Obesity Report 1.indd - segmento farma editores
Transcrição
Obesity Report 1.indd - segmento farma editores
Número 1 • 2007 Resumos de artigos sobre sibutramina em CARDIOLOGIA • Efeito do metoprolol em baixa dose combinado à terapia com sibutramina em obesos normotensos: estudo randomizado e controlado • Revisão dos efeitos metabólicos da sibutramina • Efeito da sibutramina sobre a pressão arterial em pacientes com obesidade e hipertensão bem controlada ou normotensos • Estudo da sibutramina, controlado com placebo, randomizado, duplo-cego e multicêntrico em pacientes obesos e hipertensos • Influência da sibutramina sobre a pressão arterial: evidência de ensaios controlados com placebo • Eficácia e segurança da sibutramina em 2.225 indivíduos com fatores de risco cardiovascular: estudo de observação aberto e de curto prazo • Efeitos da sibutramina sobre a adiposidade abdominal, a resistência à insulina e a pressão arterial em pacientes hipertensos e obesos • Eficácia e segurança da sibutramina para perda de peso em pacientes obesos com hipertensão bem controlada por agentes bloqueadores beta-adrenérgicos: estudo duplo-cego, controlado com placebo e randomizado • Efeito da perda de peso moderada sobre a qualidade de vida relacionada à saúde: análise de dados combinados de quatro estudos randomizados com sibutramina versus placebo • Efeito paradoxal da sibutramina sobre a regulação cardiovascular autônoma em pacientes hipertensos obesos: sibutramina e pressão arterial • Sibutramina e seu perfil cardiovascular • Eficácia e segurança da sibutramina em pacientes brancos e afro-americanos obesos com hipertensão: estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo e com duração de um ano • Sibutramina é segura e eficaz para perda de peso em pacientes obesos cuja hipertensão esteja bem controlada com inibidores da enzima conversora de angiotensina Apresentação Apesar de todos os esforços, as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no mundo ocidental. O mais grave é que, além de representar hoje a principal causa de morte, os epidemiologistas projetam um aumento significativo de sua incidência para os próximos anos. Esse aumento não se dará de maneira homogênea, mas se concentrará principalmente nos países em desenvolvimento, entre eles, o Brasil. Para reverter essa situação, é necessário identificar e tratar de maneira adequada os principais fatores de risco para doença cardiovascular. Entre esses fatores de risco, a obesidade e o sobrepeso vêm aumentando a prevalência de maneira “epidêmica”, assim como suas principais complicações (a resistência à insulina, a intolerância à glicose e o diabetes melito). É fundamental que se consiga uma redução do peso corporal dos pacientes e com isso se diminua de ma- neira significativa o risco cardiovascular. Essa redução é imprescindível, principalmente naqueles pacientes com outros fatores de risco presentes, como a hipertensão arterial. A dificuldade de fazer com que nossos pacientes diminuam seu peso e, principalmente, que mantenham essa redução por longo tempo é bastante conhecida. Daí, a necessidade de se lançar mão da prescrição de medicamentos que auxiliem na redução do peso corporal. Neste Obesity Report, são apresentados diversos resumos de artigos científicos da mais alta qualidade avaliando os resultados do uso da sibutramina em pacientes com aumento de peso associado à elevação do risco cardiovascular. Prof. Dr. Otávio Rizzi Coelho Chefe da disciplina de cardiologia do Departamento de Clinica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de campinas (Unicamp) Int J Obes Relat Metab Disord 2004; 28 (3): 378-383. Efeito do metoprolol em baixa dose combinado à terapia com sibutramina em obesos normotensos: estudo randomizado e controlado Ersoz HO, Ukinc K, Baykan M, Erem C, Durmus I, Hacihasanoglu A, Telatar M Departamento de Endocrinologia e Metabolismo, Faculdade de Medicina, Universidade Técnica Karadeniz, Trabzon, Turquia Objetivo: A sibutramina é um supressor eficaz do apetite, mas o tratamento costuma ser complicado por eventos adversos, incluindo palpitações e hipertensão. Neste estudo, visamos avaliar o efeito do tratamento com a combinação entre um betabloqueador cardiosseletivo em baixa dose e a sibutramina. Métodos: No total, 57 indivíduos obesos foram recrutados para o estudo e separados em dois grupos a fim de receber 10 mg/dia de sibutramina mais placebo (grupo P) ou subtramina 10 mg/dia mais 25 mg/dia de metoprolol (grupo M). Os pacientes