viva com prazer
Transcrição
viva com prazer
BOLETIM BIMENSAL nº 31 | Julho | Agosto | 2007 VIVA COM PRAZER O sexo, enquanto tema, não deve ser encarado como algo grosseiro, de mal gosto ou até inconveniente. Pelo contrário, falar sobre sexo revela abertura, curiosidade e interesse para com um assunto que a todos diz respeito, que praticamos e que faz dos Homens seres, de facto, superiores. Apesar da sexualidade ainda constituir um assunto tabu (que ninguém quer falar mas quase todos querem ouvir!), são cada vez mais as mulheres e os homens que procuram ajuda quando não conseguem obter prazer nas suas relações. Assim, como em tantas outras situações, o primeiro passo é sem dúvida reconhecer o problema e abordálo com o seu parceiro e/ou técnico de saúde da forma mais franca e objectiva possível, de modo a poder-se identiÞcar a causa e procurar uma solução, recuperando dessa forma a alegria de viver. FASES DO DESEMPENHO SEXUAL A nossa sexualidade, segundo Freud, desenvolve-se desde a infância, apresentando um período de latência que cessa durante a puberdade, altura em que as transformações físicas em curso determinam um novo ßuxo de energia sexual. Após a puberdade e com o amadurecimento do aparelho reprodutor, o ser humano é capaz de exercer uma sexualidade adulta. Nos seres humanos a sexualidade tem carácter reprodutivo e recreativo (apesar de algumas religiões se mostrarem abertamente contra qualquer outra possibilidade que não a reprodutiva para a sexualidade). Desta forma, considerando duas pessoas maduras biologicamente para o exercício da sexualidade, teremos as seguintes fases do desempenho sexual: • Fase de desejo sexual: corresponde ao início de qualquer actividade sexual, o interesse, libido ou vontade; é quando se procura prazer. • Fase de excitação sexual: é o início da actividade sexual propriamente dita, ou seja, quando se iniciam respostas Þsiológicas do organismo (erecção no homem, e lubriÞcação vaginal na mulher), criando as condições para que o acto sexual continue. • Orgasmo: ou clímax, ponto de não controle e não retorno, que se caracteriza por uma sensação de prazer intenso. • Fase de resolução: após o orgasmo há um relaxamento muscular, diminuição da frequência cardíaca e respiratória (que se elevaram durante o orgasmo), havendo um período refractário para novas práticas sexuais. Estas fases são indispensáveis para uma sexualidade normal, ou seja, aquela em que um indivíduo não apresenta problemas no seu ciclo de resposta sexual, tem prazer e consegue dar prazer ao seu parceiro. Em 1975, a OMS (Organização Mundial de Saúde) deÞniu Saúde Sexual como “a integração dos aspectos somáticos, emocionais, intelectuais A Saúde com Produtos Naturais e sociais do ser sexuado, na medida em que são enriquecedores e permitem um desenvolvimento adequado da personalidade, da comunicação e do amor”. Assim, os diversos aspectos sexuais ligados à capacidade eréctil, às relações sexuais, à procriação são elementos fundamentais para a vida. Quando existem alterações sexuais devem ser encaradas com frontalidade, para que não provoquem repercussões a nível familiar, social e proÞssional. Tema desta Edição: Dr. Ricardo Leite DISFUNÇÃO SEXUAL Qualquer situação que interÞra na resposta da expressão sexual humana a estímulos eróticos pode ser denominada de disfunção sexual. Esta pode ter uma origem psicológica, biológica ou mesmo social. Todas as perturbações sexuais podem ser primárias ou secundárias e podem surgir em qualquer idade. De uma forma simples, abrange todas as situações em que o indivíduo não consegue concretizar uma relação sexual, ou a concretiza de forma insatisfatória para si ou para o seu parceiro. Por outras palavras, a disfunção sexual apresenta-se como um mau funcionamento da psiconeuroÞsiologia em forma de distúrbios no desejo, na erecção, na ejaculação e no orgasmo. Qualquer distúrbio numa destas fases prejudica toda a relação. Na verdade, o sentimento de culpa, a ansiedade, o medo de falhar, problemas Þnanceiros, problemas no trabalho, stress e o dia-a-dia agitado constituem os principais factores instigadores de uma disfunção sexual. O Homem durante muito tempo foi (e na verdade ainda é) inßuenciado por