Leia - Associação Brasileira de Angus
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Impresso Maio de 2007 Especial 1 2219/03 – DR/RS Associação Brasileira de Angus CORREIOS 2 Maio de 2007 Associação Brasileira de Angus Diretoria Executiva Diretor Presidente José Paulo Dornelles Cairoli Diretor 1º Vice-Presidente Luiz Anselmo Cassol Diretor Vice-Presidente Joaquim Francisco B. de Assumpção Mello Diretor Vice-Presidente Renato Zancanaro Diretor Vice-Presidente Paulo de Castro Marques Diretor Financeiro Fábio Luiz Gomes Diretor Administrativo João Francisco Bade Wolf Diretor de Marketing Luiz Eduardo Batalha Diretor de Núcleos Flávio Montenegro Alves Diretor do Programa Carne Angus Certificada Vivian Diesel Potter Conselho de Administração Conselheiro Estratégico Marcus Vinicius Pratini de Moraes Membros Eleitos Afonso Antunes da Motta Antônio dos Santos Maciel Neto Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno Luís Felipe Ferreira da Costa Valdomiro Poliselli Júnior Membros Natos (Ex-Presidentes da ABA) Angelo Bastos Tellechea Antonio Martins Bastos Filho Fernando Bonotto Hermes Pinto João Vieira de Macedo Neto José Roberto Pires Weber Reynaldo Titoff Salvador Conselho Fiscal Membros Efetivos Cláudia Scalzzilli Paulo Valdez Roberto Soares Beck Membros Suplentes Elizabeth Linhares Torelly Luís Henrique Sesti Mariana Tellechea Conselho Técnico Ricardo Macedo Gregory (Presidente) [email protected] Antônio Martins Bastos Filho [email protected] Cristopher Fillippon [email protected] Luis Felipe Moura [email protected] Luiz Alberto Muller [email protected] Susana Macedo Salvador [email protected] Amilton Cardoso Elias – Representante ANC [email protected] Coordenação Fernando Furtado Velloso [email protected] Jornalistas Responsáveis Eduardo Fehn Teixeira - MTb/RS 4655 e Horst Knak - MTB/RS 4834 Colaboradores: jorn. Nelson Moreira e jorn. Daniela Manfron Apoio: Assessoria de Imprensa da ABA jorn. Luciana Bueno Diagramação: Jorge Macedo Departamento Comercial: Daniela Manfron 51 3231.6210 // 51 8116.9784 Edição, Diagramação, Arte e Finalização Agência Ciranda - Fone 51 3231.6210 Av. Getúlio Vargas, 908 - conj. 502 CEP 90.150-002 - Porto Alegre - RS www.agenciaciranda.com.br [email protected] Associação Brasileira de Angus Av. Carlos Gomes, 141 / conj. 501 CEP 90.480-003 - Porto Alegre - RS www.angus.org.br [email protected] Fone: 51 3328.9122 * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Fotos de capa: ABA / Divulgação EDITORIAL Compromisso com a qualidade Prezados associados e criadores da raça, um novo modelo de gestão começa a ser implementado na Associação Brasileira de Angus. Desde março, a equipe Angus realiza treinamento de Implantação do Sistema para Gestão da Qualidade Total alinhado conforme o Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ). O objetivo vem ao encontro de uma das nossas metas: a gestão focada ao cliente. Através dos modelos de excelência que serão adotados, vamos prezar, ainda mais, o planejamento, manutenção e melhoria da qua- lidade, resultados que traduzem o gerenciamento na qualidade total e reforçam o ponto de equilíbrio necessário nas organizações: a promoção de desafios para alcançar novos objetivos e resultados com motivação! Ainda nesse próximo semestre estaremos concluindo outra ação voltada ao cliente Angus: a repaginação do site da Associação Brasileira de Angus. Mais interativo, com informações e serviços disponibilizados de forma ágil e dinâmica, o novo site apresentará um sistema de busca de notícias por categorias (como exposições, leilões chancelados, agenda de eventos). Estamos todos trabalhando para seu lançamento na Expointer 2007. Também vamos acompanhar, nesta edição do jornal, reportagem especial sobre a preferência do mercado pelos animais Angus. Nas feiras de outono pudemos comprovar a sobrevalorização dos preços dos terneiros, novilhas e touros Angus. Em Esteio, obtivemos valor médio de R$ 3,83 quilo/vivo para terneiros Angus e de R$ 4,46 Kg/ vv para as novilhas Angus e cruza Angus. Outro destaque, ratificado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), foi o aumento da participação da raça no rebanho nacional. Em 2006, foram comercializadas mais de 613 mil doses de semens Angus (em 2005 foram 503 mil). No entanto, mesmo com esse crescimento significativo, a expectativa é ainda mais otimista no curto e médio pra- zos. Ao lançarmos a certificação da Carne Angus no centro do país, no início do mês, em SP – através de parceria com o Frigorífico Marfrig –, comprovamos o acerto das nossas escolhas feitas no início da década. Porém, como o mercado já informou que deseja a Carne Angus (por todas as características que já conhecemos como sabor e maciez), resta a nós o compromisso de trabalharmos, juntos, para a padronização de carcaças e propagação da Angus no país. Procure a Associação, converse com os técnicos e conheça nossos serviços! Boa leitura, José Paulo Dornelles Cairoli Presidente da ABA MOVIMENTO ABA implanta Sistema para Gestão da Qualidade Total Convênio ABA & Scot Consultoria Foto: ABA/Divulgação Com objetivo de buscar a melhoria contínua nos seus serviços e a excelência organizacional, em março deste ano a Associação Brasileira de Equipe da ABA, durante o treinamento na sede, em Porto Alegre Angus iniciou a implantação do Sistema para dias 28, 29 e 30 de maio. O objea Gestão da Qualidade Total. tivo foi apresentar, desenvolver e implantar os conceitos e métodos treinamento é composto de usados para a Gestão da Qualidatrês etapas: Sensibilização, de, alinhados com os modelos de Gestão pela Excelência e excelência de acordo com o PGQP Gestão com uso de Indicadores. – Programa Gaúcho de Qualidade A primeira parte do sistema foi e Produtividade. realizada dia 27 de março, na sede A terceira etapa, Gestão com da ABA, com a participação da uso de Indicadores - Implantação equipe de funcionários e tem como objetivo capacitar os prestadores de serviços. Na ocasião participantes nas principais técniforam abordados temas como: Ori- cas e fundamentos para o gem, importância da qualidade, os Gerenciamento da Rotina, com o Fundamentos da Qualidade; Pes- uso de Indicadores, na Gestão para soas; Processos; O Modelo Excelência. Ao final do curso, os PDCA; e os Fundamentos da Ex- participantes serão capazes de escelência. pecificar e utilizar indicadores para A segunda etapa da Gestão da acompanhamento e gestão dos reQualidade Total foi realizada nos sultados. O Durante o ano de 2006, os associados que receberam os informativos pecuários semanais “Boi & Companhia”, produzidos pela Scot Consultoria, tiveram o patrocínio da Associação Brasileira de Angus (ABA). A partir da edição nº 716, esta cortesia expira e os planos para novas assinaturas terão descontos especiais para associados, técnicos da ABA e participantes do Programa Carne Angus Certificada. Para continuar a recebê-lo, será necessário enviar um e-mail para [email protected] solicitando a tabela com valores especiais. Os informativos da Scot Consultoria contemplam vários temas com excelente conteúdo técnico e de interesse direto do produtor como: cotações, análise de mercado, artigos técnicos, valores de insumos agropecuários, principais novidades no setor e demais informações. Além do recebimento destas informações completas sobre mercado e cotações, os assinantes dos informativos “Boi & Companhia” têm à sua disposição, gratuitamente, a melhor equipe de profissionais para esclarecimentos, consultas e informações de mercado. Por certo, esta parceria entre a ABA e a Scot contribuiu para ampliar o acesso a mais uma fonte confiável de informação ao produtor. Parceria Angus - BeefPoint No início deste ano, a Associação Brasileira de Angus firmou parceria com o Portal do Agripoint, BeefPoint. A negociação prevê a divulgação da entidade através de banners digitais nas seções Marketing da Carne e Raças e Genética, assim como nas newsletters semanais distribuídas a mais de 50 mil nomes cadastrados. A ação tem como objetivo expandir a raça e o Programa Carne Angus Certificada em nível nacional. O Beef Point atua há seis anos na difusão da cadeia produtiva da carne, atarvés de artigos técnicos, análises de mercado, cotações e notícias. Maio de 2007 MOVIMENTO 3 Nacional de Angus A força da raça na Feicorte 2007 Considerado um dos maiores eventos da cadeia produtiva da carne bovina, a 13ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte 2007) - maior evento indoor da pecuária de corte na América Latina - será realizada entre os dias 19 e 23 de junho, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, SP Angus promete crescer ainda mais na maior feira indoor da América Latina E durante a Feicorte 2007, o Núcleo Paulista de Criadores de Angus e a Associação Brasileira de Angus (ABA) promovem, de 15 a 24 de junho, a VII Exposição Nacional da Raça Angus, com o Leilão Prime Angus, programado para o dia 20, a partir das 19 horas. Destaque especial na programação Angus na Feicorte para o Seminário do Programa Carne Angus Certificada, no dia 22, às 14 horas, com ênfase ao início da operação do programa da ABA com o novo parceiro, o Frigorífico Marfrig. As informações do Núcleo Paulista de Criadores de Angus dão conta da inscrição de cerca de 250 animais, aprsentados por mais de 20 criadores. “O ponto alto desta Feicorte, além do nível dos animais, da escolha dos campeões e do leilão Prime Angus, com certeza é a apresentação e início da operação do Programa Carne Seminário na Feicorte apresenta vantagens do Angus no cruzamento No dia 22 de junho, durante a Feicorte 2007, a ABA está preparando um grande seminário sobre o Programa Carne Angus e o cruzamento com Angus. Na vitrine da Pecuária Nacional, os participantes conhecerão as vantagens do Angus no cruzamento, tendências do mercado do boi Gordo, as vantagens oferecidas aos produtores participantes do Programa Carne Angus entre Carcaças Angus outros temas. O evento é uma realização do Núcleo Angus São Paulo e Associação Brasileira de Angus, em parceria com o Frigorífico Marfrig e Frigorífico Mercosul. Confira a programação completa nos sites www.carneangus.org.br e site www.angus.org.br. Angus Certificada, juntamente com o novo parceiro, o Frigorífico Marfrig, com abrangência para as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil”, enfatiza o criador Paulo de Castro Marques, presidente do Núcleo Paulista de Criadores de Angus. Conforme o dirigente, os criadores esperam que o programa da ABA não só organize, como também venha a remunerar melhor a produção a partir da genética Angus. “Os criadores de Angus de São Paulo venderam todos os touros produzidos e a comercialização de sêmen Angus cresce em todo o País, mostrando a forte pressão da genética Angus no mercado”, acrescenta Paulo de Castro Marques. Na escolha dos campeões Angus nesta Feicorte vai atuar o jurado norte-americano Doug Satree, juntamente com o trabalho dos técnicos da ABA Antonio Chaves Neto, Flávio Montenegro Alves e Rednilson Góis. Os campeões Angus serão escolhidos nos dias 21 e 22 de junho. A expectativa dos organizadores da Feicorte para este ano é que haja um incremento na movimentação de negócios, fazendo com que o faturamento gerado pela feira seja ampliado em relação ao ano passado. Nesta edição, a Feicorte contará com cerca de quatro mil animais, representados por mais de 20 raças zebuínas, taurinas e sintéticas, de 1 mil criadores de todo País. Funcionando como uma grande vitrine da bovinocultura nacional, criadores e investidores em pecuária de alta performance podem conferir na Feicorte a melhor genética do Brasil, equipamentos de última geração, produtos e serviços para a produção de carne e muita informação sobre este setor, além de gerar negócios com a comerciali-zação animais, insumos, produtos e serviços. A Feira ocupa mais de 50 mil m² de área coberta e conta com uma es- trutura de 10 auditórios para congressos e seminários, alojamento para tratadores, recinto de leilões com ar condicionado e amplo estacionamento. Em 2006, a Feicorte encerrou sua décima segunda edição com crescimento de 10% em relação à edição do ano anterior (2005). Em 2005, no setor de animais, a feira totalizou em R$ 14 milhões. E em 2006 o faturamento saltou para cerca de R$ 15,5 milhões na comercialização de animais. A movimentação global dos leilões registrou crescimento de 12,24% e média geral 27,80% superior à 2005. Na edição de 2006, a feira contou com mais de 3,5 mil animais, representando 20 raças zebuínas, taurinas e sintéticas, que foram apresentados por mais de 500 criadores e de 1.000 propriedades de todo País. PROGRAMAÇÃO Entrada dos animais: 15 a 17/06 - (7h30min às 19h30min) Pesagem dos animais: 18/06 ( data base) Leilão Prime Angus: 20/06 (19h) Julgamento: 21 e 22/06 (dia 22 pela manhã) Jantar de Confraternização: 21/06 (21h) Seminário Programa Carne Angus Certificada: 22/06 Saída dos animais: 24/06 VI Angus Rústico do Sul terá novas oportunidades de venda A Associação Brasileira de Angus promoverá o VI Angus Rústico do Sul, durante a Expointer 2007, em Esteio, RS. O evento é ranqueado e contará com julgamento de classificação e leilão. A ABA está reformulando o conceito do evento, buscando novas oportunidades de comercialização e resultados positivos para o produtor. Em resumo, mais uma oportunidade na venda de gado comercial num evento considerado máximo para animais de argola - a Expointer. Serão aceitas, somente para venda, fêmeas registradas - em lotes de 10 a 25 animais, visando aproveitar o excelente momento que a raça está passando. As inscrições ao VI Angus Rústico do Sul podem ser feitas diretamente na ABA, pelo fone/fax: 51. 3228.9122, ou por um destes e-mails: [email protected] ou [email protected]. Acompanhe novos detalhes deste evento pelo site www.angus.org.br. Informações (ABA): 51 3328.9122 4 Maio de 2007 CARNE Iniciam atividades do Programa Carne Angus em São Paulo Fotos: Divulgação/ABA A Associação Brasileira de Angus (ABA) acaba de dar um passo de enorme importância para os criadores brasileiros de Angus, para os pecuaristas produtores de carne de qualidade das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e para a cadeia da carne bovina como um todo, do produtor à indústria e dali aos mercados consumidores Reunindo mais de 150 participantes, entre produtores, técnicos, lideranças da pecuária nacional, empresários do setor de carnes e alimentação, autoridades e dirigentes de empresas e entidades da área, a ABA, em parceria do Frigorífico Marfrig, lançou o Programa Carne Angus Certificada e a certificação da Carne Angus no centro do País. O lançamento ao mercado foi feito em concorrido evento realizado no dia 2 de junho, na Unidade II do Frigorífico Marfrig, situada na localidade de Promissão, no interior de São Paulo, SP. O evento, com ampla programação, permitiu que os criadores pudessem conhecer melhor as reais vantagens do uso da genética Angus no cruzamento e também os benefícios que podem ser obtidos pelos produtores integrados e participantes da certificação proporcionada pelo programa da ABA, tais como bonificações e valores superiores pelas carcaças abatidas. Assim, a partir de agora, a parceria ABA/Marfrig, estabelecida no final de 2006, vai possibilitar a certificação de animais de genética Angus, inicialmente num raio de 500 quilômetros da unidade do Marfrig em Promissão. “Esta parceria vai valorizar a ca- deia produtiva da carne brasileira. Além do crescimento da Angus no País, através do cruzamento, haverá valorização nas vendas tanto no mercado interno como externo”, promoveu o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Paulo Dornelles Cairoli, que abriu o evento juntamente com o diretor-presidente do Marfrig, Marcos Molina dos Santos. Um produto diferente, de primeira linha! Para o diretor de pecuária do Marfrig, Angelo Friguetto, o evento de lançamento do Programa Carne Angus Certificada foi extremamente proveitoso para a cadeia da carne e as expectativas, tanto do frigorífico como dos produtores sobre a novidades, são das melhores. “Estamos iniciando a operação de um novo produto, que vai gerar carnes certificadas Angus, um produto diferente, realmente de primeira linha”, definiu. “Este encontro reuniu grandes pecuaristas, inclusive dirigentes de outras associações de raças e possivelmente foi o mais importante evento dos últimos tempos no setor. Um reconhecimento da importância do O presidente do Marfrig, Marcos Molina, festejou a nova parceria Platéia atenta acompanha a descrição do Programa Carne Angus, na unidade do Marfrig em Promissão, SP penúltimo elo da cadeia produtiva”, sintetizou o diretor de Marketing da Associação Brasileira de Angus, Luiz Eduardo Batalha. Segundo ele, a relação entre produtor e frigorífico sempre foi tensa e o que se viu neste evento foi justamente o contrário, ou seja, uma total integração, que no final da cadeia ajuda o consumidor a conhecer o diferencial da carne Angus. “Nossa carne vale ouro e temos "Agora vamos produzir bem e mais rápido a carne que vale ouro" que incentivar nossa capacidade de produzir bem e mais rápido”, definiu Batalha. Para o diretor de marketing da ABA, o Marfrig é um frigorífico de primeiro mundo, desde o transporte, passando pelas instalações e até propriamente o abate. É uma empresa que concentra seu foco na pecuária e temos toda esta estrutura à nossa disposição. “É a consolidação de uma trajetória e agora o Programa Carne Angus não pára mais”, festejou Batalha, observando que o que é bom demanda cuidados, mas o resultado é muito superior e por isso temos que seguir esse caminho da profissionalização, sentenciou. Presenças de peso dão consistência ao projeto Além dos empresários dedicados à produção pecuária, Roberto Barcellos fez questão de mencionar a presença de vários proprietários de conhecidas churrascarias no evento, entre outros destacados clientes do frigorífico. Entre as churrascarias, ele enalteceu a presença de representantes da Parrilla Pobre Juan, Porcão, Barbacoa e Vento Aragano, todos com unidades localizadas no Sudeste do Brasil. E citou ainda as empresas Alta Genetics, Axel Gen, ABS Pecplan e Semex e ainda da Pfizer e Nutron. Após o roteiro de palestras, representantes de diferentes setores da cadeia da carne foram convidados a compor uma mesa redonda de debates e depoimentos sobre Angus. Um dos pontos altos deste momento da programação do evento foi protagonizado pelo ator global Tarcísio Meira. Produtor rural há mais de 30 anos no estado do Pará, onde toca a M&M Pecuária, com a tônica operacional voltada ao cruzamento industrial, ele realizou um cuidadoso depoimento sobre Entre as presenças ilustres, o ator e pecuarista Tarcísio Meira (centro) os benefícios e crescentes ganhos ao pecuarista resultantes do uso da genética Angus em seu rebanho de produção. Na mesa redonda, Tarcísio Meira foi enfático sobre a importância do Programa Carne Angus Certificada quanto à real valorização da qualidade dos animais produzidos dentro dos padrões que estão sendo claramente indicados. Além de Meira, outros produtores e representantes da cadeia da carne prestaram de- poimentos a uma platéia nitidamente interessada e questionadora, participativa. No final das atividades do evento realizado no Frigorífico Marfrig, o assador Arildo (que se deslocou de Campo Grande/MS), promoveu uma degustação da carne Angus aos presentes. O assado da M&M Pecuária, da propriedade de Tarcísio Meira, foi servido num restaurante montado no local do evento. Maio de 2007 CARNE Os ganhos de cruzar com Angus Fotos: Divulgação/ABA O coordenador do Programa Carne Angus e gerente de operações da ABA, veterinário Fernando Velloso, falou aos participantes abordando a importância e os ganhos que pode auferir o produtor com a prática do cruzamento a partir da genética Angus. Velloso informou sobre o histórico do Programa Carne Angus, desde seu início, em 2003, no Rio Grande do Sul e destacou a nova parceria com o Marfrig para a produção de carne certificada. O técnico ressaltou a importância da raça Aberdeen Angus e os diferenciais agregados à carne decorrentes das características de precocidade de deposição de gordura e de marmorização, a sua maciez e sabor, que são inerentes à genética Angus. Juntamente com o técnico do Programa da ABA, veterinário Fábio Medeiros, Velloso apresentou as tabelas de bonificação e premiação que já entraram em vigor de imediato no Marfrig. “Um dos diferenciais é a valorização de fêmeas de qualidade, que receberão preço de boi no Programa Carne Angus Certificada”, assinalou. Gado cruza Angus recebido nas instalações exemplares do Marfrig O Programa Carne Angus terá certificação com preços superiores – com valorização sobre a tabela Esalq – , e pagamento semelhante ao valor dos machos para algumas categorias de fêmeas. Genética Angus terá tabela diferenciada no Marfrig A forma de atuação do Frigorífico Marfrig, voltada à integração com os fornecedores e ao mesmo tempo também com o foco na clientela, com as atenções voltadas ao mercado como um todo, foi o ponto central da palestra do gerente de projetos especiais do frigorífico Marfrig, Roberto Barcellos, durante o evento. Ele chamou a atenção de todos os presentes ao para a importância da carne Angus e especialmente para a positividade da disseminação desta eficiente genética através do cruzamento nas regiões de interesse do Marfrig. O gerente do Marfrig igualmente apresentou simulações que evidenciam as vantagens financeiras da participação no Programa Carne Angus Certificada junto ao parceiro Marfrig. 