AproveitAndo As oportunidAdes do AmAnhã

Transcrição

AproveitAndo As oportunidAdes do AmAnhã
A REVISTA PARA V
­ oithIANOS
Report
#2 | 2015
TECNICA
INOVACAO
TECNOLOGIA
ENGENHARIA
CRESCIMENTO
big data
REDE DE
RELACIONAMENTOS
Foco
Aproveitando as
oportunidades do
amanhã
Os diretores de Tecnologia das divisões Voith Hydro,
Voith Paper e Voith Turbo abordam as questões que
irão moldar de forma sustentável o futuro da Voith:
Dr. Norbert Riedel, Frank Opletal e Dr. Jerry Mackel
(da esquerda para a direita).
EXPEDIENTE
Edição:
­Voith GmbH
Comunicação Corporativa
St. Pöltener Strasse 43
89522 Heiden­heim, Alemanha
www.­Voith.com
Responsável:
Lars A. Rosumek
Redação:
Markus Woehl, Kristine Adams
Contato com a redação:
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Telefax: +49 7321 37-7107
E-Mail: kristine.adams@­Voith.com
Apoio editorial:
Frank Burger
Em cooperação com:
Buck et Baumgärtel, Ulm, Alemanha
G2 Printmedienmanufaktur GmbH,
Grafing bei München, Alemanha
Impressão:
Leograf Gráfica e Editora Ltda, São Paulo, Brasil
Créditos das imagens:
Jan Walford: Título, p.12–21;
Dawin Meckel: p. 3, p. 11;
Cortesia da APA/Kruppa: p.7;
Shutterstock: p. 32, 38–39;
Antonio Carreiro: p. 33;
Henry Brink: p. 34;
Wolfgang Geyer: p.37;
Voith: todas as outras imagens.
Direitos de Reprodução:
A cópia e reprodução de artigos e imagens
exige a autorização prévia da V
­ oith GmbH.
A ­Voith Report é publicada em Alemão, Inglês,
Português e Chinês.
7 | report 2/2015
editorial
Prezados Voithianos,
Paixão por tecnologia, espírito inovador irrepreensível e o
desejo pela perfeição – o sucesso da Voith está baseado
nessas características fundamentais. Assim, esta edição da
Voith Report está focada no tema de tecnologia – em especial, sobre as metas estabelecidas por cada uma das
Divisões do Grupo nesse sentido. Esse é o tema que os diretores de tecnologia das Divisões Voith Hydro, Voith Paper
e Voith Turbo debatem em uma entrevista.
A seção Insight também relata uma história centrada
em desafios tecnológicos: a Voith Engineering Services
está desenvolvendo veículos para uma linha de trem de
Taiwan que, até o momento, só existia na mente dos seus
idealizadores.
Na seção Voith 150+ você verá os avanços que esse programa de sucesso para todo o grupo realizou, incluindo a implementação dos Shared Service Centers de RH,
Contabilidade e Compras – o que será relatado em uma
entrevista com Christian Nykiel, gerente da organização global de Shared Service Centers. Na seção ‘No campo’, você
verá o dia a dia de um Site Manager da Voith Hydro Brasil,
enquanto que a seção Destaques conta o desenvolvimento
da Qualiflex, a tecnologia de mantas para prensas de máquinas de papel.
E, desta vez, encerraremos a revista com uma declaração
de amor: Mert Özenç, da Voith Turbo Ancara, explica por
que quem vai à capital turca jamais consegue esquecê-la.
Minha equipe e eu lhes desejamos uma interessante leitura.
Atenciosamente,
Lars A. Rosumek
Vice-Presidente Sênior de Comunicação Corporativa
report 2/2015 | 3
16
14
ÍNDICE
22
FOCO
12 ENTREVISTA COM ­Hubert Lienhard
14 APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES DO AMANHÃ
16
SEMPRE PENSANDO UM
PASSO À FRENTE
Heidenheim Indústria 4.0, sinergias de desenvolvimento
e desafios para o futuro: entrevista com os diretores de
tecnologia da Voith Hydro, Voith Paper e Voith Turbo.
02 EXPEDIENTE
03 EDITORIAL
06 NOTAS
4 | report 2/2015
34
38
08
NO LOCAL
INSIGHT
22MOBILIDADE PARA
O FUTURO
Chemnitz Voith
Engineering Services
desenvolve um VLT de
piso baixo para Taiwan.
32
26PASSO A PASSO:
IMPLEMENTAÇÃO
DOS GLOBAL
BUSINESS SERVICES
DA VOITH
GLOBAL Entrevista com
30MÚLTIPLOS TALENTOS
PRA VALER
Izmit/Rouen A rebobina-
deira VariFlex aumenta o
­desempenho de duas
­máquinas de papel.
DESTAQUES
36DESAGUANDO SEM
VAZAMENTO
GLOBAL Tecnologias de
base da Voith: a manta
de prensa QualiFlex, da
Voith Paper.
Christian Nykiel.
23 APRENDENDO POR
MEIO DO DIÁLOGO
Heidenheim O que
­ odemos fazer ainda
p
melhor? É isso que a
Voith Turbo perguntou
aos seus parceiros de
negócios.
24Reuniões Deep-Dive
encerradas
GLOBAL Os gestores
locais foram informados
sobre as novas
estruturas e processos
do Excellence@Voith
nas reuniões Deep-Dive.
28DESENVOLVENDO
NOVOS MODELOS
DE NEGÓCIOS
GLOBAL Entrevista
com Ulrich Begemann,
gerente de Novas
Tecnologias na Voith,
sobre a Indústria 4.0.
32COMPETÊNCIA
AUTOMOTIVA
CONVINCENTE
Betim Estreia da Voith
I­ndustrial Services: a
­Divisão do Grupo fecha
o seu primeiro contrato
com a Fiat do Brasil.
37VOITH DEFINE O
PADRÃO
Rutesheim/Hannover
O deslumbrante lançamento da servobomba
e da servotransmissão
CLDP na Feira de
Hannover.
33 RELAÇÕES FAMILIARES
Fernandópolis Um dia de
trabalho de Eric J­ unior, Site
Manager da Voith ­Hydro.
34DESDE O MEDITERRÂNEO ATÉ O CABO
PANORAMA
38 A METRÓPOLE
RELAXADA
ANCARA A capital turca
Witfield ­Voith Turbo funda
a Voith África POG para
atender a clientes de todo
o continente.
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NOTAS
Jubileu do centenário
ITÁLIA A usina hidrelétrica italiana de “Alessandro Volta”,
localizada na comuna de Castel Madama, tem 100 anos
de idade. Ela foi ligada à rede em 1915, e continua a gerar
eletricidade até os dias de hoje. Agora chegou o momento
de passar por uma reforma – uma tarefa para a Voith Hydro.
Em um contrato assinado com a operadora ACEA S.p.A., a
Voith se responsabilizará pelo fornecimento de duas unidades de 4,5 MW e 2,7 MW. O escopo de fornecimento inclui
turbinas Francis com caixa espiral, geradores, bem como os
respectivos sistemas auxiliares, de regulação e automação.
A Voith também ganhou dois outros contratos na Itália
para a reforma de mais duas usinas hidrelétricas que foram
inauguradas no século passado e que, desde então, vêm
fornecendo eletricidade com confiabilidade à rede.
Os três projetos deverão ser concluídos até o final de
2016, e o valor total dos três contratos é de cerca de € 16
milhões. As reformas garantirão 13 MW de eletricidade renovável para a rede italiana por muitos séculos.
A maior parte dessa capacidade será fornecida pelas duas
usinas que a Voith modernizará para a BKW Italia S.p.A.: a
usina de Pompegnino, localizada na província de Brescia, e
a usina de Pont St. Martin, na província de Aosta. Na usina de Pompegnino, a Voith reformará duas turbinas Kaplan
verticais de 1,1 MW e que foram instaladas em 1927. Além
disso, a especialista em hidráulica fornecerá novos geradores, reguladores hidráulicos, além do sistema de automação
e os equipamentos auxiliares elétricos.
Na usina de St. Martin, a Voith substituirá as suas quatro turbinas Francis horizontais, que vêm operando com uma
potência total de 2,53 MW desde 1932, para instalar uma
turbina Kaplan vertical com sete pás e 3 MW de potência
e uma turbina Francis horizontal de 600 kW. Além das turbinas, a Voith também fornecerá os geradores, reguladores
hidráulicos, o sistema de automação e os sistemas auxiliares elétricos //
Há exatos 100 anos que a usina hidrelétrica de “Alessandro Volta” está aninhada nas colinas da região italiana do Lácio.
Já está na hora de uma modernização – que ficará a cargo da Voith.
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O Presidente da BDI, Ulrich Grillo, a chanceler alemã, Dra. Angela Merkel, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi,
e o CEO da Voith e presidente da APA, Hubert Lienhard, na Cúpula Indo-Germânica de Negócios, na Feira de Hannover.
Possível parceria
HANNOVER No primeiro dia da Feira de Hannover deste
ano, foi realizada a Cúpula Indo-Germânica de Negócios,
organizada pelo Comitê Ásia-Pacífico do Setor Econômico
Alemão (APA), a Associação das Indústrias Indianas (CII) e a
Feira de Hannover propriamente dita. O evento reuniu participantes das áreas política e industrial, incluindo a chanceler alemã, Dra. Angela Merkel, o Primeiro-Ministro indiano,
Narendra Modi, uma delegação de 400 empresas da Índia e
o CEO da Voith, Hubert Lienhard, como Presidente da APA.
De acordo com Lienhard, o encontro é um sinal importante da disposição de ambos os países de trabalharem
juntos economicamente. O presidente da APA afirmou: “A
economia alemã está pronta. Quando a Índia cresce, nós
crescemos e investimos juntos. Mas as condições precisam
ser adequadas. A Índia e o seu novo governo precisam convencer o mundo que agora realmente é possível crescer de
forma sustentável.”
Não há dúvida de que a conjuntura indiana vive um grande surto: o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB) prevê
um crescimento econômico de 7,8% em 2015, e um valor
ainda maior para 2016, chegando a 8,2%. O governo também está introduzindo significativas reformas econômicas e
estruturais, que contam com o apoio da APA. Dentre elas
estão a ampliação da infraestrutura, a redução da burocracia e de barreiras aduaneiras, bem como o combate à corrupção. //
Pequeno país, grande desempenho
VIANDEN A Voith Hydro ganhou um
contrato para a modernização de quatro
motores-geradores na usina hidrelétrica
reversível de Vianden, em Luxemburgo.
O projeto inclui a engenharia, fabricação, entrega e montagem de quatro
rotores dos grupos geradores reversíveis horizontais. O objetivo da reforma
é garantir a continuidade da operação
segura e estável das máquinas altamente versáteis da usina.
A usina, localizada na fronteira com
a Alemanha, despacha eletricidade diretamente para a rede elétrica alemã,
e pode ser utilizada tanto como uma
fonte flexível para o armazenamento
de energia como para a regulação da
rede que será necessária como parte
da transição energética alemã. Vianden
está entre as maiores usinas hidrelétricas reversíveis da Europa. A usina entrou em operação em 1964, e depois de
duas ampliações nesse meio tempo, ela
agora dispõe de um gerador com uma
potência de 1.495 MVA, uma turbina de
1.290 MW e uma potência de bombeamento total de 1.045 MW. //
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NOTAS
Com dois Voith Linear Jets, o catamarã atingiu velocidades superiores a 30 nós.
Avante a todo vapor
GRÃ-BRETANHA Foi um sucesso a
entrada da Voith Turbo no mercado
de sistemas de propulsão para embarcações rápidas: em uma operação
de teste no mar, o primeiro navio propelido pelo novo Voith Linear Jet superou muito as expectativas de sua proprietária galesa, a Turbine Transfers Ltd.
Em operações de teste realizadas em
fins de 2014 nas proximidades da costa britânica, perto da Ilha de Wight, o
catamarã de serviços de 21 metros de
comprimento, equipado com dois Voith
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Linear Jets, alcançou uma velocidade
máxima superior a 30 nós – um valor
significativamente maior do que o esperado. Uma embarcação praticamente idêntica com propulsão por jato de
água atingiu apenas 26,5 nós.
