ensino médio - Colégio Jardim São Paulo

Transcrição

ensino médio - Colégio Jardim São Paulo
Nº 61 - Outubro - 2013
Órgão informativo oficial do colégio Jardim São Paulo
Edição especial
Acreditamos no carinho e no respeito mútuo como
bases para a sociabilização e a disciplina
Colégio Jardim São Paulo:
morada querida há 65 anos!
1
editorial
65 anos de história!
U
m longo caminho percorrido! Um momento especial para refletirmos sobre nossa missão!
A experiência do passado, as ações do presente e os projetos do futuro integram-se na importante tarefa da formação de jovens, na solução de problemas e na busca incessante do aperfeiçoamento do
trabalho.
Nossa matéria-prima: o ser humano que, em sua
complexidade e diversidade, nos desafia, dia a dia, em
um processo mútuo de constante aprendizagem.
Nossa responsabilidade: receber crianças e adolescentes — os mais preciosos bens de seus familiares —,
trazê-los e auxiliá-los no mundo do conhecimento e da
sociabilização. Partilhar com eles uma herança cultural
conquistada através de séculos de Educação, de forma
a torná-la significativa e enriquecedora no mundo contemporâneo.
Para essa nobre missão, não basta apenas a simples
transmissão de informações.
O mestre, por meio de seus valores, exemplos e, até
mesmo, de sua afetividade na esfera escolar, torna-se referência para o aprendiz. E assim seguimos nesta difícil
e interessante jornada! Com muito orgulho, recordamos
o passado que nos remete a tantos estudantes que aqui
estão ou já passaram por este espaço, para nós, sagrado
— nossa morada querida!
Quantos eventos, torneios esportivos, espetáculos
musicais e teatrais!
Quantos encontros, desencontros, namoros e até casamentos aqui se originaram!
Um espaço de saber e, sobretudo, de vida.
Agradecemos a Deus a possibilidade de continuarmos este trabalho e as bênçãos conseguidas nesta trajetória de sucesso.
Somos gratos aos alunos, familiares e ex-alunos que
retornam com seus filhos, reiterando a confiança em
nossa proposta educacional.
Aos diretores, professores, coordenadores e funcionários, atuais e tantos outros que aqui também trabalharam, nosso muitíssimo obrigado por nos ajudarem a
compor esta história.
Maria Elisa Meinberg de Sousa Pereira
e Paulo Meinberg Júnior
Fundador
Paulo Meinberg
www.jardimsaopaulo.com.br
Direção-geral
Christina Milano Meinberg
Direção-administrativa
Paulo Meinberg Júnior
Órgão Informativo Oficial
do Colégio Jardim São Paulo
UNIDADE CATAGUASES
Rua Cataguases, 151, Jardim São Paulo, tel. (11) 2821-4000, São Paulo, SP, 02042-020
[email protected]
Coordenação
Alfredo de Andrada Dodsworth
Célia Torini
Direção-pedagógica | Alfredo de Andrada Dodsworth
Coordenação-geral | Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira
Revisão
Fátima Silvestre
Lúcia Marinho
UNIDADE CANTAREIRA
Av. Nova Cantareira, 3.734, Barro Branco, tel. (11) 2991- 3582, São Paulo, SP, 02340-000
[email protected]
Direção-pedagógica | Maria de Fátima Lima de Carvalho
Coordenação-geral | Patrícia Moretti Meinberg
Produção editorial
Verbus Comunicação
Redação
Amorim Leite
Fernando Saker
UNIDADE TREMEMBÉ
Av. Nova Cantareira, 4.416, Tremembé, tel. (11) 2996-6645, São Paulo, SP, 02340-002
[email protected]
Editoração eletrônica
Níckolas Ramos
Direção-pedagógica | Maria de Fátima Lima de Carvalho
Coordenação-geral | Patrícia Moretti Meinberg
Jornalista-responsável
Amorim Leite
2
falando do Jardão
Caminhos
da educação
Professores bem formados e atualizados em questões pedagógicas:
esse é nosso corpo docente
C
aderno, lápis, livros... tecnologia. Professor e aluno.
Acreditamos que a boa
formação do aluno depende de pessoas capazes e comprometidas com
a educação, além de dinamismo e
diversificação de recursos.
Por isso, o Colégio Jardim São
Paulo, valorizando o aperfeiçoamento profissional do grupo, cuida da
formação continuada de seus educadores. Periodicamente, grandes nomes da educação nacional são convidados a fazer parte da formação desse grupo bem formado e informado.
Em 2013, já recebemos a psicóloga Rita de Cássia Linkeis e as
professoras Mônica Fujikawa, Vera
Ronca, Eliete Bevilacqua e, a última,
Terezinha Bertin, que nos trouxe a
reflexão inicial de um trabalho de
apropriação da competência leitora
em todas as áreas do conhecimento.
Nada está pronto ou finalizado.
Nós, educadores, precisamos pensar nossa prática a todo momento,
sem perder de vista a valorização
das tradições, o cuidado com o presente e a atenção ao que está por vir.
Enem e vestibular
O CJSP objetiva a formação do indivíduo e a capacitação para enfrentar os vestibulares em geral e o Exame
Nacional de Ensino Médio (Enem).
Não há um foco específico para um
ou para outro tipo de exame.
Toda a preparação para o momento de entrada na universidade
acontece de forma gradual, desde
os anos iniciais, uma vez que a preocupação com a leitura, a produ-
Terezinha Bertin e professores do Jardão: a boa
formação do aluno depende de pessoas capazes
e comprometidas com a educação, além de
dinamismo e diversificação de recursos
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falando do Jardão
ção de textos e o desenvolvimento
de competências e habilidades, em
todas as áreas do conhecimento,
permeiam todos os anos e séries —
desde a Educação Infantil e o Ensino Fundamental até o Médio.
Nos últimos anos, inclusive, visando a essa formação geral e às
preparações para exames, foram
feitas algumas alterações importantes para a questão do conhecimento,
da análise e solução de problemas e
para o desenvolvimento do senso
crítico do aluno. Dentre essas modificações, destacam-se o aumento
de carga horária, a valorização das
matérias da área de humanas, a introdução de aulas de atualidades, o
incentivo à participação em olimpíadas científicas nas diversas áreas
(com aulas de aprofundamento), o
aumento do número de simulados
para os alunos do Ensino Médio, o
“provão” para todos os anos e séries, o trabalho de produção de texto com mais carga horária e plantões, além de dois períodos de revisões com os alunos — um durante o
horário normal de aulas, feito pelos
Você sabia?
O Colégio Jardim São Paulo tem
se classificado em 1º lugar, entre
as escolas da Zona Norte de São
Paulo, nos três últimos anos — 2009,
2010 e 2011 — do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Em 2009, a unidade Cataguases; e em 2010, a Tremembé (12ª,
contando as escolas públicas). Em 2011, um fato inusitado: resultado sem contar redação, Cataguases em 1º; resultado com
redação, Tremembé em 1º — ou seja, levando-se em conta qualquer um dos critérios, o Jardão continua liderando o ranking na
Zona Norte. Até o fechamento desta edição, em 30 de setembro,
o resultado de 2012 não havia sido divulgado. Em 2013, as provas serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro.
próprios professores, no quarto bimestre; outro fora do horário das
aulas, durante todo o ano letivo,
organizado pela Educom, com professores participantes de grandes
cursinhos de São Paulo.
‘Morada Querida’
Ao falarmos sobre formação,
vem-nos à mente a grandiosidade
do significado dessa expressão: responsabilidade, confiança, referên-
cia, cuidados, valorização e, sobretudo, respeito àqueles que fazem
ou que fizeram parte dessa história
que perdura há 65 anos. A essa instituição — carinhosamente chamada
de “Morada Querida” —, que nos
acolhe e fortalece, nosso carinho e
consideração. Obrigado, Colégio
Jardim São Paulo, por permitir que
façamos parte da sua história!
Projeto inédito leva
ex-alunos ao Jardão
S
eis jardanenses falaram a formandos do Ensino Médio sobre a vivência deles como profissionais já formados e também
como universitários. A ideia de trazer de volta à casa esses ex-alunos
é do professor Alfredo de Andrada
Dodsworth, diretor-pedagógico do
Jardão. E ele mesmo batizou a iniciativa: Projeto Amanhã.
Trocaram experiências e responderam a inúmeras perguntas Adria-
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na Jacoto (turma de 1994, engenheira
mecatrônica pela Escola Politécnica
da USP); Andreia de Carvalho Yamamoto (1994, fonoaudióloga pela
Universidade Federal de São Paulo);
Leonardo Thomaz Pignatari (2011,
cursando direito na USP); Beatriz
Laporta (2011, filosofia na USP);
Isabel Villas Boas Bonacella (2011,
matemática na USP); e Rafaellândoli
Cardoso de Almeida (2010, relações
internacionais na USP).
Equipe Pedagógica
formatura
Final feliz!
Fundamental e Médio têm entrega de certificados simbólica em clima de festa
O
Colégio Jardim São Paulo
sempre prima pela qualidade em tudo que faz. Assim, por que não fechar o ciclo de
estudos dos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio em clima
de alegria e fraternização? Como
se costuma dizer, só se for agora!
O agora, em 2013, foi em fevereiro,
exatamente no dia 23, sábado. O local, o mesmo dos últimos anos: Palácio das Convenções do Anhembi.
Nesse sábado, por duas vezes, o
Anhembi virou Jardão. É que, para
dinamizar a solenidade, deixandoa mais curta, optou-se pela realização de dois eventos. Um foi direcionado a formandos do Ensino
Fundamental, no início da tarde, e
outro, a formandos do Ensino Médio, no início da noite. Ambos com
turmas das unidades Cataguases e
Tremembé. Tudo transcorreu na
mais perfeita ordem, já que se deu
um bom intervalo entre uma solenidade e outra.
Nas solenidades de colação de
grau, os paraninfos (um para cada
sala) são os responsáveis pela en-
trega simbólica dos certificados,
enquanto os patronos têm a responsabilidade de transmitir as mensagens especiais. Nesse caso, tem-se
um por unidade e período.
Patronos e paraninfos assentamse à mesa solene, ao lado da direção. A presidência da solenidade
ficou sob a responsabilidade dos
diretores-pedagógicos Alfredo de
Andrada Dodsworth (unidade Cataguases) e Maria de Fátima Lima
Carvalho (unidades Cantareira e
Tremembé) — veja quadro com o
nome dos integrantes da mesa.
Momento de despedida, tanto dos formandos uns dos outros,
como dos formandos com seus
professores e escola, a formatura é
sempre emocionante. Isso foi notório nos discursos dos patronos, nas
mensagens dos formandos, nas homenagens e também na fala final
dos diretores.
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formatura
Ação de graças
No Santuário Nossa Senhora Salette, nos dias 20 e 21 de fevereiro,
realizaram-se as missas de Ação
de Graças pelos Formandos de
2012. Celebrados pelo Padre Guttemberg, esses encontros também
foram bastante concorridos e contaram com a presença da direção do
Jardão, professores e familiares dos
formandos.
