Paragonimíase
Transcrição
Paragonimíase
Este encarte é parte integrante da edição de nº 292 do Jornal da Imagem Reunião Clube Roentgen - agosto de 2002 São Paulo, dezembro de 2002 Caderno Dois Escola Responsável: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo/Hospital das Clínicas (FMUSP/HC) Coordenador: Dr. Celso Kamiya CASO 1 - Dr. Conrado F. A. Cavalcanti Paragonimíase História Clínica Paciente do sexo masculino, 86 anos, há 6 meses evoluindo com dispnéia progressiva com piora há uma semana. Diagnóstico Paragonimíase Discussão A paragonimíase é uma doença parasitária causada pelo Paragonimus wetermani e outros tipos de Paragonimus. A doença é endêmica no oriente (China, Coréia, Japão, Tailândia, Laos, Filipinas e Índia), ocorrendo também na África, América Central e do Sul. A infecção no homem ocorre através da ingestão de crustáceos de água doce (caranguejo ou lagostim) crus ou mal cozidos infectados com a metacercária. Uma vez ingerida, a larva, no intestino delgado, sai do cisto e invade a parede intestinal, entrando na cavidade peritoneal. Então penetra no diafragma e na pleura (cerca de 3-8 semanas após a ingestão), atingindo os pulmões, principais órgãos-alvos dos parasitas, seguido pelo sistema nervoso central. A larva torna-se adulta no pulmão, produzindo ovos, que eventualmente erodem a parede brônquica, podendo causar tosse e expectoração, chegando ao solo e à água, fechando o ciclo biológico. Outra maneira de transmissão se dá por via fecal, com os ovos sendo expelidos pelas fezes. A aparência da lesão pulmonar varia conforme o estágio de infecção. As alterações podem ser pleural, parenquimatosa pulmonar ou a combinação das duas. A doença é leve e raramente fatal, mas pode produzir sintomas severos em alguns pacientes, relacionados à migração e maturação do parasita e à carga parasitária. Após a ingestão, pode haver diarréia. Urticária, dor pleurítica, tosse com secreção espessa marrom e hemoptise estão variavelmente presentes no decorrer da doença. Raramente os pacientes apresentam febre. No primeiro estágio da doença, pode-se encontrar pneumotórax e hidropneumotórax, que representam a penetração do parasita no diafragma e pleura. Após penetrarem na pleura, os vermes jovens migram para o pulmão provocando consolidações pneumônicas, que geralmente mudam de posição em radiografias de tórax seriadas. A migração de vermes pelo pulmão também pode causar opacidades lineares, originadas pelo trajeto de migração ou por atelectasias periféricas secundárias a obstruções de pequenos brônquios, pelos vermes ou por granulomas com seus ovos. Após a migração, os parasitas se estabelecem, formando cistos a seu redor, que talvez sejam causados por infartos secundários a obstruções de arteríolas ou por expansão das pequenas vias aéreas pelos parasitas intraluminais. A maioria dos cistos contém dois vermes, que podem aparecer em radiografias como espessamento excêntrico de suas paredes. Em tomografias computadorizadas, os vermes podem ser caracterizados mais facilmente. Os cistos podem ou não se comunicar com as vias aéreas, determinando a presença ou não de níveis hidro-aéreos. Em muitos casos, os cistos/cavidades são múltiplos e podem assemelhar-se a bolhas. Inflamação bronquial prolongada e lesão mecânica pelo verme podem contribuir para o desenvolvimento de bronquiectasias. Podem ocorrer calcificações, provavelmente em parasitas mortos. As complicações incluem empiema, fístula broncopleural e formação de cavidades pulmonares. A doença pode persistir por muitos anos. A confirmação diagnóstica pode ser feita através de testes sorológicos ou pela pesquisa de ovos na secreção pulmonar. O Figura 1: Radiografia em