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Newsletter TDT nº 10, Outubro de 2013 Hip pertrófica (MCH H), a Miocardioopatia Dilatada a (MCD) e a Dissplasia Morte Súbitta Cardíaca 1 1,2 1 1 rnando Ribeiro , Inês Garranch ho, Joana Gasppar , Arrritmogénica do Ventrículo Dirreito (DAVD), as quais constituem a principal causa de e MSC em jovenns e desportistas (18,34). Os resstantes , Hospital de San nta Maria, Centro Hospitalar Lisbooa 5% % de MSC aconttecem em doenntes com coraçções estruturalmente norrmais, mas que e apresentam ddistúrbios no sistema s de con ndução r elé éctrica causado os por anomaliias genéticas nos n canais ión nicos – díaca (MSC) é d definida como u uma morte nattural can nalopatias, tais como a Síndroome de Brugada (SBR) e a Sínd drome s cardíacas, carracterizada pela a perda abruptaa do do QT longo (SQT TL) e, menos frrequentemente e, a Síndrome do QT cia e que aconttece durante a primeira hora em currto (SQTC) e a Taquuicardia Venttricular Polim mórfica (18,34) ntomas agudoss. Poderá existir doença cardííaca Cattecolaminérgica a (TVPC) (Fig. 1). Em esstudos recentes, tem m o tempo e o o modo como e esta morte suceede, sido evidenciada a importânciaa clínica de um ma entidade que q se julggava benigna – – o padrão eleectrocardiográffico de repolarrização 18,35,44) . s que se considera a existênccia de MSC, teendo pre ecoce (RP). Padrões específicoos de RP encontram‐se associados a ersos trabalhos em que se ma anifesta a surprresa um m aumento do risco da ocor rência de FV idiopática, com m uma morte súbita produz. Os prim meiros registos ttêm posssível compone ente hereditáriaa, ainda não to otalmente clarificada (48,4 45,29) e provêm do An ntigo Egipto, on nde se estabeleeceu . a MSC e a issquemia miocárdica: “se alguuém As cardiopatias genéticas estão o na origem da a grande maiorria dos braço e na paarte esquerda do tórax, é uuma cassos de MSC que e acontecem anntes dos 35 ano os. Estas cardio opatias Também na China existem re egistos que da tam maanifestam‐se mais m em indivídduos do sexo masculino, e a a MSC io relacionou d disritmias e a MS: “a intermitê ncia pod de ocorrer maiis durante o exxercício físico (miocardiopatia ( as), ou ditor de mortee próxima”. Pellas mesmas daatas, em m repouso/sono (canalopatias) (7). rava que “a do or precordial in ntensa que irraadia Etioloogia da MSC costas é sinall de mau proggnóstico”, e fooi o 5% os factores dee risco “os indivíduos obesos são (7) orrer subitameente que os maggros” . Doençça Coronária 15 5% tes etiologias, na maioria do os casos, a MSSC é sritmias ão fataais, tais ventriccular co omo, 80% % bradidisritm mias ou eléctrica sem pu ulso (AESP) taquicaardia Cardio omiopatias (MC CH, MCD, DAVD) Outras (SBR, SQTL, SQTC, TVPC, RP) (41) . itmia é diverssa (isquemia, disritmia d primáária, r rápida), mass o denomina ador comum é a (14) Figu ura 1 ‐ Etiologia da M MSC na população eem geral. Epideemiologia . Cerca de 75 a 884% A Morte Súbita Cardíaca é, provavelmentte, o desafio mais apresentam colapso cardiovvascular súbito,, no imp portante da cardiologia modeerna, pelo gran nde número dee casos letrocardiográffico é docume entada fibrilhaação que e existem (só nos n EUA mais de 300 000/an no) (7). No entaanto, a 8) suaa incidência parece p ter dim minuído recen ntemente, devvido a ilidade eléctrica cardíaca . A FV apreesenta melhorr prognóstico em (18) e nos n protocoloss de me edidas de estud do e de tratameento das disritm mias fatais que levam dado especial ênfase à deteccção e tratameento à M MSC. (7) Estima‐‐se que no nossso país a MSC atinja por ano o cerca a assistolia ou AESP de 40 a 100 joven ns entre os 18 ee os 35 anos (21). Apesar de essta ser e MSC, cerca de 80% ocorrem m em doentes ccom (DC) (18) e 15% 1 ocorrem em doentes que rdiopatia estrutural, tais como o a Miocardioppatia um ma situação à qu ual a maioria daa população esstá alheia, as do oenças carrdíacas são a qu uinta causa de m morte nesta cla asse etária, e a morte súb bita cardíaca é a a responsável ppela grande maioria das mortees (21). Comen ntários e/ou sugestõ ões: [email protected]‐saude.pt Pág. 1 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 Fisiopattologia ablação está in ndicada quan do ocorrem múltiplos ch hoques A Morte Súbita Card díaca é o estádio final de uma cadeia de evenntos ressultantes de TV mantida que não é solucionada com c a que conduzem a um ma paragem cardíaca, em geral por FV ou, meenos rep programação do CDI ou alteraação da terapê êutica farmacológica, frequentemente, po or uma bradidisritmia extrem ma (7). Em todoss os rep presentando uma u terapêuttica curativa e uma estrratégia casos há uma sériee de factores desencadeantes que, actuaando com mplementar no o tratamento (466,58,65). sobre e o miocárdio vvulnerável, preccipitam o colap pso cardiovascuular. O mapeamento é realizado ppara determinação da origeem da Nos factores f desen ncadeantes devem incluir‐se a genética ee os taq quicardia, pode endo centrar‐sse também na n determinaçãão do factorres de risco, ee/ou aumento da actividade e simpática (sttress sub bstrato arrítmiico com auxíllio de sistema as de mapeamento em físico ou psíquico) que, mesmo não tendo consequências c ele ectroanatómico tridimensionall. Nestes sistem mas, a visualizaçção do (7) situaçções normais, pode ser desencadeante da MSC . Tem ssido possicionamento dos d electrocateeteres é consttante, e é efecctuada demo onstrado que oss factores de rissco para a MSC C são praticameente um ma reconstrução o anatómica caardíaca que se e correlaciona com a idêntiicos aos da doença coronáriaa, nomeadamente o aumentoo da acttividade eléctricca ventricular (446,58,65). idade e, história fam miliar de doençça coronária, aumento do LLDL, hiperttensão arterial (HTA), tabagism mo e diabetes m mellitus (44) . Cardiove ersor‐Desfibri lhador Implantável (CDI) O desenvolvimen nto do CDI deeve‐se ao trabalho realizad do por Prevenção e TTerapêutica Invasiva em A Arritmologia Mirrowski em 1980 0 e desde aí a ssua utilização tem tido um aumento A inttervenção invaasiva em arritm mologia permite a reduçãoo da exp ponencial (15,33). Actualmente este sistema é multiprogramáável e, ocorrência de arritm mias, melhoria d da qualidade de e vida e diminu ição na maioria dos casos, implantta‐se na zona peitoral, utilizando do rissco de MSC. ele ectrocateteres que q são posicioonados no cora ação através de uma Esttudo Electrofiisiológico (EEFF) via transvenosa (F Fig. 2). O CDI é automático e tem a capacidaade de O EEF é um tipo de cateterismo cardíaco no o qual se utilizzam recconhecer e interromper taquuidisritmias ven ntriculares man ntidas, electrrocateteres, qu ue guiados por equipamentos de fluoroscoppia e através de estim mulação rápida ou com a ad dministração de d um conecctados a polígraafos computoriizados, possuem m a capacidadee de oque. Pode tam mbém efectuar r estimulação ccardíaca em preesença cho efectu uar o registo de potenciaiss endocavitários e estimulaação de bradicardia ou o encontrar‐‐se associado a um sistem ma de cardíaaca. Este proccedimento permite avaliar a formação e a esttimulação biven ntricular para reessincronização o cardíaca (15,33,65). condu ução normal ee patológica do o estímulo elécctrico no coraçção, poden ndo ser comp plementado co om a utilização o de sistemass de mape eamento electro oanatómico trid dimensional (27). O EEFF de diagnósticco é um métod do importante no esclarecimeento individual do risco d de ocorrência de arritmias ven ntriculares e poossui um valor v prognósttico significativo em determ minados doenntes, poden ndo também ser realizado com o intuito o de esclareceer a necesssidade de implantação de Cardioverrsor‐Desfibrilhaador Implaantável (CDI) paara a prevenção o da MSC (17). Na prresença de taq quicardias docu umentadas, o EEF E pode tambbém clarificar o diagnóstico de taaquicardias ve entriculares, ccom nhecimento do seu mecanism mo e orientação o da terapêuticca a recon A implantação de um CDI está i ndicada em todos os sobrevivventes de MSC devido a FV ou TV nnão tolerada hemodinamicam h mente, dessde que a causa a não seja reveersível e que exxista uma expecctativa aplicaar (65). de sobrevivência e e bom estado ffuncional superrior a um ano (255). Ablação A ablação represen nta uma das estratégias terapêuticas parra a preve enção da MSC e consiste na criação de lesões no miocárrdio, usualmente Figu ura 2 ‐ Radiografia a póstero‐anterior de doente com sistema s CDI compo osto por elecctrocateter auricula ar posicionado no apêndice auricularr direito, electrocatteter de desffibrilhação posicion nado no ápex do vventrículo direito e e gerador na zona peitoral esqu uerda. Fonte (23) atravvés da adm ministração de d energia de radioffrequência, em m zonas cardíacaas pré‐determin nadas pelo EEF (58). Encon ntra‐se indicada quando existte TV monomó órfica mantida,, ou TV nãão mantida sinto omática, refracctária a terapêu utica farmacolóógica ou em m casos de into olerância farmaacológica. Em doentes com CD DI, a Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt Várrios estudos demonstraram d que a implan ntação do CDI como pre evenção primária (sem a occorrência prévia de taquidisrritmias ven ntriculares) aum menta a sobreevivência em doentes com rissco de MSSC (25,65). Dessta forma, o CDI C é um trataamento efectivvo em doentes com eve entos arrítmico os ventricularees graves ou quando existee risco acrrescido para a o ocorrência de M MSC no futuro. Pág. 2 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 Doença coro onária (DC) A inccidência da MSC aumenta gradualmente g com a idade,, de mane eira mais significativa a partir dos 35‐40 anos, ee é particcularmente alta no Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM)) (7) . demonstraram que 50% dos óbitos no EEAM Várioss estudos já d ocorrem na primeiira hora de evolução, e cheggando a 80% nas eiras 24 horas ((11). A MSC tam mbém é frequen nte na fase cró nica prime na desta doença, e de qualquer cardiopatia, especialmente e prese ença de insuficiêência cardíaca (IC) ou disfunçã ão ventricular (77). O risco de disritmias ventriculares graves g é especcialmente alto nos ura 4 ‐ Electrocardiograma sugestivo de Taquicardia Ve entricular, em conttexto de Figu card diopatia isquémica crónica e disfunçãão ventricular esquerda, de um doentte de 71 anos, que recorreu ao S SUC por mal‐estar ggeral e palpitações. Fonte: SUC HSM – CHLN. prime eiros 6 meses d depois de um EA AM. Na estratifficação de riscoo de MSC n nos doentes co om cardiopatia isquémica crón nica, dá‐se ênfa se à A Ecocardiografia E a encontra‐se eentre as técniccas de imagem m mais relaçãão de 3 factorres de risco principais: p presença de isqueemia utilizadas na susp peita de DC, um ma vez que quando o miocárrdio se residu ual (perigo de n novo acidente issquémico), má função ventriccular enccontra em isquemia, rapiddamente ocorrrem alteraçõees na (periggo de IC), e insttabilidade elécttrica (perigo de arritmias grav es e con ntractilidade se egmentar, um ccontributo indiispensável sobrretudo (7 7) MS) . noss doentes com m clínica sugesttiva de síndrom me coronária aguda, a Sinto omas maas com ECG inicial não‐diagnósstico (32). A manifestação clíniica mais comum m na DC é a do or torácica. Algguns Téccnicas Invasiv vas de Diagnóóstico e Terapêutica doenttes podem, ainda, apresenttar dispneia, náuseas, vómiitos, O C Cateterismo Cardíaco é uma ttécnica diagnósstica e/ou terap pêutica hiperssudorese, fadigga inexplicável, síncope ou MSSC (26) que e, através da in njecção de conttraste, permite e visualizar as artérias . Técnicas Não Invaasivas de Diaggnóstico corronárias para efectuar e o diaggnóstico de DC C e proceder ao a seu