A energia que vem do vento e do sol
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A energia que vem do vento e do sol
BANCO DE IMAGEM BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | JUL/AGO 2014 - ANO III - N09 A energia que vem do vento e do sol PÁGINA 2 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA Expediente JUL/AGO 2014 ANO ||| EDITORIAL GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL André Puccineli Governador Simone Tebet Vice-Governadora Carlos Alberto Negreiros Said Menezes Secretário de Estado do Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia Felipe Augusto Dias Superintendente da Ciência e Tecnologia Marcelo Augusto Santos Turine Diretor-Presidente | Fundect Marilda Bruno Diretora Científica | Fundect Artur Vieira dos Santos Diretor Administrativo | Fundect CONSELHEIROS Aiesca Oliveira Pellegrin (CPAP) Cleber Oliveira Soares (CNPGC/AGRAER) A pesquisa na área das Engenharias em Mato Grosso do Sul é destaque desta edição do Boletim Informativo MS Faz Ciência. Os estudos na área são extremamente relevantes para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul. Temos muitos cursos de graduação na área, mas apenas dois programas de pós-graduação stricto sensu: o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (UFMS) e o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola (UFGD). O Professor da Universidade Federal da Grande Dourados, Robson dos Santos, dedica-se a projetos de pesquisa em engenharia de energia e mecânica e apresenta a temática das pesquisas que desenvolve. Na Coluna “Eu Faço Ciência”, descrevemos os estudos com as crianças e adolescentes indígenas Guarani Kaiowá desenvolvidos pela Profa. Dra. Adir Casaro Nascimento da Universidade Católica Dom Bosco. A pesquisadora lidera o Observatório da Educação na Universidade e destaca o grupo de pesquisa que envolve bolsistas de pós-graduação e cientistas de outras instituições que, juntos, têm se debruçado na temática da educação tradiocional e informal indígena, bem como direitos humanos destas populações. Dario de Oliveira Lima (UFMS) Felipe Augusto Dias (SUCITEC) Gustavo Graciolli (UFMS) João Onofre Pereira Pinto (UFMS) José Sabino (ANHANGUERA/UNIDERP) Maria do Carmo Vieira (UFGD) Maristela de Oliveira França (SEBRAE) Rosana Cristina Zanelatto Santos (UFMS) Sandro Márcio Lima (UEMS) Na editoria institucional você poderá conhecer o I Prêmio Fundect de Jornalismo Científico, uma premiação inédita que tem como objetivo valorizar o trabalho dos jornalistas que produzem matérias em diferentes meios de comunicação (rádio/ rádio disponível na WEB, impresso, TV/TV disponível na WEB e Internet) sobre as pesquisas científicas e inovadoras envolvendo a CT&I em Mato Grosso do Sul. A Fundect lançou também em agosto de 2014 sua primeira Pesquisa de Satisfação, que visa w a conhecer a opinião dos pesquisadores, bolsistas e parceiros da Fundect para aprimorar seu sistema de gestão e atendimento ao público. A pesquisa é um espaço para expor sugestões de forma clara e objetiva. O resultado da pesquisa será publicado em janeiro, após análise dos dados obtidos. Sonia Grubits (UCDB) MÍDIA CIÊNCIA Alice Feldens Carromeu Jornalista DRT/MS 245 André Martins Publicitário Você pode enviar sua opinião ou sugestão de pauta para nossas redes sociais ou para o e-mail [email protected]. Esta publicação é uma iniciativa para a popularização da ciência em Mato Grosso do Sul. Cristiane Benevides Komiyama Jornalista DRT/MA 652 Fernanda Athas Jornalista DRT/MS 997 Kátia Bianca Iglesias Motta Jornalista DRT/MS 201 Boa leitura! TIRAGEM Marcelo Turine 3.000 exemplares YOUTUBE FUNDECT MS Diretor-Presidente da Fundect TWITTER FUNDECT MS FACEBOOK FUNDECT Nº09 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA JUL/AGO 2014 ANO ||| Nº09 PÁGINA 3 FIQUE POR DENTRO 4-5 6-7 8 EU FAÇO CIÊNCIA Duas etnias e o caminho da aprendizagem PESQUISA EM MS A energia que vem do vento e do sol INSTITUCIONAL Abertas as inscrições para o Prêmio Fundect de Jornalismo Científico 9 10-11 12 PARCEIROS FETECMS 2014 tem 160 projetos inscritos ENTREVISTA A regionalização do ensino e ciência em Mato Grosso do Sul MURAL DA CIÊNCIA