Navegação segura - Associação do Comércio e Indústria de Franca
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Navegação segura - Associação do Comércio e Indústria de Franca
Nº 234 | Ano 71 | Agosto de 2015 Órgão de divulgação da Associação do Comércio e Indústria de Franca - Distribuição Gratuita Navegação segura Em setembro, ‘3º Congresso Empresarial ACIF’ abordará a atual conjuntura do País para preparar os empreendedores a enfrentar este ‘mar bravo’ com flexibilidade e criatividade seguindo sempre na direção certa EDITORIAL EXPEDIENTE índice DIRETORIA ADMINISTRATIVA E CONSELHO DELIBERATIVO BIÊNIO 2015/2017 Dorival Mourão Filho Presidente José Alexandre Carmo Jorge 1º Vice-presidente João Carlos Cheade 2º Vice-presidente Luís Aurélio Prior 3º Vice-presidente João Batista de Lima 4º Vice-presidente Gabriel de Melo Rinaldi 1º Diretor Administrativo Ézio Luiz Pedrosa 2º Diretor Administrativo Fernando Rached Jorge 1º Diretor Financeiro Luís Vanderlei Moreti 2º Diretor Financeiro Junia Capobianco Diretora da Indústria Lucely Bertelli Fernandes de Macedo Diretora de Serviços 38 7ª Expoíntima e Franca Mais Moda: foco no negócio por atacado Tarciso Bôtto Diretor do Comércio Rosângela de Andrade Pelizaro Conselho da Mulher Empreendedora Aviso aos Navegantes Alberto Carraro Fernandes Presidente do Conselho Deliberativo Marcelo Carraro Rocha Gerente Executivo SEDE Horário de atendimento - 8h às 18h Rua Voluntários da Franca, 1511 Centro (16) 3711-1700 Posto de Atendimento Patrocínio Paulista Horário de atendimento - das 7h às 12h / das 13h15 às 17h R. Álvaro Morgan de Aguiar, 1340 (16) 3145-1255 Jornalista responsável Fernanda Martins MTb 31.897 Redação Ana Luiza Silva Fernanda Martins Fotos Ednei Campos Fernanda Martins Foto da Capa Márcio Luís Cesário Diagramação / Arte Wellington Castro Revisão Letusa Sartori Michelly Ferreira ‘3º Congresso Empresarial ACIF’ vai abordar a atual conjuntura do País 5 6 Sabores da Franca participa de 10º Fest Bar neste mês 10 Cocapec comemora 30 anos de história 14 ACIF participa da Francal pela segunda vez 16 Creche Bom Pastor forma cidadãos com amor, respeito e educação 20 ACIF promove atrações na praça para fomentar vendas no Dia dos Pais 22 24 Cupom fiscal: é hora de substituir o ECF pelo SAT-Cfe 26 Verão: calçados e acessórios têm brilho, cores vivas e conforto 30 ‘Sem comunicação não há liderança’, diz Eduardo Zugaib 34 Empreender em tempos de crise 36 ClickACIF - Especial Francal 40 Aplicativos funcionam como vitrine para bares e restaurantes 44 Nova governança do Franca Basquete conta com apoio dos empresários 48 Mulheres empresárias e mães: é possível ter uma alimentação saudável? 50 Lucely Bertelli Fernandes de Macedo: emoção e entusiasmo a favor da diversidade 52 As novas regras das aposentadorias 56 Restaurante Arroz com Feijão apresenta Gravad Lax: o salmão enterrado A Revista ACIF é uma publicação mensal da Associação do Comércio e Indústria de Franca Tiragem 4.500 exemplares Impressão Gráfica Cristal – (16) 3711-0200 www.acifranca.com.br Fale conosco [email protected] (16) 3711-1719 Departamento Comercial ACIF (16) 3711-1721 As matérias publicadas nesta edição poderão ser reproduzidas, total ou parcialmente, desde que citada a fonte. As opiniões expressas em artigos assinados não coincidem necessariamente com a opinião da Revista ACIF. www.acifranca.com.br Aviso aos Navegantes P oucos países do mundo passaram por tantas crises econômicas como o nosso. As medidas e planos do governo para enfrentá-las quase sempre vieram de surpresa e pegaram a população e o empresariado absolutamente despreparados. Desde que me tornei empresário, tive que enfrentar diversos planos tirados da cartola pelos sucessivos governos e aprender a contabilizar em várias moedas diferentes. Quem não se lembra do plano cruzado, de José Sarney, que substituiu a moeda oficial do país, o cruzeiro; o plano Bresser, que trouxe o congelamento de preços; o plano Verão, que instituiu o cruzado novo; o plano Collor, que voltou ao cruzeiro, desta vez com o confisco das poupanças, contas correntes e ativos financeiros; e por fim o plano Real, que estabilizou a economia, mas no entanto, hoje corre sério risco pela volta da inflação acelerada. Essas mudanças frequentes, que sempre trouxeram incertezas ao nosso cenário econômico, de certa forma prepararam o empresário brasileiro para enfrentar crises, sempre com flexibilidade e criatividade. Empresários de países desenvolvidos certamente teriam dificuldades muito maiores para se adaptar e até para entender tantas soluções atípicas. Mas hoje o que ocorre é algo totalmente di- ferente: aliada à crise econômica, temos uma crise política de dimensões talvez inéditas em nosso país. Essas duas forças atuando em conjunto são capazes de produzir tormentas avassaladoras, com um fator reforçando o outro, atiçando o tempo e levantando ondas enormes, que deixam o mar sem condições para uma navegação segura. É neste cenário que estamos preparando o “3º Congresso Empresarial ACIF” e não foi por acaso que escolhemos como símbolo desta edição um farol, equipamento antigo, mas absolutamente confiável e que sempre conduziu as embarcações por rotas seguras, em noites de tempestade. Estamos trazendo palestrantes de renome, técnicos de reconhecida competência e detentores de informações privilegiadas que, como a luz dos velhos faróis, ajudarão nossos empresários a enfrentar as dificuldades que se apresentam. Demos a cada um deles esse briefing para que ministrem suas apresentações. Teremos ainda painéis de discussões sobre diferentes temas, quando os participantes poderão questionar e esclarecer suas dúvidas. Como já disse, estamos diante de uma situação nova, mas, por outro lado, estou seguro de que temos o empresariado mais calejado do mundo para enfrentar e superar esses mares turbulentos. Nessas horas cabe à Acif a missão de fornecer as cartas de navegação e dar o primeiro aviso aos navegantes. Dorival Mourão Filho Presidente Revista ACIF - Agosto 2015 5 EVENTO ‘3º Congresso Empresarial ACIF’ vai abordar a atual conjuntura do País Evento acontece de 15 a 17 de setembro, em Franca, com palestrantes renomados e painéis temáticos; inscrições estão abertas ANA LUIZA SILVA O Brasil não vive um dos seus melhores momentos. O cenário instável e de baixo crescimento econômico gera incerteza para o futuro, empresas de diversos segmentos passam por dificuldades, o consumo está retraído devido ao aumento no índice de desemprego e inflação e taxa de juros elevadas. Diante de tudo isso, é preciso que o empresariado esteja preparado para enfrentar este “mar bravo”, com flexibilidade e criatividade. Com o tema “Novos tempos, novas ações”, o “3º Congresso Empresarial 6 www.acifranca.com.br ACIF” será um “farol” que vai orientar na direção segura. O evento, que será realizado de 15 a 17 de setembro, no Hotel Dan Inn, em Franca, propõe um mergulho profundo na atual conjuntura do país, por meio de palestras com profissionais de renome nacional e painéis que vão dinamizar e enriquecer a participação de empreendedores de todos os segmentos. As inscrições para o evento já podem ser feitas e as vagas são limitadas. Segundo o presidente da ACIF Dorival Mourão Filho, entender o cenário, buscar alternativas e ferramentas para se sobressair será o diferencial para qualquer empresário. “Vamos trazer palestrantes que vivenciam o dia a dia de grandes empresas e quem participar do congresso terá informações importantes para fazer uma travessia segura neste mar revolto. O importante é conseguir enxergar aonde estamos e onde queremos chegar”, avalia Mourão. A palestra de abertura do “3º Congresso Empresarial ACIF” acontece no dia 15 de setembro, às 20 horas, com o tema “Economia Mundial em Transformação: impactos nos seus negócios” e será ministrada pelo economista Ricardo Amorim, um dos debatedores do programa Manhattan Connection, da Globo News, e também colunista na revista IstoÉ. Ele é pós-graduado em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC de Paris, atua no mercado financeiro desde 1992, trabalhou em Nova Iorque, Paris e São Paulo, como economista e estrategista de investimentos. O segundo dia de evento será intenso, com atividades o dia todo. Das 9h às 12h, o consultor, executive coach e escritor Luiz Fernando Luzio comandará o painel “Gestão em tempos de crise”. Autor do livro “Fazendo a estratégia acontecer”, o profissional vai abordar os seguintes tópicos: significado de uma crise para a empresa e sua liderança, a avaliação e otimização da estratégia e a liderança em tempos de crise. Em seguida, das 14h às 17h, o painel CME traz o empresário, consultor, professor e pesquisador de Terapias Bioquânticas Sérgio Ceccato Filho para falar sobre “Física Quântica Aplicada à Gestão, Liderança e Qualidade de Vida”. Segundo a coordenadora do CME e diretora da ACIF, Rosângela de Andrade Pelizaro, o painel é motivacional. “Vai ser um encontro para dis- cutir como trabalhar com a positividade e usá-la no dia a dia do trabalho, e ainda como se tornar uma pessoa positiva e transformar isso como aliado para administrar o seu negócio”, explica. Para encerrar as atividades da quarta-feira, às 20 horas o especialista em Educação Financeira e autor do best-seller “Casais inteligentes enriquecem juntos” Gustavo Cerbasi sobe ao palco principal para discursar sobre “Escolhas inteligentes em tempo de incertezas”. O último dia de congresso começa às 9h com o painel “Novos tempos, novos líderes: ações práticas na liderança de equipes”, ministrado pela equipe Atitude Educação Corporativa, das empresárias Ana Paula Barbosa, Andréa Haddad Caleiro e Elizabeth Esposito Freixes. Às 14h, Jeanne Pimentel inicia o painel “Planejamento individual como fonte de resultado”, que tratará sobre vendas. Para finalizar o “3º Congresso Empresarial ACIF”, a palestra fica por conta do professor e consultor em Gestão Empresarial Waldez Ludwig, com o tema “Um show de atendimento é que faz a diferença”. Serviços: ►► Evento: ‘3º Congresso Empresarial ACIF’ ►► Data: de 15 a 17 de setembro ►► Horário: 9h às 22h ►► Local: Auditório Cenacon – Hotel Dan Inn (Rua Alfredo Tosi, 1088) Convites: Sócio – R$ 180 Não sócio – R$ 360 Estudante – R$ 180 Pacotes acima de 5 convites R$ 170 cada; acima de 10 convites R$ 160 cada, e acima de 20 convites são R$ 150 cada. Informações: (16) 3711-1722 / 3711-1762 Revista ACIF - Agosto 2015 7 “DEIXAMOS DE SER CONCORRENTES PARA SERMOS PARCEIROS, COMPARTILHANDO IDEAIS” PROGRAMAÇÃO Dia 15 de setembro ►► 19h – Abertura: apresentação cultural ►► 20h – Palestra com Ricardo Amorim: “Economia Mundial em Transformação: Impactos nos seus Negócios” Economista com ampla experiência internacional, formado pela USP, pós-graduado em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC Business School de Paris. A proposta é trazer uma palestra rica em conteúdo, descontraída e provocadora. Dia 16 de setembro (16) 3702-4444 (16) 3723-0007 (16) 3012-2497 (16) 3724-4168 (16) 3723-0220 (16) 3723-9900 (16) 3724-0041 (16) 3721-4466 (16) 3703-6244 (16) 3720-8040 ►► 9h às 12h – Painel “Gestão em Tempos de Crise”, com Luiz Fernando Luzio Consultor, executive coach, escritor e palestrante. Formado em Administração de Empresas pela FGV, com especialização em Estratégia pela London Business School e Harvard Business School. Autor do Livro “Fazendo a estratégia acontecer”. ►► 14h às 17h – Painel CME “Física Quântica Aplicada à Gestão, Liderança e Qualidade de Vida”, com Sérgio Ceccato Filho Empresário, consultor, professor e pesquisador de Terapias Bioquânticas. Ele é formado em Terapia Bioquântica e pósgraduando em Teorias e Técnicas para Cuidados Integrativos (UNIFESP). Tem formação em Ativismo Quântico pelo Centro de Ativismo Quântico Brasil. ►► 19h – Abertura: apresentação cultural ►► 20h – Palestra com Gustavo Cerbasi: “Escolhas inteligentes em tempo de incertezas” Especialista em Educação Financeira, mestre em Administração/Finanças pela FEA/USP, formado em Administração Pública pela FGV com especialização em Finanças pela Stern School of Business, em Nova Iorque. Autor do best-seller “Casais inteligentes enriquecem juntos”. (16) 3721-0283 (16) 3723-0603 (16) 3012-2721 (16) 3723-2267 Dia 17 de setembro ►► Das 9h às 12h – Painel Google - A Confirmar ►► 14h às 17h – Painel “Planejamento Individual como Fonte de Resultado”, com Jeanne Pimentel Especialista em Gestão de Vendas e Atendimento ao Cliente. Graduada em Gerência em Marketing e Vendas pela Universidade Barão de Mauá. Cursou MBA Estratégico em Vendas, Compras e Serviços. Experiência há mais de 10 anos à frente de equipes de vendas. Integra nas suas apresentações teoria e prática de forma muito objetiva. ►► 19h – Abertura: apresentação cultural ►► 20h – Palestra com Waldez Ludwig: “Um Show de Atendimento é que Faz a Diferença” Professor, consultor em Gestão Empresarial. Formado em Psicologia pela Universidade de Brasília. Dedica-se à pesquisa de vanguarda em cenários e tendências da gestão das organizações. Seu foco é educação corporativa. 