Clipping Fenep 03-06 Clipping 03/06
Transcrição
Clipping Fenep 03-06 Clipping 03/06
Clipping de de Educação Brasília, 03 de junho de 2016 Valor Econômico 03/06/16 BRASIL Gasto social aumenta 140% em termos reais em 13 anos Por Fábio Pupo, Lucas Marchesini e Edna Simão | De Brasília Em meio à tentativa do governo de limitar gastos para conter o endividamento, o Ministério da Fazenda divulgou um estudo mostrando que a participação do gasto social em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) saltou de 12,8% em 2002 para 17,5% em 2015. Em valores absolutos, o dispêndio teve alta real de 140% no período, atingindo R$ 1,03 trilhão. Os gráficos do estudo também mostram aumento dos desembolsos sociais em relação ao montante total da despesa. Eles passaram a corresponder por 67,3% do total dos gastos em 2015, frente a 59,9% em 2002. Em relação aos gastos tributários, o aumento da participação dos gastos sociais foi ainda mais significativo, passando de 17,0% em 2002 para 38,6% em 2015. De acordo com o documento, o gasto social do governo central no Brasil é superior ao realizado pelos países emergentes da Ásia e da América Latina (quando considerado o desembolso como percentual do PIB. Mas, segundo o levantamento, a despesa ainda é mais baixa do que a de países europeus. A análise foi feita pela Secretaria do Tesouro Nacional, subordinada à Fazenda, sobre o gasto social brasileiro a partir de 2002, considerando sete categorias: assistência social; educação e cultura; organização agrária; previdência social; saneamento básico e habitação; saúde; e trabalho e emprego. Na apresentação do estudo, os técnicos do Tesouro Nacional destacam que o objetivo é mostrar a dinâmica do gasto público, que é "frenquentemente discutida na sociedade brasileira, especialmente em momentos de retração econômica e dificuldades fiscais". "Em linhas gerais, o trabalho mostra que houve aumento do gasto de natureza social para o período analisado, acompanhado por uma melhora dos indicadores sociais, com especial destaque para os anos recentes", informa o estudo. O Tesouro destaca os aumentos nos dispêndios diretos com Previdência Social (aumento de 0,97 ponto percentual do PIB no período analisado), Educação e Cultura (0,74) e Assistência Social (0,78). Em contrapartida, os dispêndios com saúde mantiveramse estáveis no período, de acordo com o órgão. Já os gastos com organização agrária e saneamento básico e habitação "não foram representativos", reconhece a Fazenda. Segundo o documento, "os resultados obtidos permitiram verificar que, para o período analisado, houve uma redução nos indicadores de pobreza para os Estados brasileiros, onde os efeitos do Programa Bolsa Família foram estatisticamente significativos". "Verificou-se ainda que os gastos sociais em educação e saúde também reduzem a pobreza", afirma o estudo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou na última semana que o governo vai enviar ao Congresso Nacional proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação a partir de 2017. A proposta do Executivo é deixar de fora do limite apenas as despesas com saúde e educação. Valor Econômico 03/06/16 EMPRESAS Kroton prepara oferta de fusão com a Estácio e ações disparam Por Beth Koike | De São Paulo Um dos maiores grupos de ensino superior do mundo, a Kroton informou ontem que estuda uma fusão com a Estácio, o que criaria uma companhia com valor de mercado de mais de R$ 22 bilhões e 1,6 milhão de alunos - o que corresponde a 23,5% do setor de ensino superior privado brasileiro. A proposta será enviada oficialmente à Estácio em até duas semanas, mas já se sabe que a companhia carioca não aceitará a oferta nas atuais condições, segundo o Valor apurou. A proposta envolve uma troca de papéis, em que 0,977 da ação ordinária da Kroton vai representar uma ação da Estácio, com base na média dos pregões do mês passado. A investida da Kroton é justificada pelo momento em que vive o setor de educação. Com a recessão e a redução do programa de crédito estudantil do governo (Fies), as aquisições e fusões voltaram ao radar das grandes companhias como caminho para ganhar mercado, uma vez que o crescimento orgânico é restrito no atual cenário de desemprego. Além disso, o apetite da Kroton que é forte geradora de caixa aumentou porque as ações Estácio se desvalorizaram muito do ano passado para cá. De acordo com fontes do setor, a Kroton já trabalha com a possibilidade de a Estácio exigir um prêmio para aceitar o acordo. Segundo estimativas do Bradesco BBI, esse prêmio deveria ser entre 30% e 50% sobre a cotação do dia 1º de junho. Ao que tudo indica os próximos capítulos devem ser de uma negociação acirrada com a Estácio, de um lado, argumentando que o preço oferecido está abaixo do potencial da companhia e com a Kroton batendo na tecla de que a fusão vai gerar aumento de margens e múltiplos. Além disso, uma forte pressão deve vir de fundos de investimento que são acionistas comuns nas duas empresas. A Oppenheimer tem 5% da Kroton e ao mesmo tempo é a maior acionista individual da Estácio, com uma fatia de 17,7%. Os fundos Oppenheimer, Coronation, Capital e BlackRock juntos têm 41% da Estácio e detém 21,5% da Kroton. Diante da possibilidade de uma fusão, os papéis da Estácio e Kroton dispararam na bolsa e fecharam ontem com alta 22,74% e 12,85%, respectivamente. Os analistas que acompanham o setor de educação foram praticamente unânimes ao destacar, em seus relatórios enviados a investidores, que a transação, se aprovada, vai gerar valor às companhias. Segundo estimativas de Roberto Otero, do Bank of America Merrill Lynch (BofA), uma fusão poderia gerar de sinergias de R$ 4 bilhões. No entanto, todos levantaram a possibilidade