Revista Dezembro
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Revista Dezembro
Revista trimestral do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5a Região Ano 7 - Edição no 32 - Outubro / Novembro / Dezembro de 2010 Ginástica laboral PL quer regulamentar a prática e torná-la obrigatória: mais espaço de inserção profissional Orçamento Conheça as propostas para 2011 CIF CREFITO-5 promove dois cursos Hora Livre A TO cantora lírica Colegiado Gestão 2010-2014 Diretoria Presidente Dr. Alexandre Doval da Costa Vice-Presidente Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho) Diretora-Secretária Dra. Lenise Hetzel Diretora-Tesoureira Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer Conselheiros Efetivos Dr. Alexandre Doval da Costa Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho) Dra. Lenise Hetzel Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer Dra. Marisa Petrucci Gigante Dr. Mauro Antonio Felix Dr. Sandro da Silva Groisman Dra. Sonia Aparecida Manacero Dra. Tânia Cristina Malezen Fleig Conselheiros Suplentes Dra. Carolina Santos da Silva Dr. Daversom Bordin Canterle Dr. Henrique da Costa Huve Dr. Jeferson Ubiratan Mattos Vieira Dr. Marcos Lisboa Neves Dra. Mirtha da Rosa Zenker Dra. Priscila Mallmann Bordignon Dra. Rosemeri Suzin Dr. Otávio Augusto Duarte Assessoria de Comunicação e Jornalistas Responsáveis Flávia Lima Moreira - MTB 12914 Manuela Martini Colla - MTB 12449 Projeto gráfico: Mundi Propaganda Impressão: Gráfica Trindade A revista do CREFITO-5 é o órgão oficial de divulgação do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – 5ª Região. Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Petrópolis, Porto Alegre/RS | CEP 90470-300 Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RS E-mail: [email protected] Site: www.crefito5.org.br Periodicidade: Trimestral Tiragem: 11.000 exemplares As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia autorização. As fotos, quando não creditadas, são de autoria de Flávia Lima Moreira ou Manuela Martini Colla. ão a al do 5 Regi ia Ocupacion erapia e Terap de 2010 onal de Fisito mbro / Dezmebro elho Regi bro / Nove stral do Cons no 32 - Outu Revista trime Ano 7 - Edição Nesta edição boral tica la a Ginásreg ulamentar PL quer rigatória: torná-la ob para prática e de inserção mais espaço tas eu os fisioterap to 1 para 201 Orçamasen propostas CIF CREFITO-5 promove dois cursos re Hora Liv s e o mar Entre livro Fotos: Stock Conheça 7 ............. Voluntariado 9 ............. Pilates: diálogo aberto 11 ............. Política no dia a dia 13 ............. História das Profissões 15 ............. Hora Livre 19 ............. Dica de Pauta: CIF 22 ............. Notícias 35 ............. Jurídico: 30 horas 36 ............. Fiscalização 39 ............. Agenda 7 11 36 19 15 Editorial Chegamos ao final de mais um ano. E este 2010, que se encerra agora, foi marcado por eleições e por mudanças. A democracia que nos fez escolher representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, é a mesma que fez fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais escolherem uma nova Gestão para estar à frente do CREFITO-5. São quase seis meses vivendo o desafio diário de comandar uma Autarquia. 4 Fomos contando os inúmeros desafios nas quatro edições da nossa revista e continuamos contando aqui, mas de cara nova. Mudanças, quando bem alicerçadas, são sempre bem-vindas e nossa expectativa é, além de mudar o perfil editorial da revista – aproximando-a de cada um de nossos leitores – mudar e modernizar sua roupagem. Na edição passada vocês perceberam a diferença nos textos. A partir dessa edição, reformulamos tudo. Como não poderia deixar de ser, falamos sobre a política e como ela pode interferir no seu exercício profissional. Vencemos a etapa dos pleitos, mas iniciamos de imediato uma fiscalização que deve se forte e constante. Quem elegemos? Como estão atuando? Quais serão suas posturas? É preciso estar alerta, pois as conquistas das profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional passam, necessariamente, pela ação política de nossos governantes e parlamentares. Mas nem tudo é política... há, mais uma vez, ricas histórias sobre horas de lazer. Nesta edição contamos a aventura de uma profissional que se arrisca pelo mundo da música lírica. Não poderíamos deixar de falar sobre o Pilates, que continua sendo pauta de nossas ações. Desta vez, fo- mos experimentar o método para podermos contar a experiência com olhos de usuário. Muito esforço, um pouco de dor nos braços e nas pernas e, certamente, uma nova paixão. Orientado por fisioterapeutas capacitados e reconhecidos, o Pilates é um grande benefício. Outro tema importante que abordamos é o curso de CIF, que o CREFITO-5 promoveu em novembro: um presente aos profissionais pela passagem do seu dia (13/10). O tema ganha cada vez mais importância e o Conselho, reconhecendo isso, decidiu trazer para o Rio Grande do Sul uma das maiores especialistas de todo o país. O resultado não poderia ser melhor: vagas esgotadas e um gosto de quero mais... Mas, fiquem tranquilos, há novidades chegando! Mais um destaque da revista é o encerramento da série que resgatou a história de 25 anos do CREFITO-5. A partir de agora é com cada um de vocês, que escreve diariamente essa história. Mande pra gente suas ações e participações. Faça a diferença! Por fim, desejamos a todos uma excelente leitura e, em nome de todos os Conselheiros, funcionários, colaboradores e assessores do CREFITO-5, desejamos que 2011 seja um ano repleto de momentos a serem comemorados. Continuaremos lado a lado, diariamente, com o Conselho de portas abertas ao diálogo, pois entendemos que uma profissão, para ser fortalecida, deve ser construída por milhares de mãos e vozes. Esse é nosso desejo a cada um de vocês: um Natal muito feliz e renovador, e um ano novo de desafios vencidos e vitórias compartilhadas. Comissão Editorial OUT/NOV/DEZ/10 opinião Nova revista Olá, gostaria de enaltecer a nova forma de editorial da revista da qual está muito melhor em relação às edições anteriores. Antes a revista era pragmática e muito pouco elucidativa. Lia algumas matérias que outras e agora ela está empolgante e rica, fornecendo detalhes e informações a mais. Nesta última edição n°31 a revista deu um salto de qualidade tremendo e isto é muito importante já que este é um meio muito importante de comunicação e informação com os Fisioterapeutas e Terapeutas. Assim como muitas pessoas ‘ainda’ não acessam muito emails ou tem dificuldades de entrar em contato com o próprio Conselho Regional, esta nova edição está dando gosto de ler pela forma como foi editada, e da forma que foi escrita, parabéns a nova gestão que pelo jeito começou mudando e a revista é um grande passo, além de outros que ainda podemos dar e devemos continuar para colocar a Fisioterapia no lugar que merece: de grande importância. Dr. Lucas Bertoldo CREFITO-5 – 119.905-F Nova revista II Gostaria de parabenizar a edição da revista do Conselho de julho/agosto/setembro, que traz informações importantes e relevantes sobre a atuação do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional. Está muito diferente das edições anteriores! Dr. Márcio Strassburger CREFITO-5 – 37442-F OUT/NOV/DEZ/10 Relato de Experiências Gostei muito da última revista do CREFITO-5. A reportagem: “Intercâmbio de Conhecimento e Prática” realmente é muito boa. Eu gostaria de ter o e-mail do Dr. Vinícius Montiel de Castro para poder trocar algumas ideias, pois eu também trabalho com idosos. Dr. Luciano José Chaves CREFITO-5 – 63178 Intercâmbio Gostaria de informações sobre validação de diploma em Quebec, Canadá. Pretendo imigrar pra lá e trabalhar como fisioterapeuta. Dra. Leticia Defaveri do Prado CREFITO-5 – 71965-F Prezada Letícia: Essa informação a senhora deverá verificar diretamente com o Consulado Canadense. Atenciosamente, Secretaria Geral CREFITO-5 Curso sobre CIF Desejo cumprimentar a Diretoria do Crefito-5 pelo oferecimento, aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, do Curso sobre CIF: um tema atualíssimo, de interesse das categorias profissionais. Destaco a excelência da palestrante, Dra. Heloisa Di Nubila, que, além do domínio do assunto, desenvolveu uma ótima interação com os participantes. Dra. Nair Paim CREFITO-5 – 17.853-F 5 opinião Curso sobre CIF II 6 Parabéns ao CREFITO-5 pela iniciativa e pela escolha da palestrante. Parabéns à Diretoria e à Assessoria de Comunicação pela organização, que estava impecável. Mais atividades de atualização podem ser realizadas. Sugiro que os profissionais que se inscreveram e não foram não possam ter preferência na inscrição em outras atividades, ficando seu nome em uma lista “reserva”, de forma a dar lugar e preferência para aqueles que se inscrevem e realmente comparecem, pois há colegas que gostariam de ir e não foram, enquanto alguns se inscreveram e nem apareceram. Aqueles que se inscrevem e realmente vão devem ter preferência. Dra. Rosana Soibelmann Glock CREFITO-5 – 5665-F Curso sobre CIF III A CIF é uma classificação bastante recente, por isso vejo o curso promovido pelo CREFITO-5 como uma oportunidade de aperfeiçoamento e incentivo aos fisioterapeutas e aos terapeutas ocupacionais para que se interessem por este tema, tão importante e aplicável ao nosso trabalho. O tema é complexo, por isso a capacitação foi ótima – a palestrante soube explicar e elencar exemplos de forma a proporcionar para os alunos uma maior capacidade de avaliação na hora