i semestre 2014 - Centro Hospitalar Cova da Beira
Transcrição
i semestre 2014 - Centro Hospitalar Cova da Beira
DESTAQUES Juntos Fazemos Mais e Melhor Obstetrícia obtém classificação máxima no SINAS CHCB fornece consultas por Telemedicina Primeiro Curso de Ventilação Mecânica Não Invasiva UCAD trata 753 doentes num ano Unidades Castelo Branco, Guarda e Cova da Beira intensificam cooperação na Saúde NEWSLETTER C HC B I SEMESTRE 2014 Centro Hospitalar da Cova da Beira tem creche para filhos dos funcionários Hospital da Covilhã quer criar Unidade de Cardiologia de Intervenção Hospital aumenta a oferta de apoio a parturientes O Centro Hospitalar Cova da Beira tem mais serviços certificados pela norma ISO Juntos Fazemos Mais e Melhor * Prof Doutor Miguel CasteloBranco Tem-se falado muito no Centro Hospitalar Cova da Beira e nos seus dois componentes: o Hospital Pêro da Covilhã e o Hospital do Fundão, geralmente por boas razões. Na realidade tem havido, um esforço contínuo para disponibilizar um hospital que esteja apetrechado de forma a responder às necessidades de cuidados dos nossos concidadãos, com qualidade e segurança, usando as melhores tecnologias e soluções e melhorando as competências dos profissionais que nele trabalham. O CHCB tem assim sido exemplar, a nível nacional, em muitas áreas desde a formação para os profissionais, à utilização de novas tecnologias como a telemedicina e a telemonitorização e ainda em muitas outras em áreas de ação clinica. Simultaneamente continuamos a garantir processos de acreditação e certificação de qualidade, baseados em rigorosos padrões internacionais como os da Joint Comission International ou as normas ISO. Foi assim em 2013 aos sermos acreditados como Centro Médico Académico e, já este ano, em que aumentámos o número de serviços e unidades pelas normas ISO. No campo do ensino continuamos a formar médicos, enfermeiros e múltiplos técnicos de saúde, no nível pré-graduado, em estágios profissionais e como especialistas. O Centro Hospitalar faz parte de redes de investigação nacionais e internacionais e já este ano integrou, com outros parceiros, locais, nacionais e internacionais, consórcios candidatos a programas europeus, particularmente, ao Horizonte 2020. O Centro de Investigação e de Ensaios Clínicos, tem crescido e vai permitir, cada vez mais, disponibilizar aos cidadãos opções de ponta na investigação quer através de novos medicamentos quer de dispositivos médicos. Conseguimos ter o hospital que temos porque os nossos profissionais são pessoas muito empenhadas e competentes e muitos deles aceitam trabalhar muito para além do horário normal garantido a disponibilidade de serviço em função da necessidade do cidadão. Apesar de atualmente termos mais médicos, continuamos com déficit em muitas áreas. Os cuidados de saúde hospitalares modernos têm que ser organizados em função das necessidades das pessoas, centrados nos seus problemas e necessidades, mas sustentáveis para assegurar a continuidade. Têm que ter em consideração aspetos como a prevalência das doenças e a sua evolução, a primazia da prevenção e da promoção da saúde, a demografia, a acessibilidade, a diferenciação das equipes e a evolução científica. Isto implica trabalhar em rede e articulados com outros níveis de cuidados: primários e continuados, mas também com outros hospitais. A nossa região, do Douro ao Tejo, no interior de Portugal, só tem a ganhar com o aprofundamento da articulação entre os hospitais que aqui existem. Só assim teremos capacidade para potenciar o que atualmente temos em termos de valências e disponibilizar outras novas. O trabalho de aproximação entre os hospitais tem sido muito bom, mas tem agora que se intensificar e agilizar para dar mais frutos. Pela nossa parte, a pensar na região e na racionalização do sistema, trazendo o que pode e dever ser feito na região, apresentamos ao Ministério da Saúde projectos para a criação de um serviço de Medicina Nuclear, para uma Unidade de Hemodinâmica e para a dinamização dos cuidados continuados. Grande parte dos profissionais de saúde da região compreende a necessidade de articulação e está interessado no seu desenvolvimento, porque se pode e quer dar mais, com qualidade e segurança, mas assegurando a sustentabilidade económica. Estamos disponíveis para poder clarificar os ganhos que, se espera, resultem desta nova dinâmica. O trabalho de articulação no sentido da criação da matriz de ligação entre as instituições hospitalares que se irá iniciar em breve, em resultado da reforma que o Governo pretende instituir, e que é realmente necessária, constituirá o verdadeiro trabalho da modernização do sistema hospitalar português. Será este trabalho que permitirá obter uma carteira de serviços que satisfaça as nossas necessidades e que possa enterrar os fantasmas que se levantaram a propósito da portaria da classificação dos hospitais. Estamos disponíveis para contribuir para esse trabalho e para a rede. Com os outros hospitais articulados e considerando as relações com as instituições do ensino superior da região é possível constituir um verdadeiro consórcio de unidades hospitalares com ensino universitário, modernas, eficazes e economicamente viáveis. Embora um fator muito importante nas questões económico-financeiras dos hospitais seja o sistema de financiamento nacional, que requer revisão, a sustentabilidade económica dos hospitais da região (incluindo do CHCB com o seu déficit crónico) depende em grande medida da articulação e das dinâmicas de interação e de aproveitamento mais eficaz e eficiente dos recursos que temos na região para a população que aqui reside. A nossa região tem enormes potencialidades nos temas da saúde, da investigação e do desenvolvimento, áreas em que as Instituições de Saúde, a Universidade, os Politécnicos, as autarquias, as coletividades e as empresas tem que trabalhar em conjunto procurando dinamizar as sinergias, aproveitar as oportunidade, a adequar as nossas necessidades à nossa realidades e criar soluções. Presidente do conselho de administração do CHCB * A interioridade é um problema sério que exige um olhar atento, cuidado e positivo do governo central, assumindo que existem realidades que tem que ser encaradas de forma diferenciada - porque há diferenças que tem que ser consideradas - e criando e revendo as condições para que os parceiros locais atuem fixando população e gerando riqueza. Há na região provas de capacidade e vontade, mas urge criar um conjunto de medidas de apoio ao desenvolvimento do interior, incluindo na área da saúde. Nós conhecemos os condicionalismos e as limitações mas também sabemos que o que nos une é muito mais que aquilo que, potencialmente, nos pode dividir. CHCB fornece consultas por Telemedicina Hospital assinalou 81 anos da maternidade O Centro Hospitalar Cova da Beira assinalou 81 anos da criação da maternidade da Covilhã com uma conferência proferida por José Gil Barreiros, administrador hospitalar. Obstetrícia obtém classificação máxima no SINAS O Hospital Pêro da Covilhã à semelhança de outros de Portugal, obteve a classificação máxima na área da obstetrícia onde foram avaliados os procedimentos relativos a partos e cuidados pré-natais. Segundo o Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS - https://www.ers.pt/ pages/198), publicado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), o hospital revelou excelência clínica (Nível III) na área da obstetrícia obtendo igualmente, classificação máxima na segurança do doente, conforto, instalações e satisfação do utente. As especialidades de ortopedia e pediatria foram avaliadas com o nível II. Nas restantes o atual ciclo não foi avaliado. O relatório do SINAS conta com 162 unidades que participam voluntariamente nas A maternidade da Covilhã abriu no dia 18 de Junho de 1933. avaliações que analisam a qualidade global dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde com internamento. Para a avaliação, foram analisados os episódios de altas dadas nas unidades de 1 de Julho de 2012 a 30 de Junho de 2013 em áreas como o acidente vascular cerebral, cirurgia de ambulatório, enfarte agudo do miocárdio, partos e cuidados pré-natais e cuidados neonatais, cirurgia vascular e cirurgia cardíaca, entre outras. O SINAS foi criado em 2009 e é voluntário - só são avaliadas as unidades que querem. A conferência realizou-se no auditório do Hospital Pêro da Covilhã integrada no II Fórum de Obstetrícia e Ginecologia. O Centro Hospitalar Cova da