O Voith Linear Jet combina as vantagens dos propulsores tradicionais
com as vantagens oferecidas por sistemas convencionais de jatos de água. A
combinação faz destes acionamentos
de baixa manutenção a solução ideal
para embarcações com perfis mistos
de utilização e velocidades de até 40
nós como, por exemplo, balsas rápidas, iates, embarcações de serviços
para o setor offshore, assim como navios-patrulha de guardas costeiras.
O catamarã testado recentemente será utilizado para transportar técnicos de serviços para parques eólicos
offshore, além de garantir um desembarque seguro dos técnicos nas turbinas eólicas. //
NOTAS
GRANDES IDEIAS
Appleton Don Carpenter, engenheiro de aplicações
da Voith Paper em Appleton, nos EUA, ganhou o Prêmio
Memorial Jasper Mardon da Associação Técnica de
Fabricantes de Papel e Celulose (TAPPI) na América do
Norte. Esse foi o reconhecimento pelo melhor artigo técnico do ano no ramo de tecnologia papeleira. O artigo refere-se à qualidade e segurança em soluções de passagem
de ponta para máquinas de papel. Carpenter recebeu o
prêmio ao final de abril na PaperCon, a maior feira de tecnologia papeleira do mundo, realizada em Atlanta.
Don trabalha há mais de 20 anos como engenheiro
de aplicações na Voith Paper, sendo responsável por reformas nas seções de prensa, secagem, rebobinadeiras,
bem como por projetos de instalações novas, incluindo
máquinas completas. //
Vencedor do prêmio, Don Carpenter (ao meio), com os dirigentes
da TAPPI, Larry Montague (à esquerda) e Chris Luettgen.
Bem-vindos a bordo
Colaboradores da Voith Turbo e o novo KTX II: Rex Kwak, R. K. Lee e Martin Wawra (a partir da esquerda).
Seoul Uma honra para a Voith: Martin Wawra, presidente
da Divisão Ferroviária da Voith Turbo para a região da ÁsiaPacífico, foi o único convidado estrangeiro a participar da
operação de teste do trem sul-coreano de alta velocidade
KTX II. A Voith forneceu transmissões, máscaras frontais, acoplamentos automáticos e eixos cardan para 22 novas composições ferroviárias de dez vagões cada. A operação de teste
foi realizada por ocasião da inauguração da nova linha KTX
II Honan que, desde 2 de abril deste ano, liga a capital (Seul)
ao sudoeste do país. Na operação de teste realizada pela
empresa ferroviária estatal Korail, o trem levou apenas uma
hora – incluindo duas paradas – para completar o trajeto de
cerca de 180 km entre Osong e Sonjung. Especialmente impressionantes foram o conforto e o silêncio a bordo, apesar
de sua velocidade máxima de 305 km/h. //
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NOTAS
O bom desempenho será remunerado
Tudo sob controle: colaborador da Voith na fábrica da Volvo em Zhangjiakou.
Shanghai A Volvo fechou um novo
contrato com a Voith Industrial Services
de Shanghai: até novembro deste ano,
a provedora de serviços se responsabilizará pela instalação de equipamentos nas linhas de fabricação de blocos
de motores e de cabeçotes de cilindros
na fábrica de motores da montadora
de automóveis na cidade chinesa de
Zhangjiakou.
O contrato amplia e aprofunda a
longa cooperação entre a Voith e a
Volvo na China. A parceria teve início em agosto de 2012, com contratos pontuais na área de gestão técnica da fábrica na unidade de Chengdu.
Em outubro de 2014, a Voith também
assumiu a manutenção da produção
na fábrica de Daqing. E a recompensa pelo extraordinário desempenho
dos colaboradores não tardou: no ano
passado, a Voith ganhou o Prêmio de
Excelência em Qualidade da Volvo. //
DESEMPENHO
Novos
contratos LIMPO
na Polônia
Zielona Góra/Bolechowo A Voith Industrial
Services ganhou dois novos contratos na Polônia. O primeiro foi assinado com a Lumel S.A. Desde 1º de abril,
20 colaboradores da Voith são responsáveis pela manutenção da linha de produção na fábrica de Zielona Góra.
O contrato tem uma duração inicial de quatro anos. Além
disso, a empresa Solaris Bus & Coach contratou os serviços da Voith por um período de três anos. Onze colaboradores da Voith assumirão as áreas de gestão técnica
da fábrica, uma parte da manutenção da produção, bem
como a gestão de ferramentas. //
10 | report 2/2015
Ma’anshan Papel de alta qualidade, baixo consumo de
energia: esses são os benefícios essenciais das linhas de
preparação de massa que a Voith colocou em operação no
fabricante de papel Anhui Shanying Indústria de Papel , em
Ma’anshan, China. O objetivo da modernização foi o de reduzir o consumo de energia das linhas de produção, além
de melhorar a qualidade do papel. Ambas as linhas trabalham com a tecnologia exclusiva da Voith para tratamento
de lodo e rejeitos, tais como pedaços de plástico ou de metal. Isto leva a um menor consumo de energia e maior eficiência. O desempenho das linhas de preparação de massa
para a PM 5 e PM 6 excedeu as expectativas, e os esforços
da Voith e da Shanying certamente estão valendo a pena. A
empresa é uma das maiores produtoras de papel ondulado,
cartão e caixas da China. //
NOTAS
Voithianos ajudam o Nepal
Muitos voluntários ajudam a embalar as doações: aprendizes da Voith separaram e embalaram as doações para o transporte.
HEIDENHEIM/DHADING BESI Depois do intenso terremoto
responsável pela gestão de saúde do trabalho da empresa
ocorrido em 25 de abril no Nepal, diversos colaboradores da
em Heidenheim, e que também está pessoalmente envolvido
Voith na Alemanha participaram de uma campanha de ancom a ajuda para uma aldeia de crianças no Nepal. Com o
gariação de fundos sob o lema “Voithianos ajudam o Nepal”.
objetivo de garantir que as doações chegassem com ­urgência
Os colaboradores pagaram um valor extra pelo almoao local onde as pessoas mais precisam delas, Pawan Dhakal,
ço no refeitório de Heidenheim, ou fizeram sua colaboração
Gerente de Vendas e Marketing da Voith Hydro Heidenheim,
doando cobertores para a campanha. Além disso, foi orgaviajou juntamente com Petra Pachner, esposa de Herwig
nizado um concerto beneficente, e em uma partida do time
Jantschik, para a região do terremoto. //
de segunda divisão 1º FC Heidenheim,
foram realizadas doações e leiloados
artigos para fãs do clube de futebol.
Diversos voluntários trabalharam
muito para garantir que as doações e
suprimentos chegassem com segurança ao distrito de Dhading, ao nordeste
de Catmandu. Os aprendizes também
ajudaram: eles separaram e embalaram
os medicamentos e os cobertores para
o transporte.
“Graças à contribuição das pessoas
na empresa, pudemos ajudar e doar
esperança”, afirmou Herwig Jantschik,
colaborador e assistente social da Voith,
Ajuda no local: Pawan Dhakal, da Voith Hydro, ajuda a distribuir as doações.
report 2/2015 | 11
FOCO
ENTREVISTA COM
HUBERT LIENHARD
Hubert Lienhard, Presidente e CEO da Voith GmbH, faz uma avaliação
do primeiro semestre do ano fiscal.
Sr. Lienhard, o ano fiscal 2014/2015
está quase chegando ao fim. Como
está a empresa atualmente? Como
estão os negócios?
No fim primeiro semestre, podemos
afirmar que a situação da Voith se estabilizou. Infelizmente, ainda está faltando impulso para os nossos mercados,
e o desenvolvimento do negócio, como
um todo, está contido. Apesar disso,
conseguimos aumentar as vendas nos
primeiros seis meses do ano fiscal. A
entrada de pedidos no semestre ficou
abaixo em comparação com o ano anterior. Mas uma notícia especialmente
boa é que o resultado operacional está
significativamente melhor em comparação com o ano passado. Acima de
tudo, isso demonstra uma coisa: Os
programas de reestruturação e melhoria no âmbito do Voith 150+ estão começando a se estabelecer e a causar
um impacto.
Mas os resultados da Voith ainda estão no vermelho?
É verdade que o resultado líquido do
semestre foi negativo. Mas isso já havia sido planejado, e já havíamos anunciado que seria assim. O motivo para
isso é que estamos absorvendo no
balanço deste ano todos os custos
12 | report 2/2015
das medidas de reestruturação realizadas na Voith Paper e no âmbito do
Voith 150+. Nós sempre dissemos que
gostaríamos de fazer as reduções necessárias de forma justa e razoável.
Isso custa dinheiro, e podemos vê-lo
no balanço.
Mas a coisa mais importante é que
em termos operacionais, isto é, no
dia a dia do negócio, estamos obtendo resultados significativamente positivos. O nosso lucro operacional é significativamente maior em comparação
com o ano passado. Isso é importante.
Estamos no caminho certo, mas ainda
temos um longo caminho a percorrer.
Estamos fazendo progresso? O que
devemos esperar para os próximos
meses?
Olhando para o cenário externo: nos
próximos meses, nossa tarefa será
continuar a estabilizar essa tendência.
As receitas das vendas estão aumentaram levemente. Precisamos aproveitar essa tendência e fazer o que
estiver ao nosso alcance para continuar aumentando ainda mais os nossos negócios. Os nossos mercados
continuam difíceis. Mas é exatamente por isso que, como líderes de mercado em muitos de nossos mercados,
precisamos ir até os nossos clientes e
lutar por cada contrato. Olhando para
dentro: as nossas iniciativas estão começando a funcionar. Vamos continuar
com este trabalho com toda a nossa
força. Com o Voith 150+, o programa­
Excellence@Voith chegou à fase decisiva de sua implantação. Vamos trabalhar muito para realizarmos todos os
projetos relacionados à reestruturação
do Grupo conforme planejado. Quanto
mais rápido avançarmos nisso, mais
rápido veremos os resultados disso no
balanço. Algumas coisas já nos ajudaram no primeiro semestre.
Nas Reuniões Regionais de 2015, o
senhor já comunicou a direção estratégica rumo à Indústria 4.0. Como
estamos avançando com isso, e
quais os próximos passos?
Estamos trabalhando no assunto. A
direção da empresa vem realizando
reuniões regulares para tratar exclusivamente do caminho da Voith rumo à
era digital. Para isso, não é apenas a
velocidade que desempenha um papel fundamental, mas, acima de tudo,
o cuidado. Eu vejo nossa empresa no
início de uma trajetória. Já temos diversas iniciativas e projetos altamente
promissores em andamento em todas
FOCO
as Divisões do Grupo. Estamos cuidadosamente analisando cada um deles,
e os responsáveis estão relatando as
suas descobertas para nós. Ao mesmo
tempo, estamos pensando: como será
o restante do nosso caminho rumo à
Internet das Coisas? Temos planos e
ideias que deverão ser concretizadas
e implementadas nos próximos meses.
Atualmente, muita coisa está mudando no Grupo Voith. Em suas
próprias palavras, estamos vivendo
as maiores mudanças pelas quais a
Voith passou nos últimos 30 anos. O
que o senhor diria aos colaboradores que estão com o sentimento de
que estamos abrindo um número excessivo de frentes de trabalho?
