TABAGISMO E DOENÇA INFLAMATORIA INTESTINAL:
Transcrição
TABAGISMO E DOENÇA INFLAMATORIA INTESTINAL:
ARQGA /749 TABAGISMO E DOENÇA " INFLAMATORIA INTESTINAL: estudo epidemiológico caso-controle Elson Vidal MARTINS JÚNIOR*, Isabella Saraiva ARAÚJO*, Álvaro Nagib ATALLAH** e Sender Jankiel MISZPUTEN*** RESUMO - Dentre os vários aspectos epidemiológicos é o que apresenta associação consid;rada mais consistente doença de não ou ex-fumantes, envolvendo pacientes com doença inflamatória intestinal, o tabagismo com sua ocorrência sugerindo-se e evolução. A retocolite ulcerativa que o tabagismo protegeria Por outro lado, há referências de maior ocorrência de doença de Crohn emfumantes. inespecifica Sessenta e oito pacientes com doença inflamatória intestinal (36 com retocolite ulcerativa inespecifica e 32 com doença de Crohn) foram analisados sexo, idade, escolaridade, profissão, religião e hábito tabágico. Cento e trinta e seis indivíduos dispépticos • grupo controle (dois cofttroles/caso), foram subagrupados, segundo selecionados tabagismo, por características em fumantes, não-fumantes é contra o seu desenvolvimento. demogrâficas similares. e ex-fumantes. quanto ao compuseram o Todos os entrevistados O questionário ainda avaliou sua relação com inicio e atividade da doença inflamatória intestinal e eventual proteção adquirida, por exposição na infância, como fumantes passivos. Tabagismo protegeu significativamente contra ocorrência de retocolite ulcerativa inespecifica (OR:O,30, P< 0,03, IC: 95%), o mesmo ocorrendo em relação à doença de Crohn (O'R: 0,81, P> 0,5). Não houve maior risco para o surgimento da doença de Crohn entre os fumantes desta amostra. Entre os exjumantes, retocolite ulcerativa inespecifica após interrupção tabagismo na infância, não influenciou do tabagismo, 72,7% desenvolveram contra 44,4% na doença de Crohn. Exposição ao na ocorrência de retocolite ulcerativa inespecifica (Ok; 0,93, P> 0,1) e doença de Crohn (Oli: 0,44, P> 0,2). Nossos resultados se assemelham aos dados da literatura em relação à proteção do tabagismo para o ocorrência de retocolite ulcerativa inespecifica. demonstrarão possível ação farmacolágica DESCRITORES - Enteropatias Estudos experimentais e clínicos com tabaco ou seus produtos e terapêutica nesta doença inflamatória. inflamatórias. Colite ulcerativa. Doença de Crohn. Tabagismo. INTRODUÇÃO sexo e idade com 230 indivíduos digesti vo, e incluindo Dentre os diversos aspectos epidemiológicos e ambientais divididos sadios do ponto de vista 192 com doença nas categorias observaram de Crohn de fumantes, (DC), ex-fumantes e envolvendo pacientes com doença inflamatória intestinal (OU), não-fumantes, o tabagismo é o que vem sendo mais extensivamente estudado ulcerativa eram fumantes de rotina, contra 42% do grupo da que 8% dos doentes com colite e é o que apresenta associação mais consistente ocorrência e evolução'> 6, 7,12.21.26,33,37,42) com sua DC e 44% dos controles. Este estudo epidemiológico, num grupo grande de doentes, não selecionados, realizado veio confir- mar publicações anteriores em que se reconhecia menor número HARRIES et al'!", comparando * ** *** de fumantes entre os doentes com colite ulcerativa, tabágico, através de questionário respondido por 230 pacientes com pequeno com retocolite ulcerativa inespecífica significativas. Médico Residente da Disciplina de Gastroenterologia Professor Adjunto Docente-Livre Professor Adjunto-Doutor da Disciplina (RCUI), pareados por crédito, da Escola Paulista de Medicina da Universidade de Propedêutica da Disciplina de Gastroenterologia Endereço para correspondência: 04023-900 - São'Paulo, SP. 74 os índices sobre hábito Médica. Centro de Investigação em razão até então de amostragens pouco Federal de São Paulo - UNIFESP-EPM. Clínica da UNIFESP-EPM. da UNIFESP-EPM, Dr. Sender Jankiel Miszputen - Disciplina de