Beira prepara-se para deixar de ser apenas consumidor para passar a ser fornecedor de serviços de Telemedicina através dos seus especialistas de Urologia, Hematologia e Imunoalergologia, disse o presidente do conselho de administração. Os médicos «vão passar a prestar consultas em regime de complementaridade com as consultas presenciais a unidades de saúde onde esses especialistas são deficitários», acrescentou Miguel Castelo Branco. Nesta primeira fase o CHCB vai fornecer o serviço aos hospitais da Guarda e de Castelo Branco já nas próximas semanas. O Hospital Amato Lusitano vai fornecer ao Centro Hospitalar Cova da Beira e ao Hospital Sousa Martins consultas por Telemedicina em Nefrologia. Em 2013 o CHCB realizou 421 consultas por Telemedicina em Cardiologia Pediátrica, Genética, Ginecologia, Oncologia e Dermatologia aumentando quase para o dobro o número de consultas [231] realizadas em 2012. Nos primeiros dois meses deste ano o CHCB já realizou mais de uma centena de consultas por Telemedicina tendo acrescentado a consulta de cirurgia vascular às especialidades já existentes. As consultas por Telemedicina são realizadas entre médicos do CHCB e especialistas do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, IPO de Coimbra, Hospital do Espírito Santo, em Évora e Centro Hospitalar Tondela/Viseu. A utilização da Telemedicina permite a observação, diagnóstico, tratamento e monitorização do utente o mais próximo possível da sua área de residência com recurso a um computador ligado à internet e uma webcam. A Telemedicina aumenta a acessibilidade às consultas de especialidades médicas, aumenta a equidade, proporcionando a possibilidade de todos os utentes receberem a melhor qualidade de cuidados de saúde, reduz os custos associados (transportes e absentismo) e reduz as distâncias entre os serviços de saúde. Segundo Miguel Castelo Branco, a Telemedicina é uma aposta do centro hospitalar para os próximos anos porque «resolve situações em que a racionalidade aponta para que devem ser consultados especialistas onde quer que estejam de forma a ouvir a melhor opinião e, noutros casos, ajuda a resolver a ausência ou insuficiência de especialistas, permitindo o acesso potencial à melhor opinião». Administração reúnem com estagiários Decorreu dia 3 de Março, a reunião entre administração do Centro Hospitalar Cova da Beira e os estagiários profissionais da instituição. Enquanto Centro Médico Académico valorizamos o ensino aplicado e a importante presença de estagiários das mais diversas áreas, “(...) gente nova traz sempre algo diferente e algo inovador.”, frisou Miguel Castelo Branco. Esta presença incrementa novas ideias, novos contributos e novos desafios à instituição. Para além dos 28 estágios profissionais, o CHCB recebe ao momento 30 estágios académicos e 10 estágios de enfermagem. No balanço por parte dos estagiários destaca-se a perfeita integração nos diversos serviços em que colaboram, considerando que este é um processo importante na valorização e no crescimento quer ao nível profissional, quer ao nível pessoal. Consulta Externa em remodelação A área da Consulta Externa do Centro Hospitalar Cova da Beira está a ser remodelada desde o dia 2 de Junho, com o objetivo de melhorar as condições de acesso dos utentes àquele serviço. Higienização das mãos com taxa de adesão superior à média Nacional O Centro Hospitalar Cova da Beira registou em 2013 uma taxa de adesão à higienização das mãos superior à média nacional, revelou a Comissão de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos. «As nossas unidades de saúde [Covilhã e Fundão] registam uma taxa de adesão de 75,7 por cento enquanto a média nacional se situa em 69,1 por cento», disse Paula Brito, enfermeira que integra a Comissão. «Os números confirmam uma melhoria contínua ao longo dos últimos cinco anos», acrescentou. Os dados foram afixados num painel localizado no átrio principal do Hospital Pêro da Covilhã para assinalar o Dia Mundial da Higienização das Mãos, comemorado no dia 05 de Maio. A higienização das mãos faz parte de uma campanha contra as infeções hospitalares lançada em Portugal em 2009 denominada «Medidas simples - salvam vidas». O Dia Mundial da Higiene das Mãos foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar os profissionais de saúde e os gestores para os problemas da infeção relacionada com a falta da higienização e promover uma discussão mais ampla sobre o assunto. Este ano, o enfoque é colocado no alerta «Sem acção hoje, não há cura amanhã - faz dos cinco momentos da OMS para a higiene das mãos parte do processo para a proteção dos doentes no combate às resistências aos antimicrobianos». Hospital e Instituto de Emprego assinalam Dia Mundial da Saúde Mais de meia centena de desempregados participaram numa ação conjunta do Centro Hospitalar Cova da Beira e do Instituto de Emprego e Formação Profissional sobre as regras de ouro na procura de emprego. A iniciativa assinalou o Dia Mundial da Saúde (7 de Abril ) e foi orientada pela neuropsicóloga Teresa Bordalo e pela Psicóloga Soraia Ferreira. A ação incluiu ainda um workshop sobre tabaco, álcool e outras drogas com a pneumologista Sofia Ravara, coordenadora da consulta de cessação tabágica do CHCB e um rastreio de função respiratória. II Jornadas de Voluntariado da Cova da Beira As salas de espera do Serviço de Obstetrícia e do Hospital de Dia e ainda sala onde decorrem as aulas de preparação para o parto estão mais coloridas. Os alunos do curso de Artes da Escola Secundária Campos Melo pintaram as paredes numa ação de voluntariado integrada nas segundas Jornadas de Voluntariado da Cova da Beira que decorreram no dia 10 de Maio. Organizadas pela Liga dos Amigos do Centro Hospitalar Cova da Beira, as jornadas reuniram mais de uma centena de pessoas e uma dezena de associações de voluntariado, nomeadamente o Movimento Viver e Vencer da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Entrelaços, Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira, Refood Covilhã e Fundão, Conferências de S. Vicente de Paulo, Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, Banco de Voluntariado do Fundão, Cruz Vermelha Portuguesa, Voluntariado Jovem da Escola Quinta das Palmeiras, a Coolabora entre outras. As jornadas contaram com a participação de Elisa Borges do Conselho Nacional para Promoção do Voluntariado, do Monsenhor Vítor Feytor Pinto, Bernardino Gata, Miguel Castelo Branco, D. Manuel da Rocha Felício e de Vítor Pereira na Sessão de Abertura. Enfermeira apresenta livro infantil lançado pela Chiado Editora Um livro para crianças, escrito pela enfermeira Maria José Andrade, foi apresentado em Maio no auditório do Centro Hospitalar Cova da Beira. Breves Saúde Sexual reúne especialistas europeus Decorreu em Istambul, Turquia, o 16º Congresso da Sociedade Europeia de Medicina Sexual e o 14º Congresso da Federação Europeia de Sexologia. Entre 29 de janeiro e 1 de fevereiro, especialistas europeus na área da Andrologia e da Medicina Reprodutiva, reuniram-se em torno de temas relacionados com a saúde e educação sexual. Bruno Pereira, médico urologista do Centro Hospitalar Cova da Beira, esteve presente na mesa redonda dedicada aos avanços e controvérsias da Sexologia, com a abordagem às últimas novidades no diagnóstico e tratamento da ejaculação prematura. O aconselhamento com um médico especialista, a farmacologia e a intervenção com técnicas minimamente invasivas podem ajudar no tratamento da ejaculação precoce, a disfunção sexual mais frequente e que atinge 20 a 30% da população masculina. Rastreios gratuitos assinalam Dia Nacional do Doente com AVC Beira efetuaram rastreios gratuitos no Serra Shopping e a prestaram esclarecimentos sobre sintomas e fatores de risco do Acidente Vascular Cerebral (AVC). A Unidade de Acidente Vascular Cerebral (UAVC) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) organizou uma iniciativa no dia 31 de Março que assinalou o Dia Nacional do Doente com AVC intitulada: «da Unidade para a Comunidade», esta ação teve lugar no Auditório do Hospital Pêro da Covilhã. «Nos encontros sucessivos com os diferentes amiguinhos conseguem sempre cumprir a missão que lhes é confiada». Para isso, explica Maria José Andrade, «usam a mais simples e nobre das armas: a união». O seu primeiro livro, com 66 páginas, editado pela Chiado Editora, «conta um conjunto de histórias para ilustrar que a União faz a Força», conclui. A obra foi ilustrada por Ana Sofia Cruz e demorou