Construções Cidade Nova do Marco SA
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Construções Cidade Nova do Marco SA
Construções Cidade Nova do Marco S.A. Portugal Inovador I Editorial Empreendedorismo ao quadrado T erminámos de contar os dias do mês de janeiro do ano de 2014. Ano esse que, várias vozes, apontam como os efetivos 365 dias de viragem económica e financeira do nosso país. Numa altura em que Portugal continua a ser classificado como “lixo” pelas agências de ‘rating’, as melhorias no mercado nacional são notórias. Pouco a pouco, a nossa máquina empresarial reergue-se. É essa realidade que comprovamos, dia a dia, nas diversas PME que visitamos. Todavia, existe um triângulo de ações que é necessário ter em consideração. O empreendedorismo pode ser definido como uma forma de vida em que o empresário coloca em prática toda a sua capacidade criativa, inovadora e administrativa. Dito de uma outra forma, empreendedorismo prende-se com o triângulo supracitado: o saber, o fazer e, por fim, o saber fazer. Pires de Lima, atual ministro da Economia, veio defender a implementação do empreen dedorismo como disciplina de ensino obrigatória, medida que se encontra incluída no documento de Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e Emprego. Porém, há quem já opine que deve ser cultivado e galvanizado junto dos mais jovens ao longo do seu percurso académico, incluindo-o como uma temática, contando com abertura das portas das empresas enquanto exemplo de gestão, incentivando também a parte prática. Por sua vez, foi criada uma plataforma online personalizada para as mulheres empreendedoras portuguesas. Maria José Amich, criadora do projeto, fez questão de frisar, na altura do seu lançamento, que isto não se trata de uma questão de “equidade”. Comprovou, através do relato de várias estatísticas, que cerca de 40% das empresas criadas em Portugal no ano de 2012, foram de autoria feminina. Dessa forma, há que dar mérito e reconhecer a importância do desenvolvimento de uma ferramenta como esta. Sendo assim, e nós que lidamos de perto com os empresários e que partilhamos o panorama do tecido empresarial português, interrogamos: o empreendedorismo deverá ser imposto como oferta formativa ou compete ao país oferecer estratégias económico-financeiras que atraiam novos empresários? A direção da Portugal Inovador Propriedade: Página Exclusiva – Publicações Periódicas, Lda. I Morada: Rua Augusto Lessa, nº 251 esc. 13 I 4200-100 Porto I Telefones: 22 502 39 07 / 22 502 39 09 I Fax: 22 502 39 08 I Site: www.paginaexclusiva.pt I Email: pagina.exclusiva.geral.com I Periocidade: Mensal I Distribuição: Gratuita com o Jornal PÚBLICO I Preço unitário: 4 euros I Assinatura Anual: 44 euros (11 números) Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins sem autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista e o editor não se responsabiliza pelas inserções com erros ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Fevereiro I 3 I Portugal Inovador “O nosso desafio e a nossa missão é a satisfação do cliente” A JMM – Construções Cidade Nova do Marco, S.A. é uma empresa que está preparada para atuar em diversas áreas: construção civil, demolições, terraplanagem e remoção de produtos contendo amianto. Em entrevista à nossa revista, Cristina Mendes contou a história desta empresa e explicou-nos quais os objetivos para o futuro. R ecuemos até ao ano de 1984 quando tudo come çou. Criada por José Manuel Men des, esta empresa começou por se dedicar apenas à construção civil, onde grande parte das obras eram feitas para particulares. Com o evoluir dos tempos diversificaram os serviços e concorreram a obras públicas. Como refere Cristina Mendes, administradora da JMM – Construções Cidade Nova do Marco e filha do fundador da empresa, “ao longo dos anos a firma foi sofrendo algumas alterações, porque tivemos de nos adaptar ao mercado e às exigências do cliente”. Atualmente, a administração desta empresa é de cariz familiar onde trabalham os três filhos do fundador, Cristina Mendes, Paula Mendes e Vítor Mendes. Evolução da empresa Na década de 90 esta empresa começou a diversificar os seus serviços, dadas as alterações verificadas no ramo da construção civil. Como tal, apostaram na terraplanagem e começaram a fazer todo o tipo de movimentação de terras no âmbito da escavação e aterro. “Nessa altura, comprámos as primeiras máquinas e quisemos inovar, ou seja, fomos das primeiras empresas da região, que adquiriram certos equip am entos com determinada capacidade”, afirma a nossa entrevistada. Com a remodelação da malha urbana de muitas cidades do nosso país, a Construções Cidade Nova do Marco teve também de investir 4 I Fevereiro Cristina Mendes “ Queremos continuar com o nosso trabalho na área da remoção de material contendo amianto” em equipamento direcionado para as demolições. Todo este trabalho é feito com recurso a meios próprios, técnicos especializados e, com ferramentas e equipamentos de vanguarda, uma vez que, “para sermos bons nas obras que realizamos, temos que estar equipados com os melhores técnicos e com as melhores máquinas. Foi com esse objetivo, que em 2010, comprámos a única máquina a nível nacional que estava especialmente preparada para demolições. Tem uma lança de 40 metros e que permite ao funcionário comandar a máquina a uma longa distância. Permitindo assim a execução de todo o tipo de demolições”, refere Cristina Mendes. A par de todos estes serviços e com o passar do tempo, a empresa sentiu necessidade de criar uma estação de tratamento de todos os resíduos que são provenientes das obras e, por esse motivo, implementaram uma Unidade de Triagem e Fragmentação de Resíduos de Construção e Demolição, RCD. Única na região de Marco de Canaveses, esta unidade “está a funcionar desde 2012 e uma máquina própria para estes serviços, Portugal Inovador I a britadeira, recupera o velho e transforma em algo novo que pode ser reutilizado na mesma ou em outras obras. Apenas o ferrro, plástico vidro e cartão é que não podem ser reciclados por esta máquina e são enviados para empresas licenciadas para os reciclar”, acrescenta Cristina Mendes. Remoção das placas de fibrocimento Além de todos os serviços anteriormente mencionados, a administradora desta empresa fez questão de referenciar que o grande serviço que, neste momento, a empresa presta e que é aquele que mais pretende destacar, é a remoção de placas de fibrocimento que contêm amianto. “Esta é uma das nossas áreas de atuação e é aquela que tentamos divulgar ao máximo. Estivemos pelo país inteiro, em diversas obras e queremos continuar com o nosso trabalho na área da remoção de produtos contendo amianto”. Com pessoas com formação e com uma cabine de descontaminação, a JMM é das poucas empresas no país que está habilitada a realizar este tipo de trabalho, pois “foi uma das áreas nas quais nos vimos obrigados a inovar, nomeadamente na formação dos funcionários, porque era uma situação que queríamos aproveitar”, refere Cristina Mendes. “Esta é uma das nossas áreas de atuação e é aquela que tentamos divulgar ao máximo. Estivemos pelo país inteiro, em diversas obras e queremos continuar com o nosso trabalho na área da remoção de material contendo amianto”. Obras realizadas por todo o país Envolvidos em diversas obras públicas, por todo o país, que vão desde pequenas a grandes obras, a Construções Cidade Nova do Marco esteve envolvida na re modelação de muitas escolas na altura da Parque Escolar e em muitos outros projetos, desde hospitais, hotéis e edifícios públicos. Projetos para o futuro Com o grande objetivo de divulgar ao máximo e por todo o país o serviço de remoção de placas de fibrocimento assim como todo o tipo de demolições, a JMM – Constru ções Cidade Nova do Marco tem como grande objetivo para o ano de 2014 continuar a melhorar todos os serviços e inovar sempre que possível: “Não gostamos de ficar parados no tempo e a evolução é extremamente necessária para respondermos às exigências do mercado. Aliás, o nosso desafio e a nossa missão no mercado é, desde sempre, a satisfação do cliente”, conclui Cristina Mendes. I Obras onde estiveram envolvidos: · Vouga Park – Sever do Vouga · Hospital de São João – Porto · Escola EB 2/3 André Soares - Braga · Centro Escolar Abade de Mouçós - Vila Real · Hospital Padre Américo – Penafiel · Fábrica ENERCON – Viana do Castelo · Casa Royas Mc Donald – Porto · Hospital da Horta – Açores · Cineteatro D. João V – Amadora · Unicer – Leça do Balio · Escola Secundária Dra. Laura Ayres – Quarteira · Escola Secundária Miranda do Douro – Miranda do Douro · Escola Secundária Mestre de Avis - Avis Fevereiro I 5 I Portugal Inovador Concelho criador de oportunidades Com 54 mil habitantes, 202 km2 de área, dois rios internacionais, Douro e Tâmega, Marco de Canaveses é um concelho do Norte do país com um imenso potencial. Manuel Moreira, presidente da Câmara há oito anos, fala-nos do marco importante que este município tem deixado na região. Manuel Moreira, presidente da Câmara F alar no Marco de Canaveses é falar em inovação. Este concelho tem percorrido um caminho evolutivo nos últimos anos e vai-se afirmando, cada vez mais, na região Norte do nosso país. “O nosso objetivo passa por regenerar o Marco. Fazer do Marco um município credível e respeitável. Temos tentado reequilibrar as contas e proporcionar qualidade de vida aos marcoenses”, afirma Manuel Moreira. Entre os censos de 2001 e 2011, a população do concelho aumentou. Uma das grandes apostas do concelho tem sido a educação de qualidade, combater o abandono e o 6 I Fevereiro insucesso escolar. “Criámos a ação social escolar para ajudar os filhos das famílias mais carenciadas ao nível da alimentação e do material escolar. Valorizamos e requalifica mos as escolas e já construímos dois centros escolares, sendo que pretendemos ainda criar mais dois até ao final do mandato. Lançámos ainda, a Universidade Sénior do Marco para as pessoas poderem continuar a cultivar o seu conheci mento e ocuparem os seus tempos livres”, salienta o presidente da Câmara. Marco de Canaveses é um con celho com obra feita! De destacar a construção do Parque Fluvial do Tâmega com um percurso pedonal de três km, um centro náutico, um restaurante e bar com vista para o Tâmega, plataformas de pesca desportiva - em que uma delas se transforma em palco no verão, durante as Festas do Marco. Há também a construção das piscinas municipais em Alpendorada, a Casa de Produtos Tradicionais/Posto de Turismo em Bitetos, o Museu da Pedra, a organização da Bienal da Pedra, a criação da Confraria do Granito, com o objetivo de juntar os empresários para refletirem sobre este setor económico. No concelho do Marco de Cana veses há também a preocupação de sensibilizar as pessoas para uma vida ativa. “Apostamos fortemente no desporto. Criámos 29 escolas municipais de desporto em dez modalidades diferentes, pois é necessário chamar as pessoas para a prática desportiva. Implementamos aulas de educação física, logo no primeiro ciclo escolar e ginástica lúdica e hidroginástica para os nossos séniores”, salienta o nosso entrevistado. As atividades lúdicas e a gastronomia fazem as delícias dos marcoenses e dos turistas que visitam o concelho: “As nossas freguesias têm a tradição de festejar o S. João e o Santo António com marchas populares. Tomei a iniciativa de trazer essas marchas até à cidade nas Festas do Marco, o que se tornou num ótimo cartaz turístico. Apostamos nos fins-de-semana gastronómicos e lançamos a Confraria do Anho Assado. Os nossos vinhos verdes têm ganho várias medalhas em feiras e mostras a nível nacional e internacional”. Quanto ao futuro, “continuaremos a apostar muito forte na educação e na ação social. Queremos acelerar a construção da rede de água e saneamento. O empreendedorismo é também algo em que vamos investir. Queremos criar uma incubadora de empresas para atrair investimentos e criar postos de trabalho, designadamente para os jovens. Ser presidente de Câmara é uma experiência fantástica. Vim para servir a minha terra e não para me servir dela! O nosso desígnio municipal é fazer do Marco, no espaço de uma geração, um dos melhores municípios da região e de Portugal. Espero poder terminar esta missão pública, na minha terra natal, com a consciência de dever cumprido”, acrescenta Manuel Moreira. I Portugal Inovador I Welcome to Clifton College! Com sede no Marco de Canaveses e um pólo em Alpendorada e Matos, o Clifton College é uma escola de línguas, fundada em 1995 e reconhecida, oficialmente, pelo Ministério da Educação - autorização definitiva nº 80/ DREN. Contam com quase duas décadas de experiência no ensino de línguas, esta escola possibilita aos seus alunos a aprendizagem do inglês, do alemão, do espanhol, do francês e do português para estrangeiros. Susana Neves e Maria Carneiro D ecorria o ano de 1995 quando um casal britânico decidiu residir em Marco de Canaveses. A sua formação em línguas levou-os a criar um Instituto de Línguas. Assim surgiu o Clifton College. Susana Neves e Maria Carneiro, antigas funcionárias do instituto, aproveitaram o regresso do casal britânico ao seu país natal, em 2001, para assumirem um novo papel no Clifton College, o da gerência do instituto: “Aceitámos o convite e começámos uma nova etapa neste projeto”, referem as nossas entrevistadas. O Clifton College possui uma equipa dinâmica com bastante experiência e devidamente qualificada, dispondo também da colaboração de professores nativos que integram o grupo de trabalho em todas as áreas de aprendizagem. Aqui, os formandos têm ao seu dispor um leque alargado de formações. Falamos de cursos académicos e modulares, traduções, retroversões, aulas individuais, explicações, entre outros. Contando, inicialmente, com apenas 25 alunos, hoje são um total de 250, abrangendo todas as faixas etárias, desde os 5 aos 60 anos. Com uma vasta experiência, o Clifton College é parceiro do British Council. O seu principal objetivo é preparar os alunos para se candida tarem a diplomas da Universidade de Cambridge em Inglaterra, reconhecida internacionalmente tanto por empregadores como por instituições superiores de ensino, sendo a sua taxa de sucesso superior a 95%. No Clifton College promove-se um ensino gradual e natural, evitando os métodos mais técnicos e recorrendo a meios tecnológicos e interativos. São organizadas ainda uma série de atividades que aproximam os profes sores e os alunos: “Para além dos serviços prestados no instituto, temos ainda parcerias com a Câmara Muni cipal e deslocamo-nos às escolas. Fazemos, igualmente, diversas ativ idades, incluindo duas viagens anuais e um convívio, também anual, em que convidamos os pais a assistirem a peças de teatro interpretadas pelos seus filhos, onde estes demonstram o seu conhecimento da língua”. Numa altura em que a emigração apresenta níveis muito elevados no nosso país, Susana Neves afirma: “Temos ajudado no aperfeiçoamento das diversas línguas, com vista à emigração dos nossos alunos, retrato atual da situação em que o nosso país se encontra. Os cursos rápidos e intensivos tiveram uma imensa procura. Sendo que, também muitas empresas estão a internacionalizar-se e como tal, procuram-nos para aprimorar os conhecimentos dos seus quadros”, explica a diretora da escola. “No futuro, esperamos continuar a contribuir para o sucesso pessoal e profissional dos nossos alunos, em particular, e da nossa comunidade em geral. Trabalhando com empenho e de dicação, de forma dinâmica e inovadora, o nosso lema é ensinar no presente a pensar no futuro”, é este o desejo da gerência do Clifton College. I Fevereiro I 7 I Portugal Inovador Garantir o seu bem-estar! A Farmácia Nova surgiu no Marco de Canaveses, no ano de 2002, através de um concurso de farmácias do concelho. O atendimento personalizado ao público e a inovação discreta do local, tornam esta farmácia especial e mais próxima dos seus utentes. Ana Couto Ribeiro N o passado a Farmácia Nova tinha o nome de Farmácia da Torre. Com origem em Tabuado, em 1995, através da diretora técnica Ana Couto Ribeiro, esta farmácia foi transferida para o centro do concelho. A génese do novo nome está relacionada com o facto de ser um espaço novo, como nos explica o marido da diretora técnica e administrador da farmácia, Fernando Couto Ribeiro: “Como abrimos uma farmácia, decidimos dar-lhe o nome de Nova”, refere. Desde então este espaço tem ganho um importante estatuto na região, onde se diferencia das restantes farmácias do concelho, através do atendimento e da forma como interpreta e faz uso da inovação: “Pretendemos inovar, mas só quando essa mudança acrescenta 8 I Fevereiro valor e resolve as necessidades das pessoas. Não gostamos de inovar só para parecermos muito modernos. A título de exemplo, gostamos de explicar e aconselhar tudo detalhadamente aos pacientes, algo que não era habitual neste meio. Por outro lado, julgo que pintar as paredes do estabelecimento, pode trazer um ar muito moderno, mas não acrescenta nada no que diz respeito à qualidade do nosso trabalho. Considero que este nosso conservadorismo em alguns aspetos pode ser encarado como inovação”, explica Fernando Couto Ribeiro. O bem-estar físico e psicológico dos utentes é uma preocupação constante da Farmácia Nova e muitas vezes o lucro é sacrificado, em prol das necessidades das pessoas. E como a saúde está sempre em primeiro lugar, a farmácia não olha a despesas e presta um vasto serviço: entrega de medicamentos ao domicílio, nutrição, podologia, administração de injetáveis, organização de workshops em escolas e lares, cursos de preparação com grávidas, cursos e demonstrações capilares, são alguns dos exemplos que caraterizam esta farmácia. A equipa de trabalho é bastante numerosa e qualificada. São 18 os profissionais, sendo que mais de metade são licenciados. “São colaboradores espetaculares que nos prestam um trabalho fantástico. Temo-nos esforçado por manter os postos de trabalho. Damos formação contínua e constante”, salienta o administrador. A ambição está bem presente no horizonte da Farmácia Nova: “Queremos dar continuidade ao bom trabalho e pretendemos ser a farmácia de referência do Marco!”, conclui Fernando Couto Ribeiro. I Portugal Inovador I Toque inovador na Tradição Fundada por António Moreira e Maria Benvinda Moreira, a Padaria A Moreira está a festejar o seu 35º aniversário de criação, no Marco de Canaveses. Este mês, tivemos a oportunidade de conversar com Sónia Moreira e José Freixo, as mais recentes caras do negócio. Especialidades: A Padaria A Moreira iniciou-se em Favões onde funcionava, sem fabrico próprio, com recurso à venda porta-a-porta. O crescimento da empresa conduziu à sua expan são dando início ao fabrico dentro de portas. Para tal, foi realizado um investimento em máquinas especia lizadas, sendo criados mais postos de trabalho. Após esta mudança, foi neces sário encontrar um nome adequado para o negócio que permitisse relacionar as padarias já existentes Com uma grande variedade de produtos que muito agrada os seus visitantes, as especialidades desta casa são: a regueifa, a broa de milho caseira, as bailarinas, as cavaqui-nhas, o pão de ló e o bolo rei de Favões que, com um toque especial de inovação, os diferencia de todos os outros vendidos nesta zona do país. Para além do fabrico próprio, nos espaços Doces de Favões podemos encontrar outros prod utos de mercearia, considerados essenciais, e que servem de suporte ao restante negócio. com os espaços que foram surgindo. Sónia Moreira revela a escolha: “Doces de Favões”. De modo a manter os seus clientes, a gerente explica que, “foram mantidos o logótipo e a cor para que os cidadãos que sem pre escolheram comprar o nosso produto se apercebessem que a nossa filosofia e qualidade se man tém, apenas registamos a marca”. Para além dos oito postos de venda espalhados pelas freguesias do Marco de Canaveses e que abrangem toda a cidade, a empresa conta também com quatro postos de venda extra aos quais fornecem produtos. Uma vez que pretendem revitalizar a distribuição de pão porta-a-porta, têm à sua disposição seis veículos que fazem a repartição de mercadorias, os quais utilizam para desenvolver e expandir o alcance da sua produção a locais mais longínquos. Com cerca de 40 funcionários, a qualidade dos produtos apresenta dos e o atendimento prestado na primeira loja (que funciona como base do negócio e está localizada na Avenida Central de Favões), estende-se a todos os outros espaços em Alpendorada e Matos (1998), Várzea do Douro, Ariz, Vila Boa do Bispo, Avessadas e Fornos, no centro do Marco de Canaveses e uma última perto do Convento de Avessadas. A Padaria A Moreira e os Doces de Favões são hoje um exemplo de inovação, aliada à tradição. No futuro, José Freixo revela que pretende manter os ideais da empresa e “continuar a expandir a marca para as redondezas do Marco de Canaveses, visto que já estamos presentes em Amarante e Penafiel”. I Fevereiro I 9 I Portugal Inovador Decoração no Marco A um quilómetro do centro do Marco de Canaveses encontramos a Rinuma, um espaço de decoração de interiores e cozinhas, gerenciado por Joaquim Silva. A forma como lida com o seu negócio e a escolha dos produtos em exposição é visivelmente cuidada e rigorosa, tendo sempre em consideração o potencial cliente e as suas necessidades. Joaquim Silva, proprietário J oaquim Silva decidiu criar a Rinuma, que festeja este ano o seu 25º aniversário. Nascendo já no ramo da deco ração de interiores por influência do pai, Joaquim Ricardo Nunes da Silva tem agora 59 anos e é o sócio-gerente e fundador da empresa. Adquirindo alguma experiência na área através da imigração para Toronto, o nosso entrevistado dedicou-se à arte de fabrico de cozinhas sendo que, quando decidiu voltar para Portugal, resolveu 10 I Fevereiro aplicar essa mesma especialização num projeto próprio. Rinuma Contrariamente ao que planeava, mas com igual gratidão, Joaquim Silva afirma: “Embora tenhámos desenvolvido a empresa com o intuito de trabalhar no fabrico de cozinhas, ultimamente esta tem sido direcionada para a área de decoração de interiores”. E de facto, ao entrar nas instalações da Rinuma, os clientes observam uma panóplia de objetos de decoração dos mais distintos estilos e cores. A Rinuma tem capacidade para adequar o seu produto às especificações do cliente e consegue corresponder facilmente às expectativas dos que procuram o seu serviço. “Trabalhamos com material de excelente qualidade, duradouro e à medida, para obter um produto final que fideliza e conquista a confiança do cliente”, garante o gerente. A firma conta com a colaboração de vários funcionários especia lizados nesta área, assim como com inúmeras parcerias nos mais diversos ramos que complementam a decoração de uma casa, desde móveis, papel de parede, carpetes, candeeiros etc. Uma vez que os seus clientes são maioritariamente particulares, a empresa orçamenta, faz projeto 3D e adequa os seus preços a cada tipo de negócio. Disponível para trabalhar de Norte a Sul e também no estgrangeiro, o nosso entrevistado informa que a equipa da Rinuma faz o transporte e a decoração de espaços onde haja um cliente interessado. Profissionalismo A concorrência não é uma preo cupação. O gerente aliás mantém bons relacionamentos com várias pessoas do sector. No entanto, não deixa de salientar a postura e o profissionalismo da sua equipa de trabalho na resolução de todas as questões que surgem no dia a dia. Se o objetivo inicial era o fabrico de cozinhas, hoje o maior volume Portugal Inovador I de negócio prende-se com o ramo da decoração, sendo que o mercado externo é um nicho de negócio imp ort ante, nomeadamente em França, onde servem uma pequena comunidade portuguesa. Em fim de conversa, Joaquim Silva confirma: “No meu projeto de vida, sempre procurei proporcionar aos meus clientes a melhor relação preço/qualidade. Essa preocupação e o respeito que temos pela conc orrência tornam a Rinuma numa empresa de referência no Marco de Canaveses”. I Fevereiro I 11 I Portugal Inovador “Os nossos preços e o atendimento fazem toda a diferença” Marco Horizonte é uma cadeia de supermercados no Marco de Canaveses, onde os preços baixos e produtos de qualidade tornam este espaço uma referência na região. Carlos Albino, proprietário deste negócio, em entrevista à Portugal Inovador revelou qual o segredo do seu sucesso Carlos Albino C omeçou por trabalhar num café e depois passou para um minimercado mas mal surgiu a oportunidade de abrir o primeiro supermercado, Carlos Albino nem sequer hesitou e viu aí uma grande oportunidade 12 I Fevereiro de negócio. “Não pensei duas vezes quando a oportun idade me apareceu e felizmente correu muito bem. De tal maneira que neste momento já tenho 6 supermercados”, refere o nosso entrevistado. Com espaços abertos no Marco de Canaveses e em Penafiel, a cadeia Marco Horizonte tem à disposição dos clientes um conjunto variado de produtos ao melhor preço e com a melhor qualidade para que as pessoas voltem e estejam sempre satisfeitas com o que compram. Para o proprietário, a grande preocupação é que os espaços estejam perto das pessoas. “Os meus supermercados estão bem localizados. Tenho quatro deles no Marco de Canaveses e outros dois em Penafiel. Os supermercados têm de estar em locais que sejam de fácil acesso para as pessoas que estão à volta, porque as pessoas procuram sair de casa e ter o espaço perto de si. Hoje em dia, quanto mais rápido e perto melhor”, afirma. Apesar de ter em volta uma concorrência feroz, Carlos Albino acredita que as pessoas procuram o seu espaço, não só pelos preços praticados, mas também pelo “atendimento perso nalizado e mais próximo do cliente, que faz toda a diferença”. Apesar de ter uma grande concorrência à volta, este não é um fator que preocupe o nosso entrevistado, pois para além de no ano anterior Portugal Inovador I ter “aumentado consideravelmente o volume de negócio”, Carlos Albino acredita que “as pessoas quando procuram uma superfície para comprar os bens essenciais, procura um bom preço e acima de tudo a qualidade. Porque nem tudo o que é caro é de qualidade e é isso que nós tentamos transmitir”. É através da distribuição de flyers e de um carro adequado para o apoio publicitário aos flyers que anuncia semanalmente as promoções, que o proprietário cativa e atrai os clientes que frequentam o Marco Horizontes. Futuro Um dos projetos que está na mente do nosso entrevistado é abrir mais um supermercado em Lousada para poder continuar a servir bem o Vale do Sousa. Além disto, “pretendo continuar com o mesmo trabalho, a mesma dedicação e se aparecerem novas oportunidades quero aproveitá-las”, conclui. I Fevereiro I 13 I Portugal Inovador Para miúdos e graúdos A Inarbel é uma empresa têxtil especializada na conceção e desenvolvimento de malhas exteriores para criança, senhora e homem. José Armindo, ex-internacional de futebol lidera hoje a esta firma, uma das maiores entidades empregadoras da região de Marco de Canaveses. empresa têxtil fundada pelos pais. A sua vivência internacional e o convívio com grandes homens de negócio - num tempo em que muitos dirigentes desportivos conciliavam a presidência dos clubes com a gestão das suas empresas - conferiu-lhe a capacidade para projetar um plano a médio/longo prazo e incutir uma atitude mais arrojada no seio da firma. Investimentos na renovação do parque de máquinas industriais, na formação (interna e externa) dos seus colaboradores, a aposta na internacionalização, assim como a criação de um gabinete de design permitem à Inarbel ser hoje reconhecida nos principais mercados externos, “por fazer mais e melhor num curto espaço de tempo”. Atualmente, a marca portuguesa está presente em 25 países, cola borando com exigentes players internacionais: “Os nossos clientes comercializam produtos com valor acrescentado e não toleram falhas”. Este requisito incitou a imple mentação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2008, assim José Armindo, administrador da Inarbel como o carimbo OEKO-TEX que pós algumas épocas na Pre certifica a qualidade do produto junto mier League ao serviço do do cliente final. Bolton, José Armindo pendura as Dr. Kid chuteiras e, de regresso a PortuHá 12 anos, integrada no seu gal, veste o fato de empresário, projeto de internacionalização, a assumindo a liderança da Inarbel, A 14 I Fevereiro Inarbel apresentou ao mercado a Dr. Kid – uma marca de vestuário direcionada para os mais jovens. “Foi a Dr. Kid a grande mentora da nossa expansão dado que, a criação de uma marca própria (cliente da Inarbel) nos permitiu entrar em inúmeros mercados e feiras do setor, cativando o interesse de outras marcas nas malhas por nós produzidas”, explica o administrador. A Dr. Kid está atualmente pre sente no território nacional através de parceiros multimarca, mas também com sete lojas próprias, es tando prevista, em 2014, a abertura de, pelo menos, mais três. “O mer cado nacional vive dias de maior contenção, mas não é por isso que deixamos de investir e escolher pontos estratégicos de venda. A economia é cíclica e acredito que melhores dias se aproximam”, reitera José Armindo. Vertente Social A Inarbel é uma das firmas que mais emprega no concelho de Marco de Canaveses. Hoje com 180 colaboradores, José Armindo sente-se feliz por ser um agente dinamizador da região. “É com muito agrado que percebo que os funcionários gostam de trabalhar aqui e mantêm um relacionamento excelente”. Empreendedor e proactivo, assegura que os projetos para 2014 estão já a ser delineados: “Queremos abrir mais lojas, continuar a reorganizar a nossa estrutura e alcançar maior sucesso apostando, constantemente, na inovação e em novas tecnologias”, conclui. I Portugal Inovador I Investimento e Formação No seu périplo por Marco de Canaveses, a revista Portugal Inovador visitou a Fisiofeel, um projeto arrojado encetado por uma jovem licenciada da cidade. D “ urante a minha licenciatura em fisioterapia, tive a opor tunidade de integrar o programa Erasmus, em Toledo, Espanha. Por lá, encontrei uma realidade com a qual me identifico, diferente da que aqui me foi apresentada. Por isso, decidi dar início a um projeto próprio com base nesse sistema”. Assim nos apresenta Daniela Moreira o projeto Fisiofeel, criado em junho de 2012. Ao contrário das técnicas aplica das em Portugal, a equipa da Fisiofeel aposta numa fisioterapia mais personalizada que se inicia com uma avaliação geral do problema por parte de um profissional qualificado. Cada caso é analisado de modo particular, sendo que o tempo e o modo terapêutico são ajustados às reais necessidades dos utentes. “Temos doentes que necessitam de horas de tratamento por dia, tudo depende da patologia que apresentam”, explica a profissional. Intimamente ligadas, as componentes física e psicológica são avaliadas de forma intensiva: “Mantemos uma conversa inicial com o utente, porque não é apenas a componente física que interfere nas queixas apresentadas. Conscientes disso, estamos atentos a todos os problemas por forma a encaminhar as pessoas para os me- Daniela Moreira, fisioterapeuta lhores tratamentos, evitando muitas vezes o recurso ao bloco operatório”. Assim sendo, a parceria com outras entidades é também promovida: “Mantemos o contacto com outras entidades e, em caso de necessi dade, encaminhamos o doente para o seu médico de família, ou recorre mos ao apoio de outros profissionais”, complementa. Empreendedorismo Jovem Por forma a oferecer todas as condições aos seus utentes, a Fisiofeel foi alvo de um grande investimento particular, “não só ao nível dos equipamentos técnicos, mas também de formação dos seus quadros. Todos os nossos colaboradores são licenciados, facto que promove um maior nível de eficácia na recuperação de cada caso”, esclarece Daniela Moreira. Especificamos, por exemplo, tratamentos com recurso a electroacupuntura, cinesioterapia, ondas de choque ou microcorrentes. Para além da fisioterapia aqui encontramos também inúmeras valências no âmbito do tratamento estético, tais como tratamentos avan çados como a criolipólise, endermo logia, laser, luz pulsada, entre outros, sempre devidamente suportados pelo acompanhamento de uma nutricionista por forma a potenciar todos os resultados. Apaixonada pela sua área de formação, Daniela Moreira afirma: “A fisioterapia está muito desacreditada no nosso país, mas na Fisiofeel apostamos na verdadeira essência desta área da medicina, atuando de forma honesta e muito dedicada a cada caso. Por isso mesmo, temos muitos utentes que nos agradecem pois só aqui encontraram um trata mento adequado às suas queixas”. Em final de conversa, Daniela Moreira não deixa de mostrar a vontade de levar a Fisiofeel para outros voos: “Apostámos em Portugal e, no futuro, tenho a ambição de expandir e apresentar o meu trabalho a um crescente número de pessoas”. I Fevereiro I 15 I Portugal Inovador António e Rui Peixoto A obra nasce aqui! Os Granitos Irmãos Peixoto dedicam-se à extração, transformação e comercialização do granito, desde 1997. Sediada no Marco de Canaveses e com a pedreira de extração situada em Aguiar da Beira, Rui e António Peixoto fazem desta pedra a sua pérola. U m desafio familiar fez arrancar a obra dos Granitos Irmãos Peixoto. Rui e António Peixoto, proprietários da firma, atribuem ao pai a ideia que conduziu à criação deste projeto: “Tudo começou em 1997 quando o nosso pai, que tinha uma empresa no setor, nos desafiou a criar uma empresa nova. Comprámos o terreno e construímos os Granitos Irmãos Peixoto”, explica Rui Peixoto. Com uma mão de obra qualifica da e máquinas sofisticadas, a firma é uma referência da região: 16 I Fevereiro “Damos o máximo de formação possível aos nossos funcionários que, neste momento, são 35, mas temos perspetivas de aumentar para os 40, bem como a própria fábrica, que está a ser ampliada. Apostamos na melhor tecnologia e para tal estamos inseridos num projeto que visa a utilização de equipamentos multifios, que é inovador na nossa região. Algo muito mais limpo e que promove a poupança de água uma das nossas preocupações ambientais”, refere Rui Peixoto. “O sucesso da Granitos Peixoto passa por toda a equipa e não apenas por quem a gere. O nosso segredo é escolher sempre os melhores para trabalharem connosco, sendo que o mérito dos resultados obtidos resulta do trabalho e do espírito de união de todos”, reforça. As provas dadas por esta empresa portuguesa têm sido constantes e a imponência das suas obras salta à vista de qualquer um. Obras públicas como a Serra do Pilar, a marginal de Gaia e o prado do Museu Soares dos Reis, são da autoria dos Granitos Irmãos Peixoto, o que lhes confere um estatuto relevante no setor da construção nacional. As moradias de alguns ex-futebolistas, como por exemplo Paulinho Santos e Jorge Costa, têm também o toque destes irmãos. 