Revista ACIF - Associação do Comércio e Indústria de Franca
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Revista ACIF - Associação do Comércio e Indústria de Franca
Órgão de divulgação da Associação do Comércio e Indústria de Franca - Distribuição Gratuita Janeiro | 2013 Nº 205 | Ano 68 | Franca-SP Novo ano, novo ciclo, novas possibilidades O ex-prefeito Sidnei Rocha, o presidente da ACIF José Alexandre e o prefeito de Franca Alexandre Ferreira na entrega da iluminação de Natal 2012 PALAVRA DO PRESIDENTE Novo ciclo N o último mês, em meio às vendas para o Natal, muito se falou sobre o fim do mundo previsto para o dia 21 de dezembro. Os maias, povo pré-colombiano da América Central, ocuparam espaço na mídia mundial em função da equívoca interpretação do seu calendário. No entanto, o retorno dos maias à história não passou em branco. Numa breve análise dos costumes e culturas desse povo há algumas semelhanças com o nosso modo de vida e, talvez por isso, podemos aprender com os maias. Segundo as crenças dos antigos astrônomos maias, após essa data uma nova era se inicia no calendário desse povo levando esperança de melhoria de condições de vida para seus descendentes (hoje 800 mil maias vivem no México), que devem contribuir particularmente para essa mudança. É também nesta época do ano, na troca numeral do nosso calendário gregoriano que aflora em nós um desejo de renovação. Os maias acreditavam que o ciclo era contínuo e o fim era sempre o começo. Mais uma semelhança. ...2010, 2011, 2012, 2013... os anos passam continuamente mas, a cada 31 de dezembro, desejamos mudar. Mudar o jeito de pensar, de agir, de fazer aquela mesma coisa de uma forma diferente. É como se ganhássemos uma chance para tentar novamente. Os antigos maias observavam o céu e os movimentos do sol, da lua e das estrelas. E todo final de ano, eles passavam cinco dias santos refletindo sobre o passado, o presente e o futuro. Nós também aproveitamos o fim do ano para refletir, estabelecer metas pessoais e profissionais, nos aproximar da família, dos amigos e de quem a gente ama. O tempo medido no céu determinava o ponto de partida e um fim. O céu também é significativo para nós, pois na passagem de ano fixamos o olhar lá em cima para observar os fogos de artifício que avisam com cores e sons a chegada do novo ano. Matemática (desenvolveram o conceito de zero), ciência, astronomia, arte (considerada sofisticada e bela), arquitetura (pirâmides incríveis) e economia baseada na agricultura, com técnicas avançadas de irrigação do solo. Os maias praticavam ainda o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império. Versatilidade, ousadia, inovação, empreendedorismo. Coincidência, ou não, os maias fizeram história e ensinaram a lição: um novo ciclo sempre recomeça para nos dar uma nova oportunidade. Não podemos desperdiçá-la! Vamos trabalhar, renovar as ideias, fazer diferente o que já deu errado, surpreender! Se 2012 não foi tão bom como o esperado, com o baixo crescimento da economia, José Alexandre Carmo Jorge a boa notícia para Presidente da ACIF este ano, segundo a Associação Comercial de São Paulo, é a continuidade do avanço do consumo, graças ao bom momento de indicadores de emprego, renda e crédito no País – e ainda, ao impulso dado pelos incentivos tributários que o governo manterá nos próximos meses como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) menor para alguns bens duráveis. A estimativa de crescimento neste ano é de 5% do consumo das famílias. Com esse cenário favorável, para 2013 ser excelente comece a mudança em você. Invista na capacitação dos seus colaboradores, na sua reciclagem. Seja audacioso, inove, renove, tente, tente mais uma vez, aprove, comemore! Como sua parceira, a ACIF está sempre em constante mudança. Antenada e participativa, a Associação trabalha em prol do seu crescimento e prosperidade nos negócios. Assim como os maias, com pensamento sempre à frente, no futuro, lançaremos a partir de fevereiro novos serviços, cursos e palestras (veja a programação na página 10). Não desperdice seu tempo. Todo momento é hora para tentar, criar, ousar. Daqui a 12 meses uma nova esperança surge. Você vai parar para refletir suas ações, limitações, lucros e prejuízos. Melhor será se nesta nostalgia puder sorrir até das frustrações, mas que resultaram de tentativas e não de expectativas. Brindemos a chegada de 2013! “Não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo.” Paul Pilzer Revista ACIF Janeiro 2013 3 NESTA EDIÇÃO DIRETORIA ADMINISTRATIVA E CONSELHO José Alexandre Carmo Jorge - presidente João Carlos Cheade - 1º vice-presidente Wayner Machado da Silva - 2º vice-presidente Gabriel de Melo Rinaldi - 3º vice-presidente Dorival Mourão Filho - 4º vice-presidente Alex Rodrigues Kobal - 1º diretor administrativo Fernando Rached Jorge - 2º diretor administrativo Luis Vanderlei Moreti - 1º diretor financeiro Ézio Luiz Pedrosa - 2º diretor financeiro Lucely Bertelli F. de Macedo – diretora de Serviços Tarciso Bôtto - diretor do Comércio Marco Antônio de Oliveira – diretor da Indústria Alberto Carraro Fernandes Presidente do Conselho Deliberativo EXPEDIENTE Gerente Executivo Marcelo Carraro Rocha Redação Fernanda Martins MTb 31.897 Fotos Fernanda Martins / Wellington Pereira / Letusa Sartori Diagramação / Arte Wellington Pereira Revisão Letusa Sartori A Revista ACIF é uma publicação mensal da Associação do Comércio e Indústria de Franca 5 Novas agentes do Empreender apresentam novidades 6 Campanha de Natal inova e é aprovada pelos consumidores 8 Ganhadores escolhem eletrônicos e móveis 9 ACIF entrega 3 mil brinquedos no Natal 10 Apoio à Gestão da ACIF divulga programação de eventos para 2013 11 Projeto Guri completa 10 anos formando cidadãos 12 Via Eco: telhas de cimento ecologicamente corretas 14 Uni-FACEF: novo curso e R$ 2 milhões de investimentos na Unidade II 16 Prefeito de Franca quer melhorar a vida dos trabalhadores e fortalecer a cidade 18 Programas de impostos nas notas serão disponibilizados gratuitamente aos associados 19 ACIF divulgará indicadores regionais do SCPC 20 Banco Central divulga novas notas e ensina a identificar falsas 21 Câmara de Mediação e Arbitragem da ACIF ganha prêmio Conde dos Arcos 22 Betta Hidroturbinas recebe ‘Prêmio Exporta, São Paulo’ 23 Dados Econômicos: ‘Terra de Oportunidades’ 24 Momento Sebrae: ‘A dúvida recorrente: ter ou não um sócio na empresa’ 25 Olhar Jurídico: ‘Recentes alterações na Legislação Tributária’ 26 Olhar Contábil: ‘O cenário contábil para 2013 e o empresário’ FONE: 16-3727-7499 Tiragem 4.000 exemplares Impressão Gráfica Cristal - (16) 3711-0200 www.acifranca.com.br Fale conosco - [email protected] / (16) 3711-1700 Departamento Comercial ACIF (16) 3711-1721 As matérias publicadas nesta edição poderão ser reproduzidas, total ou parcialmente, desde que citada a fonte. As opiniões expressas em artigos assinados não coincidem necessariamente com a opinião da Revista ACIF. 4 Revista ACIF Janeiro 2013 PAPEIS DE SEDA PERSONALIZADOS PARA A INDÚSTRIA CALÇADISTA E COMÉRCIO EM GERAL e-mail: [email protected] Rua São Paulo, 1204 - Vila Aparecida CEP 14401-248 - Franca-SP AÇÕES ACIF Novas agentes do Empreender apresentam novidades F ortalecer o negócio, agregar diPara este ano, Susana e Cláudia ferencial e gerar oportunidades planejam importantes ações visando o de aprimoramento aos associafortalecimento do programa que hoje dos. Esses são os principais objetivos contempla três grupos: Construfran do Programa Empreender da ACIF, (17 empresas), Polo Francano de TI que há dois meses está de cara nova. (19 empresas) e Conselho da Mulher Dinâmicas e experientes, as agentes Empreendedora (70 empresárias). Cláudia Neves e Susana Rodrigues “Pretendemos criar seis novos núcleos pretendem ampliar o atendimento com segmentos diversificados. O priaos empresários francanos com o lanmeiro passo será dado neste mês a parçamento de seis núcleos em diversos tir de visitas aos associados ACIF para segmentos e ainda estreitar parcerias e levantar suas necessidades e elaborar inovar os serviços aos núcleos já exiso planejamento. Sentimos que muitos tentes. ainda estão distantes e não têm conheAmbas as profissionais têm curcimento das vantagens e serviços que rículos de peso. Durante oito anos, oferecemos”, afirma