foram avaliados no começo e no final do terceiro mês com medidas antropométricas, análise bioquímica, resistência periférica à insulina e monitorização ambulatorial da pressão arterial por 24 horas. Os eventos adversos foram avaliados com uma escala visual analógica. Resultados: Durante o período de estudo, a taxa de desistências foi significativamente mais alta no grupo P, em comparação ao grupo M (55% e 21% respectivamente, p = 0,014). Palpitações e cefaléia foram sintomas proeminentes no grupo P. A pressão arterial diastólica (78,6±11,6 mmHg e 70,6±4,8 mmHg, respectivamente; p = 0,013) e a freqüência cardíaca média (84,3±6,1 bpm e 75,8±8,4 bpm, respectivamente; p = 0,003) foram significativamente mais altas no grupo P em comparação ao grupo M no final do terceiro mês. A perda de peso foi semelhante entre os dois grupos (100,9±11,5 kg a 91,8±12,8 kg para o grupo P, p < 0,0001, e 97,9±13,2 kg a 88,9±13,8 kg para o grupo M, p < 0,0001). Não encontramos nenhum efeito deletério do metoprolol sobre os parâmetros metabólicos. Conclusão: O acréscimo de metoprolol em baixa dose à terapia com sibutramina aumentou a adesão dos pacientes ao tratamento e diminuiu a freqüência e a intensidade dos eventos adversos, incluindo hipertensão e palpitações, sem diminuir a eficácia do medicamento ou causar alterações deletérias significativas nos parâmetros metabólicos. Resumos de artigos sobre sibutramina em cardiologia Curr Med Res Opin 2005; 21 (3): 457-468. Revisão dos efeitos metabólicos da sibutramina Filippatos TD, Kiortsis DN, Liberopoulos EN, Mikhailidis DP, Elisaf MS Departamento de Medicina Interna, Escola de Medicina, Universidade de Ioannina, Grécia Informações básicas: A obesidade associa-se a aumento da incidência de diabetes, hipertensão, dislipidemia e coronariopatia. As atuais estratégias de tratamento da obesidade incluem mudança no estilo de vida e farmacoterapia. A sibutramina é um fármaco que tem eficácia estabelecida na redução do peso e na manutenção da perda de peso. Reduz a ingesta alimentar e atenua a queda da taxa metabólica associada à perda de peso. Objetivo: Revisar os efeitos metabólicos associados ao uso da sibutramina. Métodos: Foram identificados artigos relevantes por meio de pesquisa no MedLine (até dezembro de 2004). Resultados: A perda de peso por tratamento com sibutramina associa-se a aumento da sensibilidade à insulina e a uma queda dos níveis de hemoglobina glicosilada nos pacientes diabéticos tipo 2. Na maioria dos estudos, a sibutramina exerceu efeitos favoráveis sobre os lipídios, em especial sobre o colesterol com lipoproteína de alta densidade (HDL) e os triglicerídeos, bem como na proporção colesterol total: HDL. A sibutramina também reduz as concentrações de ácido úrico no sangue. Além disso, este medicamento parece influenciar favoravelmente as adipocitocinas, reduzindo os níveis sangüíneos de leptina e de resistina e aumentando os níveis de adiponectina. A sibutramina também exerce efeito benéfico sobre a hiperandrogenemia em mulheres obesas com a síndrome dos ovários policísticos. Achados preliminares também sugerem que a perda de peso após o tratamento com sibutramina seja útil em pacientes com esteato-hepatite não-alcoólica (NAFLD). Conclusão: A perda de peso após a administração de sibutramina associa-se a vários efeitos metabólicos favoráveis. Endocr Pract 2005; 11 (5): 308-312. Efeito da sibutramina sobre a pressão arterial em pacientes com obesidade e hipertensão bem controlada ou normotensos Gursoy A, Erdogan MF, Cin MO, Cesur M, Baskal N Departamento de Endocrinologia e Doenças Metabólicas, Universidade de Ancara, Escola de Medicina, Ancara, Turquia Objetivo: Avaliar os efeitos de curto prazo da sibutramina sobre a pressão arterial (PA) e a freqüência cardíaca (FC) em pacientes obesos normotensos e hipertensos controlados pelo uso de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Métodos: Antes e 5 a 7 dias depois do início do tratamento com sibutramina (10 mg ou 15 mg ao dia), quando tinham sido alcançadas concentrações de steady-state para a sibutramina, foi realizada MAPA em 81 pacientes obesos. Desse grupo total, 47 pacientes (26 normotensos e 21 com hipertensão controlada) receberam sibutramina numa dosagem de 10 mg/dia, e 34 pacientes (18 normotensos e 16 com hipertensão controlada) receberam sibutramina numa dosagem de 15 mg/dia. Resultados: As PAs sistólica e diastólica medidas em consultório em grupos de pacientes normotensos, com hipertensão controlada