de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) impor restrições severas ao negócio, principalmente no segmento de ensino a distância, em que as duas empresas passam a ter quase 50% de participação. Na fusão da Kroton com a Anhanguera em 2014, a autarquia determinou a venda da Uniasselvi, de ensino on-line. Mas a transação em questão pode ser mais complexa porque boa parte do ensino a distância da Estácio é integrado à companhia, ou seja, não é um negócio à parte como era a Uniasselvi, segundo Luiz Trivelato, da consultoria Educa Insights. Na Estácio, a divisão online que poderia ser vendida é a UniSEB, comprada em 2013 por R$ 615 milhões. Já a Kroton é dona da Unopar e Uniderp, que juntas têm mais de 500 mil alunos. "Mas vender a Uniderp, Unopar ou dividir a Estácio torna a transação inviável", diz Bruno Giardino, analista do Santander. Apesar das possíveis restrições do Cade, as análises de especialistas do setor mostram que tais impactos não seriam tão 03/06/16 relevantes. Segundo a consultoria Educa Insights, a nova companhia combinada precisaria se desfazer de 9% de seus alunos de cursos presenciais e a distância. Levando em conta apenas o ensino a distância, as empresas seriam obrigadas a se desfazer de 15% dos seus estudantes. No presencial, esse percentual seria de apenas 4%. O Cade considera em suas análises a concorrência em cidades em que as empresas tenham uma participação superior a 30%. No último mês, os rumores de que poderia haver uma investida da Kroton aumentaram, mas a expectativa é que o alvo fosse a Ser Educacional, que também perdeu muito valor de mercado no ano passado. Além disso, a Estácio teria mais dificuldades de fazer uma aquisição de grande porte. Não à toa, os analistas que acompanham o setor defendiam que o melhor caminho à Estácio era usar o caixa proveniente de Fies para recompra de ações. "Nas últimas aquisições, a Estácio pagou em média R$ 8 mil por aluno, mas hoje o valor de mercado da companhia equivale a R$ 7,2 mil por aluno. Portanto, mesmo se considerarmos um grande desconto sobre o preço pago por aquisições futuras, seria difícil justificar uma aquisição como sendo mais atraente do que a recompra de ações", destacaram Luiz Fernando Azevedo e Tales Freire, analistas da Bradesco BBI, em relatório. A Kroton dever ter uma geração de caixa de R$ 2,2 bilhões contra R$ 500 milhões da Estácio neste ano. "Esperamos que a Kroton gere um caixa de R$ 1,8 bilhão [de títulos Fies] neste ano e R$ 2,1 bilhões em 2017, o que permite à companhia considerar qualquer transação de M&A no Brasil, incluindo os dez maiores grupos de ensino superior. Contudo, acreditamos que apenas dois ou três nomes seriam aquisições capazes de gerar valor considerável para os acionistas da Kroton", informam os analistas do Bradesco. Esses grupos são Estácio, Anima e Ser. (Colaboraram Tatiane Bortolozi, de São Paulo, e Lucas Marchesini, de Brasília) Valor Econômico 03/06/16 FINANÇAS Ibovespa sobe com papéis do setor educacional Por Aline Cury Zampieri e Chrystiane Silva | De São Paulo A negociação entre duas empresas do setor educacional ajudou o Ibovespa a subir 1,78%, aos 49.887 pontos. Os papéis ON da Estácio Participações subiram 23,73% e as ações ON da Kroton ganharam 13,55%. O movimento ocorreu após a Kroton informar à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que estuda uma potencial combinação de negócios com a Estácio. As notícias políticas também foram importantes para sustentar a alta do Ibovespa. Os investidores se animaram com a redução de 20 dias no cronograma para encerramento dos trabalhos da comissão especial do impeachment no Senado. A avaliação é a de que a saída em definitivo da presidente Dilma Rousseff pode dar mais solidez ao governo interino de Michel Temer. A aprovação em primeiro turno na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria Desvinculação de Receitas da União (DRU), por 334 votos a 90, também foi vista como positiva. A despeito da aprovação, também passou o reajuste médio de 21,5% para servidores de diversas esferas públicas federais. O aumento será em quatro anos e pode afetar as contas do governo em mais de R$ 50 bilhões nos próximos anos. Outra ação que teve destaque de alta foi Petrobras, que subiu acompanhado a alta no preço internacional do barril do petróleo. Os papéis da Petrobras ON tiveram alta de 2,78% e Petrobras PN teve ganho de 2,68%. O presidente da empresa, Pedro Parente, informou que vai definir os preços domésticos dos combustíveis de acordo com os interesses comerciais da empresa. Nos últimos anos, os preços domésticos foram mantidos baixos para controlar a inflação, levando perdas à companhias. As ações dos bancos também fecharam em alta, recuperando as perdas dos últimos dias, e ajudaram a manter o índice com valorização. Os papéis Bradesco PN subiram 3,23%, e as ações ON, 1,77%; Santander Unit ganhou 1,81%; Itaú Unibanco subiu 1,11%; e Banco do Brasil ON teve ganho de 1,99%. As bolsas de Nova York fecharam em alta puxadas pelo setor de saúde. Os mercados americanos operaram em compasso de espera pelos dados do mercado de trabalho ("payroll"), que serão divulgados hoje e devem influenciar a decisão do Fed de elevar ou não os juros nos próximos meses. Após ajustes, o Dow Jones Industrial Average fechou em alta de 0,27%, para 17.838,56 pontos. O S&P 500 subiu 0,28%, para 2.105,26 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 0,39%, para 4.971,36 pontos. (Com agências internacionais) O GLOBO 03/06/16 O PAÍS Custo de reajustes de servidores deve crescer Auditores, policiais e diplomatas também negociam aumentos; governo diz que evitou ‘crise de financiamento’ -BRASÍLIA- Deve aumentar ainda mais o impacto nas contas