MESA DIRETIVA
(Ensino Fundamental e Ensino Médio)
Direção, patronos e coordenadores
Diretora-geral e representante da Associação João Meinberg
de Ensino de São Paulo — Christina Milano Meinberg; diretorpedagógico da unidade Cataguases — Alfredo de Andrada
Dodsworth; coordenadora-geral da unidade Cataguases —
Maria Elisa Meinberg Sousa Pereira; diretora-pedagógica das
unidades Cantareira e Tremembé — Maria de Fátima Lima de
Carvalho; coordenadora-geral das unidades Cantareira e Tremembé — Sra. Patrícia Moretti Meinberg; representante da
Faculdade Cantareira — Roberto José Pinto; patrono do Ensino Fundamental (Cataguases) — Maurício Di Tota Montanari
Boni; Patrono do Ensino Fundamental (Tremembé, manhã)
— Renato Arebas Louzi; patrona Ensino Fundamental (Tremembé, tarde) — Tatiana Sales da Silveira; patrono do Ensino Médio (Cataguases) — Edison Silvestre Petenussi Silva; patrono do Ensino Médio (Tremembé) — Anderson Vasquez de
Toledo; coordenadora do Ensino Fundamental (Tremembé,
manhã) — Leila Rodrigues Costa; coordenadora do Ensino
Fundamental (Cataguases, manhã) — Norma Telles Correia
de Melo; coordenador do Ensino Fundamental (Cataguases,
tarde) — Pedro Paulo Euzébio; coordenadora (Turma A, Cataguases) — Maria Luiza Serra Cemin; coordenadora do Ensino
Médio (turmas B,C, D e E, Cataguases) — Maria Ruth Faela
Dodsworth; coordenadora (Turma F, Cataguases), Maria Teresa Zulino; coordenador da área de Exatas (Cataguases e
Tremembé) — José Feliz Hipólito Gaifem; e coordenadora da
área de Língua Portuguesa (Cataguases e Tremembé) — Maria de Fátima Barros Silvestre.
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Paraninfos (Ensino Fundamental)
Cataguases: Kelly Barbosa da Silva — Turmas A, B, D e F;
Marcelo Duilio do Nascimento — Turma C; Núria Agda Galcini — Turma E; Arthur Domingues Tamborino Pinto — Turmas
G e H.
Tremembé: Kamylla Leite Ambrósio — Turma A; Samara
Garcia — Turma B; — Renato Arebas Louzi —Turma C; e Irene Pizzo de Paula — Turma D.
Paraninfos (Ensino Médio)
Cataguases: Edy Carla Rossi — Turmas A e B; Gustavo Houck — Turma C; Mauricio di Tota Montanari Boni — Turma D;
Cláudia Arneiro Gulielmino — Turma E; Pedro Paulo Euzébio
— Turma F.
Tremembé: Fransmar Barreira Costa Lima — Turma A; Tatiana Sales da Silveira — Turma B; e Silvio de Oliveira Conceição — Turma C.
Funcionários homenageados
Tremembé — José Santos de Santana
Cataguases — Ermito Santos Rodrigues (Bahia)
ORADORES DAS TURMAS
Ensino Fundamental — Giovanna Carvalho de Assumpção
(Cataguases) e Marcela Viana Riccomini (Tremembé).
Ensino Médio — Paloma Picarone Incenso (Cataguases) e
Milena Calil Mendonça (Tremembé).
PAIS HOMENAGEADOS
Ensino Fundamental
Oeder Alves de Almeida e Maria Antonia Leite (Cataguases); e Manoel Freitas e Roseli Bonafini (Tremembé).
Ensino Médio
Marcos Antonio Incenso e Denise Aparecida Picarone Incenso (Cataguases); e Constantino Samiotis e Angeliki
Constantelo Samiotis (Tremembé).
gente do Jardão
Astronomia,
matemática e física:
isso é com eles!
Em oito anos, jardanenses já conquistaram quase duzentas medalhas.
Três são internacionais
D
esde 2006, quando a equipe
de professores responsável pela preparação para as
olimpíadas de conhecimento começou a intensificar o trabalho com os
jardanenses, o número de medalhas
e medalhistas só tem crescido.
Em 2012, fechou-se o ano com
40 medalhas, sendo 23 de Astronomia, 7 de Física e 10 de Matemática,
divididas da seguinte forma: 5 de
ouro, 14 de prata, 15 de bronze e 6
menções honrosas. Isso sem contar
a menção honrosa na Olimpíada
Internacional de Astronomia e Astronáutica.
Este ano, já temos 9 medalhas,
sendo 9 de Matemática, divididas
da seguinte forma: 2 de ouro, 3 de
prata e 4 de bronze. Somem-se ainda 2 medalhas de ouro no Concurso
Canguru sem Fronteiras.
Assim, no fim de setembro,
quando esta edição especial de O
Jardão era fechada, já tínhamos
conquistado 191 medalhas nestes 8
anos, sendo 3 internacionais. Nossa
recordista de medalhas é a ex-aluna Juliane Trianon Fraga, com 20
medalhas. Veja na próxima página
quem são os ganhadores e quais as
medalhas conquistadas.
Responsáveis pela preparação para as olimpíadas
Carlos Eduardo Yukio Fuku (matemática)
Gustavo Houck (física)
José Feliz Hipólito Gaifem (coordenador de exatas)
Kamylla Leite Ambrósio (biologia)
Lívia Marchetti (matemática)
Mariana Aparecida Lopes da Silva (matemática)
Sílvio de Oliveira Conceição (química)
Feliz
Silvio
Mariana
o
Carlos Eduard
L ivia
Kamylla
Gustavo
7
gente do Jardão
NOSSOS MEDALHISTAS
2012 — Cataguases
2012 — Tremembé
Concurso Canguru sem Fronteiras
Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Prata
Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Prata
Concurso Canguru sem Fronteiras
Beatriz Martins Costa (8º ano) — Prata
Guilherme da Costa Cruz (9º ano) — Prata
Olimpíada Brasileira de Astronomia
Adriano Mendes Vitale (8º ano) — Prata
Alberto Seishi Otaka Goto (transferido) — Bronze
Bruno Scatolin (transferido) — Bronze
Caio Henrique Oliveira Rhenius (8º ano) — Bronze
Eduardo Dedonato de Aquino (7º ano) — Bronze
Eduardo Sales Pitta Filho (formou-se) — Bronze
Guilherme Gomes Zunta Camacho (1ª série) — Prata
Guilherme Rebouças Ferreira (transferido) — Bronze
Jaqueline Victória Cordovil Scisci (1ª série) — Prata
João Marcus Bacurau (3ª série) — Bronze
Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Ouro
Karsion Habib Kaminskas Azar (8º ano) — Prata
Kelle Jarcy Azevedo Barroso (9º ano) — Prata
Marjorie Pastore de Albuquerque Braga (9ª ano) —
Bronze
Matheus Morato Ferreira de Moraes (3ª série) — Prata
Nelson Luiz Serpa de Oliveira (1ª série) — Bronze
Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Ouro
Olimpíada Brasileira de Astronomia
Beatriz Martins Costa (8º ano) — Ouro
Beatriz Milani Gambaroni (9º ano) — Bronze
Fernanda Escobar Stefanoni (7º ano) — Bronze
Gabriela Martins Costa (8º ano) — Prata
João Victor Baraldi Dourado (3ª série) — Prata
Olimpíada Brasileira de Física
João Victor Abramson Friederichs (9º ano) —
Menção Honrosa
Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Bronze
Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Menção Honrosa
Olimpíada Brasileira de Matemática
Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Menção Honrosa
Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica
Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Menção Honrosa
Olimpíada Paulista de Física
Guilherme Ramirez (9º ano) — Bronze
Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Ouro
Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Ouro
Olimpíada Paulista de Matemática
Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Prata
8
Olimpíada Brasileira de Matemática
Beatriz Martins Costa (8º ano) — Menção Honrosa
Gabriela Martins Costa (8º ano) — Menção Honrosa
Olimpíada Paulista de Física
Beatriz Martins Costa (8º ano) — Prata
Olimpíada Paulista de Matemática
Beatriz Martins Costa (8º ano) — Bronze
Gabriela Martins Costa (8º ano) — Bronze
2013 — Cataguases
Concurso Canguru sem Fronteiras
Adriano Mendes Vitale (9º ano) — Bronze
Eduardo Dedonato de Aquino (8º ano) — Bronze
Guilherme Ramirez (9º ano) — Bronze
Karsion Habib Kaminskas Azar (9º ano) — Bronze
Paola Papini de Seixas (9º ano) — Prata
Rafael Seiji Uezu Higa (2ª série) — Prata
2013 — Tremembé
Concurso Canguru sem Fronteiras
Beatriz Martins Costa (9º ano) — Prata
Gabriela Martins Costa (9º ano) — Ouro
Guilherme da Costa Cruz (1ª série) — Ouro
aula extra
Além do horizonte
Fora da sala de aula, alunos do Jardão também aprendem, exercitam aprendizado e
ainda colocam em prática a socialização
A
nualmente, o Colégio Jardim
São Paulo programa para os
alunos das suas três unidades (Cataguases, Cantareira e Tremembé) viagens, excursões e visitas
a museus, fazendas e outros lugares
em que possam aprender in loco o
que viram ou verão em sala de aula.
Chamada de estudo do meio, essa
programação permite aos estudantes ir muito além do horizonte no
que se refere ao aprendizado.
Alguns destinos estão a mais de
300 km do Jardão, como Barra Bonita, no interior de São Paulo, visi-
tada pelos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Já o paulistano
Jardim Zoológico, que recebeu os 2º
e 3º anos, está mais próximo, a cerca
de 20 km, no bairro da Água Funda.
Longe ou perto, o estudo do
meio sempre proporciona enriquecimento. E isso começa nos preparativos pedagógicos, continua dentro dos ônibus e na observação que
se faz pelo caminho, prossegue nos
locais visitados, novamente é experimentado no caminho de volta e se
conclui em sala de aula. Opa, será
que se conclui mesmo?
9
aula extra
ENSINO FUNDAMENTAL
2º e 3º anos
Aprimorar os aspectos cultural e
social dos estudantes. Assim se pode
resumir o objetivo dos 2º e 3º anos
ao visitar o Zoológico de São Paulo.
Explica Luciana Lopes, coordenadora-pedagógica dos alunos do 3º ano
(tarde): “No zoo, os alunos puderam
vivenciar uma agradável experiência
com animais nativos e exóticos, em
meio à Mata Atlântica, e compreenderam a importância de um espaço
natural para a cidade de São Paulo”.
Diferentes grupos de animais e
suas características e a diversidade
da Mata Atlântica estiveram à vista
da turma — o zoo está instalado ao
lado do Jardim Botânico. Conceitos
como cadeia alimentar e animais
vertebrados e invertebrados foram
relacionados sem esforço com o que
estava sendo estudado no mesmo
período em sala de aula. “Todos
ficaram encantados com as aves,
répteis e mamíferos que viram”,
completa Luciana.