Editais e eventos ATUALIZE SEU CADASTRO NO SIGFUNDECT Os cartões BB Pesquisa, que eram retirados na Fundect, passarão a ser entregues no endereço cadastrado no SIGFUNDECT. A Diretoria-Executiva da Fundação solicita a todos os pesquisadores que atualizem seus dados no sistema. MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS DE AUXÍLIOS FINANCEIROS CONCEDIDOS ACESSE NOSSO PORTAL E FAÇA DOWNLOAD PÁGINA 4 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA JUL/AGO 2014 ANO ||| Nº09 EU FAÇO CIÊNCIA Duas etnias e o caminho da aprendizagem Fernanda Athas IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR A Aldeia Laranjeira Ñanderú, em Rio Brilhante, está acampada em um fragmento de seu antigo território tradicional O direito à educação é garantido na Constituição Brasileira a todos os cidadãos nascidos no país. E não poderia ser diferente, uma vez que a educação atua como mecanismo de prosperidade intelectual, social, gerando cidadania e desenvolvimento para a sociedade. Os gargalos enfrentados por esse setor, que geram impedimentos e limitações ao ensino, têm sido motivo de preocupação e de especial atenção de pesquisadores e gestores estaduais em Mato Grosso do Sul. Atualmente, no Estado, muitas comunidades indígenas não estão contempladas no ensino formal das escolas. Como um agravante, algumas estão fora de seus territórios tradicionais vivendo em acampamentos à beira de estradas e rodovias ou, provisoriamente, em reduzidos espaços de terra – em alguns casos há mais de dez anos – enquanto aguardam a finalização de processos judiciais que determinarão pelo retorno ou não da comunidade ao seu tekohá - palavra que significa “sua terra de origem”. A pesquisadora Adir Casaro Nascimento, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), debruça-se sobre a questão educacional indígena desde 1987. Líder do Grupo de Pesquisa - Educação e Interculturalidade/ CNPq, Adir coordena o Observatório da Educação (CAPES/Edital 049/2012) – Núcleo UCDB – com um projeto que visa a formação de professores indígenas Kaiowá e Guarani em Mato Grosso do Sul, explorando as relações entre territorialidade, processos próprios de aprendizagem e educação escolar. No Observatório, vários projetos são desenvolvidos nesta linha em conjunto com cientistas de diferentes instituições do Estado, dentre eles, o Dr. Antonio Hilário Aguilera Urquiza, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e o professor José Paulo Gutierrez – atualmente, bolsista Fundect de Doutorado. Um dos projetos de destaque realizado pelo grupo e que teve início este ano aborda a aprendizagem formal e informal indígena das crianças e adolescentes que vivem em situação de acampamento no sul do Estado. Com o título “Crianças e adolescentes indígenas Kaiowá e Guarani em situação de acampamento em MS: educação e direitos humanos”, o grupo iniciou o levantamento do número de crianças e adolescentes que possuem de 0 a 15 anos de idade em quatro aldeias - Guira Roka, Laranjeira Ñanderu, Pakurity e Curral do Arame (Apyka’y). A dificuldade das crianças na adaptação à escola convencional e mesmo ao acesso a ela começará a ser analisada a partir de 2015, quando as pesquisas de campo com observação das crianças em sua comunidade, nos acampamentos, terão início. “A condição das comunidades em situação de acampamento é quase sempre muito precária, pois não possuem as mínimas condições para uma vida com dignidade: total insegurança alimentar, nenhum saneamento básico, violência simbólica e física, moradias precárias, exposição às inclemências do tempo, como enchentes, por exemplo; falta de escolas, entre outras”, conta a pesquisadora. Para se ter uma ideia da abrangência da pesquisa, apenas na aldeia de acampamento Laranjeira Ñanderú, em Rio Brilhante, há cerca de 60 crianças indígenas que são o foco do estudo. A pesquisa, que é, em parte, financiada pela Fundect, atenta para as dificuldades de adaptação da criança e do adolescente indígena entre sua maneira própria de Adir Casaro Nascimento Pesquisadora e professora da UCDB BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA aprendizagem e o ensino tradicional. Chamase pedagogia