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4 especial HHH ab Sexta-Feira, 20 De Março De 2015 BlueNav Central multimídia da Hyundai, que foi lançada em outubro de 2013 e está disponível para as versões Premium 1.6 dos modelos HB20 (hatch), HB20S (sedã) e HB20X (aventureiro), com preços que variam de R$ 59 mil a R$ 62 mil. O volante tem botões para controle de volume, troca de música e atender ligações Fotos divulgação se meu fusca falasse Carros equipados com telas, reconhecimento de voz e internet atraem cada vez mais consumidores; veja as centrais multimídia de modelos disponíveis no Brasil Nissan Connect Painel do New March 1.6 SL, único modelo conectado da Nissan no Brasil, que custa R$ 47.490. A versão Unique do sedã compacto Novo Versa, que custará R$ 54.990, será lançada em 23 de março. A central lê mensagens do Facebook em voz alta GALENO LIMA de são paulo Quem precisa (ou prefere) estar conectado até quando dirige tem cada vez mais modelos de carro para escolher. A Fiat acaba de colocar à venda seus primeiros veículos fabricados no país com central multimídia. A Nissan lança, até o fim do mês, o Novo Versa. Em maio chega o Peugeot 2008, um SUV compacto da montadora francesa. As centrais multimídia dos veículos não dependem de internet. Mas o emparelhamento com o celular, via bluetooth, amplia suas funções, sem distrair tanto o piloto. Hoje, cada montadora tem sua central, e as funcionalidades variam bastante. Algumas têm comandos de voz, outras têm TV digital e há as que permitem realizar buscas na internet ou acessar a localização de eventos do Facebook. Em quase todas dá para fazer e receber ligações por viva-voz. Mas a disputa mundial entre as marcas, nessa área, pode estar com os dias contados. Um sinal disso é o fato de que a GM, maior indústria de veículos dos EUA, adiou indefinidamente a criação de sua loja própria de aplicativos, a Chevrolet AppShop, em favor dos sistemas automotivos da Apple e do Google, lançados em 2014 pelas gigantes da tecnologia. Por aqui, mesmo com a crise, esse nicho de mercado vai bem. A Nissan, por exemplo, vendeu 5.000 unidades do modelo New March equipadas com sua central Nissan Connect. Isso representa 30% do total comercializado do modelo (lançado em maio de 2014), no período de junho a fevereiro deste ano. O carro custa cerca de R$ 47 mil. Para usar o sistema é preciso criar uma conta de usuário e baixar um aplicativo no celular. Feito isso, o Nissan Connect funciona como loja de aplicativos: hoje é possível usar o Google e o Facebook, mas fora do país há outras opções, como o Twitter. Já as centrais multimídia da Ford usam o sistema ope- racional Sync. A versão mais atual, chamada Sync com MyFord Touch, apresenta navegação GPS e painel touchscreen. O sistema lê mensagens de texto e tem comandos de voz para controlar a música, a navegação GPS e o ar-condicionado. Está disponível nos modelos New Fiesta Sedan, Focus Hatch, Focus Sedan, Fusion e Edge. A Ford tem sua central de aplicativos, a Applink. Para acioná-la é preciso de uma conexão via internet, pelo celular. A versão brasileira conta com Guia UOL, Spotify e Let’s Park. Através da porta USB dá para usar um modem 3G para criar uma rede wifi. restrições da lei A legislação brasileira, entretanto, impõe restrições a esses sistemas. Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (o órgão não quis atender a reportagem) proíbe a instalação de equipamentos que executem vídeos, exceto se houver dispositivo que os torne inoperantes quando o carro estiver em movimento. É o que ocorre com o BlueNav, central multimídia disponível no modelo HB20, da Hyundai. Ela inclui função de TV digital e permite executar vídeos a partir de um pendrive. Com o veículo andando, a imagem some e apenas o som é reproduzido. Fora do Brasil, a Hyundai tem o aplicativo Blue Link, sem previsão para chegar aqui. Ele liga e desliga o motor, trava e destrava portas, verifica se há problemas no veículo, entre outras funções. A Peugeot vai lançar seu aplicativo no Brasil ainda nesse semestre, segundo o gerente da marca, Sérgio Davico. O My Peugeot permite achar o carro no estacionamento e verificar problemas mecânicos. No Brasil, o Peugeot 208 é até agora o único carro da marca com central multimídia. Não reproduz vídeos nem reconhece voz, mas consegue manter a navegação mesmo em caso de perda do sinal GPS, como em um túnel. Em caso de perda do sinal de satélite, a navegação continua através de sensores do ABS nas rodas. Atrações do celular chegam ao automóvel de são paulo O Android Auto, versão do sistema operacional de celulares para carros, chegará ao Brasil no segundo semestre, disseà Folha Daniel Holle, gerente de produto do Google. A definição de uma data de lançamento, porém, ainda “depende do calendário de cada uma das montadoras”, que precisam integrar o software em seus veículos, disse o executivo da Google. O sistema deve travar uma batalha pelos painéis dos carros com o CarPlay, da Apple, que tem funcionalidades similares. Os dois produtos permitem que o motorista conecte um celular ao carro e “projete” sua tela no equipamento multimídia dos veículos. Os aplicativos do smartphone são dispostos em uma interface com botões maiores e controlada por voz. “Motoristas hoje já tentam acessar o celular enquanto estão dirigindo, de maneiras que não são sempre fluidas ou seguras”, disse Holle. “Com o Android Auto, a tela do smartphone fica bloqueada e funções como a exibição de vídeos, não funcionam com o carro em movimento”. Por enquanto, os sistemas vão coexistir com os produtos multimídia das montadoras. Se vão substituí-los, depende do uso, segundo Sérgio Davico, gerente da Peugeot no Brasil. “Na cidade, onde há ampla cobertura de celular, pode substituir, mas onde há degradação do sinal, você continuará precisando de GPS no carro.” (BF e GL) Sync com MyFord Touch Tela do Sync instalada em um Ford Focus Hatch. Disponível também nos modelos New Fiesta Sedan, Focus Hatch, Fusion e Edge. Os preços, já com a central, variam entre R$ 69 mil e R$ 134 mil. A próxima geração do Sync, anunciada em dezembro, aceitará navegação por comandos de voz