras-chave: Ictioparasitas, Diversidade Genética, Piscicultura, Prochilodus argenteus, Brasil.
131
METAZOAN PARASITES OF LORICARIIDAE FISHES (TELEOSTEI: SILURIFORMES)
FROM SAPUCAÍ- MIRIM RIVER, STATE OF SÃO PAULO, BRASIL
Lidiane Franceschini1*, Aline C. Zago1, Vanessa D. Abdallah1, Rodney K. de Azevedo1,
Sandro G. de Castro Britto², Edmir D. Carvalho2 & Reinaldo J. da Silva1
1
UNESP - Univ Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Instituto de Biociências,
Departamento de Parasitologia, Botucatu, São Paulo, Brasil, CEP 18618-970, 2UNESP Univ Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Instituto de Biociências, Departamento de
Morfologia, Botucatu, São Paulo, Brasil.
[email protected]
ABSTRACT
The limited knowledge on the biological aspects, biogeographic patterns of distribution and
high morphological variability of Loricariidae fishes are factors that difficult the studies
about biodiversity on this group, including the parasitic diversity of this fishes. The aim of
this study is to survey the biodiversity of helminth parasites of fishes of family Loricariidae
in an area under the influence of the construction of Small Hydro Power Plants (SHP) in
Sapucaí-Mirim River, São Paulo State, Brazil. Specimens of Hypostomus nigromaculatus
(n = 9), Hypostomus regani (n = 4), Hypostomus sp. (n = 3), and Proloricaria prolixa (n =
5) were analyzed. The parasites of H. nigromaculatus were identified as follows: Trinigyrus
mourei [Prevalence (P) = 44.4%] and Trinigyrus hypostomatis (P = 44.4%) (Monogenea:
Dactylogyridae / gills); Phanerothecium spinulatum (P = 33.3%) and Phanerothecioides
agostinhoi (P = 11.1%) (Monogenea: Gyrodactylidae / skin); Austrodiplostomum
compactum metacercariae (Trematoda: Diplostomidae / eyes) (P = 22.2%) and leeches
(Hirudinea: Glossiphoniidae) / skin) (P = 55.5%). Gills of Hypostomus regani were infested
with Unilatus unilatus (P = 75.0%) and Trinigyrus sp. (P = 75.0%) (Dactylogyridae); one
nematode larva in the mesentery (P = 25.0%) and one metacercariae encysted in the liver
of one fish (P = 25.0%), besides the presence of leeches (Glossiphoniidae) (P = 50.0%) on
the mouth, skin and gills. All specimens of Hypostomus sp. were infected with A.
compactum metacercariae (P = 100%) in the eyes and / or celomatic cavity; one of the
specimens was parasitized with U. unilatus (P = 33.3%) in the gills and nematode larva in
the celomatic cavity, and two with larvae and adults of Procamallanus (Spirocamallanus)
inopinatus (Nematoda: Camallanidae) (P = 66.7%) in the intestine. Gills of Proloricaria
prolixa were infested with Demidospermus paranaensis (P = 100.0%) and Demidospermus
sp. (P = 100.0%) (Monogenea: Dactylogyridae); A. compactum metacercariae (P = 60.0%)
in the eyes; nematode larvae in the mesentery and celomatic cavity, and leeches
(Glossiphoniidae) on the skin (P = 60.0%). These new records increased significantly the
list of parasites of Brazilian loricariids, contributing to the understanding of host-parasite
relationships and geographical distribution of these parasites species. Future studies will
be conducted to describe the structures of these parasite communities.
Key-words: biodiversity, “cascudos”, helminthes, leeches.
132
HELMINTH FAUNA OF CRENICICHLA MANDELBURGERI (PERCIFORMES,
CICHLIDAE) FROM IGUAÇU RIVER, PARANÁ LOW, FOZ DO IGUAÇU, BRAZIL:
PARTIAL RESULTS
Kassia Ossucci1,2, Lidiane Franceschini3,4, Luigi G. Brandão1,2, Lucas Baumgärtner1,5,
Leonardo M. Paiz1,6, Vladimir P. Margarido1,7, Reinaldo José da Silva3,8 & Igor Paiva
Ramos1,7
1
Rua Universitária, 2069, CEP: 85.819-110, Jardim Universitário, Cascavel, Paraná, Campus UNIOESTECascavel.
