Inbrands compra a grife Bobstore, com 57 lojas
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Inbrands compra a grife Bobstore, com 57 lojas
_>>> Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 7/10/2011 (20:44) - Página 5- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW Enxerto Sexta-feira e fim de semana, 7, 8 e 9 de outubro de 2011 | Valor | B5 Empresas | Tendências&Consumo Moda Com a operação, o grupo volta a ter marca de roupas femininas no mix Inbrands compra a grife Bobstore, com 57 lojas Paola de Moura De São Paulo A Inbrands, holding de moda do fundo de investimento PCP, fechou ontem a aquisição da rede de lojas Bobstore. O investimento traz novamente para o portfólio do grupo uma marca feminina, depois da saída da grife Isabela Capeto. “A compra tem o objetivo de complementar o portfólio de marcas líderes no mercado. Precisávamos de alguém neste segmento”, explica Bruno Medeiros, diretor-executivo da holding. O executivo não quis revelar a quantia paga, mas o Valor apurou que gira em torno de R$ 50 milhões. A Bobstore possui 57 lojas, das quais dez são próprias. A grife faturou R$ 52 milhões em 2010 e projeta crescer 34% em 2011, com receita de R$ 70 milhões. Segundo Raphael Sahyoun, fundador da grife, o aumento de vendas tem se dado principalmente no setor de multimarcas. “O crescimento das vendas nessas lojas é de mais de 60%”, conta. Pelo acordo fechado com a InBrands, Sahyoun continuará como estilista da marca por pelo menos cinco anos. A grife, que foi criada há 15 anos em São Paulo e hoje tem lojas nas principais capitais do país, produz moda para o público feminino de classe AB que tem entre 20 e 50 anos. O preço médio das roupas varia entre R$ 250 e R$ 350, dependendo da estação. “Não somos uma grife de moda fashion. Fazemos peça para o dia-a-dia. A mulher pode usá-la para levar as crianças à escola, no trabalho e até no happy hour”, define o estilista. Bruno Medeiros conta que a estratégia agora é de expansão de lojas próprias. “Temos que mostrar a força da marca mantendo o padrão”. A expansão deve ocorrer primeiro em lojas de rua. “Em São Paulo, temos dez lojas, das quais seis são de rua. Elas são espaçosas, podemos prestar um serviço melhor, com espaço para sentar, beber um café, um suco ou até um espumante”, conta Sahyoun. “Além disso, elas ficam próximas das residências das pessoas”. No Rio, a Bobstore tem apenas um loja no Rio Design Barra. Bruno revela que o grupo deve abrir nova loja de rua no Leblon ou em Ipanema. A compra da Bobstore pela Inbrands, intermediada pela Target Advisor, foi feita com o dinheiro da própria holding. Hoje o grupo possui em seu portfólio marcas como Ellus, Richards, Alexandre Herchcovitch e Salinas. Medeiros conta que a empresa vem mantendo seus objetivos, mesmo depois de ter desistido de fazer seu IPO, em função da crise no mercado mun- dial que vem afetando as bolsa de valores. Quando planejava lançar ações no mercado, em meados de 2011, o objetivo era pagar parte da aquisição da marca VR, comprada em fevereiro, abrir novas lojas, adquirir novas empresas, criar lojas on-line, desenvolver um centro de distribuição em Piraí, município do Sul Fluminense. O diretor explica que os planos foram mantidos e a empresa está adequando o investimento ao caixa atual. “Seguimos com a estratégia proposta”, diz. No primeiro semestre de 2011, a Inbrands registrou uma receita líquida de R$ 144,2 milhões, um crescimento de 44,8% em relação aos R$ 99,5 milhões do mesmo período de 2010. O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado subiu 2,1%, para R$ 19,3 milhões. O lucro líquido ajustado caiu de R$ 17,9 milhões para R$ 13,6 milhões. REUTERS/BENOIT TESSIER Cinturas marcadas e ar “vintage” dão o tom da coleção primavera-verão Sem Galliano, Dior faz releitura do “New Look” Vanessa Barone Para o Valor, de São Paulo Não é por acaso que a Christian Dior está apostando numa releitura do “New Look”, de cinturas marcadas e casaquetos, para a temporada primavera-verão 2012. Relembrar o que já foi feito pelo estilista que dá nome à grife francesa — e que revolucionou a moda no final dos anos 40 — parece uma ideia oportuna. Primeiro porque não assusta a clientela da Dior, que ainda desconhece o rumo que a grife vai tomar após a saída de John Galliano. Depois, apostar em fórmulas certeiras parece ser a tendência da temporada. Pelo que foi visto nas semanas de moda de Nova York, Milão, Londres e Paris, mulheres elegantes, em leve estilo "vintage", vão dar o tom do verão. A coleção da Dior, capitaneada pelo estilista-interino Bill Gaytten, ex-assistente de Galliano, mostra delicadeza. O ideal de mulher, aqui, é aquela que sabe dosar elegância clássica com atitude contemporânea. A cintura é bem marcada. As saias são ora mais rodadas (relembrando o "New Look") ora em forma de tulipa. Sobre elas, o