PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO COCAL DO SUL
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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO COCAL DO SUL
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO COCAL DO SUL COCAL DO SUL MAIO, 2015 ADEMIR MAGAGNIN Prefeito Municipal CIRLENE GONÇALVES SCARPATO Vice-Prefeita RAQUEL ROMAGNA QUAREZEMIN Secretária de Educação, Esporte e Cultura COMISSÃO DE ACOMPANHEMENTO E AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE COCAL DO SUL Ana Paula Teixeira Cechinel - coordenadora da equipe de trabalho do PME. Diego da Silveira Fernando, Júlia Cardoso Teixeira e Luciano Antunes, representantes da equipe técnica do PME. Janaina Zacaron e Luciane Idêne dos Santos Rosso Leal, representantes da Secretaria de Educação, Esporte e Cultura. Glória Maria Mazucco, representante do Conselho Municipal de Educação. Adriana Cancellier, representante dos gestores municipais, estaduais e particulares. Emanuel de Oliveira, representante do Fórum Municipal de Educação. Ângela Maria Mendes Anjo, Roseny Cittadin Barbosa e Luiz Henrique de Bittencourt, representantes da Câmara Municipal de Vereadores; Maria Aparecida do Livramento, representante do Conselho Tutelar; kênia da Silva, representante do conselho FUNDEB; Marlene Cancellier Nunes, representante do Sindicato dos Servidores Públicos (SISERP); Rosana Aparecida Bez Birolo Alano e Daiane Justino, representantes da educação infantil; Tatiane Périco Sazan e Tamires Francisco, representantes do ensino fundamental. karla Scarpato Possamai Della e Barbara Libia Stackoski, representantes do ensino médio; Vilmar Menegon Bristot e Mirela Zaccaron, representantes do ensino profissional técnico de nível médio; Andréia de Lima e Diana Morona, representantes do ensino superior; José Adelino Feltrin e Marenir Santa Helena, representantes da educação de jovens e adultos; Juliana Idêne dos Santos e Iliete Vieira Goularte, representantes da educação especial; Olvilene Bez Fontana, Juliane Zanette, Charlene Cardoso, Susimary Teresinha do Amaral Galatto, Marivalda Wasielevski de Costa e Bárbara Frasson Cardozo, representantes da educação indígena, quilombola e do campo; Janaína da Soler Magnus e Fabiano Bolsoni Francisco, representantes da gestão democrática e financiamento; Elaine Corrêa e Gislene de Fáveri Marcelino, representantes da valorização dos profissionais da educação. COLABORADORES Adair de Oliveira Adriana de Bona Ghisi Adriana da Soler Alcimere Rezin Vicente Alexandra Possamai Della Aline Acácio Andréia Cristina Jeronymo Andresa Maragno Ângela Maria do Livramento Anice Búrigo Custódio Anne Meire da Silva Aparecida Ignacio Bárbara Zucchinali Carlos Magno Kucera Tavares Celíria Antunes de Medeiros Cheila Dussioni Jung Cláudia Francisco Daniela Dal Pont Vier Denise Leopoldo Dilencir L.B. Ridieri Dilvania C. F. Macalossi Djene Eire Silveira. Brolesi Edenilson Rodrigues Ediana Hoffman Maximiano Elaine Just Elisangêla M.M. Daminelli Fabiane Tartari Fátima Cologne Gabriela Jung Glauci Pagnan Darolt Greice Toretti Borges Irene Fabris Isaura Calduro Jamile Ramos Bonetti João Fabricio Somariva João Pessoa Josiane Custodio de Souza Julia Maccari Espindola Juliana Machado Karina Donadel Karina Gregório Kenia Cucker Ribeiro Kenia Custódio Laércio de Costa Lair Gregório Luana A. Fidelis Luciana Borges Luciana Cancellier de Lorenzi Luciana Galli Ribeiro Simplicio Luciane Menegasso Magda da Silva Márcia Colombo Maria Alitéia dos Santos Zabot Maria Cristina Bosa Maria das Graças Medeiros Maria de Lourdes Dajori Maria Emília Francio Maria José Bosa Maria Luciana Vieira Mariane Melo Rosa Michele Baum Mirian Feltrin Rafael Mirlane Ghisi Mônica Galatto Neura Bez Fontana Olvilene Bez Fontana Priscila Inocente Priscila Miranda Rita Quarezemin Rosane Cittadin Rosilene Cipriano Barbosa Sandra Alves Sandra Bez Batti Sandra Fontanela Sandra Mondardo Simone Martins da Silva Suelen dos Santos Suzana Lucia Amboni Taise Petronilho Tamires Inocente Tânia Galli Tatiane Tavares Flor Jung Tatiane Vicente Thais Olivier Vanessa Mussói Garcia Viviane Durante ASSESSORIA Maria Helena da Silva Meller AVALIADORES EDUCACIONAIS TÉCNICOS Édna Corrêa Batistotti e João Carlos da Gama MEC/SASE/SED/Undime Eliana Francisco Dal-Toé e Nadir Peixer da Silva MEC/SASE/SED/Undime LISTA DE FIGURAS Figura 1 – População total residente no Munícipio – 2009 a 2012 ............................ 18 Figura 2 – População por grupo de idade – 2002 e 2012 ......................................... 18 Figura 3 – Produto Interno Bruto do município - 2011............................................... 19 Figura 4 – Matrículas por dependência administrativa – educação básica. .............. 22 Figura 5 – Evolução do total de matrículas na educação básica em Cocal do Sul. .. 22 Figura 6 – Total de matrículas na educação básica em Cocal do Sul, por dependência administrativa – 2010 a 2013 ............................................................... 23 Figura 7 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - educação infantil - creche .......................................................................................................... 24 Figura 8 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - educação infantil – pré-escola ................................................................................................... 25 Figura 9 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - ensino fundamental - anos iniciais e finais............................................................................ 26 Figura 10 – Taxa de aprovação no ensino fundamental - 1º ao 5º ano por dependência administrativa - 2005, 2007, 2009, 2011 .............................................. 27 Figura 11 – Taxa de aprovação no ensino fundamental - 6º ao 9º ano por dependência administrativa - 2005, 2007, 2009, 2011 .............................................. 28 Figura 12 – Taxa de Distorção idade/ano no Ensino Fundamental - 1º ao 5º ano por dependência administrativa 2009 - 2012 ................................................................... 29 Figura 13 – Taxa de Distorção idade/série no Ensino Fundamental - 6º ao 9º ano por dependência administrativa 2009 - 2012 ................................................................... 29 Figura 14 – Taxa de evasão no ensino fundamental anos iniciais - 2010 a 2013 ..... 30 Figura 15 – Taxa de evasão no ensino fundamental anos finais - 2010 a 2013........ 31 Figura 16 - Matricula Inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - ensino médio ........................................................................................................................ 32 Figura 17 – Taxa de aprovação no ensino fundamental - ensino médio - 2010 a 2012 .................................................................................................................................. 33 Figura 18 – Taxa de evasão no ensino médio - 2010 a 2013 ................................... 33 Figura 19 – Taxa de Distorção idade/série no ensino médio por dependência administrativa 2009 - 2012 ........................................................................................ 34 Figura 20 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 educação de jovens e adultos ................................................................................... 36 Figura 21 - Matricula Inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 educação especial..................................................................................................... 38 Figura 22 - Percentual de matrículas em estabelecimentos escolares públicos com matrículas em tempo integral – Cocal do Sul – 2011 a 2013 .................................... 40 Figura 23 - Percentual de estabelecimentos escolares públicos com matrículas em tempo integral – Cocal do Sul – 2011 a 2013 ........................................................... 40 Figura 24 – Porcentagem de professores da educação básica com curso superior 2008 - 2013 ............................................................................................................... 41 Figura 25 – Porcentagem de professores da educação infantil com curso superior 2008 - 2013 ............................................................................................................... 42 Figura 26 – Porcentagem de professores do ensino fundamental com curso superior - 2008 - 2013 ............................................................................................................. 42 Figura 27 – Porcentagem de professores do ensino médio com curso superior 2008 2013 .......................................................................................................................... 43 Figura 28 – Porcentagem de professores dos anos finais do fundamental com licenciatura na área que atuam. ................................................................................ 43 Figura 29 - Nota do IDEB anos iniciais do ensino fundamental – 2007, 2009, 2011 e 2013 .......................................................................................................................... 45 Figura 30 - Nota do IDEB anos finais do ensino fundamental – 2007, 2009, 2011 e 2013 .......................................................................................................................... 45 Figura 31 - Nota do IDEB anos iniciais por escolas – 2007, 2009, 2011 e 2013 ....... 46 Figura 32 - Nota do IDEB anos finais por escolas – 2007, 2009, 2011 e 2013 ......... 46 Figura 33 - Matrícula inicial por dependência administrativa total - 2014 - ensino superior ..................................................................................................................... 47 LISTA DE TABELAS Tabela 1- População residente por situação de domicílio ......................................... 19 Tabela 2 – Índice de desenvolvimento humano e taxa de analfabetismo do município - 2010 ........................................................................................................................ 20 Tabela 3 – Taxa/quantidade de analfabetismo por grupo de idade do município – 2000 e 2010 .............................................................................................................. 20 Tabela 4 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 - educação infantil - creche ............ 24 Tabela 5 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 - educação infantil – pré-escola...... 24 Tabela 6 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 – ensino fundamental – anos iniciais e finais ....................................................................................................................... 26 Tabela 7 – Matrícula Inicial Total – 2010 a 2013 – Ensino Médio ............................. 32 Tabela 8 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 – educação especial....................... 38 Tabela 9 – Investimentos na educação básica para o período de 2014 à 2017 por meio do programa educação e cidadania. ................................................................ 49 Tabela 10 – Acompanhamento das receitas para a educação no período de 2011 a 2013. ......................................................................................................................... 50 Tabela 11– Médias do IDEB/SC para e Educação Básica – 2015, 2017, 2019 e 2021 .................................................................................................................................. 70 LISTA DE SIGLAS AEE – Atendimento Educacional Especializado AIS – Áreas de Interesse Social APP – Associação de Pais e Professores CAE – Conselho de Alimentação Escolar CAQI - Custo Estudante Qualidade inicial CAQ - Custo Estudante Qualidade CF – Constituição Federal CNE – Conselho Nacional de Educação COMECS – Conselho Municipal de Educação de Cocal do Sul CONAE – Conferência Nacional de Educação ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente EJA – Educação de Jovens e Adultos FME – Fórum Municipal de Educação FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério IBGE – Instituto de Geografia e Estatística ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IDEB – Índice de Desenvolvimento de Educação Básica IDH – Índice de Desenvolvimento Humano IDI – Índice de Desenvolvimento Infantil IES - Instituto de Ensino Superior INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira LC – Lei Complementer LDB – Lei de Diretrizes e Bases LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA – Orçamento Anual MEC – Ministério da Educação PEE – Plano Estadual de Educação PIB – Produto Interno Bruto PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar PNATE – Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar PMCS – Prefeitura Municipal de Cocal do Sul PME – Plano Municipal de Educação PNE – Plano Nacional de Educação PPA– Plano Plurianual RME – Rede Municipal de Ensino RPL- Reunião Propositiva Local SED – Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica SAEDE – Serviço de Atendimento Educacional Especializado SASE – Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino SEECCS – Secretaria de Educação, Esporte e Cultura de Cocal do Sul UNDIME– União dos Dirigentes Municipais de Educação UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura APRESENTAÇÃO O Plano Municipal de Educação - PME é uma política educacional. Um conjunto de reflexões, de intenções e de ações que respondem à demandas reais da educação no município, centradas em metas e estratégias de curto, médio e longo prazo. O PME objetiva proporcionar educação com qualidade e responsabilidade social, erradicar o analfabetismo, ampliar o nível de escolaridade da população, propiciar a qualificação e valorização dos profissionais da educação, assim como assegurar a democratização da gestão do ensino público, visando excelência na educação. A construção desse PME, para a cidade de Cocal do Sul, significa um grande avanço, por se tratar de uma Política de Estado e não somente uma Política de Governo. A sua aprovação pelo poder legislativo, sancionada pelo chefe do executivo, transforma-o em lei municipal e confere-lhe o poder de ultrapassar diferentes gestões, oferecendo educacionais municipais. condições de continuidade nas políticas SUMÁRIO HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ......... 