A importância das Métricas Conceituando Métricas
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A importância das Métricas Conceituando Métricas
A importância das Métricas Conceituando Métricas A métrica do dia a dia As métricas fazem parte do nosso dia-a-dia pessoal, profissional e também no cotidiano das organizações. A todo o momento estamos medindo e avaliando os nossos gastos pessoais e de nossa família. Quanto gastamos por mês com luz, telefone, combustível etc. Essa atitude nos auxilia a viver dentro dos nossos limites orçamentários. A partir dessas medições vamos prevendo o quanto ainda podemos gastar ou o quanto devemos economizar num determinado período de tempo. Entendendo o que é métrica O termo métrica é sinônimo, nesta disciplina, do termo indicador. Em muitos momentos, os dois termos estarão aparecendo em textos, artigos e estudos, sempre com o intuito de dar um valor ou tamanho a uma medição em Recursos Humanos. Métrica em diferentes contextos A métrica na empresa No ambiente organizacional não é diferente. O tempo todo a empresa usa indicadores para saber se os negócios vão indo bem. Nas empresas, as pessoas também têm o seu desempenho avaliado através de um conjunto de métricas: quantidade de trabalho realizado, qualidade do trabalho, competências demonstradas, prazo para cumprimento das tarefas, grau de colaboração com outros colegas, apenas para citar algumas métricas. A métrica e o esporte Também usamos o conceito de métrica nos esportes. Por exemplo, durante um campeonato de futebol, os atletas, os clubes, a mídia, todos acompanham, medem e analisam uma série de indicadores (métricas): o número de vitórias de cada clube, o número de pontos por partida, o número de gols, entre outros. A métrica e a política Medir também faz parte do dia-a-dia do governo. A fim de gerenciar a performance da máquina pública, o governo utiliza um conjunto de indicadores que apontam se os governantes estão ou não fazendo uma boa administração. Para isso, utilizam, entre outros, as seguintes métricas: PIB, inflação (também medida através de diferentes indicadores como IPCA, IGP-M, INPC etc.), TR, Dólar, UFIR, IDH (Índice de 1 desenvolvimento Humano), Taxa de analfabetismo, Expectativa de Vida, Déficit Habitacional, Número de Pobres, Trabalho Infantil, Taxa de Juros, Mortes por Violência, Taxa de Desemprego etc. O profissional de RH e as métricas O profissional de RH, geralmente, tem dificuldades em trabalhar com a métrica. Isso acontece porque este profissional esta acostumado a lidar com questões intangíveis. Para quem trabalha em finanças, logística, ou engenharia, por exemplo, e está acostumado a lidar com questões tangíveis, medir é uma tarefa fácil. Assim, atividades como calcular o volume de produção, por exemplo, não é nada difícil. A objetividade da métrica em RH Para avaliar o desempenho não há outro caminho senão medir. Falar que se está fazendo um bom trabalho não é suficiente, é preciso provar. Para isso, não há outro caminho diferente das evidências, ou seja, dos fatos concretos. Dessa forma, se evita avaliações subjetivas, “achismos”, impressões pessoais, tanto nossas quanto das pessoas que avaliam nosso trabalho. Nas décadas de 1970 e 1980, alguns fundamentos vieram do Japão e foram consagrados no meio empresarial brasileiro, a saber: - Quem não mede, não gerencia. - Contra fatos e dados, não há o que discutir. Essas duas lições confirmam a importância da disciplina Métricas para nos ensinar a medir a performance da área de RH. Precisamos nos habituar a falar a linguagem dos empresários, que é a linguagem dos números. Devemos deixar de lado a linguagem que geralmente usamos baseada nas adjetivações “estamos fazendo um excelente trabalho”, “nossa equipe tem ótimos profissionais”. Para os empresários, isso é um mero discurso que não prova nada. O RH e seus subsistemas Para avaliarmos o desempenho da área de RH, ou de algum dos seus subsistemas como Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Administração de Cargos e Salários, Administração de Benefícios, Administração de Pessoal, Planejamento de RH, Relações Trabalhistas e Sindicais e Segurança do Trabalho, temos que conhecer basicamente: Quais são os objetivos da área de RH e seus subsistemas? Quais são os indicadores que nos auxiliam a avaliar o desempenho? Quais são os benchmarking? 2 Os indicadores como ferramenta em RH A principal ferramenta dentro de métricas são os indicadores, que são formados por um conceito e uma fórmula. Esta fórmula transforma este conceito em números. Para entender melhor esta idéia vamos a um exemplo Um dos objetivos da área de RH é reter os recursos humanos, conceito conhecido como “reter talentos”. Neste caso, como poderemos saber se estamos de fato atendendo este objetivo? Um dos indicadores que nos auxilia neste caso é o turnover (conceito que você já conhece da disciplina de Recrutamento e Seleção); Através do turnover, podemos calcular a rotatividade de uma empresa Logo, ele é um indicador, pois aponta o que deve ser medido (a rotatividade) para avaliarmos o objetivo “Retenção de Recursos Humanos”. Relembrando.... O turnover representa o grau de rotatividade dos empregados de uma empresa em um determinado período (dia, mês, ano). Como calcular o turnover dentro da empresa Veja como calcular o turnover Primeira fórmula Adotada na literatura de RH, esta fórmula aborda o fluxo de entradas e saídas de empregados em um período (média das admissões e demissões)x100 Nº de empregados no mês anterior % de turnover = [(admissões + demissões):2]x100 Nº de empregados no mês anterior Entendendo o benchmarking Benchmarking é uma expressão utilizada para fazer referência às melhores práticas de mercado em um determinado assunto. Uma escola por exemplo, é benchmarking quando se torna uma referência em ensino. Já uma empresa se torna benchmarking quando suas práticas são as melhores do mercado. Qual a relação entre turnover e benchmarking? 3 Em relação à rotatividade dentro da organização, o termo benchmarking apontará qual é o melhor turnover das empresas, ou seja, qual é a média de turnover das empresas que apresentam as mais baixas rotatividades de pessoal. Vamos supor que usando o indicador de turnover (extraído de uma fórmula), descobrimos que a rotatividade média mensal da nossa empresa equivale a 8%. Comparando esse resultado com o benchmarking que é, por hipótese, de 1,2%, chegamos à conclusão de que aquele nosso objetivo de “reter recursos humanos” não está sendo cumprido. Resultado: estamos longe de uma boa performance nesse quesito. Métricas em RH: características dos indicadores Relembrando o que você aprendeu com um estudo de caso Revendo o conceito Na aula anterior, vimos como aplicar o conceito de métricas. No dia-a-dia do nosso lar, podemos utilizar o conceito de métricas para administrar de forma mais eficiente o nosso orçamento familiar. Para entender isso melhor, vamos analisar os gastos com supermercado da família Flores, composta por cinco pessoas. Compras Compras do mês da família Flores Total gasto com supermercado: R$ 2.000,00 Total gasto com alimentação: R$ 800,00 Total gasto com produtos de limpeza: R$ 300,00 Total gasto com supérfluos (doces, balas e bombons): R$ 900,00 Número de pessoas da família = 5 Gastos O que queremos descobrir? 