4º e 5º anos
Com os 4º e 5º anos, não foi muito diferente: visando a ampliar os
conhecimentos históricos, além dos
aspectos culturais e sociais, os alunos foram à Fazenda Conceição. Localizada próximo a Jundiaí, a cerca
de 60 km da capital, a fazenda proporcionou aos visitantes vivenciar
situações do processo da produção
do café, observar locais da época da
escravatura e entender as diferenças
entre a mão de obra escrava e a do
imigrante.
“Em outras palavras, os estudantes reconheceram ali o período
cafeeiro como o grande propulsor
da economia do Estado de São Paulo no século 19, identificando as
mudanças ocorridas ao longo dos
10
aula extra
anos. “A Fazenda Conceição, sendo
um grande patrimônio histórico”,
relata a professora Solange Santos,
coordenadora-pedagógica dessas
turmas, “transformou nossa visita
educativa em um passeio de muita vivência cultural, interessante e
apaixonante para todos os nossos
alunos.”
Nova, o Cinturão Verde — formado pelas cidades de Suzano, Mogi
das Cruzes, Biritiba-Mirim, além
de Salesópolis —, responsável pela
produção hortifrutifungiflorigranjeira que abastece os maiores centros populacionais do Brasil (São
Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba).
6º ano
Os estudos prosseguem e os horizontes vão se abrindo cada vez
mais. Salesópolis, cidade fincada a
94 km da capital, foi o destino do 6º
ano. Fundada em 1838, em Salesópolis nasce o rio Tietê — por isso,
o 6º ano tem de passar por lá. No
caminho, veem a Barragem Ponte
7º ano
Santos, a 80 km do centro de
São Paulo, é o destino do 7º ano. A
turma passa um dia inteiro na baixada santista. Os temas estudados
nessa viagem cultural vão da identificação da importância histórica,
econômica e social das rodovias
Anchieta e dos Imigrantes, passam
pela represa Billings, percepção do
relevo, clima, vegetação, pressão atmosférica, processos de degradação
e recuperação, ocupação de bairros
e preservação e vão até os barões
do café, responsáveis por parte da
riqueza econômica do País, nos séculos 19 e 20.
8º ano
O 8º ano visitou algumas cidades do Vale do Paraíba, região econômica situada entre o Leste de São
Paulo e Sul do Rio de Janeiro. Ali
está a parte inicial da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul.
Localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra, o vale, do
lado paulista, inclui cidades como
Caçapava, São José dos Campos,
Taubaté, Pindamonhangaba, Jacareí, Campos do Jordão, Guaratinguetá e Cruzeiro, entre outras. Nossos alunos foram a Pindamonhangaba e ali visitaram uma produtora
e uma indústria exportadora de
café. Passaram também pelo centro
de Caçapava e Parque Industrial de
São José dos Campos.
9º ano
Os quase 300 km de estrada
até Barra Bonita compensaram
os cerca de 30 km navegados no
rio Tietê limpo e repleto de vida
e cores. Esses mesmos alunos, três
anos atrás, conheceram a nascente
do Tietê. E do rio, então, tinham
pelos menos duas imagens: a de
Salesópolis e a de São Paulo, entre
as marginais. Em Barra Bonita, as
turmas do 9º ano voltaram a ver
um Tietê diferente.
11
aula extra
A região, banhada por 42 km do
rio, utiliza suas águas para a prática da pesca e esportes náuticos.
Sob a óptica histórica, ela também
se destaca, pois, a partir de 1883, foi
desbravada pela exploração bandeirante em busca de riquezas e índios. Atualmente, a região de Barra
Bonita chama a atenção por seu potencial hidrelétrico.
De barco, passearam pela Eclusa Dr. José Bonifácio de Andrada
e Silva Jardim (desnível de 26 m)
e também visitaram a Hidrelétrica
Barra Bonita (primeira construída
na América do Sul).
ENSINO MÉDIO
Os estudos do meio prosseguem
no Ensino Médio. E, claro, tornam-se
mais complexos, haja vista que esses
estudantes já percorreram todo o caminho acima e agora têm condições
de assimilar muito mais. A meta,
lembre-se, é ampliar os horizontes.
1ª série
A 1ª série tem como destino de
estudos o Município da Estância
Balneária de Bertioga, a 117 km de
São Paulo e a 8 m de altitude. Tarefa desses jovens: observar e anotar
informações sobre a Serra do Mar,
Complexo Industrial de Cubatão,
manguezal e Forte de São João.
Outra atividade fora da escola realizada pela 1ª série é a ida ao Show
de Física, na Universidade de São
Paulo (USP). No show, apresentado
por alunos de Física da USP, visualizam-se vários fenômenos físicos. Explica José Feliz Hipólito Gaifen, coordenador da área de Exatas do Jardão:
“Nosso objetivo, levando os alunos
ao show, não é passar um conhecimento específico sobre determinado
assunto. Como a Física costumava
ser a disciplina de maior dificuldade,
queríamos despertar a curiosidade
em estudá-la logo na 1ª série”. A estratégia deu certo: as notas médias
subiram pelo menos um ponto.
12
aula extra
2ª série
Em Cordeirópolis, a 175 km de
São Paulo, está a Fazenda Ibicaba.
Fundada em 1817, o local abrigou a
primeira e uma das mais importantes colônias do País. Segundo informa seu site, a fazenda foi a pioneira
na substituição de mão de obra escrava pela de imigrantes europeus,
principalmente suíços e alemães,
trinta anos depois de sua fundação.
Como se vê, história é o que não
falta na Ibicaba. E é por isso que a
2ª série foi até lá. Entre os objetivos
da visita, destacam-se: reconhecer o
período cafeeiro como o grande propulsor da economia do Estado de
São Paulo do século 19, identificando as mudanças ocorridas ao longo
dos anos; analisar a dinâmica da fazenda, entendendo todo o processo
da produção do café e comparando
as principais diferenças ocorridas na
substituição da mão de obra escrava
pela de imigrante; realizar o resgate
histórico do desenvolvimento do interior de São Paulo, comparando os
tipos de cultura e os meios de produção que foram destaque nos períodos analisados
3ª série
Com ou sem emoção? Com
emoção, claro! E para isso, nada
como pilotar um kart numa pista
profissional no Kartódromo Internacional da Granja Viana. Com a
palavra novamente o coordenador
da área de Exatas do Jardão: “Ali
os alunos aprendem todos os conceitos possíveis ligados a motor,
carros e pistas e encerram a visita
pilotando, por vinte minutos, um
kart”. De quebra, ainda há possibilidade de se ver por ali um piloto
profissional. “Já encontramos Rubens Barrichello treinando com o
filho duas vezes”, relata Feliz.
Recordação
Pranchetas, máquinas fotográficas e filmadoras nas mãos, nossos
jardanenses partem como pesquisadores não sem antes terem lido
pelo menos um pouco a respeito do
“meio” que vão ver — proposta pedagógica prevista nos estudos. Em
todos eles, os quatro sentidos do
corpo humano foram muito utilizados, provocando sensações inesquecíveis. Em Salesópolis, por exemplo,
bebeu-se água limpa e transparente
direto da fonte do rio Tietê; em Bertioga, fincaram-se os pés na lama
(mangue); em Santos, viram-se tubarões e outras espécies no aquário;
na Fazenda Ibicaba, respirou-se ar
puro e ainda se aprendeu um pouco
mais da história do desenvolvimento do interior paulista; e, na pista,
pilotando um kart, nossos alunos
sentiram-se o Ayrton Senna do Brasil, ex-aluno do Jardão!
13
aula extra
Pequenos
descobridores
Educação Infantil e 1º ano vivem experiências incríveis
O
primeiro semestre na Educação Infantil e 1o ano do
Jardão foi bem animado e
divertido. Os pequenos jardanenses
aprenderam e vivenciaram muitas
atividades interessantes, sempre
com possibilidades de novas descobertas.
No mês de abril, o coelhinho da
Páscoa visitou os pequenos e foi a
maior diversão! Eles puderam acariciar um coelhinho de verdade e
até dar comidinha para ele.
Na aula de Horta, os alunos
plantaram cenouras. Foi uma experiência maravilhosa! Para completar a comemoração, no projeto
14
de Arte, os alunos confeccionaram
uma linda cestinha de Páscoa.
No mês de maio, os alunos do 1º
ano realizaram um estudo do meio
no Aquário de São Paulo, considerado um dos maiores da América
Latina. Lá eles puderam conhecer
um pouco mais sobre hábitos de
animais aquáticos. Pinguins, tubarões, jacarés-albinos, lagartos, tartarugas mordedoras, peixes dos rios e
mares brasileiros foram apreciados
pelas crianças. Participaram também de uma sessão de cinema 4D
e sentiram um gostoso ventinho no
rosto, bolinhas de sabão caindo do
teto... Uma emoção e tanto!
cultura & arte
Livro de todos
ao alcance
Mostra montada anualmente no Jardão põe centenas de obras pertinho dos leitores
P
egar um livro na prateleira,
sentar e virar suas páginas
como se estivesse manuseando um objeto precioso. Assim são
as cenas que se têm anualmente nos
dias de feira do livro nas unidades
Cantareira e Cataguases. Alunos,
pais e professores têm à disposição centenas de obras. Não apenas
aquelas que têm relação com o dia
a dia acadêmico, mas também os
mais vendidos que constam nos catálogos das grandes livrarias. É só
esticar a mão e pegar. O livro está
ao alcance de todos.
Como sempre acontece nessa
mostra, os autores jardanenses também têm obras expostas.
Diferente da bienal realizada
nos grandes pavilhões de exposição
em cidades como São Paulo e Rio
de Janeiro, a Feira do Livro do Jardão é montada anualmente. Do menor ao maior, todos os alunos têm
oportunidade de não apenas visitar
a feira, mas pegar, folhear e ler um
pouco do texto para ver se a obra
o atrai. Transformadas em imensas
livrarias, as quadras das unidades
Cantareira e Cataguases deixam
à disposição do público – alunos,
pais e professores – uma grande variedade de obras literárias para que
eles possam se servir à vontade.
À mostra também se viam obras
assinadas por autores da casa das
15
cultura & arte
três unidades. Neste ano, as obras
dos expositores dos 2º ao 5º anos
versaram sobre o Ano Internacional
das Florestas. Alguns dos nossos pequenos artistas apresentaram releituras de obras dos pintores Romero
Britto, Tarsila do Amaral e Alfredo
Volpi, utilizando as mais diversas
técnicas e materiais. Até pinturas
com areia colorida em vidros, semelhantes às que se veem nos Estados
do Nordeste, havia na feira – todas
de nossos alunos. Algumas turmas
desenvolveram suas artes com materiais reciclados, tintas, papéis e
tecidos. Outros reproduziram em
quadros e camisetas os peixes, flores
e os gatos de Romero Britto.
A Educação Infantil e o 1º ano
do Ensino Fundamental focaram
seus trabalhos em animais: Mamíferos (Minimaternal), Ovíparos
(Jardim), Pré-históricos (Pré) e
Aquáticos (1º ano).