14 DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ......................................... 15 DIAGNÓSTICO DEMOGRÁFICO, SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DE COCAL DO SUL ....................................................................................................... 16 NÍVEIS, ETAPAS E MODALIDADES DA EDUCAÇÃO ...................................... 20 Educação Básica ....................................................................................... 21 Etapas da educação básica .................................................................. 23 Educação infantil ............................................................................ 23 Ensino Fundamental ...................................................................... 25 Ensino Médio.................................................................................. 31 Modalidades da educação básica ......................................................... 34 Ensino Profissional Técnico de Nível Médio................................... 34 Educação de jovens, adultos e idosos ........................................... 35 Educação Especial ......................................................................... 36 Educação Indígena, Quilombola e do Campo ................................ 39 Educação em Tempo Integral ................................................................... 39 Profissionais da Educação Básica ........................................................... 41 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ................................... 44 Educação Superior .................................................................................... 46 GESTÃO DEMOCRÁTICA ................................................................................. 47 FINANCIAMENTO .............................................................................................. 49 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO ............................................................... 51 METAS E ESTRATÉGIAS – PME – COCAL DO SUL ............................................. 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 100 14 HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO O Plano Municipal de Educação de Cocal do Sul foi construído de maneira democrática e participativa, contemplando todos os níveis e modalidades de ensino, por meio de uma política educacional, com a participação da sociedade civil e governamental. Vale ressaltar que no ano de 2000, a Administração Municipal de Cocal do Sul, por meio da Secretaria de Educação, Esporte e Cultura iniciou o processo de elaboração do Plano Decenal de Educação para o período de 2001 a 2010, porém o mesmo não foi encaminhado ao Poder Legislativo para aprovação. Com a criação da Lei 13.005/14 de 25 de junho de 2014 que aprova o Plano Nacional de Educação, iniciou-se a construção de um novo PME para o município de Cocal do Sul. A lei reforça a elaboração dos Planos Estaduais e Municipais, em consonância com o Plano Nacional, os quais devem compor um conjunto integrado e articulado. Em julho de 2014 aconteceu a mobilização da sociedade civil e governamental, com amplo debate sobre a referida Lei, e na oportunidade foram formadas as comissões, subcomissões e a equipe técnica para a elaboração do PME. Em novembro do mesmo ano a comissão do PME realizou a sistematização do documento preliminar e o mesmo foi apresentado, nas instituições de educação do município, em fevereiro de 2015. No dia 19 de maio do corrente ano, aconteceu a plenária de aprovação do documento final com a participação da sociedade civil e governamental. Na sequência, o documento foi encaminhado ao Poder Executivo, para elaboração do Projeto de Lei, e consequentemente ao Poder Legislativo para aprovação. Ao todo este PME conta com 19 (dezenove) metas e suas respectivas estratégias, as quais visam à elevação global do nível de escolaridade da população, a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis e modalidades, a redução das desigualdades sociais e regionais, o acesso e a permanência na educação pública, a valorização dos profissionais da educação e a democratização da gestão do ensino público. 15 DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO São diretrizes do PME: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – superação das desigualdades educacionais; IV – melhoria da qualidade do ensino; V – formação para o trabalho; VI – promoção da sustentabilidade sócio-ambiental; VII – promoção humanística, científica e tecnológica do país; VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto; IX – valorização dos profissionais da educação; X – difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. 16 DIAGNÓSTICO DEMOGRÁFICO, SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DE COCAL DO SUL O município de Cocal do Sul está localizado na região sul, na microrregião de Criciúma, a 203 km da capital de Florianópolis, a 58 m acima do nível do mar. Os principais rios são: Cocal e Tigre. O solo se divide em arenoso e argiloso e as rochas existentes em maior abundância são as Magmáticas (granito). O município tem como cidades limítrofes: Criciúma, Urussanga, Morro da Fumaça, Pedras Grandes e Siderópolis. Possui uma área territorial de 71,127 km². Segundo o IBGE de 2010, a população de Cocal do Sul é composta de aproximadamente 16 mil habitantes. A colonização está absolutamente ligada à chegada de inúmeras famílias oriundas da Itália, Polônia, Alemanha e Rússia, por volta de 1880. A vila de Cocal viria a se formar logo após, em 1885, com a comunidade pertencente ao núcleo Accioly de Vasconcelos. O nome Rio Cocal foi a primeira denominação dada à localidade. Ela partiu dos próprios colonizadores, que notaram a existência do principal rio que banha Cocal. A margem era repleta de coqueiros nativos que se espalhavam por toda a redondeza. Cocal passou a ser distrito do município de Urussanga em 02 de janeiro de 1904, por meio da resolução 15 da Câmara de Vereadores. Em 26 de setembro de 1991, aconteceu a emancipação do município, o qual passou a se denominar Cocal do Sul, em razão da existência do município de Cocal em outro Estado. Com relação à economia, Cocal do Sul teve por muito tempo a sua base voltada para a agricultura. A primeira indústria surgiu em 1883. Era um moinho para fazer a farinha, utilizada para a preparação da polenta. Depois vieram outras indústrias, como serrarias, alambiques e engenhos de açúcar grosso. Durante a década de 50, a localidade investia na Cerâmica Cocal. Em 1959, Maximiliano Gaidzinski, investe suas economias na compra da Cerâmica Cocal, conhecida hoje, como Eliane Revestimentos Cerâmicos. A empresa trouxe crescimento acelerado ao município, gerando um número expressivo de empregos. Devido a essa situação, muitas famílias de outras cidades se instalaram em Cocal do Sul para trabalhar na fábrica. 17 No aspecto cultural, a cidade de Cocal do Sul destaca-se na gastronomia, festas religiosas, festival de dança, campeonatos esportivos, exposições de carros antigos, bem como a maior festa da cidade, a CocalFest. No campo educacional, as primeiras escolas formadas no município de Cocal do Sul foram: em 1931, na localidade de Rio Comprudente, a Escola Isolada Professor Giovanni Battain, nome dado em homenagem ao primeiro professor da mesma, que na época era mantida pelo município de Urussanga. A rede estadual de ensino fundou em Cocal no ano de 1933 o Colégio Professor Padre Schuller, hoje Escola de Educação Básica Professor Padre Schuler. Para fomentar a tecnologia na cerâmica, a empresa Eliane Revestimentos Cerâmicos fundou em 1979, o Colégio Maximiliano Gaidzinski, que se destacou no cenário educacional em todo país, como referência na formação de tecnólogos em cerâmica. Com o apogeu da cidade, a demanda por escolas aumentou, sendo assim foi contruida, no ano de 1979, a Instituição de Educação Infantil Cantinho Alegre, localizada no centro da cidade. No ano de 1980 foi inaugurada a Escola de Ensino Fundamental Demétrio Bettiol e o Colégio Cocal, sendo este pertencente a rede privada. Mais tarde, com a construção de duas COHABs (Conjunto habitacional) no Município para atender a demanda dos funcionários da Empresa Eliane, foram criadas outras intuições. No ano de 1983 foi fundada a Instituição de Educação Infantil Fernando de Fáveri, “Pequeno Príncipe”, bairro Jardim Itália. Já em 1984 foram construídas a Instituição de Educação Infantil Maximiliano Gaidzinski “Os Amigos”, situada no bairro Horizonte e a Escola de Educação Básica Professor José Perucchi. Para atender às crianças da zona rural também foram construídas as Escolas Isoladas: Rio Galo, Linha Tigre, Pedro Galatto, Rio Perso e Linha Espanhola. Porém com o passar do tempo aconteceu a nucleação das instituições de ensino e as mesmas foram extintas, sendo que os alunos que nelas estudavam foram matriculados nas escolas da zona urbana. Com o a expansão do setor econômico e a inserção da mulher no mercado de trabalho, surgiu à necessidade de construção de creches e outras escolas, por isso foram construídas a IEI Octávia Búrigo Gaidizinski “Morada da Alegria”, IEI Professora Maria Nunes Trichês “Recanto Feliz”, Escola Reunida União, que em 2009 foi transformada em creche, passando a se chamar, IEI Helena Savi, IEI Lenita Isabel da Silva, EEF Cristo Rei. 18 O município possui ainda a EEB Francisca de Oliveira Búrigo, mantida pelo governo estadual, uma escola de educação especial, CALA/APAE Luzes do Amanhã e o Campus de ensino superior, UNIBAVE. Segundo o DATASUS, o município de Cocal do Sul ampliou em 9,94% sua população entre os anos de 2002 e 2012, no mesmo período o estado apresentou um crescimento populacional de 15,48%. Com relação à população residente no município por faixa etária (Conforme Figura 2), o segmento etário de 0 a 4 anos e 5 a 9 anos reduziu em 34,17% e 35,86 % respectivamente. A faixa etária de 10 a 14 anos e 15 a 19 anos também teve sua população reduzida em 22,54% e 10,68%. A população na faixa etária acima de 20 anos exibiu um crescimento de 32,48% ao ano. Figura 1 – População total residente no Munícipio – 2009 a 2012 16000 15000 15306 15159 15327 15512 14109 14000 POPULAÇÃ O TOTAL 13000 12000 2002 2009 2010 2011 2012 Fonte: DATASUS Figura 2 – População por grupo de idade – 2002 e 2012 11353 12000 10000 8569 8000 6000 2002 4000 2012 2000 1147 755 1372 880 14681137 1553 1387 0 0 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos Fonte: DATASUS 15 a 19 anos 20 anos e mais 19 O município de Cocal do Sul não apresentou crescimento significativo com relação a proporção de população urbana e rural, conforme observa-se na tabela 1. Tabela 1- População residente por situação de domicílio Ano 2000 2010 Urbana 11407 12696 Rural 2319 2463 Fonte: IBGE Em 2011, segundo o DATASUS, o Produto Interno Bruto do município obteve um total de R$476.304,30. Desse montante, a estrutura econômica demonstrou a participação expressiva do setor da indústria, que respondia por 49% do PIB, logo a seguir apareceu o setor de serviços com 31% do PIB, de acordo com o Figura 3. Figura 3 – Produto Interno Bruto do município - 2011 1% 10% 9% Agropecuária Indústria 49% Serviços Administração Pública Impostos 31% Fonte: DATASUS O município apresentou um aumento no índice de desenvolvimento humano em 2010, desta forma ocupa agora a 128ª posição em relação aos 5.565 municípios do Brasil e 20ª com relação aos municípios do estado de Santa Catarina 20 com um IDH de 0,78. Em 2000 o IDH do município era de 0,695 e ocupava posição 154º. Neste mesmo período o percentual de analfabetismo reduziu em todas as faixas etárias. Tabela 2 – Índice de desenvolvimento humano e taxa de analfabetismo do município - 2010 TAXA DE IDH - Índice de IDI - Índice de ANALFABETISMO (%) desenvolvimento Desenvolvimento População de 15 anos humano Infantil ou mais 0,78 - 2,8 Fonte: IBGE Tabela 3 – Taxa/quantidade de analfabetismo por grupo de idade do município – 2000 e 2010 Faixa População de 15 anos ou mais de 15 a 24 anos de 24 a 39 anos de 40 a 59 anos 60 anos ou mais 2000 ( %) 4,5 1,4 3,2 25,5 2010 (%) 2,8 0,8 1,2 2,5 12,2 2010 hab 343 23 44 107 169 Fonte: IBGE NÍVEIS, ETAPAS E MODALIDADES DA EDUCAÇÃO De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), em seu artigo 21, a educação escolar está dividida em dois níveis: educação básica e educação superior. Desta forma, os próximos tópicos apresentam e analisam os principais indicadores educacionais da educação básica e superior em Santa Catarina, considerando as respectivas etapas e modalidades. 21 Educação Básica A LDB define o tempo de duração e a idade de ingresso na educação básica do Brasil, a partir das Leis nº 11.114/2005 e nº 12.796/2013, ficando organizadas da seguinte forma: a) a educação infantil que compreende a creche (crianças de 0 a 3 anos de idade) e a Pré-escola (crianças de 4 a 5 anos de idade); b) o ensino fundamental com duração de 9 anos e ingresso obrigatório a partir dos 6 anos de idade; c) o ensino médio com duração mínima de 3 anos. A lei nº 12.796/2013 que modifica o Artigo. 4° da LDB altera a obrigatoriedade na educação básica, que deixa de ser somente no ensino fundamental (dos 6 aos 14 anos de idade) e passa a ser obrigatória dos 4 aos 17 anos de idade, compreendendo as seguintes etapas: a) Pré-escola; b) Ensino Fundamental; c) Ensino Médio. O município de Cocal do Sul no ano de 2013, considerando todas as etapas e modalidades da educação básica, registrou um total de 3.258 matrículas. Com base no gráfico 4 observa-se que no ano correspondente, as matrículas, na rede municipal de ensino, compreenderam um total de 56,4% das matriculas registradas em todo o município. O gráfico 6 corrobora com essa informação, pois desde o ano de 2010 a rede municipal já apresentava esse percentual. O gráfico 5 demonstra uma tendência nacional que revela diminuição do número de matrículas. 