informal – ou processos próprios de aprendizagem, no contexto indígena, - o ensinamento de práticas da cultura, comportamentos e saberes sociais a crianças e adolescentes na convivência com os demais membros de sua comunidade. Entretanto, a pesquisadora observa que no contexto da educação formal, muitas das práticas tradicionais são questionadas pela escola e não são consideradas válidas. Apesar disso, os estudos apontam que as crianças aprendem muito por meio da oralidade, dos ensinamentos dos idosos e da comunidade. “Muitas destas crianças (foco do projeto) participam da escola na cidade, onde sentem muita dificuldade de adaptação, tendo em vista que muitas falam apenas a língua materna. O direito à educação é garantido, mas distante de uma educação diferenciada bilíngue e intercultural, garantida constitucionalmente aos povos indígenas”, ressalta Adir. A escolha dos pesquisadores visa a sinalizar a importância da concretização, com readequações, de políticas públicas na educação para se contemplar os povos indígenas de maneira mais profunda nas escolas. No ano de 2013, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, vinculada ao Ministério da Educação, implantou a Ação Saberes Indígenas na Escola, com o objetivo de inserir de maneira mais efetiva a sabedoria e patrimônio cultural indígenas no cotidiano da educação básica, em especial, na alfabetização bilíngue, assim como a produção de materiais didáticos próprios, elaborados por professores indígenas. “Certamente que os resultados desta pesquisa, assim como os trabalhos desenvolvidos pelo Observatório, servem e servirão para impulsionar políticas públicas de atendimento às necessidades básicas destas comunidades em situação de total vulneralibidade, em especial, no que diz respeito às crianças indígenas em situação de acampamento – melhores moradias e, particularmente, escolas interculturais que respeitem suas especificidades culturais e processos próprios de aprendizagem. Por sua vez, os professores não indígenas são os instrumentos naturais para a realização desse mister, pois têm, por excelência a obrigação de ensinar a educação formal e também se preocupar com a educação informal, pois tais conhecimentos, promovem e estimulam a compreensão da cultura indígena, visando a transformação da cultura local, para a promoção da paz e o respeito à dignidade humana”, conclui a pesquisadora. JUL/AGO 2014 OS POVOS GUARANI Nº09 ANO ||| PÁGINA 5 A etnia Guarani abrange três grupos indígenas: Ñandeva, Mbia e Kaiowá, que possuem algumas distinções, mas também compartilham algumas semelhanças culturais, como a língua. No Mato Grosso do Sul, estão presentes ÑANDEVA os Guarani Ñandeva (mais conhecidos apenas como Guarani) e os Guarani Kaiowá. Assim, o foco das pesquisas desenvolvidas pelo grupo contemplam dois povos distintos, o Ñandeva e o MBIA Kaiowá. Os pesquisadores constataram casamentos entre estes dois grupos, “o que traz algumas peculiaridades nos processos de aprendizagens das crianças KAIOWÁ e jovens, tendo em vista algumas diferenças, nos rituais, cânticos, mitos, etc.”, completa o professor Antônio Urquiza. IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR Antigamente, os guaranis utilizavam grandes casas para abrigar até três famílias. Hoje, as antigas moradias dão lugar à casa de oração indígena, denominada Oga Psy. PÁGINA 6 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA JUL/AGO 2014 Nº09 ANO ||| PESQUISA EM MS A energia que vem do vento e do sol Alice Feldens Carromeu BANCO DE IMAGEM Parques eólicos de grande porte já foram implantados no Brasil A área das engenharias aparece no Engenharia (FAEN) da Universidade Federal dados como a radiação solar, velocidade do topo das profissões mais promissoras da Grande Dourados (UFGD) e trouxe vários vento, temperatura e umidade relativa do do momento. Em meio a tanta procura e resultados de impacto para Mato Grosso do ar, para obter uma estimativa da qualidade salários atrativos, as universidades estão Sul. e quantidade potencial de energia solar e abrindo cada vez mais cursos e vagas para A energia eólica é aquela que provém do formar novos engenheiros. Nesta edição