2
Discente de graduação – Ciências Biológicas, UNIOESTE-Cascavel.
3
Distrito de Rubião Jr., s/n, CEP: 18.618-970, Botucatu, São Paulo, Campus UNESP-Botucatu.
4
Discente de pós-graduação – Programa de Ciências Biológicas A/C: Zoologia, UNESP-Botucatu.
5
Discente de pós-graduação – Programa de Ciências Biológicas-PBC, UEM-Maringá.
6
Discente de pós-graduação – Programa de Conservação e Manejo de Recursos Naturais, UNIOESTECascavel.
7
Docente pesquisador da UNIOESTE-Cascavel.
8
Docente pesquisador da UNESP-Botucatu.
[email protected]
ABSTRACT
Crenicichla mandelburgeri is a cichlid fish species described in 2009 and is popularly
known in Brazil as "joaninha". This species is endemic to the Paraná-Paraguay basin and
due to its restricted distribution and recent description, there are no parasitological studies
including this cichlid. This study aims to report the helminth fauna of C. mandelburgeri
from Rio Iguaçu, Paraná State, Brazil. Eight specimens of C. mandelburgeri were collected
from May 2011 to September 2012 with the aid of gillnets. Fish were euthanized and
surveyed for parasites with aid of stereomicroscope in the laboratory of Zoologia dos
Invertebrados da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus
Cascavel, Paraná, Brasil. Nematodes were collected and fixed in hot 70% ethanol.
Trematodes subjected were fixed with 70% ethanol under slight coverslip pressure. For
identification, trematodes were stained with hydrochloric carmine and diaphanized in
creosote, and nematodes were cleared with phenol. The morphological and
morphometrical analysis were performed using a computerized system for image analysis.
Seven taxa of parasites, including four of the Nematoda phylum, two of Trematoda class,
and one of the order Isopoda were registred. Among the nematodes, it was observed the
occurrence of Procamallanus (Procamallanus) peraccuratus (Nematoda, Camallanidae) (n
= 9) in the small intestine [Prevalence (P) = 50%, mean intensity of infection (IMI) = 2.5 ±
0.62, mean abundance (MA) = 1.12 ± 0.51), P. (Procamallanus) sp. (n = 3) in the small
intestine (P = 25%; IMI = 1.5 ± 0.5; MA = 0.33 ± 0.26), third state larvae of Contracaecum
sp. (Nematoda, Anisakidae) (n = 1) in the tunica adventitia of the small intestine, and
unidentified nematode larvae (P = 87%; IMI = 12.42 ± 10.43; MA = 10.87 ± 9.17). The
trematode Genarchella genarchella (Derogenidae) (n = 2) was found in the small intestine
and a female specimen of Artystone bolivianensis (Crustacea, Isopoda) (n = 2) in the
celomatic cavity. Two metacercariae (Trematoda, Diplostomidae) encysted in the pectoral
fin of a fish were found. The present study showed a high parasite diversity despite the low
number of animals analyzed until the moment. Further analyzes will be conducted in order
to describe the structure of parasite communities that host species.
Key words: biodiversity, cichlid fish, new host.
133
THE ROLE OF HELMINTH PARASITES OF STEINDACHNERINA INSCULPTA
(FERNÁNDEZ-YÉPEZ, 1948) AS BIOINDICATOR IN TWO DISTINCT ENVIRONMENTS
OF TAQUARI RIVER, JURUMIRIM RESERVOIR, SAO PAULO STATE, BRAZIL
Aline Angelina Acosta1, Edmir Daniel Carvalho2 & Reinaldo José da Silva1
1
Departamento de Parasitologia, Botucatu, São Paulo, Brazil. Distrito de Rubião Júnior,
s/n, CEP: 18618-970. 2UNESP - Univ Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Instituto de
Biociências, Departamento de Morfologia, Botucatu, São Paulo, Brazil.