Cláudia. “Outra Cláudia foi instrutora de vários cursos proposta é aumentar a participação em do Sebrae, dentre eles o “Aprender a feiras, workshops, palestras, cursos e Empreender”. Ela também já minismissões de interesse dos grupos”, comtrou cursos no Senac e no Senai. Há pleta Susana. mais de 20 anos, Susana atua na área As agentes do Empreender Cláudia Neves e Susana Rodrigues As agentes contam que o comercial, inclusive já trabalhou na Programa vai buscar parceiros e novas ACIF de 2000 a 2002. Possui ainda experiência como consultora possibilidades de trabalho. “Vamos nos reunir com representantes da Kriar – Gestão de Pessoas e acredita que essa bagagem a ajudado Sebrae, do Senai e do Senac para estreitar parcerias e oferecer rá neste contato com os associados. mais aprendizado aos membros”. No Programa Empreender da ACIF, os micros e pequenos Na segunda quinzena de fevereiro será realizada uma empresários se reúnem em grupos de trabalho e núcleos setoriais, Reunião de Sensibilização para esclarecer aos interessados o que de acordo com a sua atividade, em busca de troca de informações é o Programa Empreender e apresentar o cronograma de ações e solução de problemas comuns. Auxiliados pelas agentes, os en2013. “Esperamos os associados de braços abertos e dispostas a contros são periódicos e promovem o associativismo e o desenfazer de tudo para garantir informação que gere aperfeiçoamento volvimento do negócio. em seus negócios”, disse Susana. Revista ACIF Janeiro 2013 5 AÇÕES ACIF Campanha de Natal inova e é aprovada pelos consumidores A Consumidores acompanham o sorteio de um vale-compras de R$ 5 mil no Jardim Aeroporto 6 Revista ACIF Janeiro 2013 Campanha Natal Iluminado ACIF 2012 “Tá Chovendo Dinheiro” fez “chover” também esperança, sonhos e realizações. Promovida de 1º de novembro a 29 de dezembro, com a participação de 350 lojas associadas, a campanha distribuiu vales-compras nos valores de R$ 50, R$ 5 mil e R$ 10 mil. Centenas de pessoas que compraram nas lojas participantes foram premiadas, não só com o dinheiro, mas com emoção e alegria. Ao todo foram 1.500 raspadinhas com prêmio instantâneo de R$ 50, cinco sorteios de vales-compras no valor de R$ 5 mil (veja os ganhadores na página 8) e um de R$ 10 mil (até o fechamento desta edição o sorteio não havia sido realizado). Os vendedores que indicaram seus nomes nas raspadinhas também foram premiados com vale-compras no valor de R$ AÇÕES ACIF 60% a 70% são preenchidas e retornam - nas cinco regiões copara a urna nos sorteios. merciais da cidade, toMuitos ganhadores já trocaram dos com a presença do os vales-compras por produtos. Na Papai Noel, dos duenEletrozema, os cupons resultaram em des e de uma dupla celulares e uma TV LCD de 42’. “Foi sertaneja. Durante as muito bom participar da campanha, noites, um caminhão atraiu clientes. Algumas pessoas, antes de decorado e iluminado comprar, perguntaram sobre os prêmios. percorreu os principais Além disso, conquistamos mais clientes, corredores comerciais já que alguns que trocaram seus cupons levando o espírito nanunca compraram na loja”, disse o gerentalino por onde paste Miguel Henrique Costa Pereira. sou. Os duendes do Papai Noel fazem a festa com os cupons antes do sorteio Os premiados têm até junho deste Marcelo Carraro ano para trocar os cupons e raspadiRocha, gerente executivo da ACIF, acre1 mil, nos cinco primeiros sorteios, e R$ 2 nhas premiadas por produtos nas lojas dita que os sorteios surtiram um grande mil, no sorteio final. participantes. efeito em todo o comércio da região onde José Alexandre Carmo Jorge, preforam realizados. “A antecipação sidente da ACIF, afirma que a campadas compras de Natal para concornha foi muito positiva para o lojista e rer aos prêmios semanais foi maior para o consumidor. “O comerciante do que o esperado. A receptividade aumentou seu faturamento antes do dos comerciantes foi enorme até previsto e premiou seu cliente no ato mesmo doando brindes para sorda compra com a raspadinha premiatearmos na hora”, afirma. da. Os sorteios semanais incentivaram Segundo Letusa Sartori, o consumidor a sair mais cedo de casa coordenadora de Marketing da para comprar os presentes de Natal ACIF, durante a campanha as lojas com mais tranquilidade”, avalia. participantes distribuíram 700 mil A campanha inovou com sorteios raspadinhas, mas destas, apenas de O presidente da ACIF José Alexandre divulga um ganhador – marcados por muita festa e alegria Revista ACIF Janeiro 2013 7 AÇÕES ACIF Ganhadores escolhem eletrônicos e móveis José Alexandre, José Eurípedes e o vendedor Vagner Costa 1º Sorteio O Tarciso Bôtto, José Alexandre, a lojista Antônia Mattos, Zilda e a vendedora Joelma Franco 2º Sorteio C O lojista Daniel Silva, a vendedora Andressa Ribeiro, Valéria e José Alexandre 3º Sorteio A lojista Cíntia Magalhães, José Alexandre, Ruth, o filho João Carlos e a vendedora Valéria Castro 4º Sorteio O 8 Revista ACIF Janeiro 2013 A gerente Valéria Botta, Márcia Cristina e José Alexandre 5º Sorteio AÇÕES ACIF ACIF entrega 3 mil brinquedos no Natal Na noite de Natal, bombeiros de Franca realizaram o sonho de Ruan, 5, morador do Aeroporto N a véspera do Natal, os colaboradores da ACIF fizeram a alegria da criançada da periferia de Franca. A Associação distribuiu três mil brinquedos doados e arrecadados durante a campanha de Natal. A casinha do Papai Noel, instalada na Praça da Catedral, recebeu duas mil cartinhas das mais de 40 mil crianças que passaram por lá. Pelo menos metade dos pedidos foi atendida. A entrega aconteceu nos bairros Jardim Santa Bárbara, Jardim Aeroporto, Vila Gosuen, Parque Leporace e Vila São Sebastião. Tamires, 10, moradora do Santa Bárbara, ficou surpresa ao ganhar uma bicicleta. Em sua cartinha ela afirmou O Papai Noel da ACIF entrega uma boneca a uma menina do Jardim Paulistano Adolescente especial, morador na região Leste, ganha um carrinho do Papai Noel que no ano passado o Papai Noel havia esquecido dela. Comovido, um grupo de colaboradores da ACIF reuniu dinheiro e reformou uma bicicleta doada. Já Ruan, 5, que reside no Aeroporto II, pediu um caminhão de bombeiro e ganhou muito mais que isso. Daiane Rodrigues, agente da Certificação Digital da ACIF, se emocionou ao ler a carta e, com a ajuda do noivo Eduardo Oliveira, que é bombeiro, proporcionou uma noite de Natal inesquecível ao pequeno que sonha em ser bombeiro. Em três caminhões, um grupo do Corpo de Bombeiros de Franca foi até a casa do menino e fizeram a maior festa, com direito a passeio no veículo. Tamires recebe bicicleta reformada dos colaboradores da ACIF Célio Chimelo e Ângela Souza Revista ACIF Janeiro 2013 9 AÇÕES ACIF Apoio à Gestão da ACIF divulga programação de eventos para 2013 O Programa de Educação Empresarial da ACIF começa o novo ano com novidades. No dia 16 de janeiro, um grupo de empresários de calçados e confecções inaugura oficialmente a programação de eventos 2013 com uma missão na Couromoda e na Prêt-à-Porter. Os treinamentos, cursos, workshops e palestras serão voltados às outras áreas da empresa como contabilidade, administração e marketing. “Trabalhamos pela melhoria contínua do colaborador que já está inserido no mercado de trabalho, pela qualificação pessoal e profissional, busca pela informação e pelo aprimoramento. O empresário investe em seu funcionário e como retorno consegue, por exemplo, reduzir a rotatividade de contratações e demissões”, explica Danila Sartório, supervisora do Apoio à Gestão da ACIF. Ela acredita que, em geral, há carência de treinamentos e os que existem exigem altos investimentos dos empresários. “Na ACIF, o associado paga uma taxa acessível. É um investimento que vale a pena”. Segundo Danila, a programação da Educação Empresarial (veja no quadro ao lado) deste ano foi desenvolvida de acordo com as pesquisas de satisfação realizadas nos cursos promovidos no ano passado. “Levantamos as dificuldades e os anseios do empresário. Ainda podemos alterar o cronograma de acordo com a demanda e as sugestões dos associados”, revela a supervisora. Os cursos, palestras e workshops, que serão promovidos de fevereiro a novembro, vão atender outras áreas da empresa como contabilidade, administração e marketing. “A duração de cada curso, geralmente, é de 16 horas, com emissão de certificados”, diz Danila. Estão previstas também palestras em todas as regiões de Franca na Fase Regionalização 2013. Os temas e os palestrantes ainda não foram definidos. A supervisora informa ainda que os treinamentos quinzenais de Orientação Profissional a quem está à procura de um emprego recomeçam em fevereiro. “Os interessados devem procurar a ACIF Empregos para preencher o cadastro. Depois, eles serão convidados a participar deste treinamento”. Missão Couromoda Neste ano, a Couromoda acontece de 14 a 17 deste mês. No dia 16, a ACIF promove uma missão levando calçadistas para visitar a feira, no Anhembi, em São Paulo. O grupo também será formado por empresários do ramo de confecções que participarão da Prêt-à-Porter (Feira Internacional de Negócios para Indústria de Moda, Confecções e Acessórios), na Expo Center Norte. “É uma boa oportunidade para ficar por dentro das tendências e dos lançamentos, e ainda trocar experiências e fazer contatos”, acredita Danila. Para participar da missão, que tem o Sebrae como parceiro, e obter mais informações entre em contato com a Michela nos telefones (16) 3711-1722 e 3711-1762. 