Língua Japonesa - Instituto Português de Artes Tradicionais

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Língua Japonesa - Instituto Português de Artes Tradicionais
Instituto Português de Artes Tradicionais Japonesas
日
本
語
Língua Japonesa
Instituto Português de Artes Tradicionais Japonesas
INTRODUÇÂO
A língua japonesa é o idioma falado no Japão e noutros lugares do mundo
onde se encontram comunidades de imigrantes e descendentes de japoneses, como no Brasil, nos Estados Unidos e na China.
O nome japonês para a língua é nihongo (日本語). O kanji 日 designa o sol,
e o kanji 本, aqui, significa “origem”. Esta designação para o Japão provém
da China devido à posição geográfica relativa entre os dois países —daí a
expressão País do Sol Nascente.
A língua japonesa sofreu influência maciça da língua chinesa por um período de, no mínimo, 1.500 anos. Muito do seu vocabulário foi importado da
língua chinesa ou criado com base em modelos chineses. Sua gramática é
muito semelhante à da língua coreana e há indícios de que são correlatas.
O japonês é um idioma que se caracteriza por um sistema complexo de
construções honoríficas que refletem a natureza hierárquica da sociedade
japonesa, com formas verbais e vocabulários particulares que variam de
acordo com o status relativo entre interlocutores. O repertório de fonemas
da língua japonesa é relativamente pequeno, e tem diferenciação léxica
baseada num sistema de acento tonal.
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A ESCRITA JAPONESA
A língua japonesa faz uso de cinco sistemas de escrita diferentes: kanji,
hiragana, katakana, rōmaji, e algarismos arábicos.
KANJI (漢字)
Kanji são caracteres com origem de caracteres chineses, da época da Dinastia Han, (206 a.C. até 220 d.C.). Estes caractere são ideogramas, logo
representam conceitos, e podem ser lidos de várias formas.
A escolha da leitura depende do contexto, significado pretendido, uso em
compostos, e até a localização na frase. Essas leituras são normalmente
categorizadas como “on-yomi” ou “kun-yomi”
•On-yomi, a leitura sino-japonesa, é uma aproximação da pronúncia
Chinesa do carácter na época em que ele foi introduzido no Japão
•A leitura kun-yomi é baseada na pronúncia de uma palavra originariamente japonesa, que se aproximava do significado do carácter
chinês na época em que este foi introduzido.
Kanji são usados em:
•substantivos;
•radicais de adjetivos e verbos;
•nomes de locais e de pessoas.
Origem de Kanji
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HIRAGANA (平仮名)
Hiragana contemporâneo é apontado como uma derivação do kanji utilizado no período Heian (749 D.C.-1185 D.C.). Esta derivação surgiu como
uma simplificação manual dos kanji mais difundidos na época.
Ao contrário de kanji, hiragana são unicamente fonéticos, logo não têm
nenhum valor conceptual.
Hiragana são caracteres fonéticos japoneses usados em:
•terminações flexionais de adjetivos e verbos (okurigana);
•partículas gramaticais (joshi);
•palavras para as quais não exista kanji, ou este exista mas seja
pouco usado.
•para escrever a pronunciação literal de um kanji (furigana)
Origem de Hiragana
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ひらがな
平仮名
あ い う え お
A
I
U
E
O
HA
か き く け こ
KA
KI
KU
KE
KO
さ し す せ そ
SA
SHI
SU
SE
SO
た ち つ て と
TA
CHI
TSU
TE
TO
な に ぬ ね の
NA
NI
NU
NE
が ぎ ぐ げ ご
GA
GI
GU
GE
GO
ざ じ ず ぜ ぞ
ZA
JI
ZU
ZE
ZO
だ ぢ づ で ど
DA
JI
ZU
DE
DO
ば び ぶ べ ぼ
BA
BI
BU
BE
BO
ぱ ぴ ぷ ぺ ぽ