O Ele ectrocardiogram ma (ECG) é a técnica de 1ª linha utilizadaa na tratamento, se ind dicado. Neste ccontexto, a disp ponibilidade im mediata avaliaação do doentee com suspeita de DC, uma ve ez que na preseença de terapia de rep perfusão com Intervenção Coronária Percu utânea de isq quemia miocárd dica, os parâmeetros avaliadoss com esta técnnica, (ICP) é essencial. Através destaa, que inclui, angioplastia corronária nome eadamente oss referentes à repolarizaçã ão ventricularr – com m balão e/ou implantação dde stent, é posssível restabeleecer o segmento ST e onda T, bem co omo o ritmo cardíaco, c podeerão fluxxo sanguíneo e salvar teciddo cardíaco, em m doentes qu ue não encon ntrar‐se modificados. O ECG E constitui um importaante aprresentem contrra‐indicações e cujos sintomass de DC tenham m início contributo para o seu diagnósticco, sobretudo em situaçõess de há menos de 12 horas, melhoranndo assim o seu u prognóstico (220). urgên ncia, como o EAM e as disritmias ventrriculares maliggnas Rarramente é realizada Cirurgia de Revascularrização Coronáária de associadas a esta entidade clínica (Fig. 3 e 4). urggência, estando apenas inddicada em casos de falênccia de tratamento prévio como ICP, choque cardio ogénico ou arrritmias ven ntriculares asso ociadas a doençça de três vaso os ou tronco co omum. Estte procedimento consiste eem realizar um m bypass coronário utilizando um vaso sanguíneo sa udável do peito o, perna ou braaço, de forma a contorn nar a obstruçãão coronária e originar um ma via alte ernativa para a circulação sangguínea (38). Em m doentes com m cardiopatia isquémica, o o EEF fornecee uma avaaliação diagnóstica para o risco de MSSC, quando exxistem como sintomas sugesttivos de taqquidisritmias ventriculares, v Figura 3 ‐ Electrocardioggrama sugestivo de d Taquicardia Ventricular – Torsadde de Pointess, em contexto dee EAM com suprad desnivelamento do o segmento ST, dee um doente e de 66 anos, que reecorreu ao Serviço d de Urgência Centrall (SUC) por precord ialgia intensaa. Fonte: SUC HSM –– CHLN. Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt palpitações, pré‐ssincope e síncoope, ou evidênccia de taquidisrritmias não o mantidas (Fig. 5) (65). Pág. 3 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 um m doente afecta ado têm 50% dee possibilidade de terem a mu utação e d desenvolver a doença. A sua prrevalência é de e 1:500 indivíduos (47). Sin ntomas Pod de manifestar‐‐se clinicamennte com preco ordialgia de essforço, dispneia, palpitaçções, tonturas,, lipotímia e síncope, s no en ntanto, porrtadores de MC CH são, na sua m maioria, totalm mente assintomáticos, o q que torna a morte súbita, com mummente, a primeira manifestação clín nica da doença (14). Figura 5 ‐ EEF de diagnó óstico com indução de Taquicardia Ventricular, atravéés de m Doença Coronária. Fonte: Unidad e de estimulação programada,, em doente com ologia Invasiva, HSM M – CHLN. Arritmo A Do oença Coronárria é a cond dição que leva à maioria das (25) implantações de CD DI em todo o mundo m . A im mplantação do CDI está indicada em m doentes co om anteceden ntes de EAM M e sobre eviventes de MSSC por TV/FV aabortada, sob terapêutica mé dica optim mizada. Encontrra‐se também indicada em doentes d que aapós EAM apresentem TTV não mantidaa, disfunção siistólica ventriccular erda com fracçãão de ejecção iinferior ou igua al a 40% e induução esque de FV V ou TV mantidaa em EEF (25, 65). Téccnicas Não Invasivas de Diaagnóstico O Ecocardiogram E a desempenhaa um papel deccisivo no diagn nóstico da MCH, uma vezz que identificaa as principais a alterações estru uturais e funcionais f características da ddoença. A hipe ertrofia do ventrículo esq querdo (HVE) varia de leve a grave, e de loccalizada a difussa (Fig. 6). Não existe um m padrão morfoológico conside erado típico, embora as formas assimétricas com envvolvimento pre edominante do septo inte erventricular e hipertrofia difuusa sejam as mais frequentes (43). Os exames a que e os atletas dee alta competição são subm metidos devverão ser rigorrosos e exausttivos para que e possa ser feiita, de forma inequívoca a, a diferenciaçção entre a MCH M e as alterações Nestaa entidade clíínica, o CDI está e indicado como prevennção primáária em caso dee disfunção sisstólica ventricular esquerda (ccom mo orfofisiológicas de carácter beenigno e reversível, desencad deadas pello esforço físico o intenso. fracçãão de ejecção inferior ou igual a 35%, que se encontrem em classe e funcional II o ou III NYHA, ou com fracção de d ejecção infeerior ou igu ual a 30%, quee se encontrem em classe funcional I NYHA) , no mínim mo 40 dias apóss EAM (25,62). Nos d doentes com DC C e disfunção vventricular esqu uerda, a origem m da TV po ode estar relacionada com meecanismos de re eentrada em árreas de miocárdio ventriccular cicatriciall, resultantes d de EAM e tem ssido comp provado que a ablação reduz significativame ente o númeroo de episódios arrítmicos (46,58,65) . Figu ura 6 ‐ Imagem ecocardiográfica de addolescente com Miocardiopatia Hiperttrófica e CDI.. Fonte (10) Miocaardiopatia Hipertrófica (M MCH) O ECG apresenta a alterações em m 79‐95% doss casos, tendo como ma doença gen nética que se caracteriza pe ela hipertrofia ou É um espesssamento do músculo carrdíaco, mais precisamente do ventríículo esquerdo o (VE) devido o a uma mu utação nos geenes codificadores das prroteínas do sarrcómero miocá árdico, que origgina ach hados caracteríísticos: critérioss de hipertrofia VE com alterações da repolarização, ondas Q prooeminentes e ondas o T negattivas e ofundas (14); é m muito útil no raastreio de famiiliares assintom máticos pro (Figg. 7). desorrdem das fibrass miocárdicas e hipertrofia cardíaca, podendoo ou não causar c obstruçãão da câmara de saída do ve entrículo esqueerdo (VE) (43). A paragem m cardíaca po ode ser origina ada por disritm