[email protected]
ABSTRACT
This study aimed to evaluate the possible role of parasites of Steindachnerina insculpta as
bioindicators in two different environments, lotic and lentic, of Taquari River, Jurumirim
reservoir, São Paulo State, Brazil. The fish sampling was composed of 60 specimens of S.
insculpta, collected during summer (October and November-2011), with half sampled in a
lotic stretch and the other half in lentic stretches of Taquari River. The fish were collected
using gill nets, with mesh size ranging from 3 to 7 centimeter, set in the afternoon and
removed early next morning. All samples were frozen after collecting and had all organs
and skin examined for helminth parasites. The parasites were processed according to
classical methodologies. Mann-Whitney test was used to compare the parasitism levels
between lotic and lentic stretches. In the lotic stretch 11 taxa were found, and eight taxa in
the lentic stretch. The most abundant taxa for both stretches were monogeneans in gills
and skin, metacercariae of Sphincterodiplostomum musculosum in the eyes and
coelomatic cavity, the Acanthocephala Gorytocephalus plecostomorum and the nematode
Travnema travnema in the intestine. Only monogeneans of gills and skin were more
abundant in the lentic stretch, while the other taxa had prevalence, mean abundance, and
mean intensity of infection similar for both stretches. The analysis of the results showed
that only monogeneans of gill and skin of S. insculpta can be used as bioindicator in
Taquari River. Probably, the reduction of water flow in the lentic stretch contributes to the
structuration of these parasites communities. The abundance reduction of monogeneans
can be related to the fact that they are ectoparasites and suffer a direct effect of
environmental changes. This study is an important contribution to the knowledge of
helminth fauna of Brazilian fishes. Steindachnerina insculpta is a new host record for two
species that have already been identified, such as: G. plecostomorum and T. travnema.
Key words: Steindachnerina insculpta, parasites, helminth, bioindicator, Taquari River.
134
FIRST RECORD OF LERNAEA CYPRINACEA (COPEPODA) IN A NATIVE FISH
SPECIES FROM A BRAZILIAN RIVER
Aline Angelina Acosta1, Edmir Daniel Carvalho2 & Reinaldo José da Silva1
1
Departamento de Parasitologia, Botucatu, São Paulo, Brazil. Distrito de Rubião Júnior,
s/n, CEP: 18618-970. 2UNESP - Univ Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Instituto de
Biociências, Departamento de Morfologia, Botucatu, São Paulo, Brazil.
[email protected]
ABSTRACT
Lernaea cyprinacea is a lernaeid copepod usually known as anchor worm. The major
harms caused by this parasite on fish hosts appear to be on the gills, triggering
hemorrhage and necrosis with consequent decrease of breathing capacity. Lernaeid can
also cause deep injuries in the tegument, external muscle tissue, eyes surface and even
inner organs. Lernaea cyprinacea was introduced in Brazil with Cyprinus carpio, and it has
currently been found in native fish species. This research aims to report the occurrence of
L. cyprinacea parasitizing the native species Steindachnerina insculpta in a tributary of a
Brazilian reservoir. The fish sampling was composed of 60 specimens of S. insculpta,
collected during summer (October and November-2011), with half sampled in a lotic
stretch and the other half in a lentic stretch of Taquari River. The fish were collected using
gill nets, with mesh size ranging from 3 to 7 centimeter, set in the afternoon and removed
early next morning. All samples were frozen after collecting and examined in the
laboratory. Their surfaces were analyzed and the lernaeids were carefully removed from
the host tissues using tweezers and needle syringes; after removing they were preserved
in Alcohol Formalin Acetic Acid solution (AFA). From 60 S. insculpta analyzed, three were
parasitized by L. cyprinacea showing low rate of infestation, with one parasite per host.