de atender um paciente. Dra. Bruna Baggio CREFITO-5 – 5477-LTT/F Curso sobre CIF IV O curso sobre a CIF acrescentou muito para a nossa formação porque propôs uma evolução dos conceitos com que já trabalhávamos, como a CID. O conteúdo tem aplicabilidade em nosso dia a dia profissional e é totalmente necessário – especialmente para nos acostumarmos a lidar com terminologias e padrões simétricos. Isso é essencial para que os profissionais da saúde se comuniquem melhor entre si e trabalhem juntos de forma cada vez melhor. Dr. Rodolfo Teles CREFITO-5 – 5483-LTT/F Sua opinião Se você quiser participar dessa seção, escreva para [email protected]. Sua opinião é muito importante para nós, pois acreditamos na construção coletiva. CREFITO-5, a vida é o que nos move. OUT/NOV/DEZ/10 vOLUNTARIADO exercício O da cidadania Responsabilidade social. Esta é uma ideia que vem ganhando cada vez mais força no decorrer dos últimos anos. Destaca-se nesse âmbito o engajamento das pessoas que vem aumentando na mesma proporção em que elas reconhecem sua importância e seu poder de transformação. Algumas entidades e órgãos ajudam e potencializam essas transformações. Outras, já se transformaram em referência do Terceiro Setor. É o caso da organização não-governamental (ONG) Parceiros Voluntários. A Parceiros Voluntários tem uma missão pioneira desde sua criação: estimular, captar, capacitar e encaminhar voluntários às organizações sociais. A história que começou tímida, hoje tem grandes conquistas e grandes desafios. No ano de 1997, Maria Elena Pereira Johannpeter criou a ONG Parceiros Voluntários. Seu objetivo: desenvolver a cultura do trabalho voluntário organizado no Rio Grande do Sul. Em pouco mais de 13 anos, a ONG se transformou em uma das maiores e mais profissionais organizações não-governamentais do Brasil. Atualmente, são mais de 300 mil voluntários engajados em uma rede formada por 79 cidades gaúchas. Maria Elena é Presidente-Executiva da Parceiros Voluntários. A ONG fomenta empresas a criarem seus Comitês Internos de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), e promove cursos de capacitação gerencial e de desenvolvimento de lideranças para organizações do Terceiro Setor. A Parceiros Voluntários foi convidada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para desenvolver, testar e sistematizar o projeto intitulado Desenvolvimento de Princípios de Prestação de Contas e Transparência em Organizações da Sociedade Civil, que será disseminado pelo banco a outros estados e países a partir de 2011. Outra iniciativa é a metodologia “Gestão para a Sustentabilidade, EmpreOUT/NOV/DEZ/10 endedorismo e Redes Colaborativas”, aplicada em organizações sociais de vários estados brasileiros por meio de cooperação técnico-financeira do SEBRAE. A ONG promove, ainda, cursos de capacitação gerencial e desenvolvimento de lideranças para organizações do Terceiro Setor. Por todos esses 13 anos de trabalho, de resultados e de sonhos compartilhados, a Parceiros Voluntários consolida-se como uma das principais ONGs do país. O CREFITO-5 passa a fazer parte desta história e você pode ajudar a escrever novos capítulos. Juntos, CREFITO-5 e Parceiros Voluntários propõem um desafio pessoal para quem participa de seus projetos: envolver-se na história de vida de quem está recebendo a sua ajuda, e o inverso também. Acompanhe no site do CREFITO-5 as vagas e faça a sua parte. Mas lembrese, trabalho voluntário é diferente de responsabilidade técnica. Fique atento e não deixe de ajudar. CREFITO-5 – Qual o perfil que um profissional precisa ter para que colabore de forma significativa para o bom funcionamento de qualquer ONG? Maria Elena – Depende da área em que a ONG quer atuar e do foco dos seus projetos. Se for atender crianças, por exemplo, precisa de psicólogos, pedagogos, nutricionistas; se for idosos, um geriatra, psicólogo... O foco desta organização é o que vai definir quais suas prioridades. O importante é saber como captar recursos com as empresas, buscar parcerias com profissionais autônomos, universidades, sempre de olho 7 vOLUNTARIADO 8 na missão e visão da ONG. Puxando um pouco a bra- posta, porque todo brasileiro tem uma cultura forte sa para o meu assado, acredito que o primordial para do paternalismo. ‘Isso não é comigo, é com eles.’ Eles qualquer ONG é uma boa gestão. É preciso ter boas quem? Governo, pais, etc. Mas quando é meu comparcerias com administradores e contadores – a Par- promisso? E a proposta da Parceiros era “Você sabe, ceiros, inclusive, acabou de fechar uma parceria com você pode, você faz”. Então, nosso grande desafio os Conselhos Regionais de Administração e Contabili- em 1997 foi apresentar essa proposta à comunidadade do Rio Grande do Sul para estimular seus mem- de e todos nos vermos com responsabilidade. O que bros filiados a participarem de nossos cursos. Acredito chamamos de RSI, ou seja, Responsabilidade Social que, hoje, é uma necessidade básica para as ONGs ter Individual, que vem antes da RSE (Responsabilidade um bom sistema de gestão e de prestação de contas, Social da Empresa), e antes da RSG (Responsabilidade já que muitas vezes os resultados de nosso trabalho Social do Governo), porque é da soma dos Eus que são mais qualitativos do que quantitativos. É preciso dá os Nós. E tudo começa nesse pequeno núcleo chasaber mostrar isso da melhor forma para as empresas mado Eu. Hoje, o desafio é que todos os segmentos se apercebam dentro desta proapoiadoras. A Parceiros conduz posta, e que todos nós somos a pessoa a que ela se disponibiindivíduos, somos cidadãos lize à comunidade - e não esta“Até algum tempo dentro desta lógica. mos usando a palavra doação por intermédio daquilo que ela atrás, o voluntariado Como acontece o processo sabe fazer, daquilo que ela goste para ser um voluntários e realmente de fazer e que tenha era visto como um fazer parte da ONG? emoção. Então, são três requiassistencialismo, como Nós temos uma metodologia. sitos: tempo, conhecimento e Tudo começa com uma RC, emoção. Esse conhecimento um volun-tarismo: eu ou seja, uma Reunião de Conspode ser a profissão ou um hocientização. Esse é o primeiro bby. Com isso, temos emoção vou quando quero, contato de quem quer voluntacom resultados. Vou um pouco faço como quero, se riar. Ou vem aqui na Parceiros, além, é idealismo com profissioou vamos à organização, na nalismo. eu quero.” entidade. Aqueles que gostam da proposta passam a uma sePara a senhora, qual a difegunda etapa: a reunião de enrença entre assistencialismo caminhamento. Apresentamos e voluntariado? Até algum tempo atrás, o voluntariado era visto como todas as solicitações das organizações que atendemos. um assistencialismo, como um voluntarismo: eu vou Em alguns casos, por exemplo, apresentamos todas quando quero, faço como quero, se eu quero. Ou as demandas aos parceiros. A partir daí, as pessoas seja, sem comprometimento. Hoje, nós vimos que para escolhem. Mas, como disse anteriormente, nós precitransformar uma realidade é preciso comprometimen- samos otimizar o trabalho e adequar conhecimento e to, responsabilidade e conhecimento. Isso significa eu emoção. O primeiro passo, a RC, é muito importanestar no exercício de cidadania, passei de boazinha ao te porque tratamos dos conceitos de voluntariado, da exercício da cidadania - com direitos e deveres. Todos responsabilidade, do respeito, do comprometimento. temos o compromisso com a nossa comunidade de re- Uma vez que tu tenhas despertado expectativas, teu compromisso é atender a elas. Precisamos sair do item passarmos, de dividirmos o conhecimento. desejo e passar ao item necessidade. O voluntariado é Quais os principais desafios da Parceiros em isso, eu deixo de atender a um desejo meu e passo a 1997 e quais são os principais desafios de hoje? atender à necessidade do outro. Para organizar a Parceiros Voluntários, nosso grande desafio era que a comunidade entendesse a nossa pro- Acesse o site www.parceirosvoluntarios.org.br. OUT/NOV/DEZ/10 PILATES Pilates: prática e diálogo aberto A fisioterapeuta falava e o corpo respondia. O vocabulário técnico cedia espaço à linguagem coloquial. Dessa forma, afinal, qualquer um entende as posições, os exercícios e as orientações. Para quem acompanhava, como eu, a aula, tudo é muito simples. A confiança que a instrutora passava realmente transpunha qualquer barreira. A impressão era de que eu estava fazendo a aula junto. Talvez por isso a postura ereta e as dúvidas sendo esclarecidas durante a prática. (Enquanto uma jornalista respira, a outra pergunta!) Nos últimos tempos, muito vem se falando sobre Pilates. Na última edição da revista do CREFITO-5 nós abordamos o tema mas, desta vez, mudamos o foco. Por quê? Porque para falarmos sobre um assunto, é preciso conhecê-lo. Em resumo, fomos à prática! Em parte, porque nossa equipe tinha uma jornalista lesionada e outra em condições de fazer a aula. E lá fomos nós... A aula de Pilates, para quem a realiza ou para quem apenas acompanha é essencialmente respiração e consciência corporal. Na nossa experiência, aprendemos que exercício é conhecimento; que é preciso paciência, relaxamento, educação corporal, coordenação (essa em boa dose!), pelve neutra e, claro, respiração. Essas palavras-chave foram repetidas inúmeras vezes durante quase uma hora. E faz todo o sentido. Enquanto a jornalista Manuela fazia os exercícios, eu (Flávia) fiquei sentada em uma bola e, pela primeira vez, consegui ficar 45 minutos com a coluna certinha, postura impecável. Enquanto a fisioterapeuta