Gastroenterologia Arq Gastroenterol da UNIFESP-EPM - Rua Botucatu, 740 - 2º andar - V. 33 - no, 2 - abr./jun. 1996 Martins Jr EV, Araújo IS, Atallah AN, Miszputen Assim, relaciona-se a RCUI doença de não ou ex-fumantes, como SJ. Tabagismo e doença inflamatória intestinal: estudo epidemiológico caso-controle. RESULTADOS sados quanto ao sexo, idade, escolaridade, profissão, religião, hábito tabágico, através sugerindo-se que o tabaco, ou um dos seus subprodutos, de questionário aplicado por dois dos autores O índice de tabagismo observado entre protegeria o indivíduo contra a sua ocorrência. deste estudo. Todos os pacientes tinham seus os pacientes com RCUI foi de 13,8% (dois Maior prevalência desta doença inflamatória diagnósticos entre os mórmons dados de história clínica, exames radiológicos, - habitualmente não- fumantes - e menor incidência de patologias avaliação cardiovasculares entre os doentes com RCUI, patológico. previamente endoscópica confirmados e estudo por anatorno- eventualidades clfnicas'": Melhora dos sintomas intestinais tem sido 111.35) ou pelo uso farmacológico da nicotina, através de gomas mastigãveis'?" e adesivos de absorção transdérmica-": 4n o grupo controle (dois controles/caso) foi constituído por 136 indivíduos dispépticos atendidos no Ambulatório Gastroenterologia apresentando da Disciplina como internações a observação hospitalares, complicadas e cirurgias, em pacientes com DC tabagistas, em relação tabagistas'"' 18.38.43) o tema despertou especialistas, surgindo vários epidemiológico, estudos P >0,5, IC:95%). 72,7% desenvol- veram RCUI, passado um ano após o término do tabagismo, reconheceu-se com De. Em relação à exposição ao tabagis- qualquer doença orgânica do contra 44,4% dos pacientes mo na infância passivos), Todos os entrevistados foram subagru- pados, de acordo com seus hábitos, em não(tabagistas e adolescência (fumantes não houve diferença significante para a ocorrência de RCUI (OR:O,93, P >0, I) e DC (OR:O,44, P >0,2). habituais que haviam interrompido o tabagismo há um Não foi possível, com esta amostra, ano ou mais antes da entrevista) e fumantes correlacionar (tabagismo e extensão do comprometimento diário). O questionário incluiu questões como quantidade em relação com início e atividade da doença e o em relação à DC (OR:O,81, Entre os ex-fumantes, demográficas de envolvendo não ocorrendo da UNIFESP-EPM, características fumantes, ex-furnantes aos não- o interesse diferentes áreas geográficas, aspecto formas de similares ao grupo DI!. Em nenhum deles de mai s recidivas, o desenvolvimento de Por outro lado, há referência de maior sistema digestivo. ocorrência de DC entre fumantesI4.13.23.38.39.45. 46), bem contra RCUI (OR:O,30, P <0,03, IC:95%), o mesmo 16). relatada após o retorno ao hábito de fumar risco relativo, o tabagismo protegeu significativamente corroboram a possível relação do tabagismo com estas H, três M), comparado a 31,2% nos pacientes com DC e 35,2% nos controles. Quanto ao de cigarros/dia, o tabagismo com a localização intestinal e também com as formas complicadas de ambas as DI!. exposição ao tabagismo na infância. as modificações locais e sistêmicas produzidas pelo fumo que pudessem justificar sua atuação no surgimento Para subgrupos análise das prevalências e do risco do aparecimento, DISCUSSÃO dos ou e na evolução das DIl e até sua aplicação não, de uma das DIl, foram utilizados terapêutica (Tabela I). métodos estatísticos do teste do qui quadrado proteção mais estudado e a razão de exposição (Odds ratio-OR). RCUI e DC(7·37).Recente estudo, por meta- os Tabagismo é um dos fatores de risco ou para ocorrência de Com o objetivo de analisar esta associação em nosso meio, estudou-se um grupo de doentes com DIl, segundo seus históricos de tabagismo, comparando-o com uma população controle. PACIENTES E MÉTODOS Tabela I - Tabagismo e RCUI Risco