vento. É utilizada desde a antiguidade para eólica disponível. do Boletim MS Faz Ciência, a pesquisa em mover barcos a velas ou para fazer funcionar foram destaque é justamente na temática de a engrenagem de moinhos. Hoje, ela tem em duas estações meteorológicas de engenharia. O pesquisador explica que inicialmente recolhidos e analisados dados apresentado um crescimento expressivo, Dourados, uma na sede da UFGD e outra Intitulado “Avaliação do Potencial para e se mostrado um empreendimento de na Embrapa Agropecuária Oeste, mas, no Aproveitamento de Energia Solar e Eólica sucesso em países da Europa e também nos decorrer do projeto, puderam também na Região da Grande Dourados”, o projeto Estados Unidos. obter informações de estações de outros de pesquisa foi coordenado pelo professor De acordo com Robson, existe um 20 municípios do Estado, por meio do Robson Leal da Silva, da Faculdade de grande interesse na conversão e uso da Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, energia eólica no Brasil, e o crescimento da o que acabou ampliando a área geográfica utilização dessa fonte renovável é recente, analisada. porém expressivo, com a implantação Os instrumentos de medição utilizados de parques eólicos de grande porte no para a aquisição de dados foram o Nordeste e no Rio Grande do Sul. “A região anemômetro Centro-Oeste representa uma grande área do vento), leme (direção do vento) e territorial para pesquisa com a finalidade piranômetro de aproveitamento da energia cinética dos solar). Os dados são registrados por estes ventos, pois se trata de uma região pouco instrumentos e gravados em determinados estudada quanto ao seu potencial eólico de intervalos de tempo no sistema de aquisição pequeno e médio porte”, afirma. de dados da estação meteorológica ou no O objetivo do projeto de pesquisa em questão era recolher as informações Robson Leal da Silva Pesquisador e professor da FAEN/UFGD de conchas (intensidade (velocidade da radiação datalogger - um instrumento portátil que armazena as informações. armazenadas e organizadas formando um “O tratamento destas informações de banco de dados meteorológico com séries maneira técnica e científica é importante históricas da região, levando-se em conta para fundamentar políticas públicas JUL/AGO 2014 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA ANO ||| Nº09 PÁGINA 7 IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR Estação Meteorológica da UFGD Estação Meteorológica da Embrapa Agropecuária Oeste de interesse ao uso de máquinas e Outros dois projetos de pesquisa em e ensaios para determinação da eficiência equipamentos que possam converter, de parceria com a Fundação já encontram- energética” e “Motores de Combustão maneira eficiente, fontes renováveis de se em andamento e também envolvem Interna dois Tempos: eficiência e curvas energia e de baixo impacto ambiental, a engenharia mecânica e de energia - características operando com diferentes bem como dar subsídios para estudos “Climatizadores e Ventiladores: capacitação misturas combustíveis”. mais aprofundados dos potenciais ainda aproveitamento de energia”, destaca o pesquisador. Além disso, a pesquisa contribuiu para o desenvolvimento tecnológico e inovação em Engenharia Mecânica e de Energia, além da formação de Recursos Humanos nestas IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR de IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR desconhecidos áreas de conhecimento e da publicação de trabalhos científicos em congressos e eventos nacionais e internacionais. Robson informa ainda que a análise das séries históricas pode ser útil, no sentido de servir como parâmetro para eventos Anemômetro de Conchas Leme IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR ocorrências de riscos à saúde (baixa BANCO DE IMAGEM extremos do clima (secas e inundações), umidade relativa do ar), ao campo (geadas), entre outros. Apoio da Fundect “O apoio financeiro da Fundect foi muito importante para o desenvolvimento do trabalho, já que os recursos possibilitaram a aquisição de instrumentação portátil, dentre eles, o medidor de energia solar e o datalogger”, salienta