8 www.acifranca.com.br O grupo SABORES DA FRANCA foi criado em 2012 pelo Programa Empreender da ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca) e reúne empresas que buscam como meta a excelência na qualidade de seus serviços. Hoje, através de encontros semanais, feiras de negócios, palestras, ações diretas e implantação do PAS (Programa Alimentos Seguros), os empresários buscam aprimoramento em gestão empresarial, negociações coletivas e parcerias. O SABORES DA FRANCA - POLO GASTRONÔMICO visa prestar serviços de qualidade, que garantam confiança e segurança para os mais exigentes paladares. PROGRAMA EMPREENDER ACIF: (16) 3711-1765 Cláudia Neves Empresários que integram o grupo Sabores da Franca EMPREENDER Sabores da Franca participa de 10º Fest Bar neste mês Núcleo do Empreender elegeu três pratos saborosos e práticos para apresentar na festa Macarrão ao molho bolonhesa Fotos: Samuel Melo Macarrão ao molho branco Quibe recheado com carne moída Tilápia frita Segundo o proprietário da Tenda Árabe, Michel Riad Aoude, participar do Fest Bar será enriquecedor para o núcleo Sabores da Franca. “Acho uma excelente iniciativa, pois estaremos sendo vistos pela sociedade como um grupo e a partir daí começaremos a trilhar outros caminhos com essa união e visibilidade”, acredita. Além disso, o núcleo Sabores da Franca está na rede social. Para visitar a página no Facebook acesse “Sabores da Franca”. Para Paulo Antônio Pizani, da Batataria Q’Croc, o núcleo está animado com essa participação. “Queremos ainda colocar um banner para divulgar a implantação do cartão fidelidade das empresas, que vai acontecer em breve. Isso valoriza o grupo e fortalece a marca”, afirma. O Fest Bar é promovido pelo Rotary Franca Imperador e realizado anualmente com o objetivo de divulgar os bares da cidade com seus petiscos e pratos. Há ainda seu cunho de responsabilidade social, com a renda da venda de bebidas revertida para a Creche Maternal do Miramontes, que atende 70 crianças e também é mantida pela entidade. Os melhores pratos foram eleitos no dia 21 de julho, por meio de jurados, e ganharam troféus. Feira internacional O casal proprietário da Tenda Árabe, Renata e Michel Riad Aoude participou em julho da Summer Fancy Food Show 15, em Nova Iorque. O evento é considerado o maior da América do Norte na área de comércio de alimentos gourmet e uma vitrine de inovação da indústria alimentícia. Michel conta que viu a maneira como são embalados produtos prontos como patê, amendoim e canapé, e trouxe algumas ideias para o seu negócio. “Gostei muito do que vi porque eles estão ano-luz à nossa frente. A maneira com que eles embalam os alimentos prontos é muito interessante e já estamos estudando adaptações para a Tenda Árabe”, afirma. EMPREENDER EM DESTAQUE Workshop do Núcleo Contábil ANA LUIZA SILVA O núcleo Sabores da Franca, que faz parte do Programa Empreender da ACIF, participará da 10ª edição do Fest Bar, que acontece entre os dias 5 e 9 de agosto, a partir das 18h, no complexo do Poliesportivo. O evento já é tra- 10 www.acifranca.com.br dição na cidade e vai reunir 20 bares e restaurantes. É a primeira vez que o grupo, formado por 14 empresas, integra o festival e três pratos foram escolhidos para o evento: macarrão com três molhos diferentes, quibe recheado com carne moída e porção de tilápia frita. Os empresários têm se organizado nos últimos meses para participar do Fest Bar e as re- ceitas foram escolhidas após várias reuniões. Segundo a agente do Empreender, Cláudia Neves, tudo o que for vendido no evento será revertido para as ações do Sabores da Franca. “Os pratos que serão comercializados no Fest Bar são de fácil manipulação. O objetivo é mostrar a cara do grupo e também conseguir fazer um caixa para investimento posterior em novas ações”, diz. O Polo Contábil de Franca – Contabilizando o Futuro, do Programa Empreender, está realizando um workshop de levantamento de custos de cada área da contabilidade. “O grupo quer saber o custo real de cada serviço prestado ao cliente de maneira correta. Assim, cada escritório do núcleo vai saber quanto ele gasta por serviço e poderá justificar aos seus respectivos clientes os valores repassados”, explica a agente Cláudia Neves. Esse estudo foi uma necessidade que o grupo sentiu durante o planejamento no início do ano e vai ajudar as empresas integrantes na condução dos seus negócios. Revista ACIF - Agosto 2015 11 Incofran na Expoíntima O núcleo Incofran, de Indústrias Confeccionistas do Empreender da ACIF, participa neste mês da Expoíntima (Feira da Moda de Franca e Região), que acontece simultaneamente ao Franca Mais Moda (Feira de Vestuário e Acessórios de Moda). São nove empresários que vão expor suas peças de moda íntima, fitness, praia e uniformes, em um estande coletivo subsidiado pela ACIF e pelos próprios membros. Os produtos foram criados e produzidos nos últimos dois meses exclusivamente para as feiras. Os empreendedores ainda participaram do Salão Moda Brasil, em junho, ondem buscaram ideias para apresentar na Expoíntima. Inscrições abertas O “2º Prêmio de Tecnologia e Inovação” segue com inscrições abertas até o dia 15 de setembro. A premiação acontece nos dias 25, 26 e 27 de novembro durante o 3º Workshop de Tecnologia e Inovação, realizado pelo Polo Francano de TI. “Esse prêmio tem como objetivo estimular os acadêmicos de Franca e região a desenvolver projetos nas diversas áreas da tecnologia, mecânica, eletrônica, informática e design”, explica Ricardo David, vice-coordenador do núcleo. Os vencedores poderão ser contemplados com até R$ 30 mil em dinheiro, prêmios, bolsas de estudo em pós-graduação e estágio remunerado. As inscrições devem ser feitas apenas pelo site www.polofrancanoti.com.br. Showroom Os nove empresários que fazem parte do grupo de Móveis Planejados do Empreender, o FranMov, estão montando os móveis que produziram nos últimos meses para compor o primeiro showroom do núcleo. Um projeto foi realizado e a produção foi feita em julho. A finalização da montagem do showroom e a inauguração para o público deve acontecer em agosto. “A ideia é que o showroom seja uma oportunidade para os clientes conhecerem o trabalho das empresas do grupo e que, a partir daí, possam comprar os móveis planejados dessas empresas”, avalia a agente Cláudia Neves. O showroom está sendo montado na Vila Santo Antônio e vai reunir móveis para quarto, sala, cozinha e escritório. Crescimento Depois do sucesso do “5º Encontro da Mulher Empreendedora”, realizado pelo CME da ACIF em maio, o número de empreendedoras francanas interessadas em participar do Conselho e das reuniões quinzenais aumentou em 50%, segundo a coordenação, que tem investido em palestras e workshops. A empresária e secretária do CME Eliane Sanches Querino ministrou um workshop sobre Mudança de Ciclos nas Empresas. Já a empresária Leila Reis, do Escritório de Contabilidade Método, proferiu palestra sobre o E-Social e mudanças que vão afetar as empresas. Durante encontro com advogados, as empreendedoras ainda ficaram por dentro dos direitos trabalhistas. Para participar do CME é simples: basta ser associada à ACIF e frequentar as reuniões. Informações: 3711-1765. 12 www.acifranca.com.br ASSOCIADO EM DESTAQUE Cocapec comemora 30 anos de história Fotos: acervo Cocapec Cooperativa de café da Alta Mogiana está presente em seis cidades e atende 13 municípios da região O presidente da Cocapec Maurício Miarelli C riada para fortalecer a cafeicultura da região da Alta Mogiana, a Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas) comemorou em julho 30 anos de história, que começou a ser contada através de um pequeno grupo de produtores rurais que buscava a força do associativismo em prol do bem comum para os cafeicultores. Hoje, a cooperativa produz um dos melhores grãos de café em uma área de 45 mil hectares que abrange 13 municípios entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Além do armazenamento do café e a negociação para sua comercialização, aos 2260 associados ainda são oferecidos inúmeros serviços como loja de insumos e fertilizantes, oficina mecânica para máquinas agrícolas, consultoria de agrônomo no campo, entre outros. Para chegar ao nível de excelência dos novos tempos, a Cocapec sempre contou com homens visionários que buscaram o melhor para todos os envolvidos com o mundo cafeeiro. Um deles é Maurício Miarelli, atualmente presidente da cooperativa. Agrônomo de formação, ele foi o cooperado número quatro, ou seja, um dos primeiros a acreditar na cooperativa e a contribuir para que a Cocapec se materializasse. “Junto com José Carlos Jordão da Silva, Alceu Rubens Morandini e José Engler Pinto Júnior, escrevemos o estatuto da Cocapec, em 1987. Hoje me tornei o cooperado número 1, pois um faleceu e os outros dois já não estão mais envolvidos com a cooperativa. Passei por diversas áreas e no cargo de presidente é a terceira vez. Nessa sociedade buscamos não só a rentabilidade e cuidado com o café, mas nos preocupamos também com o crescimento do cafeicultor enquanto pessoa”, defende Maurício. 14 www.acifranca.com.br Em pouco tempo, a Cocapec viu a necessidade de ampliar sua área de atuação e chegar cada vez mais perto dos produtores. Dois anos depois da sua fundação já inaugurava um núcleo em Claraval (MG). Depois veio a unidade de Pedregulho (SP), em 1989. Dez anos depois, Minas Gerais recebe a segunda unidade, desta vez em Capetinga. Em 2003 foi a vez de Ibiraci (MG), se tornando a unidade com maior número de cooperados. Cristais Paulista (SP) é o núcleo mais jovem, inaugurado em 2014, onde funciona o maior armazém da Cocapec com capacidade para mais de 400 mil sacas. A entidade já teve filial na cidade de Serra Negra (SP), mas encerrou suas atividades em 2010. “A Cocapec é localizada em uma das principais regiões produtoras do país, a Alta Mogiana, e hoje conta com a produção de um milhão e meio de sacas em uma safra boa, que vem de uma área de 45 mil hectares dos cooperados, um dos melhores grãos do planeta, abrangendo 13 municípios entre os estados de São Paulo e Minas Gerais”, ressalta o presidente. Durante sua trajetória, muitas foram as conquistas que a Cocapec realizou para o benefício de seus associados. Em 1989, a cooperativa iniciou o desafio da industrialização de café. De posse de matéria-prima de alta qualidade criou ao longo dos anos três marcas de sucesso: o café Cocapec, em seguida o Tulha Velha e por último o Senhor Café. Atualmente, a torrefação passa por uma ampliação, o que elevará ainda mais o nível destes produtos oferecidos ao consumidor final. Ao longo dos anos os serviços prestados também acompanharam as tendências econômicas e principalmente as necessidades dos cooperados. “A Cocapec oferece diversas ferramentas para auxiliar na sua propriedade. Hoje são mais de 50 mil m² de armazéns, que recebem a produção em sacaria de juta, granel e big bag. Além disso, todos são certificados e com seguro”, afirma Maurício. O presidente ainda destaca o laboratório de análises de solo e folha, considerado um dos melhores do país. “O Sistema de Georreferenciamento por Satélite permite mensurar a área em café, realizar previsões de safra, entre outras. A assistência técnica é formada por agrônomos de campo que estão sempre ao lado dos produtores para auxiliá-los a tomar as melhores decisões em suas lavouras. E as lojas possuem mais de 10 mil itens, possibilitando aos cooperados encontrar tudo que precisa para o seu cafezal em todas as etapas da produção”, reforça Maurício. Mas nos seus 30 anos de história, a Cocapec percebeu que não bastava dar apenas aporte estrutural e que era preciso fornecer informações e qualificações em busca de resultados efetivos. Partindo deste princípio, a cooperativa realiza inúmeros eventos de formação para os produtores rurais como os Dias de Campo, o Simcafé (Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana), além de capacitações. Estes eventos têm o objetivo de despertar no cooperado produtor rural o interesse em informações ligadas aos processos de gestão de seu negócio, para que, da mesma forma que as tecnologias de produção foram adotadas, as ferramentas de gestão sejam desenvolvidas e implantadas nas propriedades, contribuindo para a formação de um empresário rural. Atualmente, 80% da produção do café da Alta Mogiana são exportados e, segundo o presidente da Cocapec, os bons blends (mistura) de café do mundo são formados com grãos de diversas origens, e deste montante cerca de 60% são cafés brasileiros. Nestas três décadas, a Cocapec projetou o nome da Alta Mogiana para o Brasil e o exterior conquistando consumidores pelo mundo afora. Revista ACIF - Agosto 2015 15 FEIRA prestou serviços e também recebeu a visita do governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, que se intitula amigo do calçado e acredita na retomada do setor. “É difícil encontrar um setor que empregue tanta mão de obra intensiva, distribua renda, que tenha a importância social e econômica, como o calçadista”, disse em seu discurso de abertura da Francal. A feira foi palco para o lançamento oficial da moda Primavera/Verão em