mesmo casaqueto que imortalizou a coleção lançada por Christian Dior logo após a Segunda Guerra — e que liberava novamente o glamour feminino. O destaque são as estampas gráficas e a padronagem clássica em preto, branco e cinza. Há alguns tons pastel, como o "nude", e pitadas de cor de laranja, para não nos fazer esquecer que estamos em 2011. Ao final, a grife apresentou belos vestidos de noite em que o forte é a transparência sem exagero. Outro que embarcou com toda força no mundo das delicadezas e do romance foi Marc Jacobs em sua coleção para a Louis Vuitton. O próprio estilista declarou ao site Style.com que, após uma temporada de inverno “pesada”, ele e sua equipe queriam uma coleção adocicada e meiga. Para alguns especialistas, os modelos desenhados por Jacobs fazem uma homenagem ao "New Look" de Dior – uma confirmação de sua transferência para a antiga Maison de Galliano? A Dior ainda não se pronunciou oficialmente sobre quem será seu novo estilista. Na Louis Vuitton, a transparência foi explorada em tecidos bordados e nos tons pastel. Até as bolsas da marca — as verdadeiras responsáveis pelo sucesso da marca — foram reinterpretadas para ganhar a cara da coleção, inclusive com transparências. Boa parte da força da coleção está nas texturas com formas florais ou de arabescos. As escolhas feitas por Jacobs rejuvenescem o prêt-àporter da LV, em alguns casos, até demais. De fato, as roupas casavam com o cenário, que tinha no AB Inbev busca na África alvos para aquisição Cervejas Cynthia Malta e Daniele Madureira De São Paulo A AB Inbev está pesquisando o continente africano em busca de empresas para comprar, segundo apurou o Valor. A maior cervejaria do mundo, cuja estratégia é se fortalecer em mercados emergentes, já tem forte presença na América Latina e comprou uma série de companhias na China, mercado considerado prioritário. Falta, de fato, colocar a África no seu mapa de operações, continente onde ainda não está presente. A AB Inbev não é a única a prospectar oportunidades na região. Em agosto, a holandesa Heineken adquiriu a Bedele e a Harar, ambas pertencentes ao governo da Etiópia, por US$ 163 milhões. Também a inglesa SABMiller estaria buscando alvos na Nigéria, Sudão, Etiópia, Uganda, Zâmbia e Moçambique. No Brasil, a SABMiller foi uma das cervejarias que disputou o controle da Schincariol este ano, que acabou sendo vendido para a japonesa Kirin. Entre 2005 e 2010, o consumo de cerveja na África e no Oriente Médio cresceu 32% em volume, segundo a Euromonitor, para 13,7 bilhões de litros. Trata-se do dobro do índice do crescimento mundial, que foi de 16% no período, chegando a 186,7 bilhões de litros no ano passado. A SABMiller é a maior cervejaria que opera na África. No mês passado, adquiriu a australiana Foster’s, o que elevou o seu faturamento anual para US$ 30,6 bilhões. A belgo-brasileira AB Inbev, com vendas de US$ 36,3 bilhões, ainda está pagando a compra da americana Anheuser-Busch, feita em 2008, por US$ 52 bilhões. O pagamento da dívida para esta aquisição tem sido antecipado, mas ainda deve levar dois anos para ser quitado totalmente. A dívida líquida da AB Inbev é de US$ 40 bilhões, segundo balanço do primeiro semestre. No período, o caixa da empresa somou US$ 4,5 bilhões. Questionada pelo Valor se estaria em negociações com a SABMil- ler, a AB Inbev respondeu que “não comenta rumores de mercado ou especulações”. A resposta foi a mesma sobre o seu interesse no continente africano. Analistas ouvidos pela agência Bloomberg minimizaram a especulação feita ontem pela imprensa brasileira, de que a AB Inbev teria uma oferta de US$ 80 bilhões pela SABMiller. Para os analistas, tal negócio seria contrário à orientação recente da gestão da AB InBev, de se tornar menos alavancada. Na quarta-feira, o valor de mercado da SABMiller estava em US$ 55 bilhões. Ontem, as ações da SABMiller subiram 7% na Bolsa de Londres, cotadas a 2,24 libras, enquanto o papel da AB Inbev recuou 0,42% na NYSE Euronext, a 39,46. Segundo um estudo da consultoria Canadean, referência no setor de bebidas, a África é uma das regiões com maior potencial de crescimento em cervejas no mundo. Entre os anos de 2009 e 2015, o consumo no continente deve crescer 5%, mesmo percentual previsto para a Ásia. A região que engloba o Norte da África e o Oriente Médio é destacada pela Canadean como a de maior crescimento potencial no período, 5,5%. Por outro lado, as vendas nos Estados Unidos devem crescer só 1,5%, enquanto que as da Europa ficarão estagnadas. Na América Latina, a previsão é que o consumo de cerveja suba 3%. “A África é um mercado que interessa às maiores cervejarias, especialmente a África do Sul, por conta do potencial de crescimento do nível de renda da população”, diz o consultor Adalberto Viviane. A África do Sul e a Nigéria se tornaram os principais