Dossier-Alemanha empresas (Janeiro2009)
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Dossier-Alemanha empresas (Janeiro2009)
Mercados informação global Alemanha Dossier de Mercado Janeiro 2009 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Índice 1. O País 4 1.1. A Alemanha em Ficha 5 1.2. Organização Política e Administrativa 6 1.3. Recursos e Estrutura Produtiva 7 1.3.1. Agricultura 8 1.3.2. Indústria extractiva 9 1.3.3. Indústria transformadora 10 1.3.4. Construção 11 1.3.5. Energia 11 1.3.6. Serviços 13 1.4. Situação económica 19 1.4.1. Política económica recente 19 1.4.2. Perspectivas 21 1.4.3. Enquadramento internacional 24 1.5. Comércio Internacional 24 1.5.1. Evolução da balança comercial 24 1.5.2. Principais clientes e fornecedores 25 1.5.3. Principais produtos transaccionados 27 1.6. Investimento estrangeiro 29 1.7. Turismo 30 1.8. Relações internacionais e regionais 30 1.9. Condições legais de acesso ao mercado 32 1.9.1. Regime geral de importação 32 1.9.2. Regime de investimento estrangeiro 33 1.9.3. Quadro legal 34 2. Relações económicas com Portugal 2.1 Comércio 34 34 2.1.1. Importância da Alemanha nos fluxos comerciais para Portugal 34 2.1.2. Evolução da balança comercial bilateral 35 2.1.3. Expedições por grupos de produtos 35 2.1.4. Chegadas por grupos de produtos 38 2.2. Investimento 40 2.2.1. Importância da Alemanha nos fluxos de investimento com Portugal 40 2.2.2. Investimento directo de Portugal na Alemanha 41 2.2.3. Investimento directo da Alemanha em Portugal 41 2.3. Turismo 42 2 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 3. Oportunidades e dificuldades do mercado 43 3.1. Comércio 43 3.2. Investimento 44 3.3. Turismo 46 3.4. “Cultura de negócios” 47 Anexos Anexo 1 – Principais produtos transaccionados entre Portugal e a Alemanha (2006-2007) 51 Anexo 2 – Informações úteis 58 Anexo 3 – Endereços diversos 60 Anexo 4 – Fontes de informação 63 3 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1. O País 4 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1.1. A Alemanha em Ficha Área: 356.970 km2 População: 82,6 milhões de habitantes (2007) Densidade populacional: 231,4 hab./km (2007) Designação oficial: República Federal da Alemanha Forma de Estado: República parlamentar com duas câmaras: Bundestag (Câmara Baixa) e 2 Bundesrat (Câmara Alta) Chefe do Estado: Horst Köhler Chanceler Federal: Ângela Merkel (CDU) Data da actual Constituição: 23 de Maio de 1949 Principais Partidos Políticos: No Governo - coligação de União Democrática Alemã (CDU), União Social Cristã (CSU) e Partido Social Democrata da Alemanha (SPD). Na Oposição - Partido Democrático Livre (FDP); Partido de Esquerda; Os Verdes Capital: Berlim - 3.389 mil habitantes (2003) Outras cidades importantes: Hamburgo; Munique; Colónia; Essen; Stuttgart; Duesseldorf, Bremen; Hannover; Duisburg; Leipzig; Dresden; Nuremberga Religião: Cerca de 33% da população é protestante; 33% é católica romana e 4% são muçulmanos (na maioria turcos) Língua: Alemão Unidade monetária: Euro (EUR); 1 EUR = 1,46 USD (média de 2008) “Ranking” em negócios: Risco político: AA (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco de estrutura económica: AA Risco país: A Índice 8,15 (10 = máximo) “Ranking” geral 12 (entre 82 países) (EIU – Janeiro de 2008) Risco de crédito: 1 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Outubro 2008 - http://cgf.cosec.pt) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2007): Exp.+ Imp. (bens e serviços) / PIB = 86,8% Imp. (bens e serviços) / PIB = 39,9% Imp. (bens) / Imp. Mundial (bens) = 7,43% Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) WTO – World Trade Organization COSEC 5 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1.2. Organização Política e Administrativa A Constituição da ex-Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) foi elaborada no final de 1948 e princípios de 1949. Estabeleceu um Estado Federal, democrático e social, com eleições regulares, sistema pluripartidário e separação de poderes. Algumas das suas disposições fundamentais, como o compromisso com os direitos humanos e a estrutura federal, não podem ser alteradas. A reunificação do país em 1990, com a adesão da ex-Alemanha de Leste, não alterou os fundamentos constitucionais. O sistema caracteriza-se por uma grande estabilidade, com governos contando habitualmente com maiorias sólidas, sendo muito rara a marcação de eleições parlamentares antecipadas. A Câmara Baixa (Bundestag), o principal órgão legislativo, é o único órgão eleito por sufrágio directo e universal a nível federal, por um período de quatro anos. Esta câmara tem três funções essenciais: actuar como órgão legislativo; eleger o Chanceler Federal; controlar a actividade do Governo. A Câmara Alta (Bundesrat) representa os governos dos dezasseis Estados da Federação e deve aprovar grande parte da legislação da Câmara Baixa, nomeadamente as leis que afectam os Estados. Cada Estado dispõe de três a seis votos na Câmara Alta, em função de sua dimensão populacional. Uma vez que as eleições estaduais se realizam durante a legislatura do Parlamento Federal, a composição política da Câmara Alta altera-se durante a vigência do Governo Federal, o que pode causar algumas complicações. O Governo Federal exerce o poder executivo. É composto pelo Chanceler Federal (Chefe do Governo) e Ministros Federais. O Chanceler é eleito pela Câmara Baixa, por maioria absoluta, sob proposta do Presidente Federal; os Ministros são nomeados pelo Presidente sob proposta do Chanceler. O Chanceler determina a política governamental e responde por ela perante o Parlamento Federal. O Presidente exerce as funções formais de um Chefe de Estado, incluindo a assinatura de tratados e a apresentação da proposta de eleição do Chanceler pelo Parlamento. No entanto, não dispõe de poderes políticos significativos, pois todas as directivas presidenciais, excepto a proposta de nomeação do Chanceler, necessitam da assinatura prévia do Chanceler ou do principal Ministro envolvido. O Presidente é eleito para um mandato de cinco anos pela Assembleia Federal. O Tribunal Federal Constitucional (Bundesverfassungsgericht) é a principal instituição de supervisão do sistema de Governo alemão. Nas últimas décadas, este tribunal evoluiu e tornou-se no tribunal constitucional mais activo e poderoso da Europa. O Banco Central (Bundesbank), com sede em Frankfurt, que já usufruiu de um enorme prestígio, mesmo muito para além do território alemão, graças ao sucesso alcançado na estabilização dos preços, tem vindo a perder influência desde a adesão do país à UEM em 1999. 6 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Em termos de organização política, a República Federal da Alemanha é composta por dezasseis Estados Federados. Cada Estado tem a sua própria Constituição, um parlamento eleito democraticamente, um governo, departamentos administrativos e tribunais independentes. Os Estados são antes de tudo responsáveis pelo policiamento e a educação, bem como pela implementação da maioria das políticas federais. A maioria das questões de política económica é da competência do Estado federal e instituições comunitárias. Quando houver incompatibilidades entre a Constituição Federal e as Constituições dos Estados, prevalece a legislação federal, mas o Governo Federal exerce uma supervisão no sentido de assegurar que os Estados executam aquela legislação de modo adequado. A fim de evitar qualquer perigo à existência da ordem democrática, cada Estado pode solicitar auxílio às forças de outro Estado. Se o Estado em que houver qualquer perigo eminente se revelar impossibilitado de lutar contra esse perigo, o Governo federal pode colocar as suas forças policiais nesse Estado, ou as forças policiais de outro Estado, sob as suas instruções. 1.3. Recursos e Estrutura Produtiva A Alemanha, estado da Europa Central, com uma população de 82,6 milhões de habitantes, em 2007, e uma superfície de 356.970 km2, é o país mais populoso da UE e o 4º maior em termos de superfície. De acordo com projecções oficiais, a população vai começar a diminuir a partir de 2013, devendo atingir os 72 milhões de habitantes em 2050, podendo esta tendência variar principalmente em função dos fluxos migratórios (no final de 2006 havia na Alemanha 6,8 milhões de estrangeiros – 8,2% da população). A confirmar-se aquela evolução demográfica, assistir-se-ia a um rápido envelhecimento populacional, a uma alteração profunda da estrutura etária, subindo o rácio entre as pessoas de mais de 65 anos e a população trabalhadora (de 20-64 anos) de 32% em 2005, para 62% em 2050, com enormes pressões sobre o sistema de segurança social. Com 84% da população com formação universitária ou profissional, bastante acima da média da OCDE (67%), e 2,3% do PIB alocado, em 2007, a I&D (previsão de 3% em 2010), a Alemanha ocupa o 2º lugar no mundo em número de patentes registadas, dedicando-se 35% da sua mão-de-obra a actividades científicas e técnicas, o que explica bem a força competitiva da economia alemã no mercado internacional. Com cerca de 55% de sua superfície constituída por terras agrícolas e 29% por florestas, a Alemanha dispõe de um solo fértil, embora não lhe assegurando a auto-suficiência alimentar. De um modo geral, o subsolo é, com excepção de um ou outro recurso mineral, pobre em quantidade e variedade de recursos naturais. A maior parte do terreno é acidentado, distinguindo-se do ponto de vista geomorfológico a região alpina, com o pico de Zugspitze, o ponto mais elevado do país, com 2.963 metros de altitude, que desce em direcção da meseta bávara, a região das montanhas centrais, constituída principalmente por um conjunto de maciços cobertos de bosques e separados por depressões, e a região das planícies do norte, sulcadas por rios e canais. 7 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) A modificação estrutural mais importante, registada na economia alemã, nas últimas décadas, prende-se com a alteração profunda do contributo sectorial para a formação do PIB: Sectores 1970 % do PIB 2007 a b % do PIB Primário - agrário, pecuário e pescas 4% 0,9% Secundário - indústria, minas, construção, água e energia 48% 30,1% Terciário – serviços 48% 69,0% Fontes: (a) ICEX, Guia Pais (b) EIU, Country Profile, 2008 A contribuição dos sectores primário e secundário para a formação do PIB sofreu, portanto, uma queda abrupta, em favor do sector terciário. Todavia, há que realçar que o salto substantivo do peso relativo do sector terciário se ficou a dever mais ao aumento do emprego e de recursos no sector do que ao aumento da produtividade, que sempre cresceu mais no sector secundário. A estrutura sectorial do emprego confirmava, embora de forma indirecta, a afirmação acima mencionada relativa ao contributo da produtividade do trabalho para a formação do PIB, em 2007: Sectores Primário - agrário, pecuário e pescas) % no emprego 2,1% Secundário - indústria, minas, construção, água e energia) 25,5% Terciário – serviços 72,4% Fonte: Statistisches Bundesamt Deutschland 1.3.1. Agricultura Com uma Superfície Agrícola Útil (SAU) de cerca de 17 milhões de hectares (ha), isto é, à volta de 48% da superfície do país, o sector da agricultura, florestas e pesca respondia, em 2007, por 0,9% do VAB e 2,1% do emprego. A dimensão e estrutura proprietária das explorações agrícolas diferem consideravelmente de região para região, mas principalmente entre o leste e oeste do país. Na parte ocidental predominam as unidades agrícolas de tipo unipessoal ou familiar, com cerca de 30% de trabalho assalariado, e um tamanho médio de cerca de 30 ha por exploração; na parte oriental predominam as grandes explorações agrícolas, com cerca de 75% de trabalho assalariado, e um tamanho médio de cerca de 184 ha por exploração. Registase, contudo, em todo o território uma tendência de concentração de explorações, tendo vindo a diminuir o número e a aumentar a dimensão média das explorações. 8 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Em termos de extensão, as culturas cerealíferas de trigo, centeio e cevada surgem à cabeça, ocupando cerca de 58% da SAU, vindo a seguir as forraginosas e as oleaginosas, em particular a colza de Inverno; a produção de batata assume um lugar destacado entre os tubérculos. Em termos de valor de produção surgiam à cabeça, em 2005, o leite (8,1 mil milhões de euros), a carne de porco (5,7 mil milhões de euros) e os cereais (4,2 mil milhões de euros), que, em conjunto, representavam aproximadamente 47% do valor global do “output” agrícola (38,4 mil milhões de euros). Ultimamente, a agricultura biologia tem vindo a ganhar importância, ocupando cerca de 4,6% da SAU em 2005 (3% em 1999), em consequência tanto dos subsídios públicos concedidos a este tipo de produção agrícola, como do aumento da procura de produtos biológicos. Em 2006, a produção agrícola nacional satisfazia à volta de 70% das necessidades do país, tendo o défice comercial agrícola montando a 10,2 mil milhões de euros. Há que realçar que a agricultura alemã recebeu, em 2007, ajudas da UE num montante de aproximadamente de 5,2 mil milhões de euros, tornando-a na 2ª maior receptora de fundos da PAC, a seguir à França, o que reflecte a importância daquele instrumento para a sustentabilidade do sector. Finalmente, em 2004/05, a frota de pesca alemã registou um volume de capturas de 303 mil toneladas, enquanto que o consumo total de peixe ascendeu a cerca de 1,2 milhões de toneladas, evidenciando também um grande défice comercial. Há que realçar que de 2.121 navios de pesca registados em 2005, apenas 10, com mais de 26 metros de comprimento, se destinavam à pesca em alto mar. 1.3.2. Indústria extractiva O recurso mineral mais importante da Alemanha é o carvão - hulha e lignite. Não existem outros recursos minerais significativos, com excepção do potássio, do qual a ex-RDA foi um grande produtor, e de pequenas quantidades de alguns minerais raros, como o urânio, cobalto e antimónio. Grosso modo, pode-se dizer que os recursos minerais metálicos são insignificantes. Em 1996, a extracção de hulha e lignite empregava um total de164.000 trabalhadores, 138.000 na parte oeste e 26.000 na parte leste; em 2005, o número de trabalhadores tinha descido para 57.000 em todo o país. A produção de hulha caiu drasticamente de 66 milhões de toneladas em 1991 para 20,9 milhões de toneladas em 2006, devido principalmente aos custos elevados de produção (em 2005, eram quatro vezes superiores aos da hulha importada), e ao corte nos subsídios públicos concedidos, em consequência da deterioração das finanças públicas e das pressões da Comissão Europeia. Até 2012, a produção deverá cair para 16 milhões de toneladas/ano, enquanto que o montante dos subsídios concedidos não deverá, então, ultrapassar os 1,86 mil milhões de euros (2,4 mil milhões de euros em 2008). Contudo, já existe um acordo político de prolongamento da concessão de subsídios até 2018, não se tendo ainda determinado os seus montantes. A produção de lignite caiu de 357 milhões de toneladas em 1990, para 176,5 milhões de toneladas em 2006. Contrariamente à hulha, a extracção de lignite é processada a céu aberto e não é subsidiada. Ao contrário dos países industrializados, a produção de electricidade na Alemanha baseia-se mais na lignite do que na hulha. 9 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Em 2006, a produção de petróleo ascendeu apenas a 3,5 milhões de toneladas, um montante marginal em comparação com o volume de petróleo importado de 112,2 milhões de toneladas; a produção de gás natural elevou-se a 180,2 mil milhões de kwh equivalentes de energia eléctrica, tendo, em 2003, as suas importações montado a 909 mil milhões de kwh equivalentes de energia eléctrica. 1.3.3. Indústria transformadora Em 2007, a indústria transformadora respondia por cerca de 19% do emprego e por 26,4% do VAB (incluindo a electricidade, gás e água). Uma enorme capacidade de aplicação das tecnologias mais modernas na produção dos produtos mais clássicos, uma elevada produtividade e uma forte orientação para os mercados externos são as características fundamentais da indústria transformadora. Embora o país conte com muitas empresas industriais mundialmente conhecidas, as médias empresas constituem a espinha dorsal do sector industrial e da economia como um todo; são geralmente do tipo familiar, encontrando-se principalmente nos estados ocidentais. Todavia, a concentração empresarial é patente na economia alemã, o que leva a que o tamanho médio das empresas alemãs seja o segundo maior da Europa, logo a seguir à dimensão média das empresas austríacas. São frequentes também as participações cruzadas entre empresas e bancos ou companhias de seguro, além de não ser raro as grandes empresas terem um grupo associado de empresas filiais. Embora sendo frequente este fenómeno no sector industrial, são os sectores de seguros e comércio os mais concentrados de toda a economia alemã. Como seria de esperar da terceira maior economia do mundo, praticamente toda a escala de produtos industriais é produzida na Alemanha, contudo, a força da sua indústria radica principalmente nos sectores automóvel, bens de capital, químico e equipamentos domésticos. Há que realçar que a maior parte dos recursos destinados à I&D são alocados aos sectores automóvel, químico e de máquinas, que as exportações destes três sectores respondem no mínimo por 2/3 da sua facturação global e que os maiores excedentes da balança comercial são obtidos precisamente no seio desses mesmos sectores. Não obstante muitas indústrias da ex-RDA terem, desde a reunificação do país, sido encerradas, os estados orientais contam hoje também com uma indústria transformadora relativamente forte, principalmente nos sectores de engenharia eléctrica e electrónica, produtos químicos, automóvel, vidro e cerâmica. Grandes investimentos de raiz levados a cabo pela Volkswagen, Opel e BMW (produção automóvel), Daimler-Benz (camiões), e Siemens e AMD (semicondutores) afiguram-se de importância estratégica; assistiu-se mesmo a uma profusão de novas empresas, particularmente em torno dos centros de alta tecnologia de Dresden e Jena. Contudo, sendo aquelas indústrias fundamentalmente de capital intensivo, os efeitos positivos na redução do desemprego foram mais limitados do que o desejado, o que ainda hoje se repercute negativamente no PIB per capita dos estados orientais. Com efeito, em 2007, o PIB per capita da parte leste do país, excluindo Berlim, representava apenas 67,2% do PIB per capita da parte ocidental, subindo, em termos de população trabalhadora, o rácio então para 76%, em consequência, antes de 10 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) tudo, de uma mais elevada taxa de desemprego; uma contribuição inferior da indústria transformadora para a formação do VAB nos estados orientais (23%) do que nos estados ocidentais (27%) é também responsável por aquela desigualdade. 1.3.4. Construção Em 2007, o sector da construção respondia apenas por 4% do VAB e 5,6% do emprego, sendo caracterizado por uma organização dual: de um lado, as grandes empresas dominando o mercado das grandes obras públicas, do outro, as médias e pequenas empresas sobretudo presentes no mercado da construção residencial, industrial e comercial. O sector da construção cresceu vigorosamente no período de 1989-1995. Por um lado, na parte ocidental do país, a procura de habitação foi muito forte devido ao grande número de migrantes vindos dos novos estados orientais e de outros países, por outro, na parte oriental, procedeu-se à realização de grandes obras públicas e outras de natureza privada, fomentadas pela concessão de incentivos especiais. No período de 1996-2005, com o fim dos incentivos e o agravar do estado das finanças públicas, o que se reflectiu numa queda de 24,7% do investimento no sector da construção, as actividades do sector acusaram uma forte diminuição. Como resultado da retoma económica, a construção recuperou um pouco, tendo o investimento no sector subido 5% em 2006 e 1,9% em 2007. Embora continue a existir uma oferta excedentária nos estados orientais, o investimento anual no segmento habitacional tem vindo a normalizar-se gradualmente no conjunto do país, mas ficando ainda aquém da média da OCDE, caracterizando-se a Alemanha por uma baixa taxa de casa própria dos agregados familiares. Em 2002, só 42,2% deles possuíam casa própria (38,8% em 1993). Há que realçar que, em 2002, aproximadamente 47% do parque habitacional existente tinha sido construído no período de 1949-1978, cerca de 28% antes de 1949 e à volta de 25% a partir de 1979. 