calçados e acessórios (leia mais na página 26) de cerca de 800 empresas, que representam mais de duas mil marcas. A estação é responsável por 60% da produção nacional do setor e por até nove meses de vendas no varejo. Para o presidente da Francal Abdala Jamil Abdala, a feira cumpriu seu objetivo, mesmo levando em conta o atual cenário de instabilidade econômica. “Os lojistas vieram e compraram para abastecerem suas vitrines para a próxima temporada e, com isso, manifestaram a confiança de que o segundo semestre vai representar uma retomada dos negócios”, avalia. A Francal foi visitada por 43.100 profissionais, sendo 15.868 lojistas de todos os Estados brasileiros. A consultora Paula Pucci e a auxiliar Elen Carolina Sousa Marcelo Rocha, José Carlos Brigagão do Couto, o governador Geraldo Alckmin ACIF participa da Francal pela segunda vez Entidade ofereceu serviço exclusivo ao associado calçadista e reafirmou sua representatividade no estande dentro do Espaço Moda Franca P elo segundo ano consecutivo, a ACIF participou efetivamente da 47ª Francal (Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios), realizada de 6 a 9 de julho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. No estande Espaço Moda Franca, a Entidade disponibilizou aos associados da área calçadista um terminal de consultas ao SCPC e ficou à disposição para esclarecimentos de dúvidas durante as negociações. Outro destaque foi a par- 16 www.acifranca.com.br ceria com a Francal, que lotou um ônibus de associados para uma missão empresarial com direito a hospedagem e almoço. “A nossa participação é muito importante porque aproxima a ACIF dos associados da indústria calçadista e oferece soluções empresariais voltadas às pequenas fábricas, que integraram o Espaço Moda Franca”, avalia Marcelo Carraro Rocha, diretor executivo da ACIF. Durante os quatro dias de feira, o espaço da Entidade Antônio Humberto Coelho, Maria Helena Bagueira Coelho, Marcelo Rocha e João Batista de Lima Revista ACIF - Agosto 2015 17 Espaço Moda Franca registra queda nas vendas A maioria das fábricas de calçados de Franca que participou da Francal se declarou insatisfeita com a feira, segundo o Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca). Um dos fatores apontados como origem do descontentamento é a queda no volume de negócios pelo segundo ano seguido. No Espaço Moda Franca a re- dução nas vendas chega a 44,5%. De acordo com um levantamento feito no último dia da Francal com 43 empresas francanas, apenas 4,76% dos entrevistados acharam que a feira foi ótima e 23% ruim. Para o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto, a desaprovação é reflexo direto do cenário econômico nacional. “A feira estava bem estruturada, mas temos uma crise instalada que não permite grandes investimentos. Não perdemos as esperanças, mas também temos de ser realistas. Como a Francal é um termômetro para as vendas no segundo semestre, tivemos a confirmação de que os próximos meses serão de muita luta para o setor calçadista”, disse. No Espaço Moda Franca, 18 pequenas e micro empresas de Franca responderam a pesquisa mais detalhada que mostrou redução de 23,5% nas vendas, em relação ao ano passado. Nos quatro dias do evento, o grupo vendeu 52.280 pares de calçados, uma média de 2.904 por empresa. Na Francal de 2014, cada expositor comercializou, em média, 3.795 pares. Segundo a gerente de Negócios do Sindifranca, Ana Teresa Arruda Rocha, um dos motivos de insatisfação foi a grande expectativa sobre a visitação de importadores, que não se confirmou. “Registramos sete pedidos de exportação, para países da América Latina e Oriente Médio, mas os norte-americanos e os europeus que são grandes e tradicionais clientes não apareceram”, avalia. O Espaço Moda Franca é realizado pelo Sindifranca, em parceria com o Sebrae-SP e a Prefeitura, com o apoio da ACIF. casas. Ficamos dois dias lá e assim tivemos mais tempo para negociarmos. Fiz bons negócios e consegui repor meu estoque com o que comprei na feira”, diz Iron Alves Reis, da Montreal Calçados. Já Marisa Batista Cavaletti, da Amazonit- ta Calçados, visitou a Francal pela primeira vez e se surpreendeu. “A missão da ACIF é uma grande oportunidade e um incentivo para nós empresários. Fiz muito networking e agora estamos entrando em contato com as empresas para tentar fechar bons negócios”, afirma. Missão empresarial N os dias 8 e 9, uma parceria inédita entre a ACIF e a Francal Feiras levou empresários associados para uma missão com transporte, diária de hotel, credenciamento antecipado, recepção diferenciada e voucher para almoço na feira totalmente gratuitos. “A visita na forma de ‘bate e volta’ é muito cansativa e impossibilita o empresário de conhecer toda a feira. Desta forma, dormindo uma noite na capital, foi possível participar tranquilamente durante dois dias da Francal, com mais tempo para fechar os negócios e conhecer as tendências e lançamentos”, avalia o presidente da ACIF. A caravana foi uma oportunidade única para os lojistas francanos. “A missão foi muito organizada, desde a hora que saímos de Franca até quando voltamos para as nossas 18 www.acifranca.com.br RESPONSABILIDADE SOCIAL Creche Bom Pastor forma cidadãos com amor, respeito e educação Instituição atende crianças de 2 a 6 anos que residem no Complexo Aeroporto ANA LUIZA SILVA funciona das 6h30 às 16h30. A entidade oferece café da manhã, almoço e sobremesa e lanche da tarde. Após o almoço as salas de aula viram verdadeiros dormitórios. Pequenos colchões são espalhados pelo chão e as crianças tiram uma gostosa soneca. Educação As atividades da creche seguem um projeto pedagógico passado pela administração municipal, e a entidade faz questão de estimular as crianças com ações que possam contribuir para a alfabetização. “Nós trabalhamos com atividades lúdicas e desenvolvemos ainda projetos de valores como o amor ao próximo e o respeito. Como eles são muito pequenos, nós temos que passar essas lições em fábulas e ações concretas. Falamos com eles também sobre a valorização da água e ainda há o projeto filosófico, que fala sobre mau comporFotos: Ednei Campos U m prédio com cores alegres, um ambiente aconchegante e barulho de criança. Assim, há 29 anos, é a Creche Bom Pastor, que cuida dos pequenos de famílias da região sul da cidade. A instituição particular é mantida por um grupo de amigos solidários e atende 170 crianças com idades entre 2 e 6 anos. A Entidade conta também com a subvenção da Prefeitura e de doações da comunidade, que são recebidas em dinheiro, cestas básicas, brinquedos, roupas e materiais de higiene e limpeza. Sílvio de Paula Martins, proprietário da Imobiliária Diniz & Martins e conselheiro da ACIF, é secretário e um dos idealizadores da instituição. “A creche foi um desafio que fiz à minha esposa Maura, de que a fé sem obras é morta. Então, ela e um grupo de amigas que rezavam em casa me pediram para providenciar a fundação de uma creche. O que foi feito no ato, já com a escolha do nome ao abrir a Bíblia no Salmo 22 do Bom Pastor e a obra frutificou. Está aí há quase 30 anos, acolhendo as crianças e formando cidadãos”, explica Sílvio. A sede localizada no Jardim Santa Bárbara é da Prefeitura de Franca e quando o grupo de amigos assumiu a entidade toda a reforma do prédio foi realizada por eles. A instituição conta com uma infraestrutura invejável. São oito salas de aula, cozinha, refeitório, recepção, Rosângela Valério Coelho é a coordenadora da Creche Bom Pastor brinquedoteca, playground e barracão cobertos, sala de balé e secretaria. As crianças são divididas por idades e em duas salas ficam os pequenos que estão na pré-escola. Além disso, tudo é impecavelmente limpo, devidamente pintado e aconchegante. Com a premissa de que para conseguir vaga é preciso que os pais estejam trabalhando, a creche 20 www.acifranca.com.br tamento de maneira pontual e que a criança entenda”, afirma Rosângela Valério Coelho, coordenadora da Creche Bom Pastor. Além das atividades educacionais, as crianças ainda participam semanalmente de aula de música e de balé. Os pequenos são atendidos por uma fonoaudióloga e três vezes por semana por um psicólogo, que também faz atendimentos aos pais quando necessário. “O Brasil é um país carente de ações que objetivam uma formação sadia de suas crianças e nós acreditamos que essa responsabilidade é nossa, de cada um como formadores de opinião preocupados com o mundo que deixaremos com nossos filhos e netos”, ressalta Sílvio. Atualmente, a instituição possui 16 funcionários, sendo 10 educadoras, duas cozinheiras, três serviços gerais e uma coordenadora. Anualmente a creche abre 30 vagas e a maioria é para as crianças de 2 anos. Aos finais de semana, a Bom Pastor envia com as crianças a Maleta Viajante, com livros para incentivar os pais a ler para os pequenos. São duas maletas por sala para cada final de semana. Ao retornar na segunda-feira, a criança conta a experiência de ter sido estimulada à leitura e literatura. “Nossa creche é uma das melhores da cidade, pois temos uma maneira de conduzir as coisas com muito amor. Aqui não temos a obrigação de alfabetizar os alunos que não estão na pré-escola, mas temos o desejo de contribuir para que essas crianças tenham um futuro melhor, aprendam coisas para a vida. Nós nos preocupamos em fazer o melhor enquanto elas estão aqui”, avalia Rosângela. Quer ajudar? A Creche Bom Pastor aceita ajuda em dinheiro, doação de cestas básicas, materiais de limpeza e higiene, brinquedos e roupas. Qualquer colaboração é bem-vinda e pode ser encaminhada para a entidade que fica na Rua Denizar Trevisani, 1980, Jardim Santa Bárbara. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3701-8050. Revista ACIF - Agosto 2015 21 EVENTO ACIF promove atrações na praça para fomentar vendas no Dia dos Pais Exposição de fuscas antigos e motos, shows e distribuição de pipoca vão agitar o Centro da cidade N este Dia dos Pais, a ser comemorado em 9 de agosto, a ACIF preparou um presentão para os papais de Franca e região. No final de semana que o comércio abre em horário especial, as famílias poderão aproveitar o passeio pelo Centro da cidade para ouvir música, ver uma exposição de fuscas antigos e motos, adquirir livros infantis da Caravana da Literatura e ainda saborear de graça pipoca quentinha feita na hora. No dia 7, as lojas ficam abertas das 9 às 22 horas. A atração fica por conta da banda de rock The Wanteds, que deve se apresentar a partir das 19h30, na Concha Acústica. O grupo, que já lançou três CDs com composições próprias, vai mostrar um repertório de clássicos do rock dos anos 60 e 70 como Beatles, Rolling Stones, The Doors, Pink Floyd, Led Zeppelin, Bob Dylan, entre outras. No sábado, dia 8, o horário de funcionamento das lojas é das 9 às 18 horas. Logo pela manhã, às 9h30, haverá a apresentação da dupla sertaneja Guilherme & Rafael que toca sucessos do sertanejo universitário. Às 14h sobe ao palco a banda Donzela e no final da tarde a animação fica por conta dos jovens Roberto e Lohan, com o melhor do sertanejo raiz. Os shows acontecem na Concha Acústica, na Praça Nossa Senhora da Conceição. 22 www.acifranca.com.br Durante todo sábado haverá também uma exposição de fuscas antigos do Volks Club de Franca. Serão 10 clássicos que fizeram história e hoje são tidos como relíquias, além de motos do Santa Custom – Moto Grupo. Os visitantes poderão tirar fotos com os veículos que estarão expostos na praça até às 18 horas. Segundo a coordenadora de Desenvolvimento Estratégico e Marketing da ACIF, Letusa Sartori, o evento objetiva o fomento das vendas e proporciona um momento de integração e lazer entre pais e filhos que passarem pela praça. “É função da ACIF propor e desenvolver ações em prol da classe empresarial, mas também eventos que garantam o bem-estar das famílias. Pensamos em cada detalhe para que os pais possam aproveitar o seu dia com seus filhos, seja visitando a exposição de fuscas e motos, curtindo os shows ou mergulhando na literatura”, diz. Leitura Para incentivar o hábito da leitura, a Feac (Fundação para o Esporte, Arte e Cultura) traz ainda a Caravana da Literatura, projeto do Grupo Projetos de Leitura, que apresenta livros com histórias do cotidiano em uma linguagem bem-humorada e pontuada por reflexões. As obras voltadas para o público infantil, juvenil e adulto podem ser adquiridas por apenas R$ 2 cada. Já os professores de escolas públicas poderão retirar na Caravana da Literatura, um kit com nove livros para serem utilizados na biblioteca de sua escola. No momento da retirada, o professor deverá preencher um formulário de identificação pessoal e da escola. Pela primeira vez em Franca, a tenda funcionará na sexta-feira, dia 7, das 9h30 às 17h, e no sábado, dia 8, das 9h30 às 14h. OLHAR CONTÁBIL é hora de substituir o ECF pelo SAT-CFe D esde o dia 1º de julho, já está em vigor a portaria CAT 147/2012 que traz ao varejo a obrigação da substituição de todos os equipamentos ECFs (Emissores de Cupom Fiscal), com cinco anos ou mais de sua primeira lacração, pelo SAT-CFe (Sistema Au- tenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos), o qual tem por objetivo documentar, de forma eletrônica, as operações comerciais do varejo dos contribuintes do Estado de São Paulo. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital feita pelo equipamento SAT por meio do seu Certificado Digital. O requisito para o SAT-CFe é adquirir o equipamento SAT em um distribuidor, ter um computador com porta USB, um aplicativo comercial, uma impressora não fiscal - que seja possível impressão de um código de barras e um QR-code - e internet a qual não precisará estar no Frente de Caixa no momento da venda. O equipamento SAT ficará conectado ao computador podendo ser o do Frente de Caixa ou até no servidor, e o aplicativo comercial no momento da venda enviará para o mesmo o arquivo com os dados, validará a informação, assinará digitalmente e fará a impressão do cupom fiscal. Posteriormente deverá ser feita a transmissão constante dos arquivos no SAT para a Secretaria da Fazenda, a qual disponibilizará ao consumidor para futuras consultas. O prazo máximo para transmissão dos arquivos é de 10 dias de sua emissão, sob pena de ter seu SAT bloqueado. O ideal é que seja feito de hora em hora ou diariamente. Em relação ao arquivo das informações, deve ser feito a partir do aplicativo comercial em alguma mídia ou em nuvens, pelo prazo que prevê a legislação. O SAT, após a transmissão para a Secretaria da Fazenda, limpa a sua memória. Importante ainda que não será disponibilizado aplicativo gratuito. Um cronograma foi criado com as regras de obrigatoriedade para que todas as empresas, inclusive os MEIs, se adequem ao programa até 2018. Confira a tabela com o código de CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) no site www. fazenda.sp.gov.br/SAT. JOSÉ DIAS AMÉRICO Contador e diretor da Assescofran (Associação das Empresas de Serviços Contábeis de Franca e Região) [email protected] Vantagens do SAT-CFe ►► ►► ►► ►► 24 Menor custo em relação ao ECF Um único SAT pode ser compartilhado com vários caixas Certificado digital gratuito com validade de cinco anos Transmissão automática do arquivo da Nota Fiscal Paulista www.acifranca.com.br ►► ►► ►► ►► Dispensa da emissão da redução Z, Leitura X e mapa de caixa Pode ser usada uma única impressora não fiscal para vários caixas Não há necessidade de internet no Frente de Caixa no momento da venda Redução no tempo de espera para o consumidor consultar a Nota Fiscal Paulista MODA Verão: calçados e acessórios têm brilho, cores vivas e conforto Tendências apresentadas na Francal, em julho, são ecléticas Sandália meia pata floral da Ramarim Sandália gladiadora da Dumond Espadrilha da D`Castro Dumond também aposta no jeans 26 www.acifranca.com.br C onsiderada a vitrine da moda Verão 2015/2016, a Francal promovida em julho, na capital - lançou grande variedade em calçados e acessórios com destaque para as cores vibrantes e iluminadas, estampas florais, desenhos geométricos, metais e inúmeros acabamentos. “O verão estabelece novos rumos, traz mais leveza aos calçados e acessórios. O consumidor está em busca de sensações, da experimentação. Tudo se ilumina com a chegada do verão: as cores, as texturas e o sorriso das pessoas”, afirma Walter Rodrigues, estilista e coordenador do Núcleo de Design da Assintecal. Entre os pontos fortes da estação, o profissional destaca as cores vivas como os azuis e verdes bem iluminados, as estampas florais e as aquareladas com flores. Já os desenhos geométricos aparecem tanto nos calçados mais sofisticados quanto nos esportivos e casuais. Segundo Walter, as listras e os poás surgem sozinhos, misturados entre si ou com estampas bem coloridas ou florais. Branco, nude e beges naturais são destaque no couro e laminados, mas nem por isso o preto fica de fora. Ele marca território na estação em várias texturas e acabamentos: brilhante, opaco, em 3D ou em misturas de materiais com vários tons de preto. O estilista ressalta também que os enfeites, correntes, ilhoses e metal - muito metal dourado - aparecem mesclados a materiais que remetem ao rústico - caso das cordas e amarrações. Entre os modelos, prevalece a democracia típica do verão: solados tratorados vão dividir as vitrines com as gladiadoras, plataformas, meias patas e rasteiras com muito brilho e cores vivas. A palavra de ordem é: conforto! Walter aposta que as cordas serão utilizadas como elemento ultra-sofisticado em amarras, sendo sinônimo de aventura. A ideia já apareceu nas sandálias. O império do liso dá lugar para investimentos em texturas e leveza nos materiais. Os diferentes drapeados dão a sensação de deixar os sapatos mais soltos e aparecem também nas bolsas e mochilas. Entram em cena as espadrilhas, que têm como característica o solado de corda trançada. Neste cenário eclético também estão em alta o verniz sofisticado, cores lavadas, tricôs em couro, modelos drapeados, acabamentos de jeans e estilo retrô. Bolsa com franja da Arte & Crença Bolsa de poá da Seanite Linha retrô da Júlia Marques O modelo Jesus Luz exibe dock sider da Ferricelli Bolsa carteira com estampa geométrica da Seanite Revista ACIF - Agosto 2015 27 Social verniz e casual nobuck, da Art Shoes Social com verniz, da Gofer Tênis estilo jogging da Ferracini Moda masculina As estampas e cores se impõem também na moda masculina. O homem moderno tornou-se consumidor primário de moda, dependendo cada vez menos na compra de uma figura feminina. Ao buscarem seu próprio estilo dão espaço para o mercado se adaptar a suas demandas, sendo o caso de novos modelos de alpargatas, sandálias e modelos de sapatos mais ousados, que brincam com cores alegres diversas. As cores e estampas se impõem também na moda masculina, e os esportivos vêm marcados pela tecnologia e pela diversão. Mocassim jeans e a laser, da Art Mille Mocassim da Kildare 28 www.acifranca.com.br ENTREVISTA ‘Sem comunicação não há liderança’, diz Autor do livro motivacional ‘A Revolução do Pouquinho’, palestrante defende que pequenas atitudes provocam grandes transformações na vida pessoal e profissional FERNANDA MARTINS H á dois tipos de mudanças na vida das pessoas: a que acontece involuntariamente e a que você decide. Por exemplo, a perda de um ente querido ou mudar de cidade em busca de novos projetos. O palestrante e escritor Eduardo Zugaib, em seu livro motivacional “A Revolução do Pouquinho - Pequenas Atitudes Provocam Grandes Transformações”, defende que a mudança comportamental vem de decisões diárias e consistentes chamadas também de “compromisso da continuidade”. Segundo ele, os 21 compromissos contidos em cada capítulo do livro seguem um discurso universal e podem ser aplicados na vida pessoal e profissional. Com vasta experiência em comunicação corporativa, Eduardo afirma que o empresário pode começar a aplicar a Revolução do Pouquinho “com um pouquinho mais de gentileza”. 30 www.acifranca.com.br “Sempre falo da validação de profissionais e equipes, ou seja, criar com os seus colaboradores a métrica do acerto, não apenas a métrica do erro. Muitas vezes, infelizmente, a única comunicação que existe nas empresas é o feedback do erro, não existe a celebração do resultado, o olho no olho, a troca”, diz. Lançado em setembro do ano passado, em menos de dois meses “A Revolução do Pouquinho” chegou a ser o 4º livro de autoajuda mais vendido no Brasil. Eduardo Zugaib é pós-graduado em Marketing, com especializações em Gestão de Pessoas, Recursos Humanos, Liderança e Self e Profissional Coaching. Como escritor está com três projetos em andamento. Um deles, o livro para crianças e adultos “O fantástico significado da palavra significado” deve ser lançado ainda neste ano. Confira a entrevista que o profissional concedeu à Revista ACIF durante a sua participação no “5º Encontro da Mulher Empreendedora”, em maio. Eduardo Zugaib Revista ACIF - Por que a Revolução do Pouquinho? Eduardo Zugaib – Porque eu não acredito que grandes eventos na sua vida são capazes de mudar comportamento. A mudança comportamental vem de decisões diárias e consistentes. E essa consistência no livro eu chamo de compromisso da continuidade. Ela é a terceira fase da Revolução do Pouquinho e onde as pessoas mais se auto sabotam. Um exemplo: no domingo depois de ‘enfiar o pé na jaca’ eu decido voltar para a academia, ou seja, visualizei a mudança. Na segunda-feira eu ajo, faço a matrícula e a primeira aula, mas na quinta-feira dou uma concessão. Aí na sexta, final de semana chegando, resolvo emendar a semana e retornar na segunda com mais pique. Sabendo disso, no domingo vou enfiar mais ainda ‘o pé na jaca’. Essa auto sabotagem, que eu chamo de curva escorregadia da mudança, faz muita gente desacreditar de processos motivacionais. Por isso questiono os cursos que encontro por aí porque a minha motivação foi um processo de aprendizado contínuo e de muitas mudanças. RA – Com a Revolução do Pouquinho como a academia diária poderia dar certo? Eduardo – Aí entram os 21 compromissos que estão contidos em cada capítulo do livro, ou seja, um pouquinho mais de foco, de efetividade, de autoestima, de criatividade, de comunicação, enfim, tudo aquilo que entendo como motivação. A ideia é sair da subjetividade, trazer uma ferramenta prática para as pessoas, e o bacana é que parece que acertei num discurso meio universal porque tenho entre os leitores educadores do sertão nordestino, executivos de diversos segmentos, ou seja, pessoas completamente díspares na essência. RA - Como a Revolução do Pouquinho mudou a sua vida? Eduardo – Procurei codificar a revolução com base em processos que passei e muito intensos. Eu enxergo dois tipos de mudanças na vida da gente: uma que a vida te joga no colo e você tem que administrar, por exemplo, a perda de um ente querido, ou a mudança que você decidiu, por exemplo, mudar de cidade por causa de uma questão profissional ou uma gravidez planejada. Na primeira situação você precisa desembrulhar o pacote, entender qual será o novo panorama a partir de então. Esse pacote incomodou minha zona de conforto, me deixou em pânico e preciso aprender devagar a decifrá-lo. Na minha palestra cito o que aconteceu comigo nos últimos três anos: a perda do meu pai e a chegada da minha filha adotiva. Duas mudanças: uma eu não queria e a outra eu planejei. RA – Mas qual mudança é mais fácil administrar? Eduardo – A que você deseja. Mas você tem que estar aberto para a mudança. RA - Por que revolução e não mudança? Eduardo – A revolução é um processo que você acaba empreendendo. Ela nasce do despertar de uma causa e quando a gente começa a entender todos os nossos processos, a causa que existe dentro deles, o propósito, você começa a colocar o coração para valer naquele processo e as mudanças vão se desdobrando. O coração vai abrindo caminho e você vem com a razão atrás pavimentando a estrada. RA – É a questão de dentro para fora? Eduardo – Sim. É pensar como posso fazer para tornar isso uma transformação que vai deixar uma história bacana, que vai deixar um legado construído que eu recupero mais à frente. RA - Qual o primeiro passo para fazer a revolução? Eduardo – São três passos. Primeiro a visualização da mudança, ‘poxa quero mudar’. Depois a decisão e a ação, ‘fui lá, fiz a matrícula na academia e efetivei o início da mudança’. Às vezes a gente acha que mudou só nesse segundo passo e não mudou, o processo é gradativo, mudança comportamental é uma coisa que se constrói aos poucos dentro de você. E para isso tem os 21 lembretes, os fatores que você tem que pensar para consolidar a visualização. RA - Como o empresário pode aplicar a Revolução do Pouquinho na sua empresa? Eduardo – Com um pouquinho mais de gentileza. Sempre falo da validação de profissionais e equipes que é você criar com os seus colaboradores a métrica do acerto não apenas a métrica do erro. As pessoas não saem de casa com o desejo de errar, o erro faz parte do processo. E tem uma diferença muito grande entre sair de casa para acertar ou para não errar. Aparentemente parecem coisas parecidas, mas não tem nada a ver uma coisa com a outra. Isso define se você vai ter um bom dia, um dia focado na efetividade, resultado, eficiência, eficácia, ou se você simplesmente vai deixar passar mais um dia por dentro de você e sobreviver. Só que muitas vezes, infelizmente, a única comunicação que existe nas empresas é o feedback do erro, não existe a celebração do resultado, o olho no olho, a troca. RA – Então tem que partir do gestor? Eduardo – Sim, sempre. Escadaria se lava de cima para baixo. O empresário lá em cima estimula os colaboradores lá Revista ACIF - Agosto 2015 31 embaixo. Agora, espontaneamente embaixo pode haver uma imaturidade que ainda está no nível de individualismo, não está numa entrega de liderança muito forte, está apenas sobrevivendo. A relação com o trabalho é outra e como líder você visualiza, enxerga isso e começa a empoderar essas pessoas primeiro na autoliderança, gerar mais resultados e que faça bem a elas, não apenas à empresa. Coloque o coração para valer no seu trabalho. Esse é o maior recado que um líder pode dar. Agora me diga se um líder que se tranca no 10º andar, não conhece a cara de ninguém vai conseguir isso, nunca. E além de tudo ele abre espaço para que lideranças informais ocupem o lugar que ele está deixando, não necessariamente com alinhamento, missão, visão e valores da empresa. RA – E como fazer para os colaboradores aderirem à Revolução? Eduardo – O trabalho de liderança contagia de cima para baixo. Não adianta eu ter uma pessoa muito feliz e um nível intermediário que não está dando liga. Quando você entra num projeto de consultoria, o primeiro movimento é criar um ambiente de comunicação para que eles entendam que se não houver comunicação não vai haver liderança. Segundo a pesquisa do Project Management Institute, que saiu em 2010, apurando que 76% dos CEOs de empresas de vários portes do mundo apontaram como principal causa de fracasso dos seus projetos problemas de comunicação. Não é portfólio, equipe, dinheiro, prazo... O gestor tem tudo, mas não conecta tudo isso. RA – Então o princípio da mudança corporativa está na comunicação? Eduardo – Sempre faço uma pergunta para o gestor: ‘seu colaborador mais acerta ou erra?’