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16
evento
Dias das Mães,
uma festa que só vendo!
Mesmo usando-se todos os adjetivos de qualidade da língua portuguesa,
não se consegue passar aqui o clima dessa festividade
O
mês de maio no Jardão,
para os alunos e professores da Educação Infantil
ao 3º ano do Ensino Fundamental,
começa em março. Isso mesmo. É
que, nesse mês, coordenação, professores e inúmeros profissionais
começam a esquentar a cabeça com
uma preocupação muito saudável:
o que fazer para homenagear e
emocionar as mães.
O resultado da trabalheira vê-se
em dez festas realizadas alternada-
mente durante uma semana inteira
nas unidades Cantareira e Cataguases. A partir de temas específicos,
prepara-se decoração, escolhem-se
figurinos e repertórios e escrevemse textos para serem lidos. Literalmente, mexe-se com o coração das
mães. Muitas não vão sozinhas
assistir a esse espetáculo exclusivo
— levam cônjuges, avós e outros
parentes. Sabe-se até que as homenageadas esperam ansiosamente
esse dia. Triste mesmo elas ficam
17
evento
quando os filhos crescem e deixam
de participar da festa.
A preparação é toda feita em segredo. Nem mesmo a música que
será coreografada as mães ficam
sabendo — o combinado é os filhos
não contarem nada em casa. O figurino também é surpresa. Então,
18
quando entram no palco, maquiados
e caracterizados, não há mãe que resista — aliás, os pais também não resistem; aproveitam a meia-luz, para,
digamos, deixar rolar uma pequena
lágrima... Neste ano, os temas foram
Muitas formas de dizer “amo você, mãe!
e Mãe, criação divina.
A homenagem não se resume às
apresentações dos alunos. Além de
um vídeo focando no tema, exibido
sempre no início de cada festa, a cantora Paula Braga emocionou a todos
levando os alunos a cantar com ela.
Começo, meio e fim com muita pompa. Do jeito que as mães gostam!
evento
zer eu amo você, mnoãein! finito.
Muitas formas de di
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inabalável.
Amor... sentimento
ecido por sua força
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a,
adez
por gestos de delic
Mãe diz: ‘Eu amo você, meu filho!’
No olhar carinhoso e atento. No
aroma de uma refeição saborosa.
Na torcida incondicional. Nos beij
os calorosos e abraços apertados.
Na proteção e na defesa.
Na emoção, na educação e nos valo
res transmitidos. No modelo, no
alívio do sofrimento, na criação,
na religião e na oração. No limite
que salva, no pensamento positiv
o. Nos 365 dias do ano. E até na
sua simples presença, que transfor
ma uma casa em um lar...
Veja alguns
dos textos
lidos durante
as festas
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figura materna
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Por tudo isso, é
19
65 anos
O sonho não acabou
A escola sonhada 65 anos atrás continua a ser construída e, ao que
tudo indica, nunca terá fim
“
São Paulo comemorava seus
quatrocentos anos de vida. Em
uma de suas ruas de terra, asfaltada somente em seu topo, havia
um sobrado que abrigava uma família e um sonho. O sobrado era o
de número 342 da Avenida Leôncio
de Magalhães. O sonho, o da educação – partilhado entre os Meinbergs,
seis jovens educadores vindos de
Três Pontas, Sul de Minas Gerais. O
futuro era incerto, mas foi agarrado
com determinação. Na casa de dois
andares passou a funcionar o Externato Jardim São Paulo. A família
revezava-se nas funções da escola
como professores, coordenadores e
diretores.”
O trecho acima está no primeiro capítulo do livro Colégio Jardim
São Paulo 60 anos — Raízes e frutos.
Escrito pela professora Daniela Natale Tanferri Prisco, em comemoração aos sessenta anos do Jardão, em
2008, ele é o registro mais fidedigno publicado sobre a história dessa
instituição.
Leiamos mais um pouco.
“Dos irmãos, nem todos tinham
a experiência da sala de aula, mas
todos eram educadores natos e a
convivência diária lhes dava força.
´É isso, ou então estamos perdidos.’
Esse era o pensamento comum.
‘Cada refeição praticamente era
uma reunião pedagógica’, lembra
Paulo Meinberg [falecido dois anos
depois]. Discutiam-se os projetos, a
didática, os casos especiais de alunos. O externato começou com ‘seis
ou sete alunos e no final do ano
20
Neste sobrado, na rua
Leôncio de Magalhães,
tudo começou
65 anos
eram mais de cinquenta’, fruto do
trabalho incessante e da qualidade
e excelência do ensino, baseado na
tríade educação, arte e esporte.”
Alguns poucos anos depois,
conta Daniela, “Paulo Meinberg assumiu sozinho a direção da escola,
pois seus irmãos foram se dedicar
a outros projetos. ‘Segui tocando a
escola com o mesmo entusiasmo de
antes (...) agradeço sempre a Deus
ter me dado essa visão, eu tinha
uma visão convicta’. Novos e capacitados educadores foram contratados e a escola foi crescendo e se
firmando no bairro com a ajuda de
Christina Milano Meinberg, esposa do professor Paulo Meinberg. O
casamento só contribuiu para o desenvolvimento da escola. ‘Depois
Linha do tempo
Primeiro prédio
é construído na
Rua Cataguases
1948
1950
No sobrado da Rua Leôncio
de Magalhães, 342, nasce o
Externato Jardim São Paulo,
sob a direção de seis irmãos
Meinbergs
• Abre-se a primeira turma Paulo Meinberg
casa-se com
Christina Milano
Meinberg
1953
1957
para a 1ª série ginasial
• Externato passa a chamar-se Ginásio Jardim São Paulo
1965-1966
1966
1970
Prô Lúcia é
contratada para
lecionar ao 4º
ano do antigo
Primário
1971
• 23 de novembro:
é lançado o Voz do Externato
• Paulo Meinberg assume sozinho a direção
Ayrton Senna
da Silva é aluno
do externato
Forma-se a
primeira turma
do Ensino Médio
(Colegial)
21
65 anos
Unidade Cataguases
(vista parcial interna)
disso, foi mais rápido’, conta Paulo Meinberg. E a esposa completa:
‘Quem vê o colégio agora não diz
o que se passou antes’, mas eram
‘sempre tempos alegres’ compostos
de ‘pequenos sucessos.’”
Ainda de acordo com a autora,
Paulo Meinberg, na ocasião em que
foi entrevistado por ela, não se cansava de mencionar que “o bom êxito desse empreendimento não foi
conseguido sozinho. Existiu muito
Prô Lúcia
assume
coordenação
da Educação
Infantil
1970
1980
Alfredo de Andrada
Dodsworth (ex-aluno)
assume a direçãopedagógica da
unidade Cataguases
1985
• Escola tem novo nome:
Colégio Jardim São Paulo
• Sagra-se tricampeão das Olimpíadas
Infanto Juvenis da Cidade de São Paulo
• Logotipo do colégio passa a ter três estrelas
22
1986
esforço, trabalho incansável e dedicação de familiares e de pessoas amigas, que sempre o apoiaram em suas
necessidades, fossem elas financeiras
ou não. Em suas palavras, ‘o dinheiro
estava curto,... mas tive muita ajuda’.
E essa solidariedade foi fundamental
para que o externato se desenvolvesse fisicamente com a construção do
primeiro prédio na Rua Cataguases.
E cresceu de forma tão sólida que começou a gerar frutos.”
Maria de Fátima
Lima de Carvalho
assume a direçãopedagógica da
unidade Cantareira
Colégio Nova Cantareira passa a
ser chamado de Colégio Jardim
São Paulo — Unidade Cantareira. Abrem-se vagas para Educação
Infantil ao 5º ano
1987
1990
Adquirem-se 25 mil m2
de área na Avenida Nova
Cantareira: ali nasce o
Colégio Nova Cantareira,
voltado apenas para a
Educação Infantil
1998
• Inaugura-se a Faculdade
Cantareira, no bairro do Belém
• Comemorações dos 50 anos do
Jardão têm show de Toquinho na unidade Cantareira
65 anos
‘E a árvore frutificou’
Esse é o título que Daniela deu
ao terceiro capítulo de seu livro.
Lendo o primeiro parágrafo, tem-se
ideia do que a professora quis dizer. Acompanhe:
“Nas três unidades do Colégio
Jardim São Paulo, verifica-se hoje
uma estrutura muito bem alinhada, com definida linha filosófica
e pedagógica. O aluno, independente de sua idade, é impulsionado a construir um caráter crítico e
social a partir de situações vivenciadas no cotidiano da escola. O
processo ensino-aprendizagem é
pautado no incentivo à leitura e à
pesquisa. A tecnologia — a utilização das lousas smart board, por
exemplo – dinamiza esse processo,
contribuindo para a formação de
um indivíduo apto a desempenhar
seu papel na sociedade de forma
competente. Além dessa educação
formal, o colégio preocupa-se sobremaneira com a formação física
• Abre-se a unidade Tremembé (6º ano ao Ensino Médio)
• Maria de Fátima Lima de Carvalho assume a direção-pedagógica
Maria Elisa Meinberg de
Souza Pereira assume a
coordenação-geral da
unidade Cataguases
2000
Unidade Cantareira
(vista parcial interna)
das unidades Cantareira e Tremembé
• Patrícia Moretti Meinberg assume a coordenação-geral das unidades Cantareira e Tremembé
2002
É inaugurado o Teatro
Jardim São Paulo —
Sala Professor Paulo
Meinberg. Participa a
banda 14 Bis
2004
2007
Paulo Meinberg,
nascido em Três
Pontas (MG),
recebe título de
Cidadão Paulistano
2008
• Colégio Jardim São Paulo completa 60 anos. Tem-se uma missa campal na unidade Cantareira
• É lançado o livro Colégio Jardim São Paulo 60 anos — Raízes e Frutos
23
65 anos
Unidade Tremembé
(vista parcial interna)
e artística. Para tanto oferece atividades extracurriculares como teatro, capoeira, futebol, coral, balé,
natação e língua inglesa, entre outras, propiciando o crescimento holístico do educando. Alguns desses
cursos resultam de parcerias com
instituições conceituadas.”
Finaliza-se esta reportagem da
mesma maneira com que Daniela
Unidade Cataguases
classifica-se em 1º
lugar, entre as escolas
particulares da Zona
Norte, no Enem
2009
Unidades Cataguases e
Tremembé classificamse em 1º lugar, entre as
escolas particulares da
Zona Norte, no Enem
2010
encerrou seu livro: citando Guimarães Rosa in Grande sertão: veredas. “O senhor... Mire veja: o mais
importante e bonito, do mundo, é
isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas — mas que elas vão sempre
mudando. Afinam ou desafinam.
Verdade maior. É o que a vida me
ensinou. Isso alegra, montão.”
