Hu Acy Resumo O papel d estratégico ser capaz d que fazer isolada
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Hu Acy Resumo O papel d estratégico ser capaz d que fazer isolada
|35 5 Práticas daa Administtração de Recursos R Humanos poor Gestoress Cearensess Huuman Resou urces Managgement Praactices by Managers M in the State off Ceara/Braazil Acyy Holanda Mota M 1. Mesttre em Psicoologia, Univversidade de d Fortaleza, Unifor. Prrofessora daa Faaculdade do o Vale do Jaaguaribe – FVJ. F E-mail: acymota@ @gmail.com m Resumo d área de recursos huumanos naas empresass também vem v se torrnando cadaa vez maiss O papel da estratégicoo e focado nos n negócioss. Ela tem que atuar coomo parte integrante da d equipe em mpresarial e ser capaz dde traduzir a estratégiaa empresariial em açãoo. O planejaamento de recursos r huumanos tem m que fazer parte do pllanejamentoo empresariial e não apenas a ter mais m um pllanejamentoo com açãoo e com poucaa ou nenhum ma particippação dos gerentes g dee isolada, coom planos de pouca expressão, outras áreaas. Diante dessa d obserrvação, esse trabalho teve como objetivo verificar v as práticas daa gestão de recursos r huumanos nas organizações. Foi reallizada uma pesquisa p exxploratória e de campoo utilizando--se uma amo ostra probabbilística de 31 gestoress afiliados como c pessooa física na Associaçãoo Brasileira de d Recursos Humanoss – ABRH/C CE. Os dados pesquisaados foram submetidoss a algumass técnicas esstatísticos de d frequênccia da amosstra. Foram formuladaas duas hipóóteses, as quais q foram m comprovaddas e cujo inntuito era dde atingir o objetivo deesse estudo. Os resultaddos permiteem concluirr que (1) oss profission nais que atuuam como gestores de d recursos humanos nas organizzações têm m conhecimeento sobre a administraação estratéggica de recuursos human nos; e (2) as organizações adotam m uma gestãoo estratégicaa de recursoos humanoss. Finalmente, sugere-sse a realizaçção de novoos estudos e se indica a quem interressam os reesultados orra obtidos. Chave: Adm ministraçãoo de Recurso os Humanoss; Organizações Moderrnas; Gestãoo Palavras-C Abstract The role of the humann recoursess field in coompanies is becoming more strateegic and moore focus inn o that it actts as an inteegrated partt of the org ganizational team and it i is able too their core bbusiness; so turn into aan action of o strategiess in compaanies. The human h recoourses plannning must be part off organizatioonal plannin ng with a brroad role, expression and a participaation of its managers in all fields.. Based on this assertiion, this paaper aims to t verify thhe practices of the management m t of humann e and surveyy research was w carried out with 31 managerss recourses iin organizattions. An exploratory affiliated w with the Brrazilian Huuman Recou urses Association (Asssociação Brasileira B de Recursoss Humanos – ABRH/CE E). The dataa were subm mitted to som me statisticss techniques of samplee frequency.. Two hypottheses weree formulatedd in order to o reach the objective o off this paper. The resultts lead us too conclude thhat (1) the practitionerrs that act as a human reecourses managers m in companies understandd the strategiic human reecourses addministration n; e (2) com mpanies ado opt the strattegic humann recoursess managemeent. In concclusion, it is suggesteed to carryy out furtheer studies in i this fieldd and it iss informed too whom thee results aree for. Keywordss: Human Resources R M Management ; Modern Organization O ns; Managem ment 1 Autora correespondente. Artigo A recebidoo em 11 de aggosto de 2015.. Aprovado em m 12 de novem mbro de 2015. Avaliado pelo sistema double blind review. RBNDRR · ISSN 2358-51533 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 36| ACY HOLANDA MOTA Introduçãão A área á de reccursos hum manos é um ma das áreaas que maiis tem passsado por m mudanças e transformaações nestess últimos annos. A visão o que se tem m hoje da área á é totalm mente diferente de suaa tradicionall configuraçção. A referrida área teem sido a responsável r pela excelência de orrganizaçõess bem-suceddidas e pelo o aporte de capital intelectual que simboliza, mais do qu ue tudo, a iimportânciaa do fator huumano em plena p Era daa Informaçãão. Coom a globaalização dos negócios, o desenvolvimento tecnológicoo, o forte impacto i daa mudança e o intenso movimentoo pela qualiddade e proddutividade, surge uma eloqüente constatação c o na maioriaa das organiizações: o grande g diferrencial, a prrincipal vanntagem com mpetitiva daas empresass decorre das pessoas qu ue nelas traabalham. Suurge, portantto, uma nov va visão: as pessoas como agentess m e fortaleccem a inovvação e que produzem,, proativos e empreenddedores. Sãoo as pessoaas que geram vendem, servem s ao cliente, toomam decisões, lideraam, motivaam, comunnicam, supeervisionam,, gerenciam e dirigem m os negóciios das em mpresas. Noo fundo, ass organizações são coonjuntos dee pessoas. Parra mobilizarr e utilizar plenamentee as pessoaas em suas atividades, as organizaações estãoo revendo oss seus concceitos e alteerando as suas s práticaas gerenciaiis, visualizaando as pesssoas comoo elemento básico do sucesso empresarial. e Os conheecimentos pessoais e habilidades mentaiss a pessoas ddeixaram dee passaram a ser fatoress importantees no contexxto de mudaanças, revellando que as ser simpless recursos organizacion o nais e passaaram a ser um m fator de competitivid c dade. Peercebe-se qu ue por muitto tempo o principal p foco da área de d recursos humanos eera centradoo nos aspectoos operacio onais e trabaalhistas, basseando-se em m normas e procedimeentos operaccionais. Em m decorrência disso, suaas políticas e práticas configuram c m-se em paddrões compoortamentais adequadoss n forma dee às mudançças do ambieente. No enntanto, com o surgimennto de mudaanças dos paaradigmas na condução ddos negócioos, o papel dos d recursoss humanos como c agentte formadorr de pessoas seguidorass de normas organizacioonais teve que q ser repennsado e reddefinido. m isso, o paapel da áreaa de recurso os humanos nas empressas também m vem se torrnando cadaa Com vez mais eestratégico e focado nos negócioss. Ela tem m que atuar como partee integrantee da equipee empresariaal e ser capaz de traduuzir a estrattégia empreesarial em ação. a O plannejamento de d recursoss humanos teem que fazer parte do planejamennto empresaarial e não apenas a ter mais m um plaanejamentoo com ação isolada, co om planos de pouca expressão, com poucca ou nenhhuma particcipação doss gerentes dee outras áreas. de recursos humanos como agennte de mudaança, nessee A principal p attuação do profissional