. Ele pensa e responde que mais acerta. ‘E quando foi a última reunião que você fez com o seu pessoal?’. Se ele não lembra é porque faz mais de um ano. ‘E nessa reunião o que se tratou?’. Só ‘botinada’, desceu o sarrafo na turma. E você como consultor fala para ele: ‘chega para o seu colaborador, mas tem que ser muito sincero e para isso você precisa se aproximar dele, e para cada feedback de correção que der você tem que fazer três feedbacks de empoderamento’. Isso é científico. Então para criar uma crítica, fazer um terreno e estofo para ela ser percebida como um feedback e não como uma agressão, eu tenho que reconhecer o que deu certo antes. Ninguém faz isso. Eu brinco nas palestras que hoje eu ganho dinheiro para ensinar o gerente a dizer obrigado, que ele precisa ver o moço que está no estoque, que é jovem e tem perspectiva, que é de uma geração que se passar seis meses lá vai embora. Ele tem que fazer esse moço olhar para o futuro que ele tem para frente da loja. RA - E qual é o grande drama dos empresários hoje com a Geração Y? Eduardo - Eles afirmam que a moçada não sabe o que quer. Sabe o que quer sim. A questão é o nível de entrega que está dissonante, ou seja, o que você entrega de perspectiva para ele, ele não encontra, mesmo assim dá o sangue e depois de três meses 32 www.acifranca.com.br de experiência, ele é efetivado, mas esquecido e se torna patrimônio da empresa, não recebe feedback. Essa geração precisa de feedback diário, a todo instante. Você precisa conhecer as pessoas para saber o que lhes faz sentido – pessoal e profissional - e para fazer com que este sentido tenha convergência com o sentido maior da empresa. Nem que ele pense em ficar na empresa um ano, mas que seja o melhor temporário do mundo. Que o dia que ele sair todo mundo chore porque ele está indo embora, que todos tenham saudade e ele tenha saudade. RA – Como pensar macro, mas fazer aos poucos para alcançar o resultado final? Eduardo – Pensar macro é ter um propósito, e muitas pessoas não têm, é tudo muito difuso. Eu tenho isso muito claro, defini lá atrás quando comecei a desenhar minha empresa, depois com os trabalhos de palestrante e escritor. O meu propósito pessoal é provocar mudanças e reflexões positivas nas vidas das pessoas. Cada passo que eu vou dar dentro do meu trabalho eu tenho que ter essa bandeira. Isso me faz manter certa fidelidade ao plano, mesmo na crise, nos dias que as coisas não dão muito certo. E você sempre tem que estar lidando com esta variável de que em algum momento você planeja e não dá certo. É nesta hora que as pessoas desistem do seu propósito. RA – Qual o seu recado para os empresários? Eduardo – Aproxime-se das pessoas, independente do nível profissional. Se você como empresário que está lá no topo não tem uma capacidade logística de estar com todo mundo, então faça esse trabalho em cascata acontecer. Crie a cultura da validação entre as pessoas, do reconhecimento e do acerto. Quando você fala isso para um empresário que é muito racional ele pensa: ‘ah, mas eu vou ficar bajulando o cara?’. Não, você só tem que reconhecer coisas que são verdadeiras, em cima do que a pessoa está fazendo. Ela vai se sentir empoderada e vai trazer algo maior para você. É o trabalho da métrica do acerto. ‘Amigo, você pulou 2 metros, show de bola! Vamos pular 2,5 metros agora?’ MOMENTO SEBRAE DE OLHO NO DINHEIRO Empreender em tempos de crise Tabela de Imposto de Renda (IRRF) *Tabela referente ao ano de 2015 BASE CÁLCULO MENSAL EM R$ ALÍQUOTA % Até 1.903,98 De 1.903,99 até 2.826,65 De 2.826,66 até 3.751,05 De 3.751,06 até 4.664,68 Acima de 4.664,69 7,5 15 22,5 27,5 PARCELA A DEDUZIR DO IMP. R$ 142,80 354,80 636,13 869,36 Salário Mínimo - Janeiro/2015 MENSAIS R$ 788,00 DIÁRIOS HORA R$ 26,27 R$ 3,58 Vigência a partir de 01/01/2015 Salário Família - 2015 REMUNERAÇÃO MENSAL Até R$ 725,02 De R$ 725,03 até R$ 1.089,72 VALOR R$ 37,18 R$ 26,20 Acima de R$ 1.089,72 NÃO RECEBE Salários normativos do Comércio Varejista Categorias Geral ME EPP Piso salarial de ingresso Empreg. em geral Caixa Faxineiro e copeiro Boy e empacotador Garantia comissionista ---R$ 1.098,00 R$ 1.179,00 R$ 968,00 R$ 805,00 R$ 1.288,00 R$ 896,00 R$ 1.008,00 R$ 1.097,00 R$ 902,00 R$ 805,00 R$ 1.179,00 R$ 945,00 R$ 1.054,00 R$ 1.133,00 R$ 927,00 R$ 805,00 R$ 1.238,00 Salários normativos da Indústria de Calçados 01/02/2014 a 31/01/2015 A partir de 1º de fevereiro de 2014, fica estabelecido um piso salarial para os trabalhadores na indústria de calçados correspondente a: R$ 980,00 por mês, para os trabalhadores que recebem a remuneração por mês (mensalistas) e; R$ 32,67 por dia, para os trabalhadores que recebem a remuneração por dia e; R$ 4,45 por hora, para os trabalhadores que recebem a remuneração por hora (horistas). Reajuste Anual - Os salários pagos aos trabalhadores serão reajustados em 8,84%, a partir de fevereiro de 2015, e calculados sobre os salários pagos em janeiro de 2015, inclusive aos trabalhadores remunerados por tarefa, hora ou peça. Aos trabalhadores que foram demitidos a partir de 1º de fevereiro de 2015, fica assegurado o pagamento de eventuais diferenças salariais e rescisórias decorrentes da aplicação das parcelas dos reajustes ora convencionado, que deverão ser efetuados pelas empresas até o 5º dia útil do mês de abril de 2015. NÃO podem ser compensados com o índice de reajuste aqui fixado, os reajustes praticados pelas empresas sem amparo em convenção coletiva anterior, bem como os reajustes individuais decorrentes de acordos coletivos, promoção, mérito, decisão judicial, transferência, equiparação salarial, término de aprendizagem e aumento real expressamente concedido a esse título, realizado antes de 1º de fevereiro de 2015. Para mais informações sobre a Convenção Coletiva de Trabalho acesse o site www.sindifranca.org.br. Salário Regional do Estado de São Paulo R$ 905,00 - para os trabalhadores domésticos, serventes, trabalhadores agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensageiros e trabalhadores de serviços de limpeza e conservação, trabalhadores de serviços de manutenção de áreas verdes e de logradouros públicos, auxiliares de serviços gerais de escritório, empregados não especializados do comércio, da indústria e de serviços administrativos, comuns, “barboys”, lavadeiros, ascensoristas, “motoboys”, trabalhadores de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais e trabalhadores não especializados de minas e pedreiras; R$ 920,00 - para os operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas da construção civil, de mineração e de cortar e lavrar madeira, classificadores de correspondência e carteiros, tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, dedetizadores, vendedores, trabalhadores de costura e estofadores, pedreiros, trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, de fabricação e confecção de papel e papelão, trabalhadores em serviços de proteção e segurança pessoal e patrimonial, trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem, garçons, cobradores de transportes coletivos, “barman”, pintores, encanadores, soldadores, chapeadores, montadores de estruturas metálicas, vidreiros e ceramistas, fiandeiros, tecelões, tingidores, trabalhadores de curtimento, joalheiros, ourives, operadores de máquinas de escritório, datilógrafos, digitadores, telefonistas, operadores de telefone e de “telemarketing”, atendentes e comissários de serviços de transporte de passageiros, trabalhadores de redes de energia e de telecomunicações, mestres e contramestres, marceneiros, trabalhadores em usinagem de metais, ajustadores mecânicos, montadores de máquinas, operadores de instalações de processamento químico e supervisores de produção e manutenção industrial. (NR) Artigo 2º - Os pisos salariais fixados nesta lei não se aplicam aos trabalhadores que tenham outros pisos definidos em lei federal, em convenção ou acordo coletivo de trabalho, bem como aos servidores públicos estaduais e municipais, e, ainda, aos contratos de aprendizagem regidos pela lei federal nº 10.097, de 19 de dezembro de 2001. (NR) A lei estadual 15.624/2014 entra em vigor na data de sua publicação, devendo produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2015. 34 www.acifranca.com.br O cenário econômico brasileiro atual é desanimador. Há uma deterioração generalizada dos indicadores e a perspectiva para o futuro próximo é sombria. No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) ficou 0,2% menor na comparação com o mesmo período do ano passado. O desemprego em maio registrou o quinto aumento seguido, subindo para 6,7% (estava em 6,4% em abril e em 4,9% em maio de 2014). A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) cresceu 0,82% em junho, alta de 6,42% no ano e 9,15% em 12 meses. Em maio, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a renda real (já descontada a inflação) dos trabalhadores recuou 1,8% sobre abril e 5,8% no confronto com maio de 2014. Há mais gente sem emprego e os preços não param de subir corroendo o poder de com- pra. Com menos para gastar – ou medo de gastar porque o que vem pela frente é incerto – o consumidor se retrai; toda a cadeia é afetada, pois comércio, serviços e indústria perdem faturamento. Recessão instalada e o Brasil em estado crítico. Isso é resultado do modelo econômico adotado pelo governo que se esgotou e agora o obriga a aplicar medidas restritivas para tentar reorganizar a casa. Uma delas é a elevação dos juros para conter o consumo e a inflação. Porém, dificulta o crédito, inibe investimentos e elimina postos de trabalho. Nesse momento, muitos que não conseguem se recolocar optam por abrir um negócio. É o empreendedorismo por necessidade, que nasce sem planejamento e como última saída de ganha pão. Mas abrir um negócio por necessidade não significa fracasso, mesmo em tempos turbulentos. Os maus momentos também servem para se descobrir novas possibilidades. A empresa que tiver um diferencial será mais competitiva. Só preço é pouco. Oferecer algo que falta na concorrência, ter qualidade, atendimento e pós-venda impecáveis são aspectos fundamentais. Além disso, é preciso saber diminuir custos, ser mais eficiente e inovar. Os pequenos negócios são 99% das empresas do Brasil e respondem por 27% do PIB e 52% dos empregos formais. A retomada do crescimento passa pelo fortalecimento deles. Infelizmente, em vez de avanços, teremos um ano perdido. Mas, após tantas crises, o brasileiro desenvolveu um grau de resiliência capaz de superar mais esta má fase. Bruno Caetano Diretor superintendente do Sebrae-SP Rua:- Sebastião Aparecido Silva, 3139 - Jardim Angela Rosa Franca - SP - CEP 14403-677 [email protected] - [email protected] Todos os seguimentos de Etiquetas, Rótulos, Filmes Flexíveis e Ribbons. Fone (16)3721-0590 - FAX (16)3702-2410 ClickACIF ESPECIAL Francal Antônio Carlos Gimenes Barbosa, Edson Molina, Alexandre Dalmas e Edmilson Menna, da Ponce Thales Garcia, da Mironelli Bruno Leme, Rafael de Aquino, Eurípedes Morais, Aluísio Pereira, Júlio César e Luis Felipe Martins, da Rafarillo Ronaldo Campos e Nilton Eurípedes de Lima, da Francalce Paulo César Gomes e Regina Celi Santos, da Gofer Divaldo Silva, José Clair Ferreira e Jureci Roque, da Jota Pê Caio Figueiredo, Paulo Gonzales e Joaquim Mello, da Art Mille Ailton Santos e Nazli Cofman, da Arte & Crença Antônio Maurílio Nunes e Célio Paulo, da Art Shoes Carlos Borges, Lucas Felipe e José Artur Motta, da Ponci Luiz Carlos Alves, Carlos Taveira, José Mário Fuga e Júlio César Ferreira, da Faccos Fernando Goulart e a filha Beatriz Astun, da Orcade Fernando Paschoal, com o sapato que entregou ao governador Geraldo Alckmin 36 www.acifranca.com.br Letícia Ferreira, do Marketing da Orcade Maikon Cintra, Rafael Cintra, Valter Cintra e Ronilson Andrade, da Rafarillo Valdemir Soares Paiva e Luis Carlos Araújo, da Júlia Marques Revista ACIF - Agosto 2015 37 FEIRAS 7ª Expoíntima e Franca Mais Moda: foco no negócio