70% do trabalho é destinado à exportação - França, Suíça e Alemanha são os países onde a internacionalização da empresa se verifica. Tendo participado a nível internacional numa feira no Qatar, internamente estiveram presentes, por exemplo, em eventos na Exponor e na Bienal da Pedra. A obra dos Granitos Irmãos Peixoto tem sido consolidada ao longo dos anos, construindo os alicerces necessários para uma projeção nacional e internacional que coloca esta empresa num patamar de excelência e com ótimas perspetivas de futuro: “Temos excelentes expectativas para o futuro. Quase duplicamos a faturação no ano passado. 2013 foi o ano em que conquistamos os mercados estrangeiros e agora pretendemos continuar a conquistar outros países, inclusivamente fora da Europa”, conclui Rui Peixoto. I Portugal Inovador I Um amigo nos momentos difíceis A Agência Funerária do Marco, criada por Ernesto Peixoto Rodrigues, é uma agências funerárias, que se define como uma empresa familiar com 40 anos de experiência, passou pela representação da segunda geração, contando hoje com a liderança da terceira, a cargo dos irmãos Gil e Amália Rodrigues. Gil, Peixoto e Amália Rodrigues G il Rodrigues licenciou-se em solicitadoria, de modo a conseguir fornecer um serviço mais completo aos seus clientes, antes e após um falecimento. Amália Rodrigues rege a área administrativa e, embora não seja “a cara” do negócio como o irmão, controla toda a informação e faturação dos serviços desta agência funerária. “Se tivesse de escolher entre a funerária e outro emprego, escolheria a funerária de imediato! É uma profissão dura, dado que em 90% dos casos, os clientes são nossos conhecidos e amigos, mas é também muito recompensa- “ Se tivesse de escolher entre a funerária e outro emprego, escolheria a funerária de imediato! É uma profissão dura, dado que em 90% dos casos, os clientes são nossos conhecidos e amigos, mas é também muito recompensadora, pois ensina-nos a dar valor à essência humana” dora, pois ensina-nos a dar valor à essência humana”, explica Gil Rodrigues. Opinião corroborada por Amália: “Aprendemos com o nosso pai que devemos respeitar o corpo com o qual temos obrigações”. Nos dias de hoje, a agência dispõe de sete colaboradores mas, uma vez que neste negócio não existem horários de trabalho, Gil Rodrigues afirma que cada func ionário tem que dedicar-se totalmente às funções que executa. Dando o melhor de sinas suas fun ções, para dignificar cada vez mais a empresa a que pertence. Neste momento, a Agência Funerária do Marco prevê uma mudança de instalações para um espaço já adquirido e onde tenci onam criar um centro funerário que vai agregar todos os seus serviços: uma capela onde se poderá velar um corpo, independentemente da crença religiosa do cliente e da sua família, uma sala para tratar os corpos e um espaço dedicado ao serviço floral. Gil Rodrigues declara: “Uma das evoluções que tivemos no Marco foi a rede de capelas mortuárias, nas quais colocamos o material ne cessário, não havendo necessidade de o transportarmos sempre que temos de sair, sendo que qualquer outra funerária terá oportunidade de usar o material. Deste modo, os nossos entrevistados tentam manter-se na linha da frente deste ramo de atividade, preocupando-se sempre com o profissionalismo, a componente humana, o respeito pelo cliente e, principalmente, a amizade para com cada família que vive um dos momentos mais difíceis das suas vidas. I Fevereiro I 17 I Portugal Inovador Urnas à sua medida Começou com um pequeno armazém, mas o crescimento foi enorme. Atualmente com setenta funcionários, a Urnas Baldaia já trabalha para o mercado nacional e estrangeiro. E m 1995, Agostinho e Paula Baldaia iniciaram a empresa apenas com um armazém. Os anos foram passando e “a evolução nunca mais parou. Começámos apenas com três funcionários e, neste momento, já temos cerca de setenta”. Atualmente, a empresa conta com duas unidades fabris em Portugal, continuando a ser uma das maiores produtoras de urnas. Para além do território nacional, chegou já a França, Espanha, Angola e Cabo Verde onde tem uma unidade especial. Proximidade com o cliente A Urnas Baldaia aposta muito na qualidade dos seus produtos e dos serviços prestados. Gostamos de trabalhar em conjunto com os clientes, 18 I Fevereiro os fornecedores e os colaboradores, numa relação de proximidade. Esta interligação leva a melhores resultados e a satisfação dos nossos clientes, daí resultante, é o mais importante. A empresa marca a diferença em diversos fatores: “Gostamos de nos diferenciar dos produtos de concorrência. Não falamos negativamente das outras empresas do ramo, concentramo-nos sim em melhorar os nossos produtos e serviços. Proteger o meio ambiente também é algo importante, por isso vários dos materiais que utilizamos acabam reciclados”, referiu Agostinho Baldaia. Pedidos especiais Agostinho Baldaia contou-nos alguns dos pedidos que a sua em- presa já recebeu: “Há uns tempos um cliente deixou em testamento que queria repousar numa urna toda amarela. Também já nos pediram urnas alusivas aos vários clubes de futebol. Nenhum dos pedidos é considerado estranho por nós, pois respeitamos as vontades e os gostos de todos os clientes. Mostramo-nos sempre recetivos a qualquer pedido e vontade”. Quanto ao futuro Agostinho Baldaia mostra-se confiante, mas sempre com cautela: “Queremos manter a qualidade que sempre tivemos e é reconhecida pelos clientes. Não damos passos que possam pôr em risco a nossa sustentabilidade. Satisfazer quem recorre aos nossos serviços é o nosso dever”. I Portugal Inovador I Ases na Estrada Quando surgiu a possibilidade de abertura da escola de condução 4 Ases, no Marco de Canaveses, António Teixeira Pinto uniu-se a três outros sócios para dar lugar a um novo espaço de ensino rodoviário. Recentemente, a empresa foi alvo de uma reestruturação interna, sendo que agora António Pinto assume a função de gerente, tendo conquistado reconhecimento pelo seu rigor e profissionalismo. António Teixeira Pinto I naugurada a 12 de maio de 1999, a escola de condução 4 Ases foi constituída com o intuito de oferecer o melhor e mais variado serviço aos seus alunos. António Pinto, atual gerente do negócio, esforçou-se por colocar em prática aquelas que considera ser as melhores práticas. Alargando as áreas de ensino, “hoje a 4 Ases leciona todas as categorias de carta de condução e proporciona uma instrução adequada e responsável”. A escola acolhe cinco colabora dores habilitados com capacidade para responder às diferentes neces sidades dos formandos, contando com o apoio de equipamento de última geração, bem como com uma frota (quatro automóveis ligeiros, um autocarro, um camião para categoria C+E, um camião de categoria C , três motociclos e três carrinhas), renovada periodicamente. Condução Defensiva “Sempre fui muito exigente e procurei estar na linha da frente, frequentando o maior número de formações profissionais. Concluí todas as categorias e, como diretor de uma escola de condução, fiz o curso de formador de condução. Já em 2010, obtive o curso de examinador de condução”, afirma António Pinto, assumindo também a sua capacidade para lutar contra a falta de educação e civismo que persiste nas estradas. O nosso entrevistado alerta para a necessidade de se incutir nos formandos, em contexto de sala de aula, a promoção de uma condução defensiva, para que isso se reflita na via pública: “A transformação do comportamento humano é uma das mais complexas tarefas, mas temos que gostar de instruir e transmitir os valores corretos para que o comportamento se altere e para que a taxa de acidentes rodoviários diminua”, defende António Pinto, assegurando ainda que, “manter a calma é essencial em situações de acidente ou problema mecânico”. Em jeito de conclusão, o diretor da 4 Ases defende que a escola é dirigida com dinamismo, exigência e honestidade, tendo incutido esses valores a mais de cinco mil alunos. I Fevereiro I 19 I Portugal Inovador De Geração em Geração A Mendes de Carvalho, empresa familiar com mais de 30 anos, foi fundada por Joaquim Mendes, sogro de José Carvalho gerente até 2012, altura em que delegou funções nas mãos da terceira geração, Francisco Carvalho. No futuro, a empresa pretende dar continuidade ao negócio de cariz familiar. Francisco Carvalho e José Carvalho S ão uma empresa de distribuição e instalação de gás, mas das suas valências também constam a comercialização de acessórios, trabalhando em exclusividade com a BP. São distribuidores desta marca no Marco de Canaveses, mais precisamente em Avessadas. A Mendes de Carvalho lida com clientes de todas as áreas comerciais e distribuem para todas as freguesias da cidade. No que diz respeito à concorrência, José considera que, “o gás natural surgiu com preços mais baratos que o nosso gás (propano e butano), e 20 I Fevereiro com a diferença de IVA tornou-se uma opção mais fácil de escolher na altura, agora que temos IVA com valor igual já se torna mais competitivo”. Em termos de segurança, a firma esforça-se por controlar rigorosamente os locais onde instalam o gás. “Verificamos sempre se as garrafas e as mangueiras estão em perfeitas condições, pois só podemos instalar e distribuir gás nas casas que estiverem preparadas para isso”. Lidando principalmente com restaurantes, locais comerciais, a Mendes de Carvalho tem que ser extremamente rigorosa com o controlo dos equipamentos de gás. O atual proprietário, Francisco Carvalho afirmou: “O pior já passou, o nosso futuro é risonho, este serviço é um bem material necessário, é sustentável, por isso acreditamos no crescimento. Para além do estabelecimento principal, a Mendes de Carvalho conta com uma outra loja no centro da cidade. Neste negócio trabalha-se muito mas também se obtém rentabilidade, futuramente Francisco e José pretendem continuar com o negócio de família sempre com perspectivas positivas e com respeito e dedicação à área. I Portugal Inovador I Assistência Informática de excelência Há 22 anos no mercado, a Inforpacto é uma referência a nível nacional. Sediada no Marco de Canaveses esta empresa dedica-se à consultoria e assistência técnica na área das Tecnologias de Informação. Equipa da Inforpacto C riada em 1992 pelo seu sócio fundador José Manuel Soares de Aguiar, sedeada no Marco de Canavezes, inicialmente a Inforpacto - Informática e Serviços, Lda, dedicava-se à informatização de empresas da região através da implementação de software de gestão desenvolvido à medida. Desenvolvendo um papel activo na assistência técnica aos seus clientes, foi identificando e explorando as necessidades existentes e desenvolv endo o potencial de crescimento da empresa. A aposta da empresa traduziu-se então na conquista da liderança do mercado da região norte do país, através do aumento e da fidelização dos seus clientes, impondo uma gestão de rigor e qualidade na prestação dos serviços e na manutenção da assistência necessária, na área da informática, bem como na exigência da formação contínua dos seus profissionais. Em 1993, a Inforpacto desenvolveu uma parceria com a empresa de software PMR, permitindo assim a informatização de um maior número de empresas. A partir de 1999 inicia a comerci alização de uma marca própria de computadores e estabelece impor tantes parcerias sendo actualmente Advanced Partner PHC e SAGE Business Partner o que permite à empresa oferecer aos seus clientes soluções profissionais e adaptadas ao seu negócio. Certificada pela Microsoft em Especialistas de Pequenas Empresas e com Microsoft Certified Professional (MCP) nos seus quadros, a empresa oferece aos seus clientes serviços prestados por profissionais com formação especializada. A performance alcançada é resultado da estratégia da empresa de total enfoque nos seus clientes, abarcando projectos de dimensões e complexidades diversificadas, assegurando com profissionalismo o apoio às empresas, sendo pois uma empresa versátil na sua capacidade de adaptação às necessidades dos clientes e de reacção às constantes evoluções e oscilações do mercado empresarial. A Inforpacto procura constante mente a obtenção de novas oportuni dades de negócio que se traduzem na criação de propostas inovadoras e dedicadas às necessidades espe cíficas de cada Cliente, tem obtido como resultado desta estratégia a procura dos seus serviços a nível da região norte do país e mesmo a nível nacional, afirmando-se cada vez mais como líder de mercado da área. Com uma equipa jovem e dinâmica e com um crescimento de 11% em 2013, José Aguiar pretende que a sua empresa continue a evoluir e a ser reconhecida no mercado. “Um dos projectos para o ano 2014 é a abertura de uma filial no grande Porto onde a empresa já tem cerca de 250 clientes empresariais.”, concluiu. SOFTWARE DE GESTÃO | PHC | SAGE | PMR | WINTOUCH | MICROSOFT BROTHER PARTNER | DELL PARTNER | HP PARTNER Fevereiro I 21 I Portugal Inovador Criação de pintos de qualidade Desde 1998 no ativo, a Pecuária do Marco é uma referência no que respeita ao tratamento e à qualidade dos pintos que cria. Fernando Ferraz D esde 2001 que Fernando Ferraz está à frente da Pecuária do Marco. Por estar ligado à área da alimentação animal, o nosso entrevistado soube reconhecer o potencial desta atividade e, como tal decidiu entrar neste projeto. “Pelo facto de conhecer o mercado e saber exatamente o potencial que este tinha, apostei neste negócio. É a qualidade do nosso produto que nos permite chegar ao patamar onde estamos hoje”, refere. Negócio de excelência Para se poderem destacar no mercado da recria de pintos, Fernando Ferraz faz questão de ter todos os cuidados de higiene, alimentação e bem-estar dos animais: “Desde a alimentação, a assistência veterinária e a formação contínua dos nossos colaboradores, tudo isto permite que tenhamos um pinto saudável e de qualidade para o cliente final”, afirma o administrador da empresa. Para melhorar ainda mais 22 I Fevereiro todos estes fatores, em 2009 iniciaram a construção de uma nova unidade produtiva (Centro de Recria de Rosém) e, em Março de 2011, fizeram a primeira criação de pintos na exploração. De acordo com Fernando Ferraz: “Foi um grande investimento privado que nos permitiu ter mais capacidade de produção. Contudo, a densidade animal é por nós definida, sendo que, podemos chegar em termos limite aos 20 mil pintos, por quinzena”. Com uma empresa totalmente virada para o cliente final e que tem como objetivo primordial inspirar confiança nas pessoas na criação do frango caseiro, todos os cuidados são poucos. Como tal, antes de entrar um novo bando num dos pavilhões, “o local é completamente limpo e desinfetado. Na véspera de entrar novo bando, ligamos o aquecimento, cuja temperatura ronda os 32 graus, nos 1ºs dias de vida dos pintos e, todos os dias, registamos diversas informações, imprescindíveis ao acompanhamento de cada bando de pintos e verificação do seu desenvolvimento saudável. Além disso, temos dois veterinários com experiência de décadas, que nos assistem, sempre que necessário. Crescer de forma sustentada Com um crescimento de 20% no ano de 2013, a Pecuária do Marco não quer crescer apenas nesta atividade, dado que, a recria de pintos é uma ativid ade muito sazonal, onde os melhores meses são entre março e setembro. Por esse motivo, Fernando Ferraz afirma que, “acumulamos esta atividade com representações na área da alimentação animal, porque queremos crescer nas duas atividades, não queremos depender apenas de uma delas”. Como grande objetivo para 2014, “pretendemos crescer de forma sustentada, criar novos Parceiros: Distribuidores e Lojas, assisti-los, formá-los e incentivá-los. Se eles crescerem, nós crescemos também”, conclui. I Portugal Inovador I Manuel João Maia Frazão, Provedor Cuidar com Bondade Fundada em 1587, a Santa Casa da Misericórdia de Pernes deriva da Confraria do Divino Espírito Santo e, posteriormente, em 1594, da confirmação dada pelo El-Rei D. Filipe I. A sua missão principal consiste na prática das 14 Obras de Misericórdia, adaptando-as aos tempos atuais, com a criação e dinamização de respostas e medidas sociais, utilizando adequadamente os recursos existentes, por forma a diminuir as carências das famílias da freguesia e de todos os que nos procuram, como realça Manuel João Maia Frazão, o atual Provedor. “Os nossos 51 colaboradores são extremamente importantes para o cumprimento desta nossa missão, tencionamos dotá-los de compe tências e habilitações que possibilitem uma prestação de serviços com mais qualidade”. Manuel João Maia Frazão explicou-nos que, enquanto Provedor, tem rec ebido inúmeras solicitações de pedido de ajuda, tornando-se muito difícil dizer que não, a pessoas que se encontram em situações de grande fragilidade. Para concretizar a sua ação, a Santa Casa da Misericórdia de Per- nes responde a diferentes realidades, os idosos, os jovens e os mais carenciados, servindo as necessidades desta população, através das respostas sociais de: Lar de Idosos, com capacidade para 73 residentes, Lar de Grandes Dependentes, com capacidade para 23 utentes, Complexo de Residências Assistidas, onde são apoiadas onze famílias, Centro de Dia, para 4 utentes, Serviço de Apoio Domiciliário, para 24 utentes e Cantinas Sociais que servem 56 refeições diárias. Para os jovens, disponibiliza ATL de verão, Residência Universitária, com capacidade para 48 jovens e Residência Universitária para trabalhadores/estudantes, com capacidade para 5 jovens. A Instituição pretende prosseguir com intervenções para melhorar as condições de algumas das estruturas existentes, quer a nível da vertente energética e do meio ambiente, como na construção de novos espaços para desenvolver outras áreas sociais. Quanto ao património, em Pernes, o Provedor afirma querer também desenvolver um núcleo museológico. Em Lisboa, pretende dotar os prédios doados, num total de 21, pelo grande Benemérito, Sr. Comendador José Gonçalves Pereira, localizados nas zonas mais nobres da cidade, de melhores condições. Atualmente, contabilizam-se quase duzentos inquilinos. Em fim de conversa, Manuel Fra zão confessou ser fundamental para a continuidade das boas práticas implementadas pela Instituição, não só o contributo dos colaboradores, mas também dos mesários e da Fundação Comendador José Gonçalves Pereira. O nosso entrevistado deixou ainda uma nota de agradecimento a toda a sua equipa: “A felicidade e a paixão de trabalhar nesta área são alimentadas pela dedicação desta equipa com quem trabalho e a quem agradeço”.I Fevereiro I 23 I Portugal Inovador 50 anos de sucesso “O futuro da impressão” é o grande lema com que a Tipotejo se tem destacado no mercado. Situada na zona industrial de Santarém e com quase 50 anos de existência, esta empresa foi pioneira no seu ramo de negócio. F undada em 1967 por Alfredo Mendes e mais dois sócios, a Tipotejo é um exemplo de que não é preciso ser grande para vencer num mercado altamente concorrencial. Nessa época, para se abrir uma gráfica, tinha de ter 4 máquinas tipográficas de impressão (2 minervas e 2 cilíndricas). Se assim não fosse, não nos davam autorização para iniciar a atividade. A solução, explica o nosso entrevistado, foi adquirir duas que não funcionavam. Mais tarde, em 1980, já sem os dois sócios, começa a modernização, com a instalação do sistema de impressão offset e em 2000 a con cretização de um sonho, com a mudança para instalações próprias, 24 I Fevereiro na zona industrial. “Somos e queremos continuar a ser uma pequena empresa, porque assim posso controlar de perto todos os setores de produção e servir melhor o cliente. Rigor no cumprimento dos prazos e uma boa relação qualidade/preço tem sido o “segredo” do nosso sucesso, afirma o nosso entrevistado. Desde que se iniciou a nova fase da Tipotejo, Alfredo Mendes decidiu que esta empresa tinha de ser pioneira na aquisição de determinadas máquinas, como os CTP’S ecológicos que utiliza chapas sem revelação (ausência de produtos químicos), em que foi a primeira empresa, no país a adquiri-lo. Em 2000 acabou definitivamente com o sistema tipográfico e continuou a modernizar a empresa. Esta firma tem como grande lema, “o futuro da impressão”, o que para o nosso entrevistado é a sua grande mais-valia no mercado. Como o próprio fez questão de referir, “este lema tornou-se fundamental para nós, porque num mercado extremamente competitivo, adquirir as últimas tecnologias na área da impressão permitiu-nos adequar a nossa produção ao tipo de mercado para o qual trabalhamos”. “ O rigor no cumprimento dos prazos e a relação qualidade/preço fizeram com que a carteira de clientes aumentasse” Sem estarem especializados em determinada área e, como o proprietário da Tipotejo refere, houve um período em que nos focamos no mercado bolsista, com a impressão de ações da bolsa e títulos de valor, que a nível de pequenas empresas, Portugal Inovador I “ Felizmente este ano que passou faturámos mais 20% do que no ano anterior o que foi ótimo” eramos praticamente a única que os podia fazer. “Produzimos um pouco de tudo. Desde o trabalho comercial a impressão de livros, revistas, brochuras, catálogos, etc. Os nossos clientes, são maioritariamente, na região de Lisboa e vão desde a indústria farmacêutica a agências de publicidade”. Para o futuro, as grandes pers petivas de Alfredo Mendes são as de melhorar o serviço que prestam aos clientes. “Felizmente este ano que passou faturámos mais 20% do que no ano anterior o que foi ótimo. Neste momento os grandes planos para o futuro são de manter os postos de trabalho e melhorar a qualidade do serviço que prestamos aos nossos clientes”, conclui. I Fevereiro I 25 I Portugal Inovador Na área das análises clínicas, encontramos em Santarém o laboratório Noémia Igreja, fundado em 1982 pela analista clínica que o nomeou, conta hoje com a gestão do seu filho, Paulo Mourão, sob a direção técnica de Mónica Cardoso. Paulo Mourão, gestor Análises Noémia Igreja O laboratório Noémia Igreja situa-se na parte histórica de Santarém, existindo desde 1946, altura em que a profissional que lhe dá nome iniciou o seu trabalho como profissional liberal. A 29 de abril de 1982, vindo a verificar-se um crescimento no número de postos de trabalho, impulsionado pela maior exigência da população na procura de um serviço rigoroso e profissional, entendeu-se alterar a designação social da empresa para sociedade por quotas. Em 1998, deu-se a transferência de instalações do laboratório Noémia Igreja para as atuais, sendo que previamente se localizava no lado oposto da rua, no primeiro andar de um prédio, um espaço mais diminuto com pouca acessibilidade para utentes com dificuldades de locomoção. Hoje, podemos aqui encontrar uma série de serviços, sendo que o laboratório oferece as condições e os equipamentos necessários para efetuar análises nas áreas de bioquímica, microbiologia, hematologia, imunologia e, também, endocrinologia laboratorial e estudo funcional dos metabolismos, órgãos e sistemas. O nosso entrevistado, Paulo Mourão, garante: “Nos serviços de análises oferecidos, distinguimo-nos pelo rigor na execução das análises, não excluindo o serviço de atendimento aos utentes 26 I Fevereiro no qual temos bastante sucesso, conforme pode ser comprov ado pelos inquéritos de satisfação do utente regularmente realizados”. Para além do trabalho em labo ratório, onde a qualidade é colocada em primeiro lugar, o laboratório aposta na relação de proximidade para com o cliente. Como tal a empresa abriu três novos postos de Portugal Inovador I colheita, por forma a promover uma maior aproximação aos utentes que procuram este tipo de serviços: um posto em Santarém (São Domingos), um segundo em Alpiarça e um terceiro em Almeirim. Parcerias Esta empresa desempenha a sua atividade no âmbito do Sistema Nacional de Saúde, oferecendo ser viços em parceria com as Adminis trações Regionais de Saúde, ADSE, bem como outras organizações de que são exemplo a associação de saúde dos militares das forças armadas, GNR e PSP, associações de saúde bancárias, Portugal Telecom e diversas sociedades gestoras de seguros de saúde. Paulo Mourão assume não ter como objetivo imediato a expansão do negócio familiar dado que, de momento, considera o laboratório com as condições necessárias para prestar os serviços para os quais está habilitado: “Para já queremos manter a empresa como está pois, felizmente, temos conseguido obter resultados muito satisfatórios, tendo em consideração o ambiente económico adverso atual do nosso país”, refere o administrador, espe rançoso com uma clarificação na área da saúde em Portugal. Em fim de conversa, o nosso entrevistado realça que, “os utentes procuram um serviço de confiança, prestado por uma entidade com credibilidade no mercado”. É com essa consciência que o laboratório Noémia Igreja coloca à disposição dos seus clientes uma equipa de profissionais e um laboratório altamente equipado para efetuar todos os seus serviços. I Fevereiro I 27 I Portugal Inovador O seu ente querido Com agências em Santarém e em Fazendas de Almeirim, a Lopes & Benavente é uma agência funerária com pergaminhos no Ribatejo. O respeito, profissionalismo e patriotismo, são a base do seu desenvolvimento. Carlos Lopes e Acácio Benavente C arlos Lopes e Acácio Bena vente, são os agentes funerários com mais experiência no distrito de Santarém. Com 32 anos de ligação à área, Carlos e Acácio, já fizeram um pouco de tudo nas agências funerárias por onde passaram. Em todas deixaram a sua marca e o seu toque de profissio nalismo. Há cerca de seis anos, decidiram abrir a Agência Funerária Lopes & Benavente e desde então, os resultados têm sido bastante positivos, “o negócio está muito acima das expectativas iniciais”, admite Carlos Lopes. Segundo o gerente da funerária, mais que um negócio, este ramo tem de ser visto como um espaço de acolhimento, apoio e reflexão, onde as pessoas possam desabafar e minimizar a sua dor, “O agente funerário tem de tirar uma radiografia imediata à família do defunto e saber quem são, o que querem e como devem ser tratados. Temos de ser profissionais e ir ao encontro imediato 28 I Fevereiro das necessidades das famílias”, explica o gerente. Com um serviço permanente de 24 horas por dia e 365 dias por ano, a Lopes & Benavente disponibiliza uma vasta gama de serviços às pessoas. Os funerais são os serviços mais requisitados, mas também faz cremações e transladações. A documentação necessária para o efeito, é tratada inteiramente pela agência, de forma a atenuar as preocupações das famílias. Com uma média de 50 funerais por mês, sete pessoas envolvidas no projeto, quatro carros fúnebres e oito viaturas de apoio, a Lopes & Benavente, tem ganho uma dimensão bastante significativa na região, existindo a preocupação constante de elevar ao máximo o nome de Portugal, e para tal, compra os seus produtos, unicamente em território nacional. “Só trabalhamos com fornecedores nacionais. Somos patriotas. Compramos tudo em Amarante”, afirma o gerente. Desta forma, a empresa transmite patriotismo e dá o exemplo a outras atividades do país. A formação na área é bastante importante e para tal, esta agência funerária, preocupa-se em estar atenta às novidades do mercado, ao desenvolvimento da própria atividade, às exigências das pessoas e à situação socioeconómica do país. “Temos contacto com agências funerárias de outros países para tratarmos do repatriamento. Gostamos de estar em constante sintonia com médicos legistas, polícia e tribunais, para tornar o negócio mais eficiente. Em relação aos produtos que temos para os nossos clientes, pretendemos sempre estar atentos às tendências do mercado, e temos por exemplo um caixão em forma de canoa. De referir que temos ainda, um caixão Portugal Inovador I estilo americano, unicamente para exposição. Tentamos combinar da melhor forma a qualidade com o preço, disponibilizando produtos económicos”, explica Carlos Lopes. Em relação à escolha dos caixões para o seu ente querido, as pessoas preferem visitar as instalações e ver os modelos com os seus próprios olhos. “99% das pessoas, vêm às nossas instalações escolher. Assim ficam mais elucidadas de tudo”, afirma Carlos Lopes. Para o nosso entrevistado, San tarém é uma cidade conservadora, e para tal na Lopes & Benavente, tentam ao máximo apresentar o defunto aos seus entes queridos, da forma mais simples possível, sem grandes alterações, respeitando os costumes da região e a religião