Clipping Fenep 08-07 Clipping 08/07
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Clipping de de Educação Brasília, 08 de julho de 2016 JORNAL DO SENADO 08/07/16 GERAL Valor Econômico 08/07/16 EMPRESAS Oppenheimer apoia plano da Kroton para comprar Estácio Por Beth Koike | De São Paulo Hoje, o conselho de administração da Estácio, a segunda maior empresa de ensino superior privado do país, realiza uma reunião para analisar as propostas de fusão de Kroton e Ser Educacional. O fundo americano Oppenheimer - maior acionista da Estácio, com uma fatia de 17,07% - deve votar a favor da proposta feita pela Kroton, segundo o Valor apurou. O Oppenheimer detém também participação de 4,9% na Kroton, a líder do setor. O fundo sul-africano Coronation, dono de 10,3% da companhia carioca e 4,5% da líder do setor, já enviou comunicado às empresas Kroton e Estácio apoiando a associação das duas. Ainda de acordo com fontes do setor, o fundo Capital - maior acionista da Kroton, com uma fatia de 7,5% do capital, e que também possui 8,1% da Estácio - é favorável à fusão das duas companhias. Esses três fundos juntos Oppenheimer, Coronation e Capital - detém 35,47% do capital da Estácio. Para conseguir aprovar a fusão é necessário o apoio de acionistas da Estácio que tenham 50% de participação e mais 1 voto a favor. Vale lembrar que um grupo de 15 fundos possuem papéis das duas companhias - Estácio e Kroton. O montante investido por esses fundos gira na casa de R$ 8 bilhões, sendo a maior parte em ações da Kroton, uma vez que seu valor de mercado é quatro vezes superior ao da Estácio. A expectativa é que os conselheiros da Estácio, reunidos hoje, convoquem uma assembleia de acionistas - esta deverá definir, então, o rumo do negócio. Essa assembleia precisa contar com a presença de acionistas que tenham participação de 50% da Estácio. Chaim Zaher, que tem 14,13% da Estácio, deixou a presidência da companhia nesta semana e deverá participar da reunião de hoje. Ele avaliava fazer uma oferta pública de ações (OPA) para comprar o controle da Estácio. A Kroton oferece o equivalente a 1,33 ação própria para cada papel da Estácio. A incorporação, propriamente, será feita na proporção de 1,281. A diferença será paga em dinheiro, na forma de um dividendo extraordinária aos sócios da rede carioca de R$ 0,55 por ação - um total de R$ 170 milhões. A oferta de fusão da Ser Educacional contempla uma distribuição de dividendos de R$ 1 bilhão. Segundo cálculos do J.P. Morgan, a Ser oferece 1,13 ação para cada papel da Estácio. O GLOBO 08/07/16 Estudante do Pedro II chega com medalha Após Olimpíada de Neurociências, Lorrayne diz que foco agora é Enem Aluna do Colégio Pedro II, Lorrayne Isidoro, de 15 anos, desembarcou ontem de manhã no Aeroporto Internacional Tom Jobim. A julgar pelo sorriso tímido e o leve aceno de mão, nem parecia que a estudante havia acabado de voltar da Dinamarca, onde conquistara o 18º lugar na Olimpíada Internacional de Neurociência. A pista de sua façanha, no entanto, estava na medalha que trouxe pendurada sobre o peito. A adolescente foi a única brasileira a participar da disputa, que reuniu 25 representantes de todo o mundo. Acompanhada da mãe, Estela Meirelles, e do professor Alfred Sholl, coordenador da Olimpíada Brasileira, a jovem disse que participar da competição foi “um desafio alcançado”. Ela acrescentou que sua meta era aprender mais. Segundo ela, o nível de dificuldades das provas foi muito alto. De volta ao Rio, Lorrayne já tem uma nova meta: — Estou aberta para novos desafios, mas agora o foco é me preparar para o Enem e ingressar na faculdade de medicina. RIO FOLHA DE SÃO PAULO 08/07/16 MERCADO A crise nas universidades BERNARDO GUIMARÃES As universidades públicas estão em crise. um dos aspectos que precisam ser revistos é a carreira dos professores. O trabalho de um professor universitário vai muito além das aulas. A pesquisa acadêmica é uma parte fundamental do que se espera dos professores em regime