5 Programação incluiu visita ao frigorífico Um café da manhã para todos os presentes ao evento marcou o início da programação do dia no Frigorífico Marfrig, em Promissão. Em seguida foi realizada uma visita guiada à unidade Promissão II, uma das mais modernas plantas industriais da América Latina. O grupo Marfrig, para que se tenha idéia, possui plantas industriais também nos vizinhos países Uruguai e Argentina. Trata-se de uma indústria que tem sua produção orientada para a qualidade e em diversas linhas de produtos diferenciados, voltados a clientes especiais e altamente exigentes. Os produtores tiveram a oportunidade de visitar todas as dependências da indústria e também os currais de abate, os quais estavam repletos de animais Angus, de diferentes categorias, com o intuito de demonstrar aos produtores os diferentes tipos de animais que chegam ao frigorífico, evidenciar o padrão animal que deve ser selecionado para o programa e destacar a idade e grau de acabamento exigidos. Também foi apresentada, durante a visitação, as modernas carretas que são utilizadas na unidade para o transporte de animais. As carretas são construídas de forma a minimizar o estresse dos animais transportados para abate, assim como a produção de contusões que danificam as carcaças. Almoço de confraternização encerrou o evento 6 CARNE Maio de 2007 Promovido pela Associação Brasileira de Angus (ABA) e frigoríficos Marfrig e Mercosul, no dia 11 de abril, integrando a programação da Expolondrina, o Seminário Programa Carne Angus Certificada no Paraná chamou a atenção dos produtores pela possibilidade de valorização da produção, com garantia de remuneração por qualidade. O tema do evento foi a diferenciação de preço por qualidade e garantia de mercado aos animais de cruzamento industrial com a raça Angus, numa integração com a indústria frigorífica e associação de raça. No seminário, o pecuarista Mário Wolf Filho, de Nova Canaã do Norte, MT, que há sete anos adota a Angus como a raça preferida no cruzamento industrial com o Nelore, vibrou com a oportunidade de receber bonificação por um produto diferenciado. “Estamos aguardando essa expansão da certificação da carne Angus, inclusive ao Mato Grosso, pois essa parceria com a indústria vem preencher uma lacuna que enfrentamos”, afirmou. Wolf destacou o motivo que considera essencial ocorrer uma valorização da carne dos animais Angus e cruza Fotos: ABA / Divulgação Programa Carne Angus apresentado no Paraná Evento integrouprogramação da Expolondrina 2007 Angus: “Estamos produzindo carne de qualidade e o que o mercado quer”. O gerente de projetos especiais do Frigorífico Marfrig, Roberto Barcellos, reitera a importância do pecuarista priorizar informações de marmoreio no material genético Angus utilizado. “Explicamos aos produtores os padrões desejados pela indústria como características de Produção animal sobre pastagem nativa em Livramento Com o enfoque Produção Animal com Base na Pastagem Nativa, o Núcleo de Criadores de Angus de Santana do Livramento promoveu uma rodada de palestras técnicas, dia 19 de maio, no parque do Sindicato Rural do município. ealizado em parceria com o núcleo de criadores de Brangus e com apoio de parceiros como Juntos Para Competir (Sebrae/RS, Senar e Farsul), o evento reuniu cerca de 230 pessoas, retratando a importância da integração do pasto nativo e pecuária na melhor produção da carne. “O nosso campo nativo é muito rico as discussões entre especialistas e produtores, contribuirão para troca de experiências e desenvolvimento da cadeia produtiva da carne”, explicou a presidente do Núcleo de Criadores de Angus de Livramento, Elisabeth Linhares Torelly. A criadora também destacou que pecuaristas têm condições de produzir carne de qualidade, entretanto o diferencial é a prioridade dada à padronização e aos cuidados de pasto e manejo. “Nós todos podemos produzir com qualidade utilizando o nosso campo nativo. Mas, até chegar na carne de qualidade, que vem com a padronização de carcaça possibilitada pela Angus, é preciso também estar atento ao custo de pro- R Evento foi promovido pelo núcleo de Livramento dução e ao manejo no campo”, salientou. O tema Produção de Carne de Qualidade foi apresentado pelo coordenador do Programa Carne Angus Certificada da Associação Brasileira de Angus (ABA), Fernando Velloso. O médico veterináro falou sobre as vantagens possibilitadas ao criador participante do programa de carnes da ABA e também sobre a preferência, cada vez maior, da indústria frigorífica pelo padrão racial. A potencialidade do Bioma Pampa e Princípios de Manejo foi o foco da apresentação do engenheiro agrônomo e professor da UFRGS, Carlos Nabinger. Já a Sustentabilidade Econômica e Produtiva de Sistemas de Produção Animal na Bioma Pampa foi tratada pelo médico veterinário Danilo Sant´Anna. marmoreio, que são cada vez mais valorizadas, e que é um quesito que faz o diferencial da raça Angus”, anunciou. Já o gerente de extensão rural e compra de gado do Frigorífico Mercosul, Mário Macedo, reiterou a importância de uma boa conformação para o rendimento de desossa dos animais e de um adequado grau de acabamento nas car- Degustações de carne Angus na Expoutono e Fenegócios No mês de abril, dois importantes eventos apresentaram as qualidades da carne Angus aos consumidores. Em uma atividade realizada em parceria com a Federação da Agricultura do RS (Farsul) e com o Núcleo Centro-Litorâneo de Criadores de Angus a Carne Angus Certificada foi atração no almoço servido na abertura da I Feira de Terneiros e Ventres Angus, realizada durante a Expoutono 2007. Destaque também, na mesma Exposição para o sempre impecável Restaurante da ABA no parque de Exposições Assis Brasil de Esteio, que serviu durante toda a feira cortes selecionados da carne Angus. Em Alegrete, com apoio do Núcleo Alegretense de criadores de Angus, mais uma vez a Carne Angus foi destaque na Fenegócios, em almoço realizado na ocasião em que o Presidente da ABA e também presidente da FEDERASUL, José Paulo Dorneles Cairoli falou aos empresários da região em nome desta segunda entidade. caças. “Eles devem observar para características como Área de Olho de Lombo, marmoreio e conformação, especialmente buscando a qualidade e volume peso/carcaça e não só o percentual de rendimento”, indicou. O coordenador do Programa Carne Angus Certificada, Fernando Velloso, acredita que a resposta do público, estimado em 70 pessoas, consolida uma demanda antiga dos produtores. “Tivemos uma resposta muito positiva ao apresentar a integração com fortes indústrias frigoríficas detalhando o Programa Carne Angus Certificada e as possibilidades de ganhos que são oferecidas com a certificação.” O gerente comercial da Semeia Genética, Éverson Nunes, destacou a receptividade dos pecuaristas na busca por informações sobre certificação e cruzamento com a Angus. “O público demonstrou muito interesse, o Programa Carne Angus deve deslanchar em direção ao centro do País”, comentou. O gerente taurinos de corte da Lagoa da Serra, Alexandre Zadra, estima um incremento superior a 30% na venda de sêmen Angus no Brasil este ano, sobre 2006, com a difusão do cruzamento com a raça. “A Angus é a raça que mais cresce. A tendência é o crescimento do Programa Carne Angus Certificada para o centro-norte do país”, considerou. ABA no Encorte As oportunidades para produção de carne de qualidade superior, agregando renda à pecuária gaúcha pela diferenciação proporcionada pela Certificação da Carne Angus foi a abordagem apresentada pelo técnico do Programa Carne Angus Certificada, veterinário Fábio Medeiros, na abertura do 16º Encorte, em Santa Maria (RS). Medeiros enfatizou as características e benefícios da certificação da carne Angus, realizada desde 2003, com suas bonificações corrigidas, e a valorização garantida pelos consumidores. Outro destaque do evento, organizado pelo professor Saul Fontoura da Silva, foi o painel ‘Debate sobre as perspectivas da pecuária gaúcha. Para onde vamos?’. Conforme o professor, o debate dos rumos da pecuária do RS foi considerado um dos pontos fortes do encontro. “Nós temos carne de qualidade e manejo diferenciado a pasto, precisamos nos concentrar em bem-estar animal e manejo sanitário.” Entre os participantes do painel estiveram Gustavo Móglia, pelo Frigorífico Mercosul; Fabiano Vaz, pelo Frigorífico Silva; o chefe da Divisão de Fiscalização e Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Agricultura, Fernando Groff; e o vice-coordenador da Bovinocultura de Corte da Farsul e diretor administrativo da Associação Brasileira de Angus, João Francisco Bade Wolf. Entre os assuntos debatidos destaque para o tema ‘Bem-estar animal e qualidade de carne bovina’, apresentado pelo médico veterinário Jair de Araújo Marques, do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), e, ‘Uma visão técnica sobre a febre aftosa’ sob a visão do professor do Departamento de Patologia Veterinária da UFSM, Cláudio Barros. Maio de 2007 7 8 CONSELHO TÉCNICO Maio de 2007 Corpo Técnico padroniza critérios de seleção da raça Treinamento e integração foram realizados no interior gaúcho, em abril, durante encontro anual De 18 a 20 de abril, a Associação Brasileira de Angus (ABA), reuniu seus técnicos de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul na Reunião Anual do Corpo Técnico. O objetivo foi atualizar e treinar os profissionais, com trabalhos teóricos e práticos, numa ação que proporcionou a padronização de critérios de seleção da Angus no País, além da integração da equipe, com uma rotina de trabalhos que incluiu a visitação a rebanhos da Fronteira Oeste gaúcha. O presidente do Conselho Técnico, Ricardo Gregory, coordenou a reunião, auxiliado pelo assessor técnico da ABA, Dimas Rocha. A programação do primeiro dia teve apresentação de relatório de atividades da ABA e Conselho Técnico, além de palestras que tra- historiando os resultados colhidos, com as suas vinculações, em medições que vem sendo realizadas na Umbu desde 2002, onde inclusive há aplicação também, de forma diferenciada, nas gerações ao desmame. Posteriormente, o professor médico veterinário Walter Ney Ribeiro discorreu sobre a metodologia que aplica na revisão e avaliação dos reprodutores machos Umbu, trabalhos que começam com uma primeira apreciação aos 15 meses. Técnicos da ABA participaram das atividades em vários estabelecimentos Pecplan, Marcelo Selistre tratou dos os critérios de seleção de touros para a central de inseminação artificial. Finalizando esta etapa, a consulto- Parte prática incluiu presença de técnicos do GenSys taram de temas pontuais como o manejo da vaca com cria e crescimento do bovino, realizada pelo médico veterinário, professor do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Agronomia da UFRGS, Júlio Barcellos. A parte teórica do encontro seguiu com a apresentação dos novos relatórios de avaliação genética no âmbito do Programa de Melhoramento Genético (Promebo), apontados por Mário Luis Piccoli, da GenSys. O sócio-gerente da Semeia Genética, Léo Fraga Warszawsky abordou a produção de carne com qualidade e o técnico de Corte Europeu da ABS gestando, exemplares em regime de cabanha e o conjunto de vacas doadoras do programa de transferência de embriões da Cabanha Umbu. “ Foi uma enorme satisfação poder apresentar para um grupo tão diferenciado o trabalho realizado e os resultados obtidos”, comemorou Fernando Tellechea. Em Alegrete, a equipe percorreu a Fazenda Cerro do Dinheiro, de Afonso Antunes da Motta. A responsável técnica, Adriana Verissimo abriu o debate sobre cruzamento com Angus e ra Sandra Farias Moraes ministrou a palestra “Cultivando Pessoas”, com enfoque à importância do trabalho em equipe e ética profissional. “Este encontro foi muito positivo, visto que permitiu a atualização de conhecimentos e padronização de critérios de seleção para os técnicos” , avaliou Gregory. A parte prática do encontro iniciou na Estância Santa Helena, em Uruguaiana, propriedade de Eduardo Macedo Linhares. A equipe, recebida pela responsável pela seleção dos plantéis da GAP Genética, Ângela Linhares da Silva, e pelo diretor comer- cial da GAP, João Paulo da Silva, foi orientada na realização da avaliação fenotípica, sob orientação de Ricardo Gregory, Susana Salvador e Luis Alberto Müller. Foram selecionados animais de diferentes tipos para aproximar o mais possível da realidade vivenciada pelos técnicos nos seus trabalhos a campo. Segundo Ângela, “foram selecionados animais polêmicos, com diversos fenótipos e, com isso, os técnicos tiveram a oportunidade de avaliar tipos diferentes e debater a questão em grupo”, frisou. Ricardo Gregory reiterou a importância do trabalho desenvolvido na Santa Helena. “Foi o momento a ser destacado no evento, pois os técnicos puderam revisar e simular os critérios de seleção para fêmeas e machos Angus”. O grupo também visitou rebanhos Angus da região. Na Cabanha Umbu, de Angelo Bastos Tellechea, em Uruguaiana, os técnicos assistiram a apresentação do Engenheiro Agrônomo Fernando Tellechea, sobre o sistema aplicado pela Cabanha Umbu na criação de seus reprodutores fêmeas e machos, Angus e Brangus. Na seqüência, foi feita abordagem sobre as avaliações de AOL (Área de Olho de Lombo), realizada pelo professor zootecnista Jaime Tarouco, Fernando Tellechea mostra trabalho realizado na Cabanha Umbu Após essa parte com transmissão de informações e procedimentos, os visitantes acompanhados pelo médico veterinário Mário Luiz Riveiro fizeram uma visita à estância onde foi mostrada as gerações de touros para venda em 2007, bem como rodeios a campo de vacas e novilhas Angus que estão produção de novilhos para o Programa Carne Angus Certificada. Para o próximo ano, o presidente do Conselho Técnico da Angus adiantou que a intenção é levar o encontro para São Paulo ou Paraná, a pedido dos técnicos e criadores da região Equipe do Conselho Técnico na Gap Genética Corpo Técnico da Associação Brasileira de Angus - faça contato Maio de 2007 9 10 CONSELHO TÉCNICO Maio de 2007 CDP – Controle de Desenvolvimento Ponderal A necessidade do CDP, como prova zootécnica e como obrigatoriedade para algumas exposições, justifica o expressivo número de animais inscritos no programa de controle, cujas finalidades são: O “CDP” tem por finalidade: a) Efetuar e registrar as pesagens dos bovinos das raças de corte e mistas para as quais a “ANC” mantém convênio com o Ministério da Agricultura e do Abastecimento para a manutenção de seus Registros Genealógicos, ou por delegação de entidade mantenedora dos registros de outras raças, bem como analisar os dados colhidos, fornecendo aos criadores ou proprietários, subsidios para efeito de melhoramento de seus rebanhos; b) Identificar nos rebanhos inscritos, os indivíduos, linhagens e famílias de maior velocidade de ganho de peso, a fim de orientar os trabalhos de seleção; e, c) Evidenciar o comportamento médio das raças de corte e mistas mencionadas, quanto ao desenvolvimento ponderal até aos 18 (dezoito) meses de idade. Como participar? Os criadores que tiverem interesse em controlar seus animais pelo “CDP” deverão encaminhar o pedido de controle por inscrito à “ANC”, em formulário específico. Poderão ser controlados pelo “CDP” animais de ambos os sexos, registrados no Herd Book Brasileiro. Os pedidos de controle deverão ser encaminhados, no máximo, até dois (2) meses após o nascimento dos produtos. Todo produto nascido entre uma pesagem realizada pelo Técnico credenciado e outra, deverá ser apresentado para o controle inicial. O animal controlado pelo serviço será tatuado na orelha direita com o símbolo “CDP” na primeira pesagem realizada pelo Técnico credenciado. As pesagens serão efetuadas, quatro (4) vezes ao ano. Destas, duas realizadas (2) pelo criador e duas (2) pelo técnico. Técnicos que executarão as pesagens serão credenciados pela Direção do “CDP”. Pesagens de janeiro e julho são de responsabilidade do técnico. A pesagem ao nascer ficará a cargo dos criadores, devendo estes estarem aparelhados para este fim. Considerando a expansão de exposições com exigência de CDP, este como prova zootécnica vem suprir estas informações. Números avaliados entre 2000 e 2006 mostram que a Raça Aberdeen Angus possui o maior número de animais controlados. O CDP consiste em quatro pesagens até os 18 meses e o controle é realizado pela ANC Herd Book Collares. - Veja Gráfico e Tabela1. A base do CDP é o controle de peso na fazenda Fonte: ANC Herd Book Collares Dados avaliados de 2000 a 2006 Consideradas somente as raças avaliadas pela ANC Últimas Deliberações do Conselho Técnico Prezados Criadores da Raça Aberdeen Angus Como resultado das últimas deliberações do Conselho Técnico, vimos por meio desta, informar: Circular Técnica – 01/2007 Alterações referentes ao Regulamento de Exposições e Regulamento do Ranking Oficial, vigentes a partir de 2007: 1) Regulamento de Exposições Rankeadas da Raça Angus Exigências Reprodutivas Art. 10 º As fêmeas de argola com idade igual ou superior a 20 meses deverão apresentar atestado de prenhez ou cópia do Relatório de Coleta e Congelamento de Embriões - ANC nos últimos 120 dias; Parágrafo Primeiro – fêmeas de argola com idade igual ou superior a 24 meses necessitarão apresentar pre- nhez confirmada ou cria ao pé (independente de estarem em Programas de TE); Parágrafo Segundo – após a confirmação do 1º parto serão aceitos atestados de coleta e embriões viáveis nos últimos 120 dias; Alteração para 2007 Parágrafo terceiro – As vacas com cria ao pé após 180 dias pós-parto devem estar prenhes ou em programas de T.E.. Terneiros ao pé da vaca com mais de noventa (90) dias devem obrigatoriamente apresentar registro provisório. 