cinco anos a ser lançado por falta de verbas. Tendo como principais destinatários os profissionais de saúde, colaboradores de instituições de apoio à terceira idade, estudantes das áreas da saúde e estudantes da área social e gerontologia, a iniciativa pretendeu transmitir a visão do doente, do cuidador e de todos os elementos pertencentes à equipa multidisciplinar da Unidade. Simulacro no Hospital do Fundão O evento, contou com o apoio da MedUBI ( Núcleo de Estudante de Medicina da UBI ) e da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC). Esta é uma das várias iniciativas que têm vindo a ser organizadas na Covilhã no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC. A iniciativa mobilizou profissionais daquela unidade de saúde , a GNR, os Bombeiros Voluntários do Fundão e a Proteção Civil do Fundão. Entre as várias ações, profissionais de saúde do Centro Hospitalar Cova da O livro conta a história de uma estrela e do coelho Bernardo «eleitos pelos céus, para a acompanharem e transmitirem aos homens que com pequenos gestos se podem fazer grandes mudanças», explica Maria José Andrade, enfermeira do Serviço de Cirurgia II e autora do livro «A Estrelinha de Condão» . Um simulacro com o objetivo de dotar os profissionais de saúde de competências para reagir em situação de emergência teve lugar, em Abril, no Hospital do Fundão. Para já foi em sala mas, não tarda, vai passar para o terreno. No dia 21 de Março deste ano viu a luz do dia com o lançamento oficial, em Lisboa. No dia 12 de Maio foi apresentado no auditório do Hospital Pêro da Covilhã tendo sido apresentado pelo enfermeiro Paulo Pombo. O livro pode ser adquirido online, na Wook, Fnac e Bertrand e brevemente chegará ao Brasil. Primeiro Curso de Ventilação Mecânica Não Invasiva Dois fisioterapeutas do Centro Hospitalar Cova da Beira e um médico do Hospital de S. Teotónio, em Viseu, concluiram o curso de Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI) destinado a alunos do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Promovido para duas dezenas de alunos, o curso foi ministrado pelos fisioterapeutas Daniel Martins e Tânia Churro e pelo médico Vitor Melo, com a colaboração do Laboratório de Competências (LaC) da Faculdade de Ciências da Saúde. A VMNI é uma técnica recente, aplicada a pacientes com insuficiência cardíaca e insuficiência respiratória. A técnica consiste no uso de uma máscara associada a uma fonte de pressão positiva de ar contínuo que é entregue ao doente. «A ventilação não invasiva diminui os riscos, tais como a contração de uma pneumonia hospitalar, que pode ocorrer com o método invasivo normalmente utilizado, que é a entubação», disse o terapeuta Daniel Martins. Além disso, «permite que o doente comunique, coma, elimine secreções e reduza a necessidade de sedação e internamentos prolongados. É, portanto, mais cómoda para o paciente e acaba por ser mais barata para as unidades de saúde que as utilizam corretamente», acrescentou Daniel Martins. A VMNI destina-se sobretudo a tratar a insuficiência respiratória aguda (ao nível hospitalar) ou crónica (ao nível domiciliar). Contudo o seu campo de investigação tem crescido e a sua aplicação é também indicada nos casos de apneia obstrutiva do sono, doentes neuromusculares com insuficiência respiratória crónica, facilitar a retirada da VMI, aumento da tolerância ao exercício em doentes respiratórios crónicos. Por ser uma técnica mais recente que a Ventilação Mecânica Invasiva, necessita de equipas com formação contínua especializada, dedicada e com ventiladores adequados à situação clínica do doente. As equipas que trabalham com a VMNI são constituídas (essencialmente) por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e cardiopneumologistas de forma a explorar todo o seu potencial. 20 fotografias de Pedro Flávio Exposição Dia Internacional da Mulher Mosaicos de Marco Conde em exposição O arquiteto Pedro Flávio mostrou no átrio principal do Hospital Pêro da Covilhã a exposição fotográfica «Branca de Neve - o Inverno na Serra da Estrela». Apaixonado pelo esqui e pela Serra da Estrela, o jovem covilhanense mostrou 20 imagens capturadas na montanha ao longo da última década. Pedro Flávio, 37 anos, é natural da Covilhã e exerce funções na Divisão de Planeamento e Ordenamento do Território da Câmara da Covilhã e integra o Mozaik, um cluster criativo que reúne especialistas ligados ao design, fotografia, arquitectura e vídeo. Para comemorar a efeméride do Dia Internacional da Mulher, dia 8 de Março, o Centro Hospitalar Cova da Beira, apresentou uma exposição da autoria de Fátima Nina e Cristina Beirão, intitulada “Mulher”. Mosaicos, retratos, figuras abstratas e geométricas compõem a exposição foi vista no átrio principal do Hospital Pêro da Covilhã até 27 de fevereiro. Da autoria de Marco Conde, artista plástico natural da Guarda, à mostra foi dado o nome de “Pop Art”. Licenciado em cerâmica pela Escola Universitária das Artes de Coimbra, onde também concluiu um mestrado em Artes Plásticas; do currículo de Marco Conde constam várias exposições individuais e coletivas, bem como várias ações de formação em pintura, azulejaria, cerâmica, vitral e olaria. Enfermeira testa terapia de reminiscência em IPSS’s da Covilhã e do Fundão Quatro instituições particulares de Solidariedade Social dos concelhos da Covilhã e do Fundão vão aplicar um programa de terapia de reminiscência que pretende melhorar o humor de idosos com demência, disse a Teresa Lopes, enfermeira do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB). O objectivo é aplicá-lo, ainda este ano, no Centro de Convívio e Apoio à Terceira Idade do Tortosendo, Lar de S. José e Associação de Socorros Mútuos, na Covilhã e na Santa Casa da Misericórdia, no Fundão depois de ter sido ensaiado, com sucesso, no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Belmonte. O programa insere-se na tese de doutoramento em geriatria e gerontologia que a enfermeira está a realizar no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto. Enfermeira do Serviço de Ortopedia do CHCB, Teresa Lopes integra o grupo de trabalho de investigação em enfermagem criado no CHCB designado Nursing Research. Segundo Teresa Lopes, «o projecto consiste na criação e avaliação de um programa de terapia de reminiscência para aplicar em pessoas idosas com demência que estejam institucionalizadas», particularmente ao nível da cognição, memória autobiográfica, humor, comportamento e expressão dos afetos. A reminiscência consiste na recuperação de acontecimentos passados da própria pessoa utilizando essas memórias felizes da infância, adolescência e da fase adulta para melhorar o humor no tempo actual», explicou. «O objectivo é que qualquer profissional de saúde ou cuidador informal possa ter acesso ao programa e praticá-lo com os seus idosos», acrescentou. No ensaio realizado em Belmonte foram avaliados seis idosos com uma média de idades de 80 anos, institucionalizados há mais de um ano, com 5 ou mais doenças crónicas diagnosticadas. UCAD trata 753 doentes num ano A Unidade de Cuidados Agudos Diferenciados do Centro Hospitalar Cova da Beira registou uma taxa de ocupação superior a 94 por cento comprovando a importância do serviço, disse o presidente do conselho de administração desta unidade de saúde. «A unidade comprovou a sua importância ao longo de um ano de funcionamento estando quase sempre cheia», disse Miguel Castelo Branco. Em funcionamento desde 1 de agosto de 2013, a UCAD substituiu o anterior Serviço de Observação e atendeu 753 doentes críticos (até 30 de Junho) provenientes, maioritariamente, dos serviços de Urgência e Cuidados Intensivos, principalmente com problemas do foro respiratório mas também com problemas cardíacos. «Os doentes que ali são tratados não necessitam de cuidados intensivos mas também não estão em condições de ir para uma enfermaria logo precisam de uma vigilância reforçada que lhes é garantida», explicou Miguel Castelo Branco. A UCAD é composta por uma equipa médica rotativa, 11 enfermeiros, 7 auxiliares e 1 administrativo. Unidades Castelo Branco, Guarda e Cova da Beira intensificam cooperação na Saúde No final foram sorteados diversos prémios, particularmente uma bicicleta que coube em sorte ao jovem Simão Mendes. Mais de 500 pessoas andaram e pedalaram pela sua saúde A Saúde e a Solidariedade foram os vencedores do II BTT Unidos Por Uma Causa organizado, dia 12 de Abril, pelo Gabinete de Comunicação e Marketing do Centro Hospitalar