1.3.5. Energia Em 2006, as necessidades energéticas primárias da Alemanha foram satisfeitas recorrendo às seguintes fontes energéticas: Tipo de fonte energética % do total Petróleo 35% Gás natural 23% Hulha 13% Lignite 11% Nuclear 12% Renováveis Fonte: 6% EIU 11 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) A Alemanha regista uma maior dependência energética do exterior do que a média da UE25. Com efeito, em 2005, as importações líquidas representavam aproximadamente 62% do seu consumo primário, enquanto que a média da UE25 ascendia a cerca de 53%. Todavia, enquanto que na indústria alemã, o rácio de intensidade energética (consumo final de energia por 1.000 euros de VAB) se elevava a 92,4 kg equivalentes de petróleo, na UE25 ele era de 142,5 kg (+54,2%); no sector de serviços, o rácio alemão montava a 19,7 kg equivalentes de petróleo, o da UE25 elevava-se a 25,3 kg (+28,4%). Sem dúvida que aqueles rácios explicam também muito da superioridade competitiva da economia alemã no mercado mundial. Fontes de produção de electricidade Origem 2000 (%) 2005 (%) Renováveis 7,9 16,0 --- Hidráulica 4,5 4,3 --- Eólica 1,6 4,4 --- Biomassa 1,1 2,7 --- Resíduos industriais 0,7 4,6 Não renováveis 92,1 84,0 --- Nuclear 29,7 26,3 --- Carvão 51,0 43,5 --- Petróleo 0,8 1,7 --- Gás natural 9,2 11,1 --- Gases derivados 1,3 1,4 Fonte: Eurostat – Energy Statistics A Alemanha tem vindo a reduzir gradualmente o peso da energia nuclear na produção de electricidade (de 29,7% em 2000 para 26,3% em 2005), estimando-se que actualmente o seu peso ronde os 22%. Segundo um programa aprovado em 2001, a última das actuais 17 centrais termonucleares deverá ser desligada da rede eléctrica nacional por volta de 2020. Há que realçar que, a nível da UE25, a energia nuclear era responsável por 30,4% da produção de electricidade em 2005 (31,4% em 2000), admitindose, com alguma ironia, que a redução da produção de energia nuclear na Alemanha possa levar ao aumento do seu afluxo do resto da UE, em especial de França. No mesmo período, a produção de electricidade com base no carvão registou uma diminuição ainda mais notável, de 51% para 43,5%, o que se deverá continuar a verificar no futuro tendo em vista a redução das emissões de gases com efeito de estufa. Com efeito, em 1998, a Alemanha comprometeuse a reduzir 21% as emissões de gases com efeito de estufa, até 2010, em relação ao nível de 1990. Em 2005, já tinha conseguido diminuir 19,5% as emissões, em relação a 1990, embora mais de metade da redução se tivesse ficado a dever ao encerramento dos sectores mais poluidores da indústria pesada da ex-RDA. 12 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) O gás e as energias renováveis afiguram-se como as alternativas mais viáveis para o futuro. Contudo, a busca de soluções compensatórias para a perda de electricidade de fonte nuclear tem-se deparado com muitas dificuldades, o que pode levar ao reequacionamento do prolongamento do tempo de vida das centrais nucleares. Por um lado, crescem as preocupações de que o seu desmantelamento possa tornar ainda mais oneroso o cumprimento das metas relativas à diminuição das emissões de gases com efeito de estufa, por outro, têm aumentado também as dúvidas acerca da fiabilidade da Rússia como fornecedor de gás natural a longo prazo. A produção de energias renováveis tem registado, sem dúvida, um crescimento notável nos últimos anos, ainda que estimulado em grande medida por uma política de subsídios generosa. A sua participação na produção de electricidade cresceu de 7,9% em 2000, para 16,0% em 2005, devendo até 2020 a sua participação aumentar para 25-30%. Contudo, em comparação com a regularidade do fornecimento de electricidade de origem nuclear e de carvão, são muitas as dúvidas ainda acerca da solidez e eficácia desta fonte energética, não obstante as normas ambientais serem cada vez mais rigorosas e se reflectirem numa tributação dada vez mais pesada dos combustíveis fósseis e numa limitação cada vez maior das emissões de gases com efeito de estufa. Enquanto que os governos estaduais e municipais têm um papel determinante ao nível da distribuição local, as grandes empresas do sector privado predominam ao nível da produção e distribuição interregional da electricidade. Apesar da Alemanha contar com cerca de 900 distribuidores locais, predominantemente de natureza municipal, uma densa rede de participações cruzadas sustenta uma estrutura eléctrica verticalmente integrada. Embora tenham caído significativamente, em seguimento da liberalização do mercado levada a cabo em Abril de 1998 (bastante antes dos restantes países comunitários), os preços da electricidade na Alemanha encontravam-se, contudo, em 2006, ainda entre os mais elevados da UE, devido principalmente a um nível concorrencial baixo no sector. A rápida reestruturação do sector de distribuição de energia eléctrica pelos grandes produtores regionais levou à criação de quatro gigantes industriais: RWE; E.on; EnBW, no qual a Electricité de France tem uma participação minoritária importante e Vattenfall, a subsidiária alemã da companhia energética sueca. Está em curso a reestruturação do sector do gás, tendo as companhias de electricidade comprado os distribuidores regionais de gás. A aquisição da Ruhrgas, o fornecedor de 75% das importações de gás natural de Alemanha, pela E.on, foi, até ao presente, o mais importante dos negócios levados a cabo no sector. 1.3.6. Serviços O sector de serviços respondia, em 2007, por cerca de 72,4% do emprego e 69% do PIB, sendo destacadamente o principal sector da economia alemã. O comércio, os transportes e comunicações, a construção e os serviços financeiros foram as actividades que mais se desenvolveram nos últimos anos. 13 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Comércio Em 2004, o comércio a retalho empregava 2,6 milhões de trabalhadores, dos quais 26,6% trabalhavam no segmento alimentar de retalho, e era constituído por 274.194 empresas, sendo a maioria delas de pequena dimensão. O comércio a retalho de produtos alimentares era dominado por grandes cadeias de distribuição, operando em condições de forte concorrência; a concentração é também cada vez maior no comércio a retalho não alimentar, devido a muitas lojas do pequeno comércio terem sido obrigadas a encerrar por não poderem concorrer com as grandes cadeias de distribuição. O comércio por correio e, em particular, o comércio electrónico, tem vindo a ganhar uma importância cada vez maior. Numa primeira abordagem aos canais de distribuição alemães apresentam-se diversas alternativas: • Importadores – especializados em produtos específicos ou grupos de produtos; são conhecedores do mercado e dos regulamentos que afectam os produtos; têm frequentemente um papel estratégico no êxito do produto; • Grossistas – não obstante a maioria dispor de centrais próprias de compras, os hipermercados, supermercados e o pequeno comércio adquirem alguns produtos através de grossistas; • Agentes e distribuidores – a maior parte dos produtos importados dependem de agentes de importação e distribuição para aceder ao mercado alemão; são eles que fazem as encomendas das mercadorias. Num segundo nível existe o comércio a retalho organizado, estruturado em centrais de compras. Muitas vezes, as centrais de compras são simples plataformas logísticas/armazéns de produtos, a partir dos quais se redistribuem as mercadorias. Por fim, surge o comércio a retalho mais tradicional, muito mais especializado e, por vezes, do tipo “gourmet”, com produtos de alta gama. Grosso modo, a distribuição alemã é dominada, como no resto da Europa, pelos grandes grupos de distribuição, com cadeias de distribuição próprias, formando uma estrutura piramidal, em que se encontram praticamente todos os tipos de canais - hipermercados, supermercados, “discounter”, etc., e de cadeias – “hard-discount” (Lidl, Aldi), “soft-discount” (Penny, Plus), de supermercados e hipermercados (Metro, Edekaq, Kaiser´s, Extra), etc. O volume de contratos negociados pelas cerca de 60.000 agências de representação comercial alemãs ascende a cerca de 178 mil milhões de euros/ano, o que corresponde a 30% do montante global dos contratos comerciais assinados entre parceiros alemãs. À volta de 42% das agências comerciais alemãs representam empresas estrangeiras. Cerca de 90% das empresas alemãs de representação comercial trabalham com vários fornecedores (cinco em média). 14 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Transportes e comunicações A Alemanha dispõe de infra-estruturas de transporte modernas e abrangentes; conta com uma das mais densas redes de auto-estradas e de caminhos-de-ferro da Europa. Dispõe também de uma rede de comunicações fiável, bem desenvolvida e de elevada qualidade tecnológica, com custos de comunicação relativamente baixos. A rede de transportes e comunicações nos estados orientais passou por uma enorme reconstrução e modernização a seguir à reunificação do país, em 1990. Em resumo, a rede de transportes e comunicações é, sem dúvida, altamente desenvolvida e capaz de fazer face aos grandes desafios colocados pelo mercado interno europeu (a Alemanha encontra-se no coração da Europa) e pelo alargamento do espaço comunitário aos países da Europa de Leste. Neste sentido, no seu plano de investimentos para o período de 2001-2015, o Ministério Federal dos Transportes previra aplicar 150 mil milhões de euros em infra-estruturas de transporte (65% para a antiga RFA e 35% para os novos estados da antiga RDA). Rede rodoviária Em 2007, o sistema rodoviário alemão era constituído por 231.400 km de estradas, excluindo as ruas das cidades e aldeias. Dos 231.400 km de estradas, 12.500 km eram constituídos por auto-estradas, o que colocava a Alemanha no grupo de países, a seguir aos EUA, China e Canadá, com a mais densa rede de auto-estradas do mundo. No início de 2006, a Alemanha contava com 54,9 milhões de veículos em circulação, dos quais 46,1 milhões eram automóveis. Após grandes atrasos, em Janeiro de 2005 começou a funcionar um sistema de portagens automáticas para camiões, que, em 2007, gerou mais de 3 mil milhões de euros de receitas (13,5 cêntimos/km, em média), destinando-se as receitas principalmente ao financiamento da reparação e manutenção da rede de auto-estradas. A partir de 2009, o preço das portagens aumentará em média para 16,3 cêntimos/km (+20,7% em relação a 2007), mantendo-se grátis para automóveis de turismo. Rede ferroviária Com uma extensão de 41.300 km de vias-férreas, o sistema ferroviário é muito abrangente e de alto padrão qualitativo, sendo, todavia, o transporte de passageiros bastante caro; à volta de 20.000 km de vias-férreas são electrificadas (aproximadamente 48% do total) e 1.274 km são de alta velocidade (cerca de 3,1% do total), atingindo os comboios uma velocidade máxima de 330 km/h. A Alemanha dispõe da 4ª maior densidade de vias-férreas por km2 da UE. Em 1993, as empresas ferroviárias “Deutsche Bundesbahn” e a do leste “Deutsche Reichsbahn” foram reunidas na “Deutsche Bahn-Aktiengesellschaft” (DB), que tem três subsidiárias para passageiros de longa distância, passageiros a nível regional e carga. Em 2007, o número de viagens realizadas pelos passageiros atingiu 2,2 mil milhões, e o volume de mercadorias transportadas ascendeu a 361 milhões de toneladas. 15 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Tráfego aéreo Em 2007, o transporte aéreo foi responsável por um movimento de 164 milhões de passageiros. Em termos de movimentação de aeronaves, tráfego de passageiros e mercadorias, o aeroporto Rhein-Main, (Frankfurt), é o mais ocupado, tendo respondido por 29,7% de todo o tráfego de passageiros em 2006. Munique é o segundo aeroporto mais movimentado em termos de tráfego de passageiros, enquanto que Colónia-Bona é o segundo em termos de tráfego de mercadorias. A Lufthansa é a mais importante companhia aérea alemã, e uma das mais importantes a nível mundial, tendo, contudo, a sua quota de mercado caído para cerca de 1/3, em 2004; tem como principais concorrentes nacionais a Air Berlin e as Deutsche BA e LTU, que funcionam com base num acordo de colaboração desde Março de 2006. As companhias de baixo custo estrangeiras desempenham também um papel importante no mercado, tendo, em 2007, uma quota de mercado de 26% em número de passageiros (quatro vezes superior a 2001). Transporte marítimo e fluvial A Alemanha dispõe de duas grandes vias fluviais - Reno e Elba, contando também com um importante canal que liga o Reno ao Danúbio, através do Main, um dos afluentes do Reno, usufruindo assim de uma ligação transversal de, por assim dizer, todo o seu território ao Mar Negro, além das ligações ao Mar do Norte e Báltico. Em 2005, a Alemanha contava com 7.500 km de hidrovias domésticas, através das quais foram transportadas 243 milhões de toneladas de mercadorias, 60% das quais relacionadas com o comércio externo. O tráfego de mercadorias através de portos marítimos elevou-se, em 2007, a 311 milhões de toneladas. Em finais de 2006, a frota mercante de alto mar contava com 11,6 milhões de toneladas brutas registadas (6,1 milhões de toneladas em 2003). Roterdão, na Holanda, é o porto marítimo mais importante para a Alemanha. Hamburgo é de longe o maior porto doméstico, respondendo por cerca de 38% de todas as mercadorias expedidas dos portos alemães. O transporte de petróleo por oleoduto aumentou de 74,1 milhões de toneladas em 1990 para 95,5 milhões de toneladas em 2005. Em finais de 2005, a Alemanha possuía 2.370 km de oleodutos de longa distância. Telecomunicações Até Janeiro de 1998, a Deutsche Telekon (DT) deteve o monopólio da rede fixa de telefone, tendo a partir dessa data sido liberalizado o sector das telecomunicações, conforme legislação da UE. Em 2006, o governo federal detinha ainda, directa ou indirectamente, 31,7% do capital da DT. Em 2005, a DT recomprara as participações minoritárias, antes colocadas em bolsa, do seu prestador de serviços de 16 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Internet - T-Online. Importa salientar que a DT é a principal empresa de telecomunicações da Europa e a terceira a nível mundial. A liberalização trouxe um número significativo de novos prestadores de serviços para o mercado das telecomunicações, o que tornou o sector muito concorrencial. Embora a DT continue a dominar o mercado da rede fixa, a importância relativa deste segmento de mercado está em queda. De qualquer forma, a liberalização proporcionou, sem dúvida, benefícios substanciais aos consumidores. Segundo o Departamento Federal de Estatísticas, os preços, incluindo nos telemóveis, caíram 32,3% no seu conjunto entre 1996 e 2006, com uma redução de 53% nos telefones móveis e de 25,8% nas linhas fixas. Os encargos da conexão à Internet caíram 41% no período de 2000-2006. Em Julho de 2006, o governo federal detinha ainda uma participação de 30,6% no capital do Deutsche Post (DP). O DP realizou uma série de aquisições (incluindo a compra de uma companhia de logística, a Exel, por 5,5 mil milhões de euros em 2005) e de “joint ventures” ambiciosas, tendo em vista a criação do maior sistema de distribuição de encomendas de Europa e a maior companhia de logística mundial, com mais de 500.000 empregados. Em 2006, cerca de 67% da população tinha acesso à Internet em suas casas, o que era superior à média de 52% da UE. Todavia, com 34% da população com acesso à Internet em banda larga (ADSL), encontrava-se apenas ligeiramente acima da média da UE (32%); as ligações através de banda larga, no sector de negócios, representavam 73% do total das ligações, o que é ligeiramente inferior à média comunitária. Banca, seguros e bolsa de valores O sector bancário está dividido em três grupos principais de bancos: comerciais privados; cooperativos (cooperativas de crédito) e públicos. O grupo de bancos públicos é constituído pelos “Landesbanken” (espécie de banco público do Land e de câmara de compensação das caixas de poupança) e pelas caixas de poupança, sendo o grupo mais importante em termos de activos. As caixas de poupança estão organizadas regionalmente e são coordenadas pelos “Landesbanken”; tanto as caixas de poupança como os “Landeskanken” não podem ser comprados por bancos privados. Os bancos públicos e as cooperativas de crédito dominam o mercado de retalho, incluindo o financiamento de pequenas e médias empresas. O maior dos bancos comerciais é o Deutsche Bank, seguido do Commerzbank e do Hypo Vereinsbank (HVB). A consolidação bancária fez progressos substanciais a partir de 2005. Com efeito, o Commerzbank, o mais pequeno dos principais bancos comerciais, adquiriu o Eurohypo, um banco especializado no financiamento hipotecário, tornando-se assim o segundo maior banco alemão. Não obstante o Commerzbank possuir actualmente o maior número de sucursais na Alemanha - 1.5401 - Deutsche Bank contava apenas com 986. 17 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) tinha apenas metade dos activos do Deutsche Bank. O HVB, graças à sua fusão com o maior banco italiano, o Unicredito (em verdade foi adquirido por este), tornou-se o terceiro maior banco. Alguns bancos públicos, como o Bayerische Landesbank e o Westdeutsche Landesbank (WestLB), são importantes mesmo a nível internacional, tendo este, nos anos 90, passado a desenvolver actividades de banco de investimentos. Historicamente, os Landesbanken sempre beneficiaram de garantias públicas, o que melhorava os seus “ratings” e facilitava o seu acesso ao financiamento. Contudo, sob pressão da Direcção de Concorrência da Comissão Europeia, estas garantias foram eliminadas em meados de 2005, o que aumentou fortemente as pressões sobre estes bancos. Em resultado disso, iniciou-se também um processo de consolidação neste sector bancário, o qual se alargou igualmente a um grande número de caixas de poupança e cooperativas de crédito. Finalmente, em 2007, o Estado de Berlim vendeu à associação nacional de caixas de poupança a sua participação maioritária no Landesbank Berlin. Em consequência da crise do subprime nos EUA, o banco estatal de Saxónia, o SachsenLB, e o WestLB, sofreram prejuízos avultados, tendo o primeiro sido vendido ao Landesbank BadenWürttemberg, encontrando-se o segundo num processo de reestruturação. A Alemanha conta com cerca de 2.300 bancos, dos quais apenas uns 300 são. Não tomando em consideração o Unicredito, a importância da banca estrangeira é muito reduzida. Das 152 entidades existentes, metade opera través de sucursais, a outra metade tem personalidade jurídica própria. Apesar de os bancos estrangeiros com personalidade jurídica própria representarem ¼ do número total de bancos comerciais, respondem apenas por 4,5% do volume global dos créditos concedidos na Alemanha. É de realçar a baixa quota de mercado dos maiores bancos alemães, tendo preferido adquirir bancos noutros mercados a aumentar a sua quota no mercado alemão. Em termos de capitalização em bolsa, os bancos alemães assumem posições modestas no “ranking” internacional: em 2007, o Deutsche Bank, o maior banco, surgia apenas no 25º lugar, atrás do Banco de Santander e do BBVA, enquanto que o Commerzbank surgia no 50º lugar, representando pouco mais de ¼ do valor em bolsa do Banco de Santander. O crédito bancário a longo prazo é a forma predominante de financiamento das empresas alemãs. Esta característica reflecte em parte a estrutura da indústria alemã, pois a maioria das médias empresas, que constituem a espinha dorsal da economia, são demasiadamente pequenas para terem acesso directo ao financiamento do mercado de capitais a custos aceitáveis. Por outro lado, até recentemente, a forte concorrência entre bancos, a presença assinalável de bancos públicos no mercado e uma poupança doméstica elevada, tornavam os custos do financiamento bancário relativamente baixos, em comparação com o exterior. Todavia, isto tem vindo a alterar-se devido aos bancos públicos estarem a dar maior ênfase à sua rentabilidade, o que se repercutiu na atribuição de uma maior importância ao acesso directo ao mercado de capitais, embora o financiamento bancário continue sendo de longe a principal forma de financiamento. Outra característica da economia alemã é ainda o peso dos grandes bancos e entidades financeiras nas actividades produtivas, embora, nos últimos anos, os bancos tenham vindo a desprender-se de uma boa parte de suas carteiras industriais. 