10 Revista ACIF Janeiro 2013 AÇÕES ACIF Projeto Guri completa 10 anos formando cidadãos “A música transforma a maneira dessas crianças e no projeto desde a sua implantação. adolescentes pensarem e se relacionarem com o Marina fala com carinho e se sente privilegiada como inmundo e com a família. Os desafios as tornam tegrante do Projeto Guri. “É maravilhoso, uma surpresa a cada pessoas mais sensíveis, serenas, sociáveis e, principalmente, com dia. A gente ensina muita coisa, mas também aprende muito. respeito ao próximo”. Assim Marina Souza de Oliveira, superviA nossa missão é trabalhar a música da melhor forma possísora Técnica em Instrumento, define o Projeto Guri – Polo ACIF vel, não querendo formar músicos, mas cidadãos. Somos uma Franca na vida dos quase 600 alunos. E lá se vão 10 anos de tragrande família”, diz. balho, dedicação e realizações. A música que emociona e une corações ainda revela taDesde 2005 - três anos após a implantação do Polo em lentos. “Hoje temos ex-alunos que são educadores do Projeto Franca - a ACIF é parceira do projeto que, até hoje, já foi ampliaGuri de outras cidades, que tocam na Orquestra Sinfônica de do duas vezes para atender a demanda de alunos. Cada mudança Franca ou ainda que cursam faculdade de música. Alguns forgerou maior espaço físico, novos cursos e mais vagas. maram grupos e tocam profissionalmente e outros ministram Atualmente a equipe é formada por 12 educadores, uma aulas de instrumento em escolas de Franca”, afirma Marina. coordenadora, um auxiliar de coordenação e um auxiliar de Inserido no Projeto Guri, o Grupo de Referência – apoiaPolo. Atende na Rua Ouvidor Freire, no Centro, 600 crianças e do pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura – atende adolescentes de 6 a 17 anos que praticam canto coral, iniciação 20 alunos nos cursos de violão, cavaco e viola caipira, que fomusical, teclado/piano, violão, ram selecionados por meio de cavaco, viola caipira, percusprocesso seletivo e concorresão, cordas friccionadas (violiram entre 100 inscritos. “Neste no, viola clássica, violoncelo e projeto de formação musical contrabaixo acústico), sopros: completa, o aluno pode levar - metais (trompete, trombone, o instrumento para estudar em eufônio); - madeiras (flauta casa”, explica Marina. transversal, clarinete e saxofone). Conquistas Todos os instrumentos O gosto e a dedicação são cedidos pelo projeto, do pela música já rendeu frutos. Governo Estadual. Marina Só no segundo semestre do explica que o Guri não tem a ano passado o Projeto Guri pretensão de formar músicos, – Polo ACIF Franca fez 20 Alunos do Projeto Guri - Polo ACIF se apresentam no Castelinho, em dezembro, mas sim de trabalhar a música apresentações locais – duas no Concerto que comemorou os 10 anos de trabalho em Franca de forma singela, que despercom a Orquestra Jovem de te sentidos e sentimentos nas Franca - e em cidades da crianças e adolescentes. “A cada semestre trabalhamos um tema região. Em agosto, 27 alunos do canto coral participaram (gênero, cantor, entre outros) e sua história, contexto e canções”, do Festival Internacional de Coros Mario Baeza, em Viña explica. Del Mar, no Chile. “Foram sete dias de eventos e o grupo São três níveis (inicial, intermediário e avançado) e o aluagradou tanto que chegou a se apresentar duas vezes por no deve fazer no mínimo seis meses cada um para avançar. No dia”, conta. entanto, não existe formação. “Temos alunos que estão aqui Com as rematrículas concluídas, em 2013 novas vagas e desde o início porque gostam tanto, se identificam com a músialgumas remanescentes serão abertas. O anúncio para as maca e ficam até completar 17 anos”, conta a supervisora, que atua trículas será feito no fim deste mês. Revista ACIF Janeiro 2013 11 ASSOCIADO EM DESTAQUE Indústria E las ainda quase não são avistadas nos telhados das casas francanas, já que a maioria das obras ainda utiliza as de barro. No entanto, as telhas de cimento vêm conquistando seu espaço em Franca e na região pelas inúmeras vantagens em relação à tradicional telha de cerâmica, além da aparência clean que deixa a cidade mais limpa e bonita. Há um ano, a única desvantagem desta telha era a logística que encarecia o produto. Com veia empreendedora e, de olho no mercado local e regional, o químico e empresário Gil de Pádua Dagher resolveu o problema das construtoras, arquitetos e engenheiros ao inaugurar a Via Eco, única fábrica de telhas de concreto da região. “Entrei em contato com essas telhas quando fornecia madeiramento para telhados. Durante dois anos pesquisei o mercado, as máquinas e a logística até abrir meu negócio”, afirma, avaliando que as olarias mais próximas de Franca são as da cidade mineira de Cássia. “Minha principal concorrente fica em Indaiatuba, a 300 quilômetros daqui. A distância e a revenda encarecem o produto. Consigo um preço melhor atendendo diretamente o consumidor final e confeccionando sob encomenda”, revela Gil. O investimento de mais de R$ 500 mil O empresário Gil Dagher exibe a telha de cimento produzida em sua fábrica 12 Revista ACIF Janeiro 2013 Via Eco: telhas de cimento ainda não foi recuperado, mas o empresário já planeja um crescimento de 30% neste novo ano com investimento - ele não revela o valor - em logística, maquinário e produção. Hoje a Via Eco, localizada no Distrito Industrial do Jardim Paulistano, tem cinco funcionários que produzem de mil a duas mil telhas p/ dia. A empresa ainda mantém uma loja na Avenida Presidente Vargas. Segundo Gil, 15 casas são construídas p/ dia em Franca, sendo que cada obra utiliza em média 1500 telhas. “A minha capacidade de produção hoje é muito aquém da demanda. O mercado imobiliário vive um bom momento e espero aproveitar esse aquecimento para crescer”. Um produto com 12 vantagens Especializado no produto que fabrica, o empresário Gil cita com propriedade as vantagens da telha de cimento em relação às de barro, que “têm baixa qualidade e vida útil curta”, segundo ele. “A telha de concreto tem excelente custo x benefício, pois é maior. Enquanto são utilizadas 14 telhas de barro para cada m2, são necessárias 10 de cimento. A vida útil da telha de cerâmica é de no máximo 15 anos. A de cimento melhora com o tempo, não empena, não embo- ASSOCIADO EM DESTAQUE Indústria ecologicamente corretas O condomínio Villágio da Colina foi construído com as telhas de concreto fabricadas em Franca lora, não encharca e fica mais leve com a chuva”, explica Gil. O empresário esclarece ainda que a telha de cimento é ecologicamente correta. “Não extrai argila da natureza e não queima lenha no processo de secagem. Além disso, dispensa reforço de madeiramento”, conta Outra curiosidade é que a massa aceita coloração e os arquitetos podem abusar da criatividade com projetos ousados e casas com telhados coloridos e exclusivos. De acordo com Gil, hoje apenas uma, em cada 20 casas construídas, utiliza telhas de cimento e 95% das casas têm telhas de barro. Ele lamenta que ainda poucas pessoas optam pelo produto na hora de comprar os materiais de construção, mas acredita que a escolha é cultural e aos poucos a mudança acontece. “Muitas vezes o cliente compra pelo preço, mas não é orientado de que as