2) Ranking Oficial dos Criadores e Expositores da Raça Angus Alteração para 2007 Item 8 - Cada produto contará ponto apenas duas vezes no ano. Se o animal participar de várias exposições serão consideradas as duas que lhe conferirem a melhor pontuação. No caso de parcerias, os pontos poderão ser da parceria, divididos entre os proprietários ou absorvidos por uma das partes conforme comunicado prévio a ABA. As parcerias devem ser oficializadas no momento da inscrição. I t e m 9 - No caso de comercialização de um animal, este contará pontos novamente em nome do outro expositor. Para a pontuação de criador, o mesmo animal somente pontuará duas vezes no ano. Os novos proprietários/expositores devem regularizar junto a ABA, mediante documentação, a propriedade ou parceria do animal. A data limite para comprovação junto à ABA é 30/10. Caso contrário esse expositor não participará do ranking. Circular Técnica – 02/2007 Como resultado das últimas deliberações do Conselho Técnico, vimos por meio desta, informar normas referentes a coleta de amostras para exames de DNA e controle de paternidade. O Conselho Técnico busca iniciar a formação de um banco de DNA. Para fins de controle de paternidade, a partir de 1° de janeiro de 2007, o Conselho Técnico regulamenta as seguintes normas: § Em todas as exposições Rankeadas ABA de Argola, será sorteado um animal por expositor para realizar teste de paternidade; § Somente animais nascidos a partir de 1° de janeiro de 2007 serão controlados, nas exposições; § A Comissão de Admissão terá a responsabilidade de realizar o sorteio, a coleta de amostra e o encaminhamento do material para teste; § A ABA custeará os valores referentes à coleta de amostras, envio e tes- te de paternidade, nas exposições; § No caso, da não confirmação da paternidade, o animal e seu criatório serão submetidos ao Regulamento de Serviço de Registro Genealógico de Bovinos - ANC. Todas estas alterações estão sendo feitas por contribuições de criadores, discussões da diretoria, auxílio dos Técnicos da ABA e com o objetivo maior de qualificar cada vez mais nossos rebanhos. O associado que tiver interesse nos regulamentos 2007 na sua íntegra favor solicitar via e-mail [email protected] ou pelo telefone 51 3328 9122. Não hesite em contatar-nos no caso de dúvidas e sugestões. Atenciosamente Ricardo Macedo Gregory Presidente do Conselho Técnico Maio de 2007 11 12 Maio de 2007 RANKING 2007 Parcial do Ranking Angus 2007 Computados os resultados dos seis primeiros eventos integrantes do Ranking Angus 2007 (Emapa/Avaré, SP – Expolondrina, PR – Exposição de Uruguaiana, RS – Expoutono, RS – Itapetininga, SP – Santa Maria, RS), a Reconquista Agropecuária, de José Paulo Dornelles Cairoli (Alegrete, RS), lidera o ranking de argola nos quesitos de Criador e Expositor. A segunda colocada no ranking dos criadores é a Cabanha Rincon Del Sarandy, segui- da da Agropecuária Fumaça, de Elio Sacco. Na categoria expositor, a segunda colocada é Casa Branca Agropastoril, de Paulo de Castro Marques, seguida da Agropecuária Fumaça, de Elio Sacco. No ranking de rústicos, consideradas a Exposição de Outono de Uruguaiana e o Outono Angus Show (Expoutono), realizada em Esteio, RS, a liderança como criador e expositor é de Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello, Fazenda Santa Eulália (Pelotas, RS). Como criador, Eduardo Macedo Linhares, da GAP Genética, é segundo, ficando em terceiro a criadora Carla Sandra Staiger Schneider, Cabanha Santa Bárbara. Na categoria expositor, o segundo colocado é Carla Sandra Staiger Schneider e, em terceiro, Eduardo Macedo Linhares. Veja nas tabelas abaixo, os 10 primeiros colocados no ranking de argola e os oito classificados no ranking de rústicos. Julgamentos do Outono Angus Show, um dos eventos integrantes do ranking Maio de 2007 13 14 INFORME PUBLICITÁRIO Maio de 2007 A Melhor Defesa é ACATAK® é um inibidor de crescimento dos carrapatos que age impedindo que as formas jovens dos carrapatos atinjam a fase adulta. Seu efeito longa ação faz com que as larvas infestantes presentes nas pastagens, ao subirem nos bovinos, sofram o efeito do produto, o que resulta na limpeza dos pastos e do animal, com a redução da infestação parasitária. Isso se torna ainda mais importante se considerarmos que 9 5 % da infestação encontra-se na pastagem e somente 5 % está sobre o animal. FACILIDADE DE APLICAÇÃO E EFEITO LONGA AÇÃO A aplicação pour on de ACATAK® é muito fácil e seu efeito sistêmico protege o rebanho por mais tempo que os carrapaticidas convencionais, pois permanece depositado na gordura corporal, de onde é gradativamente liberado, mantendo um nível plasmático adequado para a proteção dos animais. AÇÃO CONTRA CARRAPATOS RESISTENTES ACATAK® atua perfeitamente em todas as cepas de carrapatos resistentes às moléculas convencionais (piretróide, amitraz, organofosforado, fipronil ou mesmo avermectina). Age por via sistêmica mesclado às proteínas do sangue, portanto, age no carrapato quando ele pica, não havendo região protegida contra o seu efeito. MANTÉM A IMUNIDADE CONTRA A T.P.B. Outro benefício fundamental com o uso de ACATAK® é que como as larvas e ninfas morrem durante a fase de parasitismo, mantém a imunidade contra a Tristeza Parasitária Bovina, pois inoculam a Babesia spp o que estimula o organismo a produzir ACATAK® ! anticorpos. Isto evita a necessidade de “carrapatear” os animais, tática utilizada indevidamente por alguns, pois além de criar uma imunidade pouco confiável, ainda gera prejuízos a partir do parasitismo dos animais. DESEMPENHO PRODUTIVO SUPERIOR Livre de carrapatos e do estresse causado por sucessivos tratamentos carrapaticidas em curto intervalo de tempo, os animais tratados com ACATAK® alcançam seu melhor desempenho produtivo, traduzido em maior ganho de peso, melhor conversão alimentar, menor idade ao abate, maior taxa de prenhez, maior taxa de concepção, redução de abortos, etc... Procure as revendas agropecuárias parceiras e entre também nessa era de controle eficaz do carrapato. A Melhor Defesa é ACATAK®. Touros Semeia/Select Sires batem recorde de Preços Mais uma vez a Genética Semeia/Select Sires comprova a rentabilidade que proporciona ao criador da Raça Angus Angus, seja pela evolução genética dos seus produtos, pela grande quantidade de prêmios em exposições e feiras ou pelos valores obtidos em leilões ou remates. Destacamos 7 A N 2 2 2 - G A R PREDESTINED PREDESTINED, touro extremamente valorizado para machos (US$ 51.000,00 – Wehrmann Angus / Donell Cattle Co. Bull Sale – Texas), para fêmeas (US$ 50.000,00 – Sunny Valley Farm Sale) e para embriões (US$ 71.000,00 – Prospect Hill Farms Sale). Outro destaque foi dado para 7AN237 - GAR PRIME DESIGN com fêmea vendida por US$ 100.000,00 no Three Trees Ranch Sale. Também uma filha do touro 7AN194 – RITO 6I6 of 4B20 6807 prenhe por 7AN248 - GAR INTEGRITY foi vendida por US$ 175.000,00 no Express Ranch Sale, tendo ainda 6 I 6 uma filha comercializada por US$ 180.000,00 no Sandpoint Cattle Co. Female Sale. Os valores destacados reforçam a Semeia/ Select Sires como a genética que cada vez mais se comprova no campo, no gancho e nas pistas. ABS confirma sua liderança como a principal fornecedora de genética Angus nos Estados Unidos. De acordo com números divulgados pela Associação Americana de Angus (AAA) 2006, a ABS é a central quem tem na sua lista de preço os touros que mais registram filhos na AAA. Nos Estados Unidos, o criador adquire o sêmen e posteriormente paga pelo direito de registrar os filhos de um determinador reprodutor. Há portanto um investimento em genética em duas etapas diferentes. A AAA divulga anualmente o ranking dos principais touros de registro já que isso reflete como um bom termômetro sobre a qualidade de oferta dos touros nas centrais. O gráfico ao lado ilustra muito bem a posição de liderança da ABS Global e o aumento significativo da participação da empresa neste mercado nos últimos anos. Identificando pontualmente quais são estes reprodutores, a tabela mostra a liderança incontestável nos últimos 13 anos, nos quais a ABS Global é a casa do touro com maior número de filhos registrados na AAA. EXT foi um dos maiores touros da história da raça Angus, deixou inúmeros produtos no Brasil e em outros países da América do Sul. Até hoje, a equipe ABS Pecplan recebe consultas sobre a disponibilidade de sêmen deste reprodutor. Aos poucos, a qualidade de EXT vai cedendo espaço para outro grande reprodutor da raça que é New Design 878, disponível no Brasil desde 2001. Trata-se de um verdadeiro fenômeno que vem batendo todos os recordes do seu antecessor e certamente deixará sua marca na história da raça além de inúmeras progênies no rebanho brasileiro. New Design 878 é hoje reconhecido como uma das melhores opções para produzir fêmeas em um rebanho de Angus, conforme os dados do “Pathfinder Sires 2006”, programa criado pela AAA em 1978, cujo objetivo é identificar matrizes superiores. Esta trajetória de liderança da ABS Global diante dos seus concorrentes deverá crescer cada vez mais já que hoje o mercado americano utiliza em grande escala a genética de IN FOCUS. Este reprodutor reúne características de facilidade de parto, mérito de carcaça e alta performance. A ABS Pecplan disponibilizou esta genética em 2006 e hoje In Focus é touro mais cotado para liderar o ranking de registros em 2007. Maio de 2007 15 16 Maio de 2007 ARTIGO TÉCNICO Manejo sanitário do rebanho no inverno Por Octaviano Alves Pereira Neto O inverno é marcado por alterações no clima que afetam a dinâmica da população de parasitos internos e externos. Estas flutuações térmicas variam a cada ano, o que influi na produção e qualidade da forragem, mas traz vantagens tais como a redução da infestação de parasitos no ambiente. As formas não parasitárias (ovos e larvas infestantes no ambiente) sofrem a ação do frio (Sul) ou da estiagem (Sudeste e Centro-oeste), sucumbindo antes de alcançar o hospedeiro. ão óbvios os benefícios do controle das parasitoses, os quais permitem melhores desempenhos produtivos ao rebanho. A queda na qualidade nutricional do campo nativo, durante o inverno, provoca redução no consumo de forragem, gera estresse e a quebra da imunidade, causando perdas de peso e altas taxas de mortalidade do rebanho. Nas restevas de culturas de verão (soja, arroz, milho,...) geralmente são implantadas pastagens cultivadas para uso no período de inverno. As al- S tas cargas (lotações) usadas podem se traduzir na maior possibilidade de contaminação ambiental e entre animais, portanto um rígido plano sanitário é fundamental para permitir a colheita dos resultados desejados com o uso desta pastagem. O tratamento dos animais que entram nestas áreas melhoradas (que estão limpas após o cultivo) elimina os parasitas e impede sua infestação por ovos e larvas. Os produtos longa ação (endectocidas e inibidores do crescimento de ácaros) permitem espaçar os manejos do rebanho, Preparando o ambiente para a chegada da primavera Em tese, presume-se que apenas 5% dos parasitas de uma fazenda estão no rebanho. Os 95% restantes estão no ambiente, como ovos e larvas infestantes. Grande parte da infestação primaveril é decorrente das infestações de outono, nas quais os parasitos e seus ovos conseguem atravessar o período de inverno, promovendo novos surtos parasitários quando as condições tornam-se mais favoráveis. Assim, é elementar o uso de programas de controle que ajam tanto no ani- Ao usar produtos eficazes no tratamento dos animais durante o inverno, eliminamos a fonte de novas infestações; quando as condições climáticas forem novamente favoráveis ao parasito, sua população terá sido bastante reduzida evitando a freqüente vinda dos lotes às mangueiras para tratamentos. O mercado veterinário tem oferecido aos fazendeiros produtos que visam atender ao conceito de que “lugar de bovino é no pasto” ganhando peso, livres da competição dos parasitos. Associada ao carrapato está a Tristeza Parasitária Bovina (TPB), que causa sérios prejuízos aos bovinos de origem européia. No outono-inverno são comuns casos de TPB devido à alta infestação de carrapatos, a qual tem seu pico nos meses de abril-maio. Há também surtos de primavera, quando a infestação cresce e houve quebra da imunidade durante o inverno. mal como no ambiente, interferindo na infestação da pastagem. Com a chegada da primavera ou da “Estação das Águas” há elevação da temperatura e na umidade, o que favorece o desenvolvimento dos endo e ectoparasitas. Controlando os parasitas internos e externos no animal, quebramos seu ciclo biológico, pois não haverá novas gerações de ovos. Durante o inverno (seja pelo frio ou pela seca) ocorre a morte da boa parte dos parasitas do meio. Ao usar produtos eficazes no tratamento dos animais, eliminamos a fonte de novas infestações e quando as condições climáticas forem novamente favoráveis ao parasito, sua população terá sido bastante reduzida, o que impactará na produtividade de todo o sistema. A redução na carga parasitária, que é obtida com programas de controle estratégico de outono, favorece o desempenho dos animais na primavera quando melhoram as condições nutricionais, expressando melhor seu potencial produtivo, com taxas reprodutivas superiores, redução na idade ao acasalamento e ao abate. O uso de inibidores do crescimento dos ácaros a base de fluazuron (Acatak®, Novartis Saúde Animal Ltda) é a uma alternativa para reduzir a população de carrapatos no período de inverno. Age impedindo que as larvas de carrapato que sobem no bovino e as ninfas atinjam a fase adulta, reduzindo a infestação da pastagem, com a vantagem da manutenção da imunidade contra Tristeza Parasitária. Tomando estas medidas sanitárias e provendo seus bovinos de boas condições nutricionais, é possível atravessar o período de inverno com seus animais saudáveis e produtivos. Utilize o clima de inverno como um “parceiro”, agindo de forma conjunta e eficaz no sentido de reduzir os níveis de infestação do ambiente, através da eliminação as formas adultas, que parasitam os bovinos, cortando o ciclo de formação das novas gerações. Méd. Vet., Mestre em Zootecnia Gerente Técnico - Bovinos Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação sem a autorização da Novartis Saúde Animal Maio de 2007 17 18 Maio de 2007 Maio de 2007 19 20 Maio de 2007 OPINIÃO Cruzamento Industrial: a retomada no mercado de genética taurina Por Vasco Beheregaray Neto Não há dúvidas de que o ano de 2006 foi marcante para o mercado brasileiro de inseminação artificial. Os números divulgados recentemente pela ASBIA demonstram que o total de doses comercializadas no Brasil recuou 4,17%. A maior queda refere-se aos bovinos de corte, 8,5%, ao passo que a genética de leite experimentou o pequeno aumento de 2,2%. o segmento específico de genética bovina de corte, a maior queda foi observada nas raças zebuínas, na ordem de 15%. Já o mercado de genética taurina obteve um crescimento na ordem de 13% conforme ilustra o gráfico ao lado. Esta situação é animadora pois, após cinco anos consecutivos de queda no volume de doses comercializadas no Brasil, o ano de 2006 marca, definitivamente, a retomada na demanda de genética taurina para utilização em programas de cruzamento industrial. O perfil desta nova onda de crescimento passa necessariamente por genética da raça Angus. Ao considerarmos o mercado brasileiro de inseminação artificial por grupos genéticos, as raças de origem britânica correspondem por cerca de 70% de todo o volume de doses das raças taurinas comercializadas. Especificamente o grupo genético Angus, formado por Angus, Red Angus, Brangus e Red Brangus, é responsável por cerca de 60% do mercado de cruzamento cujo volume é superior a 1 milhão de doses. N A tendência da inseminação artificial (IA) no Brasil segue o padrão observado em outros países mais avançados em pecuária de corte. Há cada vez mais uma concentração em grupos genéticos de origem britânica e uma diminuição do número de raças ofertadas ao mercado. Esta situação já é observada no Brasil nos últimos sete anos, entretanto o mercado brasileiro é grande, diversificado e nunca estará imune aos modismos e boas estratégias de marketing. Neste novo cenário de crescimento, a avaliação genética assume um papel importante. Uma grande parte do aumento desta demanda é determinada pelo Brasil Central e, neste mercado, o usuário de inseminação artificial prioriza e busca touros efetivamente provados e melhoradores. A utilização de heterose com objetivos bem claros e definidos sempre fará parte do sistema de produção e, para que estes benefícios sejam permanentes e duradouros, a seleção de reprodutores com genética aditiva (DEP’s) é o que permite atingir ganhos de produtividade no médio e longo prazo. Desta maneira, o acesso a este mercado será determinado por touros provados com o respaldo de uma boa e consistente avaliação genética e não somente pelo somatório de campeonatos em pistas. A avaliação na pista e exposições tem sua importância, porém atende cada vez mais um mercado menor no segmento das raças taurinas. No tocante as DEP’s o perfil do usuário de inseminação artificial, segue com ênfase em características de crescimento na fase pré e pós-desmama. Entretanto, esta busca de genética de crescimento está associada a uma composição de crescimento mais equilibrada com conformação e precocidade, evitando-se cada vez mais os excessos de cada raça. DEP’s com informações ligadas ao desempenho reprodutivo também são consideradas, assim como a facilidade de parto é muitas vezes um critério decisivo em rebanhos no sul do país. Em tempos atuais, é crescente o número de usuários de IA cujo critério de seleção envolve não apenas características de desempenho, mas também DEP’s relacionadas à qualidade de carcaça como marmoreio, área de olho de lombo, maciez da carne e facilidade para deposição de gordura (precocidade de acabamento). Esta é uma tendência quer deve aumentar nos próximos anos, já que estamos diante de uma fase de consolidação e ex- pansão das alianças comerciais onde o programa Carne Angus é um ótimo exemplo. Observa-se algo muito positivo nesta nova fase de expansão dos programas de cruzamentos no Brasil. Os fundamentos que sustentam este novo aumento na demanda de genética taurina são muito mais sólidos e consistentes daqueles observados no passado. Percebe-se agora uma fase