relativo para ocorrência de RCUI em fumantes Autor (ref.) RR VESSEY et a1(47) PERSSON et aI12.) BOYKO et a1(2) 0,8 LlNDBERG et al(23) FRANCESCHI et alllJ) 0,8 0,6 0,6 0,6 JICK e W ALKER(20) 0,3 LOGAN et aI12') LORUSSO et a1(25) 0,3 0,3 sidade Federal de São Paulo - Escola Paulista THORNTON et a114" GYDE e ALLENI(5) TOBIN et al(46) de Medicina (UNIFESP-EPM), HARRIES et all17) 0,1 Sessenta (36 RCUI, e oito pacientes 32 DC), com acompanhados DIl no Ambulatório de DIl, Grupo de Intestino da Disciplina de Gastroenterologia V. 33 - no. 2 - abr./jun. 1996 da Univerforam anali- Arq Gastroenterol 0,3 0,2 0,2 75 Martins Jr EV. Araújo IS, Atallah AN, Miszputen SJ. Tabagismo análise, demonstrou para os fumantes um risco relativo os índices colite de tabagistas ulcerativa proteção significativa resultados redução doentes com tabagismo uma foram do tabagismo de RCUI semelhantes na aos encontrados nesta A ação na da o início da estudos RCUI ocorresse achado em ocorreu apenas nosso logo meio. Esta um único em à atividade relação sugerissem Tais na ao dados por PERSSON da doença, porém muco Em que colônico há relatos de assemelhavam-se do' controles'? coIíticos por lesão mecanismos têm elevação não com RCUI, produção significativamente fumantes, aos valores e por que encontrados síntese de redução ati vador tissular plaquetário), plasmática de a viscosidade de plasminogênio e fator do plasminogênio" à ocorrência a maior é endotelial, prostaciclina e anti-agregante susceptibilidade em O tabagismo aumentando explicaria estes de trombose na célula na concentração sangüínea, de menor sendo na fibrinogênio, participação apresentaram casualidade nos tabagistas"?', responsável alguns das DII. Pacientes Killer mediada à ocorrência é observada (vasodilatador não-fumantes, celular U ma tendência redução na patogênese natural não et al(29) está a doente. citotoxicidade e DC tal Iinfócitos anticorpos'", na determinação para sua possível após dos RCUl do tabagismo de caso-controle. atividade de ocorexpostos sido propostos que do fumo": 28), não se observou interrupção uma série. ocorrência estabelecida, alguns infância. estudo epidemiológico (OR:0,30). Iiteratura. Embora demonstrou em pacientes confirmados e também em al(36), de RCUI entre verificou-se et intestinal: de 50% na probabilidade rência diferença nos e DC, à ocorrência relação SANDLER de 0,42 e 1,6 para os ex-fumantes'". Nesta série, além de evidente e doença inflamatória 8.27) Esta de trombose ocorrência de DC em fumantes"?'. (, melhora clínica da RCUI após retomada tabagismo'!". RUDRA et al(35) identificaram melhora sintomas em dos com RCUI, após retorno num período médio casuística não tabagismo doença 14/30 ao hábito se conseguiu com atividade A melhora pacientes Alterações de fumar. de seis sernanas't". foram clínica, em pacientes Diferentemente de outros extensão uIcerativa. da no volume furnantesv!'. autores RCUI intestinal demonstraram maior risco DC entre os fumantes não identificou Também número tal de recidivas e formas arnbiental também associação entre ao fumo avaliada 36). Um estudo - fumante caso-controle 24 horas, protegeria que a à entrada da mucos a colônica, desencadeadores do evento séricas são - foi de DII"9, de imunoglobulinas realizado por leucócitos Os Em relação descritos aumento redução aumentos e linfócitos na relação tabagistas A, G e M em fato que veio a se repetir tratados celular. na contagem de efeitos por isolada de e também CD4/CD8IS). apresentam De Risco relativo para ocorrência menor De em de no et al(32),não se observando significantes. manutenção, este Como terapia entretanto, não ao placebo'!". superior estudo significante nesta tenha proteção como doença. São demons- do tabagismo de RCUI, recomendação, pesquisas FRANCESCHI et al(l)) 3,9 et al(3S, 3,7 SOMERVILLE et al'40) tabaco não se justifica forma ainda experimentais e seus