One infested host was collected in a lentic stretch of Taquari River, and the other two in a
lotic stretch. Among the lernaeids found, there were two pregnant and one non-pregnant
female. One host was found with the parasite on the surface, the other attached to the
muscle tissue through the cloaca, and the last one was attached to the muscle through
one of the pectoral fins. Leanea cyprinacea has been found infesting native fish species in
Brazil and other countries around the world. Hence, the present study is the first record of
L. cyprinacea parasitizing the native S. insculpta, and further, it is the first record of this
parasite in Taquari River, São Paulo State, Brazil. There are areas in this tributary that
have not been influenced by damming yet, thus characterizing a natural environment. The
problem of the lernaeosis found in native fishes inhabiting natural environments should be
highlighted as well as the introduction of species.
Key words: Lernaea cyprinacea, Copepoda, Steindachnerina insculpta, anchor worm,
species introduction.
135
OCORRÊNCIA DE METACERCÁRIA DE SPHINCTERODIPLOSTOMUM
MUSCULOSUM (DIGENEA, DIPLOSTOMIDAE) PARASITANDO OLHOS DE
STEINDACHNERINA INSCULPTA (CHARACIFORMES: CURIMATIDAE)
CAPTURADOS NO RIO PARANAPANEMA, BRASIL: RESULTADOS PARCIAIS
Heleno Brandão1,2, Gislayne M. Toledo1,3, Rodrigo Bravin Narciso1,4, Amanda Thais
Godoy1,4, Lívia Paschoal Tancler1,4, Fábio H. Yamada1,2, Edmir D. Carvalho1,5 & Reinaldo
J. da Silva1,5
1
Distrito de Rubião Junior s/n, CEP: 18618-970 Botucatu, São Paulo, campus UNESP Botucatu. 2Pós-doutorando do curso de Ciências Biológicas AC: Zoologia - UNESP.
3
Discente de Mestrado do curso de Ciências Biológicas AC: Zoologia – UNESP. 1,4Alunos
do curso de Ciências Biológicas – UNESP. 5Docente pesquisador da UNESP.
[email protected]
RESUMO
No Brasil, parasitas da família Diplostomidae, como Sphincterodiplostomum musculosum,
foram descritos parasitando diversas espécies de peixes em ambientes naturais. A
presença deste parasita, em casos extremos, pode causar algumas patologias como
exoftalmia, descolamento da retina, opacidade do cristalino e cegueira. O objetivo deste
estudo foi avaliar a ocorrência de metacercárias de S. musculosum em olhos de peixe
Steindachnerina insculpta no rio Paranapanema, Estado de São Paulo, Brasil. Os peixes
foram coletados de abril a julho/2011 utilizando-se de redes de espera com esforço
padronizado com malhagens variando entre 3 e 14 cm entre nós opostos, expostas por 16
a 18 horas. Um total de 12 exemplares de S. insculpita foi analisado, sendo 3 machos, 6
fêmea e 3 indivíduos de sexo indeterminado. Os dados biométricos dos peixes foram
determinados utilizando uma balança de precisão e ictiometro: comprimento padrão
(média = 9,1 cm; 8,1 – 10,1 cm), peso total em gramas (média = 17,6 g; 14,2 – 24,5 g). Os
olhos foram retirados com auxílio de pinças e examinados em estereomicroscópio. Os
helmintos encontrados foram comprimidos entre lâmina-lamínula, fixados em AFA (álcool
70%: 93 ml, formalina: 5 ml, ácido acético: 2 ml) e conservados em álcool 70%.