mias ventriculares, fibrilh hação auricular paroxística, bloqueio aurícculo‐ ntricular rápida a por via acessóória, ventricular, conduçãão auricular ven alteraações hemod dinâmicas ou u isquemia desen ncadeadas sobrretudo pelo exxercício intenso o do miocárrdio, (44) . É a princcipal causaa de MSC em jovens adultoss (idade inferio or a 50 anos) que desco onhecem a suaa doença. A herança h desta miocardiopatiia é Figu ura 7 ‐ Electrocardio ograma de um doennte de 57 anos, porttador de Miocardiopatia Hipe ertrófica. Fonte: SU UC HSM – CHLN autosssómica dominaante, o que quer dizer que oss descendentess de Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt Pág. 4 4 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 O Ho olter revela p perturbações do d ritmo em 90% dos aduultos portadores de MCH H, e apresentta extrassístole es ventricularees e (43) taquiccardia ventricular não mantidaa em 20 a 30% . A Resssonância Magnética é um do os MCDT mais importantes neesta patolo ogia, uma vezz que permitee a distinção entre MCH e a hiperttrofia miocárdica secundária àà prática desportiva (43). Técnicas Invasivass de Diagnóstico e Terapêu utica O EEFF pode ser realizado para a esstratificação do o risco de MSCC, no factorres de risco na MCH é usualm mente efectuada por técnicas não Figu ura 8 ‐ ECG de um d doente de 45 anos,, portador de Mioccardiopatia Dilatadaa. Fonte: SUC C HSM – CHLN. invasiivas (57,65). O Ecocardiogram ma caracterizaa‐se por dilata ação de amb bos os A im mplantação do CDI está ind dicada em do oentes com M MCH ntrículos, e na m maioria das vezzes, das aurículas também (Figg. 9). É ven sobre eviventes de MSSC ou como preevenção primária na presençaa de frequente o regissto de tromboos murais na parede p do ventrículo algum m factor de risco o de MSC (25,65,557). esq querdo ou na aurícula esquuerda, os ané éis das válvulas AV dos entan nto, a sua utilização é con ntroversa. A determinação d Mio ocardiopatia D Dilatada (MCD D) É uma doença do músculo cardíaaco caracteriza ada pela dilataação enccontram‐se habitualmente diilatados, com insuficiência vaalvular sevvera (16). anorm mal do ventrícculo esquerdo o e diminuição o da sua funnção sistóliica, o que incap pacita o músculo cardíaco de bombear o sanngue de forma eficaz, pod dendo evoluir para a insuficiê ência cardíaca (IC). A MC CD pode ser idiopática (30 0‐40% dos cassos) ou devid a a difere entes etiologiass (infecções, tó óxicos, fármaco os, processos auuto‐ imune es, doenças n neuromuscularres, metabólica as, mitocondrriais, entre outras), mass as causas mais m frequente es são a doeença coron nária crónica e a HTA (7). A sua s prevalência a real ainda nãão é conhe ecida com exxactidão, mas estima‐se qu ue afecte 1:22500 indivíduos (12). Sinto omas Na avaliação a desttes doentes, predominam os sintomas de insuficiência cardíaaca esquerda com dispneia progressivaa e eventtualmente ortopneia e dispneia paroxística n nocturna. Em ceerca de 35 5%, o sintoma inicial pode ser s dor torácica a com o exerccício físico,, indistinguível da dor angino osa, manifestando provavelmeente uma m menor reserva coronária (16). Técnicas Não Invaasivas de Diaggnóstico O EC CG apresenta como sinais característicos alterações que reflecctem o aumento o das cavidadess cardíacas, bem m como alteraçções inespecíficas da reepolarização ventricular v e os distúrbios da ução eléctrica, como o BCRE (o mais comum m), HBEA e o BCCRD condu (mais raros), disritm mias como ass SPV, as SPSV e a fibrilhaação auricu ular, baixa volttagem relacionaada com a pre esença de derraame pericáárdico e com aa grave deterio oração da funçção ventricularr (11) (Fig. 8 8). Figu ura 9 – Imagem ecocardiográfica dde um doente de d 45 anos, portaador de Mio ocardiopatia Dilatada. Fonte: Laboratórrio de Ecocardiografia, HSM – CHLN. No Holter, a taquicardia ventriicular não man ntida é registad da em aprroximadamente e 20% dos indivvíduos assintom máticos e em 70 0% dos que e apresentam ssintomas severoos (44). Téccnicas Invasiv vas de Diagnóóstico e Terapêutica Em m doentes co om MCD, aa ocorrência de taquidisrritmias ven ntriculares, com mo a TV rápida ou FV, é a caussa de morte em m cerca de 30% dos casos (65). A indução de taquidisritmias veentriculares no EEF, nestes caasos, é um m factor predito or de MSC (30). O O EEF tem uma a importância reelativa na avaliação desttes doentes, ddevido à reduzida indutibilidaade de taq quidisritmias ventriculares, quee podem não ser reprodutíveiis (65). A ablação a de TV é uma estratéégia compleme entar no tratamento desstes doentes, se endo guiada atrravés da realiza ação de EEF (65,330). Existe uma reduçção da mortaliddade, nomeada amente da MSSC, nos doe entes com MCD M submetid os à implanttação de CDI. Esta inte ervenção enccontra‐se indiicada em doentes com MCD Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt Pág. 5 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 sobre eviventes de MSC por TV T ou FV, quando ocor rem pessamentos, dilatações d e áreeas com alta densidade de sinal no esp taquid disritmias ventriculares mantidas não tolerad das. A implantaação mio ocárdio, indicattiva de infiltraçãão gordurosa (11) (Fig. 11). de CD DI pode tambéém ser consideerada na prese ença de disfunnção sistóliica ventricular eesquerda e/ou história familia ar de MSC (25,65, 30). Displasia Arritm D mogénica do Ventrículo Diireito (DAVD)) É uma doença card díaca rara de herança h autossómica domina nte, proximadamente 1:5000‐100000 com uma prevalência de ap indivíduos em todo o mundo, porrém, em Itália esta prevalênccia é muito o superior, 11:1000 (10) . Caracteriza‐se pela substitu ição progrressiva regional ou global das células miocárdicas por teccido fibroaadiposo, com o ou sem envolvimento do venttrículo esquerddo e Figu ura 11 – Imagem m de Ressonânciaa Magnética sugestiva de Miocarrdiopatia