N461-Tazria 5776 - lekachtob.xpg.com.br
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BS “D ע ֹזֽב ׃ ֲ ַ ֽל־ כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י ֶ ל ָ ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י ֶ ִ ֤י “Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2 Shabat HaHhodesh Rosh Hhodesh Shalom! Parashá Tazria - 1 de Nissan de 5776 (09/04/2016) Ano-8 N-461 כ ֑ר ָ ְָדה ז ֖ ָ ע ְוי ָֽל ַ ִ ֣י תַ ז ִ ְ֔רי ַ֙ ֵ ֞ר אֶ ל־ ְ נ ֵ ֤י י ִ ְ ָראֵ ל֙ לֵא ֹ֔מר אִ ָּ ה “fala aos Filhos de Israel, dizendo: uma mulher que der semente e der à luz a um macho.” (Vaicrá 12:2) Às vezes, uma pessoa pode achar difícil entender o que a Torah está dizendo a eles. Um exemplo disso são as Leis de pureza e impureza e tsaráat, algo que, em um nível aparente, não é aplicável a nós agora. No entanto, a Hhassidut nos orienta para diferentes formas de compreensão. A porção desta semana abre com uma discussão de uma mulher conceber, dar à luz, circuncidar a criança [se é menino] e os subseqüentes diferentes níveis de impureza que ela experimenta dependendo de ter dado à luz a um filho ou uma filha. O grande comentarista, Ór HaHhaim explica que o versículo insinua sobre a entidade espiritual composta por todo o Povo Judeu (Knesset Israel), que é, por vezes, referido nos profetas (Yeshayahu 54:5-6, Osheah 2:21, entre outros) como uma mulher casada. A partir desta perspectiva, as palavras ‘uma mulher que der semente’ (a palavra hebraica – תזריעTazria, tem radical ligado a plantar/semear) remetem à missão do Povo de Israel de trazer frutos, que seriam os Mandamentos de D-us e boas ações. O Rebbe de Lubavitch Z”L comenta que, quando Knesset Israel é chamado de mulher casada, entendemos que o marido é D-us (com o casamento tendo sido em Shabuot com a outorga da Torah). O uso deste nome demonstra a conexão incrível entre o Povo Judeu e D-us. Em particular, ele mostra o incrível desejo de um judeu para se aproximar de D-us. Quando a pessoa está totalmente focada neste desejo, é possível que experimente um ‘kalot Hanefesh’ – uma elevação da alma, um desejo incrivelmente forte para desconectar-se do corpo e deste mundo físico e de ligar-se apenas a D-us. É por isso que o versículo diz-nos: ‘uma mulher que der semente’! Mesmo quando uma pessoa está num estado tão elevado de conexão com D-us, sendo a ‘esposa’ do Todo-Poderoso, e seu/nosso ser inteiro é preenchido com o desejo de estar perto de D-us, imerso apenas em assuntos espirituais, nós ainda temos que estar no nível de ‘plantar sementes’. Devemos cumprir os Mandamentos Divinos, por mais físicos e materialmente orientados que possam parecer, assim como o plantio físico da semente na terra. Por quê? Porque só após o plantio podemos causar o processo de germinação, brotamento, crescimento, florescimento e produção de frutos, que [mesmo que não vemos] transformam o mundo. Se o versículo está-se referindo a um alto nível de apego Divino, por que é continuado com o tema da impureza subsequente? O Mei HaShiloach faz uma analogia a uma pessoa que apresenta um pedido por escrito para o rei em um pedaço gasto de papel. Independentemente de quão bem ele foi escrito e a qualidade da linguagem, e com justificação e lógica, e mesmo quando o rei lhe responde de uma forma positiva, no entanto, o rei ordena que seu autor seja punido. Por quê? Porque a honra do rei é desprezada quando lhe é apresentado um pedido num pedaço de papel tão deteriorado. Assim é com as orações e ações do homem. Se elas não são totalmente absorvidas na santidade, na dor da Shechinah e como ela está afastada de sua fonte, na honra da Realeza Divina, mas sim existe um foco em suprir nossas necessidades físicas [cumprir em busca da recompensa], não alcançamos a perfeição e existe uma falha. Isso é o que significa ‘uma mulher que der semente’! Que a pessoa, quando faz uma Mitsvá ou ora, deve assemelhar-se a uma semeadura, dando um pouco de nós mesmos, como uma semente, mas esperando o muito que vem do pouquinho que oferecemos. Isto é referido pelo verso com ‘e der à luz a um macho’, o que significa que, sim, D-us deu ao indivíduo o que fora solicitado [representado pelo menino recém-nascido]. No entanto, ela se torna impura. Por quê? Para lembrar-nos que, mesmo atendidas, nossas orações/ações não foram completamente puras. (Adaptado do site www.ascentofsafed.com - Tazria). Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch) Resumo da Parashá – Tazria (Livro de Vaicrá [Levítico] 12:1 –13:59) Tazria continua a discussão das leis de Tumah veTahorah, impureza e pureza. Uma mulher que dá à luz um bebê deve submeter-se a um processo de purificação que inclui a imersão em uma mikveh (uma piscina de águas naturais) e a entrega de oferendas no Templo. Todos os meninos devem ser circuncidados no oitavo dia de vida. Tsaráat (“lepra”) é uma praga sobrenatural que também afeta vestimentas e casas. Se manchas brancas ou rosadas aparecerem na pele de alguém (ou manchas rosadas ou esverdeadas nas roupas), um Cohen é chamado. Julgando por vários sinais, como o aumento da área afetada após uma quarentena de sete dias, o Cohen a declara como tameh (impura) ou tahor (pura). Uma pessoa atingida com tsaráat deve morar sozinha fora do acampamento (ou da cidade) até estar curada. A área atingida em uma vestimenta é removida; se aparecesse novamente, a roupa era queimada. (Adaptado da “Parashá em uma Casca de Noz”) Por Jaime Boukai Curiosidades da Semana: Tsaráat e o Enfrentamento das Dificuldades As Parashiot Tazria e Metsorah lidam, principalmente, com as leis da Tsaráat – uma doença que se assemelha a hanseníase – doença de pele que se abateria sobre as pessoas por conta de certos pecados. A Torah descreve as várias Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site lekahhtob.co.nr (co.nr mesmo...). BS “D orientações pelo quais uma pessoa tem que passar quando está com Tsaráat, as restrições que se aplicam a ele e o processo para recuperar seu status de Tahara (pureza). Uma das leis interessantes de Tsaráat é a proibição contra a remoção cirúrgica da pele infectada. Uma pessoa com Tsaráat pode querer poupar-se o longo e difícil processo que Tsaráat impõe, e simplesmente arrancar a descoloração da pele. A Torah proíbe estritamente tal ato, exigindo que ela siga todos os procedimentos inerentes ao processo da Tsaráat. O Sefer HaHhinuch (trabalho anônimo comumente atribuída a Rab Aharon Ha'levi, Espanha, 1235-1303) explica que esta lei reflete a abordagem geral da Torah ao sofrimento e as dificuldades. Quando uma pessoa é acometida de alguma doença, ou enfrenta alguma situação difícil, a sua resposta não deve ser simplesmente curar a doença ou resolver o problema com ‘soluções rápidas’ ou milagrosas. Sua principal resposta deve ser submeter-se a um processo interno de mudança e arrependimento. Nossos Sábios ensinam que as dificuldades devem provocar introspecção. Ein issurin b’li abonot – não há sofrimentos sem uma transgressão! Não podemos simplesmente ‘remover’ a crise de nossa frente e, em seguida, viver como se nunca tivesse acontecido nem tendo deixado a causa do problema em vigor. Devemos responder com um processo de olhar para nós mesmos e tentar melhorar. A Guemarah conta a história de Rab Huna, cujo porão estava cheio de barris de vinho, que um dia, de repente, virou vinagre. Atormentado, ele se aproximou de seus colegas em busca de assistência. Eles pediram-lhe para pensar em algo que ele poderia ter feito de errado para causar esse infortúnio, e descobriu-se que ele empregou um certo trabalhador a quem ele não tinha pago. Rab Huna pagou ao trabalhador, e, de repente, o vinagre voltou a ser vinho! De acordo com uma versão diferente da história, o Guemarah diz que, após pagar o trabalhador, o preço do vinagre subiu drasticamente e Rab Huna teve um grande lucro. A Guemarah, em Massechet Berachot (5), fala longamente sobre o tema de ‘issurin’ – sofrimento e dificuldades. Ela nos ensina que dificuldades expiam o pecado de uma maneira que se assemelha à proteção da bancarrota. Cada pecado que cometemos deveria, na verdade, ser atendida com punições severas, mas Hashem, em Sua grande misericórdia e