praticada, “tentamos apresentar o cadáver à família o mais natural possível. Para nós não é benéfico, por exemplo, maquilharmos o defunto, ou colocarmos símbolos religiosos, que não vão de encontro com as crenças das pessoas”, refere. “Trabalhamos todos os dias e gostamos muito daquilo que fazemos. O património que temos não foi herdado de ninguém, foi através da nossa dedicação à atividade que conseguimos atingir o reconhecimento. Queremos continuar a ser uma agência funerária de referência na região”, é desta forma que Carlos Lopes e Acácio Benavente fazem uma retrospetiva da evolução da empresa e anteveem o futuro da Lopes & Benavente. I Fevereiro I 29 I Portugal Inovador O Fio Dourado do Sol Em Comeiras de Baixo, no concelho de Santarém, a Fio Dourado desenvolve a sua actividade na área da produção, embalamento e comercialização de azeite. O seu azeite, virgem extra, de reconhecida qualidade, é comercializado com a marca Quinta do Juncal. O lagar está na família há várias gerações. “O primeiro registo relativo ao lagar data de 1896”, refere João Vítor Mendes que, juntamente com a sua esposa, Maria João Mendes, ambos agrónomos, gerem a Fio Dourado. Além de extraírem o azeite proveniente das azeitonas produzidas nos seus olivais, colocam à disposição de outros olivicultores a mais avançada tecnologia de extracção de azeite, permitindo, mesmo a produtores em pequena escala, obter o azeite da sua própria produção. A aposta na melhor tecnologia disponível tem sido uma constante, estando o lagar equipado com três linhas de extracção, em contínuo, que permitem optimizar os rendimentos em azeite e assegurar elevados padrões de qualidade do azeite produzido. Reflexo disso é a fidelização dos clientes e o número crescente de olivicultores, de praticamente todo o país, que procuram a Fio Dourado para ali produzirem o seu azeite. A Fio Dourado dispõe tam30 I Fevereiro bém de uma moderna unidade de armazenam ento e embalamento de azeite, utilizada para a marca Quinta do Juncal, bem como para outras marcas. Com seis pessoas a trabalhar permanentemente, e com pelo menos mais três na época de campanha, todo o processo, desde a recepção da azeitona até que o azeite sai da Fio Dourado, é rigorosamente controlado em cada etapa. O azeite produzido na Fio Dourado é maioritariamente azeite virgem extra, de elevada qualidade. Produto de excelência A Fio Dourado comercializa, com a marca Quinta do Juncal, três lotes de azeite virgem extra. O Quinta do Juncal D.O.P. – Azeites do Ribatejo é um lote com denominação de origem protegida, preservando o perfil tradicional dos azeites da região, em que predomina a variedade Galega. O Quinta do Juncal Selecção é um lote extra que incorpora as variedades Galega, Cobrançosa e Arbequina. Esta última variedade é produzida em olivais em sebe, método de produção do qual João Vítor Mendes foi pioneiro em Portugal. O Quinta do Juncal Culinarium é um azeite virgem extra mais intenso, adequado para pratos que vão ser aquecidos. O reconhecimento do azeite Quinta do Juncal tem aumentado nos mercados, quer a nível nacional, quer em mercados internacionais. “Exportamos produto embalado para o Brasil, Canadá, Japão, Suíça, entre outros”, acrescenta o responsável comercial, Bento Costa. A Fio Dourado comercializa também azeite a granel, para Espanha e Itália, onde é bastante valorizado. “Para aumentar a exportação, é fundamental ganhar Portugal Inovador I escala e criar sinergias entre os vários elos da cadeia”, refere João Vítor Mendes. Foi nesta perspectiva que a Fio Dourado se lançou, em 2008 num projecto de fileira no sector do azeite, aglutinando a vontade de vários olivicultores em aumentar a produção e a competitividade. Tradição e inovação A satisfação dos clientes é muito importante para a Fio Dourado. “Para além de olivicultores com produção em maior escala, recebemos azeitona de muitos produtores de pequena dimensão. É muito gratificante saber que contribuimos para que estes produtores e as suas famílias preservem as tradições de produção e consumo do próprio azeite”, refere Maria João Mendes. Todos os anos a Fio Dourado recebe visitas de estudo de alunos do ensino superior e de cursos profissionais, bem como grupos organizados de turistas que pretendem saber mais sobre o azeite e a sua produção. A Fio Dourado decidiu certificar um Sistema de Gestão Integrado da Qualidade, Ambiente e Segurança Alimentar, de acordo com as Normas ISO 9001, ISO 14001 e ISO 22000. “Estamos no final do processo de certificação. Tivémos algumas solici tações nesse sentido e avançámos. Assumimos um compromisso com a melhoria contínua, com a minimiza ção do impacte ambiental e com a garantia da segurança alimentar dos nossos produtos”, salienta Ângela Bastos, responsável pela qualidade. “Temos capacidade tecnológica e humana para crescer. A nossa equipa está motivada e consciente de que com o empenho de todos consegui mos manter o padrão de qualidade que nos distingue”, refere João Vítor Mendes. Na Fio Dourado a tradição anda de mão dada com a tecnologia, e olha-se para o futuro com vontade de fazer mais e melhor! I Fevereiro I 31 I Portugal Inovador Parabéns Linguacultura! Situada em Santarém, a Linguacultura comemora este ano o seu 50º aniversário. Este instituto de línguas privado foi o primeiro a surgir em Portugal. Desde então, têm passado por aqui muitos alunos, têm sido distribuídos muitos diplomas e tem sido lecionado o inglês, o francês, o espanhol, o alemão, o italiano e o português para estrangeiros, de uma forma exemplar. C om quase meio século de história e com o reconhe cimento do Ministério da Educação, o Instituto de Línguas, Linguacultura, está repleto de memórias. Rosa Pinto é a atual diretora e aproveitou a paixão que tem pelas línguas, desde uma fase embrionária da sua vida, e o legado deixado pelo seu pai. “Este instituto foi fundado pelo meu pai. Comecei desde muito cedo a aprender inglês, francês e alemão, portanto a minha ligação às línguas vem desde criança”, explica a diretora. Para a nossa entrevistada, é importantíssimo manter o passado bem vivo e enaltecer o que de bom foi feito ao longo destas décadas. Existe uma autêntica história de continuidade, “temos aqui avós que muitas vezes vêm trazer os netos, que já cá estudaram”, refere Rosa Pinto. A par desta necessidade em tornar intacta a tradição do instituto, existe a vontade de inovar e de se adaptar às tendências do ensino e do mercado de trabalho. A Lingua cultura tem um leque variado de oferta educativa, com cursos de ano letivo, cursos para adultos, cursos para empresas, cursos específicos para certas áreas de 32 I Fevereiro Rosa Pinto atividade, como: bancários, médicos e enfermeiros. Estes cursos estão estruturados de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. As pessoas vêm para este instituto para enriquecimento de currículo, outras por gosto e outras porque têm o objetivo de emigrar. Com uma diversidade de línguas a serem lecionadas na Lingua cultura, Rosa Pinto diz-nos que, “nos primeiros anos da escola, a língua mais importante era o francês mas, neste momento, as pessoas interessam-se mais em aprender o inglês”. Os alunos que fazem parte da escola vão desde a idade pré-escolar ate à idade adulta. “Os mais novos têm 4 anos e os mais velhos entre 70 e 80 anos. Temos muitas crianças, muita vida”, salienta a diretora. Para além das aulas nas insta lações do instituto, a Linguacultura tem dado aulas em institutos superiores, empresas e escolas. Há também a organização de visitas de estudo a Inglaterra, peças de teatro, atividades lúdicas, campanhas de solidariedade, entre outras. “Estou muito satisfeita por estar aqui. Temos tido um crescimento contínuo. No ano passado tivemos um aproveitamento de 98% e nos exames de Cambridge 100%. Tentamos sempre vencer os desafios. O nosso lema continuará a ser, o aluno em primeiro lugar”, conclui Rosa Pinto. I Portugal Inovador I “Os agentes judiciários têm que corporizar esta nova reforma” Ramiro Matos, advogado, recentemente eleito Presidente da delegação da Ordem dos Advogados de Santarém, considera que a reforma ao Código de Processo Civil tem muitas mais vantagens do que inconvenientes. Ramiro Matos O Novo Código de Processo Civil está, segundo alguns advogados, a gerar confusão nos tribunais por ter entrado em vigor cedo demais e sem suficiente debate jurídico. Há ainda quem defenda que o Novo Código não vai produzir a mudança necessária na Justiça, mas não é esta a opinião de Ramiro Matos: “Não concordo com os meus colegas quando dizem que este Código tenha sido colocado em prática sem suficiente debate jurídico. As reformas têm que ser feitas, não podem ser sempre adiadas e esta foi imposta internacionalmente. Os agentes, nomeadamente juízes, advogados, agentes de execução, solicitadores e outros profissionais do direito, têm que dar corpo a esta nova reforma e estar bem informados sobre ela. Tem que haver muito bom senso na aplicação dos novos princípios”, afirma. A celeridade foi, sem dúvida, o grande objetivo que o Novo Código se propôs concretizar e revela-se, entre outros, no controlo dos prazos estabelecidos para o juiz, na limitação dos articulados, na inadiabilidade das audiências e na programação da audiência final. Estas questões, para Ramiro Matos, foram sem dúvida alguns dos aspetos positivos deste novo modelo de justiça civil, porque, “vai obrigar a uma maior especialização da advocacia. Temos que dominar o processo, desde o inicio, do ponto de vista dos factos e do direito, para prestar um bom serviço aos nossos clientes”. De acordo com o nosso entre vistado, outro dos aspetos positivos desta reforma ao Código de Processo Civil é a contribuição que dele pode sair para a dinamização da economia do país, no sentido em que, “um dos grandes entraves ao crescimento da nossa economia sempre foi a morosidade da Justiça, mas com os propósitos deste Código acredito que se conseguirão bons resultados. A justiça para ser eficaz tem que ser rápida, salvaguardando os diretos das pessoas, mas sem expedientes dilatórios excessivos, o que leva, inevitavelmente, a uma maior exigência para nós e para os juízes.”, refere Ramiro Matos. Contudo, o nosso entrevistado acredita que, “só com o tempo, com a prática e outras reformas, estas alterações se vão harmonizar com outras normas do Direito. São pormenores que ainda não estão completamente esclarecidos, mas, acredito que imperando o bom senso, a juris prudência tratará de resolver nos próximos tempos, com ajuda de todos agentes judiciários. As reformas têm de acontecer, mesmo que possam doer um bocadinho.” I Fevereiro I 33 I Portugal Inovador Dedicação centenária Em pleno centro histórico de Santarém, destaca-se a centenária Farmácia Batista. Com um serviço de excelência, em que o utente está sempre em primeiro lugar, a farmácia continua bem próxima de si! Maria Manuela Estevão C om algumas mudanças nas infraestruturas e nos equipamentos, ao longo dos anos, a Farmácia Batista, preocupou-se sempre em manter intacta, a sua filosofia de trabalho. A diretora técnica, Maria Manuela Estevão, tem sido crucial para a manutenção da tradição desta farmácia. Está desde 1990 no “comando” deste estabelecimento e o segredo para o sucesso é muito simples. “Trabalho com os melhores e dedico-me todos os dias para o bem da Farmácia Batista. A minha maneira de estar é esta e não irei mudar”, afirma a diretora técnica. Existe uma grande ligação de empatia entre os profissionais e os utentes. Quem cá vem, sabe que pode encontrar a resposta às suas 34 I Fevereiro dúvidas e depara-se com um serviço de qualidade. “Tenho uma equipa técnica excelente, constituída por 10 pessoas. Esta equipa já está tão familiarizada com os utentes, que conhece praticamente o nome das pessoas todas, o agregado familiar, as suas patologias”, afirma Maria Estevão. Os tradicionais medicamentos continuam a ser os produtos com mais procura na farmácia e possui também, um vasto leque de servi ços. Dermocosmética, espaço para o bebé e a sua mamã, consultas de nutrição, podologia/ortopedia, con sulta do pé diabético e os habituais serviços farmacêuticos, teste de gravidez, colesterol, triglicerídeos, glicemia, PSA quantitativo, hemo globina glicosilada, ácido úrico e estudo da coagulação, fazem da Farmácia Batista, um local onde as pessoas podem tratar de si a todos os níveis. Numa altura em que a sociedade se sente insegura em relação ao futuro, é necessário um aconselha mento permanente e uma perspetiva positiva. Os farmacêuticos, são cada vez mais, uma referência para as pessoas. “Tem de existir uma relação de proximidade com o utente. Temos que entrar na sua zona de conforto. Nós somos os interlocutores mais disponíveis no setor da saúde e aqui na farmácia continuaremos a fazer os possíveis para melhorar a vida das pessoas”, salienta Maria Manuela Estevão. A farmácia Batista, continuará desta forma, a contar uma história de sucesso, em terras Escala bitanas. I Portugal Inovador I Executar a lei com profissionalismo Teresa Marques, aproveitou a experiência que tinha como advogada para aceder à área executiva do Direito. A agente de execução fala-nos das particularidades da profissão e aborda as alterações ao Código de Processo Civil, na vertente executiva. Teresa Marques, agente de execução C om um passado ligado à advocacia e atuando hoje como agente de execução, Teresa Marques enaltece o importante elo de ligação existente entre estas duas áreas do Direito. “Enquanto advogada estagiei na Ordem e exerci advocacia. Isto deu-me acesso facilitado à profissão de agente de execução”, salienta. A exigência das novas funções e o facto de trabalhar com situações limite para os intervenientes, fazem desta área um desafio diário constante: “Este trabalho exige muita entrega a nível profissional e pessoal. Enfrentamos casos complicados, sendo que temos de entender quem está do outro lado. Por vezes, tratam-se de situações inesperadas que acontecem na vida das pessoas e que as deixam em situações dramáticas”, refere Teresa Marques. Novo Código Processo Civil No que diz respeito às alterações ao Código de Processo Civil, que entraram em vigor no dia 1 de setembro de 2013, a nossa entrevistada evidencia o facto de o processo executivo ter ficado mais simples, mais célere, trazendo alguns benefícios para a Justiça portuguesa. “O processo executivo exige que sejamos muito céleres. Com a nova reforma executiva, o processo ficou muito mais simplificado: os executados têm capacidade financeira para pagar a sua dívida ou então o processo extingue. Esta alteração permite uma menor pendência nos Tribunais e escritórios dos AE’s de processos irresolúveis por inexistência de bens penhoráveis. Com este Novo Processo Civil passou a ser possível a penhora eletrónica do saldo bancário do devedor, sem necessidade de despacho judicial no âmbito da execução, através de um pedido eletrónico ao Banco de Portugal que tem o mérito de responder muito rapidamente É menos um encargo judicial e mais célere. Este é um processo de grande responsabilidade, porque não pode haver a mínima falha. Não podemos descurar que tem ser salvaguardado o valor correspondente ao ordenado mínimo nacional”, explica a agente de execução. Para a profissional, no processo jurídico, todas as partes têm o seu relevo e importância no decorrer do processo, sendo portanto necessário o bom entendimento entre magistrados, advogados e agentes de execução. Com estas alterações ao Código, mantém-se a correlação entre todos os agentes judiciais. “O agente de execução é, normalmente, visto como o ‘elo mais fraco. No entanto, é uma peça essencial na ação executiva. Nunca tive qualquer problema com nenhum mandatário e nunca me senti diminuida enquanto agente de execução”, refere Teresa Marques. Com a recessão económica dos últimos anos e os problemas que daí adviram, o trabalho do agente de execução aumentou. Teresa Marques espera continuar a exercer as suas funções como sempre o fez: “Não desejo o aumento do número de processos, mas o que é certo, é que vivo deles. Os últimos anos têm sido de imenso trabalho, devido aos créditos fáceis e ao aumento do desemprego. Estes dois fatores, levaram muita gente a contrair dívidas e, consequentemente, a serem alvo de ações em tribunal”, conclui. I Fevereiro I 35 I Portugal Inovador Um valor seguro na região! Em terra de escalabitanos surgiu há 23 anos a sociedade Scalabitana de Mediação de Seguros, Lda. Com o propósito de bem servir a população em geral. Equipa da Scalabitana A Scalabitana é considerada uma das melhores media doras do Ribatejo em termos de carteira/receita processada, bem como em termos de prestação de serviços, com um grau de satisfação muito elevado por parte dos seus clientes e público em geral. Em 2013 o crescimento foi cerca de 20%, o que foi muito bom relativamente ao crescimento da atividade seguradora que em alguns ramos foi negativo. “O nosso objetivo para 2014 é continuar essa tendência de cresci mento”, refere o gerente José Branco. 36 I Fevereiro Os resultados alcançados só foram possíveis devido à maneira de estar no mercado. “Estamos disponíveis a qualquer hora e em qualquer momento, disponibilidade reconhecida pelos clientes. Apostamos na formação dos nossos colaborad ores, pois esta é a chave principal para o sucesso na nossa atividade”, explica o gerente. Com profissionais há mais de 20 anos “dá-nos muita segurança no desempenho das tarefas do dia a dia, facto por todos reconhecido. Para uma melhor prestação alargámos o horário de funcionamento de 2ª a 6ª, sem interrupção para almoço, e ao sábado das 9h às 13h”, afirma José Branco. “Temos muito orgulho no trabalho que fazemos e também em termos como clientes empresas de grandes dimensões na nossa zona de atua ção, e que estão connosco desde o início da nossa atividade. Para isto acontecer, temos de estar atentos ao mercado, prestarmos um acon selhamento constante aos nossos clientes e estes agradecem e reconhecem este facto”, explica o nosso entrevistado. Diariamente é feito um trabalho de retenção de clientes, onde é ofe recido o melhor preço, aconselhando novas coberturas nos vários ramos. Este trabalho é muito importante para o cliente que fica melhor servido e a custos inferiores. A Scalabitana tem um contrato de exclusividade com a Fidelidade e “orgulha-se de, em 2012, ter sido a melhor mediadora do centro de mediadores de Santarém. É esta a nossa postura no mercado que os nossos clientes valorizam e é esta também a razão da existência de um mediador de seguros”, conclui José Branco. I Portugal Inovador I Uma vida de entrega ao Direito Leandro Coelho exerce desde 1980, a profissão de Advogado. O novo Código de Processo Civil é visto com bons olhos pelo Advogado. Leandro Coelho, advogado L icenciou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1978, ano em que iniciou o estágio no escritório do Dr. Leonardo Ribeiro de Almeida, em Santarém, frequentando em simultâneo estágio para notário no Cartório Notarial de Rio Maior. O nosso entrevistado inscreveu-se como Advogado na Ordem em 1980, exercendo advocacia há mais de 30 anos sem interrupção, mesmo durante os anos em que foi membro do Conselho de Administração de uma Instituição bancária. No seu escritório em Rio Maior, o nosso entrevistado desenvolve a sua actividade nas várias áreas do direito, como base num atendimento personalizado e de ligação de confiança com os seus clientes, que sabem que procurará com a sua experiência e conhecimento da lei e dos processos defender os seus direitos ou da sua empresa, com permanente disponibilidade. As suas áreas preferenciais são a recuperação de créditos, as insol vências, os contratos, os divórcios, as partilhas e a fiscalidade. Novo Código de Processo Civil No que diz respeito às alterações ao Código de Processo Civil, Leandro Coelho é optimista e, na sua opinião, esta mudança assenta em três pontos-chave: mais celeridade, mais flexibilidade e mais agilidade, sancionando-se a prolixidade e conferindo conteúdo útil aos princípios da verdade material, da cooperação judicial e ao primado da substância sobre a forma, nomeadamente através do controlo dos prazos estabelecidos para o juiz, da limitação dos articulados, do incremento do princípio da oralidade, da tendencial inadiabilidade da audiência final, do dever do Juiz adequar a tramitação processual às especificidades da causa. Sendo certo que o primado da substância sobre a forma favorece a ligação do advogado com o cliente, que procura a realização dos seus direitos. “O nosso processo civil estava a precisar de algumas mudanças”. O nosso entrevistado considera que o novo Código de Processo Civil vem quebrar regras e hábitos processuais tornando o processo mais eficaz e compreensível pelas partes, sem subverter os princípios estruturantes do processo civil, como a proibição de autodefesa e o acesso aos tribunais, o dispositivo, a igualdade das partes, o contraditório, a cooperação e boa-fé entre as partes e a gestão processual. Para Leandro Coelho é essencial a adaptação rápida a este novo Código: “por exemplo, quando preparo uma petição inicial, uma contestação, ou um julgamento, tenho que faze-lo de uma maneira diferente daquela que fiz ao longo de mais de 30 anos”. O nosso entrevistado considera que o sucesso do novo Código depend erá, acima de tudo da forma como os advogados e os juízes interiorizarem as alterações introduzidas o que implica, necessariamente, uma alteração de mentalidades, na forma como vemos e aplicamos o Processo Civil. I Fevereiro I 37 I Portugal Inovador A Flamma que não se apaga! A farmácia Flamma Vitae foi fundada em 1931, na freguesia de São Salvador, em Santarém, tendo sido transferida para o local atual – freguesia de São Nicolau em 2009. Esta farmácia prima por ser eficiente e por garantir um atendimento ao público de excelência. Equipa da Flamma Vitae O nome Flamma Vitae surge do latim. Em português, Chama da Vida. É com esta filosofia, que a Flamma está bem presente na vida dos Escalabitanos, sendo um ponto de referência e um local de conforto para os seus utentes. A sua diretora técnica é Maria Arlete, e conta-nos como surgiu o gosto pela profissão e a abertura da própria farmácia, “ sempre tive o gosto do contacto com o público. Abri uma farmácia numa aldeia em que foi uma experiência fantástica. Nesta farmácia fazia um pouco de tudo, veterinária, enfermeira, conselheira. Em 1992, tive a oportunidade de adquirir esta farmácia em Santarém, explica a nossa entrevistada. Após esta mudança, a carga horária da diretora técnica foi quase que duplicou, o que exigiu um grande esforço e dedicação à causa farmacêutica. 38 I Fevereiro Com oito pessoas a trabalhar, o diálogo com os utentes tem de ser o mais cuidado possível e ir de encontro com as pretensões das pessoas. “As pessoas pedem aconselhamentos de praticamente tudo e nós temos de estar sempre disponíveis a tirar todas as dúvidas aos utentes”, afirma a diretora técnica. Os produtos são os mais variados, desde os tradicionais medicamentos, a produtos para bebé, a produtos de estética, entre outros. Existe sempre o objetivo da Flamma estar atenta à indústria farmacêutica e às tendências do mercado. “Com alguma frequência a farmácia adere a programas/ campanhas de apoio a várias insti tuições tais como AMI, Valormed, formação dirigidas a estudantes e mediação através da importação direta de medicamentos vindos do estrang eiro, com a devida autorização do Infarmed (sem fins lucrativos)”salienta a nossa entre vistada. Os serviços prestados pela Flamma Vitae são: dispensa de medicamentos ao balcão e ao domicílio, produtos ortopédicos, homeopáticos, fitoterapia, dermo cosmética, puericultura medição da tensão, vacinação, administração de injetáveis, análises várias, manipulados, nutrição, entre outros. A filha da diretora técnica é a nutricionista, e demonstra aos utentes os cuidados alimentares que têm de ter para uma boa qualidade de vida. Na farmácia existe também uma enfermeira. Em relação ao futuro a Flamma Vitae continuará “a garantir o bem-estar dos seus utentes e a dar um apoio essencial a quem mais precisa”. I Portugal Inovador I “As alterações continuarão a acontecer” Advogado desde 1986, João Ferreira, é dos profissionais com mais pergaminhos na comarca de Rio Maior. Contamos com a sua experiência e sabedoria para nos falar das novas alterações ao Código de Processo Civil. João Ferreira C om quase 20 anos de exercício da profissão, o advogado João Ferreira está rendido à advocacia, “gosto muito de ser advogado e não me imagino a fazer outra coisa na vida. O balanço que faço da minha carreira é positivo, porque temos a sensação que conseguimos deixar uma marca na vida das pessoas”, refere o advogado. Apesar de estar mais focado na área criminal, João Ferreira tem algum trabalho desenvolvido na área do Processo Civil, transmitindo-nos algumas conclusões positivas das recentes alterações: “Acabou-se com os processos sumários e sumaríssimos. A existência de uma audiência prévia, antes da audiência final veio dar uma maior elasticidade ao sistema. Baseando-se mais na oralidade, as pessoas discutem os problemas pessoalmente, o que torna as coisas mais práticas e facilita a questão dos litígios”, explica o advogado. Para João Ferreira, ainda estamos em processo de assimilação de ideias, sendo que na justiça tudo leva o seu tempo: “Os resultados das alterações ao Código só se começam a sentir passado dois ou três anos”, explica. Segundo o advogado, o ponto fulcral de todo o processo reside na magistratura e na forma como os magistrados encaram estas novas realidades: “Em relação aos magistrados, a principal alteração que verifico, é ser-lhes dado um prazo de 30 dias para decidir a sentença. Considero útil, assim os processos são resolvidos mais rapidamente. O que fará a diferença é a forma como os juízes vão gerir o processo civil. Se continuarem com hábitos antigos, não haverá grandes diferenças, mas se tirarem o melhor proveito das virtualidades do processo, as alterações serão mais eficazes”, refere João Ferreira. A boa relação entre todas as partes envolvidas no processo jurídico é crucial, para tal é fundamental existir uma adaptação às circunstâncias de cada caso. De acordo com João Ferreira, é necessário um trabalho paciente e elaborado e há certos aspetos que os clientes não conseguem entender: “É muito difícil explicar-lhes, porque é que os processos se arrastam tanto tempo em tribunal”, afirma. Outros aspetos abordados pelo advogado, estão relacionados com os recursos de cada processo, onde se permite que na segunda instância se discuta matéria de facto e se façam as alterações necessárias, evitando assim que a matéria seja reenviada para a primeira instância e tudo seja novamente julgado. Assim é proferida a decisão final, sendo mais prático todo o processo. “No futuro, vai continuar a haver reformas no Processo Civil, mais ou menos de dois em dois anos, porque vai continuar a chegar-se à conclusão que o sistema não funciona, está emperrado. Há milhões de processos no tribunal, portanto existirá a necessidade constante de se alterar sempre qualquer coisa para acelerar todos os processos”, é esta a perspetiva de futuro do advogado João Ferreira. I Fevereiro I 39 I Portugal Inovador Carla Ferreira e Tânia Coelho Refúgio de ouro Na pacata freguesia de Almoster, pertencente ao concelho de Santarém, existe um autêntico oásis para os mais idosos. O lar Golden Haven está, desde 2006, a tomar conta de si! N o lar Golden Haven respira-se tranquilidade! O lar está distanciado dos grandes centros urbanos e privilegia o contato com a Natureza, o que o torna um local terapêutico para os seus residentes. Preocupa-se em dar uma resposta eficaz para qualquer tipo de necessi dades dos idosos: “Investimos muito no espaço para proporcionar uma grande comodidade aos residentes, mas o que nos, realmente, preocupa, são as relações humanas que estabelecemos com as pessoas”, explica Carla Ferreira - diretora técnica do lar. Os idosos são a grande maioria dos residentes deste espaço, mas também residem pessoas mais novas com alguma dependência. Há 40 I Fevereiro residentes de Santarém e de algumas cidades das proximidades. O lar tem capacidade para 49 residentes. As mais-valias do local são infin dáveis, mas destacam-se a humani dade, a proximidade e o conforto. “Há cerca de um ano, começámos a fazer apoio domiciliário. Reduzimos o preço das mensalidades para conseguirmos dar resposta ao máximo de pedidos possível. Para a qualidade que proporcionamos (contamos com mais de 20 colaboradores que integram uma equipa multidisciplinar, composta por fisioterapeutas, enfermeiros e médicos), temos preços económicos”, explica a diretora. Para ocuparem o seu tempo, os residentes têm algumas atividades disponíveis. Visualização de filmes, jogos de estimulação, ginástica, jogos de rua, passeios, entre outros. “Eles gostam mais de tudo o que lhes faça pensar, por exemplo, sopa de letras, palavras cruzadas, jogo das adivinhas. Organizamos também passeios para os idosos. Por exemplo, recentemente, fomos até Peniche, mas é muito importante termos em atenção que alguns idosos têm maiores problemas de mobilidade”, explica Tânia Coelho, assistente social do Golden Haven. O horário de visitas diário, e por uma questão de norma, está fixado das 15 às 17.30, no entanto o Lar permite uma maior flexibilidade do mesmo, proporcionando aos familiares uma abertura permanente do espaço, sempre que eles o pretendam. No futuro, “vamos tentar alargar ainda mais o nosso serviço. Que remos continuar a oferecer cada vez mais qualidade. Queremos que as pessoas que aqui residem, se sintam na sua própria casa”, conclui Carla Ferreira. I Portugal Inovador I A imobiliária que lidERA! A imobiliária em que mais portugueses confiam, está presente em Santarém, com resultados bastante positivos. A ERA Santarém já tem para venda, mais de 1000 imóveis. A partamentos, moradia, quintas, lojas, armazéns e terrenos, têm marca ERA em Santarém. Os imóveis que esta imobiliária possui não param de aumentar e o negócio tem tido uma evolução positiva, à imagem do que acontece no resto do país com a ERA. “Em Santarém, como no resto do país, este negócio tem sido, na generalidade, positivo. Aqui, beneficiamos com a proximidade a Lisboa”, explica João Pimenta, diretor comercial da loja ERA Santarém. Em termos nacionais, 150 mil pessoas confiam a casa à ERA e já existem cerca de 170 lojas espalha das por todo o território nacional. Em termos internacionais, a ERA está presente em mais de 50 países. Em Santarém o principal target, onde existe um maior número de vendas, é a área residencial. Mas a nível comercial, industrial e agrícola, também existem vendas. Na ERA Santarém trabalham sete colaboradores comerciais, uma administrativa, um diretor comercial e a gerente Isabel Leão. “O que nos difere da concorrência é o espírito de equipa. Aqui não há vedetas, todos têm o seu grau de importância. Funcionamos como uma alcateia na venda, ou seja, ao sermos unidos, somos mais eficazes”, salienta o diretor comercial. De salientar ainda que, neste mesmo ano, a ERA Santarém ficou em primeiro lugar no grupo de lojas do Oeste Ribatejo. A mediação imobiliária em regime de exclusividade e em não-exclusi vidade é uma realidade nesta imobi liária. Na exclusividade, com um pa cote de serviços e de investimento em marketing superior, um acompanha mento constante com compromisso de serviço verbal e escrito. A não exclusividade tem um nível de serviço inferior, não tem uma dimensão tão marcante na empresa, mas também é solução. Outro ponto de destaque da ERA Santarém, é a formação constante e o recrutamento