dizia “mãos e braços crescem, pescoço cresce”, eu ia, também, me espichando. E, se a aula exige concentração de todos os envolvidos, me senti parte disso e fiquei atenta aos detalhes, aos limites, às falas e sensações. OUT/NOV/DEZ/10 Mas e os aparelhos e as molas? Eu estava curiosa, afinal, alguns profissionais fazem do Pilates musculação. Certo ou errado não cabe a nós dizer. A questão é: conhecimento e orientação são fundamentais. O toque e a consciência são essenciais. E isso se encontra praticando Pilates com um fisioterapeuta, cuja formação é adequada. É preciso sentir-se seguro e confiante para realizar os exercícios no solo ou nos aparelhos. E, para transmitir isso ao aluno é preciso conhecimento. Ao final da experiência, após curiosidades sanadas e uma vontade enorme de ser mais uma adepta do método, uma analogia da fisioterapeuta: a adaptação do ser humano, da qual tanto nos orgulhamos, começa pelo corpo; o corpo compensa e responde a todos os nossos atos. Por isso, cuide da sua postura, procure um PILATES profissional especializado e vá à prática. Basta ter mais de sete anos e muita vontade. Palavra de quem praticou 10 Por Manuela - Eu nunca havia feito uma aula Pilates – na verdade, eu não pratico nenhum exercício físico. Ao chegar no estúdio de Pilates, não sabia o que esperar. Antes de qualquer coisa, a fisioterapeuta me explicou quais eram os objetivos da prática de pilates e como ele poderia ajudar na melhora da minha qualidade de vida. Deitada no chão, aprendi a respirar da maneira correta para fazer os exercícios. Enquanto isso, a fisioterapeuta observava as minhas costelas se movendo na respiração e perguntou: “Tivestes asma na infância?” Ponto para ela! Iniciei uma série de alongamentos leves e ela repetia as posturas ao meu lado, me orientando. Em seguida, ela já estava suspeitando de dois problemas possivelmente posturais que eu não sabia que podia ter: um desvio problema postural e uma possível lordose. Consegui manter a pelve neutra e me senti vitoriosa. Em seguida, a aula de reeducação corporal seguiu nos aparelhos. A fisioterapeuta “pegou leve” com a jornalista sedentária aqui e não senti dor alguma na barriga, braços ou pernas enquanto realizava a série nos aparelhos. No dia seguinte, eu estava pronta para outra aula, me sentindo leve. Com a aula, aprendi que praticar Pilates requer disciplina para ajustar a respiração, concentração para alinhá-la com meus movimentos e, acima de tudo, a orientação cuidadosa da profissional que estava sempre ao meu lado. Diálogo Por reconhecer a importância do tema, o CREFITO-5 abriu suas portas para um grupo de profissionais que vem debatendo a questão do Pilates no Rio Grande do Sul. Para a fisioterapeuta Alessandra Tegoni (nossa instrutora da aula prática), a ação do Conselho “é muito positiva. É o apoio e suporte que nós, fisioterapeutas, precisamos”. Para a fisioterapeuta Roberta Becker, “Precisava que alguém tomasse essa iniciativa. Já havia sido feita uma outra tentativa de formar um grupo, porém incluía outros profissionais (não só fisioterapeutas) e não deu certo. Com esse grupo, temos a possibilidade de discutir as questões sobre o Pilates a fim de melhorar a qualidade dos serviços prestados a população, uma vez que existem muitas pessoas desqualificadas e pouco preparadas para aplicar este método que é tão complexo. Espero que este grupo consiga realmente se firmar e que sirva de exemplo para outras áreas de atuação”, diz. O grupo, segundo a fisioterapeuta Lilliane Hagemann, tem como objetivo “Iniciar um exercício de troca direta dos profissionais das diferentes áreas de atuação com o CREFITO, visando a um melhor entendimento por parte do mesmo e possibilitando que o Conselho possa vir a defender seus profissionais com maior conhecimento e fundamentação”, explica. E é assim, de portas abertas à prática e ao diálogo que a Gestão 20102014 realiza e embasa suas ações. POLÍTICA Ginástica laboral em pauta no Congresso Findos os processos eleitorais, muitos devem acreditar que seu dever está cumprido. Você já parou para pensar que esse dever de cidadão nunca termina? Escolhemos, há poucos meses, Presidente da República, Governador, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais. Pode acontecer de que nem todos os candidatos escolhidos por vocês tenham sido eleitos. Pode acontecer, ainda, de eles não assumirem seus cargos pois receberam convites para ocuparem outros cargos políticos. Isso não diminui nossa responsabilidade de fiscalização e acompanhamento. E está no Poder Legislativo um dos principais focos da sua atenção. É na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa que muitos projetos de lei têm origem. É nestas casas que se decide o rumo de muitas questões ligadas à saúde e, portanto, ao exercício profissional de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. cabilidade, legitimidade e impacto na sociedade). O caminho, no entanto, está traçado e cabe aos profissionais acompanharem a tramitação do PL. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, está em tramitação o PL do Deputado Ciro Simoni que visa à inclusão do atendimento ambulatorial de fisioterapia no IPE. O processo é longo, o texto ainda precisa passar por diversas Comissões (para avaliar sua apli- § 1º A ginástica laboral deverá ser executada por todos os servidores que exerçam atividades que envolvam qualquer tipo de esforço físico repetitivo. OUT/NOV/DEZ/10 Na última edição da revista, publicamos alguns dos principais PLs em andamento na Câmara. A seguir, vamos abordar um em especial, o PL 6083/09, do Deputado Luiz Couto (PT-BA), que institui a obrigatoriedade de realização de ginástica laboral no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta. Atualmente, PL encontra-se sujeito à apreciação conclusiva nas Comissões, mais especificamente na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Confira o que diz o PL: Art. 1º Fica instituída a obrigatoriedade de realização de ginástica laboral em todos os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta. § 2º Os exercícios de alongamento, específicos para 11 POLÍTICA cada tipo de atividade, deverão ser executados por um período mínimo de dez minutos, no máximo a cada quatro horas de trabalho. § 3º As pausas para realização da ginástica laboral serão contadas como tempo efetivamente trabalhado, vedada a prorrogação não remunerada da jornada de trabalho sob esse pretexto. § 4º As sessões de ginástica laboral deverão ser oferecidas no local de trabalho e orientadas por profissional habilitado, contratado pelo órgão ou entidade para esse fim. Prevenção 12 Há alguns anos a visão da saúde, como vocês sabem, vem mudando. Prevenção virou sinônimo de boa saúde e de boa gestão. Interdisciplinaridade, equipes multiprofissionais, integralidade... essas são palavras-chave para quem atua na área. Além disso, é preciso levar em consideração a evolução tecnológica e que atinge em cheio os trabalhadores: as novas ferramentas de trabalho devem ser estudadas e seu impcato deve ser avaliado e minimizado. Por isso, o deputado Luiz Couto justifica que, diante de uma situação de constante utilização de máquinas e equipamentos em atividades laborais e em função dos problemas acarretados por essa prática, a melhor alternativa é praticamente uma unanimidade entre os profissionais de saúde: a prevenção. Por essa razão é que optamos por apresentar o presente projeto de lei, que obriga os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta a oferecer, a cada quatro horas de trabalho, no máximo, uma pausa de dez minutos para a execução de exercícios de alongamento orientados por profissional contratado para esse fim. Cabe, neste momento, a análise de quem é (quem são) o(s) profissional(is) capaz(es) para a realização e aplicação desta lei. Segundo o Dr. Alexandre Doval, presidente do CREFITO-5, “Esse PL é de extrema importância na saúde do trabalhador. A cinesioterapia laboral faz parte da especialidade da Fisioterapia do trabalho, especialidade esta reconhecida pelo COFFITO. Importante lembrarmos a Resolução 265 COFFITO que descreve as possibilidades terapêuticas ocupacionais na mesma área”, explica, destacando ainda a importância do reconhecimento do Ministério do Trabalho nessa ação. Ainda segundo Dr. Doval, seria interessante haver um outro PL com maior abrangência, ou seja, a todos os trabalhadores, não apenas aos da esfera pública. O presidente destacou, ainda, a grande expectativa de aprovação do PL. “Por diversas questões é importante acompanharmos as tramitações na Câmara e no Senado. Esse PL, da deputada reeleita Gorete Pereira, traz uma boa perspectiva, e devemos sempre estar atentos ao que diz respeito às nossas profissões”, complementa. HISTÓRIA DAS PROFISSÕES CREFITO-5 2002-2010: atitude e integração Nesta edição da revista do CREFITO-5 chegamos ao último capítulo da nossa série que recapitula um pouco da história destes 25 anos do Conselho. Já relembramos algumas histórias dos Colegiados que ocuparam o CREFITO-5 até 2002. Agora, partimos deste ano, quando ocorreu uma eleição em março e assumiu a nova Diretoria, composta pela Dra. Maria gia também Santa Catarina. A luta valeu a pena: em maio de 2003, a Resolução COFFITO nº 251 definiu que o CREFITO-5 passaria a atender apenas os profissionais que residem no Rio Grande do Sul. Assim, foi criado o CREFITO-10, com circunscrição no estado de Santa Catarina. Ela também destaca que um dos objetivos daquela gestão era intensificar 13 Seccional de Santa Maria Teresa Dresch da Silveira – Presidente, Dr. Arnaldo Luiz Seixas Valentim – Vice-Presidente, Dra. Nair Paim – Diretora-Secretária e Dra. Lenise Hetzel – Diretora-Tesoureira. Em 2004, a Dra. Paula Fióri assumiu o cargo de Diretora-Tesoureira. A Dra. Maria Teresa relembra que, desde o início da gestão, uma de suas maiores metas era o desmembramento do CREFITO-5, que na época abranOUT/NOV/DEZ/10 o relacionamento do Conselho com as instituições formadoras, Por isso, em março de 2004, foi criada a Comissão de Ensino e a Comissão de Estudantes, para que esta demanda fosse atendida. Esta gestão também priorizou a inserção dos profissionais nas políticas públicas de saúde batalhando pela criação de cargos públicos e incentivando os gestores a promoverem concursos para fisioterapeu- HISTÓRIA DAS PROFISSÕES tas e terapeutas ocupacionais. Foi lançada na Assembleia Legislativa do RS a cartilha que apresentava aos gestores a atuação dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no Sistema Único de Saúde.