1-Proporção dos gastos com supérfluos comprados no supermercado 2-Média de gastos com supérfluos por pessoas da família Veja como determinamos a proporção dos gastos com supérfluos comprados no supermercado: Utilizamos o seguinte cálculo para determinar a proporção de supérfluos: Proporção de supérfluos = ( gastos com supérfluos x 100) / gastos com totais Proporção de supérfluos = (900 x 100) / 2000 = 45% Veja como descobrir a média de gastos com supérfluos por pessoas da família: Utilizamos a seguinte expressão para determinar a média de gastos com supérfluos 4 Média de Gastos com Supérfluos = gastos com supérfluos / número de elementos da família Média de gastos com supérfluos = 900 / 5 = 180 reais por pessoa. Outros casos Pensemos nas famílias (A, B e C). Usemos as mesmas fórmulas de cálculos, alterando os dados. Família A: Percentual gasto com supérfluos: 30% Custo médio familiar com supérfluos: 90 reais Família B: Percentual gasto com supérfluos: 20% Custo médio familiar com supérfluos: 70 reais Família C: Percentual de gastos com supérfluos: 45% Custo médio familiar com supérfluos: 180 reais Por meio das métricas, podemos concluir que a família C gasta muito mais com supérfluos do que as outras famílias. A família C Qual a tomada de decisão com base nos indicadores? Com base nos dados, podemos dizer que a família FLORES observou que estava gastando muito com supérfluos (45% de suas compras e cada pessoa da família gastava em média 180 reais) Substituindo esses produtos por outros mais necessários ao bemestar e saúde dos integrantes da família. Conclusão Este exemplo tem por objetivo, demonstrar como no dia-a-dia utilizamos os conceitos de métricas, sem percebemos, e ficamos imaginando que seria algo muito complexo, e incompreensível. Esperamos deixa-los mais tranquilos, pois a disciplina utiliza conceitos simples e comuns. O termo métricas ainda não é comum para muitos profissionais que atuam – ou desenvolvem estudos - no campo da Gestão de Recursos Humanos. Métricas, como já vimos, são indicadores, medidas ou mensurações. São referências numéricas que nos ajudam a entender o tamanho, valor ou representatividade de uma variável. O número de empregados é uma ‘métrica’ ou um ‘indicador’, podendo ser analisado isoladamente ou na composição de outras métricas, como o ‘faturamento por empregado’. Nesse segundo caso, o ‘faturamento’ e o ‘número de empregados’ são duas 5 métricas que, em conjunto, podem gerar, por exemplo, uma métrica denominada faturamento médio que é o faturamento dividido pelo número de empregados. A área de Recursos Humanos, como as demais áreas do contexto empresarial, necessita de métricas cada vez mais amplas. Em nosso dia-a-dia isso não é diferente. Precisamos saber quanto recebemos de salário, quanto estamos gastando em nosso orçamento familiar, quanto tempo levamos até o trabalho, qual a nossa taxa de glicose, pressão etc. Não há como ligar com as questões do nosso quotidiano sem métricas, queiramos ou não, tenhamos consciência disso ou não. As medições ocorrem em várias esferas, vejamos alguns exemplos: 1 .Medições nas empresas As empresas bem administradas independente de seu porte, utilizam métricas ou indicadores como forma de validar suas estratégias e planos de ação. 2. Medições na esfera governamental O governo também utiliza indicadores que auxiliam na gestão adequada dos recursos entregues pela e para a população. Entre eles podemos destacar: No campo econômico: INPC, IPCA, IPC, Despesas, PIB, inflação, receitas. Na área social: IDH (índice de desenvolvimento humano), Esperança de vida, Renda per capita, Número de habitantes, Renda per capita, Nível de alfabetização. Nível de saúde. Vejamos agora alguns exemplos de sua vida pessoal, como no dia a dia as pessoas se utilizam de medições, muitas vezes sem se dar conta disto: Orçamento doméstico,. Poupança, Investimentos, Compromissos profissionais (prazo, tempo, recursos envolvidos), Compras, 6 Pagamentos, Recebimentos, etc. Tipos de indicadores e suas características: Quantitativos: Usados quando necessitamos de dados numéricos sobre qualquer coisa sobre a qual queremos manter controle. Exemplos: Número de empregados, salário médio dos empregados, turnover. Qualitativos: Usados quando estamos interessados em conhecer a opinião de pessoas, seus valores e suas reações (aspectos pessoais). Exemplos: satisfação dos empregados com as condições de trabalho da empresa, satisfação dos clientes internos com o atendimento prestado pela área de RH. (De) eficácia São aqueles associados ao fim, ao objetivo, ao propósito de determinada ação. Estão associados à ideia de fazer certo, a coisa certa. Exemplos: O projeto de desenvolvimento gerencial atingiu 100% dos objetivos propostos. (De) eficiência: São os indicadores associados ao processo, ao meio, ao consumo de recursos para obtenção de certos resultados. Exemplos: 100% dos empregados selecionados pela área de Recrutamento e Seleção são adequados ao trabalho quer irão executar. Simples Eles são normalmente auto-explicativos, pois descrevem imediatamente um determinado aspecto da realidade. Eles traduzem, demonstram explicitam ou explicitam ou dão a dimensão da quantidade, do tamanho ou da importância de uma determinada variável. Exemplo: O índice de absenteísmo do mês de julho foi igual a 12%. Compostos: São os que resultam da combinação de diversos indicadores. Representam de forma sintética um conjunto de aspectos da realidade. Exemplos: índice de inflação compostos pelos índices de variação de preços de vários produtos. Métricas em RH: métricas demográficas 7 Indicadores de Participação Percentual da Força de Trabalho (FT) Proporção de empregados – indica a participação em percentual do número de empregados em FT de uma empresa. Nº de empregados x 100 Nº da Força de Trabalho Proporção de estagiários – indica a participação em percentual do número de estagiários em FT . Nº de estagiários x 100 Nº da Força de Trabalho Proporção de estagiários – indica a participação em percentual do número de estagiários em FT . Nº de estagiários x 100 Nº da Força de Trabalho Proporção de trainees – indica a participação em percentual do número de trainees em FT . Nº de trainees x 100 Nº da Força de Trabalho Proporção de terceirizados – indica a participação em percentual do número de terceirizados em FT . Nº de terceirizados x 100 Nº da