com rrelativa preservvação do septo interventricular (10). A DAV VD é mais frequente nos joveens, de forma q que 80% dos caasos são encontrados em m pessoas com menos de 40 anos. O diagnósstico Arritmogénica do Ven ntrículo Direito. Im magem de dilataçã ão e aneurisma (sseta) do venttrículo direito. Fontte (2) clínico o é difícil de realizar devido à elevada variab bilidade nas for mas Téccnicas Invasiv vas de Diagnóóstico e Terapêutica de ap presentação daa doença, de taal forma que muitas m vezes a sua As manifestações arrítmicas dda DAVD são o variáveis. O valor prime eira manifestaçção clínica é a MSC. O diagn nóstico da DAV VD é pro ognóstico do EEF em dooentes com sístoles prem maturas baseaado num conjunto de critérios (publicado os em 1994) que ven ntriculares ou TV não manttida não se encontra e totalmente inclue em parâmetros estruturaais, funciona ais, histológi cos, deffinido. A progre essão e severiddade da doença a podem influen nciar o imagiológicos, electrrocardiográfico os e antecedentes familiares (199). ressultado do EEF, no entantoo, este pode ser realizado o para Sinto omas esttratificação do rrisco de MSC (655). Norm malmente, os doentes iniciam as que eixas durantee a Nos casos de DAV VD que aprese ntem TV mantida ou sobrevivventes adole escência, sendo o as mais frequentes a sínco ope, palpitaçõees e da a implantaçãão de CDI. Este e procedimento o deve de MSC é indicad disritm mias ventriculares (10,19). serr realizado com mo prevenção pprimária em doentes consideerados em m risco de MSC (25). Técnicas Não Invaasivas de Diaggnóstico O ECG G apresenta co omo achados característicos ondas épsilonn ou prolongamento do complexo QRS Q nas derivações precorddiais ondas T invertid das (Fig. 10). direitas (V2 e V3) e o A ablação a dos focos de TV nos s doentes com DAVD é usualmente reaalizada quando as arritmias são frequentes ou quando ocorre into olerância à tera apêutica farmaccológica (57). Síndrome dee Brugada (SB BR) A SSBR foi descrita pela primeira vvez em 1992 e é uma patologgia que se caracteriza pe ela presença dde um padrão electrocardioggráfico sim milar a um bloqueio d e ramo dirreito, associado a sup pradesnivelame ento do pontoo J e segmen nto ST (concavvidade sup perior) nas derivações precoordiais direitas e que predisspõe a disritmias ventriiculares maliggnas e, conssequente, MSSC Figura 10 ‐ ECG de um doente portador de d Displasia Arritm mogénica do Ventrrículo n nas derivações preecordiais direitas (se etas). Fonte (39) Direito com ondas épsilon No Holter, H a TV monomórfica com morfolo ogia de bloquueio comp pleto de ramo eesquerdo é a disritmia mais comum (70 a 922%), poderrão registar‐see também sísto oles prematura as ventricularees e taquiccardia ventricular polimórfica (35,44). A Ressonância Maggnética é a melhor m técnica de imagem ppara demo onstrar as alterrações funcionaais e estruturais do VD, podeendo ser encontradas alterações globais e reggionais, incluiindo Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt (8) . Carracteriza‐se por episódios de taquicardia ve entricular polim mórfica ráp pida que tende em a ocorrer ddurante o son no e que podeem ser pre ecipitados pela febre. Estes ppodem causar episódios e de sííncope ou morte súbita a. A sua heraança é autossómica dominaante e ens (8:1) aprresenta uma maior incidên cia nos home (8) . A sua pre evalência é difíccil de determinaar dado que ne em todos os sin ntomas e sinais s da doença são fáceis de identificar, mas calcula‐sse que afe ecte 5:10 000 in ndivíduos (8). Pág. 6 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 Sinto omas Os principais sintomas são as síncopes, s convulsões, respiraação agónica nocturna, p palpitações, to onturas e para agem cardíaca.. Os doenttes com SBR po odem permaneecer assintomáticos, sendo oss 40 anos a idade média do início dos sintomas, no entanto, e durantte a infânccia ou em idadee avançada, tam mbém podem e existir queixas (88). Técnicas Não Invaasivas de Diaggnóstico O ECG G caracteriza‐see por um padrãão electrocardiográfico especíífico nas derivações preccordiais direitass, bloqueio do ramo direito, ccom elevação do segmen nto ST nas refeeridas derivaçõe es (52) (Fig. 12). No Figu ura 13 ‐ ECG´s seriados em prova de pprovocação farmaco ológica com flecainida, num SBR e existem 3 padrõ ões de repolarizzação diferentes (4): doente com suspeita de SBR. Ao longoo da prova verifico ou‐se desenvolvimento de 1. Padrão de ECG ttipo 1 – elevaçção convexa do segmento STT (≥ elevvação do segmento o ST nas derivaçõees precordiais direitas, atingindo critérios de 2mm)) seguida por u uma onda T neggativa. Está pre esente em maiss do padrão de SBR tipo 1. F Fonte: Unidade de AArritmologia Invasivva, HSM – CHLN. que u uma derivação p precordial direita (V1‐V3). Em m doentes com um fenóttipo definido de SBR, arrritmias 2. Pad drão ECG tipo 2 – elevação côncava do segm mento ST (≥ 2m mm) ven ntriculares, sínccope, MSC aborrtada ou história familiar, o EEEF tem seguid da por uma ond da T positiva ou u bifásica. um m valor prognóstico baixo (25,655,57). No entanto o, em doentes pouco 3. Pad drão ECG tipo 3 – elevação côncava do segm mento ST (≤ 1m mm) sintomáticos ou assintomáticos a com padrão de Brugada no ECG, a seguid da por uma ond da T positiva ou u bifásica. esttimulação ventrricular program mada pode ter utilidade diagn nóstica O ECG G no SBR sofree alterações, podendo p variar do padrão tippo 1 na capacidade de e indução de ttaquidisritmias ventriculares, sendo para o o tipo 2 ou 3, o ou mesmo, transitoriamente, normal. Apenaas o útil na estratificaçção do risco de MSC (57,65). ECG p padrão tipo 1 faaz o diagnóstico o da patologia (4). Acttualmente, a única estratéégia terapêuticca que demonstrou eficcácia na preven nção da MSC noos casos de SBR é a implantaçção do CDI (45). Nos doen ntes com o diaagnóstico