telhas de barro custam mais barato, mas são menores e rendem menos. Em casas planejadas com orçamento maior ou condomínios luxuosos, onde a obra é acompanhada por engenheiros e arquitetos, as telhas de cimento já são opção”, garante. Revista ACIF Janeiro 2013 13 ASSOCIADO EM DESTAQUE Serviços O reitor Alfreto José Machado Neto no pavilhão central da Unidade II Uni-FACEF: novo curso e R$ 2 milhões de investimentos na Unidade II O Uni-FACEF Centro Universitário de Franca está sempre em constante evolução. Inaugurado em março de 1951 com a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, oferece hoje cursos em diversas áreas sendo o mais novo Engenharia de Produção que inicia-se neste ano. Com estrutura e equipamentos de última geração, mais de 90% dos professores mestres e doutores, alunos cursando pós-graduação no exterior e avaliado pelo MEC como um dos 15 melhores entre 140 Centros Universitários do País, o Uni-FACEF prepara-se para concluir as obras da Unidade II com investimento na ordem de R$ 2 milhões. À frente da expansão do Uni-FACEF com um trabalho frequente em busca do aperfeiçoamento didático e estrutural, o reitor Alfredo José Machado Neto relata com orgulho as conquistas alcançadas ao longo dos anos. “Temos dois campus com modernos equipamentos, projetores de multimídia, todos os ambientes climatizados, laboratórios para todos os cursos e o mais importante, investimento em capital humano. Diferentemente das instituições particulares, que não se preocupam muito com a formação dos professores, nós investimos diretamente na qualificação dos nossos docentes”, afirma. O principal diferencial do UniFACEF é que o Centro banca os cursos de mestrado e doutorado aos professores. “A garantia de carreira cria comprometimento com a instituição e isso reverte na melhoria da qualidade de ensino”, acredita. 14 Revista ACIF Janeiro 2013 Segundo o reitor, dos 82 professores contratados, no fim do ano havia 93% com mestrado e doutorado. O retorno desse investimento é obtido nas avaliações do MEC, sempre com resultados expressivos. De 2008 a 2011, o Uni-FACEF ficou entre os 10 melhores Centros Universitários do País. O reitor explica que em 2011 apenas alguns cursos foram avaliados e, por isso, das 140 instituições avaliadas, o Uni-FACEF ficou entre os 15 melhores. “A maioria dos nossos cursos foi avaliada no ano passado, por isso, a nossa expectativa é positiva para o resultado divulgado em 2013”, diz. Alfredo ressalta que o fato da instituição mesclar o público com o privado, sofre com o pior das duas vertentes. “Esbarramos em todas as amarras (burocracia) da instituição pública, mas temos que nos financiar como uma instituição privada. Não recebemos recurso público e pagamos nossas atividades com as mensalidades dos alunos. Mesmo assim, na avaliação de 2011, entre os Centros Universitários públicos ficamos em 1º lugar no Sudeste e em 2º no Brasil”. Cursos O Uni-FACEF oferece atualmente os cursos de Economia, Administração, Ciências Contábeis, Psicologia, Comunicação Social (Publicidade e Propaganda), Turismo, Sistema de Informação, Matemática e Letras. Em 2013 inaugura Engenharia de Produção. Mais um planejamento acertado já que o curso (com duração de cinco anos) foi o mais procurado no vestibular - reali- ASSOCIADO EM DESTAQUE Serviços zado no dia 2 de dezembro - ultrapassando Psicologia. “Se a demanda do vestibular se reverter em matrículas vamos abrir duas turmas”, diz o reitor. “Estamos com um problema muito sério de falta de engenheiros na cidade e a Engenharia de Produção vem atender a demanda do setor industrial de Franca. Esse profissional se adequa a qualquer tipo de atividade que tenha um processo produtivo para ser aplicado e direcionado”, avalia Alfredo. No dia 22 de janeiro, haverá processo seletivo para vagas remanescentes em todos os cursos, inclusive para transferências. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 no site www. unifacef.com.br. Investimento Novos cursos, mais alunos e a ampliação do campus da Uni-FACEF já se faz necessária. O reitor revela que R$ 2 milhões serão investidos na conclusão do prédio que abriga a Unidade II da instituição. A obra começa ainda em janeiro. “A frente será fechada para a construção de dois pavimentos e o local também ganhará um anfiteatro”, afirma. O reitor reforça que após a conclusão desta obra será iniciado o projeto para as novas instalações do Centro Universitário num terreno de quase 5 mil m2 ao lado da Unidade II (atrás de uma concessionária), adquirido há dois anos. A construção está programada para 2014. “Precisamos urgentemente ampliar a nossa estrutura, principalmente as salas de aulas e uma nova biblioteca”, conta. Convênios levam alunos para o exterior Com o intuito de internacionalizar suas atividades e agregar um diferencial no currículo do aluno, o Uni-FACEF tem vários convênios firmados com faculdades no exterior, principalmente da França e da Espanha. Em 2013 são seis alunos estudando fora, sendo que mais dois retornaram da europa no fim do ano. “Dois estão na Universidad Francisco de Vitoria, em Madri, e mais quatro alunos vão neste início de ano para lá também em outra faculdade”, diz o reitor. Ela afirma que no mundo globalizado essa experiência internacional, proporcionada pela instituição, agrega conhecimento e um upgrade que dificilmente o aluno conquistaria permanecendo no campus. “Essa experiência abre a visão do aluno, possibilita o contato com pessoas de outras nacionalidades e ainda é um diferencial competitivo no mercado”, avalia Alfredo, explicando que a seleção é feita por meio de processo seletivo que avalia as notas e a fluência no idioma. Dando continuidade neste trabalho, no próximo dia 19 de fevereiro, o Uni-FACEF recebe uma delegação da Espanha: os reitores da Universidad de Valladolid e da Universidad Rey Juan Carlos e o presidente da Organização Universitária da Espanha (que agrega sete universidades). “Neste dia será feito um convênio de cooperação e o lançamento de um livro de Daniel Carrasco (professor da Universidad de Málaga) que foi traduzido pelas nossas professoras Maria Sílvia Pereira Rodrigues Alves Barbosa e Marinês Santana Justo Smith”. Revista ACIF Janeiro 2013 15 ENTREVISTA Prefeito de Franca quer melhorar a vida dos trabalhadores e fortalecer a cidade O novo prefeito de Franca, Alexandre Ferreira, pretende aproveitar a experiência conquistada enquanto secretário de Desenvolvimento e de Saúde para trabalhar em prol do crescimento da cidade e da melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. Nesta entrevista, ele afirma que já está trabalhando em busca de novos recursos nos governos Estadual e Federal com o intuito de trazer mais obras e programas que atendam a população. Alexandre evita dar detalhes dos seus projetos, mas demonstra muita “sede” de trabalho e desejo de investir em parcerias que criem condições para que as empresas ofereçam postos de trabalho, qualificação e capacitação dos seus colaboradores e, consequentemente, contribuam para o fortalecimento de Franca. Foto: Levi Fanan/Revista Etiqueta Revista ACIF - Em seu plano de governo há ações e projetos voltados para o desenvolvimento social, cultural e econômico de Franca? Alexandre Ferreira - Sim. Aliás, já trabalhamos fortemente neste sentido desde que assumimos a Secretaria de Desenvolvimento. Os resultados já são visíveis. Franca tornou-se campeã na geração de empregos e novos setores produtivos ganharam espaço como os ramos de confecção e de fabricação de alimentos. Regulamentamos também, naquilo que compete à prefeitura, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que beneficia 9, em cada 10 empresas da cidade. Por outro lado, criamos milhares de cursos de capacitação do trabalhador, o que lhe garante emprego e possibilidade de melhores salários. Na parte cultural, já conseguimos bons resultados com projetos como o Bolsa Cultura e Arte na Rua. Agora, vamos avançar com estes e novos projetos que iremos implantar na nossa administração. RA – O que os empresários francanos podem esperar da sua administração? Alexandre - Uma administração séria e que irá trabalhar incansavelmente, todos os dias, na busca por resultados que melhorem a vida das pessoas. Sou uma pessoa que gosta de trabalho e dorme pouco. Podem ter certeza de que irei me dedicar