mais madura de crescimento, com produtores mais conscientes de que tipo de genética estão buscando, qual o propósito de utilizar cruzamentos e, sobretudo, de que forma é o manejo correto de uma genética mais produtiva. A questão mercadológica de dificuldade de colocação do produto de cruzamento já é superada. As limitações técnicas em determinadas regiões o país são conhecidas. A pressão por aumento de eficiência e produtividade cresce na mesma proporção em que há um aumento na oferta de novas alternativas de investimento para o uso da terra. Há menos espaço para errar e mais informação para decisões acertadas dentro de um programa de cruzamento. A qualidade e quantidade da informação genética esta disponível na maior parte das centrais de inseminação e a capacidade de discernimento de cada produtor será determinante no sucesso de seu negócio. Por fim, parece que temos um melhor entendimento da clássica interação genótipo x ambiente que a partir de agora estará inevitavelmente associada com o mercado. Eng. Agr., MSc. ABS Pecplan Gerente de Produto Europeu Corte Maio de 2007 21 24 Maio de 2007 OPINIÃO Atenção para a Verminose Bovina Equipe técnica da Bayer S/A Em todos os tipos de exploração de gado existem diversos fatores que afetam a produtividade e, por fim, a rentabilidade do negócio. Sem dúvida, os fatores relacionados com o parasitismo interno e externo são os que mais influenciam no rendimento dos animais. esta oportunidade vamos nos concentrar nos parasitas internos, mais conhecidos como verminoses. As verminoses constituem fatores limitantes ao potencial de produção animal em todo o mundo. As infecções clínicas e subclínicas levam a perda de peso, diminuição da conversão alimentar e de performance reprodutiva. Todas estas alterações, ou a gravidade delas dependem de fatores relacionados ao parasita (verme), ao animal e ao ambiente. Com relação ao parasita, os prejuízos ocasionados aos bovinos dependem da espécie do verme, do local onde eles se instalam e da quantidade de formas infectantes adquiridas. Os fatores que determinam a gravidade dos danos relacionados aos bovinos incluem: idade, manejo e estado nutricional: a) Idade: Os animais mais jovens são mais susceptíveis à verminose; N b) Manejo: Bovinos criados intensivamente, de um modo geral são mais infectados que os animais criados extensivamente; c) Estado nutricional: animais com dietas com baixos valores protéicos apresentam sinais clínicos mais severos. Importância do Controle dos Parasitas Os bovinos podes ser acometidos por diversas espécies de vermes: Haemonchus sp, Trichostrongylus sp, Ostertagia sp, Cooperia sp, Bunostomun sp, Oesophagostomun sp, etc. A prevalência de cada parasita varia em função de vários aspectos ligados às condições ambientais, por exemplo, o clima da região, à idade dos animais e freqüência de administração de anti-helmínticos. As manifestações clínicas do parasitismo po- dem ser agudas ou crônicas. Os sintomas mais comuns são: diarréias, anemia, papeira, perda de peso e podendo, principalmente em animais jovens, levar à morte. Embora os casos clínicos sejam relativamente freqüentes, é importante salientar que os maiores prejuízos pelos vermes estão relacionados à baixa produtividade dos rebanhos. Os detalhes de um programa para o seu controle dependem das condições de cada propriedade, que são variáveis de um local para o outro. Deve-se, evitar a superlotação de animais, assim como o pastoreio prolongado em uma determinada área, o que propicia o aumento de oferta de formas larvares infectantes aos animais. O controle deve ser realizado pelo uso de anti-helmínticos (vermífugos) associados às prá- ticas de manejo, objetivando a redução do número de larvas nas pastagens. Os anti-helmínticos (vermífugos) são compostos químicos capazes de promover a morte e ou remoção dos parasitas. Os anti-helmínticos são classificados de acordo com o espectro de ação, podendo ser de largo ou curto espectro. Atualmente tem sido muito utilizados os produtos à base de Ivermectina que além de tratar uma grande quantidade de espécies de parasitas internos dos bovinos, combate também parasitas externos como os bernes e auxilia no controle dos carrapatos. Resumindo, poderíamos concluir que para realizarmos um bom programa de controle de vermes não devemos esquecer: - Todo animal, antes de ser introduzido em uma área descontaminada (limpa de vermes) deverá ser dosificado com um anti-helmíntico (vermífugo) de largo espectro; - Manter um bom estado nutricional do rebanho; - Consultar sempre um médico veterinário, pois ele pode com base em informações epidemiológicas e exames de fezes periódicos dos animais do rebanho prescrever overmífugo mais indicado para aquela propriedade naquele momento. * Área Saúde Animal www.bayerhealthcare.com.br REPORTAGEM DE CAPA Maio de 2007 25 Se o leilão é ágil, tem Angus na pista! Quando tem agilidade no remate, tem genética Angus sendo ofertada na pista. Esta máxima, que repete e incrementa as realidades verificadas nas feiras realizadas no ano passado, está de volta e ainda com bem mais força, marcando também a temporada de vendas de animais de produção nos leilões deste ano. Por Eduardo Fehn Teixeira Foto: J.M. Alvarenga / Gregório Nunes / Egon Gimenez / Divulgação Disputa nas pistas gaúchas foi muito intensa nas feiras de terneiros de outono Todas as evidências levam à leitura que indica claramente o crescimento do rebanho e da preferência pela genética Angus não só no Sul do Brasil, mas numa movimentação que contagia criadores e agroempresários de vários outros pontos do País. E estas evidências estão sendo constatadas não só nas pistas de leilões, onde Angus significa alegria, agilidade e bons preços, mas também junto a produtores que mantém programas específicos à geração de carne de qualidade e, obviamente, nas indústrias, que pela qualidade e padronização das carcaças, pagam cada vez mais por produtos de genética Angus. E todas essas tendências são confirmadas pelos números e percentuais revelados pela comercialização de sêmen no Brasil. om valores mais elevados, os produtos Angus e suas cruzas, mesmo com sobrepreço, reúnem a preferência dos compradores nas feiras, que se dispõem a pagar entre 10% a 20% a mais por produtos Angus, que entretanto oferecem maior qualidade, padronização e a comprovada eficiência de uma raça de tra- C dição internacional na área de produção pecuária e de carne de características superiores. A cada ano, os produtores de Angus aperfeiçoam a organização de ações a partir dos núcleos de criadores, em suas regiões de atuação, e sempre contando com o importante diferencial representado pelo franco apoio e efetiva participação da Associação Brasileira de Angus (ABA). Angus. O pecuarista percebe a organização e os ganhos a mais que pode ter a partir do uso da genética Angus. Integrado nesta verdadeira maré negra ou maré vermelha representada por toda a movimentação em torno da raça Aberdeen Angus, o criador se sente incluído e quer participar de tudo, agregando conhecimento pessoal e mais valor a seu trabalho, trocando informações com seus colegas, ouvindo palestras técnicas focadas na área de genética e produção e, na cadeia da carne, obtendo mais segurança de colocação de seus animais e maior receita a partir da melhor cotação dos produtos que entrega no frigorífico. Liderança evidente nas principais feiras de terneiros do RS Assim como vem se confirmando, "a lo largo", nos mais diversos pontos do Rio Grande do Sul, a liderança da genética Angus já ficou nítida durante a 1ª Feira de Terneiros e Ventres Angus, no dia 1º de maio, no 3º Outono Angus Show, durante a Fenasul, no parque Assis Brasil, em Esteio, RS. A feira negociou R$ 454,23 mil com a comercialização de 377 exemplares Angus e cruzas Indústria começa a sinalizar que tipo de produto quer receber A isso, soma-se a positiva interferência da indústria no mercado, que cada vez mais se faz presente junto ao produtor para mostrar caminhos e sinalizar claramente sobre o tipo de produto que quer receber e pelo qual remunera acima das cotações habituais do mercado. E são estes aspectos, juntamente com o sucesso do Programa Carne Angus Certificada, implantado pela ABA e que já rompe as fronteiras gaúchas sendo instalado também em São Paulo, que estão sendo citados por pecuaristas e leiloeiros para justificar o que já é evidente: a preferência do mercado pela genética Terneiras Angus negociadas na Fenasul, em Esteio, RS, foram cotadas em R$ 672,03 Angus. Em média os terneiros foram valorizados em R$ 3,83 o quilo vivo, com as novilhas Angus e cruzas Angus sendo valorizadas pela elevada média de R$ 4,46 o quilo vivo. A feira foi um dos pontos altos da programação do 3º Outono Angus Show, desenvolvida pela Associação Brasileira de Angus (ABA) juntamente com o Núcleo Centro Litorâneo de Angus, e integrante da 5ª Feira do Terneiro, Terneira e Vaquilhona da Fenasul, promoção Farsul, Gadolando e Santa Úrsula Remates. “Nosso grupo trabalhou muito para o sucesso deste evento e os criadores apoiaram participando com animais realmente de qualidade”, sentenciou a presidente do Núcleo Centro Litorâneo de Angus, a criadora Carla Sandra Staiger Schneider. Outros valores de primeira linha foram pagos por ventres Angus com prenhez confirmada, vendidos por R$ 2,4 mil e vacas Angus obtiveram preço médio de R$ 2,277 mil, com vaquilhonas a R$ 866,66 e as terneiras por R$ 672,03. 26 REPORTAGEM DE CAPA Maio de 2007 Unidos, produtores investem em qualidade e ganham mais Fotos: ABA/Divulgação genético dos animais e o produtor passou a perceber a elevação da qualidade e principalmente que a genética Angus tem melhores cotações nos frigoríficos. Isto tudo além das conhecidas características positivas proporcionadas pela Angus”, revela Sesti, proprietário da Cabanha Seival del Toro, em Cachoeira do Sul. Feira de Cachoeira do Sul (RS) apresentou excelente valorização dos terneiros e terneiras Angus Ele estima para a região centro do Estado O presidente do Núcleo Centro a qualidade dos rebanhos cresceram do RS um rebanho de até 450 mil caAngus, sediado em Cachoeira do Sul, muito em toda a região de beças de gado e afirma que atualmenRS, Luiz Henrique Castagnino Sesti, abrangência do núcleo. “Nosso gru- te, de 40% a 50% desses animais são observa que principalmente nos últi- po de criadores passou a trabalhar em Angus ou cruzas Angus. A cada ano, mos quatro anos, o interesse por ani- sintonia com a Associação Brasileira mais e mais produtores passam a crimais Angus e suas cruzas, assim como de Angus, investiu no melhoramento ar e cruzar com genética Angus. O criador quer participar Foto: Horst Knak/Agência Ciranda Preferência pela genética Angus é percebida no mercado Homero Tarragô Filho, diretor de uma das empresas que mais comercializa gado de produção em leilões no Sul do Brasil, a leiloeira Agenda Remates, com sede em Alegrete, RS, sinaliza que houve um real crescimento no mercado da procura pelas chamadas raças britânicas. E ele não tem dúvidas de que a preferência maior é pela genética Angus, que segundo observa, não é sua opinião, mas uma constatação do que acontece no mercado. “O produtor percebe toda a movimentação em torno do Angus, as qualidades da raça e de seus cruzamentos, os regramentos que elevam a qualidade e o padrão dos animais nas feiras, os eventos que são promovidos em torno da raça e a estreita ligação da raça, através do Programa Carne Angus Certificada, com a indústria. E ele sente segurança, quer participar de todo esse movimento, quer trabalhar com Angus, quer faturar mais e também vivenciar todo esse processo evolutivo que está sendo proporcionado pela soma de todos esses fatores”, sintetiza o experiente agroempresário. Para Tarragô Filho, é por todo esse quadro de coisas que o Angus experimenta hoje uma valorização média de 10% a 15% mais que os animais de outras genéticas. E para ele, o grande salto nos preços da pecuária não estão ocorrendo agora. Eles aconteceram de 2005 para 2006. “Um terneiro que em 2005 era cotado em R$ 300,00, em 2006 chegou aos R$ 500,00. E isto aconteceu após três anos de seca, com largo abate de fêmeas, numa recu- peração continuada que fica também marcante este ano”, recorda. A sobrevalorização da genética Angus foi marcante na 25ª Feira do Terneiro e da Terneira de Alegrete, na Fronteira-Oeste gaúcha. Os lotes de outras genéticas fixaram valores médios de R$ 2,90 o quilo vivo nos machos e de R$ 2,70 o quilo vivo para as fêmeas. Mas a raça Aberdeen Angus conquistou preços médios de 5% a mais nos terneiros e de 11% acima para as terneiras. Para o presidente do Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus de Alegrete, Quirino de Araújo Carvalho Neto, a participação dos lotes Angus e cruza Angus foi diferenciada e maior do que em 2006. “Tivemos lotes padronizados e evolução na qualidade dos exemplares”, assinalou. O Núcleo de Alegrete também promoveu a raça na Fenegócios 2007, realizada dias antes da Feira do Terneiro e da Terneira. Durante palestra sobre a Agenda Estratégica 2020 foram oferecidos cortes de Entrecot da Carne Angus para cerca de 120 pessoas, entre elas o presidente da Federasul, o presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA), José Paulo Dornelles Cairoli. Na 2ª Feira de Terneiros do Núcleo Centro Angus, durante a 29ª Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de Cachoeira do Sul, os valores médios pagos por vaquilhonas e terneiros Angus e cruzas Angus ficaram respectivamente 3,9% e 2,5% superiores na comparação com a comercialização obtida com a venda dos demais animais ofertados. Enquanto as vaquilhonas Angus e cruza Angus foram valorizadas por R$ 2,47 o quilo vivo, as vaquilhonas apresentadas na feira saíram pelo preço médio de R$ 2,38 o quilo vivo. Já os terneiros Angus e cruza Angus foram negociados à média de R$ 3,11 pelo quilo vivo, quando os demais terneiros ofertados saíram vendidos à média de R$ 3,04 o quilo vivo. Outro dado destacado: dos 700 animais apresentados na feira, 240 eram Angus ou cruza Angus. A 2ª Feira de Terneiros teve participação ativa do Núcleo Centro Angus e do técnico da ABA, em Cachoeira do Sul, Joel Scroferneker. Como jurado, atuou o gerente de operações da ABA, técnico Fernando Velloso e a organização da feira contou ainda com o apoio do assessor técnico da ABA, Dimas Rocha. A demanda por touros – diz o presidente do Núcleo Centro Angus - igualmente vem crescendo muitíssimo, de ano para ano. No remate do núcleo, durante a Feapec, em 2005, foram negociados cerca de 25 touros Angus. Em 2006 o número de touros ofertados saltou para 40 e faltaram reprodutores para o atendimento da demanda. Por isto, para este ano, a oferta será na média de 60 touros. “Angus é uma febre que não passa na pecuária da região”, argumenta o dirigente. Eficiência da genética gera melhores ganhos de carcaças lineares e em escala, contendo carne com as características desejadas pelos mercados e os consumidores querem uma carne de qualidade hoje, na semana que vem e sempre, sem alCriadores passaram a trocar informações sobre seu trabalho tos e baixos e essa identificação já é rea“A marcante preferência do mer- lidade nos frigoríficos e já começa a cado por Angus e cruzas Angus está acontecer nas gôndulas dos supermerrelacionada à qualidade desta genéti- cados”, exemplifica a criadora. Outro aspecto mencionado por ca, que proporciona melhores ganhos aos produtores”, sintetiza a criadora Elizabeth Torelly, que segundo ela é Elizabeth Linhares Torelly, à frente responsável pelo sucesso Angus no da AML Agropecuária, em Sant´Ana mercado e pelo avanço desta genética do Livramento e Manoel Viana, RS. em detrimento de outras está na orPresidente do Núcleo de Angus de ganização dos criadores e produtores. Sant´Ana do Livramento, ela argu- “A Associação Brasileira de Angus, os menta que utilizada em cruzamentos, núcleos filiados e os criadores, em suas a genética Angus visivelmente melho- regiões, passaram a se encontrar, prora o tipo dos animais e conduz o re- gramar atividades que somam para banho rumo à maior padronização, todos em informação e a trocar expeassim como já no primeiro choque riências em produção de gado de corresulta em melhor qualidade da car- te. Isto criou um clima totalmente ne que é produzida pelos animais. “É favorável a todos e está contagiando uma carcaça correta e bem acabada e produtores de todos os tamanhos, carne com sabor e maciez, graças ao grandes médios e pequenos, que se somam aos grupos, que por sua vez marmoreio”, descreve. Segundo Elizabeth, este é justa- crescem e produzem cada vez melhor mente o foco dos frigoríficos, que e afinados com a indústria e com o também é a demanda dos consumi- mercado”, avalia a dirigente do Núdores de carne. “A indústria precisa cleo Angus de Sant`Ana. REPORTAGEM DE CAPA Maio de 2007 27 Sanidade, rastreabilidade e padronização do gado Fotos: ABA/Divulgação ambém presidente da Comissão de Bovinocultura de Corte da Federação da Agricultura do RS – Federação da Agricultura do RS (Farsul), ele chama a atenção para três aspectos que considera fundamentais e que em sua opinião explicam em muito o crescimento experimentado pela Angus na produção pecuária. Questão sanitária: a Angus sempre defendeu e exigiu o cumprimento de regras relativas à sanidade dos animais integrantes de feiras especializadas. Rastreabilidade: o mercado quer saber sobre a origem e a qualidade dos alimentos que consome. Essas exigências vem principalmente dos países que melhor remuneram pela carne bovina, que são a Comunidade Econômica Européia, os Estados Unidos, Japão e Coréia. E para os e Estados T Outro que atribui o sucesso Angus à toda a movimentação proporcionada pela raça – o regramento e incremento da qualidade das feiras, a promoção de eventos técnicos focados no trabalho de campo e o Programa Carne Angus Certificada é o agrônomo Carlos Roberto Simm, criador de Angus, proprietário da Fazenda Clarice, em Campestre da Serra, RS, na região dos Campos de Cima da Serra. Unidos, Japão e Coréia o Brasil ainda não vende sua carne. O Brasil tem volume de mercadoria (especialmente de carcaças zebuínas) e preço competitivo. O que está faltando é a qualidade do produto, que a genética Angus está proporcionando e remunerando acima do mercado. Padrão do gado: o alinhamento do padrão do rebanho é o caminho para elevar a qualidade da carcaça e da carne produzida. “Hoje, o novilho e a novilha produzidos no RS tem o melhor preço do mercado no País, com o quilo vivo cotado à média de R$ 2,10 a R$ 2,20 e Angus com cotações ainda melhores. Assim – argumenta Carlos Simm, se a raça reúne essas três qualidades – sanidade, rastreabilidade e padrão de qualidade dos animais – então está pronta para ser absorvida pelos me- lhores mercados compradores de carne. E com isso, todos ganham, toda a cadeia da carne, do produtor à indústria e, por certo, também o consumidor. “Alguns frigoríficos já se deram conta desses diferenciais apresentados, por exemplo, pela genética Angus, e alteraram o foco do negócio, que não é mais trabalhar com matéria-prima barata e sim com produtos de comprovada qualidade”, aponta. Para ele, a qualidade dos gados que vem sendo apresentados nas