“Isso aconteceu ao mesmo tempo em que fizemos uma reforma administrativa no CREFITO-5, contratando agentes fiscais e demais servidores do Conselho, através de concurso público – os fiscais foram fundamentais no estreitamento dos laços do Conselho com os gestores municipais, reunindo-se com eles a cada cidade fiscalizada e explicando a importância da criação de cargos para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na saúde pública”, afirma. 14 Em 2005, o CREFITO-5 começou a promover diversas ações voltadas à sociedade, como os Debates CREFITO-5: Vida e Saúde com Qualidade. “Foi uma forma de criar ações com foco na responsabilidade social do Conselho junto à sociedade e também na melhoria da qualidade de vida da população”, esclarece a Dra. Maria Teresa. Outro objetivo, e desta vez através do Ciclo de Debates, era a interiorização do CREFITO-5 e, consequentemente, a aproximação com os profissionais que não residem em Porto Alegre, já que o evento percorreu diversas cidades. Em março de 2006, uma nova eleição aconteceu, e, pela primeira vez na história do CREFITO-5, com três chapas concorrendo. A chapa vencedora foi a Seccional de Caxias do Sul composta pela Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira – Presidente, Dr. Jadir Camargo Lemos – Vice-Presidente, Dra. Vera Maciel – Diretora-Secretária e Dra. Nair Paim – Diretora-Tesoureira. Em 2007, assume como Diretor-Tesoureiro o Dr. Gérson Chéqui. O foco era na fiscalização que, segundo a Dra. Maria Teresa, “é a espinha dorsal de qualquer Conselho Profissional – tanto que atingimos nossa maior meta, que era ter todas as cidades do RS fiscalizadas”, diz. Outro objetivo da gestão foi atingido quando, em agosto de 2007, foi inaugurada a 1ª Seccional do CREFITO-5 na cidade de Santa Maria, buscando descentralizar as ações do Conselho e também uma aproximação com os profissionais do interior. Dois anos depois, seria a vez de inaugurar a 2ª Seccional do CREFITO5/RS, na cidade de Caxias do Sul. Nessa gestão, ainda, fortaleceram-se os laços com as instituições de Ensino Superior, tanto no aspecto docente, como no discente. Vários encontros foram promovidos com esse intuito. A então Presidente destaca a importância do primeiro encontro de atualização científica promovido pelo CREFITO-5, o Atualizar, que aconteceu em outubro de 2007 oportunizando a atualização de novas tecnologias e a troca de experiências profissionais. Ainda no Atualizar, foram lançadas mais duas publicações do CREFITO-5: as Coletâneas de Relatos de Experiências na Saúde Pública do RS de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, com depoimentos de profissionais que trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). E, olhando em retrospecto, o que ficou? “Tudo valeu a pena! Conseguimos cumprir nossas metas por sermos um grupo muito unido. Me sinto realizada por ter feito parte deste grupo que ajudou a divulgar e engrandecer as profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional”, conclui Dra. Maria Teresa. OUT/NOV/DEZ/10 HORA LIVRE Música: a arte como escolha Música e terapia, em muitos casos, caminham juntas. Para além das técnicas terapêuticas e conhecimentos científicos, a música, podemos afirmar, faz parte da vida de todos nós. Alguém imagina uma vida sem trilha sonora? Seja qual gênero for, popular ou erudita, clássica ou de massa, a música nos conta histórias e ajuda a escrever muitas de nossas histórias. Mas, como quase tudo... a música, durante muito tempo, era coisa para homens. E a mulher que ousasse investir em música? Reputação acabada, descrédito e uma lista enorme de adjetivos nada enaltecedores. Ao contrário, a história das mulheres na música começou como sinônimo de enfrentamento aos bons costumes. Dependendo da época, é claro, tudo isso se modificava, mas foi um começou delicado. Trazendo um pouco dessa história para o Brasil, é impossível falarmos sobre o tema sem lembrarmos de Chiquinha Gonzaga. Muitos a criticaram, outros tantos exaltaram sua coragem. Certo mesmo é que ela rompeu paradigmas e tornou-se uma referência para música no Brasil e fora do país, também. Chiquinha abriu caminhos, rompeu preconceitos, fez história. E não são poucas as mulheres que seguem por este caminho e fazem da música sua profissão. Outras, porém, não fazem da música sua profissão, mas, sim, uma escolha de vida. É assim que começamos a contar a história da terapeuta ocupacional Ana Lúcia Soares, uma apaixonada por música que, em suas horas livre, dedica-se a uma das mais ricas manifestações artísticas. OUT/NOV/DEZ/10 Onde tudo começou... “Venho de uma família de origem portuguesa pelo lado materno (meu avô ouvia, saudoso, seus fados). Já meu pai tem antepassados escravos e era apaixonado por música clássica. Até hoje temos na casa de minha mãe seu violino. Nunca tive a oportunidade de ouvi-lo, pois desde que minha avó faleceu (e isso foi muito tempo antes de meu nascimento), nunca mais tocou o instrumento...” É assim que Ana Lúcia começa a falar da origem da sua incursão na música. Apesar de não poder ouvir a avó paterna e seu violino, a música já estava em sua vida e não demoraria muito para ela ser contagiada. Ana Lúcia foi fisgada por diferentes estilos musicais. Ela cita óperas como um dos principais exemplos. Outra lembrança da cantora e terapeuta ocupacional é de sua mãe. “Além de vê-la sempre cantando pela casa, desde pequena a presença do órgão nos cultos dominicais marcaram minhas primeiras experiências da dimensão emocional e o impacto da música no cotidiano das pessoas”, conta. Os incentivos não eram poucos. Além da herança genética, do gosto compartilhado, dos instrumentos sempre presentes, os pais de Ana Lúcia incentivavam, ainda, sua criatividade. Uma infância escrita e 15 HORA LIVRE segundo Ana Lúcia, a experiência foi maravilhosa. “Ter professores como Nilson Lombardi, Eudóxia de Barros, Ana Maria Teixeira, Dirce Beltrami Teixeira, Cidinha Carrasqueira era incrível. Além disso, o estudo de instrumento, a prática de conjunto, a teoria musical... tudo era maravilhoso”, diz. Ainda nas lembranças, ressurgem a intensa atividade musical, o encantamento com as possibilidades, os concursos vencidos... contada com muitas cores e lápis. E toda a energia da infância, mesclada ao imaginário, ficou registrada em uma parede, no fundo casa onde morava Ana Lúcia. Lá, naquele espaço, ela tinha permissão para riscar, imaginar, brincar, descobrir tudo o que sua imaginação pudesse alcançar. Carvão como instrumento, a parede virou um cenário, um mundo à parte. 16 Seguindo ainda nas lembranças dos tempos de criança, Ana Lúcia conta que, aos oito anos, já alfabetizada, foi chamada pelos pais. “Me chamaram para uma ‘conversa séria’: sugeriram que eu escolhesse um instrumento para estudar. Imediatamente escolhi o piano”, lembra. Em pouco tempo aquele que se tornaria um dos presentes de aniversário mais especiais chegou. A lembrança, aqui, inclui o cheiro de madeira, o feltro e os metais próprios do instrumento “imenso para uma menina que começava ganhar sua autonomia”. E Ana Lúcia teve como primeira professora de piano uma Chiquinha! Em Sorocaba (SP), a menina de oito anos ia, aos poucos, descobrindo o talento e fortalecendo a paixão. “Dos primeiros estudos fui orientada a buscar ampliar meus conhecimentos, pois identificavam em mim algum talento. Fui, então, estudar então em Tatuí”, relembra. Com um início assim, bem que Ana Lúcia poderia ter seguido a carreira artística, não? Até poderia, mas “houve um momento que sim. Sentia que não seria o suficiente para mim... Sentia que a música era uma forma de colocar minhas emoções, comunicar meus sonhos, sentimentos, de conhecer a mim mesma, de produzir emoções nas pessoas...”