o pesquisador. Piranômetro Datalogger PÁGINA 8 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA JUL/AGO 2014 Nº09 ANO ||| INSTITUCIONAL Abertas as inscrições para o Prêmio Fundect de Jornalismo Científico Alice Feldens Carromeu ARQUIVO DA FUNDECT Premiação valoriza notícias com foco na pesquisa científica A Fundect lançou o edital para o Prêmio Fundect de Jornalismo Científico, que tem como objetivo reconhecer e premiar os trabalhos desenvolvidos pela imprensa local que tenham contribuído com a divulgação e popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no Estado de Mato Grosso do Sul. Serão escolhidas as melhores matérias jornalísticas nas diferentes categorias do Jornalismo Científico, em temáticas relevantes e contextualizadas sobre a CT&I veiculadas no Estado, no período de julho de 2013 a outubro de 2014. Há também a premiação para Fotografia com premiação única, na qual qualquer cidadão pode participar, independente de sua formação. As inscrições para o Prêmio estão abertas até o dia 21 de outubro, no portal da Fundect – www.fundect.ms.gov.br. Podem participar profissionais de jornalismo das áreas de TV, Rádio, Impresso e Internet, além de estudantes de jornalismo e público em geral (área de fotografia). Para saber mais detalhes sobre as normas, cronograma e documentação necessária para participar do Prêmio, acesse o edital. Popularização do Jornalismo Científico em MS Com o intuito de estimular e popularizar a CT&I em Mato Grosso do Sul, a Fundect conta, desde o ano de 2012, com o Programa Mídia Ciência - uma equipe composta por profissionais de jornalismo e publicidade que produzem e divulgam material de jornalismo científico, por meio de notícias e reportagens em material impresso (Boletim MS Faz Ciência e Revista Corumbella) e on-line (newsletter e portal de notícias da Fundect), além de material publicitário (agendas, calendários, folders, banners, etc.). Para obter informações sobre os projetos de pesquisa em andamento no Estado de Mato Grosso do Sul ou dicas de pautas para matérias de jornalismo científico, entre em contato com a equipe Mídia Ciência pelo e-mail para [email protected] ou fale diretamente pelo telefone (67) 33166728. Para saber mais detalhes sobre as normas, cronograma e documentação necessária para participar do Prêmio, acesse o edital através do QR CODE abaixo. CATEGORIAS IMPRESSO 1º lugar 2º lugar 3º lugar R$ 3.000,00 R$ 2.000,00 R$ 1.000,00 TV/TV DISPONÍVEL NA WEB 1º lugar 2º lugar 3º lugar R$ 3.000,00 R$ 2.000,00 R$ 1.000,00 RÁDIO/ RÁDIO DISPONÍVEL NA WEB 1º lugar 2º lugar 3º lugar R$ 3.000,00 R$ 2.000,00 R$ 1.000,00 INTERNET 1º lugar 2º lugar 3º lugar R$ 3.000,00 R$ 2.000,00 R$ 1.000,00 ESTUDANTE 1º lugar 2º lugar 3º lugar R$ 2.000,00 R$ 1.000,00 R$ 500,00 FOTOGRAFIA Prêmio Único R$ 1.000,00 JUL/AGO 2014 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA ANO ||| Nº09 PÁGINA 9 PARCEIROS FETECMS 2014 tem 160 projetos inscritos Bianca Iglesias Motta BANCO DE IMAGENS Evento ocorrerá entre os dias 28 de outubro e 1o de novembro A IV Feira de Tecnologia Engenharia e Ciência de Mato Grosso do Sul (FETECMS), III Feira de Tecnologia, Ciência e Criatividade do Ensino Fundamental de Mato Grosso do Sul (FETECCMSJR) e I Exposição de Projetos de Tecnologias, Engenharias e Ciências da Região Centro-Oeste (EXPOCIÊNCIA CENTRO-OESTE) acontecem entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, no Ginásio de Esportes Eric Tinoco Marques (Moreninho), em Campo Grande. A FETECMS é um projeto realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e pelo Grupo Arandú de Tecnologias e Ensino de Ciências, com apoio da FUNDECT. A organização do evento recebeu 139 projetos para avaliação, que, reunidos aos 21 da ExpoCiência Centro-Oeste, totalizam 160 projetos envolvidos durante a formação da Feira em Campo Grande. Cada um dos trabalhos está sendo avaliado por uma equipe composta por pelo menos três avaliadores em relação às exigências expostas no Edital, são 800 professores (especialistas, mestres, doutores e pós-doutores) de instituições federais, estaduais e privadas de todo o Brasil que aceitaram participar deste processo. Na Feira, estudantes