ensino médio - Colégio Jardim São Paulo
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ensino médio - Colégio Jardim São Paulo
Nº 61 - Outubro - 2013 Órgão informativo oficial do colégio Jardim São Paulo Edição especial Acreditamos no carinho e no respeito mútuo como bases para a sociabilização e a disciplina Colégio Jardim São Paulo: morada querida há 65 anos! 1 editorial 65 anos de história! U m longo caminho percorrido! Um momento especial para refletirmos sobre nossa missão! A experiência do passado, as ações do presente e os projetos do futuro integram-se na importante tarefa da formação de jovens, na solução de problemas e na busca incessante do aperfeiçoamento do trabalho. Nossa matéria-prima: o ser humano que, em sua complexidade e diversidade, nos desafia, dia a dia, em um processo mútuo de constante aprendizagem. Nossa responsabilidade: receber crianças e adolescentes — os mais preciosos bens de seus familiares —, trazê-los e auxiliá-los no mundo do conhecimento e da sociabilização. Partilhar com eles uma herança cultural conquistada através de séculos de Educação, de forma a torná-la significativa e enriquecedora no mundo contemporâneo. Para essa nobre missão, não basta apenas a simples transmissão de informações. O mestre, por meio de seus valores, exemplos e, até mesmo, de sua afetividade na esfera escolar, torna-se referência para o aprendiz. E assim seguimos nesta difícil e interessante jornada! Com muito orgulho, recordamos o passado que nos remete a tantos estudantes que aqui estão ou já passaram por este espaço, para nós, sagrado — nossa morada querida! Quantos eventos, torneios esportivos, espetáculos musicais e teatrais! Quantos encontros, desencontros, namoros e até casamentos aqui se originaram! Um espaço de saber e, sobretudo, de vida. Agradecemos a Deus a possibilidade de continuarmos este trabalho e as bênçãos conseguidas nesta trajetória de sucesso. Somos gratos aos alunos, familiares e ex-alunos que retornam com seus filhos, reiterando a confiança em nossa proposta educacional. Aos diretores, professores, coordenadores e funcionários, atuais e tantos outros que aqui também trabalharam, nosso muitíssimo obrigado por nos ajudarem a compor esta história. Maria Elisa Meinberg de Sousa Pereira e Paulo Meinberg Júnior Fundador Paulo Meinberg www.jardimsaopaulo.com.br Direção-geral Christina Milano Meinberg Direção-administrativa Paulo Meinberg Júnior Órgão Informativo Oficial do Colégio Jardim São Paulo UNIDADE CATAGUASES Rua Cataguases, 151, Jardim São Paulo, tel. (11) 2821-4000, São Paulo, SP, 02042-020 [email protected] Coordenação Alfredo de Andrada Dodsworth Célia Torini Direção-pedagógica | Alfredo de Andrada Dodsworth Coordenação-geral | Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira Revisão Fátima Silvestre Lúcia Marinho UNIDADE CANTAREIRA Av. Nova Cantareira, 3.734, Barro Branco, tel. (11) 2991- 3582, São Paulo, SP, 02340-000 [email protected] Direção-pedagógica | Maria de Fátima Lima de Carvalho Coordenação-geral | Patrícia Moretti Meinberg Produção editorial Verbus Comunicação Redação Amorim Leite Fernando Saker UNIDADE TREMEMBÉ Av. Nova Cantareira, 4.416, Tremembé, tel. (11) 2996-6645, São Paulo, SP, 02340-002 [email protected] Editoração eletrônica Níckolas Ramos Direção-pedagógica | Maria de Fátima Lima de Carvalho Coordenação-geral | Patrícia Moretti Meinberg Jornalista-responsável Amorim Leite 2 falando do Jardão Caminhos da educação Professores bem formados e atualizados em questões pedagógicas: esse é nosso corpo docente C aderno, lápis, livros... tecnologia. Professor e aluno. Acreditamos que a boa formação do aluno depende de pessoas capazes e comprometidas com a educação, além de dinamismo e diversificação de recursos. Por isso, o Colégio Jardim São Paulo, valorizando o aperfeiçoamento profissional do grupo, cuida da formação continuada de seus educadores. Periodicamente, grandes nomes da educação nacional são convidados a fazer parte da formação desse grupo bem formado e informado. Em 2013, já recebemos a psicóloga Rita de Cássia Linkeis e as professoras Mônica Fujikawa, Vera Ronca, Eliete Bevilacqua e, a última, Terezinha Bertin, que nos trouxe a reflexão inicial de um trabalho de apropriação da competência leitora em todas as áreas do conhecimento. Nada está pronto ou finalizado. Nós, educadores, precisamos pensar nossa prática a todo momento, sem perder de vista a valorização das tradições, o cuidado com o presente e a atenção ao que está por vir. Enem e vestibular O CJSP objetiva a formação do indivíduo e a capacitação para enfrentar os vestibulares em geral e o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Não há um foco específico para um ou para outro tipo de exame. Toda a preparação para o momento de entrada na universidade acontece de forma gradual, desde os anos iniciais, uma vez que a preocupação com a leitura, a produ- Terezinha Bertin e professores do Jardão: a boa formação do aluno depende de pessoas capazes e comprometidas com a educação, além de dinamismo e diversificação de recursos 3 falando do Jardão ção de textos e o desenvolvimento de competências e habilidades, em todas as áreas do conhecimento, permeiam todos os anos e séries — desde a Educação Infantil e o Ensino Fundamental até o Médio. Nos últimos anos, inclusive, visando a essa formação geral e às preparações para exames, foram feitas algumas alterações importantes para a questão do conhecimento, da análise e solução de problemas e para o desenvolvimento do senso crítico do aluno. Dentre essas modificações, destacam-se o aumento de carga horária, a valorização das matérias da área de humanas, a introdução de aulas de atualidades, o incentivo à participação em olimpíadas científicas nas diversas áreas (com aulas de aprofundamento), o aumento do número de simulados para os alunos do Ensino Médio, o “provão” para todos os anos e séries, o trabalho de produção de texto com mais carga horária e plantões, além de dois períodos de revisões com os alunos — um durante o horário normal de aulas, feito pelos Você sabia? O Colégio Jardim São Paulo tem se classificado em 1º lugar, entre as escolas da Zona Norte de São Paulo, nos três últimos anos — 2009, 2010 e 2011 — do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2009, a unidade Cataguases; e em 2010, a Tremembé (12ª, contando as escolas públicas). Em 2011, um fato inusitado: resultado sem contar redação, Cataguases em 1º; resultado com redação, Tremembé em 1º — ou seja, levando-se em conta qualquer um dos critérios, o Jardão continua liderando o ranking na Zona Norte. Até o fechamento desta edição, em 30 de setembro, o resultado de 2012 não havia sido divulgado. Em 2013, as provas serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro. próprios professores, no quarto bimestre; outro fora do horário das aulas, durante todo o ano letivo, organizado pela Educom, com professores participantes de grandes cursinhos de São Paulo. ‘Morada Querida’ Ao falarmos sobre formação, vem-nos à mente a grandiosidade do significado dessa expressão: responsabilidade, confiança, referên- cia, cuidados, valorização e, sobretudo, respeito àqueles que fazem ou que fizeram parte dessa história que perdura há 65 anos. A essa instituição — carinhosamente chamada de “Morada Querida” —, que nos acolhe e fortalece, nosso carinho e consideração. Obrigado, Colégio Jardim São Paulo, por permitir que façamos parte da sua história! Projeto inédito leva ex-alunos ao Jardão S eis jardanenses falaram a formandos do Ensino Médio sobre a vivência deles como profissionais já formados e também como universitários. A ideia de trazer de volta à casa esses ex-alunos é do professor Alfredo de Andrada Dodsworth, diretor-pedagógico do Jardão. E ele mesmo batizou a iniciativa: Projeto Amanhã. Trocaram experiências e responderam a inúmeras perguntas Adria- 4 na Jacoto (turma de 1994, engenheira mecatrônica pela Escola Politécnica da USP); Andreia de Carvalho Yamamoto (1994, fonoaudióloga pela Universidade Federal de São Paulo); Leonardo Thomaz Pignatari (2011, cursando direito na USP); Beatriz Laporta (2011, filosofia na USP); Isabel Villas Boas Bonacella (2011, matemática na USP); e Rafaellândoli Cardoso de Almeida (2010, relações internacionais na USP). Equipe Pedagógica formatura Final feliz! Fundamental e Médio têm entrega de certificados simbólica em clima de festa O Colégio Jardim São Paulo sempre prima pela qualidade em tudo que faz. Assim, por que não fechar o ciclo de estudos dos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio em clima de alegria e fraternização? Como se costuma dizer, só se for agora! O agora, em 2013, foi em fevereiro, exatamente no dia 23, sábado. O local, o mesmo dos últimos anos: Palácio das Convenções do Anhembi. Nesse sábado, por duas vezes, o Anhembi virou Jardão. É que, para dinamizar a solenidade, deixandoa mais curta, optou-se pela realização de dois eventos. Um foi direcionado a formandos do Ensino Fundamental, no início da tarde, e outro, a formandos do Ensino Médio, no início da noite. Ambos com turmas das unidades Cataguases e Tremembé. Tudo transcorreu na mais perfeita ordem, já que se deu um bom intervalo entre uma solenidade e outra. Nas solenidades de colação de grau, os paraninfos (um para cada sala) são os responsáveis pela en- trega simbólica dos certificados, enquanto os patronos têm a responsabilidade de transmitir as mensagens especiais. Nesse caso, tem-se um por unidade e período. Patronos e paraninfos assentamse à mesa solene, ao lado da direção. A presidência da solenidade ficou sob a responsabilidade dos diretores-pedagógicos Alfredo de Andrada Dodsworth (unidade Cataguases) e Maria de Fátima Lima Carvalho (unidades Cantareira e Tremembé) — veja quadro com o nome dos integrantes da mesa. Momento de despedida, tanto dos formandos uns dos outros, como dos formandos com seus professores e escola, a formatura é sempre emocionante. Isso foi notório nos discursos dos patronos, nas mensagens dos formandos, nas homenagens e também na fala final dos diretores. 