Força de Trabalho Colocando a mão na massa... Vamos verificar a situação de nossa empresa virtual, a empresa ALFA, em relação à força de trabalho, com base nos cálculos que você acabou de ver. Mês Empregados Estagiários Trainee terceirizados JAN 1430 185 35 350 Força de trabalho 2000 FEV 1432 185 35 350 2002 MAR 1450 185 35 680 2350 ABR 1650 185 35 230 2100 8 MAI 1670 185 35 260 2150 JUN 1500 187 35 368 2090 situação da empresa ALFA (mês de janeiro). a) Proporção de empregados Proporção de Terceirizados b) Proporção de estagiários c) Proporção de Trainees d) Entendendo o absenteísmo: Para entender o absenteísmo sem ficar com dúvidas, veja os exemplos abaixo: A fórmula de cálculo do absenteísmo é igual a: Absenteísmo total = (nº dias não trabalhados x 100) ( nº de empregados) x (nº dias úteis) Empresa XYZ A empresa possui 1.000 empregados, estes empregados trabalham cada um em média 22 dias, logo, esses dados representam (1.000x22) 22.000 dias de trabalho para a empresa. Considerando que: 30 empregados faltaram 2 dias de trabalho, foram perdidos 60 dias de trabalho 10 empregados faltaram 5 dias de trabalho, logo, foram perdidos 50 dias de trabalho No total da empresa perdeu 110 dias de trabalho (60+50) Utilizando a fórmula do absenteísmo a métrica é igual a: Índice de absenteísmo: (110x100)/22.000 = 0,50% Absenteísmo sem justificativa – o absenteísmo pode ser calculado excluindo-se as faltas, atrasos ou saídas antecipadas consideradas como justificáveis pela Organização. Também, no cálculo desse indicador, estão excluídos os empregados dispensados do controle de frequência. = (nº dias não trabalhados – nº de dias abonados) x 100 ( nº de empregados) x (nº dias úteis) Vamos analisar agora a importância do Absenteísmo sem justificativa, ou seja, aquele no qual o empregado falou sem amparo legal para a falta, o que pode demonstrar simplesmente o desinteresse pelo trabalho. Utilizando o exemplo acima. Nesse caso, a fórmula de cálculo passa a ser: 9 Absenteísmo sem justificativa = (nº dias não trabalhados – nº de dias abonados) x 100 ( nº de empregados) x (nº dias úteis) Logo: (110-100)x100 = 0,05% 22.000 Quanto mais próximo a zero for esse indicador é sinal que o absenteísmo foi em sua maioria justificado. Importância do absenteísmo sem justificativa sobre o absenteísmo total É importante analisar a importância do absenteísmo sem justificativa sobre o absenteísmo total, já que o absenteísmo sem justificativa não tem amparo legal ou não considera a dispensa autorizada pelo empregador. A importância do absenteísmo sem justificativa pode se analisada por dois indicadores importantes: - diferença em pontos percentuais (absenteísmo) - Quanto mais próximo a zero for esse resultado, mais forte a indicação da insatisfação dos empregados - (Absenteísmo sem justificativa) – (Absenteísmo total) - Variação dos pontos percentuais (absenteísmo) - Também nessa fórmula, agora com outra fórmula de cálculo, um resultado próximo ou igual a zero é um indicativo do grau de insatisfação, dos empregados com a organização. - (Absenteísmo sem justificativa/ Absenteísmo total) – 1) x 100 Entendendo o que é índice de entrada e índice de saída 10 O que é turnover e turnover por substituição Turnover Como já foi comentado no início do curso, uma das métricas importantes para o profissional de RH é o índice de Turnover, que tem por finalidade dimensionar o movimento de entradas e saídas dos empregados em uma empresa ou organização. Admissões e demissões geram custos, portanto na maioria das empresas um índice de Turnover elevado não é interessante. A fórmula de cálculo do Turnover é igual a: [(admissões+demissões): 2] Nº de empregados do mês anterior Quando se deseja uma precisão maior no cálculo do Turnover deve-se abater do cálculo as vagas que foram extintas por redução de quadro ou as ampliadas por aumento de quadro. E nesse caso a fórmula do cálculo do Turnover deve ser expressa por [(admissões(por substituição)+demissões(com substituição)): 2] Nº de empregados do mês anterior Exemplo: A empresa XTW apresentou os seguintes dados nos meses de março e abril: Relatório do RH Abril Admissões = 40 Demissões = 20 Aumento de quadro = 10 Reduções de quadro= 5 Março Número de empregados = 200 Cálculo do Turnover: ([(40-10)+(20-5)]:2)x100 200 11 Índice de Turnover = 11,25% Turnover por substituição Considerando que a ideia do índice de turnover é mostra a rotatividade de pessoal, devemos excluir do cálculo desse índice as admissões por aumento de quadro de pessoal (vagas que não existiam antes) e as reduções de quadro (vagas que deixaram de existir). Proporção dos empregados por sexo (masculino / feminino) Nº de empregados do sexo feminino ou (masculino) x 100 Nº total empregados Amplitude de comando Amplitude de comando é um termo usualmente indicado para dar uma dimensão qualitativa do número de empregados que uma chefia poderia liderar diretamente. Entretanto, esse termo será utilizado para indicar em média quantos empregados “nãochefes” são comandados por um chefe. Nº total empregados - Nº de empregados em posição de chefia Nº de empregados em posição de chefia Suporte RH Esse indicador dá a dimensão de quantos empregados da Organização são atendidos por um empregado da área de RH. Nº total empregados - Nº de empregados da área de RH Nº de empregados da área de RH Colocando a mão na massa... Vamos verificar a situação de nossa empresa virtual, a empresa ALFA, em relação à força de trabalho, com base nos cálculos que você acabou de ver sobre número mensal de empregados, por sexo, por jornada, número de chefias, número de empregados em RH, número de admissões e demissões e faltas ao trabalho (abonadas e não abonadas). 12 Mês JAN total Sexo Sexo Jornada jornada jornada Chefia Área Admissão Demissão Falta Falta M F 8h 6h 4h RH Abonada 1430 858 572 858 143 429 644 143 26 20 2877 863 FEV 1432 859 573 859 143 429 644 129 4 2 2800 840 MAR 1450 798 653 870 145 435 653 116 36 18 2754 826 ABR 1650 908 743 990 165 495 743 116 300 100 1700 510 MAI 1670 885 785 1002 167 501 585 117 30 10 1654 496 JUN 900 150 450 495 45 10 180 1600 480 1500 900 600 Observação 1: FALTA representa o número total de faltas ao trabalho pelos empregados. Observação 2: no mês de março o número de admissões para aumento de quadro é igual a 6 e o número de demissões que não terão reposição de pessoal é igual a 3. a) Absenteísmo total (janeiro); b) Absenteísmo sem justificativa (janeiro); c) absenteísmo - variação pontos percentuais; d) absenteísmo variação percentual; e) índice de entrada (fevereiro); f) índice de saída (fevereiro); g) Turnover global (março); h) Turnover por substituição (março); i) Proporção de empregados do sexo feminino (janeiro); j) Amplitude de comando (janeiro); k) Suporte de RH (janeiro) Paulo é um dos colaboradores da empresa X e quer calcular alguns dados. Ajude-o a resolver estes cálculos. Para isso, analise os dados apresentados no mês de junho. 