de dedicação integral. A pesquisa acadêmica de hoje gera conhecimento para os livros-texto de amanhã e ajuda o trabalho de profissionais das mais diversas áreas (médicos,formuladores de políticas públicas, profissionais que desenvolvem produtos). As universidades pelo mundo são avaliadas basicamente de acordo com a pesquisa de seu corpo docente. universidades como Yale, Princeton, MIT, Harvard e stanford são famosas no mundo todo por causa da excelência em pesquisa. Nessas universidades (e em outras mais modestas), quem tem mais sucesso em suas publicações é recompensado com uma boa carreira e um bom salário. Mas muitos acabam tendo que fazer outra coisa da vida. Assim, há muita liberdade de horário, mas muitos trabalham com afinco nos fins de semana. É uma carreira muito competitiva (mas há cooperação também). E no Brasil? Nas universidades públicas brasileiras, muita gente se dedica à pesquisa acadêmica. Há bastante gente produzindo pesquisa de qualidade, várias com impacto significativo na comunidade científica internacional. Porém, na outra ponta do espectro, há quem nunca tenha publicado um artigo científico desde que acabou o doutorado. E há, claro, casos intermediários. Em economia (e em áreas relacionadas), a quantidade de professores que não fazem pesquisa é muito grande. Muitos professores de economia das mais renomadas universidades públicas nem sequer seriam capazes de entender um artigo científico publicado no que seriam as suas áreas de especialização. Só que os salários não refletem como deveriam as diferenças entre esses professores. O mérito acadêmico não é suficientemente premiado e não é possível demitir (ou pagar menos para) quem não tem uma vida acadêmica. Assim, há professores que produzem bastante e ganham menos do que deveriam ganhar. Mas há também os que ganham demais pelo que fazem. São comuns as discussões sobre a remuneração dos professores nas universidades públicas. Fala-se com frequência dos baixos salários na profissão. Greves são frequentes. A discussão não deveria priorizar o salário médio dos professores. A universidade pública já é muito cara para quem paga impostos. Para melhorar a qualidade sem tornar mais cara a universidade, é preciso mudara regra do jogo. Muitos professores, aliás, nem dão suas aulas como deveriam. Era esse o caso de um professor da Faculdade de Economia da UFMG que dava o curso sobre "O Capital", deKarlMarx. Ele normalmente chegava atrasado ou faltava e, quando chegava na hora, saía mais cedo. Contam seus ex-alunos que um dia ele explicou à turma: "Não se preocupem com os meus atrasos: eu tenho uma capacidade de síntese acima do normal". Isso foi nos anos 1990. Claro que o descaso com as aulas jamais impediria esse professor de continuar com seu cargo na UFMG, mas ele acabou fazendo carreira na política. Hoje, Fernando Pimentel é o governador de Minas Gerais. BERNARDO GUIMARÃES é doutor em economia pela Universidade Yale e professor de economia da EESP-FGV e autor do blog "A Economia no Século 21" (folha.com/seculo21) FOLHA DE SÃO PAULO 08/07/16 COTIDIANO Efeito de bônus da rede pública cai na USP O número de alunos da rede pública que entrou na USP com ajuda do bônus no vestibular caiu 19% entre 2015 e 2016. A queda ocorre mesmo com a alta de 3% no total de inscritos no programa. Desde 2015, a USP tem duas opções de ingresso, que podem ser tentadas simultaneamente pelos estudantes: a maior parte das vagas é pela Fuvest e outra, pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificado), que usa a nota do Enem. Em 2015, ingressaram na USP pelo Inclusp 3.811 alunos –quando 39.905 se inscreveram. Já em 2016, entraram 3.070 alunos, de um total de 41.058 inscritos pelo sistema. A USP ainda teve em 2016 a entrada de mais 567 alunos da rede pública pelo Sisu. O Inclusp foi criado em 2006 e prevê desde 2014 que estudantes PPI (pretos, pardos e indígenas) tenham adicional de mais 5% na nota. vezes não viu o conteúdo, tem mais dificuldades." Três em