Posteriormente, os helmintos coletados foram corados com carmim e diafanizados com
eugenol. O coeficiente de correlação de Spearman (rs) foi usado para determinar
possíveis correlações entre o comprimento/peso do hospedeiro e a intensidade de
infecção após checar os pressupostos de normalidade (teste de Lilliefors). As
metacercárias de S. musculosum foram encontradas parasitando os olhos de S. insculpta
com uma prevalência de 100% e intensidade média de infecção de 20,9 ± 6,9, sendo que
o número de parasitas por hospedeiro variou de 5 a 88. Nenhuma correlação foi
encontrada entre o comprimento (rs = -0,0152; p = 0,9625) ou peso (rs = 0,1968; p =
0,5399) com a intensidade de infecção. Visando contribuir com o conhecimento da
distribuição geográfica de parasitas de peixes em rios brasileiros, este trabalho apresenta
o registro de S. musculosum em olhos de S. insculpita capturados no rio Paranapanema,
Brasil. Projeto financiado: CAPES/FAPESP.
Palavras-chave: teleósteo, represa de Jurumirim, helmintos.
136
OCORRÊNCIA DE MONOGENÓIDES E ERGASILÍDEOS PARASITANDO AS
BRÂNQUIAS DE CYPHOCHARAX MODESTUS (FERNÁNDEZ-YÉPEZ, 1948)
(CURIMATIDAE) CAPTURADOS NO RIO DOS VEADOS, ITATINGA, BRASIL:
RESULTADOS PARCIAIS
1,2
Heleno Brandão, 1,3Gislayne M. Toledo, 1,4Rodrigo Bravin Narciso, 1,4Amanda Thais
Godoy, 1,4Lívia Paschoal Tancler, 1,5 Fábio H. Yamada1,2, 1,5Edmir D. Carvalho &
1,5
Reinaldo J. da Silva
1
Distrito de Rubião Junior s/n, CEP: 18618-970 Botucatu, São Paulo, campus UNESP - Botucatu.
Pós-doutorando do curso de Ciências Biológicas AC: Zoologia - UNESP. 3Discente de Mestrado
do curso de Ciências Biológicas AC: Zoologia – UNESP. 1,4Alunos do curso de Ciências Biológicas
5
– UNESP. Docente pesquisador da UNESP.
[email protected]
2
RESUMO
O objetivo deste estudo foi comparar a prevalência e a intensidade média de infestação dos
monogenóides e ergasilídeos parasitando as brânquias de Cyphocharax modestus em três trechos
(Baixo, Médio e Alto) do rio dos Veados. As coletas foram trimestrais entre abr/2011 e jan/2012. Os
peixes foram capturados com redes de espera com esforço padronizado. Foram analisados 55
peixes, sendo 24 no trecho Baixo, 11 no Médio e 20 no Alto. Cada peixe foi colocado em sacos
plásticos e mantido em refrigeradores até necropsia. As brânquias foram examinadas em
estereomicroscópio. Os dados biométricos dos peixes foram determinados utilizando um ictiômetro
(cm) e uma balança de precisão (g). A média e amplitude foram as seguintes: Baixo: comprimento
= 10,5 (8,2 – 12), peso = 32 (14,3 – 44,3); Médio: comprimento = 11,4 (10,9 – 12,1), peso = 38
(33,8 – 47,8); Alto: comprimento = 12,5 (11 – 13,1), peso = 47,1 (34,6 – 67,4). A maior prevalência
(P) para os monogenóides foi registrada no trecho Alto (55%) e para os ergasilídeos no Baixo
(66,7%). Entretanto, observaram-se diferenças estatísticas apenas para os monogenóides
coletados nas brânquias dos hospedeiros capturados nos trechos Alto e Médio (Z = 2,125; p =
0,034). Considerando toda a amostra de peixes coletada em toda a área do rio e o sexo separado
dos hospedeiros, nenhuma diferença foi observada na prevalência para ambos os parasitas,
sendo: monogenóides coletados nos machos (P) = 57,1% e fêmeas (P) = 50% (Z = 0,0677; p =
0.946); ergasilídeos coletados nos machos (P) = 78,6% e fêmeas (P) = 86,4% (Z = 0,154; p =
0,878). A intensidade média de infestação (IMI) por monogenóides também foi similar nos trechos
Baixo e Alto, sendo 2,8 ± 0,8 e 2,7 ± 0,5 respectivamente (Mann-Whitney: U = 0,2064; p = 0,84). O