22 Figura 4 – Matrículas por dependência administrativa – educação básica. Total Cocal do Sul: 3258 matrículas 1839 1026 Municipal Estadual 393 Particular Fonte: Censo Escolar/INEP 2013 Figura 5 – Evolução do total de matrículas na educação básica em Cocal do Sul. Matrículas 3.800 3.716 3.698 3.700 3.600 3.520 3.425 3.500 3.409 3.407 3.400 3.258 3.300 3.200 3.100 3.000 2007 2008 2009 2010 Matrículas Fonte: Censo Escolar/INEP 2013 2011 2012 2013 23 Figura 6 – Total de matrículas na educação básica em Cocal do Sul, por dependência administrativa – 2010 a 2013 2500 2000 1759 1857 1921 1839 1500 1222 1096 1002 1026 1000 391 431 439 393 500 0 Municipal Estadual 2010 2011 2012 Particular 2013 Fonte: Censo Escolar/INEP 2013 Etapas da educação básica Educação infantil A educação infantil vive um momento significativo em sua história, o reconhecimento de sua importância para a formação humana. Seu grande desafio é possibilitar que as crianças de zero a cinco anos tenham acesso a uma educação de qualidade em tempo integral e/ou parcial. Atualmente há uma procura significativa por parte dos pais ou responsáveis por vaga em tempo integral na pré-escola. Diante desta situação, em 2014 foi criado o período integral, em algumas escolas, para atender esta demanda. Segundo dados do IBGE 2010, a população infantil de Cocal do Sul é de 991 crianças, sendo que dessas 637 estão na faixa etária de 0 a 3 anos e 354 na faixa etária de 4 a 5 anos. As tabelas 4 e 5 e as figuras 7 e 8 demonstram as matriculas iniciais na educação infantil – creche e pré-ecola, segundo o censo escolar, no período de 2010 a 2013. De acordo com a tabela 4, Cocal do Sul ampliou o acesso à educação infantil, na faixa etária de 0 a 3 anos. As matrículas de 2010 a 2013 demonstraram um aumento de 242,59% de crianças de 0 a 3 anos, que frequentam a escola. Na 24 pré-escola essa estimativa foi diferente, apresentado uma pequena variação no número de matriculas a partir do ano de 2011. Tabela 4 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 - educação infantil - creche ANO TOTAL 2010 54 2011 175 2012 225 2013 185 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Figura 7 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - educação infantil - creche 250 220 200 181 168 150 MUNICIPAL 100 PRIVADA 54 50 0 7 5 4 2010 2011 2012 2013 0 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Tabela 5 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 - educação infantil – pré-escola ANO TOTAL 2010 510 2011 482 2012 487 2013 483 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR 25 Figura 8 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - educação infantil – pré-escola 600 500 495 476 471 468 400 300 MUNICIPAL 200 PRIVADA 100 15 11 11 15 2010 2011 2012 2013 0 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR De acordo com os dados do CENSO/IBGE 2010 e corroborando com os dados de matrículas na educação infantil, o município atende atualmente 29,5% das crianças de 0 a 3 anos e 92,3% das crianças de 4 a 5 anos de idade, residentes em Cocal do Sul. As metas estabelecidas para o ano de 2013 no PNE são respectivamente 27,9% e 87,9%, como se pode ver, o município cumpre as metas estabelecidas pelo PNE. Em contrapartida até o ano de 2024, o PNE estabelece que o munícipio deverá atender 50% das crianças de 0 a 3 anos e até o ano de 2016, 100% das crianças de 4 a 5 anos. É importante acompanhar o índice populacional, realizando um trabalho intersetorial para acompanhamento do número de nascimentos assim como das famílias, advindas de outras cidades, regiões e países, visto que esses números influenciam no planejamento de ações do poder público municipal para a educação infantil. Ensino Fundamental Conforme dados do Inep (Figura 09), as matrículas iniciais de 2013 ficaram assim distribuídas: 1152 na rede municipal, 501 na rede estadual e 74 na rede privada. Observando as matrículas dos anos anteriores (2010, 2011, 2012) conclui-se que o maior número de alunos se concentra na rede municipal. 26 Referente às matrículas iniciais dos anos de 2010 a 2013, verifica-se que houve uma diminuição de alunos na rede estadual e privada, enquanto que a rede municipal manteve-se estável com relação ao número de alunos. A tabela 6 e a figura 9 demonstram as matrículas iniciais no ensino fundamental, séries iniciais e finais, no período de 2010 a 2013. Tabela 6 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 – ensino fundamental – anos iniciais e finais ANO TOTAL 2010 1934 2011 1878 2012 1857 2013 1727 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Figura 9 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - ensino fundamental - anos iniciais e finais 1400 1200 1184 1188 1225 1152 1000 800 661 ESTADUAL 611 548 600 501 MUNICIPAL PRIVADA 400 200 89 79 84 74 0 2010 2011 2012 2013 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Segundo o Censo 2010, 98,8% das crianças da faixa etária do ensino fundamental estão matriculadas em escolas do município, cumprindo dessa forma o que está definido na meta 2 do PNE, a qual estabelece que até o último ano de vigência do plano, 95% das crianças dessa faixa etária devem estar frequentando a escola. 27 Um fator importante no ensino fundamental é a taxa de aprovação. Essa taxa tem como objetivo avaliar a produtividade do sistema educacional em cada série e nível de ensino. A taxa representa a quantidade de alunos aprovados num universo total de 100 alunos, o que indica por exemplo,numa taxa de 92%, oito alunos foram reprovados e consequentemente 92 aprovados. As Figuras 10, 11 apresentam a taxa de aprovação no município por dependência administrativa. As escolas municipais de Cocal do Sul nas séries iniciais e finais do ensino fundamental apresentam como resultado uma oscilação no período de 2005 a 2011. Diferentemente das escolas municipais, as escolas estaduais apresentam uma regularidade na taxa de aprovação nestas mesmas séries. A rede privada apresenta uma alta taxa de aprovação, chegando a aprovar todos os alunos nas séries iniciais no ano de 2011. Figura 10 – Taxa de aprovação no ensino fundamental - 1º ao 5º ano por dependência administrativa - 2005, 2007, 2009, 2011 102 100 97,7 97,4 98 96 94,8 93,7 94 92 98,2 100 98,5 97,9 Estadual Municipal 91,3 Privada 90 88 86 2005 Fonte: MEC/INEP 2007 2009 2011 28 Figura 11 – Taxa de aprovação no ensino fundamental - 6º ao 9º ano por dependência administrativa - 2005, 2007, 2009, 2011 100 98 96 94 92 90 88 86 84 82 80 97,6 95,2 94 94,7 94,4 92,3 89,4 Estadual 89,6 Municipal 85,9 2005 2007 2009 Privada 2011 Fonte: MEC/INEP O índice de reprovação entre as três esferas - municipal, estadual e privada apresenta diferentes resultados, sendo a rede privada a que mais aprova. Conforme dados analisados a reprovação vêm caindo nos últimos anos, especialmente nas séries iniciais. As reprovações podem ser justificadas por diversos fatores, dentre eles pode-se destacar: a fragilidade da educação nacional, que ainda tem muito que melhorar, o desinteresse por parte dos alunos e a falta de comprometimento de alguns educadores. Em decorrência dos resultados de reprovação, muitos alunos, por vezes, ficam com idade inadequada ao ano em que frequentam. No sistema de ensino brasileiro considera-se a idade de 6 anos como adequada para ingresso no ensino fundamental, cuja duração, normalmente, é de 9 anos. Seguindo este raciocínio é possível identificar a idade adequada para cada ano. Esse indicador é conhecido com taxa de distorção idade-série. Ele permite avaliar o percentual de alunos, em cada ano, com idade superior à idade recomendada, ou seja, identificando dessa forma o número de alunos com atraso escolar. Num contexto geral a taxa de distorção do município de Cocal do Sul tem diminuído a cada ano, representando desta forma uma quantidade menor de alunos com atraso escolar, conforme observa-se nas figuras 12 e 13. 29 Figura 12 – Taxa de distorção idade/ano no ensino fundamental - 1º ao 5º ano por dependência administrativa 2009 - 2012 9 8 8 7 7 6 6 5 5 4 Estadual 4 4 Municipal 3 3 2 2 Particular 1 1 0 0 0 0 2009 2010 2011 2012 Fonte: MEC/INEP Figura 13 – Taxa de distorção idade/série no ensino fundamental - 6º ao 9º ano por dependência administrativa 2009 - 2012 20 18 19 17 17 15 16 15 14 14 12 12 11 Estadual 10 Municipal 8 Particular 6 3 4 3 2 0 0 0 2009 2010 2011 2012 Fonte: MEC/INEP Verifica-se que na medida em que aumentam os anos de estudo, aumenta a distorção idade-série cursada, sobretudo nas redes municipal e estadual (Figuras 12 e 13). No que se refere à taxa de distorção idade/série, ocorreu uma diminuição significativa no período de 2009 a 2012 nas séries iniciais. 30 A menor taxa de distorção ocorreu na rede particular. Cabe salientar que a maior taxa de distorção idade-série ocorre nas séries finais e na rede estadual. Outra taxa importante na educação é a evasão escolar. Ela é um dos parâmetros que constituem o índice de taxa de rendimento da educação. A evasão corresponde ao abandono da escola por parte do aluno. O município de Cocal do Sul apresenta um baixo índice de evasão escolar, principalmente no que se refere ao ensino fundamental, conforme observa-se nas figuras 14 e 15. No tocante, às taxas de evasão e os índices mostram que o percentual de alunos que abandonam é baixo. Entretanto, se analisados os dados das figuras 14 e 15, a taxa de evasão teve um pequeno aumento, principalmente nas séries finais nos anos de 2010 a 2013. Os dados revelam que há necessidade de prosseguir trabalhando pela redução das taxas de distorção e evasão. Figura 14 – Taxa de evasão no ensino fundamental anos iniciais - 2010 a 2013 0,35 0,3 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 0,1 0,1 0,05 0 0 2010 2011 2012 Porcentagem de Evasão Fonte: MEC/INEP 2013 31 Figura 15 – Taxa de evasão no ensino fundamental anos finais - 2010 a 2013 1,8 1,6 1,6 1,4 1,2 1 1 0,8 0,6 0,4 0,4 0,2 0,2 0 2010 2011 2012 2013 Porcentagem de Evasão Fonte: MEC/INEP Ensino Médio No município de Cocal do Sul há 03 escolas que oferecem ensino médio, o Instituto Maximiliano Gaidzinski, a Escola de Educação Básica Professor Padre Schuler, e a Escola de Educação Básica Francisca de Oliveira Martins, sendo que a primeira pertence à rede privada e as duas últimas respectivamente pertencem à rede estadual de ensino. No ano de 2013 as escolas privadas matricularam 232 alunos e obtiveram um percentual de aprovação de 85,4%. As escolas estaduais matricularam 508 alunos com um índice de aprovação de 89,4%. Com base nas discussões de assembleias de pais, reuniões com APPs e CDEs e de reelaboração de PPPs com a coordenação pedagógica, sintetizou-se que hoje dentre as dificuldades mais comprometedoras, existentes no sistema de ensino destacam-se: a falta de interesse dos alunos, o cansaço devido a jornada de trabalho e a falta de comprometimento dos pais. Outros fatores que comprometem o 32 sistema de ensino são: A alta rotatividade de professores ACTs, e a falta de ética profissional. Entretanto, percebe-se uma grande melhora no que diz respeito à estrutura dos prédios de ensino; as escolas estaduais foram totalmente reformadas, há adequação do número de alunos por tamanho das salas de aula, as salas de aula são climatizadas em sua maioria, o material didático é de boa qualidade e há vaga suficiente para todos os alunos. A tabela 7 e a figura 16 ilustram a quantidade de matrículas no ensino médio no município. Esses números correspondem que 82,6% dos adolescentes de Cocal do Sul frequentam o ensino médio. O município ainda não alcançou a meta estabelecida pelo PNE que é de 85% até o último ano de vigência. Tabela 7 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 – ensino médio ANO TOTAL 2010 807 2011 732 2012 705 2013 740 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Figura 16 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 - ensino médio 600 557 508 476 500 454 400 300 250 256 251 232 ESTADUAL PRIVADA 200 100 0 2010 2011 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR 2012 2013 33 Com relação à taxa de aprovação as escolas de ensino médio de Cocal do Sul apresentaram um crescimento nessa taxa no período de 2010 a 2012 (Figura 17). A rede estadual apresentou um aumento de 12%, enquanto a rede particular obteve um crescimento de 10%. Figura 17 – Taxa de aprovação no ensino fundamental - ensino médio - 2010 a 2012 95 89,4 90 87,4 83,7 85 85,4 81,1 80 Estadual Privada 76,6 75 70 2010 2011 2012 Fonte: MEC/INEP A figura 18 apresenta a taxa de evasão escolar do ensino médio no período de 2010 a 2013. Conforme se observa na figura 18, a evasão vem diminuindo nos últimos anos. Figura 18 – Taxa de evasão no ensino médio - 2010 a 2013 10 8,8 9 8 7 6,2 6 5 4,5 4,3 2012 2013 4 3 2 1 0 2010 2011 Porcentagem de Evasão Fonte: MEC/INEP 34 A figura 19 apresenta a taxa de distorção do ensino médio do município de Cocal do Sul no período de 2009 a 2012. De acordo com essa figura a rede estadual vem diminuindo a distorção idade/série. A rede particular de ensino não apresenta essa taxa. Figura 19 – Taxa de distorção idade/série no ensino médio por dependência administrativa 2009 - 2012 20 18 18 16 16 13 14 12 12 10 Estadual 8 Particular 6 4 2 0 2009 2010 2011 2012 Fonte: MEC/INEP Modalidades da educação básica Ensino Profissional Técnico de Nível Médio O panorama atual do mercado de trabalho encontra-se em constante transformação, o que acarreta uma grande instabilidade, no que se refere às demandas em termos de qualificação profissional. Isto é decorrente das inúmeras e profundas transformações do mundo pós-moderno, causadas principalmente pelo rápido progresso tecnológico. Atualmente, para atender esta demanda o município de Cocal do Sul conta com uma escola de ensino técnico profissionalizante privado, o Colégio Maximiliano Gaidzinski. Além disso, o município conta com parcerias do governo federal, que disponibiliza através do PRONATEC, cursos profissionalizantes. 