p novo conteexto, é a criiação de um ma organização renovadda, através da geração de capaciddades para a mudança. S Seu maior desafio d é suubstituir a reesistência peela resoluçãão, o planejaamento peloo resultado,, o medo peelo entusiassmo, e o deesejo de mu udar pela coompetência. A forma de adição de d valor noo desempenhho desse paapel é fazer acontecer e o caminhoo mais simpples é demoonstrando naa mudança,, ou seja, serrvir de exem mplo de mudança para a organizaçção como um m todo. Nesste contextoo surge o innteresse de dimensionaar quais as práticas dee gestão esttratégica dee recursos huumanos enttre gestores de RH no Estado E do Ceará. C Assim m, a questão o principal para a quall se busca reesposta por meio deste estudo é: a postura esttratégica doo ambiente de d recursos humanos é conceito e prática connsolidada enntre profissioonais atuanttes nas emp presas cearenses? Desssa forma tem-se t com mo objetivo o principal verificar ass práticas da d gestão de d recursoss humanos nnas organizaações. Além m disto, e coomo objetivoos específiccos, o estudo o pretende: (1) traçar o perfil dos profissionaais que atuuam como gestores de d recursos humanos nas organizzações; (2)) mo gestores de recursoos humanos nas organiizações têm m verificar see os profisssionais que atuam com conhecimeento sobre a adminisstração estrratégica dee recursos humanos; (3) identifficar se ass organizaçõões cearensees adotam uma u gestão estratégica e d recursos humanos. de RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 Práticas daa Administração de d Recursos Hum manos por Gestorees Cearenses |37 7 Os objetivos acima a definnidos vão seer apoiadoss na verificaação das seeguintes hippóteses, oraa formuladass: (H1) os profissionai p s que atuam m como gesstores de reccursos hum manos nas orrganizaçõess têm conhecimento sobbre a adminnistração esstratégica dee recursos humanos; h e (H2) as orrganizaçõess ma gestão esstratégica dee recursos humanos. h adotam um nistração dee Recursos Humanos 1 Evoluçãoo Históricaa da Admin Hisstoricamentee conhecidaa como Adm ministraçãoo de Pessoal, a área dee Recursos Humanos H é responsáveel por adminnistrar as peessoas dentrro da organnização. E surgiu da neecessidade de d controlarr as pessoass que trabaalhavam naa organização. De seuu surgimen nto aos diass de hoje, a área foii ganhando inúmeras atividades, a m maiores ressponsabilidaades e maioor importânncia para o sucesso daa organizaçãão. Moohrman e Lawler L (1995) destacam m que essa área vem historicame h ente apresenntando umaa gradual evvolução e soofisticação em seu pap pel dentro das organizzações. Obsserva-se enntão, que ass práticas dee Recursos Humanos H surgem, a paartir de diversos fatorees contextuaais que caraacterizam o fim do sécculo XIX e o início doo século XX X, evoluindo de formaa crescente. Dessa form ma, pode-see dizer que essas e práticaas foram passando de operacionais o s para estrattégicas. Seggundo Fisch her (1998), até a décaada de 30, o início da existênciaa da área de d recursoss humanos, nos Estados Unidos, pode p ser marcada pelaa implantação, do prim meiro deparrtamento dee CR Corporaation. Esse mesmo auttor destaca que a áreaa Administraação de Pesssoal em 1890 na NC surge em fu função da neecessidade de d se gerencciar os custoos relacionaados com a mão-de-obrra. AP Primeira Guuerra Munddial foi o grrande marcoo para o deesenvolvimeento da Adm ministraçãoo de Pessoall nos Estado os Unidos (ALBUQUE ( ERQUE, 19987). O surg gimento do movimentoo sindical e as modificcações ocorrridas no rellacionamentto entre opeerários e as empresas, são fatos que q marcam m este desenvvolvimento. Albuquerqque (1987) destaca quee a crescentte mudançaa de posiçãoo do Estadoo americano no processso produtivoo trouxe sennsíveis alterrações nas relações r inddustriais, e isto foi um m c o da Admin nistração dee Pessoal como área auttônoma. Neeste períodoo fator decisiivo para a consolidação a administtração de recursos r huumanos é caracterizad c da pelo pennsamento mecanicista m e por um m modelo de gestão pateernalista (FL LIPPO, 197 78; TOLEDO O, 1988). m de Relaçõees Humanass, marcado pelas p pesquuisas coordeenadas por Elton E Mayoo O movimento durante a ddécada de 30, 3 fez com m que os pressupostos mecanicistaas, começasssem a ser revistos. A gestão de recursos humanos h d deixou de se concenttrar exclusivamente em e aspectoos legais e o a incorporrar instrumentos e ferrramentas paara o recrutamento, treeinamento e econômicoos, passando avaliação de d pessoal. As décadas dee 40 e 50 forram marcaddas pela inteervenção doo Estado naas relações de d trabalho,, c isso, um ma nova poosição da área de recurssos humanoos. O crescimento signiificativo doo exigindo, com movimentoo de sindicaalização e das d legislaçõões para reggular as atividades de trabalho e a crescentee organizaçãão dos trabbalhadores foram fatoores decisivvos para quue a área de recursos humanoss assumisse o papel dee representaante das em mpresas nas negociaçõees e atuasse como meediador noss As práticas e políticas de remunerração e bennefícios com meçam a surrgir (SAMM MARTINO,, conflitos. A 2002). As décadas dee 60 e 70 fooram marcaadas por graandes avançços na área de recursos humanos.. s recrutaamento e seleção, treiinamento e As atividaades desenvvolvidas peela área paassaram a ser: desenvolviimento, avaaliação de desempenho d o, remuneraação e dem missão. As políticas p dee gestão dee pessoas paassaram a tomar como base b o colettivo e foram m se sistemaatizando. Nesste mesmo período suurgem as teeorias das hierarquias de necessidades, de Maslow, a teoria de M McGregor sobre s a nattureza da atitude a em relação r ao trabalho, a teoria doss fatores dee Herzberg, os trabalho os de Lawleer sobre mottivação, neccessidades e recompennsas, compoortamento e satisfação. RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 38| ACY HOLANDA MOTA Iniccia-se, tambbém neste período, p um ma valorização do pap pel da lideraança na adm ministraçãoo das relaçõees entre a orrganização e as pessoaas. Os estuddos sobre lidderança passaram a enffatizar maiss as formas de atuação do líder do d que as característic c cas pessoaiss natas. Co om isso, as funções dee volvimento de pessoas começam a se valorizzar como parte p das atiividades daa treinamentto e desenv área de reccursos humaanos. Nesste período o a Adminnistração dee Relaçõess Humanas//Pessoal co omeça a dar d lugar à Administraação de Reccursos Hum manos. Os gerentes de recursos r hum manos passsam a ser coonsideradoss como mem mbros da allta administtração e parrticipam daas decisões estratégicaas da empreesa. Fischerr (1998) desstaca que neeste períodoo já se encon ntram os prrimeiros sinais da criaçção, pelas em mpresas, dee sistemas dde gestão dee recursos humanos h coonstituídos por p um connjunto de processos cooncebidos e implementtados com o objetivo de d administtrar as relaçções com as a pessoas, buscando atingir a seuss objetivos. Segundo esste mesmo autor isto é um indíciio da conceepção mais moderna daa gestão dee recursos huumanos. A ppartir da década d de 80, 8 o desennvolvimentoo tecnológiico passou a se intennsificar e a influenciarr, cada vez mais, a vida nas organnizações e das d pessoas que delas participavam p m. Teve-see início a diffusão das noovas teoriass e técnicas gerenciais como: a gestão particippativa, o plaanejamentoo estratégicoo, os círculoos de controole de qualidade e outtros (GIL, 1994). 