por atacado Fotos: Ednei Campos União das feiras segue modelo mundial que reúne diversos setores relacionados No ano passado, durante cinco dias de evento, três mil pessoas passaram pelos 41 estandes da feira. O resultado das negociações, realizadas a médio e longo prazo, somaram um faturamento para as empresas em torno de R$ 580 mil. Programação No dia 13 de agosto, a Expoíntima e a Franca Mais Moda abrem para o público às 10 horas. A abertura oficial acontece às 19 horas, com a presença de representantes das instituições organizadoras, empresários e autoridades. Em seguida, às 20 horas, haverá uma palestra com Beth Salles, fashion designer, consultora de moda da Avon e do Senac. Ela participa do evento pelo terceiro ano consecutivo e virá direto de Paris para falar sobre as tendências internacionais de moda. Já os desfiles, que exibem as peças de todos os expositores, acontecerão na sexta-feira (14), às 18h e 20h, e sábado (15), às 17h e 19h. Está programado ainda o sorteio diário, às 16 horas, de 10 vale-compras de R$ 500 entre os lojistas visitantes para serem utilizados nos estandes. A consultora de moda Beth Salles FERNANDA MARTINS A ACIF e a Prefeitura Municipal de Franca, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, promovem a 7ª edição da Expoíntima (Feira da Moda de Franca e Região) e a Franca Mais Moda (Feira de Vestuário e Acessórios de Moda), de 13 a 15 de agosto, das 10h às 22h, no Castelinho. Uma das novidades desta edição é que as feiras seguem uma tendência mundial de eventos de negócios, que reúne diversos setores relacionados, e passam a ser exclusivas para os lojistas com foco nas vendas por atacado. “As feiras trilham o caminho da profissionalização e a ACIF mais uma vez apoia esta iniciativa, com o intuito de fortalecer o segmento de confecção da nossa cidade, que cresce a cada dia”, ressalta Letusa Sartori, coordenadora de Marketing da Entidade. Pelo terceiro ano consecutivo, a ACIF realiza o evento, em parceria com a Prefeitura de Franca, Senac, Senai e Sebrae-SP. São 30 estandes com expositores dos segmentos de moda íntima, moda praia, fitness, vestuário, uniformes, acessórios (carteiras e bolsas), tecidos, bojos, embalagens, aviamentos e máquinas para o setor. O diretor da Divisão de Indústria, Comércio e Serviços Deyvid Silveira ressalta que nas edições anteriores o Franca Mais Moda era um curso e que agora, ao se transformar em feira, possibilitou ao evento abranger mais segmentos seguindo uma tendência mundial de feiras de negócios. “Neste universo de empreendedores do setor temos 335 empre- 38 www.acifranca.com.br sas francanas que empregam 1300 funcionários. Este tipo de feira otimiza custo tanto para o lojista visitante, que tem a oportunidade de visitar mais fornecedores e comprar produtos relacionados, quanto para o expositor, que tem novas oportunidades de negócio”, avalia Deyvid. Esta mudança no formato é vista como positiva pelos organizadores, que esperam receber quatro mil visitantes de 70 cidades do interior de São Paulo e sul de Minas Gerais, e promover R$ 600 mil em negócios concretizados e futuros. Para isso, a divulgação da 7ª Expoíntima e da Franca Mais Moda vai abranger quatro milhões de pessoas. Revista ACIF - Agosto 2015 39 INTERNET Aplicativos funcionam como vitrine para bares e restaurantes Plataforma de compra de alimentos em smartphones é opção para vender mais e ser visto ANA LUIZA SILVA C om o avanço da tecnologia, alguns comportamentos vão ficando para trás dando lugar a outros que atendem as nossas necessidades atuais. E tudo tem acontecido de maneira rápida, quase na velocidade da luz. A bola da vez são os smartphones, que ganharam espaço na vida das pessoas de todas as idades. Com a internet na palma da mão e clientes ávidos pela rapidez e facilidade, cerca de 30 restaurantes e lanchonetes de Franca já se renderam aos aplicativos de pedidos de comidas online. Para algumas empresas, essas vendas ainda não representam uma fatia alta de seu faturamento, mas significam vários passos em direção ao futuro dos negócios. De acordo com uma pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas), já existe um smartphone para 40 www.acifranca.com.br cada pessoa no planeta. Mais da metade dos brasileiros já está conectada e o Brasil é o 4º país que mais “consome” smartphones. Com o poder desses aparelhos, milhões de aplicativos já foram criados e muitos são aliados das empresas na hora de vender. Em Franca, dois apps – como também são chamados os aplicativos – de comidas online caíram no gosto popular: o iFood, que surgiu em janeiro de 2011, e o Papa Rango, no mercado desde outubro de 2013. Ambos são do mesmo grupo e atuam em 15 estados do País. O mercado de entrega de comida em casa no Brasil deve movimentar R$ 9 bilhões em 2015, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Cerca de 10% desse total virá de pedidos feitos por meio de sites e aplicativos. Há 12 anos no mercado francano, o Moinhos Bar e Restaurante foi um dos primeiros a aderir aos aplicativos ao ser procurado pelo Papa Rango. O proprietá- rio Osmar Angonese acha interessante a proposta das vendas pelo celular. Uma impressora do aplicativo fica na empresa e conforme o internauta compra, a máquina imprime o pedido. Não há contato com ninguém do restaurante. “Querendo ou não agrega nas vendas, pois se eu vender um prato que seja considero que faturei algo que poderia não ter faturado se estivesse fora da plataforma. Somos vistos na internet por pessoas que não são clientes assíduos, de frequentar o bar. São novos clientes e isso é bastante interessante, pois a internet é uma vitrine e quem não está nela não é visto”, diz Osmar. Membro do núcleo Sabores da Franca, do Programa Empreender da ACIF, o restaurante Mr. Chang faz parte do Papa Rango há dois anos. Segundo o sócio-proprietário Ricardo Nakamura é necessário participar das plataformas que a internet dispõe, pois além de ser um canal a mais de vendas é uma maneira de ser visto também pelos internautas. Ele revela que as vendas pelos apps ainda corresponde a 5% de seu faturamento mensal, mas considera o número válido. “Hoje quem não estiver também na rede mundial de computadores será engolido pela concorrência. O povo de Franca ainda não acostumou a comprar tanto pela internet em nosso estabelecimento, mas só o fato de estar nessa plataforma já nos coloca à frente no mercado, pois o futuro será este. Sem contar que esse número é altamente crescente, mas é necessário ter paciência”, ressalta Ricardo. A Cascata Pizzas, com cinco lojas em Franca, também se rendeu aos apps. O proprietário Lincoln Israel optou em divulgar sua empresa por acreditar que essa é uma tendência global. “Tenho um volume considerável de vendas pela internet, mas é algo ainda irrisório. Esse é o futuro, então se eu não estiver lá, o meu concorrente poderá estar e aí eu fico esquecido. Percebi que a maioria das pessoas que compram pelo aplicativo já são clientes, mas migraram para os smartphones”, conta. 42 www.acifranca.com.br O Grupo iFood, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que as pessoas demandam cada vez mais soluções tecnológicas facilitadoras e conectadas com as tendências, por isso o desenvolvimento do aplicativo vai ao encontro desta necessidade e oportunidade. “As pessoas têm muito pouco tempo livre para se organizar e o aplicativo possibilita que elas se alimentem com praticidade, rapidez, segurança e conforto”, diz. Para participar dos apps iFood e Papa Rango, a empresa deve entrar em contato com o grupo. A partir daí é realizada uma avaliação do potencial do cliente, baseada na quantidade de motoboys e de pedidos por telefone que o restaurante tem. Em seguida, o restaurante é integrado à plataforma e o cardápio, as formas de pagamento e horários de funcionamento do estabelecimento são inseridos dando início à divulgação. Tudo para sua Limpeza, Produtos, Vendas de Máquinas, Alugueis e Manutenção de Equipamentos. Vantagens dos apps ►► ►► ►► ►► ►► ►► ►► ►► Tempo Conveniência Pagamento no móbile Cardápio sempre no ar Entrega em qualquer endereço Informações sobre o restaurante Possibilidade de agendamento do pedido Consciência ambiental - elimine os panfletos Tapetes Personalizados. (16) 3012-4662 (16) 99374-2090 [email protected] www.casabrancadistribuidora.com.br ESPORTE Nova governança do Franca Basquete conta com apoio dos empresários Patrocínio de placas, sócio torcedor e lotes de ingressos para os jogos são algumas das ações que estão sendo propostas O Franca Basquete começou a temporada 2015/2016 totalmente renovado. O novo time e a nova governança foram apresentados à imprensa no dia 3 de julho, na sede da ACIF, uma das entidades que está à frente do projeto de reestruturação do clube e integra o Conselho Deliberativo. Com as contas em dia e um trabalho transparente, a Diretoria Executiva do Clube espera contar agora com o apoio dos empresários francanos nas ações que serão promovidas como a compra de lotes de ingressos para os jogos, o patrocínio de placas e o sócio torcedor. “Pretendemos atuar de forma totalmente profissional, cumprindo o orçamento, com total controle dos gastos, valorizando a marca Franca Basquete, desenvolvendo ações de marketing e fortalecendo a participação do torcedor”, avalia Luís Aurélio Prior, presidente do Clube e também vice-presidente da ACIF. Segundo ele, os empresários francanos precisam se engajar nesta causa nobre e colaborar de alguma forma a fim de preservar a história do Franca Basquete. “O apoio da classe empresarial é muito importante neste momento. Todos podem ajudar participando das ações que vamos promover como patrocínio de placas no Poliesportivo, adquirindo pacotes do programa sócio torcedor e na compra de ingressos dos jogos para distribuir aos colaboradores e clientes”, diz Prior. De acordo com o presidente, a despesa mensal do clube é em torno de R$ 220 mil e a meta é manter em cada jogo uma média de quatro mil torcedores, com arrecadação mínima de R$ 60 mil, valor que ajudaria a pagar as despesas do Franca Basquete. Todas estas ações estão sendo planejadas com foco no Campeonato Paulista, no NBB (Novo Basquete Brasil), que é a liga oficial do Campeonato Brasileiro de Basquete, e na Liga Sul-Americana. “O Franca Basquete pertence à nossa cidade. Peço que todos os francanos apoiem e participem, tornando sócio torcedor e comparecendo aos jogos”, finaliza Prior. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3713-1000. 44 www.acifranca.com.br Reestruturação do Clube D Basquete para o triênio 2015/2018 e acordo com Carlos Renato quete. Após negociação com os e criou-se o Conselho Consultivo Donzelli, diretor da holding credores, que aceitaram reduzir o e o Conselho Fiscal para fechar a do Magazine Luiza – empresa covalor do déficit, a situação finangovernança do clube com uma formandada por Luiza Helena Trajano ceira do clube foi resolvida e uma e uma das responsáveis pelo novo gestão profissional foi implantada mação profissional e hierárquica. projeto do Franca Basquete - o clube no Franca Basquete. Outra preocupação do comicorria o risco de abandonar o NBB O antigo Conselho Delibetê gestor foi a criação de um pla- Novo Basquete Brasil por falta de rativo foi licenciado e criou-se, nejamento de marketing e de um recursos para honrar os salários dos atletas então contratados. Ele explica que para que o Franca Basquete não perder sua vaga no torneio nacional e fechar as portas, criou-se um comitê gestor formado por empresários da cidade, que tinham como missão reestruturar a equipe francana. O primeiro passo foi a negociação dos salários contratuais com os jogadores em atuação. “Após algumas reuniões, os atletas aceitaram permanecer honrando a camisa francana durante a temporada 2014/2015 do NBB recebendo 50% do valor de contrato. Terminamos o NBB na quinta colocação e com a vaga na Sul AmericaO Conselho Deliberativo do Franca Basquete é formado por representantes de entidades na. Esses atletas foram e da Prefeitura; a ACIF também está à frente da reestruturação do Clube guerreiros. Só uma cidade com a história de Franca no basquete conseguiria então, uma nova forma de goverplano de ações sociais para fortaisso”, ressaltou Carlos Renato. nança no clube. Um novo Conselecer ainda mais o basquete na ciGraças ao apoio do Sicoob lho Deliberativo foi formado com dade e reforçar o título de Franca Cred-ACIF, o comitê conseguiu representantes da ACIF, Sindicomo Capital do Basquete. Para um empréstimo de R$ 900 mil isso, o clube assinou contrato com franca, Prefeitura Municipal de para quitar as dívidas, que chegaa Koch Tavares, uma das mais conFranca, Magazine Luiza e OAB. Com os membros nomeados, elevam à quase R$ 2 milhões, e receituadas empresas de marketing esportivo do mundo. erguer o time da Capital do Basgeu-se a nova diretoria do Franca Revista ACIF - Agosto 2015 45 O time Na formação do novo time para a temporada 2015/2016, o técnico Lula Ferreira explica que quatro jogadores das categorias de base foram mantidos na equipe e serão utilizados no elenco adulto: Alexey Borges, Pedro