Festa do Divino – Release 2015 - Prefeitura Municipal de Pirenópolis

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Festa do Divino – Release 2015 - Prefeitura Municipal de Pirenópolis
FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DE PIRENÓPOLIS
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio
cultural imaterial, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis teve seu primeiro registro de
1819 e desde então os pirenopolinos fizeram da festa uma tradição do município, que mantém
viva a cultura e a religiosidade do festejo. São 12 dias de festa que movimentam a comunidade
entre novenas, folias, alvoradas, tocatas da banda de música, apresentações folclóricas – catira,
pastorinhas, congo – e culmina nas Cavalhadas, uma encenação da luta entre mouros e
cristãos.
A tradicionalidade do evento atrai milhares de turistas todos os anos a Pirenópolis e durante as
Cavalhadas passa pelo Cavalhódromo (espaço onde acontece a encenação) cerca de 20 mil
pessoas por dia. Segundo o secretário municipal de cultura, João Brandão, a expectativa é que
este ano o público seja ainda maior, visto que os demais eventos de 2015 foram recordes de
público – Réveillon, Carnaval e Semana Santa.
Durante toda a Festa do Divino, a Prefeitura de Pirenópolis oferece total aporte para realização
dos festejos junto ao imperador e os alferes. Por determinação do prefeito municipal, Nivaldo
Melo, todas as secretarias passam a ter atenção especial para os preparativos da Festa. Uma
das principais preocupações do gestor municipal é manter o bom funcionamento do trânsito,
da coleta de lixo e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Conforme informações do secretário municipal de meio ambiente, Arthur Abreu, uma ação que
deu certo em 2014, com coleta de quase 1 tonelada de materiais recicláveis, e continuará em
2015 é a limpeza contínua do Cavalhódromo durante os três dias do evento, que é realizada
pela Associação de Catadores de Pirenópolis – Catapiri. Um projeto em parceria com o
Programa Água Brasil, do Banco do Brasil, a WWF e Prefeitura de Pirenópolis, que tem realizado
várias ações sustentáveis no município.
CONHEÇA MAIS A FESTA
Promovida por devotos e leigos religiosos, a Festa do Divino movimenta milhares de pessoas
todos os anos, atraindo além da comunidade local, turistas de todo o mundo. A festa é
realizada no período de Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, e começa com o giro das folias, na
zona rural e urbana. Os foliões partem para as visitas levando a bandeira do Divino com o
objetivo de recolher donativos, chamar o povo para a festa e levar as bênçãos do Divino. Os
donos das fazendas enfeitam suas casas, preparam o altar e muita comida para receberem a
bandeira do Divino e os foliões. A cada noite, o grupo se reúne para orações, louvores e
saudações ao Divino, junto ao anfitrião que os recebe, e em seguida são servidas tachadas de
comida gratuitamente a todos os presentes - foliões e comunidade que vem de várias partes do
município e também de cidades vizinhas para participar dos chamados “Pouso de Folia”.
Após o giro das folias, é iniciada na Igreja Nossa Senhora do Rosário a novena em louvor ao
Divino Espírito Santo, que este ano aconteceu no dia 30 de maio. Além da oração do terço e
celebração da missão, durante todos os dias da novena, a comunidade católica organiza, no
Largo da Matriz, a Barraca da Família, um espaço para confraternização da comunidade e onde
são comercializadas comidas típicas para levantar fundos para custear ações beneficentes da
Igreja.
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Alguns anos depois, em 1826, foi a chegada das Cavalhadas, por iniciativa do Padre Manuel
Amâncio da Luz. O espetáculo que encena as guerras entre Mouros e Cristãos reúne todos os
anos milhares de visitantes no Campo das Cavalhadas, tipicamente conhecido como
Cavalhódromo.
Características:
Época - Pentecostes (50 dias depois da páscoa).
Local - Na cidade - Igreja, casa do Imperador, pelas ruas, pelas casas, no teatro, na beira rio.
Na zona rural - pousos de folia.
Duração - Cerca de 23 dias.
Significado - Receber o Divino Espírito Santo e suas bençãos, seguidos, cujos preparativos
começam uma quinzena antes, no início da Festa do Divino, que é marcada pela saída da Folia,
assim como os apóstolos de cristo o receberam na festa de Pentecostes, distribuir esmolas e
alimentos.