5 formatura Ação de graças No Santuário Nossa Senhora Salette, nos dias 20 e 21 de fevereiro, realizaram-se as missas de Ação de Graças pelos Formandos de 2012. Celebrados pelo Padre Guttemberg, esses encontros também foram bastante concorridos e contaram com a presença da direção do Jardão, professores e familiares dos formandos. MESA DIRETIVA (Ensino Fundamental e Ensino Médio) Direção, patronos e coordenadores Diretora-geral e representante da Associação João Meinberg de Ensino de São Paulo — Christina Milano Meinberg; diretorpedagógico da unidade Cataguases — Alfredo de Andrada Dodsworth; coordenadora-geral da unidade Cataguases — Maria Elisa Meinberg Sousa Pereira; diretora-pedagógica das unidades Cantareira e Tremembé — Maria de Fátima Lima de Carvalho; coordenadora-geral das unidades Cantareira e Tremembé — Sra. Patrícia Moretti Meinberg; representante da Faculdade Cantareira — Roberto José Pinto; patrono do Ensino Fundamental (Cataguases) — Maurício Di Tota Montanari Boni; Patrono do Ensino Fundamental (Tremembé, manhã) — Renato Arebas Louzi; patrona Ensino Fundamental (Tremembé, tarde) — Tatiana Sales da Silveira; patrono do Ensino Médio (Cataguases) — Edison Silvestre Petenussi Silva; patrono do Ensino Médio (Tremembé) — Anderson Vasquez de Toledo; coordenadora do Ensino Fundamental (Tremembé, manhã) — Leila Rodrigues Costa; coordenadora do Ensino Fundamental (Cataguases, manhã) — Norma Telles Correia de Melo; coordenador do Ensino Fundamental (Cataguases, tarde) — Pedro Paulo Euzébio; coordenadora (Turma A, Cataguases) — Maria Luiza Serra Cemin; coordenadora do Ensino Médio (turmas B,C, D e E, Cataguases) — Maria Ruth Faela Dodsworth; coordenadora (Turma F, Cataguases), Maria Teresa Zulino; coordenador da área de Exatas (Cataguases e Tremembé) — José Feliz Hipólito Gaifem; e coordenadora da área de Língua Portuguesa (Cataguases e Tremembé) — Maria de Fátima Barros Silvestre. 6 Paraninfos (Ensino Fundamental) Cataguases: Kelly Barbosa da Silva — Turmas A, B, D e F; Marcelo Duilio do Nascimento — Turma C; Núria Agda Galcini — Turma E; Arthur Domingues Tamborino Pinto — Turmas G e H. Tremembé: Kamylla Leite Ambrósio — Turma A; Samara Garcia — Turma B; — Renato Arebas Louzi —Turma C; e Irene Pizzo de Paula — Turma D. Paraninfos (Ensino Médio) Cataguases: Edy Carla Rossi — Turmas A e B; Gustavo Houck — Turma C; Mauricio di Tota Montanari Boni — Turma D; Cláudia Arneiro Gulielmino — Turma E; Pedro Paulo Euzébio — Turma F. Tremembé: Fransmar Barreira Costa Lima — Turma A; Tatiana Sales da Silveira — Turma B; e Silvio de Oliveira Conceição — Turma C. Funcionários homenageados Tremembé — José Santos de Santana Cataguases — Ermito Santos Rodrigues (Bahia) ORADORES DAS TURMAS Ensino Fundamental — Giovanna Carvalho de Assumpção (Cataguases) e Marcela Viana Riccomini (Tremembé). Ensino Médio — Paloma Picarone Incenso (Cataguases) e Milena Calil Mendonça (Tremembé). PAIS HOMENAGEADOS Ensino Fundamental Oeder Alves de Almeida e Maria Antonia Leite (Cataguases); e Manoel Freitas e Roseli Bonafini (Tremembé). Ensino Médio Marcos Antonio Incenso e Denise Aparecida Picarone Incenso (Cataguases); e Constantino Samiotis e Angeliki Constantelo Samiotis (Tremembé). gente do Jardão Astronomia, matemática e física: isso é com eles! Em oito anos, jardanenses já conquistaram quase duzentas medalhas. Três são internacionais D esde 2006, quando a equipe de professores responsável pela preparação para as olimpíadas de conhecimento começou a intensificar o trabalho com os jardanenses, o número de medalhas e medalhistas só tem crescido. Em 2012, fechou-se o ano com 40 medalhas, sendo 23 de Astronomia, 7 de Física e 10 de Matemática, divididas da seguinte forma: 5 de ouro, 14 de prata, 15 de bronze e 6 menções honrosas. Isso sem contar a menção honrosa na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica. Este ano, já temos 9 medalhas, sendo 9 de Matemática, divididas da seguinte forma: 2 de ouro, 3 de prata e 4 de bronze. Somem-se ainda 2 medalhas de ouro no Concurso Canguru sem Fronteiras. Assim, no fim de setembro, quando esta edição especial de O Jardão era fechada, já tínhamos conquistado 191 medalhas nestes 8 anos, sendo 3 internacionais. Nossa recordista de medalhas é a ex-aluna Juliane Trianon Fraga, com 20 medalhas. Veja na próxima página quem são os ganhadores e quais as medalhas conquistadas. Responsáveis pela preparação para as olimpíadas Carlos Eduardo Yukio Fuku (matemática) Gustavo Houck (física) José Feliz Hipólito Gaifem (coordenador de exatas) Kamylla Leite Ambrósio (biologia) Lívia Marchetti (matemática) Mariana Aparecida Lopes da Silva (matemática) Sílvio de Oliveira Conceição (química) Feliz Silvio Mariana o Carlos Eduard L ivia Kamylla Gustavo 7 gente do Jardão NOSSOS MEDALHISTAS 2012 — Cataguases 2012 — Tremembé Concurso Canguru sem Fronteiras Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Prata Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Prata Concurso Canguru sem Fronteiras Beatriz Martins Costa (8º ano) — Prata Guilherme da Costa Cruz (9º ano) — Prata Olimpíada Brasileira de Astronomia Adriano Mendes Vitale (8º ano) — Prata Alberto Seishi Otaka Goto (transferido) — Bronze Bruno Scatolin (transferido) — Bronze Caio Henrique Oliveira Rhenius (8º ano) — Bronze Eduardo Dedonato de Aquino (7º ano) — Bronze Eduardo Sales Pitta Filho (formou-se) — Bronze Guilherme Gomes Zunta Camacho (1ª série) — Prata Guilherme Rebouças Ferreira (transferido) — Bronze Jaqueline Victória Cordovil Scisci (1ª série) — Prata João Marcus Bacurau (3ª série) — Bronze Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Ouro Karsion Habib Kaminskas Azar (8º ano) — Prata Kelle Jarcy Azevedo Barroso (9º ano) — Prata Marjorie Pastore de Albuquerque Braga (9ª ano) — Bronze Matheus Morato Ferreira de Moraes (3ª série) — Prata Nelson Luiz Serpa de Oliveira (1ª série) — Bronze Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Ouro Olimpíada Brasileira de Astronomia Beatriz Martins Costa (8º ano) — Ouro Beatriz Milani Gambaroni (9º ano) — Bronze Fernanda Escobar Stefanoni (7º ano) — Bronze Gabriela Martins Costa (8º ano) — Prata João Victor Baraldi Dourado (3ª série) — Prata Olimpíada Brasileira de Física João Victor Abramson Friederichs (9º ano) — Menção Honrosa Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Bronze Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Menção Honrosa Olimpíada Brasileira de Matemática Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Menção Honrosa Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Menção Honrosa Olimpíada Paulista de Física Guilherme Ramirez (9º ano) — Bronze Juliane Trianon Fraga (formou-se) — Ouro Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Ouro Olimpíada Paulista de Matemática Rafael Seiji Uezu Higa (1ª série) — Prata 8 Olimpíada Brasileira de Matemática Beatriz Martins Costa (8º ano) — Menção Honrosa Gabriela Martins Costa (8º ano) — Menção Honrosa Olimpíada Paulista de Física Beatriz Martins Costa (8º ano) — Prata Olimpíada Paulista de Matemática Beatriz Martins Costa (8º ano) — Bronze Gabriela Martins Costa (8º ano) — Bronze 2013 — Cataguases Concurso Canguru sem Fronteiras Adriano Mendes Vitale (9º ano) — Bronze Eduardo Dedonato de Aquino (8º ano) — Bronze Guilherme Ramirez (9º ano) — Bronze Karsion Habib Kaminskas Azar (9º ano) — Bronze Paola Papini de Seixas (9º ano) — Prata Rafael Seiji Uezu Higa (2ª série) — Prata 2013 — Tremembé Concurso Canguru sem Fronteiras Beatriz Martins Costa (9º ano) — Prata Gabriela Martins Costa (9º ano) — Ouro Guilherme da Costa Cruz (1ª série) — Ouro aula extra Além do horizonte Fora da sala de aula, alunos do Jardão também aprendem, exercitam aprendizado e ainda colocam em prática a socialização A nualmente, o Colégio Jardim São Paulo programa para os alunos das suas três unidades (Cataguases, Cantareira e Tremembé) viagens, excursões e visitas a museus, fazendas e outros lugares em que possam aprender in loco o que viram ou verão em sala de aula. Chamada de estudo do meio, essa programação permite aos estudantes ir muito além do horizonte no que se refere ao aprendizado. Alguns destinos estão a mais de 300 km do Jardão, como Barra Bonita, no interior de São Paulo, visi- tada pelos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Já o paulistano Jardim Zoológico, que recebeu os 2º e 3º anos, está mais próximo, a cerca de 20 km, no bairro da Água Funda. Longe ou perto, o estudo do meio sempre proporciona enriquecimento. E isso começa nos preparativos pedagógicos, continua dentro dos ônibus e na observação que se faz pelo caminho, prossegue nos locais visitados, novamente é experimentado no caminho de volta e se conclui em sala de aula. Opa, será que se conclui mesmo? 9 aula extra ENSINO FUNDAMENTAL 2º e 3º anos Aprimorar os aspectos cultural e social dos estudantes. Assim se pode resumir o objetivo dos 2º e 3º anos ao visitar o Zoológico de São Paulo. Explica Luciana Lopes, coordenadora-pedagógica dos alunos do 3º ano (tarde): “No zoo, os alunos puderam vivenciar uma agradável experiência com animais nativos e exóticos, em meio à Mata Atlântica, e compreenderam a importância de um espaço natural para a cidade de São Paulo”. Diferentes grupos de animais e suas características e a diversidade da Mata Atlântica estiveram à vista da turma — o zoo está instalado ao lado do Jardim Botânico. Conceitos como cadeia alimentar e animais vertebrados e invertebrados foram relacionados sem esforço com o que estava sendo estudado no mesmo período em sala de aula. “Todos ficaram encantados com as aves, répteis e mamíferos que viram”, completa Luciana. 4º e 5º anos Com os 4º e 5º anos, não foi muito diferente: visando a ampliar os conhecimentos históricos, além dos aspectos culturais e sociais, os alunos foram à Fazenda Conceição. Localizada próximo a Jundiaí, a cerca de 60 km da capital, a fazenda proporcionou aos visitantes vivenciar situações do processo da produção do café, observar locais da época da escravatura e entender as diferenças entre a mão de obra escrava e a do imigrante. “Em outras palavras, os estudantes reconheceram ali o período cafeeiro como o grande propulsor da economia do Estado de São Paulo no século 19, identificando as mudanças ocorridas ao longo dos 10 aula extra anos. “A Fazenda Conceição, sendo um grande patrimônio histórico”, relata a professora Solange Santos, coordenadora-pedagógica dessas turmas, “transformou nossa visita educativa em um passeio de muita vivência cultural, interessante e apaixonante para todos os nossos alunos.” Nova, o Cinturão Verde — formado pelas cidades de Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba-Mirim, além de Salesópolis —, responsável pela produção hortifrutifungiflorigranjeira que abastece os maiores centros populacionais do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba). 