18 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Em 2007, o montante global de prémios de seguros ascendeu a 162,9 mil milhões de euros. A Alemanha conta com algumas companhias de seguros importantes mesmo a nível internacional. De entre elas, destacam-se a Allianz, com o seu enfoque nos seguros de vida, e a Munich Re, uma companhia de resseguros, antes de tudo. Também neste segmento de mercado se tem registado um movimento de concentração, o que levou a uma diminuição do número de seguradoras. Mesmo assim, em 2007, havia 653 seguradoras de âmbito nacional, subindo para 1.600 o número de seguradoras se àquelas se adicionar as de âmbito local ou regional. Como os bancos, também as companhias de seguros têm tido tradicionalmente uma participação accionista significativa em muitas grandes empresas industriais e comerciais alemãs, e mesmo nos bancos, mas, nos últimos anos, têm vindo a desprender-se dessas acções para se centrarem no seu “core business”. Os mercados financeiros alemães são dominados pela Bolsa de Valores Alemã de Frankfurt. As acções eram tradicionalmente mais utilizadas como veículos de controlo do que de financiamento, tendo, no passado, as participações cruzadas entre companhias chegado a representar à volta de 25% de todas as acções possuídas. No geral, em relação à dimensão de sua economia, a capitalização bolsista continua baixa na Alemanha. Em Julho de 2008, a capitalização na Bolsa de Valores Alemã de Frankfurt montava a 1,76 milhão de milhões de USD, o que, em relação aos 3,17 milhão de milhões de USD na Bolsa de Valores de Londres, aos 1,61 milhão de milhões na Bolsa de Valores de Espanha (BME) e 1,16 milhão de milhões de USD na Bolsa de Valores da Suíça (SWX), era relativamente pouco. A capitalização bolsista alemã, relativamente pequena, reflecte em parte a estrutura da indústria alemã, isto é, a percentagem elevada de pequenas e médias empresas repercutiu-se num acesso limitado aos mercados bolsistas. 1.4. Situação económica 1.4.1. Política económica recente A Alemanha é o principal país da União Europeia (UE) em termos de número de habitantes e de produto interno bruto (PIB) e representa a locomotiva do seu crescimento económico. Com uma população superior a 82 milhões de habitantes e detendo o terceiro maior PIB do mundo, a Alemanha respondia, em 2007, por 9,5% e 7,4% do valor das exportações e importações mundiais, respectivamente, sendo, sem dúvida, um dos mercados mais competitivos e segmentados do mundo. Mais do que em qualquer outra economia avançada, a indústria transformadora e serviços conexos são ainda o motor da economia alemã. A participação da indústria (sem o sector da construção) no VAB subiu de 25,3% em 1998 para 26,4% em 2007, o que deve ser um caso único no seio das economias desenvolvidas. A pujança industrial alemã reside, sobretudo, nos sectores de veículos motorizados, bens de capital, produtos químicos, electrodomésticos e equipamento electrónico. Nos últimos anos, a economia alemã registou mudanças estruturais significativas a nível de componentes do PIB. Com efeito, no período de 2003-2007, a participação do consumo privado no PIB 19 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) caiu de 59,4% para 56,7%, a do consumo público de 19,3% para 18%, a da formação bruta de capital fixo subiu de 17,9% para 18,7%, a das existências manteve-se estável (à volta dos -0,5%), enquanto que a das exportações de bens e serviços subiu de 35,6% para 46,9% e a das importações de bens e serviços de 31,7% para 39,9%. Se a percentagem relativa ao consumo privado está em consonância com a média dos países da zona euro, e as do consumo público e formação bruta de capital fixo são, uma e outra, em média, três pontos percentuais mais baixas, já a percentagem relativa às exportações de bens e serviços supera em quase 6 pontos percentuais a média da zona euro (41%) e em 20 pontos percentuais a média dos países da OCDE (27%), o que explica a especificidade acima mencionada, bem como a importância crescente do comércio internacional na economia alemã. Com o despoletar da recessão económica do mundo ocidental em 2001/2002, a Alemanha sofreu, de 2001-2005, o mais baixo período de crescimento económico no pós-guerra, com uma procura interna negativa ou perto da estagnação. Com a recuperação da procura interna, a partir de 2006, motivada sobretudo por uma formação bruta de capital fixo mais dinâmica, aliada ao contributo notável das exportações líquidas, o PIB cresceu de 0,8% em 2005, para 3,0% em 2006 (a maior taxa de crescimento desde 2000) e 2,5% em 2007, tendo o abrandamento de ritmo de expansão da economia alemã ficado a dever-se já aos efeitos negativos da crise financeira mundial, iniciada no segundo semestre de 2007. Com excepção de um ou outro aumento temporário e generalizado de preços, pode-se afirmar que a Alemanha beneficia de uma tradição de estabilidade de preços. Nos últimos anos, a taxa de inflação tem ficado sempre à volta de meio ponto percentual aquém dos 2%, tendo subido de 1,6% em 2006 para 2,3% em 2007, principalmente devido ao aumento da taxa do IVA em três pontos percentuais (de 16% para 19%) e dos preços do petróleo, outras matérias-primas e alimentos nos mercados internacionais. Há que realçar que os salários reais têm registado continuamente crescimentos negativos nos últimos anos (-0,4% e -1,3% em 2006 e 2007, respectivamente), o que contribuiu, sem dúvida, para uma taxa de inflação relativamente moderada. Nos anos 80, a Alemanha Ocidental contava com uma das mais baixas taxas de desemprego na UE, tendo a reunificação do país, realizada em Outubro de 1990, provocado, sobretudo em razão da falta de competitividade da economia da ex-Alemanha Oriental, o surto do desemprego no país reunificado. Não obstante ter vindo a diminuir rapidamente, sobretudo a partir de 2005, a taxa de desemprego, em 2007, ascendia ainda a 8,4%, tendo, em termos absolutos, o número total de desempregados diminuído de 4,9 milhões em 2005, para 3,8 milhões em 2007. Todavia, há que realçar que, nos territórios da exAlemanha Oriental, a taxa de desemprego continua ainda muito elevada (15% em 2007). Graças aos contínuos esforços levados a cabo no sentido da consolidação orçamental, traduzidos, sobretudo nos últimos anos, numa redução da carga fiscal de 47,3% do PIB em 2004, para 43,8% do PIB em 2007, e numa contenção das receitas de 43,5% para 43,8% do PIB, no mesmo período, a Alemanha conseguiu, após a reunificação do país em 1990, equilibrar, pela primeira vez, o seu orçamento em 2007, o que se ficou a dever principalmente ao aumento das receitas acima do esperado, resultante do aumento da taxa do IVA em três pontos percentuais e da diminuição assinalável do número de desempregados em cerca de 700.000 nesse ano, o que teve um duplo efeito orçamental: aumento 20 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) das receitas (um maior número de contribuintes) e diminuição das despesas (menos subsídios de desemprego). Há que realçar que o financiamento dos défices orçamentais fez subir o rácio da dívida pública de 40% do PIB no início de 1990, para mais de 60% do PIB em 1996, espelhando, antes de tudo, os elevados custos associados à reunificação do país. O valor mais elevado foi atingido em 2005 (67,9% do PIB) tendo vindo, desde então, a baixar até 64,9% do PIB em 2007. A Alemanha conseguiu, em 2000, pôr fim finalmente à série de saldos negativos da balança de transacções correntes que vinham sucedendo desde a reunificação do país. Iniciou-se, desde então, uma fase de saldos positivos crescentes, tendo, em 2007, a balança corrente registado um excedente de 255,5 mil milhões de USD, ou seja, 7,7% do PIB. A balança comercial teve o principal papel na inversão daquela tendência, seguida, à distância, da balança de rendimentos; as balanças de serviços e de transferências deram sempre contributos negativos. 1.4.2. Perspectivas Dos países constituintes do G8, a Alemanha foi o que mais lentamente reagiu à crise, tendo mesmo, no seio da UE, mostrado inicialmente alguma relutância em aderir a uma acção coordenada a nível comunitário. Havia na sociedade um receio mais ou menos generalizado de que a tomada de medidas intervencionistas na economia pudesse despoletar pressões inflacionistas dificilmente controláveis e um agravamento inaceitável da dívida pública. Porém, a agudização acelerada da crise financeira internacional e de seus efeitos negativos na economia real levaram à rápida superação das hesitações iniciais. O governo alemão tem vindo a aprovar pacotes de medidas com impacto cada vez maior na economia, visando, por um lado, estabilizar o mercado financeiro (injectar liquidez no sector bancário, assegurar a sua solvência) e, por outro, fomentar directamente o crescimento económico, apoiando as empresas, o emprego e a protecção social. Em Outubro de 2008, o governo alemão aprovou um plano de salvamento do sistema bancário, que, grosso modo, destina uma verba, até 80 mil milhões de euros, ao reforço da taxa de capitalização bancária, tendo como contrapartida a participação no capital social, e uma outra, até 400 mil milhões de euros, à concessão de garantias a empréstimos a contrair pelos bancos. Até finais de Dezembro, apenas o Commerzbank tinha recorrido a 8,2 mil milhões de euros para reforço do seu capital social; as garantias concedidas para empréstimos ascendiam, por seu lado, a 90 mil milhões de euros. O SoFFin (entidade gestora do plano de salvamento do sector bancário) previa que, até finais de Janeiro, as injecções de recursos, tendo em vista o reforço do capital social dos bancos, subissem para 20 mil milhões de euros, enquanto que a concessão de garantias a empréstimos contraídos pelo sector bancário aumentasse para 220 mil milhões de euros. No início de Novembro, o governo aprovou um pacote de medidas de estímulo do crescimento económico, num montante de 10 mil milhões de euros (à volta de 0,4% do PIB estimado para 2009) e, 21 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) face ao agravamento da crise, em meados de Janeiro, foi aprovado um segundo pacote, num montante de 50 mil milhões de euros (cerca de 2% do PIB estimado para 2009). É de realçar que os pacotes de medidas de estímulo económico podem, a nível global e de um modo geral, tornar cada vez mais difícil e dispendioso o financiamento dos défices orçamentais. Assim, por exemplo, à semelhança do que aconteceu com outros países, em Janeiro, a Alemanha não conseguiu que, pela segunda vez em dois meses, um leilão de títulos do tesouro fosse inteiramente subscrito. Dado o aumento massivo esperado de emissões de títulos de tesouro, o rateio de recursos financeiros internacionais tenderá, sem dúvida, a ser cada vez mais oneroso. Muito raramente a agenda política sofreu alterações tão rápidas como nos meses mais recentes. A crise financeira internacional, iniciada no segundo semestre de 2007 e agravada no decorrer de 2008, e seus efeitos extremamente negativos na economia real toldaram de muitas maneiras as perspectivas de crescimento económico. As projecções mudam rapidamente e são cada vez mais gravosas. Segundo as estimativas mais recentes do FMI, em 2009, o PIB mundial deverá crescer apenas 0,5%, o nível mais baixo dos últimos 60 anos, a Zona Euro deverá registar um crescimento negativo de 2,0%, enquanto que o PIB dos EUA deverá contrair 1,6%. Em Janeiro, o índice de confiança económica nos países da Zona Euro baixou para os 68,9 pontos, o mais baixo nível desde que foi criado este indicador, em 1985. Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População Milhões 9 2006 2007 2008a 2009b 2010b 2011b 82,5 82,6 82,7 82,8 83,0 83,0 PIB a preços de mercado 10 EUR 2.322 2.423 2.460 2.454 2.475 2.560 PIB a preços de mercado 109 USD 2.915 3.316 3.598 3.153 3.217 3.392 USD 35.332 40.210 43.488 38.080 38.781 40.885 % 3,0 2,5 1,4 -0,7 0,4 1,7 Consumo privado Var. % 1,0 -0,4 -0,3 -0,3 0,8 2,2 Consumo público Var. % 0,6 2,2 2,3 2,6 1,8 1,2 FBCF Var. % 7,7 4,3 4,2 -4,2 0,3 3,0 Taxa desemprego – médio % 9,8 8,4 6,9 8,3 8,3 6,8 Taxa de inflação – média % 1,8 2,3 2,8 0,6 1,4 1,6 Dívida pública % do PIB 67,5 64,9 63,6 64,4 65,3 64,2 Saldo do sector público % do PIB -1,6 0,0 0,3 -1,0 -1,7 -1,1 PIB per capita Crescimento real do PIB 9 Balança corrente 10 USD 181,2 255,5 274,5 222,2 187,9 161,5 Balança corrente % do PIB 6,2 7,7 7,6 7,0 5,8 4,8 1EUR=USD 1,26 1,37 1,46 1,29 1,30 1,33 Taxa de câmbio – média Fonte: Economist Intelligence Unit (EIU) Notas: (a) Estimativa; (b) Previsão 22 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Dada a importância das exportações alemãs de bens e serviços na formação do PIB (46,9% em 2007; 49,3% em 2008, estimativa), muito acima da média da OCDE (27%), o agravamento da conjuntura económica mundial afectará também seriamente a evolução da economia alemã. Segundo as estimativas da EIU, a taxa de crescimento do PIB alemão deverá cair de 2,5% em 2007 (3,0% em 2006), para 1,4% em 2008 (a economia alemã registou um crescimento negativo no segundo semestre de 2008) e -0,7% em 2009; a partir de 2010 deverá voltar a registar um ligeiro crescimento positivo de 0,4%. Todavia, há que realçar que as previsões mais recentes do FMI apontam já para uma taxa negativa de crescimento do PIB de -2,5% em 2009 e uma ligeiríssima recuperação em 2010 de apenas 0,1%. Também as recentes projecções do Governo Federal Alemão apontam para uma contracção do PIB de 2,25% em 2009, enquanto a Federação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria prevê uma quebra da ordem dos 3%. A balança comercial que vinha desempenhando o papel de locomotiva do crescimento económico alemão, tornar-se-á agora o seu principal obstáculo, uma vez que o agravamento da deterioração das condições da economia mundial deverá ter um impacto negativo significativo na procura de produtos alemães no mercado internacional. Assim, o saldo positivo da balança comercial deverá cair de 317 mil milhões de USD em 2008, para 244,3 e 226,9 mil milhões de USD, em 2009 e 2010, respectivamente. Embora os fundamentos da economia alemã continuem sãos, estima-se que, em maior ou menor grau, nenhum indicador macroeconómico escapará aos efeitos da crise mundial, como, por exemplo: • a taxa de inflação, após subir para 2,8% em 2008, devido principalmente ao aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos no mercado mundial, deverá cair, segundo as estimativas mais recente da EIU, para 0,4% em 2009 e subir para 1,0% em 2010, devido principalmente à manutenção de preços deprimidos dos combustíveis e de outras matérias-primas; • a taxa de desemprego, após ter caído para 6,9% em 2008 (8,4% em 2007), o mais baixo nível desde a reunificação do país, deverá subir para 8,3% em 2009, e manter-se a este nível ainda em 2010; • após o equilíbrio alcançado em 2007, o orçamento deverá registar um saldo positivo de 0,3% do PIB em 2008, prevendo-se, segundo as estimativas mais recentes da EIU, saldos negativos de 2,6% em 2009 e de 2,9% em 2010, uma vez que do crescimento negativo do PIB resultarão menores receitas fiscais, por um lado, enquanto que as despesas aumentarão significativamente, em consequência dos compromissos assumidos pelo governo no âmbito dos diversos pacotes de medidas de apoio às empresas, ao emprego, à protecção social e ao investimento público, por outro; • o saldo positivo da balança corrente deverá baixar dos 7,7% do PIB em 2007, para 7,6% em 2008, e, segundo as estimativas mais recentes da EIU, para os 5-6% em 2009 e 2010, devido, antes de tudo, aos resultados menos bons da balança comercial. 23 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1.4.3. Enquadramento internacional No âmbito da UE, a Alemanha é o país mais populoso e a locomotiva do crescimento económico comunitário. Num contexto mundial, em comparação com os outros quatro países mais desenvolvidas do mundo, a economia alemã apresenta, em 2007, como resulta dos dados a seguir indicados, o melhor saldo da balança de transacções correntes, tendo a balança comercial dado o maior contributo para este bom resultado – nos últimos anos, a Alemanha vem assumindo sucessivamente o 1º lugar no “ranking” mundial de exportadores. Apresenta, também, a melhor performance em termos de saldo do sector público. Em termos de taxas de crescimento económico e de inflação, a economia alemã regista igualmente bons resultados, surgindo em 2º lugar em ambos os indicadores, em 2007, logo a seguir ao Reino Unido e EUA, respectivamente, países que dispõem de instrumentos de política economico-monetária e cambial interditos à Alemanha, desde a adesão à UEM. Finalmente, tendo em consideração a sua dimensão populacional e territorial merece relevo especial o quarto lugar da Alemanha no mundo em termos de montante de produto interno bruto, logo a seguir à China. Indicadores Económicos Comparativos - 2007 População (Milhões) PIB per capita (USD) Alemanha 82,6 40.210 Taxa de crescimento do PIB (%) 2,5 França 61,6 42.074 Reino Unido 61,0 EUA Japão Fonte: 2,3 Saldo do sector público (% PIB) 0,0 Saldo Balança Corrente (% do PIB) 7,7 2,1 1,6 -2,7 -1,2 46.014 3,0 2,3 -2,8 -4,2 301,1 45.851 2,0 2,9 -1,2 -5,3 127,4 34.369 2,4 0,1 -2,4 4,8 Taxa de inflação (%) EIU 1.5. Comércio Internacional 1.5.1. Evolução da Balança Comercial A Alemanha desempenha um papel fundamental nas relações comerciais internacionais, ocupando, em 2007, o primeiro lugar no “ranking” de exportadores, com 9,5% do valor das exportações mundiais, e o segundo lugar no de fornecedores, respondendo por 7,4% do valor das importações mundiais (atrás dos EUA). 24 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) No período de 2004-2008, as exportações e as importações alemãs cresceram a uma taxa média de 13,6% e 13,4% ao ano respectivamente, tendo a balança comercial registado um saldo positivo crescente de 186,1 para 317 mil milhões de USD (+70,3%) e uma taxa de cobertura das importações pelas exportações assinalável de 126,6% em 2007 (125,8% em 2004), fruto do bom desempenho das exportações, consideradas o motor da economia. Há que realçar que a Alemanha se mantém à cabeça dos maiores exportadores mundiais desde 2003, tendo sabido tirar proveito do reforço da importância das economias dos PECO e do forte crescimento da procura proveniente dos países asiáticos. Em verdade, o relançamento das economias dos mercados emergentes tem, nos anos mais recentes, beneficiado em particular a economia alemã, graças à sua forte especialização nos sectores da maquinaria e equipamentos, de procura crescente naqueles mercados, a fim de melhorarem a capacidade produtiva e competitividade de suas economias no mercado mundial. Todavia, há que realçar que a exposição aos mercados emergentes poderá vir a afigurar-se como um risco adicional para a economia alemã, dado que, se a crise financeira mundial acabar por afectar muito mais gravemente a economia real daqueles países, diminuindo substancialmente a sua capacidade importadora, as exportações alemãs deparar-se-ão com dificuldades acrescidas e o crescimento de sua economia ressentir-se-á obrigatoriamente disso. Evolução da balança comercial 9 (10 USD) 2004 2005 2006 2007 2008a Exportação fob 907,8 983,1 1135,7 1354,1 1.508,5 Importação fob 721,7 788,7 934,9 1075,4 1.191,6 Saldo 186,1 194,3 200,9 Coeficiente de cobertura (%) 125,8 124,6 121,5 125,9 126,6 Como exportador 1ª 1ª 1ª 1ª n.d. Como importador 2ª 2ª 2ª 2ª n.d. 278,7 317,0 Posição no “ranking” mundial Fontes: EIU; WTO – World Trade Organisation 2007 Nota: (a) - Estimativa Nos últimos meses, a recessão económica mundial vem afectando cada vez mais a procura de produtos alemães. Em termos de volume, registou-se um abrandamento acentuado da dinâmica de crescimento das exportações. Com efeito, em relação a período homólogo do ano anterior, enquanto que no segundo trimestre de 2008 as exportações cresceram 6,4%, no terceiro trimestre aumentaram apenas 0,6%, para acusarem um crescimento negativo de -10,6% em Novembro (último mês com dados disponíveis) – a maior queda mensal jamais registada. 