de SB BR é recomend dada a imp plantação de um CDI quando existe sintoma atologia, episód dios de TV//FV ou risco elevado e de M MSC. Em indivííduos assintom máticos devverá efectuar‐se a análise do risco de MSC p para a ponderaçção da imp plantação deste e dispositivo (455,25,57). A ablação nos ca asos de SBR teem sido baseada na eliminaçção de Figura 12 ‐ ECG de um do oente de 38 anos, portador da Síndro ome de Brugada. Foonte: SUC HSSM‐CHLN. zon nas com poten nciais tardios, na câmara de saída do ventrículo dire eito (CSVD), po or via endocárddica ou epicárd dica (Fig. 14). É uma téccnica recente e encontraa‐se recomendada em do oentes No Ho olter, em doenttes com ECG tip po Brugada, a m monitorização ccom sintomáticos, com disritmias ventriculares frequentes e e com eléctrrodos explorado ores nas derivaações precordiais direitas no 3 º últiplos choquess em portadorees de CDI (45,57). mú espaçço intercostal é o método maiss sensível para detectar um ECCG tipo 1 1 de Brugada, quando comparado com ECG seriados ou Holtter com m monitorização sstandard (53,54). P Permite a visualização e análisse das flutuações do po onto J, bem com mo do segmentto ST, nas derivaações precordiaais direitas. Técnicas Invasivass de Diagnóstico e Terapêu utica Em doentes com su uspeita de SBR,, sem a manife estação do paddrão electrrocardiográfico que o caraccteriza, a administração de um fármaaco bloqueador dos canais de sódio pode clarificar c o paddrão Figu ura 14 ‐ Primeiro caso realizado em Poortugal para prevenção de FV em doen ntes com típico o no ECG (Fig. 113). Os fármaco os mais utilizad dos neste teste são a ajmalina, procainamida e a flecain nida (57). SBR R, onde se efectuou u ablação epicárdicca (pontos vermelhos) na região antterior da CSV VD, guiada por mapa electroanatóm mico tridimensiona al (sistema Carto® ®); Esq.: Projjecção ântero‐poste erior (AP); Dta.: Proojecção lateral direita (RL). Fonte: Uniidade de Arritmologia Invasiva, H HSM – CHLN. Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt Pág. 7 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 Sín ndrome do QTT longo (SQTLL) O SQT TL é uma doen nça arritmogén nica hereditária a com transmisssão autosssómica dominaante (maioritarriamente), que se caracteriza por um in ntervalo QT pro olongado no EC CG. Os indivíduos que o possuuem têm u uma maior prop pensão para a o ocorrência de d disritmias maliggnas Figu ura 15 ‐ ECG de uma a doente de 22 anoos, portadora da Sín ndrome do QT longgo. Fonte HSM M – CHLN. O H Holter permite a identificaçãoo de alteraçõess transitórias do o ECG, nom meadamente, o o aumento do iintervalo QT, brradi/taquidisritmias e alte ernância da ond da T (Fig. 16). (TV polimórfica ‐ Toorsade de Pointtes) com eventtual evolução ppara pe, paragem caardíaca e MSC (551). síncop Aproxximadamente 885% dos casos de SQTL são fa amiliares e apeenas 15% são s adquiridos,, esta patologiaa tem uma pre evalência estim mada de 1/2500‐10 1 0000 indivíduos na n população geral (51,64) . São conhe ecidos 10 subtip pos da SQTL, seendo os mais frrequentes o SQT QTL 1 e 2, responsáveis r po or aproximadamente 90% do os casos, seguinndo‐ se a SQTL 3 que é associado a apenas a 5‐8% do os indivíduos ccom SQTL,, os restantes ssubtipos são muito raros (64) . A forma adquiirida da do oença relacionaa‐se sobretudo o com a adminiistração de droogas Figu ura 16: Registo de H Holter que evidenciia episódio de Taqu uicardia Ventricularr do tipo Torssade de Pointes em m doente portadora a da SQTL. Fonte: La aboratório de Holteer, HSM‐ CHLLN (anti‐arrítmicos, an ntidepressivos tricíclicos, antti‐psicóticos, aanti‐ fúngiccos, anti‐histam mínicos, antibió óticos e anti‐em méticos), distúr bios Téccnicas Invasiv vas de Diagnóóstico e Terapêutica metabólicos (hipocaliemia, hipom magnesemia e e hipocalcemiaa) e Não foi ainda comprovada a uttilidade do EEFF de diagnósticco nos (5) bradiccardia . entes com SQ QTL, pois apressenta um valo or preditivo baaixo e doe Sinto omas lim mitado para a occorrência de taqquidisritmias ve entriculares (65,666,57). Os principais sintomas desta do oença são palpitações, síncoope, A im mplantação de um CDI está inndicada em sob breviventes de MSC e convu ulsões e MSC. Os sintomas surgem, s habitu ualmente, desdde o com m episódios de d síncope reecorrente (sob b terapêutica beta‐ final da d infância atéé à idade adulta jovem (61). Os sintomas poddem blo oqueante) ou TV, encontraando‐se també ém indicada, como apare ecer durante o repouso ou em e situações de actividade fíísica pre evenção primária, em casos de risco eleva ado de MSC, história h vigoro osa, stress, esstímulos audittivos (alarme do despertaddor), fam miliar de MSC e intolerânciia ou incumprimento terap pêutico emoçções fortes ou p pela toma de medicamentos específicos (52). (Figg.17) (45,25). Técnicas Não Invaasivas de Diaggnóstico O EC CG apresenta um intervalo QTc anormalm mente prolonggado (homens se > 450 m ms e nas mulheeres se > 460 ms) m (60) e a ondda T apressenta‐se com b base ampla ou bifásica e de baixa amplitudde e frequência cardíaca (FC) baixa paraa a classe etária (Fig. 15). A durração do intervalo QT no ECG é condição pro ognóstica do SQ QTL. Os do oentes com um m intervalo QT m maior ou igual a a 500 ms possuuem Figu ura 17 ‐ Episódio de Fibrilhação Veentricular convertiido a Ritmo Sinussal após um elevado risco de MSC ou outtro evento cardíaco. Portantoo, o adm ministração de choque de 40J, através do CDI, em doente com SQTL. Fonte: Unidade follow w‐up através d do ECG é umaa ferramenta fundamental ppara de A Arritmologia Invasiv va, HSM – CHLN. avaliaação prognósticca destes doenttes (60). Síndrome do S QT Curto (SQ QTC) A SQTC S tal como o a SQTL é um ma doença gené ética hereditárria dos can nais iónicos cardíacos doo tipo autosssómica dominante, carracterizada por um intervaloo QT anormalmente curto e um aum mento do risco o de desenvolvver disritmias fatais f e MSC (440). Foi desscrita, pela primeira p vez, em 2000. Até cerca de 2008, aprroximadamente e 50 indivíduoss foram diagno osticados com SQTC, gru upo que inclui algumas famíliass e alguns caso os esporádicos (28). Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt Pág. 8 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 Sinto omas a é desconnhecida, a estimativa é de 1::10000 suaa prevalência actual A paragem cardíaca é o sintoma m mais frequente, as palpitações são ind divíduos é afectado (37). o segundo sintoma mais frequentee (desencadead das por fibrilhaação Sin ntomas ular e extrassíístoles ventricu ulares), seguindo‐se as síncoopes auricu Normalmente, oss sintomas apparecem na in nfância (7‐9 an nos) e que, tal como as palpitações, pod dem ocorrer em qualquer iddade incluem palpitações, tonturas e cconvulsões, despoletados porr stress (40,42) físico ou emocional (63). ontecer durantte o ou evvoluir para parragem cardíacaa que pode aco Téccnicas Não Invasivas de Diaagnóstico descaanso, o sono, eexercício intenso, ruídos de elevada intensiddade O E ECG é frequenttemente normaal, apesar do re egisto de frequ uências . A taquicardia//fibrilhação veentricular pode provocar sínccope ou me esmo durante aas actividades d diárias (42) . carrdíacas baixas p para a idade e/oou ondas U pro oeminentes poderem Técnicas Não Invaasivas de Diaggnóstico esttar presentes, sendo achados nnão específicoss (63). O EC CG caracteriza‐‐se por intervvalo QTc constantemente cuurto A P Prova de esforçço é a forma m mais confiável d de diagnosticarr TVPC (homens se QTc < 3330 ms e mulherres se QTc < 340 0 ms) (60) e ond as T (63) . As disritmias . ventriculares ssurgem quando o a frequência ssinusal altas espiculadas com ausência virrtual do segmento ST, deveráá ser exccede um limite individual, norrmalmente uma a frequência caardíaca tido em conta tam mbém, o com mportamento de d ambos com m a de 110‐130 bpm (Fig. 19). frequência cardíaca (40) (Fig. 18). N No entanto, perrante um caso que apressenta um interrvalo QT curto no ECG, todo os os factores que possaam, potencialm mente, encurtar o intervalo o QT, tais coomo hiperccaliemia, hipeercalcemia, aciidose, hipertermia, devem ser excluíídos no momen nto do diagnósttico (40). Figu ura 19 ‐ Prova de esforço e (Protocolo dde Bruce) de um doente d com TV polimórfica Figura 18 ‐ ECG de um doeente portador da Sín ndrome do QT curto. Fonte ( 9 ) cate ecolaminérgica. Co om o esforço, suurgem SPV em bigeminismo, b as quais q se inte ensificam, surgindo em seguida TV biddireccional típica, após a 1 minuto de exercício e com m uma frequência cardíaca de aprooximadamente 120 0 batimentos por minuto. Técnicas Invasivass de Diagnóstico e Terapêu utica No EE EF pode verificaar‐se que os peeríodos refractá ários se encont ram dimin nuídos e a esttimulação venttricular programada usualmeente induz taquidisritmias ventricularess mas o seu valor preditivo aiinda Durante a recuperação o, assiste‐se à rápidaa regressão do quad dro arrítmico. Fontee (36) A ssíncope e a MSC por TVPC sãoo consequência a de TV mais ráápida e maantida ou FV (63). Téccnicas Invasiv vas de Diagnóóstico e Terapêutica (57,65) . não se encontra defiinido A u utilidade do EEF F nos doentes ccom TVPC é lim mitada uma vezz que a O CD DI é o tratameento indicado nos doentes sintomáticos ccom esttimulação venttricular prograamada rarame ente é a form ma de diagnóstico de SQTC ou na presença de taquidisritm mias ind dução da taquicardia ventriculaar bidireccional, característicaa desta mentadas ventriculares docum (25,45) . A indicação pa ara implantaçãoo de doe ença. Desta forma, a estimuulação ventricular programada está CDI em e doentes asssintomáticos ou u familiares afe ectados ainda não con ntraindicada ne estes doentes (445,25,57). se encontra totalmente clarificada mas pode ser cconsiderada (45,557). A implantação de CDI está indicada qua ando a terap pêutica Ta aquicardia Ventricular Polimórfica Cateccolaminérgicaa ptimizada não suprime a ocorrência de TV T ou farmacológica op É umaa patologia arrritmogénica de carácter hered ditário, que ocoorre na au usência de doen nça cardíaca estrutural ou sínd dromes associaados conhe ecidos e causaa episódios de síncope, pode endo levar a M MSC (37,63) . Este tipo de disritmia surgge quando existe libertaçãoo de monas produzid das pelas glând dulas suprarrennais, catecolaminas (horm entre elas a noradreenalina e adren nalina) em situ uações de stresss. A Come entários e/ou sugesttões: newstdt@chln n.min‐saude.pt síncope. Encontra‐se também m indicado, em conjunto com terapêutica beta‐b bloqueante, em m sobreviventess de MSC (25,45,557). Os estudos acerrca da ablaçãoo da TV bidireccional aind da são basstante prelimin nares, no entaanto, esta inte ervenção podeerá ser um ma terapêutica p promissora nos s doentes com T TVPC (45). Pág. 9 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 R Repolarização Precoce (RP) Téccnicas invasiv vas de diagnósstico e terapê êutica A RP P, descrita dessde 1936, é um padrão electrocardiográáfico Nos casos de Sínd drome de RP, oo CDI está indicado como prevvenção beniggno na maioria dos casos. No eentanto, a sua iimportância clíínica seccundária, ou seja, s após evvento arrítmico o e MSC abo ortada, ( ,4 8) na ocorrência de MSSC apenas foi reeconhecida rece entemente 3 . pod dendo também m ser consideradda em indivíduos com elevado o risco ma prevalência entre 1 a 13% % da Trata‐‐se de uma entidade com um de MSC, história d de síncope ou aantecedentes fa amiliares de MSSC (45). popullação, sendo m mais frequente n no sexo mascullino, em indivídduos Esttratificação do Risco de MSC jovens, de raça negra ou em atletass Sintomas prévios,, história famil iar de MSC, de eterminados acchados (29,45) . Padrõ ões específicos