e obesidade não foram significativamente dife- rentes antes e depois do tratamento com ambas as doses de sibutramina. Os resultados da MAPA para os grupos obesos normotensos mostraram que as PAs sistólica e diastólica médias não foram significativamente diferentes depois do tratamento com doses diárias de 10 mg ou 15 mg de sibutramina em comparação com o valor basal. De forma semelhante, nos grupos obesos hipertensos controlados, os resultados da MAPA não foram significativamente diferentes antes e depois do tratamento com sibutramina. Além disso, a FC média não mudou significativamente depois ou antes do tratamento com sibutramina em ambos os grupos de dosagens. Conclusão: A sibutramina não induziu ou exacerbou hipertensão e não teve efeito sobre a FC em pacientes obesos normotensos e hipertensos controlados quando usada em qualquer uma das doses (10 mg ou 15 mg) diárias sugeridas. Cardiology 2000; 94 (3): 152-158. Estudo da sibutramina, controlado com placebo, randomizado, duplo-cego e multicêntrico em pacientes obesos e hipertensos Hazenberg BP Albert Schweitzer Ziekenhuis, Lokatie Amstelwijk, Dordrecht, Holanda Objetivos: Comparar a eficácia, a segurança e a tolerabilidade da perda de peso com sibutramina e placebo em indivíduos moderadamente obesos e hipertensos; avaliar o efeito da perda de peso sobre a pressão arterial. Desenho: Estudo randomizado, duplo-cego em grupos paralelos; preliminar de 3 semanas com placebo e fase de tratamento por 12 semanas. Ambiente: Nove ambulatórios hospitalares e serviços médicos gerais na Holanda. Participantes: Cento e vinte e sete homens e mulheres com 18 a 65 anos de idade e índice de massa corporal (IMC) variando entre 27 e 40 kg/m 2 e hipertensão estabilizada (pressão arterial diastólica de repouso média de 90 a 120 mmHg) com ou sem medicação anti-hipertensiva. Intervenções: Sibutramina na dose de 10 mg uma vez ao dia; placebo. Medidas dos resultados principais: Peso corporal, pressão arterial, monitorização laboratorial de rotina e de segurança clínica. Resultados: De 113 pacientes avaliados, 54 receberam sibutramina e 59, placebo. A redução de peso foi significativamente maior com a sibutramina a partir da semana 2 em diante (última observação de seguimento): média de 4,4 kg com a sibutramina e de 2,2 kg com o placebo (p = 0,002); redução de peso percentual média de 4,7% e 2,3%, respectivamente (p < 0,001); redução média do IMC, 1,6 e 0,8 kg/m 2, respectivamente (p < 0,01). A redução do peso corporal excessivo associou-se à redução da pressão arterial em ambos os grupos, embora a redução média da pressão arterial diastólica supina tenha sido numericamente maior no grupo placebo (5,7 mmHg) em comparação ao grupo da sibutramina (4 mmHg, p = 0,21). No entanto, não foi estatisticamente significativo. Reduções semelhantes foram observadas na pressão arterial sistólica supina. Ambos os tratamentos foram bem tolerados. Conclusões: A sibutramina na dose de 10 mg uma vez ao dia é uma terapia útil e eficaz para obesidade na presença de hipertensão estável. Resumos de artigos sobre sibutramina em cardiologia Int J Obes 2005; 29 (5): 509-516. Influência da sibutramina sobre a pressão arterial: evidência de estudos controlados com placebo Jordan J, Scholze J, Matiba B, Wirth A, Hauner H, Sharma AM Centro de Pesquisas Clínicas Franz-Volhard e Hélios Klinikum, Faculdade de Medicina da Charite, Universidade Humboldt, Berlim, Alemanha Objetivo: A sibutramina, um inibidor da liberação da serotonina e da noradrenalina, é amplamente utilizada como tratamento complementar para obesidade. Há preocupação de que a inibição da recaptação da noradrenalina pela sibutramina possa exacerbar a hipertensão arterial. Desenho: Análise combinada de dois estudos controlados com placebo. Participantes: O conjunto de dados combinados consistiu em 1.336 pacientes. Destes, 966 foram randomizados para sibutramina e 370, para placebo. Medidas: Peso corporal, pressão arterial e freqüência cardíaca (FC). Resultados: A sibutramina reduziu o peso corporal, independentemente da pressão arterial basal. No conjunto completo de pacientes, a pressão arterial sistólica não mudou com nenhuma das duas intervenções durante o período de 48 horas (-0,1±15,5 mmHg com sibutramina; -0,2±15,2 mmHg com placebo, p = 0,9). A alteração da pressão arterial diastólica no período de 48 horas foi de 0,3±9,5 mmHg com a sibutramina e de -0,8±9,2 mmHg com placebo (p = 0,049). A resposta da pressão arterial não foi exacerbada em pacientes