cada cinco aprovados na USP no ano passado fizeram cursinho preparatório. Em medicina, por exemplo, 90% dos ingressantes passaram pelo reforço. Frei David Santos, da ONG Educafro, reclama do perfil da prova. "A Fuvest sempre foi contra qualquer inclusão, e fica mais difícil a cada ano." PROVA O Sisu é a aposta da USP para ampliar a inclusão. Em 2017, as vagas reservadas para esse sistema de seleção vão subir de 13% para 20% do total –três quartos delas só para quem é da rede pública. Além dessa expansão, a instituição também manteve a bonificação na Fuvest para alunos de colégios públicos. O estudante registrado no programa, chamado Inclusp, tem um incremento na nota que pode chegar a 25%. Entretanto, só 7% dos inscritos conseguiram vaga em 2016. Esse índice foi de 10% no ano anterior. Vinda de escola pública, Mariana Martins, 18, inscreveu-se pelo sistema no ano passado. Chegou à segunda fase em letras, mas não passou. "No Enem, tinha nota para entrar na Universidade Federal de Viçosa, mas quis tentar USP de novo", diz. Se passar, será a primeira da família a chegar na universidade. A coordenadora do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi, diz que a Fuvest tem um alto grau de exigência. "Na prova, os estudantes têm de pensar e repensar. Como o aluno de escola pública muitas No ano passado, 34,6% dos ingressantes da USP vieram de escola pública (pela Fuvest e Sisu). Em São Paulo, 85% dos alunos do ensino médio estão em escolas públicas. Segundo a pró-reitoria de graduação da USP, "a consistência desses dados foi um dos itens decisivos" para aumentar em 2017 as vagas por meio do Sisu para estudantes PPI e da rede pública. A instituição não planeja alterar as regras do bônus nem reservar vagas pela Fuvest. 08/07/16 FOLHA DE SÃO PAULO 08/07/16 MÔNICA BERGAMO NÃO ACEITO Educadores que tiveram revogadas suas nomeações para o Conselho Nacional de Educação pelo presidente interino Michel Temer vão entrar com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo que sejam reconduzidos. representados pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, que obteve liminar no STF para reconduzir o presidente da EBC, Ricardo Mello, também afastado por Temer, ao cargo. Os argumentos eram iguais: ele tem mandato de quatro anos e não pode ser afastado. NÃO ACEITO 2 Os conselheiros, que haviam sido nomeados para um mandato de quatro anos pela presidente afastada Dilma Rousseff em maio, foram destituídos em 28 de junho. Temer revogou a nomeação de 12 dos 24 escolhidos pela petista. Finalidade O Ministério da Educação afirmou que a renovação do mandato dos conselheiros pela presidente Dilma configurou “desvio de finalidade”. “A nova gestão do MEC pediu parecer à Advocacia- Geral da União e ele foi pela configuração de desvio de finalidade”, diz em nota. Argumento Os educadores serão O ESTADO DE S. PAULO 08/07/16 NOTAS & INFORMAÇÕES As dificuldades da USP Um dia depois de a Universidade de São Paulo (USP) ter divulgado a dramática situação financeira em que se encontra, prevendo encerrar 2016 com um déficit de R$ 868 milhões, cerca de 60% a mais do que o previsto no começo do ano, servidores da instituição mais uma vez fecharam o principal portão da Cidade Universitária, para protestar contra o corte do ponto e o desconto dos dias parados dos funcionários que estão em greve há quase dois meses. Com 15 mil integrantes, a categoria reivindica um reajuste de 12,34% e a ampliação do quadro de funcionários técnico-administrativos, apesar de a USP já estar enfrentando dificuldades até para arcar com o montante atual da folha de pagamento. Há cerca de um mês, os grevistas já haviam fechado todas as portarias da Cidade Universitária, o que obrigou a procuradoria da USP a entrar com uma ação judicial para que outras interdições não fossem promovidas, sob pena de multa. Mesmo assim, dias depois, a pretexto de exigir a adoção de cotas raciais, estudantes e integrantes de movimentos sociais tentaram ocupar o prédio da