públicas dos reajustes de servidores públicos, aprovados em série pela Câmara dos Deputados anteontem à noite. Isso porque categorias importantes do funcionalismo, como a de auditores da Receita Federal, policiais federais e diplomatas, ainda não entraram na conta oficial do reajuste. De acordo com o governo, o impacto dos projetos já aprovados será de R$ 53 bilhões até 2018. Técnicos da assessoria do PSDB estimam que o custo alcance R$ 64 bilhões até 2019, quando termina o parcelamento de muitos reajustes aprovados pelos deputados. Segundo técnicos da equipe econômica, somente o reajuste dos auditores da Receita — que já fecharam acordo com a União, mas não tiveram o projeto de lei encaminhado ao Congresso — resultará numa conta extra de R$ 750 milhões em 2016. Com isso, só este ano o impacto total nas contas públicas subiria de R$ 7 bilhões para 7,75 bilhões. No mesmo acordo da Receita, estão auditores do trabalho e médicos peritos do INSS. No caso da Polícia Federal, o acordo com a categoria foi fechado em maio deste ano, mas ficou acertado que o impacto ocorrerá em 2017. No Itamaraty, não houve sequer um acordo para o reajuste. Pelos cálculos de técnicos, o impacto adicional sobre as contas de todas as três categorias pode ser de mais R$ 7 bilhões nos próximos quatro anos. atuais R$ 22,5 mil para R$ 27,3 mil. Em meio ao ajuste fiscal, desemprego de dois dígitos e diminuição da renda da população, o governo saiu ontem em defesa do pacote de reajustes aprovado. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que os servidores do governo tiveram “reajustes de apenas 15%” entre 2011 e 2015, “bastante abaixo da inflação”. SALÁRIO E BÔNUS O governo firmou, em março, um acordo com os auditores fiscais da Receita Federal que incluía um reajuste de 21,3% escalonado em quatro anos e um bônus de eficiência atrelado, entre outros fatores, ao desempenho coletivo da categoria e ao crescimento anual da arrecadação. A correção dos salários deveria começar em agosto, com um ajuste de 5,5%. Ele argumentou que a correção salarial só se dará em agosto de cada ano, em vez de janeiro, como de praxe, e defendeu que os servidores não paguem sozinhos pelo ajuste fiscal. “CRISE DE FINANCIAMENTO” Já o bônus seria retirado de um fundo próprio do Fisco, que reúne dinheiro das multas aplicadas pela Receita. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco), o projeto ainda está com o Ministério do Planejamento e será encaminhado para a Casa Civil. De llá, deve seguir para o Congresso na semana que vem. Os ministros ressaltaram que os reajustes aprovados —com as bênçãos do Planalto —são fruto de negociações fechadas ainda em 2015, pelo governo Dilma. Acrescentaram que já existe previsão no Orçamento de 2016 para tais correções. — Nossa avaliação é que reabrir negociações certamente levaria a uma crise de financiamento do serviço público, e dificilmente nós conseguiríamos um acordo — afirmou Oliveira. O salário inicial dos auditores subirá de R$ 15,7 mil para R$ 21 mil e, no fim da carreira, irá dos Em valores nominais, segundo Oliveira, o impacto de R$ 52,9 bilhões no Orçamento, dividido da 03/06/16 seguinte forma: R$ 7 bilhões em 2016, R$ 19,4 bilhões em 2017 e R$ 26,5 bi em 2018. A folha de pagamento subirá 2,5%, 7,1% e 9,8%. Já o peso dos gastos em relação ao PIB, pelas estimativas, será de 4,2%, 4% e 3,8%, nos três anos. Um auxiliar de Temer relatou que o governo tinha negociado apenas três reajustes: para o Executivo, que causaria impacto de R$ 10,7 bi até 2018; para educadores, com impacto de R$ 10,3 bi até 2018; e para os militares, com impacto de R$ 14 bi até 2019. Ele admite, no entanto, que as conversas com o Congresso foram feitas de última hora e, quando começou a votação, “não deu para segurar” a aprovação dos outros reajustes. O presidente interino, Michel Temer, defendeu o reajuste do Judiciário: — Esses recursos estão previstos no Orçamento. Os seus percentuais são razoáveis e esse gasto será feito ao longo dos próximos três anos. Fica resolvido em todo o meu governo. Ao SBT, Temer disse que o reajuste aos servidores “foi discreto" e pacifica a relação do governo com várias categorias. (Colaboraram Leticia Fernandes, Catarina Alencastro e Bárbara Nascimento) O GLOBO 03/06/16 ECONOMIA Kroton fará oferta para comprar Estácio de Sá ROBERTA SCRIVANO [email protected] Colaborou Rennan Setti Negócio criaria gigante de educação com valor de R$ 25 bi e 1,6 milhão de alunos SÃO PAULO E RIO- A Kroton Educacional, maior companhia de ensino superior privado do país, anunciou ontem que está avaliando comprar a rival Estácio Participações, numa operação envolvendo apenas a troca de ações. Juntas, as duas empresas formariam uma gigante com valor de mercado de R$ 25 bilhões, tomando-se os preços das suas ações no fechamento da Bolsa ontem. Esse seria o primeiro negócio do que os especialistas chamam de “segunda onda” de fusões e aquisições do setor de ensino superior. “A operação possui um forte racional estratégico em razão da alta complementaridade geográfica, do amplo potencial de sinergias e de ganhos de eficiência, e em especial, do fortalecimento dos investimentos na qualidade dos seus serviços educacionais”, disse a Kroton em comunicado. A Kroton tem hoje pouco mais de 1 milhão de alunos. A Estácio, a segunda do setor, tem 600 mil e uma forte presença em estados do Nordeste. O banco Itaú BBA e o escritório de advocacia Barbosa Müssnich Aragão deverão assessorar a Kroton numa “eventual transação com a Estácio”. O último grande negócio da Kroton foi a fusão com a Faculdades Anhanguera, em 2013. A Anhanguera era então o segundo maior grupo de ensino superior privado no país. Os grandes movimentos nesse mercado começaram