demonstrar 3,5 de 2,0 intestinais TOBIN et ai"·' 1,9 atuação VESSEY et al'47' 1,8 compensem HARRIES et ai'''' 1,2 et al'O)) ativa, terapêu- necessárias fumantes SILVERSTEIN LlNDBERG 76 de nicotina 17 de 35 pacientes se mostrar Embora trado tica, RR Autor (ref.) de com RCUl CD4. com conseqüente de linfócitos sua 2 - Tabagismo a et al,m em 12 de 16 pacientes e em para a ocorrência Tabela com em três dos sete a utilização colaterais e de nicotina. LASHNER em pacientes efetiva conseguiu clínica mastigáveis doentes transdérmica como ROBERTS remissão Recentemente. com 35), fez caso de uma paciente de gomas estudo de PULLAN nas concentrações à imunidade terapêutico. apresentara mostrou-se pacientes fosse considerada relataram um estudo'!" de fumar. passivo agente utilização contra criada de o tabagismo'!': com que a nicotina possível entre clínica que reiniciaram DIGGLE"') reduzido da permeabilidade barreira através Observou-se a exposição para ocorrência de do com colite maior fumantes'!". A análise imuno-inflamatório'!". complicadas com DC com o hábito da mostrou-se nos fumantes, pela provável potencialmente (OR:O,81). correlacionar urinário RCUI intestinal em doentes A diminuição de antígenos, de 2), este estudo associação não foi possível nos doentes de ocorrência (Tabela através urinário, Este marcador com RCUI. que na permeabilidade detectadas EDTA-Cr5' Nesta correlacionar e recidivas 30. '91. Arq Gastroenterol ambos produzidos e clínicas produtos seu real os papel as farmacológica, os já pelo inflamatórios vantagens se da houver, conhecidos hábito o para na patogênese processos e quais com (nicotina), sua que malefícios de fumar. V. 33 - no. 2 - abr./jun. /996 Martins Jr EV, Araújo IS, Atallah AN, Miszputen Sl. Tabagismo e doença inflamatória intestinal: estudo epidemiológico Martins Jr EV, Araújo IS, Atallah AN, Miszputen S1. Smoking and inflammatory Arq Gastroenterol, São Paulo, 33(2):74-78, bowel disease: an epidemiological case-conlrol study. and evolution of inflammatory bowel 1996. A BSTRA CT - Smoking is one of lhe most consistent epidemiological features related to occurrence disease. Ulcerative colitis is accepted as.a non or ex-smokers disease suggesting a protective role of tobacco against its developmenl. In contrast there are more Crohn's disease cases between smokers. Sixty eight patients with inflammatory 32 Crohn 's disease) and 136 patients with gastrointestinal functional disorders were matchedfor religious patterns. They are divided in smokers, ex- and non-smokers. relationship The inflammatory disease (36 ulcerative colitis; sex, age, scholarity and professional and bowel disease patients were asked about lhe between smoking and onset of lhe disease, and exposure, as passive smokers, during childhood. Smoking habit protected against ulcerative colitis (OR:0,30, P <0.03, 1C:95%), but not against Crohn 's disease (OR:0.8/, developmenl caso-controle. of Crohn 's disease between smokers; 72.7% of ex-smokers tobacco habit has stopped. Exposure 10 environmental acquired ulcerative P >0.5). There was no increased risk for coliris and 44.4% Crohn 's disease after tobacco smoking during childhood did not increased lhe riskfor ulcerative colitis (OR:0.93, P >0.1) neither for Crohn's disease (OR:0.44, P>0.2). Our results are similar to those of the literature related to protection of ulcera tive colitis by smoking habito Further experimental and clinic studies are in need to clarify the possible pharmacological therapeutic action of tobacco products in this inflammatory disease. HEADINGS - Inflammatory and bowel disease. Crohn 's disease. Ulcerative colitis. Smoking. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS I I. De Castella H. Non-smoking: 284: 1706, 1982. a feature of ulcerative colitis. Br Med J, I. Benoni C, Nilsson A. Smok:ing habits in patients with inflammatory bowel disease. A case-control study. Scand J Gastroenterol, 22: 1120. 