35 É importante ressaltar que apesar da cidade oferecer cursos técnicos profissionalizantes, uma boa parcela dos que procuram este tipo de formação acabam dando preferência aos cursos oferecidos nas cidades vizinhas, o que é um ponto que deve ser levado em consideração para futuras discussões. Educação de jovens e adultos A Constituição Federal determina como um dos objetivos do Plano Nacional de Educação a integração de ações do poder público, visando à erradicação do analfabetismo. Os déficits do atendimento no ensino fundamental resultaram, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não conseguiram terminar o ensino fundamental obrigatório. Embora tenha ocorrido progresso com relação a essa questão, o número de analfabetos é ainda excessivo no País, com 12,9 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais. O Brasil é o oitavo país do mundo com maior taxa de analfabetismo entre adultos, de acordo com dados do 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Atualmente a EJA em Cocal do Sul acontece em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (SENAI). A figura 20 demonstra as matrículas iniciais na educação de jovens e adultos, segundo o censo escolar no período de 2010 a 2013. 36 Figura 20 - Matrícula inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 educação de jovens e adultos 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 88 74 66 37 2010 PRIVADA 2011 2012 2013 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Educação Especial A educação especial é uma modalidade de ensino que oportuniza as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, a permanência e as aprendizagens significativas na escola, na perspectiva da educação inclusiva. No Brasil, conforme o censo demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, estima-se que 45.623.910 brasileiros possuem algum tipo de deficiência, correspondendo a 23,92% da população, sendo que 1.331.445 estão em Santa Catarina o que corresponde a 21,31%. No município de Cocal do Sul, o atendimento educacional especializado, destinado às pessoas com deficiência é realizado pela rede pública municipal, estadual e organização não governamental nas áreas da escolarização, profissionalização e reabilitação. O atendimento oferecido pela rede estadual se dá por meio de classes regulares e SAEDE. Já na rede municipal, as crianças e adolescentes estão inseridos nas classes regulares e a mesma oferece atendimento educacional especializado, assim como atendimento com a equipe multidisciplinar (psicóloga, fonoaudióloga e psicopedagoga). 37 Há necessidade de políticas intersetoriais, que envolvam o Estado e a União, no repasse de recursos para que o município consiga ampliar a oferta dos atendimentos feitos por essas equipes multidisciplinares, assim como a contratação de mais especialistas. No contexto da organização não governamental, tal como o Centro de Apoio Luzes do Amanhã – CALA/APAE, é disponibilizado os serviços nas áreas de escolarização, profissionalização e inserção ao mercado de trabalho, como também, realiza diagnóstico e acompanhamento às pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. No que se refere à Rede Pública Municipal, esta vem pautando o seu trabalho na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que vem sendo estabelecida na última década, com resultados significativos que demonstram a mudança de paradigma com relação à concepção sobre as pessoas com deficiência, evidenciando a capacidade de aprendizagem acadêmica e o direito de conviver em espaços sociais comuns. Nesse contexto, evidencia-se a importância da educação especial como modalidade que transversaliza os níveis, etapas e demais modalidades de ensino, oportunizando aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso, a permanência e aprendizagem significativa na escola, conforme descreve a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008): “A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.” No que se refere ao atendimento educacional especializado (AEE), a referida política define que: O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. (Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008). 38 A tabela 8 e a figura 21 demonstram as matrículas iniciais na educação especial, segundo o censo escolar no período de 2010 a 2013. Tabela 8 – Matrícula inicial total – 2010 a 2013 – educação especial ANO TOTAL 2010 30 2011 39 2012 43 2013 55 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Figura 21 - Matricula Inicial por dependência administrativa - 2010 a 2013 educação especial 38 40 35 31 30 30 26 25 20 17 15 5 MUNICIPAL 12 9 10 4 0 2010 2011 Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR 2012 ESTADUAL 2013 39 Educação Indígena, Quilombola e do Campo Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar os diferentes grupos e culturas que a constituem. A sociedade brasileira é formada não só por diferentes etnias, como por imigrantes de diferentes países. Além disso, as migrações colocam em contato grupos diferenciados. Sabe-se que as regiões brasileiras têm características culturais bastante diversas e a convivência entre grupos diferenciados nos planos social e cultural muitas vezes é marcada pelo preconceito e pela discriminação. O grande desafio da escola é investir na superação da discriminação e dar a conhecer a riqueza representada pela diversidade cultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade. O município de Cocal do Sul vem crescendo e recebendo imigrantes de todas as partes do Brasil e do Mundo e a educação deve-se adequar a essa nova realidade. Uma educação balizada nas leis e normativas pontua a formação efetivamente básica, inserindo todos os temas sociais, ambientais, culturais históricos de cada grupo étnico. Educação em Tempo Integral Aumentar o tempo do aluno na escola, não significa intensificar os mesmos estudos, mas sim, garantir que as aprendizagens aconteçam em modos diferentes de organização dos tempos e espaços que compõem os processos escolares, superando a maneira discursiva e abstrata presentes na prática escolar. A meta 6 deste PME define: Oferecer educação em tempo integral, em no mínimo, 65% (sessenta e cinco por cento) nas escolas públicas, de forma a atender, pelo menos 40% (quarenta por cento) dos estudantes da educação básica, até o final da vigência do PME. Com base nessa meta estabelecida observa-se o percentual de alunos matriculados no ensino em tempo integral no município nos anos de 2011 a 2013 (Figura 22). Pode-se observar que o percentual alcançado pelo município no ano de 2013 apresentou 6,5%. Esse número está bem distante da meta estabelecida por 40 este plano, que estabelece que 40% dos alunos da educação básica sejam matriculados em tempo integral. A educação infantil na creche foi responsável por 100% das matrículas no ensino em tempo integral. Figura 22 - Percentual de matrículas em estabelecimentos escolares públicos com matrículas em tempo integral – Cocal do Sul – 2011 a 2013 7,60% 6,50% 5,70% 2011 2012 2013 Pública Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR Figura 23 - Percentual de estabelecimentos escolares públicos com matrículas em tempo integral – Cocal do Sul – 2011 a 2013 35,00% 30,80% 30,00% 25% 25,00% 20,00% 16,70% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 2011 2012 Pública Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR 2013 41 A figura 23 apresenta o percentual de escolas municipais públicas que possuem ensino em tempo integral. Em 2013, 30,80% das escolas públicas do município ofereciam ensino em tempo integral. Esse número está bem distante dos 65% estabelecidos como meta para este plano. Com os números apresentados observa-se que o caminho para a obtenção da meta para o ensino em tempo integral, estabelecida nesse plano, será um grande desafio para o município. Profissionais da Educação Básica O PNE estabelece na Meta 15, que todos os professores da educação básica devem possuir ensino superior até o final do ano de 2015. Conforme observase na Figura 24, no ano de 2013, apenas 79,60% do corpo docente da educação básica, do município de Cocal do Sul, possuía ensino superior. Pode-se concluir também, como mostra a figura 25, que nesse mesmo ano a educação infantil é a que apresentou a menor porcentagem de professores com ensino superior, em contrapartida o ensino médio é o que apresentava maior porcentagem (Figura 27), com 97,70% dos professores com ensino superior. Figura 24 – Porcentagem de professores da educação básica com curso superior 2008 - 2013 120,00% 100,00% 95,80% 95,20% 93,40% 93,40% 91% 85,80% 80,00% 79,60% 60,00% 40,00% 20,00% 0,00% 2007 2008 2009 2010 Com superior Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR 2011 2012 2013 42 Figura 25 – Porcentagem de professores da educação infantil com curso superior 2008 - 2013 100,00% 94,90% 88,40% 90,00% 83,80% 81,80% 76% 80,00% 70,00% 60,50% 60,00% 50,00% Ensino Superior 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: MEC/INEP Figura 26 – Porcentagem de professores do ensino fundamental com curso superior - 2007 - 2013 100,00% 96,80% 93% 95,00% 93,30% 93,40% 92,50% 90,00% 88% Ensino Superior 85,00% 82,70% 80,00% 75,00% 2007 2008 Fonte: MEC/INEP 2009 2010 2011 2012 2013 43 Figura 27 – Porcentagem de professores do ensino médio com curso superior 2007 2013 Ensino Superior 102% 100% 100% 100% 98% 97,40% 97,70% 97% 95,20% 96% 93,20% 94% Ensino Superior 92% 90% 88% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: MEC/INEP Outro fator relacionado à meta 15 do PNE refere-se à porcentagem de professores com licenciatura na área que atuam. A meta estabelece que até o ano de 2024 todos os professores devem possuir licenciatura na área. Em Cocal do Sul, no ano de 2013, os docentes com licenciatura na área representavam 55,40%. Figura 28 – Porcentagem de professores dos anos finais do fundamental com licenciatura na área que atuam. 120% 100% 100% 100% 97,10% 96,20% 94,60% 80% Com superior 60% 65,20% 62% 55,40% 40% 39,30% 41,80% 2009 2010 20% 0% Fonte: MEC/INEP 2011 2012 2013 Com licenciatura na área em que atua 44 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica O índice de desenvolvimento da educação básica foi criado pelo INEP em 2007. O IDEB tem como objetivo determinar as condições do ensino no Brasil. Ele adota uma escala de 0 a 10 e este resultado amplia a possibilidade de mobilização da sociedade em favor da educação, uma vez que o índice é comparável nacionalmente e expressa em valores os resultados mais importantes da educação. O cálculo do IDEB é obtido a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do censo escolar, realizado anualmente pelo Inep. As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil (para IDEBs de escolas e municípios) e do SAEB (no caso dos IDEBs dos estados e nacional). Com relação aos números do IDEB para o município de Cocal do Sul, percebe-se que as metas para os anos iniciais do ensino fundamental (Figura 29) vêm sendo alcançadas desde o ano de 2007 até 2013, além de sempre apresentar um crescimento na nota de ano a ano. Observa-se ainda que a nota do município nesse período foi superior a nota do estado. Nos anos finais do ensino fundamental, conforme pode ser observado na Figura 30, o município alcançou a meta estabelecida nos anos de 2007, 2011 e 2013. Relacionando a nota do município com o estado é possível concluir que a nota do ano de 2013 foi bem superior à do estado. Considerando que a meta projetada para o município no ano de 2021 para os anos iniciais e finais do ensino fundamental são respectivamente: 6.6 e 6.2, observa-se que atualmente a meta de 6.6 já foi alcançada em 2013, entretanto a meta 6.2 ainda precisa ser alcançada, pois no ano de 2013 a nota era de 5.2. 45 Figura 29 - Nota do IDEB anos iniciais do ensino fundamental – 2007, 2009, 2011 e 2013 8,00 6,70 7,00 6,00 5,40 5,2 5,10 4,9 5,00 6,00 5,8 6 4,00 Cocal do Sul 3,00 Santa Catarina 2,00 1,00 0,00 2007 2009 2011 2013 Fonte: IDEB Figura 30 - Nota do IDEB anos finais do ensino fundamental – 2007, 2009, 2011 e 2013 5,40 5,20 5,20 5,00 4,9 4,80 4,80 4,80 4,60 Cocal do Sul 4,5 4,5 4,5 4,40 4,40 4,20 4,00 2007 2009 Fonte: IDEB 2011 2013 Santa Catarina 46 Figura 31 - Nota do IDEB anos iniciais por escolas – 2007, 2009, 2011 e 2013 Nota do IDEB anos iniciais 8 7 6 5 4 3 2 1 0 4,95,3 6,4 5,25,2 6 6,1 5 5,2 5,1 5 5,4 6 5,2 2007 0 2009 2011 2013 Fonte: MEC/INEP Figura 32 - Nota do IDEB anos finais por escolas – 2007, 2009, 2011 e 2013 8 7 7 6 5 3,9 4 4,2 4,7 5,15,3 4,2 4,7 4,4 4,9 4,9 4,7 2007 3 2009 2 2011 1 2013 0 EEB P EEB PROFº PE FRANCISCA M DE SCHULER O BURIGO EEF CRISTO REI EEF DEMETRIO BETTIOL Fonte: MEC/INEP Educação Superior Conforme observado na figura 33, constata-se o levantamento dos dados da quantidade de matrículas iniciais em 2014, nas IES da região da AMREC. Conforme os dados coletados, em seis IES da região, existem 706 acadêmicos do município de Cocal do Sul – SC que realizaram matrículas em 2014. Destes 706 acadêmicos tem-se os seguintes percentuais: 11% estudam na SATC, 38% estudam 47 na UNESC, 16% estudam no UNIBAVE (Cocal do Sul e Orleans), 16% estudam na ESUCRI e 19% estudam na UNIASSELVI. Durante o levantamento dos dados referentes às matrículas, não foi possível obter a quantidade de acadêmicos do Município, que estudam na UNISUL e demais instituições, como por exemplo, a UFSC. Dessa forma entende-se que há um número ainda maior de matrículas. Só foram coletados dados das IES da região da AMREC, sendo que existem acadêmicos de Cocal do Sul, matriculados em IES públicas e privadas de outras cidades e estados. Por isso não há como fornecer um percentual mais fidedigno de acadêmicos matriculados em relação à população de Cocal do Sul- SC. A figura 31 demonstra as matrículas iniciais no ensino superior segundo o censo escolar no ano de 2014. Figura 33 - Matrícula inicial por dependência administrativa total - 2014 - ensino superior Matrícula Inicial por Dependência Administrativa - 2014 - Ensino