. Tudo isso era parte de uma história pessoal. Ana Lúcia queria sentir isso tudo, sim. “Mas era só meu... para meu deleite”, lembra, contando que isso tudo era, também, um pouco solitário. Sinais do futuro Se a música não se concretizou como escolha profissional, a Terapia Ocupacional ganhou espaço. “A Terapia Ocupacional já se manifestava em mim. Eu tinha o interesse no trabalho com pessoas com deficiência”, afirma. Ana Lúcia graduou-se na cidade de Piracicaba. Mas não pense que ela abandonou a música. O Coral Universitário da UNIMEP ganhou mais Uma nova fase Lá se foi a menina... O destino era o Conservatório Dramático Musical Dr. Carlos de Campos, em Tatuí, um centro de excelência no ensino da música. Lá, OUT/NOV/DEZ/10 HORA LIVRE uma dedicada e talentosa artista. “Já tinha concluído o curso de piano na cidade de Sorocaba no Conservatório Musical João Baptista Julião, onde conheci a flautista e soprano Ingeborg Gerta Kanitz, que criou o conjunto de música de câmara Studio Kanitz. Esse conjunto teve intensa atividade centrada em música barroca, com o qual contribuí como pianista e cravista”. Os anos foram passando e Porto Alegre foi a nova moradia de Ana Lúcia. Em 1985 a terapeuta ocupacional chegou no Rio Grande do Sul. Até pouco antes de sua partida para o Sul, a terapeuta esteve ligada ao Studio Kanitz. “Em Porto Alegre, já trabalhando no IPA, sempre procurei reservar um espaço para o estudo de piano. Chegou um momento, porém, que em função das atividades de trabalho, a música foi ficando apenas nos momentos dedicados a ouvir CDs, assistir a apresentações, concertos...”. A falta que a música faz, no entanto, falou mais alto, afinal, uma vida feita à base de música não pode ser tão drasticamente redirecionada. “A falta de estar efetivamente no meio fez com que eu procurasse uma saída para minha faceta musical. Em 2003, então, comecei a participar do Coral da PUCRS”. A Rotina Sobre o seu cotidiano, Ana Lúcia conta que o Coral reune-se semanalmente. Ela, porém, participa de OUT/NOV/DEZ/10 dois encontros. “Temos um ensaio de naipe - no meu caso contralto -, às terças-feiras à noite e todos os sábados das 14 às 18h com todos os integrantes do coral”, conta Sobre as fotos que ilustram a reportagem (arquivo pessoal), a terapeuta ocupacional conta que que referem-se à ópera Aída, composta por Giuseppe Verdi. “Foi uma experiência muito gratificante, tivemos quatro récitas. Como preparação para esse espetáculo, além dos ensaios vocais, tivemos vários ensaios para determinação das cenas, com a direção cênica de Victória Milanez. A interação com os demais membros do Coral é muito positiva, criamos muitas amizades no grupo”, diz. E, para terminar, não poderíamos deixar de perguntar à Ana Lúcia o que a música significa para ela. “Oportunidade de exercitar minha sensibilidade, criatividade, disciplina, participação no grupo e, principalmente, minha saúde mental. É o momento de sair da rotina, encontrar com pessoas com as quais tenho muito prazer em conviver e o desafio sempre com o novo, superar minhas limitações, aprendizado”, finaliza. Mas o Coral - cujo preparador vocal é Pedro Spohr - não é só terapia ocupacional. Temos, ainda, uma fisioterapeuta, Mariele Bechenckamp. É a música e a terapia aliadas, sempre em busca de qualidade de vida, conhecimento e lazer. 17 ESCOLHA COM CERTEZA Cursos Porto Alegre Fisioterapia Dermato Funcional Fisioterapia Cardiorrespiratória Fisiologia do Exercício - Prescrição do Exercício Fisioterapia em Gerontologia Fisioterapia Traumato-Ortopédica Fisioterapia Pediátrica e Neonatal Método Pilates: Prescrição do Exercício Físico e Saúde Local dos cursos Colégio Pastor Dohms - Rua Américo Vespúcio, 483 - Higienópolis Informações DICA DE PAUTA Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde é tema de curso em Porto Alegre e em Caxias do Sul Um dos assuntos que mais está sendo debatido no Brasil e no exterior é a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF. O CREFITO-5, atento às demandas e reconhecendo a importância e a pertinência do tema, presenteou os profissionais com dois cursos: um em Porto Alegre e um em Caxias do Sul. A ação é uma promoção referente ao Dia do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional. Os cursos aconteceram nos dias 13 e 14 de novembro em Porto Alegre e em Caxias do Sul. A ministrante convidada é uma das maiores especialistas no tema do nosso país, a Dra. Heloisa Brunow Ventura Di Nubila, da Faculdade de Saúde Pública da USP, que trouxe uma abordagem interdisciplinar da CIF. A fisioterapeuta Dra. Rita Bersch, que trabalha na área neurofuncional, participou do curso em Porto Alegre e achou a escolha do tema muito pertinente, já que a CIF está sendo muito discutida. “Precisamos estar capacitados para colocar estes conceitos na prática, já que eles ampliam a visão que a formação nos dá, levando-nos para o mundo real que é a vida de um paciente”, explica. O curso iniciou com um breve histórico da CIF, uma classificação aprovada pela Organização Mundial de Saúde em 2001 para ser usada junto com a Classificação Internacional de Doenças (CID), que existe desde 1946 e já passou por diversas revisões. Numa linha do tempo, a Dra. Heloisa contextualizou historicamente a criação e desenvolvimento da CID e da CIF e explicou a importância da primeira – que, segundo ela, não deve ser descartada. “A CID complementa nosso trabalho e serve como base para o cálculo de estatísticas importantes, como a taxa de mortalidade; são duas classificações diferentes que se complementam, não se anulam”, esclarece. O Dr. José Eloy de Jesus, fisioterapeuta que trabalha na área neurofuncional e participou do curso em Caxias do Sul, ressaltou que ele trouxe uma abordagem multidisciplinar que engloba conceitos importantes como a bioética. “Ficamos muito atrelados à CID, que é uma classificação que destaca apenas a doença, desconsiderando a evolução do paciente. Agora, vou poder usar os conceitos da CIF e realizar meu trabalho com muito mais segurança”, afirma. A palestrante explicou, também, os objetivos da CIF e seus fundamentos: fornecer uma base científica para consequências de estados de saúde, estabelecer uma linguagem comum para melhorar as comunicações, permitir a comparação de dados levantados em diferentes países, disciplinas de cuidados de saúde, serviços e tempos, além de fornecer um 19 DICA DE PAUTA esquema de codificação sistemático para sistemas de informação em saúde. Neste modelo da CIF, o olhar sobre o paciente passa a ser global, e não apenas biomédico. São observados o ambiente em que o paciente vive, quais facilitadores ou dificultadores existem à sua volta, sua atitude em relação ao problema de saúde que enfrenta e muitos outros fatores considerados subjetivos. Isso encantou a terapeuta ocupacional Vera Barcellos, que veio de Item a item, a Dra. Heloisa explicou as definições dos componentes que formam a CIF e tirou as dúvidas dos alunos. Num segundo momento, ela entrou no mérito da codificação. Com base em casos clínicos, ela esclareceu cada um dos níveis da CIF e explicou como fazer a classificação, incentivando os alunos a aplicarem-na no seu dia a dia. Santa Maria participar do curso em Porto Alegre. “Trabalho como docente e também em clínica e sei que a CIF me ajudará nos dois âmbitos: passarei os conceitos para meus alunos e terei uma excelente base para classificar os casos complexos de meus pacientes”, relatou. positivo. “As duas plateias estavam repletas de profissionais da saúde muito qualificados e interessados em entrar no mundo fascinante da CIF. Sinto que estava pregando para convertidos e gostaria muito de saber que eles usarão o que aprenderam em suas áreas de atuação e disseminassem estes conceitos”, concluiu a palestrante. O saldo final dos dois dias de curso foi mais do que 20 A Dra. Heloisa apresentou uma checklist da CIF para os participantes e distribuiu a publicação da OMS para as pessoas familiarizarem-se com os temas e códigos. Ela trouxe, ainda, exemplos práticos que ajudaram a esclarecer os conceitos que, até então, eram um mistério para a maioria dos alunos. “A CIF engloba fatores ambientais e pessoais que envolvem alguém que está com algum problema de saúde, sempre com base na função e estrutura corporal, nas atividades (ou limitação delas) e na participação (ou falta dela) do indivíduo”, explica ela. Opinião O curso foi avaliado como ótimo por 90% dos participantes. Os outros 10% avaliaram como bom. Como sugestão, os profissionais indicaram a realização de novos cursos com o mesmo perfil. A atualização em temas relevantes, segundo a avaliação, ainda é muito importante e poder realizar a troca de experiência é fundamental para o desenvolvimento de todos. OUT/NOV/DEZ/10 NOME DA CARTOLA 21 OUT/NOV/DEZ/10 NOTÍCIAS CREFITO-5 apresenta planejamento financeiro para 2011 22 O CREFITO-5 é uma autarquia federal e tem o dever de ser uma instituição transparente em sua administração. Isso inclui, claro, a sua prestação de contas e a previsão orçamentária elaborada com base na receita a ser arrecadada e estimando em que ela será gasta. Por isso, publicamos aqui a previsão orçamentária do CREFITO-5 para 2011, já repassada e aprovada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Este é um ato de planejamento das atividades financeiras do Conselho para o próximo ano e, também, um ato de caráter jurídico, criador de direitos e de obrigações para o CREFITO-5. Confira no gráfico abaixo os dados e uma breve explicação sobre os itens de arrecadação e despesas calculados pela Assessoria Contábil e pela DiretoraTesoureira do CREFITO-5. Sobre a Previsão Orçamentária 2011 de Receita a ser arrecadada: A receita de contribuições nada mais é do que uma estimativa das anuidades a serem pagas pelos profissionais inscritos no CREFITO-5. A receita patrimonial é resultado das aplicações financeiras do Conselho. Já a receita de serviços é feita com base num cálculo da média de novos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que se formam todos os anos (uma média de 1.200) e que, portanto, terão de se registrar no CREFITO-5 para trabalhar. A assessora contábil Maria Cleonice Flor Luzia explica que este cálculo é feito com base na média de fisioterapeutas e de terapeutas ocupacionais formados nos últimos cinco anos, com atenção redobrada para