em 2007, com a cheguera gada ao país do grupo americano Laureate que, entre várias aquisições, arrematou o grupo paulista FMU. De 2007 até agora, o volume de negócios fechados no setor de ensino superior passou de R$ 11 bilhões, com um total de 142 transações, de acordo com dados da CM Consultoria. Os principais negócios foram liderados por grandes grupos, como a própria Estácio, a Kroton, a britânica Pearson e a Abril Educação. — A consolidação do setor é uma tendência. E a Kroton é igual a uma sucuri, que engole o boi inteiro. Eles não olham para negócios pequenos — resumiu Carlos Monteiro, da CM. AÇÕES DISPARAM NA BOLSA A expectativa de retomada do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil, do governo federal), cujo número de contratos encolheu 50% no ano passado ante 2014, segundo Rogério Gollo, sócio da PwC, é o motor dessa retomada dos negócios no setor. — Essa segunda onda do processo de consolidação deve se intensificar no segundo semestre. As empresas, agora, buscam ganho de escala e força em seus planos financeiros. O setor espera que haja uma renovação do Fies para que o processo de inclusão de novos estudantes seja acelerado — explicou. Antes do enxugamento do Fies, provocado pelo aumento das restrições de acesso ao programa, a Kroton chegou a valer R$ 29,3 bilhões na Bolsa, em novembro de 2014. Ontem, mesmo com a disparada de 13,55% de suas ações (fecharam a R$ 12,73), a empresa valia R$ 20,7 bilhões no fim do dia, na 19ª posição entre as maiores empresas da Bovespa. A Estácio, com a alta de 23,73% (a R$ 13,71), chegou ao valor de R$ 4,35 bilhões. Monteiro, da CM Consultoria, lembra que há hoje neste mercado 1.800 empresas de pequeno e médio portes que respondem por 35% dos alunos. Mas acredita que a nova onda de consolidação deverá se concentrar entre as 200 grandes empresas do mercado, que detém 65% dos estudantes. Marcos Boscolo, sócio da KPMG, salienta a importância da consolidação de grandes grupos do setor, para aumentar a rentabilidade ao acionista e 03/06/16 conseguir ganhos de escala. Segundo ele, depois da abertura de capital das empresas de ensino superior a partir de 2007, em 2010 vieram as aquisições e agora a tendência é de que predominem “as combinações de negócios”. — As empresas cresceram muito com aquisições. Agora, começa a haver fusões, para a combinação dos negócios, assim como ocorreu com a Anhane pode ocorrer com a Estácio — diz, referindo-se aos movimentos da Kroton Educacional. A Estácio disse, em comunicado, que “somente tomou conhecimento nesta data do interesse da Kroton”. MERCADO NÃO DESCARTA OFERTA HOSTIL Também em comunicado ao mercado, a Kroton explicou que sua oferta pela Estácio deve contemplar uma relação de troca de 0,977 ação sua para cada papel da Estácio. A proposta leva em conta o preço médio dos papéis das duas companhias nos últimos 30 pregões na BM&FBovespa anteriores ao anúncio de ontem. A Kroton esclareceu, ainda, que as ações, após as emissões necessárias, seriam “distribuídas entre os acionistas da Estácio e da própria Companhia na proporção de, aproximadamente, 15,7% e 84,3%, respectivamente”. O mercado não descarta a possibilidade de a Kroton fazer uma oferta hostil aos acionistas da Estácio, caso o grupo não aceite a proposta. FOLHA DE SÃO PAULO 03/06/16 EDITORIAL Uma base mais firme Em contraste com a primeira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de setembro de 2015, a segunda —divulgada há um mês— tem recebido de especialistas mais avaliações positivas que negativas. O que não quer dizer que não possa e não deva melhorar. Já se tornou consensual a necessidade urgente de uma BNCC. Não paira mais dúvida de que a educação brasileira, para safar-se do atoleiro de mediocridade atual, precisa de um rol compreensível por todos — pais, mestres e estudantes— daquilo que deve ser ensinado e aprendido em sala de aula. O tom geral das apreciações sobre o novo texto indica que melhoraram o detalhe e a precisão dos objetivos de aprendizagem. Desapareceu, ainda, muito da carga ideológica que enviesava as áreas de linguagem e de ciências humanas (sobretudo história). Na primeira, retornam como eixos organizadores gramática e literatura, ao lado de oralidade, leitura e escrita, ainda que sob o eufemismo "conhecimento sobre a língua e sobre a norma". Permanecem vagos, porém, critérios sobre graus de complexidade dos textos usados. Seria o caso de cogitar uma lista de obras classificadas em progressão de dificuldade, como fazem alguns países. No campo de história, as reações à segunda versão registram algum reequilíbrio entre temas précolombianos e africanos, de um lado, e o percurso ocidental desde a Antiguidade, de outro. Humanismo, liberalismo e iluminismo voltam à cena, como deve ser. Por outro lado, resta alguma imprecisão vocabular por corrigir, em especial quando denota um rebaixamento de demanda e padrões cognitivos, como no emprego reiterado dos verbos "reconhecer" e "identificar" isso ou aquilo. Ainda sobram reparos pontuais de especialistas no que respeita à progressão dos conteúdos nos vários campos de conhecimento. Enfim, há muito a aperfeiçoar na BNCC. O detalhamento promovido implicou também certo inchaço no compêndio. Sua versão atual conta com 652 páginas, o que decerto dificulta seu manuseamento por todos os atores do ensino. Nova rodada de seminários está prevista, e o prazo para entrega da versão final acaba de ser estendido até outubro, dado o caráter ainda imaturo do texto presente. O Brasil precisa com urgência de uma base firme para dar o salto sempre prometido e nunca iniciado na educação. Não deve precipitar-se na tarefa, contudo, sob risco de reincidir em tropeços. FOLHA DE SÃO PAULO 03/06/16 Trem da alegria