muito para manter Franca como uma das melhores cidades do Brasil. rias que já existem e criar novas cooperações que melhorem a condição das empresas, a vida dos trabalhadores e fortaleça nossa cidade. RA - Como a ACIF pode contribuir com a prefeitura em prol do desenvolvimento de Franca? Alexandre - Fazer uma cidade sempre melhor é um esforço coletivo, não só do prefeito. As entidades de classe também devem nos ajudar neste trabalho de melhorar, mais ainda, a vida da população. Hoje, já temos parcerias importantes com a ACIF, entre elas, a decoração de natal - que indiretamente ajuda a movimentar a economia no final de ano - pois estimula e alegra a população. Queremos fortalecer as parce- RA – Franca oferece muitos empregos, mas os salários ainda são baixos. Como melhorar a média salarial per capita do trabalhador francano? Alexandre - Primeiro é preciso destacar que Franca é uma cidade industrial muito forte e que, nos últimos anos, também cresceu nas áreas de comércio e prestação de serviços. Isto não podemos desprezar, pois são poucas as cidades que conseguem ser fortes em quase todos os setores produtivos. Assim, é preciso continuar criando condições para que as empresas ofere- 16 Revista ACIF Janeiro 2013 ENTREVISTA çam postos de trabalho. Por sua vez, é necessário que as empresas continuem investindo na qualidade dos seus produtos, que terão mais valor agregado, e os trabalhadores possam seguir tendo acesso a cursos de qualificação e capacitação profissional. RA – Como o senhor pretende buscar novos investimentos para o município e como incentivar os empresários a investir em Franca? Alexandre - Já estamos trabalhando para buscar novos recursos nos governos Estadual e Federal, que nos ajudarão a trazer mais obras e programas de melhoria da qualidade de vida da população. À medida em que a cidade cresce, novos investimentos privados surgem, inclusive das atuais empresas, pois cresce a confiança na cidade. É assim que podemos ajudar: fazendo uma administração séria e que busque ser mais eficiente a cada dia, o que aumenta o grau de confiança de todos na cidade. RA – Ao analisar o cenário empresarial de Franca, quais os novos negócios que a cidade poderia abrigar com a infraestrutura já instalada? Alexandre - Franca é uma cidade que oferece a possibilidade de abrigar todos os tipos de investimentos. Nosso município tem completa infraestrutura, excelente mão de obra e ótimas opções de formação profissional, que ajudam a preparar trabalhadores para novas tecnologias de produção. RA – Como o senhor avalia o crescimento de Franca no setor universitário e nos cursos profissionalizantes? Franca tem condições de manter aqui esse contingente de profissionais qua- lificados? Alexandre - É mais uma prova de que Franca vive um ótimo momento. Só nos últimos anos trouxemos a Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo) e a Universidade Aberta do Brasil. Chegou o Centro de Designer. O novo Campus da Unesp foi inaugurado. Criamos os Cursinhos Populares, para vestibulares, e a Bolsa Universidade. Também criamos o programa Caminho para o Emprego, que englobou todos os cursos de qualificação e de geração de renda oferecidos pela prefeitura e que atenderam mais de 38 mil pessoas. A cidade cresce a cada dia e, com isso, precisa sempre de trabalhadores preparados. RA – Há possibilidade da cidade promover mais feiras, eventos empresariais, turismo de negócios e de lazer? Alexandre - Com o apoio da prefeitura já foram criadas nos últimos anos a Expoíntima (voltada para o setor de confecções) e a Expoverde (destinada ao agronegócio). Através da Secretaria de Desenvolvimento seguimos atentos à demanda dos setores produtivos da cidade, para que, sempre que necessário, fazer investimos em novos eventos de negócios. RA – Franca experimenta uma grande expansão imobiliária. Nosso plano diretor já prevê esse desenvolvimento? Alexandre - Sim. Além disto, nos últimos anos, para ampliar a infraestrutura já investimos em 400 km de ruas recapeadas e sinalizadas, 10 novas avenidas abertas, viaduto, 30 creches, dois novos prontos-socorros e obras para a capitação de água no rio Sapucaí. Vamos seguir atentos na melhoria dos serviços públicos oferecidos. Revista ACIF Janeiro 2013 17 NOTÍCIAS Programas de impostos nas notas serão disponibilizados gratuitamente aos associados M uito se fala sobre a Lei nº 12.741 que a presidente Dilma Rousseff sancionou no dia 8 de dezembro e que obriga as empresas a listar – inclusive por estimativa – sete tributos em toda nota fiscal ou cupom fiscal emitidos, a partir de junho. Para cumpri-la no prazo, a Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), em parceria com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), já iniciou o desenvolvimento de um conjunto de programas e sistemas (site, software e webservice) que vão auxiliar comerciantes, lojistas e prestadores de serviços. A boa notícia é que eles ficarão prontos em fevereiro e serão fornecidos gratuitamente pela ACIF por meio da Federação. Com a assinatura de 1,56 milhão de pessoas, o Projeto de Lei que prevê a discriminação dos impostos incidentes nas vendas de produtos e serviços nas notas fiscais de todo o País foi apresentado ao Congresso pela Associação Comercial de São Paulo que lidera o movimento “De olho no imposto”. “O consumidor não sabe quanto paga de imposto. Agora, com a nova lei, saberá quanto paga em cada produto que compra. Poderá ver na hora quanto aquele produto custaria sem as altas taxas de impostos que temos no Brasil”, afirma Marcelo Carraro Rocha, gerente executivo da ACIF. A assessoria de imprensa da Facesp explica que na prática os varejistas poderão exibir o valor dos impostos no cupom fiscal, em cartazes, paineis, sites, boletins eletrônicos, entre outros. “As informações sobre os impostos poderão ser obtidas 18 Revista ACIF Janeiro 2013 por meio das associações, entidades de classe ou institutos especializados. Assim, dependendo da opção do empreendedor, o custo de adequação poderá ser maior ou menor”. Bancos e instituições financeiras poderão afixar os valores de IOF em tabelas visíveis ao público. “Uma empresa menor, por exemplo, poderá ter um encarte com todos os produtos e percentuais de impostos, que deverá ser atualizado semestralmente. Uma loja on-line poderá fazer o mesmo em seu site. Um posto de combustíveis poderá afixar um cartaz com esses percentuais. Já as grandes empresas não terão dificuldade para mostrar o montante do imposto na nota fiscal, pois essa informação estará disponível em seu sistema”, diz a assessoria. Deverão ser informados os seguintes impostos: Federais: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); PIS-Pasep; Cofins; Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) / Estadual: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) / Municipal: Imposto sobre Serviços (ISS). Da arrecadação total de tributos, 69,5% vão para a União, 26% para os Estados e apenas 4,5% para os Municípios. A União repassa parte do que arrecada aos Estados e Municípios, e os Estados também repassam uma parte do que arrecadam para os Municípios. Esses recursos são utilizados para que os governos possam realizar suas tarefas e obrigações. NOTÍCIAS ACIF divulgará indicadores regionais do SCPC A partir desta edição, a Revista ACIF divulgará mensalmente dados estatísticos relativos a crédito e consumo exclusivos para a RA 19 - Franca (Região Administrativa da Facesp que compreende várias cidades vizinhas), fornecidos pela Área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Calculados a partir da base de dados da Boa Vista Serviços, que abrange todo o território nacional, os Indicadores Regionais têm o objetivo de fornecer acompanhamentos e análises do mercado de crédito e consumo que vão auxiliar no entendimento das condições e tendências. De acordo com a assessoria da Boa Vista, estão sendo utilizadas rigorosas metodologias, de forma a garantir total credibilidade da informação. “Os indicadores acompanham as tendências da inadimplência e insolvência, o risco de crédito de consumidores e empresa e o movimento do comércio. Além disso, os dados regionais são informações ainda mais detalhadas para apoiar os negócios e decisões de seus associados”, explica a assessoria. O gerente Executivo da ACIF, Marcelo Carraro Rocha, co- memora