mesmo ocorreu para os machos (IMI = 3,1 ± 0,8) e fêmeas (IMI = 2,6 ± 0,4) (Mann-Whitney: U =
0,1651; p = 0,86). Nos peixes do trecho Médio foram registrados quatro espécimes de
monogenóides. Os ergasilídeos, igualmente, apresentaram IMI similar entre os três trechos: Baixo
= 2,3 ± 0,5; Médio = 4,0 ± 2,0 e Alto = 2,4 ± 0,6 respectivamente (Kruskal-Wallis: H = 1,2171; p =
0.63), bem como para os machos (2,8 ± 0,8) e fêmeas (2,5 ± 0,5) (Mann-Whitney: U ≤ 0,001; p =
1,0). A similaridade entre a (IMI) e a (P) destes parasitas podem estar relacionadas com as
características do ambiente, tais como tamanho do rio e pouca corrente de água no gradiente
longitudinal. Foi possível observar que a presença de um parasita diminui a intensidade ou inibe o
outro, possivelmente por competição. Este trabalho contribui com o registro quantitativo de
monogenóides e ergasilídios parasitando as brânquias de C. modestus no rio dos Veados, Brasil.
Projeto financiado: CAPES/FAPESP.
Palavras-chave: Teleósteo, helmintos, rio Paranapanema, represa de Jurumirim
137
HELMINTH PARASITES OF LEPORINUS OCTOFASCIATUS AND LEPORINUS
AMBLYRHYNCHUS (CHARACIFORMES, ANOSTOMIDAE) FROM THE SAPUCAÍMIRIM RIVER, SOUTHEASTERN BRAZIL
Aline Cristina Zago1,2,3, Lidiane Franceschini1, Sandro Geraldo de Castro Britto4, Diogo
Freitas Souza4, Edmir Daniel Carvalho4 & Reinaldo José da Silva1
1
Departamento de Parasitologia, municipality of Botucatu, São Paulo State, Brazil.
2
Financial support: FAPESP (Process 2011/23588-8); 4UNESP - Univ Estadual Paulista,
Campus de Botucatu, Instituto de Biociências, Departamento de Morfologia, municipality
of Botucatu, São Paulo State, Brazil.
3
[email protected]
ABSTRACT
Anostomidae is an important family of freshwater fish, comprising about 110 species
distributed along Central and South America. Leporinus sp. is included in this family and is
commonly known in Brazil as “piau”, representing an important source of income for
fishermen. In the aquatic environment, the penetration of pathogens is facilitated and fish
can be infected by numerous parasite species. Therefore, a great number of fish species
can act as intermediate or definitive hosts of several parasite species. Studies estimating
healthiness of species inhabiting aquatic ecosystems have expanded in Brazil and they
are fundamental to ensure the health of such species, and human populations that
consume these organisms. The aim of this study was to report the occurrence of helminth
parasites of Leporinus octofasciatus and Leporinus amblyrhynchus from the SapucaíMirim River, São Paulo State, Brazil. Four specimens of L. octofasciatus and five
specimens of L. amblyrhynchus were collected on March 2012. All fish specimens were
parasitized by at least one helminth species (prevalence = 100%). Both fish species
evaluated was infected by Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus in the intestine
and Nematoda larvae morphotype 1 in the swimbladder. Nematoda larvae morphotype 2
in the serosa of liver, Austrodiplostomum compactum metacercariae in the eyes (vitreous
humor), Diplostomidae metacercariae in the eye lenses, Rhinoxenus sp. in the nostrils,
Protorhinoxenus sp. in the body surface, and Urocleidoides sp. in the gills were also found
in L. octofasciatus. In addition, Procamallanus sp. larvae in the intestine and
Dactylogyridae monogenoid in the gills were also observed in L. amblyrhynchus. This is
the first report of these parasites in the studied fishes, excepting for P. (Spirocamallanus)
inopinatus in L. octofasciatus, as well as the first record of these parasites in the SapucaíMirim River.