1. Colaboradores Número de empregados: 2.000 Número de empregados mês anterior: 1990 Número de estagiários: 100 Número de trainees: 20 Número de terceirizados: 500 2. Movimentação de pessoal em junho Admissões: 30 Demissões: 20 3. Controle de faltas 20 empregados faltaram 3 dias 10 empregados faltaram 5 dias 2 empregados faltaram 6 dias Força de trabalho Proporção de empregados Proporção de estagiários 13 Proporção de Trainees Proporção de Terceirizados Absenteísmo total Absenteísmo sem justificativa Índice de entrada Índice de saída Turnover Com base no Relatório de Rh apresentado abaixo, calcule as métricas possíveis com esses dados: Gerencia de Recursos Humanos Relatório Mensal de RH Número de empregados mês anterior: 1990 Número de empregados: 2.000 Número de estagiários: 100 Número de trainees: 20 Número de terceirizados: 500 Admissões no mês: 30 Demissões no mês: 20 Controle de faltas: 20 empregados faltaram 3 dias; 10 empregados faltaram 5 dias; 2 empregados faltaram 6 dias Métricas em RH: Métricas financeiras As métricas financeiras dizem respeito aos custos ou despesas com os recursos humanos de uma empresa. Demonstram também o retorno do investimento que as empresas fazem com seus empregados e com sua a sua força de trabalho. Nesta aula você verá como são determinadas essas métricas, apresentadas nessa seqüência: Remuneração Média Salário Médio Custo por Empregado Custo por RH Receita por Empregado Receita por RH Lucro por empregado Lucro por RH Retorno por empregado Retorno por RH 14 Custo por empregado Total dos gastos com empregados Número de empregados Esse indicador busca estimar o custo médio por empregado, obtido através da divisão do total da folha de pagamento e dos gastos com benefícios pelo número de empregados. Custo por RH Total de gastos com RH Total da Força de Trabalho O custo por RH considera o somatório dos gastos com empregados e não empregados. Envolve, além dos salários pagos aos empregados os benefícios, encargos, previdência, pagamentos a terceiros, estagiários e outros colaboradores. RECEITA POR EMPREGADO RECEITA DA EMPRESA N0 DE EMPREGADOS Auxilia as empresas e organizações a compreender a contribuição dos empregados na formação da receita da empresa RECEITA POR RH RECEITA DA EMPRESA N0 DA FORÇA DE TRABALHO Auxilia as empresas e organizações a compreender a contribuição da Força de Trabalho na formação da receita da empresa. LUCRO POR EMPREGADO LUCRO OPERACIONAL (ou lucro líquido) N0 DE EMPREGADOS Auxilia as empresas e organizações a compreender a contribuição dos empregados na formação do lucro da empresa. RETORNO POR EMPREGADO Receita Bruta – (Despesas totais- Despesas c/ empregados) Despesas com empregados Esse indicador busca estimar a capacidade a receita de uma empresa ou organização (faturamento bruto) para cobrir as despesas globais, excluindo as despesas diretas com empregados (salários, encargos, benefícios e afins.) Seu resultado corresponde a um retorno expresso em reais, para cada 1,00 real investido nos empregados. 15 RETORNO POR RH Receita Bruta – (Despesas totais- Despesas com RH) Despesas com RH Esse indicador busca estimar a capacidade a receita de uma empresa ou organização (faturamento bruto) para cobrir as despesas globais com os Recursos Humanos ou a Força de Trabalho, excluindo as despesas diretas. Seu resultado corresponde a um retorno expresso em reais, para cada 1,00 real investido nos Recursos Humanos . Colocando a mão na massa... Vamos verificar a situação de nossa empresa virtual, a empresa ALFA, em relação ao resultado do primeiro semestre. Veremos número de empregados, total de salários, folha de pagamento, força de trabalho e custo global com recursos humanos. MÊS JAN Número de empregados 1430 Total de Salários 2.574.000 Folha de Pagamento 5.019.300 Força de Trabalho 2000 Custo Global RH 6.776.055 FEV 1432 2.620.000 5.110.092 2002 6.8986.24 MAR 1450 2.668.000 5.202.600 2350 7.023.510 ABR 1650 3.044.000 5.936.288 2100 8.013.988 MAI 1670 3.106.200 6.057.090 2150 8.177.072 JUN 1500 2.803.500 5.466.825 2090 7.380.214 O número de empregados ajustados para o mês de janeiro é de 1180 empregados Vamos agora estabelecer as Métricas dessa empresa para o mês de janeiro. a) Salário médio; b) Remuneração média; c) Remuneração média ajustada por empregado; d) Custo por RH Vamos verificar a situação de nossa empresa virtual, a empresa ALFA, em relação ao resultado do primeiro semestre. Veremos número de empregados, força de trabalho, receita bruta, despesas totais, lucro por empregado, lucro por RH e lucro ajustado por empregado líquido. MÊS Força de Trabalho 2000 Receita Bruta JAN Número de empregados 1430 27.606.150 Despesas Totais 19.324.305 Lucro Líquido 6.349.415 FEV 1432 2002 28.105.506 19.111.744 6.548.583 MAR 1450 2350 28.614.300 18.599.295 6.847.432 ABR 1650 2100 32.649.581 20.895.732 6.334.019 MAI 1670 2150 33.313.995 20.987.817 6.662.799 JUN 1500 2090 30.067.538 22.550.653 6.614.858 16 (o valor da folha de pagamento em janeiro é de R$ 5.019.300,00) Vamos agora estabelecer as Métricas dessa empresa para o mês de janeiro. a) Retorno por empregado; b) Retorno por RH; c) Receita por empregado; d) Receita por RH; e) Receita ajustada por empregados; f) Lucro por empregado; g) Lucro por RH; h) Lucro ajustado por empregado EMPRESA KWR RELATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS MÊS: Janeiro Número de empregados: 1.600 Total de salários: 3.224.000 reais Total folha de pagamentos: 6.286.800 reais Força de trabalho: 2.100 colaboradores Custo Global com RH: 8.500.200 reais Receita Bruta: 35.600.000 reais Despesas totais: 26.000.000 reais Lucro líquido: 5.600.000 reais O que é HCROI? Jac Fitz-ens entende que é possível estimar o retorno do investimento em RH. Para ele, analisando-se receitas e despesas totais de uma organização, bem como os gastos especificamente ligados aos RHs de uma empresa, temos condições de calcular o retorno do investimento. Os investimentos ou gastos com pessoas (empregados, terceiros, estagiários etc.) podem ser medidos diretamente acumulando-se os valores apropriados nas rubricas salário, remuneração, benefícios etc. ou através da relação entre duas ou mais variáveis (salário por empregado, benefícios por empregado e assim por diante). Tais gastos ou investimentos podem também, gerar métricas de retorno, tal como proposto por Jac Fitz-ens. O HCROI, por exemplo, traduzido como retorno do investimento em capital humano é um desses exemplos de tentativas de medição do retorno. Parece claro que a ordem e a forma com que as peças são montadas para formarem o relógio fazem toda a diferença. A esta diferença chamamos organização, plano ou principio de um sistema. Sem ela, um sistema não cumpre seus objetivos de