Mendonça, João Pedro Demétrio e Eduardo Marques. Antônio Elpídio Ferreira, que atualmente defende a Seleção Brasileira no Universíade, foi o único nome a permanecer no time adulto em relação ao elenco anterior. Para compor a equipe, o treinador optou por trazer três jogadores que já haviam defendido o Franca Basquete em temporadas anteriores: Cauê Borges, Mateusinho e Douglas Kurtz. Para finalizar o elenco foram escolhidos o armador Thiaguinho, que estava em Sorocaba, os alas Bruno Irygoen e Schnaider, que atuavam no Minas Tênis Clube e Campo Mourão, respectivamente, e os pivôs Matias e Erick, ex-atletas do Bauru e Basquete Cearense. Lula Ferreira afirmou estar feliz com a equipe formada por ser um time com alto potencial de crescimento, com jovens talentos, que irão honrar a camisa e a tradição de Franca e evoluir muito. “Acredito em cada um dos atletas que está aqui hoje. Eles foram escolhidos a dedo e com muito carinho por fazerem parte da filosofia do basquete francano. Vamos treinar pesado e honrar a história do Franca Basquete”, ressalta. A empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, liderou o comitê gestor formado por empresários da cidade em prol do basquete O atual presidente do Franca Basquete Luís Aurélio Prior (último, à direita) e sua Diretoria Executiva O técnico Lula Ferreira (ao centro) com os jogadores que formam o novo time 46 www.acifranca.com.br BEM-ESTAR Mulheres empresárias e mães: é possível ter uma alimentação saudável? Nutricionista dá dicas para alimentação da família durante a rotina agitada do dia a dia ANA LUIZA SILVA N os últimos anos a mulher conquistou efetivamente o seu espaço no mercado de trabalho, mas essa conquista trouxe alguns desafios. Pela sua versatilidade, a mulher desenvolve vários papéis: profissional, mãe, esposa e dona de casa. Com isso, a carga horária de trabalho é multiplicada e, na maioria 48 www.acifranca.com.br das vezes, os cuidados com a sua própria qualidade de vida acabam em segundo plano. Em longo prazo, essa atitude é prejudicial à saúde e por isso esta edição da Revista ACIF traz importantes dicas de uma nutricionista para auxiliar as mulheres empreendedoras e seus filhos a cuidar de sua alimentação no dia a dia. A vida corrida e a falta de atenção na hora de se alimentar gera diversos problemas para a mulher como o sono prejudicado, metabolismo desequilibrado e a saúde afetada. A má alimentação acarreta ainda o aumento da pressão arterial, alterações hormonais e tudo isso pode levar à baixa autoestima com o aumento de peso e ainda causar problemas de depressão, estresse e até o câncer. Na falta de tempo, a nutricionista Luciana Maristela da Silva Gadi defende a produção de marmitas para toda a semana. Com a escolha de uma base de proteína por dia como peixe, carne, frango e ovos, a mulher pode optar entre arroz e feijão, macarrão ou purê de batata para compor a marmita. Legumes e verduras devem dar o toque final no prato e sem economia. “É importante que a mulher faça um cardápio semanal para não perder tempo ao longo da semana e reserve algumas horas para preparar, separar em pequenas porções e congelar. Poupa de frutas, feijão, molho de tomate e temperos podem ser preparados antes e guardados na geladeira. Legumes podem ser pré-cozidos por três minutos e congelados para uso posterior. Prefira carnes frescas e separe em pequenas porções para congelar. As folhas devem ser lavadas e separadas em potes”, explica a nutricionista. A profissional lembra a importância de se alimentar de três em três horas. Nesses períodos podem ser consumidos alimentos como barra de cereal, frutas naturais e cristalizadas, castanhas e iogurtes. São saudáveis e auxiliam o organismo a se manter em ordem. Para as mães que amamentam, Luciana ressalta que até os seis meses do bebê a amamentação deve ser exclusiva. De acordo com a profissional, a má alimentação, principalmente enquanto a mulher amamenta, pode causar problemas tanto para ela quanto para o bebê. A preocupação deve ser redobrada, pois tudo que a mãe ingerir vai para o bebê através do leite. Após esse período, a papinha deve ser introduzida aos poucos, com a inserção de alimentos um a um para depois oferecê-los misturados. “Esse deve ser um processo gradativo, então a mãe deve dar uma papinha de batata-salsa, depois de cenoura e por aí em diante, para depois oferecer todos esses alimentos juntos. Dessa maneira, a mãe observa se o filho tem alergia a algum tipo de legume ou fruta. Isso deve ser feito também com os sucos. As quantidades também devem ser dosadas”, explica a nutricionista. Alimentação das crianças O hábito alimentar da criança depende principalmente do que a mãe oferece, afirma a nutricionista Luciana. Segundo ela, as crianças só comem o que é oferecido e o paladar é desenvolvido ao longo do tempo. A dica é que o doce seja apresentado tarde à criança. “O comportamento alimentar é desenvolvido em grande parte nos dois primeiros anos de vida. As preferências alimentares pelo doce, salgado ou cítrico são adquiridas pelo aprendizado nessa fase. É importante que seja oferecida à criança apenas alimentos saudáveis. O doce, quanto mais tarde melhor, pois ele é uma substância que em longo prazo traz prejuízos à saúde”, defende Luciana. A especialista afirma que para saber se a criança gosta ou não de determinado alimento é preciso que ela tenha experimentado pelo menos 12 vezes e de todas as formas, por exemplo, batata cozida na salada, no molho, frita, na carne, enfim, é necessário fazer esse teste para depois desistir de oferecer. Outra dica é para as mães abusarem da criatividade com as crianças na hora das refeições. “É importante mostrar para a criança que o que ela vai comer é atrativo e gostoso. Então pode fazer uma cabeça de boneco com arroz, o nariz com cenoura, os olhos com tomate, pepino ou milho e o cabelo de carne desfiada ou alface. Tem que ter criatividade para driblar os pequenos”, ressalta Luciana. A nutricionista chama atenção para um problema cada vez mais constante na vida das famílias: a falta de rotina. “É importante ter rotina para acordar, comer e dormir a fim de não prejudicar a saúde. Horários para as refeições devem ser quebrados apenas para os bebês”, defende. Ednei Campos A nutricionista Luciana Maristela S. Gadi defende a produção de marmitas para toda a semana Dicas para alimentação equilibrada Almoço Fuja das frituras, molhos, salgados e alimentos gordurosos. Busque alternativas que contém mais variedades de saladas, incluindo sempre o máximo de verduras como acelga, couve, alface ou rúcula, além do legume como cenoura, beterraba, pepino ou berinjela. Os legumes e verduras devem somar 50% do prato. Incorpore carboidratos, de preferência integrais como o arroz ou o macarrão, mas em pequenas porções. Uma proteína também deve estar no prato, evitando sempre os alimentos fritos e à milanesa. Carne branca ou vermelha grelhadas, ovos e queijos mais brancos também ajudam na construção dos órgãos, tecidos e células saudáveis. Lanchinhos É necessário comer de três em três horas. Uma barra de cereal, uma fruta com aveia ou chia, saladas de frutas, frutas cristalizadas, porções de castanhas, um iogurte, chás e bolinhos integrais. Jantar O jantar deve ser leve e evitar a ingestão de carboidratos. Sopas e saladas com grelhados são opções para a refeição da noite. Fonte: Nutricionista Luciana Maristela da Silva Gadi Revista ACIF - Agosto 2015 49 Ednei Campos DIRETORIA Lucely Bertelli Fernandes de Macedo: emoção e entusiasmo a favor da diversidade Diretora de Serviços da ACIF desde 2009, empresária e professora de inglês comanda a escola de idiomas CCAA H á seis anos, Lucely Bertelli Fernandes de Macedo, de 61 anos, aceitou um importante desafio: integrar a Diretoria Administrativa da ACIF, até então composta apenas por homens. Sua sensibilidade, emoção e dinamismo fizeram a diferença em várias questões tratadas neste período e, mesmo em pleno tratamento contra um câncer, a professora e empresária manteve-se firme e sempre à disposição do trabalho voluntário na Entidade, sendo exemplo de que é possível se reerguer após uma adversidade. Formada em Letras – Português/Inglês, Lucely está à frente do CCAA há 39 anos e há mais de 20 anos ministra aulas para o Ensino Médio de uma escola particular em Franca. Ela também atua, desde a sua criação, no CME (Conselho da Mulher Empreendedora) da ACIF e é presidente da Acifran (Associação dos Cursos de Idiomas de Franca). Revista ACIF – Quem é a Lucely? Lucely Bertelli Fernandes de Macedo – Sou de Manduri, uma cidadezinha a oeste de São Paulo, porque meu pai era gerente de banco, casou-se e foi transferido para lá. Eu tinha 3 anos quando voltamos para Patrocínio Paulista onde morei até os 19 anos, quando me casei e passei a morar em Franca. Meu marido, Carlos Macedo, é artista plástico e tenho dois filhos: a Sabrina, que é arquiteta e trabalha comigo no CCAA, e o Lucas, que é médico infectologista aqui na cidade. Também sou avó de dois netos. RA – Como surgiu a ideia de abrir a escola? Lucely – Conheci o material do CCAA, escola de inglês e espanhol, por meio de uma amiga que trouxe de uma feira de livros. Ficamos encantadas com a metodologia e então escrevemos uma carta para a empresa pedindo para comprar o material para ensinar aos nossos filhos. Foi quando nos fizeram a proposta de abrir uma franquia em Franca. Esse ano completamos 39 anos de atuação e já tenho alunos que são netos dos meus ex-alunos, o que me deixa muito feliz e cheia de orgulho. RA – Como foi passar de professora a empresária? Lucely – Foi natural. Ao voltar para Patrocínio Paulista meu pai deixou o banco e abriu uma loja. Cresci vendo-o administrar essa loja e aprendi a atender clientes e a fazer conta, calcular custos. Ser professora proporciona uma facilidade muito grande em lidar com as pessoas. Sou muito agregadora, sempre participei de grupos de estudo, de jovens... Então não foi muito difícil desenvolver este lado da gestão, da empresária. Na área de ensino é mais complicado separar a emoção da razão. Há que procurar o equilíbrio. O que torna a questão da gestão apaixonante. No fundo, a busca de todos é pela felicidade, pelo bem-estar. E se você 50 www.acifranca.com.br estiver feliz onde está, vai fazer tudo bem, com dedicação e amor. Não podem faltar também amigos e bons relacionamentos. RA – Hoje você é totalmente realizada? Lucely – Sim. Porque sou feliz com o que faço. Mas não acomodada. Sou inquieta por natureza. Estou sempre procurando ações em que eu possa estar junto das pessoas, principalmente de outras atividades. Adoro a diversidade, trabalho muito isso com as minhas equipes, que é uma qualidade que chamo de alteridade, ou seja, você aceitar a diferença, respeitá-la, conviver e aprender com ela. Isso está faltando em nosso País, onde temos um governo que separou a sociedade por rótulos e cotas. Na minha infância nunca prestávamos atenção se a pessoa era branca, negra, amarela... todo mundo era igual. Preconceito sempre existiu, mas não havia essa tendência de rotular, cotizar. RA – Então você é contra a Lei das Cotas? Lucely – Sou contra porque acho que precisamos procurar o que nos une, já temos muitas coisas que nos separam. Somos seres humanos iguais, indiferentemente de cor de pele, crença, sexo. Sou a favor da meritocracia, acredito que é por mérito que as pessoas precisam chegar aonde querem chegar. As cotas reforçam o preconceito, porque a pessoa tem que provar a sua diferença e não seu conhecimento ou habilidades para atingir seus objetivos. Sou espiritualista, e acredito que não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual neste planeta, e sim espíritos vivendo temporariamente uma experiência humana. Me preocupa muito esse projeto de governo que existe há 12 anos, porque para você se apropriar da estrutura de um país e seu povo é preciso, antes, tomar a sua cultura e a sua forma de pensar, e é o que está se fazendo. RA – O que mais te preocupa em relação ao governo? Lucely - Essa hegemonização editorial que as escolas estão trabalhando. E têm também as questões de gênero, que considero abominável. Existem experiências, por exemplo, em escolas que só têm banheiro único e muitas crianças e jovens sentem-se desconfortáveis com isso. Não tenho preconceito. Respeito todo tipo de relacionamento, mas não concordo que se deva rotular um ser apenas pela sua preferência sexual. Biologicamente nascemos homem e mulher e você mudar isso só pela escolha sexual é muito pesado, não é necessário. Então quando você começa a tomar a cultura e a forma de pensar de uma sociedade, você cria todas as condições favoráveis para uma situação que não acho saudável. Isso me preocupa porque não vejo nem em países onde há muito preconceito. O cenário político e econômico é delicado. Só o voto consciente, não obrigatório, e políticos realmente comprometidos com o bem-estar da população podem mudar isso. Mas acredito que estamos caminhando para isso. Foi do caos que surgiu o Universo. RA – Como começou a sua participação na ACIF? Lucely – Me tornei associada na década de 80. Eu