N298-Tetsaveh 5773

Transcrição

N298-Tetsaveh 5773
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Zachor Shalom! Parashá Tetsaveh – 13 de Adar de 5773 (23/02/2013)
‫ע ֶ֥רב‬
ֶ ‫מ‬
ֵ ‫בנ ָ ֛יו‬
ָ ‫רן‬
ֹ ֧ ֲ‫ֽה‬
Ano-6 N-298
ְ ‫ער‬
‫ֹך ֩ א ֹ֨ת‬
ֲ ַֽ ‫ע ֗ ֻדת י‬
ֵ ‫ַל־ה‬
ָֽ
‫רכֶת אֲ ֶ ֣ר ע‬
ֹ֜ ָ ‫ל‬
ַ ‫מ ֨ח ץ‬
ִ ֩ ‫עד‬
ֵ ‫א ֣הֶ ל מ‬
ֹ ְ
‫אֽל׃‬
ֵ ‫ֵאת ְ נ ֵ ֥י י ִ ְ ָר‬
ֵ֖ ‫ֹתם מ‬
ָ ֔ ‫דר‬
ֹ֣ ‫ל‬
ְ ֙‫פנ ֵ ֣י ה ֑' חֻ ַ ֤ ת ע לָם‬
ְ ‫ל‬
ִ ‫עד־ ֖ ֹ קֶ ר‬
ַ
“Na Tenda da Assinação, fora do véu que está sobre o Testemunho, a conservará(ão) em ordem Aharon
e seus filhos, desde a tarde até a manhã, diante do Eter-no; estatuto perpétuo por todas as gerações dos
Filhos de Israel.” (Shemot 27:21)
As velas da Menorah eram preenchidas com óleo para durar toda a noite. A Ner Maaravi (vela ocidental)
milagrosamente ardia por todo o dia até a noite seguinte. Rab Yehonatan Eibshitz pergunta: “Se for assim, por que eles
se incomodam preenchendo-a com óleo suficiente para a noite, se algumas horas mais tarde ela iria queimar através de
um Nes – milagre? Além disso, por que, em Hhanukah (quando lembramos o fato de óleo ter durado vários dias), este
Nes fora tão surpreendente se, com a Ner Maaravi, este mesmos Nes [do óleo perdurar milagrosamente mais do que o
normal] ocorria todos os dias?” Ele responde que, durante o dia, é um tempo de Hhesed [bondade], e Hashem faz
muitos Nissim por dia [revelados e ocultos]. Já a noite, no entanto, é um tempo de Din [severidade e juízo], e não um
tempo de milagres. Portanto, a Ner Maaravi foi preenchida com óleo para a noite, e o Nes durante o dia não foi uma
grande revelação. O Nes de Hhanukah, que ocorreu à noite, era um Nes muito maior [dado o exposto] do que o Nes da
Ner Maaravi. (Do site “www.revach.net” [seção Quick Vort – Parashá Tetsaveh])
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Tetsaveh (Livro de Shemot – Êxodo 27:20 – 30:10)
D-us diz a Moshé para receber dos Filhos de Israel azeite puro de oliva para alimentar a “chama perpétua” da
Menorah, que Aharon deveria acender todo dia “da noite até a manhã”. As vestimentas sacerdotais, a serem usadas
pelos cohanim (sacerdotes) durante os serviços no Santuário, são descritas. Todos os cohanim usavam: 1) ketonet –
uma longa túnica de linho; 2) michnasayim – calções de linho; 3) mitsnefet – um turbante de linho; 4) abnet – uma
longa faixa enrolada acima da cintura. Além disso, o Cohen Gadol (sumo-sacerdote) usava: 5) o efod – um tipo de
avental feito de lã tingida de azul, roxo e vermelho, linho e fios de ouro; 6) o Hhoshen – uma placa peitoral contendo
doze pedras preciosas inscritas com os nomes das doze tribos de Israel; 7) me’il – um casaco de lã azul, com sinos e
romãs em sua bainha; 8) tsits – uma placa de ouro usada sobre a fronte, carregando a inscrição “Sagrado para D-us”.
Por fim, instruções detalhadas são dadas por D-us para a iniciação ao sacerdócio de Aharon e seus filhos (Nadab,
Abihu, El’azar e Itamar) durante sete dias e para a confecção de um Altar de Ouro no qual o incenso seria queimado.