• Colégio Jardim São Paulo completa 65 anos de fundação
• Dia 18 de outubro — Inauguram-se o Espaço Recreativo
Educacional Christina Milano Meinberg e o Espaço de
Convivência Lúcia Maria Fernandes de Andrea
2011
• 15 de abril, morre Paulo Meinberg, fundador e diretor-geral do Jardão
• Unidade Tremembé classifica-se em 1º lugar, entre as escolas particulares da Zona Norte
e em 12º incluindo as públicas, no Enem
• Juliane Trianon Fraga, então aluna do 2ª série do Ensino Médio, conquista, na Nigéria, a medalha de prata, por seu desempenho individual, na International Junior Science Olympiad (IJSO).
24
2013
65 anos
Educação infantil
para adultos de amanhã
Novo prédio, inaugurado em outubro, tem infraestrutura tecnológica de última geração
Atualização: foto aérea antiga
e o novo prédio em fase de
acabamento (vista lateral)
Q
uem passa pela Rua Cataguases, altura do número
170, e pela Avenida Leôncio de Magalhães, sua paralela,
altura do número 380, nota em boa
parte das construções ali erguidas
duas cores em comum: o azul e o
branco dos azulejos que revestem
suas fachadas. Essas são as cores
dos diversos prédios do Colégio
Jardim São Paulo em pé nesses dois
logradouros.
A partir de outubro, um novo
edifício chamará a atenção dos moradores e da comunidade jardanen-
25
65 anos
Brinquedoteca: concepção artística focada na organização e criatividade das crianças
se quando subirem ou descerem
pela Leôncio de Magalhães. Batizado de Espaço Recreativo Educacional Christina Milano Meinberg,
a construção abriga garagem, refeitório, brinquedoteca, sala high tech,
campo de futebol society e horta —
tudo para usufruto dos pequeninos
da Educação Infantil.
Christina Milano Meinberg, que
empresta seu nome ao prédio, tornando-se sua patrona, só soube da
homenagem no dia da inauguração.
Tudo foi preparado “às escondidas” por seu filho, Paulo Meinberg
Júnior, diretor-administrativo da
escola. Viúva de Paulo Meinberg,
fundador e diretor-geral do colégio,
Christina, atual diretora-geral, agora tem seu nome gravado na placa
comemorativa descerrada no dia 18
de outubro durante a solenidade de
inauguração.
Organização e criatividade
Para dar conta do projeto da
brinquedoteca, contratou-se Orlane
Santos — Escritório de Arquitetura
& Interiores. “Desenvolvi o projeto
do ambiente focando na organização e criatividade das crianças”, relata a arquiteta Orlane. “Sendo um
espaço para lazer, ele direciona a
criança a manter e preservar a organização local.” Bastante lúdico, e ao
mesmo tempo seguro, o ambiente
foi pensado de maneira a permitir
a facilidade no uso e reuso de todos
26
os brinquedos, direcionando sua
arrumação e devolução.
Para se dar cabo à missão de se
construir bons “cômodos” na “morada querida”, Orlane contou com
o apoio das coordenadoras da Educação Infantil — professoras Katia
Ribas e Deize Ganzauskas Pavanelli — e do coordenador de Tecnologia da Informação — Ricardo
Bochichio. Carlos Roberto dos Santos, encarregado de Suprimentos
do Jardão, trabalhou diretamente
na supervisão de todos os trabalhos
relacionados à obra.
O maior desafio de Orlane, segundo conta, foi criar algo que se
relacionasse harmoniosamente. “A
ideia da área externa, com casinha e
quintal remetendo à casa da criança, com certeza foi o momento inicial mais bem escolhido.” A arquiteta já tem sua assinatura em outras
brinquedotecas, “porém, para uma
escola e do tamanho que é (100 m2),
foi a primeira vez”. Vale ressaltar
ainda nessa construção o reuso dos
brinquedos. “Todos foram reaproveitados”, explica Orlane. “O reuso
é o segundo ‘R’ da sustentabilidade. Os demais são redução e reciclagem.”
‘High-tech‘
A tecnologia de ponta, presente na unidade Cataguases em mais
de quarenta salas de aula, também
equipa a nova sala. Bochichio in-
Christina Meinberg: novo
prédio tem seu nome
forma: “Temos nesse ambiente infraestrutura tecnológica contendo
mesas de trabalho multimídia, tablets e lousa digital Smart Board”.
Todos esses recursos formam um
ambiente bastante aconchegante e
preparado para receber os alunos
com muita ergonomia e conforto para que possam interagir com
mais mobilidade nas atividades
propostas.
65 anos
Proativa
como ninguém!
Há 42 anos no Jardão, Prô Lúcia recebe homenagem com nome em placa
Prô Lúcia: homenageada
com placa, empresta seu
nome a instalações
N
o melhor sentido da expressão, Prô Lúcia é parte
dos móveis e utensílios do
Colégio Jardim São Paulo. Não há
quem não a conheça, do aluninho
do Maternal ao jovem da 3ª série do
Ensino Médio da unidade Cataguases, ela é admirada e respeitada. E
isso inclui também, claro, seus colegas do corpo docente.
Espaço de Convivência Lúcia
Maria Fernandes de Andréa. Esse
é o nome agora de uma área do
colégio. Também inaugurado no
dia 18 de outubro, o espaço está
marcado com uma placa comemorativa descerrada na presença
de professores, coordenadores e
direção do Jardão e também dos
filhos Nicolau de Andréa Neto e
Ana Paula Fernandes de Andréa,
jardanenses, claro.
Para quem não sabe, Lúcia teve
aulas no sobrado que estampa a
capa da presente edição de O Jardão. Acompanhou a evolução da
escola e, exatamente no dia 1º de
março de 1971, voltou para ser a
Prô Lúcia que todos conhecemos.
Todos os dias, no início de cada
um dos períodos, está na porta
principal da unidade Cataguases,
recebendo alunos do Ensino Fundamental para, em seguida, cantar com eles, na quadra, o Hino
Nacional Brasileiro. Sua sala era
a dos alunos do 4º ano do antigo
Primário. Nos anos 1980, sugeriu
ao professor Paulo Meinberg que
colocasse alguém para interme-
diar o contato dos pais com a instituição, já que esse atendimento,
até então feito pelos professores,
acabava tomando muito tempo
deles. Sugestão aceita, ela mesma
se tornou a primeira coordenadora
do Jardão.
Hoje, Prô Lúcia é coordenadorageral da Educação Infantil e Ensino
Fundamental da unidade Cataguases. Está sempre pronta para dar
seu apoio e passar sua experiência
desses 42 anos de convivência na
casa aos seus colegas mais novos.
Sobre o professor Paulo Meinberg,
“meu mestre”, ela diz: “Ele deixou
para todos nós uma proposta de
vida humanizada para ser transmitida e alicerçar o aprendizado e a
educação em que acreditamos”.
27
65 anos
Como uma luva
Patrícia Meinberg, coordenadora-geral das unidades
Cantareira e Tremembé, fala de seu trabalho
Patrícia (à esq.), com Fátima: vivenciando a escola em várias funções desde 1997
S
empre que tem oportunidade,
Christina Milano Meinberg,
diretora-geral do Colégio Jardim São Paulo, faz questão de frisar
seu apreço e o de seu marido, professor Paulo Meinberg, pela nora,
Patrícia Moretti Meinberg. Casada
com Paulo Meinberg Júnior, diretoradministrativo do Jardão, Patrícia
chegou ao colégio há dezesseis anos,
a convite do sogro. “Ela caiu como
uma luva”, salienta a professora
Christina, dizendo que era assim
que seu marido se referia à nora.
“Essa frase me traz muita emoção”,
comenta Patrícia. E completa: “Penso que, de algum modo, pude dar
continuidade aos sonhos e ideais do
professor Paulo na educação”.
28
Formada em magistério e em
psicologia, Patrícia não se cansa
de estudar. Tem especialização em
raciocínio clínico e sempre está frequentando cursos de atualização e
formação continuada. “Nunca podemos parar de estudar”, afirma. E
cita o filósofo Mário Sérgio Cortella:
“Não nascemos prontos... estamos
em constante formação e somos
eternos aprendizes”.
O Colégio Jardim São Paulo,
como se vê nesta edição especial
de O Jardão, também não nasceu
pronto. Há 65 anos ele está em
constante formação e, o que é melhor, gerando eternos aprendizes
como Patrícia. Conheça-a melhor
na entrevista abaixo.
Quando você chegou ao Jardão e
qual era a sua função?
Patrícia — Cheguei à unidade
Cantareira em 1997, dezesseis anos
atrás. Fui convidada pelo professor
Paulo [Meinberg, fundador do colégio]
para trabalhar nessa unidade juntamente com a diretora, [Maria de]
Fátima [Lima de Carvalho] — minha
grande parceira presente em todas
as horas. Aliás, saliente-se, Fátima
sempre foi uma grande educadora.
Destaca-se por seu comprometimento, profissionalismo e pelo entusiasmo que carrega em seu coração. Tenho uma grande admiração
pela pessoa que ela é.
Quando cheguei, perguntei ao
professor Paulo qual era a minha
função ou qual seria sua expectativa em relação ao meu trabalho. Ele
deu um sorriso maroto e me disse:
“Você pode fazer ou procurar o
que quiser”. Passado algum tempo, eu brincava com ele sobre isso,
pois sempre encontrava mais coisas
para fazer. Naquela época, a escola
era menor, tínhamos por volta de
160 alunos. Fazíamos de tudo, desde trabalhos na secretaria até atendimento aos pais e alunos. Foi um
período muito rico em experiências,
pois vivenciamos a escola em variadas funções.
Hoje, qual é sua função?
Patrícia — Hoje, meu trabalho concentra-se na coordenaçãogeral das unidades Cantareira e
Tremembé. Contrato professores e
auxiliares para a Educação Infantil
e Fundamental I [1º ao 5º ano] das
65 anos
unidades Cantareira e Cataguases.
Atendo pais e alunos, coordeno
eventos, dirijo reuniões com professores e coordenadores, etc. Meu
trabalho só acontece porque tenho
uma equipe muito competente e
muito unida. Há união de forças.
Trocamos opiniões e experiências.
Como você avalia seu trabalho
até hoje?
Patrícia — Meu trabalho se desenvolveu muito desde que entrei
no colégio. Hoje tenho maior clareza e segurança sobre onde e quando atuar. Comparo nosso trabalho
ao voo dos gansos — há revezamento, trocas, liderança e muita
união.
Como você avalia o crescimento
do colégio (as três unidades)?
Patrícia — O crescimento do
colégio se deu porque ele foi plantado num solo fértil, com condições
favoráveis. Continuou sendo regado e cuidado. A missão continuou,
pois o legado foi deixado com muita sabedoria. Exemplo, seriedade,
compromisso,
responsabilidade,
determinação, dedicação, competência e humanização foram ingredientes fundamentais para fortalecer esse crescimento.
A partir do seu trabalho, o que
foi mudando no colégio?
Patrícia — É difícil dimensionar o meu trabalho. Tenho o privilégio de fazer parte da Família
Meinberg, mas essa condição não
limita o meu olhar mais profissional. Procuro desvincular esse olhar
do núcleo familiar para que, junto
ao grupo de trabalho, as decisões
possam ser mais acertadas. Quanto às mudanças no colégio, sempre
acreditei que a unidade Cantareira
podia crescer e melhorar suas instalações físicas. E isso aconteceu.