PA
5
PI
PU
PE
PO
は ひ ふ へ ほ
NO
HI
FU
HE
HO
ま み む め も
MA
MI
MU
ME
MO
や ゆ よ
YA
YU
YO
ら り る れ ろ
RA
RI
RU
RE
RO
わ を ん
WA
WO
N
きゃ きゅ きょ にゃ にゅ にょ
KYA
KYU
KYO
NYA
NYU
NYO
ぎゃ ぎゅ ぎょ びゃ びゅ びょ
GYA
GYU
GYO
BYA
BYU
BYO
しゃ しゅ しょ ぴゃ ぴゅ ぴょ
SHA
SHU
SHO
PYA
PYU
PYO
じゃ じゅ じょ りゃ りゅ りょ
JA
JU
JO
ちゃ ちゅ ちょ
CHA
CHU
CHO
RYA
RYU
RYO
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カタカナ
片仮名
ア イ ウ エ オ
A
I
U
E
O
HA
カ キ ク ケ コ
KA
KI
KU
KE
KO
サ シ ス セ ソ
SA
SHI
SU
SE
SO
タ チ ツ テ ト
TA
CHI
TSU
TE
TO
ナ ニ ヌ ネ ノ
NA
NI
NU
NE
ガ ギ グ ゲ ゴ
GA
GI
GU
GE
GO
ザ ジ ズ ゼ ゾ
ZA
JI
ZU
ZE
ZO
ダ ヂ ヅ デ ド
DA
JI
ZU
DE
DO
バ ビ ブ ベ ボ
BA
BI
BU
BE
BO
パ ピ プ ペ ポ
PA
6
PI
PU
PE
PO
ハ ヒ フ ヘ ホ
NO
HI
FU
HE
HO
マ ミ ム メ モ
MA
MI
MU
ME
MO
ヤ ユ ヨ
YA
YU
YO
ラ リ ル レ ロ
RA
RI
RU
RE
RO
ワ ヲ ン
WA
WO
N
キャ キュ キョ ニャ ニュ ニョ
KYA
KYU
KYO
NYA
NYU
NYO
ギャ ギュ ギョ ビャ ビュ ビョ
GYA
GYU
GYO
BYA
BYU
BYO
シャ シュ ショ ピャ ピュ ピョ
SHA
SHU
SHO
PYA
PYU
PYO
ジャ ジュ ジョ リャ リュ リョ
JA
JU
JO
チャ チュ チョ
CHA
CHU
CHO
RYA
RYU
RYO
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KATAKANA (片仮名)
Katakana foi desenvolvido para simplificar os kanji de origem chinesa , e é
mais antigo do que Hiragana.
Não têm nenhum valor conceptual, senão unicamente fonético, e graficamente apresentam uma forma angular e geométrica.
Katakana são usados em:
•palavras e nomes estrangeiros
•onomatopeias;
•nomes científicos.
Origem de Katakana
RŌMAJI (ローマ字)
Rōmaji são os caracteres latinos, que são usados em:
•acrónimos, como por exemplo ONU;
•palavras e nomes japoneses usados noutros países, como em
cartões de visita e passaportes;
•nomes de firmas e produtos que necessitem ser lidos tanto no
Japão como noutros países como, por exemplo, SONY, Panasonic,
etc.
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SONORIDADE DA LÍNGUA JAPONESA
As Vogais são cinco, e a sua leitura é pronunciada de uma forma “pura“. A
ordem das vogais no japonês é a, i, u, e, o. O u e o i podem aparecer após
outras moras para indicar o alongamento da vogal da mora anterior (ex: が
っこう ga-k-ko-o, “escola”; すいえい su-i-e-e, “natação”)
Entre as consoantes temos k, g, s, z, t, d, n, h, b, p, m, r, w. Algumas observações, porém, devem ser levadas em conta:
•A união de s com i forma shi, que tem som parecido com o xi
•A união de t com i forma chi , que tem som parecido com o tch em
“tchau”, e t com u forma tsu
•O tsu (っ) pequeno é como as consoantes duplicadas no meio das
vogais, criando uma pequena pausa na leitura
•O g é sempre forte; com i e e, forma sons semelhantes ao gui e ao
gue portugueses, respectivamente
•O h é aspirado, como no inglês; com u produz um som fu.
•O r é como r no meio de uma palavra em português, como em
“caro”
•O n pode, quando representa uma mora singular, apresentar som
do ng inglês.
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GRAMÁTICA
A gramática da língua japonesa, embora bastante diferente da gramática
da língua portuguesa, é relativamente simples e regular, fora algumas excepções.
Eis abaixo algumas das características da gramática da língua japonesa.
A ordem básica das palavras numa proposição é sujeito-objecto-verbo.
Além disso, no geral, o objecto se põe em ordem tempo-modo-lugar.
Os substantivos não têm género, nem número. Se o número é importante no contexto, ele pode ser construído de uma forma que possa ser
compreendido, geralmente com o emprego de advérbios de quantidade.
Excepcionalmente, substantivos que representam pessoas podem ser seguidos de sufixos indicadores de plural (-tachi, -ra ou -domo).