Superior [] [] [] [] SATC UNESC UNIBAVE ORLEANS [] [] UNIBAVE COCAL [] [] [] [] ESUCRI UNIASSELVI [] [] Fonte: INEP/CENSO ESCOLAR GESTÃO DEMOCRÁTICA Para qualificar a gestão democrática, no contexto educacional da educação básica, são necessários o fortalecimento e a participação de todos os segmentos de instâncias colegiadas, como o conselho escolar, a associação de pais e professores e o grêmio estudantil, cujas ações nortearão os princípios e 48 encaminhamentos do projeto político pedagógico de cada unidade escolar, buscando a autonomia, a representatividade social e a formação da cidadania de seus componentes. Na educação superior esta representatividade realiza-se por meio de conselho universitário e nos diretórios acadêmicos. Outro aspecto importante da gestão democrática está relacionado ao provimento do cargo de diretor. A aprovação do Decreto nº 1.794/2013, que dispõe sobre a gestão escolar da educação básica e profissional na rede pública estadual, representa um avanço significativo, pois é um instrumento legal, possibilitador de mudança de paradigma de gestão nas escolas da rede estadual, valorizando a participação da comunidade escolar nos processos de planejamento e decisão, no aperfeiçoamento da gestão democrática e na transparência das ações pedagógica e administrativa. Para isso, o Plano de Gestão Escolar é um documento fundamental no sentido de planejar a gestão, de submetê-lo à apreciação da comunidade em processo democrático de escolha de direção da escola. Para qualificar a ação dos gestores escolares na perspectiva da gestão democrática, no ano de 2005 teve início em Santa Catarina o Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública. O referido Programa objetiva contribuir com a qualificação do gestor escolar na perspectiva da gestão democrática e da efetivação do direito à educação escolar com qualidade social. Entre os anos de 2007 e 2013, Santa Catarina já havia disponibilizado 2.170 vagas, sendo 950 para curso de especialização em coordenação pedagógica e 1.220 para curso de especialização em gestão escolar. Para 2014 e 2015 estima-se a oferta de 720 vagas para curso de especialização em gestão escolar, sendo 360 da rede estadual e 360 da rede municipal. Em síntese, ainda que a conquista do princípio constitucional da gestão democrática do ensino público tenha representado um passo importante na implementação de políticas públicas, voltadas para a consolidação da gestão democrática, a definição de legislação específica que evidencie o compromisso com o acesso, a permanência e o êxito na aprendizagem dos estudantes catarinenses, segue sendo uma tarefa desafiadora para todos os responsáveis pela educação deste Estado. 49 FINANCIAMENTO A constituição federal de 1988 no Art. 212 define que a união aplicará anualmente, dezoito por cento e os Estados e Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. A partir de 2009 os recursos vinculados a educação foram divididos em três fontes: Fonte do FUNDEB, onde no mínimo 60% devem ser gastos com profissionais do magistério e representa o maior volume; 5% de transferências de impostos federais para o município. Exemplo: 5% do FPM, ICMS E IPVA. 25% dos impostos arrecadados pelo município. Exemplo: IPTU, ISS, ITBI e IRRF. Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários, como o PNATE e o PNAE. O programa educação e cidadania é um programa que visa atender a educação básica municipal, com as diretrizes e objetivos estabelecidos no plano municipal de educação. Dentre as ações previstas para esse programa segue abaixo o investimento projetado para s período de 2014 a 2017. Tabela 9 – Investimentos na educação básica para o período de 2014 a 2017 por meio do programa educação e cidadania. Ações 1. Ampliação da Rede Física da Educação Básica. 2. Manutenção da Educação Básica. 3. Construção de Quadras Poliesportivas p/ Ed. Física. 4. Transporte Escolar. 5. Merenda Escolar. 6. Construção e Ampliação de Creches. 7. Aquisição de Veículos e Utilitários. 8. Serviços Administrativos da Educação. 9. Manutenção de Outros Níveis de Ensino. Valores R$ 900.000,00 56.200.000,00 420.000,00 6.910.000,00 3.800.000,00 350.000,00 1.700.000,00 3.000.000,00 400.000,00 Total 73.680.000,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Cocal do Sul 50 A tabela 10 mostra os valores do FUNDEB e demais programas para investimentos em educação no período de 2011 a 2013. Tabela 10 – Acompanhamento das receitas para a educação no período de 2011 a 2013. Receita 2011 2012 2013 4.344.785,00 4.990.870,53 5.853.771,86 Salário Educação 381.141,63 490.349,97 312.996,94 PNAE 108.780,00 141.588,00 168.300,00 PNATE 39.229,41 49.883,36 42.437,70 342.378,44 1.273.742,81 70.336,61 2.791.588,52 3.063.594,93 3.281.533,55 FUNDEB Convênio/ Operação Crédito Municipal 5 e 25% Fonte: Prefeitura Municipal de Cocal do Sul Valorização dos profissionais da educação Observa-se, nos últimos anos, o esforço nacional na elaboração e aplicação de leis, diretrizes e políticas públicas, voltadas para a valorização dos profissionais da educação, com o objetivo de atender suas necessidades e consequentemente, melhorar a qualidade de ensino. Um exemplo disso foi o disposto na Resolução CNE/CEB nº 5/2010, que fixa as Diretrizes Nacionais para os planos de carreira e remuneração dos funcionários da educação básica pública, aplicadas aos profissionais descritos no Inciso III, do Artigo 61, da LDB, assim como a Lei nº 11.738/2008, que institui o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. É fundamental reestruturar frequentemente os estatutos e planos de carreira dos sistemas de ensino para garantir o que dispõe LDB o Artigo 67 da: o ingresso exclusivamente por concurso público de provas e título; o piso salarial profissional; progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; período reservado para 51 estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga horária de trabalho, assim como, condições adequadas de trabalho. Outro avanço legal significativo está na alteração do Artigo 61 da LDB, pela Lei nº 12.014/2009, que define como profissionais da educação escolar básica: professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e no ensino fundamental e médio, trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional. Estas leis não darão conta, por si só, de solucionar questões históricas que perpassam a valorização desses profissionais, contudo, “sua implantação contribui, e muito, para que retornem aos quadros da educação pública milhares de professores que se afastaram para exercerem outras profissões mais atraentes do ponto de vista salarial e das condições de trabalho” (BRASIL, 2012f. p. 10). AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO A avaliação é um processo contínuo na medida em que contribui intimamente para o alcance de resultados, portanto será imprescindível para a legitimação e continuidade das políticas definidas neste documento. O Plano Municipal de Educação – PME será acompanhado e avaliado em sua implantação e implementação por meio de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias: Secretaria de educação, esporte e Cultura, Câmara de Vereadores, Comissão do PME, Conselho Municipal de educação e Fórum Municipal de Educação de Cocal do Sul. Faz parte deste acompanhamento a análise e proposição de políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e o cumprimento das metas, bem como a análise e proposição da revisão do percentual de investimento público em educação. O município realizará 2 (duas) conferências municipais de educação, objetivando avaliar a execução deste PME e subsidiar a elaboração do plano municipal de educação para o decênio subsequente. As conferências serão coordenadas pelo FME, em articulação com as conferências estaduais e nacionais. O município atuará em regime de colaboração com o Estado e a União visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias objeto deste Plano, cabendo aos gestores municipais a adoção das medidas governamentais necessárias ao alcance das metas previstas neste PME. 52 METAS E ESTRATÉGIAS – PME – COCAL DO SUL Educação Infantil Meta 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 70% (setenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste documento, em consonância com o PNE. Estratégias 1.1 Definir, em regime de colaboração com o Estado e a União, metas de expansão das respectivas redes públicas de educação infantil, respeitando as leis que amparam a educação, considerando as peculiaridades locais. 1.2 Disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar conforme as leis vigentes, respeitando a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região. 1.3 Ampliar a oferta de matrículas gratuitas, em período integral, com expansão da oferta pública, conforme a necessidade da população. 1.4 Realizar e publicar periodicamente, em regime de colaboração Intersetorial, levantamento da demanda na educação infantil de 0 a 5 anos, como forma de planejar a oferta de vagas no município. 1.5 Estabelecer, no primeiro ano de vigência do PME, normas, procedimentos e prazos para definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creches. 53 1.6 Manter e ampliar em regime de colaboração, respeitadas as normas de acessibilidade, programa de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, objetivando a expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil. 1.7 Implantar, até o segundo ano de vigência do PME, avaliação da educação infantil, articulada entre os setores da educação, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes. 1.8 Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas, que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino e aprendizagem e às teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. 1.9 Fomentar o atendimento das populações do campo, das comunidades indígenas, quilombolas, itinerantes e de outras nacionalidades na educação infantil nas respectivas comunidades, por meio do redimensionamento da distribuição territorial da oferta, limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às especificidades dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada. 1.10 Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica; 1.11 Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação intersetorial, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de idade. 54 1.12 Preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes escolares, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade e a articulação com a etapa escolar seguinte. 1.13 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância. 1.14 Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 (três) anos de idade. 1.15 Estimular o acesso à educação infantil em tempo integral, para as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 1.16 Implementar espaços lúdicos de interatividade, considerando a diversidade étnica, de gênero e sociocultural, adequando esses espaços às crianças com necessidades educativas especiais. 1.17 Avaliar, até o 2º (segundo) ano de vigência desse plano, os dispositivos legais dos respectivos sistemas, que tratam do número de crianças por turma. 1.18 Atualizar as Diretrizes Curriculares Municipais, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, para organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil. 55 Ensino Fundamental Meta 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME. Estratégias 2.1 Pactuar com o Estado e a União, no âmbito da instância permanente de que trata o § 5º do Art. 7º, da Lei no 13.005/2014, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental. 2.2 Criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos alunos do ensino fundamental. 2.3 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como o controle das situações de discriminação, preconceito e violência na escola, visando ao estabelecimento, condições adequadas para o sucesso escolar dos alunos, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude. 2.4 Promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, assim como o acompanhamento e o monitoramento de acesso e permanência na mesma, em parceria com as áreas de saúde, assistência social e proteção à infância, adolescência e juventude. 2.5 Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas. 56 2.6 Disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar conforme as leis vigentes, respeitando a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região. 2.7 Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos alunos dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda, que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural. 2.8 Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias. 2.9 Estimular o atendimento às populações do campo, quilombolas, povos indígenas nômades, garantindo o acesso, permanência e conclusão, bem como a formação de profissionais para atuação junto a essas populações. 2.10 Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantindo a qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante. 2.11 Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos de âmbito municipal, estadual e nacional. 2.12 Promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo nacional. 2.13 Assegurar a renovação, manutenção e criação de bibliotecas, inclusive a biblioteca virtual com equipamentos, espaços e acervos bibliográficos. 57 2.14 Estabelecer programas educacionais que, efetivamente, promovam a correção das distorções idade/ano com qualidade, promovendo ao educando condições de inserção e acompanhamento nos anos posteriores. 2.15 Garantir a implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais, de maneira a assegurar a formação básica comum, respeitando os valores culturais e artísticos nas diferentes etapas e modalidades da educação. 2.16 Garantir a inclusão de pessoas com deficiência nas instituições escolares do ensino regular, com adaptação dos meios físicos e capacitação dos recursos humanos, assegurando o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. 