cursos recém-abertos. Ainda falando sobre a previsão de receita, as outras receitas correntes descritas no gráfico ao lado são as multas sobre anuidades, atividades profissionais irregulares notificadas pelo Departamento de Fiscalização do Conselho e, também, nãoparticipação no pleito eleitoral de 2010 sem justificativa. A receita corrente é, ainda, composta pela Dívida Ativa da União (profissionais ou instituições inadimplentes inscritos no CREFITO-5). OUT/NOV/DEZ/10 NOTÍCIAS – um palestrante, por exemplo. Sobre a Previsão Orçamentária 2011 de Despesas a serem feitas: O sexto item, genericamente descrito como “outras despesas e encargos”, inclui uma vasta gama de coisas: despesas básicas dos três escritórios do CREFITO-5: luz, telefone, condomínio, seguros, reparo e adaptação de bens móveis e imóveis, despesas bancárias, impostos e taxas, despesas com eventos (locação de equipamento, por exemplo), com custas judiciais (para fazer com que a Dívida Ativa seja paga), custos de locomoção do Departamento de Fiscalização, entre muitos outros itens. O primeiro item da lista, as despesas com pessoal, corresponde aos salários e vantagens para os funcionários do CREFITO-5. As despesas com diárias e auxíliorepresentação são destinadas aos Conselheiros – as diárias são pagas quando eles participam de algo fora de Porto Alegre em nome do Conselho; e o auxíliorepresentação quando a atividade é em Porto Alegre. A cota devida ao COFFITO é fixa: 20% da receita arrecadada por todos os CREFITOs é destinado ao Conselho Federal. Este repasse, inclusive, é feito automaticamente no momento em que o profissional paga a sua anuidade. O último item da previsão orçamentária para 2001 são as despesas de capital, que correspondem aos investimentos do Conselho. O terceiro item do gráfico são as obrigações patronais, que consistem no pagamento de INSS, Fundo de Garantia e PIS. Em seguida, vem o material de consumo dos escritórios do Conselho em Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria. Em seguida, aparece a remuneração de serviços pessoais – são os pagamentos feitos para profissionais autônomos que prestam qualquer tipo de serviço para o CREFITO-5 A Gestão 2010-2014 do CREFITO-5 está à disposição caso você tenha dúvidas ou queira saber mais sobre a previsão orçamentária. Fale conosco através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3333.6586. Lembre-se: O CREFITO-5 é feito por todos e trabalha para fortalecer as profissões de fisioterapeuta e de terapeuta ocupacional. Portanto, não hesite em entrar em contato. OUT/NOV/DEZ/10 23 OUT/NOV/DEZ/10 NOTICIAS Conselheira do CREFITO-5 é vice-presidente da CLAFK Aconteceu em Santiago do Chile, de 18 a 21 de agosto, o XIII Congresso da Confederação Latino Americana de Fisioterapia e Kinesiologia – CLAFK, com o apoio da World Confederation for Physical Therapy – WCPT e a participação de todos os países integrantes (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela). No evento, foi eleita a nova diretoria da entidade para a gestão 2010-2014. Eleita por unanimidade e composta por colegas brasileiros, a nova diretoria do Comitê Executivo da CLAFK ficou assim definida: Presidente, Dr. Reginaldo Antolin Bonatti (SP); Vice-Presidente, Dra. Sônia Aparecida Manacero (RS); Secretária, Dra. Fernanda Guimarães Torres (SC); e Tesoureira, Dra. Denise Flávio de Carvalho Botelho Lima (RJ); além do Vogal, Dr. Rogério Queiroz (SP). Esta vitória resgata e insere o Brasil, definitivamente, no painel internacional da Fisioterapia. Assim, parabenizamos aos novos membros do Comitê Executivo da CLAFK, desejando que esta conquista seja o incentivo para um trabalho repleto de realizações e sucesso para a fisioterapia, culminado no objetivo mais importante que é a defesa, reconhecimento e valorização dos profissionais. CREFITO-5 deve integrar o CMPcD de Caxias do Sul No dia 6 de outubro, a Conselheira do CREFITO-5, Dra. Rosemeri Suzin, participou de uma reunião no Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência (CMPcD) de Caxias do Sul. Na ocasião, foi solicitado um assento ao CREFITO-5 no Conselho. Para defender a solicitação, Dra. Rosemeri falou da importância da representatividade do CREFITO-5 para o respectivo Conselho, diante das suas deliberações. O resultado foi positivo: Os Conselheiros presentes deliberaram favoravelmente a inserção do CREFITO-5. Segundo a Conselheira, o próximo passo para a efetivação do que foi acordado é a alteração da Lei Municipal de criação nº 5.222/2002, que trata da inclusão das entidades no CMPcD. A Dra. Rosemeri participou, ainda, de outra importante reunião, desta vez no Conselho Municipal de Saúde de Caxias do Sul. “No dia 14 eu solicitei ao CMS a inserção de representação do CREFITO-5. Já foi entregue ao CMS um ofício assinado pelo presidente do nosso Regional, Dr. Alexandre Doval, que solicita essa inserção”, relata a Conselheira. O CMS, da mesma forma que o CMPcD, está discutindo com seus Conselheiros a alteração da sua lei de criação e inserção de outras en- Nova Diretoria empossada da CLAFK, com a Dra. Sônia Manacero à esquerda OUT/NOV/DEZ/10 tidades de interesse. 25 NOTÍCIAS Terapeutas ocupacionais reúnemse para articular o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) Grupo de terapeutas ocupacionais gaúchas luta pela inclusão da profissão no SUAS 26 No dia 6 de outubro, aconteceu, na sede do CREFITO-5, uma reunião entre terapeutas ocupacionais para a apresentação de material sobre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o movimento para a inserção das terapeutas ocupacionais. Entre os encaminhamentos da reunião estão um novo chamamento para os terapeutas ocupacionais que estejam ligados aos Serviços de Assistência Social – sejam estes governamentais ou não. Estiveram presentes no encontro as seguintes terapeutas ocupacionais: a Diretora-Secretária do CREFITO-5, Dra. Lenise Hetzel; a Diretora-Tesoureira, Dra. Luciana Wertheimer, as Conselheiras Dra. Mirtha Zenker e Dra. Priscila Bordignon, a Dra. Vanessa Pinto (representante da UNIFRA), a Dra. Elissandra Siqueira da Silva (representante da UNISINOS), a Dra. Aline Bonesso Kayser (representante da Fundação de Assistência Social e Cidadania - Fasc), além da Dra. Ana Lúcia Soares e a Dra. Silvia Ros (ambas representantes do Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista). Nos dias 16 e 17 de dezembro de 2010 acontecerá em, Belo Horizonte, o Encontro Nacional, onde serão discutidos os encaminhamentos dos Encontros Municipais e Estaduais sobre o SUAS. PL inclui profissionais em perícia para concessão de aposentadoria por invalidez A Câmara Federal analisa o projeto de lei 7.200/10, de autoria do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que altera o § 1º do art. 42 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. A proposta dispõe sobre a ampliação da participação dos profissionais de saúde na perícia da Previdência Social. A proposta retira a exclusividade do médico para realizar perícias para aposentadoria por invalidez e permite uma avaliação multidisciplinar, com a participação de profissionais como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais da Previdência. Com isso, o relatório final de avaliação da capacidade de trabalho vai demonstrar uma realidade mais completa, transparente e justa. O projeto também foi assinado pela deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e pelos deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), Pepe Vargas (PT-RS) e Roberto Santiago (PV-SP). A Comissão de Assuntos Parlamentares do Coffito acompanha o andamento do projeto. A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. OUT/NOV/DEZ/10 NOTÍCIAS Faculdade da Serra Gaúcha abre curso de Terapia Ocupacional A Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) está lançando seu curso de graduação em Terapia Ocupacional, autorizado recentemente pelo MEC e que já terá seu primeiro vestibular no final deste ano. O curso será noturno e conta com vaga para 50 pessoas por semestre – 100 vagas anuais, portanto. Caso forme-se a primeira turma de Terapia Ocupacional, esta será a quinta instituição que formará estes profissionais no Estado. Agora, temos os cursos do Centro universitário Metodista (IPA), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Franciscana (UNIFRA) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O curso oferecerá ao aluno o aprendizado de trabalhar com técnicas orientadas para a emancipação e autonomia de pessoas com dificuldades específicas em diferentes aspectos do desenvolvimento humano (físicos, sensoriais, psicológicos, mentais e/ou sociais). “Esta é uma proposta que vem fortalecer a profissão no RS. Acredito que, com a abertura deste curso, vai haver uma tendência ao surgimento de novos campos de trabalho na medida em que a consciência sobre a profissão aumenta nesta região, que antes não era contemplada com nenhum curso de graduação na área”, disse a Dra. Carolina Santos da Silva, conselheira do CREFITO-5 que está auxiliando na construção deste curso. O coordenador interino é o Dr. Luiz Fernando Alvarenga. As inscrições online podem ser feitas até 9/12 pelo site www.fsg.br e as presenciais, até 13/12, na FSG. As provas acontecerão no dia 14/12, às 18h30min, na FSG. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (54) 2101. 