a conquista de mais este serviço ao associado e levanta as vantagens dos indicadores de registro de inadimplentes e da recuperação de crédito. “Sempre buscamos dar informações aos comerciantes de forma regional, já que a televisão sempre mostra dados nacionais. Com os indicadores em mãos, o empresário pode ser mais cuidadoso nas vendas a prazo, consultando este cliente e analisando o seu histórico de pagamento. Esta atitude vai facilitar a venda e reduzir o risco de inadimplência”, avalia. Inadimplência cresce 7,2% em novembro De acordo com dados do SCPC, divulgados no mês passado pela Boa Vista Serviços, a quantidade de novos registros de inadimplentes na região de Franca cresceu 7,2% em novembro na comparação com outubro. No Estado de São Paulo a expansão foi de 3,4% enquanto a estatística nacional fechou em 3,5%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador da RA – Franca apresentou avanço de 10,7%. Já o indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes – de novembro aumentou 3,8% em relação a outubro de 2012. No mesmo mês de 2011 o acréscimo foi de 16,7%. Revista ACIF Janeiro 2013 19 NOTÍCIAS Banco Central divulga novas notas e ensina a identificar as falsas E sta edição da Revista ACIF traz um encarte cedido pelo Banco Central do Brasil para mostrar aos associados as novas e modernas notas de R$ 10 e R$ 20 e ainda orientá-los a identificar as falsas. A principal novidade das novas cédulas de R$ 10 e R$ 20 – que já estão em circulação desde julho do ano passado - é que ao movimentá-las a cor do número muda do azul para o verde, enquanto uma barra brilhante parece rolar sobre ele (veja no encarte). Para conferir a autenticidade das notas do Real, basta prestar atenção em seis itens: marca-d’água, fio de segurança, alto-relevo, quebra-cabeça, número escondido e elementos fluorescentes (leia mais no encarte). Neste ano, o Banco Central deve 20 Revista ACIF Janeiro 2013 lançar as novas notas de R$ 2 e R$ 5. Fique atento A falsificação é crime e prevê pena de 3 a 12 anos de prisão. Quem tenta colocar uma cédula falsa em circulação, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção. A principal dica do Sicoob CredACIF para reconhecer notas falsas é prestar atenção ao dinheiro que está contando. “O comerciante deve olhar as notas com calma e ficar atento principalmente à diferença de cor e textura. No montante, a nota falsa se difere das outras”, diz Milena Alves Rodrigues, gerente administrativa da Cooperativa. Ao perceber que está recebendo o pagamento com dinheiro falso, o comerciante deve retê-la e avisar imediatamente a Polícia Civil. No Sicoob, a incidência de dinheiro falso é baixa, de 2 a 3 notas p/ mês. “De mil cédulas distribuídas por um falsário, menos de 5% vai para o banco. O resto fica rodando no comércio, pois a maioria das pessoas não verifica a autenticidade do dinheiro que recebe ou, para evitar problemas e não perder a venda, prefere ser conivente com o crime aceitando e repassando as notas”, avalia Milena. Outra dica da gerente é ficar atento às cédulas de menor valor. “As notas de menor valor são alvos mais constantes do falsário, justamente pela fácil aceitação e giro mais rápido”, conclui. NOTÍCIAS Câmara de Mediação ganha prêmio Conde dos Arcos P elo segundo ano consecutivo, a Câmara de Mediação e Arbitragem da ACIF ganhou o prêmio Conde dos Arcos concedido pela CBMAE (Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial) e pela CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil). A Câmara foi a única do Estado de São Paulo a ser premiada, desta vez na categoria “Experiência de Sucesso”, pela parceria com os sindicatos patronais e dos trabalhadores para a realização de mediações. A entrega do certificado aconteceu no dia 11 de dezembro, no Rio de Janeiro. Entre os convidados e homenageados estava o coordenador da Câmara de Mediação e Arbitragem da ACIF, Fábio Genovez. “Trata-se de um prêmio com abrangência nacional, que condecora as câmaras da rede que mais se destacaram no ano. Nós fomos a única do Estado a ser premiada, enaltecendo o nome da ACIF e de Franca”, disse, orgulhoso. No ano passado, a ACIF levou o prêmio na categoria “Relações com o mercado e sustentabilidade”, graças à parceria com a Unimed Franca – que trouxe maior demanda ao setor, a maioria com êxito. A Câmara também já foi destaque nos Congressos da Facesp de 2010 e 2011. O prêmio Conde dos Arcos é conferido às Câmaras de Conciliação, Mediação e Arbitragem Empresarial e aos Postos Avançados de Conciliação Extraprocessual (PACEs) que contri- Fábio Genovez recebe o prêmio do superintendente da Facesp, Natanael Miranda dos Anjos buem para o acesso empresarial ao uso dos Métodos Extrajudiciais de Solução de Controvérsias (MESCs). Para Fábio, ganhar o prêmio significa o reconhecimento do trabalho realizado desde a inauguração da Câmara, em maio de 2009. A Câmara de Mediação e Arbitragem da ACIF já realizou 500 procedimentos de mediação, com índice de acordo em 95% dos casos. “A nossa Câmara vislumbra novos horizontes e prêmios como este nos incentivam a continuar em busca da disseminação dos métodos de solução extrajudicial de conflitos. Em 2013, a meta é fomentar e realizar mais arbitragens”, avalia. Revista ACIF Janeiro 2013 21 NOTÍCIAS Betta Hidroturbinas recebe ‘Prêmio Exporta, São Paulo’ A Betta Hidroturbinas Indústria e Comércio, associada ACIF, começa 2013 com o pé direito. A empresa venceu a 8ª edição do ‘Prêmio Exporta, São Paulo’ da São Paulo Chamber of Commerce/Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que premiou 26 empresas paulistas que se destacaram no ano passado. Há 29 anos - comemorados no dia 10 de janeiro - fabricando turbinas hidráulicas para bombeamento de água e geração de energia, a fábrica francana ganhou destaque na Categoria Regional Administrativa Facesp. Segundo o CECIEx (Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras), os critérios de seleção das empresas vencedoras desta categoria levam em conta “o crescimento anual do faturamento obtido com exportações; aumento das vendas para o Mercosul; incorporação de novos mercados como destino para exportações; e ampliação da quantidade de novos produtos à pauta de exportação, em nível de NCMs.” O diretor técnico da Betta Hidroturbinas, Antônio Carlos Tambellini Bettarello, conta que a primeira Pequena Central Hidrelétrica foi exportada para a Colômbia em 1993 e, desde então, um trabalho de conscien- 22 Revista ACIF Janeiro 2013 tização tem sido feito entre os funcionários para mostrar que um produto Betta exportado eleva também o Brasil. “Para que isso ocorra é necessário que busquemos sempre a perfeição”, avalia. Segundo o diretor, para uma pequena empresa a exportação é uma barreira muito difícil de transpor e a conquista da confiança do mercado externo é muito lenta. “Nossas Pequenas Centrais Hidrelétricas concorrem com equipamentos produzidos por países desenvolvidos que dominam este mercado há anos como Canadá e Alemanha. No entanto, nos últimos anos exportamos para a América Latina e para o mercado africano, vencendo os chineses”, comemora Antônio Carlos. Isto significa que os produtos da Betta têm excelente qualidade? “Exportar produtos tecnológicos exige utilizar tecnologia de ponta, perfeito controle de qualidade, assistência técnica eficiente, preço competitivo e boa logística. Adquirimos essas qualidades com dedicação e sacrifício e o prêmio é o resultado deste trabalho”, reconhece. A empresa Com duas unidades de Fundição e Usinagem, a Betta Hidroturbinas tem 38 funcionários e fabrica basicamente dois produtos: Pequenas Centrais Antônio Carlos Bettarello e Eduardo Jorge Bettarello durante a premiação na capital Hidrelétricas (o tempo médio de fabricação é de 60 dias) e Bombeamento de água com Turbo Bomba e Turbo Roda. No ano passado, a empresa exportou para Argentina, Angola, Canadá, Colômbia, Chile e Paraguai. O faturamento com exportação representou 16% do faturamento da empresa, administrada também pelo diretor Industrial Flávio Jorge Bettarello e pelo diretor Administrativo e Responsável Técnico pela Fundição Eduardo Jorge Bettarello. Antônio Carlos revela que este ano será de muito trabalho. “Vamos estreitar ainda mais nossa parceria com os nossos prepostos na América Latina e avançar nossas relações com a