1.5.2. Principais Clientes e Fornecedores A UE27 é o principal parceiro comercial da Alemanha, fornecendo-lhe, em 2007, aproximadamente 64% de suas compras ao exterior, e adquirindo-lhe mais de 63% de suas vendas ao exterior; o grupo dos 25 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) mercados asiáticos surge como segundo parceiro comercial da Alemanha, fornecendo-lhe à volta de 17% de suas importações e comprando-lhe cerca de 11% de suas exportações; os países do continente americano surgem em terceiro lugar, respondendo por aproximadamente 10% das exportações alemãs e por cerca de 9% de suas importações. Principais Clientes Mercado 2005 Quota 2006 Posição Quota 2007 posição quota posição Portugal 0,93 21ª 0,82 23ª 0,86 23ª França 9,94 1ª 9,47 1ª 9,37 1ª EUA 8,70 2ª 8,52 2ª 7,48 2ª Reino Unido 7,47 3ª 7,20 3ª 7,15 3ª Itália 6,72 4ª 6,55 4ª 6,57 4ª Holanda 5,99 5ª 6,00 5ª 6,23 5ª Áustria 5,42 7ª 5,45 6ª 5,40 6ª Bélgica 5,44 6ª 5,12 7ª 5,11 7ª UE Fonte: 63,46 WTA – World Trade Atlas Dos primeiros sete clientes da Alemanha, só os EUA não pertencem à UE, assumindo, contudo, um destacado 2º lugar no “ranking” de clientes, embora com um peso relativo tendencialmente decrescente. É de realçar que os três principais clientes da Alemanha – França, EUA e Reino Unido - respondiam por cerca de 45% do saldo positivo da balança comercial alemã em 2007, o que reflecte bem o alto grau de competitividade de sua economia, que soube dar prioridade aos produtos de elevado valor acrescentado, e defender-se, assim, melhor da concorrência directa dos países de baixos custos de mão-de-obra. Houve ultimamente, em termos de valor, uma desaceleração notável do crescimento da procura de exportações alemãs por parte do seu maior parceiro comercial, a UE. Com efeito, em relação a período homólogo do ano anterior, se no terceiro trimestre de 2008 as expedições para a UE cresceram 3,6%, já em Novembro acusaram uma queda abrupta de 14%; para os países fora da UE cresceram 1,5% no terceiro trimestre, mas caíram 7,8% em Novembro. Nos primeiros sete fornecedores da Alemanha, surgem dois países não pertencentes à UE - a China em 4º lugar e os EUA em 7º lugar. É de realçar que a Alemanha acusava, em 2007, o maior saldo negativo da sua balança comercial com a China. Em 2007 Portugal assumiu a 23ª posição no “ranking” dos clientes alemães (0,86% de quota), mas enquanto fornecedor não foi além do 31º lugar, com uma quota de 0,53%, o que indica um decréscimo face aos anos anteriores, como se pode verificar no quadro que se segue. 26 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Principais Fornecedores Mercado 2005 quota 2006 posição Quota 2007 posição Quota Posição Portugal 0,63 29ª 0,55 30ª 0,53 31ª Holanda 11,51 1ª 11,15 1ª 11,34 1ª França 8,56 2ª 8,58 2ª 8,38 2ª Bélgica 7,32 3ª 7,23 3ª 7,41 3ª China 5,62 6ª 5,97 4ª 6,32 4ª Itália 5,67 5ª 5,64 6ª 5,79 5ª Reino Unido 6,13 4ª 5,68 5ª 5,45 6ª EUA 5,11 7ª 4,66 7ª 4,50 7ª UE Fonte: 63,56 WTA – World Trade Atlas 1.5.3. Principais Produtos Transaccionados Principais Produtos Transaccionados – 2007 Exportações / Sector % Importações / Sector % Veículos motorizados 18,7 Produtos químicos 11,7 Maquinaria 14,3 Metais e produtos metálicos 10,7 Produtos químicos 13,2 Veículos motorizados 9,9 9,7 Produtos energéticos 7,9 Maquinaria 7,1 Metais e produtos metálicos Outros 44,1 Outros Fonte: 52,7 EIU A estrutura exportadora alemã é marcada pelos veículos motorizados, com aproximadamente 19% do valor global exportado em 2007, reflectindo, assim, a grande importância desta indústria na economia alemã. É de realçar que pelo menos 2/3 da facturação das três principais indústrias clássicas alemãs – sector automóvel, químico e de construção de máquinas – provém dos mercados externos. Segundo dados recentes, e acusando já os efeitos da agudização da crise económica mundial, foram as exportações de bens de investimento (incluindo os veículos motorizados) que registaram as maiores quedas, as quais, segundo a WTA, respondiam, em 2007, por cerca de metade do valor global das exportações alemãs. Em termos de valor e em relação a período homólogo do ano anterior, aquelas exportações caíram 3,3% no terceiro trimestre de 2008 e 4,2% em Outubro (último mês com dados disponíveis). Há que realçar que a contracção das exportações de bens de investimento se ficou a dever sobretudo à forte queda registada nas exportações de veículos motorizados e suas partes de 8,9% no terceiro trimestre de 2008 e de 12,7% em Outubro. A taxa de crescimento das exportações de produtos 27 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) intermédios, a segunda mais importante categoria de produtos, abrandou para 1% no terceiro trimestre de 2008, tendo registado um crescimento negativo de 1,7% em Outubro; as exportações de bens de consumo aumentaram 5% no terceiro trimestre de 2008, tendo desacelerado para 1,5% em Outubro. A estrutura importadora alemã é caracterizada, antes de tudo, pelo predomínio dos produtos intermédios – produtos químicos e metais e produtos metálicos, o que reflecte uma economia altamente desenvolvida, mas também a dependência significativa da indústria transformadora daquelas importações para o seu bom funcionamento. A participação relativamente elevada dos produtos energéticos de aproximadamente 8% no valor global importado resulta da grande pobreza do seu subsolo (com excepção do carvão), neste tipo de matérias-primas. É de realçar que, apesar da Rússia ser o principal fornecedor de combustíveis da Alemanha, a balança comercial germano-russa é favorável à Alemanha. Tendo em vista uma percepção mais abrangente da estrutura das importações alemãs, indicam-se a seguir os 15 primeiros itens de produtos importados, em 2007 (NC, a 4 dígitos): 20 Principais Produtos Importados – 2007 NC Designação 2709 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos % do total 5,20 8703 Automóveis de passageiros e outros veículos transporte passageiros, etc 4,29 2711 Gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos 2,86 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 2,65 8471 Máquinas automáticas p/ processamento dados/unidades; leitores magnéticos etc 2,00 2710 Óleos de petróleo ou minerais betuminosos, exc. óleos brutos; preparações, etc 1,66 3004 Medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho 1,60 8542 Circuitos integrados e microconjuntos electrónicos 1,42 8517 Aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia, por fios etc; vídeofones 1,41 8443 Máquinas e aparelhos impressão, exc pp 8471; máquinas auxiliares p/ impressão 1,24 8802 Outros veículos aéreos; veículos espaciais e seus veículos de lançamento, etc 1,03 3003 Medicamentos, n/ apresentados em doses nem acondicionados p/ venda a retalho 0,99 8901 Transatlânticos, barcos de cruzeiro etc, p/ transporte pessoas ou mercadorias 0,97 3002 Sangue humano;anti-soro;vacinas,culturas de microorganismos e prod.semelhantes 0,94 8803 Partes dos veículos e aparelhos das posições 8801 ou 8802 0,88 8473 Partes e acessórios para máquinas e aparelhos das posições 8469 a 8472 0,87 8544 Fios e outros condutores, isolados p/ usos eléctricos; cabos fibras ópticas 0,82 8528 Aparelhos receptores de televisão, etc; monitores e projectores de vídeo 0,75 8541 Díodos, transístores etc, dispostivos fotossensíveis, semicondutores etc 0,70 8408 Motores de pistão, de ignição por compressão (motores diesel ou semidiesel) 0,67 Fonte: WTA – World Trade Atlas 28 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1.6. Investimento Estrangeiro A Alemanha regista, em 2007, uma posição relativamente elevada no “ranking” de países receptores e emissores de IDE, embora com evoluções inversas nos últimos anos. Com efeito, no período de 20032007, como receptor caiu da 5ª para a 10ª posição, enquanto que como emissor subiu no “ranking” da 18ª para a 4ª posição, o que em termos absolutos se traduziu num aumento fantástico do montante anual investido, de 5.822 para 167.431 milhões de USD, quase 28 vezes mais. Investimento Directo 6 (10 USD) 2003 Investimento estrangeiro na Alemanha 2004 2005 2006 2007 32.369 -10.188 41.969 55.171 50.925 5.822 20.546 68.877 94.705 167.431 Como receptor 5ª 218ª 6ª 7ª 10ª Como emissor 18ª 12ª 4ª 4ª 4ª Investimento da Alemanha no estrangeiro Posição no “ranking” mundial Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2008 Há que realçar que os influxos de IDE, em 2007, representavam apenas à volta de 1,5% do PIB e 8,2% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), contributo muito modesto no âmbito das economias mais desenvolvidas da OCDE, ficando somente atrás do contributo do IDE para a formação do PIB e da FMCF, do Japão, de 0,5% e 2,2%, respectivamente. Todavia, de acordo com um inquérito levado a cabo junto de gestores de 800 multinacionais pela Ernest & Young e publicado em Junho de 2008, a Alemanha encontrava-se no 6º lugar como um dos países mais atractivos para o investimento estrangeiro, sendo o único país da Europa Ocidental entre os dez primeiros países. Aqueles gestores apreciavam especialmente a qualidades das infra-estruturas e o elevado nível de qualificação dos trabalhadores, bem como o nível de inovação na economia (ao que não será alheio o investimento em I&D que, em 2007, representava 2,3% do PIB). Segundo o Deutsche Bundesbank, em finais de 2006, o IDE acumulado, na Alemanha, montava a 588.437 milhões de euros, o que correspondia aproximadamente a 22% do seu PIB, ou seja, a cerca de 7.133 euros per capita. Cerca de 73% do IDE acumulado teve por origem, em 2006, os países da UE25. A Holanda, com cerca de 27,5% do IDE acumulado, era o maior investidor estrangeiro na Alemanha, seguida dos EUA (12,0%), Luxemburgo (11,5%), França (10,1%), Reino Unido (7,5%) e Suíça (7,3%). As sociedades de participação financeira chamavam a si 68,0% do IDE acumulado, a indústria transformadora representava 11,6%, a banca e seguros – 6,9%, o comércio – 6,4% e os transportes e comunicações – 3,0%. 29 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Segundo o Deutsche Bundeasbank, em finais de 2006, o investimento directo alemão acumulado, no estrangeiro, ascendia a 728.129 milhões de euros (31,4% do PIB alemão), reflectindo o imperativo de crescimento das empresas alemãs para além dos limites do seu mercado interno. As sociedades de participação financeira respondiam pela maior parte do ID alemão acumulado, no estrangeiro - 43,5%, a indústria transformadora – 18,0%, a banca e seguros – 17,0%, o comércio – 9,2%, os transportes e comunicações – 4,8%. Cerca de 60% do stock de ID alemão, no estrangeiro, teve por destino, em 2006, os países da UE25. Os EUA (22,6% do investimento total), a Holanda (12,7%), o Reino Unido (9,9%), a França (5,6%) e o Luxemburgo (4,3%), foram os principais países receptores. 1.7. Turismo A Alemanha conta com um sector turístico desenvolvido, embora, em 2007 e em termos relativos, as receitas dos turistas estrangeiros representassem apenas 1,4% do PIB, 3,0% do valor das exportações de bens e serviços, e 21,8% das exportações de serviços. Em 2007, a Holanda com 11,7% do número total de turistas na hotelaria global surge à cabeça dos países emissores de turistas para a Alemanha, seguida dos EUA (9,3%), Reino Unido (8,7%), Suíça (7,2%), Itália (6,1%), Áustria (4,9%) e França (4,9%). Há que realçar que a Alemanha é também um país emissor muito importante, tendo, em 2007, os gastos dos turistas alemães no estrangeiro montado a 93.515 milhões de euros (128,1 mil milhões de USD, à taxa média de câmbio de 2007), superando, de longe, o montante de receitas (+173,4%). Indicadores do Turismo 2003 a 3 2004 2005 2006 2007 Turistas (10 ) 18.399 20.137 21.500 23.569 24.421 Dormidas b (103) 35.172 38.491 40.839 44.921 46.508 30.104 35.569 38.220 42.921 46.860 6 Receitas (10 USD) Fonte: WTO – World Tourism Organization, Junho 2008 Nota: (a) Que permanecem pelo menos uma noite no país (b) Dormidas na hotelaria global 1.8. Relações Internacionais e Regionais A Alemanha é membro, entre outras, da Câmara de Comércio Internacional (CCI), do Banco InterAmericano de Desenvolvimento (BID), da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE), do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAsD), do Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destaca o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Integra a Organização Mundial de Comércio (OMC) desde 1 de Janeiro de 1995. 30 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Ao nível regional este país é membro fundador da União Europeia (UE), do Conselho da Europa e da União da Europa Ocidental (UEO). A União Europeia é um espaço de integração económica e política que tem passado por estádios distintos de evolução. O primeiro passo foi dado com a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), seguida da assinatura do Tratado de Roma, em 1957, que instituiu a Comunidade Europeia de Energia Atómica (CEEA) e uma área de comércio livre designada por Comunidade Económica Europeia (CEE). A aprovação, em 1987, do Acto Único Europeu formalizou a entrada em vigor a 01.01.1993 de um Mercado Comum Europeu, com a livre circulação de mercadorias, capitais, pessoas e serviços. Por sua vez, o Tratado da União Europeia, ratificado em 1993, na cidade de Maastricht, aprofundou o processo de integração, ultrapassando o estádio económico para atingir o âmbito político. Os principais objectivos são: criação da União Económica e Monetária; adopção de uma Política Externa e de Segurança Comum; cooperação nas áreas da justiça e da administração e reforço da democracia e da transparência. Com o Tratado de Nice, assinado em 26.02.2001, procurou-se enfrentar o desafio do alargamento a 12 novos países. Destes, 10 (Chipre, Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa) aderiram à UE no dia 01.05.2004 e os restantes 2 (Bulgária e Roménia) a 01.01.2007. Finalmente, a UE chegou a acordo sobre o Tratado Reformador (Tratado de Lisboa), assinado a 13.12.2007, que pretende melhorar a eficiência do processo de tomada de decisão, reforçar a democracia através da atribuição de um papel mais relevante ao Parlamento Europeu e aos parlamentos nacionais e aumentar a coerência a nível da política externa, com vista a dar uma resposta mais eficaz aos desafios actuais. O Tratado de Lisboa deverá entrar em vigor após a sua ratificação por todos os Estados-membros. Actualmente a UE é composta por 27 membros, sendo que apenas 16 adoptaram a moeda única europeia (Euro) e integram a União Económica e Monetária (UEM): Alemanha; Áustria; Bélgica; Chipre; Eslovénia; Eslováquia (desde 01.01.2009); Espanha; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Irlanda; Itália; Luxemburgo; Malta; e Portugal. O Conselho da Europa, a mais antiga organização política da Europa, foi criada em 1949 com o objectivo de promover a unidade e a cooperação no espaço europeu, desempenhando um papel relevante em questões relacionadas com a defesa dos direitos do homem e a democracia parlamentar. Actualmente, o Conselho da Europa conta com 46 membros. O seu instrumento mais importante de actuação é a adopção de convenções. A UEO tem como fim primordial promover a cooperação europeia em matéria de segurança e de defesa mútua. 31 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1.9. Condições Legais de Acesso ao Mercado 1.9.1. Regime Geral de Importação A Alemanha, como membro da Comunidade Europeia, faz parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adopção de uma política comercial comum relativamente a países terceiros. O Mercado Único, instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, capitais, pessoas e serviços, tendo sido suprimidas as fronteiras internas físicas, fiscais e técnicas. Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocadas em livre prática no espaço intracomunitário, encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que respeita à respectiva qualidade e características técnicas. A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adopção da mesma legislação neste domínio – Código Aduaneiro Comunitário –, bem como a aplicação de iguais imposições alfandegárias aos produtos provenientes de países terceiros – Pauta Exterior Comum (PEC). A regra geral de livre comércio com países exteriores à UE não impede que as instâncias comunitárias determinem restrições às importações (como seja a existência de contingentes anuais), quando negociados no seio da Organização Mundial de Comércio (OMC). A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, sendo os direitos de importação na sua maioria “ad valorem”, calculados sobre o valor CIF das mercadorias. As importações, as vendas intracomunitárias, assim como as transacções de bens e a prestação de serviços a título oneroso, encontram-se sujeitas ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). A maioria dos produtos, e alguns serviços, é tributada a uma taxa de 19% (taxa normal), existindo, igualmente, uma taxa reduzida (7%) aplicável aos serviços e a bens de primeira necessidade (principalmente géneros alimentícios, produtos agrícolas e publicações). Para além deste encargo sobre certos produtos, como o álcool, tabaco e produtos petrolíferos incidem Impostos Especiais de Consumo. Existem oito Portos Francos na Alemanha: Bremen, Bremerhaven, Cuxhaven, Deggendorf, Duisburg, Emden, Hamburgo e Kiel. Os portos de Bremen e Hamburgo são os maiores, servidos de infra-estruturas várias: caminho-de-ferro, auto-estradas, serviços aéreos e vastas zonas para armazenamento de contentores, além de disporem de diversos incentivos fiscais. 32 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1.9.2. Regime de Investimento Estrangeiro O Tratado da União Europeia consagra a liberdade de circulação de capitais, de onde enforma um quadro geral do investimento estrangeiro em todo o espaço comunitário, nos limites decorrentes do princípio da subsidariedade, sem prejuízo, por isso, de instrumentos legislativos de alguns Estadosmembros. Nesta linha, o promotor externo encontra neste país um regime jurídico adaptado ao ordenamento comunitário, no sentido de uma maior liberalização do direito de estabelecimento e da livre circulação de capitais, vigorando o princípio da igualdade de tratamento, ou seja, o investidor estrangeiro e o nacional encontram-se sujeitos às mesmas regras, quer no que respeita a obrigações, quer no acesso a programas de incentivos. O investidor goza do direito de transferência para o exterior do produto da sua liquidação e dos rendimentos legalmente obtidos, após o cumprimento de todas as obrigações fiscais a que está sujeito. Existe neste país um conjunto de prescrições e condições especiais de autorização e controlo para o exercício de uma série de actividades comerciais e industriais, das quais se destacam: comercialização de produtos farmacêuticos, armas de fogo e explosivos, compra e venda de imóveis, serviços de restauração, hotelaria e transporte de mercadorias e passageiros, jogos de azar, serviços de vigilância, entre outros. Embora as operações de investimento não necessitem de formalidades especiais, todas as empresas devem proceder ao seu registo junto do Registo Comercial do tribunal da área onde exercem a sua actividade, devendo, ainda, após esse facto, apresentar, ao respectivo Banco Central do Estado onde estejam localizadas, um relatório dos investimentos efectuados, para efeitos de controlo estatístico. Para além destas formalidades, todas as empresas inscritas no Registo Comercial estão obrigadas a associarse à respectiva Câmara de Comércio e Indústria do seu local de estabelecimento. No âmbito nacional, a Alemanha oferece vários programas de incentivos, estaduais e municipais, actualizados regularmente de forma a corresponder às condições específicas de cada Estado, sobretudo os menos desenvolvidos da antiga Alemanha de Leste. Os investidores poderão, também, aceder aos programas comunitários destinados a auxiliar as regiões menos favorecidas da Comunidade, fundamentalmente as áreas menos desenvolvidas, com baixos salários e um alto índice de desemprego, ou as regiões que possuam indústrias em crise ou em fase de reestruturação (fundos comunitários 20072013). A grande maioria destas ajudas é concedida por via das instituições oficiais e entidades financeiras, que funcionam como intermediários. Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foram assinados entre Portugal e a Alemanha o Acordo sobre Promoção e Protecção de Investimentos e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, ambos em vigor. 33 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 1.9.3. Quadro Legal Regime de Importação • Regulamento (CEE) n.º 2454/93, JOCE n.º L253, de 11 de Outubro – Fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário. • Regulamento (CEE) n.º 2913/92, JOCE n.º L302, de 19 de Outubro – Estabelece o Código Aduaneiro Comunitário. Acordos Relevantes • Lei n.º 12/82, de 3 de Junho – Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento. • Decreto n.