Sem fazer alarde, a Câmara aprovou a criação de 14.419 cargos federais — quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu ceifar neste ano. A autorização passou batida até por deputados. Ela estava no projeto de lei que concedeu aumento a servidores da Suframa, aprovado em meio aos reajustes salariais que trarão impacto de R$ 58 bilhões às contas públicas. Além de passar pelo Senado, será necessário realizar concursos para preencher os postos. Tudo e todos Dentre os cargos aprovados, a maior parcela é de técnicos administrativos em educação — são 4.732. Há, inclusive, 52 postos no Instituto Brasileiro de Museus e 516 analistas para o Comando do Exército. PAINEL FOLHA DE SÃO PAULO 03/06/16 MERCADO Governo defende reajuste para servidores que custará R$ 53 bi Incomodado com as críticas de que estaria comprometendo o ajuste fiscal ao apoiar reajuste para servidores públicos, o governo Temer afirma que o aumento de R$ 52,9 bilhões até 2018 não vai desrespeitar a regra que fixa teto para gastos públicos. "Os aumentos aprovados, negociados pelo governo anterior, não superam a inflação do período", afirmou o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). A proposta de teto, que o governo ainda enviará ao Congresso, prevê que os gastos não subam mais que a inflação do ano anterior. Na noite de quarta (1°), a Câmara aprovou 14 projetos de reajustes para servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário que vão elevar osgas-tos com a folha de pagamento em R$ 52,9 bilhões entre 2016 e 2018. Pelos cálculos de parlamentares, o impacto será de R$ 58 bilhões até 2019. Neste ano, o aumento da folha será de 8,5%, abaixo da inflação do ano passado, de 10,67%. A mudança de maior impacto foi o aumento do salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O rendimento, que delimita o teto do funcionalismo, passou de R$ 33.763 para R$39.293. O efeito cascata em todo o Judiciário deverá, segundo a Fazenda, ter um impacto de R$ 6,9 bilhões até 2019. mecanismo de teto para não reduzir gastos com educação e saúde. AUTORIZAÇÃO DE TEMER A aprovação dos aumentos foi autorizada pelo próprio presidente Michel Temer na noite de quarta, após consulta de líderes governistas. Nos bastidores, o argumento é que o fortalecimento político de Temer entre o funcionalismo e o Judiciário, principalmente com suas cúpulas, compensa o desfalque no erário. Um pouco antes, um grupo de deputados tucanos esteve com o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) para tentar vetar a aprovação, sob o argumento de que era um sinalização ruim depois de o governo calcular um rombo de R$ 170,5 bilhões neste ano. Segundo a Folha apurou, Meirelles não viu motivo para retirar o apoio aos reajustes, uma vez que o teto proposto para despesas não seria desrespeitado. O gasto extra deste ano, de R$ 7 bilhões, já está previsto no Orçamento. EDUCAÇÃO E SAÚDE Dyogo Oliveira, secretárioexecutivo da Fazenda, adiantou que o governo está fazendo ajustes no "O presidente deu a orientação de que sejam preservados os recursos dessas áreas, e eles deverão ser considerados na proposta de emenda constitucional. Há uma série de outras despesas que estão também sendo analisadas e que podem ser objeto de contenção para que o limite seja atendido", afirmou. Oliveira afirmou também que a equipe econômica do governo discute internamente se deve fixar um prazo de validade para o mecanismo que impõe um teto no crescimento dos gastos públicos. SALVA DE PALMAS Temer fez questão de pedir uma salva de palmas ao Congresso pelas votações que entraram pela madrugada de quinta, durante a posse do novo ministro da Transparência, Torquato Jardim. Em acordo com a oposição, a Câmara aprovou também em primeiro turno a emenda constitucional que prorroga até 2023 a DRU depois de votar os reajustes dos servidores. "O Congresso Nacional está trabalhando madrugada adentro para aprovar projetos difíceis", afirmou. 03/06/16 FOLHA DE SÃO PAULO 03/06/16 MERCADO Câmara concede mais liberdade a governo para usar parte da receita A Câmara aprovou por 334 votos a 90 a ampliação do mecanismo que permite à União gastar livremente parte de sua arrecadação —a DRU (Desvinculação de Receitas da União). Eram necessários 308 votos para aprovar a proposta de emenda à Constituição, uma das prioridades do governo Temer. Ainda é necessária mais uma votação, que deve ocorrer na próxima terça (7), além da aprovação pelos senadores, também em dois turnos. O relatório do deputado Laudívio Carvalho (Sd-MG) manteve a proposta da presidente afastada Dilma Rousseff de ampliar a desvinculação dos atuais 20% para 30% das receitas relativas às contribuições sociais e a prorrogação da DRU até 2023. Carvalho estendeu ainda o mecanismo a Estados e municípios. O texto aprovado estabelece que eles também poderão manejar livremente 30% da arrecadação de impostos, taxas e multas, exceto os recursos para ações de saúde e de educação. CRÍTICAS A principal crítica à proposta da dRu foi em relação à Previdência Social. Para a oposição, a desvinculação aumenta o riscos de se reduzirem verbas para essa área. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) afirma que esse é o ponto de partida para a retirada de direitos de aposentados e pensionistas. "Esses nazistas querem matar os brasileiros para economizar na conta fiscal", disse na comissão que votou a DRU na manhã de quarta (1°). PT e PCdoB, partidos aliados da presidente afastada, Dilma Rousseff, também atacaram esse ponto da proposta, embora a DRU também fosse uma prioridade da gestão da petista. TRANSFERÊNCIAS A desvinculação não afeta a regra de recursos mínimos para educação e saúde, nem as transferências constitucionais de impostos para Estados e municípios. Criada em 1994 com o Plano Real, a DRU permite que se contorne o direcionamento obrigatório de parte dos recursos do Orçamento. Em nota conjunta divulgada no ano passado, ainda no governo Dilma, os ministérios da Fazenda e do Planejamento afirmam que a prorrogação da DRU era necessária por causa da rigidez orçamentária brasileira. Segundo a nota, ela adequa o Orçamento "às mudanças da realidade brasileira" e garante projetos prioritários. A votação, que começou por volta de 1h de quinta, ocorreu após acordo que permitiu a apreciação reajustes do funcionalismo. 