crenças, tradições e mitos, muitas vezes com um pesado cunho religioso, que criaram alguns entraves a uma abordagem da sexualidade de forma directa e simples. Algumas das crenças mais comuns são as seguintes: “o sexo deve acontecer por iniciativa e sob comando do homem”, “relação sexual é igual a coito, o resto são meros substitutos ou aberrações”, “sexo e prazer é algo que não é próprio das mulheres, mas sim dos homens”, “A mulher que toma a iniciativa é suspeita ou imoral”, entre outras. A prevalência de disfunções sexuais nas mulheres é maior que nos homens, mas a maioria das terapias no mercado dirigem-se aos problemas masculinos. O que não deixa de ser um indicador bastante curioso. Segundo um estudo feito nos EUA pelo National Health and Social Live Survey, cerca de 43 por cento das mulheres terão algum tipo de disfunção sexual (14 por cento ligada com a incapacidade de excitação), enquanto este valor nos homens se Þcará pelos 31 por cento. Dependendo das fases do desempenho sexual já referidas, assim poderão veriÞcar-se diferentes tipos de disfunção sexual: distúrbios do desejo (hipoactivo e aversão sexual), distúrbios da excitação sexual (da erecção), disfunções da ejaculação (precoce, babante, retardada, retrógrada, anejaculação) e perturbações do orgasmo (sensibilidade diminuída, anorgasmia). Trata-se de um tema muito vasto, razão pela qual serão feitas algumas considerações somente às disfunções mais relevantes. LIBIDO A libido é deÞnida como sendo a procura instintiva do prazer (sobretudo sexual), ou seja, exprime o desejo ou a necessidade sexual. Na verdade, como já foi referido, constitui o primeiro passo para a consumação de um acto sexual. A falta de desejo sexual pode provocar um grande sofrimento na pessoa, pois afecta a sua relação com o parceiro, prejudica a sua motivação para outras tarefas diárias, resultando muitas vezes em depressão, apatia, diÞculdades no trabalho, indiferença e diÞculdades no desempenho das funções sociais. A falta de desejo (libido reduzida) é mais frequente em mulheres do que em homens, podendo ter uma causa orgânica (desequilíbrios hormonais, nódulos, infecções nos órgãos genitais, consumo de alguns medicamentos, etc.) ou resultar de questões psicológicas (diÞculdades de casal, sentimentos de culpa, etc.). Apesar da falta de desejo sexual constituir uma situação complexa, muitas vezes multifacetada, são muito raros os indivíduos completamente insensíveis ao prazer, bem como aqueles que permanecerão assim para o resto da vida. É fundamental procurar ajuda especializada, pois o mais provável é poder vir a resolver esta situação. ORGASMO É caracterizado por uma sensação intensa de prazer. No homem está geralmente associado à ejaculação, enquanto que na mulher envolve não só factores Þsiológicos, mas também psicológicos. O dito orgasmo clitoriano é o mais comum e envolve uma estimulação por fricção e contacto com o clítoris, enquanto que o orgasmo vaginal é muito menos frequente. O famoso ponto G, seria uma região da parede anterior da vagina altamente sensível ao estímulo sexual e capaz de produzir um orgasmo extremamente potente. Fisiologicamente, o orgasmo caracteriza-se por contracções rítmicas e involuntárias, como que se tratasse de uma descarga de energia acumulada, resultante da tensão sexual criada. Cria-se um estado de tensão muscular, taquicardia, sudação e frequência respiratória acelerada, seguida de um relaxamento, o que resulta numa sensação de alívio e bem-estar. Não obstante, há demasiada centralização do sexo aos genitais. O prazer é muito mais do que o coito, podendo-se ter prazer sem penetração ou orgasmo. O contacto corporal, o olhar, e todas as expressões lúdicas entre um casal podem proporcionar prazer e permitem uma vivência erótica que resulta numa satisfação que pode ser superior à resultante da penetração. VIVA COM PRAZER DISFUNÇÃO ERÉCTIL Outrora chamada impotência, a disfunção eréctil deÞne-se como uma incapacidade constante ou repetida para atingir ou manter uma erecção capaz de proporcionar uma actividade sexual satisfatória. O seu diagnóstico é conÞrmado quando o problema existe há pelo menos 6 meses e com pelo menos uma percentagem de insucesso de 70% nas