feiras melhorou muito. “A britanização dos animais é evidente e é o que o mercado está buscando e principalmente na raça Aberdeen Angus os trabalhos de cruzamentos estão sendo muito melhor conduzidos, com muito mais critério, para não descaracterizar o padrão racial”, coloca Simm. O que dizem outros “martijeros” As evidências são tão intensas, que mesmo a tradicional cautela dos comerciantes, de não assumirem posição sobre esta ou aquela raça, é quebrada quando se fala em Angus. A insenção é superada pelos fatos. “Sempre que entra animal com sangue Angus na pista, ele consegue um preço maior em relação aos outros, em geral entre 10% a 15% mais. A procura tem sido boa porque o mercado está aquecido para esta raça”, diz o responsável pela leiloeira Clínica Veterinária, de Lavras do Sul, RS, Luis Alberto de Souza Lafayete. Seguindo ele, atualmente sua região de atuação vem mudando a predominância do gado que é criado, saindo do zebuíno para as européias e principalmente as britânicas. E o Angus se destaca, sem dúvida, nesta preferência do mercado. Para o leiloeiro Eduardo Knorr, da Knorr Remates, de Pelotas, RS, os preços praticados nas pistas têm sido em média 10% maiores para os animais Angus, principalmente terneiros. “O mercado está bastante receptivo e comprador para san- Animais com sangue Angus sempre aquecem as pistas de remates, dizem os leiloeiros gues Angus”, revela. Também de Pelotas, Marcelo Neves, do Casarão Remates, observa que o fato dos frigoríficos estarem oferecendo um plus pelos animais Angus, está influenciando e conduzindo os criadores para prestarem mais atenção a esta genética. “Principalmente os produtores que estão integrados ao Programa Carne Angus ou aquelas indústrias que procuram um produto de melhor qualidade para o seus mercados, têm pago entre 10% a 15% acima das co- tações habituais e isto serve para qualquer categoria de animal”, avalia Neves. De Bagé, RS, o leiloeiro Aloísio Tavares, da AT Remates, já sai dizendo que Angus está se sobressaindo em termos de preço. Ele também cita o sucesso do Programa Carne Angus como um dos importantes fatores responsáveis por estas tendências no mercado. “Em todos os aspectos a genética Angus se destaca. E principalmente na hora do abate, quando os animais “pegam” bons preços por carcaça”, diz. Para ele, seguindo essa tendência que vem influenciando todo o mercado, também crescem os cruzados com Angus, na busca desta valorização. Cada vez mais as pessoas estão descobrindo que Angus é um gado que tem mais facilidade de trato, é manso, calmo e estas características, somadas à eficiência em produção de carne, são algumas das razões que explicam o atual interesse do mercado por animais Angus”, comenta Adalberto Gonçalves, o “Bebeto”, da Santa Úrsula Remates, de Glorinha, RS e região. Conforme o leiloeiro, na média o gado Angus está sendo comercializado por valores 10% acima das cotações de outras genéticas. “Os ventres, então, são muitíssimo procurados pela habilidade materna e mesmo os meio sangues conseguem melhores preços”, aponta Bebeto, observando que em sua região, os terneiros podem chegar a R$ 2,70 o quilo vivo. “Principalmente os terneiros Angus são cotados entre 15% a 20% mais que os outros. É uma raça mais dócil no manejo, precoce no apronte e por isso está sendo mais valorizada”, justifica João Valter Medeiros, da Morungava Remates, de Gravataí, RS. Para ele, principalmente depois da consolidação do programa de carne de qualidade que a Associação Brasileira de Angus implantou, a valorização cresceu ainda mais. “Para quem produz carne, a preferência tem sido pelo Angus, porque o mercado e as indústrias estão valorizando esses animais”, sinaliza o leiloeiro. 28 REPORTAGEM DE CAPA Maio de 2007 Relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) registra a comercialização de 613,406 mil doses de sêmen Angus em 2006, o que representa incremento de 109,783 mil doses de sêmen sobre as 503,624 mil negociadas no mercado nacional em 2005. este ritmo, as vendas de doses de sêmen Angus no Brasil mostraram um crescimento médio de 21,8% em 2006, ao passo que no mesmo período o mercado de Corte nacional experimentou retração de 8,56%. O aumento da participação da genética Angus no rebanho nacional é superior à totalidade das vendas de sêmen da segunda raça taurina no País, a Simenthal, que em 2006 comercializou 99,865 mil doses. Para o gerente taurinos de corte da Lagoa da Serra, Alexandre Zadra, o crescimento da Angus está atrelado à expansão do Programa Carne Angus Certificada e ao trabalho institucional realizado pela Associação Brasileira de Angus. “A Angus é a raça que mais cresce hoje no Brasil e isso é reflexo da expansão da carne Foto: ABA/Divulgação Venda de sêmen revela a opção por Angus N A valorização dos cruzamentos com Angus impulsionaram as vendas de sêmen Angus ao centro norte do Brasil, somada à responsabilidade técnica da Associação Brasileira de Angus, que sempre incentivou a venda de sêmen comprovado”, assinala Zadra. Na mesma linha de opinião, o gerente de marketing da Semeia Genética, João Almir Bondan, examina que o crescimento da Angus é um indicativo de que a produção de car- ne de qualidade está aumentando e o pecuarista está buscando agregar valor a seu produto, estando apto a atender mercados mais exigentes. Já o gerente de produtos da linha corte europeu da ABS Pecplan, Vasco Beheregaray Neto, ressalta que a tendência é de aquecimento maior nas vendas de sêmen Angus no Brasil. “Existe aumento de demanda por cruzamento no centro do país, recuperação do preço da arroba no Brasil Central e RS e a busca de maior eficiência no sistema de produção, o que favorece a utilização de cruzamentos”, raciocina. Beheregaray Neto lembra que o mercado de taurinos cresceu tão somente 13% em 2006, contra a larga expansão obtida pela raça Aberdeen Angus. Para a Associação Brasileira de Angus (ABA) o resultado do relatório da Asbia comprova a busca da padronização, pelo produtor, e de uma resposta eficiente e garantida proporcionada pela carne Angus. Conforme o gerente de operações da ABA, Fernando Velloso, o resultado da Asbia ratifica que a Angus é a raça européia que mais vende sêmen no Brasil e que também é a mais utilizada em programas de cruzamentos. “Paguei caro, mas comprei qualidade” O histórico agropecuarista Armando Garcia de Garcia, um dos maiores compradores na feira de terneiros Angus durante a Fenasul, diz que pagou caro pelos mais de 450 animais que arrematou, junto com o filho, Francisco, no remate, que considerou “um pregão qualificado”. “Paguei caro, acima de R$ 3,00 o quilo vivo, em média, mas eram animais de elevado padrão e de visível qualidade. Por isto são mais caros, porque respondem acima da média em produção”, sintetizou. Proprietário da Cabanha Cerro Coroado, em Cachoeira do Sul, RS e de outras propriedades dedicadas à pecuária de corte no RS, Garcia de Garcia trabalha com a média de sete mil bovinos e este ano está investindo na criação, por isto a aquisição de mais de 350 fêmeas na feira. E a vaca saiu do brejo... Nestes tempos bicudos, onde o nosso agro-pecuarista precisa, mais do que nunca, lançar mão dos mais variados artifícios para se manter na atividade, uma afirmativa se impõe: - A vaca saiu do brejo! Por Airton Xamuset Duarte Nunes* e Amilton Cardoso Elias** É sabido de todos que a economia do Brasil já passou pelos mais diversos Planos Governamentais. Amarguramos os Planos Cruzado, Bresser, Collor, Real, só para citar alguns daqueles que, anunciados como a salvação da lavoura, o que fizeram mesmo foi contribuir para a quebradeira geral que cada um deles impôs, à sua maneira e na medida exata de quão nefastos foram para o setor primário. Ora, é claro que houve exceções, pois sempre há a exceção que comprova e justifica a regra. Alguns dos nossos homens do campo que tiveram fôlego e souberam aproveitar as oportunidades que se lhes ofereceram, sedimentaram suas economias, mesmo naqueles tempos difíceis. O Governo atual acena com o Plano de Aceleração do Crescimento, o já tão badalado PAC. Ao nosso produtor rural só resta esperar e rezar para que este não seja tão frustrante e empobrecedor quanto o foram os já citados e malfadados Planos anteriores. Nos dias de hoje o Rio Grande do Sul atravessa um fenômeno que, se não raro, pelo menos não se repete com tanta freqüência: o valor do gado está em alta. Quando analisamos esta situação, percebemos logo que alguns fatores foram determinantes para que isso ocorresse: o au- mento das exportações de carne bovina, juntamente com a abertura de mais frigoríficos e abatedouros, fizeram com que houvesse um natural aumento de abate do gado e maior procura de reposição pelo gado magro; o baixo preço do terneiro desmamado, atrelado ao abate indiscriminado e quase insano das matrizes, levou a uma conseqüente diminuição do número de nascimentos (crias); os três últimos anos foram marcados por consecutivas secas, o que, naturalmente, levou também à diminuição das concepções; muitos campos foram vendidos ou cedidos em parceria para florestamento – o que está em moda no Estado. Muitos desses campos, no entanto, eram basicamente, campos de cria. Não nos cabe criticar nem condenar aqueles que assim procederam. Até entendemos que essas medidas se tenham justificado plenamente, pois o já descapitalizado pecuarista, vislumbrou na venda ou na parceria da terra, um negócio melhor do que a pecuária. Além disso, deve ter-lhe parecido mais rentável. É lógico que esse procedimento também contribuiu para a diminuição da oferta de terneiros. Por sua vez, a exportação de animais jovens, em pé, nos dois últimos anos, contribuiu significativamente para a despovoação dos campos, com reflexos negativos notoriamente reconhecidos, pois com ela diminuiu em muito a reposição e a oferta para o mercado consumidor interno. E o rol dos fatores continua: por longo tempo os baixos preços dos produtos agrícolas, como o arroz, milho, soja, trigo, feijão etc., aliados aos exorbitantes custos dos insumos, induziu o agricultor a reduzir a área agrícola, relegando a agricultura a um injusto segundo plano e o levando a migrar para a pecuária. Nem seria preciso mencionar que os baixos rendimentos de capital são outro fator determinante nesse processo, pois eles fazem com que o investidor procure por um ativo que esteja mais em alta, em detrimento de projetos talvez menos ambiciosos. Aqui entra, é claro, o investimento em pecuária e juntamente com ele o preço do boi, da vaca e do terneiro são alavancados. Neste excepcional início de ano, com o retorno das chuvas abundantes que ocorreram nos meses de janeiro e fevereiro, houve uma recuperação maior e mais acelerada dos campos nativos, além de possibilitar uma ótima utilização das pastagens cultivadas de verão. Com isso o gado está muito bem de estado, enchendo de satisfação o olho do dono e engordando sua conta bancária. Podemos afirmar que a situação atual é formidável, pois se considerarmos que o valor histórico médio do quilo do boi gordo é de US$ 0,70 (setenta centavos de dólar americano), que os preços praticados hoje estão ao redor de R$ 2,10 a R$ 2,20 e que o dólar está cotado a R$ 2,03 ou R$ 2,04, a conclusão a que se chega é óbvia: a vaca saiu do brejo, pois o preço atingido pelo gado gaú- cho, no momento atual, só é superado por Santa Catarina, uma vez que este Estado tem status de Livre de Aftosa sem Vacinação. Repetimos: a vaca saiu do brejo, pois gordo ou magro, o gado está valendo bem e essa situação poderá não perdurar por muito tempo. Senão, vejamos: ela é a resultante de uma série de fatores como os aqui elencados, que ocorrem num período de tempo sobre o qual não se tem controle nem previsão. A última valorização similar aconteceu há mais de uma década, por ocasião do Plano Real, cujo início remonta a 1º. de junho de 1994, quando Itamar Franco era o Presidente da República. Naquela ocasião o valor do quilo do gado, tanto gordo como magro, atingiu valores que superaram a casa do dólar. Sendo o quilo vivo do gado gaúcho balizado pelos históricos setenta centavos de dólar, se conclui que, quando o preço está abaixo desse patamar é hora de comprar e quando a situação se configura como a atual é hora de vender! * Médico Veterinário, Leiloeiro Rural e Produtor Rural ** Engenheiro Agrônomo e Superintendente da ANC - HB Collares REPORTAGEM DE CAPA Cotação do boi sinaliza ápice em 2008 Fotos: ABA/Divulgação podendo superar os 30 dólares A pecuária gaúcha é um dos nos próximos meses, prospecta bons exemplos de que o Rio o secretário gaúcho. “O bom Grande do Sul não vive apenas momento é fruto dos constande situações adversas. O secretes investimentos dos produtotário da Agricultura do Estado, res em genética, o que elevou a João Carlos Machado, para qualidade da nossa carne”, quem o RS está um ciclo à frenconstata João Carlos Machado. te do Brasil na atividade pecuáE na opinião do analista Fabiria, afirma que esta qualidade do Média do boi poderá superar os 30 dólares/arroba ano Tito Rosa, da Scot gado tem reflexo direto na cotação recorde do boi gordo. Depois preço do boi gordo do Brasil, lem- Consultoria, o bom momento para os de quatro anos muito difíceis, com brou ele. Em algumas regiões, como produtores deve continuar. “O preço preços até 15% menores do que os em Erechim, a arroba está em 32,70 da arroba ainda não chegou ao pico. praticados no centro do País, conquis- dólares, 18% mais que em São Pau- O deverá chegar ao auge no ano que tamos, há um ano e meio, o maior lo. A média nacional é de 24 dólares, vem”, estima o técnico. Angus é resposta mais rápida na produção O leiloeiro Henrique Lamego, que atua tradicionalmente na região de Quaraí, RS, não tem dúvidas sobre o domínio do Angus atualmente no mercado. “Os criadores querem e valorizam a genética Angus porque é sinônimo de resposta mais rápida na produção, a fêmea é muito precoce, cria bem o terneiro e é longeva, produzindo crias anos a fio”, caracteriza. Ele sinaliza que Angus vale de 15% a 20% mais. “E nos remates, dá velocidade na pista, porque quando se abre a porteira e o gado entra, os lances correm”, descreve, mostrando que a demanda é enorme. Maio de 2007 29 O mercado valoriza o padrão do gado O produtor Sérgio Nunes está cada vez mais satisfeito com a genética Angus. Prorietário da Cabanha Dom Manoel em Gravataí, RS e da Fazenda Tabaí em Nova Santa Rita, RS, ele foi um dos maiores vendedores de terneiros e de vaquilhonas na feira organizada pela Associação Brasileira Angus durante a Fenasul, no parque Assis Brasil em Esteio. Vendeu exatos 214 animais e ficou mais que satisfeito. As fêmeas foram cotadas a R$ 3,74 o quilo vivo e os terneiros se venderam à média de R$ 3,23 o quilo vivo, considerando que no manejo e transporte até a feira o gado perdeu cerca de 5% do peso final. “Foi a primeira vez que vendi numa feira e meus animais valeram cerca de 20% mais que os valores praticados no mercado, comprovando que há demanda por genética Angus e também que ela é mais valorizada”, afirmou. Ele conta que a partir de 2001 optou por criar e cruzar com Angus pelas qualidades e características da raça. Comprou vacas com cria e touros PO Angus e se encaminha, além de produtor que faz o ciclo completo e participa do Programa Carne Angus Certificada, para se tornar selecionador, com produtos PO competindo nas pistas. Experiente conhecedor do mercado de gado, ele já esperava que os compradores valorizassem seus produtos na feira do Outono Angus Show, mas ficou bastante satisfeito com os ganhos a mais sob o martelo. 30 ARTIGO TÉCNICO Maio de 2007 Momento favorável para qualificar a produção A produtividade do sistema de cria está intimamente associada com o genótipo utilizado dentro do sistema e com o tipo de manejo adotado, uma vez que o peso ao desmame depende principalmente da raça e/ou cruzamentos utilizados bem como da alimentação disponível. Por Luciana Fagundes Christofari & Júlio Otávio Jardim Barcellos É através da genética que o produtor poderá mais eficientemente modificar o seu produto final, seja ele o terneiro ou novilho. Contudo, cabe ressaltar que só a genética não basta para que o produto melhore, pois deve ser adequado ao ambiente que este animal será produzido. Produto melhorado. Surge a necessidade acompanhar as tendências e exigências do mercado consumidor. Que é quem paga pelo produto, ou seja, tem o poder de escolha entre um produto e outro (quando a oferta é alta). E isto, acontece com todos produtos que são ofertados aos nossos olhos e sob nosso poder de escolha, independente do fator que nos leve a adquiri-los. Na pecuária de cria, muito recentemente esta se buscando observar o mercado consumidor e direcionar a produção neste sentido. Acompanhando os principais pontos de venda de terneiros no estado, se observa uma maior introdução de raças britânicas e uma grande redução de animais cruzados com raças continentais. Conforme o gráfico 1 é possível verificar a porcentagem de animais de raças britânicas ou cruzados com este grupo genético. Em três anos de avaliação notadamente o número de animais ofertados com a introdução de raças britânicas é considerável, chegando a quase metade da oferta nas principais feiras de terneiros do Rio Grande do Sul. No ano de 2006, onde se observa uma redução neste adquirir animais provenientes deste grupo genético, já que a oferta deste tipo animal ainda não é suficiente para abastecer esta demanda. Adequar-se as preferências de mercado em pecuária de cria pode não ser sinônimo de maior remuneração em anos de preço ruim, como 2004 e 2005, mas pode traduzir-se em vender ou não o produto terneiro, ou seja, liquidez, con- tal de animais ofertados, 49% forma de raças britânicas e cruzas britânicas, incluindo os sintéticos (Brangus e Braford), destes aproximadamente 15% não foram comercializados, sendo que os lotes de animais sintéticos e britânicos puros foram quase todos comercializados, ao contrário dos outros grupos genéticos como mostra o gráfico acima. Quanto ao preço, comparando três grupos genéticos (gráfico 3), observa-se a maior remuneração aos grupos de raças britânicas (BB) e sintéticas (SI). Contudo, sempre lembrando que o preço, no caso do terneiro, sofre influência de inúmeros fatores, entre os quais o preço do boi gordo. Em 2005, até meados de 2006, percentual, também se verifica um forme mostra o gráfico 2. Durante os dois anos de pior o preço do boi era extremamente incremento nos lotes de raças britânicas puras, passando para quase o preço para a pecuária de cria do to- baixo, fazendo com que o dobro dos lotes avaliados nos anos anteriores (2004 e 2005) nas mesmas feiras. Este aumento no número de animais oriundos de raças britânicas e suas cruzas é fruto da maior remuneração que estes grupos genéticos recebem. O mercado de terneiros reflete a comercialização de novilhos, onde atualmente temse a alternativa de vender através de programas como o Carne Angus, que bonificam os produtores que entregam animais para abate com grau de sangue Angus. Isto estimula aos compradores de terneiros a invernador preferisse animais de maior peso, que necessitariam de menos tempo para chegar ao peso de abate, aumentando o giro de capital da empresa para minimizar os prejuízos do baixo preço do produto boi. Isto refletiu-se na maior preferência e conseqüente remuneração aos animais cruzados com raças continentais. Entretanto, o momento é outro. As raças britânicas, entre elas o Angus, estão extremamente valorizadas, chegando a obter um preço entre 10 a 15% superior. Isto direciona o mercado. Refletindo na aquisição de sêmen e touros, além das categorias de reposição. Cabe ao produtor qualificar a sua produção, obtendo diferenciais que irão auxiliar em momentos não favoráveis. Através de investimentos em genética, sanidade, manejo e mão-de-obra. Analisando custos e benefícios da introdução destas tecnologias através de ferramentas de gestão. Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeias Produtivas Departamento de Zootecnia e CEPAN - UFRGS www.ufrgs.br/zootencia/nespro.htm [email protected] MOVIMENTO Maio de 2007 31 Na Fenasul, sucesso na venda de terneiros e ventres Angus A 1ª Feira de Terneiros e Ventres Angus movimentou R$ 454,23 mil com a comercialização de 377 animais Angus e cruza Angus na Fenasul, em Esteio, RS. Realizada dia 1º de maio, o evento fez parte da programação do 3º Angus Show e foi realizada pela Associação Brasileira de Angus, numa ação integrante a 5ª Feira do Terneiro, Terneira e Vaquilhona, promoção da Farsul, Gadolando e Santa Úrsula Remates. Foto: J.M. Alvarenga / Gregório Nunes / Egon Gimenez / Divulgação Na batida do martelo, as boas vendas da Fenasul s terneiros Angus alcançaram preço médio de R$ 3,83 kg/ vivo, e as novilhas Angus e cruza Angus obtiveram média de R$ 4,46 kg/vv. Segundo o leiloeiro Alexandre Crespo (que bateu o martelo ao preço médio de R$ 3,17 kg/vv para os O terneiros em geral), a primeira edição da mostra da Angus começou consolidada. “O resultado é muito positivo, só veio a somar”, garantiu. O gerente de operações da ABA, Fernando Velloso, chamou atenção para a liquidez em pista, bons preços e participação de associados e novos compradores. “Tivemos grande liquidez e preços que mostraram a sobrevalorização do mercado. Ventres Angus, com prenhez confirmada, foram vendidos por R$ 2,4 mil”, destacou. Já as vacas Angus obtiveram preço médio de R$ 2,277 mil, as vaquilhonas alcançaram R$ 866,66 e as terneiras R$ 672,03. Entre os compradores, destaque para Francisco Garcia de Garcia, do grupo Cerro Coroado, Cachoeira do Sul, RS, que adquiriu 360 terneiras na tarde do dia 1º de maio. “Trabalhamos com cruzamento industrial e damos preferência ao Aberdeen e Red Angus”, comentou. Há dez anos o pecuarista prioriza a genética Angus para o gado de cria devido à qualidade da carne, parte da compra vai para a Fazenda Roncador, em Barra do Ribeiro, RS, e o restante para a Fazenda Espinilho, em Tupanciretã, RS. Farsul: 80 anos de história no RS Fotos: divulgação A Federação da Carlos Agricultura do Estado Sperotto destado Rio Grande do Sul cou o orgulho (Farsul) completou, de participar, no dia 24 de maio, 80 na última décaanos de fundação. da, da diretoria Para o atual presidenque conduziu a te do Sistema Farsul, entidade aos 80 Carlos Sperotto, o anos. “Ser escomaior legado da entilhido para redade foi construído Ao centro, o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, com presentar o seos ex-presidentes da entidade, (a partir da esquerda) Flor com muita seriedade e Amaral, Ary Faria Marimon, Balthazar de Bem e Canto e o tor neste motrabalho e é represen- diretor Camilo Cottens mento aumentado pelo reconhecita nossa responmento nacional da Federação, que é a mais anti- sabilidade e nos faz ter a certeza de que nosso caga do Brasil. Sperotto ressaltou que nas oito dé- minho vem sendo trilhado conforme as necessicadas, em 37 gestões, centenas de produtores pas- dades dos produtores”, declarou. saram pelo quadro diretivo da Farsul e represenNa coletiva concedida à Imprensa, na Casa tantes da diretoria ocuparam o Ministério da Rural, estavam presentes os ex-presidentes Flor Agricultura, cadeiras no Congresso Nacional, na Amaral (1979-82), Balthazar de Bem e Canto Assembléia Legislativa, prefeituras, câmaras de ve- (1982-85), Ari Marimon (1985-91), assim como readores e entidades diversas ligadas ao o consagrado diretor finenceiro de várias gestões agronegócio. da Farsul, Camilo Cottens. “Temos orgulho de poder falar com transpaTambém no dia 24, destaque para a Inaurência com toda a sociedade, com a certeza de guração, na Casa Rural, no centro de Porto Aleestarmos sendo compreendidos e com a imagem gre, RS, de uma nova Biblioteca, que leva o nome que o produtor rural merece. Produtores de todo do saudoso agrônomo e jornalista Paulo Annes o RS, independente de tamanho de propriedade Gonçalves, e Sala do Acervo Histórico da Farsul. ou de cultura produzida, participaram da consVários outros atos marcaram a passagem da trução de nossa entidade. E foi através deles, com data no dia 24 e a programação comemorativa apoio integral da classe, que construímos nossa prosseguiu nos dias 25 e 26, na unidade da Fefederação”, assinalou. deração no parque Assis Brasil, em Esteio, RS. Entre os vendedores que fizeram sua estréia na 1ª Feira de Terneiros e Ventres Angus, está o criador Sérgio Nunes, da Fazenda Tabaí, em Nova Santa Rita e Fazenda Santo Antônio, em Santo Antônio da Patrulha, RS. Pecuarista desde os anos 90, a partir de 2001 deixou de ser invernador e passou a criar Angus no ciclo completo, devido à dificuldade de reposição. “Optamos pela Angus pela qualidade da carne”, citou. Sobre a comercialização, Nunes aprovou a iniciativa. “Foram boas as vendas com preços acima do mercado”, destacou. Todos animais Angus e cruza Angus foram selecionados pelo departamento técnico da ABA, que atestou as normas exigidas pelo Programa Carne Angus Certificada. Os trabalhos do leilão ficaram a cargo da Santa Úrsula Remates. Melhores lotes da raça O evento ainda premiou os melhores lotes da raça. O lote 71, pertencente à Cabanha La Cornélia, de Tapes, RS, foi escolhido como grande campeão terneiros Angus. O técnico da ABA, médico veterinário Luiz Walter Leal, apontou como grande campeã terneiras Angus o lote 74, de Carlos Simm, Vacaria, RS. Já o lote 50, de João Carlos Cardoso, Glorinha, RS, foi apontado como grande campeão terneiras cruza Angus. O lote 80, de Sérgio Nunes, Fazenda Tabaí e Fazenda Santo Antônio, ganhou o prêmio de grande campeão vaquilhonas Angus e cruza Angus. Já o lote 53, de Carlos Simm, foi escolhido como grande campeão novilhas prenhes. Como grande campeão ventre Angus prenhes, foi escolhido o lote 48, da Cabanha dos Tapes, Arambaré, RS. Feira de Alegrete destaca fêmeas Angus A 25ª Feira do Terneiro e da Terneira em peonato Angus macho com o lote 20 (valorizaAlegrete (RS) registrou sobrevalorização da do em R$ 3,12 o Kg/vv), lote reservado grande Angus na comercialização de Outono na Fron- campeão Angus com o lote 21 (R$ 3,26 Kg/ teira-Oeste gaúcha. Enquanto os lotes em ge- vv), lote grande campeão fêmeas Angus com o ral foram arrematados pelo preço médio de R$ lote 16 e o lote reservado grande campeão fê2,90 o quilo vivo (Kg/vv) para os machos, e, meas Angus com o lote 17. de R$ 2,70 Kg/vv para as fêmeas, a raça obteve O Condomínio Gentil Carlesso ainda levalores médios de 5% e 11%, respectivamente, vou o título de lote grande campeão fêmeas superiores para os terneiros e terneiras apresen- cruza Angus com o lote 15 e reservado grande tados. campeão fêmeas cruza Angus com o lote 14. O destaque dos lotes Angus foi o de núme- Nos machos cruza Angus, o Condomínio obro 99, de Idalêncio Dutra (Alegrete), que obte- teve a premiação com o lote 19 e o lote reservave R$ 3,45 o Kg/vv para animais cruza Red do grande campeão cruza Angus foi para o lote Angus. Segundo o presidente do Núcleo de 128 de Agenor Wernz (Alegrete). Criadores de Aberdeen Angus de Alegrete, O Núcleo de Criadores de Aberdeen Angus Quirino de Araújo Carvalho Neto, a participa- de Alegrete ainda promoveu a raça na ção dos lotes Angus e cruza Angus foi diferen- Fenegócios 2007, realizada dias antes da Feira ciada e maior do que em 2006. “Além de ter- do Terneiro e da Terneira. Durante palestra mos verificado lotes padronizados, houve evo- sobre a Agenda Estratégica 2020 foram oferelução na qualidade cidos cortes de apresentada”, relaEntrecot da Cartou. ne Angus para O jurado da cerca de 120 pesAngus, zootecnista soas, entre elas o Cláudio Rosa presidente da Marimon, apontou Federasul, tampara o Condomínio bém presidente Gentil Carlesso da Associação (Alegrete) os melhoBrasileira de res prêmios da raça. Angus, José PauO Condomínio falo Dornelles turou o grande cam- O jurado Cláudio Marimon atuou em Alegrete Cairoli. 32 Maio de 2007 MOVIMENTO Maio de 2007 33 Outono Angus Show foi sucesso em Esteio Foto: J.M. Alvarenga / Gregório Nunes / Egon Gimenez / Divulgação Jurado australiano John Young Grande Campeã, da Cabanha Santa Bárbara Reservada de Grande Campeã, apresentada pela Santa Eulália Reservado de Grande Campeão, da Cabanha Catanduva Grande Campeão, da Cabanha Nossa Senhora da Gruta “Estou muito feliz pelo que vi e os proprietários devem ficar muito orgulhosos pela exposição”. A declaração do presidente da Associação de Angus Australiana, John Young, traduziu o sucesso do 3º Outono Angus Show, organizado pelo Núcleo Centro Litorâneo de Angus, com apoio da Associação Brasileira de Angus (ABA). O evento foi realizado de 28 de abril a 1º de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, RS. os dedicamos muitíssimo para oferecer o melhor aos criadores e à raça. E tivemos como resposta a apresentação de quase uma centena de animais, todos de elevada qualidade e muito parelhos, o que tranqüilizou o nosso grupo, porque avaliamos que não só alcançamos, mas superamos os objetivos planejados para o evento deste ano”, observou a presidente do Núcleo Centro Litorâneo de Angus, a tradicional criadora e proprietária da Cabanha Santa Bárbara, Carla Sandra Staiger Schneider Ela enfatizou a atuação do jurado John Young, cuja linha de trabalho na seleção dos campeões foi considerada bastante firme e correta pela maioria dos criadores. “Fizemos um esforço grande para trazer, pela primeira vez ao Brasil e à América Latina, um jurado N vindo da destacada Austrália, que também fez palestra que foi aplaudida pelos criadores e depois da feira, cumpriu com notada alegria uma agenda de visitas a 11 estabelecimentos de criadores filiados ao nosso núcleo”, enalteceu. Carla Sandra não tem dúvidas de que o sucesso do 3º Outono Angus Show, que definitivamente consolida a realização do evento no parque de Esteio, está relacionado com a dedicação e o apoio de várias pessoas e entidades, com ênfase ao grupo do núcleo e à direção e equipe da Associação Brasileira de Angus. “Juntamente com os 14 criadores que apresentaram animais este ano, temos a certeza de que este evento, entre outros importantes ganhos o Angus, também vai trazer novos criadores para a raça”, estimou a incansável criadora. O australiano John Young, que julgou a raça Aberdeen Angus pela primeira vez na América do Sul, escolheu a vaca adulta Aberdeen Angus, de 36 meses, Glamour Girl TE2634 de Santa Bárbara, tatuagem TE2634, como grande campeã da mostra. A fêmea, pertencente à Cabanha Santa Bárbara, São Jerônimo, RS, irá para a coleta de embriões. Conforme a proprietária da campeã, Carla Sandra Staiger Schneider, “Glamour Girl debutou nas pistas no 2º Outono Angus Show, no ano passado, obtendo o título de reservada grande campeã novilha maior. Na Expointer, já parida, foi a terceira melhor fêmea”, salientou. O animal chamou a atenção do jurado por cumprir sua função como uma fêmea com cria ao pé”. John Young evidenciou a qualidade da apresentação de todos os animais da mostra. Como reservada grande campeã da raça destaque para Santa Eulália Grand Prix 411, tatuagem 411. O exemplar de 18 meses pertence ao expositor Joaquim Francisco de Assumpção Mello, Estância Santa Eulália, Pelotas, RS. Como terceira melhor fêmea Angus, Young escolheu Magia 2728 de Santa Bárbara, tatuagem 2728, de 17 meses, também da Cabanha Santa Bárbara. Nos machos, um terneiro Aberdeen Angus de 11 meses faturou o grande campeonato. O macho APB 046 Prometido da Gruta, tatuagem 046, pertencente à expositora Clarice Costa Caldas, da Fazenda Nossa Senhora da Gruta, Herval, RS. O grande campeão encantou o jurado e foi elogiado por sua apresentação em pista. “Ele caminha muito bem e tem também muita carne”, valorizou. Como reservado grande campeão da raça a roseta foi para o touro sênior Catanduva 772 Natalite TE89-TE03, da parceria de Fábio e Fabiana Gomes, Cabanha Catanduva, Cachoeira do Sul, RS. O terceiro melhor macho de argola foi Turbo 3777 de Sanbará, tatuagem 3777, de nove meses, de Carla Sandra Staiger Schneider. No dia 30 de abril, os participantes da exposição assistiram palestras sobre temas como inseminação artificial e melhoramento genético, além de observarem dados sobre a raça Aberdeen Anguse a carne Angus na Austrália. Santa Bárbara e Santa Eulália foram destaques nos rústicos trio reservado grande campeão machos PO foi o lote 03 (tat. 3687, 3685, 3681) da Cabanha Santa Bárbara, São Jerônimo, RS, de Carla Sandra Staiger Schneider. O macho 3685 foi escolhido pelo jurado John Young como o melhor touro rústico PO da exposição. Nas fêmeas, a Cabanha Santa Bárbara obteve destaque tanto com o julgamento de animais PO quanto PC. Nas fêmeas PO, o título foi para o trio grande campeão lote 05 (tat. 2746, 2724, 2722). O Trio Grande Campeão de machos PO A Estância Santa Eulália, Pelotas,RS, faturou o grande campeonato de machos PO e PC no julgamento de classificação de animais a campo. A pro- priedade de Joaquim Francisco de Assumpção Mello obteve consagração com o trio grande campeão machos PO lote 02 (tatuagens 425, 417, 412). O trio reservado grande campeão fêmeas PO lote 04 (tat. 2802, 2800, 2796) pertence a Stefan Staiger Schneider, da Cabanha Santa Bárbara. A melhor fêmea PO de tatuagem 2796 pertence a esse lote. Nos machos PC, o trio grande campeão foi o lote 08 (tat. 803, 793, 781) da Estância Santa Eulália. Como reservado grande campeão machos PC destaque para o trio de tat. B004, M094, M089, da Agropecuária Rancho Be-grow, Carazinho, RS, de Marcos Begrow. O melhor touro rústico PC foi o de tatuagem 880, do lote 6 (978, 880, 878) – apontado como terceiro melhor trio macho PC da exposição. O expositor é Joaquim Francisco de Assumpção Mello, Estância Santa Eulália. Nas fêmeas PC o trio grande campeão foi o lote F4600, F4594, F4586, da Cabanha Santa Bárbara. Como trio reservado grande campeão a escolha foi o lote 10 (J4606, F4598, F4582) de Carla Sandra Staiger Schneider, Cabanha Santa Bárbara. A melhor fêmea PC, tat. F4586, pertence ao lote grande campeão. 34 Maio de 2007 REPORTAGEM MOVIMENTO Maio de 2007 35 Expo de Uruguaiana reuniu 125 animais Fotos: ABA/Divulgação Fotos: Elder Filho/Divulgação Umbu em vendas diretas Passando a pontuar como nível “A” no ranking da Associação Brasileira de Angus (ABA), a 5ª Exposição de Outono de Uruguaiana, realizada entre 23 e 27 de abril, reuniu 125 animais de argola, no Parque de Exposições de Uruguaiana, RS G. campeã: Reconquista 593 Grand Canyon Bartolomé Res. G. campeã: Rincon Massita 845 del Sarandy Grande campeão: Garupa 7444 Tony G3380 Reservado: Reconquista 886 Jaguari Grand Canyon Formato do leilão de outono agradou aos organizadores e clientes O leilão Vendas Diretas Umbu, realizado no dia 26 de maio, no local Umbu, em Uruguaiana, RS, na região da Fronteira Oeste gaúcha, pela Estância Umbu, de Angelo Bastos Tellechea e seu filho Fernando Tellechea, atingiu um total de R$ 231.750,00. Chancelado pela Associação Brasileira de Angus (ABA), o evento contou com a participação de clientes tradicionais do estabelecimento e de novos compradores de vários municípios gaúchos, tais como Cruz Alta, Dom Pedrito e Herval do Sul. “Foi bastante homogênea a procura por touros e fêmeas”, descreveu Fernando Tellechea. “Estamos bastante satisfeitos com o formato comercial que vem sendo realizado no outono”, enfatizou Fernando, um dos administradores da propriedade. Média Geral Fêmeas: R$ 1.586,41 Média Geral Touros: R$ 3.432,00 Angelo (esq.) em contato com cliente no evento Total de vendas: 117 animais Faturamento total: R$ 231.750,00 Leilão Raça e Tradição vendeu R$ 283 mil em Uruguaiana Evento integrante a 5ª Exposição de Outono de Uruguaiana, o leilão Raça e Tradição vendeu R$ 283,080 mil com a comercialização de 290 animais, destes, grande parte Angus e cruza Angus. Chancelado pela Associação Brasileira de Angus, o leilão teve como destaque três ventres Red Angus PO vendidos por R$ 3,6 mil, cada, pela Cabanha Azul, Quaraí, RS, de João Vieira de Macedo Neto, para a Agropecuária Tellechea Uruguaiana, RS, de João Francisco Tellechea Filho. As novilhas Angus foram valorizadas ao preço médio de R$ 912,00; as terneiras no valor médio de R$ 880,00, e os terneiros ao preço médio de R$ 615,00. Os trabalhos no martelo foram conduzidos pelo leiloeiro Fábio Crespo e escritório Tellechea e Bastos Leilões. organização do evento foi do Núcleo Angus Três Fronteiras, presidido por Mariana Franco Tellechea, com apoio da ABA. Segundo Mariana, a primeira ranqueada “A” de Uruguaiana cumpriu todas etapas previstas, confirmando o sucesso da exposição. “Foi uma exposição muito disputada, com 125 animais de argola em pista e com julgamento de rústicos também ranqueado, ou seja, sucesso total para a mostra que agora tem o mesmo peso que a Feicorte, Expolondrina e Expointer”, salientou. Os Campeões A Cabanha Azul, de João Vieira de Macedo Neto, Quaraí, RS levou o título de grande campeão da raça Aberdeen Angus com o touro Garu- A pa 7444 Tony G3380, tatuagem 7444, de dois anos incompletos. O jurado Cristopher Filippon, criador da raça no Paraná, se surpreendeu com a qualidade do animal. Já o criador João Vieira de Macedo Neto comemorou a primeira premiação do reprodutor, já que, segundo ele, “a Exposição foi muito concorrida e apresentou um nível muito bom de animais”. A roseta de reservado grande campeão foi para Reconquista 886 Jaguari Grand Canyon, TE 886. O touro de quase três anos foi exposto por José Paulo Dornelles Cairoli, da Reconquista Agropecuária, Alegrete, RS. O touro Paineiras El Greco Impacto 1311, tatuagem 1311, da Cabanha Paineiras, Uruguaiana, RS foi escolhido terceiro melhor macho. Já nas fêmeas, Reconquista 593 Grand Canyon Bartolomé, TE 593, de José Paulo Dornelles Cairoli , Reconquista Agropecuária, Alegrete, RS e Rubens Zogbi, Estância Carapuça, Cristal, RS, faturou o grande campeonato. Conforme Cairoli, a fêmea será destaque em pistas como Londrina e Esteio. A reservada grande campeã foi Rincon Massita 845 del Sarandy, de 08/10/2004, pertencente à Cabanha Rincon del Sarandy, Uruguaiana, RS, de Cláudia Silva. Como terceira melhor fêmea a premiação foi para Rincon Pancho Gemada, tatuagem 418, da Estância Olhos D´água, de Antonino Souza Dorneles, Alegrete, RS. Confira os resultados nos rústicos Trio Grande Campeão Macho PO Expositor: Agropecuária Tellechea, Cabanha Carumbé, Uruguaiana/RS Carumbe Red Majhor League 959, Carumbe Red Oriental 951, Carumbe Red Cherokee 943 Criador: Agropecuária Tellechea Trio Grande Campeão Fêmea PO Expositor: Eduardo Macedo Linhares, Gap Genética, Uruguaiana/RS Gap 2870 Bartolome Pcoups, Gap 2820-2095 Black Boy, Gap 2770-1669 Baltazar Criador: Eduardo Macedo Linhares Trio Grande Campeão machos PO (Cabanha Carumbé) Trio Grande Campeão Fêmea PC Expositor: Cabanha Rincon Del Sarandy, Uruguaiana/RS Rincon 540 del Sarandy, Rincon 533 del Sarandy, Rincon 510 del Sarandy Criador: Cabanha Rincon del Sarandy 36 Maio de 2007 37 Nas fêmeas, 3E, Corticeira e GB foram destaque EXPOLONDRINA Fotos: Devanir Parra Torrecillas Rincon Espoleta 808 del Sarandy foi a grande campeã da raça Aberdeen Angus na 47ª Expolondrina, realizada de 10 a 15 de abril, no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina, PR. Propriedade da 3E Agropecuária, de Renato Ramires Júnior, Catanduva, SP, a fêmea campeã encantou o jurado Manoel José Dornelles D´Arriaga. O exemplar tem genética da Cabanha Rincon del Sarandy de Cláudia Silva, Uruguaiana, RS. Grande Campeã, Rincon Espoleta 808 del Sarandy “Comprei essa fêmea no leilão da Feicorte 2005. Ela tinha apenas nove meses de idade. Comprei porque gostei dela. Usei o meu feeling pessoal e também informações técnicas obtidas no mercado. E deu certo”, recordou o selecionador Renato Ramires Júnior, que a partir do dia 7 de junho passa a presidir o Núcleo de Criadores de Angus de São Paulo. Ele cria Angus há quatro anos e avisa que veio para ficar Maio de 2007 na raça. “Sempre que entro num negócio, faço com vigor e para vencer. Gosto de animais e de Angus, que é um negócio regado a muita paixão”, definiu. A fêmea, que também foi campeã na Expo de Itapetininga, SP, agora vai brigar nas filas da Feicorte. A criadora Cláudia Silva, proprietária da Cabanha Rincon del Sarandy, que produziu a premiada fêmea, diz que a fórmula do sucesso da orientação que vem imprimindo na seleção de seu plantel está na dedicação e no trabalho em equipe. “A Rincon é a minha vida e tenho o privilégio de trabalhar com meus filhos e contar com o apoio dos amigos e de profissionais competentes”, observa Cláudia. A reservada de grande campeã foi LCC GB Eduarda Cherokee, TEI 199, da parceria da Cabanha Reservada de Grande Campeã, LCC GB Eduarda Cherokee, TEI 199 Corticeira, de Luiz Anselmo Cassol, São Luiz Gonzaga, RS e da GB Agropecuária, de Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, Porecatu, PR. A fêmea de dois anos incompletos é oriunda de genética da GB Agropecuária. Como terceira melhor fêmea Angus D´Arriaga escolheu Rincon Atrevida 903 O animal tatuagem 903, nascido em 12 de agosto de 2005, foi exposto pela Agropecuária Ponderosa Ltda, Manduri, SP e tem como criador a Cabanha Rincon del Sarandy. No dia 14 de abril, Manoel José Dornelles D´Arriaga avaliou 92 fêmeas da raça e mostrou-se animado com a evolução da Aberdeen Angus em pista. Ele havia julgado a raça há três anos em Londrina e demonstrou admiração pelo que viu. “Os animais estão muito bem apresentados”, vibrou. Reconquista e Fazenda MC brilharam nos machos No dia 13 de abril jurado Manoel José Dornelles D´Arriaga avaliou 30 machos Aberdeen Angus expostos e escolheu Reconquista 762 Impulso Quebracho como grande campeão da Expolondrina. Pertencente a Reconquista Agropecuária, de José Paulo Dornelles Cairoli, Alegrete, RS, o animal (tatuagem TE 762) é um touro Red Angus de três anos que impressionou o jurado. Grande Campeão, Reconquista 762 Impulso Quebracho Conforme D´Arriaga, o reprodutor conquistou o grande campeonato da raça por mostrar-se completo e apresentar profundidade, comprimento e elegância. “É um touro importantíssimo que expressa o que se busca na Angus”, ressaltou. O proprietário da Reconquista, José Paulo Dornelles Cairoli, assegurou que o touro premiado seguirá para São Paulo para participar da VII Exposição Nacional da Raça Angus, durante a Feicorte 2007. Já o touro reservado grande campeão foi EPV Barney 413, tatuagem 413, da Fazenda MC, de Eloy Tuffi, Espírito Santo do Pinhal, SP. Segundo Manoel José Dornelles D´Arriaga, o exemplar se assemelha muito com o grande campeão. Nascido em 2004, o reprodutor também já havia faturado premiação em outras exposições da raça. Como terceiro melhor macho da Palestra destacou qualidade e características da raça A Associação Brasileira de Angus realizou múltiplas atividades que visaram divulgar amplamente a raça Aberdeen Angus durante a 47ª Expolondrina. No dia 12 de abril, o técnico da ABA, Antônio Francisco Chaves Neto realizou palestra para criadores e estudantes dos cursos de zootecnia e medicina veterinária sobre as qualidades e as principais características da raça Aberdeen Angus, que vem sendo cada vez mais utilizada em cruzamentos industriais em todo País. Os alunos das universidades UEL e Unopar interagiram com o palestrante, que os considera como os futuros Antônio Chaves Neto, durante a palestra divulgadores da raça. “Eles são agentes de informação e disseminadores das qualidades e vantagens da Angus”, definiu Chaves Neto. Ao final da palestra, a Associação Brasileira de Angus distribuiu artigos promocionais aos participantes mais atuantes, como a professora do curso de Medicina Veterinária da Unopar, Fabiana de Andrade Melo Sterva; o criador da raça, Pedro Arinos da Cunha Neto, de Nova Esperança, PR e o criador Renato Gomes, de Cambé, PR. Outra atividade foi a realização de exames andrológicos em touros Angus, acompanhada por alunos de medicina veterinária da Unopar. Reservado Grande Campeão, EPV Barny 413 exposição foi escolhido Escudo da Fumaça, TE 223, nascido em 8 de agosto de 2004. O expositor foi a Agropecuária Fumaça, de Elio Sacco, Paranapanema, SP. Após o julgamento de classificação, os criadores foram recepcionados com uma degustação de carne Angus – oca- sião que reuniu associados, corpo técnico e equipe da Associação Brasileira de Angus, que realizaram a confraternização de entrega de prêmios aos vencedores. Ainda nas instalações do Shopping Rural, no parque da Expolondrina, foi promovido o desfile dos grandes campeões. Programa Carne Angus Shopping Rural Promovido pela Associação Brasileira de Angus (ABA) e frigoríficos Marfrig e Mercosul, no dia 11 de abril, integrando a programação da Expolondrina, o Seminário Programa Carne Angus Certificada no Paraná chamou a atenção dos produtores pela possibilidade de valorização da produção, com garantia de remuneração por qualidade. O tema do evento foi a diferenciação de preço por qualidade e garantia de mercado aos animais de cruzamento industrial com a raça Angus, numa integração com a indústria frigorífica e associação de raça. Durante todo o período do evento, A AssociaçãoBrasileira de Angus promoveu o 1º Shopping Rural, em parceria com a Sociedade Rural do Paraná, considerado uma nova oportunidade para os criadores colocarem seus animais à venda e realizarem contatos para viabilizarem negócios futuros. Conforme o médico veterinário, técnico da ABA no Paraná, Antônio Francisco Chaves Neto, a raça Aberdeen Angus foi bastante procurada no evento que vendeu 14 touros PO, por um preço médio de R$ 3,5 mil. 38 Maio de 2007 MOVIMENTO Maio de 2007 39 Denver 2007 teve 599 Angus expostos A maior e mais importante exposição de Angus do mundo teve a presença de 599 animais Angus pretos e vermelhos na sua última edição. Foram apresentados 500 animais Aberdeen Angus e 99 Red Angus. De acordo com a American Angus Association, a 101a National Western Stock Show, que aconteceu em janeiro passado em Denver (Colorado, Estados Unidos), contou com 300 animais Aberdeen Angus de argola (sendo 232 fêmeas e 68 machos pretos), além de 40 trios de touros rústicos (120 animais) e 8 Carloads de 10 touros rústicos (80 animais). Da variedade vermelha, foram expostos 99 produtos de argola este ano, sendo 72 fêmeas e 27 machos. E conforme a Red Angus Association of America, animais rústicos não foram apresentados. Os campeões Aberdeen Angus Fotos: Divulgação Grande campeã: Freys Arkpride of Cherryknol, filha de CF Right Design 1802 Confira, a seguir, os grandes campeões e os seus reservados no Aberdeen Angus. Grande Campeão: G13 Stand Out. Nascido em Janeiro de 2005, ele é filho de G13 Structure e pertence à parceria formada por Greg Smith (de Elida, Novo México), pela G13 Angus Ranch Inc. (de Lubbock, Texas) e pela Cherry Knoll Farm Inc. (de West Grove, Pensilvânia). Reservado de Grande Campeão: Werner Wild Fire 96. Ele é de propriedade da parceira formada pela famosa Ankony Angus Corp. Inc. (de Clarkesville, Georgia) com a Werner Angus (de Rapids City, Illinois). Nascido em Janeiro de 2006, este reprodutor é filho de SAV 8180 Traveler 004. Grande Campeã: Freys Arkpride of Cherryknol. Katrina Frey (de Quarryville, Pensilvânia) é a proprietária desta matriz filha de CF Right Design 1802 nascida em Fevereiro de 2005. Reservada de Grande Campeã: EXAR Princess 6414. Da Brooklynn Bell (de Delaware, Oklahoma), ela nasceu em Janeiro de 2006 e é filha de EXAR Lutton 1831. O juiz do Aberdeen Angus de argola na National Western Stock Show desse ano foi Jim Pipkin, da cidade de Republic, no Estado do Missouri. Já os trabalhos com os 200 touros rústicos foram conduzidos por um trio de jurados formado por Jeff Dameron (do Illinois), Mark Duffell (da Virginia) e Bill Rishel (de Nebraska). Os grandes campeões e os seus reservados eleitos por eles foram: Grande Campeão Carload de 10 Os campeões Red Angus Touros: Filhos dos reprodutores Schurrtop MC 2500 e Lau Decade. Com menos de 11 meses de idade em Denver 2007, eles são da Whitestone Krebs (de Gordon, Nebraska) e apresentaram um peso médio de 1.266 Libras (574,24 Kg). Reservado de Grande Campeão Carload de 10 Touros: Filhos de Bon View New Design 1407, EXAR New Look 2971, BR Midland, EXAR Lutton 1831 e Northern Improvement 4480 GF. Da Express Angus Ranches (de Yukon, Oklahoma), os touros nasceram em Setembro de 2005 e tinham um peso médio de 1.588 Libras (720,3 Kg). Nos trios, tanto o Trio Grande Campeão quanto o Reservado de Grande Campeão pertencem ao mesmo criador. Eles são da seleção do Rolling RRR Ranch LLC (de Edmond, Oklahoma). Trio Grande Campeão: Filhos de EXAR New Look 2971, BR Midland e EXAR Lutton 1831 nascidos em Janeiro de 2006, eles apresentaram peso médio de 1.413 Libras (640,92 Kg). Trio Reservado de Grande Campeão: Filhos de BR Midland e EXG Osage N112 R3, eles tinham 10 meses de idade em Denver 2007 e peso médio de 1.313 Libras (595,5 Kg). Grande campeão: Oak Ridge Silveira Pro 166, filho de LCC Major League A502M Os julgamentos do Red Angus de argola na 101a National Western Stock Show foram conduzidos por John Edwards, da Express Angus Ranches (de Yukon, Oklahoma), que foi assessorado por Kent Andersen (de Littleton, Colorado). Os títulos máximos foram obtidos pelos seguintes animais: Grande Campeão: Oak Ridge Silveira Pro 166. Do Rabb Brothers Ranch Inc. (de Woodlake, Califórnia) e dos Silveira Brothers (de Firebaugh, Califórnia), o reprodutor nasceu em Fevereiro de 2006 e é filho do touro LCC Major League A502M. Reservado de Grande Campeão: PAR Ultimate Direction 1018R. De Maio de 2005, ele é filho de Beckton Lancer F442T e pertence a Gary Peacock (de Covington, Texas). Grande Campeã: SLGN Stony’s Savannah. Da seleção da Solution Genetics (de Cushing, Iowa), essa fê- mea tinha apenas 10 meses em Denver 2007. Reservada de Grande Campeã: Ms Advance Vision of 4L R548. Filha do touro 4L Super Vision R2292, ela nasceu em Outubro de 2005 e pertence ao Von Forell Ranch (de Wheatland, Wyoming). Informações: American Angus Association e Red Angus Association of America; traduções: Stefan Staiger Schneider Grande campeã: SLGN Stony’s Savannah, com apenas 10 meses Grande campeão: G13 Stand Out, filho de G13 Structure CALENDÁRIO DE EXPOSIÇÕES RANQUEADAS 2007 OUTUBRO 4 a 14 - Exposição de São José do Rio Preto, SP JUNHO 19 a 23 - FEICORTE, SP AGOSTO 3 a 12 - Expofeira de Guarapuava, PR 6 a 14 - Expofeira de Bagé, RS 24/08 a 1/09 - EXPOINTER, RS 15 a 21 - 65ª Exposição Agropecuária de Alegrete, RS 15 a 18 - 2º Agro Indoor - Jaguariúna, SP 15 a 21 - 69ª Expofeira de Santana do Livramento, RS 13 a 16 - Exposição de Ponta Grossa, PR 18 a 21 - Exposição de Cachoeira do Sul, RS 22/09 a 1º/10 - 2ª Exposição de Primavera Núcleo Central de Angus - Santa Maria, RS 24 - Expofeira de Dom Pedrito, RS SETEMBRO 25 a 30 - Exposição de Primavera – Uruguaiana, RS 28/09 a 9/10 - 80ª Expofeira de Pelotas, RS 25 a 29 - 41ª Exposição Agropec. de São Francisco de Assis, RS NOVEMBRO 12 a 19 - Expofeira de Cascavel, PR 13 a 19 - Expofeira de Rio Grande, RS Informações (ABA): 51 3328.9122 // e-mail: [email protected] 40 Maio de 2007 LEILÕES CHANCELADOS Foto: Devanir Parra Torrecillas Leilão GB vende qualidade Realizado dia 13 de abril, no Centro de Eventos Village, em Cambé, PR, integrando o calendário de programações da Angus na Expolondrina 2007, o 3º Leilão GB Agropecuária, de Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, movimentou um total de R$ 454,4 mil, com a venda de 30 fêmeas Angus PO. Conforme mapa fornecido pela Remate Leilões, os exemplares comercializados fixaram média de preço em R$ 15.146,67. O maior preço pago na ocasião foi para o lote 26, GB Esmeralda M. League 205, uma fêmea de 20 meses, arrematada pelo valor de R$ 40 mil, por Edvaldo do Carmo Oliveira Jr. O investidor paulista também foi o maior comprador do evento. Oliveira Jr. gastou R$ 72 mil, adquirindo animais para formação de plantel. Chancelado pela Associação Brasileira de Angus, o leilão teve entre os convidados Agropecuária Fumaça (SP),de Elio Sacco, Cabanha Catanduva (RS), de Fábio Gomes, Reconquista Agropecuária (RS), de José Paulo Dornelles Cairoli, Cabanha da Corticeira (RS), de Luiz Anselmo Cassol, Chalet Agropecuária (SP), de Luís Eduardo Batalha, Casa Branca Agropastoril (SP), de Paulo de Castro Marques, Rincon del Sarandy (RS), de Cláudia Silva e da VPJ Pecuária (SP), de Valdomiro Poliselli Jr. Entre os parceiros, o que acumulou maior volume de vendas foi a Agropecuária Galvão Bueno Ltda, que negociou um total de R$ 158,4 mil. Conforme um dos organizadores do evento e parceiro da GB, Ivan Magalhães, foram apresentadas as melhores fêmeas Angus oriundas de importantes criatórios brasileiros. “O evento estava muito bonito e as matrizes da raça Angus PO ofertadas estavam muito bem preparadas tinham grande qualidade genética”, comentou. Sob os trabalhos do leiloeiro Aníbal Ferreira, da Remate Leilões, as condições de pagamento foram facilitadas em vinte parcelas. Catanduva: sucesso de outono Realizado dia 29 de abril, em Esteio, RS, simultaneamente à Fenasul e Outono Angus Show, o Leilão da Cabanha Catanduva arrecadou R$ 489,2 mil com a venda de 71 bovinos e seis doadoras Red Angus PO. Propriedade de Fábio e Fabiana Gomes, o tradicional evento comercializou 50 fêmeas Angus pelo valor médio de R$ 6,08 mil, além de 21 machos, pela média de R$ 5,53 mil. As doadoras foram valorizadas pelo preço médio de R$ 11,5 mil. O destaque do leilão foi para o lance dado à fêmea Catanduva 1122 Pândora TE213-G746 que saiu por R$ 50 mil. O investimento foi da Cabanha da Maya, Bagé, RS, de Zuleika Borges Torrealba, que desde 2004 investe na genética Angus, especialmente da Catanduva. Segundo o administrador da propriedade, Chico Vieira, a ventre irá para coleta de embriões. “Vim para comprar a fêmea num investimento que, com a coleta, deve retornar em um ano”, frisou. A Cabanha Catanduva encerra um ciclo de duas décadas de seleção de doadoras. Segundo Fábio Gomes, a partir de agora o trabalho da equipe será focado em reposição, voltando-se para a transferência de embriões, e, consequentemente, para o aumento do número de receptoras. O Leilão Catanduva, chancelado pela Associação Brasileira de Angus, foi conduzido pela Trajano Silva Remates. No martelo, comando de Marcelo Silva. Leilão Virtual VPJ e Casa Branca O I Leilão Red Angus Virtual, realizado dia 24 de abril pela VPJ Pecuária, de Valdomiro Poliselli Júnior, e a Casa Branca Agropastoril, de Paulo de Castro Marques, faturaram R$ 217.620,00. Com transmissão pelo Canal Rural, o leilão ofertou 68 lotes, sendo 56 fêmeas, que obtiveram média de R$ 2.900,00 mil, e 12 machos, vendidos com média de R$ 4.650,00., O lote de destaque, com dois machos, foi arrematado por R$ 9.720,00, pelo criador Franklin Delano Magalhães, de Jaraguá, GO. O maior comprador do leilão foi Luiz Hamilton Fonseca, de Londrina, PR, que investiu R$ 52.020,00. O evento, chancelado pela Associação Brasileira de Angus, reuniu a genética apurada dos criatórios, que são dois grandes projetos de seleção da raça Aberdeen Angus no País, visou impulsionar o padrão da pecuária brasileira, inclusive em termos de qualidade de carne. “Preparamos o leilão para atender ao momento atual da pecuária, que exige dos produtores uma atenção especial na escolha da genética. O mercado está aquecido e a procura por touros Angus é grande devido às qualidades que a raça apresenta em termos de precocidade sexual, produtividade e qualidade de carne. É uma oportunidade para agregar qualidade e melhorar o cruzamento industrial do plantel. Tivemos investimentos de criadores de cinco estados brasileiros: São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul”, declarou Valdomiro Poliselli Júnior, da VPJ Pecuária. Paulo de Castro Marques, da Casa Branca, comenta que o resultado do remate confirma a boa procura por animais Angus. “As pessoas estão investindo cada vez mais na raça. A cada leilão, sentimos uma demanda maior por Angus, que oferece carne de excelente qualidade”, finalizou o proprietário da Casa Branca. Reconquista confirma apostas Todas as apostas foram confirmadas quando Reconquista 593 Grand Canyon Bartolomé, TE 593 abriu o 4º Leilão Seleção Reconquista, de José Paulo Dornelles Cairoli, Alegrete, RS, realizado dia 11 de maio, em Porto Alegre, RS. A fêmea foi valorizada em R$ 120 mil, ao ser adquirida 50% (R$ 60 mil) pelos criadores Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, da GB Agropecuária, Porecatu, PR e Luiz Eduardo Batalha, da Chalet Agropecuária, SP. O exemplar que pertence à parceria de Cairoli e Rubens Zogbi, da Estância Carapuça, Cristal, RS foi premiado em pistas como 5ª Exposição de Outono de Uruguaiana 2007, Expointer 2006 e Expolondrina 2006. O ventre permanecerá na Reconquista Agropecuária para coleta de embriões. O leilão que faturou um total de R$ 861,9 mil com a comercialização de 45 lotes e alcançou média, conforme a Premier Leilões, de R$ 22,888 mil. Outro momento marcante foi quando a fêmea Reconquista 766 Grand Canyon com cria ao pé (lote 03) foi adquirida pela parceria de Fábio Gomes, da Cabanha Catanduva, Cachoeira do Sul, RS e Zuleika Torrealba Borges, Cabanha da Maya, Bagé, RS, pelo valor de R$ 46 mil. Segunfo os compradores, o ventre será destinado à coleta de embriões e a terneira fará campanha para participar da Expointer. Cairoli observou a participação de tradicionais e novos clientes que buscaram a genética Reconquista: “Foi muito bom, superou nossas expectativas, tivemos novos compradores e participação pelo Canal Rural”, destacou. Como convidadas participaram a Cabanha da Corticeira, São Luiz Gonzaga, RS, Cabanha Paineiras, Uruguaiana, RS, Cabanha Rincon del Sarandy, Uruguaiana, RS, Cabanha Expoente, Novo Hamburgo, RS, Estância