1 As organizaçõe o es passam a valorizar o caráter esttratégico de ação, e a área á de recuursos humannos transforrma-se para adequar-see a este novoo panorama. Seggundo Fom mbrun, Tichy e Devvanna (1984), o aum mento da produtivida p ade, nessass organizaçõões, somentee acontecerria quando a área de reecursos hum manos obtivesse melhorrias em suaa administração. E parra que isto acontecesse a e, esses autoores indicavvam a neceessidade de vincular ass estratégias das organiizações aos planejamenntos de recuursos humaanos, em razzão da neceessidade dee buscar ajusstes mais effetivo às creescentes preessões do meercado. Esssa nova situ uação passa a exigir doo setor de reecursos hum manos novaas habilidaddes, fazendoo com que elle passe a aggir de modoo pró-ativo e não mais reativo. Esssa década foi f marcadaa pelo início o da formação do pennsamento esstratégico eem recursoss humanos. m n contextoos político, econômico nos e e social em m A ddécada de 90 passou poor intensas mudanças todo o m mundo. Estaas mudançças tiveram m grande impacto i paara a vidaa das organizações e conseqüenttemente parra a área de recursos huumanos (OL LIVA, 19999). De acordo com m Sammartiino (2002), as principaais transform mações quee impactaram m a área dee ntensificaçãão do movim mento de gllobalização e de buscaa recursos huumanos, nessa década,, foram: a in de compettitividade; a evoluçãoo da tecno ologia da iinformação;; a promullgação de legislaçõess protegendoo os direitos dos consuumidores; o movimentto de conceentração doss mercados em blocoss econômicoos; a intensificação doos processoss de fusõess e de gran ndes aquisiçções; a intoolerância daa sociedade com c relaçãoo à poluiçãoo e a degrad dação ambieental. Os impactos destas muddanças paraa as organizações forram bastantte significaativos, poiss m em profun ndas alterações nos paddrões tradiciionais de co ompetição e concorrênccia. implicaram Beccker et al. (2001) appontam quee nas últim mas décadaas a área de recursos humanoss experimenttou grandess mudanças no seu pappel dentro daas organizaações. Tradicionalmentee percebidaa como umaa área dediccada basicaamente às atividades a a administrati ivas relacio onadas com m gestão dee benefícios,, folha de pagamento p e outras tarrefas rotineeiras, a áreaa de recursoos humanoss, durante a década dee 90, viu-sse diante do d desafio de efetivaamente parrticipar do esforço dee mudançaa organizacioonal, com vistas v a um m novo moddelo compettitivo delineeado pelo ambiente a (B BECKER ett al., 2001). RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 Práticas daa Administração de d Recursos Hum manos por Gestorees Cearenses |39 9 2 Desafioss da Admin nistração dee Recursos Humanos As mudançass sociais, econômicaas, tecnolóógicas e políticas p q que estão ocorrendoo ocidade com m que essass mudançass mundialmeente apresenntam reflexxos sobre ass organizações. A velo estão aconntecendo exige rápida e ágil adapptação aos novos n cenárrios, para que q essas orrganizaçõess mantenham m-se sempree competitivvas. O pprocesso de globalizaçãão impõe à área de recuursos humannos a necessidade de am mpliar seuss parâmetross de referêência, revissar conceittos e de entender e qu ue suas açções têm impacto noo desempenhho e na competitivid c dade dessaas organizaações, bem m como no n crescimeento e noo desenvolviimento de seeus funcionnários. Nesste sentido o, a área de recurso os humanoss assume papel centtral e estratégico noo desempenhho dessas organizaçõe o es, bem co omo, de aggente faciliitador das mudanças oferecendoo suporte aoos seus funncionários e ajudando-os a ultrrapassar essses momentos de transição. A manutençãão de um padrão p elevvado de deesempenho exige flex xibilidade, inovação e agilidade,, característiicas necesssárias paraa a manuttenção da vantagem competitivva, e quee decorrem m basicamentte dos recurrsos e das caapacidades internas de cada organ nização. A ddiscussão em m torno da atuação daa área de reccursos hum manos tem see concentraado em doiss pólos distiintos, porém m não totaalmente exccludentes: operacional o l e estratég gico (ULRIICH, 2000;; MARRAS, 2000). f operaacional, a área de recursos hum manos limitta-se às rottinas comoo Atuuando de forma recrutamennto, seleção o, cargos e salários, benefícios,, entre outtras, sem a preocupaçção com a vinculaçãoo destas atiividades àss políticas e estratégias da orgganização. Já J atuandoo de formaa estratégicaa, a área de recursos humanos, h cooncentra-se na obtençãão de resultados organnizacionais,, visando à iintegração das d práticas aos objetivvos e resultaados desejad dos. Esssa situação é observadda por Wood Jr. (19995), que traata das muudanças nass condiçõess ambientaiss e seu impacto sobre a função dee recursos hhumanos, estabelecend e do um parallelo entre a visão tradiccional e um ma perspectivva mais atu ual. A aabordagem tradicionall discutida por esse auutor resume a gestão de pessoass como um m conjunto dde procedim mentos de ajuste do indivíduo i a um estereeótipo de eficiência e p previamente e definido peela empresaa. A abordaagem apontaa que essa áárea assumiiu por muitto tempo um ma linha dee atuação em minentemen nte técnica, voltada para p atividaades buroccráticas e administrati a ivas, comoo seleção, ddesenvolvim mento de pessoal p e treinamentoo. Tradicioonalmente, as demaiss áreas daa administração viam a função de recursos humanos com mo basicam mente admin nistrativa, concentrada c a vidades rotinneiras, com mo folha dee pagamentto e outrass no gerenciiamento dee benefícioss e de ativ funções opperacionais. Denntro de uma perspectivva atual, o autor obserrva que a abordagem a tradicional, t a visão dee adequação e obediênccia da forçaa de trabalhho aos objettivos organ nizacionais, é substituídda por umaa mprometimeento de recursos humaanos com oos objetivoss gestão de recursos