Linha 2: Visões da Modernidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: VISÕES DA MODERNIDADE (2016/2)
PROF. SÉRGIO DA MATA
Ementa: "Modernidade" é um conceito histórico e de época. Sua caracterização, entretanto, está longe de ser
consensual. Se para alguns se trata de um projeto inacabado, para outros ela já se tornou passado. Uma
terceira corrente advoga que a modernidade significa um processo inexorável de pluralização de formas e
projetos existenciais, do qual não nos emancipamos ainda. Criticada por aqueles que nela veem a vitória de
um projeto homogeneizador e ocidentalizante, defendida pelos que consideram seu legado do ponto de vista
da conquista das liberdades individuais e democráticas, a modernidade mantém sua condição de enigma para
o pensamento histórico. Em conformidade com a diversidade de diagnósticos em questão, a modernidade
será abordada nessa disciplina enquanto um problema sociológico, histórico-filosófico e historiográfico.
APRESENTAÇÃO DO CURSO
O conceito de modernidade
 KOSELLECK, Reinhart. Quão nova é a modernidade? In: _____. Estratos do
tempo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014, p. 209-222.
 EISENSTADT, S. N. Modernidades múltiplas. Sociolologia, Problemas e
Práticas, n. 35, p. 139-163, 2001.
Genealogia do sujeito moderno
 WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Cia
das Letras, 2004.
Modernidade e capitalismo
 SIMMEL, Georg. Filosofia do dinheiro (prefácio e excerto cap. 6)
 PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014
(caps. 3 e 4)
Modernidade epistemológica e historicização
 ASSIS, Arthur Alfaix. What is History for? Johann Gustav Droysen and the
Functions of Historiography. New York: Berghahn, 2014 (caps. 2 e 3).
 HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia
transcendental. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
Crítica da modernidade como fenômeno moderno: Nietzsche enquanto arquétipo

NOLTE, Ernst. Nietzsche y el nietzschianismo. Madrid: Alianza, 1995 (parte 3).

BROBJER, Thomas. Nietzsche's Relation to Historical Methods and
Nineteenth-Century German Historiography. History and Theory, v. 46, n. 2, p.
155-179, 2007.
O problema da legitimidade da modernidade (I)

BLUMENBERG, Hans. La legitimación de la edad moderna. Valencia: PreTextos, 2008, p. 125-226.
O problema da legitimidade da modernidade (II)

BLUMENBERG, Hans. La legitimación de la edad moderna. Valencia: PreTextos, 2008, p. 309-436.
Modernidades periféricas
 EISENSTADT, S. N. Modernidade japonesa: a primeira modernidade múltipla
não ocidental. Dados, v. 53, n. 1, p. 11-54, 2010.
 FISCHER, Lars. Continuity and discontinuity in Nineteenth and TwentiethCentury German History. Canadian Journal of History, v. 45, p. 565-588,
2010.
Técnica e técnica moderna

SCHELSKY, Helmut. El hombre en la civilización científica. In: HÖFFE, O.;
ISENSEE, J. (orgs.) Panorama de filosofía política. México: Konrad Adenauer
Stiftung, 2007.
Ciências Humanas como forma de compensação à modernidade
 RITTER, Joachim. La tarea de las ciencias del espíritu en la sociedad moderna.
In: _____. Subjetividad. Barcelona: Alfa, 1986.
 MARQUARD, Odo. Sobre la inevitabilidad de las ciencias del espíritu. In:
_____. Apología de lo contingente. Valencia: El Magnànim, 2000.
Modernidade, complexidade, contingência

LUHMANN, Niklas. La sociedad de la sociedad. México: Herder, 2006 (cap.
XV-XVIII)
Problemas de estética moderna
 RITTER, Joachim. Paisage. Sobre la función de lo estético en la sociedad
moderna. In: _____. Subjetividad. Barcelona: Alfa, 1986.
 GEHLEN, Arnold. Imágenes de época: sociología y estética de la pintura
moderna. Barcelona: Península, 1994, p. 231-260; 287-356.
A violência como patologia moderna do político
 CAMUS, Albert. O homem revoltado. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 178281.
 SPAEMANN, Robert. Moral y violencia. _____. Límites. Acerca de la
dimensión ética de actuar. Madrid: Ediciones Internacionales Universitarias,
2003, p. 155-174.
Depois da modernidade?
 GEHLEN, Arnold. Post-Histoire. In: ____. Gesamtausgabe VI. Frankfurt am
Main: Klostermann, 2004, p. 352-361.
 FLUSSER, Vilém. Mythical, historical, and posthistorical existence. In:
STRÖHL, Andreas (ed.) Vilém Flusser Writings. Minneapolis: University of
Minnesota Press, 2002, p. 117-125.
AVALIAÇÃO:
→ Presença/participação oral nas discussões: 20 pontos
→ Apresentações seminários: 30 pontos
→ Trabalho final: 50 pontos