Para mim está absolutamente claro
que a reestruturação da empresa no
âmbito do Voith 150+ é um acontecimento gigantesco. Eu sei que estamos
pedindo muito dos Voithianos atualmente. Por outro lado, estou 100%
convencido de que estamos fazendo
a coisa certa na hora certa. A nossa
meta agora é a implementação das
medidas de forma concentrada, focada e, acima de tudo, rápida. Cada passo nos traz mais perto do sucesso, e
em muitos temas os nossos objetivos
já estão ao alcance da vista. Em outros temas, ainda precisaremos avançar mais, mas eu sei que conseguiremos fazer o que nos propusemos a
realizar juntos: vamos levar a Voith de
volta para uma trilha de crescimento
rentável. Os resultados dos últimos
meses mostram que as medidas já estão começando a funcionar. Eu estou
orgulhoso de nossa equipe, que está
suportando tudo isso e ajudando a definir essas mudanças. //
Indicadores do balanço semestral de 2014/15
(evolução em relação ao resultado ajustado do ano anterior)
Faturamento (+5 %)
2,7
em € milhões
Lucro operacional (+12 %)
137
em € milhões
Entrada de pedidos (–13 %)
2,4
em € milhões
Colaboradores (–1 %)
38.907
report 2/2015 | 13
FOCO
Desenvolvimento contínuo: o bem-sucedido
conceito do rebocador Voith RAVE Tug, de 2012,
retratado aqui realizando um teste no tanque de
ensaios, agora também está sendo usado em
combinação com um novo tipo de guincho carretel
nas mais modernas embarcações do seu tipo.
APROVEITANDO AS
OPORTUNIDADES
DO AMANHÃ
A Voith desenvolve novas técnicas e tecnologias de
engenharia desde as suas origens. A empresa seguirá
adiante com essa tradição: a Voith voltará às suas raízes,
focando-se na área de tecnologia, ciência dos materiais e
engenharia, além de se tornar uma pioneira da produção
digital do futuro.
14 | report 2/2015
FOCO
report 2/2015 | 15
FOCO
SEMPRE PENSANDO
UM PASSO À FRENTE
A quarta Revolução Industrial está apresentando novas responsabilidades e
desafios à Voith para o aperfeiçoamento de tecnologias existentes. Os diretores
de Tecnologia das divisões Voith Hydro, Voith Paper e Voith Turbo esclarecem
como a Voith enfrentará os desafios da digitalização por meio da adaptação
de seus modelos de mercados, bem como o papel que a Pesquisa e
Desenvolvimento desempenharão nesse esforço. Entrevista com Dr. Norbert
Riedel (VH), Frank Opletal (VP) e Dr. Jerry Mackel (VT).
Em sua visão, qual o papel que a
engenharia e a tecnologia desempenham para a empresa?
Dr. Norbert Riedel (NR): A Voith é uma
empresa de tecnologia com uma longa tradição de mais de 140 anos. Nós
sempre fomos capazes de criar vantagens competitivas e encontrar novas
áreas de aplicação por meio de nossos
desenvolvimentos tecnológicos.
Dr. Jerry Mackel (JM): Pode soar sentimental mas, para mim, a engenharia e
a tecnologia são a alma da Voith.
Frank Opletal (FO): Eu concordo plenamente com ambos: nossas raízes
estão aí, e continuam sendo extremamente importantes tanto hoje como antigamente. Tecnologias eficientes nos
permitem agregar valor para os nossos clientes, e assim criar vantagens
competitivas.
Onde vocês enxergam os maiores
potenciais tecnológicos futuros em
suas respectivas Divisões?
FO: Como atuamos em mercados muito tradicionais, com tecnologias muito maduras, precisamos pensar de
16 | report 2/2015
forma inovadora e aproveitarmos a tendência da digitalização a nosso favor.
Concretamente, estamos trabalhando
em soluções inteligentes para o futuro, em que os componentes de uma
máquina ou sistema podem ser interligados sucessivamente, e assim aumentar a eficiência e produtividade: a
isso chamamos de Papermaking 4.0.
Com o Papermaking 4.0, estamos nos
concentrando em soluções e processos que claramente agregam valor aos
nossos clientes, e assim ajudaremos a
tornar a indústria papeleira mais competitiva e mais adaptada para o futuro.
NR: O produto dos nossos clientes é
a eletricidade, e a sua demanda não
para de aumentar – quase todas as
pessoas têm um celular, uma geladeira ou um computador. Dessa forma, a
demanda futura dos nossos clientes
continuará a crescer. O ideal seria suprir essa demanda com usinas hidrelétricas, que produz eletricidade renovável e ecoamigável.
JM: Como fornecedor de componentes e subsistemas, precisamos ter uma
profunda compreensão das aplicações
e dos processos dos nossos clientes.
É por isso que a Indústria 4.0 é tão
importante para nós, porque é aí que
estão as interfaces que nos permitirão
estabelecer uma conexão com os nossos clientes.
Quais os principais focos que vocês
estabeleceram em suas divisões?
JM: Na Voith Turbo, já estamos trabalhando há um tempo relativamente longo com o aumento da inteligência dos
nossos produtos por meio do sensoriamento, o diagnóstico e a telemetria.
Veja o DIWA SmartNet, por exemplo:
usando redes móveis, o sistema regularmente transmite dados operacionais
e de manutenção vindos de transmissões de ônibus a um servidor OPRA
central. Os dados são avaliados para
a determinação dos intervalos de manutenção. A propósito, a plataforma
de software OPRA também é utilizada para a gestão da frota de veículos
ferroviários e por operadoras como a
Deutsche Bahn. Outro exemplo são os
trabalhos que estamos fazendo com
soluções “Big Data”, com o objetivo
FOCO
Entrevista com os diretores de tecnologia das Divisões Voith Hydro, Voith Turbo e Voith Paper: Dr. Norbert Riedel, Dr. Jerry
Mackel e Frank Opletal (a partir da esquerda) falam sobre engenharia e tecnologia na Voith, os desafios da digitalização, bem
como o papel que as áreas de Pesquisa e Desenvolvimento desempenham nelas.
de facilitar a avaliação automática dos
enormes volumes de dados gerados
em operações de teste e na operação
de variadores de velocidade e de turbotransmissões, além de permitir que
nossos clientes adotem estratégias de
manutenção baseadas em condições.
Eu diria até mesmo que, para a Voith
Turbo, a Indústria 4.0 não significa que
precisaremos desenvolver um modelo de negócios completamente novo.
Trata-se muito mais de aprimorar os
nossos principais produtos. Um exemplo: hoje em dia, quase não se vendem mais carros sem ar condicionado.
Essa será a mesma relação para nós:
no futuro, nós só comercializaremos
produtos equipados com muita tecnologia de sensoriamento e diagnósticos,
e que também possam ser conectados ao ambiente 4.0 de nossos clientes. No que tange ao desenvolvimento
do portfolio dos nossos principais produtos, precisamos aumentar a nossa
abrangência tecnológica, além de nos
focarmos muito mais em mecatrônica
ou transmissões elétricas, por exemplo.
FO: Nós queremos tornar a Voith
“Precisamos criar as condições certas para
a Indústria 4.0, o que significa garantir que
nós tenhamos o know-how necessário
desde o princípio.”
Frank Opletal, Diretor de Tecnologia, Voith Paper
Paper ainda mais orientada ao cliente e, como já mencionado, vemos o
maior potencial tecnológico na área de
Papermaking 4.0. Assim, estamos adotando uma abordagem comum para o
tema de Pesquisa e Desenvolvimento,
administrando conjuntamente os departamentos de pesquisa de todas as
três linhas de negócios da Voith Paper.
Além disso, também criamos uma
Unidade de Negócios sob a gestão de
Matthew Watts. Sob o mote “Big Steel
meets Big Data” [bens de capital chegam à Indústria 4.0], conseguiremos
modernizar os nossos atuais conceitos
de fabricação de papel. O objetivo é focar a criação de valor para os nossos
clientes. Vemos um enorme potencial
aqui, em uma maior interligação de máquinas, produtos e serviços em redes.
Já utilizamos algumas instalações pilotos para aprendermos e desenvolvermos alguns produtos que foram muito
bem avaliados por nossos clientes. Os
nossos conceitos foram criados para
poderem ser adaptados nas máquinas
e componentes já instalados nos clientes, a chamada “base instalada”.
Vocês também já falaram sobre isso
com os clientes?
FO: Nós divulgamos essas ideias ao
mercado em março, e assim também abordamos os nossos clientes.
Existe uma estratégia, e já criamos um
cronograma com marcos definidos.
report 2/2015 | 17
FOCO
“Embora a tecnologia
hidrelétrica já exista há mais
de 100 anos, ainda há muito
espaço para novos
desenvolvimentos.”
Dr. Norbert Riedel, Diretor de Tecnologia, Voith Hydro
Estamos trabalhando sob muita pressão para o desenvolvimento do portfolio. Originalmente, havíamos pensado
em aplicações modulares para a base
instalada, mas a linha de negócios de
novas máquinas com certeza se desenvolverá de forma paralela a isso.
Quais os maiores potenciais na Voith
Hydro?
NR: Embora a tecnologia hidrelétrica
já exista há mais de 100 anos, ainda
há muito espaço para novos desenvolvimentos. Para isso, eu precisaria explicar uma coisa: antigamente, as usinas hidrelétricas eram concebidas para
operar de forma contínua. Assim, com
reparos e manutenção, essas máquinas podiam operar de 40 a 80 anos.
Contudo, as condições operacionais
mudaram muito nos últimos tempos, e
as usinas hoje têm de estar preparadas
para despachar a sua potência nominal
em um intervalo muito menor e de forma muito mais frequente. Hoje temos
a oportunidade de oferecermos outros
pacotes aos clientes, e isso nos permite criar mais valor para eles. Nesse
18 | report 2/2015
particular, a Indústria 4.0 oferece enorme potencial. Estamos trabalhando
para refinarmos os nossos atuais sistemas de monitoramento e de diagnósticos para que as máquinas só sejam
submetidas a manutenções quando
necessário, e quando isso se encaixar no conceito operacional do cliente.
Atualmente, já temos conexões online
com algumas usinas, e estamos conversando com outros clientes que também estão interessados nisso. Outro
foco é a interligação da fábrica e dos
nossos produtos, que nos permitirá saber exatamente onde e em que condição os componentes de uma máquina
se encontram. Essa será uma grande
vantagem, especialmente para o controle eficaz de obras em localizações
remotas.
Até que ponto a hidreletricidade é afetada por outras energias renováveis?
NR: As energias renováveis têm uma
influência muito grande, especialmente em usinas hidrelétricas reversíveis.
Originalmente, essas usinas foram
construídas para absorverem a carga
noturna excedente das usinas de carga de base, e ao longo do dia a água
era usada para injetar carga de ponta na rede. Como baterias de energia
confiáveis, as usinas hidrelétricas reversíveis assumem um papel importante
na transição energética alemã já que,
em qualquer hora do dia, elas têm a
capacidade de despachar energia em
90 segundos em caso de falta de energia porque um parque eólico precisa
ser desligado por motivo de sobrecarga, por exemplo. Ou então em picos
de geração solar, a energia excedente pode ser bombeada para o reservatório superior de uma usina reversível
para que essa energia possa ser aproveitada posteriormente, ao invés de ser
desperdiçada. Caso contrário, seria necessário limitar a geração de energia
a partir de um determinado limite. Já
as usinas hidrelétricas reversíveis, por
outro lado, permitem utilizar essa energia, além de disponibilizar uma mescla balanceada de energia. Vemos outras possibilidades na Voith Hydro, por
exemplo, na área de ciência dos materiais, que está sempre evoluindo.
FOCO
FO: Aproveitando o gancho, gostaria de frisar que, assim como o tema
de Papermaking 4.0 que abordamos,
a pesquisa de materiais também desempenha um papel importante na
Voith Paper. Além disso, temos outros
focos de pesquisa e desenvolvimento
que estamos aproveitando para os novos desenvolvimentos em curso.
Como se dá o processo de novos
desenvolvimentos?
NR: Na Voith Hydro, temos basicamente dois processos de desenvolvimento ocorrendo em paralelo: o primeiro
é o desenvolvimento para projetos específicos, enquanto que o outro trata
de inovações. Explicando melhor, no
nosso caso, cada projeto tem o seu
protótipo, já que a queda, vazão e outros parâmetros são sempre únicos.
As inovações que desenvolvemos porque, digamos, surge um novo material
no mercado, são mais difíceis de colocar no mercado. Um produto novo,
que instalamos pela primeira vez em
uma usina hidrelétrica, também constitui um risco na perspectiva do cliente. Para os nossos clientes, as usinas
precisam operar sem percalços, não
pode haver paradas. É por isso que as
inovações têm de passar pelo chamado processo de stage-gate. Esse é um
processo claramente estruturado, padronizado e otimizado para o desenvolvimento de inovações e produtos. Nós
os lançamos a passos lentos para o
mercado ir criando confiança.