que fazem de novos profissionais: “Temos um programa de formação anual da ERA Portugal, onde existe uma formação teórica em sala e depois acompanhamento prático na rua até as pessoas estarem preparadas. Há a necessidade de incutir nas pessoas que, se querem vir para aqui, têm de ter um espírito empreendedor muito grande”, afirma o nosso entrevistado. Esta imobiliária preocupa-se em prestar sempre um serviço de qualidade e em proporcionar novas soluções aos seus clientes. Um projeto inovador que surgiu, foi o Casa Pronta ERA. “Através deste projeto as pessoas podem construir a casa dos seus sonhos em 12 meses, completamente de raiz e com o orçamento acordado. A nível nacional, foram feitos em 2013, mais de 100 contratos Casa Pronta ERA”, refere João Pimenta. Para João Pimenta, as perspetivas do futuro são realistas e ao mesmo tempo ambiciosas: “As pessoas que têm dinheiro percebem esta é uma boa altura para investir, os preços são muito bons. Pretendemos aumentar a nossa equipa de trabalho e continuar a conquistar um lugar meritório na região”, conclui. I Fevereiro I 41 I Portugal Inovador “A grande batalha que teremos que vencer: regulamentar a atividade” Vera Azevedo Administradora de condomínios 42 I Fevereiro V era Azevedo, licenciada em Ciências da Comunicação, com especialização em Marketing, é uma das vozes que defendem a melhoria e a clarificação da atuação das empresas e do setor de administração de condomínios. A profissional considera que são várias as falhas que hipotecam a gestão rigorosa e cuidada do parque habitacional português. “A falta de regulamentação e exigência do cumprimento das regras para todos os intervenientes no mercado é gritante, alimentando a falta de qualidade do serviço prestado por algumas empresas que nem sempre são cumpridoras. Criando um clima de descredibilização da nossa função perante o mercado e os condóminos. Esta é uma função muito exigente e que nem sempre é reconhecida, mesmo quando é meticulosamente desempenhada. Essa é a grande batalha que teremos que vencer: regulamentar a atividade”. Presença assídua em colóquios e sessões de discussão dos documentos apresentados ao longo dos anos, com vista à regulamentação da atividade, entre vários pontos discutidos, Vera Azevedo considera, “essencial a obrigatoriedade de ser atribuída a responsabilização civil e um alvará (com obrigatoriedade de formação atualizada para todos os elementos da equipa nas suas diversas valências), assim como um código de ética que reja a sua atuação. São elementos base que poderão impulsionar inúmeras vantagens. Outra das condições que considero fundamental passa pela obrigatoriedade de os condomínios apresentarem, perante uma entidade credenciada, o relatório de contas, devidamente aprovado em assembleia. O condomínio é uma entidade jurídica equiparada a uma entidade comercial, como tal é necessário apresentar uma previsão das contas, por forma a prevenir eventuais fugas. Esta medida seria uma salvaguarda para todos os condóminos”. Assumindo a função de gestora de uma empresa de administração de condomínios, sediada na Grande Lisboa, a profissional considera urgente a necessidade de criação de uma entidade autónoma que fiscalize o setor de forma construtiva, “uma entidade independente que promova a transparência e que colabore com as empresas, no sentido de levarmos a bom porto todas estas intenções, não de uma forma penalizadora, mas de colaboração, de construir e não de destruir o que muitas vezes é erguido com muito esforço e dedicação. A essa entidade poderia estar também atribuída a função de formar e de definir o perfil de administrador de condomínios. Parece-me utópico pensar na criação de um instituto profissional que forme para o setor, dado que esta é uma atividade muito abrangente e complexa que exige, para além de competências técnicas, um espírito de bom senso e dedicação muito forte”. Apologista da necessidade de preservação e manutenção dos edifícios, mesmo perante conjunturas difíceis, Vera Azevedo alerta: “Não podemos hipotecar o futuro com a vontade de fazer uma poupança imediata. Há poupanças que, necessariamente, nos trarão prejuízos. As pessoas assumem que este serviço, facilmente, pode ser executado por qualquer pessoa. Mas que questiono: Quando comprou a sua casa foi a única que visitou até tomar a decisão final? Não... As pessoas compram uma casa para a vida, escolhem aquela onde se sentem melhor. Mas, a partir do momento da compra esquecem-se que precisam de escolher uma entidade credível que cuide desse bem. Porque não abrir o leque de possíveis escolhas também no âmbito das empresas de gestão de condomínios?”, conclui. I Portugal Inovador I Administração com cunho empresarial H á 13 anos presente no mercado, esta empresa abarca a gestão de condomínios habitacionais, sem grandes especificidades, condomínios privados, centros empresariais e comerciais. “Focalizamos uma grande parcela do nosso negócio no concelho de Vila Franca de Xira. As pessoas desta área residencial estão disponíveis para colaborar na promoção da saúde do seu condomínio, sendo no entanto uma dificuldade extrema investir na manutenção preventiva, uma realidade que penso ser transversal de Norte a Sul do país. Os condóminos nem sempre acreditam no benefício do investimento ao nível preventivo, preferem atuar em cima do acontecimento, sem consciência que perdem qualquer poder de negociação”. Hoje, os orçamentos anuais do edifício para cálculos de quotas, têm que ser o mais reais possível, sendo que, em determinados casos só se consegue atuar por via da obrigatoriedade legal. “Creio que as pessoas nem sempre estão conscienciosas dos riscos que correm. Na questão dos elevadores, por exemplo, é mais fácil promover a manutenção, porque corre-se o risco de ficar sem esse serviço. Neste caso, há uma consciencialização impulsionada pela obrigação. Se tivéssemos uma fiscalização no âmbito das outras componentes do condomínio, a atuação das pessoas tenderia a mudar”. Vera Azevedo, administradora da Global Póvoa, adianta: “Entendemos que a cobertura de um edifício é tão importante quanto os alicerces do mesmo, sendo que, como não está visível, tende-se a desvalorizar. Foram necessários vários anos para incutir e mentalizar as pessoas para essa necessidade, mas é com muito orgulho que per- A Global Póvoa atua no âmbito da administração de condomínios na região da Grande Lisboa, com destaque no concelho de Vila Franca de Xira. Equipa da Global Póvoa cebo que esse tema já não é sequer discutido. Desta forma, todos os anos, fazemos uma inspeção aos telhados e, habitualmente, detetamos problemas que conseguimos controlar em tempo útil”, explica em conversa com a revista Portugal Inovador.´ A Global Póvoa faz a administração dos imóveis contando com os serviços de uma equipa de limpeza e de manutenção básica integrada. Recorrendo a uma panóplia de parceiros que, “por uma questão de transparência, colaboram diretamente com o condomínio. Determinados serviços requerem ser realizados por empresas especializadas, outros não, mas por uma questão de salvaguardar os interesses dos próprios condóminos, prefiro que seja uma empresa especializada a fazê-lo”. nicho de mercado. Considero ser um trabalho mais gratificante, pois temos margem para aplicar os nossos ideais ao nível, por exemplo, do manual de procedimentos de autoproteção e segurança contra incêndios. Estamos a ultimar a entrada num novo centro em Lisboa, um projeto que acompanhamos e introduzimos no condomínio desde há três anos. É importante perceber que os esforços que fizemos estão agora a dar frutos e tivemos a oportunidade de implementar aquilo que consideramos importante não para nós mas para os clientes”, conclui.I Mercado empresarial Vera Azevedo está atenta às necessidades do mercado e tem em mente a criação de um projeto direcionado para o setor empresarial. “Oferecendo um projeto global ao nível da gestão, limpeza e manutenção quero atuar junto deste Tel.:21 959 1181 Tlm.:96 399 0240 Fax:21 959 7974 Email:[email protected] Centro Empresarial da Póvoa de Santa Iria Rua Quinta da Piedade, lote Q/R Sector III Rch 2625 - 172 Vila Franca de Xira Fevereiro I 43 I Portugal Inovador “Reabilitar é um investimento” A TMGest é hoje uma empresa de administração de condomínios, de cariz familiar, com um nicho de mercado fidelizado por via do trabalho desenvolvido. Equipa da TMGest Q uando Jorge Pinto decidiu, em 1996, dar continuidade ao projeto impulsionado por uma sociedade de advogados da cidade do Porto, desde logo percebeu a complexidade desta área de negócio: “A administração de um condomínio abrange muito mais que os processos de gestão em si. É uma entidade anónima que precisa de ser defendida e que exige uma fiscalização constante por parte de uma instituição independente que acorra em situações de emergência e planeie a melhoria da sua eficiência e a rentabilidade dos seus equipamentos elétricos”. Regulamentação? “Em 1996, encontrei um mercado 44 I Fevereiro diferente do atual. A proliferação de empresas tornou-o mais selvagem e hoje a guerra de preços e os interesses desmedidos estão implantados”, aponta. Apologista da regulamentação deste setor, Jorge Pinto mostra-se, no entanto descontente perante a possibilidade de uma futura legislação ser castradora e restritiva: “Vivemos num mercado livre onde todos têm a oportunidade de desenvolver o seu negócio. Não é preciso ser-se catedrático para administrar condomínios. O empenho, a dedicação e o estudo são fatores mais importantes, como tal, estou de acordo que se legisle, mas em bases mínimas. As empresas têm que ter liberdade de ação e de iniciativa para poderem caminhar em direção ao futuro”. Informar para Reabilitar Apoiado pela sua experiência ao longo dos últimos 18 anos, Jorge Pinto é peremtório: “A crise não interfere na manutenção. Se existir informação, ética e transparência as pessoas aderem à necessidade de intervir preventivamente. Como a ética não é difundida na formação das pessoas, surge a necessidade de regulamentar. Por força do abandono da população que vivia nos centros das cidades para as periferias, as construções antigas estão deterioradas, enquanto que as mais recentes apresentam graves falhas estruturais, fruto do boom da Portugal Inovador I construção ocorrido nas últimas décadas. A construção e a qualidade dos materiais utilizados interferem no tempo de vida dos edifícios. Até nas infraestruturas de água e gás se verificam graves problemas! As redes de gás necessitam de ser muito bem controladas, são autênticas bombas dentro dos prédios! Deveria ser obrigatória uma vistoria geral regular ao condomínio, à semelhança do que acontece com os elevadores, e não apenas quando existe uma mudança de proprietário”. A TMGest promove a manutenção preventiva dos edifícios. Para esta empresa, “o conceito do condomínio, assenta em dois baluartes fundamentais: é necessário estipular um orçamento não especulativo, Bazar Brochado O Bazar Brochado é a mais recente obra de reabilitação impulsionada pela TMGest. Com uma ligação afetiva a este emblemático espaço comercial da cidade do Porto, Jorge Pinto pretende homenagear a memória do pai, Casimiro Alberto Jorge Pinto, fundador do espaço, e devolver ao centro histórico da cidade invicta, “uma das lojas de modelismo mais antiga e prestigiada no país”. mas que não descure, entre outras tarefas, a higienização, ventilação e manutenção anual das cisternas ou a vistoria dos sistemas de águas residuais nas pré-épocas de chuva. São serviços básicos que deveriam constar de qualquer orçamento ou proposta de administração”, defende. Apostando na (in)formação dos seus condóminos, a empresa tem conseguido bons resultados, através desta relação de confiança. “A habitação é o investimento de uma vida, é um bem de longo prazo que não desvaloriza se for devidamente preservado. Nos dias que correm, em que crise económica impulsiona a desvalorização dos imóveis, o seu aspeto degradado contribui ainda mais para a perda do seu valor de “ Deveria ser obrigatória uma vistoria geral regular ao condomínio, à semelhança do que acontece com os elevadores, e não apenas quando existe uma mudança de proprietário”. mercado”, reforça Susana Pinto. Com uma carteira composta por 50 edifícios todos situados na região do Grande Porto, a equipa da TMGest não prevê alargar a sua área de abrangência. “Os condóminos apreciam o nosso serviço de proximidade. Felizmente, temos uma administração familiar coesa que tem criado uma forte relação com os clientes. Há um sentido de continuidade que garante segurança”, afirma o administrador. Sem grandes planos de cres cimento, Joel Pinto pondera a fusão da TMGest com a Tricontinental – empresa pertencente à família –, por forma a homogeneizar a sua forma de atuação mesmo que direcionada para diferentes nichos de mercado. Hoje, Susana e Ricardo Pinto acompanham o pai na gestão do quotidiano da TMGest, estando prevista para a breve a mudança para nova instalações, assim como a abertura de uma delegação no Porto. “Preserverança, atitude e fiabilidade”, dizem, são os valores que regem a sua conduta. I Para já todos os artigos podem ser apreciados na loja online (www.modelismobazar brochado.com). Avenida da República, 2475 2.º Andar - Sala 21 Mafamude 4430-208 Vila Nova de Gaia Tel.: 22 371 7372 Fax: 22 371 7373 E-mail: [email protected] www.tmgest.com Fevereiro I 45 I Portugal Inovador Pedro Correia Administrar com Formação Pedro Correia e Anabela Figueiredo representam, desde 2007, o Sítio dos Condóminos. O Sítio dos Condóminos: Q uando entraram neste ramo de atividade, os nossos entrevistados foram confrontados com um sentimento de desconfiança, promovido por casos de incumpri mento de empresas do ramo. “Esses episódios ainda permanecem no subconsciente das pessoas e prejudicam todo o setor. Muitos condóminos optaram por fazer administração interna, mas não têm os conhecimentos e a experiência necessária e as dificuldades acabam por aparecer”, explica Pedro Correia. Para prevenir a ocorrência destes casos, o nossos entrevistados apoiam a criação de uma legislação específica: “A atividade de mediação imobiliária foi regulamentada, sendo nós uma atividade semelhante qual a razão para não merecermos a mesma atenção? Muitas empresas de administração de condomínios advêm, normalmente, de atividades como as limpezas e a contabilidade. No entanto, consideramos que o condomínio é um todo que exige um conhecimento pluralista”. Deste modo, a definição do perfil de administrador de condomínio deveria ser validado. “Como? Através da prestação de uma prova, tendo em consideração conhecimentos gerais nas áreas da construção, vertente jurídica, competências financeiras, etc., obrigando a uma credenciação e 46 I Fevereiro - Não pede orçamentos a presta dores de serviços incluíndo uma percentagem de lucro em proveito próprio; - Não celebra contratos anuais com condomínios: “Sempre que a relação não for benéfica para ambas as partes, finaliza-se a prestação de serviço sem qualquer tipo de encargo”; - Não cobra ações em curso nos Julgados de Paz: “Consideramos que isso faz parte das nossas funções, no âmbito dos nossos honorários”; - Não apresenta orçamentos subavaliados como estratégia de “entrada” nos condomínios. a uma formação adequada”, defende. Mesmo sem essa obrigatoriedade, o Sítio dos Condóminos presta inúmer os serviços apoiados na formação dos seus administradores. “Esta atividade requer uma aprendizagem constante. Não se pode supervisionar sem primeiro saber como se faz”, garante Anabela Figueiredo. “Desde elaborar o orçamento, ativar um seguro, acompanhar o jardineiro, controlar as inspeções de gás e o tratamento das piscinas, por exemplo, temos que ter conhecimentos para controlar se o trabalho está a ser bem elaborado. Nesse sentido, vimo-nos obrigados a fazer inúmeras formações para avaliar a melhor situação em defesa dos interesses do condomínio”, defende. “A formação e a ética profissional são os dois vetores que regem a nossa conduta. Trabalhando através de parcerias, quando apresentamos um orçamento promovemos um diálogo aberto com os condóminos e, reconhecendo que eles desconfiam das empresas da nossa área, incentivamo-los a participar, ativamente, no dia a dia do condomínio, sendo, por exemplo, titulares da conta bancária”, explica Pedro Correia Manutenção vs. Justiça Caldas da Rainha, à semelhança de outras cidades portuguesas, apresenta uma construção erigida, maioritariamente, nos anos 80 que, “começa a revelar patologias que vão muito para além do envelhecimento natural”. O legislado no Código Civil obriga a uma manutenção preventiva dos edifícios de oito em oito anos, “mas a verdade é que ninguém cumpre. Antes optam, sempre em último caso, pela manutenção curativa”. Segundo Pedro Correia, “é quase impensável intervir de forma preventiva. Os condóminos entendem que o pagamento da quota do condomínio não é prioritário, à semelhança da fatura da luz e da água e, face às dificuldades, deixam de pagar as suas quotas”. Estando sempre sujeitos ao entendimento dos juízes, o Sítio dos Condóminos defende-se de possíveis incumprimentos, restringindo a sua área de atuação à região Oeste. “Tentámos ficar na zona de intervenção do Julgado de Paz, pois a celeridade dos processos é maior, no entanto temos con domínios na Lourinhã e em Peniche, onde ainda é necessário recorrer aos tribunais, facto que dificulta a nossa atuação”, conclui Pedro Correia. I Telf./Fax: 262 838 434 Telm: 962 432 181 [email protected] www.sitiodoscondominos.pt Praceta António Montez, 2-A 2500-112 Caldas da Rainha Portugal Inovador I Vanda Oliveira lidera o Grupo Ideal, disponibilizando uma oferta integrada no âmbito da contabilidade, administração de condomínios e seguros. “É necessário precaver o futuro” sica, que promovem a reabilitação urbana e a eficiência energética das localidades. Prestámos uma sessão de esclarecimento junto de empre sários de construção civil, no intuito de informar sobre os apoios exis tentes para a reabilitação urbana e encorajar os proprietários de edifícios degradados a reabilitá-los”. T écnica oficial de contas, Vanda Oliveira deu início à IdealConta, prestando serviços de contabilidade, apoio a recursos humanos e projetos de financiamento. Em 2008, a nossa entrevistada decidiu assumir a liderança de uma empresa de administração de condomínios, incentivada pelo clima de insatisfação e desconfiança reinante em torno do setor no concelho da Lourinhã. “Não tendo conhecimentos práticos da complexidade de viver em propriedade horizontal, procurei uma legislação que me apoiasse e foi com surpresa que verifiquei a sua inexistência. Ainda hoje temos que recorrer à legislação avulsa que consta no Código Civil”, introduz. Trabalhando em exclusividade no concelho da Lourinhã, a IdealCon domínio verificou um crescimento célere e sustentado, contando atualmente com uma carteira de 90 edifícios. Mais recentemente, o Grupo inte grou a IdealSeguros, dada a neces sidade de encontrar uma parceria no âmbito dos seguros direcionados para a propriedade horizontal. “Contactei uma companhia que dispõe de seguros para partes comuns e, não havendo nenhum mediador no concelho, fui convidada para ser mediadora dessa companhia”, esclarece. IdealCondomínio “A administração de condomínios é um setor complexo que exige uma grande gestão financeira e ética profissional. Neste momento, temos um processo em tribunal contra uma empresa que usurpou verbas de alguns prédios e contraiu dívidas com as empresas de manutenção de eleva Vanda Oliveira dores. As consequências tendem a recair sobre os condóminos. É uma questão complicada e incomoda-me a falta de ética que se verifica no mercado”. Meticulosa na estruturação dos orçamentos, Vanda Oliveira tem conseguido incutir nos seus condóminos a necessidade de precaver o futuro. “Apesar desta herança pesada, já temos alguns prédios com contas poupança. Conquistámos uma boa imagem e somos bem referenciados, facto que leva a que sejam os condóminos a procurarem-nos”. Por forma a travar as más práticas acima referenciadas, a nossa entrevistada defende a aplicação de uma legislação específica no setor. “Como TOC, prezo o cumprimento da lei, no entanto qualquer pessoa pode montar um negócio nesta área e, na Lourinhã, são recorrentes os casos de incumprimento. Sou apologista da criação de uma carteira profissional, proposta que já apresentei junto das entidades superiores, nomeamente o INCI”. Reabilitar Enquanto membro ativo na comu nidade, Vanda Oliveira procura que o trabalho das entidades onde está inserida, seja mais efetivo no âmbito da renovação do património da vila. “Existem apoios, como o fundo Jes Rigor na atuação A IdealCondomínio disponibiliza serviços de limpeza e manutenção aos condomínios e aos condóminos. “Não existe uma obrigatoriedade de contratação destes serviços nos condomínios que administramos, esses podem ser realizados por ou tras empresas, no entanto exigimos que esses prestadores de serviços passem fatura”. Sempre que surge a necessidade de investir na manutenção preventiva de um edíficio, a equipa da IdealCon domínio, “não dá início às obras sem obter 95% do valor total. Temos muita credibilidade no mercado por promovermos esta prática, facto que nos atribui um forte poder de negociação junto dos fornecedores”, esclarece. Atuando num setor muito con correncial, Vanda Oliveira tem cons ciência que as empresas que surgem no mercado apresentam preços muito competitivos por forma a cativar o público: “É uma prática que não me incomoda. Não queremos ter o monopólio do negócio e ganhamos todos se cooperarmos uns com os outros”. I Telf.: 261 423 629 Telm: 912 182 093 E-mail: [email protected] www.idealcondominio.com.pt Alameda Nuno de Brion Bloco C - Loja 5 - Lourinhã Fevereiro I 47 I Portugal Inovador “A casa começa na entrada do edifício” A ADM Condomínios® surgiu no setor da administração de condomínios em 2009, por iniciativa de Paulo Almeida e Carla Costa. Equipa da ADM Condomínios M arcando presença no mercado, “percebemos que existiam muitas queixas e falta de transparência no setor”, inicia Paulo Almeida. Para se desmarcar desta imagem, a ADM Condomínios ® aposta na diferenciação: “Sendo pequenos, nascemos com uma visão diferente e inovadora. Apostámos também na criação de uma plataforma online com uma área do cliente (que permite aos condóminos acompanharem a situação financeira do condomínio), onde publicamos a legislação que regula o setor, assim como notícias que interessam aos visitantes e um serviço 24h de assistência técnica ao edifício”. Esta transparência, disponibilidade e oferta de serviços de apoio ao lar marcam a diferença dentro e fora da sua área de intervenção. No desenrolar da nossa conversa, ficámos a conhecer o método de trabalho desta empresa: “Sempre que somos designados administradores de um imóvel, fazemos um levantamento das suas necessidades, no sentido de propor a correção dessas patologias, alertando que o adiamento da intervenção promoverá o aumento dos problemas e consequente custo da obra. Atendendo à conjuntura atual, por vezes os condóminos não aprovam obras por dificuldades financeiras. Nesses casos, disponibilizamos um serviço gratuito de apoio aos 48 I Fevereiro condóminos com dificuldades financeiras para reestruturar o seu orçamento familiar, de forma a que as obras se possam realizar, evitando assim a degradação das condições de habitabilidade dos condóminos afetados”. Paulo Almeida considera importante a realização de manutenção para a valorização do condomínio: “Alertamos que uma fração, por muito bem conservada que esteja, tem baixo valor comercial e é difícil a sua comercialização quando o edifício não está em bom estado. A casa começa na entrada no edifício. Os condóminos são proprietários das suas frações e coproprietários das zonas comuns pelo que devem conservar as mesmas”. A constituição de um fundo comum de reserva é obrigatória. Porém, em determinados casos, nem sequer essa norma é cumprida. A constituição desse fundo permite aos condóminos, através do pagamento de uma pequena quantia mensal, maior margem para atuar em situações de necessidade de obras”. Para combater esta disparidade de comportamento, Paulo Almeida considera ser necessária uma legislação que obrigue à realização de obras de manutenção nos edifícios. O REGEU refere a necessidade de se proceder a obras de manutenção de oito em oito anos, mas na prática não é cumprido. A atuação das entidades camarárias seria fundamental: “Os municípios deveriam ter um papel ativo, no sentido de não deixar degradar as cidades, notificando e cooperando com os condomínios, no sentido de preservar o património, assim como a qualidade de vida e segurança dos habitantes”, alerta o profissional. Boa aposta Quais as mais-valias da contratação de uma empresa de administração de condomínios? “São várias. Uma administração profissional evita conflitos entre condóminos; segundo, no nosso caso, os condóminos passam a ter o acesso à contabilidade através do nosso site; depois, promovemos uma manutenção preventiva semanal; por fim, as empresas de condomínios têm um maior poder negocial, junto dos fornecedores e prestadores de serviços, permitindo a redução da despesa do condomínio e consequentes quotizações mensais”. No entanto, “hoje qualquer pessoa pode ser administrador, mesmo sendo os condomínios uma entidade tão complexa que abrange várias especificidades tais como seguros, legislação, construção, gestão, etc. Somos das primeiras empresas com formação na área e é bom que esta atitude se generalize”. Atuando na região do Grande Porto, “este ano, mudámos de instalações para uma loja de rua onde estamos mais visíveis e próximos dos nossos condóminos. Somos pioneiros em várias ações e temos sido o exemplo para a concorrência”. I Rua das Fontainhas, 231 4000-240 Porto TEL.: 223 321 161 TLM.: 917 303 931 914 283 221 FAX: 220 946 507 [email protected] www.admcondominios.net Portugal Inovador I A Adiurbana, empresa de administração de condomínios com sede em Torres Vedras, está no mercado há 13 anos. Sandra Sabino, licenciada em gestão de empresas turísticas e hoteleiras, é a mulher que lidera este projeto. A inexistência de uma formação específica para o setor da administração de condomínios é uma das lacunas, frequentemente, aponta das pelos profissionais do ramo. “Não existem cursos vocacionados para esta área, por isso temos que aproveitar os conhecimentos e a experiência adquiri da para evoluir”, refere em início de conversa, Sandra Sabino. A falta de legislação é outra das falhas apontadas pela administradora: “A criação de uma regulamentação específica permitiria controlar a economia paralela, beneficiando a atuação das empresas que estão no mercado e que cumprem com os seus encargos fiscais, empregando os recursos humanos necessários à sua atividade”, reforça. A nossa entrevistada não critica a existência de edifícios com administra ção interna: “Há prédios com poucas frações onde isso é possível. O que temos verificado é que, nessas situa ções, sempre que surgem problemas é a uma empresa com provas dadas no mercado que os condóminos recorrem”. Para prevenir atuações menos corretas, Sandra Sabino defende que todas as administrações de condomínio deveriam ser controladas, através da atribuíção, por exemplo, de um certificado que identificasse o condómino ou a entidade coletiva responsável pelo imóvel. Falta de profissionalismo Perante uma conjuntura económica desfavorável, “os condóminos estão mais preocupados com o valor cobrado do que com os serviços que lhes vão O Poder da Informação seguros - tema colocado anualmente na ordem de trabalhos. Por incrível que pareça, desde que afixamos esta notícia, é crescente o número de pedidos de esclarecimento que nos têm chegado!”. Reabilitação Sandra Sabino ser prestados”. Deste modo, a falta de profissionalização do setor, “alimenta a concorrência desleal que apresenta, necessariamente, orçamentos inferiores aos cobrados por empresas estruturadas e zelosas dos requisitos legais”, alerta. A política de trabalho da Adiurbana passa por dedicar-se, em exclusivo, à gestão do imóvel. “Gostamos de deixar os condóminos à vontade para selecio nar os prestadores de serviços que mais lhes agradam”. No entanto, em 2013, a firma procurou, ativamente, a regularização de atividades como são o caso dos serviços de limpezas. “Já tínhamos sanado a falta de seguros de trabalho atribuídos às funcionárias da limpeza. Mas, em 2013, esforçámo-nos por sensibilizar os nossos clientes para a necessidade de regularizar a com ponente fiscal sendo que, hoje em dia, a grande mairia dos nossos prédios estão regularizados. Percebemos que muitos condóminos não tinham consciência do problema que estavam a alimentar!”