huumanos foccada no com r hum manos passsa a consideerar o fatorr organizacioonais. Isso significa dizer que a gestão de recursos humano coomo aspectto-chave paara o sucesso organizaacional, aprresentando uma preoccupação em m alinhar suaas ações às à estratégiaas da emprresa. Atualmente, a idéia de qu ue a área de d recursoss humanos, ccomo todas as demais da organizaação, deve estar e alinhada com os objetivos, o a missão e a estratégia m mais ampla da empresaa, é cada vez mais recoonhecida com mo necessárria e importtante. Nesssa perspecctiva, o novoo modelo de d gestão dee pessoas e as relaçõess internas quue estimulaa são reflexoos daquilo que q vem ocoorrendo com m a sociedadde. Tal posicionamentoo pode ser comprovadoo pela preocuupação em desenvolveer, como resssalta Woodd Jr. (1995), tarefas não rotineirass, de caráterr mais ampllo, intensificando a preocupação com os obj bjetivos organizacionaiis. Conform me descrevee Ulrich (19998, p. 66), “surge “ a necessidade dos d profissioonais de reccursos humaanos equilibbrarem essee RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 40| ACY HOLANDA MOTA processo de d mudançaa, inovaçãoo e transfoormação, coom objetivoos de contiinuidade, ddisciplina e estabilidadde”. Moohrman Jr. e Lawler III (1995) accreditam que, a área dee recursos humanos, h ennfrenta seiss desafios. O primeiro seria s a buscaa pela vantaagem competitiva em relação r à cooncorrência, levando ass organizaçõões a se reesstruturarem e mudarem m de foco, enfatizando e a qualidadee total, proddutividade e atendimentto ao cliennte. Neste sentido s há duas maneeiras para que q a admiinistração de d recursoss humanos ppossa contriibuir: reduzzindo custoos e/ou agreegando valo or. O segunndo desafioo seria o dee administrarr mudançass para mantter a empresa no cenárrio internacional. Mudanças estas que dizem m respeito à estrutura orrganizacionnal, planejam mento estraatégico, estiilos adminisstrativos e abordagenss m os em mpregados. O terceiro desafio d estáá associado o à explosãoo de novoss que visem envolver mais q see tornar verdadeiros v s conhecimeentos que têm instiigado os profissionaais que queiram administradores de recursos r huumanos. O quarto, diiz respeito às novas tecnologiaas que têm m á para qu ue utilizem sistemas on n-line. O quuinto desafiio apontadoo pressionaddo os profisssionais da área seria refereente às questões legaiss que os reccursos hum manos têm enfrentado, e que estão aumentando a o em função da reestrutturação quee vem aconttecendo. E por último,, os autoress apontam para p o novoo dos, instiganndo a adm ministração de recursos humanoos a criar programass perfil dos empregad mento e seleeção, bem como c de treeinamento e desenvolviimento. inovadoress de recrutam Ulrrich (1998) acredita quue o desafio o da área dee recursos humanos h é integrar as práticas dee recursos huumanos ao processo dee planejameento estratéégico da orgganização, a fim de obbter o ajustee entre os plaanos de recuursos humaanos e os plaanos organiizacionais. Ele E mencionna ainda quue, um novoo papel para a área de gestão g de peessoas devee ser definiddo. Esta ênffase deve foocalizar os resultados r e mente as ativvidades operacionais daa área. não meram A gglobalização e os processos de mudanças m t trazem algu umas impliccações paraa a área dee recursos hhumanos, poor exemploo: custos menores, m maaior velociddade, produ utividade, qualidade q e inovação são fatorees de suceesso para que a organização seja comppetitiva. Fuuncionárioss a estratégiaas do negóciio e bem treeinados fazeem à diferennça. compromeetidos, alinhados com as Esssa nova reallidade espera que a área de recurrsos humanoos continuee fazendo o que era dee sua responnsabilidade e ainda asssuma essaa nova dem manda. Além m disso, deeve comparrtilhar seuss conhecimeentos com ass outras áreas como forrma de interragir na bussca pelos resultados. Desssa forma a área de recursos humanos h deeve estar apoiada a no trabalho eem equipe,, fomentanddo as liderannças e estim mulando o ennvolvimentoo das pessoas com a orrganização. Deve atuarr como uma função de staff, s necesssitando apoiar a implanntação de esstratégias, assessorar a ass mudançass mo, a tenddência é dee e facilitar o processoo de aprenndizagem orrganizacionnal. Seguinddo este rum transformáá-la em umaa área de connsultoria intterna. Fischer (1998)) aponta um m novo signiificado assuumido pela área de recu ursos humaanos a partirr r h humanos coomo vantag gem competitiva. Ass dos anos noventa, a administtração de recursos m de novas e criativas formas de gestão; aquui cabe transsmitir as estratégias ass organizaçõões precisam pessoas e ttransformá-llas em agennte de comppetitividade.. A partir do estudo e da evolução da d área de recursos humanos h see pode verrificar que,, d suas funnções o recuursos humaanos avaliavva as necesssidades daa tradicionallmente, no exercício de empresa em termos de d pessoas,, responsabbilizava-se pelo p recrutaamento e seleção, s forrmalizava a mento, encaarregava-se das atividades de mannutenção dee contrataçãoo, conduziaa o processoo de treinam pessoas, ellaborando sistemas s de avaliação e recompennsas e, por fim, procedia a formaalização doo desligamennto. Para Ulrich U (19988) o papel contemporâ c âneo dessa área á deve ser s o de dissseminar ass políticas dde execução o das funçõões, sensibillizando e ennvolvendo os demais agentes e dividindo d a responsabiilidade pela execução onde o a funçãão se fizer necessária. n Com m isso, podde-se dizer que a área de recursoos humanos passa a seer estratégicco devido à importânciia que assuumiu na soociedade póós-industrial, com as novas form mulas voltaadas para a RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 Práticas daa Administração de d Recursos Hum manos por Gestorees Cearenses |41 obtenção dde equipes criativas, c m motivadas frrente aos noovos objetiv vos das orgganizações. As pessoass passam a ser valorizzadas, respponsáveis por p todas as a decisões e acreditaando que possam p serr c s com as atribuições a que têm, cabendo-lhe c e estimuladaas a adotareem comporrtamentos condizentes responsabiilizar pela mediação m enntre empresaa e funcionáário (ALME EIDA et al., 1993). 