bondade, nos dá uma forma de ‘pagar’ nossas ‘dívidas’ parceladamente. Como um pneu furado, um cliente perdido, uma janela quebrada ou um insulto. Estes issurin podem parecer duros ou até mesmo devastadores para nós quando eles ocorrem, mas, no grande esquema das coisas, eles são uma expressão de grande compaixão de Hashem. Ele nos deixa menos sobrecarregados ao permitir-nos ganhar expiação por meio desses tipos de perdas e inconveniências. Esta é uma das lições de Tsaráat. Esperamos e rezamos para não sofrer qualquer tipo de aflição, mas, quando nós somos, D-us nos livre, acometidos por ‘Tsaráat’ ou quaisquer tipo de dificuldades, vamos responder da maneira certa, sem buscar soluções rápidas, tomando uma boa olhada em nós mesmos e encontrando os erros que devem ser corrigidos e os hábitos que precisam ser alterados. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.) Por Maurício Cagy Tsaráat – Outro Aspecto As Parashiot Tazria e Metsorah tratam de leis a respeito da tsaráat, doença que afligia pessoas que pecaram com lashon hará. Aqueles que contraíram as desagradáveis lesões que cobrem parte da pele eram enviados para fora do acampamento por um período de tempo. Assim como a doença era de natureza espiritual, assim também ocorria com a cura. Quando D-us via que o indivíduo estava verdadeiramente arrependido, a doença desaparecia e ele podia novamente retornar para a sociedade. Examinemos esta doença mais de perto. Um indivíduo acaba de ser atacado por uma doença terrível. Foi forçado a deixar sua família e viver fora do acampamento, sentindo constrangimento e vergonha. Qual o propósito desta punição? Não teriam sido mais apropriadas umas desculpas públicas em um ‘jornal judaico’ local? Devemos entender que o castigo Divino não é motivado por vingança, mas sim uma forma de terapia. O metsorah [pessoa afligida com esta doença] é banido do acampamento porque falou mal de outras pessoas. Na sua situação momentânea, fora dos limites do acampamento e distante do contato humano, o indivíduo afligido clama por companhia. De certo modo, ele está em uma solitária. Conseqüentemente, aprenderá a apreciar o som da voz humana e quão afortunados somos por compartilhar este mundo com outras pessoas. Ele, também, deveria sofrer o mesmo isolamento que inúmeras vezes era causado quando pessoas brigavam e se distanciavam por causa das coisas que ele falou. Causou isolamento, deve ser isolado (medida por medida). Quando compreender a importância da fraternidade e união, o metsorah entenderá o verdadeiro poder das palavras, e o efeito catastrófico que elas podem exercer sobre os outros se for usada de forma inadequada. Ele sentirá um reavivamento moral. Como você provavelmente já percebeu, esta doença não existe mais. Talvez D-us soubesse que a maioria de nós seria afetada por ela. Entretanto, a lição ainda permanece. Devemos ser cuidadosos em nossos contatos diários com outras pessoas. Infelizmente, tornamo-nos acostumados a escutar a maledicência e dar ouvidos a fofocas. Na próxima vez em que alguém falar: ‘Você sabe o que aconteceu com fulano?’, devemos mudar de assunto ou afastar-nos, pois, como dizem os sábios, quem dá ouvidos a mexericos é tão culpado como aquele que falou. Devemos levar a sério a lição do metsorah, e apreciar o imenso significado do companheirismo humano. (Por Benyamin Cohen em chabad.org.br.) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch) Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah, Guila bat Amar, Mordechai Grassiano ben Miriam. Em memória e elevação das almas de Leibish ben Hhaika (Israel Icek), Rahhel bat Hhana, Mazal Zeitune bat Sarah, Yossef Zaiat ben Sarah, Mordechai ben Rahhel Salem, José Felix Balassiano ben Esther, Faride Balassiano bat Rachel, Julieta Varsano bat Luna, David Felix Balassiano ben Esther, Jaques Balassiano ben Rachel, Leão Rechtman ben Blume, Aviva (Vera) Beniste bat Leá, Malka Nigri bat Sara, Julio Bareinboim ben Esther e Salim Elias Nigri ben Adom. Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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