º 84/81, de 8 de Julho – Aprova o Acordo Sobre Promoção e Protecção de Investimentos entre Portugal e a Alemanha. Para mais informação sobre mercados externos consulte a “Jurisnet“ - http://www.portugalnews.pt/juris/matriz.asp 2. Relações Económicas com Portugal 2.1 Comércio 2.1.1. Importância da Alemanha nos Fluxos Comerciais para Portugal A Alemanha tem um papel da maior relevância na balança comercial portuguesa, surgindo, em 2007, em 2º lugar, logo a seguir à vizinha Espanha, quer como cliente, quer como fornecedor de Portugal. No contexto do comércio externo alemão, Portugal posicionava-se, em 2007, como 23º cliente com 0,86% do total das exportações alemãs, e como 31º fornecedor com 0,53% das importações, assumindo, portanto, posições incomparavelmente menos relevantes do que as da Alemanha na balança comercial portuguesa. Importância da Alemanha nos Fluxos Comerciais com Portugal 2003 Como cliente Como fornecedor Fonte: Posição % Posição % 2004 2005 2006 2007 2ª 3ª 3ª 2ª 2ª 14,78 13,29 12,11 13,11 13,02 2ª 2ª 2ª 2ª 2ª 14,62 14,07 13,82 13,76 13,15 INE - Instituto Nacional de Estatística 34 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 2.1.2. Evolução da Balança Comercial Bilateral No período de 2003-2007, a balança comercial luso-alemã foi continuamente desfavorável a Portugal, tendo, em consequência do diferencial de dinâmicas de crescimento – 4,8% ao ano em média para as expedições e 5,3% para as chegadas - a taxa de cobertura das chegadas pelas expedições baixado de 68,0% em 2003, para 65,3% em 2007, do que resultou um aumento significativo do défice comercial de cerca de -1.953,8 para -2.605,8 milhões de euros (+33,4%). Em relação a período homólogo de 2007, nos primeiros nove meses de 2008, as expedições cresceram 1,5% e as chegadas 1,6%, resultando daí uma ligeiríssima contracção da taxa de cobertura de 67,1% para 67,0%. Evolução da Balança Comercial Bilateral 6 (10 EUR) 2003 2004 2005 2006 2007 Evol. % a Jan/Set 2007 Jan/Set p 2008 Var. % 08/07 Expedições 4.152,2 3.968,4 3.718,8 4.523,4 4.894,5 4,8 3.708,6 3.764,3 1,5 Chegadas 6.106,0 6.558,3 6.788,5 7.309,3 7.500,3 5,3 5.530,1 5.616,6 1,6 -1.953,8 -2.589,9 -3.069,7 -2.785,9 -2.605,8 -1.821,6 -1.852,3 68,0 60,5 54,8 61,9 65,3 67,1 67,0 Saldo Coef. Cobertura (%) Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2003 – 2007 Ano 2004 e seguintes – valores estimados 2.1.3. Expedições por Grupos de Produtos As expedições portuguesas para a Alemanha acusam um grau de concentração elevado, uma vez que mais de 60% do valor expedido, em 2007, diz respeito apenas a dois grupos de produtos – veículos e outro material de transporte com 33,3% e máquinas e aparelhos com 26,9%. Dos restantes grupos de produtos, destacam-se ainda, em 2007, o calçado (5,5% do total expedido), os produtos químicos (5,4%), o vestuário (5,2%), os plásticos e borracha (5,2%) e os metais comuns (5,1%). Há que realçar que a participação dos bens de capital e de consumo duradouro no total expedido subiu de 53% em 2003, para aproximadamente 61% em 2007, garantindo, assim, o aumento da representatividade dos produtos de maior valor acrescentado no total expedido. Analisando mais detalhadamente a evolução dos principais grupos de produtos, verificamos o seguinte: • Veículos e outro material de transporte – este grupo de produtos é composto pelos capítulos 86 a 89 da NC e constitui a primeira posição do “ranking” das expedições portuguesas para a Alemanha em 2007. Em termos de estrutura das expedições, aumentou a sua quota de 18,1% em 2003, para 33,3% em 2007. Em termos absolutos, o valor expedido cresceu mais de 108%. Numa análise mais fina, conclui-se que os automóveis de passageiros e outros veículos de transporte de passageiros 35 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) (26,5% do total), as partes e acessórios dos veículos automóveis (0,5%) foram os subgrupos mais representativos deste conjunto de produtos. • Máquinas e aparelhos – esta categoria agrega as máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos (capítulos 84 e 85 da NC) e ocupa a segunda posição nas expedições para o mercado. O seu peso específico na estrutura das nossas vendas diminuiu de 33,5% em 2003, para 26,9% em 2007. Em termos absolutos, o valor expedido diminuiu 9,1%. Como principais subgrupos são de assinalar os aparelhos receptores para radiotelefonia, radiotelegrafia e radiodifusão (7,8% do total), as torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes, para canalizações e caldeiras (3,4%), as caixas de fundições, placas de fundo para moldes, modelos para moldes e moldes para metais (1,3%) e os circuitos integrados e microconjuntos electrónicos (1,2%). • Calçado – este conjunto inclui o capítulo 64 da NC e surge na terceira posição no “ranking” das expedições em 2007. O peso relativo do valor expedido caiu de 8,2% em 2003, para 5,5% em 2007. Em termos absolutos, as vendas diminuiram 24,5%. O calçado com sola externa de borracha, plástico, couro e parte superior de couro natural (4,6% do total) e as partes de calçado, palmilhas, reforços, polainas e artigos semelhantes (0,4%) constituíram os subgrupos mais relevantes. • Produtos químicos – este grupo compreende os capítulos 28 a 38 da NC e surge na quarta posição das expedições em 2007, tendo o peso relativo do valor expedido aumentado de 3,1% em 2003, para 5,4% em 2007, enquanto que em valor absoluto registava um aumento de 96,9%. No âmbito deste grupo, destacam-se os subgrupos dos medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho (1,8% do total), dos hidrocarbonetos acíclicos (1,7%) e das tintas e vernizes, dispersos ou dissolvidos em meio não aquoso (0,4%). • Vestuário – este conjunto de produtos compreende os capítulos 61 e 62 da NC, e vem em quinto lugar nas expedições portuguesas para a Alemanha em 2007. Em termos de estrutura das expedições, diminuiu a sua quota de 8,8% em 2003, para 5,2% em 2007, enquanto que em termos absolutos o valor expedido caiu 33%. Os subgrupos mais representativos foram as T-shirts e camisolas interiores, de malha (2,2% do total), as camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e artigos semelhantes, de malha (0,7%) e as meias-calças, meias de qualquer espécie, incluindo para varizes, de malha (0,4%). • Plásticos e borracha – este agrupamento reúne os capítulos 39 e 40 da NC e foi sexto mais expedido por Portugal para a Alemanha, em 2007. Entre 2003 e 2007, o valor das expedições deste grupo de produtos subiu tanto em termos absolutos (39,9%), como em termos relativos (de 4,2% para 5,2%, do total expedido). O subgrupo que absorveu a maior parte das expedições deste agregado foi o dos pneumáticos novos, de borracha (2,8% do total) e o de outras chapas, folhas e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçadas (0,5%). 36 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) • Metais comuns – esta categoria de produtos é composta pelos capítulos 72 a 83 da NC e surge na sétima posição das expedições, em 2007. O seu peso relativo no conjunto das expedições subiu de 3,4% em 2003, para 5,1% em 2007, enquanto que em termos absolutos o valor expedido aumentou 66,8%. No âmbito do grupo, destacam-se os subgrupos de molas e folhas de molas, de ferro ou aço (0,8% do total), outras obras de alumínio (0,8%), cadeados, fechaduras e ferrolhos, de metais comuns, fechos e armações com fecho (0,6%), outras obras de ferro ou aço (0,4%). Finalmente, há que realçar que, as expedições portuguesas para a Alemanha mostram padrões de negócios relativamente estáveis. Com efeito, tomando como referência os dez primeiros capítulos pautais (a dois dígitos) de 2003, registava-se, em 2007, o aparecimento de três novos capítulos pautais nas expedições, ou seja, uma taxa de variabilidade de 30%, reflectindo assim nichos de mercado mais ou menos adequados à procura do mercado alemão. Expedições por Grupos de Produtos 3 (10 Euros) 2003 Veículos e outro material de transporte % 2006 % 2007 % 752.595 18,1 1.310.797 30,4 1.567.430 33,3 1.390.372 33,5 1.289.382 29,9 1.263.966 26,9 Calçado 342.109 8,2 258.576 6,0 258.408 5,5 Produtos químicos 128.662 3,1 208.136 4,8 253.303 5,4 Vestuário 366.242 8,8 240.050 5,6 245.486 5,2 Plásticos e borracha 175.670 4,2 235.042 5,5 244.772 5,2 Metais comuns 142.569 3,4 179.923 4,2 237.802 5,1 Matérias têxteis 195.473 4,7 156.934 3,6 162.587 3,5 Pastas celulósicas e papel 217.299 5,2 126.015 2,9 150.469 3,2 Minerais e minérios 115.618 2,8 80.621 1,9 95.000 2,0 Madeira e cortiça 118.874 2,9 79.392 1,8 85.484 1,8 Produtos alimentares 53.298 1,3 51.252 1,2 55.311 1,2 Instrumentos de óptica e precisão 57.749 1,4 34.684 0,8 27.692 0,6 Produtos agrícolas 23.985 0,6 21.897 0,5 25.279 0,5 9.587 0,2 5.692 0,1 5.047 0,1 Combustíveis minerais 11.859 0,3 298 0,0 323 0,0 Outros produtos 50.224 1,2 31.683 0,7 26.864 0,6 4.152.186 100,0 4.310.373 100,0 4.705.222 100,0 Máquinas e aparelhos Peles e couros Total Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Nota: Os dados de 2006 e 2007 encontram-se corrigidos dos valores confidenciais, correspondentes às operações abrangidas pela lei do segredo estatístico. Por esta razão, poderá haver discrepância, para aqueles períodos, entre estes totais e os da balança comercial De acordo com os dados do INE, o número de empresas portuguesas que têm vindo a expedir produtos para a Alemanha caiu de 2.722 em 2000, para 2.386 em 2007 (último ano disponível). 37 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 2.1.4. Chegadas por Grupos de Produtos O grau de concentração das chegadas é da mesma grandeza que o das expedições, ou seja, bastante elevado, uma vez que quase 60% das aquisições, em 2007, diz respeito apenas a dois grupos de produtos – máquinas e aparelhos com 39,4% e veículos e outro material de transporte com 20,4%. Dos restantes grupos de produtos, destacam-se ainda os produtos químicos (9,6% do total expedido), os metais comuns (7,6%), os plásticos e borracha (5,3%), os instrumentos de óptica e precisão (2,7%) e os produtos alimentares (2,6%). Há que realçar que, em termos de intensidade de valor acrescentado, a estrutura das chegadas sofreu apenas ligeiras alterações no período de 2003-2007, com os bens de capital e de consumo duradouro respondendo por cerca de 63% do valor total das nossas compras, os produtos intermédios por cerca de 32%, e os bens de amplo consumo por aproximadamente 6%. Analisando mais detalhadamente a evolução dos principais grupos de produtos, constata-se o seguinte: • Máquinas e aparelhos – este conjunto agrega as máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos (capítulos 84 e 85 da NC) e ocupa a primeira posição das compras portuguesas à Alemanha em 2007. Entre 2003 e 2007, registou-se um aumento de 24,6% do valor das chegadas, bem como um ligeiro aumento do seu peso relativo de 37,9% para 39,4%. Numa análise mais detalhada, os circuitos integrados e microconjuntos electrónicos (15,6% do total), as partes reconhecíveis com/ou exclusiva/parcialmente para aparelhos (1,5%), os aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia, por fios, videofones (1,3%), as máquinas automáticas para processamento de dados/unidades, leitores magnéticos (1,3%), as máquinas e aparelhos mecânicos, com função própria (1,1%), as torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras (1,1%) e os aparelhos para interrupção, seccionamento, protecção, para tensão <=1000 volts (0,9%) são os subgrupos que mais se destacam. • Veículos e outro material de transporte – este grupo de produtos é constituído pelos capítulos 86 a 89 da NC e ocupa a segunda posição no “ranking” das chegadas em 2007, tendo, entre 2003 e 2007, o valor de suas compras aumentado 23,9%, e o seu peso relativo de 19,7% para 20,4%, no mesmo período. Numa análise mais fina, em 2007, os automóveis de passageiros e outros veículos de transporte de passageiros (13,1% do total), as partes e acessórios dos veículos automóveis (3,7%), os veículos automóveis para transporte de mercadorias (1,5%) e os tractores (0,6%) são os subgrupos mais representativos. • Produtos químicos – em 2007, em terceiro lugar na estrutura das chegadas surge o grupo de produtos que compreende os capítulos 28 a 38 da NC, tendo entre 2003 e 2007, o valor de suas compras subido 12,3%, mas diminuída a sua participação nas compras no mesmo período (de 10,2% para 9,6%). No âmbito deste grupo, destacam-se os subgrupos de medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho (2,8% do total), os reagentes de diagnósticos ou de laboratório (0,6%), as tintas de impressão, escrever ou desenhar, mesmo concentradas (0,6%) e os insecticidas, herbicidas, desinfectantes e produtos semelhantes (0,4%). 38 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) • Metais comuns – esta categoria de produtos é composta pelos capítulos 72 a 83 da NC e surge na quarta posição, tendo, entre 2003 e 2007, o valor de suas compras crescido 42,4% e a sua participação na estrutura das compras passou de 6,4% para 7,6%, no mesmo período. No âmbito deste grupo, destacam-se as compras de fios de cobre (0,6% do total), os tubos de cobre (0,5%) e os parafusos, pernos/pinos, roscados, porcas, de ferro fundido ou aço (0,3%). • Plásticos e borracha – este agrupamento de produtos reúne os capítulos 39 e 40 da NC, tendo assumido, em 2007, a quinta posição no valor global das compras. Entre 2003 e 2007, o valor das compras aumentou 21,8%, enquanto que o seu peso relativo registou um ligeiro aumento no mesmo período (de 5,2% para 5,3%). As outras obras de plástico e obras de outras matérias (0,7% do total), os poliecetais, outros poliéteres e resinas epóxidas, em formas primárias (0,7%) e a borracha sintética e artificial, derivada dos óleos (0,3%) surgem à cabeça deste grupo de produtos. • Instrumentos de óptica e precisão – este conjunto de produtos engloba os capítulos 90 a 92 da NC e surge na sexta posição na estrutura das chegadas. No período de 2003-2007, em termos absolutos, o valor destas compras caiu 6,2%, tendo, em termos relativos, o seu peso diminuido também de 3,5% para 2,7%. No âmbito deste grupo de produtos, destacam-se os subgrupos de instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária (0,6% do total) e os instrumentos para análises físicas/químicas, instrumentos para ensaios de viscosidade (0,3%). • Produtos alimentares – este grupo de produtos (capítulos 16 a 23) foi o sétimo das chegadas em 2007, tendo, entre 2003 e 2007, o valor de suas compras aumentado 26,0%, enquanto que o seu peso relativo na estrutura das compras subia ligeiramente de 2,5% para 2,6%, no mesmo período. Como principais subgrupos surgiam os produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos (0,4% do total) e o chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau (0,4%). Finalmente, há que realçar que as chegadas mostram padrões de negócios relativamente estáveis. Com efeito, tomando como referência os dez primeiros capítulos pautais (a dois dígitos) de 2003, registava-se, em 2007, o aparecimento de dois novos capítulos pautais nas chegadas, ou seja, uma taxa de variabilidade de 20%, reflectindo assim nichos de mercado mais ou menos adequados à procura do mercado português. Segundo os dados do INE, verifica-se um interesse crescente de empresas portuguesas que adquirem produtos no mercado alemão, cujo número subiu de 6.958 em 2000, para 7.451 em 2007 (último ano disponível), muito superior ao número de empresas expedidoras (2.386). 39 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Chegadas por grupos de produtos (103 Euros) 2003 % 2006 % 2007 % Máquinas e aparelhos 2.313.356 37,9 2.763.684 39,8 2.883.489 39,4 Veículos e outro material de transporte 1.205.484 19,7 1.410.901 20,3 1.493.582 20,4 Produtos químicos 624.207 10,2 627.965 9,1 701.116 9,6 Metais comuns 392.364 6,4 499.399 7,2 558.921 7,6 Plásticos e borracha 316.612 5,2 372.851 5,4 385.635 5,3 Instrumentos de óptica e precisão 211.483 3,5 203.911 2,9 198.328 2,7 Produtos alimentares 150.953 2,5 176.894 2,6 190.138 2,6 Produtos agrícolas 151.612 2,5 195.763 2,8 180.123 2,5 Matérias têxteis 253.415 4,2 176.638 2,5 167.985 2,3 Pastas celulósicas e papel 89.483 1,5 108.842 1,6 115.506 1,6 Combustíveis minerais 26.149 0,4 26.136 0,4 77.497 1,1 Vestuário 77.835 1,3 52.826 0,8 58.101 0,8 Madeira e cortiça 20.125 0,3 33.063 0,5 40.424 0,6 Calçado 44.472 0,7 35.400 0,5 40.195 0,5 Minerais e minérios 41.230 0,7 41.965 0,6 40.081 0,5 Peles e couros 42.856 0,7 29.308 0,4 31.635 0,4 Outros produtos 144.443 2,4 180.302 2,6 147.329 2,0 6.106.035 100,0 6.935.846 100,0 7.310.084 100,0 Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: Os dados de 2006 e 2007 encontram-se corrigidos dos valores confidenciais, correspondentes às operações abrangidas pela lei do segredo estatístico. Por esta razão, poderá haver discrepância, para aqueles períodos, entre estes totais e os da balança comercial 2.2 Investimento 2.2.1. Importância da Alemanha nos Fluxos de Investimento para Portugal Importância da Alemanha nos Fluxos de Investimento para Portugal 2003 Portugal como receptor (IDE) Portugal como emissor (IDPE) 2004 2005 2006 2007 Posição 6ª 4ª 1ª 1ª 1ª % 8,9 12,6 16,8 15,7 19,9 Posição 24ª 13ª 18ª 12ª 24ª % 0,2 1,0 0,5 1,2 0,2 Fonte: Banco de Portugal Nota: Dados disponibilizados em Novembro de 2008 Enquanto país emissor de investimento directo estrangeiro (IDE), a Alemanha tem a máxima importância para Portugal, surgindo à cabeça no “ranking” de investidores nos últimos três anos. Merece relevo especial o facto de a sua quota de mercado ter vindo a aumentar praticamente de forma contínua (de 8,9% em 2003, para 19,9% em 2007) respondendo, portanto, por quase 1/5 dos fluxos de IDE. Como 40 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) receptor de investimento directo português (IDPE), a posição alemã testemunha um interesse oscilante dos operadores económicos portugueses por este mercado, ocupando a 24ª posições no “ranking” de receptores, em 2007. 2.2.2. Investimento Directo de Portugal na Alemanha Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no período de 2003-2007, o investimento bruto português na Alemanha ascendeu a 329,9 milhões de euros mas, tomando em consideração o desinvestimento efectuado, no montante de 371,9 milhões de euros, regista-se um investimento líquido negativo (-42,0 milhões de euros). Investimento Directo de Portugal na Alemanha (103 EUR) 2003 Investimento bruto Desinvestimento Investimento líquido Fonte: Banco de Portugal Nota: Dados disponibilizados em Novembro de 2008 2004 2005 2006 2007 16.920 124.377 52.290 113.194 23.123 148.716 147.143 36.706 16.260 23.056 -131.796 -22.766 96.934 67 15.584 Os últimos dados referentes a 2008 indicam que até Setembro, Portugal investiu no mercado alemão cerca de 70,6 milhões de euros, a que correspondeu um aumento de 294% relativamente ao período homólogo de 2007. 2.2.3. Investimento Directo da Alemanha em Portugal Ao longo do período 2003-2007, o investimento bruto alemão em Portugal registou um crescimento contínuo e ascendeu a 22.043,1 milhões de euros. Dado que o desinvestimento efectuado no mesmo período atingiu o montante de 22.131,8 milhões de euros, o valor do investimento líquido acumulado fixou-se em -88,7 milhões de euros. Investimento Directo da Alemanha em Portugal 3 (10 EUR) 2003 2004 2005 Investimento bruto 2.858.073 3.416.703 4.637.718 5.141.179 5.989.426 Desinvestimento 2.953.428 3.438.035 4.859.977 4.916.564 5.963.820 -95.355 -21.332 -222.259 224.615 25.606 Investimento líquido Fonte: Banco de Portugal Nota: Dados disponibilizados em Novembro de 2008 2006 2007 Nos primeiros nove meses de 2008, o investimento directo da Alemanha em Portugal atingiu perto de cinco mil milhões de euros, traduzindo-se num aumento de 14,7% face a idêntico período do ano anterior. 41 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) As aplicações de capitais efectuadas pela Alemanha em Portugal destinaram-se sobretudo à indústria transformadora (80,6% do total em 2007), ao comércio por grosso e a retalho (10,4%) e às actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas (5,9%). 2.3. Turismo A Alemanha assume uma posição muito relevante enquanto país emissor de turistas para Portugal, representando, em 2007, 11% do número total de hóspedes (3º lugar no ranking dos mercados externos), 14,4% das dormidas (2º lugar) e 12% do total de receitas de turistas estrangeiros (4º lugar). No período 2003-2007, o número de hóspedes alemães cresceu a uma taxa média de 1,4% ao ano e o montante de receitas registou uma taxa média de crescimento anual de 7,3%, o que provavelmente reflecte uma evolução positiva da qualidade da oferta portuguesa e a chegada ao nosso país de um número crescente de alemães com maior poder de compra. Todavia, há que ter em consideração que aquelas receitas representavam menos de 1% dos gastos dos turistas alemães no estrangeiro em 2007, o que aponta para um potencial de crescimento ainda longe de esgotado. Turismo da Alemanha em Portugal 2003 Hóspedes a Dormidas b a 3 Receitas (10 EUR) 2004 2005 2006 2007 732.129 718.201 734.035 772.239 773.501 3.899.433 3.771.828 3.898.469 3.862.780 3.835.300 670.855 701.163 753.513 833.433 888.424 Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal Notas: (a) Inclui apenas a hotelaria global (b) Não inclui as receitas de transporte A sazonalidade da procura da Alemanha para Portugal revela que 38,3% dos fluxos ocorrem durante a época média (Abril, Maio, Junho e Outubro) e 30,1% ocorrem na época alta (Julho, Agosto e Setembro), sendo Setembro o mês que concentra maior número de turistas. O Algarve e a Madeira são os principais destinos dos turistas alemães em território nacional, com uma quota de 39,4% e 38,2%, respectivamente, em 2007. Estes destinos apresentaram comportamentos diferentes face ao ano anterior – o Algarve registou uma quebra de 1,8% e a Madeira um acréscimo de 1,9%. Lisboa detém uma quota de 13,9%, a qual se tem mantido estável. A estada média dos turistas alemães em Portugal é de 5 dias, sendo que a Madeira e o Algarve registam valores acima da média – 6,9 e 6,6 dias, respectivamente. 