3 Recursos Humanoss Estratégicco Com mo se obseerva, a admiinistração de d recursos humanos caminha parra a gestão estratégica,, enfatizandoo as pessoas como recuursos determ minantes paara o sucessoo da organizzação. Essaas são vistass como geraadoras de vaalor e, portaanto, como recurso esttratégico. Neste N sentiddo vê-se um ma evoluçãoo do modelo tradicionall de gestão de d pessoas em e direção a uma posiçção estratéggica. c de ampliação da atuação da área de recursos huumanos, várrios autoress Denntro deste contexto advogam a necessid dade de que q ela assuma umaa posição estratégica dentro doo contextoo p ento emergente refletee o papel caada vez maiis central dos d recursoss organizacioonal. Este posicioname intangíveiss e do capitaal intelectuaal na econom mia da atuallidade. Becker, Hu uselid e Ulrrich (2001) enfatizam a importânccia estratégiica da área de recursoss humanos iinformando que hoje o desempennho superioor duradouroo exige flex xibilidade, inovação e agilidade ddo mercado, a vantagem m competitiiva decorre basicamennte dos recurrsos e das capacidades c s internas dee cada organnização – innclusive da aptidão a da empresa e em m desenvolver e reter um ma força dee trabalho caapaz e com mprometida. Segundo estes e autoress a adminisstração de recursos r hum manos atuaa como princcipal capaciitante do cappital humanno nas organnizações. Ainda seguundo esses autores, o fundamentoo da estratéégia de recuursos humaanos, para a criação de valor, é uma u infraesttrutura gereencial que compreenda c a e seja cappaz de impplementar a d estratégiaa corporativ va é criar vantagem v c competitiva a estratégia da empresaa. Assim, sse o foco da d área paraa sustentávell, o da estraatégia de reccursos humanos consisste em maxiimizar a conntribuição da o mesmo objetivo, o dee modo a gerar g valor para os accionistas (B BECKER, HUSELID H e ULRICH,, 2001). Pode-se dizer d que o papel esttratégico dda área siggnifica tocaar na neceessidade dee alinhamentto das fu unções clássicas da área (atraação, provvimento, retenção r dee pessoas,, desenvolviimento, meensuração e remuneraação) à perrformance da empressa e dos empregados e s (GUBMAN N, 2004). Nesta N visãoo estratégicaa, o foco da d área de recursos hu umanos é visto v comoo móvel, adaaptando-se às mudançças já em andamento a e antecipan ndo-se às deemandas prrevistas em m cenários fuuturos. Paraa isto é precciso que as funções de recursos huumanos dêeem suporte à estratégiaa do negócioo (ASHTON N et al., 20004). O papel a ser desem mpenhado passa a ser repensar as atividades próprias da área dee recursos hhumanos em m termos estratégicos, de forma a integrar os objetivoos de longo prazo daa organizaçãão, as variááveis relevaantes do am mbiente e as necessiddades decorrrentes em termos dee pessoas. Conforme ressalta Albbuquerque (1987), ( a neecessidade de d se pensaar recursos humanos h dee forma estraatégica deccorreu, princcipalmente, do reconhhecimento da d importância de se coonsiderar o ambiente externo e (am meaças e oportunidad o des) na form mulação daas estratégias de negóócios, e daa existência de um interrvalo entre as a necessidaades previsttas para a im mplantação destas estraatégias e ass ntá-las. realidades que as orgaanizações ennfrentavam em termos de pessoas para implan 4 Adminisstração Estratégica dee Recursos Humanos A integração i e entre as estrratégias orgganizacionaiis e as estraatégias de reecursos hum manos é um m tema que vvem sendo discutido d deesde o inícioo dos anos 80. 8 Albbuquerque (1987) ( definiu o planeejamento esstratégico de d recursos humanos ccomo sendoo um processso decisóriio mais am mplo, orienttado para o futuro e para p fora da d organizaação, e quee RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 42| ACY HOLANDA MOTA envolve deefinições esttratégicas, relacionadas r s com o dessenvolvimennto de proggramas de iddentificaçãoo de talentoss em potenccial. O plannejamento estratégico e d recursos humanos deveria de d ser visto comoo um processso integradoo ao planejaamento estraatégico da organização o o. Ao buscar arggumentos paara reforçar a importânncia da adm ministração estratégica e de recursoss m no qual, as po olíticas de recursos r huumanos nãoo humanos, Sammartinoo (2002) prropõe um modelo mente como facilitadorras, para a implantação i o das estrattégias da orrganização. Este autorr atuem som argumenta que as constantes c mudanças do mercaddo – as ameaças a e oportunidaades – sãoo mente perceebidas e interpretada i as pelas organizaçõe o es. Estas diferenças devem-se,, diferentem fundamenttalmente, à capacidadee dos indivííduos e gruupos de perrcebê-las e de tomar decisões. d O nível de caapacitação das d pessoass em uma organização o é, em grannde parte, reesultado do sistema dee gestão de rrecursos hum manos existtente. Com mo pode seer depreendiido, o conceeito de adm ministração estratégica e d recursos humanos é de fundamenttal para a compreensã c ão do proceesso de alinnhamento entre e as esttratégias dee gestão dee recursos huumanos e as a estratégiaas amplas da d organizaçção. Algunss autores deestacam a importância i a deste alinhhamento parra a obtençãão de vantag gens compettitivas duradouras. Seggundo Morrhman e Laawler (1995 5) a estratéégia empresarial é o caminho onde o se fazz necessário a maior muudança no envolviment e to dos recurrsos humanoos. Os Recuursos Humaanos de umaa minante parra detectar quais estraatégias podeem tornar-sse práticass organizaçãão são a chhave determ implementtáveis. Os gerentes g de recursos humanos, h poor sua vez, precisam entender e doo negócio o suficiente ppara reagir e desenvolvver estratégiias empresaariais. Naa pesquisa conduzida por Samm martino (19995), foi possível p observar que para umaa estratégia organizacio onal ser bem sucedidaa é necessáário um aju uste adequaado com ass práticas e políticas dee gestão de recursos huumanos viggentes. Funddamentalmeente as estraatégias orgaanizacionaiss são formulladas atravéés de um prrocesso deccisório, que traduza o conjunto c dee valores, a cultura, ass normas de conduta, os o padrões de d autoridaade, bem coomo o modeelo de gestãão de pessooal vigente.. p dee mútua inflluência entrre estratégiaas organizaccionais e dee Deve ocorrrer, neste seentido, um processo recursos huumanos. A importância i a de se busccar uma efettiva vinculaação entre as a estratégiaas organizaccionais e ass de recursoss humanos encontra am mparo na abbordagem sóóciotécnicaa. Segundo Fleury F e Fleeury (1995)) esta abordaagem é defiinida como a otimizaçãão conjunta dos aspectoos sociais e técnicos, buscando-se b e uma propoosta que connduza aos obbjetivos orgganizacionaais, exploranndo ao máxiimo a adapttabilidade e a criatividaade das pessoas, em veez de determ minar tecniccamente a maneira m pela qual, essees objetivoss deveriam ser s atingido os. A abordaagem sóciottécnica presscreve aindaa que os deesvios que oocorrem em m uma situaçção de trabaalho devem ser controlaados o maiss próximo possível de seus s pontos de origem,, bem como admite quee o planejam mento e o reeplanejamennto de proceessos