6º ano Os estudos prosseguem e os horizontes vão se abrindo cada vez mais. Salesópolis, cidade fincada a 94 km da capital, foi o destino do 6º ano. Fundada em 1838, em Salesópolis nasce o rio Tietê — por isso, o 6º ano tem de passar por lá. No caminho, veem a Barragem Ponte 7º ano Santos, a 80 km do centro de São Paulo, é o destino do 7º ano. A turma passa um dia inteiro na baixada santista. Os temas estudados nessa viagem cultural vão da identificação da importância histórica, econômica e social das rodovias Anchieta e dos Imigrantes, passam pela represa Billings, percepção do relevo, clima, vegetação, pressão atmosférica, processos de degradação e recuperação, ocupação de bairros e preservação e vão até os barões do café, responsáveis por parte da riqueza econômica do País, nos séculos 19 e 20. 8º ano O 8º ano visitou algumas cidades do Vale do Paraíba, região econômica situada entre o Leste de São Paulo e Sul do Rio de Janeiro. Ali está a parte inicial da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. Localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra, o vale, do lado paulista, inclui cidades como Caçapava, São José dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba, Jacareí, Campos do Jordão, Guaratinguetá e Cruzeiro, entre outras. Nossos alunos foram a Pindamonhangaba e ali visitaram uma produtora e uma indústria exportadora de café. Passaram também pelo centro de Caçapava e Parque Industrial de São José dos Campos. 9º ano Os quase 300 km de estrada até Barra Bonita compensaram os cerca de 30 km navegados no rio Tietê limpo e repleto de vida e cores. Esses mesmos alunos, três anos atrás, conheceram a nascente do Tietê. E do rio, então, tinham pelos menos duas imagens: a de Salesópolis e a de São Paulo, entre as marginais. Em Barra Bonita, as turmas do 9º ano voltaram a ver um Tietê diferente. 11 aula extra A região, banhada por 42 km do rio, utiliza suas águas para a prática da pesca e esportes náuticos. Sob a óptica histórica, ela também se destaca, pois, a partir de 1883, foi desbravada pela exploração bandeirante em busca de riquezas e índios. Atualmente, a região de Barra Bonita chama a atenção por seu potencial hidrelétrico. De barco, passearam pela Eclusa Dr. José Bonifácio de Andrada e Silva Jardim (desnível de 26 m) e também visitaram a Hidrelétrica Barra Bonita (primeira construída na América do Sul). ENSINO MÉDIO Os estudos do meio prosseguem no Ensino Médio. E, claro, tornam-se mais complexos, haja vista que esses estudantes já percorreram todo o caminho acima e agora têm condições de assimilar muito mais. A meta, lembre-se, é ampliar os horizontes. 1ª série A 1ª série tem como destino de estudos o Município da Estância Balneária de Bertioga, a 117 km de São Paulo e a 8 m de altitude. Tarefa desses jovens: observar e anotar informações sobre a Serra do Mar, Complexo Industrial de Cubatão, manguezal e Forte de São João. Outra atividade fora da escola realizada pela 1ª série é a ida ao Show de Física, na Universidade de São Paulo (USP). No show, apresentado por alunos de Física da USP, visualizam-se vários fenômenos físicos. Explica José Feliz Hipólito Gaifen, coordenador da área de Exatas do Jardão: “Nosso objetivo, levando os alunos ao show, não é passar um conhecimento específico sobre determinado assunto. Como a Física costumava ser a disciplina de maior dificuldade, queríamos despertar a curiosidade em estudá-la logo na 1ª série”. A estratégia deu certo: as notas médias subiram pelo menos um ponto. 12 aula extra 2ª série Em Cordeirópolis, a 175 km de São Paulo, está a Fazenda Ibicaba. Fundada em 1817, o local abrigou a primeira e uma das mais importantes colônias do País. Segundo informa seu site, a fazenda foi a pioneira na substituição de mão de obra escrava pela de imigrantes europeus, principalmente suíços e alemães, trinta anos depois de sua fundação. Como se vê, história é o que não falta na Ibicaba. E é por isso que a 2ª série foi até lá. Entre os objetivos da visita, destacam-se: reconhecer o período cafeeiro como o grande propulsor da economia do Estado de São Paulo do século 19, identificando as mudanças ocorridas ao longo dos anos; analisar a dinâmica da fazenda, entendendo todo o processo da produção do café e comparando as principais diferenças ocorridas na substituição da mão de obra escrava pela de imigrante; realizar o resgate histórico do desenvolvimento do interior de São Paulo, comparando os tipos de cultura e os meios de produção que foram destaque nos períodos analisados 3ª série Com ou sem emoção? Com emoção, claro! E para isso, nada como pilotar um kart numa pista profissional no Kartódromo Internacional da Granja Viana. Com a palavra novamente o coordenador da área de Exatas do Jardão: “Ali os alunos aprendem todos os conceitos possíveis ligados a motor, carros e pistas e encerram a visita pilotando, por vinte minutos, um kart”. De quebra, ainda há possibilidade de se ver por ali um piloto profissional. “Já encontramos Rubens Barrichello treinando com o filho duas vezes”, relata Feliz. Recordação Pranchetas, máquinas fotográficas e filmadoras nas mãos, nossos jardanenses partem como pesquisadores não sem antes terem lido pelo menos um pouco a respeito do “meio” que vão ver — proposta pedagógica prevista nos estudos. Em todos eles, os quatro sentidos do corpo humano foram muito utilizados, provocando sensações inesquecíveis. Em Salesópolis, por exemplo, bebeu-se água limpa e transparente direto da fonte do rio Tietê; em Bertioga, fincaram-se os pés na lama (mangue); em Santos, viram-se tubarões e outras espécies no aquário; na Fazenda Ibicaba, respirou-se ar puro e ainda se aprendeu um pouco mais da história do desenvolvimento do interior paulista; e, na pista, pilotando um kart, nossos alunos sentiram-se o Ayrton Senna do Brasil, ex-aluno do Jardão! 13 aula extra Pequenos descobridores Educação Infantil e 1º ano vivem experiências incríveis O primeiro semestre na Educação Infantil e 1o ano do Jardão foi bem animado e divertido. Os pequenos jardanenses aprenderam e vivenciaram muitas atividades interessantes, sempre com possibilidades de novas descobertas. No mês de abril, o coelhinho da Páscoa visitou os pequenos e foi a maior diversão! Eles puderam acariciar um coelhinho de verdade e até dar comidinha para ele. Na aula de Horta, os alunos plantaram cenouras. Foi uma experiência maravilhosa! Para completar a comemoração, no projeto 14 de Arte, os alunos confeccionaram uma linda cestinha de Páscoa. No mês de maio, os alunos do 1º ano realizaram um estudo do meio no Aquário de São Paulo, considerado um dos maiores da América Latina. Lá eles puderam conhecer um pouco mais sobre hábitos de animais aquáticos. Pinguins, tubarões, jacarés-albinos, lagartos, tartarugas mordedoras, peixes dos rios e mares brasileiros foram apreciados pelas crianças. Participaram também de uma sessão de cinema 4D e sentiram um gostoso ventinho no rosto, bolinhas de sabão caindo do teto... Uma emoção e tanto! cultura & arte Livro de todos ao alcance Mostra montada anualmente no Jardão põe centenas de obras pertinho dos leitores P egar um livro na prateleira, sentar e virar suas páginas como se estivesse manuseando um objeto precioso. Assim são as cenas que se têm anualmente nos dias de feira do livro nas unidades Cantareira e Cataguases. Alunos, pais e professores têm à disposição centenas de obras. Não apenas aquelas que têm relação com o dia a dia acadêmico, mas também os mais vendidos que constam nos catálogos das grandes livrarias. É só esticar a mão e pegar. O livro está ao alcance de todos. Como sempre acontece nessa mostra, os autores jardanenses também têm obras expostas. Diferente da bienal realizada nos grandes pavilhões de exposição em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, a Feira do Livro do Jardão é montada anualmente. Do menor ao maior, todos os alunos têm oportunidade de não apenas visitar a feira, mas pegar, folhear e ler um pouco do texto para ver se a obra o atrai. Transformadas em imensas livrarias, as quadras das unidades Cantareira e Cataguases deixam à disposição do público – alunos, pais e professores – uma grande variedade de obras literárias para que eles possam se servir à vontade. À mostra também se viam obras assinadas por autores da casa das 15 cultura & arte três unidades. Neste ano, as obras dos expositores dos 2º ao 5º anos versaram sobre o Ano Internacional das Florestas. Alguns dos nossos pequenos artistas apresentaram releituras de obras dos pintores Romero Britto, Tarsila do Amaral e Alfredo Volpi, utilizando as mais diversas técnicas e materiais. Até pinturas com areia colorida em vidros, semelhantes às que se veem nos Estados do Nordeste, havia na feira – todas de nossos alunos. Algumas turmas desenvolveram suas artes com materiais reciclados, tintas, papéis e tecidos. Outros reproduziram em quadros e camisetas os peixes, flores e os gatos de Romero Britto. A Educação Infantil e o 1º ano do Ensino Fundamental focaram seus trabalhos em animais: Mamíferos (Minimaternal), Ovíparos (Jardim), Pré-históricos (Pré) e Aquáticos (1º ano). A BD ej G h N i y O l k rvT x p w C F mZ q u s BG i hr N O k Tx p 16 evento Dias das Mães, uma festa que só vendo! Mesmo usando-se todos os adjetivos de qualidade da língua portuguesa, não se consegue passar aqui o clima dessa festividade O mês de maio no Jardão, para os alunos e professores da Educação Infantil ao 3º ano do Ensino Fundamental, começa em março. Isso mesmo. É que, nesse mês, coordenação, professores e inúmeros profissionais começam a esquentar a cabeça com uma preocupação muito saudável: o que fazer para homenagear e emocionar as mães. O resultado da trabalheira vê-se em dez festas realizadas alternada- mente durante uma semana inteira nas unidades Cantareira e Cataguases. A partir de temas específicos, prepara-se decoração, escolhem-se figurinos e repertórios e escrevemse textos para serem lidos. Literalmente, mexe-se com o coração das mães. Muitas não vão sozinhas assistir a esse espetáculo exclusivo — levam cônjuges, avós e outros parentes. Sabe-se até que as homenageadas esperam ansiosamente esse dia. Triste mesmo elas ficam 17 evento