tentativas para manter uma actividade sexual normal. São muitos os factores que afectam a função e a actividade sexual, sendo a idade um factor determinante. No caso da disfunção eréctil, a idade é a principal causa biológica (afecta 7% dos homens entre os 18 e os 29 anos e 85% dos homens entre os 76 e 85 anos). Embora frequente (resultado também do aumento da esperança média de vida), a disfunção eréctil é tratável em cerca de 95% dos casos. Sabe-se que o relacionamento entre o casal desempenha um papel muito importante na abordagem a este problema, não obstante, existem outras causas decisivas no desenvolvimento desta disfunção, como por exemplo: hipertensão arterial, diabetes, doença cardíaca, cirurgia da próstata, depressão e o consumo de alguns medicamentos (anti-depressivos, tranquilizantes, anti-hipertensores, anti-retrovíricos, opiáceos, anfetaminas, antagonistas H2, hipolipemiantes, diuréticos, etc.), consumo de álcool, stress, fadiga, ansiedade, entre outros. SOLUÇÕES NATURAIS Do que foi referido, é óbvio constatar que existem causas biológicas para a ocorrência de disfunções sexuais. Contudo, não se podem ignorar as condicionantes que afectam mulheres e homens nos tempos que correm, nomeadamente, a falta de tempo, estilos de vida acelerados e desadequados, déÞce de comunicação, cansaço, que no seu conjunto podem levar a um quotidiano desmotivador, sem lugar nem espaço para o romance. A principal diÞculdade na resolução de disfunções sexuais reside no facto de não ser possível medir o prazer. Não obstante, é possível que homens e mulheres adoptem alguns comportamentos para poderem viver uma sexualidade satisfatória, a saber: • Converse com o seu parceiro. Independentemente da disfunção em causa, é sempre mais fácil assumir o problema a dois do que atirá-lo para as costas de um só; • Procure ajuda de um especialista. Poderá indicar as várias soluções possíveis para o seu (vosso) problema. • Não desista. Mesmo depois de conversar e procurar ajuda especializada o problema pode persistir durante algum tempo. É necessário ser perseverante e paciente, pois não há soluções imediatas e milagrosas. • Dê atenção à sua intimidade, cultivando uma relação aberta e franca. Valorize os seus desejos, dê ouvidos aos anseios do seu parceiro, dedique tempo à sua relação. • Planeie criteriosamente os seus horários, deÞna objectivos na sua vida, enÞm controle o stress. • Pratique desporto e técnicas de relaxamento. • Tenha cuidado com a sua aparência e controle o seu peso. • Não fume e não beba álcool em demasia. • Tenha uma alimentação saudável, corrigindoa sempre que necessário com suplementos alimentares. DISPAREUNIA A dor durante a relação sexual, que impede o indivíduo de ter uma relação sexual satisfatória, é designada por dispareunia. É mais comum na mulher, embora também possa afectar os homens. Também aqui podem estar envolvidas causas físicas ou psicológicas. Entre as causas físicas mais frequentes destacam-se: as infecções e irritações na vagina, problemas na estrutura pélvica, secura das paredes vaginais e infecções nas vias urinárias. Relativamente às causas psicológicas (traumas, ansiedade, depressão, fadiga, etc.), conduzem inevitavelmente para uma baixa excitabilidade da mulher, comprometendo uma correcta lubriÞcação da vagina. Isto resulta numa penetração dolorosa e, obviamente, compromete a obtenção de prazer. O vaginismo (contracção involuntária dos músculos de entrada da vagina) também pode causar dor durante a penetração. A Saúde com Produtos Naturais VIVA COM PRAZER Dentro da DietMed destacam-se os seguintes Produtos: PROLADY Sex PAU DE CABINDA 250 mg Indicações de bom Uso: Utilizado por homens e mulheres adultos como afrodisíaco. Para além de constituir um tónico genésico, estimula também a actividade física e mental. Composição: Pau de Cabinda – Pausinystalia yohimbe - (Casca) 250 mg e Excipiente q.b.p. 1 cápsula. Modo de Usar: 1 cápsula ao almoço e outra ao jantar. Se necessário, pode tomar mais uma dose de 2 cápsulas. Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Frasco com 60 cápsulas. DR RECKEWEG® R41 Produto Farmacêutico Homeopático (n.