Cavalhadas
Introduzida em Pirenópolis em 1826, pelo Padre Manuel Amâncio da Luz, quando imperador da
festa. A festa manteve-se no município e é hoje a mais tradicional festa de Pirenópolis.
Considerada uma das mais expressivas do Brasil, as Cavalhadas de Pirenópolis segue um ritual
de três dias. Durante uma semana os cavaleiros se reúnem para os ensaios das corridas que vão
executar nos três dias do evento. Nestes dias, às quatro horas da manhã, a Banda de Couros,
formada por um saxofonista seguido de vários meninos empunhando rústicos tambores de
couro, executando cantigas melodiosas, percorrem a cidade a pé avisando a população, e
principalmente os cavaleiros, que é chegada a hora de se levantar, arriar os cavalos e dirigir-se
ao ensaio. Primeiro, parte de sua residência o último cavaleiro dos doze de cada exército e,
seguindo uma hierarquia, vão de casa em casa, agrupando o resto da tropa, até que, por último
junta-se a tropa, o Rei.
A hierarquia dos exércitos das Cavalhadas segue, tanto para os cristãos como para os mouros, a
seguinte ordem: dos doze cavaleiros, temos no mais alto posto o Rei, abaixo deste temos o
Embaixador e seguindo abaixo os dez restantes cavaleiros. O último cavaleiro só subirá de
posto se houver morte ou desistência de algum outro acima, o mesmo acontece com o
Embaixador, que só tornar-se-á Rei se o próprio Rei morrer ou desistir. Depois de reunido os
dois exércitos, estes seguem em fila hierárquica, com o Rei a frente para a casa de um cidadão
que se prontificou a lhes fornecer, por cortesia e respeito, o desjejum matinal, chamado de
"Farofa". Neste vai e vem de cavaleiros cavalgando pelas ruas da cidade, não podem os
cavaleiros cristãos se encontrarem com os mouros, a não ser na ocasião da Farofa e
posteriormente no ensaio. Os cavaleiros, nesta ocasião, rezam em grupo e dançam a catira,
uma dança folclórica onde se enfileiram frente a frente os 24 cavaleiros e, embalados por
violas, pandeiros e canções, batem palmas e pés no ritmo cadenciado e típico. Após o
agradecimento, que é feito em forma de cantilenas, ao dono da casa que ofereceu a Farofa,
partem para o campo de ensaio.
O Domingo do Divino
Desfile de abertura
No Domingo do Divino é repetido o mesmo ritual de recolhimento da tropa, só que ao meio
dia, sem Banda e sem Farofa, e devidamente paramentados. A forma com que os cavaleiros se
apresentam no campo oficial hoje, não são as mesmas de outrora. Antigamente os cavaleiros
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assemelhavam-se a oficiais de milícia, envergando farda militar de gala com galoneiras
douradas e quepes de veludo, mas sempre cristãos em azul e mouros em vermelho, os reis e
embaixadores usavam elmos de estilo romano. Hoje, com a criação de tecidos sintéticos e a
nova estética carnavalesca, os Cavaleiros se apresentam um tanto mais luxuosos, chegando a
usar elmos de metal dourado, para o caso do Rei e Embaixador mouro, e elmos prateados para
os cristãos. Todas as vestimentas são ricamente ornamentadas com plumas, metais polidos,
pedras incrustadas, veludos, fitas e tecidos vistosos, e todos os cavaleiros sustentam longos
mantos bordados e cravejados de lantejoulas multicores formando desenhos simbólicos das
duas crenças, como o peixe ou a pomba branca para os cristãos e o dragão ou a lua e estrela
para os mouros. Levam também uma lança, com fitas na ponta, uma espada e uma pistola com
tiros de festim, para o combate. Os cavalos também são amplamente ornamentados, com
patas pintadas, protegidos na fronte com metais polidos, e envergando plumas na cabeça.