Reitoria, tendo sido dispersados pela Polícia Militar, que precisou usar bombas de efeito moral. Estudantes e servidores também criticam o fechamento de creches para seus filhos e a terceirização dos restaurantes universitários. Reclamam da falta de vagas nos alojamentos estudantis. E ainda acusam os dirigentes da USP de “desmontar” a instituição e de se recusarem a “negociar”. A crise financeira da maior instituição pública de ensino superior do País decorre de vários fatores. Um deles é a crise econômica, que levou à queda da arrecadação do ICMS, de cuja receita a USP, a Unicamp e a Unesp têm direito a 9,57%. Outro fator é a falta de uma política de recursos humanos sensata e realista, uma vez que muitos servidores ganham bem mais do que receberiam se estivessem na iniciativa privada e a distribuição de pessoal por unidades não é feita com critérios claros e transparentes. Além disso, enquanto os repasses do Estado despencam, por causa da queda da arrecadação do ICMS, cresce a proporção de alunos de baixa renda e oriundos da rede pública de ensino básico que ingressam nos cursos de graduação, o que os leva a reivindicar a ampliação de programas de permanência na instituição. Contudo, por falta de recursos, a USP não investiu em novos alojamentos estudantis, oferecendo há cinco anos as mesmas 2.703 vagas. E também congelou o valor do auxílio-moradia em R$ 400, que hoje é pago a quase 4 mil beneficiários. Com isso, muitos estudantes pobres acabam enfrentando dificuldades para prosseguir nos estudos, o que se reflete nos índices de repetência e de evasão, fazendo com que a USP incorra em desperdício. Dito de outro modo, não faz sentido adotar critérios de inclusão social nos exames vestibulares sem, ao mesmo tempo, implementar políticas assistenciais. “É preciso ampliar a inclusão, mas também o suporte aos alunos pobres e oriundos da rede pública. Caso contrário, a entrada deles é uma armadilha. Você o traz para a USP, mas não dá chance para que ele possa progredir”, afirma Ocimar Alavarse, que é especialista em avaliação escolar e professor da Faculdade de Educação da USP. Com cerca de 59 mil alunos de graduação, 30 mil alunos de pós-graduação, 5,8 mil professores e 15 mil servidores técnicos e administrativos em 11 campi, a USP enfrenta um dos momentos mais difíceis de sua história. Além do descompasso entre a adoção de medidas de inclusão no acesso e ausência de assistência aos estudantes carentes, a falta de recursos a levou a ampliar a proporção de alunos por professor, o que pode comprometer a qualidade de seus cursos. Enquanto isso, os setores mais radicais do corpo discente e administrativo continuam fazendo exigências irrealistas, promovendo greves inconsequentes e recorrendo a ocupações e bloqueios para interditar espaços públicos com o objetivo de impor, de modo ilegal e violento, a agenda de corporações e micropartidos radicais sem representatividade eleitoral. O ESTADO DE S. PAULO 08/07/16 METRÓPOLE Associação de colégios é contra lei para punir ‘doutrinação’ Em sua 1ª manifestação, grupo que reúne escolas tradicionais diz defender diálogo e que projeto pode inviabilizar o ensino Recém-criada, a Associação Brasileira das Escolas Particulares (Abepar), que reúne colégios tradicionais e reconhecidos por sua qualidade de ensino, decidiu que sua primeira manifestação pública seria contra o projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados patrocinado pelo movimento Escola Sem Partido, que prevê punição a professores que façam “doutrinação ideológica” nas escolas. A associação reúne 20 colégios, entre eles Santa Cruz, Móbile, Pentágono, Mackenzie, Bandeirantes e Vera Cruz, e argumenta que o legislador pode “terminar por validar regras que poderiam cercear e até inviabilizar o trabalho pedagógico”. A Abepar defende o “diálogo em vez da proibição”. “É preciso levar em conta que a ação pedagógica se dá por meio de um delicado equilíbrio de forças, de pesos e contrapesos, envolvendo