com hipertensão grau 1 ou 2 ou nos pacientes com hipertensão sistólica isolada. O tratamento com sibutramina causou discreto aumento da FC supina, o qual se manteve durante todos os estudos. Conclusões: O tratamento com sibutramina tem pouca probabilidade de desencadear um aumento crítico da pressão arterial, mesmo nos pacientes hipertensos. No entanto, a pressão arterial e a FC devem ser monitoradas de perto. Nos pacientes que apresentam um aumento clinicamente significativo e sustentado de pressão arterial, o medicamento deve ser interrompido. J Hum Hypertens 2005; 19 (9): 737-743. Eficácia e segurança da sibutramina em 2.225 indivíduos com fatores de risco cardiovascular: estudo de observação aberto e de curto prazo Graciong Z, Placha G Departamento de Medicina Interna e Hipertensão, Universidade Médica de Varsóvia, Varsóvia, Polônia Este estudo visa determinar a eficácia e a tolerabilidade do cloridrato de sibutramina em pacientes acima do peso e em obesos com fatores de risco cardiovascular. Trata-se de um estudo de observação aberto de 12 semanas realizado em ambulatórios de atendimento primário. Os dados dos pacientes foram obtidos de questionários recebidos de 153 médicos. Um total de 2.225 pacientes acima do peso e obesos (IMC ≥ 27 kg/m2) receberam sibutramina em doses únicas diárias de 10 mg e/ou 15 mg. A população do estudo incluiu pacientes com boa saúde geral e hipertensão controlada (41,2%), diabetes melito tipo 2 (15,6%), hiperlipidemia (45,5%) e que eram tabagistas crônicos (37%). As medidas de resultado principal foram alterações do peso corporal, da pressão arterial e da freqüência cardíaca e a avaliação dos eventos adversos relatados. A redução do peso corporal de pelo menos 5% em relação ao valor basal até a semana 12 foi obtida em 2.030 (91%) pacientes, uma redução de mais de 10% em 987 (44%) pacientes. As diferenças basais de porcentagens de pacientes masculinos e femininos, a presença ou a ausência de hiperlipidemia ou condições de tabagismo não pareceram afetar a taxa de alteração do peso. A perda de peso foi menor nos pacientes com diabetes melito tipo 2 e/ou hipertensão sistólica controlada em condições basais, em comparação àqueles pacientes sem essas patologias. A média das pressões arteriais sistólica e diastólica e a freqüência cardíaca diminuíram em relação ao valor basal até a semana 12. No total, a sibutramina foi bem tolerada. Concluindo, o tratamento com sibutramina resultou em perda de peso clinicamente significativa durante terapia de curto prazo em adultos obesos com vários fatores de risco cardiovascular. Diabetes Obes Metab 2005; 7 (3): 246-253. Efeitos da sibutramina sobre a adiposidade abdominal, a resistência à insulina e a pressão arterial em pacientes hipertensos e obesos Faria AN, Ribeiro Filho FF, Kohlmann NE, Gouvea Ferreira SR, Zanella MT Hospital do Rim e da Hipertensão, Divisões de Endocrinologia e Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da sibutramina sobre o peso corporal, a distribuição de gordura corporal, a resistência à insulina, a leptina plasmática, o perfil lipídico e os perfis de pressão arterial em obesos hipertensos. Métodos: Oitenta e seis pacientes hipertensos e obesos centrais (IMC = 39±5 kg/m2, 84% mulheres, idade de 48 ± 8,5 anos) foram submetidos a uma dieta hipocalórica e a terapia com placebo por 4 semanas. A seguir, foram randomizados para receber sibutramina (10 mg) ou placebo por 24 semanas. Foram feitas medidas da cintura e do quadril antes do início do estudo e ao final dele, sendo calculada a relação cintura–quadril (RCQ). Foi realizada ultra-sonografia abdominal a fim de se fazer a estimativa da quantidade de gordura subcutânea (GS) e gordura visceral (GV), além da proporção visceral/subcutânea. Além de HOMA-r, foi calculado outro índice de resistência à insulina (IRIp) por meio da fórmula: pico de glicemia depois de carga oral de glicose x nível plasmático de insulina/10(4). Também foram determinados os níveis de leptina em jejum no plasma e os níveis de lipídios. Resultados: A sibutramina induziu maior redu- ção de peso que o placebo (6,7 versus 2,5%, p < 0,001). As reduções de RCQ (0,97±0,08 versus 0,94±0,07, p < 0,01), IRIp (0,11±0,07 versus 0,09±0,06 mmol/l(2) e GV (6,4±2,4-6±2,4 cm, p < 0,01) foram observadas somente com sibutramina. A leptina plasmática diminuiu com placebo (24±15 versus 18±10 UI/l, p < 0,01), mas não com a sibutramina (18,8±8,4 versus 18,2±13,2 UI/l). Não foi observada alteração do perfil lipídico