º de registo no Infarmed 0107690) Composição: 10 ml contêm: Acidum phosphoricum D12 1 ml, Agnus castus D8 1 ml, Conium D30 1 ml, Damiana D6 1 ml, Testis (suis) D12 1 ml, Ethanolum / Aqua puriÞcata. Preparado secundo as normas da Farmacopeia Homeopática Alemã. Contém 37% Álcool. Dosagem e Administração: Salvo outra indicação, a dose para adultos é de 10 gotas diluídas ou não num pouco de água 1 a 2 vezes por dia, 30 minutos antes das refeições. N.B. Só esta prevista a utilização deste produto em adultos do sexo masculino. Indicações de Bom Uso: Baseiam-se nas utilizações tradicionais de cada um dos componentes homeopáticos. Entre elas incluemse: impotência sexual, falta de vitalidade; espermatorreia, esgotamento nervoso; efeitos do envelhecimento. Note que os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado, assim como as indicações de bom uso referidas baseiam-se na utilização tradicional dos seus constituintes, bem como nas suas acções Þsiológicas. Os Medicamentos Homeopáticos não possuem indicações terapêuticas aprovadas. ADE NOVID HO de JUN Indicações de Bom Uso: Suplemento Alimentar contendo extractos de plantas e vitaminas que beneÞciam o ßuxo sanguíneo, em particular a nível genital, aumentando a sensibilidade dos tecidos adjacentes, o que resulta numa estimulação sexual feminina mais efectiva. Antioxidante e estimulante físico e psíquico. Composição: Damiana (contendo pelo menos 3% de ßavonóides) 100 mg, Rodiola (contendo pelo menos 4% de rosavina) 75 mg, Ginkgo Biloba (contendo pelo menos 24% de ßavonóides) 60 mg, Ginseng (contendo pelo menos 30% de ginsenósidos) 20 mg, Vitamina B12 0,5 g (50% DDR*), Vitamina C 30 mg (50% DDR*), Vitamina E 10 mg (100% DDR*) e Excipiente q.b.p. 1 cápsula. * Dose Diária Recomendada. Modo de Usar: 1 cápsula de manhã e 1 à noite. Se necessário pode tomar até 2 cápsulas à noite. Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Caixa com 60 cápsulas. PROMAN Sex Indicações de Bom Uso: Suplemento Alimentar contendo extractos de plantas e vitaminas que promovem o aumento do ßuxo sanguíneo e dilatação dos vasos a nível genital, o que beneÞcia a função sexual masculina. Antioxidante e estimulante físico e psíquico. Composição: L-Arginina 100 mg, Yohimbina 7,5 mg, Ginkgo Biloba (contendo pelo menos 24% de ßavonóides) 60 mg, Ginseng (contendo pelo menos 30% de ginsenósidos) 20 NOVID mg, Vitamina B12 0,5 g (50% DDR*), Vitamina C 30 ADE mg (50% DDR*), Vitamina E 10 mg (100% DDR*) e Excipiente q.b.p. 1 cápsula. * Dose Diária Recomendada Modo de Usar: 1 cápsula de manhã e 1 à noite. Se necessário pode tomar até 2 cápsulas à noite. Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Caixa com 60 cápsulas. de JUN HO GINSENOL (ampolas) Indicações de Bom Uso: Planta com actividade adaptogénica, ou seja, exerce uma inßuência normalizadora do corpo, tendo um efeito toniÞcante generalizado. Aumenta a resistência não especíÞca do organismo, actuando positivamente contra os efeitos e factores externos negativos. É conhecido como um agente anti-stress e como um estimulante do sistema imunitário. Aumenta as performances físicas e intelectuais. Por isso, é útil em indivíduos com um ritmo de vida acelerado, convalescentes, no cansaço geral e na impotência sexual. Composição: Ginseng (Panax ginseng C.A. Meyer, contendo 3% de ginsenósidos. Parte utilizada: raiz com pelo menos 6 anos.) 1500 mg, Excipiente q.b.p. 1 ampola de 10 ml. Modo de Usar: 1 ampola por dia, preferencialmente durante o pequeno-almoço. Pode ser diluída em água ou sumo de frutas. Não deverá exceder essa posologia. Apresentação: Caixa com 20 ampolas (viales) bebíveis. BIBLIOGRAFIA: MARK H. BEERS. The Merck Manual of Medical Information: Home Edition. Merck & Company. April 2003. 2nd Ed. ISBN0911910352. ROD R. SEELEY, TRENT D. STEPHENS, PHILIP TATE. Anatomia & Fisiologia. Lusodidacta. Lisboa.1997. 1ª Ed. ISBN972-96610-5-7. WALTER OSWALD, SERAFIM GUIMARÃES. Terapêutica Medicamentosa e suas Bases Farmacológicas. Porto Editora. 4.ª Ed. ISBN-972-0-06030-1. LÍGIA FONSECA, CATARINA SOARES, JÚLIO MACHADO VAZ. A Sexologia: perspectiva multidisciplinar I. Quarteto. Coimbra. 2003. ISBN-989-558-015-0. VIVA COM PRAZER DietMed | R. da Capela, Ed Dietmed | Corvos à Nogueira | 3505-276 Viseu [email protected] | www.dietmed.pt