quando os filhos crescem e deixam de participar da festa. A preparação é toda feita em segredo. Nem mesmo a música que será coreografada as mães ficam sabendo — o combinado é os filhos não contarem nada em casa. O figurino também é surpresa. Então, 18 quando entram no palco, maquiados e caracterizados, não há mãe que resista — aliás, os pais também não resistem; aproveitam a meia-luz, para, digamos, deixar rolar uma pequena lágrima... Neste ano, os temas foram Muitas formas de dizer “amo você, mãe! e Mãe, criação divina. A homenagem não se resume às apresentações dos alunos. Além de um vídeo focando no tema, exibido sempre no início de cada festa, a cantora Paula Braga emocionou a todos levando os alunos a cantar com ela. Começo, meio e fim com muita pompa. Do jeito que as mães gostam! evento zer eu amo você, mnoãein! finito. Muitas formas de di rra o profundo que esba tã inabalável. Amor... sentimento ecido por sua força nh co re é , m dar carinho e, ré Po o. nder, criar, nutrir, Difícil defini-l ee pr m co , ar eit sp perdoar, re Tem capacidade de doação. a e a recompensa da ez br no a culo imperdível. tem , do sobretu m a vida, um espetá co am nt ca en se e idade. É nosso amam Felizes aqueles que ro e digno da human pu ais m or am o É cada um de diferente. e teremos dentro de Amor de mãe não é pr m se e qu sa io ec minadas. dra mais pr s melhores e mais ilu oa ss maior tesouro, a pe pe em a rm fo rte que nos trans nós. Sua luz é tão fo r esse amor. Somos lapidados po imento? to indissolúvel esse grandioso sent maternidade, proje Como demonstrar da to oje pr o ar eit nsmitida mãe, ao ac or, no dia a dia, é tra am Desde o SIM de cada de o çã sta ife an e. rnidade. Essa m s em forma de prec e sagrado até a ete ariedade e palavra lid so de s de itu at a, adez por gestos de delic Mãe diz: ‘Eu amo você, meu filho!’ No olhar carinhoso e atento. No aroma de uma refeição saborosa. Na torcida incondicional. Nos beij os calorosos e abraços apertados. Na proteção e na defesa. Na emoção, na educação e nos valo res transmitidos. No modelo, no alívio do sofrimento, na criação, na religião e na oração. No limite que salva, no pensamento positiv o. Nos 365 dias do ano. E até na sua simples presença, que transfor ma uma casa em um lar... Veja alguns dos textos lidos durante as festas e altecermos a ara humanidad, ou p te n se re p m melhor, para en u , a in ãe iv m d o em çã os ãe, cria ve a delicadeza, pensarm M , que vi a para çoado e infinito uma breve paus en .. ab o. r ai se leza. Que m do de r la ês M gnifica fa ibilidade e a be si on ãe sp m di a de r e, la ad Fa . nd figura materna a coragem, a bo e, a confiança, ad id iv et af a a, e sim a Deus. E a ternur sentimentos. ãe de Jesus, diss m os , te ia ar en M m . da no un vi vive prof para o plano di amente. ção, é dizer sim r vivida intens ca se vo ra é filho pelo pa ãe ãe m m r a Se r existência ao SIM de um da o É . ra os pe rt es ce r in se e amentos a vida de cada ar para proteger certa nos mom ul a ng vr si la é pa a a ri r do ra nt frágeis. Sua sabe Ser mãe é enco omentos mais m s no lo êec al rpo de Deus. olhar, fort rvir. eus, é ser um co se D a em o tá rp es co a rç um de mãos é dar parar. Sua fo divina que anda liano, ser mãe a m ita ri r -p ito ra cr es ob e, o, el Segundo Gentil ade. Mãe é mod ele, a humanid m co o nt ju , ar Dar e receber... É form reciprocidade. eternidade. da a e é e at ad s id eu iv D pt m dadas co andeza da rece de cuidados... a mãe está na gr oca, de amor e tr A missão de um de a, nç ia al circular, de e nutre. um movimento , que cuida e qu ra ge da, mãe! e qu la ue gratidão: obriga a ss no a Mãe, enfim, é aq r sa es importante expr Por tudo isso, é 19 65 anos O sonho não acabou A escola sonhada 65 anos atrás continua a ser construída e, ao que tudo indica, nunca terá fim “ São Paulo comemorava seus quatrocentos anos de vida. Em uma de suas ruas de terra, asfaltada somente em seu topo, havia um sobrado que abrigava uma família e um sonho. O sobrado era o de número 342 da Avenida Leôncio de Magalhães. O sonho, o da educação – partilhado entre os Meinbergs, seis jovens educadores vindos de Três Pontas, Sul de Minas Gerais. O futuro era incerto, mas foi agarrado com determinação. Na casa de dois andares passou a funcionar o Externato Jardim São Paulo. A família revezava-se nas funções da escola como professores, coordenadores e diretores.” O trecho acima está no primeiro capítulo do livro Colégio Jardim São Paulo 60 anos — Raízes e frutos. Escrito pela professora Daniela Natale Tanferri Prisco, em comemoração aos sessenta anos do Jardão, em 2008, ele é o registro mais fidedigno publicado sobre a história dessa instituição. Leiamos mais um pouco. “Dos irmãos, nem todos tinham a experiência da sala de aula, mas todos eram educadores natos e a convivência diária lhes dava força. ´É isso, ou então estamos perdidos.’ Esse era o pensamento comum. ‘Cada refeição praticamente era uma reunião pedagógica’, lembra Paulo Meinberg [falecido dois anos depois]. Discutiam-se os projetos, a didática, os casos especiais de alunos. O externato começou com ‘seis ou sete alunos e no final do ano 20 Neste sobrado, na rua Leôncio de Magalhães, tudo começou 65 anos eram mais de cinquenta’, fruto do trabalho incessante e da qualidade e excelência do ensino, baseado na tríade educação, arte e esporte.” Alguns poucos anos depois, conta Daniela, “Paulo Meinberg assumiu sozinho a direção da escola, pois seus irmãos foram se dedicar a outros projetos. ‘Segui tocando a escola com o mesmo entusiasmo de antes (...) agradeço sempre a Deus ter me dado essa visão, eu tinha uma visão convicta’. Novos e capacitados educadores foram contratados e a escola foi crescendo e se firmando no bairro com a ajuda de Christina Milano Meinberg, esposa do professor Paulo Meinberg. O casamento só contribuiu para o desenvolvimento da escola. ‘Depois Linha do tempo Primeiro prédio é construído na Rua Cataguases 1948 1950 No sobrado da Rua Leôncio de Magalhães, 342, nasce o Externato Jardim São Paulo, sob a direção de seis irmãos Meinbergs • Abre-se a primeira turma Paulo Meinberg casa-se com Christina Milano Meinberg 1953 1957 para a 1ª série ginasial • Externato passa a chamar-se Ginásio Jardim São Paulo 1965-1966 1966 1970 Prô Lúcia é contratada para lecionar ao 4º ano do antigo Primário 1971 • 23 de novembro: é lançado o Voz do Externato • Paulo Meinberg assume sozinho a direção Ayrton Senna da Silva é aluno do externato Forma-se a primeira turma do Ensino Médio (Colegial) 21 65 anos Unidade Cataguases (vista parcial interna) disso, foi mais rápido’, conta Paulo Meinberg. E a esposa completa: ‘Quem vê o colégio agora não diz o que se passou antes’, mas eram ‘sempre tempos alegres’ compostos de ‘pequenos sucessos.’” Ainda de acordo com a autora, Paulo Meinberg, na ocasião em que foi entrevistado por ela, não se cansava de mencionar que “o bom êxito desse empreendimento não foi conseguido sozinho. Existiu muito Prô Lúcia assume coordenação da Educação Infantil 1970 1980 Alfredo de Andrada Dodsworth (ex-aluno) assume a direçãopedagógica da unidade Cataguases 1985 • Escola tem novo nome: Colégio Jardim São Paulo • Sagra-se tricampeão das Olimpíadas Infanto Juvenis da Cidade de São Paulo • Logotipo do colégio passa a ter três estrelas 22 1986 esforço, trabalho incansável e dedicação de familiares e de pessoas amigas, que sempre o apoiaram em suas necessidades, fossem elas financeiras ou não. Em suas palavras, ‘o dinheiro estava curto,... mas tive muita ajuda’. E essa solidariedade foi fundamental para que o externato se desenvolvesse fisicamente com a construção do primeiro prédio na Rua Cataguases. E cresceu de forma tão sólida que começou a gerar frutos.” Maria de Fátima Lima de Carvalho assume a direçãopedagógica da unidade Cantareira Colégio Nova Cantareira passa a ser chamado de Colégio Jardim São Paulo — Unidade Cantareira. Abrem-se vagas para Educação Infantil ao 5º ano 1987 1990 Adquirem-se 25 mil m2 de área na Avenida Nova Cantareira: ali nasce o Colégio Nova Cantareira, voltado apenas para a Educação Infantil 1998 • Inaugura-se a Faculdade Cantareira, no bairro do Belém • Comemorações dos 50 anos do Jardão têm show de Toquinho na unidade Cantareira 65 anos ‘E a árvore frutificou’ Esse é o título que Daniela deu ao terceiro capítulo de seu livro. Lendo o primeiro parágrafo, tem-se ideia do que a professora quis dizer. Acompanhe: “Nas três unidades do Colégio Jardim São Paulo, verifica-se hoje uma estrutura muito bem alinhada, com definida linha filosófica e pedagógica. O aluno, independente de sua idade, é impulsionado a construir um caráter crítico e social a partir de situações vivenciadas no cotidiano da escola. O processo ensino-aprendizagem é pautado no incentivo à leitura e à pesquisa. A tecnologia — a utilização das lousas smart board, por exemplo – dinamiza esse processo, contribuindo para a formação de um indivíduo apto a desempenhar seu papel na sociedade de forma competente. Além dessa educação formal, o colégio preocupa-se sobremaneira com a formação física • Abre-se a unidade Tremembé (6º ano ao Ensino Médio) • Maria de Fátima Lima de Carvalho assume a direção-pedagógica Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira assume a coordenação-geral da unidade Cataguases 2000 Unidade Cantareira (vista parcial interna) das unidades Cantareira e Tremembé • Patrícia Moretti Meinberg assume a coordenação-geral das unidades Cantareira e Tremembé 2002 É inaugurado o Teatro Jardim São Paulo — Sala Professor Paulo Meinberg. Participa a banda 14 Bis 2004 2007 Paulo Meinberg, nascido em Três Pontas (MG), recebe título de Cidadão Paulistano 2008 • Colégio Jardim São Paulo completa 60 anos. Tem-se uma missa campal na unidade Cantareira • É lançado o livro Colégio Jardim São Paulo 60 anos — Raízes e Frutos 23 65 anos Unidade Tremembé (vista parcial interna) e artística. Para tanto oferece atividades extracurriculares como teatro, capoeira, futebol, coral, balé, natação e língua inglesa, entre outras, propiciando o crescimento holístico do educando. Alguns desses cursos resultam de parcerias com instituições conceituadas.” Finaliza-se esta reportagem da mesma maneira com que Daniela Unidade Cataguases classifica-se em 1º lugar, entre as escolas particulares da Zona Norte, no Enem 2009 Unidades Cataguases e Tremembé classificamse em 1º lugar, entre as escolas particulares da Zona Norte, no Enem 2010 encerrou seu livro: citando Guimarães Rosa in Grande sertão: veredas. “O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas — mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso alegra, montão.” • Colégio Jardim São Paulo completa 65 anos de fundação • Dia 18 de outubro — Inauguram-se o Espaço Recreativo Educacional Christina Milano Meinberg e o Espaço de Convivência Lúcia Maria Fernandes de Andrea 2011 • 15 de abril, morre Paulo Meinberg, fundador e diretor-geral do Jardão • Unidade Tremembé classifica-se em 1º lugar, entre as escolas particulares da Zona Norte e em 12º incluindo as públicas, no Enem • Juliane Trianon Fraga, então aluna do 2ª série do Ensino Médio, conquista, na Nigéria, a medalha de prata, por seu desempenho individual, na International Junior Science Olympiad (IJSO). 