1987. 12. Epidemiology Group of the Research Comitte of Inflammatory Bowel Disease in Japan. Dietary and other risk factors of uIcerative colitis. A case-control study in Japan. J Clin Gastroenterol, 19: 166, 1994. 2. Boyko El, Koepsell TO, Perera OR, Inui TS. Risk of uIcerative colitis among former and current cigarette smokers. N Engl J Med, 316:707. 1987. 13. Franceschi S; Panza E, La Vecchia C, Parazzini D, De Carli A, Bianchi Porra G. Nonspecific inflarnrnatory bowel disease and smoking. Arn J Epidemiol, 125:445, 1987. 3. Buli HA, Pitilo RM, Woolf N, Mochin si. The effect of nicotine on human endothelial cell release of prostaglandins and ultrastructure. Br J Exp Pathol, 69:413, 1988. 14. Gerrard JW; Heiner OC, Ko eG. Immunoglobulin non-smokers. Ann Alergy, 44:261, 1980. 4. Burns OG. Smoking in inflarnrnatory bowel disease and the irritable bowel syndrome. S Afr Med J, 69:232, 1986. 5. Calkins BM. A meta-analysis of the role of smok:ing in inflarnrnatory bowel disease. Dig Dis Sei, 34: 1841, 1989. 6. Calkins BM, Mendeloff AI. Epidemiology of inflammatory bowel disease. Epidemiol Rev, 8:60, 1986. 7. Calkins BM, Mendeloff AI. The epidemiology of idiopathic inflarnrnatory bowel disease. ln: Kirsher lB, Shorter RG. Inflammatory bowel disease. 4.ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1995. p.31-70. 8. Cope GF, Heatley Gut,33:721,1992. RV. Cigarette smoking 9. Cope GF, Heatley RV, Kelleher J, Smoking ulcerative colitis. Br Med J, 293:481,1986. and intestinal and colonic 15. Gyde SN, Allen RN. Cigarette smoking and ulcerative colitis. N Engl J Med, 308:1476, 1983. 16. Gyde SN, Prior P, Alesander F, Allen RN. Ulcerative colitis: why is mortality from cardiovascular disease reduced? Q J Med, 53:351, 1984. 17. Harries AO, Baird A, Rhodes J. Non-smoking: colitis. Br Med J, 284:706, 1982. a feature of ulcerative 18. Holdstock G, Sarag O, Harman M, Wright R. Should patients inflammatory bowel disease smoke? Br Med J, 288:362, 1984. with defences. 19. Jererny JY, Mikhailides OP. Smoking and vascular prostanoids: relevance to the pathogenesis of atheroma and thrombosis. J Smoking-Related Dis, 1:59, 1990. mucus 20. lick H, Walker AM. Cigarette smoking and ulcerative colitis. N Engl J Med, 308:261, 1983. in 10. Cottone M, Rosselli M, Orlando A, Oliva L, Puleo A, Cappello M. Traina M, Tonelli F, Pagliaro L. Smoking habits and recurrence in Crohn 's disease. Gastroenterology, 106:643, 1994. V. 33 - no. 2 - abr./jun. 1996 levels in smokers and 21. Katschinski BO, Fisel W, Schmialek lP, Pearson J. Smoking and sugar intake in ulcerative colitis: a case-control study. Eur J GastroenterolHepatol, 5:91, 1993. Arq Gastroenterol 77 Martins Jr EV, Araújo IS, Atallah AN, Miszputen SJ. Tabagismo e doença intlamatória intestinal: estudo epidemiológico caso-controle. 22. Lashner BA, Hanauer SB, Silverstein MO. Testing nicotine gum for ulcerative colitis patients: experience with single-patient trials. Dig Dis Sei, 35:827, 1990. 37. Sandler RS. Epidemiology of intlammatory bowel disease. In: Targan SR, Shanahan F. Inflammatory bowel disease: from bench to bedside. Baltimore, Williams & Wilkins, 1994. p.5-30. 23. Lindberg E, Tysk C, Andersson K, Jarnerot G. Smoking and intlammatory bowel disease. A control study. Gut,29:352, 1988. 38. Silverstein MO, Lashner BA, Hanauer SB, Evans AA, Kirsner JB. Cigarette smoking in Crohn's disease. Am J Gastroenterol, 84:31, 1989. 24. Logan RFA, Katschinski BO, Sommerville KW, Langman MJS. Smoking and intlammatory bowel disease. Gastroenterology, 90: 1525, 1986. 25. Lorusso O, Leo S, Miscrogna G, Guerra V. Cigarette smoking and ulcerative colitis: a case-control study. Hepatogastroenterology, 36:202, 1989. 26. Marks IN, Condy S. Retlections on the epidemiology of intlammatory bowel disease. In: Rachmilevitz O. Intlammatory bowel disease 1994. Oordrecht, Kluwer Acade-nic Publ., 1994. p.3-11. 