• Associação Comunitária de Lagoa do Saco (ACLS) Município
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• Associação Comunitária de Lagoa do Saco (ACLS) Município
Associação Comunitária de Lagoa do Saco (ACLS) Município: Monte Santo Entidade: ACLS União é a palavra chave da Associação Comunitária de Lagoa do Saco (ACSL), que desenvolve várias ações em sistema de mutirão visando valorizar a coletividade e a sustentabilidade da comunidade, como o trabalho na olaria comunitária, a área de policultivo, a criação de galinhas, entre outros. E tudo começou em meados dos anos 1980 no povoado de Lagoa do Saco, município de Monte Santo, com um trabalho de organização para a conquista dos direitos dos trabalhadores locais, que se reuniam em baixo dos pés de umbuzeiros e na casa de vizinhos. Pensavam em ajudar uns aos outros, realizando mutirões nas propriedades na medida em que cada um precisava. Dessa união criaram o caixa comunitário constituído pelas doações de sementes e dinheiro deles mesmos. Os recursos do caixa eram destinados ao deslocamento para as reuniões e para ajudar os que tinham mais dificuldades. Com o passar do tempo o grupo sentiu a necessidade de se associar ao STR, que naquele momento se encontrava na mão do poder local. Decidiram se unir a outros grupos já existentes no município traçando uma verdadeira guerra. Durante seis anos essa luta se fortaleceu e em 1987 o STR foi conquistado com a ajuda da Igreja, de políticos e de advogados comprometidos com os trabalhadores. Com a conquista sindical, o grupo começou a discutir a possibilidade de formar a associação local, contando com o incentivo da Empresa Assistência Técnica Extensão Rural Bahia (EMATEBA) e Banco do Brasil. E em 7 de janeiro de 1988 nasceu a Associação Comunitária de Lagoa do Saco (ACSL). O caixa comunitário transformou-se em mensalidades e os primeiros membros tornaram-se os fundadores da Associação. Na ocasião, o Banco do Brasil fez um levantamento em todo o município de Monte Santo com o objetivo de encontrar a comunidade mais organizada para desenvolver o projeto Fundo de Desenvolvimento Comunitário Integrado (FDCI). A ACLS foi selecionada e conseguiu conquistar, através do FDCI, um caminhão, uma olaria, uma aguada, três motores de sisal, um armazém, centro comunitário, três cisternas com capacidade para 100 mil litros, tudo construído em forma de mutirões. No período de 1991-1992 o armazém foi alugado pela CONAB, com 438 toneladas de sisal pagas pelo Banco do Brasil. Em 1997 foi conquistado o projeto da primeira casa de farinha mecanizada do município de Monte Santo. O objetivo desse empreendimento era melhorar a qualidade e o aumento de produção. Logo em seguida, em 1998, foi fundada a Escola Família Agrícola do Sertão (Efase), funcionando por um ano na sede da Associação com o apoio de toda a comunidade local. Nesse período realizaram mutirões para a construção da atual sede da escola, com a participação de alunos e familiares. A associação foi crescendo. Em 2002 recebeu um carro doado pela Secretária de Desenvolvimento. Um grande passo foi dado em 2005, com a execução do primeiro projeto da CONAB com a compra da produção dos agricultores com valor de preço mínimo e a ajuda na alimentação dos alunos da EFA. Em 2007, iniciou-se a formação do grupo de produção de polpas, com o objetivo de aproveitar o umbu, fruta nativa em abundância na região, valorizando um produto orgânico e dando valor comercial ao mesmo.