de escolas públicas e privadas do 4º ao 7º ano do Ensino Fundamental (categoria Júnior) e do 8º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio (regular, técnico e EJA) têm a possibilidade de demonstrarem as pesquisas que desenvolvem no ambiente escolar. Entre as premiações estão Medalhas, Troféus, Certificados, Credenciamento para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (que ocorre na Universidade de São Paulo em 2015), Credenciamento para outras feiras/eventos científicos e Bolsas de Iniciação Científica Júnior. MAIS INFORMAÇÕES 1 OBJETIVOS DA FEIRA • Estimular a criação de trabalhos científicos e aproximar escolas públicas e privadas do ambiente científico e tecnológico da Universidade; • Fortalecer as redes tecnológicas estaduais e regionais; • Melhorar a qualidade dos trabalhos produzidos nas escolas da Educação Básica em Mato Grosso do Sul; • Desenvolver e consolidar a iniciação científica entre os estudantes; • Incentivar o registro de marcas e patentes da produção científico-tecnológica apresentadas pelos estudantes. 2 ÁREAS DE CONHECIMENTO a) Ciências Exatas e da Terra: matemática, probabilidade e estatística, ciência da computação, astronomia, física, química e geociências; b) Ciências Biológicas: oceanografia, biologia geral, genética, botânica, zoologia, morfologia, fisiologia, bioquímica, biofísica, farmacologia, imunologia, microbiologia, parasitologia e ecologia; c) Engenharias: engenharia civil, engenharia sanitária, engenharia de transportes, engenharia de minas, engenharia de materiais e metalúrgica, engenharia química, engenharia nuclear, engenharia mecânica, engenharia de produção, engenharia naval e oceânica, engenharia aeroespacial, engenharia elétrica e engenharia biomédica; d) Ciências da Saúde: medicina, nutrição, odontologia, farmácia, enfermagem, saúde coletiva, educação física, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional; e) Ciências Agrárias: agronomia, recursos florestais e engenharia florestal, engenharia agrícola, zootecnia, recursos pesqueiros e engenharia de pesca, medicina veterinária e ciência e tecnologia de alimentos; f) Ciências Sociais e Aplicadas: direito, administração, turismo, economia, arquitetura e urbanismo, desenho industrial, planejamento urbano e regional, demografia, ciência da informação, museologia, comunicação, serviço social, filosofia, teologia, sociologia, antropologia, arqueologia, história, geografia, psicologia, educação e ciência política; g) Linguística, Letras e Artes: linguística, letras e artes. PÁGINA 10 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA JUL/AGO 2014 Nº09 ANO ||| ENTREVISTA A regionalização do ensino e ciência em Mato Grosso do Sul Cristriane Benevides Komiyama de ingressar na educação superior e manter IMAGEM CEDIDA PELO PESQUISADOR uma educação de qualidade para que, ao se formar, efetivamente, contribua com o desenvolvimento regional e nacional. A proposta do país é elevar os atuais 12% de jovens no ensino superior. No Chile, por exemplo, este índice supera os 30%. Para isso, a UNIGRAN tem investido intensamente na qualificação de seu corpo docente, que hoje já atinge 75% de doutores e mestres e em estrutura física e tecnológica para possibilitar os conhecimentos, as habilidades e as competências necessárias a cada profissional formado na Instituição. A região da Grande Dourados é uma das mais promissoras do Estado em relação ao desenvolvimento econômico. Como a UNIGRAN pode contribuir para este crescimento? Pioneira na região, a UNIGRAN colabora e acompanha o desenvolvimento regional, atuando como promotora de parte desse crescimento, com a formação de mão de obra qualificada em mais de 30 áreas profissionais. Nossos egressos têm sido agentes ativos na transformação da cidade e em toda a região, composta por mais de 20 municípios. Rosa Maria de Déa, Reitora da Universidade da Grande Dourados (UNIGRAN) A UNIGRAN, desde a sua criação em 1976, já formou mais de 15 mil profissionais Rosa Maria De Déa é licenciada em Letras, possui especialização em Metodologia estratégicas para o desenvolvimento de em cursos presenciais e, desde 2006, Recursos Humanos no Mato