Psicanálise - Prof. Saulo Almeida
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Psicanálise - Prof. Saulo Almeida
Psicanálise Estrutura e Dinâmica da Personalidade A mente funciona a partir da regulação da economia das pulsões. Todas as pulsões visam a satisfação de uma necessidade. Exemplo: Fome: necessidade de se alimentar. Origem: órgãos do sistema digestivo Forma de satisfação: comer. Zona erógena envolvida: boca. Todas as ações do homem são movidas pelo desejo. “Meu desejo é desejar”. Estrutura e Dinâmica da Personalidade A satisfação de uma necessidade causa prazer. Uma necessidade não satisfeita traz dor e sofrimento. Ex.: ficar com fome. Princípio do prazer: busca pelo prazer (satisfação das necessidades) e evitação do desprazer. A maior parte do prazer tem origem no corpo, assim como a maior parte das necessidades. Estrutura e Dinâmica da Personalidade Todo desejo se liga a um objeto. Será o objeto de desejo. Porém nem todos os objetos estão disponíveis para a satisfação. Nesses casos (que são maioria) o objeto deve ser substituído por outro. É o objeto substituto. A relação entre objetos de desejo e objetos disponíveis é mediada pelo Princípio de Realidade. Desenvolvimento da personalidade Período narcisista: No inicio da vida, a criança dirige sua libido para o seu próprio corpo; Ela ama a si mesma; Suas reações emocionais dependem, principalmente, de seu bem estar ou de seu mal-estar físico; É egocêntrica. Período edipiano Nessa fase, a criança dirige a sua libido para o progenitor do sexo oposto, manifestando a sua hostilidade para com o progenitor do mesmo sexo; Período de latência sexual Esse período corresponde aos anos da escola primária, em que a criança se ocupará em adquirir habilidades, valores e papeis culturalmente aceitos; Ele é denominado de latência porque os impulsos são impedidos de se manifestar. Puberdade Essa fase de duração de dois anos, se inicia mais cedo para as meninas que para os meninos; É a época de grandes modificações físicas e, principalmente, de grande desenvolvimento dos órgãos sexuais; A principal característica da fase da puberdade, também chamada de homossexual, é a ligação afetiva que se estabelece entre jovens do mesmo sexo e de idade aproximada. Adolescência Adolescência: Nessa fase, a libido do jovem se dirige a um adolescente do sexo oposto. Complexos de Édipo No centro do "Id", determinando toda a vida psíquica, encontra-se o que Freud denominou de complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. É esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas Complexo de Electra O equivalente feminino do Complexo de Édipo é o Complexo de Eletra, cuja lenda fundamental é a de Electra e seu irmão Orestes, filhos de Agamemnon e Clytemnestra. Narcisismo Narcisismo, isto é, a bela imagem que possuíamos de nós mesmos como seres conscientes racionais e com a qual, durante séculos, estivemos encantados. Estágio Oral: do nascimento ao 1º ano O primeiro contato do bebê com o mundo é através da boca e aí ele tem grande sensibilidade. Freud enfatizou que a região oral, a boca, língua e lábios, tornam-se centro de prazer para o bebê. Sua primeira ligação afetiva é com o que lhe proporciona prazer na boca, geralmente sua mãe. Estágio Anal: de 1 a 3 anos Na medida em que prossegue o processo de maturação a parte inferior do tronco torna-se mais desenvolvida, e mais sob controle voluntário, o bebê torna-se cada vez mais sensível na região anal e começa a conseguir prazer nos movimentos dos intestinos. Essas duas forças em conjunto, ajudam a levar o centro da energia sexual na zona erógena oral para o anal. De acordo com Freud, a criança passaria pela fase anal sem cicatrizes, caso seus pais lhe permitissem suficiente prazer e exploração anal. Estágio Fálico: 3 a 5 anos (1º parte) Com aproximadamente 3 ou 4 anos de idade há outra mudança da região anal para a zona erógena genital. Novamente há uma base maturacional para a mudança; só nesta época a criança começa a ter sensações de prazer com a estimulação da área genital. Um sinal deste aumento de prazer genital é que as crianças de ambos os sexos, muito naturalmente, começam a se masturbar nesta idade. De acordo com Freud, o evento mais importante durante o estágio é o denominado conflito edipiano. Ele descreve a sequência de eventos mais completamente para os meninos do que para as meninas. Estágio Fálico: 3 a 5 anos (2º parte) A teoria sugere que primeiro o menino torna-se intuitivamente consciente de sua mãe como um objeto sexual. Como isso ocorre, precisamente, não é explicado por completo, mas o ponto importante é que o menino de aproximadamente 4 anos começa a ter um tipo de ligação sexual com sua mãe e considera seu pai como um rival. O pai dorme com sua mãe, abraça-a e beija-a e geralmente tem acesso ao corpo dela de um modo que ele não tem. O menino também vê seu pai como uma figura poderosa e ameaçadora, com poder de castrá-lo. O menino fica entre o desejo de possuir a mãe e o medo do poder de seu pai. Estágio Fálico: 3 a 5 anos (3º parte) O resultado desse conflito é a ansiedade. Na visão de Freud, o menino