Cova da Beira. A prova reuniu mais de 500 participantes que, a pé (caminhada de 12km) ou de bicicleta (25, 42 ou 65Km), percorreram os trilhos previamente delineados até à freguesia de Peraboa, angariando quase 600 quilos de bens alimentares que foram distribuídos pelo Banco Alimentar Contra a Fome, Conferências de São Vicente de Paulo e Associação Jesus Maria e José do Dominguiso. Centenas de cidadãos anónimos e solidários marcaram presença ativa no evento o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira e o vereador do Desporto, Jorge Torrão que caminharam até Peraboa e o vereador Nelson Silva que participou na meia maratona de BTT (45Km). O tiro de partida para os vários passeios foi dado pelo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Cova da Beira destacando a «multidão» que invadiu a área contígua ao Hospital Pêro da Covilhã para participar no evento. «É muito interessante a adesão das pessoas a esta iniciativa. É uma multidão e isso significa que as pessoas estão interessadas e motivadas para a promoção da sua saúde e para a prevenção das doenças», disse Miguel Castelo Branco. «Estamos no hospital para o que for necessário mas de preferência queremos prevenir a doença e promover a saúde e este é disso um ótimo exemplo», acrescentou. Parabéns aos participantes e aos patrocinadores e a toda a equipa que tornou possível este exigente evento. O Centro Hospitalar da Cova da Beira e as Unidades Locais de Saúde de Castelo Branco e Guarda celebraram, em Abril, vários protocolos que intensificam a cooperação no âmbito da Gastroenterologia, Nefrologia, Urologia e da Telemedicina. A assinatura dos protocolos decorreu em Castelo Branco e «visa a complementaridade clínica e rentabilização dos recursos disponíveis», lê-se num comunicado distribuído pela Administração Regional de Saúde do Centro. Os protocolos assinados entre estas unidades de saúde que formam o Pólo de Saúde da Beira Interior, no âmbito da reforma hospitalar em curso, incluem as especialidades de Gastroenterologia, Nefrologia, Urologia e serviço de Telemedicina. Os documentos assinados privilegiam «a deslocação dos profissionais em detrimento da deslocação dos doentes», garantindo assim «uma resposta às necessidades de saúde da região, sempre que seja tecnicamente viável, sem recurso à referenciação de utentes para outras regiões». No sentido de fomentar uma «gestão mais eficiente» e «melhor aproveitamento» dos recursos disponíveis, foram também celebrados protocolos de articulação conjunta de serviços, de instalações e equipamentos e da área do aprovisionamento das três unidades hospitalares. O presidente da ARSC, José Terezo, congratula-se com a forma como tem decorrido «esta aliança estratégica de saúde da Beira Interior» sublinhando que o Pólo de Saúde da Beira Interior «está a ser criado a partir de um conjunto de vontades assumidas em adequar os serviços a novas realidades locais», como o envelhecimento da população sublinhando que «os resultados alcançados até agora são muito positivos». Até ao momento, o Pólo de Saúde da Beira Interior já tem em execução intercâmbios relativos à utilização do Laboratório de Saúde Pública da Guarda, do serviço de Nefrologia da ULS de Castelo Branco e da Unidade de Patologia Clínica do CHCB. Quatro serviços do CHCB no Dia Municipal do Idoso Os serviços de Nutrição e Atividade Física, Medicina Física e Reabilitação, Cirurgia II e a Unidade de Psicologia do Centro Hospitalar Cova da Beira participaram no Dia Municipal do Idoso assinalado no dia 21 de Junho, com diversas actividades, no Jardim do Lago. A iniciativa integra o Plano de Acção da Rede Social do concelho da Covilhã e destina-se a promover o envelhecimento ativo. As atividades, que começaram logo pela manhã, incluíram Classe Movimento e Prevenção de Quedas (Serviço de Medicina Física e Reabilitação); Rastreios do Indice de Massa Corporal, Medição de Perímetro Abdominal e Aconselhamento Nutricional (Serviço de Nutrição e Actividade Física) e Massagem Terapêutica “O Poder das Mãos” (Serviço de Cirurgia II) e atividades de estimulação cognitiva (Unidade de Psicologia). Hospital reforça vigilância à qualidade dos medicamentos O Centro Hospitalar Cova da Beira estabeleceu um protocolo com a empresa Labfit para realização de análises microbiológicas aos medicamentos (não estéreis) manipulados na farmácia. Os medicamentos manipulados são preparados no hospital, de acordo com uma receita médica ou com formulários europeus, para serem dispensados quer a doentes internados quer a doentes de ambulatório, aos quais são prescritos. As especialidades médicas que mais requisitam este tipo de medicamentos são a pediatria e dermatologia. O objetivo da parceria é «avaliar as boas práticas com que estamos a trabalhar», disse Olímpia Fonseca, diretora do Serviço de Farmácia. Os medicamentos manipulados são um grupo de medicamentos que a indústria não comercializa mas que são essenciais aos doentes sendo, por isso, preparados nas farmácias de oficina e nas farmácias hospitalares. «Esta parceira permite acrescentar mais um item ao trabalho de qualidade realizado pelos serviços farmacêuticos do hospital», disse o presidente do conselho de administração do CHCB sublinhando que o serviço está certificado pela norma ISO 9001 e todo o hospital segue as normas internacionais recomendadas pela Joint Commission International (JCI). O Labfit é uma spin-off localizada na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior que, desde Janeiro deste ano, faz a análise microbiológica dos medicamentos manipulados pela farmácia do CHCB. Crianças assinalam Dia da Árvore a plantar Carvalhos das Beiras Mais de 60 Carvalhos das Beiras foram plantados nos terrenos envolventes ao Hospital Pêro da Covilhã por mais de uma centena de crianças da Escola do Rodrigo e da Escola Internacional da Covilhã. As árvores substituíram os Choupos Híbridos que existiam naquela área com o objetivo de minimizar as alergias e reduzir os estragos provocados nas canalizações. Os Choupos foram podados e cortados pela Associação dos Baldios de Cortes do Meio, por recomendação da Quercus. A madeira resultante do abate foi entregue à Escola do 1º Ciclo de Cortes do Meio para ser usada nas caldeiras durante o Inverno. Os Carvalhos das Beiras foram oferecidos pela Empresa Municipal das Águas da Covilhã e pelo Instituto de Conservação da Natureza. Dia do Enfermeiro assinalado com massagens terapêuticas Enfermeiros do Serviço de Cirurgia II assinalaram o Dia do Enfermeiro (12 de Junho) com massagens terapêuticas a doentes internados e visitas. Foi a primeira ação de um projeto que pretende testar ao longo dos próximos seis meses a eficácia da massagem terapêutica a doentes sujeitos a cirurgia, disse o enfermeiro António Bandarra. Nós como enfermeiros temos o privilégio de podermos desenvolver um contato íntimo e profundo com os nossos doentes. Temos o poder nas nossas mãos utilizando o toque como um instrumento fundamental. «O toque desenvolvido durante a massagem tem efeitos de recuperação física e psíquica permitindo a transmissão de sentimentos profundos sendo, por isso, uma forma de comunicação imediata e autêntica onde a linguagem verbal, muitas vezes, não tem espaço», sublinhou a enfermeira Margarida Martins. «A massagem é uma intervenção autónoma da enfermagem e só o enfermeiro pode intervir para prevenir e tratar a dor decorrente de procedimentos e intervenções de enfermagem», acrescentou a enfermeira concluindo que o objetivo principal «é melhorar os cuidados de enfermagem diminuindo a dor dos doentes no período pós-operatório» I Encontro de Neurodesenvolvimento da Beira Interior O papel do jogo no desenvolvimento de crianças e jovens foi o tema central do I Encontro de Neurodesenvolvimento da Beira Interior realizado no dia 30 de Junho, no Auditório do Hospital Pêro da Covilhã. A organização do Encontro envolveu este ano, os Serviços de Pediatria das unidades locais de saúde da Guarda e de Castelo Branco «com o objectivo de obter maior colaboração entre os serviços de pediatria da Beira Interior e potenciar as capacidades instaladas na região», disse a pediatra Arminda Jorge. O Encontro pretendeu promover a aquisição de conhecimentos na área do desenvolvimento psicomotor da criança «tanto ao nível dos profissionais de saúde como dos professores e educadores que se debatem com esta problemática», acrescentou a médica. Atualmente existem consultas de neurodesenvolvimento nos três hospitais. No caso do CHCB