Quantos colaboradores trabalham
com inovação na Voith Hydro?
NR: No Brunnenmühle, em Heidenheim,
são cerca de 150 profissionais, muitos
deles engenheiros formados e cientistas. Ali nós concentramos os projetos
especiais e prestamos serviços para
o mercado mundial. Além disso, nos
EUA, Índia, China e Suécia, por exemplo, operamos unidades menores para
cuidar dos mercados locais.
Como está organizada a área de
Pesquisa e Desenvolvimento da
Voith Turbo?
JM: O Departamento Central de
Tecnologia está sendo atualmente
reorganizado para atender aos novos
desafios. Até hoje, os desenvolvimentos tecnológicos eram principalmente conduzidos por nossas Unidades
de Negócios. No futuro, precisaremos
de uma maior colaboração na área de
Pesquisa e Desenvolvimento com o objetivo de desenvolvermos nossas competências e explorarmos novas tecnologias nas áreas de tecnologia de
regulação, mecatrônica ou transmissões elétricas. O “novo” departamento central de tecnologia desempenhará
um papel mais importante nisso. Outro
ponto de partida é que nós vamos nos
dispor de forma mais global, levando
O desenvolvimento de tecnologias na área de usinas hidrelétricas reversíveis
desempenha um papel crucial na Voith Hydro.
centros de engenharia mais perto dos
clientes, como o futuro Centro de
Engenharia de Houston, ou os nossos
Centros em Hyderabad e Minhang, que
queremos continuar desenvolvendo
continuamente. Os front offices, isto é,
os colegas da linha de frente no contato com os clientes, desempenharão um
papel mais importante no processo de
inovação, porque são eles que trazem
referências importantes sobre o que o
cliente deseja e precisa. As expectativas e perspectivas de valor dos nossos
clientes precisam ser mais levados em
conta: Este é um produto que as pessoas comprariam? Ele cria valor?
NR: Além disso, existe o fato de que os
mercados e regiões são todos diferentes. É por isso que é importante termos
know-how de engenharia local para valer. Queremos ser um parceiro que fale
de igual para igual com nossos clientes e que compreenda profundamente as suas necessidades e desafios. É
por isso que a Voith Hydro desenvolveu
programas locais de treinamento para
engenheiros que lhes permite conhecer
e dominar a tecnologia Voith. Graças
ao estreito relacionamento com esses engenheiros, descobrimos o que
os clientes verdadeiramente desejam
em seus mercados locais. E frequentemente conseguimos aplicar esse conhecimento de forma lucrativa em outros mercados, também.
JM: Na Voith Turbo, já estamos bem
encaminhados nessa área, mais ainda há muito potencial a ser desenvolvido. Temos uma unidade de Gestão
de Inovação chamada Future Radar
[Radar Futuro]. Essa área estuda as novas tendências e tecnologias do mercado, e verifica com quais parceiros podemos colaborar. Assim como na Voith
Hydro, nós vimos que só conseguimos
obter sucesso quando os nossos colaboradores estão familiarizados com as
condições locais dos nossos clientes
e mercados.
FO: Na Voith Paper, há muito tempo
que estamos estabelecidos nas regiões, já que essa sempre foi a nossa
report 2/2015 | 19
FOCO
Fabricação de papel 4.0: soluções e processos que claramente
criam valor para os clientes da Voith.
a única forma de atender aos nossos
mercados locais.
Como ocorre o processo de desenvolvimento tecnológico na Voith Paper?
FO: Para nós, o processo é separado em três áreas. Na primeira área,
o Gerenciamento de Produtos da
Business Line Projects desenvolve
componentes baseados em projetos.
Na segunda área, os grupos de desenvolvimento das três Business Lines
trabalham no desenvolvimento de produtos solicitados pelo mercado em um
ciclo relativamente curto em um processo stage-gate estruturado que nós
expandimos no Product Management
School (uma escola interna da empresa), fazendo com que ele se tornasse
um sistema integrado de gestão de ciclo de vida do produto. Já o departamento de New Business & Research
trabalha mais no sentido de inovações
voltadas para o futuro: essa área trabalha com novos modelos de negócios,
métodos de fabricação, materiais e simulações. A equipe tem mais liberdade criativa, e precisa pensar em todas
20 | report 2/2015
as direções para refinar as nossas tecnologias no longo prazo, para que
possamos criar valor para os nossos
clientes. A isso chamamos de “Blue
Sky”, que é uma espécie de fábrica de
ideias, em que qualquer ideia sobre um
determinado tema pode ser dado de
forma livre, independente de elas poderem parecer absurdas à primeira vista. Essas ideias são então canalizadas
e organizadas para decidirmos quais
delas serão desenvolvidas. Graças à
Frank Opletal esclarece sobre a divisão tripartite do Centro de Pesquisas da Voith Paper.
FOCO
“As expectativas e perspectivas de valor dos
nossos clientes precisam ser mais levados
em conta.”
Dr. Jerry Mackel, Diretor de Tecnologia, Voith Turbo
maior digitalização, ampliaremos o nosso Departamento de Simulações, o que
significa que também teremos menos
operações piloto para teste.
As áreas de desenvolvimento das
Divisões também têm campos de
pesquisa paralelos e, nesse caso,
há um intercâmbio entre elas?
NR: Com certeza, há campos de pesquisa conjuntos, e para isso basta falar da área de simulação citada por
Frank Opletal, e para sermos mais específicos, a área de simulações de fluxo. Essa área existe em todas as três
divisões: nas máquinas de papel, na
caixa de entrada, na Voith Turbo, na
propulsão de embarcações e, para nós,
a área de fluxo tem um papel fundamental em todas as áreas. Como essas
áreas de aplicação se diferenciam muito em questões específicas como, por
exemplo, em relação aos fluidos ou
à pressão, a diferença é muito grande para que as pesquisas se realizem
de forma conjunta. Entretanto, há muitos anos que estabelecemos o costume de realizarmos intercâmbios regulares de Melhores Práticas entre colegas
de campos de pesquisa semelhantes,
como da área de simulações.
JM: É aí que eu vejo uma das maiores forças da Voith. Quando realizamos
isso da forma certa, surgem sinergias
muito produtivas entre as Divisões do
Grupo. Nós só precisamos nos arriscar
mais e pensar um pouco fora da caixa – e a coisa mais difícil, na verdade,
é determinar onde começa e termina
a nossa caixa.
Qual a sua perspectiva para o futuro?
JM: Eu acredito que não existam fronteiras muito definidas para o desenvolvimento de tecnologias. A Voith é líder
no que se refere à engenharia e tecnologia, mas a concorrência tampouco está parada. Diante da concorrência
mundial, a Voith precisa trabalhar intensivamente para tornar-se ainda mais
orientada ao cliente e para seguir consistentemente o caminho rumo à era de
uma indústria digitalizada.
NR: Nós sabemos que oferecemos
produtos excelentes. A nossa meta
é otimizar ainda mais a forma como
executamos os projetos com a nossa
tecnologia.
FO: Eu assino embaixo de ambas essas afirmações. Em primeiro lugar, precisamos criar as condições certas para
a Indústria 4.0, o que significa garantir que nós tenhamos o know-how necessário em software desde o princípio,
trazendo programadores para a equipe,
por exemplo. Nós concorremos com
outras empresas que também estão e
estarão participando dessa área. //
report 2/2015 | 21
INSIGHT
MOBILIDADE PARA O FUTURO
A Voith Engineering Services está desenvolvendo um novo VLT, veículo leve
sobre trilho, para Taiwan. Até o momento, o percurso, os trilhos e a alimentação
de energia da linha estavam somente no campo das ideias. Trazer isso para a
realidade representará um grande desafio para os seus projetistas.
Projetar um VLT: isso não é nada do outro mundo para a
Voith Engineering Services. Em anos recentes, o Centro de
Competência para Desenvolvimento de Veículos Ferroviários
de Chemnitz desenvolveu uma série de veículos ferroviários
para os mercados europeu e asiático, e a empresa está entre os líderes mundiais na área.
Mas este último projeto é diferente: um VLT para Nova
Taipé, a maior cidade de Taiwan. Detalhe: toda a sua infraestrutura ainda precisa ser construída. “Por enquanto, não há
trilhos, pontes ou depósitos. Além disso, ainda é necessário implementar a alimentação de energia e os serviços auxiliares do sistema”, afirma Frank Salzwedel, vice-presidente
executivo da área ferroviária da Voith Engineering Services,
em Chemnitz.
O VLT está sendo especialmente desenvolvido para atender ao mercado e condições locais: com oito quilômetros de
extensão, os trilhos da futura “Green Mountain Line” ligarão
o centro de Nova Taipé com o bairro de Danhai, em um período de cerca de três anos. A empresa responsável pelo
fornecimento dos veículos ferroviários será a Taiwan Rolling
Stock Company (TRSC), que contratou a Voith para a realização da engenharia.
O plano inclui VLT’s de piso baixo montados em cinco
segmentos, com capacidade para operar em ambas as direções e um comprimento total de 34,5 metros. Além disso, eles precisarão atender a um desafio especialmente
No computador, eles já estão prontos: o VLT da Voith para Taiwan.
22 | report 2/2015
complicado, como explica Salzwedel: “Os veículos precisarão atravessar cruzamentos onde a instalação de linhas elétricas aéreas ficaria muito complexa. Assim, será necessária
a instalação de um sistema de armazenamento de energia
que lhes permita percorrer trechos relativamente longos sem
contato algum com a linha elétrica. Para construir esse sistema de armazenamento de energia, o peso global terá de
ser o menor possível. Além disso, Nova Taipé é muito quente e úmida, e isso precisa ser levado em conta no projeto do
sistema de ar condicionado do VLT.
Enfim, esses são apenas alguns dos detalhes desse
complexo projeto. Como um todo, os engenheiros especialistas ficarão responsáveis pelo conceito e o projeto dos
VLT’s, pela supervisão da fase de prototipagem e sua posterior colocação em operação, e por temas de manutenção
e segurança. Além disso, darão suporte à TRSC para o planejamento das instalações fabris e o planejamento de fabricação, bem como pela construção de dispositivos para os
conjuntos soldados, bem como da integração dos componentes do sistema. Atualmente, a equipe está trabalhando
no conceito de engenharia dos VLT’s e na escolha dos fornecedores dos componentes. De acordo com o cronograma
do projeto, o primeiro protótipo deverá estar pronto ao final
de 2016, enquanto que a fabricação em série deverá ser iniciada em 2017. Os primeiros VLT’s da “Green Mountain Line”
deverão entrar em operação em 2018. //
INSIGHT
APRENDENDO POR MEIO DO DIÁLOGO
Qual o grau de satisfação dos clientes com os serviços e produtos da
Voith Turbo? E como a empresa poderia se tornar ainda melhor?
Essas foram as perguntas feitas pela Divisão do Grupo aos seus
parceiros de negócios em uma pesquisa de satisfação de clientes.
O foco claro em nossos clientes é um
dos principais componentes da estratégia empresarial da Voith. Com o objetivo de aumentar a compreensão das necessidades e desafios de seus clientes,
além de avaliar a sua satisfação com
os produtos e serviços da empresa, a
Voith Turbo vem realizando pesquisas
de satisfação com clientes desde 1996.
No ano de 2014, cerca de 800 clientes
de todas as áreas de negócios e regiões participaram da pesquisa, oferecendo informações detalhadas em reuniões de cerca de uma hora de duração.
“Paralelamente às entrevistas com
os clientes, também pesquisamos a
avaliação dos nossos próprios colegas”,
afirma o Dr. Jerry Mackel, responsável
pelo estudo na Voith Turbo e que agora dá suporte às unidades de negócios
para ajudá-las a transformar os conhecimentos adquiridos em ações concretas. “Isso nos permitiu não apenas
descobrir o que é especialmente importante para os nossos clientes, mas
também realizar uma comparação entre
a visão interna e externa da empresa.”