professores, alunos, famílias, escolas e sociedade.” Para a associação, “o diálogo franco e aberto é sempre o melhor recurso para a correção de eventuais desvios”. Mauro Aguiar, diretor-presidente do Colégio Bandeirantes, disse que a manifestação da entidade se deve à preocupação com o espaço que projetos do tipo vêm ganhando nos últimos meses. “É uma proporção grande e perigosa, ainda mais em um cenário polarizado como o que estamos vivendo. O papel da boa escola deve ser exatamente o de combater a polarização.” Segundo Aguiar, o colégio forma bons alunos porque investe e estimula debates e a ampliação do repertório dos jovens sobre as diferentes formas de pensamento. “É papel da escola promover o debate sobre os mais variados assuntos, incluindo política. Proibir a escola de fazer isso é defender a ‘não escola’.” Cadeia. O projeto de lei do movimento Escola Sem Partido é do deputado federal Izalci Lucas Ferreira (PSDB-DF). Em seu artigo 3º, ele diz: “São vedadas, em sala de aula, a prática de doutrinação política e ideológica, bem como a veiculação de conteúdos ou a realização de atividades que possam estar em conflito com as convicções religiosas ou morais dos pais ou responsáveis pelos estudantes”. O projeto conta com apoio de integrantes das bancadas evangélica e católica da Casa – a Frente Parlamentar Católica tem 209 parlamentares e a Evangélica, 199. Outra iniciativa que tem a simpatia do grupo é do deputado federal Rogério Marinho (PSDBRN), que institui “crime de assédio ideológico”, que prevê até 2 anos de cadeia para professores. Renato Janine Ribeiro, professor de Ética da Universidade de São Paulo (USP), disse que esses projetos são um “passo” para a censura e o autoritarismo. “Se desloca uma discussão educacional para o âmbito criminal, é uma tentativa de criminalizar a atuação dos professores, que já têm um esforço muito grande para educar em situação adversa. Agora há mais essa ameaça à atuação deles.” Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também vê autoritarismo nos projetos. “O mais correto é que os pressupostos sejam explicitados e discutidos em família, na comunidade e na sala de aula. Em vez de proibir, você tem de exigir a discussão, a análise e o exame dos pressupostos que norteiam o discurso de pais, professores e alunos.” CORREIO BRAZILIENSE 08/07/16 ECONOMIA CONJUNTURA » Protesto contra OAB Candidatos que fizeram o 19º Exame da Ordem do Advogados do Brasil (OAB) em março promovem hoje um ato de protesto em frente ao Conselho Federal da entidade, no Setor de Autarquias Sul. Eles virão de todo o Brasil para entregar uma petição ao órgão questionando erros que teriam sido cometidos na correção das provas e requerer a reavaliação dos exames. A banca responsável pelo certame é a Fundação Getulio Vargas. Segundo Elise Brites, aluna do 10º período do curso de direito da Faculdade Processus, especialistas respeitados na área constataram que “cerca de 95% das provas da segunda fase apresentam falhas homéricas e até ausência de pontuação em questões certas”. “Não é a primeira vez que isso acontece. Virou rotina há cerca de três ano, desde que a OAB terceirizou a correção das provas e contratou a FGV. Tivemos informações de que lá, quem corrige as provas sequer é formado. Usam um espelho, sem nenhum critério analítico. Não consideram, por exemplo, se for usado um sinônimo ou citado um autor correlato”, afirmou Elise. Por meio de nota, a banca examinadora informou que “o posicionamento da FGV Projetos é de que a correção das provas segue um padrão preestabelecido nos espelhos de correção. Os examinandos que se acharem prejudicados pelo processo de correção podem e devem entrar com recurso administrativo, dentro do prazo legal. Todos os recursos são analisados pela banca acadêmica da FGV”. (VB) CORREIO BRAZILIENSE 08/07/16 CIDADES Alerta para alimentação saudável nas escolas dos jovens entre 12 e 17 anos são obesos. A pesquisa inédita resultou em uma portaria em