funcionar como um todo. Quando estudamos um sistema, apesar de identificarmos seus componentes, devemos sempre considerá-lo como um todo. 17 Receita por empregado ou por FTE Também podemos calcular a receita por empregado ou por FTE. Trata-se também de um cálculo simples, onde o numerador é a receita do período, e o denominador (o divisor) é o número de empregados ou o número de FTEs. Quer saber como calcular? Veja logo abaixo!. Receita total(despesas totais – gastos empregados) Gastos com empregados R$10.000- (R$.5.000 – R$ 2.000) = R$10.000- R$ 3.000 = R$ 2.0000 R$ 2.000 R$ 7,00 = R$ 2,00 HCROI: R1,00; R$ 3,50 Qual a tradução desse número para Jac Fitz-enz? Simples: para cada R$ 1,00 (um real) investido em recursos humanos, temos um retorno de R$ 3,50 (três reais e cinqüenta centavos). Incluindo-se os terceirizados nessa conta, você acha que o retorno aumenta ou diminui? Aumentando-se os gastos com empregados, o retorno aumenta ou diminui HCROI (força de trabalho) No exemplo anterior, focamos basicamente os gastos associados aos empregados (folha de pagamento + benefícios concedidos aos empregados + gastos com exames admissionais + gastos com exames demissionais etc.). No exemplo a seguir, vamos ampliar a idéia de retorno do investimento em RH, de empregado para a força de trabalho como um todo. Observe que a fórmula é a mesma, apenas adicionando-se os gastos com terceirizados, com estagiários etc. Vamos lá? Veja os dados a seguir: Receita total: R$ 10.000 Despesas com empregados: Despesas totais: R$ 5.000 Despesas com terceiros: R$ 2.000 R$ 1.000 Despesas com a força de trabalho: R$ 3.000 Como calcular? Receita total(despesas totais – gastos com a força de trabalho) Gastos com força de trabalho R$10.000- (R$.5.000 – R$ 3.000) R$ 3.000 = R$10.000- R$ 2.000 = R$ 3.000 R$ 8,00 = R$ 3,00 18 HCROI: R1,00; R$ 2,67 O que aconteceu com o HCROI nesse caso em relação ao cálculo anterior? Aumentou ou diminuiu? Claro que diminuiu. Por que diminuiu? Houve uma redução no HCROI porque aumentamos os gastos com pessoas – com os recursos humanos da organização. Lucro por empregado ou por FTE Também podemos calcular o lucro por empregado ou o lucro por FTE. Trata-se de um cálculo simples, onde o numerador é o lucro de um determinado período, e o denominador (o divisor) é o número de empregados ou o número de FTEs. Dados Lucro: R$ 10.000 Número de empregados: 10 Número de FTEs: 5 Como calcular? R$10.000 = R$ 2.000 5 ou R$ 10.000 = R$ 10.000 10 Tabelas e Gráficos Como vimos nesse rápido demonstrativo, podemos ter métricas simples associadas aos recursos humanos da organização. Podemos analisar cada uma das métricas citadas através de quadros ou tabelas, ou mesmo através de gráficos de linha, barra ou coluna. Caso queira relembrar tal questão, retorne ao material da Aula 4. Grafico de linha 19 Gráfico de barras Gráfico de colunas Os dados de receita, despesas e lucro normalmente são analisados por si sós, fora do contexto dos empregados. E o que Jac Fitz-enz sugere ao estabelecer métricas que tomam como referência as pessoas que atuam em uma organização? Sugere que pensemos em receitas, despesas e lucro associados às pessoas. É uma forma de criarmos maior vínculo dos resultados da empresa com o efetivo a ela vinculado. Ao usarmos a receita e as despesas de uma organização, estamos produzindo métricas que tomam como referência o número de empregados ou de FTEs, ao mesmo tempo que estamos trazendo para o dia-a-dia de RH o mundo dos negócios, principalmente os associados a itens como receita, gastos, despesas, investimentos e lucro. Nos exemplos anteriores lidamos apenas com o FTE empregados, mas poderíamos – embora mais complexo - ter lidado com o FTE da força de trabalho como um todo 20 Caso queira, exercite o ‘HCROI empregado’ com os dados a seguir: Receita total: R$ 100.000 Despesas totais: R$ 50.000 Despesas com R$ empregados: 20.000 Quanto você encontrou de HCROI? R$ 3,50? O mesmo número calculado anteriormente? Por que isso aconteceu? Porque o retorno do investimento em capital humano não considera o tamanho da receita ou da despesa, mas apenas uma relação entre elas. Nesse sentido, empresas com receita de R$ 10.000 ou R$ 100.000 podem ter o mesmo HCROI proposto por Jac Fitz-enz. Os termos custo e investimento aparecem com freqüência no livro texto-referência. Para o cálculo das métricas eles são sinônimos, mas para os valores e interesses das organizações, não. Clique nos termos a seguir e veja a diferença. Custo Investimento CUSTO - O termo custo seria, nesse sentido, sinônimo de gasto ou despesa. INVESTIMENTO - A idéia de investimento passa pela questão do retorno esperado. Quando investimos alguma coisa em algo ou alguém, esperamos que esse investimento nos trague retorno. Retorno financeiro seria algo superior ao que fora investido. Se investirmos R$ 100 em um treinamento, por exemplo, esperamos fazer um trabalho cuja qualidade pode render frutos no mercado de trabalho ou em nossa própria organização. Para fixarmos o entendimento das Métricas tratadas nessa aula vejamos a situação da empresa BETAGAMA que apresentou os seguintes dados em 2 meses: Número de empregados em janeiro - 1000 Jornada de 240 horas – 600 Jornada de 180 horas – 300 Jornada de 120 horas - 100 LUCRO = 1.500.000 RECEITA = 4.000.000 DESPESAS TOTAIS = 2.800.000 GASTOS COM EMPREGADOS = 416.600 GASTOS COM RH = 800.000 21 Número de empregados em março – 1200 Jornada de 240 horas – 600 Jornada de 180 horas – 500 Jornada de 120 horas - 100 LUCRO = 1.800.000 RECEITA = 4.000.000 DESPESAS TOTAIS = 2.500.000 GASTOS COM EMPREGADOS = 500.000 GASTOS COM RH = 960.000 Como a distribuição dos empregados por jornada de trabalho foi modificada é necessário calcular a equivalência de cada mês a uma jornada de 240 horas; Mês de março, equivalência a jornada de 8 horas. (600 x 240 + 500 x 180 + 100 x 120) = 1025 Vamos agora comparar os indicadores da empresa nesses 2 meses: LUCRO POR EMPREGADO AJUSTADO JANEIRO: LUCRO POR EMPREGADO AJUSTADO MARÇO 1.800.000 / 1025 = 1.756,10 RECEITA POR EMPREGADO AJUSTADO JANEIRO 4.000.000 / 875 = 4.571,43 HCROI EMPREGADOS JANEIRO ( 4.000.000 -2.800.000 – 416.600) / 416.600 = 3,88 HCROI EMPREGADOS MARÇO ( 4.000.000 - 2.500.000 - 500.000) / 500.000 = 4,00 HRCOI RH - JANEIRO (4.000.000 - 2.800.000 - 800.000) / 800.000 = 2,50 HRCOI RH = MARÇO ( 4.000.000 - 2.500.000 – 960.000) / 960.000 = 2,56 Conclusão: com base nos indicadores apresentados, mesmo com a redução da RECEITA POR EMPREGADO aumentaram O LUCRO POR EMPREGADO, RETORNO MÉDIO POR EMPREGADO, COMO TAMBÉM O RETORNO MÉDIO POR RH. 22 Conforme vimos até agora, quase tudo pode ser medido, ainda que, no campo da gestão de recursos humanos, o grau de subjetividade seja inerente ao objeto medido. O que medir, diante de tantas opções? O que pode ou não ser considerado viável medir? O que