utilizava a livraria e posteriormente a videoteca. Depois me associei à Cred-ACIF e fui a primeira empresa a desenvolver o projeto para que os pagamentos dos alunos fossem efetuados via boleto bancário emitido pela cooperativa. Em 2005 fui convidada a ajudar na criação do CME (Conselho da Mulher Empreendedora) da ACIF, onde estou até hoje. Na primeira gestão do José Alexandre Carmo Jorge, em 2011, passei a integrar a Diretoria Administrativa como diretora de Serviços, cargo que exerço também na gestão do Mourão. RA – Como foi atuar sendo a única mulher na Diretoria? Lucely – Fui convidada num momento maravilhoso porque eu estava fazendo tratamento contra um câncer de mama. É um momento em que ter pessoas que acreditem na sua capacidade de trabalho, de somar e contribuir lhe dá forças e energia necessárias para enfrentar a doença e combatê-la. A princípio tive certa dificuldade porque a visão masculina é diferente do olhar feminino. Mas logo percebi que a diversidade ali não se restringia apenas à questão de gênero. Ela ia além, e era muito produtiva. Senti que consegui passar em vários momentos a minha visão feminina e acho isso muito bom, que a gente se iguale. Acredito que se a mulher quer que o homem perceba que ela é igual a ele, não pode afastá-lo dela. RA – Como você vê o trabalho que presta em prol da classe empresarial? Lucely – Sou apaixonada pelo trabalho voluntário. Você pode criar, experimentar, conhecer pessoas e isso te ajuda a crescer em áreas diversas. Aqui aprendi muito sobre gestão e a união em torno de uma ideia/associação: pessoas totalmente diferentes, de formação intelectual, social, cultural e econômica que juntas conseguem mudar e melhorar o ambiente, uma empresa, uma comunidade. No entanto, pude ver que o empresariado francano está carente de projetos mais formais e melhor elaborados de educação em gestão, em cultura, em conhecimento. Ele precisa entender que aqui é a casa dele, o local onde vai encontrar o suporte e as soluções de que precisa. RA – Como você analisa essa crise política e financeira que estamos vivendo? Lucely - Hoje temos um governo que suga o empresariado. O que aconteceu nos últimos 12 anos foi a tentativa de gerar felicidade e bem-estar para uma parcela da população que vivia à margem do mercado, só que para isso acabou oprimindo e derrubando a classe produtiva do País. A melhor bolsa-família é o salário e o emprego, não é a cesta básica. Nós, empresários, precisamos ter forças, preparo e continuar buscando sempre a participação em movimentos associativos. São fases que vêm para derrubar e recomeçar. Muitos poderão não sobreviver por acreditarem num modelo de gestão solitária. Eu brinco que o empresário, ao invés de proprietário, é “próprio otário” do negócio. Abrir uma empresa e gerar empregos tornou-se uma tarefa para heróis. Nossa legislação protege muito o trabalhador e muito pouco o empregador. RA – Você é um exemplo de que sempre é possível recomeçar, certo? Lucely – Sim. Em 2009 tive um câncer de mama, depois uma metástase óssea no quadril, o que me fez recomeçar o tratamento um ano e meio depois do término do primeiro. Continuo fazendo quimioterapia, a cada 21 dias. Gosto de falar desse assunto porque descobri que o remédio é só 10% da cura e o restante está na cabeça, no seu interior. O câncer é um mal que você constrói ao longo dos anos com o seu modo de pensar, de viver, mas sem perceber. A única alternativa para a cura é enfrentá-lo. Eu não tenho medo e o enfrento até ele cansar de mim. Revista ACIF - Agosto 2015 51 MOMENTO JURÍDICO As novas regras das aposentadorias C om a edição da Medida Provisória nº 676, de 18 de junho passado, passou a viger os novos parâmetros para a obtenção dos benefícios da aposentadoria concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Em que pese não estarem claras as novas regras para a aposentadoria, em linhas gerais deverá ser adotada a fórmula 85/95, qual seja, para as mulheres a soma do tempo de contribuição com a idade deverá atingir 85, com o tempo mínimo de contribuição de 30 anos. Para os homens 95, com o tempo mínimo de contribuição de 35 anos. Embora o texto da Medida Provisória não seja claro, se presume que a fórmula criada pelo Ministério da Previdência Social de 85/95 seja uma alternativa ao chamado “fator previdenciário”. A referida MP 676/2015 prescreve que a fórmula 85/95 prevaleça até 31 de dezembro de 2016; a partir daí será 86/96. A partir de 2019 será de 87/97 até 2022, quando passará a vigorar a de 90 para as mulheres e 100 para os homens. Evidentemente, por se tratar de Medida Provisória, ela deverá passar pela apreciação do Congresso Nacional, que poderá manter na sua íntegra, ou então, reformar o seu texto. Com relação à aposentadoria por idade não houve modificações na legislação então vigente, que exige no mínimo 180 contribuições mensais e a idade mínima de 60 anos para as mulheres e 65 anos para os homens. 52 www.acifranca.com.br Nessa nova regra de 85/95 fica mantido o fator previdenciário caso o contribuinte não tenha a idade mínima para receber os benefícios da aposentadoria, que será calculado tomando-se por base o tempo de contribuição do trabalhador, a alíquota de contribuição, a expectativa de sobrevida do trabalhador na data da aposentadoria e a idade do trabalha- é a r o Ag rtir só cua vida! dor na data da aposentadoria. De toda forma, importante buscar orientação com profissionais da área à época de se requerer a aposentadoria, uma vez que essa equação é bastante intrincada e, se não aplicada corretamente, poderá acarretar perdas consideráveis no benefício a ser pleiteado. TIRE SUAS DÚVIDAS Um show de qualidade em todos os ambientes 1 - Qual o prazo para cobrança da nota promissória? A nota promissória é um título por meio do qual alguém se compromete a pagar determinada quantia em dinheiro a outrem, dentro de um prazo pré-estabelecido. É uma Fone: (16) 3703-2051 / 3018-1389 Av. Orlando Dompieri, 2010 Jardim Barão - Franca/SP Em frente ao Banco do Brasil espécie de título de crédito, tendo por isso força executiva. A nota promissória será emitida pelo próprio devedor, sendo que o seu portador ou possuidor (credor), em caso de não pagamento na data aprazada, poderá ajuizar a respectiva ação executiva para recebê-la dentro do prazo de três anos a contar de seu vencimento. 2 - Como efetuar a troca de produtos com defeito? O prazo de troca de produtos com defeito é um direito garantido a todos os consumidores pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor). É importante que o consumidor saiba que os fornecedores e fabricantes têm 30 dias, a partir da reclamação, para sanar o problema do produto. Após este período, deve-se exigir um produto similar, a restituição ime- diata da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço, conforme art. 18 do CDC. Vale lembrar ainda que essas exigências podem ser feitas antes dos 30 dias se a substituição das partes com defeito puder comprometer as características do produto, diminuir-lhe o valor, ou quando se tratar de um “produto essencial” (como a geladeira, por exemplo). 3 - Qual o prazo de arrependimento para as compras realizadas via internet ou telefone? Q uando a aquisição de produto ocorrer fora do estabelecimento comercial (por telefone, em domicílio, através de internet ou por outro meio similar) o consumidor tem o prazo de reflexão de sete dias corridos, a contar da data do recebimento do produto ou assinatura do contrato, para desistência, de acordo com o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor. A con- 54 www.acifranca.com.br tagem do prazo inicia-se a partir do dia imediatamente posterior à contratação ou recebimento do produto. No Estado de São Paulo, o art. 1º, § 2º da Lei 14.516/11 permite a desistência em sete dias úteis, contados a partir do recebimento do contrato, se a compra foi realizada por meio de “call center” ou outra forma de venda a distância. Para exercer o direito de arrependimento, o consumidor deve formalizar o pedido ao fornecedor. Se entregar carta, protocole uma via. Se optar pelo correio, envie com aviso de recebimento. Se o contato for por telefone, anote o número do protocolo e o nome do funcionário que fizer o atendimento. Se enviar e-mail imprima a mensagem. Por fax, guarde o pedido com o comprovante da remessa. ASSESSORIA JURÍDICA ACIF Agende a visita gratuita de um advogado da Entidade na sua empresa MANDE SUAS DÚVIDAS QUE SERÃO ESCLARECIDAS NA PRÓXIMA EDIÇÃO [email protected] / (16) 3711-1724 Fotos: Ednei Campos GASTRONOMIA Restaurante Arroz com Feijão apresenta Gravad Lax: o salmão enterrado Cardápio do local é feito semanalmente e conta com comida caseira e contemporânea ANA LUIZA SILVA C om 28 anos de existência, o restaurante francano Arroz com Feijão tem a inovação e a persistência como lemas. Localizado no Centro em sede própria, os empresários José Tadeu Faleiros e Tiago Faleiros, pai e filho, trabalham duro para que seus clientes possam ter um ambiente aconchegante, cardápio variado e de qualidade. Mas no início do negócio familiar, o local era pequeno e sem muito glamour, com receitas caseiras. O mercado mudou e os proprietários também tiveram que acompanhar. Atualmente o patriarca cuida do setor administrativo e o filho é quem está à frente do dia a dia do restaurante. Mas nem sempre foi assim. O sonho de abrir seu próprio negócio tirou Tadeu de um emprego estável no Magazine Luiza com salário alto. Segundo ele, naquela época existiam poucos restaurantes na cidade e os clientes não eram tão exigentes. Casado e com três filhos pequenos, ele decidiu abrir sua empresa paralela ao emprego fixo. “Eu viajava muito e sempre quis ter um negócio. E para realizar o sonho eu tive que arriscar. Passei os primeiros oito meses com muita dificuldade financeira, o que ganhava no dia era para comprar os produtos para o dia seguinte, mas depois desse período eu e minha mulher Vitória já estávamos colhendo bons frutos do restaurante”, recorda Tadeu. Durante as suas viagens a trabalho, ele percebeu nos grandes centros o que tinha de mais atual na área da alimentação e foi aí que implantou o self-service. Anos mais tarde outra novidade: o Arroz com Feijão passou a aceitar o vale-alimentação. Para o empresário, inovar é preciso e deve ser constante. Há três anos o restaurante ganhou nova casa. Com um projeto arquitetônico arrojado e elegante e já com Tiago ao lado do pai. Formado em turismo e pós-graduado em gastronomia, ele diz que sua função é dar continuidade ao trabalho e sonho de Tadeu. No comando de 17 funcionários, o jovem empresário, que cresceu no restaurante vendo o pai e a mãe trabalharem, aprendeu a tomar gosto pelo negócio. “Eu me formei numa área que tem relação com o restaurante e fiz cursos que pudessem me ajudar a tocar o negócio”, afirma. Atualmente, o Arroz com Feijão tem oferecido a seus clientes mais opções de atendimento. Esse ano a novidade foi abrir nas noites de junho a agosto servindo pratos a la carte. E o restaurante tem ainda o serviço de bufê para eventos, casamentos e aniversários. 56 www.acifranca.com.br O menu é outro diferencial. Segundo Tiago, semanalmente é feito um cardápio para oferecer aos clientes. “Há o trivial, a comida caseira, mas há também algo sempre rebuscado como a maminha com provolone, tabule com frutas secas e uma releitura do JK (prato tradicionalmente francano). Buscamos sempre o melhor, pois além de gostarmos do que fazemos queremos oferecer algo com a nossa cara”, ressalta o empresário. Para esta edição da Revista ACIF, o restaurante Arroz com Feijão apresenta um prato que faz parte do seu cardápio, é muito saboroso e fácil de fazer: o Gravad Lax - salmão enterrado. De origem escandinava, a receita é feita com salmão fresco e utiliza poucos ingredientes. INGREDIENTES ►► 1,5 quilo de salmão fresco ►► 70 gramas de sal grosso ►► 70 gramas de açúcar cristal ►► Pimenta do reino a gosto ►► Endro ou cheiro verde a gosto ►► Raspas de limão a gosto MODO DE PREPARO Abra o salmão e tire a pele inteiramente. Distribua a mistura do sal grosso com o açúcar nas duas partes da peça. Salpique a pimenta do reino moída com as folhas do endro picadas ou o cheiro verde. Enrole o salmão em um papel filme e faça pequenos furos com o auxílio de uma agulha para que a cura possa escorrer. Leve a geladeira em uma assadeira por 24 horas. Na metade desse tempo é necessário virar a posição do salmão. Nesse período que ele ficar na geladeira, o salmão vai perder a umidade e ganhar mais sabor. Após esse tempo de cura, retire o plástico e lave com água corrente para tirar o excesso de sal e açúcar, mas somente o excesso. Seque o salmão com papel toalha e corte em fatias, tipo sashimi. Cubra as fatias com azeite extravirgem, jogue o cheiro verde ou endro picados e acrescente as raspas de limão. O prato pode ser servido com soul creme (que é um creme azedo) ou coalhada seca. Esse salmão pode ser acompanhado com salada ou pão italiano e torrada. A bebida deve ser vinho branco ou espumante. Revista ACIF - Agosto 2015 57
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