Grosso do Sul. mais de 5 mil em cursos de EAD. Grande parte desses egressos atuam no Estado, do Ensino Superior, aperfeiçoamento em Administração Universitária (Universidade Há uma demanda crescente por são empreendedores que colaboram com de Michigan/USA) e em Gestão Universitária educação superior e um reconhecimento o (Universidade São Marcos/SP). sobre estratégica educacional e cultural. Nossos cursos sua importância desenvolvimento econômico, social, para o desenvolvimento econômico e têm qualidade comprovada pelo MEC, da Grande Dourados (UNIGRAN) como social. institucional, com conceitos satisfatórios obtidos nos professora. Passou a Secretária Geral e quais os desafios enfrentados na gestão últimos ENADES e, dentre estes resultados, Diretora de Faculdade até ser nomeada universitária atualmente? diversos cursos foram classificados entre os Iniciou a carreira no Centro Universitário Como dirigente Um dos maiores desafios da gestão melhores do país, como Direito, Jornalismo Ciência universitária está em possibilitar acesso ao e Publicidade – todos com nota máxima no destaca as parcerias institucionais como público que ainda não teve oportunidade exame. Reitora em 1998, cargo que exerce. Em entrevista ao MS Faz JUL/AGO 2014 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA Quais os investimentos que Nº09 ANO ||| PÁGINA 11 a atendimentos à população, especialmente serem aprovados, têm essa exigência de universidade tem feito para acompanhar de baixa renda, que não teriam acesso parcerias entre Instituições, e isso se torna as novas Tecnologias de Informação e a muitos benefícios se não fosse a oportunidade Comunicação (TIC)? para o desenvolvimento participação da UNIGRAN, com tratamento conjunto de Instituições e de pesquisadores. O departamento que gerencia as TICs da dentário, fisioterápico, psicológico, jurídico, Na UNIGRAN há a instalação de grupos UNIGRAN possui uma equipe de mais de 40 entre outros. Esse trabalho perseverante e mais novos de pesquisas em algumas áreas profissionais, constantemente atualizada compromissado da Instituição tem como e tem sido imprescindível contar com o com as novas tecnologias do mercado. Estes objetivo garantir um futuro melhor e mais apoio desse órgão de fomento a pesquisas analistas administram todos os sistemas digno a toda comunidade. científicas do Estado. de gestão que são utilizados; vale ressaltar que toda a tecnologia foi desenvolvida Como as parcerias, público-privado, na própria instituição. Implementamos podem contribuir para o desenvolvimento projetos local? de segurança em todos os PROJETOS APROVADOS EM PARCERIA COM A UNIGRAN servidores, o que evita ataque de Hackers, A UNIGRAN tem parceria com mais de 600 • Avaliação das Propriedades Farmacológicas bem como o controle do fluxo de dados. empresas e instituições públicas e privadas, e Toxicológicas da Erythrina crista-galli L. - Há na IES 500 computadores distribuídos e, anualmente, mais de 4 mil estagiários e Coordenador: Claucia Aparecida Honorato nos diversos setores da administração dezenas de professores participam nesses acadêmica e outros 300 para acessos aos convênios, levando seus conhecimentos. alunos. Atualmente, todos os blocos estão Muitos são efetivados após a colação de interligados por fibra ótica e todos os grau, o que torna as parcerias extremamente espaços da IES contam com infraestrutura importantes para as duas partes. Algumas de rede sem fio, com acesso gratuito dessas à internet para acadêmicos, docentes programas e funcionários. Toda a documentação com dos alunos vem sendo digitalizada. Na e Plataforma contam com renomados pesquisadores UNIGRAN NET, responsável parcerias de são extensão seminários, congressos. profissionais ampliadas jornadas Todos e para pesquisa, acadêmicas esses eventos que participam com workshops, pesquisas e/ou da Silva. • Criação de surubim (Pseudoplatystoma sp.) em tanque rede: Exigência de proteína e carboidrato - Coordenador: Claucia Aparecida Honorato da Silva. • Levantamentos etnobotânico e etnofarmacológico de espécies vegetais das aldeias Jaguapirú e Bororó de Dourados - MS -Coordenador: Elmo Pontes de Melo. • Qualidade