Um fato importante: praticamente todos os clientes classificam a qualidade e o valor dos produtos da Voith
como muito altos. Os clientes também
valorizam a crescente independência
e proximidade física das organizações
de vendas regionais ocorrida nos últimos anos, já que elas permitiram reduzir significativamente o tempo de resposta às consultas técnicas feitas pelos
clientes. “Nossos clientes confirmaram
que a nossa nova organização está tomando o rumo certo. Mas eles também nos mostraram os temas em que
ainda podemos melhorar e nos deram
A Voith Turbo vem promovendo pesquisas de satisfação regularmente com seus clientes
desde 1996. Em 2014, cerca de 800 clientes de todas as áreas de negócios e regiões
participaram da pesquisa.
sugestões muito valiosas sobre como
podemos otimizar a nossa interação
com eles”, afirma Mackel. “Nossa meta
agora é promover uma cultura de orientação ao cliente na Voith. Por exemplo,
gostaríamos de entender as cadeias
de suprimentos dos nossos clientes
em maior profundidade para podermos
encaixá-las melhor em nossos processos. Isso nos permitirá oferecer tempos
de entrega feitos sob medida para os
clientes – uma vantagem competitiva
significativa.”
Seja um elogio ou uma crítica, o
feedback, como um todo, é uma ferramenta muito importante, já que nos
ajuda a realizar o ajuste fino da forma
como fazemos negócios e a promover
melhorias mensuráveis em áreas específicas. Após a análise e avaliação
da pesquisa de satisfação dos clientes, todas as unidades e organizações
de vendas da Voith Turbo realizaram
Workshops conjuntos no primeiro semestre de 2015 para apresentarem
as suas estratégias individuais para a
otimização de seu desempenho. As
unidades puderam escolher quais
medidas seriam mais eficazes para o
seu caso específico a partir de uma lista
de medidas definidas antecipadamente. “Muitas empresas realizam pesquisas com seus clientes, mas mesmo
assim não conseguem realizar as melhorias necessárias. Apesar de todas as
diferentes organizações e estruturas de
clientes que temos, conseguimos colocar todas as unidades no mesmo barco ao permitir que cada uma definisse
as suas próprias soluções”, esclarece
Mackel. E prossegue: “Os nossos clientes foram muito abertos, vendo a pesquisa como uma oportunidade para o
aperfeiçoamento do relacionamento
com eles no futuro. E nós queremos
fazer jus a essa confiança por meio da
realização de melhorias significativas.
No final das contas, as nossas principais metas são o sucesso e a satisfação dos nossos clientes”.
Em breve, ficará claro se as medidas implementadas estão nos levando
na direção certa: para comprovar se o
caminho adotado foi acertado, no ano
que vem a Voith Turbo realizará mais
uma pesquisa junto aos seus clientes. //
report 2/2015 | 23
INSIGHT
Voith 150+
Reuniões Deep-Dive
encerradas
Nas Reuniões Regionais de 2015, cerca de 1.300 gestores foram informados sobre
o status atual e os próximos passos do programa de sucesso para todo o grupo, o
Voith 150+. Em cinco reuniões Deep-Dive realizadas em abril e maio, foi a vez de
os gestores locais das regiões receberem informações específicas às unidades sobre
as novas estruturas e processos da iniciativa Excellence@Voith do Voith 150+.
Os líderes dos módulos do novo modelo organizacional
(Target Operating Model, ou TOMs) das áreas administrativas como RH, Contabilidade, Controladoria, TI, Compras,
Marketing, Funções Corporativas e Serviços Gerais visitaram as Regiões da Voith em maio com o objetivo de explicar e debater as novas estruturas e processos organizacionais com os gerentes locais. O lançamento foi realizado em
duas reuniões em Heidenheim, uma para a Alemanha e outra para a região da EMEA, seguidas por São Paulo (Brasil)
para a região da América do Sul, York (EUA) para a região
da América do Norte, e finalmente em Kunshan (China) para
a região da Ásia.
As reuniões foram utilizadas para reintroduzir os conceitos que os líderes dos módulos elaboraram com os representantes das Divisões do Grupo ao longo dos últimos meses.
Na ocasião, foram esclarecidas não só as responsabilidades
e fluxos de processo futuros, como também foi apresentado
o caminho a ser percorrido por cada um dos módulos e em
cada região, para sair do status atual até a futura estrutura
organizacional. Também foram discutidas as condições e as
ações necessárias para a sua implementação bem-sucedida.
Foram respondidas perguntas do tipo “como a empresa que
temos hoje precisa se modificar para que os TOMs possam
ser implementados com sucesso?”, ou “como podemos reduzir as nossas expectativas, necessidades e, consequentemente, a nossa complexidade?”.
A gestão regional aproveitou a oportunidade para compreender melhor a funcionalidade dos módulos para as suas
regiões e unidades operacionais. Dessa forma, os gestores responsáveis pelas áreas puderam elaborar um quadro
concreto sobre a forma como a cooperação e as interfaces
nas áreas administrativas deverão ser organizadas no futuro,
24 | report 2/2015
bem como quais serão as consequências dessas mudanças
em sua organização local. Com isso, o foco das reuniões
ficou claramente na disposição da estrutura organizacional
futura nas diferentes regiões.
Com o encerramento das reuniões, foi dado o pontapé
para a fase de implementação nas respectivas regiões: foram
unificados os cronogramas e as medidas de implementação,
que foram comunicadas aos colaboradores das respectivas
áreas administrativas nas semanas seguintes.
A implementação dos TOMs se dará em dois níveis: no
nível das regiões e das Divisões da Voith Hydro, Voith Paper,
Voith Turbo e Voith Outros. A Voith Outros abrange os departamentos centrais já existentes, e no futuro também incluirá os Shared Services, que serão agrupados como “Voith
Global Business Services“ (GBS), Centers of Competence
(CoC) e as estruturas de Business Partners. As medidas de
implementação serão cada vez mais consolidadas e levadas
adiante por meio de uma maior interconexão de ambos os
níveis – Regiões e Divisões do Grupo – no projeto.
Agora, resta a parte operacional da implementação: os
processos precisam ser modificados ou até mesmo completamente renovados. A criação dos “Voith Global Business
Services” desempenha uma função especialmente importante para a implementação dos novos processos com sucesso. Os GBSs são o exemplo mais visível de um ambiente
de processos modificado: o tipo de mudanças que eles fomentam será realizado, em menor escala, em cada módulo.
As grandes e pequenas mudanças contínuas serão o maior
desafio para a Voith nos próximos meses. E o maior objetivo
das reestruturações é tornar o grupo, como um todo, mais
rápido, eficiente e competitivo. //
INSIGHT
Voith 150+
Módulo
Descrição
Voith Global Business Services, Center of Competence e Business Partner –
descrição e exemplos dos módulos
Voith Global Business Services (GBS)
Center of Competence (CoC)
Business Partner (BP)
Processos/
Atividades
Atividades padronizáveis que ocorrem
frequentemente e de forma semelhante
Assuntos específicos que exigem know
-how específico; respostas a questões
fundamentais; definição de padrões
mundiais para a Voith
Aspectos fora das atividades do GBS;
pessoas de contato da área funcional
para temas específicos e locais
Unidade
Um GBS para cada região que realiza
transações para todas as Divisões do
Grupo nas áreas de RH, Contabilidade
e Compras
No nível do Grupo; equipes juntas em
uma unidade
Instaladas de forma decentralizada; em
estruturas regionais, locais ou por divisões, conforme os módulos
Objetivos
Padronizar, racionalizar e automatizar
processos em todas as Divisões do
Grupo; aumentar a qualidade e reduzir
os custos dos processos
Agrupar especialidades das Divisões do
Grupo centralmente, disponibilizando
-as para todas as Divisões; muitas vezes de forma indireta, por meio da estrutura de Parceiros de negócios
Suporte orientado ao cliente para
questões específicas
RH
Folha de pagamento, manutenção de
dados mestres, gestão de tempo, organização de treinamentos
Desenvolvimento de colaboradores,
compensação e benefícios (remuneração, benefícios adicionais, alocações,
questões gerais), informações de RH e
gestão de serviços
Divisão BP: para temas de RH das divisões; região BP: um gerente de RH para
cada região, válido para todas as divisões;
BP local: suporte a pessoal no local, parcialmente válido para todas as divisões
Compras
Gestão de grupos de materiais e compras operacionais de materiais não
produtivos (não compõem os produtos finais da Voith, por exemplo, TI,
logística, máquinas e equipamentos,
serviços)
Gestão de grupos de materiais para
materiais produtivos nos níveis do
Grupo, das Divisões do Grupo,
e regionais; desenvolvimento de
processos e estratégias, bem como
agrupamento de funções de suporte
Gerentes de Compras Estratégicas
da Divisão (DSP) responsáveis por
Compras nas Divisões do Grupo com o
apoio dos gestores dos grupos de mercadorias do Grupo
Contabilidade
Contabilidade geral, balanços contábeis e contabilidade de ativos, contas
a pagar e a receber, incluindo auditoria
e manutenção de dados mestres nos
sistemas das Ous
Contabilidade consolidada Grupo
(especificação das diretrizes de
contabilidade do Grupo), consolidação
(elaboração dos balanços contábeis
consolidados)
Os departamentos técnicos das OUs
têm parceiros de contato designados
na Contabilidade GBS
Controladoria do Grupo, departamento Tributário, Tesouraria, Fábrica de
relatórios
Controladoria decentralizada das OUs
ou linhas de produtos (ex: controle de
custos de produtos, planejamento financeiro, análises especiais)
Controladoria
TI
Cinco Service Centers regionais de TI (Voith IT Solutions América do Norte,
­América do Sul, China, Índia e Europa)
Contatos para o cliente para solicitações e projetos; o Parceiro de negócios sugere processos e soluções de TI
Marketing
Um Service Center regional para funções de apoio (planejado)
CoCs globais para as Comunicações
de Mercado Global e Corporativa;
quatro CoCs regionais para todas as
tarefas de comunicação nas regiões
Global Business Partner e pessoas de
contatos regionais para as comunicações de mercado nos mercados da VP,
VH e VT
Jurídico, Estratégia, Auditoria Interna,
Saúde, Segurança & Meio Ambiente
(Padrões, Ferramentas e Certificações
globais de HSE)
HSE regional: Segurança do trabalho,
proteção da saúde e do meio ambiente;
assegurar as funções de especialistas;
parceiros de contato para autoridades,
seguradoras, etc.; gestão de resíduos
perigosos
Serviços
gerais
Regional e local: Gestão de demandas e das fontes de suprimentos
(Smart Sourcing, Terceirização, Reduce
Comfort)
report 2/2015 | 25
INSIGHT
Voith 150+
PASSO A PASSO: IMPLEMENTAÇÃO
DOS GLOBAL BUSINESS SERVICES
DA VOITH
Em março de 2015, foi dado o pontapé inicial para a implementação dos Service
Centers previstos pelo Voith 150+ nas quatro regiões Ásia, América do Norte,
América do Sul, e EMEA (Europa, Oriente Médio e África). Como parte das
iniciativas do Excellence@Voith, as tarefas administrativas que abrangem todas as
Divisões nas áreas de RH, Contabilidade e Compras foram consolidadas, padronizadas
e – na medida do possível – automatizadas e agrupadas organizacionalmente em um
único local em cada região, nos denominados “Voith Global Business Services” (GBS).
Nesta entrevista, Christian Nykiel, gerente de Global Business Services, fala sobre as
etapas planejadas de implementação, bem como os desafios para a sua realização.
Sr. Nykiel, a sua designação é implementar os GBSs regionais. Como
a implementação será organizada,
e quais as suas atribuições nessa
iniciativa?
Christian Nykiel: Nós estamos recorrendo a colaboradores em estruturas
parcialmente existentes nas quatro
regiões nas unidades de Heidenheim
(para a EMEA), Kunshan (Ásia), São
Paulo (América do Sul) e York (América
do Norte), e agrupando-os nos novos
Voith Global Business Services que
criamos. Essas estruturas serão organizadas de forma matricial. Em cada
região, teremos um gerente disciplinar
nessas unidades, que será responsável pelos temas trabalhistas e de negócios, bem como pela gestão de relações com os clientes regionais.