clinicamente significativa em ambos os grupos. Além disso, os valores da pressão arterial no consultório e em 24 horas não mudaram durante a terapia com placebo ou sibutramina, ao passo que foi observado aumento significativo da freqüência cardíaca no consultório (de 78,3±7,3 a 82±7,9 bpm, p = 0,02) com a sibutramina. Conclusões: A terapia com sibutramina induziu maior perda de peso corporal que o placebo em pacientes obesos hipertensos. Isso se associou a uma redução da RCQ, a diminuições da GV e da resistência à insulina. A manutenção dos níveis de leptina durante a terapia com sibutramina pode ser importante para evitar recuperação do peso, embora este achado precise ser confirmado por outros estudos prospectivos. Resumos de artigos sobre sibutramina em cardiologia J Hum Hypertens 2002; 16 (1): 13-19. Eficácia e segurança da sibutramina para perda de peso em pacientes obesos com hipertensão bem controlada por agentes bloqueadores beta-adrenérgicos: estudo duplo-cego, controlado com placebo e randomizado Sramek JJ, Leibowitz MT, Weinstein SP, Rowe ED, Mendel CM, Levy B, McMahon FG, Mullican WS, Toth PD, Cutler NR California Clinical Trials, Beverly Hills, Estados Unidos A sibutramina é um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina eficaz na redução de peso e em sua manutenção a longo prazo em pacientes obesos quando usado como complemento de medidas dietéticas e comportamentais. Como se pode esperar que a inibição da recaptação da noradrenalina aumenta as pressões arteriais sistólica e diastólica (PAS e PAD) e o pulso (P), um estudo de 12 semanas, multicêntrico, controlado com placebo e duplo-cego foi elaborado para avaliar a eficácia e a tolerabilidade da sibutramina na perda de peso em obesos cuja hipertensão estava bem controlada (PAD ≤ 95 mmHg) por betabloqueadores com ou sem diuréticos tiazídicos concomitantes. Dos 61 pacientes randomizados para receber 20 mg de sibutramina uma vez ao dia ou placebo, 55 pacientes (90%) completaram o estudo. Depois de 12 semanas, os pacientes tratados com sibutramina perderam significativamente mais peso do que os tratados com placebo: as reduções médias do peso foram de 4,2 kg (4,5%) no grupo com sibutramina versus 0,3 kg (0,4%) no grupo placebo (p < 0,001). A maior redução de peso com sibutramina foi acompanhada por tendência de maiores reduções médias dos triglicerídeos e do colesterol com lipoproteína em densidade muito baixa. A sibutramina foi bem tolerada, e a maioria dos eventos adversos teve intensidade leve ou moderada. Nenhum paciente com sibutramina interrompeu o tratamento por causa de um evento adverso. A PAD e a PAS médias nas posições supina e ortostática não foram estatisticamente muito diferentes entre o grupo com sibutramina e o grupo com placebo em qualquer consulta pós-basal durante o estudo de 12 semanas. Na semana 12, os aumentos médios a partir da PAS e da PAD supinas basais foram, respectivamente, de 1,6 mmHg e 1,7 mmHg para o grupo com sibutramina versus aumentos de 0,4 mmHg e 1,3 mmHg para o grupo com placebo. Na semana 12, os aumentos médios, a partir do basal para PAS e PAD em posição ortostática foram, respectivamente, de 1,5 mmHg e 1,8 mmHg para o grupo com sibutramina versus um aumento de 0,3 mmHg e uma diminuição de 0,8 mmHg para o grupo com placebo (p > 0,05 para comparação de tratamentos). Foi relatado um aumento médio estatisticamente significativo de 5,6 bpm (±8,25, DP) em pulso supino a partir de um basal de 62 bpm para os pacientes tratados com sibutramina na semana 12, enquanto os pacientes tratados com placebo tiveram diminuição média do P em posição supina de 2,2 bpm (±6,43) (p < 0,001). Em resumo, a sibutramina foi bem tolerada e eficaz para redução de peso. O acréscimo de sibutramina não resultou em aumento da PA nos pacientes obesos cuja hipertensão estava bem controlada por um betabloqueador. No entanto, com base no potencial para alterações de PA e P, os pacientes obesos tratados com sibutramina devem ser monitorizados periodicamente para alterações de PA e P, devendo ser tratados de maneira apropriada. Am J Manag Care 2001; 7 (9): 875-883. Efeito da perda de peso moderada sobre a qualidade de vida relacionada à saúde: análise de dados combinados de quatro estudos randomizados com sibutramina versus placebo Samsa GP, Kolotkin RL, Williams GR, Nguyen MH, Mendel CM Departamentos de Medicina Comunitária e da Família, Center for Clinical Health Policy Research, Duke University Medical Center, Durham, Estados Unidos