a consulta é assegurada por quatro pediatras com a colaboração de duas psicólogas, duas terapeutas da fala e uma professora. Partidos e organizações reúnem com administração do CHCB «Sentir a Primavera» no hospital Bloco Operatório do Hospital Pêro da Covilhã em exposição no Serra Shopping Duas dezenas de fotografias e um vídeo captados no interior de um Bloco Operatório do Hospital Pêro da Covilhã foram mostrados à comunidade numa exposição que decorreu no dia 15 de fevereiro (sábado) no Serra Shopping, na Covilhã. A iniciativa da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP) assinalou o Dia Europeu do Enfermeiro Peri-Operatório com ações semelhantes em Lisboa, Porto, Coimbra, Leiria, Braga, Viana do Castelo e Bragança sob o tema “Promover a Segurança – Torna-te Visível – Faz-te Ouvir”. O peri-operatório é o termo usado em Medicina para o período de tempo que decorre desde a altura em que o cirurgião decide indicar a operação e a comunica ao doente até ao momento em que este regressa à sua atividade normal, depois de ter recebido alta hospitalar. O objectivo foi «dar a conhecer à população o que os enfermeiros peri-operatórios fazem no sentido de garantir a segurança do doente, antes, durante e após a intervenção cirúrgica», disse Conceição Martins, enfermeira perioperatória no Centro Hospitalar Cova da Beira. O Hospital Pêro da Covilhã dispõe de cinco salas de operações, quatro destinadas a cirurgias programadas e uma de urgência. Existem ainda mais duas salas para cirurgias de ambulatório, em que o doente entra e sai no mesmo dia. Para cada cirurgia são necessários três enfermeiros peri-operatórios: um anestesista, um circulante e um instrumentista. O CHCB dispõe de 32 enfermeiros peri-operatórios. O Voluntariado Hospitalar para assinalar a Primavera e dar um pouco mais de alegria e cor ao hospital trouxe a Primavera a todos os que frequentam a instituição. Através do projecto “Sentir a Primavera” promovido pelo Voluntariado do Centro Hospitalar Cova da Beira, 33 instituições locais de apoio à terceira idade, APPACDM e grupos de voluntariado das escolas secundárias da Covilhã, elaboraram com os seus utentes, arranjos florais que estiveram expostos na Consulta Externa do Hospital Pêro da Covilhã. Nos últimos três meses o conselho de administração do Centro Hospitalar Cova da Beira reuniu com representantes nacionais, regionais e locais das diversas forças políticas e sindicais. A primeira reunião foi realizada a 15 de Maio com os deputados do PSD, Carlos São Martinho e Costa Neves, eleitos pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco e com Carlos Almeida, candidato ao Parlamento Europeu. Durante o encontro foi abordada a criação do Pólo de Saúde da Beira Interior, a forte ligação à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e o projecto de readaptação do Serviço de Consulta Externa do Hospital Pêro da Covilhã. A portaria 82/2014 que classifica hospitais portugueses, esteve em análise em reuniões sucessivas realizadas no dia 9 de Junho. Os encontros foram realizados com o Movimento Acreditar Covilhã (Pedro Farromba e João Bernardo), às 12 horas; União de Sindicatos do Distrito de Castelo Branco (Luís Garra), às 14 horas. Às 17 horas foi a vez dos representantes do PS na Assembleia Municipal da Covilhã (João Correia e Pina Simão). O presidente do conselho de administração do CHCB, Miguel Castelo Branco manifestou confiança nas palavras do secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira que, na recente visita à Covilhã garantiu a continuidade de todos os serviços de que o hospital dispõe para assistência à população e, também, para o ensino médico. Durante os encontros foram ainda prestadas informações sobre o andamento dos trabalhos que visam a criação do Pólo de Saúde da Beira Interior. Isabel Galrriça Neto e Teresa Caeiro, da Comissão Parlamentar de Saúde, e o presidente da Comissão Parlamentar de Educação, José Ribeiro e Castro visitaram os hospitais da Covilhã e do Fundão e a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, no dia 16 de Junho. Durante a visita, os deputados saudaram as declarações do secretário de Estado da Saúde sobre a manutenção dos serviços existentes, manifestaram esperança na criação do serviço de Medicina Nuclear no Hospital do Fundão e consideraram importante e desejável a atribuição, pelo Governo, do estatuto de Hospital Universitário ao Centro Hospitalar Cova da Beira. A deputada do PCP, Paula Santos, e o vereador da CDU na Câmara da Covilhã, José Pinto, visitaram o Hospital Pêro da Covilhã, no dia 23 de Junho. Os eleitos reuniram com o conselho de administração e visitaram as áreas ligadas à Obstetrícia e Ginecologia e a Unidade de Medicina de Reprodução. A mais recente visita foi feita pelo coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, no âmbito de um périplo pelas unidades hospitalares do interior do país. Visita deputados PPD-PSD Visita vereador MAC Visita sindicato CGTP Visita Membros AM do PS Visita Deputados CDS-PP Quatro em cada cinco crianças do Fundão têm peso apropriado Quatro em cada cinco crianças do Fundão têm peso apropriado. Quatro em cada cinco crianças que frequentam o 3º ciclo no concelho do Fundão têm o peso apropriado para a idade estando o seu estado nutricional melhor do que a média nacional revela um estudo realizado no âmbito do projecto «Como». Na avaliação antropométrica, o estudo mediu o peso, altura e perímetro abdominal de 658 alunos dos agrupamentos de escolas Gardunha e Xisto e do Fundão Externato Capitão Santiago de Carvalho e Escola Profissional do Fundão, revelando que 79 por cento têm o peso apropriado, 6,7 por cento são obesos, 12,5 por cento estão em estado de préobesidade e 1,8 por cento são magros. Os estudos sobre a população portuguesa apontam para que cerca 30 por cento das crianças tenha excesso de peso e obesidade. O projecto «Como» começou em Janeiro deste ano e resulta de uma parceria entre o Centro Hospitalar Cova da Beira, Câmara Municipal do Fundão, Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira e Ordem dos Nutricionistas com o objectivo de «educar e incentivar hábitos alimentares saudáveis» através da intervenção direta de especialistas nas áreas de Dietética e Nutrição na população escolar e em idosos do concelho do Fundão que frequentam Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s). Nos primeiros seis meses deste ano, além da avaliação antropométrica dos alunos a equipa, constituída pelas dietista Sofia Garcia da Fonseca e a nutricionista Adriana Marcelino, realizou inquéritos de avaliação dos hábitos alimentares, opinião dos alunos sobre as cantinas escolares e prática da actividade física. Foi ainda avaliada a disponibilidade alimentar em meio escolar através de visitas aos bares e análise das ementas de todas as escolas. Para além da população escolar, o estudo avaliou ainda as ementas de 16 IPSS’s do concelho do Fundão. Segundo Sofia Garcia da Fonseca, nas escolas públicas «as ementas estão, na sua maioria, bem construídas» estando de acordo com as regras impostas pelo ministério da Educação enquanto nas IPSS’s «há uma imensa margem de progressão». Quer nas escolas quer nas IPSS’s, as duas especialistas sugeriram a introdução de melhorias nas ementas. «As sugestões foram bem acolhidas e até final do ano faremos nova avaliação», acrescentou Adriana Marcelino. O interesse do projeto que se prolonga até final deste ano levou as entidades promotoras a reunirem esforços para apresentarem uma candidatura à Fundação Calouste Gulbenkian para assegurar a continuidade do projeto e alargá-lo à região da Cova da Beira. Centro Hospitalar da Cova da Beira tem creche para filhos dos funcionários A mensalidade a pagar pelos utilizadores é calculada com base nos rendimentos familiares O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) criou condições para abertura de uma creche destinada aos filhos dos funcionários, a primeira do género nesta região do interior do país, que tem horário alargado com o objetivo de facilitar a vida aos profissionais de saúde. tranquilos no desempenho das suas funções», realçou. A creche tem capacidade para acolher 34 crianças, com idades entre os 3 e os 36 meses. Dispõe ainda uma valência de estudo acompanhado para as crianças entre os 5 e os 10 anos, bem como regime de “baby-sitting”. Inaugurada no dia 28 de Fevereiro pelo diretor do Centro Distrital de Segurança Social, Melo Bernardo, a creche permitiu melhorar a conciliação entre a vida