Além disso, teremos um gerente
funcional mundial para as três áreas
de RH, Compras e Contabilidade, o
Global Process Owner (GPO). Os três
GPOs deverão gerenciar as suas áreas
26 | report 2/2015
globalmente além de suas GBSs regionais. Atualmente, eles já estão trabalhando nessa implementação. A minha
responsabilidade é de coordenar e harmonizar os desenvolvimentos nas diferentes regiões e áreas com o objetivo
de promover a implementação de forma integrada.
A implementação já começou. Quais
os passos previstos para ela?
Juntamente com os GPOs, estou trabalhando no desenvolvimento de um
Catálogo de Serviços para a região da
EMEA – uma listagem de todas as atividades e processos de cada departamento que futuramente será assumido pelo GBS. Os processos definidos
precisarão ser transferidos da forma
mais semelhante possível para as outras três organizações regionais, embora possam ser feitas adaptações
devido às leis e às diferenças entre as
regiões. Os denominados Activity Maps
fixarão todos os processos existentes,
Christian Nykiel é
o gerente do Global
Business Services
desde 1º de abril de
2015. Ele está na
Voith desde 2011, e
seu último cargo foi
de Gerente de Processos de Negócios
da Voith Turbo.
“Os perfis de
competência dos
colaboradores estão
se tornando mais
desafiadores, não
mais simples.”
identificando as interfaces aos futuros
GBSs. Com isso, garantiremos que todos os atuais processos também sejam
INSIGHT
Voith 150+
considerados no futuro, e que nenhuma demanda se perca devido à falta de
um parceiro de contato. Para isso, é
essencial contarmos com uma cooperação estreita com os departamentos
específicos das Unidades Operacionais.
No futuro, as unidades operacionais precisarão comprar serviços
dos GBSs. Como isso acontecerá?
Os Service Catalogues darão origem aos chamados Service Level
Agreements para cada processo. Eles
estabelecem os acordos contratuais
entre o GBS e os clientes internos,
e contêm todas as informações sobre os serviços, incluindo: quem faz o
quê, até quando, com qual qualidade
e a qual preço. Esses parâmetros serão registrados por meio de indicadores mensuráveis, o que nos permitirá
realizar o acompanhamento dos serviços e, onde aplicável, identificar os
potenciais de melhoria. Esses Service
Level Agreements formarão a base de
cada contrato.
Em que pé está essa implementação?
As reuniões Deep Dive realizadas no
segundo trimestre de 2015 marcaram
o início do processo de implementação. Nesse meio tempo, progredimos de forma variável nas regiões.
Na EMEA, por exemplo, o desenvolvimento do Catálogo de Serviços da
Contabilidade já avançou bem. Em
paralelo, também estamos procurando espaço físico para os escritórios do
GBS nas regiões. O ideal seria termos
todas as áreas agrupadas em um único edifício, em especial para fortalecer a nova identidade e o espírito de
equipe. Na América do Sul, a área de
RH já se mudou para a sua área definitiva. A localização das outras funções já foi identificada e está sendo
preparada atualmente. Na América do
Norte, também já encontramos uma
solução, e agora estamos cuidando
de sua implementação. Na China, os
Global Business Services começarão
o seu trabalho brevemente – a equipe já foi nomeada e comunicada. Em
Heidenheim, as primeiras mudanças
ocorreram antes das férias de verão.
O tamanho das organizações regionais deverá variar: em Heidenheim,
estamos estimando uma demanda de
O que a empresa esperará de seus colaboradores nas diferentes regiões?
Outro desafio será a fase inicial, quando os processos ainda fluem de forma irregular. Aqui precisaremos contar
com a cooperação e a compreensão de todos os participantes. As
Unidades Operacionais também precisarão adequar os seus processos
“Nós contamos com uma colaboração
construtiva com as Unidades Operacionais.”
­ erca de 180 pessoas, e cada uma
c
das outras áreas deverá contar com
cerca de 70 pessoas.
Muitos processos e estruturas serão
modificados. Que desafios você vê
nessa implementação?
Por um lado, a nova estrutura também
trará uma mudança cultural. No futuro,
os gestores e colaboradores do GBS
não pertencerão às Divisões do Grupo;
trabalharão para todas elas, e muitas
vezes até mesmo atravessando fronteiras. Essa mudança de identidade,
no sentido de termos prestadores de
serviços com diferentes perfis de qualificação e de responsabilidades, precisará ser acompanhada. Entretanto,
a padronização de processos não implica – como muitos temem – numa
trivialização das tarefas. Como nós
eliminaremos algumas tarefas estruturadas e simples, os colaboradores
precisarão ter um maior conhecimento do processo como um todo para
poderem classificar as exceções e casos especiais. Com isso, o perfil de
responsabilidades se tornará mais rico.
Além disso, será necessário solidificar
a orientação a serviços na cabeça de
todos. Assim, a filosofia do GBS será
a de fornecer a qualidade satisfatória
ao menor custo possível.
e r­ealizar mudanças organizacionais.
Isso só ocorrerá quando houver confiança na capacidade funcional do GBS
e os serviços forem prestados de forma adequada.
Que marcos estão previstos para o
futuro?
O dia 30 de setembro de 2016 foi estabelecido como a data limite para o
GBS. Até essa data, os Service Level
Agreeements precisarão estar em funcionamento e as organizações regionais já deverão ter assumido o seu
trabalho. Dois ou três anos depois,
planejamos realizar uma análise de satisfação de clientes, bem como uma
comparação com referências externas.
Com isso, queremos identificar os nossos potenciais de melhorias com o objetivo de otimizar ainda mais a nossa
eficiência em custos e a nossa orientação ao mercado. No geral, posso
afirmar: para que consigamos tornar
a Voith uma empresa mais enxuta e
eficiente, escolhemos o caminho certo com o GBS. Graças à colaboração
positiva e construtiva com as regiões,
já pudemos realizar importantes avanços na implementação desta iniciativa.
Afinal, é só com a cooperação de todos os envolvidos que conseguiremos
implementar novas estruturas. //
report 2/2015 | 27
INSIGHT
Voith 150+
DESENVOLVENDO NOVOS
MODELOS DE NEGÓCIOS
Para a Voith, a interligação de máquinas e sistemas traz enormes oportunidades: além
de oferecermos novos modelos de negócios, também poderemos aumentar significativamente a produtividade de nossas próprias instalações. Nesta entrevista, Ulrich
­Begemann, gerente de Novas Tecnologias na Voith, esclarece o significado do termo
­Indústria 4.0 para nós, bem como os próximos passos a serem seguidos.
Sr. Begemann, estamos vendo o termo Indústria 4.0 em
todos os lugares, mas o que isso realmente significa?
O termo Indústria 4.0 refere-se à quarta Revolução Industrial
e representa a transformação mundial de processos produtivos, bem como de produtos e serviços, rumo a unidades
inteligentes, parcialmente autônomas, e comunicando-se em
tempo real umas com as outras. Essas unidades são interligadas em sistemas.
Em termos concretos, como será isso, e qual a diferença
dessa para a terceira Revolução Industrial?
Hoje em dia, é muito mais simples e acessível realizar a instalação de sensores e processadores de alto desempenho. Isso
permite a tomada de decisões significativamente mais complexas e inteligentes diretamente no local em que os eventos ocorrem. A máquina ferramenta, por exemplo, solicita
um dispositivo para o próximo produto automaticamente, ou
então faz a requisição de uma ferramenta de corte especial
no almoxarifado. Ou então, uma transmissão ferroviária em
operação em um cliente reconhece a necessidade de se realizarem trabalhos de manutenção e informa a equipe de serviços automaticamente sobre os trabalhos a serem feitos e as
peças necessárias. Para a nossa produção, a Indústria 4.0
implica que poderemos fabricar lotes pequenos ou séries pequenas de forma mais eficiente e rápida.
Em uma etapa posterior, diversos sistemas poderão ser interligados entre si – o chamado sistema de sistemas – gerando outros potenciais. Um exemplo: hoje em dia, as pás
de um gerador eólico podem ser fabricadas de modo a gerar a máxima potência ou então apenas a potência requerida
com base em suas medições de vento. No futuro, turbinas
eólicas dispostas em fileiras também poderão se comunicar
Os cinco passos para a Indústria 4.0 usando o exemplo de uma transmissão automática DIWA com SmartNet: A interligação
com outros sistemas (passos 4 e 5) abre novos campos de aplicação e novos modelos de agregação de valor.
1. Transmissão
2. Transmissão inteligente
Monitoramento
28 | report 2/2015
3. Transmissão inteligente e interligada
Controle
INSIGHT
Voith 150+
entre si para otimizarem os ângulos de suas pás e assim
conseguirem ultrapassar a potência máxima de geração de
um parque eólico.
A Indústria 4.0 também modificará
muito a nossa forma de trabalhar?
É claro que, no futuro, continuaremos a
desenvolver e fabricar máquinas e equipamentos sofisticados. Esses equipamentos serão equipados com inúmeros sensores, tornando-os inteligentes
e interligando-os com outros sistemas,
como acontece com o DIWA SmartNet
da Voith Turbo. Entretanto, a integração das tecnologias necessárias exige
competências novas e muito versáteis. Isso requer uma coordenação entre os ciclos de desenvolvimento de software e de
máquinas, além da realização de trabalhos em rede com parceiros externos. A boa notícia é que, por meio da interligação
dos novos sistemas com os nossos produtos, poderemos
aumentar significativamente o valor que agregamos. As oportunidades para fazer isso são excelentes, já que Voith dispõe
de abrangente know-how em diversos setores e tecnologias.
Como está a implementação da Indústria 4.0 na Voith?
A estratégia do Grupo está sendo desenvolvida. Em primeiro lugar, precisamos nos concentrar no aprendizado e
4. Sistema de produto
na definição das oportunidades existentes para a Voith na
I­ndústria 4.0 – nem tudo é relevante para nós. Em segundo
lugar, precisamos definir as diretrizes estratégicas do que a
Indústria 4.0 é – ou não é – para a Voith; onde vamos investir e onde não. Em terceiro lugar, precisamos desenvolver novos modelos
Ulrich Begemann
de negócios, bem como seguir avané gerente do departaçando e dar início a novos projetos.
mento de Novas Tecnologias da área de
Desenvolvimento Corporativo, e coordena
o trabalho de implementação da estratégia do Grupo em relação à Indústria 4.0.
Pode-se ter a impressão de que
outras empresas já estão mais
avançadas, e que elas já vêm seguindo uma estratégia que foi estabelecida. Comparativamente, onde
a Voith se encontra?
Com certeza, existem algumas empresas que já estão comercializando as primeiras aplicações 4.0 de forma agressiva.
Também já podemos ver alguns primeiros projetos 4.0 muito
interessantes, assim como alguns produtos em utilização. A
grande quantidade de dados registrados por esses produtos está sendo analisada, os trabalhos de manutenção estão
sendo realizados conforme necessário e, juntamente com o
inestimável feedback que recebemos, estamos apresentando estes produtos aos nossos clientes em plataformas desenvolvidas pela Voith. Esse será o caminho que continuaremos a trilhar com determinação e agilidade ao longo dos
próximos anos. //
5. Sistema de sistemas
Preços de
combustíveis
Componentes
de ônibus
Componentes
de ônibus
Sistema de gestão
inteligente da frota
Planejamento
de manutenção
Informações
de rota
Otimização
Colaboração
Autonomia
report 2/2015 | 29
NO LOCAL
Cartão, papel embalagem ou papel corrugado? A
VariFlex da Voith pode trabalhar com praticamente
todos os tipos de papel.
30 | report 2/2015
NO LOCAL
MÚLTIPLOS
TALENTOS
PRA VALER
A VariFlex da Voith oferece o melhor desempenho para os mais
diferentes tipos de papel – e os benefícios de equipar uma
máquina com esta tecnologia foram recentemente demonstrados
em duas fábricas, na França e na Turquia.