África, precisamente com Angola e África do Sul”, disse. DADOS ECONÔMICOSRA-19 Terra de oportunidades A s pessoas – historicamente – sempre migraram atrás da esperança, em busca de oportunidades. Oportunidade é palavra que vem de porta, de porto. Quando alguém quer uma oportunidade, ele quer uma porta, um porto. Numa palavra: ele quer uma saída. Franca sempre foi terra de oportunidades. Como o Estado de São Paulo. Mas este, mais no passado do que no presente. Atualmente – menos do que no final do segundo império, mas mais do que durante todo século XX – o Brasil está atraindo pessoas de outros países. No passado, foram portugueses, italianos, espanhois, sírios e japoneses, dentre outros. Atualmente, são bolivianos, paraguaios, peruanos e até haitianos. São os imigrantes que estão buscando a esperança, a oportunidade que o Brasil está voltando a oferecer. O mesmo ocorre dentro do Estado de São Paulo, particularmente no interior, já que a capital está também com cara de passado. O centro de gravidade da economia paulista está se deslocando – gradativamente – da capital para o interior, principalmente para algumas regiões como o vale do Paraíba. o nordeste paulista, a região de Sorocaba e a região de Campinas. A cidade de São Paulo está se constituindo numa realidade tipicamente política. É a capital. Já o interior, recebendo o espírito do bandeirante do passado, atrai – em consequência – o empreendedor. Este é: 1- o agente do capital; 2- quem transforma um problema econômico numa oportunidade de ganhar dinheiro. Portanto, uma realidade econômica. A capital e o capital são palavras derivadas de capita, plural de caput. Portanto, capita é cabeças. Para mandar na capital – ou governar o capital – é preciso formar equipe, ter cabeças. Cada vez mais contrata-se neurônios e cada vez menos músculos. O que está ocorrendo com – e em – Franca é um capítulo da realidade de migração de pessoas. A zona rural – para reter mão de obra – está competindo com a economia urbana. Em pé de igualdade. Ambos – cidade e campo – dependem de produtividade, de custo. E, também, de condições de trabalho. Como no mercado, o dinheiro é sempre o melhor argumento, quem oferece as melhores condições acaba atraindo os melhores profissio- nais. Mas há exceções. Este é o bom combate do qual Franca, que se desenvolve, participa. É preciso lembrar, entretanto, que as novas gerações podem ser atraídas por outras vantagens. Exemplo: às vezes, oferecer futuro dá mais resultado do que oferecer salário. Jovens, principalmente, gostam de desafios. Antônio Vicente Golfeto Economista Revista ACIF Janeiro 2013 23 MOMENTO SEBRAE A dúvida recorrente: ter ou não um sócio na empresa Bruno Caetano T er ou não ter um sócio é uma dúvida frequente entre os empresários. É aconselhável fazer uma sociedade com um amigo, com um parente, com a esposa ou marido? Tudo depende de como essa sociedade é montada. Em tese, qualquer sociedade é possível. A questão está em definir os deveres e os direitos de cada um. Isso deve ser feito antes de começar a empresa para evitar atritos. Ter um sócio pode ser bom para injetar dinheiro no empreendimento, modernizá-lo e até motivar a equipe. É mais uma cabeça para pensar, tomar decisões e procurar soluções. O contrato é o caminho para reduzir problemas entre os sócios. Ele deve especificar quais as obrigações de cada um, quem é responsável por de- 24 Revista ACIF Janeiro 2013 Diretor-superintendente do Sebrae-SP e mestre e doutorando em Ciência Política pela Universidade de São Paulo terminadas tarefas e assim por diante. Unir-se a alguém conhecido pode facilitar. Mas é fundamental saber se essa pessoa tem o perfil que combina com o seu e com o da empresa. No geral, as sociedades começam em um clima de entusiasmo. Saber superar as dificuldades - elas vão aparecer - é o que ajuda a sustentar o negócio. É importante que os sócios tenham aptidões que se complementem. Em um restaurante, um deles pode ser quem vai para a cozinha preparar os pratos e cuidar da qualidade da comida. O outro pode assumir a parte administrativa. Ou seja, um é o profissional técnico e o outro, o gestor. Uma divisão de funções assim é produtiva. Os sócios precisam ter afinidade, confiança mútua, respeito e os mesmos ideais. O diálogo entre eles deve ser franco, frequente e construtivo. Outro aspecto que deve ser observado é o legal. No Simples Nacional não há cota mínima: um sócio pode ter 1% e o outro 99% ou qualquer divisão. Mas a participação em outra empresa remete a algumas regras. Se um deles tiver, por exemplo, 50% em uma empresa, 10% ou mais na segunda e a soma do faturamento delas superar os R$ 3,6 milhões anuais do teto do Simples, ambas deverão sair do regime. Mas se ele tiver menos de 10% na segunda empresa, não se aplica a soma dos faturamentos e não há impacto no Simples. É natural aparecerem essas dúvidas se você tem ou pensa em fazer uma sociedade. Você só não deve deixar que elas prejudiquem o seu negócio. Quanto antes forem sanadas, melhor para sua empresa. OLHAR JURÍDICO Recentes alterações na Legislação Tributária F oi publicada recentemente a Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, resultado da conversão da MP 563/2012 e que trouxe diversas alterações na legislação tributária. No entanto, limitaremos a exposição e informações às novidades trazidas para o tema da substituição da tributação sobre a folha para a receita, apresentando algumas novidades, especialmente quanto aos contribuintes alcançados pelas inovações legislativas trazidas. A recente lei, promovendo alterações na Lei 12.546/2011, com prazo até 31 de dezembro de 2014, determinou a alíquota de 2,0% para a contribuição sobre a receita, em substituição às contribuições sobre a folha e RAT, contemplando, em um primeiro grupo, os seguintes contribuintes: (1) – prestadores de serviços de TI e TIC do art. 14, o, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados); VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas; IX - serviços de call center); (2) – empresas do setor hoteleiro na subclasse 5510-8/01; (3) – empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional, enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. Importante destacar que referida alteração legislativa não se aplica às empresas que exerçam as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% da receita bruta total. Por outro lado, com o mesmo prazo assinalado, ou seja, até 31 de dezembro de 2014, a Lei 12.715/2012 também trouxe em seu bojo um segundo grupo de contribuintes, com determinação de aplicação de alíquota de 1% para a contribuição sobre a receita, em substituição às contribuições sobre a folha e RAT. Vejamos: (1) – empresas fabricantes dos produtos classificados no Decreto nº 7.660/2011 nos códigos descritos no anexo da Lei nº 12.546/2011; (obs: a) aplica-se somente ao produto industrializado pela empresa; b) não se aplica a empresa com outras atividades cuja receita seja de 95% ou mais; c) não se aplica a fabricantes de automóveis comerciais leves camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões -, caminhões e Luís Artur Ferreira Pantano advogado associado de Brasil Salomão e Matthes Advocacia, especialista em Direito Tributário [email protected] chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas); (2) – empresas de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; transportes aéreo (carga, passageiros), transporte marítimo e de transporte por navegação); (3) – a partir de janeiro de 2013 para os produtos classificados na TIPI 9503.00.10, 9503.00.21, 9503.00.22, 9503.00.29, 9503.00.31, 9503.00.39, 9503.00.40, 03.00.50, 9503.00.60, 9503.00.70, 9503.00.80, 9503.00.91, 9503.00.97, 9503.00.98, 9503.00.99. Frise-se, por oportuno, que a substituição da folha sobre a receita não exclui a necessidade de cumprir as obrigações acessórias da legislação previdência. Além das alterações promovidas quanto à substituição da tributação sobre folha para a receita, com acréscimos de novos grupos de contribuintes, inúmeras outras inovações foram trazidas pela recente legislação federal, como a instituição do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações, o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional, além do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e outros. Revista