profissional e familiar e insere-se na política de responsabilidade social que a instituição tem desenvolvido ao longo dos últimos dois anos. A mensalidade a pagar pelos utilizadores será calculada com base nos rendimentos familiares. A concretização do projeto não implicou custos para o CHCB, uma vez que as obras foram efetuadas por uma entidade parceira, que explora o espaço. «O projeto enquadra-se na política de responsabilidade social bem como na estratégia de promoção da maternidade e da paternidade, que temos assumido», disse o presidente do conselho de administração do CHCB. Miguel Castelo Branco considerou que a nova estrutura também contribuirá para a motivação dos profissionais abrangidos. «Claro que tendo os filhos por perto, os profissionais estarão mais Fórum de Investigação em Enfermagem Perto de uma centena de enfermeiros participaram no Fórum de Investigação em Enfermagem organizado pelo grupo de trabalho Nursing Research criado, este ano, no Centro Hospitalar Cova da Beira. O Fórum contou com a apresentação de 12 trabalhos de investigação. Um terço dos trabalhos foram realizados por enfermeiros do CHCB nas áreas de Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia e Psiquiatria. Também foram apresentados trabalhos de enfermeiros do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira. Na sessão de abertura participaram Miguel Castelo Branco, presidente do conselho de administração do CHCB, Ignácio Verde, responsável pelo Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, António João Rodrigues e João Carlos, respectivamente enfermeiros diretores do CHCB e da Unidade Local de Saúde da Guarda e a enfermeira Lídia Videira coordenadora do grupo Nursing Research. Próstata e Insuficiência Cardíaca: Covilhã lidera ranking Hospital da Covilhã quer criar Unidade de Cardiologia de Intervenção Unidade acabaria com distâncias superiores a hora e meia, como definem normas europeias O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) quer criar uma Unidade de Cardiologia de Intervenção, a primeira da região, que permitirá dar resposta aos doentes «em tempo útil», disse o presidente do conselho de administração. Miguel Castelo Branco explicou que esta unidade «permitirá tratar localmente e em tempo útil todos os doentes com enfarte agudo do miocárdio, além de inserir a região na rede de referenciação para tratamento destas situações» e de contribuir para «garantir equidade no acesso a esta terapêutica». Este responsável adiantou que a proposta para a criação da Unidade de Cardiologia de Intervenção da Beira Interior (UCIBI) já foi enviada ao Ministério da Saúde e que surge depois de o CHCB ter assegurado, em Março, a contratação de mais dois cardiologistas, o que permitiu aumentar para quatro o número de médicos especialistas nesta área. A proposta ressalva ainda o facto de esta unidade poder dar resposta aos doentes dos distritos da Guarda e de Castelo Branco, que atualmente são servidos pelos hospitais de Coimbra, Viseu e Lisboa, unidades que estão a uma distância superior à hora e meia que é apontada pelas normas internacionais como o intervalo de tempo indicado para a realização do procedimento. «Embora exista uma unidade de hemodinâmica em Viseu, ela fica, mesmo assim, fora do tempo alvo para a maioria dos doentes», sublinhou. A UCIBI «deve dispor de equipamento de imagem e equipamentos de avaliação cardíaca que permitam efetuar o diagnóstico através de exames de angiografia e intervenção através de cateterismo cardíaco». O investimento está avaliado em cerca de 1,5 milhões de euros, o equivalente ao valor que foi pago em 2011 pelo CHCB para a realização de 338 procedimentos de cardiologia de intervenção, em Coimbra. O projeto, para o qual estão identificadas eventuais parcerias, prevê a realização de obras de adaptação, aquisição de equipamento e disponibilização de uma equipa altamente diferenciada. O Serviço de Urologia do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) é considerado o melhor entre 41 hospitais e centros hospitalares públicos portugueses, segundo um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), divulgado em Março pelo Expresso, Público e Diário de Notícias. Os resultados fazem parte da «Avaliação de Desempenho dos Hospitais Públicos de 2012», que analisou vários indicadores relacionados com o internamento de doentes. O CHCB surge no primeiro lugar no tratamento de doenças dos órgãos genitais masculinos, nomeadamente no estudo e tratamento das disfunções sexuais e cancro da próstata confirmando o bom desempenho do Serviço. Em 2010 ocupava o quarto lugar e em 2011, o segundo lugar do ranking. «Temos um serviço de Urologia com atividade diferenciada e o facto de sermos um hospital universitário torna-nos numa unidade de excelência», referiu ao Público a diretora-clínica Rosa Maria Ballesteros. A médica destacou o caminho que o Centro Hospitalar tem vindo a fazer, nomeadamente no seu relacionamento com a Universidade da Beira Interior (Faculdade de Medicina da Covilhã) no que respeita à investigação. «É este caminho percorrido que nos levou, há cerca de meio ano, a sermos distinguidos com o certificado internacional de Centro Médico Académico» em que, além da componente assistencial, o hospital congrega também a investigação e o ensino. No Estudo da ENSP, o Centro Hospitalar Cova da Beira ocupa, também, o primeiro lugar no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva que é a dificuldade do coração em bombear sangue. Ao todo, nos 17 grupos de doenças analisados, o CHCB mantém o oitavo lugar na avaliação de desempenho dos hospitais portugueses. CHCB conquista 1º lugar em torneio inter-hospitalar de futsal A equipa de futsal da Casa do Pessoal do Centro Hospitalar Cova da Beira venceu o Torneio Quadrangular Inter-Hospitalar «Alexandre Oliveira», disputado no Gimnodesportivo Municipal Padre Martinho (Seia), depois do triunfo por 9-4 frente à Casa do Pessoal de Saúde de Seia. No torneio disputado na segunda quinzena de Junho, a equipa do CHCB bateu por 3-0 a turma da Unidade Local de Saúde da Guarda, logo na jornada inaugural garantindo, por isso, a passagem à final que acabaria por vencer. Tratou-se da primeira participação da equipa em competições oficiais. A equipa, orientada por Rui Trindade, é composta por Gustavo Peralta, Tiago Filipe, Bruno Valentim, Flávio Silva, Júlio Brito, Paulo Santos e Pedro Alves. O torneio contou com a participação das equipas do CHCB, Casa do Pessoal de Saúde de Seia, Unidade Local de Saúde da Guarda e Centro Hospitalar Tondela/Viseu. Secretário de Estado da Saúde garante que o CHCB não perderá valências «Eu queria ser veemente e queria convencer de forma absoluta: Não faz sentido nenhum dizer que a portaria não prevê obstetrícia ou pediatria nos hospitais do grupo 1, não faz sentido nenhum. A portaria, se for bem lida, afirma uma série de valências que são obrigatórias e depois outras que podem ou não existir. Quando o Governo diz que a rede materno-infantil não está em causa é porque a pediatria e a obstetrícia são valências que ficam onde estão», acrescentou. O secretário de Estado da Saúde, Manuel Texeira, deixou uma mensagem tranquilizadora sobre a portaria 82/2014 que prevê a reclassificação dos hospitais. À saída do workshop sobre Riscos Profissionais em Estabelecimentos de Saúde, realizado no dia 30 de Maio, no Hospital Pêro da Covilhã, Manuel Teixeira, interpelado pelos jornalistas, assegurou que «os serviços existentes irão manter-se» pelo que o ensino da Medicina na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior «está assegurado». Confrontado com as preocupações da região pelo facto da portaria que reclassifica os hospitais não especificar as valências de obstetrícia e pediatria nas unidades identificadas no grupo 1 - todas as da Beira Interior - o governante garantiu que a portaria não coloca em causa a rede de materno-infantil da região. «O interior já tem problemas que cheguem. Nós não queremos introduzir mais problemas. As maternidades ficam abertas onde estão. As restantes valências que os hospitais da Cova da Beira, Castelo Branco e Guarda têm de forma articulada para permitirem a formação na faculdade mantém-se», concluiu Manuel Teixeira. da Saúde em relação à articulação e reorganização da carteira de serviços dos hospitais. Está ser construída uma aliança de saúde para a Beira Interior e estamos no bom caminho para atingir esse objectivo. As valências que existem são para ficar de forma a dar resposta