Depois, a unidade Tremembé deu
continuidade ao trabalho da unidade Cantareira.
Família Meinberg durante missa
campal celebrando sessenta
anos de Jardão (2008)
Também sempre achei importante termos lugares sociais mais
atrativos para a Educação Infantil e
Fundamental I, tais como brinquedoteca, parques, cantinhos de leitura, informática, horta, etc. Aos poucos, tudo isso foi sendo conquistado. Além disso, pares avançados
(formação continuada) trouxeram
para toda a nossa equipe pedagógica novas roupagens e descobertas
— um novo olhar para a nossa proposta pedagógica.
O que é ‘assentar como uma
luva’?
Patrícia — Lembrar-me do professor Paulo dizendo essa frase para
mim me traz muita emoção! Penso
que, de algum modo, pude dar continuidade aos seus sonhos e ideais
na educação. Tínhamos um vínculo
muito forte. Eu sempre o admirei
por seu profissionalismo, seus valores, seu otimismo, sua ética e, principalmente, sua paixão pela educação.
Fale do prazer de ver seus filhos
crescendo, formando-se. Onde cada
um deles está atualmente?
Patrícia — Constituímos uma
família da qual temos muito orgulho. Minha filha, Carolina, tem vin-
te anos e cursa o 3º ano de psicologia. No período da tarde, ela já fica
no colégio vivenciando um pouco
desse universo tão amplo e maravilhoso. Paulo Henrique está no 2º
ano de administração de empresas
— percebemos que ele tem um tino
em administração muito forte desde
novo. Felipe, nosso caçula, completará quinze anos este ano e caminha
para o Ensino Médio no Jardão.
Quais são os planos para o futuro?
Patrícia — O futuro é fortalecer
essa nova geração para dar continuidade a um trabalho tão digno e
maravilhoso que seus avós — Paulo
Meinberg e Christina Milano Meinberg — deixaram plantado: a construção do ser humano. Fazer parte
da história de cada aluno que passa
pelo nosso colégio não tem preço.
Desejamos que o novo seja bemvindo para manter o que é essência
e transformar o que for preciso. Esse
é o ciclo da vida! Para terminar, cito
Cora Coralina: “Se for para esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear, que seja para
produzir milhões de sorrisos, solidariedade e amizade”.
29
65 anos
De volta
ao lar
Ex-alunos, professores contam um pouco da própria história no Jardão
N
esta revista, já falamos um
pouco sobre a história do
Colégio Jardim São Paulo e
dos prédios de suas três unidades.
Mas um bom colégio não é feito só
de prédios, nem de sua grade curricular. Uma boa escola precisa de
bons professores, que sejam capazes de ajudar os alunos a assimilar
e compreender o conteúdo apresentado em sala de aula, que saibam motivá-los a estudar e a ver o
conteúdo das aulas não como algo
que são obrigados a aprender, mas
como algo que é realmente interessante aprender.
Ser professor está muito longe
de ser uma tarefa fácil. Porém, é
gratificante saber que seu trabalho
contribui para a formação de tantos
jovens que participam do desenvolvimento de nossa sociedade. Mais
gratificante ainda é quando um aluno decide seguir os passos de seus
mestres e... tornar-se professor.
Nesses 65 anos de história, vários
ex-alunos retornaram à escola como
professores, enriquecendo nosso
corpo docente. Para esta reportagem, selecionamos apenas alguns
deles, no intuito de representar tão
numeroso e maravilhoso grupo.
Do outro lado
da sala de aula
Ensinar na mesma escola em que
já estudou certamente proporciona
um novo ponto de vista em relação
30
ao aprendizado. E um novo ponto
de vista em relação aos professores,
muitas vezes vistos pelos alunos
como “chatos”. Marcel Ligabô, professor de Geografia nas unidades
Cataguases (a partir deste ano) e
Tremembé (desde o ano passado),
explica: “Por um lado, você já conhece bem a escola, como ela funciona.
Mas percebo, como professor, atitudes que antes achava chatas, mas
que hoje percebo como parte do ensino. A gente aprende a valorizar professores que antes não valorizava.”
Marcel, que estudou na unidade
Cataguases, conta que é bastante
nostálgico entrar nas salas de aula
e lembrar como elas eram e das coisas que aconteciam na época. Essa
“A gente
aprende a
valorizar
professores
que antes não
valorizava”
Marcel
65 anos
que também foi contratado por Alfredo, brinca: “Acho que não fui tão
mau aluno como pensava!”
Encontro de gerações
“Fui muito feliz
na minha vida
escolar”
Paula
nostalgia é compartilhada por Paula Ordrini, professora de Artes
e Desenho Geométrico
na unidade Tremembé
desde 2008. Ela estudou no Jardão no final
da década de 1980 e por
toda a década de 1990.
“É muito bom trabalhar
em um colégio em que
fui muito feliz na minha
vida escolar”, relata.
“Estudei de 1983 a
1994, ou seja, passei pelos antigos Primário,
Ginásio e Colegial [respectivamente, os Ensinos
Fundamental I, Fundamental II e Médio] na Unidade Cataguases”, conta
Andreia
Yamamoto,
coordenadora de Apoio
Pedagógico dos 6ºs anos
(tarde) na unidade Cataguases e professora de reforço de
Química na unidade Tremembé.
Andreia começou a lecionar no colégio em 2007, chamada pela coordenadora-geral Maria Elisa Meinberg
e pelo diretor Alfredo Dodsworth.
Para ela, “o carinho e a dedicação de
todos os funcionários faziam desse
ambiente um segundo lar”. Marcel,
No Colégio Jardim São Paulo,
esses antigos alunos que hoje lecionam como professores, muitas
vezes, são colegas de trabalho de
diretores, coordenadores, professores e funcionários que já trabalhavam na escola naqueles anos.
Andreia conta: “Reencontrei vários professores e funcionários de
outrora, e essa foi a melhor surpresa da minha volta ao colégio.
No dia em que trouxe o currículo,
fiquei feliz demais ao reencontrar
queridos funcionários — e ser lembrada por eles depois de anos de
ausência! —, como a dona Mirtes,
dona Vera, Bahia, Eliane, Feliz,
Maria Elisa, Alfredo...”
Andreia comenta que, desde
que (re)ingressou no CJSP, recebeu
“incondicional apoio e torcida por
parte da equipe como um todo”.
Se como antigos alunos eles tiveram (e têm) contato com uma geração anterior, hoje também têm contato com uma geração mais nova,
da qual talvez saiam futuros novos
professores. Nesse aspecto, o fato
de já terem estado (literalmente) no
lugar de seus estudantes ajuda os
professores a criar um vínculo com
eles. “Os alunos gostam de conhecer essa história, os exemplos da
minha trajetória”, diz Marcel.
Em família
Tanto estudantes como professores, por todo o tempo que passam no ambiente escolar, tendem
a enxergar o colégio como uma
segunda casa e as pessoas que ali
estudam ou trabalham como uma
segunda família. E, algumas vezes,
sua primeira família também faz
parte da escola.
Esse é o caso da professora do 2º
ano do Ensino Fundamental, Marlene Schwelling Rodella, da unida-
31
65 anos
“O colégio era
uma grande
família onde todos
se conheciam”
Marlene
32
de Cataguases. Marlene começou
a estudar no Jardão em 1962, com
seis anos de idade, e foi até a 2ª série do Ensino Médio. “O colégio era
pequeno, com poucas professoras e
alunos, mas era uma grande família
onde todos se conheciam”, lembra.
Em 1976, regressou como professora da então Pré-escola.
Marlene não é a única pessoa de
sua família a trabalhar na
escola: sua filha, Amanda
Schwelling Rodella, hoje
leciona na Educação Infantil da unidade Cantareira.
E se Marlene conhece o
colégio desde o antigo préprimário, a experiência de
Amanda começou ainda
mais cedo: “Minha história com o colégio já começou dentro da barriga da
minha mãe, quando ela ia
trabalhar”, conta Amanda.
“Depois, aos três anos, iniciei minha vida no colégio
e continuo nele até hoje,
com trinta anos.”
Quais as memórias de
Amanda ao longo de sua
trajetória no Jardão, seja
como aluna ou professora?
Ela faz uma lista:“Piano da
‘Prô’ Lúcia, piscina desco-
berta, surgimento das outras unidades e faculdade, campeonato esportivo entre as classes na hora do lanche, passeio de charrete na unidade
Cantareira nas festas juninas, cantina com o ‘Seu’ Américo, o ‘tio da pipoca’ que vendia pipoca com bacon
dentro do colégio, azulejos com a
imagem de Chapeuzinho Vermelho
perto da piscina, um espaço do colégio conhecido como ‘borrachão’,
fotos do ‘Seu’ Zaga, etc.”
De acordo com Marlene, é muito bom ser professora no mesmo
colégio em que estudou, pois já se
conhecem todos os locais do trabalho e todas as pessoas que ali se encontram — como uma continuação
da sua casa e família. E se essa professora teve sua primeira família
integrada à escola, o mesmo acontece com outros estudantes: “Como
professora, posso dizer que é muito
gratificante poder acompanhar a
evolução das crianças e, um dia, ver
aquele aluno trazendo seu próprio
filho ao colégio para você dar continuidade a esse segmento.”
‘Minha qualidade de ensino
continua a mesma, mas as
minhas fachadas...’
Seja na aparência da escola, seja
na atualização de sua grade curricular ou sistema de avaliação, mudanças são inevitáveis com o passar dos
anos. Para essas pessoas que conheceram o Colégio Jardim São Paulo
como alunos e hoje atuam nele como
professores, o que mudou?
“O objetivo quanto à formação
e integração do aluno e provas exigentes são semelhantes aos da época em que estudei”, conta Paula.
“Porém, foram introduzidas aulas
mais tecnológicas, com o diário web
e outras inovações para contribuir
ainda mais na formação dos alunos.” Por sua vez, Marcel destaca
que, hoje, o colégio conta com mais
espaço e maior infraestrutura para
os alunos, destacando o local do colégio para prática de esportes.
65 anos
“Aos três anos,
iniciei minha vida no
colégio e continuo
nele até hoje”
Amanda
1989 e 2013: Amanda
com a professora
Rosana Celi Carneiro,
hoje colegas na
unidade Cantareira
“Ao regressar, recebi
incondicional apoio
e torcida por parte
de toda a equipe”
Andreia
Em relação ao sistema de ensino e avaliação, Paula diz não ter
encontrado dificuldades. “Pelo
fato de eu ter estudado do Infantil ao Ensino Médio no CJSP, estava habituada com as exigências
diárias de estudo e dedicação. Na
época, a nota média para aprovação era 7.” Para Marcel, uma das
maiores mudanças em relação ao
seu período como aluno na escola
é o uso da tecnologia em sala de
aula. O advento tecnológico ajuda
na formação.