ACIF Janeiro 2013 25 OLHAR CONTÁBIL O cenário contábil para 2013 e o empresário DE OLHO NO DINHEIRO Tabela de Imposto de Renda (IRRF) - 01/01/2013 a 31/12/2013 BASE CÁLCULO MENSAL EM R$ ALÍQUOTA % Até 1.710,78 De 1710,79 até 2.563,91 De 2.563,92 até 3.418,59 De 3.418,60 até 4.271,59 Acima de 4.271,59 7,5 15 22,5 27,5 PARCELA A DEDUZIR DO IMP. R$ 128,31 320,60 577,00 790,58 Salário Mínimo - Janeiro/2013 MENSAIS R$ 678,00 DIÁRIOS HORA R$ 22,60 R$ 3,08 Vigência a partir de 01/01/2013 Salário Família - 2012 REMUNERAÇÃO MENSAL Até R$ 608,80 De R$ 608,80 até R$ 915,05 VALOR R$ 31,22 R$ 22,00 Acima de R$ 915,06 NÃO RECEBE Salários normativos do Comércio Varejista Categorias Geral ME EPP Piso salarial de ingresso Empreg. em geral Caixa Faxineiro e copeiro Boy e empacotador Garantia comissionista ---R$ 924,00 R$ 993,00 R$ 815,00 R$ 675,00 R$ 1.084,00 R$ 754,00 R$ 848,00 R$ 923,00 R$ 759,00 R$ 675,00 R$ 993,00 R$ 795,00 R$ 887,00 R$ 953,00 R$ 780,00 R$ 675,00 R$ 1.042,00 A Convenção Coletiva 2012/2013 está disponível no site: www.acifranca.com.br. Mais informações consultar a Assessoria Jurídica ACIF pelo telefone (16) 3711-1724 Salários normativos da Indústria de Calçados O Sindifranca – Sindicato da Indústria de Calçados de Franca informa que, através da assembléia realizada na tarde de ontem, dia 06 de fevereiro, foi aprovada a seguinte proposta salarial, conforme documento assinado entre os dois sindicatos, fruto de reunião realizada na data de 02/02/2012 e aprovada em assembléia dos trabalhadores no dia 03/02. Segue abaixo: • Piso: R$ 751,50 (reajuste de 12% sobre o piso anterior de R$ 671,00) • Aumento Real: 2%; • Correção Salarial: INPC dos últimos 12 meses (acumulado no período de Fev/11 a Jan/12); • PLR: 94 horas (pagamento em duas parcelas de 47 horas, a primeira em 25 de abril e a segunda em 25 de outubro) • Abono Escolar: R$ 173,60 com aplicação do INPC acumulado no período de fev/11 a Jan/12 a ser pago até o 5º dia útil do mês de março de 2013. A Convenção Coletiva estará disponível pelo sistema mediador no site do Ministério do Trabalho e Emprego e disponível no site do SINDIFRANCA, no portal do associado, após a saída do INPC e finalização da redação dos itens negociados. As demais cláusulas sociais constantes na convenção permanecerão com as mesmas disposições já existentes. Quaisquer dúvidas ou esclarecimentos, os interessados poderão entrar em contato com os Sindicatos dos Trabalhadores, através do (16) 3723-4847 ou no Sindifranca através do (16) 3712-9400. Salário Regional do Estado de São Paulo 1ª FAIXA - R$ 690,00 (seiscentos e noventa reais) Trabalhadores domésticos, serventes, trabalhadores agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensageiros e trabalhadores de serviços de limpeza e conservação, trabalhadores de serviços de manutenção de áreas verdes e de logradouros públicos, auxiliares de serviços gerais de escritório, empregados nãoespecializados do comércio, da indústria e de serviços administrativos, cumins, “barboys”, lavadeiros, ascensoristas, “motoboys”, trabalhadores de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais e trabalhadores não-especializados de minas e pedreiras; 2ª FAIXA - R$ 700,00 (setecentos reais) Operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas da construção civil, de mineração e de cortar e lavrar madeira, classificadores de correspondência e carteiros, tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, dedetizadores, vendedores, trabalhadores de costura e estofadores, pedreiros, trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, de fabricação e confecção de papel e papelão, trabalhadores em serviços de proteção e segurança pessoal e 26 patrimonial, trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem, garçons, cobradores de transportes coletivos, “barmen”, pintores, encanadores, soldadores, chapeadores, montadores de estruturas metálicas, vidreiros e ceramistas, fiandeiros, tecelões, tingidores, trabalhadores de curtimento, joalheiros, ourives, operadores de máquinas de escritório, datilógrafos, digitadores, telefonistas, operadores de telefone e de “telemarketing”, atendentes e comissários de serviços de transporte de parageiros, trabalhadores de redes de energia e de telecomunicações, mestres e contramestres, marceneiros, trabalhadores em usinagem de metais, ajustadores mecânicos, montadores de máquinas, operadores de instalações de processamento químico e supervisores de produção e manutenção industrial; 3ª FAIXA - R$ 710,00 (setecentos e dez reais) Administradores agropecuários e florestais, trabalhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compras e de vendas, agentes técnicos em vendas e representantes comerciais, operadores de estação de rádio e de estação de televisão, de equipamentos de sonorização e de projeção cinematográfica e técnicos em eletrônica. Revista ACIF Janeiro 2013 M ais um ano se inicia em nossas vidas, momento em que renovamos nossas esperanças e reorganizamos nossos objetivos e projetos. No mundo empresarial não é diferente, pois sempre no começo do ano os empresários com seus contadores analisam balanços e relatórios do ano anterior e através deles corrigem erros, criam novas metas e traçam juntos a estratégia tributária e o melhor caminho a seguir. Pelo menos é o que deveria acontecer, pois o bom empresário é aquele que planeja suas ações com antecedência, e o contabilista é o profissional indicado para auxiliá-lo na apuração da carga tributária das mercadorias e serviços vendidos, no controle dos custos e na gerência e garantia do lucro da sua empresa. Nos últimos tempos o mundo empresarial vem passando por grandes mudanças, com uma verdadeira enxurrada de novidades. Agora já é realidade a era digital no dia a dia das empresas, e com o surgimento do certificado digital, da implantação da nota fiscal eletrônica, do SPED Fiscal e Contábil, os cruzamentos de dados pelo fisco ficaram ainda mais dinâmicos e ágeis. O tempo não mudou, mas a velocidade das informações sim, e não podemos ter o luxo de errar. É difícil acreditar, mas ainda há empresários que não tem noção de suas responsabilidades, empresas que conferem suas mercadorias compradas apenas pelo DANFE e não dão a mínima atenção ao arquivo “XML”. Muitas delas não possuem software ou qualquer ferramenta de gestão para o devido controle das informações, o que dificulta e muito a vida do empresário contábil. A tecnologia está aí para dar segurança e facilidade na vida das empresas e das pessoas, e tem gente que ainda não enxergou isso. Devemos mais uma vez alertar essas empresas de que é delas a responsabilidade pelas informações recebidas e enviadas ao fisco Federal, Estadual e Municipal. Um exemplo disso é a guarda segura dos arquivos “XML” pela empresa (contribuinte), antes de enviá-los ao contador para o devido registro contábil. É errado achar que o contador ou a empresa contábil deve guardá-lo para você. Cada vez mais fica evidente o importante papel que o profissional contábil exerce na sustentabilidade dos negócios, sendo ele um grande responsável pelo desenvolvimento daquelas empresas que respeitam suas opiniões, atendem seus pedidos e o enxergam como um parceiro confiável. Este mês é o momento ideal para estreitar seu relacionamento com os profissionais que o auxiliam na gestão da empresa. Até dia 31 de janeiro vence o prazo para as empresas optarem pelo regime Simples Nacional de tributação. Para a capacitação e busca da qualidade dos serviços prestados por esses profissionais, a Assescofran - representante das empresas de serviços contábeis de Franca e Região - sempre realiza cursos, palestras e estudo contínuo aos proprietários das empresas contábeis e seus colaboradores. Só isso não basta. O empresário deve fazer a sua parte, investir em sua empresa, adquirir ferramentas que auxiliem nas questões burocráticas e tributárias, e ao mesmo tempo, controlam todos os setores produtivos. O mais importante é planejar e se organizar com antecedência. Para mais informações procure um contabilista de confiança. Assim, as chances de sucesso da sua empresa serão ainda maiores. André Luis Gimenes Presidente da Assescofran Empresário contábil, advogado, pós-graduado em Direito Corporativo pela Universidade de Franca.
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