. No âmbito da manutenção e reabilitação dos edíficios, Sandra Sabino denota que, “os condóminos ainda se mostram um pouco relutantes face à necessidade de promover a manutenção dos edíficios, assim como a criação do fundo comum de reserva obrigatório por lei. Nesse sentido, a profissional considera que as entidades camarárias deveriam atuar, juntamente com as empresas de administração dos condomínios, na fiscalização das patologias dos edíficios. Em final de conversa, a administra dora da Adiurbana alerta para a ne cessidade de os futuros condóminos procurarem junto das empresas de administração de condomínios, porme nores sobre o estado do edíficio. “Apesar de verificarmos um número crescente de pessoas que já estão mentalizadas para esta necessidade, a maioria compra a habitação tendo em conta a parte (fração) e não o todo (condomínio, parqueamento, acessibi lidades, etc.)”, conclui. I Informação Promovendo deste modo uma prática ativa de formação e informação junto dos seus condóminos, a Adiurbana recorre aos meios de comunicação para facilmente fazer chegar a sua mensagem. “Para além do contacto frequente através de emails, este ano inovámos com a criação da ‘notícia mensal’. Todos os meses vamos disponibilizar uma informação sobre um assunto relevante. Por exemplo, em janeiro o tema foram os Telf.: 261 324 862 Fax: 261 338 728 Telm: 963 561 691 - 919 055 111 E-mail: [email protected] www.adiurbana.com Travessa das Oliveiras, 3 E 2560-683 Torres Vedras Fevereiro I 49 I Portugal Inovador Custo Justo Defendendo o bem-estar dos seus clientes, a Condomínio Saudável administra edifícios na área metropolitana do Porto. tarefas de manutenção”. Desta for ma, “não podemos definir um preço fixo para todos os condomínios, pois há custos de deslocação, por exemplo, que devem ser equacio nados. Optamos por dar preferência a condomínios com mais frações, para minimizar os custos para cada cliente”. Apoio à mudança Rui Mendes, administrador de condomínios O futuro incerto da entidade bancária onde colaborou durante mais de duas décadas, conduziu Rui Mendes à atividade, em part-time, de administração de condomínios. Após a rutura do vínculo contratual com a entidade empregadora, o nosso entrevistado fez do Condomínio Saudável a sua forma de vida. Regendo a sua conduta por padrões de qualidade que considera fundamentais, o administrador apostou na divulgação da sua empresa num perímetro territorial por si definido o que lhe permite marcar presença de forma rápida, sempre que seja necessário. “Temos que ser transparentes com os nossos clientes e distan 50 I Fevereiro ciarmo-nos da má imagem criada em torno do setor. Por isso, a Condomínio Saudável preza por oferecer uma série de valências e serviços – por exemplo, site com área de cliente, apresentação de relatório de contas e extrato bancário semestral –, que permitem ao condómino acomp anhar, permanentemente, todos os movimentos efetuados. Desta forma eliminamos quaisquer dúvidas que possam surgir”, explica. Com uma política de preços assente no custo justo, “ao contrário das empresas que apresentam orçamentos low cost - que con templam apenas o serviço adminis trativo -, nós atuamos com maior proximidade, prestando auxílio em Ao entrar num setor sem le gislação própria, regido pelo Código de Processo Civil, o administrador encontrou uma realidade, “em que cada um faz o que quer”. Sem regras definidas e responsabilidades atribuídas, “há empresas que acabam por denegrir a imagem do setor. Nesse sentido, acredito que a criação de uma regulamentação própria permitiria que estes casos desaparecessem”. No entanto, Rui Mendes não deixa de realçar a mudança ocorrida no mês de setembro do ano transato que permite que a ata seja considerada título executivo com penhoras imediatas: “Já conseguimos beneficiar desta medida por uma vez. É sem dúvida uma mais-valia perante situações de incumprimento”, conclui. I Telf./Fax: 229 536 095 Telm: 967 424 822 [email protected] www.condominiosaudavel.com Portugal Inovador I Visão Estratégica Promovendo o diálogo em torno da atual situação do parque habitacional português, a Portugal Inovador procurou a opinião de Alberto Almeida. gestor qualificado demora pelo menos um ano, entre formações e trabalho de campo. Já fizemos formação a nível profissional na Escola Profissional de Atividades Imobiliárias e desde cedo apercebemos-nos da necessidade de atuar no âmbito da reabilitação urbana”. C riada em 2006 por iniciativa de cinco investidores, a Great House foi evoluíndo, adaptando-se às exigências do mercado, numa região do país que apresenta realidades muito distintas. Após a cisão da sociedade, a empresa conta agora com a administração de três sócios, um dos quais Alberto Almeida que nos concedeu uma entrevista: “Apresentamos um produto de excelência e dessa forma fomos ganhando rec onhec imento, con tando, neste momento, com uma carteira de clientes fidelizada que regista um crescimento sustentado”, revela. Ex-funcionário público, Alberto Almeida encontrou neste setor uma realidade que carateriza como agressivo, sendo que, “apostando na diferenciação e na qualidade a recompensa financeira pode atingir valores bastantes satisfatórios”. Atualmente, a estrutura da Great House permite-lhe desempenhar uma função meramente executiva e de controlo da vertente comercial e financeira. Estando a componente administrativa, de manutenção e gestão de clientes, devidamente sectorizada e entregue a uma equipa de profissionais altamente qualificados. “A preparação de um Renovar Segundo Alberto Almeida, “verifi cámos que a entrada da crise financeira interferiu fortemente com a economia real e hoje, a classe média vê-se a braços com habitações para a vida, ao contrário do que acontecia na década de 90, em que a troca de imóvel estava muito mais facilitada. Isso está a causar inúmeros problemas, sendo complicado incutir nessas pessoas a necessidade de promover obras de manutenção nas suas casas, realidade transversal a todos os estratos sociais. Mesmo em condomínios de luxo, as pessoas sentem dificuldade em efetuar o pagamento das suas quotas, tão mais elevadas consoante o número de regalias que dispõem. Estes condóminos não foram informados dos encargos que lhes seriam exigidos para fazer a manutenção de todo aquele espaço”. O nosso entrevistado alerta: “Na região de Lisboa, temos zonas que, a médio prazo, correm o risco de colapsar, porque os seus condó minos não tem condições para fazer a manutenção dos imóveis. As patologias de uma construção deficitária tendem a aparecer, dificultando a atuação das empresas”. Com uma forte visão estratégica e negocial, Alberto Almeida afirma: “O nosso setor não é assim tão afetado pela falta de pagamento, porque as habitações que entram em incumprimento com as entidades bancárias são adquiridas através de fundos de investimento imobiliário, e mesmo que tenha que ser adjudica- da uma obra, essas entidades pagam o devido valor e têm a noção da necessidade de valorizar o seu patri mónio imobiliário. O trabalho com os particulares tende a ser muito mais complicado mas, paulatinamente, esses vão tendo consciência dessa necessidade”. A Great House dedica-se, em exclusivo, à gestão e manutenção de condom ínios, recorrendo a outsourc ings para realizar outro tipo de serviços. “Temos clientes fidelizados há anos que, com maior ou menor celeridade, vão resolvendo os seus problemas e sentem-se satisfeitos com a nossa capacidade de resposta”, garante. Atento à realidade deste setor, o nosso entrevistado verifica que as maiores queixas que surgem prendem-se com a incompetência e/ou gestão danosa. Nesse sentido, Alberto Almeida considera que a nova legislação deveria estipular a obrigatoriedade de administração profissional em edifícios com mais de oito frações. “Para imóveis de grandes dimensões, a gestão por parte de uma empresa acaba por ser uma mais-valia, entre outras razões, pelo nosso elevado poder de negociação junto dos fornecedores. Por forma a garantir um acompanhamento credível, todas as firmas deveriam ter um seguro de responsabilidade civil e um capital mínimo investido”, conclui. I Telf.: 218045760 Telm: 918024935 Fax: 211990143 [email protected] www.great-house.pt Rua Alfredo Keil Nº4 , Loja B. 2675-613 Odivelas - Portugal Fevereiro I 51 I Portugal Inovador Norberto Ferreira Administrar com Inovação Tendo desenvolvido o seu percurso profissional no âmbito da auditoria aplicada ao setor hoteleiro, Norberto Ferreira apresenta, em 2007, um projeto inovador no ramo da administração de condomínios. O empreendimento onde residia serviu de cobaia para divulgar e ajustar o seu conceito di ferenciador. Hoje, com uma experiên cia de sete anos, o empresário garante ser necessário, “incutir nas pessoas as regras de funcionamento e organização da vivência em proprie dade horizontal”. Em conversa com a Portugal Inovador, Norberto Ferreira lamenta as atitudes dos condóminos, impulsionadas pela falta de informa ção que grassa no setor: “Algumas pessoas consideram que a nossa atuação se restringe ao pagamento de faturas de água e luz, menospre zando todo um trabalho de base de gestão e defesa dos interesses do condomínio”. A inexistência de uma legislação específica, segundo Norberto Ferreira, promove esta falta de informação, assim como o clima de desconfiança que paira no setor: “Não entendo qual a razão para se andar a adiar esta questão. Somos empresas prestado ras de serviços, como tal, temos que ter responsabilidades sobre os atos e informações que prestamos”. Desta forma, a certificação das empresas seria uma medida desejável, “viria atenuar o clima de desconfiança existente, beneficiando o trabalho prestado pelas empresas que atuam de forma correta”. Com sede em Matosinhos e uma 52 I Fevereiro área de atuação que abrange também os concelhos do Porto, Maia e V. N. Gaia, a Propostas de Sonho procura diferenciar-se pela variedade e inovação dos serviços prestados. “Devemos incutir nos condóminos a necessidade de pensar a médio/ longo prazo. O trabalho de gestão de um edifício tem um valor e a Pay Per Use Com o objetivo de personalizar e ajustar os serviços às necessidades de cada condómino, a Propostas de Sonho está a levar a cabo o serviço ‘pay per use’. “Queremos proporcionar a cada condómino um serviço de hotel a baixo custo”. Falamos de serviços básicos como lavandaria, engomadoria, limpeza, entre outros, entregues ao domicílio de forma cómoda e prática. “Através da parceria criada com empresas creden ciadas, conseguimos oferecer um preço muito competitivo se comparado com o que é cobrado ao cliente individual”, garante Norberto Ferreira. - Lavagem de carro (brevemente) - Lavandaria - Engomadoria - Limpeza de apartamentos (brevemente) - Conserto de roupas (brevemente) - Conserto de calçado (brevemente) - Mercearia porta a porta (brevemente) - Passeio de animais domésticos (brevemente) manutenção tem outro, sendo que acreditamos que é preferível pagar mais um pouco, todos os meses, por forma a acautelar futuras intervenções”, reitera. Inovar Norberto Ferreira garante, “a Propostas de Sonho prima pela quali dade, transparência e pelo serviço de excelência. Segundo a nossa filosofia de trabalho, não estamos apenas a gerir o imóvel, mas também a promo ver o conforto dos nossos clientes”. Marcando a sua posição, em 2014 o nosso entrevistado pretende alargar a sua ação, com a abertura de uma filial em Lisboa e, posteriormente, outra na região do Algarve. Para longo prazo fica a ambição: “Queremos internacional o nosso projeto que, a acontecer vai passar, inevitavelmente, pelo Brasil”, conclui. I Rua António Ferrinha, loja 120 4450-614 - Leça da Palmeira Matosinhos TEL. / FAX: (+351) 229 260 656 TELEM.: (+351) 916 634 137 (+351) 916 664 154 [email protected] [email protected] www.propostasdesonho.com Portugal Inovador I Temos que ser nós a mudar o sistema A Odivelgest aposta na informação dos seus condóminos por forma a incutir-lhes a necessidade de atuar preventivamente sobre os edifícios, no entanto a falta de poder económico tem impedido que isso aconteça: “O condómino precisa de ser informado da realidade e, sempre que nos defendemos com a Lei, a maioria das pessoas aceita. A legislação em vigor tem vindo a melhorar, mas precisa de ser atualizada por forma a defender tanto o condómino como as empresas do setor”. O clima de desconfiança que paira na atividade não passou indiferente ao administrador da Odivelgest que, analisando as razões para tal, chegou à conclusão que são sempre impulsionadas pela desconfiança que recai sobre a gestão das contas bancárias. “Consciente dessa realidade, tentei reverter essa situação. Como tal, a Odivelgest não faz parte das contas, somos apenas consultores. Quando nos é requisitada a movimentação da conta, solicitamos que seja sempre em conjunto. Protegemo-nos nesse sentido e temos com isso conquistado a confiança dos clientes”. Outra das medidas tomadas pela Odivelgest, consiste na afixação de um relatório com os serviços de manutenção efetuados. “Promovemos também um grande contacto com o administrador interno, sendo que, caso surja algum problema, garantimos uma resposta até 24h”. Com uma equipa de profissionais atenta e zelosa das necessidades dos seus clientes, a Odivelgest opta por apresentar quatro opções de orçamento, com distintos níveis de manutenção/acompanhamento. “Temos que apostar na inovação e promover as boas práticas, porque Qual a realidade das empresas de administração de condomínios em Odivelas? A Portugal Inovador foi conhecê-la através da conversa com a Odivelgest. A equipa da Odivelgest se a lei, em determinadas situações, não protege as empresas e os condóminos, somos nós que devemos criar as defesas a favor do condómino e da Odivelgest”. A empresa, sediada em Odivelas, disponibiliza serviços de limpeza, manutenção e começa agora a prestar serviços de obra, “estamos a procurar o devido licenciamento para o efeito. Percebemos que os condóminos preferem ter um único prestador de serviços efetuar várias funções, porque controlam-no melhor e sabem a quem se queixar. Verificamos esta necessidade, oferecemos o que eles preferem, passando a imagem de que eles podem contar connosco”. A política da Odivelgest passa por não se preocupar com a concorrência, “preocupo-me sim com os condóminos e com as suas dificuldades. Prova disso é que não temos contratos de anos orçamentais, o nosso vínculo termina a partir do momento em que as partes estão em desacordo”. Em final de conversa o nosso entrevistado refere: “Há muitas boas pequenas empresas a laborar neste setor, em Portugal. Gostaria que existisse um maior diálogo entre empresas e um debate sobre as várias realidades, temos que ser nós a mudar o sistema”, conclui. I Telm: 926 381 105 / 916 211 549 Tlf: 219 329 727 Fax: 219 328 986 [email protected] www.odivelgest.pt rua Rainha Santa Isabel, nº3 2675-439 Odivelas Fevereiro I 53 I Portugal Inovador R de Responsabilidade A Portugal Inovador esteve na Póvoa de Santo Adrião à conversa com Bruno Inácio, administrador de condomínios. A Big R dedica-se à gestão de propriedade comercial e residencial, essencialmente, na zona Lisboa e Norte de Lisboa (Odivelas, Loures, Linda-a-Velha). Gestão e Administração de Condomínios U ma vez que nos dedicamos a uma área muito vasta com realidades significativamente diferentes, cada condomínio tem as suas características”, afirma Bruno Inácio, o administrador da firma. “Cada zona é diferente, zonas novas são habitadas por jovens informados e economicamente estáveis, há muita conservação dos edifícios e faz-se a devida manutenção. Assim como nas zonas mais antigas da cidade de Lisboa e zona Norte, onde os condóminos têm também o hábito de respeitar as suas quotas e tratar tudo muito corretamente”. Prestando um serviço de grande proximidade, a Big R oferece uma panóplia de serviços que integram a administração de um condomínio: supervisão em áreas comuns, reparações, preparações de relatórios financeiros, prestação de informação, preparação de orçamentos para custos de serviços, elaboração de orçamentos, resolução de problemas de seguros, verificação “ Gestão e Administração de Condomínios Telf./Fax: 219384274 Telm: 19565920 [email protected] Rua Luís Camões Lote 3,1º-escr 12620105 PÓVOA DE SANTO ADRIÃO 54 I Fevereiro Bruno Inácio, administrador de condomínios de pagamento de contas e gestão de resíduos. A Big R agrega também uma vertente de contabilidade que, em certos casos, complementa a administração de condomínios. Dada a sua experiência de 14 anos no setor, Bruno Inácio afirma: “Há prédios que não estão preparados para uma administração externa. Em alguns casos, os condóminos não percebem qual é a dimensão do nosso trabalho enquanto ge- stores de condomínio e exigem de nós a resolução de situações que fogem da nossa competência”, alerta Bruno Inácio. Num setor regido pelo Código Civil, a Big R está, constantemente, atenta às alterações que vão surgindo no Código Civil. O gerente admite que, a sua formação académica em gestão de empresas, aplicada na administração de condomínios, permite-lhe manter uma postura altamente rigorosa. I Portugal Inovador I Serviço Moderno Na procura de um melhor serviço para os seus utentes surge a Farmácia Moderna, no centro de Barcelos. É Maria Fernanda Santos, diretora técnica, que atualmente gere este negócio de família. Maria Fernanda Santos com a sua equipa A tenção, consideração e simpatia são os três pontos mais importantes que Maria Fernanda Santos assegura serem cruciais na distinção da farmácia perante a concorrência. O negócio já existe desde 1910 quando a farmácia foi comprada pelo seu avô e, posterior mente, transferida para as atuais instalações, transformando-se num interesse familiar até aos dias de hoje. O lema de “assumir a dor do utente” contagia também os funcionários que contribuem para o bom funciona mento e atendimento do espaço. Composta por uma equipa de oito funcionários, o espaço conta ainda com a presença da proprietária da farmácia, mãe de Maria Fernanda Santos, farmacêutica há mais de 50 anos e que, ainda hoje, continua no ativo como farmacêutica substituta. Para além da venda de medica mentos e produtos complementares, este estabelecimento de renome oferece também serviços de vacina ção, medição de parâmetros como colesterol, glicemia triglicerídeos, entre outros assim como a medição gratuita da tensão arterial o que torna a farmácia especialmente procurada entre os utentes de Barcelos. Em 2007, ano em que a Farmácia Moderna foi totalmente remodelada, foi proposto a esta entrar num projeto inovador com chancela portuguesa: a introdução de um robô adequado a área da farmácia, aposta esta que veio permitir à equipa um atendimento mais atento e personalizado do utente. A nossa entrevistada acredita que existe um longo caminho de aper feiçoamento do serviço: “A nossa prio ridade é o utente, por isso prezamos por ser mais racionais ao nível das vendas, dedicando maior atenção ao atendimento e à relação de confiança com o cliente”. Uma vez que se trata de uma farmácia pequena, em área, situada no centro da cidade de Barcelos e que beneficia de um acesso facilitado, a nossa entrevistada anseia um dia aumentar o seu espaço dado que, “gostava de criar parcerias com nutricionistas ou podologistas, mas numa farmácia pequena com muito movimento torna-se difícil conseguir instalá-las”. Em final de conversa fica a cer teza de que, em 2014, os planos deste grupo de trabalho passam por dinamizar ainda mais a sua equipa, aguardando por uma melhoria da conjuntura económica que permita a expansão do negócio familiar e a melhoria do serviço prestado. I Fevereiro I 55 I Portugal Inovador Cobertura Excelente Com experiência anterior conjunta na área, Filipe Lima e Paulo Gonçalves tomaram a iniciativa de criar o seu próprio escritório de mediação de seguros, há cinco anos, em Barcelos. Hoje são um ponto de referência pois, trabalhando com multimarcas, têm a capacidade de apresentar uma relação qualidade/preço à medida de cada cliente. Filipe Lima e Paulo Gonçalves A trabalhar numa agência mediadora de seguros de renome, Filipe Lima e Paulo Gonçalves, dois colegas de infância, encontraram a oportunidade de criar a sua própria empresa quando o anterior empregador decidiu desistir e deixar o estabelecimento nas suas mãos. Aproveitando a fama e os clientes já fidelizados, construíram uma agência com um novo nome e uma imagem melhorada. Na Cobertura Excelente, um nome incomum em agências de mediação, atua-se em ramos como, agência financeira, mediação de seguros e nas áreas de leasing, cré dito de habitação e ALD. Funcionam como uma equipa sempre pronta a procurar a melhor solução para o cliente, defendendo que a base do sucesso é o bom entendimento entre as partes. Esta agência de Barcelos tra balha, maioritariamente, com o grupo Fidelidade, parceria que surgiu 56 I Fevereiro com a anterior administração no âmbito do grupo Império Bonança. “Estamos mais fidelizados com a Fidelidade, é com esta empresa que mantemos uma maior empatia e alcançamos um crescente número de contratos”, refere Paulo Gonçalves. No futuro, os administradores pretendem manter a empresa estável, sendo que, “felizmente, verificámos um crescimento numa altura de crise, algo que não é normal, mas que muito nos agrada”, afirma Filipe Lima. Na procura de um melhor serviço de atendimento e expansão de serviços, os nossos entrevistados mostram o interesse de vir a criar mais postos de trabalho e expandir a sua área de atuação: “Uma vez que a carteira de seguros já está mais solidificada, queremos alargar os serviços de contabilidade”. Para além de serem conhecidos e distinguidos pela sua juventude na cidade de Barcelos, agem com dinamismo, responsabilidade e sensibilidade colocando o cliente sempre em primeiro lugar: “Na área de seguros existem imensas sit uações difíceis de resolver, nestes casos é com calma que lidamos com os clientes e tentamos resolver as situações de imediato. Esta política de proximidade é essencial neste negócio, sendo o nosso maior meio de publicitação o passa a palavra entre clientes”, conclui Filipe Lima. I Portugal Inovador I A sua avenida principal! Desde 1999 que a Farmácia Avenida faz bem à sua saúde. O número de utentes tem aumentado, de ano para ano, sendo um estabelecimento de excelência em Barcelos. Paula Lamela, diretora técnica e proprietária, junto da sua equipa O espaço amplo faz desta farmác ia uma autêntica avenida. Na génese deste projeto, esteve a experiência de Paula Lamela – diretora técnica e proprietária – como gerente de outra farmácia. “Em 1993, antes de assumir esta farmácia, estive num espaço que se encontrava numa situação compli cada, a qual conseguimos ultrapassar com sucesso. Estive lá desde outubro de 1993 a março de 1999, altura em que consegui transferência para a zona urbana de Barcelos, abrindo as portas à Farmácia Avenida”, explica Paula Lamela. Para a diretora técnica, o facto de ter vindo de um meio rural, ajudou-a a criar mecanismos de compatibilidade com os utentes da farmácia que ficaram completamente apaixonados por este espaço: “Há utentes em idade avançada que vêm cá praticamente todos os dias, sendo que muitas das pessoas que eram clientes da antiga farmácia, estão agora fidelizados à Farmácia Avenida. Apesar de estar a 11 km da freguesia onde me encontrava, as pessoas que não se podem deslocar, pedem aos vizinhos para aviar as suas receitas”, refere a nossa entrevistada. Medição da glicemia, triglice rídeos, peso e altura, testes de gra videz, deteção de infeções urinárias, podologia, nutrição e medição de tensão arterial, entre outros, são os serviços complementares que a Farmácia Avenida disponibiliza aos seus utentes. Em relação à medição da tensão arterial, Paula Lamela, realça um facto que traduz, de uma certa forma, a identidade da própria farmácia: “Nos 20 anos que já levo na gestão de espaços farmacêuticos nunca cobrei a medição da tensão arterial. Ajudamos as pessoas em todos os passos necessários e tentamos colocá-las completamente à vontade, incentivando-as a efetuar o controlo regular, mediante os resultados que apresentem”, explica Paula Lamela. Três farmacêuticas e três técnicos de farmácia são responsáveis pelo serviço de qualidade prestado pela Farmácia Avenida: “Invisto constantemente na formação dos meus colaboradores e quem trabalha comigo tem que ser responsável e interessado. Tenho uma equipa que me transmite uma confiança total e, mesmo quando me ausento, dão-me garantias que o trabalho é feito da mesma forma”, afirma a diretora técnica. “As farmácias em Portugal têm um papel tão forte na sociedade que, por muita crise que possa existir, irão sempre resistir e, obviamente, a Farmácia Avenida não fugirá à regra”, é esta a perspetiva de futuro de Paula Lamela. De salientar ainda que a Farmácia Avenida, para além de ter um local específico para os mais pequeninos brincarem, é a única farmácia de Barcelos a realizar a recolha e a troca de seringas, colaborando com as instituições GASQ, AMA e Luta contra o Cancro. Tem, ainda, protocolos com a Casa do Professor e com os Amigos da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. I Fevereiro I 57 I Portugal Inovador O sabor da qualidade Desde 2008 que a Padaria Velha deixa a sua marca no concelho de Barcelos. A proximidade, criatividade e a simpatia são o melhor cartão de visita do estabelecimento. Marta Soares e Domingos Novais É no largo Jardim Velho que se situa a Padaria Velha. O largo serviu de inspiração aos donos da padaria, Domingos Novais e Marta Soares, que a partir daqui, deram o nome à empresa. O nome Padaria Velha surgiu pelo facto de se relacionar com o meio envolvente, vindo também ao encontro de um dos desejos do casal, realçar a imagem rústica e moderna que caracteriza o estabelecimento. As duas salas que constituem a padaria conferem uma dimensão bastante significativa ao espaço. “O espaço amplo da padaria é uma das nossas mais valias”, menciona Marta Soares. A padaria e a pastelaria fazem as delícias dos clientes, com a 58 I Fevereiro sua enorme qualidade e variedade de produtos. Para muitos o pão é o bem mais precioso, mas para outros é impossível ficar indife- rente à doçaria da Padaria Velha. Croissants, doce húngaro, bolo-rei, pão de ló e os doces genuínos do estabelecimento - Barcelos, Barcelinhos e Padaria Velha - figuram no top de preferências da padaria: “Os produtos mais procurados são os croissants, mas também, vendemos muito o doce húngaro, o Barcelos, o Barcelinhos e o Padaria Velha. De referir que estes três últimos, foram criados aqui no estabelecimento, por um senhor com uma ligação importante ao local. Também vendemos muito bolo-rei e pão de ló durante todo o ano, mas, naturalmente, na altura das festas a procura é maior. No passado Natal e passagem de ano, vendemos muitos kg de bolo-rei e de pão de ló”, refere Domingos Novais. Com 11 pessoas a trabalhar no estabelecimento, a Padaria Velha faz do atendimento, um dos seus principais trunfos. É também um autêntico local de exposição de obras de arte sendo que compete a Marta Soares o importante papel de decoração dos bolos: “Numa fase inicial comecei a decorar os bolos sem experiência nenhuma. Correu bem e decidi fazer três workshops nesta área, para aperfeiçoar esta arte. Por exemplo, o bolo que tem uma boneca (ver foto) demorou oito horas a ser feito”, afirma a gerente. Um lugar no pódio num concurso de bolo-rei e pão de ló e o negócio positivo, dão garantias ao futuro da Padaria Velha: “O negócio tem sido bom, tem excedido as expectativas e com tudo isto, prevemos a amplia ção das nossas instalações”, conclui Domingos Novais. I Portugal Inovador I O paciente em primeiro lugar Fundada em 1993 e, desde 2005, presente na cidade de Barcelos, a SCOG é uma clínica de referência na área da ginecologia e obstetrícia. Dinamismo, proximidade e inovação são os valores deste espaço. Esmeralda Feliciano H á 30 anos na especialidade, Esmeralda Feliciano, diretora clínica da SCOG (Sociedade de Cuidados Obstétricos e Ginecoló gicos), com sede em Braga, decidiu estabelecer esta clínica em Barcelos para poder estar mais próxima das suas pacientes e, ao mesmo tempo, combater a lacuna de cuidados obstétricos existente no concelho. Desde que iniciou atividade nesta área da medicina, a nossa entrevistada afirma que houve uma evolução tremenda: “Atualmente, no ramo da obstetrícia existe uma vigilância e métodos de diagnóstico que não existiam. Por exemplo, quando comecei a trabalhar, as ecografias estavam dispo- níveis para muito pouca gente e nem todos os partos eram monitorizados. Ao nível de rastreio também se verificou uma evolução enorme, sendo que também a consciência das pessoas está muito diferente”. Apesar do avanço da medicina muitas são as mulheres que conti nuam a descuidar-se nesta área da saúde, recorrendo ao ginecologista apenas em último recurso. “Devido à situação que o país atravessa as pessoas colocam para segundo plano a marcação destas consultas, mas o nosso papel enquanto médicos é promover uma visão humanista da medicina e trazer ao quotidiano clínico o atendimento cuidado e exclusivo, abordando simultaneamente aspetos físicos e emocionais das pacientes”, refere. Composta por uma equipa de profissionais altamente qualificados, a SCOG está totalmente adaptada aos novos paradigmas da saúde feminina e do casal, assim como à prestação de cuidados de saúde da mais elevada qualidade. Como fez questão de referir: “A SCOG dispõe de uma equipa de profissionais nas mais diversas especialidades que proporcionam às nossas pacientes os melhores cuidados. Em termos de ginecologia, temos toda a vertente de ambulatório em que não é necessário anestesia, como ecografia e colposcopia. Em termos de obstetrícia, agregamos a vertente de consulta, ecografia, ecografia 3D, amniocentese e cardiotocografia. Acolhemos também profissionais de urologia e mastologia, estando igualmente focados para o acompanhamento do casal, realizando testes e estudos de infertilidade”. Com um aumento de 9% no número de doentes atendidas no ano de 2013, Esmeralda Feliciano pretende que este novo ano seja ainda melhor: “No futuro espero continuar a desenvolver o trabalho que temos feito até ao momento, sempre focados na melhoria e na evolução do serviço prestado. Gostaria de realçar que o nosso sucesso só é possível dada a dedicação de todos os profissionais que compõe a nossa equipa e dão cara a este projeto. Quero destacar os nossos 2 assistentes de consul tório, pelo seu excelente profissio nalismo, dedicação, simpatia, e desempenho.”, conclui. I Fevereiro I 59 I Portugal Inovador Carlos Martins Um espaço a pensar no cliente Com um conceito arrojado e inovador, Carlos Courel Cabeleireiro é um espaço dedicado ao bem-estar, focado no cliente. S ituado no centro histórico da cidade de Barcelos, Carlos Courel Cabeleireiro foi criado por Carlos Martins e pelo Arquiteto Alberto Craveiro. Como o próprio afirma: “Barcelos é uma cidade que tem tudo para ser bem-sucedida, por isso apostei neste espaço para estar mais próximo das pessoas. Sou um apaixonado por centros históricos e, como tal, nada melhor do que ter o cabeleireiro neste local”. Profissional desta área há 17 anos, Carlos Martins decidiu abrir este estabelecimento há dois: “Na altura trabalhava num local pequeno e tive 60 I Fevereiro necessidade de aumentar dada a forte adesão do público. Quando vi este espaço, apaixonei-me e tive a oportunidade de colocar aqui tudo o que sempre quis para propiciar um bom ambiente de trabalho”, acrescenta. Culto do Corpo Há nas sociedades contem porâneas uma intensificação do culto do corpo que se reflete na crescente preocupação das pessoas com a imagem e com a estética. Cabeleireiro desde 1997, o nosso entrevistado testemunha: “Hoje em dia, todos os clientes preocupam-se mais com o seu aspeto, até mesmo os homens. Anteriormente, estes tinham vergonha de tratar de si, eram muito conservadores e não cuidavam da sua imagem. Hoje, a moda transformou-os, são mais arrojados e fazem quase todos os tratamentos que disponibilizamos: tratamentos de rosto, massagens, manicure e até mesmo maquilhagem”, afirma Carlos Martins. Acompanhar esta mudança de mentalidades faz parte do trabalho dos profissionais de estética e beleza, pois, acrescenta o proprietário do Carlos Courel Cabeleireiro, “nós próprios temos de saber promover, educar e encorajar as pessoas a mudar e a cuidar de si. Realidade que, felizmente, temos conseguido”. Anfitrião de um espaço moderno e arrojado, Carlos Martins oferece um conjunto de tratamentos que promovem a saúde e o bem-estar dos seus clientes, sendo que a qualidade do atendimento é fundamental. “Temos múltiplos tratamentos de rosto e de corpo para homem e senhora, para além da vertente de cabeleireiro. Aparte dos clientes habituais, temos sido uma referencia para homens e mulheres que procuram um novo visual, mais atualizado e arrojado. É esse o nosso trabalho, ajudá-los e transmitir-lhes a confiança necessária para mudar. Honestamente, é a componente humana e o facto de acreditarmos no nosso trabalho que faz com que as pessoas voltem”. O grande objetivo para 2014 passa por melhorar e arrojar: “Temos vários projetos para este ano, mas queremos principalmente manter a sustentabilidade do negócio e proporcionar aos nossos clientes mais opções de escolha nos tratamentos de estética”. I Portugal Inovador I O cantinho mais perfumado Quem passa na rua sente uma leve e agradável fragância que convida a entrar. Eurídice e Clara Machado fazem da qualidade e da simpatia a sua imagem de marca, sendo a única loja da especialidade em Barcelos. Clara e Eurídice Machado E urídice Machado foi durante vários anos empregada de escritório numa fábrica têxtil. A sua irmã, Clara Machado, trabalhava numa ótica. Mas no final de 2006, resolveram dar um rumo novo às suas vidas: tornaram-se sócias e enveredaram pelo mundo dos produtos para banho e ambiente, caso único no concelho de Barcelos. “Não tínhamos qualquer experiência na área. tudo o que sabíamos advém do uso e do gosto por este tipo de produtos”, conta Eurídice Machado. “Construímos a primeira loja totalmente de raíz com a ajuda de um arquiteto, investindo muito dinheiro e horas de trabalho neste negócio. Criámos uma loja muito bonita e funcional que vai ao encontro do nosso conceito. Anos mais tarde, com muita pena nossa, tivemos que mudar de loja, pois a sua localização não favorecia o negócio. Assim, chegamos às nossas atuais instalações, na avenida dos