2.17 Avaliar, até o 2º (segundo) ano de vigência desse Plano Municipal de Educação, os dispositivos legais, que tratam do número de alunos por turma. 58 Ensino Médio Meta 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos de idade e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 90% (noventa por cento). Estratégias 3.1 Institucionalizar política e programa estadual para o ensino médio, articulado aos programas nacionais, com garantia dos recursos financeiros, para incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares, estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos, articulados nas múltiplas dimensões humanas. 3.2 Pactuar com o Estado e a União, no âmbito da instância permanente de negociação e cooperação, de que trata o § 5º do art. 7º, da Lei n o 13.005/2014, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino médio. 3.3 Promover a fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a ampliação da prática desportiva, integrada ao currículo escolar. 3.4 Contribuir com a universalização do Exame Nacional do Ensino Médio, fundamentado em matriz de referência do conteúdo curricular do ensino médio e em técnicas estatísticas e psicométricas que permitam comparabilidade de resultados, articulando-o com o Sistema de Avaliação da Educação Básica, e promover sua utilização como instrumento de avaliação sistêmica, para subsidiar políticas públicas para a educação básica, de avaliação certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades adquiridos dentro e fora da escola, e de avaliação classificatória, como critério de acesso à educação superior. 59 3.5 Fomentar a expansão das matrículas de ensino médio na rede pública, integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo, das comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas com deficiência. 3.6 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos jovens beneficiários de programas de transferência de renda, bem como dos sujeitos em situações de discriminação, preconceito e violência, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, buscando a colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude. 3.7 Promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, que estão fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude. 3.8 Fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo, de jovens na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e de adultos, visando à qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar. 3.9 Redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos alunos. 3.10 Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino médio, garantindo a qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se dedicam as atividades de caráter itinerante. 3.11 Implementar políticas de prevenção à evasão, motivada por preconceito ou por quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão. 3.12 Estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas. 60 3.13 Avaliar, até o 2o (segundo) ano de vigência desse Plano, os dispositivos legais vigentes, que tratam do número de alunos por turma. 3.14 Cumprir com a legislação vigente no tocante a lei 10.098, de 19/12/2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida. 61 Educação Especial Meta 4 Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, de acordo com a legislação vigente. Estratégias 4.1 Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular, sob alegação de deficiência e promovida à articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado. 4.2 Contribuir na contabilização, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), as matrículas dos estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei n° 11.494/2007. 4.3 Fomentar a formação continuada para os profissionais da educação, o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de comunidades quilombolas. 4.4 Promover, no prazo de vigência deste PME, a universalização do atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 62 superdotação, observado o que dispõe a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 4.5 Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e/ou suplementar, a todos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação da equipe multidisciplinar, ouvidos a família e o aluno. 4.6 Estimular a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas, conveniados com a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e integradas por profissionais de áreas de saúde, assistência social, pedagogia em educação especial, psicologia para apoio técnico do trabalho dos professores da educação básica e serviços especializados públicos ou conveniados com alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.7 Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos alunos com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos alunos com altas habilidades ou superdotação. 4.8 Garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos estudantes surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas inclusivas, nos termos do Art. 22 do Decreto nº 5.626/2005, e dos Arts. 24 e 30, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille para cegos e surdo cegos. 63 4.9 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude. 4.10 Estabelecer parcerias com as IES e outros órgãos para realização de pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos tecnológicos, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.11 Promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.12 Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, entidades privadas (empresas), com o objetivo de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção integral ao longo da vida. 4.13 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do processo de escolarização dos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores do atendimento educacional especializado, escolas e serviços 64 especializados públicos e conveniados, segundo professor de turma, cuidador ou monitor, professores de áreas específicas, tradutores e intérpretes de Libras, guiasintérpretes para surdo cegos, professores de Libras e professores bilíngues. 4.14 Definir, no segundo ano de vigência deste Plano, indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento educacional a estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.15 Manter atualizado, junto aos órgãos de pesquisa, demografia e estatística competentes, a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos. 4.16 Incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado o disposto no caput do Art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento educacional de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.17 Promover parcerias com instituições especializadas, conveniadas com o poder público, visando à ampliação da oferta de formação continuada e a produção de material didático acessível, assim como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino. 4.18 Estabelecer parcerias com o intuito de consolidar políticas de produção e disseminação de materiais pedagógicos adaptados à educação inclusiva para as bibliotecas da educação básica, salas de recursos multifuncionais e serviços especializados, públicos ou conveniados. 65 4.19 Garantir que as escolas de educação básica e serviços especializados públicos ou conveniados promovam espaços para participação das famílias na elaboração do projeto político pedagógico, na perspectiva da educação inclusiva. 4.20 Assegurar a parceria intersetorial, no que se refere a avaliação diagnóstica da pessoa com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 66 Alfabetização e Letramento Meta 5 Alfabetizar todas as crianças aos 6 (seis) anos de idade ou, até no máximo, aos 8 (oito) anos de idade no ensino fundamental. Estratégias 5.1 Estruturar os processos pedagógicos a fim de garantir a alfabetização plena a todas as crianças até o final do terceiro ano do ensino fundamental. 5.2 Criar política de alfabetização que garanta professores alfabetizadores para os três primeiros anos do ensino fundamental, bem como mecanismos de monitoramento de avaliação desses docentes. 5.3 Instituir instrumentos de avaliação sistêmica, periódica e específica, para aferir a alfabetização das crianças, bem como estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento. 5.4 Selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a alfabetização de crianças, asseguradas a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, como recursos educacionais abertos. 5.5 Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos estudantes, consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade. 5.6 Garantir a alfabetização de crianças do campo, indígenas, quilombolas e de populações itinerantes, com a produção de materiais didáticos específicos, e desenvolver instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da língua 67 materna pelas comunidades indígenas e a identidade cultural das comunidades quilombolas. 5.7 Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pósgraduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores para a alfabetização. 5.8 Assegurar a implantação de políticas para a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal. 5.9 Promover, em consonância com as Diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuarem como mediadores da leitura, implementando até o segundo ano de vigência do plano, programas de incentivo à leitura. 68 Educação em tempo integral Meta 6 Oferecer educação em tempo integral, em no mínimo, 50% (cinquenta por cento) nas escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos estudantes da educação básica, até o final da vigência do PME. Estratégias 6.1 Promover, com o apoio do Estado e da União, a oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos estudantes na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola. 6.2 Instituir, em regime de colaboração com o Estado e a União, programa de construção e/ou adequação de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo integral. 6.3 Aderir, em regime de colaboração, ao programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas cobertas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios cobertos, depósitos adequados para armazenar gêneros alimentícios, banheiros e outros equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral. 6.4 Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas, planetários e zoológicos. 6.5 Estimular a oferta de atividades para a ampliação da jornada escolar dos estudantes matriculados nas escolas de educação básica da rede pública, por parte 69 das entidades privadas de serviço social vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino. 6.6 Atender às escolas do campo, de comunidades indígenas e quilombolas, dos povos nômades e de comunidades tradicionais, com oferta de educação em tempo integral baseada em consulta prévia, considerando-se as peculiaridades locais. 6.7 Estimular a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos de idade, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar, ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas, bem como profissionais habilitados. 6.8 Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos estudantes na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais. 70 IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica Meta 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB: Tabela 11– Médias do IDEB/SC para e Educação Básica – 2015, 2017, 2019 e 2021 IDEB 2015 2017 2019 2021 Anos iniciais do ensino fundamental 5,8 6,0 6,3 6,5 Anos finais do ensino fundamental 5,5 5,7 6,0 6,2 Ensino médio 4,7 5,2 5,4 5,6 Fonte: IDEB Estratégias 7.1 Estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitando-se a diversidade regional, estadual e local. 7.2 Assegurar que: a) no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos estudantes do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável; b) no último ano de vigência deste plano, todos os estudantes do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável. 71 7.3 Instituir, em colaboração com o Estado e a União, um conjunto estadual de indicadores de avaliação institucional com base no perfil do estudante e dos profissionais da educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino. 7.4 Induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática. 7.5 Formalizar e executar os planos de ações articuladas, dando cumprimento às metas de qualidade, estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro, voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar. 7.6 Colaborar no desenvolvimento de indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação especial, bem como da qualidade da educação bilíngue para surdos. 7.7 Propor a Gerência de Educação discussões sobre a obrigatoriedade da realização do ENEM aos alunos do 3º ano do Ensino Médio. 7.8 Contribuir para a melhoria do desempenho dos estudantes da educação básica nas avaliações da aprendizagem no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA. 7.9 Incentivar o desenvolvimento, selecionar, referendar e divulgar tecnologias educacionais para o ensino fundamental e médio e incentivar práticas pedagógicas, que assegurem a melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, asseguradas a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares 72 livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas. 7.10 Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local. 7.11 Participar do desenvolvimento de pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a população do campo que considerem tanto as especificidades locais quanto as boas práticas nacionais e internacionais. 7.12 Universalizar, em colaboração com o Estado e a União, até o quinto ano de vigência deste PME, o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/estudante nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação. 7.13 Prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais, em regime de colaboração com o Estado e a União, para a utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das bibliotecas, nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores, inclusive a internet. 