que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, modifica diretrizes para a promoção da alimentação saudável. A ação do chefe da saúde foi ancorada na geração de pessoas acima do peso, hipertensas e acometidas por males cardiovasculares e problemas ligados a ingestão elevada de bebidas açucaradas, alimentos ultraprocessados, salgados fritos ou assados e biscoitos doces. Dalila aprova a mudança de cardápio para ajudar na qualidade de vida dos três filhos: certeza de que comerão bem durante o horário de estudo Ministério da Saúde inicia plano para mudar as refeições em colégios de todo o Brasil, principalmente no intuito de evitar doenças crônicas posteriores. DF saiu na frente porque já disponibiliza frutas, verduras e hortaliças até cinco vezes por semana » OTÁVIO AUGUSTO O padrão da alimentação dos adolescentes colocou em alerta o Ministério da Saúde e obrigou as autoridades sanitárias a iniciarem uma série de mudanças nas refeições disponibilizadas nas escolas. A intenção do governo federal é estabelecer parâmetros mais saudáveis para os alunos, a fim de diminuir os riscos de doenças crônicas não transmissíveis — principal causa de morte no DF na última década. Entre os 20 alimentos mais consumidos pelos adolescentes, os refrigerantes estão entre os seis primeiros, à frente das hortaliças. Frutas nem aparecem na lista. A Secretaria de Educação está se alinhando para atender às novas regras. O lançamento do Estudo de riscos cardiovasculares em adolescentes (Erica), realizado pelo Ministério da Saúde e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta que 8,4% Maria e a filha, Ana Maria: ajuda dos colégios com a alimentação será importante para que os jovens cuidem da saúde no futuro No momento, Barros busca a adesão espontânea de outros interlocutores do governo, como órgãos, empresas e secretarias. Depois, vai apresentar proposta para mudança legislativa a ser aplicada nas escolas públicas e privadas. “Vamos tentar adesão a essa política por parte de todos os que patrocinam alimentação com 08/07/16 recursos públicos. Estamos iniciando a padronização da alimentação saudável oferecendo frutas da estação e carnes frescas”, explicou o ministro, ao ressaltar que a geração que nasce agora tem, em média, menos quatro anos na expectativa de vida em relação aos pais. “É a primeira vez que temos este cenário”, lamentou Barros. Na capital federal, a oferta de frutas, verduras e hortaliças ocorre três vezes por semana aos estudantes de meio período, e cinco vezes para aqueles de turno integral. Um grupo de quatro nutricionistas planeja o cronograma alimentar para as 14 regionais de ensino. A ideia é apresentar os mantimentos na forma natural e abolir enlatados e artificiais. “Ainda há muita resistência. O maior desafio é fazer os adolescentes entenderem e optarem pela alimentação saudável. A opção pelo mais rápido é popular entre os alunos”, detalhou Gabriela Sotério, diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação. No DF, 70,7% da população não consome frutas e verduras suficientes para uma alimentação equilibrada. A partir de agora, a oferta deve ser de alimentos como cereais, raízes, verduras e legumes, frutas, castanhas e outras oleaginosas, leite e derivados, carnes, ovos e pescados. Também fica proibida a venda, a promoção, a publicidade ou a propaganda de alimentos industrializados com excesso de açúcar, gordura e sódio, e prontos para o consumo. Risco A dieta dos adolescentes, segundo o estudo, começa nos populares arroz e feijão, mas degringola com pães, sucos industrializados e carnes — que lideram o cardápio de mais da metade desse público. Na sexta posição, vêm os refrigerantes. Completam a lista doces e sobremesas, café, frango, hortaliças, massas, biscoitos doces, óleos e gorduras, raízes (como mandioca, inhame e cenoura), salgados frios ou assados, carnes processadas, bebidas lácteas, queijos e outros derivados do leite, biscoitos salgados, bolos e tortas. O fato de se pular refeições na adolescência