às necessidades dos cidadãos da região com a máxima segurança. Congresso de Turismo de Saúde em altitude reuniu mais de 200 participantes Mais de duas centenas de pessoas participaram no 1º Congresso de Turismo de Saúde em Altitude organizado pelo Centro Hospitalar Cova da Beira, nos dias 30 e 31 de Maio na Serra da Estrela. Durante o workshop aquele membro do Governo elogiou a organização da iniciativa sublinhando que em três anos de Governo não se lembra de um seminário sobre este tema «crucial» para o Serviço Nacional de Saúde. A iniciativa combinou desporto e saúde atraindo à região diversos profissionais de saúde e desportistas de alta competição, como são os casos de Inês Monteiro (Atletismo), Armando Teixeira (UltraRunner) e Henrique Neiva (Natação). Os desportistas deram o seu testemunho sobre as vantagens dos estágios em altitude enquanto os médicos abordaram a vantagem da altitude na recuperação de doentes crónicos, particularmente os portadores de asma brônquica e de doença pulmonar obstrutiva crónica. Para o presidente do conselho de administração do CHCB o encerramento da maternidade nunca esteve em causa. "Eu li a portaria de forma diferente de muitas pessoas porque tinha informações das ações que estão a ser desenvolvidas dentro do Ministério O Congresso teve como objetivo a partilha de conhecimento, promoção da imagem e o reconhecimento internacional da capacidade instalada no CHCB e na UBI ao nível de recursos, plataformas e da I&D nas áreas da saúde e das ciências da vida. A iniciativa apresentou uma dinâmica inovadora que serviu de alavanca para o desenvolvimento estratégico do empreendedorismo e do turismo de saúde na região. Foram dinamizadas conferências em painéis direcionados para a temática do Bioclimatismo e do Desporto em Altitude, designadamente; “Doença Pulmonar Crónica não alérgica e Altitude” , “Asma, Poluição e Altitude”, “Horizonte 2020 e os Desafios Societais no âmbito do Ambiente e da Ação Climática”, “Zonas de Turismo de Saúde em Altitude, Economia e Internacionalização”, “ O Treino em Altitude - Benefícios, Riscos e Indicações para a Prescrição do Treino” e o “Treino em Altitude, uma perspectiva Cardiológica e Nutricional”. a Faculdade de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior (UBI). Algumas atividades de pesquisa, como por exemplo, a suscetibilidade à Depressão Pósparto, têm evidenciado a necessidade de implementar modelos de intervenção precoce, que não têm sido possíveis de desenvolver em épocas restritivas como a que agora se vive. primários? Hospital aumenta a oferta de apoio a parturientes O Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) atribuiu ao Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar Cova da Beira a classificação de «excelência clínica» mas, por imposição externa, o serviço enfrenta dificuldades particularmente na contratação de médicos. O médico José Martinez Oliveira, diretor do Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, fala nesta entrevista sobre as limitações e anseios do serviço. Sendo símbolo de excelência clínica (reconhecida pelo SINAS), como é que o Departamento de Saúde da Criança e da Mulher (DSCM) está organizado e qual a sua capacidade nas diferentes valências? A capacidade tem vindo a ser diminuída, progressivamente, por imposição externa. O Departamento não rentabilizou, até à data, toda a capacidade instalada, agora restringida por redução dos recursos humanos. Tendo uma importância extrema na prestação de cuidados de saúde, neste âmbito da Medicina, como se define a área de influência (direta e indireta) do Departamento? A população diretamente abrangida – que habita a região da Cova da Beira – é de cerca de 100.000 habitantes. Almejando prestar cuidados de saúde de elevada qualidade, o DSCM estruturou-se para prestar assistência já diferenciada em várias vertentes, nomeadamente na Medicina Reprodutiva, IVG e Diagnóstico Pré-Natal. Desta forma, conseguimos dar resposta a toda a Beira Interior, abrangendo, assim, 300.000 habitantes. No século XXI, o lema da Medicina é «a prevenção é a cura». Neste sentido, objetivando uma referenciação precoce, qual a relação esta belecida entre o Departamento de Saúde da Criança e da Mulher e os cuidados A Unidade Coordenadora Funcional (UCF) tem sido presidida, nos últimos anos, por um dos diretores de Serviço do DSCM, estimulando ao máximo a colaboração, integração e interatuação dos níveis de cuidados primários e hospitalares. As limitações resultam muito mais de imposições administrativas, que não permitem um aumento da eficiência do sistema, em particular por exigências de cumprimento de determinações que se mostram inconvenientes. Ainda no âmbito da prevenção da doença e da promoção da saúde, que iniciativas são encetadas pelo Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), neste domínio, em prol do esclarecimento desta franja da população? O DSCM tem acolhido programas de âmbito preventivo, como a vacinação dos recém-nascidos e o diagnóstico neonatal precoce, participando ainda secundariamente como Unidade de Apoio ao Programa de Rastreio de Cancro do Colo do Útero. Por sua vez, o programa Prolúdico iniciou uma dinâmica de deteção e correção precoce da obesidade infantil, com um programa articulado com Pugnando por levar os cuidados de saúde para junto da população, no âmbito da intervenção comunitária, que estratégias são delineadas por formar a fomentar uma coesa política de proximidade? A estratégia assumida, até à pouco, em região com baixos recursos económico-financeiros e de escassas alternativas assistenciais, foi de fácil acessibilidade. Esta atitude tem vindo a ser invertida por imposição das carências de recursos, resultantes da sua renovação, assim como do sistema de financiamento, desadequado àquela finalidade. . A qualidade patenteada pelo Serviço – comprovada pela classificação obtida em índices de avaliação – está baseada na excelência e experiência do corpo clínico do Departamento? Como é que este se caracteriza? O DSCM criou áreas diferenciadas, que, apesar do número relativamente escasso de colaboradores, têm satisfeito a quase totalidade das vertentes das especialidades que alberga, tendo em conta limitações de relevo mas entendíveis (Radioterapia, por exemplo). No entanto, face à atual conjuntura, a variedade de prestações é já dificilmente sustentável. Com um legado histórico, a Maternidade da Covilhã assinalou, a 18 de junho, um marco importante. Para comemorar esta emblemática data, que iniciativas foram desenvolvidas no Dia da Maternidade e que ilações se retiraram da pertinente análise sobre os seus 81 anos de atividade – «Do Passado ao Presente»? O Fórum, inserido na comemoração, permitiu abordar uma séria de questões, todas elas pertinentes à atualidade da Instituição. Da sua realização nascem uma série de iniciativas que permitirão, se concretizadas, diversificar as ofertas de apoio à parturiente (Programa de Hipnose, Parto Verticalizado, Analgesia por Terapia Neural), bem como projetos de investigação em sede clínica, quer a cargo do corpo médico, quer da enfermagem especializada em Saúde Materna – estes últimos inseridos no movimento Nursing Reserach, iniciado em 2013, no CHCB. Integrada no Departamento, e sendo a única estrutura similar nesta área geográfica, qual a importância da Unidade de Medicina Reprodutiva (UMR) para o Interior do país, do ponto de vista clínico e social? A UMR não tem sido acarinhada pela Tutela, mais corretamente tem sido ‘castigada’ ao ponto de não ter merecido sequer financiamento efetivamente nos últimos dois anos. Sofre, por isso, todas as dificuldades que se preveem, não tendo atingido o ponto de desenvolvimento que se esperava e desejava. A limitação desta prestação de cuidados aos grandes centros ‘castiga’, fortemente, a população da região, já de si geograficamente condicionada. Estando habilitada para a realização de exames de diagnóstico, tratamento e promoção da fertilidade, quais os índices de produtividade da Unidade? A produção da UMR cumpriu, inicialmente, o programa previsto com crescimento progressivo em volume e diferenciação. As restrições que lhe são impostas têm limitado seriamente a sua capacidade funcional, não permitindo sequer, desde há meses, a admissão de novos casos. Estando na vanguarda da inovação, a Unidade foi fruto de um investimento avultado. Em que aspetos diferenciadores e pioneiros este se refletiu? De modo a rentabilizar os seus recursos, a UMR implementou um sistema