24 2013 65 anos Educação infantil para adultos de amanhã Novo prédio, inaugurado em outubro, tem infraestrutura tecnológica de última geração Atualização: foto aérea antiga e o novo prédio em fase de acabamento (vista lateral) Q uem passa pela Rua Cataguases, altura do número 170, e pela Avenida Leôncio de Magalhães, sua paralela, altura do número 380, nota em boa parte das construções ali erguidas duas cores em comum: o azul e o branco dos azulejos que revestem suas fachadas. Essas são as cores dos diversos prédios do Colégio Jardim São Paulo em pé nesses dois logradouros. A partir de outubro, um novo edifício chamará a atenção dos moradores e da comunidade jardanen- 25 65 anos Brinquedoteca: concepção artística focada na organização e criatividade das crianças se quando subirem ou descerem pela Leôncio de Magalhães. Batizado de Espaço Recreativo Educacional Christina Milano Meinberg, a construção abriga garagem, refeitório, brinquedoteca, sala high tech, campo de futebol society e horta — tudo para usufruto dos pequeninos da Educação Infantil. Christina Milano Meinberg, que empresta seu nome ao prédio, tornando-se sua patrona, só soube da homenagem no dia da inauguração. Tudo foi preparado “às escondidas” por seu filho, Paulo Meinberg Júnior, diretor-administrativo da escola. Viúva de Paulo Meinberg, fundador e diretor-geral do colégio, Christina, atual diretora-geral, agora tem seu nome gravado na placa comemorativa descerrada no dia 18 de outubro durante a solenidade de inauguração. Organização e criatividade Para dar conta do projeto da brinquedoteca, contratou-se Orlane Santos — Escritório de Arquitetura & Interiores. “Desenvolvi o projeto do ambiente focando na organização e criatividade das crianças”, relata a arquiteta Orlane. “Sendo um espaço para lazer, ele direciona a criança a manter e preservar a organização local.” Bastante lúdico, e ao mesmo tempo seguro, o ambiente foi pensado de maneira a permitir a facilidade no uso e reuso de todos 26 os brinquedos, direcionando sua arrumação e devolução. Para se dar cabo à missão de se construir bons “cômodos” na “morada querida”, Orlane contou com o apoio das coordenadoras da Educação Infantil — professoras Katia Ribas e Deize Ganzauskas Pavanelli — e do coordenador de Tecnologia da Informação — Ricardo Bochichio. Carlos Roberto dos Santos, encarregado de Suprimentos do Jardão, trabalhou diretamente na supervisão de todos os trabalhos relacionados à obra. O maior desafio de Orlane, segundo conta, foi criar algo que se relacionasse harmoniosamente. “A ideia da área externa, com casinha e quintal remetendo à casa da criança, com certeza foi o momento inicial mais bem escolhido.” A arquiteta já tem sua assinatura em outras brinquedotecas, “porém, para uma escola e do tamanho que é (100 m2), foi a primeira vez”. Vale ressaltar ainda nessa construção o reuso dos brinquedos. “Todos foram reaproveitados”, explica Orlane. “O reuso é o segundo ‘R’ da sustentabilidade. Os demais são redução e reciclagem.” ‘High-tech‘ A tecnologia de ponta, presente na unidade Cataguases em mais de quarenta salas de aula, também equipa a nova sala. Bochichio in- Christina Meinberg: novo prédio tem seu nome forma: “Temos nesse ambiente infraestrutura tecnológica contendo mesas de trabalho multimídia, tablets e lousa digital Smart Board”. Todos esses recursos formam um ambiente bastante aconchegante e preparado para receber os alunos com muita ergonomia e conforto para que possam interagir com mais mobilidade nas atividades propostas. 65 anos Proativa como ninguém! Há 42 anos no Jardão, Prô Lúcia recebe homenagem com nome em placa Prô Lúcia: homenageada com placa, empresta seu nome a instalações N o melhor sentido da expressão, Prô Lúcia é parte dos móveis e utensílios do Colégio Jardim São Paulo. Não há quem não a conheça, do aluninho do Maternal ao jovem da 3ª série do Ensino Médio da unidade Cataguases, ela é admirada e respeitada. E isso inclui também, claro, seus colegas do corpo docente. Espaço de Convivência Lúcia Maria Fernandes de Andréa. Esse é o nome agora de uma área do colégio. Também inaugurado no dia 18 de outubro, o espaço está marcado com uma placa comemorativa descerrada na presença de professores, coordenadores e direção do Jardão e também dos filhos Nicolau de Andréa Neto e Ana Paula Fernandes de Andréa, jardanenses, claro. Para quem não sabe, Lúcia teve aulas no sobrado que estampa a capa da presente edição de O Jardão. Acompanhou a evolução da escola e, exatamente no dia 1º de março de 1971, voltou para ser a Prô Lúcia que todos conhecemos. Todos os dias, no início de cada um dos períodos, está na porta principal da unidade Cataguases, recebendo alunos do Ensino Fundamental para, em seguida, cantar com eles, na quadra, o Hino Nacional Brasileiro. Sua sala era a dos alunos do 4º ano do antigo Primário. Nos anos 1980, sugeriu ao professor Paulo Meinberg que colocasse alguém para interme- diar o contato dos pais com a instituição, já que esse atendimento, até então feito pelos professores, acabava tomando muito tempo deles. Sugestão aceita, ela mesma se tornou a primeira coordenadora do Jardão. Hoje, Prô Lúcia é coordenadorageral da Educação Infantil e Ensino Fundamental da unidade Cataguases. Está sempre pronta para dar seu apoio e passar sua experiência desses 42 anos de convivência na casa aos seus colegas mais novos. Sobre o professor Paulo Meinberg, “meu mestre”, ela diz: “Ele deixou para todos nós uma proposta de vida humanizada para ser transmitida e alicerçar o aprendizado e a educação em que acreditamos”. 27 65 anos Como uma luva Patrícia Meinberg, coordenadora-geral das unidades Cantareira e Tremembé, fala de seu trabalho Patrícia (à esq.), com Fátima: vivenciando a escola em várias funções desde 1997 S empre que tem oportunidade, Christina Milano Meinberg, diretora-geral do Colégio Jardim São Paulo, faz questão de frisar seu apreço e o de seu marido, professor Paulo Meinberg, pela nora, Patrícia Moretti Meinberg. Casada com Paulo Meinberg Júnior, diretoradministrativo do Jardão, Patrícia chegou ao colégio há dezesseis anos, a convite do sogro. “Ela caiu como uma luva”, salienta a professora Christina, dizendo que era assim que seu marido se referia à nora. “Essa frase me traz muita emoção”, comenta Patrícia. E completa: “Penso que, de algum modo, pude dar continuidade aos sonhos e ideais do professor Paulo na educação”. 28 Formada em magistério e em psicologia, Patrícia não se cansa de estudar. Tem especialização em raciocínio clínico e sempre está frequentando cursos de atualização e formação continuada. “Nunca podemos parar de estudar”, afirma. E cita o filósofo Mário Sérgio Cortella: “Não nascemos prontos... estamos em constante formação e somos eternos aprendizes”. O Colégio Jardim São Paulo, como se vê nesta edição especial de O Jardão, também não nasceu pronto. Há 65 anos ele está em constante formação e, o que é melhor, gerando eternos aprendizes como Patrícia. Conheça-a melhor na entrevista abaixo. Quando você chegou ao Jardão e qual era a sua função? Patrícia — Cheguei à unidade Cantareira em 1997, dezesseis anos atrás. Fui convidada pelo professor Paulo [Meinberg, fundador do colégio] para trabalhar nessa unidade juntamente com a diretora, [Maria de] Fátima [Lima de Carvalho] — minha grande parceira presente em todas as horas. Aliás, saliente-se, Fátima sempre foi uma grande educadora. Destaca-se por seu comprometimento, profissionalismo e pelo entusiasmo que carrega em seu coração. Tenho uma grande admiração pela pessoa que ela é. Quando cheguei, perguntei ao professor Paulo qual era a minha função ou qual seria sua expectativa em relação ao meu trabalho. Ele deu um sorriso maroto e me disse: “Você pode fazer ou procurar o que quiser”. Passado algum tempo, eu brincava com ele sobre isso, pois sempre encontrava mais coisas para fazer. Naquela época, a escola era menor, tínhamos por volta de 160 alunos. Fazíamos de tudo, desde trabalhos na secretaria até atendimento aos pais e alunos. Foi um período muito rico em experiências, pois vivenciamos a escola em variadas funções. Hoje, qual é sua função? Patrícia — Hoje, meu trabalho concentra-se na coordenaçãogeral das unidades Cantareira e Tremembé. Contrato professores e auxiliares para a Educação Infantil e Fundamental I [1º ao 5º ano] das 65 anos unidades Cantareira e Cataguases. Atendo pais e alunos, coordeno eventos, dirijo reuniões com professores e coordenadores, etc. Meu trabalho só acontece porque tenho uma equipe muito competente e muito unida. Há união de forças. Trocamos opiniões e experiências. Como você avalia seu trabalho até hoje? Patrícia — Meu trabalho se desenvolveu muito desde que entrei no colégio. Hoje tenho maior clareza e segurança sobre onde e quando atuar. Comparo nosso trabalho ao voo dos gansos — há revezamento, trocas, liderança e muita união. Como você avalia o crescimento do colégio (as três unidades)? Patrícia — O crescimento do colégio se deu porque ele foi plantado num solo fértil, com condições favoráveis. Continuou sendo regado e cuidado. A missão continuou, pois o legado foi deixado com muita sabedoria. Exemplo, seriedade, compromisso, responsabilidade, determinação, dedicação, competência e humanização foram ingredientes fundamentais para fortalecer esse crescimento. A partir do seu trabalho, o que foi mudando no colégio? Patrícia — É difícil dimensionar o meu trabalho. Tenho o privilégio de fazer parte da Família Meinberg, mas essa