(Adaptado do “Parashá em uma Casca de Noz”)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Moshê e o Anjo Michael
Na seção inicial de nossa edição n . 247, vimos que, curiosamente, esta Parashá não menciona o nome de
Moshê em qualquer de seus psukim... Até mesmo no versículo de abertura, onde esperamos encontrar a introdução
padrão de “Vaydaber Hashem el Moshê lemor – D-us falou a Moshê, dizendo”, a Parashá emprega a expressão
“Ve'atá – E tu”, como se deliberadamente omitisse o nome de Moshê. Naquela edição, vimos que a omissão do nome
de Moshê se deu como o cumprimento de uma declaração feita por ele mesmo após o pecado do bezerro de ouro: D-us
havia ameaçado aniquilar o Povo de Israel, D-us nos livre, como conseqüência deste gravíssimo incidente, e criar uma
nova nação a partir de Moshê, mas este interveio em nome da Nação e insistiu que, se D-us Se recusasse a perdoar a
Nação por seus pecados, “risca-me, rogo, de Teu livro” (Shemot 32:32). D-us aceitou a oração de Moshê e poupou os
B’nei Israel, mas as palavras de um Tsadik têm tal poder que elas são cumpridas mesmo se faladas condicionalmente,
e, assim, seu nome foi omitido de uma Parashá. Naquela edição, foram expostas também algumas explicações sobre
por que tal omissão se deu especificamente na Parashá Tetsaveh... Mas há também uma outra razão. O nome Moshê
consiste em três letras: Mem, Shin e Heh. O nome da letra “Mem” é soletrado como Mem-Mem; o nome da letra “Shin”
é soletrado Shin-Yud-Nun; e o nome da letra “Heh” é soletrado como Heh-Alef. Se combinarmos todas as letras
secundárias (i.e. todas essas letras exceto as três letras que realmente formam o nome de Moshê), chegamos a um valor
numérico total de 101 (Mem = 40, Yud = 10, Nun = 50 e Alef = 1). Este é também o valor numérico de “Michael”, o
nome do anjo de bondade. Moshê tinha dentro de si as qualidades deste anjo especial. Isto é expresso após o pecado do
bezerro de ouro, quando D-us anunciou que enviaria um anjo para acompanhar a Nação a Erets Israel, em vez de
acompanhá-los Ele Mesmo (ibid. 33:2). Moshê implorou a D-us para rescindir este decreto, e D-us concordou. O anjo
que D-us queria enviar era Michael, e Moshê foi, portanto, capaz de evitar esse decreto porque ele mesmo tinha a
qualidade de Michael. Ele conseguiu que Michael não fosse enviado para guiar a Nação porque ele era como Michael.
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BS “D
O anjo Michael, portanto, veio a se juntar aos B’nei Israel só mais tarde, após a morte de Moshê, pouco antes de eles
começaram a conquista da terra (ver Yehoshua 5:13-15). Em muitas edições do Hhumash, o número de versículos é
mencionado após cada Parashá, juntamente com um “Siman” – uma palavra que faz alusão a este número. No final de
Tetsaveh, escreve-se que há 101 versos nesta Parashá, e o “Siman” é Michael – que tem o valor numérico de 101.
Assim, o nome de Moshê está sim nesta Parashá, ainda que de forma indireta. Moshê Rabênu era tão amado por D-us
que, mesmo quando o seu nome tinha que ser omitido, foi omitido de uma Parashá que alude a Moshê de uma maneira
diferente – por conter 101 versos, aludindo à sua especial qualidade “angelical”, sua semelhança com o anjo Michael.
(Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
A Mulher que Foi Recompensada Tendo Todos Seus Filhos como Sumo-Sacerdotes
Todos os sete filhos de uma senhora chamada Kimchit tornaram-se Sumo Sacerdotes. Os sábios ficaram
maravilhados com a extraordinária honra que D-us concedeu a esta mulher. Enviaram-lhe um mensageiro para indagarlhe: “Quais são teus feitos, para que fosses assim distinguida?”. Ela replicou: “Sequer as paredes de minha casa jamais
viram meus cabelos descobertos!”. Durante toda sua vida, não havia revelado seus cabelos a ninguém, nem mesmo às
vigas do seu teto. Por isso, seus filhos tiveram o privilégio de adentrar, em Yom Kipur, o local mais oculto e reservado
possível: o Santo-dos-Santos. Os sábios, então, comentaram: “O versículo de Tehilim (45:14) certamente aplica-se à
Kimchit: ‘A dignidade da princesa encontra-se no interior; ela será adornada com quadrados dourados’”. Eles
interpretaram esse versículo como significando que uma mulher de grande recato é recompensada com filhos que
vestem a placa peitoral de quadrados dourados. Apesar de ser permitido pela lei a Kimchit descobrir os cabelos quando
estava sozinha, evitou fazê-lo por reverência e recato na presença do Todo-Poderoso. Por isso, tornou-se mãe de filhos
que, como Sumo-Sacerdotes, mereceram uma intensa experiência da presença de D-us. Kimchit procurou manter sua
grandeza encoberta, mas esta foi revelada para todas as gerações. Normalmente, quando o Talmud registra o nome de
um homem, o faz mencionando o nome de seu pai. Porém, Shimon e Yehudá ben Kimchit são eternamente lembrados
como filhos da sua virtuosa mãe... Um sábio do século passado, o Hhafets Hhayim perguntou a Rabi Meir Karelits
(irmão do Hhazon Ish, e ele próprio um prodígio) como seus pais mereceram ter filhos de tão extraordinária estatura.