42 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 3. Oportunidades e Dificuldades do Mercado 3.1 Comércio A Alemanha continua a ser uma plataforma comercial cujos agentes económicos têm um impacto muito relevante nos países de língua alemã (Áustria e Suíça), assim como na Escandinávia e, mais recentemente, em toda a zona do Alargamento Europeu. Para Portugal, a Alemanha continua a desempenhar um papel muito importante enquanto parceiro comercial, ocupando a 2ª posição enquanto cliente e fornecedor. No mercado alemão, Portugal ocupa uma posição relevante enquanto fornecedor de alguns produtos, nomeadamente: 1° Fornecedor - receptores para radiotelefonia, radiotelegrafia e radiodifusão; cortiça e produtos de cortiça; tecidos com borracha; outros tecidos de fibras sintéticas descontínuas; máquinas e aparelhos para fabricação ou acabamento de feltro ou de falsos tecidos; partes de calçado, palmilhas, reforços, polainas e semelhantes. 2° Fornecedor - molas e folhas de molas, de ferro/aço; binóculos, lunetas, etc. e outros instrumentos de astronomia e suas armações. 3° Fornecedor - fios de lã penteada; louça, outros artigos uso doméstico, de cerâmica (exc. porcelana); 4° Fornecedor - calçado em couro; colofónias e ácidos resiníferos e seus derivados; 5° Fornecedor - pastas químicas de madeira, à soda ou sulfato (exc. para dissolução); cuecas, pijamas, roupões de banho, etc. de malha para homens. Face à importância da Alemanha a nível mundial (2ª posição como importador e, desde 2003, o 1º lugar como exportador) são vários os produtos de oportunidade para este mercado, dos quais destacamos os seguintes: • Vestuário - desenvolvimentos de nichos de mercado para produtos com qualidade e design; especialização em pequenas séries; “quick response” e serviço ao cliente. • Têxteis - desenvolvimento de novas aplicações para produtos têxteis, apostando em produtos diferenciados (p.ex. têxteis técnicos); cooperação com designers que alargam a sua marca a outros produtos para a casa; aposta na apresentação de produtos diferenciados. • Calçado - desenvolvimento de nichos de mercado; reconhecimento da qualidade do calçado português. 43 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) • Fileira casa - apostar na qualidade, design e funcionalidade do produto; participação em redes de distribuição; criação e gestão de marcas. • Vinhos - crescente procura de vinhos tintos; receptividade por produtos com boa relação preço/qualidade; oferta para descobrir “novidade”. • Rochas ornamentais - aumento do segmento da reconstrução, o que favorece a compra de produtos de gama média/alta. A Alemanha é um país de compradores e a importância da função “compras” é reconhecida e respeitada na grande maioria das empresas. Os colaboradores ligados a este sector, regra geral, gozam de uma formação intensa, pelo que são normalmente muito competentes e bons conhecedores das tendências do mercado. Para oferecer os produtos, o conhecimento prévio do sector e das suas necessidades são fundamentais. As dificuldades para as empresas portuguesas derivam essencialmente dos seguintes factores: • Bens de consumo portugueses em abrandamento; baixa notoriedade no mercado. • Baixo grau de conhecimento sobre os produtos portugueses ao nível do consumidor final; falta de imagem/prestígio. • Fraca presença nos pontos de venda; falta da presença portuguesa na grande distribuição. • Desconhecimento por parte dos fabricantes nacionais dos canais de distribuição utilizados pelos agentes e/ou importadores. • Reduzida aposta nas marcas próprias. • Deficiências em algumas fases de concepção e comercialização do produto. • Estruturas de marketing e distribuição dos produtos nacionais pouco desenvolvida. • Pequena dimensão das empresas nacionais. 3.2 Investimento Em primeiro lugar é de salientar a dimensão do mercado, dado que a Alemanha constitui a maior economia da Europa e tem uma mão-de-obra qualificada e com elevados índices de produtividade. Todos os sectores de negócio, onde é pertinente reforçar a presença no mercado através de aquisição de canais de distribuição, são importantes para o investimento português. Apontamos como áreas prioritárias a Fileira Moda (confecção e calçado), a Fileira Casa (cerâmicas e vidros), os Vinhos, a Energia Renovável e as Rochas Ornamentais. Em termos de regiões a preferir para os investimentos portugueses salientamos a Renânia-Vestfália, a região de Frankfurt (Hessen), Estugarda (Baden-Wuerttemberg), Munique (Baviera), bem como Hamburgo e Baixa Saxónia. Uma empresa portuguesa que se concentre apenas nos distritos de Colónia e Dusseldorf consegue chegar a 44 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 10 milhões de consumidores (o que equivale a Portugal inteiro) numa superfície comparável à região de Lisboa e Vale do Tejo. Nesta região, as despesas de consumo representam um valor de cerca de 50 mil milhões de euros. A criação de novas empresas com tecnologias avançadas e modelos de gestão adaptados é fundamental. Existem cerca de 30 empresas portuguesas com escritório na Alemanha, a maior parte das quais com investimentos efectuados na área comercial. No sector industrial existem alguns investimentos a registar - a aquisição das empresas Glunz e Hornitex AG pela Sonae Indústria e a aquisição da Union Paper pela Inapa. Também é de registar a aquisição, por parte da Martifer SA, de 25,6% do sexto maior fabricante mundial de turbinas eólicas, a Repower Systems AG, assim como o investimento da Joalto (transportes rodoviárias) e a aquisição da Deutsche Touring por um consórcio luso-espanhol. O Grupo Sonae Sierra construiu em Berlim o grande Centro Comercial “Alexa”, inaugurado em Setembro de 2007. Em termos de dificuldades de implantação no mercado, há que salientar os seguintes aspectos: • A estrutura empresarial em Portugal é de pequena e média dimensão e são poucas as grandes empresas que investem no estrangeiro (Sonae, Amorim, Jerónimo Martins, Portugal Telecom, Mota Engil, entre outras). • A dimensão do mercado alemão exige uma estratégia de abordagem bem concebida. • A concorrência por parte do Leste da Europa e da Ásia está a aumentar. • Crescente domínio do mercado pelas marcas do comércio. • Aumento da concorrência dos países industrializados nos segmentos de gama média e alta. • Continuação da deslocalização para a Ásia ou Países de Leste (p.ex. Ucrânia). • Diferenças culturais. Portugal recebeu investimentos de grandes empresas alemãs, tais como a Volkswagen (AutoEuropa), Siemens, Infineon, Epcos, Bosch/Blaupunkt, Continental (Mabor), mas também muitos fabricantes de renome da fileira moda (calçado e confecção), como por exemplo a Gabor, Ara Shoes e Priess Modelle, descobriram o nosso país (nos anos sessenta e setenta do século passado) como uma localização excelente para investimentos industriais. Também as grandes empresas alemãs do sector metalomecânico e de subcontratação - Edscha, Mahle, Kromberg & Schubert, Preh-Werke, HUF, Leica, Benteler e Grohe, etc. - instalaram fábricas em Portugal. O investimento alemão constitui um veículo importante para o aumento da capacidade de inovação na economia portuguesa, porque permite o acesso a capital humano com maiores níveis de formação, a novos mercados, produtos e serviços, a maior qualidade, a organizações melhor adaptadas ao processo de inovação e a redes internacionais de conhecimento e parcerias. Destacamos como sectores de aposta: software aplicado às telecomunicações e transportes; centros de competência em áreas como ciências da computação, tecnologias de informação, comunicações militares, automação e robótica; actividades de maior valor acrescentado em sectores industriais; 45 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) serviços partilhados, centros de atendimento telefónico e outras actividades de processamento de informação; turismo; energias renováveis; meios e serviços de pagamento. De facto existem inúmeras oportunidades em áreas em que Portugal tem “algo para oferecer”, em especial nos domínios da excelência e da inovação. Em termos de factores limitativos do investimento alemão em Portugal há que ter em consideração o seguinte: • Dimensão reduzida do mercado português. • No sector automóvel (subcontratação) há uma grande dependência da AutoEuropa. • Perda de competitividade que é justificada pela posição de Portugal na Europa dos 27, mas também por factores internos de ordem estrutural como níveis de educação e de qualificação relativamente baixos, dependência energética e insuficiência de reformas no sentido da reconversão da economia. 3.3. Turismo Na área do turismo existem segmentos que acompanham melhor a tendência futura do mercado alemão e que possuem potencial para gerar grandes fluxos, como sejam: • Sol e Mar • “Touring” • Saúde e Bem-estar • Natureza e Passeios a pé • Golfe • “Best Agers” O Sol e Mar vai continuar a liderar a preferência dos alemães, mas os produtos de nicho poderão apresentar interessantes oportunidades de negócio. A Alemanha constitui o principal emissor de turistas a nível mundial, sendo o mercado caracterizado por uma elevada concorrência entre operadores e uma oferta muito agressiva de todos os destinos. Por outro lado, o turista alemão é muito exigente e faz questão em valer os seus direitos, existindo elevados índices de reclamação sempre que o produto proposto/vendido não corresponde à realidade. O ruído e as obras incomodam bastante o turista alemão, que procura sossego e tranquilidade nas suas férias. Tratando-se de um estado federado e descentralizado, a Alemanha apresenta um elevado número de cidades de partida para viagens de avião, o que limita por vezes a capacidade e frequência dos voos para Portugal (que nem sempre é diária), principalmente no que diz respeito aos voos charter que alimentam os nossos destinos de Sol e Mar. 46 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) 3.4. “Cultura de Negócios” A Alemanha é um dos maiores mercados do mundo, o primeiro parceiro comercial para muitos países e seguramente o mercado mais relevante no âmbito da UE. Para se fazer negócio na Alemanha, não basta visitar o mercado e esperar que todas as portas se abram. O mercado é muito específico e exige um verdadeiro empenho, sendo de evitar as seguintes situações: • a venda de produtos desenvolvidos recentemente e que não tenham sido devidamente testados; • os manuais de instruções escritos em inglês ou num alemão incorrecto; • a abordagem ao mercado com brochuras, manuais e ofertas em inglês, para não se colocar numa situação desvantajosa relativamente a empresas que abordam o mercado com um domínio da língua alemã; • o erro mais comum de traduzir as brochuras já existentes para alemão, devendo elas ser pensadas em alemão e não simplesmente traduzidas. Convém recordar que a abertura da Europa a leste, possibilitou a um grande número de novas economias o acesso ao mercado alemão. Por outro lado, quem visite a Polónia ou a República Checa, facilmente perceberá ao passar a fronteira que o alemão é a primeira língua estrangeira falada, e é muito provável que nem consiga comunicar em inglês. Há que ter em conta que a Alemanha é um país de compradores, que, numa mesma empresa, existem compradores especializados em cada tipo de produtos, são confrontados diariamente com uma abundância de ofertas tanto nacionais como internacionais, tendem a rejeitar as propostas que não incluem toda a informação considerada necessária ou cuja análise obrigue a algum esforço da sua parte. O conteúdo da documentação deve ser claro, sistemático, preciso e detalhado. Os alemães valorizam a honestidade e a objectividade, e apreciam os exemplos. A expressão “zum Beispiel” (por exemplo) é usada com frequência. Gostam de factos e valorizam os textos explicativos. Embora exista uma certa hierarquização, as decisões não estão concentradas no topo da hierarquia como em grande número de empresas portuguesas. A organização é muito compartimentada e a informação não flúi facilmente entre os vários departamentos. Assim, a responsabilidade geralmente fica no departamento e é o director de departamento quem decide sobre as matérias que lhe estão atribuídas. Enquanto que em alguns países um fornecedor pode ser escolhido com relativa rapidez, sendo os detalhes posteriormente analisados, na Alemanha é mais provável que todos os detalhes sejam minuciosamente analisados antes de ser tomada qualquer decisão. Esta situação pode frustrar muitas empresas estrangeiras, especialmente se alguém estiver convencido que já forneceu detalhes suficientes para a tomada de decisão e descobrir que são necessários mais estudos e mais testes antes da decisão final ser tomada. 47 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Os alemães tomam as decisões no final de um processo lento e trabalhoso, com base num extenso trabalho de pesquisa, o que faz com que uma vez tomada uma decisão, ela se mantenha firme e inalterável. Há que evitar a todo o custo a alteração de planos depois de iniciada uma relação comercial. É indispensável marcar as reuniões com alguma antecedência, em regra uma a duas semanas se a reunião for agendada por telefone. No caso de atraso previsível de chegada ao encontro, é importante telefonar para avisar o interlocutor, fornecendo uma razão aceitável para o atraso. A forma mais comum de abordagem ao mercado começa pela participação numa feira, onde se efectuam os primeiros contactos. Com efeito, dois terços dos salões líderes mundiais são realizados na Alemanha e seis entre as dez maiores sociedades de parques de exposições situam-se na Alemanha. As grandes cidades onde se realizam feiras são Hanôver, Frankfurt, Dusseldorf, Colónia e Munique. O site http://www.auma.de fornece todas as informações importantes sobre as feiras. As principais feiras realizadas na Alemanha são plataformas mundiais que possibilitam contactos com compradores de vários países do mundo. Acontece por vezes a situação extrema de uma empresa realizar contactos com potenciais parceiros comerciais de inúmeros países excepto da Alemanha. Quando o objectivo é abordar o mercado alemão, não basta a simples presença na feira, sendo recomendável todo um trabalho prévio de preparação da feira. O passo seguinte e que permite uma melhor implantação no mercado é a angariação de um agente ou de um distribuidor. A ideia é testar os produtos da empresa no mercado de uma forma relativamente económica. A dificuldade reside em encontrar a pessoa adequada. Normalmente o relacionamento com um agente resulta de um encontro fortuito numa feira, e aquando da celebração do acordo, a empresa portuguesa por vezes não verifica se a pessoa em questão possui as capacidades financeiras e profissionais necessárias para comercializar os seus produtos. O trabalho de preparação de informação aceitável, preferencialmente em alemão, brochuras e listas de preços em euros, deve preceder o contacto com os agentes ou distribuidores alemães. Os preços devem ser calculados para entrega de mercadorias no cliente, dado que só as grandes empresas estão habituadas a trabalhar com preços ex-works. A Alemanha é um país de grandes dimensões e os engarrafamentos constantes nas auto-estradas tornam impossível trabalhar-se só com um vendedor em todo o país. Um mínimo de cinco vendedores pode abranger todo o país, no entanto pode-se optar por concentrar a actividade inicial nas zonas com maior densidade populacional e poder de compra. No que diz respeito à procura de agentes no mercado alemão, poder-se-á optar pela publicação de um anúncio nas revistas da especialidade ou pelo contacto da Associação dos Agentes Alemães CDH Centralvereinigung Deutscher Wirtschaftsverbände für Handelsvermittlung und Vertrieb que possui o seguinte endereço na internet http://www.cdh.de. Anúncios de procura/oferta são publicados directamente pela associação, no seu jornal HV, com base num formulário próprio para o efeito. É 48 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) aconselhável ainda, o envio do anúncio para cada uma das CDH regionais dado que os agentes estão muito ligados às várias CDH regionais. Esta Associação estima que um agente necessita de uma comissão anual de cerca de 100.000 euros, de forma a poder suportar os seus custos e obter um lucro razoável. Os custos de viagem podem atingir facilmente os 25.000 euros/ano e os custos administrativos os 15.000 euros/ano. No entanto, muitos agentes não atingem esta comissão de 100.000 euros e estão sempre à procura de novos produtos. Por outro lado, não faltam empresas que procurem agentes, o que coloca o agente numa boa situação, podendo sempre escolher entre várias possibilidades. Se existirem empresas que forneçam apoio suplementar no arranque e outras que só ofereçam comissões nas vendas, o mais provável é que o agente opte pela primeira. Uma outra alternativa, bastante mais dispendiosa, seria o recrutamento através de uma empresa de consultoria especializada neste tipo de serviços. Ao celebrar um acordo com um agente alemão convém ter em atenção que a lei alemã é mais favorável ao agente do que a lei portuguesa, apesar dos movimentos que tentam unificar a lei de agência dentro da UE. É uma matéria complexa e o conselho de um profissional deve ser considerado. Envidar esforços para encontrar o parceiro adequado é fundamental, sendo também crucial que o contrato de agência seja bem preparado. Na Alemanha, a legislação específica a este tema encontra-se detalhada no livro HGB – Handelsgesetzbuch. Se o mercado alemão for de facto indicado para os produtos da empresa, o passo seguinte deveria ser a constituição de uma entidade legal na Alemanha. As duas formas de sociedade mais comuns são a GmbH - Gesellschaft mit beschränkter Haftung (a Lda., Sociedade de Responsabilidade Limitada em Portugal) e AG – Aktiengesellschaft (a S.A., Sociedade Anónima em Portugal). A segunda é mais cara do que a primeira, obriga a auditorias e não traz vantagens comerciais significativas. A maioria das companhias estrangeiras, de dimensões diversas, opta pela GmbH. Nesta forma de sociedade não existem requisitos especiais sobre a nacionalidade dos gestores da empresa criada, nem é obrigatória a residência na Alemanha. Só é necessário um capital mínimo de 25.000 euros e um notário alemão que possa certificar a constituição da empresa. Com o selo do notário nos documentos de registo, deve-se então passar pelo registo comercial Handelsregister da cidade alemã que acolherá a empresa. O registo da empresa é publicamente anunciado num jornal diário e na publicação federal “Bundesanzeiger”. Não há nenhuma regra rígida em termos de pagamento; o modo de pagamento mais frequente na Alemanha é a transferência bancária, sendo recomendável a abertura de uma conta num banco alemão. A fim de proteger a parte mais fraca, as transacções de negócios na Alemanha entre empresas ou entre uma empresa e um consumidor estão frequentemente baseadas num contrato padrão, cujas cláusulas são delineadas pela lei “Gesetz zur Regelung des Rechts der Allgemeinen Geschaftsbedingungen”. 