de cortes, isto é, de funcionamento por ciclos coorganizados de modo a permitir maior eficiência. As técnicas foram implementadas em termos de maior complexidade e de forma progressiva. Hoje, a UMR poderá responder em todos os níveis de tratamento, salvo os casos específicos que, por requererem cuidados ultraespecializados, estão concentrados a nível nacional em unidades de referência. Tendo idoneidade para a formação médica pós-graduada, quais os protocolos celebrados neste âmbito e qual a importância desta Unidade no treino de futuros especialistas? Analisando o DSCM, o Serviço de Pediatria tem já atividade formativa em concreto, e em crescendo, função do reconhecimento do que tem vindo a fazer nos últimos anos. Na vertente Ginecológica/ Obstétrica, porém, a atividade formativa está limitada a um período curto no percurso do internato, uma vez que não lhe é atribuída capacidade formativa global pelo baixo número de partos na Instituição. Este facto afeta, transversalmente, todas as unidades da Beira Interior, que ficam assim relegadas para posição secundária. Fruto dos condicionalismos já descritos, a UMR não teve, até agora, estruturação suficiente para o seu envolvimento formativo continuado, apenas tendo participado em atividades pontuais. No âmbito da investigação, em que projetos é que a Unidade participa, de cariz nacional e internacional, e quais os resultados inerentes a esta atividade científica? Tirando proveito da atividade conjunta com a UBI, a Faculdade de Ciências da Saúde tem promovido trabalhos de pesquisa no âmbito do Mestrado Integrado de Medicina, como os de marcadores bioquímicos (hormona antimulleriana, vitamina D, por exemplo). A Unidade de Medicina Reprodutiva recebeu a acreditação, em 2011, de qualidade pela ISO 9001:2008. Quais as mais-valias que advêm deste processo de certificação? Como mais-valias da certificação podemos apontar a organização, o planeamento, a identificação de objetivos e os indicadores de melhoria contínua do processo. A certificação atribuída pela Joint Commission International (JCI) dá suporte à qualidade organizacional atingida e releva os critérios de atendimento, qualidade e segurança implementados. Laboratório de análises Clínicas do CHCB aberto aos sábados de manhã O Laboratório de Análises Clínicas (LAC) do CHCB está aberto, ao sábado desde o dia 15 de Fevereiro, entre as 8 e as 12 horas. A decisão tomada pelo conselho de administração foi anunciada no Dia Mundial do Doente e resultou de sugestões feitas pelos utentes e profissionais do LAC. Num inquérito realizado em Maio do ano passado, os utentes apontavam para a importância do serviço estar disponível ao sábado de manhã. No inquérito feito a 504 utilizadores, durante duas semanas, o grau de satisfação global dos utentes em relação ao LAC foi de 96 por cento. O Centro Hospitalar Cova da Beira dispõe de 12 serviços certificados pela norma ISO 9001, disse a coordenadora do Gabinete de Qualidade. Cinco serviços já foram avaliados e aguardam a atribuição do certificado, acrescentou Catarina Mateus. Em que se traduziu o processo de certificação atribuído ao CHCB, pela empresa Bureau Veritas, enquanto garante da prestação de cuidados de excelência? O Centro Hospitalar desde há mais de uma década que assumiu o caminho da melhoria contínua da qualidade. Nesse sentido, desenvolveu o processo de acreditação através da Joint Comission International, tendo obtido acreditação total em 2010 e reacreditação em 2013. A par disso, desde 2004 decidiu complementar com a certificação de serviços através das normas ISO. A Bureu Veritas foi a empresa que esteve envolvida no ano passado. Assim, quais os serviços acreditados? Os serviços que se encontram certificados são: Serviço de Patologia Clínica, Serviço de Anatomia Patológica, Serviço de Imunohemoterapia, Serviços Farmacêuticos, Gabinete de Gestão da Qualidade, Serviço de Formação, Serviço de Recursos Humanos, Unidade de Consulta Externa, Serviço de Pediatria, Unidade de Cuidados Intensivos, Serviço de Instalações e Equipamentos/ Hoteleiros e Unidade de Medicina Reprodutiva. Aguarda-se o envio do certificado, (certificação) por parte da entidade certificadora EIC, para as áreas do Bloco Operatório, do Hospital de Dia, da Unidade de AVC, da Cirurgia de Ambulatório e da Comissão de Controlo de Infeção. A vocação do CHCB para a formação pré e pós-graduada levou a Instituição a encetar um processo de acreditação, pela Joint Commission International, para se afirmar como o primeiro Centro Médico Académico de Portugal. Como decorreu este processo e quais os resultados já evidenciados? Em 2013, os padrões de acreditação da Joint Comission International passaram a incluir normas para ensino médico e investigação humana. Havendo já um percurso de ensino e de investigação no CHCB e interesse em consolidar a perspetiva da melhoria contínua da qualidade também nessas áreas, e aproveitando as ações internas que decorriam, usando padrões como os da World Federation for Medical Education, e mesmo um projeto de padrões portugueses desenvolvido há uns anos, o CHCB decidiu aproveitar o processo de reacreditação e candidatar-se a certificação nessas duas novas áreas. Esta meta foi concretizada com sucesso, passando a Instituição a ser um Centro Médico Académico, conforme os Padrões Internacionais da Joint Comission. Todo este processo decorreu com normalidade, apesar de ter sido difícil implementar a norma, e já surtiu efeitos, nomeadamente no maior número de ensaios clínicos nos quais a Instituição está envolvida. No passado dia 6 de junho, o CHCB participou no V Encontro de Investigadores de Qualidade, realizado na Universidade da Beira Interior. Quais os indicadores de qualidade discutidos e quais as evidências científicas disseminadas neste certame? Apresentamos os dados de uma parte do Estudo do indicador intitulado «Concordância entre o resultado pré-operatório e o resultado da anatomia patológica», referente às cirurgias realizadas em 2013. Trata-se de um indicador que permite, à Organização, avaliar as discrepâncias diagnósticas (pré e pós operatórias). Esta análise é de extrema importância para a segurança do doente e para a avaliação dos custos associados aos cuidados de saúde. Foram, assim, analisadas 10% do total das cirurgias efetuadas. O grau de concordância entre as equipas foi de 0,82 (excelente). Dos 138 episódios analisados houve discordância entre equipas em 5 e em 13. Em ambas as equipas não foi confirmado o diagnóstico pré-operatório após o resultado da anatomia patológica. Os resultados ilustram o elevado grau de concordância entre o diagnóstico efectuado nos dois tempos assinalados (pré e pós operatório) e a utilidade de se proceder à análise regular destes dados, acompanhada do estudo aprofundado pelos serviços das discrepâncias observadas. Quanto aos incidentes e eventos adversos, as instituições de saúde devem ter programas que visem promover as condições de segurança adequadas para doentes, famílias, profissionais, voluntários e visitantes, através da implementação de ações de melhoria. Identificar as condições que levam à ocorrência de incidentes e eventos adversos (IE) é uma responsabilidade de todos os profissionais. Neste Estudo, concluise que se verificou um aumento na notificação de incidentes e eventos adversos, resultantes da alteração do procedimento e da maior participação dos colaboradores. Não obstante, é de admitir que ocorra subnotificação que poderá justificar um estudo adicional. O CHCB está a desenvolver ações de sensibilização junto dos serviços para promover a melhoria da notificação. Por outro lado, está-se a incrementar uma aplicação informática de registo, através da intranet, para que os colaboradores possam realizar a submissão por correio eletrónico. Voluntariado assinala Dia Mundial do Doente O Dia Mundial do Doente foi comemorado com participação ativa dos voluntários da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar Cova da Beira que colaboraram na humanização do Hospital, criando mecanismos que amenizem e criem o possível bem-estar a quem recorre à unidade de saúde. A sinalética com smiles para assinalar o Dia Mundial do Doente, foi partilhada pelos vários espaços do hospital, simbolizando o sorriso dirigido a todos aqueles que por aqui passam. A iniciativa contou ainda com participação da Escola Profissional de Artes da Beira Interior em vários momentos musicais, proporcionando momentos de bem-estar e harmonia. NEWSLETTER I SEMESTRE 2014