Seja cartão grosso, papel jornal ou corrugado: a Variflex, a
rebobinadeira totalmente automatizada da Voith, opera com
praticamente qualquer tipo de papel. O sistema se baseia
na tecnologia de duplo rolo-suporte, e os revestimentos de
seus rolos podem ser adequados para operar com diferentes tipos de papel. Isso lhe garante enorme flexibilidade em
sua aplicação.
E agora a Variflex mais uma vez confirma os seus múltiplos talentos: duas fábricas de papel com equipamentos
muito diferentes foram equipadas com essa rebobinadeira
por ocasião de reformas realizadas recentemente.
Uma aliada de cortes precisos: a rebobinadeira
Variflex em ação.
O primeiro destaque fica em Izmit, às margens do mar de
Marmara. Ali, a fabricante de papel turca Kartonsan produz
papel cartão com múltiplas camadas e gramaturas entre
200 e 450 g/m2. Em 2014, foi instalada uma Voith VariFlex
com largura de 3,7 metros na máquina de papel cartão BM2.
Como a Voith também ficou responsável pelas unidades de
acionamento da rebobinadeira e seus componentes estão
funcionando em perfeita harmonia, o tempo total entre o start
-up e sua aceitação pelo cliente levou apenas três semanas.
Um papeleiro francês também optou por uma rebobinadeira VariFlex. A empresa produz papel corrugado com
gramaturas entre 70 g/m 2 e 150 g/m2. A fábrica tem uma
capacidade anual de produção de 330.000 toneladas de
papel. A VariFlex da Voith tem uma largura de sete metros
e foi fornecida e montada juntamente com um alimentador
com rolos suporte, um desagregador, um sistema de transporte de rolos e suas respectivas unidades de acionamento.
Antes da reforma, a fábrica de papel vinha operando
com duas rebobinadeiras antigas, e isso prejudicava a competitividade da empresa. Assim, a máquina precisava ser
equipada com tecnologia de ponta que lhe permitisse reduzir custos operacionais, além de aumentar a produtividade da fábrica. Ambos os objetivos foram atendidos pela
nova rebobinadeira. Graças à solução da Voith, também foi
possível aumentar a segurança do trabalho, atualizando o
equipamento com o que há de mais moderno no setor. //
report 2/2015 | 31
NO LOCAL
Um novo cliente para a Voith Industrial Services do Brasil: em sua fábrica de Betim, a montadora de automóveis Fiat contará com a
assistência de cerca de 400 colaboradores da Voith para a limpeza técnica de suas linhas de pintura.
Competência automotiva convincente
Pela primeira vez, a Voith Industrial Services fecha um contrato com
a Fiat do Brasil: cerca de 400 colaboradores cuidarão da limpeza
técnica de duas linhas de pintura na fábrica da montadora em Betim.
A montadora de automóveis Fiat é a maior vendedora de
automóveis no Brasil há 12 anos consecutivos. Grande parte desses automóveis da Fiat é montada em sua fábrica de
Betim, instalada em 1976 no estado de Minas Gerais, no sudeste do país. Com uma área de mais de 700.000 metros2,
a fábrica emprega cerca de 30.000 pessoas dedicadas à
produção de cerca de 70 modelos diferentes, e produz uma
média de 800.000 veículos por ano.
A Voith Industrial Services é agora responsável por ambas as suas linhas de pintura na fábrica de Betim – que devido às suas enormes dimensões, requer uma equipe de
cerca de 400 colaboradores, incluindo especialistas e gestores. Desde maio deste ano, cerca de 380 deles vêm se
dedicando à linha de pintura existente, em um contrato de
limpeza técnica com duração de quatro anos. E desde o início de março, outros 20 colaboradores estão alocados na
limpeza geral das novas linhas de pintura, que deverão ser
concluídas nos próximos dez meses.
No final de 2014, a Fiat fez questão que a Voith Industrial
Services participasse das duas licitações para a limpeza das
32 | report 2/2015
linhas de pintura existentes, bem como para a limpeza básica da nova linha de pintura que está sendo construída atualmente. A montadora estava à procura de uma prestadora
de serviços de renome que fosse especializada nesse tipo
de serviços. Ao assinar os contratos com a Voith Industrial
Services, a Fiat optou por uma empresa com liderança mundial nessa área. Apenas no Brasil, cerca de 2.400 colaboradores da Voith estão alocados na Volvo, BMW, Honda,
Hyundai, Ford e Mercedes-Benz. Dentre as suas responsabilidades estão a manutenção da produção, limpeza técnica, serviços em instalações, logística interna, automação,
gestão energética e fabricação de ferramentas. De fato, são
poucos os trabalhos que os especialistas da Voith não dominam com grande competência.
E na esteira deste contrato, a equipe ainda poderá assinar outros dois: a Voith está participando da concorrência
para a manutenção dos robôs de pintura da fábrica de Betim,
assim como pela gestão de resíduos da nova fábrica que a
Fiat abriu em 2014, em Goiânia. //
NO LOCAL
Relações familiares
Eric Junior foi coordenador de Field Services na usina hidrelétrica brasileira de
Água Vermelha – e o trabalho deste engenheiro da Voith Hydro demonstra a
importância do comprometimento pessoal e do know-how técnico para
garantir o sucesso de projetos.
Às 6h da manhã, como faz todos os
dias, Eric Junior senta-se à mesa para
tomar café com sua esposa Andreia,
e seu filho, Gabriel. É uma rotina muito agradável para a família desse brasileiro. Mais precisamente, para a sua
família número um, porque depois do
café da manhã, Junior vai ao encontro
da sua segunda família. Ele nem mesmo tem parentes ali, mas ainda assim
se sente muito responsável por eles: a
sua equipe da Voith Hydro.
Eric trabalhou como coordenador
de Field Services na usina de Água
Vermelha, localizada nas proximidades
da cidade brasileira de Fernandópolis.
Eric Junior (à direita), coordenador de Field Services da Voith Hydro no Brasil, está
Esse colaborador, com muitos anos de
sempre à disposição da sua equipe.
casa, coordena equipes de engenheiros que trabalham em projetos hidrelétricos no campo. Em
“A equipe de campo precisa saber que é ouvida e que tem
Água Vermelha, foram 170 colaboradores e fornecedores
liberdade para dar feedback. Há sempre pessoas querendo
que atuavam nas áreas de planejamento, qualidade, segudiscutir algum assunto ou tirar dúvidas, e eu estou aqui para
rança do trabalho, site management e serviços técnicos. Eles
ouvi-las.” – ressalta Junior.
Mas os seus colegas de Fernandópolis nem sempre
cuidaram da modernização de geradores e turbinas, bem
conversavam tão abertamente com ele. “No início, percebi
como dos sistemas auxiliares elétricos e mecânicos. A usina Água Vermelha, localizada no rio Grande, na divisa entre
que algumas pessoas ficavam desconfiadas, elas pensavam:
os estados de São Paulo e Minas Gerais,está em operação
‘Como alguém tão novo, com poucos cabelos brancos, pode
desde 1978 e suas seis unidades geradoras têm uma poassumir o papel de coordenação?”, ele lembra. Agora, Eric
tência total de 1.396 MW.
ganhou mais alguns fios de cabelo branco, além da conA família número um de Eric gostava desse trabalho:
fiança e admiração de sua equipe. “Essa é a base das rela“Morar em Fernandópolis foi muito bom. As pessoas eram
ções com os colegas – e com os clientes. Nas atividades de
muito solícitas e educadas”, comenta Andreia. Junto com o
campo, estamos focados nos objetivos do projeto e no comfilho Gabriel e o cachorro Max, ela acompanha o seu marido
promisso de entregar um produto final com a confiabilidade
em todos os projetos em que ele trabalha pela Voith.
que o nome Voith representa. Estamos sempre atentos para
Mas as coisas nem sempre foram fáceis. Em um país
identificar corretamente as necessidades de nossos clientes
tão grande e multicultural como o Brasil, com seus mais de
e oportunidades de desenvolvimento dos nossos produtos,
200 milhões de habitantes e uma área de mais de 8,5 miseja em processos de montagem mais rápidos ou em solulhões de quilômetros quadrados, a família de Eric sempre
ções que facilitem a operação e manutenção”.
precisa se reajustar às diferentes pessoas e climas do País.
Desde 2014, Eric atua como coordenador de Field
Como coordenador da Voith na obra, o engenheiro é tanto
Services no projeto de Teles Pires. //
referência como figura de confiança para seus colaboradores.
report 2/2015 | 33
NO LOCAL
Os colaboradores da Divisão recentemente fundada Voith
África Power, Óleo & Gás (1) estão muito familiarizados com
as necessidades especiais do mercado africano. Uma prova
disso são os contratos para o fornecimento de componentes
para usinas a carvão na África do Sul e para plataformas de
petróleo no Atlântico, na costa de Angola (2). Centro de
controle da Divisão: a sede da Voith África Power, Óleo & Gás,
em Joanesburgo (3).
1
3
2
34 | report 2/2015
NO LOCAL
DESDE O MEDITERRÂNEO
ATÉ O CABO
Perto do cliente: com sua nova divisão de Óleo & Gás, Voith
Africa Power, a Voith Turbo atenderá os seus clientes no mercado
em crescimento da África.
U
m elemento central na estratégia de negócios da Voith
é a regionalização: é por isso que a empresa continua a
fincar raízes em todos os mercados das diferentes regiões e países do mundo. E o objetivo disso é a proximidade
do cliente, além da criação de valor local. Assim, a Voith estará em condições de atender aos seus clientes com serviços
rápidos e criados sob medida e, consequentemente, às necessidades e demandas dos seus respectivos mercados.
A África é um dos mercados mundiais mais promissores da atualidade. Com a sua enorme abundância de recursos
naturais em suas costas e em seu subsolo, o continente oferece um enorme potencial de crescimento no longo prazo
para as diferentes divisões da Voith. De olho nesse mercado,
a Divisão Energia, Óleo & Gás (sigla POG) da Voith Turbo
acaba de fundar a Voith Africa Power, integrante da região
EMEA. Com a nova unidade, a empresa oferecerá um amplo portfólio de serviços de pós-vendas aos seus clientes dos
setores de energia, óleo e gás em toda a região, indo desde a
manutenção, passando por reparos e modernizações, até serviços de consultoria para novos projetos.
A base do sucesso regional da Voith é a sua excelente reputação, já que a empresa também se estabeleceu na África
como líder mundial na fabricação de componentes. Derain
Pillay, vice-presidente da Voith África POG, explica a estratégia por trás disso: “A tecnologia e know-how comprovados
da Voith constituem a base. Em cima disso, nossos especialistas prestam assistência local aos nossos clientes para a seleção e o comissionamento de componentes de aplicações específicas”, esclarece. “Além disso, eles também podem contar
com a nossa parceria para a realização de manutenções preventivas e corretivas em suas instalações. Uma gama de serviços tão abrangente e que agrega tanto valor é algo inédito
no mercado africano.”
Assim, a intimidade dos colaboradores da Voith com as
condições locais é um fator crucial. Isso porque as particularidades físicas e climáticas da África sempre apresentam
desafios para pessoas e máquinas, mas a Voith África POG
está preparada para isso. A empresa oferece aos seus clientes
não apenas as peças de reposição necessárias, mas também
engenheiros de serviços treinados, capazes de assisti-los diretamente no reparo ou no recondicionamento de componentes e máquinas.
O conceito parece estar funcionando. Derain Pillay afirma que, desde a fundação da Voith África POG, sediada em
Witfiet, nas proximidades de Joanesburgo, a unidade vem
crescendo significativamente. Entre outros motivos, esse sucesso se deve aos significativos investimentos em pessoal e
treinamento.
E acrescenta: “A Voith tem orgulho da engenharia avançada, da confiabilidade e da longevidade de seus produtos –
características que também convencem outras pessoas de sua
qualidade. Com isso, hoje estamos fechando contratos com
consultores e empresas distribuidoras de renome para podermos abranger toda a região”.
Ele também destaca o fato de a Divisão África POG ter
acesso às redes de recursos e know-how espalhadas pelo mundo inteiro da Voith. “Nossa equipe local é um ponto de contato direto e rápido. Para desafios mais complexos, trazemos
especialistas internacionais para juntos encontrarmos uma
solução”.
