Célula Fotovoltaica - Transformação de energia luminosa
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Célula Fotovoltaica - Transformação de energia luminosa
Célula Fotovoltaica – Transformação de energia luminosa em energia elétrica Célula Fotovoltaica - Transformação de energia luminosa em energia elétrica A. Oliveira, F. Cardoso, K. Oliveira, K. Dardin, M. Blasio, R. Barboza, R. Cassiano, R. Monteiro, R. Gagliotti e V. Milani Orientador: Prof. Dr. Fernando Carlos Giacomelli (CCNH) Campus Santo André Resumo A obtenção de energia barata e renovável é uma das grandes preocupações da sociedade contemporânea. Apesar de contarmos com o maior potencial de energia disponível, o sol, tal potencial não é inteiramente aproveitado. Este projeto visou a construção de células solares baseadas no modelo de Grätzel para verificar a transformação de energia luminosa em energia elétrica. INTRODUÇÃO OBJETIVO O Sol, como qualquer estrela, gera muita energia e parte dessa energia é irradiada para a Terra. Porém, pouquíssimo deste potencial é utilizado, pois o custo para a transformação dessa energia é elevado [1]. Uma forma de aproveitar o recurso solar é a utilização de células fotovoltaicas, ou módulos fotovoltaicos (módulos são grupos de células conectadas e reunidas em uma estrutura) [2] que podem ser feitos de materiais semicondutores, fator que encarece sua produção. Porém, existe uma forma de produzir células fotovoltaicas baseadas em corantes sintéticos, conhecida como célula de Grätzel, a qual utiliza na sua fabricação dióxido de titânio (TiO2) que é encontrado em reservas minerais brasileiras. Neste tipo de célula, a energia solar é diretamente utilizada na produção de energia elétrica, diferentemente da fotossíntese, que utiliza a energia para a produção de açúcar. [3] A produção deste tipo de célula foi estudada e testada neste experimento. Verificar a transformação de energia luminosa em energia elétrica através da construção de uma célula fotovoltaica. METODOLOGIA A preparação da célula fotovoltaica foi divida em três partes: preparação do eletrodo negativo, preparação do eletrodo positivo e montagem final. Passo 1 – Verificou-se qual dos lados de uma placa de ITO estava coberta com material condutor. Lavou-se a placa para a aplicação de uma camada de solução aquosa de TiO2. Após a aplicação, usou-se um soprador térmico para secar a camada e colocou-se a placa em uma chapa de aquecimento a 350ºC por 30 min. Em seguida, com o auxilio de uma pipeta, gotejou-se cristal violeta (corante) sobre a camada de TiO2 depositada. Passo 2 – Após a verificação do lado condutor e lavagem da placa de ITO, recobriu-se o lado condutor com fuligem utilizando-se uma chama de uma vela. VIII Simpósio de Bases Experimentais das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 20 e 21 de agosto de 2010 Célula Fotovoltaica – Transformação de energia luminosa em energia elétrica Passo 3 – Juntou-se os dois eletrodos, de tal modo que a camada de dióxido de titânio entrasse em contato com a de fuligem, e fixou-se a montagem com a ajuda de clips. As placas foram montadas de tal maneira que ficassem um pouco desalinhadas para a conexão de um multímetro. Após o posicionamento das placas, com uma pipeta, infiltrou-se o eletrólito (solução de iodo) entre as placas para ativar célula. Foi então possível verificar a tensão gerada quando a célula foi exposta à luz (Figura 1). RESULTADOS E DISCUSSÃO Inicialmente, houveram erros na execução do projeto, pois ocorreu o desprendimento da camada de dióxido de titânio na tentativa de aplicação do corante. Ao refazer o processo e aplicar métodos adequados, a construção da célula foi bem sucedida. Obtiveram-se resultados positivos: na construção de duas células, a tensão obtida foi próxima a 0,1V em uma delas e 0,3V em outra (Figura 1). Figura 1. Foto do momento de medição de uma célula fotovoltaica construída no projeto. Os valores obtidos na experiência a qual o projeto foi baseado apresentou valores de tensão que variavam entre 0,3V e 1V, dependendo da fonte e da intensidade de luz. Neste projeto conseguiu-se medir até 0,3 V demonstrando ser satisfatório, uma vez que o experimento utilizou como fonte a luz fluorescente que ilumina o laboratório. Como o experimento foi realizado no período noturno, não foi possível observar o comportamento das células em ambiente com luz solar. Supõe-se que em uma situação de luz natural, com uma quantidade maior de energia e contando com uma diversidade maior de freqüências de luz, produzir-se-ia valores de tensão maiores. CONCLUSÕES O projeto, como um todo, proporcionou a experiência de presenciar o que em um futuro próximo será um método de obtenção de energia limpa e renovável em grande escala, uma escolha sustentável para um dos maiores problemas da sociedade atual. Conclui-se que com aprimoramentos tecnológicos e aplicação adequada é possível substituir uma grande parcela do processo de obtenção de energia, que hoje ainda é baseado na queima de combustíveis fósseis. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] CRESESB – Centro de Referencia para Energia Solar e Eólica Sergio de Salvo Brito – Tutorial de Energia Solar. Disponível em: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?link= /tutorial/tutorial_solar.htm. Acesso em: 15 jul 2011. [2] Como tudo funciona – Células Solares. Disponível em: http://ambiente.hsw.uol.com. br/celulas- solares.htm Acesso em: 6 jul 2011 [3] AZEVEDO, Manuel e CUNHA, António. Como fazer uma célula fotovoltaica. Disponível em: http://www.cienciaviva.pt/ docs/celulafotovoltaica.pdf Acesso em: 23 jun 2011. AGRADECIMENTOS Agradecemos à Universidade Federal do ABC pela disponibilização de todos os materiais e ferramentas utilizadas e ao Prof. Dr. Fernando Carlos Giacomelli pela orientação na execução do projeto. VIII Simpósio de Bases Experimentais das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 20 e 21 de agosto de 2010
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