7.14 Assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso à energia elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, garantir o acesso dos estudantes a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência. 73 7.15 Aderir e participar, em regime de colaboração, de programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades educacionais. 7.16 Aderir, colaborar e participar em regime de colaboração com o Estado e a União, na elaboração dos parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica de acordo com as leis vigentes, a serem utilizadas como referência para infraestrutura das escolas e para recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, e como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino. 7.17 Informatizar a gestão das escolas públicas e das secretarias de educação, bem como manter programa de formação continuada para o pessoal técnico da secretaria de educação. 7.18 Garantir políticas de prevenção à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais e de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade. 7.19 Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios da Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente. 7.20 Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afrobrasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade pedagógicas e a sociedade civil. étnico-racial, conselhos escolares, equipes 74 7.21 Consolidar a educação escolar no campo de populações tradicionais, de populações itinerantes e de comunidades indígenas e quilombolas, respeitando a articulação entre os ambientes escolares e comunitários e garantindo o desenvolvimento sustentável e a preservação da identidade cultural, a participação da comunidade na definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais, e as formas particulares de organização do tempo; a oferta bilíngue na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, em língua materna das comunidades indígenas e em língua portuguesa, a reestruturação e a aquisição de equipamentos, a oferta de programa para a formação inicial e continuada de profissionais da educação e o atendimento em educação especial. 7.22 Desenvolver currículos e propostas pedagógicas nas escolas do campo e nas comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades e considerando o fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena, produzindo e disponibilizando materiais didáticos específicos, inclusive para os estudantes com deficiência. 7.23 Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com o propósito de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais. 7.24 Promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional. 7.25 Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. 75 7.26 Aderir com a colaboração técnica e financeira da União, em articulação com o sistema nacional de avaliação, o sistema estadual de avaliação da educação básica, para orientar as políticas públicas e as práticas pedagógicas, com o fornecimento das informações às escolas e à sociedade. 7.27 Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuar como mediadores da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem. 7.28 Institucionalizar programas e desenvolver metodologias para acompanhamento pedagógico, recuperação paralela e progressão, priorizando estudantes com rendimento escolar defasado. 7.29 Assegurar a renovação, manutenção e criação das bibliotecas com todos os materiais e infraestrutura necessária à boa aprendizagem dos estudantes, inclusive biblioteca virtual com equipamentos, espaços, acervos bibliográficos, bem como profissionais especializados e capacitados para a formação de leitores. 7.30 Instituir, em regime de colaboração entre os entes federados, política de preservação da memória municipal, estadual e nacional. 7.31 Promover a regulação da oferta da educação básica nas redes pública e privada, de forma a garantir a qualidade e o cumprimento da função social da educação. 7.32 Estabelecer, em parceria com os órgãos públicos e privados, políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no IDEB, e, outros instrumentos construídos, que levem em consideração o olhar da escola sobre o desenvolvimento humano dos estudantes e a transformação social, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar. 76 Educação Indígena, Quilombola e do Campo Meta 8 Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos de idade, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, quilombolas, indígenas, comunidades tradicionais e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, igualando a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estratégias 8.1 Institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, priorizando estudantes com rendimento escolar defasado, atendendo as especificidades dos segmentos populacionais aqui considerados. 8.2 Implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos populacionais aqui considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial. 8.3 Estimular e divulgar a participação em exames de certificação e conclusão dos ensinos fundamental e médio e garantir acesso gratuito a esses exames. 8.4 Expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública, para os segmentos populacionais considerados. 8.5 Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola, específicos para os segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e colaborar com o Estado e a União para a garantia de frequência e apoio à 77 aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses estudantes na rede pública regular de ensino. 8.6 Promover de forma intersetorial, a busca ativa de jovens fora da escola, pertencentes aos segmentos populacionais considerados. 78 Educação de Jovens e Adultos - EJA Meta 9 Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais de idade para 98% (noventa e oito por cento) até 2017 e, até o final da vigência deste PME, reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. Estratégias 9.1 Incentivar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos, a todos que não tiveram acesso à educação básica na idade própria. 9.2 Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos. 9.3 Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, promovendo busca ativa em regime de colaboração com o Estado e em parceria com organizações da sociedade civil. 9.4 Aderir a programas de capacitação tecnológica da população de jovens e adultos, com a parceria do Estado e da União. 9.5 Ampliar parcerias com os segmentos geradores de renda e empregadores, públicos e privados, bem como sistemas de ensino, no intuito de garantir a permanência dos estudantes da EJA, compatibilizando os horários de trabalho e estudo, assim como condições para a recepção de programas adequados as necessidades da empresa. 9.6 Estabelecer parcerias para o aproveitamento dos espaços públicos ociosos existentes na comunidade, bem como o efetivo aproveitamento do potencial de trabalho comunitário das entidades da sociedade civil em todas as esferas. 79 9.7 Realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade. 9.8 Contribuir no levantamento de dados sobre a demanda da EJA, na cidade e no campo, para subsidiar a formulação de política pública, que garanta o acesso e a permanência a jovens, adultos e idosos a esta modalidade da educação básica. 9.9 Implementar currículos adequados às especificidades da EJA para promover a inserção no mundo do trabalho, inclusão digital e tecnológica e a participação social. 9.10 Assegurar a oferta de educação de jovens e adultos, nas etapas de ensino fundamental e médio, às pessoas privadas de liberdade em todos os estabelecimentos penais, assegurando-se formação específica dos professores e das professoras e implementação de diretrizes nacionais em regime de colaboração. 9.11 Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas. 9.12 Aderir ao programa nacional de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica. 9.13 Contribuir na integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público da educação de jovens e adultos, considerando as especificidades das populações itinerantes e do campo e das comunidades indígenas e quilombolas, inclusive na modalidade de educação à distância. 80 9.14 Estimular a ampliação das oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação profissional. 81 Ensino Profissional Técnico de Nível Médio Meta 10 Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, instituindo parcerias com o Estado, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. Estratégias 10.1 Incentivar a educação profissionalizante, ampliando a oportunidade de ingresso no mercado de trabalho; 10.2 Intensificar o processo de integração da educação básica ao ensino profissionalizante, bem como contribuir para o bom desenvolvimento dos cursos nas modalidades sequênciais e concomitantes; 10.3 Estimular o acesso aos cursos profissionalizantes de caráter eminentemente técnico, ou similar; 10.4 Estimular a excelência de cursos profissionalizantes e sua adequação à realidade regional; 10.5 Viabilizar ações de integração do ensino profissionalizante junto aos setores produtivos, visando o aperfeiçoamento; 10.6 Manter e ampliar convênios com programas estaduais e federais de financiamento para a educação profissional durante a vigência deste Plano, garantindo melhorias. 10.7 Participar da política de expansão das matrículas de educação profissional técnica de nível médio da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, levando em consideração a responsabilidade dos Institutos na 82 ordenação territorial, sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a interiorização da educação profissional. 10.8 Promover amplas discussões entre os municípios que fazem parte da AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera) e 21ª GERED (Gerência Regional de Educação) a fim de realizar levantamento das demandas de formação profissional e tecnológica que possam vir a incluir os cidadãos no mercado de trabalho. 10.9 Estimular a instalação de instituições de formação profissional e tecnológica no município. 10.10 Expandir o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação profissional para as populações do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessidades. 10.11 Adotar políticas afirmativas para reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais no acesso e permanência na educação profissional técnica de nível médio. 83 Ensino Superior Meta 11 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. Estratégias 11.1 Otimizar, por meio de parcerias, a capacidade instalada da estrutura física e a disponibilidade dos recursos humanos das instituições públicas de educação superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de forma a ampliar e interiorizar o acesso à graduação. 11.2 Apoiar as políticas de inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos estudantes de instituições públicas, bolsistas de instituições privadas de educação superior e beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, de que trata a Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001, na educação superior, de modo a reduzir as desigualdades étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e permanência na educação superior de estudantes egressos da escola pública, afrodescendentes e indígenas e de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de forma a apoiar seu sucesso acadêmico; 11.3 Apoiar programas e projetos de extensão, de forma orientada, priorizando as áreas de ação social, em parceria com outras instituições. 11.4 Assegurar condições de acessibilidade física em todos os espaços permitidos aos estudantes e a informação através de recursos multifuncionais a todas as formas de deficiências nas instituições de Educação Superior, na forma de Lei. 84 11.5 Articular com o Estado e a União a expansão e descentralização da oferta de educação superior pública e gratuita considerando as especificidades das populações de campo, comunidades indígenas e quilombolas. 11.6 Participar com o Estado e a União da consolidação de processos seletivos nacional e estadual para acesso a educação superior como forma de superar exames vestibulares isolados. 11.7 Promover a integração das IES, por meio de parcerias, com indústria, comércio e entidades afins, de forma ampliar a oferta de estágios, interligando o ensino prático, conforme área de conhecimento, dando oportunidade para formação superior. 11.8 Estimular a reorganização pedagógica dos cursos de graduação, de forma incluir temas sociais relevantes e de gestão pública, de acordo com a realidade da sociedade civil. 11.9 Manter e ampliar as bolsas de estudo e estágio no município, contemplando os discentes com necessidade sócio econômica. 11.10 Estimular núcleos de estudos para analisar a situação dos estrangeiros na região da AMREC, a fim de regularizar a documentação acadêmica dos mesmos. 85 Qualidade da Educação Superior Meta 12 Estimular a elevação da qualidade do ensino superior, buscando junto ao Estado e a União à ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente. Estratégias 12.1 Solicitar linhas de financiamento de apoio à pesquisa que possam contribuir com a qualificação de mestres e doutores para o avanço do ensino e da pesquisa. 12.2 Estabelecer política de comunicação das ações internas e externas das IES, potencializando meios e formas de socializar os saberes e fazeres produzidos nas ações de pesquisa, ensino e extensão dos professores mestres e doutores. 12.3 Fomentar a formação de consórcios entre universidades públicas do Estado de Santa Catarina e universidades públicas federais, com vistas a potencializar a atuação regional, inclusive por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior visibilidade nacional e internacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão. 86 Pós – Graduação Meta 13 Contribuir para o aumento do número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, a fim de obter qualidade no ensino, tanto na educação básica quanto na educação superior. Estratégias 13.1 Incentivar com o Estado e a União o aumento da oferta de bolsas de estudos de pós-graduação stricto sensu. 