Os sintagmas têm a função sintática indicada pela partícula que os
sucedem imediatamente. Como regra geral, temos as partículas:
•は wa, que indica o sujeito da frase;
•の no , que indica a possessão;
•が ga, que indica o sujeito, (com um sentido mais vincado do que no
wa);
•を o, que indica o objecto directo;
•に ni, que indica o objecto indirecto,
•へ e , que indica a direcção ou destino de uma acção.
Os verbos são conjugados em dois tempos, chamados tecnicamente de
“passado” e “não passado”, este último incluindo tanto o presente como o
futuro. Não existem flexões de número e pessoa. Além do modo infinitivo,
existe o modo indicativo, modo imperativo ríspido, modo imperativo coletivo, modo volitivo, modo causativo, forma -te e dois modos condicionais.
Cada modo tem ambas as formas afirmativa e negativa.
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Quanto a adjectivos, existem três categorias principais que sintacticamente diferem entre si: adjectivos -i, adjectivos -na e adjectivos propriamente ditos (muito raros).
Embora a língua japonesa tenha uma coleção grande de pronomes pessoais (existem cerca de dez variações do pronome “eu”), frequentemente
eles são omitidos. Muitas vezes são substituídos pelo nome da pessoa
respectiva ou simplesmente omitidos quando pode ser subentendido.
A língua japonesa é rica em palavras e expressões onomatopeicas e expressões que representam estados físicos ou psicológicos. Tais expressões
são divididas em giongo, lit. “onomatopeias”, e gitaigo, lit. “expressões que
imitam o estado físico ou psicológico”. Onomatopeias existem em qualquer
língua (o japonês wan-wan seria o au-au português), mas o gitaigo japonês
é muito mais numeroso comparativamente a outras línguas. Exemplos de
gitaigo: nuru-nuru (ser escorregadio), pika-pika (cintilante), pera-pera (falar
muito), shiin (silêncio absoluto),sukkiri (o sentimento de estar livre de problemas), hakkiri (directo, sem ambiguidades) etc.
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GAUS DE CORTESIA/FORMALIDADE
De uma forma muito diferente de outras línguas, a língua japonesa tem um
sistema gramatical e léxico de exprimir diferentes graus de cortesia.
O modo familiar ou informal é usado quando falamos com pessoas de nível
social e profissional igual ou inferior ao nosso, ou num ambiente familiar. A
gramática está na sua forma mais simples e abreviada, embora esteticamente seja a forma mais direta.
O modo cuidado ou polido é utilizado em contextos formais ou quando nos
dirigimos para pessoas com nível social ou profissional superiores, pessoas
com mais idade ou para desconhecidos. Caracteriza-se pelas terminações
das frases desu e masu, e o uso de o ou go no início de um substantivo,
como o-cha (chá) e go-jusho (morada).
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SAUDAÇÕES
Bom Dia
おはよう ございます。
o-ha-you-go-za-i-ma-su
Boa Tarde
こんにちは。
kon-ni-chi-wa
Boa Noite (Para se cumprimentar)
こんばんは。
kon-ban-wa
Boa Noite (Para se despedir)
おやすみなさい。
o-ya-su-mi-na-sa-i
Adeus
さようなら。
sa-you-na-ra
EXPRESSÕES
Obrigado
ありがとう ございます。
a-ri-ga-tou-go-za-i-ma-su
Desculpe
すみません。
su-mi-ma-sen
Por Favor
おねがいします。
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o-ne-ga-i-shi-ma-su
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NÚMEROS
0 ゼロ、れい�
1 いち�
一�
2 に�
二�
3 さん�
三�
4 よん、し�
四�
5 ご�
五�
6 ろく �
六�
7 しち、なな�
七�
8 はち�
八�
9 きゅう、く�
九�
10 じゅう�
十�
100 ひゃく�
百�
1000 せん�
10000 いちまん �
13
千�
一万�
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APRESENTAÇÕES
Muito prazer
はじめまして。
ha-ji-me-ma-shi-te
Eu sou .......
わたしは ............ です。。
wa-ta-shi-wa ........ de-su
Tenho .... anos
............さいです。
..... sai-de-su
Prazer em conhece-lo
どうぞ よろしく。
dou-zo-yo-ro-shi-ku
Igualmente
こちらこそ。
ko-chi-ra-ko-so
DIÁLOGOS
A: はじめまして。わたしは
A
B: はじめまして。
です。
B
A:どうぞ よろしく。
B:こちらこそ、どうぞよろしく。
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です。
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EXERCÍCIOS
1:
2:
わたしは
です。
さいです。
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Elaborado por:
Tami Itabashi
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Rua do Amparo, 131. 4350-033 Porto
[email protected]
www.ipatj.com