Segundo Pillay, os principais mercados para o futuro
crescimento da Voith no continente são a Argélia, Nigéria,
Quênia e Angola. Atualmente, a empresa está fornecendo diversos equipamentos para um navio especial responsável pela
extração e armazenamento de petróleo em Angola, além de
usinas elétricas e plataformas de petróleo no Quênia. E esta
é outra forma de retratar o balanço de contratos assinados
até o momento: todas as usinas elétricas mais modernas da
África do Sul foram equipadas com componentes da Voith,
e há pouco tempo a Divisão África POG assinou um pedido
para o projeto de 36 variadores de velocidade do tipo Vorecon,
que serão instalados em usinas elétricas movidas a carvão. //
report 2/2015 | 35
DESTAQUES
DESAGUANDO
SEM VAZAMENTO
Desta vez, a série sobre tecnologias de base da Voith apresentará a
manta de prensa QualiFlex, que contribui significativamente para
o desaguamento no processo de fabricação do papel.
As ranhuras melhoram a capacidade de desaguamento da manta de prensa Qualiflex.
Em geral, uma boa ideia puxa outra:
em 1984, a Voith lançou no mercado
a primeira prensa de sapata fechada
para máquinas de papel, estabelecendo um novo patamar para o desaguamento na fabricação de papel. Essa
invenção trouxe consigo o desenvolvimento de outra tecnologia que foi vital
para o sucesso das prensas de sapata:
a manta de prensa. Em três décadas, a
Voith continuou a otimizar a manta de
prensa, que há muito tempo é comercializada pelo nome “QualiFlex”.
Christoph Kögel, gerente de produto da QualiFlex da Voith Paper, explica o seu funcionamento: “Em primeiro
lugar, a manta de prensa faz com que
a prensa de sapata se torne um sistema fechado. Ela fica esticada no rolo
da prensa de sapata, sendo vedada
de dentro para fora para impedir o vazamento de óleo hidráulico, por exemplo, e no entanto é flexível o suficiente
para acompanhar a deformação côncavo-convexa ao longo do Nip. Mas
mais importante é a contribuição da
36 | report 2/2015
manta de prensa à sua capacidade de
desaguamento. Diversas estruturas superficiais ajudam a realizar isso, incluindo ranhuras, ranhuras descontínuas ou
padrões de furos cegos, conforme o
tipo de papel e de máquina.” Fatores
importantes para o desempenho do
processo incluem a escolha adequada
da estrutura superficial, a sua estabilidade – inclusive sob altas pressões –,
a resistência à abrasão do seu material,
bem como sua confiabilidade. Apenas
quando todos esses critérios são satisfeitos é que a manta contribui para garantir desempenho otimizado ao longo
de toda a sua vida útil.
Nas primeiras mantas de prensa, a
Voith ainda utilizava uma estrutura de tecido recoberta com uma camada de poliuretano (abreviado como PU) em ambos os lados. Mas esse processo tem
uma desvantagem: sob as elevadas
cargas típicas em uma máquina de papel, as camadas podem se soltar umas
das outras, o que pode, no pior cenário, danificar toda a seção de prensas.
É por isso que a Voith modificou significativamente a fabricação desse sistema em 1989: um cilindro metálico
é revestido com PU líquido, e após
o seu endurecimento, a superfície retém uma determinada estrutura, qualquer que seja a sua área de aplicação.
Esse novo processo permitiu alcançar
a mais alta precisão em sua fabricação, além de segurança operacional.
Em 2001, a empresa lançou uma nova
geração de PUs com propriedades significativamente melhores, o que não
apenas aumentou a confiabilidade da
manta de prensa, mas também contribuiu para a redução de seus custos
operacionais. Atualmente, o portfólio
de produtos Qualiflex inclui mantas de
prensa para celulose, tissue, papel cartão, papel embalagem e diversos tipos
de papéis gráficos. Desde o início deste ano, os fabricantes de papel agora
também podem escolher entre duas linhas de produto: Crest e Crown, o que
basicamente se traduz em uma escolha entre o multitalento confiável e sua
variante premium de alto desempenho.
Christoph Kögel explica o conceito por
trás dessa abordagem: “Para alcançar
o melhor desempenho, é necessário
ter um produto criado sob medida para
os desafios específicos de cada aplicação. É como com pneus de automóveis: com um pneu convencional, não
dá nem para começar a correr numa
pista de corrida, ali é preciso ter pneus
lisos; já quando chove, é preciso trocar
para pneus de chuva. //
DESTAQUES
VOITH DEFINE
padrões
Na Feira de Hannover de 2015, a Voith Turbo apresentou
tecnologias de sucesso para diferentes setores e aplicações.
E o cerne de todas elas foi a servobomba.
Feira de Hannover, a feira industrial
mais importante do mundo: no segundo trimestre de cada ano, empresas
do mundo inteiro se reúnem para apresentar os destaques do seu portfólio
de produtos.
Na área de tecnologias hidráulicas e de transmissão, a servobomba
de rotação variável dos especialistas
da Voith Turbo H + L, de Rutesheim,
parou o trânsito. As servobombas são
responsáveis pela regulagem de pressão ou vazão em aplicações hidráulicas. Elas convertem a quantidade
exata de energia elétrica em hidráulica efetivamente demandada por um
sistema. Isso permite substituir, inteira
ou parcialmente, a tecnologia clássica, que utiliza válvulas de regulação. A
Voith facilita a utilização de sistemas de
bombas de rotação variável: o cliente
só precisa fornecer os dados dos ciclos da máquina ou do sistema para
receber um sistema de bomba pronto
para a operação, com todas as pressões necessárias e vazões individuais
já pré-definidas.
A tecnologia foi criada para a sua
aplicação em máquinas-ferramenta,
máquinas de plástico, de fundição injetada e prensas que são sujeitas a grandes variações de ciclos de carga durante a sua operação. É exatamente aí
que as servobombas mostram ao que
vieram: “A servobomba da Voith adequa as vazões e a rotação do motor à
demanda efetiva de carga. Isso permite economizar até 70% de energia em
comparação com sistemas convencionais, que fornecem uma potência
A bomba de engrenagem interna converte energia elétrica em hidráulica.
continuamente elevada, até mesmo
quando apenas uma fração dessa
energia será efetivamente consumida”, afirma Harald Branz, gerente de
vendas da Voith Turbo H + L Hydraulic.
O sucesso é grande: “Em máquinas
injetoras de plástico, por exemplo, a
servobomba já se estabeleceu. Nessa
área, oferecemos a tecnologia líder de
mercado, e temos uma participação de
mercado significativa”, afirma Branz. A
servobomba permite reduzir os custos totais de operação de um sistema hidráulico em até 35%. E devido à
sua operação flexível, o equipamento
permite aumentar a produtividade em
até 50%.
Outros produtos que se beneficiam
do servomotor incluem, por exemplo, a
servotransmissão CLDP (Closed Loop
Differential Pump, ou bomba diferencial
de circuito fechado) em aplicações mecânicas e o atuador SelCon, utilizado
para a regulação precisa de turbinas, já
que os produtos da Voith são acionados por servobombas. Além da economia de energia, a servobomba também
permite realizar a aquisição, regulagem
e transmissão dos mais variados parâmetros operacionais, como a pressão,
aceleração ou temperatura, por exemplo. Para fins de monitoramento de
condição, o sistema hidráulico também
analisa a eficiência do sistema. Assim,
a servobomba apresenta as condições
perfeitas para a sua integração a todos
os equipamentos e máquinas utilizados na Indústria 4.0. //
report 2/2015 | 37
Panorama
A metrópole
relaxada
M
,
o de Ancara
da Voith Turb
a
su
Mert Özenç,
em
l
ve
to confortá
sente-se mui
l.
ta
na
de
cida
Em seu tempo livre,
Mert Özenç, gerente
da divisão ferroviária
da Voith Turbo Turquia,
corre meias maratonas
por caridade – mas
dedica seu tempo
aqui para nos
apresentar a sua
cidade natal: Ancara.
38 | report 2/2015
erhaba!” dizemos na Turquia –
sejam bem-vindos a Ancara,
a capital do nosso país e da
minha pátria, que eu gostaria de lhes
apresentar em mais detalhes. Vale a
pena, porque embora Ancara sempre
fique um pouco ofuscada por Istambul,
esta cidade é um local maravilhoso
para se visitar. E, na verdade, não apenas hoje: o primeiro assentamento remonta à Idade do Bronze, os antigos
romanos viam a antiga Ancyra como
um centro de negócios, da cultura e da
arte, e no tempo do Império Otomano,
a cidade se encontrava na rota das caravanas destinadas ao oriente.
No século XIX, Ancara perdeu
parte de sua importância, mas isso
mudou depois que Mustafa Kemal
Atatürk, o fundador da república turca,
escolheu esta cidade como a capital do
país. Nas últimas décadas, Ancara se
transformou em uma metrópole moderna, com cerca de cinco milhões de
habitantes, e que oferece tanto uma
vida noturna agitada como lugares
históricos e modernos incríveis de se
visitar.
Como, por exemplo, Anıtkabir, o
mausoléu de Atatürk, onde estão expostos os pertences pessoais do chefe
de estado, e que oferece ainda um museu sobre a guerra de independência do país. Ou mesmo a fortaleza de
Ancara, com seus 978 metros de altura, que foi erigida pelos hititas e
foi utilizada até os tempos otomanos.
De construção mais recente é a mesquita de Kocatepe, que foi concluída
em 1987 e pode ser avistada de praticamente qualquer ponto da cidade. Quando quiser se enturmar com
o povo local, visite o Tunalı Hilmi
Caddesi, o bulevar de compras localizado no centro de Kavaklıdere, onde
os camelôs vendem roscas de gergelim
e onde os Çaycı levam chá turco pelas
ruas até as lojas.
Se quiser, você também poderá usar seu tempo para fazer compras pelos grandes shopping centers.
Pessoalmente, contudo, eu prefiro
usar o meu tempo livre para encontrar
amigos em um bar, ler, passar tempo
com a minha família ou praticar esportes. Eu adoro correr meias maratonas.
Eu procuro participar do máximo de
corridas possíveis para projetos beneficentes, levantando doações. É claro
que eu sempre tento melhorar os meus
tempos, e para isso treino bastante. Eu
costumo treinar corrida em volta do
Panorama
A mes
qu
templo ita de Koca
tepe é
de An
c
o maio
na pa
isagem ara, além d
r
e um
da cid
m a rc o
ade.
lago Eymir, que também é um ótimo
lugar para se fazer um passeio.
E quando tiver fome, posso lhe
recomendar um dos incontáveis restaurantes de Ancara. Ali você poderá
saborear a verdadeira culinária turca. Ela traz influências das tradições
do Império Otomano, dos Bálcãs, do
Oriente Médio e do Mediterrâneo, e
assim representa a tão conhecida diversidade deste país. Seja um prato
saudável com azeite de oliva proveniente do ocidente e do sul, deliciosos
Kebabs e Baklavas do oriente, peixe
fresco do mar, deliciosos Pides da costa ao norte – é impossível descrever a
mágica da cozinha em palavras; só provando pessoalmente.
E depois disso, quando você se
sentar em um terraço para tomar um
café Mokka e lembrar todas as maravilhas do seu dia, então você poderá dizer que chegou para valer em Ancara.
Mas tenha cuidado: aquele que um dia
se sentir em casa aqui, achará difícil ir
embora. //
Mert Özenç
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Nossa unidade
A unidade da Voith Turbo em Ancara é composta por 17 colaboradores e atende a todas as Divisões do Grupo. Nós fazemos
parte da região do Leste Europeu, e a nossa
participação de mercado vem melhorando
rapidamente a cada ano que passa. Eu trabalho na Voith desde 2009, e antes disso
trabalhava no setor aeronáutico. A mudança
foi um grande desafio para mim, mas foi
também uma das melhores decisões que eu
já tomei. Eu comecei na Voith como gerente
de Serviços, e depois assumi a área de
­Vendas. Hoje sou responsável pela Divisão
Ferroviária da Voith Turbo na Turquia.
Ancara
report 2/2015 | 39
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tecnologia para hidrelétricas
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