Respondeu que fizeram a mesma pergunta a sua mãe. Ela explicou: “Há uma boa razão para isto. Quando lavo meus
cabelos na véspera do Shabat, peço a duas mulheres que fiquem perto de mim e cubram-nos com lençóis, de modo que
as paredes de minha casa não vejam meus cabelos descobertos”. (www.chabad.org) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Os Shabatot de Adar
Existem, no mês de Adar, quatro Shabatot especiais. São dias em que lemos dois Sefarim. Poder-se-ia ler tudo de
um único Sefer, mas, em honra ao Kahal (público), para que não fiquem esperando o Sefer ser enrolado até a nova porção a
ser lida, costumamos tirar dois Sefarim já devidamente posicionados. São eles: Shabat Shekalim: No Shabat que precede
(ou coincide com) Rosh Hhodesh Adar (Adar II se houver dois), um trecho que contém a Mitsvá do meio shekel é lida. Após
o pecado do bezerro de ouro, o povo judeu foi contado. D-us estabeleceu esta Mitsvá para beneficiar o povo: a contagem das
moedas doadas “levantaria suas cabeças”, isto é, concederia perdão pelo pecado, e esta doação de meio shekel foi
estabelecida como uma doação anual permanente. Do coletado, eram comprados os animais para as oferendas diárias da
comunidade, para que todo o povo tivesse uma parte nelas. Na época do Templo Sagrado, era realizado um anúncio anual
em 1 de Adar em todo Israel, recordando a todos que dessem meio shekel para o Templo. A coleta ocorria no mês de Adar.
Os shekalim atendiam a dois propósitos: como renda para o Templo, e como meio de censo, pois D-us proibiu contar os
judeus diretamente: “Não conte o povo de Israel diretamente, pois a bênção Divina não paira sobre algo que foi contado ou
medido”. Em lembrança à proclamação que ocorria em 1 de Adar, lemos este trecho. Shabat Zachor: Por ser o Shabat
anterior a Purim, lemos, neste segundo Shabat do mês, o trecho final de Ki Tetse – “Lembra o que Amalek te fez” como
Maftir. Em Purim, relatamos a trama de Haman (descendente de Amalek), que tentou destruir-nos. Shabat Parah: No
terceiro Shabat, lemos o trecho da ‘vaca vermelha’ (Hhukat). Esta leitura foi instituída pelos sábios devido ao fato de que,
nesta época do ano, os judeus deveriam purificar-se antes de viajarem para Jerusalém para a peregrinação de Pessahh. Em
lembrança a essa purificação, que era feita com as cinzas da vaca, e à ida ao Templo, lemos este trecho. Shabat
HaHhodesh: No quarto Shabat, o Maftir é lido de Bô (Shemot) – Este mês será para vós a “cabeça” dos meses. Ele é o
Shabat anterior a Rosh Hhodesh Nissan, ou o próprio Rosh Hhodesh se coincidirem. O primeiro dia de Nissan foi e sempre
será um dia histórico para a Nação Judaica. Foi neste dia que recebemos o primeiro mandamento como povo: santificar a lua
nova. Os Sábios explicam que, com esta Mitsvá, D-us nos deu “controle sobre o tempo”. Daquele momento em diante, o
ciclo de tempo só se renovaria quando os Sábios declarassem o início do novo mês. Isso representa o poder da renovação.
Por Jaime Boukai
Em lembrança a isso, lemos este trecho. (Extraído dos sites: Chabad.org.br e Ou.org)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah, Guila bat
Amar e Edna Mattatia bat Lídia.
Em memória e elevação das almas de Elias Salomão Balassiano Ben Faride, Regina Acher Cohen Bat Esther, Amalya Khalili Boukai Bat Ora,
Carlos David Zeitune Ben Saada, Salomão Chabetai Levy Ben Zaquie, Jacob Mayr Mizrahi Ben Simhá, Jamile Balassiano Bat Rene, Zebulum
Cohen Ben Regina, Nazle Haim Nigri Bat Ribcá, Sarina Beniste Bat Rosa, Miriam Zeitune Bat Rosa, Amalie Cohen Pacanowiski Bat Luna,
Margarida Varsano Cohen Bat Luna, Tofic Nigri Ben Malaque, Esther Simão Nigri Bat Nazle e Toufic Efraim.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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