especialistas no assunto salientam como sendo importante focar? Nesse momento estaremos discutindo esses aspectos, particularmente voltados aos processos de RH. Para facilitar o nosso entendimento, processo é tudo aquilo que fazemos para captar, manter, desenvolver, reter e desligar pessoas. No dia-a-dia do profissional de recursos humanos há dezenas ou centenas de processos, cada um deles com um propósito específico. Algumas questões-chave – relativamente aos processos de RH – estão centradas na idéia de eficiência e eficácia. Outras questões estão associadas ao que deve ou não ser medido, bem como aos itens essenciais em um processo de medição. Relevância e Credibilidade O conteúdo de informação de cada indicador deve ser relevante para o critério em causa e este deve gozar de credibilidade técnica, quanto aos conceitos envolvidos e métodos de avaliação. A métrica precisa ter importância e, principalmente, credibilidade. Ser apenas importante não é suficiente, na medida em que, sem ter credibilidade, poucos irão estar mobilizados diante de um número que não é confiável. O indicador deve proporcionar o máximo de informação ao mínimo custo financeiro e esforço possível. Para indicadores que forneçam conteúdos de informação similares, deve escolher-se o que apresenta menores custos. Não vale a pena desenvolvermos uma métrica, um indicador, uma medição que custe mais do que os benefícios que pretende trazer. Vamos ver agora algumas métricas associadas a alguns dos principais processos de RH: As empresas oferecem vários benefícios aos seus empregados, entretanto dois benefícios se destacam por sua importância social ou por seu custo para as empresas que os fornecem, que são: alimentação e assistência médica. Dessa forma, é recomendável que esses benefícios sejam acompanhados de perto por indicadores específicos. Para o acompanhamento desses indicadores, é importante, principalmente se desejarmos comparar dados de uma empresa com os de outras empresas, ou mesmo comparar informações entre unidades dentro da própria empresa, é necessário que os indicadores sejam determinados por empregado, Por esse motivo trabalharemos com os indicadores que tenham essa característica. Veja, nesta tela, alguns importantes custos: Custos com alimentação com empregado Os indicadores citados devem ser apurados considerando-se as mais variadas formas de concessão, como cita o professor Marcelino Tadeu de Assis da Estácio de Sá, autor do livro “Indicadores de gestão de recursos humanos”. Dentre as formas de 23 concessão mais usuais estão refeitórios, restaurantes, vales, cestas básicas e afins e o indicador deve considerar os dados e custos referentes à forma de concessão utilizada. Custo médio por beneficiário Despesas totais com refeição no mês Total de beneficiários no mês Custo médio (líquido) por beneficiário Despesa total mês – contribuição total beneficiários mês Total de beneficiários no mês Na empresa XYZ são usuários do benefício de alimentação da empresa 2.470 empregados. O custo total mensal das refeições é de R$ 1.358.500,00,00 O custo médio/mês por beneficiário = 1.358.500,00 = 550,00 2470 Com base no cálculo do indicador o custo mensal da empresa por beneficiário é de: 550,00 reais. Considerando agora que os empregados participam parcialmente do custo das refeições vamos agora calcular o custo médio (líquido) por beneficiário. Ainda ma empresa xyz... São usuários do benefício de alimentação da empresa 2.470 empregados. Custo total das refeições: 1.358.500,00 reais. As contribuições dos empregados totalizam: R$ 271.700,00 reais Neste caso, o total a ser deduzido do montante gasto pela empresa com alimentação dos empregados é de R$ 271.700,00 reais. Custo médio (líquido) por beneficiário = 1.358.500,00 – 271.700,00 = 440,00/mês 2470 Esses dois indicadores permitem a empresa acompanhar a evolução do custo com esse benefício, bem como acompanhar a distribuição desse custo em cada uma das unidades da empresa. Pode permitir também o acompanhamento pelos cargos existentes. Custo com a saúde dos empregados Estudaremos agora como se calculam os indicadores relativos aos custos com benefício saúde com os empregados INDICADORES Custo médio por empregado Custo total com a saúde dos empregados Número de empregados no mês 24 Custo (líquido) médio por empregado Custo total com a saúde dos empregados - Contribuição total de empregados mês Número de empregados no mês Exemplo Empresa XYZ - exemplo número de empregados: 2000 custo mensal com o plano de saúde dos empregados: R$ 120.000,00 custo médio por empregado = 120.000,00 = 60,00 2000 considerando que os empregados contribuem com 10% do custeio do plano de saúde: custo médio líquido por empregado = (120.000,00 – 12.000,00) = 54,00 2000 É importante levar em conta que normalmente o benefício plano de saúde abrange também em várias empresas, os familiares do empregado que também são beneficiários do plano. Em várias situações, os familiares são abrangidos integralmente pelo benefício sem qualquer custo ao empregado, mas, em outros casos, o empregado contribui com uma parcela por agregado que inclui no plano de saúde. São possíveis agregados: esposa, filhos inválidos, filhos universitários até 24 anos, menores sobre guarda, marido, companheiro, tutelados, filhos menores que 21 anos, filhos menores que 18 anos, enteados Custo médio por usuário: custo total com saúde por mês número de usuário mês Quando todos os usuários também contribuem para ter o benefício do plano de saúde o indicador tem a seguinte característica: custo total com saúde mês – contribuição dos empregados número de usuários no mês É fundamental que esses indicadores sejam acompanhados com a evolução do tempo, por áreas da empresa, por cargos e, se possível, sejam comparados aos indicadores de outras empresas! Veja no exemplo como é possível fazer o cálculo do indicador. Considerando os dados da empresa xyz : Número de empregados: 2.000 Número total de dependentes: 4.000 25 Número de beneficiários do plano: 6.000 Custo mensal com o plano: r$ 120.000,00 Contribuição dos empregados: 12.000,00 Custo médio por usuário: 120.000,00 = R$ 20,0 6.000 Custo médio líquido por usuário: (120.000,00 – 12.000,00) = R$18,00 6.000 Treinamento e Desenvolvimento A atividade de treinamento e desenvolvimento em uma empresa ou organização é uma das mais importantes da área de recursos humanos. Este processo produz como resultados para uma empresa, dentre outros: a melhora da qualidade do trabalho produzido, a ampliação das competências da mão de obra e o retorno do capital investido nessa atividade. Estudaremos agora os principais indicadores de acompanhamento dessa atividade. Cabe observar que compõem o custo do investimento com treinamento & desenvolvimento: despesas com a entidade de ensino, instrutor ou palestrante despesas com transporte de pessoal despesas com salas de aula despesas com hospedagens translado de empregados e instrutores Observação: algumas empresas computam também as horas dedicadas ao treinamento referentes à remuneração dos empregados que participam dos treinamentos. Um indicador procura mensurar a participação dos investimentos com treinamento no lucro operacional, que é o percentual de treinamento sobre o lucro da empresa. % treinamento sobre o lucro = gastos com treinamento x 100 lucro operacional Empresa xyz Número de empregados: 2.000 Gastos (investimento) em atividades de t & d no período: 800.000,00 Lucro operacional da empresa: 2.110.000,00 % treinamento sobre o lucro = 800.000,00 x 100 = 38% 2.110.000,00 38% é uma estimativa da contribuição do t & d na formação do lucro da empresa. Outro indicador utilizado é aquele que mede para cada real investido em treinamento, qual o retorno obtido. 