Objetivos: Determinar se: 1) pacientes que apresentam maior perda de peso também têm melhoras correspondentemente maiores da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS); 2) a melhora da QVRS é notável para os pacientes que têm redução de peso moderada; (de 5% a 10%); 3) a relação entre redução de peso e QVRS é semelhante para os pacientes que recebem cloridrato de sibutramina ou placebo. Desenho do estudo: Combinamos dados de quatro estudos duplo-cegos, randomizados e controlados de administração de sibutramina (20 mg/ dia) versus placebo. Pacientes e métodos: Os pacientes (n = 555) eram leve a moderadamente obesos e tinham diabetes melito tipo 2, dislipidemia ou hipertensão bem controlada com inibidor da enzima conversora da angiotensina ou bloqueador dos canais de cálcio. A QVRS foi operacionalizada a partir da utilização do Impact of Weight on Quality of Life (IWQOL) e do Medical Outcomes Study 36-Question Short-Form (SF-36). A técnica estatís- tica principal foi uma análise de variância do nível do pacientes, predizendo alteração da QVRS a partir do estudo, do tratamento e da alteração do peso. Resultados: Perda de peso moderada associou-se à melhora estatisticamente significativa de QVRS para aproximadamente metade das subescalas avaliadas (p < 0,05). A maior sensibilidade à alteração foi demonstrada pela SF-36 em relação à percepção de saúde geral, alteração de saúde desde as subescalas do ano anterior e saúde global, mobilidade e subescalas totais pelo IWQOL. A maior perda de peso associou-se à maior melhora de QVRS. Perdas de peso de 5,01% a 10% associaram-se a alterações de duas unidades na subescala de percepção de saúde geral no SF-36 e a alterações de dez unidades na subescala total do IWQOL. Os resultados foram semelhantes durante todo o estudo e o tratamento. Conclusões: Perda de peso moderada associa-se a melhora notável da QVRS. Melhoras da QVRS são alcançadas pelos pacientes que recebem sibutramina. Resumos de artigos sobre sibutramina em cardiologia Clin Auton Res 2005; 15 (3): 200-206. Efeito paradoxal da sibutramina sobre a regulação cardiovascular autônoma em pacientes hipertensos obesos: sibutramina e pressão arterial Birkenfeld AL, Schroeder C, Pischon T, Tank J, Luft FC, Sharma AM, Jordan J Centro de Pesquisas Clínicas Franz-Volhard, Faculdade de Medicina Charite e Hélios KIinikum, Berlim, Alemanha Informações básicas: A sibutramina, um bloqueador do transportador de serotonina e noradrenalina, é tratamento complementar comum na obesidade. Estudos agudos em indivíduos saudáveis sugeriram que um mecanismo nervoso central inibitório poderia atenuar o efeito estimulatório periférico no sistema nervoso simpático. Esta hipótese tem sido testada em pacientes acima do peso e obesos. Métodos: Conduzimos um estudo clínico randomizado e controlado em pacientes hipertensos com índice de massa corporal (IMC) ≥ 27 kg/m2 a < 40 kg/m2. Depois de um período preliminar de 4 semanas com placebo, os pacientes foram randomizados para quatro diferentes tratamentos anti-hipertensivos ou placebo. Após 4 semanas de terapia anti-hipertensiva, os pacientes foram adicionalmente tratados com 15 mg/dia de sibutramina por 3 meses. Os pacientes foram submetidos a testes reflexos autônomos cardiovasculares e a um teste do decúbito inclinado com elevação da cabeça ao final de cada fase. Resultados: O peso corporal médio diminuiu de 98,5±4 kg para 94,7±4 kg (p < 0,05) entre o fim do tratamento preliminar com placebo e o fim do tratamento com sibutramina. A pressão arterial em posição supina foi de 154±3/80±2 mmHg, 145±3/76±2 mmHg e 150±3/79±2 mmHg ao final da preliminar com placebo, depois do ajuste do anti-hipertensivo (não significativo, ns) e ao final do tratamento com sibutramina (ns), respectivamente. A pressão arterial foi afetada de maneira semelhante durante o teste do decúbito inclinado com a cabeça elevada. A resposta da pressão arterial sistólica ao teste pressor pelo frio diminuiu com a sibutramina (p < 0,01). Esta diminuiu as oscilações da pressão arterial sistólica com baixa freqüência na posição supina (p < 0,01). Conclusões: A pressão arterial em repouso tende a aumentar com a sibutramina, enquanto a pressão arterial durante a estimulação simpática e as oscilações da pressão arterial com baixa freqüência diminuíram. Essas alterações paradoxais são compatíveis com estudos prévios em indivíduos saudáveis e sugerem uma combinação de mecanismos do sistema nervoso central e periférico. Int J Obes Relat Metab Disord 2002; 26 (suppl.) 