responde com um processo denominado de identificação. Tentando tornar-se tão parecido quanto possível com seu pai, o menino pode sentir que ele também tem algum poder de seu pai. Freud fala do processo de identificação como sendo a incorporação das qualidades do pai. É este pai interno, com seus valores e julgamento moral, que forma parte do superego ou consciência da criança. Estágio Fálico: 3 a 5 anos (4º parte) Supõe-se que ocorra um processo paralelo nas meninas, embora nem Freud, nem seus seguidores tenham sido capazes de explicar como ocorre. Supostamente, a menina vê sua mãe como uma rival sexual nas atenções de seu pai, mas o medo que ela sente de sua mãe é menor. Como resultado, considerando que a ansiedade da menina é mais fraca, sua identificação também é supostamente mais fraca. A resolução bem sucedida da crise edipiana, com a identificação com o pai adequado, é crítica para o desenvolvimento saudável. Qualquer condição familiar que tenda a alterar o processo de identificação pode criar problemas reais.. Estágio da Latência: 6 a 12 anos Freud considerava que depois do estágio fálico havia um tipo do período de descanso antes da ocorrência de uma nova etapa de desenvolvimento sexual. A criança tinha, presumivelmente, atingido uma resolução preliminar da crise edipiana e depois havia um tipo de calmaria após a tempestade. A criança também começa a escolarização durante este período e as novas atividades absorvem suas energias quase que totalmente. Durante esses anos, a interação com outras crianças é quase exclusivamente com membros do mesmo sexo. A identificação com o pai do mesmo sexo, que se dá ao fim do estágio fálico, é seguida por um longo período durante o qual a identificação e interação estende-se aos outros indivíduos do mesmo sexual. Na perspectiva de Freud, o único desenvolvimento significativo deste período é o surgimento de novos mecanismos de defesa. Estágio Genital: 12 a 18 anos As mudanças hormonais e nos órgãos genitais que ocorrem durante a puberdade redespertam a energia sexual, e durante esse período surge uma forma mais madura de ligação sexual. Desde o início deste período, os objetos sexuais do individuo são pessoas do sexo oposto. Freud coloca certa ênfase no fato de que nem todos atravessam esse período até atingir um ponto de amor heterossexual maduro. Algumas pessoas que não foram bem sucedidas na resolução da crise edipiana podem ter identificações confusas que afetam sua habilidade de enfrentar o reaparecimento das energias sexuais durante a adolescência. Outras não tiveram um estágio oral satisfatório e assim não tem os alicerces de um relacionamento amoroso. Tudo isso interferirá na completa resolução dos conflitos da puberdade. Mecanismos de Defesa Recalque: São ideias, sentimentos e desejos que se encontram no inconsciente de uma pessoa, mas não se percebe sua interferência em sua vida psíquica, causando-lhe transtorno do comportamento. Repressão: é o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos e frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente; o que é desagradável é, assim, esquecido. Mecanismos de Defesa Formação reativa: consiste em ostentar um procedimento e externar sentimentos opostos aos impulsos verdadeiros, indesejados. Projeção: consiste em atribuir a outros as idéias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas. Mecanismos de Defesa Regressão: consiste em a pessoa retornar a comportamentos imaturos, característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou. Fixação: é um congelamento no desenvolvimento, que é impedido de continuar. Uma parte da libido permanece ligada a um determinado estágio do desenvolvimento e não permite que a criança passe completamente para o próximo estádio. A fixação está relacionada com a regressão, uma vez que a probabilidade de uma regressão a um determinado estádio do desenvolvimento aumenta se a pessoa desenvolveu uma fixação nesse estádio. Mecanismos de Defesa Deslocamento: é o processo pelo qual agressões ou outros impulsos indesejáveis, não podendo ser direcionados à(s) pessoa(s) a que se referem, são direcionadas a terceiros. Identificação: é o processo pelo qual um indivíduo assimila um aspecto, uma característica de outro. Uma forma especial de identificação é a identificação com o agressor. Mecanismos de Defesa Sublimação: é a satisfação de um impulso inaceitável através de um comportamento socialmente aceito. Os mecanismos de defesa são essenciais para o bom funcionamento da vida psíquica. Eles iniciam sua trajetória na infância, diante dos dilemas da sexualidade infantil. Transferência Freud afirmou que a ligação emocional que o paciente desenvolvia em relação ao analista representava a transferência do relacionamento que o paciente havia tido com seus pais e que o paciente inconscientemente projetava no analista. A ansiedade Ansiedade objetiva: surge do medo dos perigos reais. Ansiedade neurótica: surge diante do reconhecimento dos perigos potenciais inerentes à satisfação do id. Ansiedade moral: surge do medo da consciência.
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