também é preocupante. Quase 22% dos jovens nunca tomam café da manhã. Os hábitos refletem na qualidade de vida. Segundo a Secretaria de Saúde, 55,1% dos brasilienses morreram em 2014 vítimas de doenças crônicas não transmissíveis ligadas a práticas ruins, como o Correio mostrou na edição de sábado (Leia quadro acima). “Temos um hiato, que é a educação nutricional. O essencial é que os governos se unam para efetivar essas políticas. O maior abismo é convencer as secretarias de Educação a operarem esses parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. É uma proposta importante, mas ainda tímida”, critica o nutricionista Clayton Camargos. Michele Lessa, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, discorda. “Além do alerta dos dados inéditos do Erica, estamos iniciando novos protocolos de alimentação”, defendeu. Contra a obesidade infantil Uma criança obesa em idade pré-escolar tem 30% de chances de virar um adulto gordo. O risco sobe para 50% caso ela entre na adolescência com quilos a mais. Segundo a Associação Brasileira de Pediatria, a obesidade infantil já atinge 15% das crianças brasileiras. Índice preocupante, uma vez que já se aproxima do encontrado nos Estados Unidos que é de 20%. Para reverter este quadro, 24 grandes empresas no Brasil firmaram um compromisso de limitar a publicidade de alimentos e bebidas para menores de 12 anos nos meios de comunicação e nas escolas. Mortes Veja as doenças que mais mataram no DF Enfermidade Número de mortes Porcentagem Doenças cardiovasculares 3.257 27,1% Câncer 2.300 19,1% Doenças do aparelho respiratório 617 5,1% Diabetes 453 3,8% Total de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis 6.627 55,1% Fonte: Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) da Secretaria de Saúde CORREIO BRAZILIENSE 08/07/16 Entre acertos e erros O Correio ouviu pais a respeito das modificações. A maioria aprovou. Dalila Arruda, 30 anos, é mãe de três filhos, com idades entre 4 e 12. Os meninos costumam levar lanches para a colégio, mas, às vezes, comem a merenda oferecida pela instituição de ensino. “Devido à correria do dia a dia, não temos tempo de passar sempre no mercado para comprar frutas frescas ou outros alimentos saudáveis. Com essa portaria, terei a certeza de que eles sempre comerão bem. Levando comida ou não”, concluiu. A professora Maria da Silva, 32 anos, mãe de Ana Maria, 15, concorda. “Se as escolas disponibilizarem apenas alimentos saudáveis, as crianças terão boas escolhas alimentares desde cedo”, comenta. Entretanto, a servidora pública Ana Paula Sanchez, 32, mãe de dois filhos, afirma que as instituições precisam ter cuidado ao mudar os cardápios. “Muitas crianças almoçam na escola por causa da baixa renda das famílias, então, caso as opções sejam alteradas, os alimentos precisam ser mais leves, mas não podem ser substituídos apenas por frutas”, ressaltou. Ela é a favor da proibição da venda de salgadinhos, refrigerantes e frituras nas escolas. “Não podemos monitorar nossos filhos 24 horas por dia; então, é interessante que eles só tenham acesso a comidas saudáveis”, completou. CIDADES CORREIO BRAZILIENSE 08/07/16 CIDADES - EIXO CAPITAL ANA MARIA CAMPOS Saia justa com aliados A tentativa de interferência dos distritais Sandra Faraj (SD) e Rodrigo Delmasso (PTN) no conteúdo das escolas públicas foi muito criticada por técnicos da educação e pelos professores. Mas a resposta do governo foi elaborada com muito melindre político. É que os dois parlamentares estão atualmente entre os mais fiéis aliados do governador Rodrigo Rollemberg. Eles têm cargos no governo e costumam estar presentes nos eventos oficiais do GDF. O episódio gerou clima de saia justa. Faraj, aliás, é a madrinha de um cargo emblemático, o titular da Secretaria de Justiça e Cidadania, Marcelo Lourenço Coelho Lima. JORNAL DE BRASÍLIA 08/07/16 PONTO DO SERVIDOR Milena Lopes 08/07/16 JORNAL DE BRASÍLIA 08/07/16 CIDADES
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