condição não limita o meu olhar mais profissional. Procuro desvincular esse olhar do núcleo familiar para que, junto ao grupo de trabalho, as decisões possam ser mais acertadas. Quanto às mudanças no colégio, sempre acreditei que a unidade Cantareira podia crescer e melhorar suas instalações físicas. E isso aconteceu. Depois, a unidade Tremembé deu continuidade ao trabalho da unidade Cantareira. Família Meinberg durante missa campal celebrando sessenta anos de Jardão (2008) Também sempre achei importante termos lugares sociais mais atrativos para a Educação Infantil e Fundamental I, tais como brinquedoteca, parques, cantinhos de leitura, informática, horta, etc. Aos poucos, tudo isso foi sendo conquistado. Além disso, pares avançados (formação continuada) trouxeram para toda a nossa equipe pedagógica novas roupagens e descobertas — um novo olhar para a nossa proposta pedagógica. O que é ‘assentar como uma luva’? Patrícia — Lembrar-me do professor Paulo dizendo essa frase para mim me traz muita emoção! Penso que, de algum modo, pude dar continuidade aos seus sonhos e ideais na educação. Tínhamos um vínculo muito forte. Eu sempre o admirei por seu profissionalismo, seus valores, seu otimismo, sua ética e, principalmente, sua paixão pela educação. Fale do prazer de ver seus filhos crescendo, formando-se. Onde cada um deles está atualmente? Patrícia — Constituímos uma família da qual temos muito orgulho. Minha filha, Carolina, tem vin- te anos e cursa o 3º ano de psicologia. No período da tarde, ela já fica no colégio vivenciando um pouco desse universo tão amplo e maravilhoso. Paulo Henrique está no 2º ano de administração de empresas — percebemos que ele tem um tino em administração muito forte desde novo. Felipe, nosso caçula, completará quinze anos este ano e caminha para o Ensino Médio no Jardão. Quais são os planos para o futuro? Patrícia — O futuro é fortalecer essa nova geração para dar continuidade a um trabalho tão digno e maravilhoso que seus avós — Paulo Meinberg e Christina Milano Meinberg — deixaram plantado: a construção do ser humano. Fazer parte da história de cada aluno que passa pelo nosso colégio não tem preço. Desejamos que o novo seja bemvindo para manter o que é essência e transformar o que for preciso. Esse é o ciclo da vida! Para terminar, cito Cora Coralina: “Se for para esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, que seja para produzir milhões de sorrisos, solidariedade e amizade”. 29 65 anos De volta ao lar Ex-alunos, professores contam um pouco da própria história no Jardão N esta revista, já falamos um pouco sobre a história do Colégio Jardim São Paulo e dos prédios de suas três unidades. Mas um bom colégio não é feito só de prédios, nem de sua grade curricular. Uma boa escola precisa de bons professores, que sejam capazes de ajudar os alunos a assimilar e compreender o conteúdo apresentado em sala de aula, que saibam motivá-los a estudar e a ver o conteúdo das aulas não como algo que são obrigados a aprender, mas como algo que é realmente interessante aprender. Ser professor está muito longe de ser uma tarefa fácil. Porém, é gratificante saber que seu trabalho contribui para a formação de tantos jovens que participam do desenvolvimento de nossa sociedade. Mais gratificante ainda é quando um aluno decide seguir os passos de seus mestres e... tornar-se professor. Nesses 65 anos de história, vários ex-alunos retornaram à escola como professores, enriquecendo nosso corpo docente. Para esta reportagem, selecionamos apenas alguns deles, no intuito de representar tão numeroso e maravilhoso grupo. Do outro lado da sala de aula Ensinar na mesma escola em que já estudou certamente proporciona um novo ponto de vista em relação 30 ao aprendizado. E um novo ponto de vista em relação aos professores, muitas vezes vistos pelos alunos como “chatos”. Marcel Ligabô, professor de Geografia nas unidades Cataguases (a partir deste ano) e Tremembé (desde o ano passado), explica: “Por um lado, você já conhece bem a escola, como ela funciona. Mas percebo, como professor, atitudes que antes achava chatas, mas que hoje percebo como parte do ensino. A gente aprende a valorizar professores que antes não valorizava.” Marcel, que estudou na unidade Cataguases, conta que é bastante nostálgico entrar nas salas de aula e lembrar como elas eram e das coisas que aconteciam na época. Essa “A gente aprende a valorizar professores que antes não valorizava” Marcel 65 anos que também foi contratado por Alfredo, brinca: “Acho que não fui tão mau aluno como pensava!” Encontro de gerações “Fui muito feliz na minha vida escolar” Paula nostalgia é compartilhada por Paula Ordrini, professora de Artes e Desenho Geométrico na unidade Tremembé desde 2008. Ela estudou no Jardão no final da década de 1980 e por toda a década de 1990. “É muito bom trabalhar em um colégio em que fui muito feliz na minha vida escolar”, relata. “Estudei de 1983 a 1994, ou seja, passei pelos antigos Primário, Ginásio e Colegial [respectivamente, os Ensinos Fundamental I, Fundamental II e Médio] na Unidade Cataguases”, conta Andreia Yamamoto, coordenadora de Apoio Pedagógico dos 6ºs anos (tarde) na unidade Cataguases e professora de reforço de Química na unidade Tremembé. Andreia começou a lecionar no colégio em 2007, chamada pela coordenadora-geral Maria Elisa Meinberg e pelo diretor Alfredo Dodsworth. Para ela, “o carinho e a dedicação de todos os funcionários faziam desse ambiente um segundo lar”. Marcel, No Colégio Jardim São Paulo, esses antigos alunos que hoje lecionam como professores, muitas vezes, são colegas de trabalho de diretores, coordenadores, professores e funcionários que já trabalhavam na escola naqueles anos. Andreia conta: “Reencontrei vários professores e funcionários de outrora, e essa foi a melhor surpresa da minha volta ao colégio. No dia em que trouxe o currículo, fiquei feliz demais ao reencontrar queridos funcionários — e ser lembrada por eles depois de anos de ausência! —, como a dona Mirtes, dona Vera, Bahia, Eliane, Feliz, Maria Elisa, Alfredo...” Andreia comenta que, desde que (re)ingressou no CJSP, recebeu “incondicional apoio e torcida por parte da equipe como um todo”. Se como antigos alunos eles tiveram (e têm) contato com uma geração anterior, hoje também têm contato com uma geração mais nova, da qual talvez saiam futuros novos professores. Nesse aspecto, o fato de já terem estado (literalmente) no lugar de seus estudantes ajuda os professores a criar um vínculo com eles. “Os alunos gostam de conhecer essa história, os exemplos da minha trajetória”, diz Marcel. Em família Tanto estudantes como professores, por todo o tempo que passam no ambiente escolar, tendem a enxergar o colégio como uma segunda casa e as pessoas que ali estudam ou trabalham como uma segunda família. E, algumas vezes, sua primeira família também faz parte da escola. Esse é o caso da professora do 2º ano do Ensino Fundamental, Marlene Schwelling Rodella, da unida- 31 65 anos “O colégio era uma grande família onde todos se conheciam” Marlene 32 de Cataguases. Marlene começou a estudar no Jardão em 1962, com seis anos de idade, e foi até a 2ª série do Ensino Médio. “O colégio era pequeno, com poucas professoras e alunos, mas era uma grande família onde todos se conheciam”, lembra. Em 1976, regressou como professora da então Pré-escola. Marlene não é a única pessoa de sua família a trabalhar na escola: sua filha, Amanda Schwelling Rodella, hoje leciona na Educação Infantil da unidade Cantareira. E se Marlene conhece o colégio desde o antigo préprimário, a experiência de Amanda começou ainda mais cedo: “Minha história com o colégio já começou dentro da barriga da minha mãe, quando ela ia trabalhar”, conta Amanda. “Depois, aos três anos, iniciei minha vida no colégio e continuo nele até hoje, com trinta anos.” Quais as memórias de Amanda ao longo de sua trajetória no Jardão, seja como aluna ou professora? Ela faz uma lista:“Piano da ‘Prô’ Lúcia, piscina desco- berta, surgimento das outras unidades e faculdade, campeonato esportivo entre as classes na hora do lanche, passeio de charrete na unidade Cantareira nas festas juninas, cantina com o ‘Seu’ Américo, o ‘tio da pipoca’ que vendia pipoca com bacon dentro do colégio, azulejos com a imagem de Chapeuzinho Vermelho perto da piscina, um espaço do colégio conhecido como ‘borrachão’, fotos do ‘Seu’ Zaga, etc.” De acordo com Marlene, é muito bom ser professora no mesmo colégio em que estudou, pois já se conhecem todos os locais do trabalho e todas as pessoas que ali se encontram — como uma continuação da sua casa e família. E se essa professora teve sua primeira família integrada à escola, o mesmo acontece com outros estudantes: “Como professora, posso dizer que é muito gratificante poder acompanhar a evolução das crianças e, um dia, ver aquele aluno trazendo seu próprio filho ao colégio para você dar continuidade a esse segmento.” ‘Minha qualidade de ensino continua a mesma, mas as minhas fachadas...’ Seja na aparência da escola, seja na atualização de sua grade curricular ou sistema de avaliação, mudanças são inevitáveis com o passar dos anos. Para essas pessoas que conheceram o Colégio Jardim São Paulo como alunos e hoje atuam nele como professores, o que mudou? “O objetivo quanto à formação e integração do aluno e provas exigentes são semelhantes aos da época em que estudei”, conta Paula. “Porém, foram introduzidas aulas mais tecnológicas, com o diário web e outras inovações para contribuir ainda mais na formação dos alunos.” Por sua vez, Marcel destaca que, hoje, o colégio conta com mais espaço e maior infraestrutura para os alunos, destacando o local do colégio para prática de esportes. 