26 Retorno por treinamento e desenvolvimento = receita bruta – ( despesas totais – despesas com t & d) despesas com t & d Este indicador é uma estimativa de quanto cada real investido com t&d, trouxe de receita para empresa Exemplo 2 Empresa xyz Receita total: 46.332.000,00 Despesas totais: 30.266.400,00 Investimento em atividades de t & d: 800.000,00 Retorno por rh = 46.332.000 – (30.266.400 – 800.000,00 ) = 21,08 800.000,00 O resultado estima que, cada 1,00 reais investido em treinamento, o retorno do investimento foi de: R$21,08. Outro indicador também muito utilizado no processo ou atividade de treinamento e desenvolvimento é o investimento feito por empregado. Sua expressão de cálculo é dada por:investimento em atividades de t & d por empregado: investimento em atividades de t & d total de empregados O exemplo demonstra como é feito o cálculo: Empresa xyz Número de empregados: 2.000 Investimento em atividades de t & d: 800.000,00 Investimento em atividades de t & d = 800.000,00 = 400,00 2000 O valor médio investido com atividades de t & d por empregado é de 400,00 reais. Tem particular importância para o gestor de recursos humanos acompanhar os vários aspectos referentes ao investimento feito em atividades de treinamento e desenvolvimento (cursos, palestras, seminários etc.). Assim, analisar quantas horas foram investidas na atividade por empregado, é bem relevante, como também é o percentual de empregados treinados em relação ao número de empregados. Vejam as expressões de cálculo utilizadas: horas de t & d por empregado = total de horas em t & d total de empregados Percentual de empregados treinados: número de empregados treinados x 100 número de empregados da empresa Obs: se estivermos comparando áreas da empresa ou empresas cujos empregados trabalham com jornadas diferenciadas (4, 6 ou 8 horas por dia) utilizamos o total de empregados ajustados a mesma jornada de trabalho. 27 Exemplo EMPRESA: XTP Treinamento realizados no ano TREINAMENTO Carga horária Empregados treinados Carga horária x empregados treinados Técnicas gerenciais 60 50 3000 Redação funcional 30 120 3600 Técnica de vendas 100 40 4000 Métodos de informática 40 60 2400 Total ///////// 270 13000 Total de empregados da empresa: 400 empregados EMPRESA: XTP HORAS DE TREINAMENTO POR EMPREGADO: 13.000 = 32,5 horas de treinamento por empregado 400 270 x 100 = 67,5% é o percentual dos empregados da empresa foram treinados 400 Relembrando... Como vimos na aula anterior, diversos são os processos realizados em todos os subsistemas de recursos humanos. Quando falamos em recrutamento & seleção, por exemplo, há inúmeras atividades desenvolvidas pela área que necessitam ser mensuradas. Os indicadores de processo relativos à área ou atividade de recrutamento e seleção, visam avaliar se o desempenho dessa área, importantíssima para o dia-a-dia de uma empresa, está atendendo as necessidades de seus usuários. A determinação desses indicadores ocorre em razão da manifestação dos usuários com relação ao bom atendimento das necessidades de captação da mão de obra, necessária ao trabalho executado na empresa. Vamos então estudar os principais indicadores usados para o processo de trabalho da área de recrutamento e seleção (r & s). Recrutamento e Seleção de Pessoal O primeiro indicador a ser estudado é o tempo médio de duração dos processos seletivos executados pela área de recrutamento e seleção. Tem por finalidade demonstrar a agilidade ou a demora no preenchimento das vagas dos profissionais necessários a empresa: 28 Fórmula do tempo médio de preenchimento de vagas: Tempo médio de preenchimento de vagas = número de dias do processo 1+ ….número de dias do processo n número total de processos seletivos utilizando a fórmula CARGOS 1. Secretária 2. Analista contábil 3. Auxiliar adminstrativo 4. Auxiliar de contabilidade DURAÇÃO DO PROCESSO SELETIVO 19 dias 26 dias 20 dias 15 dias Tempo médio de Preenchimento das vagas (19+26+20+15)/ 4 = 20 dias Este resultado demonstra que os processos seletivos executados pela área de recrutamento e seleção duraram em média 20 dias. Fórmula do índice de preenchimento de vagas Índice de preenchimento de vagas no prazo = número de vagas preenchidas no prazo X 100 Número total de vagas preenchidas Exemplo da empresa KLM, onde foram realizados 7 processos seletivos. Destes processos, apenas 3 foram cumpridos no prazo. CARGOS DURAÇÃO REAL (em dias) DURAÇÃO PREVISTA PARA CONCLUSÃO DO PROCESSO SELETIVO (em dias) 1. Secretária 19 21 2.Auxiliar contábil 26 21 3. Analista de Vendas 29 21 4. Gerente Contábil 60 30 5. Gerente Compras 30 30 6. Soldador 7 7 7. Eletricista 10 7 Observação: As vagas de secretária, soldador e gerente de compras foram preenchidas no prazo. Assim, o índice de preenchimento de vagas no prazo foi: 3 X 100 = 42,86% 7 É importante que a área de Recrutamento e Seleção identifique a proporção das vagas preenchidas que, após o prazo de experiência, merecem graus positivos de desempenho. Cabe nesse caso a área de Recrutamento e Seleção pesquisar junto as áreas que receberam novos empregados, aprovados nos processos seletivos, se o desempenho 29 demonstrado pelos mesmos estão “adequados” e “muito adequado” as necessidades das áreas. Com base na pesquisa desenvolvida utilizar o indicador: Índice de Adequação as vagas = N° (candidatos adequados + muito adequados as vagas) “adequados” e “muito adequado” Número de vagas preenchidas Índice de adequação do empregado à vaga (Número de empregados adequados ou muito adequados às vagas) X 100 Número de vagas preenchidas Cada área da empresa que recebeu candidatos selecionados manifesta sua avaliação sobre os novos empregados. Depois disso, a área de recrutamento e seleção realizou uma pesquisa junto às demais áreas da empresa, na qual estas vagas foram preenchidas. A empresa obteve a seguinte informação: das 25 vagas preenchidas, 18 delas atenderam às necessidades de trabalho da área. Desta