A Utilidade do Sistema EOS® na Avaliação das Colunas

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A Utilidade do Sistema EOS® na Avaliação das Colunas
Toracolombar e Cervical em Crianças com Escoliose: uma
V Mostra de
Pesquisa da PósGraduação
Comparação entre o Sistema EOS, Radiologia Convencional e
Tomografia Computadorizada
Ramon Gheno1 , Matteo Baldisseroto1, Nathalie Boutry2, Anne Cotten2
1
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul(PUC-RS), Porto Alegre, Brasil
2
Centre Hospitalier Régional Universitaire de Lille, Lille, França
Resumo
Introdução
A escoliose é definida como uma curvatura lateral da coluna no plano coronal causada
por numerosos fatores, como doenças degenerativas, neuromusculares, desenvolvimentais,
secundárias(tumores, infecção, trauma), congênitas ou mesmo idiopáticas. (Disckson, 1985;
Malfair, 2010) Em relação a escoliose congênita e sua história natural, grande parte dos casos
terão curvaturas progressivas, sendo a correção cirúrgica necessária em alguns pacientes.
(Arlet, 2003)
Atualmente, radiografias convencionais são o principal método para o diagnóstico e
acompanhamento evolutivo da escoliose, bem como para procedimentos pré-operatórios.
( Chan, 2009; Hedequist, 2007; Kim, 2009) Mesmo com o avanço da obtenção de imagens
seccionais, como a tomografia computadorizada, fatores como: inabilidade para avaliar o
paciente em ortostatismo, altas doses de radiação ionizante e o alto custo, diminuem a sua
utilização nesse tipo de doença. (Arlet, 2003; Chan, 2009; Dickson, 1985; Hedequist 2007;
Kadoury, 2007; Kim, 2009; Malfair, 2010) Além disso, as curvaturas, instabilidades do
tronco, e listeses são usualmente mais proeminentes na posição ereta. (Malfair, 2010)
Na década passada, diferentes técnicas fizeram uso de aparelhos de raios-x e
radiografias digitais no intuito de combinar imagens em ortostatismo com baixas doses de
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radiação. (Dobousset, 2008; Geijer, 2001; Kadoury, 2007; Pomero, 2004) Um desses
métodos, o sistema EOS, que combina duas fontes de radiação linear dispostas
ortogonalmente com dois detectores capazes de estudar todo o paciente, está demonstrando
boas aplicações no estudo do sistema esquelético, principalmente por utilizar baixa radiação e
fornecer imagens de boa qualidade. (Dubousset, 2008; Descênes, 2010; Ohl, 2010; Rillardon,
2005; Rousseau, 2007) Além disso, a capacidade de estudar um segmento inteiro, ou mesmo
todo o paciente, permite que, ao utilizar programas específicos, sejam obtidas imagens
tridimensionais. ( Dubousset, 2008; Rousseau, 2007)
Até o presente momento, não existem estudos que comparem a radiologia
convencional, a tomografia computadorizada e o sistema EOS na avaliação da coluna
vertebral em pacientes escolióticos. Assim, esse trabalho foi desenvolvido no intuito de
comparar o sistema EOS com métodos tradicionais de diagnóstico por imagem e avaliar a sua
utilidade.
Metodologia
A pesquisa será realizada em parceria entre o Programa de Pós-Graduação de Pediatria
e Saúde da Criança da Faculdade de Medicina da PUC-RS e o Centro Universitário Hospitalar
de Lille com a participação do aluno de doutorado Ramon Gheno. O estudo será transversal e
retrospectivo, utilizando dados de um Hospital Infantil (Hôpital Jeanne de Flandre) em Lille,
França. Todos os pacientes com escoliose avaliados de abril de 2010 a maio de 2011, oriundos
do ambulatório de ortopedia, avaliados pelo sistema EOS que possuam radiografias
convencionais e tomografias computadorizadas serão incluídos no grupo. Dois radiologistas
irão reavaliar todos os exames em relação aos achados de imagem dos corpos
vertebrais(morfologia e alinhamento). Serão excluídos da amostra os pacientes com exames
incompletos ou de baixa qualidade. O projeto do estudo foi aceito pelo chefe de serviço de
radiologia musculoesquelética do Hospital Universitário de Lille e terá a orientação do Dr.
Matteo Baldisserotto, Professor de Radiologia (Brasil) e co-orientação da Dra. Anne Cotten,
Professora de Radiologia (França).
Esse trabalho será submetido ao comitê de ética dos Hospitais São Lucas da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul e do Centre Hospitalier Régional Universitaire
de Lille.
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