PA. Múltiplas cavidades com nível hidro-aéreo e distribuição peri-hilar. Figura 3: Presença de múltiplas cavidades de paredes finas, algumas com nível hidro-aéreo. Nota-se em uma delas espessamento excêntrico, projetando-se para o interior da cavidade, característico da paragonimíase. Figura 4: Presença de múltiplas cavidades de paredes finas, algumas com nível hidro-aéreo. Distribuição predominantemente central. Figura 2: Radiografia em perfil. O mesmo aspecto observado nesta incidência. tratamento com praziquantel deve ser realizado em todos os casos. Referências Bibliográficas 1. IM J G; Kong y; et col. Pulmonary Paragonimiasis: Clinical and Experimental Studies. Radiographics 1993; 13: 575-586. 2. IM J G; Whang H Y, et col. Pleuropulmonary Paragonimiasis. AJR 1992; 159:39 – 43. 3. MUKAE H; Taniguchi H; Matsumoto N, et col. Clinicoradiological Features of Pleuropulmonary Paragonimus westermani on Kyusyu Island, Japan. Chest 2001;120:514-520. 4. LEE KH; Lee JS; Lynch DA; Song KS; Lim TH. The Radiologic Differential Diagnosis of Diffuse Lung Diseases Characterized by Multiple Cysts or Cavities. J Comput Assist Tomogr 2002 Jan-Feb; 26(1):5-12. 2 Caderno Dois São Paulo, dezembro de 2002 Hemocromatose CASO 2 Dr. Rodrigo Caruso Chate História Clínica Paciente do sexo feminino, 25 anos, evoluindo com escurecimento da pele há cerca de 2 anos, associado a amenorréia e aumento do volume abdominal. Diagnóstico Hemocromatose Discussão Os distúrbios do excesso de ferro são chamados de hemocromatose. O fígado, como maior depósito de ferro do organismo, está sujeito às conseqüências desta sobrecarga. Quando esta se acumula preferencialmente nos hepatócitos é chamada de hemocromatose primária. Quando o depósito se dá predominantemente nas células do sistema retículoendotelial, chamamos de secundária ou hemossiderose. A hemocromatose primária é uma doença autossômica recessiva causado por um aumento na absorção entérica de ferro. Associadamente, há um mau funcionamento das células do sistema retículoendotelial no processamento do ferro. Ocorre então deposição de ferro em órgãos parenquimatosos, particularmente no fígado, pâncreas e coração. Outras glândulas também podem estar envolvidas, bem como as articulações. A hipófise, por exemplo, é freqüentemente envolvida, particularmente as células responsáveis pela secreção do FSH e LH, causando redução na secreção destes hormônios e redução do libido e amenorréia. Os sintomas precoces são inespecíficos e incluem artrite, diabetes e alteração dos testes de função hepática. Quando do diagnóstico, os pacientes geralmente apresentam hiperpigmentação da pele, dores abdominais e hepatomegalia. Nestes casos, a saturação de transferrina sérica é o teste geralmente utilizado para confirmação da Figura 1: RM, axial, seqüência gradiente T2 . Intenso hipossinal do fígado e pâncreas, associado a focos de hipossinal esplênicos, indicando depósito de ferro. Figura 2: RM, coronal T2. Novamente o hipossinal hepático e também no miocárdio. Figura 3: RM, axial T2 FSE. Observe o intenso hipossinal no pâncreas. Figura 4: RM, coronal, T2. A hipófise também apresenta intenso hipossinal. suspeita clínica. Cirrose com padrão micronodular e suas complicações (como o carcinoma hepatocelular) geralmente ocorrem em pacientes mais velhos. Os paciente com hemocromatose não tratados evoluem para a cirrose e apresentam maior risco de desenvolver um carcinoma hepatocelular. A hemocromatose secundária é decorrente do aumento do ferro circulante por doenças crônicas que causem hemólise e/ou necessitem de politransfusões . O acometimento do baço e da medula óssea, além do fígado, diferencia esta forma da hemocromatose