65 anos “Aos três anos, iniciei minha vida no colégio e continuo nele até hoje” Amanda 1989 e 2013: Amanda com a professora Rosana Celi Carneiro, hoje colegas na unidade Cantareira “Ao regressar, recebi incondicional apoio e torcida por parte de toda a equipe” Andreia Em relação ao sistema de ensino e avaliação, Paula diz não ter encontrado dificuldades. “Pelo fato de eu ter estudado do Infantil ao Ensino Médio no CJSP, estava habituada com as exigências diárias de estudo e dedicação. Na época, a nota média para aprovação era 7.” Para Marcel, uma das maiores mudanças em relação ao seu período como aluno na escola é o uso da tecnologia em sala de aula. O advento tecnológico ajuda na formação. “Uma lembrança que tenho é a série de ‘transformações’ nos uniformes”, relembra Marlene. “Usava boina, gravatinha, meião... Com o tempo, os uniformes foram mudando bastante.” E o que se manteve? A resposta vem de Andreia: a missão principal do colégio, desenvolver a formação educacional e socio- cultural dos alunos, para que eles possam atuar na sociedade com responsabilidade, ética e solidariedade. E, para cumprir essa missão, o ponto de vista de um estudante faz toda a diferença. “Reconheço que muito me vale como professora e coordenadora retomar experiências como estudante de outrora. É maravilhoso participar de projetos de vida, construídos pelos nossos queridos professores e alunos, mas também apoiados pelas famílias e demais funcionários do colégio”, afirma a coordenadora de Apoio Pedagógico. Amanda sente-se muito satisfeita em ser professora no lugar em que passou boa parte de sua vida e deixa seu recado para a escola que já conhecia antes de nascer: “Obrigada, Colégio Jardim São Paulo. Obrigada, a todos os professores que eu tive, pela dedicação. Obrigada a todos os colegas de trabalho que, assim como eu, amam o que fazem.” 33 65 anos CD musical marca 65 anos A ser lançado em meados de novembro, disco conterá canções de Paulo Meinberg e Vera Novack e integrantes do Coral Infanto Juvenil: “CD será a mostra da filosofia jardanense — a união da educação e cultura com a arte” 34 N ão há como se comemorar aniversário do Jardão sem ter música. Toquinho cantou quando a escola completou cinquenta anos. Cinco anos atrás, quando chegou aos sessenta, formou-se um coral com mais de trezentas vozes para participar de uma grandiosa missa campal. Este ano, quando se festejam os 65 anos, novamente a música aparece. Dessa vez em forma de CD. O projeto está sendo realizado sob a direção de Vera Novack, regente e coordenadora dos corais Jovem e Infanto Juvenil do Colégio Jardim São Paulo. O CD terá sete composições assinadas pelo professor Paulo Meinberg, fundador do CJSP. Seis são conhecidas e uma — Meu Grande Amor — é inédita. Além disso, have- rá uma faixa com o hino do colégio, com imagens gravadas em vídeo e participação de cerca de quatrocentos alunos integrantes dos corais Infantil, Infanto Juvenil e Jovem do colégio. A gravação está agendada para 20 de outubro, no Teatro do Colégio Jardim São Paulo. Os arranjos instrumentais são de Neno Gomes, produtor da Sony. As gravações estão sendo realizadas no Estúdio Cantareira. Além de marcar as comemorações dos 65 anos da escola, o CD será um importante veículo de compartilhamento da própria história do Jardão. “Ele será a mostra da filosofia jardanense: a união da educação e cultura com a arte”, define Vera. “Também será uma ótima oportunidade de nossos alunos conviverem com mú- 65 anos sicos profissionais e vivenciarem a experiência prazerosa da gravação de um trabalho musical em estúdio.” Pianista e graduada em regência, Vera já dirigiu vários corais em São Paulo, entre eles o Coralusp, da Universidade de São Paulo, onde também ministrou aulas de Percepção Musical e Técnica Pianística. Ao falar sobre o projeto, a maestrina cita o fundador do Jardão: “O pro- fessor Paulo Meinberg representa para todos nós uma figura muito importante, um grande exemplo. Sempre vi nele uma pessoa que não media esforços para que artistas em potencial pudessem transformar o talento em profissão.” A previsão é de que, em meados de novembro, o CD seja entregue a cada família, desde os atuais alunos aos integrantes novos que efetuarão matrículas neste ano. As músicas do CD O Coreto Ação de Graças Samba do Relógio Minha Terra Serra da Cantareira Meu Grande Amor Hino do Colégio Jardim São Paulo Reminiscências Homenagem ao professor Paulo Meinberg, fundador do Colégio Jardim São Paulo Lembraremos você... Quando uma banda tocar; No céu, a lua passear; Na escola, o aluno estudar. Lembraremos você... No lindo verso de um poema. No canto da siriema, Quando o berrante ecoar. Lembraremos você... No coro dos pequeninos, Na viola, nos violinos, Na sanfona a dedilhar. Lembraremos você... Nas flores, nos passarinhos, Na festa dos macaquinhos, No curau a cozinhar. Lembraremos você... No trabalho persistente, Muito sério e competente, Desafio a enfrentar. Lembraremos você... Na palavra que consola, Numa moda de viola, Minas Gerais a cantar. Lembraremos você... No drible do jogador, Na piada, no bom humor, No caipira a prosear. Lembraremos você... No coreto iluminado, Baixo tuba caprichado Pro povo se emocionar. Lembraremos você... No olhar dos necessitados, Dos humildes, dedicados, Que buscou sempre ajudar. Lembraremos você... Nas estrelas, no infinito, Onde deve estar escrito Que a gente vai se encontrar. Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira Coordenadora-geral da unidade Cataguases 35 tecnologia Ligação direta Modernos laboratórios de Informática para ensino e informações em nuvem privada integram administração, coordenação e corpo docente O ensino tecnológico sempre foi incentivado pela direção do Colégio Jardim São Paulo. Por isso, além de manter uma área de Tecnologia da Informação (TI), com profissionais na área de webdesign, desenvolvimento (sistemas e aplicativos educacionais) e infraestrutura, a escola tem em suas três unidades (Cantareira, Cataguases e Tremembé) laboratórios de Informática equipados com hardware Dell, referência de equipamentos no setor. Ricardo Bochicchio, coordenador de TI, explica: “Nossa moderna infraestrutura ao longo dos anos vem trazendo significativos resultados educacionais e são nesses espaços que nossos alunos têm aulas regulares de Tecnologia Educacional, cada série com um objetivo diferente, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio”. A cobertura tecnológica do Jardão está abrangendo hoje mais de oitenta salas de aula. Nelas há lou- 36 sas digitais interativas (Smart Board), projetores de alta resolução com função em 3D, sistema de som, Internet etc. Tudo para atender, diariamente, mais de 3 mil alunos e ir mudando a forma de agir e pensar da comunidade jardanense. Destaque-se ainda o ensino tecnológico realizado por meio das aulas de Robótica. “Aos poucos, ele está criando uma nova geração de pensadores mirins”, explica Bochicchio. “Essas turmas desenvolvem o raciocínio lógico resolvendo situações-problema com a ajuda de softwares de programação e materiais lúdicos da Lego Dacta (divisão educacional da gigante dinamarquesa do setor de brinquedos).” Na nuvem O site do colégio — www.jardimsaopaulo.com.br —, repaginado em 2012, é o grande catalisador das atividades pedagógicas e administrativas da instituição. Bochicchio salienta que ele é um portal moderno, ágil e com identidade institucional. “Em conjunto com o portal, as redes sociais são as grandes ‘ferramentas’ de divulgação de nossas informações internas, proporcionando a todos uma comunicação mais eficaz e direcionada.” Ao longo das semanas, enviase à comunidade jardanense uma grande quantidade de material de estudo, circulares, calendários e atividades online, entre outros. Tudo é medido e quantificado pelo setor de TI. “É dessa forma que direcionamos nossos esforços a fim de identificar o perfil de nossos alunos e sempre estar com políticas de desenvolvimento com a ‘cara’ deles”, revela Bochicchio. “Na área administrativa, o sistema acadêmico é interligado na nuvem privada, e nossos coordenadores, em conjunto com o corpo docente, são integrados com todas as informações acadêmicas.” exposição Paixões DO BRASIL Expocultural 2013 exibe características do País F oram dois grandes eventos com o mesmo tema: Paixões e riquezas nacionais — um na unidade Cantareira (Tremembé), outro na unidade Cataguases. Ambos, literalmente, com a cara do Brasil, pois os visitantes, ao entrar, logo viam um grande mapa do País com a inscrição: “Qual é a sua paixão? Registre aqui”. Ao que consta, aliás, esse painel teve grande aceitação, pois não houve quem não quisesse colocar ali um depoimento. Ao todo apresentaram-se 144 trabalhos, sendo 63 do Tremembé e 81 da Cataguases. A coordenação das mostras da Expocultural 2013 ficou por conta das professoras Maria de Fátima Lima de Carvalho e Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira, respectivamente diretora-pedagógica da unidade Tremembé e coordenadora-geral da unidade Cataguases. Junto a elas trabalharam as equipes de coordenação de Apoio. Micheli Cristina Goulart Caniloi e Adriana de Souza Carvalho, da Tecnologia Educacional, orientaram as práticas digitais. Os trabalhos da Expocultural são examinados por professores e coordenadores, desde o processo de elaboração à apresentação final, no estande. A preparação para a expo está baseada na divulgação do tema central, consequente divisão de subtemas (elaborados pela coordenação de área do colégio) e sorteio em sala de aula por grupos formados com cinco a seis alunos. Dois formatos A partir deste ano, os eventos culturais foram divididos em dois 37 exposição formatos: a Expocultural, tradicional mostra de trabalhos em estandes, agora é realizada somente pelos alunos dos 4º ao 7º anos, de dois em dois anos. Os alunos do 8º e 9º anos realizam a Semana Cultural, momento também de intensificação 38 do processo de pesquisa escolar e trabalho em grupo (como na Expocultural). Porém, a apresentação final é em formato de seminário, dentro da sala de aula. Esse novo desenho cultural tem o intuito de acompanhar melhor a evolução dos processos escolares, tornando os eventos adaptados a cada faixa etária e proporcionando aos alunos ainda mais motivação no processo de construção do conhecimento dos temas sorteados para os trabalhos. teatro Menestréis na ribalta Alunos do Curso de Teatro do Jardão preparam dois espetáculos para o fim do ano Encenação: objetivo é desenvolver nos alunos musicalidade, reflexo e intuição E stá indo de vento em popa a preparação de duas peças com a participação dos alunos do Curso de Teatro do Colégio Jardim São Paulo. Para se obter maior rendimento, o grupo foi dividido em dois. Os ensaios são às segundas-feiras, no Teatro Jardim São Paulo. À tarde, a partir das 16 horas, há um grupo ensaiando A dança dos signos. À noite, começando às 19 horas, outra turma ensaia Lendas e tribos. As apresentações estão agendadas para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro. A coordenação do curso de teatro, a partir deste ano, está por conta da Oficina dos Menestréis, companhia criada, em 1981, pelo cantor Oswaldo Montenegro. No Jardão, atua como diretor das peças o ator Rica Santana — há vinte anos integrante da equipe de Oswaldo — e sua assistente de Direção, Fábia Dias. Oswaldo Montenegro é o autor do musical A Dança dos signos. Já Lendas e tribos tem roteiro assinado por Candé Brandão — as músicas são de autores variados. De acordo com Rica, o método utilizado no Jardão é o mesmo que Oswaldo utiliza para dirigir seu elenco de atores, cantores e bailarinos: “Nosso objetivo não é formar atores. Queremos que os alunos desenvolvam musicalidade, reflexo e intuição e percam o medo de errar em cena”. 