27. Meade TW, Imeson J, Stirling V. Effects of changes in smoking and other characteristics on clotting factors and the risk of IBO. Lancet, 2:286, 1987. 28. Motley RJ, Rhodes J, Ford GA,' Wilkinson SP, Chesner 1M, Asquit P, Hellier MO, Mayberry JF. Time relationship between cessation of smoking and ulcerative colitis. Digestion, 37:125,1987. 29. Persson P-G, Ahlbom A, Hellers G. Inflarnmatory bowel disease and tobacco smoke: a case-control study. Gut, 31: 1377 ,1990. 30. Podolsky OK, Isselbacher KJ. Glycoprotein composition of colonic mucosa. Specific alterations in ulcerative colitis. Gastroenterology, 87:991,1984. 31. Prytz H, Benoni C, Togesson C. Does smoking tighten the gut? Scand J GastroenteroI, 24(suppl 163):48, 1989. 32. Pullan RD, Rhodes J, Ganesh S, Mani V, Morris JS, Williams GT, Newcombe RG, Russell MAH, Feyerabend C, Thomaz GAO, Sâwe U. Transdemal nicotine for active ulcerative colitis. N Engl J Med, 330:811, 1994. 33. Purrman J, Strohmeyer G. Pathogenesis and management colitis. Hepatogastroenterology, 36:209, 1989. 34. Roberts CJ, Oiggle R. Non-smoking: Br Med J, 185:440, 1982. a feature of ulcerative of ulcerative colitis. 35. Rudra T, Motley RJ, Rhodes J. Does smoking improve ulcerative colitis? Scand J Gastroenterol, 24(suppI.170):61, 1989. 39. Smith MB, Lashner BA, Hanauer SB. Smoking and intlammatory disease in families. Am J Gastroenterol, 83:407, 1988. 40. Sommerville KW, Logan RFA; Edmond and Crohn's disease. Br Med J, 289:954, M, Langman 1984. MJS. Smoking 41. Srivastava EO, Russel MA, Masterson JG, Rhodes J. Transdermal in ulcerative colitis. Gastroenterology, 100:252, 1991. 42. Stermer E, Levy N, Heinrich I. Smoking, disease. Br Med J, 291:487, 1985. bowel sugar and intlammatory nicotine bowel 43. Sutherland LR, Ramcharan S, Bryant H, Fick G. Effect of cigarette smoking on recurrence of Crohn's disease. Gastroenteology, 98: 1123, 1990. 44. Thomas GAO, Rhodes J, Mani V, Williams GT, Newcombe MAH, Feyerabend C. Transdermal nicotine as maintenance ulcerative colitis. N Engl J Med, 332:988, 1995. RG, Russel therapy for 45. Thornton JR, Emmett PM, Heaton KW. Smoking, sugar and intlammatory bowel disease. Br Med J, 290:1786,1985. 46. Tobin MV, Logan RFA, Langman MJS, Mc Connell RB, Gilmore IT. Cigarette smoking and intlammatory bowel disease. Gastroenterology, 93:316, 1987. 47. Vessey M, Jeweel O, Smith A, Yeates O, McPherson K. Chronic inflammatory bowel disease, cigarette smoking, and use of oral contraceptives: finding in a large cohort study of women of childbearing age. Br Med J, 292:1101,1986. 48. Wakefield AJ, Sankey AM, Ohillon AP, Pittilo RM, Rowles PM, Lewis AAM, Pounder RE. Pathogenesis of Crohn's disease: multifocal gastrointestinal infection. Lancet, 2: 1057, 1989. 49. Zijestra FJ, Srivastava EO, Rhodes M, Van Oisk APP, Fogg F, Samson HJ, Copeman M, Russell MA, Feyerabend C, Williams GT. Effect of nicotine on rectal mucus and mucos ai eicosonoids. Gut, 35:247, 1994. Recebido para publicação em 71211996. Aprovado para publicação em 19/3/1996. 36. Sandler RG; Sandler OP; Mc Oonnell CW, Wurzelmann JI. Childhood exposure to environmental tobacco smoke and the risk of ulcerative colitis. Am J Epíderniol, 135:603, 1992. 78 Arq Gastroenterol V. 33 - no. 2 - abr./jun. 1996
Documentos relacionados
Smoking: etiologic factor for Crohn`s disease
Disease. World J Gastroenterol.2008; 14(27): 44204423.
7. Lucendo AJ, De Rezende LC. Importance of
nutrition in inflammatory boweldisease. World J
Gastroenterol.2009; 15(17): 2081-2088.
8. Shanahan...
artigo original efeitos do fumo materno durante a gestação e
pacientes hígidas, com gestação a termo. Foram excluídas puérperas que tiveram gestações múltiplas, RNs com crescimento intrauterino restrito, anormalidades cromossômicas, malformações ou infecção ...