03/06/16 03/06/16 O ESTADO DE S. PAULO 03/06/16 METRÓPOLE O ESTADO DE S. PAULO 03/06/16 METRÓPOLE HU da USP vai restringir pronto-socorro adulto 03/06/16 O ESTADO DE S. PAULO 03/06/16 ECONOMIA Governo já fala em ‘flexibilizar’ medidas fiscais Segundo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, serão preservados os recursos para Saúde e Educação A equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer nem sequer mandou ao Congresso o projeto que estabelece o teto de gastos públicos -tendo como limite a inflação do ano anterior - e já admite "flexibilizar" a medida considerada o principal ponto do pacote fiscal. Seguindo orientação do presidente, o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que serão preservados os recursos da Saúde e da Educação. No anúncio do pacote, o ministro Henrique Meirelles, reforçou que as duas áreas seguiriam o teto que deve ser estipulado. "O presidente Temer nos dá orientação e cumprimos",resumiu o ministro. O limite para as despesas de Saúde e Educação foi bastante criticado. No mesmo dia do anúncio, o governo explicou que o orçamento das duas áreas até poderia ter aumento real, com o teto em vigor, desde que outras despesas crescessem menos. O ministro do Planejamento foi na mesma direção ontem. "Há uma série de outras despesas que podem ser objeto de contenção, de tal modo que o limite seja atendido", afirmou. Segundo ele,o limite fará o comportamento da despesa ser compatível com a capacidade do Estado de se financiar. O piso será o mínimo constitucional previsto para este ano. A partir de 2017, caso a proposta de emenda à Constituição seja aprovada pelo Congresso, está assegurada às duas áreas, no mínimo, a correção pela inflação. Oliveira disse que a União já gasta mais do que os 18% da arrecadação dos impostos federais que é obrigada a comprometer com Educação. Em 2016, o gasto previsto para Saúde será equivalente a 13,2% das receitas líquidas. Esse valor segue uma regra que entrou em vigor neste ano. Antes, o piso era estabelecido de acordo com o que foi desembolsado no ano anterior, corrigido com a variação do PIB. Prazo. Oliveira também admitiu que o governo deve estipular um prazo para a vigência do teto. "Não tem como ser indefinidamente para todo o sempre. Estamos discutindo a questão de tempo e prazo. Ainda não há uma definição", afirmou. Segundo o ministro, a discussão tem como premissa que a regra deve implicar uma redução, ao longo do tempo, da despesa total em relação ao PIB. O ESTADO DE S. PAULO 03/06/16 ECONOMIA Kroton avalia compra da Estácio para criar gigante de 1,6 milhão de alunos Há três anos,agigante de ensino Kroton Educacional surpreendeu o mercado ao anunciar uma união com a então rival Anhanguera e formar a maior empresa de ensino superior privado do mundo, com cerca de 1 milhão de alunos. Ontem, a maior companhia de ensino privado do País voltou a mostrar que o seu apetite por aquisições está longe de acabar: a empresa informou ao mercado a intenção de incorporar a Estácio Participações, a segunda maior do ranking, com seus quase 600 mil estudantes. Em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Kroton anunciou que está avaliando a compra da concorrente em uma operação envolvendo apenas ações. A empresa disse ainda que já contratou o Itaú BBA e o escritório de advocacia Barbosa Müssnich Aragão para assessorá-la em uma eventual transação. Segundo a Kroton, a transação tem "forte racional estratégico", em razão do "amplo potencial de sinergias" e da "alta complementaridade geográfica". No ensino presencial,a Kroton tem operações mais concentradas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto a Estácio possui câmpus em todos os Estados do Nordeste e em alguns da região Norte. Os planos da líder de mercado ocorrem em meio à redução das verbas federais para o financiamento do ensino superior privado por meio do Fies e à recessão no País, que trouxeram dificuldades ao setor de ensino superior privado na captação e na retenção de alunos. Segundo a Kroton, a relação de troca avaliada internamente pela companhia para a empreitada seria de 0,977 ação da Kroton para cada 1 ação da Estácio, com base no preço médio dos últimos 30 pregões na BM&FBo-vespa anteriores ao anúncio. "É importante ressaltar, no entanto, que não há negociações em curso com qualquer membro da administração da Estácio, e, tampouco, nenhum acordo celebrado ou proposta formulada entre tais companhias", afirmou a Kroton. Após o anúncio da concorrente,a Estácio divulgou comunicado afirmando que "não há quaisquer entendimentos em curso pela administração da companhia com a Kroton" e que apenas ficou sabendo do interesse da rival ontem. Segundo fonte próxima ao assunto, o conselho de administração da Estácio pretende se reunir ainda nesta semana para discutir a oferta de compra não solicitada. No mercado, as ações ordinárias, com direito a voto, das duas empresas lideraram as altas da BM&FBovespa. Os papéis da Estácio subiram 23,74% e os da Kroton, 13,56%. Barreiras. O processo, que pode gerar ganhos de sinergias estimados em até R$ 8bilhões, deve precisar superar, assim como ocorreu há três anos, eventuais divergências de acionistas e restrições do Cade. Assim como no caso da Anhanguera, a Estácio é uma empresa de capital pulverizado e sem controlador definido. A concretização do negócio depende, portanto, da base de acionistas minoritários, formada sobretudo por fundos como o Coronation e aOppenheimer. A Estácio tem ainda um outro acionista relevante de fora do mercado financeiro: o empresário Chaim Zaher, que tem 12% do capital junto com sua filha, Thamila, e é membro do conselho da companhia. Zaher fundou a UniSeb,instituição de ensino à distância comprada pela Estácio em 2013. 