“Uma lembrança que tenho é a
série de ‘transformações’ nos uniformes”, relembra Marlene. “Usava
boina, gravatinha, meião... Com o
tempo, os uniformes foram mudando bastante.” E o que se manteve?
A resposta vem de Andreia: a missão principal do colégio, desenvolver a formação educacional e socio-
cultural dos alunos, para
que eles possam atuar na
sociedade com responsabilidade, ética e solidariedade. E, para cumprir
essa missão, o ponto de
vista de um estudante
faz toda a diferença.
“Reconheço que muito me vale como professora e coordenadora retomar experiências como
estudante de outrora.
É maravilhoso participar de projetos de vida,
construídos pelos nossos queridos
professores e alunos, mas também
apoiados pelas famílias e demais
funcionários do colégio”, afirma a
coordenadora de Apoio Pedagógico.
Amanda sente-se muito satisfeita em ser professora no lugar em
que passou boa parte de sua vida e
deixa seu recado para a escola que
já conhecia antes de nascer: “Obrigada, Colégio Jardim São Paulo.
Obrigada, a todos os professores
que eu tive, pela dedicação. Obrigada a todos os colegas de trabalho
que, assim como eu, amam o que
fazem.”
33
65 anos
CD musical
marca 65 anos
A ser lançado em meados de novembro, disco conterá canções
de Paulo Meinberg
e
Vera Novack e
integrantes do Coral
Infanto Juvenil: “CD
será a mostra da
filosofia jardanense —
a união da educação e
cultura com a arte”
34
N
ão há como se comemorar aniversário do Jardão
sem ter música. Toquinho
cantou quando a escola completou cinquenta anos. Cinco anos
atrás, quando chegou aos sessenta,
formou-se um coral com mais de
trezentas vozes para participar de
uma grandiosa missa campal. Este
ano, quando se festejam os 65 anos,
novamente a música aparece. Dessa
vez em forma de CD. O projeto está
sendo realizado sob a direção de
Vera Novack, regente e coordenadora dos corais Jovem e Infanto Juvenil do Colégio Jardim São Paulo.
O CD terá sete composições assinadas pelo professor Paulo Meinberg, fundador do CJSP. Seis são
conhecidas e uma — Meu Grande
Amor — é inédita. Além disso, have-
rá uma faixa com o hino do colégio,
com imagens gravadas em vídeo e
participação de cerca de quatrocentos alunos integrantes dos corais
Infantil, Infanto Juvenil e Jovem do
colégio. A gravação está agendada
para 20 de outubro, no Teatro do
Colégio Jardim São Paulo.
Os arranjos instrumentais são
de Neno Gomes, produtor da Sony.
As gravações estão sendo realizadas no Estúdio Cantareira. Além
de marcar as comemorações dos 65
anos da escola, o CD será um importante veículo de compartilhamento
da própria história do Jardão. “Ele
será a mostra da filosofia jardanense: a união da educação e cultura
com a arte”, define Vera. “Também
será uma ótima oportunidade de
nossos alunos conviverem com mú-
65 anos
sicos profissionais e vivenciarem a
experiência prazerosa da gravação
de um trabalho musical em estúdio.”
Pianista e graduada em regência, Vera já dirigiu vários corais em
São Paulo, entre eles o Coralusp, da
Universidade de São Paulo, onde
também ministrou aulas de Percepção Musical e Técnica Pianística. Ao
falar sobre o projeto, a maestrina
cita o fundador do Jardão: “O pro-
fessor Paulo Meinberg representa
para todos nós uma figura muito
importante, um grande exemplo.
Sempre vi nele uma pessoa que não
media esforços para que artistas em
potencial pudessem transformar o
talento em profissão.”
A previsão é de que, em meados
de novembro, o CD seja entregue a
cada família, desde os atuais alunos
aos integrantes novos que efetuarão
matrículas neste ano.
As músicas do CD
O Coreto
Ação de Graças
Samba do Relógio
Minha Terra
Serra da Cantareira
Meu Grande Amor
Hino do Colégio Jardim São Paulo
Reminiscências
Homenagem ao professor Paulo Meinberg,
fundador do Colégio Jardim São Paulo
Lembraremos você...
Quando uma banda tocar;
No céu, a lua passear;
Na escola, o aluno estudar.
Lembraremos você...
No lindo verso de um poema.
No canto da siriema,
Quando o berrante ecoar.
Lembraremos você...
No coro dos pequeninos,
Na viola, nos violinos,
Na sanfona a dedilhar.
Lembraremos você...
Nas flores, nos passarinhos,
Na festa dos macaquinhos,
No curau a cozinhar.
Lembraremos você...
No trabalho persistente,
Muito sério e competente,
Desafio a enfrentar.
Lembraremos você...
Na palavra que consola,
Numa moda de viola,
Minas Gerais a cantar.
Lembraremos você...
No drible do jogador,
Na piada, no bom humor,
No caipira a prosear.
Lembraremos você...
No coreto iluminado,
Baixo tuba caprichado
Pro povo se emocionar.
Lembraremos você...
No olhar dos necessitados,
Dos humildes, dedicados,
Que buscou sempre ajudar.
Lembraremos você...
Nas estrelas, no infinito,
Onde deve estar escrito
Que a gente vai se encontrar.
Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira
Coordenadora-geral da unidade Cataguases
35
tecnologia
Ligação direta
Modernos laboratórios de Informática para ensino e informações em
nuvem privada integram administração, coordenação e corpo docente
O
ensino tecnológico sempre foi incentivado pela
direção do Colégio Jardim
São Paulo. Por isso, além de manter uma área de Tecnologia da Informação (TI), com profissionais na
área de webdesign, desenvolvimento (sistemas e aplicativos educacionais) e infraestrutura, a escola tem
em suas três unidades (Cantareira,
Cataguases e Tremembé) laboratórios de Informática equipados com
hardware Dell, referência de equipamentos no setor. Ricardo Bochicchio, coordenador de TI, explica:
“Nossa moderna infraestrutura ao
longo dos anos vem trazendo significativos resultados educacionais e
são nesses espaços que nossos alunos têm aulas regulares de Tecnologia Educacional, cada série com um
objetivo diferente, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio”.
A cobertura tecnológica do Jardão está abrangendo hoje mais de
oitenta salas de aula. Nelas há lou-
36
sas digitais interativas (Smart Board), projetores de alta resolução
com função em 3D, sistema de som,
Internet etc. Tudo para atender,
diariamente, mais de 3 mil alunos e
ir mudando a forma de agir e pensar da comunidade jardanense.
Destaque-se ainda o ensino tecnológico realizado por meio das
aulas de Robótica. “Aos poucos, ele
está criando uma nova geração de
pensadores mirins”, explica Bochicchio. “Essas turmas desenvolvem o
raciocínio lógico resolvendo situações-problema com a ajuda de softwares de programação e materiais
lúdicos da Lego Dacta (divisão educacional da gigante dinamarquesa
do setor de brinquedos).”
Na nuvem
O site do colégio — www.jardimsaopaulo.com.br —, repaginado
em 2012, é o grande catalisador das
atividades pedagógicas e administrativas da instituição. Bochicchio
salienta que ele é um portal moderno, ágil e com identidade institucional. “Em conjunto com o portal, as
redes sociais são as grandes ‘ferramentas’ de divulgação de nossas informações internas, proporcionando a todos uma comunicação mais
eficaz e direcionada.”
Ao longo das semanas, enviase à comunidade jardanense uma
grande quantidade de material de
estudo, circulares, calendários e atividades online, entre outros. Tudo
é medido e quantificado pelo setor
de TI. “É dessa forma que direcionamos nossos esforços a fim de
identificar o perfil de nossos alunos
e sempre estar com políticas de desenvolvimento com a ‘cara’ deles”,
revela Bochicchio. “Na área administrativa, o sistema acadêmico é
interligado na nuvem privada, e
nossos coordenadores, em conjunto
com o corpo docente, são integrados com todas as informações acadêmicas.”
exposição
Paixões DO BRASIL
Expocultural 2013 exibe características do País
F
oram dois grandes eventos
com o mesmo tema: Paixões
e riquezas nacionais — um na
unidade Cantareira (Tremembé),
outro na unidade Cataguases. Ambos, literalmente, com a cara do
Brasil, pois os visitantes, ao entrar,
logo viam um grande mapa do País
com a inscrição: “Qual é a sua paixão? Registre aqui”. Ao que consta,
aliás, esse painel teve grande aceitação, pois não houve quem não quisesse colocar ali um depoimento.
Ao todo apresentaram-se 144
trabalhos, sendo 63 do Tremembé
e 81 da Cataguases. A coordenação das mostras da Expocultural
2013 ficou por conta das professoras Maria de Fátima Lima de
Carvalho e Maria Elisa Meinberg
de Souza Pereira, respectivamente
diretora-pedagógica da unidade
Tremembé e coordenadora-geral
da unidade Cataguases. Junto a
elas trabalharam as equipes de
coordenação de Apoio. Micheli
Cristina Goulart Caniloi e Adriana
de Souza Carvalho, da Tecnologia
Educacional, orientaram as práticas digitais.
Os trabalhos da Expocultural
são examinados por professores e
coordenadores, desde o processo de
elaboração à apresentação final, no
estande. A preparação para a expo
está baseada na divulgação do tema
central, consequente divisão de
subtemas (elaborados pela coordenação de área do colégio) e sorteio
em sala de aula por grupos formados com cinco a seis alunos.
Dois formatos
A partir deste ano, os eventos
culturais foram divididos em dois
37
exposição
formatos: a Expocultural, tradicional mostra de trabalhos em estandes, agora é realizada somente pelos alunos dos 4º ao 7º anos, de dois
em dois anos. Os alunos do 8º e 9º
anos realizam a Semana Cultural,
momento também de intensificação
38
do processo de pesquisa escolar e
trabalho em grupo (como na Expocultural). Porém, a apresentação
final é em formato de seminário,
dentro da sala de aula.
Esse novo desenho cultural tem
o intuito de acompanhar melhor a
evolução dos processos escolares,
tornando os eventos adaptados a
cada faixa etária e proporcionando
aos alunos ainda mais motivação
no processo de construção do conhecimento dos temas sorteados
para os trabalhos.
teatro
Menestréis na ribalta
Alunos do Curso de Teatro do Jardão preparam dois espetáculos para o fim do ano
Encenação: objetivo
é desenvolver nos
alunos musicalidade,
reflexo e intuição
E
stá indo de vento em popa a preparação de duas peças
com a participação dos alunos do Curso de Teatro do Colégio Jardim São Paulo. Para se obter maior rendimento, o
grupo foi dividido em dois. Os ensaios são às segundas-feiras,
no Teatro Jardim São Paulo. À tarde, a partir das 16 horas, há
um grupo ensaiando A dança dos signos. À noite, começando às
19 horas, outra turma ensaia Lendas e tribos. As apresentações
estão agendadas para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro.
A coordenação do curso de teatro, a partir deste ano, está por
conta da Oficina dos Menestréis, companhia criada, em 1981,
pelo cantor Oswaldo Montenegro. No Jardão, atua como diretor
das peças o ator Rica Santana — há vinte anos integrante da
equipe de Oswaldo — e sua assistente de Direção, Fábia Dias.