6000 ou do site www.fsg.br. CREFITO-5 promove reunião com Coordenadores de Curso do Estado No dia 1º de outubro, a Comissão de Educação do CREFITO-5 promoveu um encontro entre os coordenadores de Curso de Graduação de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional do RS em Porto Alegre. Além da coordenadora da Comissão, Dra. Tania Cristina Malezan Fleig, estiveram presentes os Conselheiros Dr. Mauro Antonio Félix e Dra. Carolina Santos da Silva, além do Presidente do CREFITO-5, Dr. Alexandre Doval. A reunião contou com participação dos coordenadores de Curso das Instituições de Ensino Superior (IES), entre elas: UNIFRA, UFSM, Ulbra Santa Maria, Ulbra Torres, UNISC, PUCRS, FSG, UCS, Unijuí, Feevale e UCPel. foram destaque na reunião: o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências; e, também, a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). “O interessante do encontro foi a grande participação dos colegas, interessados nos temas e na contribuição que o CREFITO-5 pode oferecer regionalmente para esclarecer a todos sobre estes dois temas”, disse a coordenadora da Comissão de Ensino e Educação. Ao final da reunião, a Dra. Marion Creutzberg, da PUCRS, ministrou uma palestra sobre o Enade. A Comissão de Educação apresentou seus objetivos e sua representatividade em todo o Estado. Dois temas O próximo encontro ficou marcado para 25 de março de 2011. OUT/NOV/DEZ/10 27 NOTÍCIAS Presidente do CREFITO-5 participa de homenagem aos fisioterapeutas No dia 19 de outubro, às 18h15min, o vereador de Canoas César Augusto Ribas Moreira (PRB) promoveu uma homenagem aos fisioterapeutas no espaço do Grande Expediente da Câmara Municipal de Vereadores daquela cidade. A cerimônia foi em homenagem ao dia 13 de outubro, quando se comemora a regulamentação das profissões de fisioterapeuta e de terapeuta ocupacional. Nessa data, no ano de 1969, foi assinado o Decreto-Lei nº 938, que trouxe a regulamentação das profissões, colaborando muito para o reconhecimento e valorização destas atividades. Da esquerda para direita: vereador César Augusto, Dr. Alexandre Doval e vereador Fiorotti A Sessão foi uma homenagem da Câmara de Vereadores de Canoas aos mais de 10 mil cientes Físicos (ACADEF), Dr. Leonardo Jorge Koprofissionais gaúchos – o Presidente do Conselho, valewi, Dr. Belizário Rodrigues Neto, Dra. Gabriela Dr. Alexandre Doval esteve representando o CREFI- Vier, Dra. Joselaine da Rosa, Dra. Kátia Dias, Dra. TO-5. Esta foi a primeira vez que os fisioterapeutas Priscila Daltoe, Dr. Rogério Piazzato, Dra. Simone e terapeutas ocupacionais Lewandoski Borsoe, Dra. Taís Pomforam homenageados no permaier, Dra. Tanise Kreibich, Dra. Grande Expediente da CâTeresinha Regina Tavares, Dr. Viní“Como Conselho mara de Canoas. Para prescius Ortiz e Dra. Virgínia Minella e tigiar, estiveram presentes Profissional, nosso a estudante de fisioterapia, Greice cerca de quinze profissioRibeiro Wagner. principal objetivo é nais de Canoas. A cada um deles, o vereador César fortalecer as duas “Importantes homenagens como esta Augusto Ribas Moreira ensão momentos que demonstram o profissões e, também, tregou um certificado em quão grandiosos são os fisioterapeuagradecimento ao valoroso garantir o direito de tas e terapeutas ocupacionais, e fato trabalho por eles desenvolcada cidadão brasileiro de sermos lembrados nesta data é imvido em prol da comunidaportante porque promove os profisde de Canoas. de ter acesso a um sionais perante a sociedade e aproxi- tratamento digno” Os fisioterapeutas que estiveram e foram são os seguintes: Dr. Doutor Jivago Peres Di Napoli, Gestor de Reabilitação da Associação Canoense de DefiOUT/NOV/DEZ/10 ma mais a categoria. Como Conselho Profissional, nosso principal objetivo é fortalecer as duas profissões e, também, garantir o direito de cada cidadão brasileiro de ter acesso a um tratamento digno”, disse o Dr. Doval. 29 OUT/NOV/DEZ/10 NOTÍCIAS Terapeutas Ocupacionais reúnem-se na Seccional de Santa Maria Reunir terapeutas ocupacionais e potencializar a seccional de Santa Maria, bem como o CREFITO-5 como um todo. Este foi o objetivo de uma reunião que aconteceu no dia 10 de setembro, na seccional do CREFITO-5 em Santa Maria. Quem representou o Conselho foi o vice-presidente do CREFITO-5, Dr. Betinho Fernandes, a diretora-tesoureira, Dra. Luciana Wertheimer e a conselheira Dra. Carolina Santos da Silva. Num primeiro momento, aconteceu uma reunião com os coordenadores de Curso Terapeutas ocupacionais reuniram-se na seccional de Santa Maria de Fisioterapia (Dra. Alecsandra Pinheiro para discutir a inserção no mercado de trabalho Vendrusculo) e de Terapia Ocupacional (Dra. Daniela Tonús) da UNIFRA e com os co- Maria, em que se contou com público entusiasmado ordenadores de Curso de Fisioterapia (Dra. Maria com a nova gestão do CREFITO-5, dando ênfase Elaine Trevisan) e Terapia Ocupacional (Dr. Jadir ao trabalho “corpo a corpo” e acessível. O grupo Camargo Lemos) da UFSM. “Nas atividades cita- de terapeutas ocupacionais elegeu como prioridadas, pode-se destacar como foco a aproximação da de a inserção deste profissional da rede de Saúde Gestão do CREFITO-5 com as IES e reforçar a im- Pública de Santa Maria tendo em vista que só tem portância do ENADE 2010 para as profissões”, dis- trabalho através das IES e do mercado privado. A se a Dra. Carolina. Ainda segundo ela, houve uma APAE, os CAPS e os Hospitais não têm este cargo reunião com as terapeutas ocupacionais de Santa no momento. Audiência debate a crise na saúde Em audiência Pública realizada no dia 2 de setembro, os Conselhos Profissionais e Representantes de Hospitais e Sindicatos, Associações, Dirigentes de Sub-Sessões Estadual da OAB reuniram-se para debater a crise na saúde. Participaram do encontro o presidente do CREFITO-5, Dr. Alexandre Doval, o presidente da OAB/RS Dr. Claudio Lamachia, Dr. Ricardo Breier – Direitos Humanos OAB, Dr. Eduardo Elsade Sec. Saúde Estado, Dra. Maria Helena Dorneles – OAB, Dr. Rodrigo Pugina – Direitos HuOUT/NOV/DEZ/10 manos da OAB, Dr. Franceado Conti – Ministério Publico Estadual , Dr. Carlos Casarteli – Sec. Municipal de Saúde de POA. O tema do encontro foi “Saúde: o maior direito do cidadão posto na Constituição Federal do Brasil”. No evento, foi feita uma apresentação sobre o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Grupo Hospitalar Conceição. Foram propostas representatividade do grupo reunido junto ao Ministério Público Estadual 31 OUT/NOV/DEZ/10 NOTÍCIAS e Federal, além de ter sido sugerida a criação de uma Comissão Mista e Permanente da Saúde. Levantou-se que os recursos financeiros destinados à saúde pelos Estados são insuficientes e ficam sempre abaixo dos 12%. No Rio Grande do Sul, os investimentos representam menos de 3,3% dos recursos. Nosso Estado ficou em último no lugar no ranking nacional dos investimentos em saúde. Como consequências da superlotação, foram apontados a perda da qualidade do atendimento, o desgaste da equipe, os processos médicos e os riscos das epidemias. Como conclusão, o grupo entendeu que são necessárias e urgentes mais emergências, mais hospitais, mais postos de saúde e uma Política de Saúde mais efetiva. Coffito aprova Resolução sobre Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional aprovou, em Reunião Plenária, normativas que regulamentam o uso pelo fisioterapeuta das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. A Resolução autoriza a prática pelo fisioterapeuta dos atos complementares ao exercício profissional nos termos da resolução e da portaria MS número 971/2006, das seguintes práticas: fitoterapia; práticas corporais, manuais e meditativas; terapia floral; magnetoterapia; fisioterapia antroposófica; termalismo/ crenoterapia/balneoterapia e hipnose. O fisioterapeuta também poderá executar todos os atos complementares que estiverem relacionados à saúde do ser humano e que vierem a ser regulamentados pelo Ministério da Saúde por meio de portaria específica, sendo esta normativa aberta, como também o é a Política Nacio- nal de Práticas Integrativas e Complementares. O fisioterapeuta deverá comprovar perante o COFFITO a certificação de conhecimento das práticas integrativas e complementares. Será habilitado nos termos desta resolução o fisioterapeuta que apresentar títulos que comprovem o domínio das Práticas Integrativas de Saúde. Os títulos a que alude este artigo deverão ter origem em Instituições de Ensino Superior, instituições especialmente credenciadas pelo MEC e/ou Entidades Nacionais da Fisioterapia intimamente relacionadas às práticas autorizadas pela resolução. Os cursos concedentes dos títulos de que trata a resolução deverão conter uma carga horária mínima, que será determinada pelo COFFITO, assim que consultar as entidades associativas da fisioterapia de âmbito nacional que estejam intimamente relacionadas às práticas autorizadas pela regulamentação. I Simpósio Internacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional Entre os dias 27 e 28 de agosto aconteceu, em São Paulo (SP), o I Simpósio Internacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Discutiu-se: pesquisa na clínica, instrumentos de avaliação, bioética, pesquisa qualitativa e quantitativa, além da apresentação de aspectos da fundamentação e perspectivas teóricas OUT/NOV/DEZ/10 da profissão no Brasil. O Simpósio teve palestrantes brasileiras e uma palestrante do Instituto Karolinska de Estocolmo, Suécia, a terapeuta ocupacional Dra. Ingrid Söderback. O CREFITO-5 foi representado pela diretora-tesoureira Dra. Luciana Wertheimer e pela conselheira Dra. Mirtha Zenker. 