Combatentes da Grande Guerra. Desta feita, fomos só nós a fazer a decoração da loja, recorrendo, em parte, a materiais reciclados”. A qualidade dos produtos, aliada à simpatia no atendimento e à beleza da loja, fideliza quem lá entra. “Trabalhamos com marcas conceituadas, tanto no mercado internacional como a Millefiori Milano, e também com as bem portuguesas “Castelbel”, “Antiga Barbearia de Bairro”, “Aldeia da roupa branca” e “Saboaria Confiança”. A nossa aposta recai em marcas que primam pela sua modernidade, mas também naquelas que vão buscar as melhores técnicas ancestrais. É com esta mistura que pretendemos atingir o gosto de todos os clientes”, explica Clara Machado. Com os olhos no futuro, as duas sócias mostram-se confiantes: “O nosso objetivo é manter o negócio por muitos anos. Sabemos que 2014 não será fácil, mas já passámos por situações bem mais complicadas e conseguimos aguentar. Como temos o hábito de dizer, esperamos um futuro tão cheiroso e perfumado como a nossa loja”. I Fevereiro I 61 I Portugal Inovador Rigor e profissionalismo assegurados O Grupo Medicávado, situado em Barcelos, conta com uma equipa apetrechada de um grande sentido de responsabilidade. Entre outras visões, defendem uma sensibilização junto das pessoas para a importância dos seguros. Administração do Grupo Medicávado A antiguidade na mediação de seguros remonta a 1991, ano em que os sócios atuais iniciaram a sua atividade em nome individual, mas o Grupo é constituído em 2010. Através de uma conversa com a administração, explicaram todo o processo de criação do Medicávado, tendo já fomentado o seu método de trabalho: “Resultou na fusão de duas carteiras de seguros, ambos por conta própria. Entendemos que era proveitoso para todos juntar essas mesmas carteiras, ou seja, uma fusão total e completa. Além disso, é o nosso ADN trabalhar com parceiros que não têm a disponibilidade de trabalhar os seguros e estamos também a fazer o apoio na gestão dessas carteiras”, começaram por dizer. O grupo Medicávado encontra-se disponível para tratar de todos os 62 I Fevereiro tipos de seguros, prestando também um serviço pós-venda personalizado a cada cliente. Contudo, existe uma área na qual preferem colocar-se à parte, devido a todas as requisições exigidas e à sua complexidade: “Tratámos de todos os tipos de seguros, à exceção dos seguros de crédito. Trata-se de um seguro específico, com exigências próprias. Implica uma gestão distinta dos seguros tradicionais, para a qual ainda não estamos especializados. Qualquer ruído desfavorável, pode ser negativo para nós”, continuaram. De acordo com a administração do Grupo Medicávado, a área dos seguros requere várias cautelas, devido à exigência imposta pela outra parte integrante do negócio: “Quando vendemos um seguro, vendemos uma expetativa. Depois, temos uma vida inteira para satisfazer o cliente, exigindo que a expetativa criada se concretize. Não deve haver nenhuma atividade que seja tão exigente como a nossa, apesar das críticas que por vezes recebemos”, frisaram. Atualmente, existem uma série de eventualidades que necessitam a junção de um seguro. Devido à falta de informação acerca deste universo, ainda há uma fatia da sociedade que não se compromete com mediadores de seguros. Todavia assumem a sua importância: “Somos como um chapéu-de-chuva nos dias de aguaceiros. Estamos cá para impedir o cliente de andar preocupado com determinadas ocorrências. Aderindo ao seguro, as pessoas ficam algo salvaguardadas. Nem todos os agentes de comercialização de seguros têm dado contributo para que seja fácil sensibilizar as pessoas”, acrescentaram. Em relação ao futuro, a adminis tração perspetiva um ano de 2014 repleto de sucesso, garantindo o maior profissionalismo, rigor e empenho, sendo fulcral a presença de uma sólida estrutura, de forma a fidelizar clientes: “Temos uma estrutura bem oleada, com princípios bem definidos. Estão completamente dentro do nosso espírito. Temos crescido de forma sustentada, fruto de condutas e valências que caraterizam o nosso trabalho. Hoje em dia, qualquer companhia quer trabalhar connosco. Mantemos uma relação de fidelização com companhias e com os nossos clientes”, concluíram. I Portugal Inovador I Uma foto para a eternidade Cátia Faria e Júlia Sousa lideram a “Foto Humberto”, uma das mais antigas e prestigiadas lojas do ramo em Barcelos. A empresa nasceu em 1978, mantendo o nome e a localização de origem. Portugal. Gostamos de primar pela qualidade e pela discrição, sendo que som os parceiros privilegiados, por exemplo, do Colégio Didálvi, uma instituição muito prestigiada do concelho de Barcelos”. Recordação para a vida eterna Desde o ano transato que a “Foto Humberto” se especializou em fotogra fia, reduzindo a componente vídeo. “Resolvemos focar o nosso trabalho nesta área, por forma a aumentar a qualidade. Atualmente, os novos meios de comunicação tornam qualquer pessoa um potencial fotógrafo, mas isso não nos incomoda. Como temos por hábito dizer, a fotografia é uma recordação para a vida eterna e por isso, devemos-lhe muito respeito”, realça Cátia Faria. Deste modo, a vertente de vídeo foi deixada a cargo da QFILM - empresa liderada por Paulo Figueiredo, marido de Cátia Faria, com a qual a Foto Humberto mantém uma parceria. O seu gerente, explica-nos que partilha de alguns dos valores da Foto Humberto, “trabalhando também em qualquer evento e em qualquer local, apostando na discrição e na eficiência”. Tiago Figueiredo, Paulo Figueiredo, Cátia Faria, Júlia Sousa e Daniela Santos H “ umberto Faria Arantes já trabalhava no ramo da produ ção fotográfica quando resolveu abrir o seu próprio negócio, convidando o meu marido, Joaquim Faria, para ser seu funcionário. Em 1999, eu e o meu marido decidimos comprar a empresa, sendo que fiquei com 50% do negócio”, recorda Júlia Sousa, em conversa com a revista Portugal Inovador. Em dezembro último, a família chorou a morte do seu patriarca. “O meu pai tinha um papel muito importante no dia a dia deste projeto, promovendo o seu reconhecimento. Por isso, nunca mudaremos de nome, nem de local. Era tão conhecido que muita gente o confundia com o fundador que deu o nome à loja”, conta-nos Cátia Faria (filha de Joaquim Faria). A “Foto Humberto” prima pela quali dade, simpatia no atendimento e por ter a experiência e a capacidade para cobrir qualquer evento, em qualquer local: “Realizamos casamentos, festas em instituições de ensino, eventos desportivos, etc. Deslocamo-nos onde for necessário, mesmo para fora de Formação constante Atualmente, Júlia Sousa e Cátia Faria lideram o negócio, contando com o apoio de uma colaboradora. “Aposta mos muito na formação, dado que neste ramo surgem, constantemente, novas tecnologias. Para dar resposta às solicitações dos nossos clientes, fazemos um investimento regular em novos equipamentos”. Para 2014, Júlia Sousa revela que pretende, “continuar a desenvolver o bom trabalho prestado e, se possível, melhorá-lo. Queremos dar sempre o nosso melhor e manter os clientes o mais satisfeitos possível”. Fevereiro I 63 I Portugal Inovador “O sucesso do cliente é o nosso sucesso” Armando Mota criou a Inforcávado, uma firma que se dedica ao desenvolvimento e implementação de software para empresas Têxteis. Armando Mota A rmando Mota nasceu no mundo da Têxtil, um negócio da família. “Passava o meu tempo entre o escritório e a confeção. Foi assim que nasceu o meu gosto pelos computadores e pela Têxtil”. Esta paixão levou-o a licenciar-se em informática de gestão. Terminado o curso, começou por trabalhar no desenvolvimento de um software de gestão para uma empresa têxtil da região. Em 2002, dentro da mesma área, resolveu abrir o seu próprio negócio. Desta forma nasceu a Inforcávado, direcionada para a criação, desenvolvimento, implementação e assistência de software para empresas têxteis. Armando Mota 64 I Fevereiro explica-nos as áreas de atuação da empresa: “Criámos o ATOMGEST, um programa de gestão comercial. Fizemos o mesmo com o PROtextil para a vertente de gestão de produção. Como complemento às nossas soluções, temos também o Primavera Software, relógios de ponto, e a assistência técnica ao Hardware.” Trabalho de qualidade, em constante evolução A Inforcávado colabora com empresas de renome no tecido empresarial, como a Têxtil António Falcão que produz meias e collants, a Fitexar que faz o mesmo com fios texturizados, Givec, BECRI e Valerius na área de confeção, e a Matias e Araújo na área de tecelagem, entre muitas outras. Isto exige muita qualidade ao trabalho desenvolvido: “Estamos numa área em constante evolução. O produto nunca é dado como acabado, pois podemos sempre melhorar e inovar. Isto acontece, porque temos que adaptar o produto às necessidades dos clientes, ao desenvolvimento tecnológico, e aos requisitos legais vigentes. Temos por isso que estar sempre muito bem informados a todos os níveis e em constante formação”. “O sucesso do cliente é o nosso sucesso” “A nossa empresa prima pelo trabalho de proximidade com o cliente. Gostamos de dar a cara perante os problemas. Trabalhamos de forma personalizada para cada empresa, pois as necessidades nunca são comuns a todas. O sucesso dos nossos clientes é o nosso próprio sucesso”. É por manter esta postura que a Inforcávado já conquistou o seu espaço no mercado. Contando com dez funcionários (3 para suporte técnico, 4 programadores, 2 para análise e implementação e outro para a administração). No futuro, Armando Mota pretende, “continuar a crescer mas sempre com os pés bem aceites na terra. Os nossos projetos a curto prazo passam por continuar a investir no mercado nacional criando novas soluções e apostar em pontos estratégicos do mercado internacional. Temos profissionais e Tecnologia suficientes para isso!”, conclui. I Portugal Inovador I Pedro Magalhães, arquiteto Desenhos para toda a obra Pedro Magalhães desde cedo tomou o gosto pelo desenho, influenciado pelos desenhadores da família. Atualmente, é um dos nomes mais sonantes da arquitetura do Minho. D “ esde muito novo que gosto de desenhar. Fui influen ciado pelos vários desenhadores do meu círculo familiar. Comecei a encarar o desenho como um trabalho a partir dos 16 anos. Colaborei com alguns engenheiros e anos mais tarde, na altura de prosseguir para o ensino superior, escolhi, natural mente, arquitetura”. “Não somos só artistas, precisamos da prática” Pedro Magalhães resolveu trabalhar por conta própria, mal se licenciou: “Tive ótimos professores, numa escola que baseava muito o seu ensino na ver tente prática, o que foi muito importante. Colaborei com alguns dos meus professores ainda durante a licenciatura, o que me fez evoluir. Mal terminei o curso, decidi logo lançar-me por conta própria”. Em 2007, criou a Pedro Magalhães Arquiteto Unipessoal, lda. Pedro Magalhães conta com mais dois colaboradores, recorrendo tamb ém a estagiários em arq uitetura. “Trabalhamos com projetos públicos e particulares, como o Centro de Investigação e Desenvolvimento e o edifício de serviços centrais do IPCA, sendo que já temos proje tado o Quartel dos Bombeiros de Barcelinhos, este em fase de candidatura a fundos para a sua concretização. Temos também em carteira um projecto algo inédito em Barcelos: tipologia habitacional em apartamento, designada de resid ência assistida em lar de idosos, no Centro Social S. Verís simo. Mas também colaboramos em projetos privados, como casas e indústrias do tecido empresarial barcelense”. A empresa, “trabalha maioritari amente no norte com incidência no Minho. Mas já o fizemos no resto do país e a nível internacional. Não fechamos os nossos horizontes, só não entramos em projectos que exijam mais que as nossas possibilidades.” Em cada cliente um amigo Pedro Magalhães explica-nos alguns pormenores em que difere da concorrência: “tenho tidofeed back dos clientes, que dizem que nos distinguimos, para além da qualidade, pelo empenho, pela proximidade, pela rapidez, e pela dispon ibilidade. O meu telemóvel está sempre ligado, e não deixo nenhuma chamada sem resposta. É reconfortante ter clientes que me pediram o projeto de construção das suas casas ou fábricas e mais tarde sou novamente solicitado para a sua requalificação. Todo o cliente torna-se mais um amigo”. Requalificação em voga Quanto ao futuro, Pedro Ma galhães está confiante: “Não sou pessimista. Com os nossos cli entes e com a vontade de trabalhar, as perspetivas só podem ser boas. Atualmente a construção está a enveredar pela requalificação. Há muitas casas abandonadas no centro das cidades que precisam de ser repovoadas. É nessa área que penso trabalhar nos próximos anos”. I Fevereiro I 65 I Portugal Inovador “O contabilista é o melhor amigo do empresário” Cristina Oliveira fundou a Poupaconta, uma empresa de renome no ramo da contabilidade em Barcelos. Baseando o seu trabalho, “na verdade e na confiança com o cliente”, Cristina Oliveira garante que “cada cliente é único e por isso é tratado de forma específica”. Cristina Oliveira Formação permanente C ristina Oliveira começou a trabalhar em contabilidade, por conta própria, em 1994. Depois de algum tempo envolvida no primeiro negócio, resolveu abrir a Poupaconta, por conta própria, em 1998. Frontalidade e rigor “Defendo que todos os prestadores de serviços devem ter manter relação franca e aberta com os clientes. Precisamos de confiar no cliente, mas também é necessário que este confie em nós. Costumo dizer que o contabilista é o melhor amigo do empresário. É necessário sentir a realidade de uma empresa para estarmos habilitados a aconselhar da melhor maneira.” 66 I Fevereiro Poupaseguros Em 2009, Cristina fez o exame de mediação de seguros (inscrita no ISP como agentes de seguros com o nº 2009/3973) e por isso resolveu criar o PoupaSeguros, como profissional liberal. A atividade de mediação surge como um complemento à contabilidade, procurando desta forma prestar um serviço mais completo ao seu cliente. “Os seguros tornaram-se então um complemento da contabilidade. Articulando-os da melhor forma podemos tirar grandes vantagens para as finanças dos nossos clientes. Por vezes, as pessoas não estão totalmente atentas a estas situações e compete-nos a nós geri-las da melhor forma.” A contabilidade é uma área sujeita a enormes alterações. Por isso, Cristina Oliveira explica-nos: “A lei está constantemente a ser atualizada, por isso temos que estar em constante formação. Tanto nós como os clientes são muito exigentes e queremos prestar o melhor serviço possível. Temos por isso que estar atentos a qualquer alteração, para nos podermos adaptar rapidamente”. Cliente único “Nesta empresa cada cliente é tratado de forma muito específica, pois nunca a resolução de um caso é igual à do outro. A Poupaseguros trabalha com várias empresas de renome no ramo, como a Allianz, Popular Seguros, e Lusitânia Seguros”. I Portugal Inovador I Câmara Municipal de Odivelas Susana Amador, presidente da Câmara P orque queremos um concelho mais empreendedor, a economia e o emprego estarão no centro da nossa decisão política. Assim, procederemos ao lançamento de uma incubadora de empresas na Ramada, e para combater a austeridade que nos é imposta, garantiremos uma redução fiscal progressiva. Manteremos a isenção da Derrama, agora por um período de cinco anos, com a possibilidade de prorrogação por igual período, às empresas que instalem a sua sede social no concelho de Odivelas, durante aquele período, e que, cumulativamente, criem novos postos de trabalho ou provem não terem reduzido o número de postos de trabalho relativamente ao ano anterior, como um contributo importante para dinamizar e fortalecer o tecido empresarial do concelho, como setor indispensável ao desenvolvimento sustentável do nosso território. E para aliviar as famílias da carga fiscal procedemos à diminuição do IMI a aplicar aos prédios avaliados ao abrigo do CIMI para 0,375% (taxa máxima 0,5%), mantendo-se para os prédios urbanos 0,675% (taxa máxima 0,8%). Ainda neste eixo, renovaremos a nossa missão de afirmar Odivelas no Roteiro Gastronómico e de Lazer. Porque queremos um concelho mais sustentável, é objetivo central do Executivo municipal fazer de Odivelas um concelho, em que o ordenamento do território, a reabilitação do património e dos espaços públicos, a par da preservação e recuperação das principais componentes ambientais, urbanas e culturais, sejam os vetores estratégicos do seu desenvolvimento. Continuaremos, pois, a missão complexa do ordenamento do território, cuidando dos nossos bairros, legalizando, rececionando e regenerando, com um orçamento que permite que o ano de 2014 seja, também, o ano da discussão pública e aprovação, pelos órgãos competentes, do novo PDM. Procederemos à requalificação do edificado de interesse municipal e rejuvenescimento das áreas envelhecidas, catapultando o ambiente, a energia e a mobilidade para desígnios estruturantes neste mandato. Ao nível dos investimentos previstos para 2014 assinalam-se, ainda, os projetos de reabilitação da Quinta do Espírito Santo, da Quinta das Águas Férreas e a construção do Centro Interpretativo das Águas de Caneças, na Fonte das Piçarras, intervenções que estão orçadas em 1.563.462,00€, no âmbito da candidatura apresentada pelo município e aprovada pelo IHRU. Porque queremos um concelho mais próximo, iremos aprofundar a governação eletrónica e a cidadania, por forma a combatermos esse grande sinal de desencanto perante a política e pelos políticos que foi a abstenção, com o projeto Ser Cidadão e a Assembleia Municipal Jovem. Potenciaremos diariamente a cultura, para a qual contribuirá a criação da Orquestra Municipal Jovem, em parceria com a Sociedade Musical e Desportiva de Caneças, e o desporto como pilares essenciais da cidadania e do desenvolvimento integral. O ano de 2014 será, ainda, o ano da reformulação dos programas de apoio municipal ao movimento associativo, visando adaptá-los às novas realidades e adequando os apoios, para que o desporto em Odivelas, e o associativismo em geral, que são exemplos de cidadania, contem com apoio municipal no desenvolvimento das suas atividades. E será, também, o ano da abertura da nova Esquadra de Trânsito na Póvoa de Santo Adrião. Porque queremos um concelho mais inclusivo, apostaremos mais uma vez na educação, na escola do ser e na requalificação permanente do parque escolar - destacando-se a requalificação da Escola Maria Costa - e na solidariedade e inovação social continuando a gerar mais vagas para a 3ª Idade, deficiência e crianças em risco. Com o orçamento para 2014, continuaremos a fornecer as refeições aos nossos alunos do 1º Ciclo e jardins-de-infância do ensino básico da rede pública, e manteremos a oferta dos livros escolares. Potenciaremos uma saúde mais acessível para todos, concluiremos o apoio às entidades que concorreram ao PARES e prepararemos apoios futuros para novos equipamentos sociais, designadamente as Florinhas da Rua e o Complexo Santa Teresinha. Operacionalizaremos um sistema de apoio de utentes vulneráveis nas novas USF e criaremos uma loja social júnior na Póvoa de Santo Adrião. Celebraremos, diariamente, a cultura e o desporto como pilares essenciais da cidadania e do desenvolvimento integral, a Presidente da Câmara de Odivelas Fevereiro I 67 I Portugal Inovador Paixão pela educação Ricardo Martins Com 41 anos de história, o grupo Pedago está focado no desenvolvimento sociocultural dos seus formandos. Ricardo Martins, administrador do grupo, abordou vários aspetos relacionados com o Instituto Superior de Ciências Educativas. As relações interpessoais e a partilha de conhecimento são estratégias-chave. A Editora Pedago, o Instituto de Ciências Educativas, o Externato Pica-Pau, a Quinta da Montanha e o Health Club H2OVita são algumas das instituições que estão sobre a tutela do grupo Pedago, incluindo o Instituto Superior de Ciências Educativas que, atualmente, é o segundo maior empregador do Município de Odivelas: “Desenvolvemos projetos na área da educação e abrangemos todos os níveis de ensino. Somos o projeto educativo português mais intergeracional, desde o berçário ao ensino superior, incluindo uma editora académica e outras estruturas de educação não formal. Olhamos para o ser humano nas suas diferentes dimensões, apostando-se no seu desenvolvimento eclético. Perspetivamos a educação no seu todo, num horizonte a longo prazo”, começou por dizer. 68 I Fevereiro ISCE Ricardo Martins fez questão de sublinhar a marca diferenciadora do Instituto Superior de Ciências Educativas: “Apesar de cada um dos nossos projetos ter a sua missão, existe convergência nas crenças e valores associados, procurando-se sinergias que visem a identidade comum. Nas nossas instalações respira-se educação, são autênticos laboratórios de investigação-acção, onde existe um interrelacionamento permanente entre os docentes das diferentes estruturas”, continuou o administrador. Com um universo de 300 milhões de falantes da língua portuguesa em todo o Mundo, o administrador do grupo Pedago realça a importância na cooperação do ensino superior além-fronteiras: “Em termos de ensino superior, temos uma abrangência global, nomeadamente com os PALOP. Temos vários projetos construídos em parceria com os países lusófonos e uma grande dinâmica de acolhimento de estudantes falantes da língua portuguesa. Gostamos de mostrar aos nossos estudantes estrangeiros o que Portugal tem de bom”. Acrescentando ainda que a grande aposta, previamente estabelecida, passa pela afirmação no mercado de língua lusa, deixando alguns reparos à legislação portuguesa no que toca à partilha do conhecimento: “A nossa aposta passa por nos afirmarmos no mercado de língua oficial portuguesa. Existe potencial que não está totalmente explorado. Há todo um conjunto de serviços e conhecimentos que poderão ser mais desenvolvidos. Nós ainda temos uma legislação muito fechada nesse aspeto, estando limitada a possibilidade de desenvolver projetos de formação fora da instituição. Algo que considero desadequado para o paradigma social em que vivemos”, referiu. I&D O centro de investigação tem um papel crucial no desenvolvimento científico-tecnológico do Instituto Superior de Ciências Educativas. As parcerias com variados centros de investigação de outras instituições têm granjeado um grande foco por parte da administração. Também as parcerias e protocolos com empresas enquadradas nos departamentos existentes no instituto, são pensadas e definidas: “No departamento de educação, temos, essencialmente, parcerias com instituições de ensino privado. Na área social e cultural, temos parcerias com ONG´s, IPSS’s, autarquias, lares e projetos comunitários. Quanto ao departamento de ciências do desporto, estabelecemos parcerias com clubes desportivos, federações ou health clubs. Quando perspetivamos a formação em turismo, olhamos para o nosso país e tentámos perceber o seu posicio- Portugal Inovador I namento. Posto isso, reformulámos o nosso curso de turismo de forma a apostar na qualificação dos nossos formandos preparando-os para os dez produtos turísticos definidos no Plano Estratégico Nacional do Turismo”, mencionou Ricardo Martins. A evolução constante da qualificação profissional dos quadros do Instituto Superior de Ciências Educativas tem recebido especial atenção, por forma a prestar a melhor formação a quem frequenta a instituição: “Temos aproveitado este período conturbado do nosso país para nos reinventarmos enquanto projeto educativo, mantendo os pilares que nos fizeram atingir 41 anos de vida, introduzindo outros que nos projetarão no futuro. Temos apostado fortemente na qualificação dos nossos quadros, incentivando-os para o envolvimento em projetos globais, adquirindo novas visões, novos conhecimento, revertendo-se em mais-valias para a instituição”, realçou o administrador. Com um notório decréscimo do número de alunos que frequentam o ensino superior em Portugal, Ricardo Martins defendeu que o aluno deve ter livre arbítrio no que toca à seleção do projeto de ensino a frequentar, devendo o Estado dar esse passo. Relembrou ainda a importância das instituições privadas de ensino nos arredores suburbanizados das grandes cidade: “Na década de 80, várias instituições privadas foram convidadas a fazer investimentos em regiões menos urbanas. Foi o ensino privado que levou mais qualificação para esses locais”. Todavia deixou uma mensagem de apreço pelo trabalho realizado pelo grupo Pedago: “Este projeto é feito de pessoas para pessoas, onde qualquer criança, jovem ou adulto é visto como um familiar. Os nossos alunos estarão bem preparados para a sua vida profissional e para exercerem cidadania ativa”, afiançou o administrador. I Fevereiro I 69 I Portugal Inovador A Aventura do Ensino “Educar é praticar uma pedagogia, com suporte afetivo sólido, com dinamismo, interatividade e evolução, essencial no desenvolvimento global da criança”, esta é a base de funcionamento do Externato de Santo Adrião, divulgado por Maria Dulce Ribeiro, a diretora pedagógica. P “ rocuramos que todas as crianças se sintam inte gradas na nossa família, saibam que no Externato podem expôr as suas opiniões e serem ouvidos com atenção. A nossa missão é promover a convergência de saberes, levando ao sucesso escolar e a uma formação humana que sustente a sua vida futura” confirma a nossa entrevistada. Fundado em 1973, esta insti tuição preocupou-se imediatamente com a instrução de valores corretos, não só para a aprendizagem, mas também para a convivência na sociedade. Em julho de 2013, Maria Dulce Ribeiro tornou-se a nova cara da gerência, consigo trouxe a vontade de se impor pela diferença e pela interatividade social. “A integração na sociedade passa pela facilitação de interação entre as crianças e todos os nossos colaboradores. Acredito numa pedagogia aberta em que a comunicação entre os nossos membros 70 I Fevereiro “ Acredito numa pedagogia aberta em que a comunicação entre os nossos membros é essencial na formação do caráter da criança” é essencial na formação do caráter da criança” defende a diretora. O ensino Nesta primeira abordagem com a vida real, os alunos têm possi bilidade de enveredar por áreas extracurriculares como o judo, música ou informática ou escolher entre a língua francesa e inglesa. O colégio conta com o apoio de dois professores do ensino básico, três educadoras, quatro auxiliares, uma administrativa e cinco professores das atividades extracurriculares. Na estrutura constam duas salas de pré-escolas e duas de ensino básico, com alvará total para perto de 120 crianças. As classes etárias presentes vão desde os três até aos nove anos sensivelmente, e neste estabelecimento de ensino encontram-se, atualmente, setenta crianças. Para além do ensino pré-escolar e básico, disponibilizam outra panóplia de atividades extracurriculares para os jovens da comunidade a um custo mínimo. “O Externato Santo Adrião en contra-se aberto ao sábado para além dos dias úteis e os nossos alun os encaram a escola como uma segunda casa, daí sabermos que os pais depositam a sua fé em Portugal Inovador I nós”, explica Mª Dulce, assegu rando que, “tentamos integrar os pais, de forma extremamente ativa, nas festividades que elaboramos para envolver a sociedade no que fazemos”. No futuro… Atualmente adquiriram uma casa de madeira, onde tencionam estruturar uma biblioteca para os alunos, estando em vias de adquirir novas instalações, de modo a poderem abranger uma área mais extensa aos arredores de Santo Adrião. Maria Dulce referiu-se à necessidade de se promover uma relação entre os estabelecimentos de ensino e o meio, por forma atingirem um maior número de atividades extracurriculares totais, ou seja, “temos de nos tornar uma colmeia, de ser solidários entre nós, principalmente no que toca a ofertas extracurriculares que não constam das nossas valências, mas que podemos encontrar num outro colégio na nossa zona”. Maria Dulce defende que, “como cidadãos temos a obrigação de contribuir com a parte social para o crescimento das crianças”, portanto, procuram criar no colégio um ambiente alegre e inspirador assente nos valores cívicos. I Fevereiro I 71 I Portugal Inovador Dedicação Musical Atuando numa área de ensino bastante exigente e que requer muita dedicação e prática, encontrámos o Conservatório de Música D. Dinis. Carlos Gomes, diretor, falou-nos sobre as suas instalações, valências e a importância do estudo musical. F undado em 1991, estas instalações foram inicial mente reconhecidas como Con servatório Regional de Loures mas, após a divisão do concelho, passou a pertencer a Odivelas. Desde a sua criação que a direção tem verificado um crescimento dentro do município, uma vez que começaram com perto de 50 alunos e hoje já contam com 600 alunos, dos quais 70 pertencem ao ballet e os restantes dedicam-se ao estudo da música. O Conservatório divide-se numa direção partilhada - pedagógica, financeira e administrativa, sendo que o seu corpo docente é formado por 52 professores efetivos, contando com o apoio de nove funcionários. Ultimamente, esta instituição tem procurado a expansão das suas ins- 72 I Fevereiro talações, por forma a impulsionar a modalidade da dança, mas também para poder abranger outras áreas artísticas tal como teatro. Com um leque alargado de instrumentos e 17 cursos de formação, o Con servatório conta ainda com a apren dizagem de novos estilos musicais, em que o jazz, já iniciado este ano letivo tem lugar de destaque, e com a organização de diversos estágios e masterclass no âmbito das várias orquestras aí existentes. Oportunidades de ensino “Os alunos que pretendem estudar música na nossa instituição, ao entrarem para o 1º ou 2º ciclo, estão sujeitos a um processo rigoroso de seleção que incide, não apenas na experiência que o aluno já possa trazer, mas na dedicação com que ele e os próprios pais e encarregados de educação, encaram o estudo dum instrumento” informa Carlos Gomes. Assim, explica-nos que a opção mais procurada no início da forma ção musical é o ensino articulado, onde o aluno é comum a esta insti tuição e a uma escola de ensino regular pública, sendo que as três disciplinas obrigatórias são leciona das entre as duas escolas até ao 3º ciclo. “Já no secundário, existe uma prova de aptidão artística de acesso a este nível de ensino, em que o número de disciplinas aumenta consideravelmente, pois a música passa a ser encarada como um pos sível futuro profissional. Na maioria dos casos, o formando que acaba o secundário candidata-se ao ensino superior. O Conservatório organiza cerca de 80 atividades por ano nas suas instalações, e na comunidade envol vente aonde há oportunidade para divulgar as suas valências e, ao mesmo tempo, despertar um interesse musical nos mais jovens. Carlos Gomes esclarece que, embora a formação profissional musical seja alvo de maior procura no estrangeiro, Portugal tem evoluído bastante nos últimos anos e tem não só criado músicos, como ouvintes aprecia dores de música de qualidade. I Portugal Inovador I “O investimento na educação deve ser a prioridade” Exercendo advocacia na comarca de Loures com escritório em Odivelas, José Carlos Ginja defende o investimento na educação como a arma mais eficaz no combate ao crime. José Carlos Ginja, advogado A ssume a profissão de advogado como uma missão, “a mais livre e nobre de todas as profissões”, confessou que o facto de ter começado a assistir a julgamentos desde o 1º ano do Curso de Direito, influenciou a escolha da advocacia em detrimento do seu sonho inicial, a magistratura: “Escolhi o curso de Direito e a advocacia por amor à Justiça e aos valores que esta representa. O Advogado é um ser “livre”, tem um campo de actuação mais amplo que o Juíz, informa, aconselha, é a voz do cidadão nos tribunais… Resolver os problemas daqueles que o procuram é o que o move. O juiz, é um aplicador do Direito ao caso concreto e a Justiça não está apenas na Lei e na sua aplicação”, começou por dizer. Aumento da Criminalidade Com o número de presos aumentar, José Carlos Ginja acredita na recuperação dos homens e mulheres que um dia erraram: “O sistema penal e prisional não podem ser entendidos como uma espécie de vingança coletiva, mas sim, numa perspectiva de prevenção e ressocialização do ser humano, diminuindo, assim, os casos de reincidência. O investimento na educação, quer dentro, quer fora das prisões, deve ser “a prioridade” de qualquer sociedade que pretende ver os seus indíces de criminalidade diminuirem ”, continuou. Quanto aos aspetos positivos e negativos do sistema judicial Português, o advogado lisboeta fez questão de dizer que as reformas da justiça, “devem estar acima de qualquer guerra políticopartidária”, reclamando uma maior celeridade processual, embora, esta, não deva ser alcançada ao arrepio dos direitos das partes envolvidas: “Não existe justiça num processo que leva dez anos a estar concluído, ainda que decidido correctamente pelo tribunal.” Entende as críticas de que o sistema judicial é alvo como: “uma motivação para tentar alcançar algo tão abstrato e inalcansável como a justiça”. É importante que o cidadão consulte o advogado de forma proactiva, numa perspetiva de prevenção, e não reativa, quando já existe o problema, como quase sempre acontece, afiançou. Deixou uma mensagem àqueles que têm o sonho de virem a ser advogados:”Espero que os jovens que aspiram abraçar esta profissão, não se influenciem pelas opiniões negativas e descredibilizadoras do futuro da advocacia em Portugal. Trabalhem arduamente para alcançar os vossos objetivos e nunca desistam, façam-no já e pensem no caminho.” I Fevereiro I 73 I Portugal Inovador Sorriso saudável e de qualidade Em 2010 surgiu a Quantidente, uma clínica médica dentária criada por dois sócios sem relação direta a esta área. Licenciados em Letras e Direito respetivamente, Eduardo e a sua sócia Luciana decidiram enveredar por um negócio e o ramo dentário foi consensual. A pesar do elevado número de clínicas dentárias existentes, tornou-se- lhes evidente a lacuna no critério qualidade/preço. Daí, o surgimento da QuantiDente, que desde logo se propôs a preencher esse vazio. As valências desta clínica médica dentária vão desde o tratamento mais simples à reabilitação oral completa através de implantes dentários. O quadro clínico é composto por sete médicos dentistas, de diversas especialidades, apoiados por duas assistêntes dentárias e um recepcionista, trabalhando em conjunto de forma a encontrar as melhores soluções para o tratamento de cada paciente. A clínica também dispoe de outros serviços, nomeadamente, aconselhamento psicológico para adultos e crianças, consultas de nutriçao, e agora, também, medicina estética, mesoterapia e preenchimento facial com ácido hialurónico. 