de trabbalho sejam m atividadess permanentes. mplementan ndo, esses mesmos autores a salieentam que o conceito o moderno de gestãoo Com estratégicaa de recursoos humanoss preconizaa que as poolíticas de gestão g de pessoal p não devem serr passivamennte integraddas às estrattégias de negócio, mas devem ser parte p integrrante desta estratégia. e 5 Metodollogia Parra atingir os objetivos propostos p poor este estuddo, foram adotados doiis métodos de d pesquisa, de d forma seq quencial e complement c tar: pesquisa bibliográffica e pesquuisa descritivva. A pesquisaa bibliográffica foi usad da porque, segundo Laakatos e Maarconi (1987), trata doo levantamennto, da seleçção e docum mentação dee toda bibliografia já publicada p soobre o assunnto em focoo e disponíveel em livross, revistas, jornais, j monnografias, teeses, dissertações, com m o objetivoo de colocarr a pesquisadora em co ontato diretoo com todo material jáá escrito sob bre esse asssunto, ou seeja, para see m do assuntto que ora é proposto. inteirar bem RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 Práticas daa Administração de d Recursos Hum manos por Gestorees Cearenses |43 3 A pesquisaa descritiva,, por sua veez, foi usadoo porque, seegundo os autores a citaddos, delineaa ou analisa as caracteríísticas de faatos ou fenôômenos, utillizando méttodos formaais, caracterrizados pelaa dade de fornnecer dadoss para a veriificação de hipótese. h precisão e controle esttatísticos, coom a finalid 5.1- Proceedimentos 5.1.1- Univverso da Peesquisa O universoo face aos objetivos o e à definiçãoo do problem ma de pesquuisa propossto por essee estudo é foormado por profissionaais que atuam m como gestores de reecursos hum manos em orrganizaçõess localizadass na Estado do Ceará, cadastraados na AB BRH – Associação Brasileira B dee Recursoss Humanos- Secção Ceaará, na conddição de pesssoas físicass, totalizanddo 100 pessoas. 5.2 - Proceesso de Am mostragem O processo o de amosttragem incluuiu: (1) a definição d daas unidadess amostrais,, que são a base do proocesso de seeleção da am mostra, e, neste n caso, foram f profisssionais atuuantes em orrganizaçõess localizadass no Estado o do Ceará; (2) definiçção da uniddade de listaagem, que consiste c no sistema dee referência para a seleeção da amoostra. No estudo propoosto, a uniddade de listtagem foi a relação dee todos os prrofissionaiss que trabalhham nos deepartamentoos de recurssos humanos nessas orgganizações;; e (3) definnição da uniidade de obbservação, que q represeenta exatam mente quem será o resppondente daa pesquisa. Neste N caso, o respondeente da pesqquisa foram m profission nais que atuam como gestores g doss departamenntos de reccursos humaanos dessass organizações cadastrrados comoo pessoa físsica junto a ABRH/CE E. O tipo de amostragem m usado nessta pesquisaa foi a amosstra intencioonal por connveniência. a com m Tagliacarn ne (1991), o tamanho da amostraa Com base nestes critéérios e de acordo com coeficciente de coonfiança de 90% e níveel de erro de d 10%, de aproximadaamente 100 associadoss como pessoa física é de 41 pessooas, no caso o de uma poopulação finnita (númerro de profisssionais quee mo gestoress de recursoos humanoss nas organnizações caadastrados como c pessooa física naa atuam com ABRH), na n hipótesee de p=50% % (significa a proporrção de occorrência) e q=50% (significa ( a proporção de não occorrência), onde q=1--p, z=distribbuição amoostral, N = populaçãoo e e=erroo a da fóórmula a segguir: amostral, através z 2 .N . p ( p 1) e 2 .( N 1) z 2 . p ( p 1) Figura 1: F Fórmula do Cálculo Am mostral Fonte: Taggliacarne (19 991) 5.3 - Instru umento de Coleta de Dados 5.3.1- Escoolha da Téccnica e Instrrumentos e Instrumento I os de Pesquuisa De acordo com Mattaar (1999), elaborar um iinstrumentoo adequado para realizaar mediçõess em pesquiisa não é uma tarefaa fácil, maas é de funndamental importânciia para o sucesso daa investigaçãão ou projetto em execuução. Os insstrumentos de medida são utilizaddos para ler a realidadee sobre um objeto em estudo, porr isso tornaa-se necessáário saber se s os mesm mos são connsistentes e refletem a realidade. p deescritiva fooi realizada através dee Em funçãoo das razõees acima adduzidas, a pesquisa m inglês surrvey), e tevee por técnicca a aplicaçãão de um quuestionário estruturadoo pesquisa dee campo (em (MATTAR R, 1999). 5.3.2 - Apllicação dos Questionárrios e Coleta a de Dados RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 44| ACY HOLANDA MOTA A coleta de d dados foii realizada através a de e-mail e enviaado pela auutora desta monografia m a via Interneet aos gestores de recursos humannos, contenddo uma mennsagem quee explanavaa o objetivoo da pesquissa, o endereeço de acessso ao site onde o o quesstionário esttava hospeddado e a sollicitação dee resposta. odo, são a velocidades v s da aplicaçção e a cappacidade dee As principais vantagens, deste méto obter inforrmações delicadas, devvido ao relaativo anoniimato do enntrevistado. Em contraapartida, háá pontos neggativos que devem ser consideradoos, como a baixa taxa de respostaa, a impossiibilidade dee utilização de d estímuloos físicos e também a falta f de conntrole sobre a amostra, já que o enntrevistadorr não controola quem reaalmente esttá respondenndo o questtionário (M MALHOTRA A, 2001). Diante disso,, dos quasee 100 convvites enviaados via e--mail pela autora deesse trabalhho, o retorrno de 31 respondenttes, perfazeendo assim 1/3 dos connvites feitos e 75% daa amostra e o número mínimo dee respondenttes que um ma amostra pode p conterr para a reaalização dee análises estatísticas (MATTAR, ( , 1999). 5.3.3 - Insttrumento dee Análise Foi escolh hida a utilizzação dos seguintes sof oftwares esttatísticos: Sphinx Sp para criação doo formulárioo de pesquisa, inserção dos dados, tabulações simples e cruzadas atraavés de disttribuição dee freqüência, cálculo de médias e desvio padrão; Microosoft® Exccel para elaaboração dee gráficos e tabelas aboordados neste estudo; e o Mediata Survey paraa a criação do questionnário on-linee. SE DOS RE ESULTADOS 6 ANÁLIS postos foraam ou nãoo A análise doss resultadoos permitiráá verificar se os objetivos prop var as hipótteses previaamente form muladas, a fiim de saberr atingidos, bbem como verificar e/oou comprov se elas se ccomprovaraam no todo ou o em partee, ou se foraam ou não verificadas. v Com m base noss levantameentos feitos,, aplicação dos questio onários, e utilização u doos recursoss estatísticoss, obteve-see os seguintees resultadoos a seguir, ressaltando o que as queestões de núúmero 1 a 7 são meram mente para conhecer a amostra a pesq quisada. Iniccialmente, este e