49 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) No intercâmbio comercial entre parceiros é importante para os fornecedores garantir a propriedade da mercadoria fornecida até estar totalmente paga e/ou ver garantida a seu favor a dívida do parceiro comercial relativa a mercadorias ou serviços. Na Alemanha, a transferência de propriedade é efectuada durante a entrega das mercadorias, ou, no caso da existência de uma cláusula de reserva de propriedade, depois de paga a factura. Assim, é aconselhável garantir a propriedade da mercadoria, através de uma declaração expressa de reserva de propriedade quando da entrega da mercadoria, no envio da mesma ou na facturação do fornecimento. É recomendável a impressão da reserva de propriedade em toda a documentação comercial: prospectos, formulários de encomenda e de confirmação de encomenda, facturas e outra documentação utilizada nas transacções comerciais. É ainda importante que se faça uma identificação da mercadoria com letreiros ou outras marcas de qualquer tipo para, no caso de a mercadoria ser misturada nos serviços da falência com outras mercadorias, poder ser facilmente identificada. A Alemanha é, para muitas áreas de negócio, um mercado saturado e com uma concorrência muito forte por parte das empresas locais e estrangeiras. O custo de acesso ao mercado é elevado, mas é um problema comum a todos os recém chegados ao mercado. Por outro lado, oferece uma situação relativamente confortável a quem consegue vencer os problemas iniciais e obtêm sucesso no fornecimento dos seus clientes. A criação de um negócio próspero não depende unicamente dos recursos financeiros, já que as grandes empresas cometem os mesmos erros que as pequenas. Trata-se sobretudo de compreender as necessidades do mercado e de saber como oferecer as potencialidades específicas da empresa. Um negócio de sucesso na Alemanha necessita de uma estratégia de longo prazo, um planeamento minucioso, inputs financeiros razoáveis e uma gestão disposta a assumir um papel activo no desenvolvimento do negócio. Considerando estes factores, a Alemanha ainda é um bom mercado, oferecendo boas oportunidades e clientes relativamente fiéis. 50 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Anexo 1 – Principais Produtos transaccionados entre Portugal e a Alemanha (2006-2007) Expedições N.C. PRINCIPAIS MERCADORIAS TOTAL (Valores Declarados) 2006 1000 EUR Tons 2007 % Tot Tons 1000 EUR % Tot Var. % 1.235.016 4.452.647 100,00 1.347.967 4.843.579 100,00 8,78 94.556 1.073.408 24,11 112.332 1.285.441 26,54 19,75 5.742 343.790 7,72 6.984 379.627 7,84 10,42 0 202.533 4,55 0 221.882 4,58 9,55 8703 Automóveis de passageiros e outros veículos transporte passageiros, etc 8527 Aparelhos receptores p/ radiotelefonia/radiotelegrafia/radiodifusão, etc 6403 Calçado c/ sola externa borracha, plástico, couro e parte superior couro nat. 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 40.002 190.439 4,28 40.958 199.325 4,12 4,67 8481 Torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes, p/ canalizações, caldeiras etc 10.509 139.143 3,12 10.920 165.917 3,43 19,24 4011 Pneumáticos novos, de borracha 34.953 135.942 3,05 34.009 134.140 2,77 -1,33 6109 T-shirts e camisolas interiores, de malha 0 87.536 1,97 0 105.652 2,18 20,70 3004 Medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho 2901 Hidrocarbonetos acíclicos 8480 Caixas fundição; placas fundo p/ moldes; modelos p/ moldes; moldes p/ metais 4802 Papel e cartão, n/ revestidos,tipo usados p/ escrita ou out. fins gráficos,etc 8542 Circuitos integrados e microconjuntos electrónicos 8414 Bombas de ar/vácuo, compressores etc; exaustores p/ extracção/reciclagem, etc 8536 Aparelhos p/ interrupção, seccionamento, protecção etc, p/ tensão <=1000 volts 4504 1.085 67.685 1,52 1.267 85.968 1,77 27,01 44.163 37.181 0,84 90.633 80.957 1,67 117,74 2.721 47.893 1,08 3.360 64.049 1,32 33,73 37.645 26.221 0,59 79.555 59.818 1,23 128,13 1 100.579 2,26 3 56.475 1,17 -43,85 6.133 45.568 1,02 6.330 55.863 1,15 22,59 2.637 39.114 0,88 2.934 52.860 1,09 35,14 Cortiça aglomerada (com ou sem aglutinantes) e suas obras 21.079 46.456 1,04 17.532 42.524 0,88 -8,46 7320 Molas e folhas de molas, de ferro ou aço 17.204 36.420 0,82 20.127 40.216 0,83 10,42 8507 Acumuladores eléctricos e seus separadores, de forma quadradra ou rectangular 9.905 22.141 0,50 11.460 38.519 0,80 73,97 7616 Outras obras de alumínio 6.925 33.003 0,74 7.205 38.048 0,79 15,29 8409 Partes reconhecíveis c/o exclusiva/principalmente p/ motores das pp 8407/08 2.152 36.269 0,81 2.001 35.295 0,73 -2,68 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 0 40.045 0,90 0 32.037 0,66 -20,00 4804 47.706 24.102 0,54 56.419 30.972 0,64 28,50 8301 Papel e cartão kraft, n/ revestidos, em rolos ou em folhas, exc das pp 4802/03 Cadeados, fechaduras e ferrolhos, de metais comuns; fechos e armações c/ fecho 1.336 23.184 0,52 1.702 28.717 0,59 23,86 8544 Fios e outros condutores, isolados p/ usos eléctricos; cabos fibras ópticas 1.613 19.273 0,43 1.677 27.664 0,57 43,54 8706 Chassis com motor, para os veículos automóveis das posições 8701 a 8705 0 0 0,00 445 26.308 0,54 § 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 6.079 19.252 0,43 8.307 26.025 0,54 35,18 2204 Vinhos de uvas frescas -13,25 5515 Outros tecidos de fibras sintéticas descontínuas 4503 0 29.388 0,66 0 25.495 0,53 949 18.652 0,42 1.142 23.524 0,49 26,12 Obras de cortiça natural 1.262 26.016 0,58 1.074 23.325 0,48 -10,35 3920 Outras chapas,folhas e lâminas, de plástico n/ alveolar, n/ reforçadas, etc 9.414 18.590 0,42 11.476 22.503 0,46 21,05 8529 Partes reconhecíveis c/o exclusiva/parcialmente p/ aparelhos pp 8525 a 8528 2.211 19.764 0,44 1.789 21.587 0,45 9,22 8511 Aparelhos eléctricos ignição/arranque p/ motores etc; geradores e conjuntores 509 15.662 0,35 689 21.302 0,44 36,02 8532 Condensadores eléctricos, fixos, variáveis ou ajustáveis 272 45.145 1,01 272 20.420 0,42 -54,77 7326 Outras obras de ferro ou aço 1.823 17.842 0,40 1.521 19.943 0,41 11,77 6115 Meias-calças; meias de qualquer espécie, incl. p/ varizes, de malha 4.845 26.380 0,59 3.149 19.870 0,41 -24,68 8538 Partes destinadas exclusiva/principalmente p/ os aparelhos das pp 8535/36/37 928 19.459 0,44 961 19.633 0,41 0,89 5107 Fios de lã penteada, não acondicionados para venda a retalho 2.190 18.111 0,41 2.133 19.479 0,40 7,56 8516 Aquecedores eléctricos água; aparelhos eléct. p/ aquecimento ambientes, etc 1.710 12.691 0,29 2.128 19.271 0,40 51,85 8482 Rolamentos de esferas, de roletes ou de agulhas 942 14.183 0,32 1.183 18.811 0,39 32,64 8419 Aparelhos p/ tratamento matérias por meio operações mudança temperatura, etc 1.831 15.745 0,35 2.252 18.642 0,38 18,40 5911 Produtos e artefactos matérias têxteis, p/ usos técnicos, da nota 7 deste cap. 6.191 21.018 0,47 4.989 18.221 0,38 -13,31 3208 Tintas e vernizes, dispersos ou dissolvidos em meio não aquoso 6.362 19.976 0,45 6.190 18.219 0,38 -8,80 6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 1.929 16.732 0,38 2.069 18.044 0,37 7,84 6406 Partes calçado; palmilhas, reforços, polainas, perneiras e artigos semelhantes 1.557 21.905 0,49 1.377 17.273 0,36 -21,15 7407 Barras e perfis de cobre 2.709 10.999 0,25 4.050 16.989 0,35 54,45 (cont.) 51 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) (cont.) N.C. PRINCIPAIS MERCADORIAS TOTAL (Valores Declarados) 2006 1000 EUR Tons 2007 % Tot Tons 1000 EUR % Tot Var. % 1.235.016 4.452.647 100,00 1.347.967 4.843.579 100,00 8,78 10.402 15.265 0,34 11.538 16.715 0,35 9,50 416 17.805 0,40 348 16.559 0,34 -7,00 3909 Resinas amínicas, fenólicas e poliuretanos, em formas primárias 6203 Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino 6913 Estatuetas e outros objectos de ornamentação, de cerâmica 5.854 11.583 0,26 6.744 15.112 0,31 30,47 3926 Outras obras de plástico e obras de outras matérias das posições 3901 a 3914 2.522 15.619 0,35 2.707 14.965 0,31 -4,18 3406 Velas, pavios, círios e artigos semelhantes 9.078 13.339 0,30 7.378 13.442 0,28 0,77 8702 Veículos automóveis para o transporte >=10 pessoas, incluíndo o condutor 830 13.525 0,30 809 13.321 0,28 -1,51 7308 Construções e suas partes (etc) de ferro fundido, ferro/aço, exc prod pp 9406 1.940 4.352 0,10 4.993 12.704 0,26 191,89 7222 Barras e perfis, de aço inoxidável 1.623 5.397 0,12 2.580 12.556 0,26 132,63 8541 Díodos, transístores etc, dispostivos fotossensíveis, semicondutores etc 108 3.761 0,08 375 12.528 0,26 233,11 7604 Barras e perfis, de alumínio 2.074 7.604 0,17 3.161 11.708 0,24 53,98 4016 Outras obras de borracha vulcanizada não endurecida 1.746 10.153 0,23 1.945 11.459 0,24 12,86 8473 Partes e acessórios para máquinas e aparelhos das posições 8469 a 8472 200 170.446 3,83 23 11.259 0,23 -93,39 7013 Objectos de vidro p/ serviço de mesa, cozinha, toucador etc, exc pp 7010/18 6.532 5.720 0,13 9.331 10.019 0,21 75,16 8207 Ferramentas intercambiáveis p/ ferramentas manuais, mesmo mecânicas, etc 149 10.422 0,23 93 9.959 0,21 -4,44 5112 Tecidos de lã penteada ou de pêlos finos penteados 384 8.675 0,19 423 9.800 0,20 12,96 5902 Telas p/ pneumáticos, c/ fios alta tenacidade de nylon/outras poliamidas, etc 2.995 11.395 0,26 2.631 9.711 0,20 -14,78 8440 Máquinas p/ brochura/encadernação, incluídas as máquinas p/ costurar cadernos 1.060 9.838 0,22 1.022 9.541 0,20 -3,01 8517 Aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia, por fios etc; vídeofones 4 122 0,00 34 9.239 0,19 § 2002 Tomates preparados ou conservados, excepto em vinagre ou em ácido acético 33.252 6.265 0,14 17.298 9.216 0,19 47,10 5208 Tecidos de algodão >=85%, com peso <=200g/m2 3921 Outras chapas, folhas, películas, tiras, e lâminas de plástico 6801 Pedras p/ calcetar, meios-fios e lajes p/ pavimentação, de pedra natural 6908 Ladrilhos e placas p/ pavimentação/revestimento, vidrados/esmaltados; cubos 3204 8418 6104 515 10.267 0,23 449 9.188 0,19 -10,51 1.640 9.946 0,22 1.563 9.180 0,19 -7,70 161.380 9.511 0,21 156.247 9.123 0,19 -4,08 22.425 10.006 0,22 20.088 8.964 0,19 -10,41 Matérias corantes orgânicas sintéticas, de constituição química definida 2.478 10.982 0,25 2.128 8.892 0,18 -19,03 Refrigeradores, congeladores etc; bombas de calor, exc as máquinas da pp 8415 1.335 7.126 0,16 1.482 8.619 0,18 20,96 Fatos saia-casaco, vestidos, saias, calças/calções etc, de malha, uso feminino 0 6.571 0,15 0 8.581 0,18 30,58 6404 Calçado c/ sola exterior borracha etc, e parte superior de matérias têxteis 0 13.935 0,31 0 8.190 0,17 -41,22 4704 Pastas químicas de madeira, ao bissulfito, excepto pastas para dissolução 21.776 9.171 0,21 18.595 8.111 0,17 -11,56 6107 Cuecas, pijamas, roupões de banho, robes, etc., de malha, de uso masculino 0 10.215 0,23 0 8.053 0,17 -21,17 6405 Outro calçado 0 9.666 0,22 0 7.808 0,16 -19,22 6912 Louça, outros artigos uso doméstico, etc, de cerâmica, excepto de porcelana 5.239 8.994 0,20 4.618 7.597 0,16 -15,53 2603 Minérios de cobre e seus concentrados 221 255 0,01 7.776 7.537 0,16 § 7404 Desperdícios, resíduos e sucata de cobre Assentos (excepto os da pp 9402), mesmo transformáveis em camas, e suas partes 1.102 3.864 0,09 1.585 7.364 0,15 90,57 1.182 13.270 0,30 576 6.702 0,14 -49,50 Aparelhos eléctricos de sinalização acústica ou visual, exc os das pp 8512/30 Vidros de segurança, sendo vidros temperados/formados por folhas contracoladas 141 6.844 0,15 91 6.659 0,14 -2,70 2.741 7.332 0,16 2.752 6.633 0,14 -9,54 745.127 3.714.675 83,43 855.991 4.063.866 83,90 9401 8531 7007 AMOSTRA Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Notas: - Valores declarados - Informação corrigida dos valores confidenciais § - Dado com coeficiente de variação elevado 52 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Chegadas 2006 N.C. PRINCIPAIS MERCADORIAS TOTAL (Valores Declarados) 8542 8703 8708 3004 8529 8704 8517 8471 8479 8481 2710 8536 8522 8443 8541 3926 3907 8538 8502 3822 7408 8544 3215 9401 9018 8701 8504 7411 8477 8523 6406 0406 8466 3808 1905 0403 3002 1806 3402 4818 Circuitos integrados e microconjuntos electrónicos Automóveis de passageiros e outros veículos transporte passageiros, etc Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 2007 Tons 1000 EUR % Tot Tons 1000 EUR % Tot Var. % 1.780.913 6.965.519 100,00 1.728.969 7.349.899 100,00 5,52 142 1.274.623 18,30 593 1.149.434 15,64 -9,82 62.416 899.138 12,91 68.923 963.174 13,10 7,12 31.884 261.862 3,76 33.856 270.164 3,68 3,17 Medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho Partes reconhecíveis c/o exclusiva/parcialmente p/ aparelhos pp 8525 a 8528 3.230 176.306 2,53 3.635 203.435 2,77 15,39 7.812 148.328 2,13 5.813 110.757 1,51 -25,33 Veículos automóveis para transporte de mercadorias Aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia, por fios etc; vídeofones Máquinas automáticas p/ processamento dados/unidades; leitores magnéticos etc Máquinas e aparelhos mecânicos, c/ função própria, ainda n/ inc noutras pp Torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes, p/ canalizações, caldeiras etc Óleos de petróleo ou minerais betuminosos, exc. óleos brutos; preparações, etc Aparelhos p/ interrupção, seccionamento, protecção etc, p/ tensão <=1000 volts 18.225 100.168 1,44 17.327 110.425 1,50 10,24 280 27.299 0,39 518 98.786 1,34 261,87 1.454 75.880 1,09 1.441 98.751 1,34 30,14 3.039 60.619 0,87 5.230 78.994 1,07 30,31 4.968 60.582 0,87 5.850 78.584 1,07 29,71 35.803 20.926 0,30 142.400 70.315 0,96 236,02 3.083 60.522 0,87 2.969 68.685 0,93 13,49 371 27.766 0,40 469 63.392 0,86 128,31 533 19.185 0,28 3.123 57.053 0,78 197,39 817 57.041 0,82 528 55.969 0,76 -1,88 6.470 48.912 0,70 13.477 50.274 0,68 2,78 25.485 48.619 0,70 25.066 49.394 0,67 1,59 6.132 44.563 0,64 11.207 47.499 0,65 6,59 23 1.081 0,02 5.862 45.735 0,62 § Partes e acessórios para os aparelhos das pp 8519 a 8521 Máquinas e aparelhos impressão, exc pp 8471; máquinas auxiliares p/ impressão Díodos, transístores etc, dispostivos fotossensíveis, semicondutores etc Outras obras de plástico e obras de outras matérias das posições 3901 a 3914 Poliacetais, outros poliéteres e resinas epóxidas, em formas primárias Partes destinadas exclusiva/principalmente p/ os aparelhos das pp 8535/36/37 Grupos electrogéneos e conversores rotativos, eléctricos Reagentes de diagnóstico ou de laboratório, excepto as posições 3002 ou 3006 711 19.091 0,27 932 45.733 0,62 139,55 Fios de cobre Fios e outros condutores, isolados p/ usos eléctricos; cabos fibras ópticas 5.696 31.899 0,46 8.181 45.225 0,62 41,77 8.337 38.660 0,56 6.186 44.389 0,60 14,82 Tintas de impressão, escrever ou desenhar , mesmo concentradas Assentos (excepto os da pp 9402), mesmo transformáveis em camas, e suas partes Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária 4.757 36.703 0,53 5.442 43.675 0,59 19,00 6.307 29.970 0,43 8.199 43.667 0,59 45,70 899 35.459 0,51 817 43.563 0,59 22,85 Tractores (excepto os da pp 8709) Transformadores eléctricos, conversores, bobinas de reactância e auto-indução 6.469 25.956 0,37 13.328 42.012 0,57 61,86 1.681 27.474 0,39 2.928 37.932 0,52 38,06 Tubos de cobre Máquinas/aparelhos p/ trabalhar borracha/plástico ou p/ fabrico prod dessa mat Suportes p/ gravação de som ou semelhantes, n/ gravados, exc produtos cap. 37 Partes calçado; palmilhas, reforços, polainas, perneiras e artigos semelhantes 6.372 34.134 0,49 5.815 37.211 0,51 9,02 777 17.453 0,25 1.451 33.182 0,45 90,13 480 4.509 0,06 625 32.943 0,45 630,63 12,51 Queijos e requeijão Partes e acessórios destinados às máquinas das posições 8456 a 8465 Insecticidas, herbicidas, desinfectantes e produtos semelhantes Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos Leitelho, leite e nata coalhados, iogurte, quefir e outros leites e natas Sangue humano;anti-soro;vacinas,culturas de microorganismos e prod.semelhantes Chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau Preparações tensoactivas, prep. para lavagem e limpeza (exc sabões de pp 3401) Papel higiénico,lenços, toalhas de mão, fraldas, artigos p/ uso doméstico, etc 968 27.920 0,40 948 31.413 0,43 10.044 25.112 0,36 9.372 30.844 0,42 22,83 1.248 49.849 0,72 617 30.256 0,41 -39,30 3.911 24.656 0,35 4.307 28.253 0,38 14,59 14.408 29.792 0,43 12.513 28.010 0,38 -5,98 25.509 28.316 0,41 24.311 27.830 0,38 -1,72 22 19.305 0,28 35 26.655 0,36 38,07 8.443 22.969 0,33 10.141 26.380 0,36 14,85 16.847 23.608 0,34 17.382 26.028 0,35 10,25 13.988 21.652 0,31 15.913 25.808 0,35 19,19 (cont.) 53 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) (cont.) N.C. PRINCIPAIS MERCADORIAS TOTAL (Valores Declarados) 8706 4002 8421 3204 7318 8528 9027 9403 Chassis com motor, para os veículos automóveis das posições 8701 a 8705 Borracha sintética e artificial, derivada dos óleos, etc Centrifugadores etc, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases Matérias corantes orgânicas sintéticas, de constituição química definida Parafusos, pernos/pinos, roscados, porcas, etc, de ferro fundido, ferro ou aço Aparelhos receptores de televisão, etc; monitores e projectores de vídeo Instrumentos p/ análises físicas/químicas; instrumentos p/ ensaios viscosidade Tons 2006 1000 EUR 2007 % Tot Tons 1000 EUR % Tot Var. % 1.728.969 7.349.899 100,00 5,52 1.780.913 6.965.519 100,00 2.349 14.070 0,20 3.185 25.263 0,34 79,55 22.844 31.334 0,45 16.523 25.118 0,34 -19,84 1.359 25.956 0,37 1.427 24.541 0,33 -5,45 3.832 25.749 0,37 4.746 24.049 0,33 -6,60 6.126 20.601 0,30 5.043 23.965 0,33 16,33 1.454 40.510 0,58 826 23.660 0,32 -41,59 147 13.818 0,20 280 23.572 0,32 70,58 7.605 21.895 0,31 8.565 23.518 0,32 7,41 743 30.997 0,45 568 23.398 0,32 -24,51 53.463 31.350 0,45 34.582 23.021 0,31 -26,57 214 15.207 0,22 483 23.015 0,31 51,35 8414 Outros móveis e suas partes Partes e acessórios para máquinas e aparelhos das posições 8469 a 8472 Prod laminados planos de ferro/aço n/ ligado, largura >=600mm, laminados etc Quadros, painéis e outros suportes, com >=2 aparelhos das pp 8535/36, etc Aparelhos emissores p/ radiotelefonia etc; câmaras de tv; câmaras de vídeo etc Reboques/semi-reboques p/ qq veículos; outros veículos n/ autopropulsores; etc Preparações e artigos farmacêuticos indicados na nota 4 do presente capítulo Papel e cartão revestidos de caulino ou de outras substâncias inorgânicas Outras chapas,folhas e lâminas, de plástico n/ alveolar, n/ reforçadas, etc Lã, pêlos finos/grosseiros, cardados/penteados (inc a lã penteada a granel) Aparelhos eléctricos de sinalização acústica ou visual, exc os das pp 8512/30 Bombas de ar/vácuo, compressores etc; exaustores p/ extracção/reciclagem, etc 2.281 18.427 0,26 2.602 21.485 0,29 16,60 4011 Pneumáticos novos, de borracha 7.556 26.926 0,39 5.716 21.456 0,29 -20,32 7326 Outras obras de ferro ou aço Aparelhos receptores p/ radiotelefonia/radiotelegrafia/radiodifusão, etc 3.969 13.964 0,20 6.380 21.431 0,29 53,47 403 22.415 0,32 408 20.724 0,28 -7,54 3.902 12.340 0,18 4.204 20.606 0,28 66,99 5402 Chapas e tiras de cobre, de espessura >0,15mm Fios de filamentos sintéticos, não acondicionados para venda a retalho 9.001 27.213 0,39 6.076 20.211 0,27 -25,73 3903 Polímeros de estireno, em formas primárias 8.721 17.033 0,24 10.296 20.057 0,27 17,75 7404 Desperdícios, resíduos e sucata de cobre Aquecedores eléctricos água; aparelhos eléct. p/ aquecimento ambientes, etc 2.577 6.712 0,10 3.714 19.883 0,27 196,23 1.442 17.121 0,25 2.070 19.676 0,27 14,92 Tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço Bulldozers, angledozers, niveladoras, raspo-transportadoras, pás mecânicas etc Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura >=600mm 9.134 12.682 0,18 13.431 19.368 0,26 52,71 2.277 11.398 0,16 3.553 18.982 0,26 66,54 8473 7208 8537 8525 8716 3006 4810 3920 5105 8531 8527 7409 8516 7304 8429 7225 1001 8705 8409 Trigo e mistura de trigo com centeio Veículos automóveis para usos especiais, exc p/ transporte pessoas/mercadorias Partes reconhecíveis c/o exclusiva/principalmente p/ motores das pp 8407/08 197 33.130 0,48 175 22.984 0,31 -30,62 3.299 17.937 0,26 4.251 22.982 0,31 28,12 192 25.486 0,37 165 22.928 0,31 -10,04 31.789 22.318 0,32 29.502 22.519 0,31 0,90 6.180 18.074 0,26 8.294 22.273 0,30 23,23 2.983 22.575 0,32 2.725 21.983 0,30 -2,62 256 27.947 0,40 203 21.802 0,30 -21,99 11.427 14.398 0,21 14.805 18.626 0,25 29,37 189.182 28.558 0,41 97.660 18.620 0,25 -34,80 777 4.991 0,07 2.750 18.302 0,25 266,69 1.045 20.336 0,29 875 17.972 0,24 -11,62 1.343 15.381 0,22 1.567 17.151 0,23 11,51 678 8.800 0,13 852 16.988 0,23 93,05 3923 Motores e geradores, eléctricos, excepto os grupos electrogéneos Máquinas p/ brochura/encadernação, incluídas as máquinas p/ costurar cadernos Artigos de transporte ou de embalagem, rolhas, tampas, cápsulas, de plástico 5.666 13.999 0,20 7.072 16.654 0,23 18,97 4016 Outras obras de borracha vulcanizada não endurecida 2.312 16.234 0,23 10.687 16.439 0,22 1,26 3906 Polímeros acrílicos, em formas primárias Construções e suas partes (etc) de ferro fundido, ferro/aço, exc prod pp 9406 Máquinas de lavar louça; máquinas p/ limpar, encher, capsular etc, garrafas 4.953 8.224 0,12 12.029 16.354 0,22 98,85 7.405 16.010 0,23 7.137 16.064 0,22 0,33 1.074 15.242 0,22 762 16.005 0,22 5,01 8501 8440 7308 8422 (cont.) 54 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) (cont.) N.C. PRINCIPAIS MERCADORIAS TOTAL (Valores Declarados) 2006 1000 EUR Tons 2007 % Tot Tons 1000 EUR % Tot Var. % 5,52 1.780.913 6.965.519 100,00 1.728.969 7.349.899 