74 I Fevereiro A clínica beneficia de parcerias com diversas entidades de referência na emissão e administração de planos de saúde dentária. À qualidade do serviço, junta a simpatia com que lida com os pacientes, ajudando a desmistificar a ideia ainda um pouco assustadora que esta área ainda suscita em muita boa gente. Também, a oferta da primeira consulta para avaliação do estado dos dentes e boca poderá poderá influenciar a opção da procura por parte dos novos utentes da clínica. Eduardo afirma que “gostamos de ter oportunidade de ajudar as pessoas e tentamos sempre arranjar o melhor modo de o fazer, seja através de um pequeno ajuste no orçamento ou a pura e simples oferta de um serviço adicional.”. Ponderação, bom senso, e muito rigor na selecção dos profissionais são, segundo ele, os pilares que suportam a atividade. “ Há da nossa parte, uma preocupação elevada no sentido de garantir altos padrões de qualidade na prestação dos serviços, a custos suportáveis, sem prejuízo do cumprimento das normas de segurança e higiene. Nesta atividade temos de nos moldar aos nossos utentes e isso reflete-se no nosso horário alargado de serviço” afirma o nosso entrevistado. Por outro lado, acrerscenta que “atualmente, estamos a elaborar um protocolo dentário muito atrativo destinado à estrutura civil deste concelho - câmara municipal, junta de freguesia e empresas municipais”. Em jeito de conclusão, Eduardo declara que conta com umas instalações adequadas aos seus serviços que a clínica é reconhecida positivamente pelo modo de lidar com sensibilidade e responsabilidade numa área que causa alguma preocupação para os utentes. I Portugal Inovador I Gás da Pontinha Com 50 anos de existência, a Pontigas é uma empresa de distribuição de gás de garrafas da marca OZ Energia, atuando em Lisboa, Odivelas, Loures e freguesias vizinhas. Equipa da Pontigás J oão Luis Santos é o proprietário da empresa desde janeiro de 2012, quando a comprou á família de Decio Munoz, seu atual encarregado geral. Com formações do Instituto Tecnologico do Gas e certificações da DGE, os sete colaboradores exis tentes nos dois estabelecimentos, têm os requisitos necessários para trabalhar nas áreas de distribuição, montagem e instalação de gás. “Uma das principais preocupa ções da firma é empregarmos técnicos com formação, para assim contribuírem para um serviço de excelência”, confirma João. “No que diz respeito á prestação de serviços, a Pontigas dedica-se não só à instalação e distribuição de gas, mas também na verificação “ Uma das principais preocupações da firma é empregarmos técnicos com formação, para assim contribuírem para um serviço de excelência” das instalações para as inspeções obrigatórias das instalações. Oferecemos um serviço integrado de venda e assistência técnica que se sobressai perante a concorrência, alguma dela muito pouco escrupulosa”. A estrutura de logística está localizada num parque de armazena gem e a distribuição de gás propano e butano é feita por técnicos espe cializados. “ Apesar da marca ter cinco anos em Portugal, é herdeira de um historial enorme vinda da ESSO, e a Pontigas tem bastante responsabilidade dentro da marca e queremos continuar a ser uma referencia na OZ Energia” Da marca OZ Energia, são os únicos distribuidores de Lisboa, e admitem que têm orgulho em dizer que são os maiores distribuidores desta marca em Portugal. “Apesar da marca ter cinco anos em Portugal, é herdeira de um historial enorme vinda da ESSO, e a Pontigas tem bastante responsabilidade dentro da marca e queremos continuar a ser uma referencia na OZ Energia”, explica o proprietário. Para além de ser uma empresa especializada em distribuição de garrafas de gás ao domicilio, atua também noutra vertente merecedora de reconhecimento: a distribuição de gás canalizado em aldeamentos e condomínios privados. Ultimamente, João Luis tem reparado que “um dos problemas mais comuns desta área é a má utilização e a falta de informação do produto.” Oferecemos um serviço completo de proximidade ao cliente, onde aquando da distribuição, infor mamos o cliente sobre os cuidados a ter com as garrafas, e deste modo os clientes ficam melhor informados e sensibilizados para esta forma de energia” afirma. A Pontigás, mantem um serviço de proximidade ao desporto, patro cinando o Torneio Juvenil de Futebol da Pontinha e a equipa senior de Rugby do Rugby Vila da Moita, da 2ª Divisão Nacional. I Fevereiro I 75 I Portugal Inovador Limpar a fundo A M.D Serviços dedica-se à limpeza de vários tipos de infraestruturas, prestando uma manutenção continuada e assegurando assistência técnica ao domicílio, feita por colaboradores especializados em toda a região metropolitana de Lisboa. Daniela e João Boboc A ntes da criação da empresa, Daniela e João Boboc tra balhavam no setor das limpezas e construção civil, respetivamente. Contudo, a conjuntura económico-financeira obrigou-os a encontrar uma nova solução profissional. Em 2012, decidiram iniciar a atividade: “Começámos em março. A empresa foi criada com objetivo de dar resposta às necessidades dos clientes que procuram vários serviços recorrendo apenas a uma empresa”, inicia Daniela Boboc. “Não importa se tem um vidro para limpar ou uma torneira a pingar… nós tratamos!” 76 I Fevereiro Desde a limpeza de condomínios, vitrificações ou assistência técnica até ao sistema de canalização ou eletricidade, a M.D. Serviços tem um diversificado leque de serviços ao dispor dos seus clientes: “Fazemos limpeza de condomínios, empresas, casas particulares, apartamentos turísticos e asseguramos serviços de manutenção em sistemas elétricos, canalização, remodelação ou revestim ento de paredes e pavimentos”, acrescentaram. Com uma nobre preocupação pelo meio ambiente, o trabalho prestado pela M.D. Serviços rege-se pelo uso de produtos específicos para todos o tipo de pavimento (compostos por uma quantidade reduzida de quí micos), uso de fichas técnicas e máquinas aspiradoras e de lavar com capacidade para artigos de várias dimensões: “Temos várias máquinas. Preocupamo-nos que fossem de qualidade e que correspondessem aos trabalhos para os quais somos requisitados, de forma a poder aceitar qualquer trabalho de limpeza. Já limpámos áreas com 2000 metros quadrados”, recordam. Embora sendo uma empresa recente no mercado, o trabalho tem dado frutos e a satisfação dos clientes tem sido notória. Impreterivelmente, a concorrência está sempre presente: “A competitividade é complexa. Quando nos comprometemos a fazer certo tipo de trabalho, é porque o conseguimos executar. As outras empresas relacionadas com a nossa área tem a estratégia delas, nós temos a nossa”, sublinharam. É no presente que o futuro se constrói. Capacitada para qualquer tipo de trabalho enquadrado na sua panóplia de serviços, Daniela e João Boboc ambicionam tornar a M.D. Serviços a escolha número um para a limpeza, manutenção e assistência técnica do seu espaço. I Portugal Inovador I Doces com descendência nortenha O nome Viriato, com descendências nortenhas, encontra-se em Odivelas na área da pastelaria. Da sua experiência como pasteleiro, Armando Sousa dedica o seu amor pela área a novas receitas e José Ramos aplica a sua formação e experiência de atendimento no aperfeiçoamento da equipa das casas Viriato. G erentes e fundadores, Armando e José decidiram criar a Pastelaria Viriato em 1996, e a escolha de área para iniciar um negócio não foi difícil porque ambos nasceram na área da restauração. Cinco anos após a construção da primeira Viriato, os dois sócios deci diram criar uma nova pastelaria e um restaurante onde tivessem oportuni dade de demonstrar os seus dotes culinários, pasteleiros e de gestão. Na totalidade, contando com a pastelaria em Venda do Pinheiro e o restaurante na Ramada, Armando e José empregam 39 pessoas. A saborear Da sua lista de especialidades constam os pastéis de nata, como a primeira e principal especialidade, a marmelada branca e o chiffon de chocolate. Para além destas, a paste laria tem apostado no fabrico de geleias de marmelo, doces, bombons e amêndoas, e também a venda de chás e infusões próprias deste estabelecimento. Na área de padaria também têm disponibilidade de fabrico próprio e variados géneros de panificação. “Quando vou para a cozinha tenho uma tela em branco! Não se pode apoiar apenas nas técnicas para fazer algo, mas sim na paixão com que se faz, o que faz das nossas especiali Armando e José, gerentes dades isso mesmo. Tudo se torna grande quando é feito com intenção de fazer bem, por isso digo que não há pormenores, há por maiores” confiou-nos Armando. Reconhecimento Pela Pastelaria Viriato passam cerca de 1500 pessoas por dia, e de modo a inovar as instalações para os seus clientes habituais ou não, investem na apresentação: “cada dia é um novo dia e há uma necessidade de não nos deixarmos adormecer, de inovarmos constantemente, essa preocupação é o que nos mantém ativos. Tentamos estar em primeiro lugar neste negócio, mudamos a nossa decoração constantemente e a imagem dos nossos produtos” explicou José. Em fim de conversa admitem que têm sempre a preocupação em aperfeiçoar o que aprendem e em manter um bom relacionamento com os colaboradores, para lhes transmitir e ensinar o melhor caminho para um bom antedimento aos clientes. I Fevereiro I 77 I Portugal Inovador Verdadeira internacionalização O ano de 2014 tem tudo para ser marcante na história da Moldegama. Com o seu volume de trabalho direcionado para um dos setores empresariais mais exigentes do Mundo, Andreia Fortes acredita que a empresa está entre os maiores exemplos de empreendedorismo do nosso país. Equipa da Moldegama L ocalizada numa pequena freguesia de Alcobaça, segundo maior concelho do distrito de Leiria, a Moldegama foi fundada por um grupo de 11 pessoas com uma grande visão de negócio. Hoje em dia, estão inseridos numa SGPS que contém mais duas empresas: “Nasceu a poucos metros daqui, em Ferraria Pataias. Foi criada por 11 técnicos na área dos moldes. Cada um especializado numa etapa de fabrico, mas todos já com muita experiência no setor. Sabiam que havia mercado, que havia oportunidade de negócio e decidiram criar a empresa. Atualmente, esta está inserida na HMM, juntamente com a Moldegama Inovation e Moldegama Plásticos”, começou por contar a administradora. Abordando a orgânica do fabrico e os ramos em que se enquadram, Andreia Fortes revelou quais são e com quem laboram atualmente: “A Moldeg ama posiciona-se no setor automóvel. Cerca de 97% do nosso volume de negócios destina-se a esse setorTrabalhámos com os TIER 1, que são os grandes fornecedores de primeira linha das marcas automóveis. Temos uma pequena percentagem dos nossos trabalhos para pequenos nichos, como a indústria farmacêutica e telecomunicações, um valor residual que queremos manter”, continuou. 78 I Fevereiro A sua abrangência de mercado é realmente extensa, mas estão determinados a chegar ao tecido empresarial sul-americano: “Trabalhámos muito por toda a Europa e Rússia, onde estão as casas-mãe de todas as grandes marcas europeias. Mas estamos em avançada fase de negociação com o México. Chegamos inclusive a trabalhar durante alguns anos no Brasil”, revelou Andreia Fortes. A Moldegama, como outras empresas do mesmo ramo, exporta a sua produção em larga escala. Todavia, a administradora confessou ser uma estratégia e, ao mesmo tempo, uma necessidade de mercado: “A indústria automóvel em Portugal é escassa e residual. Tirando a AutoEuropa, que é a mais conhecida e a maior empregadora, não temos uma indústria automóvel em linha final que absorva o setor dos moldes e plásticos. Se tivéssemos uma linha automóvel ao nível da Alemanha, que tem produção interna, haveria mercado interno para absorver o nosso trabalho”, argumentou. De acordo com Andreia Fortes, o setor automóvel e o fabrico inerente a essa área é extremamente sofisticado, sendo exigido às empresas uma panóplia de requisições técnicas, algo fundamental para aqueles que se pretendem implementar como referência: “A indústria automóvel é altamente especializada, quer em termos de mão de obra, com a necessidade de pessoal qualificado, quer em termos de maquinaria. Deve ser de ponta, altamente tecnológica, que exige investimentos avultados, mas é uma condição do negócio. Isto não é um trabalho em série, mas sim protótipos, o que requer conhecimento humano muito elevado”, frisou. De portas abertas a parcerias e partilhas com outras empresas que se dediquem à produção de moldes para o setor automóvel, a Moldegama prepara-se para atingir um objetivo desejado pela sua administração desde longa data. Em 2014, a empresa abrirá uma nova unidade num outro país europeu: “Este será o ano da verdadeira internacionalização da empresa. Iremos abrir uma nova unidade na Europa. Era uma ambição que tínhamos e, por necessid ade dos clientes, justifica-se nesta altura estarmos fisicamente perto. Vai permitir-nos dar um salto que se tornará um marco deste ano de 2014”, revelou a administradora. O passado já lá vai e é no presente que se constrói o futuro. O ano transato traduziu-se num balanço positivo e o ano vigente será, ao que tudo indica, recheado de sucesso. Comprovando isso, a Moldegama possui na sua agenda uma série de encomendas feitas pelos seus fidelizados clientes: “O ano passado traduziu-se num excelente ano para nós. Temos boas perspetivas para este ano. Já temos em carteira um volume considerável, o que nos deixa confortáveis. Em termos de investimentos, tudo corre como planeado. Contudo, será um ano enquadrado na conjuntura nacional e europeia”, afiançou Andreia Fortes. I Portugal Inovador I No topo do universo plástico Sediada em Ferraria Pataias, no concelho de Alcobaça, a Molding direciona a sua atividade para a indústria de injeção de termoplásticos, posicionando-se como uma referência nacional e internacional. C om cerca de 50 funcionários e com uma considerável dimensão, João Barbosa e Miguel Silva, ambos administradores, revelaram um pouco da contextualização histórica da empresa: “É uma empresa dedicada à injeção de plásticos, provavelmente uma das mais antigas no mercado nacional. Constituída em 1977, tem-se mantido no mercado ao longo destes anos com várias alterações ao nível de oferta de soluções”. Em relação aos produtos e serviços desenvolvidos nas suas infraestruturas e disponibilizados aos seus clientes, a Molding foi sofrendo, ao longo dos seus anos de existência, várias alterações no que toca ao foco de mercado. Atualmente, dedicam-se a três grandes áreas: “O objetivo principal da empresa, aquando da sua criação, foi o de servir como testadora de moldes do grupo Somoplaste. A partir da sua ligação com o mundo dos moldes, a Molding criou a sua própria gama de produtos de utilidade doméstica, na área dos housewares e puericultura. Essa foi a realidade da empresa até à década de 90. A partir daí, há uma evolução muito grande nos seus objetivos. A Molding continuou a ter esse negócio, mas direcionou a maior parte da sua atenção para a subcontratação dos plásticos técnicos, oferecendo soluções inovadoras em termos de injeção, acabamentos e desenvolvimento de eletrónica, para três grandes setores: as telecomunicações, os eletrodomésticos e a área automóvel”, esclareceu João Barbosa e Miguel Silva. Com uma constante evolução, investindo em tecnologia de ponta e com uma equipa altamente qualificada, será apenas dessa forma que poderão enfrentar a competitividade do mercado: “A indústria de plásticos é completamente global. Quando falamos em áreas tão específicas a competitividade é muito feroz. E nós, além da nossa capacidade técnica, temos a capacidade de flexibilização ao nível da oferta e de customizar pequenas séries”. Com um departamento próprio de conceção e desenvolvimento, parcerias com a Universidade de Aveiro, o Instituto Politécnico de Leiria e profissionais especializados, a Molding direciona cerca de 80% do seu volume de negócios para a exportação. A empresa possui a capacidade de desenvolver soluções nas áreas dos plásticos, mas também nas áreas da eletrónica e software. “Em virtude da nossa experiência no setor das telecomunicações, temos uma gama bastante alargada de conhecimentos internacionais que nos permitem buscar a melhor solução ao nível de fornecedores de hardware, fazer a montagem, desenvolver, testar e customizar o software”, frisaram os administradores. Perspetivando um futuro positivo e com previsões de crescimento a médio prazo, a Molding está a desenvolver contatos com os países nórdicos, de forma a conseguir levar o seu produto a outras zonas do globo.I Fevereiro I 79 I Portugal Inovador Polir o sucesso A Polytools nasceu há cerca de três anos e já conquistou o mercado. Caminhando no sentido inverso do país, a empresa não para de crescer. Com um serviço de elevado rigor e qualidade, Acácio Pereira, sonha levar o nome da empresa ainda mais longe. Acácio Monteiro Pereira A cácio Monteiro Pereira é gerente da empresa situada na Marinha Grande. Com 40 anos de idade, detém uma vasta experiência na área, já entrou no mundo do polimento há aproximadamente 16 anos. “Inicialmente trabalhei por conta de outrem. Mais tarde deslocava-me às empesas por conta própria, onde também aprendi imenso. Como o meu trabalho era muito conhecido, era naturalmente muito requisitado. Tinha convites para trabalhar no estrangeiro, ofertas com muito boa remuneração, porém sempre tive o sonho de criar uma empresa.” A Polytools foi fundada a 17 de março de 2011 com o atual gerente e um sócio. “Alugámos um pequeno pavilhão em Casal Galego e 80 I Fevereiro trabalhávamos apenas os dois com o auxílio de uma administrativa ainda em part time.” A empresa não era muito conhecida mas Acácio Pereira continuava a ser procurado pelo seu excelente serviço. Razão pela qual, em poucos meses sentiram-se de- masiado condicionados ao espaço. “Em 29 de agosto de 2011 mu dámos para as instalações situadas na Estrada de Leiria, junto à Jasmim, e aumentámos o quadro de pessoal.” Mas este não é o primeiro passo de expansão da empresa. “Em setembro de 2012, devido a algumas divergências, convidei o meu sócio a abandonar a empresa”, que contudo continuou a evoluir progressivamente. Acácio Pereira decidiu mudar para as novas e atuais instalações a 29 de abril de 2013, devido ao volume de negócios e à sua ambição que não tem limite. “Ficámos com mais espaço, melhores acessos e umas condições excelentes para os colaboradores, contando com sete neste momento.” Quanto aos serviços prestados: Qualidade, rigor e exigência. São estas as linhas mestras da Polytools. “Fazemos polimento essencialmente em moldes para plástico, mas também fazemos em moldes para vidro e alumínio. Trabalhamos para Espanha, Alemanha, França e Estados Unidos.” Acácio Pereira vive para a em presa. “Não paro! Tenho uma cons tante necessidade de enfrentar novos desafios e obter novas conquistas! Tento procurar novos clientes, começámos com meia dúzia e hoje já temos mais de cinquenta.” Quanto ao futuro, a ideia é cres cer: “A faturação de 2013 duplicou em relação à de 2012. E em 2014 o objetivo é duplicar ou mesmo triplicar a do ano anterior! Já obtivemos propostas para abrir uma filial na África do Sul e também no Brasil. E posso revelar que seremos a primeira empresa portuguesa de polimento a trabalhar para a aeronáutica!” I Portugal Inovador I Em prol do futuro do aluno A Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, atualmente, possui um alargado leque de oferta formativa, desde o ensino regular até ao profissional. Todavia, o objetivo fulcral da instituição tem permanecido o mesmo ao longo do tempo: assegurar um futuro estável aos seus educandos. Isabel Oliveira, a diretora da Escola C orria o ano de 1844 quando o Liceu abriu as suas portas à comunidade leiriense, neste momento continua a ser uma Escola de referência na região. Em conversa com a Portugal Inovador, Isabel Oliveira, a diretora da Escola, realçou o trabalho desenvolvido nos cursos profissionais: “Foram criados numa lógica de necessidade regional. Existem muitas empresas a disponibilizar vagas para estágios, chegando até a empregar os nossos alunos, o que é ótimo. Pretendemos aprofundar a ligação às empresas e ter em atenção as suas necessidades e exigências,” começou por dizer. Nas instalações da escola funcio nam, no presente ano letivo, três “ Pretendemos aprofundar a ligação às empresas e ter em atenção as suas necessidades e exigências. cursos profissionais: Técnico de Turismo, de Design de Interiores e Exteriores e de Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar. Na decisão de escolha de um determinado curso, o aluno pode contar com o apoio de vários profissionais na concretização da sua opção final. “Temos a vantagem de ter uma psicóloga e diretores de turma que fazem um acompanhamento muito grande, estudam a situação do aluno e atestam a sua aptidão. Mas a vontade do aluno e dos pais prevalece sempre”, referiu Isabel Oliveira. Com várias atividades e clubes temáticos em curso, uma das preo cupações da diretora da escola prende-se com a saída profissional dos discentes, embora existam aqueles que optam por prosseguir a escolarização no ensino superior. “Temos alunos que fazem os exames nacionais e, depois, candidatam-se ao ensino superior e procuram licenciaturas nas suas áreas de estudo, como no caso do Turismo. Outros começam a trabalhar de imediato por variadas razões. Verificamos que os cursos profissionais têm resultado muito bem, ultrapassaram o inicialmente esperado”, continuou a diretora. Em final de conversa, Isabel Oliveira salientou que a Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo mantém protocolos com o Estabelecimento Prisional de Leiria, de forma a promover a futura integração social e formativa dos detidos, caso pouco comum em Portugal: “A nossa escola continua a ter uma oferta muito grande no que toca ao ensino escolar, profissional e noturno. Temos, também, protocolos com o Estabelecimento Prisional de Leiria e com o Centro Protocolar de Formação Profissional para o Setor da Justiça, onde os nossos professores continuam a trabalhar com grande espírito de colaboração institucional e de form ação. Consideramos muito importante este envolvimento educativo”. I Fevereiro I 81 I Portugal Inovador “ Este ano está a começar de forma positiva e já obtivemos novos contactos. Os nossos clientes estão satisfeitos e a grande perspetiva é evoluir, inovar e crescer dentro deste ramo de negócio” Ana Rodrigues e Ana Gaio Contabilidade Personalizada Com apenas um ano de existência, a Leirirazão é uma empresa de contabilidade e apoio à gestão, apresentando-se já como uma referência na região de Leiria. E m entrevista à nossa revista, Ana Gaio e Ana Rodrigues, representantes deste projeto, que contam com larga experiência e formação no ramo, explicam que muitas firmas recorrem aos serviços da Leirirazão, por sentirem a necessidade de um acompanhamento profissional ao nível da gestão. De acordo com Ana Rodrigues, este projeto foi criado para dar apoio e ajudar ao crescimento das em presas: “Nós pensámos em apre sentar ao mercado um projeto que não tratasse apenas contabilisti camente os documentos. Como tal, prestamos também apoio à gestão mensal dos nossos clientes, o que lhes permite obter dados concretos sobre a situação da empresa, possibilitando um investimento mais se82 I Fevereiro guro e sustentado. Com humildade e seriedade queremos crescer para e com os nossos clientes”, referiu a nossa entrevistada. Apesar de não ter um cliente tipo e de trabalhar com várias empresas e particulares, nas mais diversas áreas de atividade, a Leirirazão está vocacionada, essencialmente, para a contabilidade e apoio à gestão empresarial. Segundo Ana Gaio, “esta empresa, distingue-se no setor da contabilidade pela inovação. Nós quisemos ser diferentes e por isso, decidimos fazer um acompanha mento personalizado ao cliente, feito à medida das suas perspetivas de negócio. Analisamos todos os custos, adaptando e customizando soluções para cada empresa, recorrendo a diversos parceiros em áreas Serviços Contabilidade Geral: · Gestão de faturação · Elaboração de dossier fiscal · Recuperação de contabilidades · Implementação e Execução de Análises e Relatórios Perió dicos · Relatório mensal de análise contabilistica Serviços de Gestão de Recurso Humanos: · Assessoria Administrativa · Reclamações fiscais · Processamento de Salários e respetivos subsídios · Segurança Social e entrega das contribuições da Taxa Social Única Portugal Inovador I “ Estamos no mercado para incentivar o retorno ao crescimento de muitas empresas portuguesas” distintas tais como comunicações, seguros, segurança e higiene, medicina no trabalho e consumíveis. Desta forma, promovemos a redução dos gastos incrementando o lucro”. É fator saliente o trabalho de senvolvido área de projetos de investimento e apoio a candidaturas a sistemas de incentivos em parceria com a CH Business Consulting, S.A. sob a égide do lema “É preciso acreditar”. Situadas no distrito de Leiria, região que apresenta bons níveis de crescimento empresarial, as nossas entrevistadas acreditam que, “a Leirirazão tem tudo para ser uma firma de sucesso”. Como fez questão de acrescentar Ana Rodrigues, “estamos no mercado para incentivar o retorno ao crescimento de muitas empresas portuguesas”. Com um balanço positivo no ano de 2013, tanto Ana Gaio como Ana Rodrigues esperam que 2014 seja um ano de crescimento, por forma a poderem apoiar cada vez mais clientes a gerir o seu negócio. “Este ano está a começar de forma positiva e já obtivemos novos contactos. Os nossos clientes estão satisfeitos e a grande perspetiva é evoluir, inovar e crescer dentro deste ramo de negócio. O nosso lema é: um por todos e todos por um”, fomentamos a proximidade e relação interclientes, e a criação de novas oportunidades de negócio, conclui Ana Gaio. A responsabilidade social é um objetivo para 2014. A Leirirazão quer ir mais longe, envolvendo a comunidade, parceiros, clientes e amigos, unindo esforços e recursos de forma a desenvolver ações de Solidariedade. I Fevereiro I 83 I Portugal Inovador A Arte nas mãos A empresa, constituída pelos quadros superiores da “Cerâmica S. Bernardo, SA”, foi adquirida por Elsa Almeida, Jorge Horta e pelo consultor técnico Fernando Perpétua (antigo quadro da Spal), encontrava-se em processo de insolvência, mas o seu encerramento foi evitado. Elsa Almeida, Jorge Horta e Fernando Perpétua A marca “S. Bernardo” foi criada e registada em 1985, pelas “Cerâmicas S. Bernardo, SA”. O seu fundador, Manuel da Ber narda, arquiteto, sempre orientou o rumo da marca, baseado na ideia de um design inovador e contem porâneo, mantendo-se como con sultor técnico. A pedra angular da “S. Bernardo”, sempre foi e continua a ser, a criatividade, a inovação e o design, baseando a sua politica na pesquisa e desenvolvimento do produto, contando para tal, com uma equipa interna de designers e uma porta aberta aos artistas plásticos nacionais e internacionais. 