As Cavalhadas iniciam-se sempre no domingo, no campo oficial construído para este fim, o
Campo das Cavalhadas ou Cavalhodrómo. Na abertura solene das Cavalhadas ingressam no
campo todos os grupos folclóricos da Festa do Divino que fazem sua própria apresentação:
Catireiras, Congados, Pastorinhas, Dança de Fitas, Banda de Couros, a Banda de Música Phoênix
e os Cavaleiros Mascarados. Um dos momentos mais emocionantes da abertura é a evocação
ao Divino sob execução do Hino do Divino pela Banda de Música. Toda a população fica de pé
com chapéus na mão. No campo, voltados para os camarotes oficiais, os grupos folclóricos
formam blocos à frente dos mascarados que se sustentam em pé sob o dorso de seus cavalos.
A encenação, que é a expressão máxima do evento, se dá em três dias e é composta por
músicas específicas, carreiras equestres coreografadas, diálogos, exercícios e torneios à moda
medieval.
Os Mascarados
Conhecidos também como "Curucucús", por causa do som que emitem, são pessoas que se
vestem com máscaras, roupas coloridas, luvas e botas. Mudam a voz ao falar e cobrem todo o
corpo para que ninguém os reconheçam. Enfeitam seus cavalos com fitas, tecidos, plantas e
tudo quanto a criatividade mandar. Tradicionalmente existe vários tipos. Os mais tradicionais
são aqueles com máscara de cabeça de boi, seguindo pelos que usam máscaras de onça,
máscara de homem, e mais recentemente apareceram aqueles com máscaras de borracha, com
cara de monstro, desfocando um pouco a originalidade da festa. Mas isso não diminui a beleza
e o entusiasmo dos Mascarados, que já no sábado saem às ruas à galope em algazarra.
A máscara de boi é a mais tradicional e só é encontrada entre os Mascarados de Pirenópolis.
Outro mascarado muito interessante é o São Caetano, chamado assim, pois orna seu cavalo,
escondendo-o com ramas de Melãozinho de São Caetano, erva trepadeira muito comum na
região, e folhas de bananeiras. Leva na cabeça uma máscara de homem, com um chifre reto na
testa, e na mão uma cesta de frutas que atira para a platéia. Outro muito engraçado veste-se
com um macacão extremamente grande de tecido de colchão que recheia com capim, ficando
enormemente gordo, envolvem a cabeça com um pano preto onde pinta em branco a face de
uma caveira.
Não se sabe a origem destes personagens, que são encontrados em todas as cavalhadas do
Brasil com diversas diferenças entre as cidades. Eles se fundem com os cristãos e mouros num
trinômio perfeito. Representa o papel do povo e daqueles que não tem acesso a pompa dos
cavaleiros, que representam socialmente a elite e o poder. São irônicos e debochados, fazendo
críticas aos poderosos e ao sistema. E, ao contrário da rigidez dos Cavaleiros, entre os
Mascarados não há regras, tudo é permitido, menos mostrar sua identidade.
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Neste ano acontece a 189ª Cavalhadas de Pirenópolis, de 24 a 26 de maio, sob a regência do
imperador João Geraldo da Costa Pina, mais conhecido como João Pé de Chumbo.
ACOMPANHE A FESTA
Folias - No dia 1º de maio terá início a Folia da Renovação Cristã, depois de percorrer nove
fazendas, os foliões motivados por muita fé e devoção concluíram a novena com a chegada no
domingo (10), na Igreja Nossa Senhora do Rosário, onde comunidade católica e Pe. Anevair José
os receberam para a missa e a benção do Divino Espírito Santo.
Está previsto para o dia 8 de maio, o envio de outras duas folias, que sairão para o giro - uma na
zona rural e uma na zona urbana do município de Pirenópolis. Depois de percorrer por várias
casas, com muita reza, forró e fartura.
Novena na Igreja Nossa Senhora do Rosário – De 15 a 23 de maio, às 18h30.
182ª Cavalhadas – De 24 a 26 de maio, a partir das 13h, no Cavalhódromo.
Av. Benjamin Constant, Centro.
Informações: Site da Prefeitura de Pirenópolis e do livro: A Festa do Divino Espírito Santo em
Pirenópolis, Goiás: polaridades simbólicas em torno de um rito. Veiga, Felipe Berocan.
Serviço:
197º Festa do Divino de Pirenópolis
Data: 1º a 26 de maio de 2015
Local: Pirenópolis-GO
Assessoria de Imprensa
Thalita Braga
(61) 9672-8157 / (62) 9138-3062 – [email protected]
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