primária. Na tomografia computadorizada, observase aumento dos coeficientes de atenuação do fígado (maior que 80 UH), para um normal de 30-60 UH. Esta hiperatenuação pode ser observada também em pacientes tratados com amiodarona ou ouro, na doença de Wilson e no glicogenose do tipo IV. A ressonância magnética (RM) mostra redução do sinal do fígado, particularmente nas seqüências gradiente de eco (T2 *, principalmente), devido ao efeito paramagnético que os íons de ferro exercem. Pode-se comparar o sinal do fígado com a da musculatura paravertebral, considerando-se anormal quando o sinal do fígado for menor que o da musculatura. Habitualmente, o sinal da musculatura é menor que a do fígado. Em pacientes mais severamente comprometidos, os outros órgãos também podem apresentar-se com o sinal reduzido. As hipófises mais acometidas, por exemplo, apresentam sinal menor que o da substância branca em todas as seqüências, incluindo as ponderadas em T1, enquanto que as menos acometidas apresentam hipossinal apenas nas seqüências ponderadas em T2 com eco longo. Nos casos de hemocromatose, a RM é altamente sensível na detecção de carcinomas hepatocelulares, pois os tumores apresentarão sinal semelhante ao do baço, facilmente notado num fígado com sinal reduzido. O tratamento para a hemocromatose é simples e baseia-se em flebotomias. Na hemossiderose, deve-se usar quelante de ferro, visto que os pacientes são geralmente anêmicos. Referências Bibliográficas 1. ROCHA M. S. Fígado. In Rocha M.S.: Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética: Gastroenterologia. São Paulo, Sarvier, 1997. 2. LUM C; Kucharrczkyk W, Montanera W, Becker L E. The sella turcica and the parasellar region. In: Atlas, S. W., ed. Magnetic Resonance Imaging of the Brain and Spine. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins, 2002. 3. CHEZMAR JL; Nelson RC, Malko JA; Bernardino ME. Hepatic iron overload: diagnosis and quantification by noninvasive imaging. Gastrointestinal Radiology 1990; 15: 27-31. São Paulo, dezembro de 2002 Caderno Dois 3 Brucelose CASO 3 Dr. Ernesto Lima A Melo História Clínica Figura 1: TC sem contraste. Calcificação hepática. Paciente do sexo masculino, 51 anos, com quadro de febre intermitente há 40 dias. Há 15 dias refere dor lombar com irradiação para o membro inferior direito. Figura 2: TC pós contraste. Calcificação com halo hipoatenuante periférico (aspecto em alvo). Diagnóstico Brucelose Discussão A brucelose (febre de Malta, febre ondulante, febre do Mediterrâneo) é uma zoonose causada por bacilos Gram-negativos do gênero Brucella. Tem distribuição geográfica universal, sendo mais acometidos homens que trabalham com animais ou seus produtos (veterinários, funcionários de frigoríficos e ordenhadores). A doença é transmitida por diferentes vias, principalmente a cutânea. Uma vez no organismo, alguns bacilos são fagocitados por macrófagos e outros alcançam linfonodos regionais. A seguir, se a resposta imune for insuficiente, disseminam-se principalmente para o fígado, baço e medula óssea. O amplo espectro da infecção depende da imunidade do hospedeiro, variando de cura à formação de pequenos granulomas. Tais granulomas podem supurar e servir como fonte de repetidos surtos de bacteremia, comprometendo outros órgãos (sistema músculo-esquelético, SNC, pulmões, coração). O quadro clínico é de febre, calafrios, cefaléia, fadiga, sudorese, anorexia e emagrecimento. Às vezes há astenia, esplenomegalia, linfadenopatia, lombalgia, hepatomegalia e rigidez de nuca. Pode ser agudo (até 2 meses), subagudo (2 meses a 1 ano) ou, principalmente, crônico (mais que 1 ano). O sistema músculo-esquelético é dos mais frequentemente