estudo não tinha como c objetivvo estabeleecer qualqueer relação entre e o sexoo dos gestorres em relaação à outraa variável, mas achouu-se que seeria prudentte saber o número dee gestores ddo sexo masculino m e feminino,, já que a técnica de d amostraagem escolhhida foi a probabilísttica, como já foi escrrito anterioormente quee todo indivíduo tem m igual chaance de serr escolhido. Entretanto,, pode-se coonfirmar um ma presença de quase 2/3 dos geestores de RH R do sexoo p do, assim ass mulheres nessa n área de d trabalho. feminino, prevalecend Verrifica-se quue a amosstra pesquiisada possuui uma faiixa etária superior a 22 anos,, prevalecenndo a faixa etária supeerior a 42 anos a com 29,03%, 2 porrém dentro de toda a amostra oss gestores enntre 23 e 37 7 anos posssuem um peercentual iggual a 67,74 4%, podenddo-se concluuir que sãoo gestores quue já possueem um amaddurecimento o etário. Maais de 1/3 dos d respondeentes se enncontra ocuppando cargo o de analistta de RH, ou o seja, um m dos primeiiros estágioss do amadurecimento profissional p l dessa área;; por outro lado, pode-se perceberr também quue 35,48% dos responddentes ocup pam cargos gerenciais nas organizzações e um ma pesquisaa mais aproffundada pod derá revelar se há uma relação direeta entre a faixa f etária e o cargo de d ocupaçãoo nas empressas. ue os responndentes acusam que traabalham na área de RH H com mennos ou até 4 Obsserva-se qu anos, repreesentando mais m de 50% % e com mais de 70% % responderaam que trab balham em suas atuaiss empresas nna área de RH. R Pode-sse concluir que uma grrande partee desses respondentes se s encontraa em suas prrimeiras funnções na áreea de RH. RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 Práticas daa Administração de d Recursos Hum manos por Gestorees Cearenses |45 5 Verrificou-se que q 45,16% % dos respoondentes poossuem o título t de esspecialista, 3,23% sãoo mestrando,, 12,90% são mestree e que 3, 23% são doutoranddo. Observaa-se que 64,52% doss respondenttes investiraam em sua capacitaçãão profissionnal, não finncando apennas com a graduação.. Um estudoo mais apro ofundado pooderá indicaar que um dos motivo os que levarram os resppondentes a investirem em sua formação fo accadêmica foi f a competitividade e a exigên ncia por prrofissionaiss diferenciaddos no merccado de trabbalho. Perceebe-se que 41,94% doos respondeentes têm formação f em m Psicologia, concluinndo que oss psicólogoss estão em maior m númeero como geestores da área á de RH nas n empresas cearensees e que sãoo eles que prrocuram inv vestir mais em e sua form mação acadêêmica. Quaanto à estruutura da áreea de RH das d empresaas que os gestores g trab balham (TA ABELA 1),, tem-se: TAB BELA 1 Estrutura da d Área de R RH Dadoss Dados Absoluttos em % Não-respoosta 1 3,23% % A área de RH consistte em uma diretoria d ou departamennto da 11 35,48% % empresa A área de RH consistte em um seetor pertenceente a uma diretoria ou u 13 41,94% % departameento da emppresa A área de RH é formaada apenas por um núccleo ou asseessoria 1 3,23% % Não existee um setor formal f de RH R (apenas por p funçõess 3 9,68% % operacionais como foolha de pagaamento de pessoal) p Consultorria Interna 2 6,45% % Total 31 100% Fonte: Pesqquisa diretaa. H nas empreesas cearensses consistee, em gerall, de um setor pertenceente a umaa A áárea de RH diretoria oou departam mento da em mpresa (13% %) ou em uma diretooria ou depaartamento da d empresaa (11%). Obbserva-se que q apesar da pequenna diferençça de perccentual, a área de RH R ainda é subordinadda a uma diretoria d ouu a um deppartamento da empresaa. Um estuudo mais approfundadoo poderá inddicar se a áreea de RH naas empresass cearenses possui p autoonomia em sua s atuação. Quaando pergu untados o quue esses geestores de RH R entendeem por adm ministração de d recursoss humanos e quando forram solicitaados para quue indiquem m algumas de d suas atribbuições com mo gestoress de RH em m suas emp presas foi verificado v p meio daa análise do discurso que a maioria dessess por respondenttes tem connhecimento sobre a adm ministração estratégicaa de recursoos humanos e que suass atribuiçõess reforçam esses conheecimentos. Suas respoostas baseiam m-se na im mportância ddas pessoass dentro dass organizações, não soomente no que essas pessoas poodem produ uzir, mas taambém em m crescimentto profissio onal, em seu bem estar denttro dessa organização e no crescimento c o organizacioonal. Paara administtrar os recuursos humaanos é neccessário con nquistar e manter m as pessoas naa organizaçãão com umaa atitude positiva e fav vorável e levvá-las a deesejar permaanecer na orrganização,, desenvolveendo nelas motivação m p realizarr os objetivoos organizaacionais. para Com mo forma de atuaçãoo, Wood Jrr. (1995) observa o quee a atuação o da área de d recursoss humanos dde forma opperacional (abordagem ( m tradicionall) limitava-se às rotinaas como reccrutamento,, seleção, caargos e saláários, beneffícios, entree outras, seem a preoccupação com m a vinculaação destass atividades às políticass e estratégiias da organ nização. Já sua atuaçãoo de forma estratégica, concentra-RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 46| ACY HOLANDA MOTA se na obteenção de reesultados orrganizacion nais, visandoo à integraação das prráticas aos objetivos e resultados desejados. o da área dee recursos humanos h é integrar as práticas dee Ulrrich (1998) acredita quue o desafio recursos huumanos ao processo dee planejameento estratéégico da orgganização, a fim de obbter o ajustee entre os plaanos de recuursos humaanos e os plaanos organizzacionais. Verrifica-se quue as maiorrias dos disccursos dos 26 responddentes das duas d questõões abertas,, baseiam-see nas refereencias acim ma citadas. Diante dessse fato, a hipótese h H11 os profisssionais quee atuam com mo gestorees de recuursos humaanos nas oorganizaçõees têm coonhecimentto sobre a administração estratéggica de recuursos human nos por ser conceito c avançado, podde ser confirmada. m, como gesstores de RH H, faz valerr Porr último, perrguntou-se se a empressa a qual elees trabalham o uso do RH como parte estrratégica da organizaçãão e pode--se observaar que quase 3/4 doss m que suass empresas têm a área de RH com mo fonte dee contribuiçção na áreaa respondenttes acusaram estratégicaa e no plan nejamento estratégicoo da organnização, asssim como se pode observar o naa TABELA 2 que o pllanejamentoo de RH é atrelado aoo planejameento global da empressa, segundoo 61,29% doos respondenntes. TA ABELA 2 Nívvel de atuaçãão estratégiica da área de d RH nas empresas e Dados Absollutos Não-respoosta 8 O planejam mento de RH R é atreladoo