4: S38-S41. Sibutramina e seu perfil cardiovascular Narkiewicz K Universidade Médica de Gdansk, Gdansk, Polônia A sibutramina pode produzir aumento da pressão arterial e da freqüência cardíaca dose-dependente, em especial durante o início do tratamento. No entanto, os efeitos cardiovasculares do medicamento estão relacionados à perda de peso obtida: os pacientes que perdem 5% ou mais do peso corporal inicial têm uma redução da pressão arterial que se correlaciona ao grau de perda de peso. A sibutramina não descompensa hipertensão preexistente contro- lada, e o tratamento tem demonstrado ser seguro e eficaz nestes pacientes. Na prática clínica, é importante observar os critérios de exclusão recomendados, monitorizar a pressão arterial e a freqüência cardíaca e aderir aos critérios de retirada. Isso deve possibilitar a identificação daqueles pacientes para os quais a sibutramina não é adequada, conquanto permita que a maioria dos pacientes obtenha benefício clínico com o tratamento. Arch Intern Med 2000 24; 160 (14): 2185-2191. Eficácia e segurança da sibutramina em pacientes brancos e afro-americanos obesos com hipertensão: estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo e com duração de um ano McMahon FG, Fujioka K, Singh BN, Mendel CM, Rowe E, Rolston K, Johnson F, Mooradian AD Clinical Research Center, Nova Orleans, Estados Unidos Informações básicas: A obesidade é uma patologia médica altamente prevalente e em geral acompanhada de hipertensão. Este estudo avaliou a eficácia e a segurança do tratamento com cloridrato de sibutramina para promover e manter a perda de peso em obesos com hipertensão controlada, incluindo uma análise de subgrupo de pacientes afro-americanos. Pacientes e métodos: Os pacientes obesos com índice de massa corporal (IMC) entre 27 kg/m2 e 40 kg/m2 e história de hipertensão controlada por um bloqueador dos canais de cálcio (com ou sem diurético tiazídico ao mesmo tempo) foram randomizados para receber sibutramina (n = 150) ou placebo (n = 74) com intervenção comportamental mínima por 52 semanas. Os afro-americanos constituíram 36% dos pacientes recrutados. As avaliações de eficácia foram o peso corporal e os parâmetros relacionados (IMC e medida da cintura e do quadril), parâmetros metabólicos (níveis sangüíneos de triglicerídeos, colesterol com lipoproteína de alta densidade [HDL-c], colesterol com lipoproteína de baixa densidade [LDL-c], colesterol total, glicose e ácido úrico) e medidas de qualidade de vida. As avaliações de segurança incluíram registro da pressão arterial, freqüência do pulso, de eventos adversos e de razões para interrupção. Resultados: Para pacientes recebendo sibutramina, ocorreu perda de peso durante os primeiros 6 meses do estudo, que foi mantida até o final do período de 12 meses do tratamento. Entre os pacientes que receberam sibutramina, 40,1% perderam 5% ou mais do peso corporal (responsivos em 5%), e 13,4% perderam 10% ou mais do peso corporal (responsivos em 10%), em comparação a 8,7% e 4,3% dos pacientes no grupo placebo, respectivamente (p < 0,05). As alterações do peso corporal foram semelhantes entre afro-americanos e brancos. A perda de peso induzida pela sibutramina associou-se à melhora significativa dos níveis sangüíneos de triglicerídeos, HDL-c, glicose e ácido úrico. As medidas da cintura e da qualidade de vida também melhoraram significativamente nos pacientes que receberam sibutramina. Os pacientes tratados com sibutramina tiveram aumentos médios pequenos, porém estatisticamente significativos, da pressão arterial diastólica (2 mmHg) e do pulso (4,9 bpm), em comparação aos pacientes tratados com placebo (-1,3 mmHg e 0 bpm; p < 0,05). Essas alterações foram semelhantes entre afro-americanos e brancos. A maioria dos eventos adversos teve intensidade leve a moderada e foi transitória. O evento adverso mais comum que levou à interrupção entre os pacientes que receberam sibutramina foi hipertensão (5,3% dos pacientes que receberam sibutramina versus 1,4% dos pacientes que receberam placebo). Conclusões: Nos pacientes obesos com hipertensão controlada, a sibutramina foi um tratamento eficaz e bem tolerado para a perda e a manutenção do peso. A perda de peso induzida pela sibutramina resultou em melhora dos níveis sangüíneos de triglicerídeos, HDL-c, ácido úrico e glicose e das medidas da cintura e da qualidade de vida. A pressão arterial e a freqüência cardíaca aumentaram em pequeno grau. Os perfis de eficácia e de