acometidos. Quando o acometimento é espinhal, pode ser focal ou difuso. A forma focal classicamente ocorre no platô superior de uma vértebra lombar (70%). Não há acometimento do disco, tecidos paravertebrais ou canal vertebral. A Figura 3: TC pós contraste. Abscesso paravertebral, com comprometimento ósseo associado. cintilografia mostra aumento da captação do radiofármaco, geralmente apenas na aquisição anterior; a radiografia, área de erosão, esclerose, formação osteofitária e fenômeno do vácuo; a RM, áreas focais de alteração do sinal. Na forma difusa, a osteomielite acomete praticamente todo o corpo vertebral. A progressão da infecção ocorre através de estruturas ligamentares e vasculares, culminando no envolvimento dos discos e corpos vertebrais adjacentes. O osso torna-se amolecido, resultando na sua destruição, podendo associar-se herniações discais, infecção paravertebral e, em casos graves, extensão do processo para o canal vertebral. A cintilografia mostra aumento circunferencial da captação do radiofármaco; a radiografia, destruição óssea; a RM, áreas difusas de alteração do sinal em vértebras, discos e tecidos paravertebrais adjacentes. Quando extra-espinhal a doença acomete principalmente grandes aticulações, preferencialmente joelhos e sacro-ilíacas. Podem causar sinovites com efusões serosanguinolentas. À cintilografia, pode haver aumento da captação do radiofármaco; à RM, derrames articulares sem alterações ósseas; a radiografia pode ser normal. A artrite destrutiva é rara. O acometimento hepático como granulomas supurativos é raro. Numa revisão feita por Débat-Zoguéreh (1995), havia 28 casos descritos. Na maioria deles a lesão é nodular com calcificação central. O centro representa tecido sequestrado calcificado. A periferia corresponde a exudato com organismos. Na literatura, tais achados foram principalmente anatomopatológicos. A apresentação “em alvo” que demonstramos na TC, apesar de incomum, é altamente sugestiva de brucelose. O tratamento se faz com antibióticos. Como brucelose e tuberculose podem assemelhar-se Figura 4: RM, sagital, T1 pós contraste. Acometimento de partes moles prévertebral, do corpo vertebral e do disco, com coleção estendendo-se para o interior do canal vertebral (espaço epidural ) comprimindo o saco dural. clinicamente, o uso do esquema RIP pode mascarar e subtratar a brucelose, além de levar à falsa idéia de cura da tuberculose. Referências Bibliográficas 1. MENDES RP; Machado JM. Brucelose. In Tratado de Infectologia, Veronesi R.; Focaccia R. Eds. Atheneu 1997: 575-582. 2. AL-SHAHED MS; Sharif HS; Haddad MC; Aabed MY; Sammak BM; Mutairi MA. Imaging features of musculoskeletal brucellosis. Radiographics 1994; 14: 333-348. 3. WILIAMS RK; Crossley K. Acute and chronic hepatic involvement of brucellosis. Gastroenterology 1982; 83: 455-458. 4. DÉBAT-ZOGUÉREH D; Badiaga S; Uzan E; Le Treut YP; Lebreuil G; Bourgeade A. Granulome nécrosant hépatique d’origine brucellienne. À propos d’un cas. Ree Méd Interne 1995; 16: 63-66. 4 Caderno Dois São Paulo, dezembro de 2002 Doença de Hand-Schüller-Christian CASO 4 Dr. Alípio Gomes Ormond História Clínica Paciente do sexo masculino, 6 anos, há 3 anos apresenta tumorações cranianas. Há um ano evolui com poliúria e polidipsia. Diagnóstico Doença de Hand-Schüller-Christian (subtipo da granulomatose eosinofílica). Discussão A granulomatose eosinofílica é um grupo de doenças caracterizada por proliferação de histiócitos (macrófagos). O termo popular “Histiocitose X” está em desuso, sendo preferível o termo “granulomatose eosinofílica” ou “granulomatose de células de Langerhans”. As doenças dos histiócitos podem ser classificadas em três