100,00 3304 Produtos de beleza ou de maquilhagem 2.357 16.224 0,23 1.541 15.882 0,22 -2,11 7606 3.108 13.284 0,19 3.881 15.774 0,21 18,74 1.495 11.864 0,17 1.800 15.767 0,21 32,89 1.847 13.930 0,20 2.281 15.609 0,21 12,06 1.592 10.491 0,15 3.229 15.364 0,21 46,45 7.361 14.241 0,20 7.575 15.159 0,21 6,45 828 15.970 0,23 821 14.558 0,20 -8,84 6.754 13.992 0,20 6.321 14.379 0,20 2,77 1.094 15.474 0,22 889 14.347 0,20 -7,28 573 10.239 0,15 607 14.134 0,19 38,03 3.692 27.350 0,39 4.014 14.072 0,19 -48,55 9022 Chapas e tiras, de alumínio, de espessura >0,2mm Tecidos de fios filamentos sintéticos, inc tecidos obtidos a partir da pp 5404 Guarnições, ferragen etc, de metais comuns; pateras etc; rodízios; fechos etc Cábreas; guindastes, inc de cabos; pontes rolantes, pórticos de descarga, etc Aglutinantes preparados para moldes ou para núcleos de fundição; etc Ferramentas intercambiáveis p/ ferramentas manuais, mesmo mecânicas, etc Papel, cartão, pasta e mantas de fibras de celulose, em rolos ou folhas, etc Bombas para líquidos mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos Outras máquinas e aparelhos de escritório (duplicadores hectográficos etc) Veículos automóveis para o transporte >=10 pessoas, incluíndo o condutor Aparelhos raios x ou de radiações alfa, beta, gama, p/ usos médicos, etc 39 5.038 0,07 128 14.061 0,19 179,11 9001 Fibras ópticas e feixes fibras ópticas; cabos fibras ópticas; lentes, etc 8431 Partes destinadas às máquinas e aparelhos das pp 8425 a 8430 3901 5407 8302 8426 3824 8207 4811 8413 8472 8702 1 14.284 0,21 7 13.983 0,19 -2,11 934 12.486 0,18 1.300 13.764 0,19 10,24 Polímeros de etileno, em formas primárias Máquinas/aparelhos p/ ensaios dureza, tracção, compressão, elasticidade, etc Aparelhos mecânicos projectar etc, pós; extintores; pistolas aerográficas etc Preparações p/ barbear,desodorizantes, produtos de perfumaria ou toucador, etc Peles depiladas de outros animais, preparadas, excepto das pp 4108 ou 4109 14.432 15.766 0,23 10.854 13.685 0,19 -13,20 192 18.173 0,26 158 13.640 0,19 -24,95 988 11.662 0,17 1.345 13.594 0,18 16,57 5.614 14.855 0,21 5.336 13.438 0,18 -9,54 420 12.121 0,17 436 13.146 0,18 8,46 9.713 13.389 0,19 9.151 12.957 0,18 -3,23 3.398 12.098 0,17 3.127 12.914 0,18 6,75 7209 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias Folhas e tiras, delgadas, de alumínio, de espessura <=0,2mm (exc o suporte) Produtos laminados a frio de ferro/aço n/ ligado, larg >=600mm, n/ folheados 27.291 17.015 0,24 19.808 12.727 0,17 -25,20 3917 Tubos e seus acessórios, de plástico 42.637 12.672 0,18 2.535 12.432 0,17 -1,89 8482 1.044 11.152 0,16 1.280 12.227 0,17 9,65 8535 Rolamentos de esferas, de roletes ou de agulhas Aparelhos p/ interrupção, seccionamento, protecção etc, p/ tensão >1000 volts 240 9.727 0,14 430 12.208 0,17 25,50 3921 Outras chapas, folhas, películas, tiras, e lâminas de plástico 3.415 10.365 0,15 3.677 12.114 0,16 16,87 6109 T-shirts e camisolas interiores, de malha Aparelhos eléctricos de iluminação/sinalização, limpadores de párabrisas, etc Aparelhos p/ tratamento matérias por meio operações mudança temperatura, etc 0 11.448 0,16 0 12.036 0,16 5,14 203 6.311 0,09 230 11.931 0,16 89,04 746 10.189 0,15 1.862 11.810 0,16 15,90 Poliamidas em formas primárias Preparações químicas para usos fotográficos, exc vernizes, colas e semelhantes Chapas, folhas, tiras, fitas, auto-adesivas de plástico, mesmo em rolos 4.659 14.128 0,20 4.041 11.775 0,16 -16,65 213 9.705 0,14 221 11.639 0,16 19,93 1.630 8.817 0,13 2.168 11.558 0,16 31,09 Hidrocarbonetos cíclicos Máquinas-ferramentas p/ trabalhar madeira, cortiça, osso, borracha endurecida Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura <600mm Outros contadores; indicadores de velocidade e tacómetros; estroboscópios Outros tubos e perfis ocos (soldados, rebitados, agrafados, etc), de ferro/aço Preparações alimentícias, não especificadas, nem compreendidas noutras pp 9.061 6.700 0,10 17.257 11.348 0,15 69,38 686 11.645 0,17 678 11.187 0,15 -3,93 3.421 6.052 0,09 4.402 11.086 0,15 83,17 159 8.037 0,12 162 10.958 0,15 36,35 3.873 6.365 0,09 5.815 10.821 0,15 70,01 4.303 11.419 0,16 4.320 10.782 0,15 -5,58 0 9.321 0,13 0 10.731 0,15 15,13 750 11.675 0,17 791 10.693 0,15 -8,41 1.044 7.008 0,10 1.165 10.644 0,14 51,89 9024 8424 3307 4107 3902 7607 8512 8419 3908 3707 3919 2902 8465 7226 9029 7306 2106 2202 8415 Águas, águas minerais e gaseificadas, adicionadas de açúcares Máquinas/aparelhos ar condicionado c/ ventilador motorizado/dispositivos , etc 7604 Barras e perfis, de alumínio (cont.) 55 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) (cont.) N.C. PRINCIPAIS MERCADORIAS TOTAL (Valores Declarados) 2006 1000 EUR Tons 2007 % Tot Tons 1000 EUR % Tot Var. % 1.780.913 6.965.519 100,00 1.728.969 7.349.899 100,00 5,52 8532 Condensadores eléctricos, fixos, variáveis ou ajustáveis 1.418 12.507 0,18 1.084 10.635 0,14 -14,97 3208 1.739 9.667 0,14 1.844 10.531 0,14 8,93 9405 Tintas e vernizes, dispersos ou dissolvidos em meio não aquoso Aparelhos iluminação (inc projectores) e suas partes; anúncios, tabuletas, etc 878 9.668 0,14 1.234 10.504 0,14 8,64 2402 Charutos, cigarrilhas e cigarros, de tabaco ou dos seus sucedâneos 1.937 25.729 0,37 884 10.418 0,14 -59,51 1601 Enchidos e produtos semelhantes, de carne, miudezas ou sangue 3.473 9.729 0,14 3.544 10.320 0,14 6,07 2309 9.165 7.629 0,11 10.712 10.285 0,14 34,81 5.510 9.536 0,14 5.527 10.282 0,14 7,82 1.389 12.471 0,18 1.199 10.266 0,14 -17,68 419 11.234 0,16 310 10.215 0,14 -9,08 674 7.466 0,11 905 9.928 0,14 32,97 461 12.860 0,18 373 9.909 0,13 -22,95 296 10.917 0,16 217 9.827 0,13 -9,99 8483 Preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais Agentes de apresto ou acabamento, aceleradores de tingimento ou fixação etc Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados com plástico Máquinas e aparelhos auxiliares para as máquinas das pp 8444/45/46/47, etc Refrigeradores, congeladores etc; bombas de calor, exc as máquinas da pp 8415 Aparelhos eléctricos ignição/arranque p/ motores etc; geradores e conjuntores Instrumentos, aparelhos etc, n/ inc pp deste capítulo; projectores de perfis Veios de transmissão e manivelas; chumaceiras e bronzes; engrenagens, etc 499 7.494 0,11 586 9.773 0,13 30,41 8503 Partes destinadas às máquinas das posições 8501 e 8502 191 2.489 0,04 1.300 9.597 0,13 285,53 8803 Partes dos veículos e aparelhos das posições 8801 ou 8802 32 6.289 0,09 57 9.590 0,13 52,50 8534 1.373 19.670 0,28 1.180 9.503 0,13 -51,69 4802 Circuitos impressos Papel e cartão, n/ revestidos,tipo usados p/ escrita ou out. fins gráficos,etc 3.902 5.106 0,07 10.399 9.376 0,13 83,64 3214 Mástique de vidraceiro, cimentos de resina e outros mástiques 2.128 6.937 0,10 2.542 8.837 0,12 27,39 4407 Madeira serrada longitudinalmente, de espessura superior a 6 mm 10.533 8.230 0,12 14.250 8.786 0,12 6,75 7213 Fio-máquina de ferro ou aço não ligado Frutas e partes comestíveis de plantas,prepar./conserv.,c/ ou s/ açúcar, etc Peças isolantes, de matérias isolantes, ou c/ simples peças metálicas, etc 36.179 17.603 0,25 18.577 8.784 0,12 -50,10 5.418 9.903 0,14 4.464 8.712 0,12 -12,03 594 9.080 0,13 499 8.598 0,12 -5,31 70 15.238 0,22 27 8.545 0,12 -43,92 478 8.471 0,12 553 8.494 0,12 0,28 4.295 7.493 0,11 4.305 8.448 0,11 12,76 3809 5903 8448 8418 8511 9031 2008 8547 8103 8480 7228 8451 4902 2105 1901 1602 1904 3206 4005 9503 8467 8425 4819 3909 Tântalo e suas obras, incluídos os desperdícios, resíduos e sucata Caixas fundição; placas fundo p/ moldes; modelos p/ moldes; moldes p/ metais Barras e perfis de outras ligas aço; barras ocas p/ perfuração, ligas aço, etc Máquinas p/ lavar, limpar, espremer etc; máquinas p/ enrolar, desenrolar, etc Jornais e publicações periódicas, impressos,mesmo ilustrados ou c/ publicidade 355 4.897 0,07 508 8.300 0,11 69,49 1.213 9.497 0,14 749 8.191 0,11 -13,75 Sorvetes, mesmo contendo cacau Extractos de malte; prep.alimentícias de farinhas,amidos,sêmolas,féculas,etc 5.658 8.728 0,13 5.165 8.144 0,11 -6,69 5.336 7.625 0,11 6.424 8.120 0,11 6,49 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue Corn flakes, grãos de cereais pré-cozidos ou preparados de outro modo 2.094 7.835 0,11 2.062 8.110 0,11 3,52 2.992 7.109 0,10 3.328 8.034 0,11 13,01 Outras matérias corantes Borracha misturada, n/ vulcanizada, em formas primárias,chapas,folhas ou tiras Outros brinquedos; modelos reduzidos p/ divertim/ ; quebra-cabeças (puzzles) Ferramentas pneumáticas, hidráulicas ou com motor não eléctrico, de uso manual 3.794 9.407 0,14 3.302 7.962 0,11 -15,37 6.725 11.399 0,16 4.200 7.938 0,11 -30,36 782 6.372 0,09 691 7.908 0,11 24,11 414 8.179 0,12 425 7.874 0,11 -3,73 557 4.095 0,06 762 7.851 0,11 91,72 2.195 7.608 0,11 2.922 7.776 0,11 2,20 2.402 6.899 0,10 2.476 7.706 0,10 11,70 273 6.696 0,10 287 7.679 0,10 14,69 6.897 5.056 0,07 10.023 7.514 0,10 48,63 5 108 0,00 4.408 7.407 0,10 § 2.135 5.710 0,08 2.431 7.368 0,10 29,02 Talhas, cadernais e moitões; guinchos e cabrestantes; macacos Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, etc 4411 Resinas amínicas, fenólicas e poliuretanos, em formas primárias Couros prep. após curtim. ou sec., e peles apergam. de out. anim. mesmo desprov. pêlos, exc.pos.4114 Painéis de fibras de madeira ou de outras matérias lenhosas, aglomerados etc 2926 Compostos de função nitrilo 1704 Produtos de confeitaria sem cacau (incl. o chocolate branco) 4113 (cont.) 56 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) (cont.) N.C. PRINCIPAIS MERCADORIAS TOTAL (Valores Declarados) 9030 Osciloscópios, analisadores espectro etc; aparelhos p/ medida de radiações etc 7320 Molas e folhas de molas, de ferro ou aço 9032 8533 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controlo, automáticos Máquinas n/ inc outras pp deste cap, p/ preparação/fabrico de alimentos, etc Microfones; alto-falantes; auscultadores, mesmo c/ microfone; amplificadores Resistências eléctricas (inc reóstatos/potenciómetros), excepto de aquecimento 7801 Chumbo em formas brutas 0901 0808 Tons 2006 1000 EUR 2007 % Tot Tons 1000 EUR % Tot Var. % 1.728.969 7.349.899 100,00 5,52 39,36 1.780.913 6.965.519 100,00 112 5.268 0,08 84 7.342 0,10 1.537 6.871 0,10 1.669 7.291 0,10 6,11 128 6.062 0,09 152 7.114 0,10 17,36 118 6.009 0,09 157 7.067 0,10 17,61 131 7.037 0,10 127 7.055 0,10 0,25 479 15.475 0,22 301 6.991 0,10 -54,82 10 9 0,00 2.837 6.962 0,09 § Café, mesmo torrado ou descafeinado 2.490 5.508 0,08 2.909 6.822 0,09 23,87 Maçãs, pêras e marmelos, frescos Preparações e conservas de peixes; caviar e seus sucedâneos de ovas de peixes 8.318 7.561 0,11 7.293 6.810 0,09 -9,93 1604 1.855 5.337 0,08 3.039 6.806 0,09 27,54 7217 Fios de ferro ou aço não ligado 4.961 5.843 0,08 5.482 6.735 0,09 15,26 1.101.023 5.719.566 82,11 1.130.349 6.217.451 84,59 8438 8518 AMOSTRA Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Notas: - Valores declarados - Informação corrigida dos valores confidenciais - Para alguns produtos, ao nível das trocas intracomunitárias, não é obrigatória a declaração de massa líquida, pelo que poderá aparecer Quant = 0 (zero). § - Dado com coeficiente de variação elevado 57 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Anexo 2 – Informações Úteis Formalidades na Entrada Para os cidadãos da União Europeia apenas é necessário o documento nacional de identificação (bilhete de identidade) ou passaporte válido. Hora Local UTC mais uma hora no horário de Inverno e mais duas horas no horário de Verão. Face a Portugal a Alemanha tem sempre mais uma hora. Horários de Funcionamento Os horários de funcionamento dos vários serviços variam segundo a cidade. Número de horas / dia / semana de funcionamento: 14 horas diárias (dias úteis) e 84 horas semanais (com excepção do Estado Federal de Berlim). Encerramento obrigatório: Domingos e feriados oficiais. No dia 24 de Dezembro, caso coincida com um dia útil (horário 06h00 às 14h00). Os Governos dos Estados Federais (Laender) podem autorizar, por ocasião de mercados e feiras, a abertura durante 5 horas seguidas, em quatro domingos ou feriados por ano, no máximo, à excepção do mês de Dezembro. Como referência, podemos tomar os seguintes horários de funcionamento: Serviços Públicos: 8h00-15h00 (segunda-feira a quinta-feira) 8h00-12h00 (sexta-feira) Bancos: 09h00-16h00 (segunda-feira e quarta-feira) 9h00-18h00 (terça e quinta-feira) 9h00-14h00 (sexta-feira) Comércio: Lojas: 10h00-20h00 (segunda-feira a sábado) Centros Comerciais e Grandes Armazéns: 10h00-20h00 (segunda-feira a quinta-feira) 10h00-22h00 (sexta-feira) 10h00 – 20h00 (sábado) 58 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Feriados 1 de Janeiro – Dia de Ano Novo 6 de Janeiro – Dia de Epifaniaa 1 de Maio – Dia do Trabalhador 15 de Agosto – Dia da Assunçãoa 3 de Outubro – Dia da Reunificação da Alemanha 1 de Novembro – Dia de Todos-os-Santosa 25 e 26 de Dezembro – Natal Feriados móveis: Sexta-feira Santa Segunda-feira de Páscoa Dia da Ascensão Segunda-feira de Pentecostes Dia de Corpo de Deusa Notas: (a) Feriados observados apenas em alguns Estados Federais. Existem, ainda, feriados regionais, igualmente observados em alguns Estados Federais. Corrente Eléctrica 220 volts AC, 50 Hz. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico. 59 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Anexo 3 – Endereços Diversos Em Portugal Embaixada da Alemanha em Portugal Campo dos Mártires da Pátria, 38 1169-043 Lisboa Tel.: 21-8810210 | Fax: 21-8853846 E-mail: [email protected] | http://www.lissabon.diplo.de/pt/Startseite.html aicep Portugal Global Sede: O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430, 2.º 4150-074 Porto – Portugal Tel.: 00 351 226055300 | Fax: 00 351226055399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa – Portugal Tel.: 00 351 217909500 | Fax: 00 351 217909581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã Av. da Liberdade, 38 – 2º 1269-039 Lisboa Tel.: 21-3211200 | Fax: 21-3467150 E-mail: [email protected] | http://www.ccila-portugal.com/index.php?id=3&L=1 Na Alemanha Embaixada de Portugal em Berlim Zimmerstrasse 56 10117 Berlin – Germany Tel.: 4930-590063500 | Fax: 4930-590063600 E-mail: [email protected] | http://www.botschaftportugal.de/pt/index.html aicep Portugal Global Zimmerstrasse 56 10117 Berlin – Germany Tel.: 4930-2541060 | Fax: 4930-25410699 E-mail: [email protected] 60 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Bundesagentur für Außenwirtschaft (Instituto de Comércio Externo da Alemanha) Agrippastrasse 87-93 50676 Köln Germany Tel.: 49221-20570 | Fax: 49221-2057212 E-mail: [email protected] | http://www.bfai.de/nsc_true/EN/Navigation/home/home.html Invest in Germany Friedrichstraße 60 10117 Berlin Germany Tel.: 4930-200 0990 | Fax: 4930-20657111 E-mail: [email protected] | http://www.invest-in-germany.de DZT - Deutsche Zentrale für Tourismus (Centro de Turismo Alemão) Beethovenstrasse 69 60325 Frankfurt am Main Germany Tel.: 4969-974640 | Fax: 4969-751903 E-mail: [email protected] | http://www.germany-tourism.de CDH2 - Centralvereinigung Deutscher Wirtschaftsverbaende fuer Handelsvermittlung und Vertrieb (Federação Nacional dos Agentes de Comércio e Distribuição) Am Weidendamm 1A 10117 Berlin - Germany Tel.: 4930-72625600 | Fax: 4930-72625699 E-mail: [email protected] | http://www.cdh.de/homeenglisch DIHK3-Deutscher Industrie – und Handelskammertag e. V. (Câmara de Comércio e da Indústria Alemã) Breitestrasse 29 10178 Berlin Tel: 49-30-20508-0 | Fax: 49-30-20308-1000 E-mail: [email protected] | http://www.dihk.de/ A CDH é a federação nacional mais importante que representa os interesses de agências comerciais, agências industriais, agentes intermediários, distribuidores, empresários independentes, técnicos de comercialização, técnicos de vendas e franchising aliado. A Associação das Câmaras Alemãs de Indústria e Comércio (DIHK) é a organização central para 81 Câmaras. Todas as empresaas registadas na Alemanha, com excepção das de artesanato, profissões liberais e sociedades rústicas, são obrigadas a registar-se numa Câmara. Assim, a DIHK é a representante de mais de três milhões de empresários. 61 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) AUMA – Ausstellungs- und Messeausschuss der Deutschen Wirtschaft e.V. (Associação das Feiras na Alemanha) Littenstrasse 9 10179 Berlin Tel.: 4930-24000-0 | Fax: 4930-24000-330 E-mail: [email protected] | http://www.auma-messen.de/_pages/start_e.aspx KfW-Kreditanstalt fuer Wiederaufbau (Banco de Fomento) Palmengartenstrasse 5-9 60325 Frankfurt am Main Tel.: 4969-7431-0 | Fax: 4969-7431-2888 E-mail: [email protected] | http://www.kfw.de/EN_Home/index.jsp Deutsche Bundesbank (Banco central) Wilhelm-Epstein-Strasse 14 60431 Frankfurt am Maim Tel.: 4969-95661 | Fax: 4969-5061071 E-mail: [email protected] | http://www.bundesbank.de/index.en.php?print=no& 62 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Anexo 4 - Fontes de Informação Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre a Alemanha Título: “Alemanha – Oportunidades e Dificuldades de Negócio” Edição: 07/2007 Título: “Alemanha – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 02/2007 Título: “Alemanha – Relações Económicas com Portugal” Edição: 10/2006 Título: “Alemanha – Regime Legal de Investimento Estrangeiro” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Estabelecimento de Empresas” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Sistema Laboral e de Segurança Social” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Sistema Fiscal” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Incentivos ao Investimento” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Máquinas - Análise Sectorial” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Moldes - Breve Apontamento” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Informações e Endereços Úteis” Edição: 09/2006 Título: “Alemanha – Alguns Sectores de Oportunidades” Edição: 08/2006 63 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Título: “Alemanha – Caracterização Geral do País” Edição: 08/2006 Título: “Alemanha – Evolução Recente do Sector de Metalomecânicas e Electromecânicas” Edição: 04/2006 Título: “Alemanha – Vinhos - Análise Sectorial” Edição: 03/2006 Título: “Alemanha – Cerâmicas, Vidro e Utilidades Domésticas - Análise Sectorial” Edição: 02/2006 Título: “Alemanha – Pavimentos - Breve Apontamento” Edição: 01/2006 Título: “Alemanha – Electrodomésticos - Breve Apontamento” Edição: 12/2005 Título: “Alemanha – Acordo de Promoção e Protecção Recíprocas de Investimentos” Edição: 06/2005 Documentos de Natureza Geral Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 Título: “Guia Prático - Apoios Financeiros à Internacionalização” Edição: 10/2008 Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 64 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 09/2006 Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 11/2005 Título: “Acordos Bilaterais Portugal/UE” Edição: 11/2005 Título: “Etiquetagem de Produtos Têxteis na União Europeia” Edição: 07/2005 Título: “Contrato Internacional de Agência” Edição: 03/2005 Título: “Dupla Tributação Internacional” Edição: 12/2004 Título: “A Internacionalização das Marcas Portuguesas Através do Franchising” Edição: 11/2004 Título: “Principais Formas de Sociedades na UE – Guia por País” Edição: 09/2004 Título: “Pagamentos Internacionais” Edição: 06/2004 Título: “Rotulagem de Produtos Alimentares na União Europeia” Edição: 02/2002 A Informação Online pode ser consultada em http://www.portugalnews.pt/econo/matriz.asp 65 aicep Portugal Global Alemanha – Dossier de Mercado (Janeiro 2009) Endereços de Internet • Bundestag (câmara baixa do Parlamento) – www.bundestag.de/htdocs_e/index.html • Das Deutschland–Portal – www.deutschland.de/en/ • Federação das Associações Portuguesas na Alemanha (FAPA) – www.fapa-online.de • Federação dos Empresários Portugueses na Alemanha – www.vpu.org • Federal Foreign Office – www.auswaertiges-amt.de/diplo/en/Startseite.html • Federal Ministry of Economics and Technology – www.bmwi.de/English/Navigation/root.html • Federal Ministry of Food, Agriculture and Consumer Protection – www.bmelv.de/nn_754188/EN/00Home/homepage__node.html__nnn=true • Federal Ministry of the Interior – www.bmi.bund.de/cln_028/nn_122688/Internet/Navigation/EN/Homepage/Home.html__nnn=true • Federal Statistical Office – www.destatis.de/e_home.htm • German Customs Administration – www.zoll-d.de/english_version/index.html • German Institute for Economic Research – www.diw.de/english/index.html • Invest in Germany – www.invest-in-germany.com 66 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120