parceiros comerciais dos chineses no continente. A China tem expandido os seus investimentos na região, nos setores de construção, têxteis, iluminação, petróleo e gás, o que vem incentivando a geração de empregos. Desbravar a África, assim como outros emergentes, é um caminho natural para as maiores cervejarias, diz Viviane. “Para ganhar market share, os grandes players têm que partir para fusões ou aquisições, o crescimento orgânico é pouco significativo”, diz . Kraft planeja rever parceria com BR Foods Alimentos De São Paulo centro um carrossel. Mas se a Louis Vuitton acredita nas mulheres frágeis, a Miu Miu, segunda marca da italiana Prada, prefere vestir moças com atitude. O preto, o azul-acinzentado e o vinho abrem o desfile, em looks de saias curtas, alguns decotes ou barrigas à mostra. A imagem, feita de laçarotes, rendinhas e estampas multicoloridas, é feminina, mas não ingênua. Há um perfume de brechó no ar, sobretudo nos vestidos-tubo e nos casacos de renda, usados com botas de cano longo (superdecoradas) ou tamancos estilo holandês. Diferente de quase todos os estilistas, Riccardo Tisci, da Givenchy, não se fixou em estampas ou texturas nesta temporada. Preferiu focar na alfaiataria. A inspiração veio das sereias e dos surfistas, mas apenas alguns detalhes remetiam ao tema. A roupa para a prática de surf, com seus recortes, deu origem a vestidos com jogo de transparência. As calças, superjustas, também lembravam o uniforme dos surfistas. O aspecto molhado apareceu em algumas texturas. As cores também fugiram da tendência da temporada, variando do "nude" ao preto, passando pelo cinza e o rosa clarinho. O mundo marinho também foi o ponto de partida da coleção de Karl Lagerfeld para a Chanel. A coleção abusa das texturas, para além do tradicional tweed que sempre esteve presente nas coleções da grife. Entre pequenas extravagâncias, como saias ou ombros volumosos, há muitos looks prontos para sair da passarela e irem direto para o guarda-roupa de uma alta executiva. Paralelamente à apresentação, um outro desfile ocorria na plateia, com inúmeras celebridades balançando suas bolsas Chanel – a “it bag” que não dá sinais de sair de cena. A Hermès, como a Dior, preferiu explorar um universo conhecido — o das viagens. A coleção passa pelo estilo étnico (México, Grécia e África), mas nunca se permite cair no exagero ou no caricato. A intenção, disse, após a apresentação, o estilista Christophe Lemaire, era criar uma coleção simples, porém rica. Para isso, vestiu as mulheres com tecidos naturais, muito bem cortados, para provar que a verdadeira elegância é algo que só se alcança com a maturidade — e alguns milhares de euros. A iminente divisão da multinacional Kraft Foods em duas empresas globais, anunciada há dois meses, deve fazer com que a subsidiária brasileira reveja a joint venture mantida com a BR Foods na produção local do cream cheese Philadelphia. No novo cenário, também não está descartada a possibilidade de licenciamento da marca Royal, que dá nome a sobremesas, gelatinas e fermento em pó. “Vamos ter que pensar na nossa parceria a partir de agora”, disse ao Valor o presidente da Kraft Brasil, Marcos Grasso, referindo-se à BR Foods. Desde o lançamento do queijo Philadelphia no Brasil, em 2003, a Kraft trabalha com parceiros na distribuição. Em 2008, a empresa anunciou a joint venture com a Sadia, que acabou se unindo à Perdigão na BR Foods no ano seguinte. À época, foram investidos R$ 30 milhões na empresa, que tem 51% das suas ações nas mãos da Kraft. Grasso não deixou claro se há a possibilidade de venda. “Ainda vamos definir a forma como a marca vai continuar no mercado”, disse o executivo, que promete crescimento de dois dígitos para a Kraft Brasil este ano. Segundo a nova estrutura de negócios da Kraft, será criada uma empresa só para a divisão de mercearia da América do Norte (bebidas, queijos e refeições prontas), que tem marcas importantes, mas de baixo crescimento. O faturamento anual dessa unidade será da ordem de US$ 16 bilhões, a metade do que deve faturar a outra divisão, que vai reunir chocolates, biscoitos, balas e chicletes. Quase todo o portfólio da Kraft Brasil está nesses segmentos. As exceções são Philadelphia, Royal e Tang. “A separação das áreas foi definida globalmente, mas produtos específicos de país a país podem até continuar na mesma divisão”, disse o diretor de assuntos corporativos e governamentais da Kraft Brasil, Fabio Acerbi. No mundo, a multinacional planeja concluir a cisão ao fim de 2012. (DM) valor.com.br Center Norte Shopping abre as portas hoje A Cetesb afastou ontem o risco de explosão do complexo do shopping, após vistoriar os drenos instalados no local. O shopping ficou fechado ontem. À noite, a prefeitura decidiu revogar a suspensão das atividades.
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