grupos: histiocitose de células dendríticas, doenças do macrófago eritrofagocítico e histiocitose maligna. A granulomatose eosinofílica pertence ao primeiro grupo, que apresenta formas uni ou multifocais. As manifestações clínicas são diferentes nas três síndromes, mas têm características microscópicas comuns, que não podem ser diferenciadas por um patologista. A patogenia do processo é desconhecida, discutindo-se se o processo é reacional ou neoplásico. Há uma incidência maior em homens do que em mulheres (2:1). Aqueles que defendem que o processo é reacional argumentam que em múltiplos casos há remissão espontânea, não se detecta aneuploidias ou atipias. Os que defendem que o processo é neoplásico argumentam que as células são monoclonais. A granulomatose eosinofílica unifocal é uma doença benigna caracterizada por lesão óssea lítica solitária, que geralmente poupa o eixo hipotálamo-hipofisário, embora o crânio seja freqüentemente acometido. As lesões são geralmente assintomáticas e diagnosticados quando é realizado um exame por outro motivo. A faixa etária mais acometida é entre 5 e 15 anos. No outro extremo, há uma forma multifocal, a Doença de Letterer-Siwe, que representa cerca de 10 % dos casos e manifesta-se antes dos dois anos de vida. É uma forma fulminante aguda, que apresenta sintomas sistêmicos com erupção cutânea, hepatoesplenomegalia, linfonodomegalias e hemorragias, com anemia secundária. Há acometimento também do esqueleto, de forma difusa e mal definida. Por vezes, a evolução pode ser tão rápida que não há alterações esqueléticas. Na forma intermediária, também multifocal, temos a Doença de HandSchüller-Christian. A faixa etária mais acometida é entre 10 e 15 anos. Representa cerca de 25% dos casos, sendo a síndrome clássica caracterizada por diabetes insipidus, exoftalmia e lesões líticas ósseas, predominantemente em ossos chatos. Otites e mastoidites são freqüentes devido ao local de acometimento ósseo. Neste subgrupo, granulomas podem ser encontrados tanto no hipotálamo quanto na haste hipofisária. A radiografia de crânio mostra lesões líticas por vezes muito grandes, assemelhando-se a um mapa. As margens da lesão são nítidas, mas não apresentam a zona transicional de esclerose. A tomografia computadorizada pode mostrar espessamento e realce das estruturas envolvidas. A ressonância magnética mostra espessamento da haste hipofisária (maior que 2,5 mm de espessura) e hipersinal nas imagens ponderadas em T2. As áreas envolvidas mostram intensa impregnação pelo meio de contraste. O diagnóstico se faz pela biópsia de uma das lesões. Apresenta uma alta morbidade e uma mortalidade em torno de 10%. Figura 1: RM, T1, coronal, sem contraste. Hipossinal na região hipotalâmica e massa de médio sinal na região periquiasmática. Figura 3: RM, T1, coronal, pós gadolínio. Observa-se realce de parte da lesão, na região inferior do hipotálamo. Referências Bibliográficas 1. LUM, C.; Kucharrczkyk, W.; Montanera, W.; Becker, L. E. The sella turcica and the parasellar region. In: Atlas, S. W., ed. Magnetic Resonance Imaging of the Brain and Spine. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins, 2002. Figura 2: RM, T2, coronal. Hipersinal na região hipotalâmica com massa de baixo sinal na região periquiasmática. Figura 4: RM, T1, coronal, pós gadolínio. Lesão acometendo o osso frontal à esquerda, com intenso realce pós-contraste. 2. BOLLINI G; Jouve JL; Gentet JC: Bone lesions in histiocytosis X. J Pediatr Orthop 1991 Jul-Aug; 11(4): 469-77. 3. LIN KD; Lin JD; Hsu HH: Endocrinological aspects of Langerhans cell histiocytosis complicated with diabetes insipidus. J Endocrinol Invest 1998 Jul-Aug; 21(7): 428-33.