ao planejaamento globbal da emprresa 19 A área de RH particippa da definiição das pollíticas aos planos p de ação 2 em RH O planejam mento estraatégico de RH R está centtrado/focadoo em 2 subsistem mas específiccos Outro 0 Total 31 Fonte: Pesqquisa diretaa. Daddos em % 25,881% 61,229% 6,455% 6,455% 0,000% 100% % m conhecim mento sobre a adminiistração estratégica dee Observa-se quue os respoondentes têm e dee recursos humanos. h recursos huumanos e quue as empreesas onde trrabalham addotam uma estratégia Beccker, Husellid e Ulrichh (2001) accreditam quue o fundaamento da estratégia de d recursoss humanos é uma infra--estrutura gerencial g quue compreennda e seja capaz c de im mplementar a estratégiaa da empresaa. Com issoo, o papel da d área de recursos r hum manos num ma atuação estratégica e é percebidoo com a neceessidade dee alinhamennto das funçções clássicas da área (atração, ( prrovimento, retenção r dee pessoas, ddesenvolvim mento, mennsuração e remuneraação) à peerformance da empreesa e doss empregadoos. Fleeury e Fleurry (1995) saalientam qu ue o conceitto moderno de gestão estratégica e de recursoss humanos ppreconiza quue as políticcas de gestãão de pessoaal não deveem ser passiivamente inntegradas àss estratégias de negócioo, mas devem m ser parte integrante desta d estratéégia. nistração dee recursos humanos h são o partes integrantes dee Perrcebe-se, quue as práticaas de admin todo o sisstema orgaanizacional e da capaacidade de desenvolv vimento da organizaçãão. Para a administração de recuursos humaanos contriibuírem com m o desem mpenho, as práticas dee gestão dee e e o desenho organizacion o nal. recursos huumanos devvem ajustar--se, com a estratégia Verrifica-se, co om a pesquiisa, que esssas práticas são adotadaas tanto pellos gestoress da área dee recursos huumanos com mo pelas em mpresas quee trabalham m. Com issoo, pode-se confirmar-se c e também a hipótese H H2 em que ass organizações adotam m uma gestãoo estratégicaa de recurso os humanoss. RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 Práticas daa Administração de d Recursos Hum manos por Gestorees Cearenses |47 7 No entanto, po ode-se sugeerir que esses conhecim mentos e esssas práticaas adotadas tanto peloss gestores daa área de reecursos hum práticos, seem nenhum manos comoo pelas emppresas são meramente m m conhecimeento teóricoo. São adootados apen nas como exigência e de d um merrcado cadaa vez maiss competitivvo e de um m mundo globalizado o, podendo não atendder futuram mente as eexpectativass esperadas. Consideraações Finaiss P Para alcançaar os objetivvos determiinados, foi realizada r um ma pesquisaa com os prrofissionaiss que atuam m como gesttores de reccursos humaanos em orrganizações localizadass no Estadoo do Ceará,, cadastradoos na ABRH H – Associaação Brasileeira de Reccursos Hum manos- Secçãão Ceará, na n condiçãoo de pessoass físicas. Os O resultadoos permitem m concluir que . de uma u forma geral, a maioria m doss profissionaais entrevisttados são mulheres, m coom faixa ettária entre 23 e 37 an nos, com formação em m psicologia e no mínim mo com a titulação t dee especialistta. Esses prrofissionaiss estão no mercado m dee n empresas atuais, em m média durante quatro anos, na fu unção de anaalista de RH H. trabalho, nas Quanto a verificar se os profissionaais que atuaam como gestores de recursos huumanos nass a ão estratégiica de recurrsos humannos pode-see organizaçõões têm connhecimentoss sobre a administraçã concluir, oobservando o QUADR RO 1, que essses gestorees identificaam a atuaçãão da área de d recursoss humanos ccomo estrattégica meddiante relato o onde suaas respostass baseiam-sse na importância dass pessoas deentro das orrganizações,, não somennte no que essas pesso oas podem produzir, p m também mas m no crescim mento proffissional, em m seu bem m estar deentro dessa organização e no crescimento c o organizacioonal. Diantee desse fatoo pode-se co omprovar a hipótese H1 em averigguar se os prrofissionaiss que atuam m como gestores de recursos r hu umanos nass organizaçções têm conhecimen c nto sobre a administração estratéggica de recuursos human nos. q as prááticas adotaadas por essses profisssionais nas atuais em mpresas quee Observou-se que upadas com as pessoas e com os objetivos o daa empresas,, trabalham, são de gesstão estratéggica preocu ultado a longgo prazo. vislumbranndo um resu Verrificou-se que q essas em mpresas estãão adotandoo o planejam mento estraatégico alinhhado com o planejamennto estratég gico de RH H para fazeer com que essa áreaa participe mais ativaamente dass decisões e consiga atrrelar os resuultados aos objetivos o daa empresa. Com isso, a hipótese de d H2 podee ser comproovada. S Sugere-se quue esse fennômeno esteeja aconteceendo sem nenhum n preeparo teórico por partee dos profisssionais das empresas. N Nem que seeja algo intrrínseco a elees, mas com mo forma dee se manterr no mercadoo cada vez mais m globallizado e com mpetitivo. P Portanto, que os objetivvos foram plenamente p atingidos de d acordo coom as verifficações dass hipóteses aacima menccionadas A implicaçõões gerenciaais desse esstudo indicaam que as em As mpresas e os o profissionnais da áreaa de recursos humanos estão preoccupados com as exigênncias do mercado, m adootando prátiicas onde o seu capitall humano é identificadoo como prinncipal aliadoo para o alccance de seuus objetivos. Com isso,, buscam prááticas para atender a as nnecessidades tanto dos colaboradores como daa própria em mpresa. O resultado Os os obtidos nesse n estuddo poderão ser úteis taambém à accademia no sentido dee replicar o instrumentoo utilizado nessa pesqquisa em ouutro setor no o intuito dee fazer com mparações e saber se oss resultados são consisttentes. E suma, oss resultadoss comentadoos acima see revestem de Em d grande im mportância,, na medidaa em que reepresentam um esforçoo no sentiddo de se avvançar na compreensã c ão da real situação s daa administração de recuursos humannos nas emppresas ceareenses. Esses resultadoss devem serr encaradoss e buuscando-se incorporarr fatores explicativos e s e outross como estíímulos parra novos estudos, indicadores relevantess relacionaddos à admin nistração de recursos hu umanos e ao o papel estratégico quee ela vem deesempenhanndo nas orgaanizações. RBNDR · ISSN 2358-5153 2 · ano 2 · nº2 · p. 35-48 · dez. · 2015 48| ACY HOLANDA MOTA Referênciaas ALBUQUE ERQUE , L.G. L O Pap pel estratéégico de recursos hum manos. Tesse de Livree Docência,, Faculdade de Econom mia, Administração e Coontabilidadee da Univerrsidade de São S Paulo, 11987. A, Martinhoo Isnard Ribbeiro de. 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