03/06/16 Um dos desafios da Kroton nas negociações, na avaliação de analistas, estará justamente em convencer esses acionistas. Para o Credit Suisse, a relação de troca de ações proposta precisará se tornar mais atraente para que uma negociação seja concluída. Em 2013, a definição de uma relação de troca já havia sido o principal embate,com acionistas reclamando de uma avaliação injusta da Anhanguera. Outro fator de peso são possíveis restrições a que o negócio poderia ser submetido no Cade. O principal ponto de atenção é o ensino a distância (EAD). Kroton e Estácio juntas teriam mais da metade das matrículas totais no EAD brasileiro, segundo dados do Ministério da Educação. Os números mais recentes ainda são os de 2014, mas naquele ano a Kroton já detinha 45% do mercado de EAD e, a Estácio, cerca de 7%. "A concentração em ensino à distância pode ser um problema, o que pode requerer desinvestimentos relevantes, e até uma quebra de negócio", reforçou o JP Morgan em relatório. Quando da fusão com a Anhanguera, a concentração no EADfoi considerada um problema pelo Cade. O órgão determinou a venda da Uniasselvi pela Kroton, mas, mesmo com essa venda, a Kroton cresceu no EAD de forma orgânica, tendo obtido autorização do governo para operar novos polos de ensino a distância. CORREIO BRAZILIENSE 03/06/16 Professores decidem manter greve no Rio de Janeiro Em assembleia na tarde de ontem, os professores decidiram não acatar a ordem da 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, que determinou, na quarta-feira, a volta às aulas nas escolas estaduais. A decisão foi uma orientação do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro. A greve já dura três meses e a ocupação das escolas pelos alunos continua. Os professores exigem, principalmente, reajuste dos salários para cobrir a inflação e calendário de pagamento. O governo ainda não oficializou as reivindicações atendidas e os professores querem garantias para interromper a greve. BRASIL CORREIO BRAZILIENSE 03/06/16 ECONOMIA CONJUNTURA » DRU vai destravar R$ 121 bilhões ao governo » ANTONIO TEMÓTEO Segundo Giacobo, nova votação não deverá ocorrer antes do dia 14 O texto, que ainda será votado em segundo turno antes de seguir para o plenário do Senado Federal, determina que não serão desvinculadas as receitas obtidas com a contribuição do salárioeducação, tributo que financia programas da educação básica pública. Além disso, a proposta estabelece que a flexibilização no uso das verbas não prejudique o pagamento de benefícios da Previdência Social. O governo terá a liberdade de usar até R$ 121,4 bilhões do orçamento de 2016 caso a Desvinculação de Receitas da União (DRU) seja promulgada pelo Congresso Nacional. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada na madrugada de ontem em primeiro turno pela Câmara dos Deputados permite que, até 2023, 30% dos recursos da União arrecadados com taxas, contribuições sociais e contribuições econômicas sejam usadas livremente pelo Executivo. Até o ano passado, o governo tinha autorização para usar livremente 20% das receitas da União. Além de aumentar o percentual de recursos, a PEC relatada na Câmara pelo deputado Laudivio Carvalho (SD-MG) estendeu a desvinculação para estados e municípios. Nesses casos, governadores e prefeitos terão a liberdade de usar até 30% das verbas arrecadadas com taxas, impostos e multas, desde que preservados os montantes destinados ao pagamento de pessoal e para a saúde. Para o Ministério do Planejamento, essa medida é necessária porque 89% de toda a receita têm destinação previamente estabelecida por lei ou pela Constituição. Os técnicos da equipe econômica defendem que, com a desvinculação, haverá redução da necessidade de emissão de títulos para garantir o pagamento das despesas e menor crescimento da dívida pública. A DRU também não incidirá sobre fundos criados pelo Judiciário, pelos tribunais de contas, pelo Ministério Público, pelas procuradorias-gerais e pelas defensorias públicas estaduais e do Distrito Federal. A medida foi criada em 1994, no governo Itamar Franco, com o nome de Fundo Social de Emergência (FSE). À época, direcionava parte dos recursos vinculados ao pagamento de juros da dívida e outras despesas. Criador do FSE no governo Itamar Franco, o economista Raul Velloso avaliou que estender a desvinculação para estados e municípios é importante. “Os recursos precisam ser usados com sabedoria para não agravar ainda mais a crise. Mas essa medida não é suficiente para reverter o deficit público”, afirmou. O especialista em finanças públicas José Matias-Pereira, professor da Universidade de Brasília (UnB), avaliou que a aprovação da DRU faz parte do conjunto de medidas necessárias para reduzir o rombo nas contas do governo. Ele comentou que o governo mostrou ter maioria confortável na Câmara já a PEC que estende a DRU recebeu 334 votos favoráveis. A matéria precisa de pelo menos 308 votos para ser aprovada em segundo turno. O 2º vice presidente da Câmara, deputado Giacobo (PRPR), destacou que deve cumprir o prazo de cinco sessões antes de votar o segundo turno. Com