fisiológica de sementes de feijão-caupi em resposta à dessecação pelos cursos em EAD da UNIGRAN, fizemos a e expansão da rede de dados e mudanças nos palestras, sistemas de transmissão de videoaulas (VoD outras produções cientificas e técnicas. e Live Streaming), além de integrar soluções A UNIGRAN possui, ainda, parcerias com de vídeos na nuvem (Cloud Storage). Toda secretarias de saúde, de assistência social, índias gestantes assistidas pelas Equipes essa tecnologia mostra que investimentos de educação deste e de outros estados, de Saúde da Família na Aldeia Bororó, em TIC são prioridades da mantenedora da promotorias, poder judiciário, justiça do Dourados (MS) - Brasil. - Coordenador: UNIGRAN. trabalho, EMBRAPA, FUNAI, entre outras, Regiane Maio. que possibilitam inúmeras atividades de Quais as áreas acadêmicas estratégicas da Universidade? A UNIGRAN tem um know how de quase 40 anos no ensino da Administração e do extensão, de responsabilidade social e de pesquisa as quais beneficiam a comunidade não acadêmica com atendimentos e ações gratuitas. em todo o país. Nossa experiência passa Como a senhora observa o papel da ainda pela formação de professores, com Fundect no fomento da pesquisa científica as licenciaturas que apesar de desafiadoras, no Estado, sobretudo na região em que a são vitais, tendo em vista que os resultados Unigran atua? A FUNDECT desempenha uma função importante da colheita. Coordenador: Mariana Zampar Toledo. • Triagem • 1º no fomento e no e avaliação Congresso nutricional Nacional de em Inovações Técnico-Científicas, Inclusão Social e Valor Agregado do Agronegócio - Coordenador: Selmos Luiz Gressler. • Avaliação biológica Direito, com centenas de egressos de sucesso da atuação dos egressos são extremamente pré-colheita das plantas e parcelamento das e potenciais toxicológica atividades de espécies vegetais existentes no Mato Grosso do Sul - Coordenador: Shirlayne Silvana Umbelino de Barros. • Propagação, morfo-anatomia e atividade antiviral de medicinais no Mato Grosso do Sul - Coordenador: Stela Maria Carvalho relevantes e beneficiam sobremaneira o muito desenvolvimento tanto profissional quanto incentivo de pesquisas no Estado, e a • Os meus sonhos, talentos. O que quero social. Na década passada a IES deu início à UNIGRAN não teria a oportunidade de para meu futuro - Coordenador: Tainara formação de profissionais na área da saúde participar de algumas pesquisas se não e, atualmente, tem ampliado essa formação fosse o apoio da FUNDECT. Atualmente oito • Educação de Jovens e Adultos: Processo de com cursos tecnológicos e engenharia projetos com financiamentos da FUNDECT Letramento e Formação de Professores- civil para atender às demandas no setor têm a participação da UNIGRAN e a parceria Vilhena. Bouzizo Eclis. Coordenador: Terezinha Bazé de Lima. agropecuário, energético, de planejamento com outras IES. Outro ponto relevante • Eduação para o desenvolvimeno susentável e construção, que têm crescido muito na da atuação da FUNDECT no Estado é com crianças da educação infantil e região. Além disso, a instituição possui um proporcionar a integração entre Instituições anos iniciais do ensino fundamental - forte investimento na extensão universitária e entre profissionais de diferentes áreas e programas de responsabilidade social com das IES, já que os editais dos projetos, para Coordenador: Terezinha Bazé de Lima. PÁGINA 12 BOLETIM INFORMATIVO DA FUNDECT | MS FAZ CIÊNCIA JUL/AGO 2014 ANO ||| MURAL DA CIÊNCIA editais EVENTOS ACESSE O QR CODE E CONFIRA OS EDITAIS QUE ESTÃO EM ABERTO. VII ENCONTRO CIENTÍFICO DE ADMINISTRAÇÃO, ECONOMIA E CONTABILIDADE - ECAECO II SIMFLOR – SIMPÓSIO FLORESTAL SUL-MATO-GROSSENSE 7 A 9 DE OUTUBRO 13 A 17 DE OUTUBRO PONTA PORÃ/MS AQUIDAUANA/MS IV ENCOSMAT II SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DE PARTO HUMANIZADO DE DOURADOS 16 A 18 DE OUTUBRO 23 A 25 DE OUTUBRO CORUMBÁ/MS DOURADOS/MS CONTATO R. São Paulo 1436 | Vila Célia | Campo Grande - MS - Brasil | CEP 79.010-050 Tel: 67 3316 6700 | Fax: 67 3316 6706 | e-mail: [email protected] | www.fundect.ms.gov.br Nº09
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