Oswaldo Montenegro é o autor do musical A Dança dos signos. Já Lendas e tribos tem roteiro assinado por Candé Brandão
— as músicas são de autores variados.
De acordo com Rica, o método utilizado no Jardão é o mesmo que Oswaldo utiliza para dirigir seu elenco de atores, cantores e bailarinos: “Nosso objetivo não é formar atores. Queremos que os alunos desenvolvam musicalidade, reflexo e intuição e percam o medo de errar em cena”.
39
teatro
Ayrton Salvanini
é Fernando em Pessoa
Poemas do poeta português e de seus heterônimos são recitados pelo ator.
Alunos da 3ª série do Ensino Médio são a plateia
O
s alunos da 2ª série do Ensino Médio, das unidades
Cataguases e Tremembé, já
sabem: quando chegam à 3ª, têm um
encontro marcado com Ayrton Salvanini e Fernando Pessoa. No Teatro
Jardim São Paulo, Salvanini interpreta para essa série, exclusivamente,
poemas do poeta português e seus
três heterônimos — Alberto Caeiro,
Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
O cenário é muito simples, mambembe, montado pelo próprio ator. À
medida que Salvanini se adapta a ele,
as personagens ganham vida.
Um “bar” recebe “Fernando Pessoa”, ele mesmo, pois era assim que
os antigos poetas se apresentavam no
passado. A maior alegria deles era fazer
aquilo de que mais gostavam: poesias
para o seu público.
Na sequência, Salvanini encarna
Alberto Caeiro, considerado o mestre
de todos os heterônimos de Fernando
Pessoa. O poeta do campo possui um
vocabulário simples e limitado. Tem
como principal característica a utilização do simbolismo em suas obras.
Depois de interpretar o Guardador
de rebanhos, poema que identifica o
40
primeiro heterônimo criado por Pessoa,
Salvanini dá vida a Ricardo Reis. Segundo explica o ator, esse poeta criado
por Pessoa procurou, durante a vida,
sempre o que era impossível de conseguir. Apresentava escrita refinada, concisa e um vocabulário latino. Reis levava em sua poesia o paganismo, assim
como Caeiro, cultivando nas palavras a
mitologia greco-latina.
Álvaro de Campos é um dos mais conhecidos pelo público. Ele é vanguardista e cosmopolita. A característica principal de seus poemas é o estilo futurista.
Neles, o autor refere-se à civilização moderna e ao encanto pela vida na cidade.
Para finalizar a apresentação, Salvanini interage com os alunos, chamando-os ao palco para interpretar algumas
poesias de Pessoa e seus heterônimos.
Ao levar Salvani aos alunos da 3ª série
do Ensino Médio, o Jardão tem por
objetivo ajudá-los na preparação para
os exames vestibulares
40
esportes
Olijardão,
uma maratona esportiva
Em onze dias de competição, Acampamento Cantareira recebe cerca de 1.500
atletas do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio
O
s alunos do 6º ano da
unidade Cataguases chegaram cedo no Acampamento Cantareira. Eles foram os primeiros a competir na Olijardão 2013.
Para que esses atletas pudessem encontrar as instalações prontas, dias
antes os professores de Educação
Física, coordenados por Renato Augusto Fernandes e Maria Cristina
Trindade de Aguiar, deixaram tudo
em ordem, preparando planilhas,
fazendo marcações, separando medalhas e checando a infraestrutura
para nada dar errado.
E assim foi: nada deu errado.
Durante onze dias, o acampamento se transformou em “vila olímpica”, recebendo ao todo 1.421
atletas. A agenda ficou assim distribuída em agosto — unidade
Cataguases: dia 5, 6º ano (189 alunos); dia 6, 7º anos (165); dia 7, 8º
ano (169); dia 8, 9º ano (172); dia 9,
1ª série (80); dia 12, 2ª e 3ª séries
(108). Unidade Tremembé: dia 13,
Ensino Médio (109 alunos); dia 14,
6º ano (112); dia 15, 7º ano (124);
dia 16, 8º ano (100); e, dia 19, 9º
ano (93).
41
esportes
As modalidades da Olijardão
são variadas, sempre buscando
atender a turmas femininas e masculinas. A cada final do dia, antes
de retornarem, os competidores recebem as medalhas de participação.
A competição foi realizada no
Acampamento Cantareira pela terceira vez. Até então, os jogos tinham
lugar nas quadras das unidades do
colégio. Optou-se em pelo acampamento por ser lá um lugar amplo,
arborizado e com diversas instalações, o que imediatamente caiu nas
graças não só dos organizadores
mas também dos competidores.
42
42
esportes
43
44
44
esportes
Os primeiros troféus
do ano já chegaram!
Futcup, um dos principais eventos esportivos de São Paulo na modalidade
futsal, já rendeu pódio ao Jardão
A
competição começou em
março e teve a final realizada
no dia 25 de maio, no Colégio
Rio Branco da Granja Viana. Com
uma campanha irrepreensível, as
unidades Cataguases e Tremembé
representaram muito bem o Colégio Jardim São Paulo na Futcup, um
dos principais torneios de futebol
de salão de São Paulo.
Na categoria sub12, com a participação simultânea das duas unidades, Cataguases e Tremembé se
encontraram na semifinal. “Um
jogo digno de final”, destaca o coordenador de Esporte, professor
Luiz Carlos Delphino de Azevedo
Júnior. A unidade Tremembé venceu por 2 a 1, classificando-se para
a final. A equipe da Cataguases, por
sua vez, disputou o 3º lugar contra
a equipe do Colégio 12 de outubro.
No primeiro jogo do dia das finais, a equipe da Cataguases iniciou
perdendo o jogo e, aos 20 segundos
finais da partida, conseguiu o empate de 4 x 4, levando o jogo para disputa dos pênaltis. Saindo-se melhor,
conquistou o 3º lugar da competição.
Na final da sub12, a equipe do
Tremembé iniciou sofrendo um gol,
mas, com muito esforço e trabalho
de equipe, conseguiu virar o jogo e
conquistar o título de campeão.
45
esportes
A categoria sub 14 (Cataguases)
enfrentou o Colégio12 de Outubro.
Conta Luiz Carlos: “O jogo começou muito difícil, com muita pressão da torcida adversária, mas conseguimos abrir o placar”. O placar
final foi 3 x 0 para o Jardão.
Em uma bonita vitória, os destaques das duas categorias ficaram
com o Jardão também: Sub 12 —
artilheiro do campeonato: Fernando Branco Moraes; vice-artilheiro:
Gustavo Eiji Yoshimi (ambos da
Balanço geral
unidade Tremembé). Sub 14 — Melhor jogador: Henrique Reis (unidade Cataguases). Sub 14 — Melhor
Goleiro: Luã Rebolo (unidade Cataguases). Os técnicos das equipes
são Alex Andreaça (Cataguases) e
Carlos Felix (Tremembé).
O Jardão está participando de
inúmeras competições em várias
modalidades. Os resultados e respectivas classificações podem ser
conferidos no site www.jardimsaopaulo.com.br.
Veja a atuação do Jardão em outros campeonatos (resultados até 6 de outubro)
6ª Copa Diggio
Unidade Cataguases
Equipe
Basquetebol Masculino Sub 14 Futsal Feminino Sub 15
Futsal Feminino Sub 18 Futsal Masculino Sub 8 Futsal Masculino Sub 9 Futsal Masculino Sub 10 Futsal Masculino Sub 11 Futsal Masculino Sub 13
Futsal Masculino Sub 15 Handebol feminino Sub 14 Handebol Masculino Sub 14 Classificação
Semifinal
Semifinalista da série prata
Finalista da série ouro
Semifinalista da série ouro
Semifinalista da série ouro
Semifinalista da série ouro
Finalista da série ouro
Semifinalista da série ouro
Vice-campeão da série prata
2º colocado na chave classificatória — resta um jogo para concluir a fase
Semifinalista da série ouro
Unidades Tremembé e Cantareira
Futsal Masculino Sub 8
Futsal Masculino Sub 10
Futsal Masculino Sub 12
46
Finalista da série ouro
Semifinalista da série prata
Semifinalista da série prata
esportes
Liga de Esportes Escolares — LE2
Unidade Cataguases
Basquetebol Masculino Sub 14
Basquetebol Masculino Sub 16
Voleibol Masculino Sub 14
Futsal Masculino Sub 10
Futsal Masculino Sub 12
Futsal Masculino Sub 14
Handebol Feminino Sub 16
Fase classificatória, 4º colocado — resta um jogo para concluir essa fase
Fase classificatória, 2º colocado — resta um jogo para concluir essa fase.
Fase classificatória — resta um jogo para concluir essa fase
Semifinalista série ouro
Segunda fase classificatória, série ouro — resta um jogo para a semifinal
Semifinalista, série prata — resta um jogo jogos para a semifinal
Classificado para as quartas de final
Unidade Tremembé
Futsal Masculino Sub 10 Futsal Masculino Sub 11 Futsal Masculino Sub 12
Futsal Masculino Sub 14
Futsal Masculino Sub 16
Futsal Masculino Sub 18
Voleibol Feminino Sub 14 Segunda fase classificatória, série ouro — resta um jogo para as semifinais
Fase Classificatória — restam dois jogos para concluir essa fase
Segunda fase classificatória, série ouro — resta um jogo para as semifinais
Segunda fase classificatória, série bronze — restam três jogos para as semifinais
Segunda fase classificatória, série prata — restam dois jogos para as semifinais
Segunda fase classificatória, série prata — restam dois jogos para as semifinais
Semifinalista, série bronze — falta um jogo para se definir a final
Campeonato Bola 5
Unidade Cataguases
Futsal Masculino Sub 8
Futsal Masculino Sub 10
Futsal Masculino Sub 12
Futsal Masculino Sub 14
Futsal Masculino Sub 16
Futsal Masculino Sub 18
Futsal Feminino Sub 16
Finalista, série ouro
Finalista, série ouro
Finalista, série ouro
Finalista, série ouro
Finalista, série ouro
Finalista, série prata
Finalista, série ouro
Unidade Tremembé
Futsal Masculino Sub 8
Semifinalista, série prata
Copa Center Norte
Unidade Cataguases
Futsal Sub 8
Futsal Sub 10
Futsal Sub 12
Futsal Sub 14 Futsal Feminino Sub 17
Semifinalista — resta um jogo da fase classificatória
Semifinalista — resta um jogo da fase classificatória
Fase classificatória — resta um jogo para se concluir essa fase
Fase classificatória — resta um jogo para se concluir essa fase
Fase classificatória – restam três jogos para se concluir essa fase
Unidade Tremembé
Futsal Sub 8
Futsal Sub 10
Futsal Sub 12
Futsal Sub 14 Fase classificatória — restam dois jogos para se concluir essa fase
Semifinalista — resta um jogo para se concluir essa fase
Semifinalista — resta um jogo para se concluir essa fase
Fase classificatória — resta um jogo para se concluir essa fase
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