84 I Fevereiro Na “S. Bernardo” o cliente encon tra uma vasta oferta diferenciadora de artigos decorativos em faiança e porcelana, com enorme diversidade quer em formas quer em acaba mentos/decorações. Sendo a porcelana decorativa a nova gama de oferta de produtos em desenvolvimento, o principal objetivo da “Perpétua, Pereira & Almeida, Lda” é dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela “S. Bernardo,” continuando com o seu princípio orientador na aposta da criatividade, na inovação e no design. Há um velho ditado que diz “de pois da tempestade, vem a bonança” e que encaixa perfeitamente nesta situação. O percurso da “Perpétua, Pereira & Almeida, Lda” dando continuidade ao trabalho desenvolvido pelas “Cerâmicas S. Bernardo”, tem sido até à data uma aposta ganha, justificando o reconhecimento de terceiros, atrav és do prémio de “Empresa Exportadora 2013” atribuído pelo Nerlei e do selo “Ceramics – Portugal does it better” conferido pela APICER – Associação Portuguesa de Indústria Ceramica. Mais de 96% da produção da “S. Bernardo” destina-se ao mercado externo, um pouco por toda a Europa, mas em especial para os Estados Unidos da América. Numa tentativa de alargar os mercados tradicionais, estamos a encetar negociações com clientes fora dos mercados tradicionais, nomea damente Índia, China e Rússia. Com a estratégia de exportação bem definida e a colher frutos, a nova administração da Perpétua, Pereira & Almeida (S. Bernardo) perspetiva um futuro risonho, sendo um exemplo de persistência, produtividade e ambição. I Portugal Inovador I Manuela Sábio com a equipa do grupo Transwhite Rainha do transporte além-fronteiras O grupo Transwhite, projeto empresarial leiriense, é composto por duas empresas de áreas diferentes, mas que convergem entre si, por forma a proporcionar um serviço que alia a eficiência e a rapidez. O início da sua atividade remonta ao ano de 2004, altura em que começaram por prestar serviços com um camião. Atualmente, a sua frota é composta por 31 camiões de cor branca e fazem transportes entre Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda e Bélgica. Manuela Sábio, gerente da empresa, falou-nos de forma geral da sua empresa: “A Transwhite começou em 2004, mas o cres cimento foi gradual sendo que, em 2008, tínhamos cerca de cinco camiões. A partir daí deu-se o boom, surgindo a LogiQueen, direcionada somente para a vertente logística”, começou por dizer. Com cerca de 90 funcionários a colaborarem no grupo, a simbiose feita por estas duas empresas é importante para a eficiência do serviço prestado: “Trabalhamos em conjunto. Os clientes contatam a LogiQueen, dando as ordens de carga e estas passam para a Transwhite que se encarrega do seu transporte”, explicou Manuela Sábio. Distinguindo os serviços das duas empresas, a Transwhite dis ponibiliza-se para fazer transporte de produtos hortícolas, frutícolas e bens alimentares de Portugal para países europeus e vice-versa. A logística associada a este tipo de trabalho está atribuída à LogiQueen. “Fazemos transportes de carga sempre com temperatura controlada em todos os serviços de importação e exportação. Além de um sistema de Track & Tracing e GPS instalado, temos dois motoristas em cada camião que alternam entre si, de forma a aliviar o cansaço das viagens. Quanto ao planeamento, este é efetuado por profissionais com larga experiência, oferecendo garantias aos nossos clientes”, sublinhou a empresária. Perspetivando o futuro, a cele ridade com que fazem o transporte das mercadorias tem sido o principal fator da rapidez com que fidelizam os seus clientes. A mudança para novas instalações também está em cima da mesa: “Temos conseguido fidelizar os clientes que nos procuram, principalmente, pela nossa capacidade de resposta. Queremos continuar a crescer e, no próximo ano, estamos a pensar mudar de instalações”, concluiu a gerente. I Fevereiro I 85 I Portugal Inovador Formação séria e à sua medida Inserido no ramo da formação desde 1997, o Al.tius concentra-se no ensino de qualidade com saídas profissionais. Fundado pela atual diretora, Maria da Conceição de Sousa, tem uma taxa de empregabilidade de cerca de 90%. O Al.tius - Centro de Formação Profissional, S.A. – entidade acreditada pela DGERT desde 1998, nasceu da sua antecessora, a “Bela Forma - Estética e Fisioterapia Lda” que se dedicava à formação na saúde, no desporto e na estética. Maria da Conceição de Sousa, atual diretora, está ligada à formação desde os anos 80, como gestora da empresa anterior. “Com a criação da Al.tius, decidimos expandir a nossa oferta formativa, nomeadamente, Técnico/a de Museografia e Gestão do Património, Técnico/a de Infor mação, Comunicação e Documenta 86 I Fevereiro Maria da Conceição de Sousa ção, Técnico/a de Secretariado, Técnico/a de Gestão Desportiva. “O meu maior enriquecimento é a experiência acumulada” “Investimos na qualidade. Não queremos enriquecer à custa da formação. Utilizamos fundos públicos e respeitamos esse investimento, utilizando-o da melhor maneira com vista à obtenção de melhores resulta dos”, afirma a nossa entrevistada. Num mundo tão competitivo como o da formação, Maria da Conceição de Sousa considera que a sua empresa “se distingue das restantes por complementar o que já existe, disponibilizando novos cursos e novas ideias. Investimos nas plataformas e-learning (distância) b- learning (mista) componente teórico/prática, e no Co-Working. A primeira permite que os formandos tenham as sessões de formação teóricas, em casa sem terem de se deslocar ao Centro de Formação. A segunda é presencial e à distância. Com a terceira, pretendemos partilhar o nosso espaço com empresas de outros setores do tecido socioeconómico. Assim rentabilizamos os nossos recursos físicos, apoiando os nossos parceiros, na dinamização e expansão dos seus próprios negócios.” “A taxa de empregabilidade dos nossos formandos é de cerca 90%” A taxa de empregabilidade desta entidade formadora é um dos grandes motivos de orgulho da sua diretora: “Procuramos dirigir as nossas formações de forma a proporcionar saídas profissionais reais. Assim, associado à qualidade da formação que prestamos, a este setor determi nante para a elevada taxa de em pregabilidade.” Em final de conversa, perspeti vando o futuro, Maria da Conceição de Sousa mostra-se confiante: “Pretendemos manter as parcerias que temos com diversas instituições, e insistir em manter a nossa matriz de elevada qualidade na formação ministrada, com o objetivo de projetar e aumentar as saídas profissionais dos nossos formandos”. I Portugal Inovador I Contato entre si e o mundo que o rodeia A DP Soluções, empresa sediada em Caldas da Rainha, está relacionada com a área da informática, dispondo de várias soluções de hardware e software para si e para o seu negócio. Paulo Ferreira e Dinon Silva D inon Silva e Paulo Ferreira, desde sempre ligados a área da tecnologia, foram afetados pela onda de desemprego que afetou milhares de portugueses. O seu espírito empreendedor, o gosto pela vertente profissional e uma carteira de clientes, originou a DP Soluções: “Abrimos em 2012 e o fato de termos ido para o desemprego foi a principal razão para darmos vida a este projeto. Sempre trabalhamos na área e, por isso, já tínhamos um conjunto de clientes assegurados”, começaram por dizer. Ao longo do seu tempo de atividade, Dinon Silva e Paulo Ferreira adotaram desde o início a estratégia de lidar diretamente com os seus clientes, deslocando-se às próprias empresas, garantindo dessa forma uma rápida fidelização: “Nós conseguimos fidelizar os clientes, porque gostam de trabalhar connosco. A partir do momento que aceitam trabalhar connosco, mantemos uma relação aberta, com amizade e confiança, algo que nos distingue do resto”, continuaram. De acordo com os responsáveis da DP Soluções, os serviços e produtos que têm à disposição dos seus clientes podem, em determinadas situações, relacionarem-se: “Quando o cliente compra um produto físico, normalmente surge a necessidade de esclarecer algumas dúvidas, configurações, serviço de apoio. Por outro lado, começamos pelo serviço de consultoria, definindo a quantidade de equipamento necessário a cada empresa”, revelaram Dinon Silva e Paulo Ferreira. Contudo, existem diferenças no que toca aos serviços prestados aos seus múltiplos clientes. Em relação às empresas, a DP Soluções está capacitada para funcionar como consultor: “Os particulares, normalmente, deslocam-se às grandes superfícies. Com uma empresa terá de ser obrigatoriamente diferente, porque envolve ligação a todos os tipos de dispositivos. Prestámos também um serviço de consultoria. As empresas ouvem sempre a nossa opinião em relação ao software e hardware que, usualmente, é a que prevalece”, frisaram. Com clientes fidelizados desde 1998, a DP Soluções atinge qualquer ponto do país, devido às ferramentas que possui. Todavia, estão mais capacitados para clientes da sua área de conforto, devido à relação que fomentam com o cliente: “Estamos completamente disponíveis para qualquer zona do país, embora os nossos clientes sejam de Lisboa e Caldas da Rainha. Mas esse apoio que nós damos à distância não é o mesmo que nós damos às empresas que são nossos clientes há muito anos. O nosso trabalho obriga o cultivo de uma relação próxima.” Em relação ao futuro, a DP Soluções tem os seus objetivos bem definidos para o ano de 2014: Queremos fazer com que a empresa se galvanize, aumentar a nossa carteira de clientes aqui na zona porque sentimos essa necessidade devido à distância que queremos ter com os nossos parceiros”, terminaram. I Fevereiro I 87 I Portugal Inovador A formação em primeiro lugar Presente no mercado desde 1981, o Cencal é instituição de formação e de apoio técnico-pedagógico, vocacionada para o setor da indústria cerâmica e do Vidro. A história do CENCAL - Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica, começa em 1981, quando foi criada para ser um centro de formação direcionado para a cerâmica. Já em 1985, começaram a dar formação em várias atividades, desde madeiras, eletricistas, secretariado, contabilidade, informática. Tudo envolvendo áreas nas quais a região necessitava de profissionais qualificados. Como refere, Ana Maria Bica, “tentamos adaptar-nos às necessidades da região. Atualmente, mantemos além da cerâmica e do vidro, a marcenaria e a formação transversal para todos os setores, gestão, contabilidade, informática e multimédia, qualidade ambiente e HST, comércio e vendas e secretariado. A atividade do centro está, neste momento, mais voltada para os setores da economia regional que abrangem as áreas transversais além da cerâmica e do vidro de âmbito nacional”. Oferta formativa O Cencal preferiu ao longo dos tempos dar especial atenção às necessidades das empresas, lançando-se em áreas inovadoras, especialmente no domínio das novas tecnologias e, por esse motivo, “a maior expressão de atividade do centro está na formação contínua de ativos empregados e desempregados. Procuramos oferecer a estas pessoas um conjunto de formações que lhes permitam dominar as novas tecnologias para posteriormente integrarem empresas”, afirma Pedro Paramos. Para reforçar ainda mais 88 I Fevereiro o cariz formativo deste Centro, José Luís Silva fez questão de referir que, “neste momento, temos uma atividade dirigida para desempregados que se baseiam em módulos tecnológicos que dão competências às pessoas para entrarem de imediato no mercado de trabalho. Foi também aprovado um CQEP-centro para a qualificação e ensino profissional que irá reforçar toda a componente de orientação profissional”. Além da formação para pessoas ativas empregadas e desempregadas, o Cencal oferece formação dentro das empresas, onde “cada formação é feita à medida das necessidades de cada empresa e concebida, especificamente, para os colaboradores em várias áreas formativas”, acrescenta Ana Maria Bica. Esta instituição tem também protocolos com diversas instituições, como a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto ou a Escola Superior de Educação do Porto e, “muitos alunos destas instituições deslocam-se aqui para tirar formação na área da cerâmica e do vidro”, refere Pedro Paramos. Inovação e desenvolvimento Em 1986, esta instituição decidiu criar um laboratório para prestar serviços às empresas do setor cerâmico. Actualmente conta com dois laboratórios, o das Caldas da Rainha que presta três tipo de serviços: ensaios de Controlo do Processo Cerâmico, ensaios de Controlo de Produto Acabado (Louça Cerâmica e de Vidro) e ainda ensaios Controlo de Produto Acabado (Tijolo, Pavimento e Revestimento). Já no laboratório da Marinha Grande, a grande preocupação, é realizar ensaios químicos e físicos aos produtos de maneira a analisar as componentes de cada um deles. “Em 2011, por decisão governamental, o CENCAL alargou a sua ação ao setor do vidro, com a integração das instalações do CRISFORM, na Marinha Grande e, a partir daí, começamos a trabalhar para o país inteiro com os dois laboratórios”, acrescenta Ana Maria Bica. Até ao final do ano, um dos grandes projetos do CENCAL é lançar um CET - Curso de Especialização Tecnológica para cerâmica e vidro que vai formar pessoas com competências em ofícios de arte. “Durante o verão, pretendemos continuar a realizar workshops, pois passam por aqui americanos, argentinos, japoneses, brasileiros entre muito outros que ensinam as suas técnicas e formas de trabalhar”, conclui. I Portugal Inovador I Ao ritmo da paixão pela dança Situada em Pombal, a Danspirit é um projeto que tem como objetivo principal o cultivo da paixão pela arte da dança. Criada em agosto de 2012, conta já com um universo de 170 alunos. Sofia Falcão S ofia Falcão, professora e responsável principal, em entrevista à nossa revista, revelou que demorou algum tempo até criar a sua própria escola. Até à inauguração, fez a sua formação académica em várias áreas, criando a sua própria modalidade que lecionou em várias associações e instituições: “Licenciei-me em Dança, mas decidi também tirar o curso de fitness e atividades de grupo como salvaguarda. Em 2007, registei uma modalidade e, de forma surpreendente, resultou. Dei aulas em várias instituições e com turmas com- pletamente cheias, necessitei de ter o meu próprio espaço”, começou por dizer. Com mais dois professores a lecionarem outros estilos de dança, a Danspirit tem à disposição de quem a procura um largo conjunto de modalidades, não fazendo, à partida, diferenciação entre os alunos: “Apesar de ser um projeto recente, temos modalidades como a Dança Clássica, DanSpirit, Dança Criativa, Dança AfroLatina, Barra de Chão, Sapateado e as Danças de Salão. Fazemos a divisão por idades, não sendo prioridade a divisão a nível técnico. Na Danspirit, tento conjugar os dois fatores para manter a motivação dos alunos”, continuou. Com um espaço diversificado e composto por dois estúdios de dança, uma sala de ensaios, uma loja de artigos para venda ao público e um espaço de convívio, o ambiente da Danspirit é familiar. O trabalho desenvolvido já mereceu alguns destaques, participando em vários eventos e concursos: “Marcámos presença em espetáculos de beneficência, de solidariedade, em espetáculos dos meus colegas de trabalho, nas Festas do Bodo e na Feira da Juventude. Os nossos alunos gostam de mostrar aquilo que aprenderam e de pisar o palco. O ano passado, decidimos ir ao Leiria Dance Competition onde ganhamos dois prémios. Saímos de lá extremamente satisfeitos”, revelou Sofia Falcão. Os pés da responsável pela escola estavam bem assentes no chão na altura da decisão da inauguração do projeto, aliando a experiência adquirida ao longo de cinco anos de atividade profissional e confiança no sucesso. Dessa forma, projetando o futuro, Sofia Falcão pretende solidificar ainda mais a reputação da escola, mostrando-se satisfeita com os pais, os alunos e os resultados alcançados. I Fevereiro I 89 I Portugal Inovador Excelência vinhateira A Quinta da Sapeira, situada em Azoia, localidade de Leiria, possui infraestruturas de considerável dimensão para a produção de vinho. A sua aposta passa pela incrementação de qualidade no seu produto. A marca Quinta da Sapeira foi criada em 1995, mas a sua produção remonta há três gerações. Começando com a comercialização a granel, a sua estratégia foi alterada: “Produzimos vinhos desde o tempo do meu avô. Há cerca de 20 anos, resolvi enveredar pelo engarrafamento com o objetivo de valorizar um trabalho de seis décadas, desenvolvido pelo meu pai. Desde então, a marca tem-se vindo a afirmar de forma gradual, mas firme e pelo crescente aumento da qualidade da produção e notoriedade na região da Alta Estremadura, onde se insere”, iniciou Inês Bernardino. Com uma área de nove hectares e produção média de 50 mil litros, a Quinta da Sapeira utiliza apenas castas portuguesas: “Temos 70% de uva tinta e 30% de uva branca. Quanto às uvas tintas são Touriga Nacional, Castelão, Alfrocheiro, Aragonez e as brancas Fernão Pires, Arinto e Alvarinho. “Selecionamos os vinhos com determinado padrão de qualidade para engarrafar com a marca ‘Quinta da Sapeira’ e os restantes são adquiridos por empresas de comércio a granel”, acrescentou. Atualmente, a Quinta da Sapeira concilia a produção vitivinícola com 90 I Fevereiro o enoturismo, através da dinamização de provas de vinhos e de visitas à adega e às vinhas da Quinta da Sapeira, organizadas para grupos, com marcação prévia. Estas provas de vinhos são comentadas, onde é feito o enquadramento dos vinhos na região e terroir onde são produzidos. As provas são ainda precedidas de uma explicação de alguns conceitos associados ao vinho, suas especificidades, ligação à gastronomia regional e são complementadas com explicações sobre os processos de produção e de vinificação, promovendo-se a interação entre os participantes e o ambiente rural da Quinta. Em relação às provas de vinhos, os ingleses e os holandeses são os nossos principais apreciadores e frequentadores destes eventos”, revelou. Os vinhos da Quinta da Sapeira têm arrecadado vários prémios nacionais e internacionais. A exportar desde 2004 para onze países da comunidade europeia, além de Brasil, Macau, Angola, Noruega e Suíça, o seu nicho de mercado preferencial são lojas de vinhos e garrafeiras, destinando-se uma quantidade residual à restauração e a supermercados de proximidade. Inês Bernardino Com um vasto mercado, Inês Bernardino tem os seus objetivos bem definidos confessando: “Chegamos a um nível aceitável de infraestruturas para nos podermos debruçar sobre os vinhos. Estamos a reconverter vinha e vamos fazer novas plantações no curto prazo. Presentemente, o objetivo é fidelizarmo-nos em castas portuguesas, trabalharmos estritamente para a excelência na qualidade, de forma a contribuir para a valorização da marca ‘Quinta da Sapeira’ e da região de Leiria, a nível nacional e internacional”, afiançou. I Portugal Inovador I Turismo rural de excelência Situado na aldeia de Murça, o Bairro do Casal proporciona um ambiente sereno, permitindo aos seus clientes usufruir das paisagens em redor. P erto de Vila Nova de Foz Coa, junto à encosta do rio Douro, o Bairro do Casal surgiu da intenção de Anabela Costa e Odete Marques darem mais vida à região de Murça. A arquitetura e o conceito de turismo rural são as grandes mais-valias deste espaço sendo que, como afirma Anabela Costa, “a iniciativa deste projeto teve por base o investimento económico na recuperação da arquitetura rural/tradicional, com o objetivo de promover o turismo cultural e paisagístico da região. Com esta intervenção, foram criadas condições de alojamento para os visitantes, oferecendo um conceito de turismo diferenciado, inexistente no concelho – Turismo de Aldeia”. A criação desta vertente de turismo teve dois grandes objetivos: dar mais vida, dignidade e melhores condições económicas à população e dar a conhecer aos visitantes uma região única, cheia de potencialidades. Num concelho com dois patri mónios mundias, o Vale do Coa e o Alto Douro Vinhateiro, o Bairro do Casal proporciona aos clientes um conjunto variado de atividades que lhes permite conhecer as valências da região: “Temos várias atividades e todas elas de cariz diferenciado – desde visitas às gravuras, passeios de barco, visitas a quintas vínicolas. Para os amantes do desporto e da natureza, há os passeios de BTT, moto4 e canoagem, bem como passeios de observação de aves”, afirma Odete Marques. Com casas de arquitetura antiga e que foram reconstruídas para salvaguardar a traça inicial, este projeto tem cinco habitações, todas elas com caracte rísticas diferentes. De acordo com Anabela Costa, “as casas são todas muito confortáveis e têm conceitos distintos, sendo que o facto de todas elas estarem viradas para a encosta, permite que os nossos visitantes desfrutem da natureza”. Este projeto, único na região de Vila Nova de Foz Coa, traz à aldeia de Murça turistas de todos os cantos do mundo e de todas as idades. “Dos clientes estrangeiros recebemos muitos franceses, belgas, espanhóis e holandeses. Mas, maioritariamente, são portugueses”. A grande preocupação dos visitantes é, “ficarem alojados num empreendimento agradável, serem bem recebidos e terem a oportunidade de conhecer a região”, acrescenta Odete Marques. Neste novo ano, a maior intenção das nossas entrevistadas é continuar a crescer: “Fazer mais e melhor, con tinuar a inovar são os nossos planos para o futuro. Já este ano vamos ter outras atividades diferenciadoras, levar a cabo eventos que recriam as tradições da aldeia de modo a promover ainda mais a região”, concluem. I Fevereiro I 91 I Portugal Inovador O milagre do Douro Em pleno coração da região do Alto Douro Vinhateiro, surgiu a quinta ViniSelores. A ambição, qualidade e a simpatia da família Selores, originaram a marca de vinhos Milagre. Gerência da ViniSelores “ S ou apaixonado pelo Douro e pelo concelho de São João da Pesqueira. Oferece-me uma qualidade de vida fantástica”, é assim que o gerente da Quinta dos Selores, Frederico Selores, caracteriza a região como se de uma história de amor se tratasse. 92 I Fevereiro Esta união já tem alguns anos, mas o surgimento da empresa, data do ano 2009, num dos concelhos vinhateiros mais carismáticos do nosso país. O sonho que rapidamente se tornou realidade tem percorrido um caminho realista, sustentável e evolutivo, onde a qualidade é servida juntamente com o próprio vinho. “Montámos a empresa e a adega em 2009. Nesse mesmo ano, começámos a vinificar. Incialmente, fizemos cerca de 40 mil litros de vinho. O primeiro engarrafamento foi em novembro de 2010. 10 mil garrafas foi o resultado dos primeiro ano de trabalho. “Neste momento fazemos cerca de 45.000 garrafas”, refere Frederico Selores. A ViniSelores é a prova de como os milagres existem, “em 2009, as vindimas começaram excecional mente cedo. Tiveram início no fim de agosto, mas tínhamos previsto a entrega das máquinas para o dia 15 de setembro. No entanto, estas atrasaram-se e começámos a vindima a 23 de setembro sendo que as uvas já estavam em sobrematuração, em passas. Na altura, referi que precisaríamos de um milagre para o vinho sair em condições. Fomos sujeitando o produto a provas e verificámos que tinha acontecido um milagre, o vinho estava com muita qualid ade. Assim surgiu a marca que dá ênfase e fica no ouvido”, explica Frederico Selores. Este “milagre” deu lugar a outros, sendo produzidos e comercializados, neste momento, os vinhos Milagre branco, Milagre tinto colheita e o Milagre reserva. Com cerca de 42 hectares de vinha, sendo 36 hectares classificada com letra A pelo IVDP, muito trabalho tem de ser feito e para tal Frederico Selores conta com a ajuda indispensável da sua família: “Neste momento, a tempo inteiro, só temos mão de obra familiar. Quem trata da vinha é o meu pai e, pontualmente, temos alguns funcionários a ajudar. Na altura das vindimas, acolhemos 15 a 20 trabalhadores”, explica o gerente da Quinta dos Selores. A comercialização está a cargo de alguns distribuidores, de Ponte de Lima ao Algarve, os vinhos da Quinta dos Selores começam a ser referenciados e estão presentes nalguns dos melhores restaurantes do país. “Como em todos os negócios temos contado com o apoio fundamental de parceiros Portugal Inovador I importantes onde destaco a nossa equipa de enologia 2PR, o Histórico restaurante PAPABOA na pessoa do Sr. José Vitorino, em Guimarães, a Mercearia da Terra e a empresa de realização de eventos no Douro, TRAT”. Ao nível da exportação estamos a entrar em França, Luxemburgo e Bélgica”, afirma Frederico Selores. A festa do vinho em São João da Pesqueira, Vindouro, que se realiza todos os anos no final de Agosto, foi a primeira grande montra do vinho Milagre. A partir daí a Quinta dos Selores foi presença assídua nesta festa anual. A empresa marca ainda lugar em algumas feiras de vinhos em Portugal. Os planos para o futuro são o espelho de tudo aquilo que já foi feito na Quinta dos Selores, continuar a produzir qualidade, continuar a produzir vinhos com características muito próprias, fruto da matéria prima que temos ao nosso dispor. Em Março de 2014 será lançado o vinho topo de gama da Quinta dos Selores, uma edição limitada de um vinho seleccionado. “Iremos lançar brevemente o nosso vinho topo de gama que terá o nome de família, SELORES, um vinho extraordinário, para apreciadores exigentes. Os objectivos de futuro passam por desenvolver outras áreas de negócio ligadas à produção dos nossos produtos, divulgar o nome SELORES e colocar os nossos vinhos, cada vez mais, como uma referência no país e no mundo”. conclui Frederico Selores. É caso para dizer, se é amante de vinho, só um verdadeiro Milagre, o pode satisfazer! I Fevereiro I 93 I Portugal Inovador Tradição vinhateira Pioneira no concelho de São João da Pesqueira, a Adega Cooperativa de Trevões faz do seu vinho a sua essência. Com praticamente 54 anos de história, esta adega continua a ser um ponto de referência da região. Fernando Santos, engenheiro C om uma capacidade de armazenamento de três milhões de litros de vinho, com cerca de 400 sócios ativos e com oito fun cionários, a cinquentenária Adega Cooperativa de Trevões, tem-se adaptado às tendências do mercado vinícola, tentando ao máximo aproxi mar o produtor do consumidor. Desde 2007 como presidente da Adega Cooperativa de Trevões, Fernando Santos aproveitou o know-how que já tinha na área vinícola para assumir o leme desta histórica adega. Para o engenheiro o trabalho tem sido positivo: “Nestes últimos anos esta adega tem vindo a desen volver um trabalho meritório no que diz respeito à qualidade dos seus produtos, o que nos leva a chegar a novos mercados”, afirma. Dentro da variedade dos vinhos 94 I Fevereiro aqui produzidos, existe o mítico vinho do Porto, os vinhos brancos de mesa, os vinhos tintos de entrada, os DOC, os reservas, o gran reserva, assim como o vinho rosé. No que diz respeito às marcas associadas aos vinhos, destacam-se Vila do Trevo, Curtinho e Cvpae. Para o presidente, o vinho branco está a ganhar um maior relevo em Trevões: “Em relação aos vinhos brancos e como há cada vez mais interessados neste tipo de vinho, a procura tem sido superior à oferta, portanto todos os vinhos brancos que são produzidos pela adega, estão desde logo vendidos. Os vinhos tintos sempre tiveram muitos adeptos e têm tido uma procura constante”, refere. A Adega Cooperativa de Trevões está envolvida no projeto Super Douro, uma união de cinco adegas cooperativas da região, que tem uma unidade de engarrafamento e distribuição sediada na Horta do Douro. Este trabalho em conjunto, ajuda ao negócio e segundo o nosso entrevistado, é mais fácil a Adega Cooperativa de Trevões se internacionalizar se tiver este tipo de parcerias: “Neste momento não temos a capacidade desejada para exportar mas acreditamos que com este projeto a comercialização do nosso vinho para o estrangeiro, será uma realidade”, explica. Segundo Fernando Santos, a receita para o futuro é evidente, “te mos de aproveitar a projeção que o Douro tem tido nos últimos anos e queremos continuar a tirar o máximo proveito desta região. Queremos também implementar na nossa ade ga, jantares vínicos, conciliando a ementa com os nossos vinhos e pres tando esclarecimento sobre os tipos de vinhos”, conclui o presidente. I Portugal Inovador I Aprecie a refeição... e a paisagem! Em pleno Alto Douro Vinhateiro, a Petiscaria Preguiça esconde-se entre oliveiras e laranjeiras. Com vistas para o rio Douro, este espaço oferece a todos os seus clientes uma grande variedade de produtos caseiros. Maria Amélia C om a paisagem do rio Douro e da encosta a envolver este espaço, a Petiscaria Preguiça acolhe os clientes num ambiente familiar. Aberto há 18 anos, este estabelecimento é gerido por Maria Amélia que recebe todos os visitan tes com a caraterística simpatia da terra. Este restaurante oferece aos clientes, além do ambiente acolhe dor e do sossego típico da região, uma gastronomia caseira que garante a cada prato confecionado, uma especificidade própria, atribuída pelos produtos utilizados. De acordo com a nossa entrevistada, “todos os ingredientes servidos são produzidos e cultivados na nossa quinta, desde o vinho aos produtos da horta. O peixe que utilizamos é pescado no próprio dia e os legumes são colhidos no momento de preparar a refeição, de forma a conservar a sua frescura e sabor”. Para além de todas as refeições serem confecionadas na hora, também o pão é de fabrico próprio e cozido a forno de lenha o que torna ainda mais característico este espaço. Especialidades A Petiscaria Preguiça tem como especialidades da casa, “o peixe do rio, a enguia à casa, a açorda de peixe e o arroz de cabidela. De sobremesa, a nossa maior especi alidade é o arroz doce. Claro que, quando o cliente nos pede algo específico, nós também fazemos, é o caso da posta de vitela ou o javali”, afirma Maria Amélia. Como fez questão de acrescentar, “do Porto a Barca de Alva devemos ser os únicos a confecionar a açorda de peixe desta forma. É tudo feito com produtos da região e com peixe do rio”. Com clientes de várias zonas do país, a grande maioria são por tugueses e espanhóis, sendo que grande parte dos visitantes portu gueses são provenientes da região Norte, dada a proximidade. Para este ano, a grande intenção de Maria Amélia é manter a estabilidade do negócio e chamar mais clientes à Petiscaria Preguiça. Em jeito de conclusão, a nossa entrevistada afirma: “tudo o que quero é manter as portas abertas e atrair mais clientes”. I Fevereiro I 95 I Portugal Inovador Queijo de topo A Mundo Natural dedica a sua atividade ao fabrico e comercialização de queijos de ovelha e cabra, encontrando-se situado no planalto da Vilariça, na Cardanha, em Torre de Moncorvo. C orria o ano de 1998, quando a Mundo Natural abriu as suas portas ao mercado. Através de uma conversa com Carla Martins, responsável da empresa, a revista Portugal Inovador descobriu mais sobre a história desta referenciada produtora de queijo da região transmontana: “É uma empresa de pequena dimensão e de simples organização. Está implantada no mercado há mais de 16 anos. Desde então já foi sujeita a algumas reestruturações, mas o seu principal objetivo passa por manter as suas técnicas de fabrico artesanal”, começou por contar. 96 I Fevereiro São vários os tipos de queijo para comercialização, tendo venda ao público inclusive, com a preocupação de apresentar uma qualidade acima da média. “Temos a preocupação constante em disponibilizar aos nossos clientes produtos sãos e seguros, mantendo procedimentos de segurança alimentar”, continuou. Contudo, admitiu não sentir necessidade de expandir o raio de comercialização dos seus queijos, embora o seu produto já tenha chegado a alguns países europeus: “Possuímos clientes a nível nacional, mas o nosso mercado não é muito alargado porque, para já, não temos essa necessidade. Mas exportamos sempre que necessário para Espanha e França”, revelou. A concorrência de empresas do ramo não tem sido a dificuldade principal que a Mundo Natural tem enfrentado durante a sua atividade, tudo por causa da qualidade do seu queijo de ovelha, conhecido como “Flôr da Cardanha”, o queijo de cabra, conhecido como “Vale do Sabor”, o delicioso requeijão e, por último, o novo queijo de mistura. Queijos tipicamente transmontanos, frescos e curados: “Tornamo-nos uma referência na região devido à forma como fabricamos o queijo. Usamos tecnologia atual, sem nunca descurar a tradição antiga, como espremer e salgar o queijo à mão. A matéria-prima é igualmente importante. Mas o segredo está na transformação do queijo com arte e saber”, frisou a responsável. O melhoramento das infraestruturas da Mundo Natural é o maior desejo para o futuro da empresa: “Temos um projeto para a ampliação das nossas instalações. Com uma produção de cerca de 3.000 litros, necessitamos de uma expansão da nossa dimensão física para poder acrescentar ainda mais qualidade ao nosso produto. Estamos a trabalhar nesse sentido”, concluiu Carla Martins. I Portugal Inovador I A sua revista empresarial Fevereiro I 97 I Portugal Inovador 98 I Fevereiro
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