forma, o índice de adequação dos empregados às vagas foi de 72%. Quanto maior for o resultado desse indicador, melhor estará sendo o trabalho desenvolvido pela área de recrutamento e seleção, já que os empregados selecionados apresentam bons desempenhos em suas áreas de trabalho. Algumas vagas são preenchidas com candidatos que vêm de outra organização ou diretamente de entidades de ensino. Outros tantos vêm da própria empresa, de outros cargos. Alguns vêm de cargos menores, dando origem ao que chamamos de promoção. Outros de deslocam de cargos de mesma importância, o que chamamos de deslocamento lateral ou remanejamento de cargo. De qualquer fora, são elementos importantes para quem trabalha com o processo de preenchimento de vagas. Sabe como calcular? Basta dividir a quantidade de vagas preenchidas com empregados vindos do mercado pelo número total das vagas preenchidas. Quantidade de vagas por fonte A área de recrutamento e seleção da empresa LTR, no último mês, preencheu 20 vagas, das quais 12 foram através de recrutamento externo e 8 através de recrutamento interno. Quantidade de vagas por fonte Fonte Quantidade Indicador Externa 12 60% Interna 8 40% Total 20 100% Os indicadores foram calculados da seguinte forma: Quantidade de vagas fonte externa Quantidade de vagas fonte interna 30 Outro indicador que mensura com grande precisão a qualidade do processo seletivo é aquele que considera a proporção de novos empregados que permaneceram na empresa de 9 a 12 meses. Novos empregados que saíram da empresa antes deste período representam a inadequação do processo seletivo, pois teriam sido contratados empregados que foram demitidos ou que pediram demissão por não terem se adaptado às condições de trabalho existentes. O índice de retenção é um importante indicador dentro do RH de uma empresa. Exemplo da Empresa XWV No último processo seletivo realizado na empresa xwv, as 25 vagas foram preenchidas, representando 25 novos empregados que passaram pelo processo seletivo da área de R&S. Após 9 meses decorridos do ingresso dos candidatos e sem ultrapassar 12 meses foi feito um levantamento que identificasse, dos 25 candidatos admitidos, quantos permaneciam na empresa e quantos desligaram-se ou foram desligados da mesma. Os resultados foram: empregados admitidos no período: 25, permaneceram entre 9 a 12 meses: 20, demitidos ou desligados entre 9 a 12 meses da admissão: 5, índice de retenção: 20 x 100 = 80%. 25 Este resultado demonstra que 80% dos novos candidatos permaneceram na empresa, o que é um resultado aceitável, mas não ideal, considerando que em 20% das novas admissões, o processo seletivo certamente não selecionou os candidatos mais adequados às necessidades da empresa. Outro indicador indireto de avaliação da qualidade do trabalho da área de r & é produzido pelos resultados obtidos pelos empregados no processo de avaliação de desempenho. Os empregados bem avaliados representam a qualidade do processo seletivo que está sendo praticado na empresa. Esse indicador independe do processo de avaliação de desempenho utilizado, bastando somente que o processo de avaliação de desempenho aplicado possa identificar os empregados que apresentam alto desempenho. A expressão de cálculo desse indicador é dada por: Proporção de empregados com alto desempenho = Número de empregados com alto desempenho x 100 Número total de empregados Exemplo da empresa XWT Na empresa wwt, após o resultado da avaliação de desempenho anual aplicada, os resultados foram organizados em 3 categorias: empregados com alto desempenho: 500 empregados com desempenho mediano: 1.980 empregados com baixo desempenho: 20 total de empregados: 2.500 Desta forma a proporção de empregados com alto desempenho foi igual a: 31 500 x 100 = 20% 2.500 Quanto maior for o resultado desse indicador, será demonstrado, de forma indireta, a boa qualidade do processo seletivo posto em prática, já que os empregados aprovados nos processos de seleção de empresa,forneceram os bons resultados apresentados na avaliação do desempenho no trabalho. Avaliação direta da qualidade do trabalho da área de R&S. Finalmente, ainda visando identificar de forma direta o grau de satisfação dos clientes internos com as atividades da área de r & s, essa área pode encaminhar as demais áreas da empresa uma pesquisa de avaliação destinada a mensurar qualidade de seu trabalho. Nessa pesquisa pode ser identificado diretamente o grau de satisfação de cada área da empresa com os serviços prestados por R&S. Basta que em um formulário ( em papel ou online) os usuários indiquem diretamente sua satisfação com a área de R&S através de uma pergunta direta com a que está apresentada abaixo: como avalia a qualidade do trabalho apresentado pela área de r&s no processo seletivo para o cargo de:_____________________________ 1. ( ) insatisfatório 2. ( ) regular 3. ( ) bom 4. ( )excelente Consideram-se bons resultados as alternativas (3) e (4) e assim a fórmula de cálculo desse indicador é a seguinte: satisfação do cliente = { número de avaliações (3) e (4) } x 100 número de vagas preenchidas Exemplo da empresa XWF Considere que, na empresa WTF a área de recursos humanos executou uma pesquisa direta junto a todas as demais áreas da empresa, referente a qualidade do trabalho de recrutamento e seleção e obteve as seguintes respostas: opções 1 2 3 4 opinião das áreas: insatisfatório regular bom excelente total quantidade 50 70 100 80 300 Índice de satisfação dos clientes: ( 80 + 100 ) x 100 = 60% 300 32 Assim sendo 60 %, das áreas da empresa considera bom ou excelente o trabalho realizado pela área de R&S. Indicadores relativos à área de cargos e salários Vários indicadores apresentados nas aulas 1 a 5 mostraram a importância de indicadores financeiros na gestão de rh. Entretanto, olhando especificamente para área de gestão da remuneração ou também denominada área de cargos e salários, outros indicadores complementam os já apresentados anteriormente. Alguns aspectos da área são importantes de serem acompanhados: aumentos espontâneos concedidos aumentos por mérito concedidos acompanhamento de reajustes salariais Para as empresas que, além do salário fixo pagam remuneração variável, é importante medir o peso desse tipo de pagamento sobre a total de salários. Compõe a remuneração variável: plr,bonus,comissões, prêmio por reconhecimento dentre outros percentual da remuneração variável = total variável x 100 total de salários exemplo: a empresa wfm no último mês apresentou total de salários pagos : R$ 2.500.000,00. a remuneração variável paga foi: R$ 900.000,00. o percentual da remuneração variável: 900.000,00 x 100 = 36% 2.500.000,00 esse percentual representa o peso da remuneração variável sobre a folha salarial no último mês. é possível inclusive identificar o peso de cada componente da remuneração variável. 33