13.2 Articular com o Estado e a União, o aumento da oferta de programas de pósgraduação stricto sensu nos campi novos, abertos em decorrência dos programas de expansão e interiorização das instituições superiores públicas. 13.3 Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para profissionais da educação básica, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem e às teorias educacionais. 13.4 Estimular o intercâmbio científico e tecnológico, nacional e internacional, entre as instituições de ensino, pesquisa e extensão. 13.5 Incentivar a implementação de ações para reduzir as desigualdades étnicoraciais e regionais, para favorecer o acesso das populações do campo e das comunidades indígenas e quilombolas a programas de mestrado e doutorado. 87 Valorização dos Profissionais da Educação Formação dos Profissionais da Educação Meta 14 Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado e o Município, até o final do PME, que todos os profissionais da educação detenham diploma de graduação e que cada profissional participe da formação continuada. Estratégias 14.1 Atuar, conjuntamente, com base em plano estratégico que apresente diagnóstico das necessidades de formação de profissionais da educação e da capacidade de atendimento, por parte de instituições públicas e comunitárias de educação superior existentes no Município e Estado, e defina obrigações recíprocas entre os partícipes; 14.2 Apoiar o acesso ao financiamento estudantil para estudantes, matriculados em cursos de licenciatura com avaliação positiva pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), na forma da Lei nº 10.861/2004, inclusive a amortização do saldo devedor pela docência efetiva na rede pública de educação básica. 14.3 Ampliar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no Magistério da Educação Básica. 14.4 Consolidar e ampliar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgar e atualizar seus currículos eletrônicos. 14.5 Incentivar a participação docente nos programas específicos para formação de profissionais da educação, para as escolas do campo, de comunidades indígenas ou quilombolas e para a educação especial. 88 14.6 Participar ativamente da reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a renovação pedagógica, de forma a assegurar o foco no aprendizado do graduando, dividindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e didática específica e incorporando as novas tecnologias em articulação com a base nacional comum dos currículos da Educação Básica. 14.7 Aprimorar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica, em sintonia com as recomendações legais e as diretrizes curriculares nacionais. 14.8 Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério; 14.9 Aderir, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta lei, a política nacional de formação continuada para os profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério, construída em regime de colaboração entre os entes federados. 14.10 Ampliar as políticas e programas de formação continuada dos profissionais da educação, sobre gênero, diversidade e orientação sexual, para a promoção dos direitos sociais. 14.11 Ampliar o uso das tecnologias para todos envolvidos no processo educativo, garantindo formação continuada. 14.12 Aderir ao programa federal de concessão de bolsas de estudos para que os professores de idiomas das escolas públicas de educação básica realizem estudos de imersão e aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo as línguas que lecionam. 89 Valorização dos Profissionais da Educação Formação Continuada e Pós-Graduação Meta 15 Formar, em nível de Pós-Graduação, 80% (oitenta por cento) dos professores da Educação Básica, até o último ano de vigência do PME, e garantir a todos os profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Estratégias 15.1 Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada às políticas de formação do Município e do Estado. 15.2 Consolidar, colaborativamente, política de formação de professores da educação básica com base nas diretrizes nacionais, definindo as areas prioritárias. 15.3 Ampliar a oferta de bolsas de estudo para pós-graduação dos professores e demais profissionais da educação básica. 15.4 Participar do processo de ampliação e consolidação do portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível. 15.5 Aprimorar a formação dos professores e das escolas públicas de educação básica, por meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério público. 90 15.6 Assegurar aos profissionais da educação infantil do município, a oferta de cursos específicos na área dos primeiros socorros. 91 Valorização dos Profissionais da Educação Meta 16 Valorizar os profissionais do magistério da rede pública de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME. Estratégias 16.1 Acompanhar, garantir e atualizar progressivamente o valor do piso salarial nacional, para os profissionais do magistério público da educação básica, conforme dispositivos legais. 16.2 Ampliar no plano de carreira dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar. 16.3 Estabelecer ações especificamente voltadas para a promoção, prevenção e atendimento à saúde dos profissionais da educação. 92 Meta 17 Plano de Carreira Docente Assegurar, a cada 02 (dois) anos, a atualização do plano de carreira para os profissionais da educação básica pública de todos os níveis de ensino, tendo como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. Estratégias 17.1 Implantar, na rede pública de educação básica acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do professor, com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina. 17.2 Assegurar a realização periódica de concurso público para provimento de vagas, conforme legislação vigente. 17.3 Prever no plano de carreira dos profissionais da educação do Município, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, conforme necessidade de pesquisa do município. 17.4 Participar, a partir do segundo ano de vigência deste PME, em regime de colaboração com o MEC, do censo dos profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério. 17.5 Solicitar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para o Município, uma vez aprovada a Lei específica, que estabelece o plano de carreira para os profissionais da educação. 93 17.6 Estimular a existência de fóruns permanentes de profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, para subsidiar os órgãos competentes na revisão, atualização e implementação do plano de carreira. 94 Meta 18 Gestão Democrática Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Estratégias 18.1 Assegurar o repasse de transferências voluntárias da União na área da educação para o Município, uma vez aprovada legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação nacional, e que considere, conjuntamente, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar no processo de eleição, para o ato de nomeação dos diretores de escola. 18.2 Ampliar a participação nos programas de apoio e formação aos conselheiros dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), Conselho de Alimentação Escolar (CAE), dos Conselhos Regionais, do Conselho Municipal de Educação de Cocal do Sul (COMECS) e de outros, e aos representantes educacionais em demais Conselhos de Acompanhamento de políticas públicas, garantindo espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções. 18.3 Assegurar, no âmbito do Município, as condições para o funcionamento do Fórum Municipal de Educação (FME), para que este coordene as conferências municipais, tenha acesso a fiscalização das verbas destinadas a educação, divulgando as informações e efetuando o acompanhamento da execução do PNE, PEE e do PME. 95 18.4 Estimular, em todas as redes e garantir nas escolas, a constituição e o fortalecimento de Grêmios Estudantis e Associações de Pais, assegurando, inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os Conselhos Escolares, por meio das respectivas representações. 18.5 Criar, estimular, divulgar amplamente e fortalecer os Conselhos Escolares e o COMECS, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo. 18.6 Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares. 18.7 Garantir, em regime de colaboração, programa de formação continuada para gestores das escolas públicas. 18.8 Estabelecer diretrizes para a gestão democrática da educação, no prazo de dois anos, contado da aprovação deste Plano e assegurar condições para sua implementação. 18.9 Aprovar dispositivo legal que dispõe sobre a implantação, execução e avaliação da gestão escolar da educação básica e profissional da rede pública, no prazo de dois anos após a publicação deste Plano. 18.10 Realizar cursos para pais, professores, funcionários e estudantes, fomentando a integração entre os Conselhos Escolares em nível municipal, regional e estadual. 18.11 Criar comissões de acompanhamento do Plano de Ações Articuladas (PAR), para monitorar e dar visibilidade as ações planejadas em suas respectivas esferas. 96 18.12 Definir critérios técnicos para o provimento dos cargos comissionados, objetivando chegar ao mínimo necessário e que estes sejam ocupados por profissionais habilitados na área da educação. 18.13 Implementar mecanismos de aferição de qualidade para premiar, através da meritocracia, os melhores profissionais ligados a educação da rede pública de ensino. 18.14 Aderir aos programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados por adesão. 97 Meta 19 Financiamento da Educação Acompanhar a aplicação do investimento público em Educação Pública de forma a atingir, no mínimo, a nível nacional, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto PIB do País, no 5° (quinto) ano de vigência da Lei Federal nº 13.005, de 25 junho de 2014, e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio, garantido o repasse pelo Governo Federal. De modo que, o município de Cocal do Sul, garanta o investimento de no mínimo 35% dos recursos resultantes de impostos, compreendida a proveniente de transferência na manutenção e desenvolvimento da educação da rede municipal até o final de vigência desse PME. Estratégias 19.1 Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das disposições Constitucionais Transitórias e do § 1º do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que trata da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional. 19.2 Acompanhar e fiscalizar o aperfeiçoamento e a aplicação dos mecanismos previstos no PNE, referentes à arrecadação da contribuição social do salárioeducação. 19.3 Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar Federal no 101, de 4 de maio de 2000, a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, com a colaboração entre o Ministério da Educação, a Secretaria de Educação dos Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios. 98 19.4 Criar mecanismos de acompanhamento regular dos investimentos e custos por estudante da educação pública municipal, em todas as etapas e modalidades. 19.5 Mobilizar a sociedade civil organizada e os representantes políticos regionais para garantir, no prazo de 02 anos de vigência do PME, que prevê a implantação do Custo Aluno - Qualidade Inicial (CAQi), referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade ( CAQ). 19.6 Acompanhar o projeto de Lei de Responsabilidade Educacional, a ser amplamente discutida com os diversos setores da sociedade, com os gestores da educação e com a comunidade educacional, sendo agente de implementação. 19.7 Apoiar e defender a prorrogação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, com aperfeiçoamento que aprofundem o regime de colaboração e a participação financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino, nos termos do art. 211 da Constituição Federal. 19.8 Definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5odo art. 7o da Lei 13.005/2014. 19.9 Buscar junto à União a complementação de recursos financeiros caso o Município não atinja, comprovadamente, o valor do Custo Aluno Qualidade inicial (CAQi) e, posteriormente, do CAQ. 99 19.10 Fortalecer os conselhos de acompanhamento e fiscalização dos recursos da educação. 19.11 Garantir a aplicação dos recursos financeiros que devem ser destinados à melhoria da qualidade e gratuidade do ensino, na formação e valorização do magistério, na organização escolar, prioritariamente, em instituições de ensino público municipal. 19.12 Garantir aplicação dos recursos destinados à manutenção, reforma e construção de escolas públicas com infraestrutura adequadas às etapas e modalidades de ensino de acordo com os respectivos sistemas. 19.13 Fomentar ações intersetoriais para otimizar recursos técnicos financeiros. 19.14 Estabelecer, garantir e efetivar a articulação entre as metas do PME e demais instrumentos orçamentários da União, do Estado e do Município, do PEE e PMEs e os respectivos PPAs, LDOs e LOAs, do Estado e do Município, em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino. 100 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alfabetização de jovens e adultos no Brasil: lições da prática. Brasília: UNESCO, 2008. 212 p. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação de jovens e adultos. Conforme (Parecer CNE/CEB nº 6/2010 e Resolução CNE/CEB nº 3/2010). BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96. Brasília, 20 dez. 1996. BRASIL. Ministério da Educação – MEC. Lei Nº 12.796, de 04 de abril de 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2013/Lei/L12796.htm>. Acesso em: 27 de out de 2014. ________. Ministério da Educação – MEC. Decreto Nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2011/Decreto/D7611.htm>. Acesso em: 27 de out de 2014. ________. Ministério da Educação – MEC. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. 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