segurança foram semelhantes para a sibutramina entre pacientes obesos afro-americanos e brancos com hipertensão controlada. Resumos de artigos sobre sibutramina em cardiologia J Hum Hypertens 2002; 16 (1): 5-11. Sibutramina é segura e eficaz para perda de peso em pacientes obesos cuja hipertensão esteja bem controlada com inibidores da enzima conversora de angiotensina McMahon FG, Weinstein SP, Rowe E, Ernst KR, Johnson F, Fujioka K; Sibutramine in Hypertensives Clinical Study Group Clinical Research Center, New Orleans, Estados Unidos O tratamento para obesidade com sibutramina resulta em redução de peso significativamente maior em comparação ao placebo, embora a perda de peso com a sibutramina possa ser acompanhada por aumentos médios pequenos, porém significativos, da pressão arterial (PA). Este estudo de 52 semanas, controlado com placebo, duplo-cego e randomizado, investigou os efeitos de 20 mg de sibutramina uma vez ao dia ou placebo sobre o peso corporal em 220 pacientes obesos (índice de massa corporal [IMC] de 27 kg/m2 a 40 kg/m2) e hipertensos. Na randomização, a hipertensão estava bem controlada (≤ 95 mmHg de pressão arterial diastólica [PAD]) com um inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA), com ou sem diurético tiazídico simultaneamente. A terapia para hipertensão continuou pelas 52 semanas do estudo. A sibutramina, na dose de 20 mg, produziu perda de peso significativamente maior em comparação ao placebo: 4,5 kg com sibutramina versus 0,4 kg com placebo (última observação do seguimento; p ≤ 0,05). Um total de 62 pacientes (42,8%) tratados com sibutramina perdeu 5% ou menos do peso corporal, em comparação aos 6 pacientes (8,3%) tratados com placebo; 19 pacientes (13,1%) tratados com sibutramina perderam 10% ou menos de seu peso corporal versus 2 pacientes (2,8%) tratados com placebo (última observação do segmento; p ≤ 0,05 para ambas as comparações). A hipertensão permaneceu bem controlada durante as 52 semanas do estudo com sibutramina e placebo. Depois desse período, as dife- renças entre tratamento com placebo e terapêutica com sibutramina para pressão arterial sistólica (PAS) e PAD supinas médias foram de aproximadamente 3 mmHg. A DAP média foi de 82,8 mmHg no tratamento com placebo, em comparação a 85,5 mmHg no tratamento com sibutramina (última observação do seguimento; p = 0,004), e a PAS média foi de 130,4 mmHg com placebo versus 133,1 mmHg com sibutramina (última observação do seguimento; p = 0,0497; ambas as comparações, sibutramina versus placebo). Os aumentos médios de PAS e PAD não parecem mudar a categoria total de risco para desfechos de coronariopatia. Alterações do pulso na semana 52 foram uma diminuição de 0,3 batimentos por minuto (bpm) para o tratamento com placebo, em comparação ao aumento de 5,7 bpm no tratamento com sibutramina (p < 0,001). Retiradas obrigatórias do estudo por alterações da PA definidas pelo protocolo, não foram estatisticamente diferentes entre os dois grupos de tratamento. Alterações maiores favoráveis do perfil lipídico, da glicemia e do ácido úrico poderiam ser responsáveis pelas maiores perdas de peso ocorridas no grupo com sibutramina. Este estudo indica que, nos pacientes obesos cuja hipertensão está bem controlada desde o início com um inibidor da enzima conversora de angiotensina, com ou sem terapia concomitante com diurético tiazídico, a sibutramina leva à perda de peso segura e efetiva sem comprometer o bom controle da PA. MATERIAL DESTINADO À CLASSE MÉDICA Rua Cunha Gago, 412, 2o andar, cj. 21, Pinheiros 05421-001 – São Paulo, SP. Fone: 11 3039-5669 www.segmentofarma.com.br • [email protected] Diretor geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Controller: Antonio Carlos Alves Dias Diretor editorial: Maurício Domingues Diretor médico: Dr. Marcello Pedreira Gerente de marketing: Rodrigo Mourão Gerente de negócios: Walter Pinheiro Coordenadora editorial: Caline Devèze Assistente editorial: Fabiana Souza Diagramação: Carlos Eduardo Müller Revisão: Jandira Queiroz e Michel Kahan Apt Produção gráfica: André Mendonça e Fabio Rangel Cód. da publicação: 3128.10.06 © Medley 2006 ® Marca Registrada - Boletim GNRC Obesity Report - 10.629 - 10/2006
Documentos relacionados
Painel Técnico Internacional sobre Eficácia e Segurança
Torsade de Pointes. A segurança do tratamento combinado é determinada pela escolha correta da medicação e cuidados em relação à restrição calórica. Dietas de baixíssimas calorias cada vez são menos...
Leia mais