isso, texto deve ser apreciado em 14 de junho. “Estive com o presidente Temer e ele me pediu que cumprisse o interstício”, afirmou. CORREIO BRAZILIENSE 03/06/16 CIDADES EDUCAÇÃO » Medicina, a mais concorrida são distribuídas em três sistemas: universal, cotas para negros e para escolas públicas. No último caso, o sistema é subdividido em duas categorias: alunos cuja renda familiar é maior e aqueles com renda familiar maior que um salário mínimo e meio. Os candidatos poderão fazer as provas em sete cidades do Distrito Federal Mais uma vez, o curso é o que tem mais candidatos atrás de uma vaga para o vestibular da Universidade de Brasília. As provas serão amanhã e no domingo. Confira a lista do que pode ou não levar e fazer durante os dois dias Amanhã e domingo, 21.548 candidatos buscam uma das 4.212 vagas no vestibular da Universidade de Brasília (UnB). Medicina é o curso mais concorrido, com 4.568 concorrentes — 126,89 estudantes por vaga —, seguido de direito (984 inscritos e 16,40 por vaga), psicologia (696 concorrentes e 13,83 por vaga) e odontologia (415 inscritos totais e 13,83 por vaga). Os aprovados nos 98 cursos de graduação vão começar as aulas no segundo semestre. As provas são aplicadas, simultaneamente, em Brasília, Brazlândia, Ceilândia, no Gama, em Planaltina, Sobradinho e Taguatinga, além de cidades fora do Distrito Federal, como Formosa (GO), Valparaíso (GO), Goiânia (GO) e Uberlândia (MG). As chances estão distribuídas nos quatro câmpus da UnB: Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Ceilândia, Gama e Planaltina. As oportunidades de ingresso também No primeiro dia de prova do vestibular serão 150 itens distribuídos em questões de língua estrangeira (espanhol, francês ou inglês), língua portuguesa e literatura, geografia, história, artes, filosofia e sociologia. A redação também será desenvolvida pelos candidatos amanhã, durante as cinco horas de aprova. As avaliações começam às 13h nos dois dias. O domingo será reservado para as 150 questões de biologia, física, química e matemática. Cada item da prova pode ser de um dos quatro tipos denominados A, B, C ou D. No primeiro, o candidato responde certo ou errado, de acordo com o comando. Já nos itens do tipo B, o estudante precisa marcar um número como resposta. As questões do tipo C são divididas em letras de A a D e só têm uma resposta correta. Por fim, os do tipo D são de resposta construída pelo candidato. Resultado A divulgação oficial preliminar está programada para as 19h de 8 03/06/16 de junho. Em 7 de julho será divulgada a consulta individual de desempenho dos candidatos, com o relatório que contempla os argumentos mínimos e máximos por sistema, câmpus, curso e turno. Os interessados poderão alterar a pré-opção da escolha de curso ou câmpus por meio do Sistema Informatizado de Seleção para os Cursos de Graduação da UnB (SISUnB), após a divulgação da consulta individual de desempenho e do relatório. Desde 25 de maio, os candidatos podem conferir o local e horário de realização das provas, por meio de consulta individual. Os aprovados em primeira chamada devem realizar o registro acadêmico, nas datas prováveis de 14 e 15 de julho. Como proceder Nos dois dias de realização das provas, o candidato/treineiro deverá comparecer ao local da realização das provas com antecedência mínima de uma hora, com os seguintes pertences: » Documento de identidade original do candidato/treineiro (não será aceita cópia do documento de identidade, ainda que autenticada) » Comprovante de inscrição do candidato/treineiro ou comprovante de pagamento da taxa de inscrição » Caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente » Qualquer recipiente ou embalagem, como garrafa de água, suco, refrigerante e embalagem de alimentos (biscoitos, barras de cereais, chocolate, balas etc.) precisa ser em material transparente. » Antes de entrar na sala de provas, o candidato/treineiro deverá guardar, em embalagem porta-objetos fornecida pela equipe de aplicação, telefone celular desligado ou qualquer equipamento eletrônico desligado, sob pena de ser eliminado do vestibular. » A embalagem porta-objetos devidamente lacrada e identificada pelo candidato/treineiro deverá ser mantida embaixo da carteira até o término das provas » A embalagem porta-objetos só pode ser aberta fora do ambiente de provas » Não será permitida, durante a realização das provas, a utilização de livros, anotações, réguas de cálculo, impressos ou qualquer outro material de consulta que não seja fornecido pelo Cebraspe » Nos dias de realização das provas, o Cebraspe poderá fornecer máquinas calculadoras, que serão recolhidas ao término do vestibular » Será eliminado do vestibular o candidato/treineiro que, durante a realização das provas, for flagrado com: aparelhos eletrônicos, relógio de qualquer espécie, óculos escuros, protetor auricular, lápis, lapiseira/grafite, marca-texto, borracha e qualquer acessório de chapelaria JORNAL ALÔ BRASÍLIA-DF 03/06/16 BRASÍLIA
Documentos relacionados
Clipping Fenep 07-06 Clipping 07/6
estudantes em cursos presencias e 561,4 mil matriculados em ensino a distância. "A companhia combinada tem grande potencial de crescimento e não deve enfrentar restrições do Cade", disse Diniz. Seg...
Leia mais12 rv dinheiro.pmd
consenso. Isso porque os fundos Oppenheimer, Capital, BlackRock e Coronation, que são donos de 40% do capital da Estácio, com valor de mercado de R$ 4,9 bilhões, são também detentores de uma fatia ...
Leia mais020 MOD Veja - AMARELAS.pmd
no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e que por diversas vezes correu o risco de não sair do papel. A autarquia aprovou com a operação com restrições e a integração das duas compan...
Leia mais