Key words: piau, Rhinoxenus sp., Protorhinoxenus sp., Urocleidoides sp., Procamallanus
(Spirocamallanus) inopinatus.
138
OBSERVACIONES SOBRE EL CICLO DE VIDA DE MYZOBDELLA SP., HIRUDÍNEO
ECTOPARÁSITO DE PECES DE AGUA DULCE DEL ESTADO DE TABASCO, MÉXICO
Serapio López-Jiménez1, Luis Manuel Gómez-Díaz Durán1, Leticia García-Magaña2,
Álvaro Hernández-Sosa1 & Martha Hilda Pérez-Vega1
1
Ingeniería en Acuacultura, División Académica de Ciencias Agropecuarias, 2Laboratorio
de Parasitología, División Académica de Ciencias Biológicas, Universidad Juárez
Autónoma de Tabasco, Tabasco, México.
[email protected]
RESUMEN
Las sanguijuelas del género Myzobdella pertenecen a la familia Piscicolidae de la Clase
Clitellata perteneciente al Phylum Annelida, parasitan a peces de agua dulce
particularmente al pez cíclido llamado comúnmente tenguayaca (Petenia splendida) quien
está siendo cultivado en las instalaciones de la División Académica de Ciencias
Agropecuarias de la UJAT. Hasta ahora las especies que han sido registradas como
pertenecientes al género Myzobdella son las siguientes: M. lugubris descrita por Leidy en
1851 parasitando a la especie de crustáceo Lupa dicantha, M. platensis descrita por
Cordero en 1933 parasitando al pez Hoplias malabaricus del Río de la Plata en Argentina,
M. reducta descrita por Meyer en 1940 como Piscicolaria reducta, M. patzcuarensis
(Caballero, 1949) descrita parasitando al pescado blanco Chirostoma estor del Lago de
Pátzcuaro en el estado de Michoacán en México; M. uruguayensis descrita en 1977 por
Mañé Garzón y Montero parasitando las branquias de Rhamdia sapo actualmente R.
quelen. En el ciclo de vida de algunas especies del género Myzobdella tales como M.
lugubris y M. platensis se les relaciona con hospederos crustáceos como Palaemonetes
pugio, Callinectes sapidus y C. bocourti. Para el caso de M. lugubris se señala que utiliza
a los crustáceos para dispersión y deposición de ootecas. En relación con M. platensis, se
ha concluido que es un verdadero parásito de C. bocourti al demostrar mediante análisis
bioquímicos e histológicos que los hirudíneos se alimentan de su hemolinfa. En este
trabajo se realizaron observaciones de hirudíneos del género Myzobdella que se
encontraban parasitando a un ejemplar de tenguayaca; se le retiraron 19 sanguijuelas de
las aletas y se colocaron en un recipiente con agua (11 de octubre de 2011), en el cual
depositaron en 24 horas un total de 790 ootecas o capullos. Posteriormente (12 de
octubre de 2011) las sanguijuelas fueron colocadas en el recipiente n° 2 y al tercer día (13
de octubre) al recipiente n° 3. En el recipiente n° 2 las sanguijuelas pusieron 82 ootecas
en 24 horas y en el n° 3 pusieron 73, en este recipiente murieron tres de las 19
sanguijuelas. Secuencialmente las sanguijuelas fueron muriendo hasta que la última
murió en un lapso de 15 días (26 de octubre). Las pequeñas sanguijuelas empiezan a
eclosionar entre los 10 a 15 días. Se realizaron medidas de los hirudíneos adultos y de las
crías eclosionadas, de las ootecas y de los espermatóforos y se trató de realizar nuevas
infestaciones de las sanguijuelas eclosionadas en peces pequeños colocados en acuarios
de 10 litros de agua.
Palabras clave: Myzobdella, ciclo de vida, Petenia.
139

ICTIOPARÁSITOS

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