39 teatro Ayrton Salvanini é Fernando em Pessoa Poemas do poeta português e de seus heterônimos são recitados pelo ator. Alunos da 3ª série do Ensino Médio são a plateia O s alunos da 2ª série do Ensino Médio, das unidades Cataguases e Tremembé, já sabem: quando chegam à 3ª, têm um encontro marcado com Ayrton Salvanini e Fernando Pessoa. No Teatro Jardim São Paulo, Salvanini interpreta para essa série, exclusivamente, poemas do poeta português e seus três heterônimos — Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. O cenário é muito simples, mambembe, montado pelo próprio ator. À medida que Salvanini se adapta a ele, as personagens ganham vida. Um “bar” recebe “Fernando Pessoa”, ele mesmo, pois era assim que os antigos poetas se apresentavam no passado. A maior alegria deles era fazer aquilo de que mais gostavam: poesias para o seu público. Na sequência, Salvanini encarna Alberto Caeiro, considerado o mestre de todos os heterônimos de Fernando Pessoa. O poeta do campo possui um vocabulário simples e limitado. Tem como principal característica a utilização do simbolismo em suas obras. Depois de interpretar o Guardador de rebanhos, poema que identifica o 40 primeiro heterônimo criado por Pessoa, Salvanini dá vida a Ricardo Reis. Segundo explica o ator, esse poeta criado por Pessoa procurou, durante a vida, sempre o que era impossível de conseguir. Apresentava escrita refinada, concisa e um vocabulário latino. Reis levava em sua poesia o paganismo, assim como Caeiro, cultivando nas palavras a mitologia greco-latina. Álvaro de Campos é um dos mais conhecidos pelo público. Ele é vanguardista e cosmopolita. A característica principal de seus poemas é o estilo futurista. Neles, o autor refere-se à civilização moderna e ao encanto pela vida na cidade. Para finalizar a apresentação, Salvanini interage com os alunos, chamando-os ao palco para interpretar algumas poesias de Pessoa e seus heterônimos. Ao levar Salvani aos alunos da 3ª série do Ensino Médio, o Jardão tem por objetivo ajudá-los na preparação para os exames vestibulares 40 esportes Olijardão, uma maratona esportiva Em onze dias de competição, Acampamento Cantareira recebe cerca de 1.500 atletas do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio O s alunos do 6º ano da unidade Cataguases chegaram cedo no Acampamento Cantareira. Eles foram os primeiros a competir na Olijardão 2013. Para que esses atletas pudessem encontrar as instalações prontas, dias antes os professores de Educação Física, coordenados por Renato Augusto Fernandes e Maria Cristina Trindade de Aguiar, deixaram tudo em ordem, preparando planilhas, fazendo marcações, separando medalhas e checando a infraestrutura para nada dar errado. E assim foi: nada deu errado. Durante onze dias, o acampamento se transformou em “vila olímpica”, recebendo ao todo 1.421 atletas. A agenda ficou assim distribuída em agosto — unidade Cataguases: dia 5, 6º ano (189 alunos); dia 6, 7º anos (165); dia 7, 8º ano (169); dia 8, 9º ano (172); dia 9, 1ª série (80); dia 12, 2ª e 3ª séries (108). Unidade Tremembé: dia 13, Ensino Médio (109 alunos); dia 14, 6º ano (112); dia 15, 7º ano (124); dia 16, 8º ano (100); e, dia 19, 9º ano (93). 41 esportes As modalidades da Olijardão são variadas, sempre buscando atender a turmas femininas e masculinas. A cada final do dia, antes de retornarem, os competidores recebem as medalhas de participação. A competição foi realizada no Acampamento Cantareira pela terceira vez. Até então, os jogos tinham lugar nas quadras das unidades do colégio. Optou-se em pelo acampamento por ser lá um lugar amplo, arborizado e com diversas instalações, o que imediatamente caiu nas graças não só dos organizadores mas também dos competidores. 42 42 esportes 43 44 44 esportes Os primeiros troféus do ano já chegaram! Futcup, um dos principais eventos esportivos de São Paulo na modalidade futsal, já rendeu pódio ao Jardão A competição começou em março e teve a final realizada no dia 25 de maio, no Colégio Rio Branco da Granja Viana. Com uma campanha irrepreensível, as unidades Cataguases e Tremembé representaram muito bem o Colégio Jardim São Paulo na Futcup, um dos principais torneios de futebol de salão de São Paulo. Na categoria sub12, com a participação simultânea das duas unidades, Cataguases e Tremembé se encontraram na semifinal. “Um jogo digno de final”, destaca o coordenador de Esporte, professor Luiz Carlos Delphino de Azevedo Júnior. A unidade Tremembé venceu por 2 a 1, classificando-se para a final. A equipe da Cataguases, por sua vez, disputou o 3º lugar contra a equipe do Colégio 12 de outubro. No primeiro jogo do dia das finais, a equipe da Cataguases iniciou perdendo o jogo e, aos 20 segundos finais da partida, conseguiu o empate de 4 x 4, levando o jogo para disputa dos pênaltis. Saindo-se melhor, conquistou o 3º lugar da competição. Na final da sub12, a equipe do Tremembé iniciou sofrendo um gol, mas, com muito esforço e trabalho de equipe, conseguiu virar o jogo e conquistar o título de campeão. 45 esportes A categoria sub 14 (Cataguases) enfrentou o Colégio12 de Outubro. Conta Luiz Carlos: “O jogo começou muito difícil, com muita pressão da torcida adversária, mas conseguimos abrir o placar”. O placar final foi 3 x 0 para o Jardão. Em uma bonita vitória, os destaques das duas categorias ficaram com o Jardão também: Sub 12 — artilheiro do campeonato: Fernando Branco Moraes; vice-artilheiro: Gustavo Eiji Yoshimi (ambos da Balanço geral unidade Tremembé). Sub 14 — Melhor jogador: Henrique Reis (unidade Cataguases). Sub 14 — Melhor Goleiro: Luã Rebolo (unidade Cataguases). Os técnicos das equipes são Alex Andreaça (Cataguases) e Carlos Felix (Tremembé). O Jardão está participando de inúmeras competições em várias modalidades. Os resultados e respectivas classificações podem ser conferidos no site www.jardimsaopaulo.com.br. Veja a atuação do Jardão em outros campeonatos (resultados até 6 de outubro) 6ª Copa Diggio Unidade Cataguases Equipe Basquetebol Masculino Sub 14 Futsal Feminino Sub 15 Futsal Feminino Sub 18 Futsal Masculino Sub 8 Futsal Masculino Sub 9 Futsal Masculino Sub 10 Futsal Masculino Sub 11 Futsal Masculino Sub 13 Futsal Masculino Sub 15 Handebol feminino Sub 14 Handebol Masculino Sub 14 Classificação Semifinal Semifinalista da série prata Finalista da série ouro Semifinalista da série ouro Semifinalista da série ouro Semifinalista da série ouro Finalista da série ouro Semifinalista da série ouro Vice-campeão da série prata 2º colocado na chave classificatória — resta um jogo para concluir a fase Semifinalista da série ouro Unidades Tremembé e Cantareira Futsal Masculino Sub 8 Futsal Masculino Sub 10 Futsal Masculino Sub 12 46 Finalista da série ouro Semifinalista da série prata Semifinalista da série prata esportes Liga de Esportes Escolares — LE2 Unidade Cataguases Basquetebol Masculino Sub 14 Basquetebol Masculino Sub 16 Voleibol Masculino Sub 14 Futsal Masculino Sub 10 Futsal Masculino Sub 12 Futsal Masculino Sub 14 Handebol Feminino Sub 16 Fase classificatória, 4º colocado — resta um jogo para concluir essa fase Fase classificatória, 2º colocado — resta um jogo para concluir essa fase. Fase classificatória — resta um jogo para concluir essa fase Semifinalista série ouro Segunda fase classificatória, série ouro — resta um jogo para a semifinal Semifinalista, série prata — resta um jogo jogos para a semifinal Classificado para as quartas de final Unidade Tremembé Futsal Masculino Sub 10 Futsal Masculino Sub 11 Futsal Masculino Sub 12 Futsal Masculino Sub 14 Futsal Masculino Sub 16 Futsal Masculino Sub 18 Voleibol Feminino Sub 14 Segunda fase classificatória, série ouro — resta um jogo para as semifinais Fase Classificatória — restam dois jogos para concluir essa fase Segunda fase classificatória, série ouro — resta um jogo para as semifinais Segunda fase classificatória, série bronze — restam três jogos para as semifinais Segunda fase classificatória, série prata — restam dois jogos para as semifinais Segunda fase classificatória, série prata — restam dois jogos para as semifinais Semifinalista, série bronze — falta um jogo para se definir a final Campeonato Bola 5 Unidade Cataguases Futsal Masculino Sub 8 Futsal Masculino Sub 10 Futsal Masculino Sub 12 Futsal Masculino Sub 14 Futsal Masculino Sub 16 Futsal Masculino Sub 18 Futsal Feminino Sub 16 Finalista, série ouro Finalista, série ouro Finalista, série ouro Finalista, série ouro Finalista, série ouro Finalista, série prata Finalista, série ouro Unidade Tremembé Futsal Masculino Sub 8 Semifinalista, série prata Copa Center Norte Unidade Cataguases Futsal Sub 8 Futsal Sub 10 Futsal Sub 12 Futsal Sub 14 Futsal Feminino Sub 17 Semifinalista — resta um jogo da fase classificatória Semifinalista — resta um jogo da fase classificatória Fase classificatória — resta um jogo para se concluir essa fase Fase classificatória — resta um jogo para se concluir essa fase Fase classificatória – restam três jogos para se concluir essa fase Unidade Tremembé Futsal Sub 8 Futsal Sub 10 Futsal Sub 12 Futsal Sub 14 Fase classificatória — restam dois jogos para se concluir essa fase Semifinalista — resta um jogo para se concluir essa fase Semifinalista — resta um jogo para se concluir essa fase Fase classificatória — resta um jogo para se concluir essa fase 47 48
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Coordenação-geral | Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira UNIDADE CANTAREIRA Av. Nova Cantareira, 3.734, Barro Branco, tel. (11) 2991- 3582, São Paulo, SP, 02340-000 [email protected]...
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