de RP encontrram‐se associad dos a um aumeento do riisco da ocorrrência de FV idiopática, co om uma posssível comp ponente heredittária, ainda não o totalmente cla arificada (29,45,488). acttualmente dispo oníveis para a eestratificação do risco. A melhor m forma de prevenir a MSC é identifiicar os indivídu uos de riscco. Existem outras o medidaas que podem m ser tomad das. A Sinto omas A MSS pode ser a p primeira manifeestação clínica num doente ccom evidência de repollarização preco oce. Em vário os estudos fo ram V idiopática co m a analissados doentes sobreviventes de MSC por FV confirrmação ele ectrocardiográficos e caracteríísticas genética as são os marcaadores possterior da presença deste paddrão pre evenção da DC deve ser iniciadda na infância através da prom moção de hábitos de vid da saudáveis, ddando ênfase ao exercício físico e a die etas adequadas de forma a preevenir a obesidade e outros faactores de risco. Deve terr‐se consciênciaa da importânccia da história clínica electrrocardiográfico (29,49). Nestes doentes, sintom mas como sínccope fam miliar e pessoal que atenda aa determinadoss indicadores clínicos c podem m evidenciar m maior risco de occorrência de MSC (29). (sin nais de alarme: síncope em ppico de esforço o e morte súbita em Técnicas Não Invaasivas de Diaggnóstico Este padrão é verifficado quando no ECG existe em alterações que envolvem o compleexo QRS e seggmento ST, nomeadamente ccom elevação do ponto J. Actualmente, para além da elevação do poonto J ≥ 0,1mV, 0 consideera‐se que exisste RP quando o o QRS tem uuma terminação pronuncciada ou onda J com entalhe no final do QRS,, em pelo menos duas deerivações inferriores (DII, DIII e aVF) ou lateerais (V4‐V V6), sendo espeecialmente releevante quando existe um paddrão desce endente ou horizontal do segm mento ST (45,48,499) (Fig. 20). Os doentes com eestas alteraçõees apresentam m maior risco de q uma eleva ação do ponto J ≥ ocorrência de FV, vverificando‐se que V nas derivaçõees inferiores é u um factor prediitor de MSC (45,559). 0,2mV fam miliar directo com menos de 50 anos), bem m como do ECG G e do Eco ocardiograma, pois um padrãoo específico po ode levar à pistta para enccontrar um posssível candidatoo a MSC (7,21). E Estes exames deeverão serr realizados e interpretados por profission nais experientees. Os dessportistas fazem parte de uum grupo pop pulacional que pode exp perimentar um episódio de M MSC durante a prática de activvidade física. Durante a actividadee competitiva a, o stress físico, carrdiovascular e emocional eestão associados ao aumen nto da frequência cardía aca, da pressãão arterial e das d necessidad des do nsumo do oxxigénio pelos músculos e coração e podem p con dessempenhar o papel p de um ""gatilho" para um evento arrrítmico fatal. uma situação ra ara nos atletas jjovens, apesar de ter sido apo ontada É u um ma incidência su uperior neste ggrupo, quando ccomparada com m a de ind divíduos do messmo escalão etáário, que não são atletas (14). O Ocorre maais frequenteme ente no sexo m masculino (5‐9:1 1), possivelmen nte por existir neste géne ero uma práticaa mais frequen nte de exercício o físico mpetitivo, ma aior grau dee exigência física f e difeerentes com carracterísticas de e adaptação caardíaca (14). É ainda a descrita maior incidência nos neg gros (14). Nas situações de rrisco identificaddo ou suspeitass de risco, a avaaliação com mpleta do doente deverá coontemplar exam mes complemeentares Figura 20 ‐ Padrões electrocardiográficos dee RP em DII, DIII e aVF. A: Onda J naa fase final do o complexo QRS e elevação do segmento ST com carácter ascendente (paadrão o segmento ST co benigno); B: elevação do om prolongamento o do complexo Q QRS e segmen nto ST horizontal ((doente com 40 an nos, reanimado ap pós FV); C: elevaçãão do segmen nto ST com carácter horizontal/descen ndente em DIII e en ntalhe no complexoo QRS (doente e com 26 anos, rean nimado após FV). Fo onte (48) Destaa forma, devid do à possívell ocorrência de d taquidisritm mias ventriculares, é impo ortante distingu uir as caracteríssticas que definnem o pad drão de RP para identificar os indivíduos em rrisco de MSC. Comentários e/ou sugestõ ões: [email protected]‐saude.pt adicionais. Não menos importtante é salien ntar que o uso de sub bstâncias ilícitas como aas anfetaminas, os esteeróides anaabolizantes, a e eritropoietina ee substâncias ap parentadas, a cocaína e muitas m outras, usadas comoo substâncias dopantes ou drogas d reccreativas está implicado em casos de morte por disritmias ou fen nómenos de tro ombose. Pág. 10 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 Lista de abreviaturas AESP – Actividade Eléctrica Sem Pulso CDI – Cardioversor‐Desfibrilhador Implantável CSVD – Câmara de Saída do Ventrículo Direito CSVE – Câmara de Saída do Ventrículo Esquerdo DC – Doença Coronária DSVD – Displasia Arritmogénica do Ventrículo Direito EAM – Enfarte Agudo do Miocárdio ECG – Electrocardiograma EEF – Estudo Electrofisiológico FC – Frequência Cardíaca FV – Fibrilhação Ventricular HbEA – Hemibloqueio Esquerdo Anterior HTA – Hipertensão Arterial HVE – Hipertrofia Ventricular Esquerda IC – Insuficiência Cardíaca ICP – Intervenção Coronária Percutânea MCD – Miocardiopatia Dilatada MCH – Miocardiopatia Hipertrófica MSC – Morte Súbita Cardíaca NYHA – New York Heart Association QT – Intervalo entre a onda Q e a onda T, no Electrocardiograma RP – Repolarização Precoce SBR – Síndrome de Brugada SCA – Síndrome Coronária Aguda SQTC – Síndrome do QT Curto SQTL – Síndrome do QT Longo TV ‐ Taquicardia Ventricular TVPC – Taquicardia Ventricular Polimórfica Catecolaminérgica Comentários e/ou sugestões: [email protected]‐saude.pt Pág. 11 de 13 Newsletter TDT nº10, Outubro de 2013 Referências Bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 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