Carapuça, Cristal, RS, Estância do Espinilho, Cruz Alta, RS e Estância Santa Eulália, Pelotas, RS. MOVIMENTO 41 Gira Uruguaia Fotos: ABA / Divulgação Santa Maria: êxito na estréia Maio de 2007 Grande campeã: Espinilho 4020 Válida para pontuação no Ranking Oficial de Expositores e Criadores da Associação Brasileira de Angus, a 1ª Exposição de Outono do Núcleo Central de Angus foi realizada de 21 a 27 de maio, no Parque de Exposições da Universidade Federal de Santa Maria, RS, numa organização do Núcleo Central de Angus, com apoio da ABA e UFSM, integrando a programação da Prosul 2007. O evento reuniu 68 animais Angus de argola, pertencentes a 13 criadores e teve como jurado o criador gaúcho Antonio Martins Bastos Filho. fêmea Espinilho 4020, tatuagem 4020, do expositor Roberto Soares Beck, Estância Espinilho, de Cruz Alta, RS levou o título de grande campeã Angus. Como A Grande campeão: Reconquista 886 Jaguari Grand Canyon reservada de grande campeã foi escolhida a fêmea Catanduva 776 Natividad TE 69 – 2685, pertencente a Fábio e Fabiana Gomes, da Cabanha Catanduva, Cachoeira do Sul, RS. Já a terceira melhor fêmea foi Reconquista 1085 Lagoa Gramático, propriedade de José Paulo Dornelles Cairoli, Reconquista Agropecuária, Alegrete, RS. Nos machos, o expositor José Paulo Dornelles Cairoli ganhou o título de grande campeão com o exemplar Reconquista 886 Jaguari Grand Canyon, tatuagem TE886. O reservado de grande campeão foi Catanduva 772 Natalite TE89 – TE03, de Fábio e Fabiana Gomes. Reconquista 1083 Ladino Gramático, também pertencente a José Paulo Dornelles Cairoli foi escolhido como terceiro melhor macho. A presidente do Núcleo Central de Angus, Cláudia de Scalzilli e Souza, valorizou a qualidade dos animais apresentados. “Tivemos participação do associado que consolidou o evento, especialmente ao apresentar animais diferenciados como as fêmeas que foram tão elogiadas pelo jurado”, comentou. O Núcleo Central de Angus também promoveu a 1ª Feira de Ventres Angus registrados e animais puros, apresentados pela Cabanha Santa Mathilde, do Itaqui, RS. Conforme o proprietário, Ruy Alves Filho, foram comercializadas 27 fêmeas PO com prenhez confirmada de campeões nacionais. Itapetininga faz boa mostra Por Luciana Bueno A Estância Santa Eulália, de Pelotas (RS), integrou a Gira Angus de Outono promovida pela Associação de Criadores de Angus do Uruguai. Após dois dias de visitas técnicas a quatro propriedades de Cerro Largo e Treinta y Três (UY), a caravana de criadores acompanhou no último dia 03 a integração lavoura-pecuária adotada para o engorde de novilhos, vaquilhonas e vacas Angus na propriedade de Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello (distante 1,4 mil Km de Montevidéu, local de partida da Gira). O criador apresentou o manejo da estância, alicerçado na integração máxima da agricultura e pecuária, e os resultados obtidos como a categoria Angus jovens para abate. Segundo Mello, os novilhos Angus dois anos chegam ao ponto de abate com peso de 430 quilos a 470 Kg. Ele salientou a importância do consórcio de pastagens, realizado também na Fazenda Santo Antonio, em Tapes (RS), para a constância de alimentos em períodos mais secos como o enfrentado, atualmente, na Metade Sul do Rio Grande do Sul. Conforme o presidente da Associação de Criadores de Angus do Uruguai, Luis Fernández, na Santa Eulália os produtores puderam verificar a total rusticidade da raça Aberdeen Angus. “Também estamos em período de seca no Uruguai e aqui vimos, como em outra das propriedades percorridas, exemplares Angus em perfeitas condições mesmo em períodos de estiagem”, assegurou. Os criadores observaram ainda lotes de machos e fêmeas PO e PC, de um e dois anos, e terneirada Angus ao desmame. Mello, vice-presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA), ainda apresentou detalhes do Programa Carne Angus Certificada que em 2006 certificou próximo de 100 mil animais da raça. “Começamos em 2003 com 16 produtores e 20 mil animais certificados, agora estamos com 260 produtores e carne Angus sendo servida no varejo em uma das mais importantes churrascarias do Rio Grande do Sul”, divulgou o criador, um dos pioneiros do programa de carnes da ABA. Ao final do encontro, a comitiva uruguaia (acompanhada por jornalistas de nove veículos de comunicação daquele país), além de convidados, como o técnico da ABA Joel Rocha Scroferneker e o criador Ronaldo Zechinski de Oliveira, saboreou um autêntico churrasco de vaquilhona Red Angus. Na ocasião, Fernández agradeceu a recepção e presenteou a família Mello com a pintura El gaucho do artista uruguaio Juan Manuel Blanes. Texto e foto, Assessoria de Imprensa ABA Expoingá valoriza criadores paulistas e paranaenses Organizada pelo Núcleo de Criadores de Angus de São Paulo e pontuando ao Ranking Oficial de Criadores e Expositores da Associação Brasileira de Angus (ABA), a 38ª Expoagro Itapetininga 2007 foi realizada de 20 a 29 de abril, no parque de exposições de Itapetininga, SP. “Novamente tivemos sucesso com a promoção da Exposição de Itapetininga deste ano. Os criadores compareceram com seus animais e formaram filas concorridas, expondo animais bem apresentados e alinhados ao padrão Angus que vem sendo buscado na atualidade”, observou o presidente do Núcleo de Criadores de Angus de São Paulo, criador Paulo de Castro Marques. O dirigente igualmente destacou a atuação do jurado João Carlos Chaves de Andrade, que segundo ele, foi um dos integrantes do Treinamento para Juizes de Angus promovido pelo Núcleo durante a Exposição de Avaré. “Ele foi correto, perseguiu o tipo ideal de Angus e os criadores aplaudiram suas escolhas”, sintetizou Marques. Foram a julgamento este ano em Itapetininga um total de 84 animais, sendo 19 machos e 65 fêmeas, pertencentes a 14 expositores. Grande Campeão: Escudo da Fumaça TE 223 – exp. Élio Sacco, Agropecuária Fumaça – Paranapanema, SP. Reservado de Grande Campeão:: PWM Expansion TE – exp. Paulo de Castro Marques, Casa Branca Agropastoril – Fama, MG Terceiro Melhor Macho:: PWM Ganesh – exp. Paulo de Castro Marques, Casa Branca Agropastoril – Fama, MG Grande Campeã:: Rincón Espoleta 808 Del Sarandy – exp. Renato Ramirez, 3E Agropecuária – Catanduva, SP. Reservada de Grande Campeã:: Fabulosa da Fumaça TE 336 – exp. Élio Sacco, Agropecuária Fumaça – Paranapanema, SP. Terceira Melhor Fêmea:: Ponderosa Lakina G32 – exp. Felipe Moura, Agropecuária Ponderosa – Manduri, SP. Grande campeã, Jcp Ingá Hill do Iguaçu Organizada pelo Núcleo Paranaense de Criadores de Angus e com o apoio da Associação Brasileira de Angus (ABA), a Exposição de Maringá 2007 (Expoingá) foi realizada entre os dias 14 e 19 de maio no Parque de Exposições Francisco F. Ribeiro em Maringá, PR. O evento integra o Ranking Oficial de Expositores da Associação Brasileira de Angus na categoria “B”. O Jurado Rednilson Moreli Goes julgou um total de 64 animais de argola em pista. A Grande Campeã foi Jcp Ingá Hill do Iguaçu, do criador Júlio Cesar Pacetti – Faz. Águas de Santa Lúcia – São Miguel do Iguaçu/PR; a Reservada de Grande Campeã, Fabulosa da Fumaça, de Élio Sacco - Agropecuária Fumaça – Paranapanema/SP; 3a |melhor Fêmea, Cia Azul 0124 G5480 G 5672, expositor Luis Henrique Campana Rodrigues – Agropecuária HR – São Paulo/SP. Nos machos, o Grande Campeão foi Reconquista 762 Impulso Quebracho, de José Paulo Dornelles Cairoli – Reconquista Agropecuária – Alegrete/RS; o Reservado de Grande Campeão, Escudo da Fumaça Te223, pertence a Élio Sacco - Agropecuária Fumaça – Paranapanema/SP; já o 3a |melhor, Don Francisco Te 045 Cabo, de Paulo Edgard de Oliveira Valdez – Agropecuária Dom Francisco – Lapa/PR. 42 HISTÓRIA Maio de 2007 Testes de ganho de peso Por José A. Collares In memoriam Em meados do corrente mês, a Secretaria da Agricultura iniciou em Vacaria mais um Teste de Ganho de Peso. Estes testes serão feitos nas 7 Estações Experimentais do Governo do Estado no Rio Grande do Sul. É uma nova base de seleção para as raças de corte, conforme a nova orientação, ou seja, de carne sem gordura com animais precoces. odos os países criadores de gado de corte, desde alguns anos, vêm realizando estas provas, como também o Controle de Desenvolvimento Ponderal (CDP), serviço criado pelo Herd Book Collares em 1970, onde na Exposição do Esteio de 1971, apresentar-se-ão os primeiros animais controlados. Não seria demais esclarecer que em 1970, na raça Aberdeen Angus, nas primeiras categorias, todos os animais foram controlados pela Associação Brasileira dos Criadores de Aberdeen Angus. Aproveitando a “prata de casa”, no Estado de São Paulo, desde alguns anos vêm se realizando provas semelhantes, sempre visando à nova orientação em seleções no rebanho para corte. É natural, e creio que assim esteja acontecendo, nem todos os criadores estejam cooperando em ambos novos serviços, recentemente criados. Não é mal local. Em outros países assim também acontece. Notícia publicada, já há algum tempo no Correio Rural, nos fala de uma exposição de Devon, na Inglaterra, onde concorreram 22 touros, dos quais somente 6 apresentaram-se com certificados de ganho de peso. Entretanto nas vendas destes reprodutores os controlados alcançaram uma média de 29 libras a T mais que os outros. Se os britânicos se mostram sem maior entusiasmo para estas provas, com muito mais razão acontecerá entre nós, latinos, que invariavelmente sempre vemos tudo por um prisma sempre apaixonado. Como as provas são para diversas raças, os mais fervorosos adeptos de determinada raça, não desejam perder para outra. Não devemos esquecer que o Rio Grande do Sul tem condições para criar qualquer raça européia, como também zebuína, e que todas têm suas grandes qualidades como também seus problemas. co tempo, nossas exposições terão novo aspecto quanto ao preparo dos animais. É velha a crítica que os juízes britânicos fazem aos sulamericanos. Recordo de um, talvez mais positivo, que lembrava uruguaios de que os touros não eram “Christmas Turkey” (Perus de Natal) e que deveriam sair das exposições aptos para o trabalho. A Revista argentina “Hereford”, órgão da Associação Argentina de Criadores de Hereford, do mês de março do corrente ano, publica em destaque a página 120, o seguinte convite: “Reuniòn de cabañeros el dia 3 de junio Neste artigo publicado em maio de 1971, o fundador da ANC, José Collares mostra a importância dos testes de ganho de peso a campo como fundamentais na avaliação de reprodutores aptos para o trabalho. Neste particular, é importante salientar que a raça Angus foi uma das pioneiras no teste, por iniciativa da Associação Brasileira de Aberdeen Angus, já em 1970 Apesar da importância do peso individual, outros fatores influem no desenvolvimento de certas raças. Esse é o motivo de existirem tantas raças em países pequenos, comparados mesmo, ao Rio Grande do Sul. Devemos acompanhar os resultados, não com o fim de saber qual a raça de maior ganho, mas sim, dentro de cada raça os espécimes que devem ser aproveitados para a melhoria do rebanho, dentro da nova orientação zootécnica, que dizem ser, altamente transmissível. Pelo pouco que tenho lido sobre o assunto, de antemão posso prever, que não serão os mais bonitos, os ganhadores, mas espero e desejo que sejam os mais reputados. Seguindo esta orientação, dentro de pou- En la última reunión de Comisión Directiva surgió lá inquietud acerca de la excesiva preparación de los toros que se exponen en Palermo. Entre las propuestas que se hicieron, tomó cuerpo la de medir la grasa a todos los reprodutores que concurran a esa exposicion publicando los resultados u facilitándoselos al jurado de clasificación. Ante tal propuesta y antes de tomar um critério definitivo, la Comisión Directiva resolvió convocar a todos los expositores de Palermo a una reunión que para tratar el tema, se realizará en el local de la Asociación el dia 3 de junio a las 18 horas. Dada la trancedental importancia del tema para la raza e para la preparación de los animales de exposición se encarece a todos los cabañeros su puntual asistencia”. Asociacion Argentina de Criadores de Hereford É sem dúvida uma reação às velhas orientações, e tomada por uma entidade. Da mesma revista, também do mês de março, o editorial tem o título: “Control de Produção” “Guerra a La Grasa”. Referindo-se à prova de “Block Test”, transcrevemos alguns tópicos: “Carne de calidad, animales magros, mayor masa muscular”, etc., fueron los estribillos que en esos días oímos a profesionales y capacitados comerciantes de la carne y que responden a exigencias del mercado, tanto de exportación como del nuestro consumo interno. La Asociación Argentina Criadores de Hereford hace casi dos años puso en funcionamiento un moderno plan de selección que ya es veterano en otros países. Mediante él se seleccionan los animales de mayor precocidad y que por ende tienden a un mayor desarrollo de la masa muscular y menor acumulación de grasa. Son muy pocos los cabañeros en el país que han adoptado este plan, (o grifo é nosso) otros similares y también pocos los que han ingresado al de nuestra Asociación. Vimos pelo exposto que a novas orientações, em países como a Grã-Bretanha e Argentina, são olhadas com alguma indiferença, portanto é natural que aqui também aconteça o mesmo. Entretanto, o certo é que, ambos os serviços criados pela Secretaria da Agricultura e Herd Book Collares, no momento orientam as tendências em voga na seleção de bovinos de corte. (Publicado originalmente no Correio do Povo de 07/05/1971) Recomendações para uma pecuária mais eficiente estão bastante atualizadas. Com base nos dados estudados pelos autores, as seguintes práticas de manejo foram recomendadas aos criadores de gado de corte do Brasil Central Pecuário, bem como de outras regiões tropicais: Por Leonardo Talavera Campos As recomendações feitas por Zancaner & Mariante, em 1985 (no livro “Crescimento e reprodução em gado Nelore - Visão do criador e do pesquisador”), ainda stação de monta: existe um período do ano mais vantajoso para a parição, devendo ser estabelecida uma estação de monta de 90 dias, com início em 01 de outubro, de forma que a parição venha a ocorrer de agosto a outubro. Seleção para o crescimento: a maior ênfase da seleção deverá ser dada à reprodu- E ção. A seleção para peso deve ser baseada no peso aos 18 ou 24 meses, mantendo-se os animais em condições ambientais semelhantes àquelas nas quais serão criadas suas progênies. Programa de descarte: devem ser descartados os touros cujas progênies classifiquemse abaixo da média do rebanho. O mesmo deve ser feito com vacas que apresentam idade a primeira cria e/ou intervalo entre partos acima da média. Melhora das condições: o ambiente, principalmente nutrição, deve ser melhorado, de forma maximizar a produção. Deve-se obter dados sobre a exequibilidade de se atingir esta maximização através da melhora de pastagens, da suplementação, etc... Estudos futuros: existe a necessidade de se obter mais dados a fim de se determinar a relação entre peso e reprodução, e de avaliar os efeitos dos fatores ambientais sobre o crescimento e a reprodução dos bovinos de corte nos trópicos. Coordenador Técnico do Promebo® Associação Nacional de Criadores - Herd Book Collares / ANC e-mail: [email protected] OPINIÃO Maio de 2007 43 Produtividade da pecuária cresce mais do que a da agricultura A pecuária brasileira está no rumo certo. Ao mesmo tempo em que avançou mais do que a agricultura nos últimos anos, ganha em eficiência e contribui para a redução dos impactos ambientais Figura 1. Área de pastagem versus rebanho bovino no Brasil. Fonte: Conab / IBGE / Scot Consultoria Por Fabiano Tito Rosa Os ganhos da agricultura, em termos de produtividade, são notáveis. O agricultor despertou cedo para a necessidade de tecnificação, conservação e manejo do solo, a fim de promover a melhoria dos resultados produtivos e econômicos. Entre 1977 e 2006, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área cultivada com grãos, cereais e oleaginosas cresceu 27%, ao passo que a produção, em toneladas, aumentou 157%. Fantástico, uma verdadeira revolução. A pecuária se atentou para a aplicação de tecnologia um pouco mais tarde. Por muitos anos o boi foi encarado como reserva de valor. Era só largar o dinheiro lá no pasto, engordando. Mas os tempos, a economia e as exigências do mercado mudaram. A pecuária, portanto, teve que mudar também. Talvez o início, em termos de incorporação de tecnologia, tenha se dado em meados da década de 80, com a suplementação mineral. De lá para cá ela evoluiu muito, assim como o manejo sanitário e, mais recentemente, o melhoramento genético, o manejo de pastagens (adubação e controle de invasoras), etc. Nos últimos anos, o crescimento das exportações, a competição com a agricultura e a pressão ambiental contra abertura de novas áreas de pastagem aceleraram o ritmo de incorporação de tecnologia e, conseqüentemente, de aumento de produtividade por parte da pecuária. Nessa “corrida”, a agricultura ainda está na frente. Afinal, largou primeiro. Mas nos últimos anos, a pecuária superou a agricultura, como ilustram as figura 1 e 2. Entre 2001 e 2006, de acordo com a Figura 2. Produção de grãos, cereais e oleaginosas versus área cultivada no Brasil. Fonte: Conab WHAT IS THE NEWS? Para anunciar ligue 51 3231.6210 e-mail - [email protected] Conab, a produção de grãos, cereais e oleaginosas aumentou 20,5%, ao passo que a área cultivada cresceu 25%. É verdade que a crise que acometeu a agricultura, em função de problemas climáticos e da retração dos preços pagos aos produtores, exerceu papel fundamental nesse “retrocesso”. Mas a pecuária, do ponto de vista dos pecuaristas, também não ia nada bem. Vale lembrar que, em junho do ano passado, a cotação do boi gordo em São Paulo despencou ao patamar mais baixo dos últimos 50 anos. Ainda assim, de acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Conab e estimativas da Scot Consultoria, o rebanho bovino brasileiro, entre 2001 e 2006, cresceu 15%. A produção de carne, por sua vez, aumentou 53%, mas as áreas de pastagem encolheram 1,5%. Isso é que é aumento de produtividade! Veja a tabela 1. A pecuária tende mesmo a se manter em expansão através do aumento de produtividade, ou seja, de aplicação de tecnologia. O potencial produtivo ainda está longe de ser alcançado. Recentemente, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimou que se a taxa de desfrute do rebanho brasileiro, que hoje está um pouco acima de 20%, chegasse a 30%, o País poderia dobrar a oferta de carne para exportação, sem necessidade de aumento de rebanho ou de área. Outro número interessante: se a taxa de lotação média, que hoje se situa entre 0,7 e 0,9 UA/ha, chegasse a 5 ou 6 UA/ha (e já existe tecnologia para isso), caberia todo o rebanho bovino do mundo dentro do Brasil, com base na área de pastagem atual. A pecuária brasileira está no rumo certo. Ganha em eficiência e contribui para a redução dos impactos ambientais. Esse, aliás, é o tema do artigo “Parar de comer carne?”, do engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira, disponível no site www.scotconsultoria.com.br. Zootecnista - Scot Consultoria [email protected] 44 Maio de 2007