33 NOME DA CARTOLA Sempre atenta às novidades e tendências do mercado, a LC oferece aos seus clientes e parceiros a possibilidade de compra de seus produtos através do comércio eletrônico. Na loja da LCMED você encontra uma grande variedade de produtos nas áreas de Fisioterapia e Reabilitação, Estética, Dermatologia, Locação de Equipamentos à Laser e Radiofrequência, com os melhores preços do mercado, entrega rápida e processos ágeis. 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Sabe-se que, pela legislação vigente, o terapeuta ocupacional e o fisioterapeuta devem trabalhar, no máximo, 30 horas por semana em locais públicos. Muitas vezes, porém, isso não é respeitado e os profissionais cumprem regimes com cargas horárias maiores. Um exemplo: nos editais dos concursos públicos, para ambas as profissões, a carga horária deve ser publicada de acordo com a legislação vigente, ou seja, 30 horas. Mas o que de fato está por trás da determinação desta carga horária específica de 30 horas? Por que não são as 40 horas a que a maioria dos trabalhadores está submetido? Segundo a terapeuta ocupacional e conselheira do CREFITO-5, Dra. Priscila Bordignon, “Por atuarem na área da saúde, sabe-se que estes agentes estão expostos a situações delicadas, de risco de morte, entre outros. Eles realizam muitos atendimentos diários e, por estarem sujeitos a uma carga acentuada de estresse, as 30 horas são o ideal”. Mas ideal para quem, você deve estar se perguntando? Para a sociedade, afinal, é a população a chave motriz da atuação destes profissionais. É preciso garantir um atendimento qualificado e em condições sempre. Ou seja, submeter terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas - como já acontece com outros OUT/NOV/DEZ/10 “A carga horária máxima de 30 horas semanais possibilita ao profissional, além de cuidados essenciais com a sua saúde e condição física e mental, tempo para a realização de cursos de atualização, por exemplo. Outra possibilidade é a atuação em outras áreas, permitindo ampliação do conhecimento e interdisciplinaridade”, defende a Dra. Priscila. Cumpra-se O COFFITO encaminhou, em 5 de julho deste ano, um ofício ao Ministro da Previdência Social em função do edital de concurso público que visava à contratação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para trabalharem em um regime de 40 horas. O ofício do COFFITO, solicitou a publicação de um ato formal por parte do Ministério, para que fosse cumprida a carga horária prevista em lei, sem haver prejuízo do recebimento de proventos. Se é lei, precisa ser cumprida por todos. 35 FISCALIZAÇÃO ? 36 A construção ética da sua imagem É fato: os cursos de graduação de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional estão formando cada vez mais profissionais – só no Rio Grande do Sul, são cerca de 1.200 novos que ingressam no mercado de trabalho anualmente. Isso prova o reconhecimento que as duas profissões conseguiram e também representa um ganho para a sociedade. Todavia, nunca o mercado esteve tão competitivo. Por isso, o interesse dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais por publicidade também aumentou muito – este é o maior índice de dúvidas recebidas pelo Departamento de Fiscalização do CREFITO-5. Segundo as agentes fiscais do DEFIS, também é grande o índice de notificações de publicidade irregular: para se ter uma ideia, desde o dia 1º de janeiro até 17 de novembro, foram 76 notificações efetuadas por nosso Departamento de Fiscalização. Sempre de olho nas tendências, os profissionais pes- quisam, inovam e buscam alternativas para anunciar seus serviços visando destacar-se. A publicidade e a propaganda, neste caso, são ferramentas de extrema importância e devem estar de acordo com duas resoluções do COFFITO que tratam deste tema: a Resolução nº 08/78 fala sobre publicidade de consultório e a Resolução nº 37/84 trata sobre anúncios de pessoa jurídica. Confira algumas das perguntas mais frequentes recebidas pelos agentes fiscais do Departamento de Fiscalização e tire suas dúvidas através do email [email protected] Como faço a publicidade do consultório? Quando você for fazer um anúncio de seu consultório, o texto deve ser simples: nome completo, categoria e número de inscrição do profissional no CREFITO, endereço e telefone, e especialidade exercida, quando for o caso. As especialidades reconhecidas OUT/NOV/DEZ/10 FISCALIZAÇÃO pelo COFFITO para fisioterapeuta são: acupuntura, fisioterapia dermato-funcional, fisioterapia esportiva, fisioterapia do trabalho, fFisioterapia neuro-f, fisioterapia onco-fFuncional, fisioterapia Rrespiratória, fisioterapia traumato-ortopédica, fisioterapia urogineco-funcional, osteopatia e quiropraxia e fisioterapia em saúde coletiva. Para terapeuta ocupacional, as especialidades do COFFITO são: saúde mental, saúde funcional, saúde coletiva, saúde da família, contextos sociais e contextos hospitalares. Qual a forma correta de anunciar os serviços prestados pela minha empresa registrada no CREFITO-5? Neste caso específico de publicidade, é permitido à Pessoa Jurídica o uso de nome fantasia e símbolo da profissão em sua peça publicitária. Neste anúncio, é obrigatório incluir o número de registro da empresa no CREFITO-5. Caso o anúncio contenha também o nome do profissional, é imprescindível o número de inscrição dele no CREFITO-5. Sou um profissional autônomo. Qual a forma correta de fazer anúncios sobre minha prestação de serviços? Os anúncios de profissionais autônomos que atendem seus pacientes nos seus domicílios devem conter seu nome completo, número de inscrição no CREFITO-5, suas áreas de atuação e tipo de atendimento que prestam, além de seus contatos. Em publicidade como esta é permitido o uso do símbolo da profissão ou outra imagem relacionada à profissão. Está vetado o uso de nome fantasia. Em que casos o fisioterapeuta e/ou terapeuta OUT/NOV/DEZ/10 ocupacional podem anunciar-se como especialistas? Somente depois de reconhecida a especialidade pelo COFFITO e registrada em livro próprio, o CREFITO-5 fará as anotações no livro de inscrição do profissional e o lançamento na carteira de identidade profissional. Somente depois disso os profissionais estão autorizados a anunciarem-se como especialistas. Vou me estabelecer em um local para realizar atendimento exclusivo em Pilates. Necessito realizar algum registro junto ao CREFITO? Sim. Como o Pilates é considerado um método cinesioterapêutico, mesmo sendo um local de atendimento exclusivo, como o “estúdio”, o profissional deverá realizar junto ao CREFITO-5 registro de consultório ou empresa. Tendo em vista que o Pilates não é uma “profissão”, o profissional que desejar trabalhar com tal recurso deverá estar registrado no seu Conselho Profissional. Caso o profissional pretenda atuar como pessoa física, o seu registro deverá ser de consultório. Caso ele atue como pessoa jurídica (inscrição CNPJ), deverá registrar empresa no CREFITO. Lembramos que o consultório não paga anuidade. 37 OUT/NOV/DEZ/10 AGENDA Programe-se: Cursos & Eventos Fisioterapia Dermatofuncional II Congresso Gaúcho Multidisciplinar do Data: De 10 a 21 de janeiro de 2011 Hospital São Sebastião Mártir Local: Vida Centro de Estudos e Qualidade Data: De 08 a 09 de abril de 2011 de Vida – Porto Alegre, RS Local: Sociedade Olímpica Venâncio Aires (SOVA), em Venâncio Aires, RS II Curso de Bandagem Terapêutica Aplicada à Neurologia Data: De 21 a 23 de janeiro de 2011 XII Congresso Brasileiro e IX Local: CENEFFI – Porto Alegre, RS Congresso Latino-Americano de Terapia Ocupacional XIX Curso Neuroevolutivo Bobath Data: De 11 a 14 de outubro de 2011 Data: De 04 a 29 de julho de 2011 Local: Centro de Convenções Frei Caneca – Local: CENEFFI – Porto Alegre, RS São Paulo, SP 39 Dica de leitura: “Diagnóstico em Acupuntura” O Conselheiro do CREFITO-5, Dr. Marcos Lisboa em acupuntura, além de Neves, é um fisioterapeuta com especialização em trazer dicas importantes acupuntura com mais de dez anos de experiência na em relação às síndro- área e acabou de lançar seu novo livro, “Diagnósti- mes, exame do pulso, co em Acupuntura: Uma avaliação passo a passo”. língua e combinação O lançamento aconteceu em outubro, pela editora de pontos. “Saber con- Merithus – ele já havia lançado anteriormente “Ma- duzir nual Prático de Auriculoterapia”. O livro é uma fer- é essencial para se fazer um bom ramenta de uso prático que permite ao profissional diagnóstico, por isso é necessário colocar em prática conduzir uma avaliação de forma clara e objetiva. todos os fundamentos da Medicina Tradicional Chi- Com enfoque nos oito princípios, o livro traz infor- nesa. Isso requer conhecimento de fisiologia e fisio- mações necessárias para compreender sintomas e patologia energética, por isso analiso todo o processo identificar sinais, bem como correlacioná-los para um investigativo de uma avaliação, levando em conta as diagnóstico mais eficaz. Passo a passo, de forma didá- principais dificuldades que os profissionais têm em tica, o autor enfoca todas as etapas de uma avaliação coletar e interpretar dados”, diz o Dr. Marcos. OUT/NOV/DEZ/10 uma avaliação IMPRESSO AUTORIZADO PODE SER ABERTO P/ECT PARA USO DOS CORREIOS Desconhecido Falecido Mudou-se Recusado End. Insuficiente Não existe o n.º indicado Ausente __________________________ Reint. ao Serviço postal em: _____ / _____ / _______ __________________________ Ass. Responsável __________________________ Avenida Palmeira, 27 - 403 CEP: 90470-300 – Porto Alegre Feliz Natal e um 2011 de vitórias e conquistas compartilhadas. A vida é o que nos move.
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