Como funciona - Auxiliadora Predial
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Como funciona - Auxiliadora Predial
SUMÁRIO PRODUTOS E SERVIÇOS 6 Zona Norte, uma aposta da Auxiliadora Predial. A agência atenderá condomínios, locação e vendas 8 Edifício Eolis proporciona nova certificação de qualidade, o Selo Aqua abr/mai/jun 2014 Edição Nº 203 CONSELHO EDITORIAL Ingo Voelcker, Roger Silva, Christian Voelcker, Antonio Azmus, Fátima Rama, Marcelo Borba e Luciene Machado COORDENAÇÃO Marcelo Borba (Gerente de Condomínios) Fátima Rama Cresce a procura pela Auxiliadora Predial para gerenciar condomínios em implantação 10 Trabalho do Setor de Cobrança da Auxiliadora Predial reduz a inadimplência nos condomínios 22 Auxiliadora Predial é destacada como a Marca que está na cabeça dos gaúchos 29 ENTREVISTA 14 comportamento 18 capa 24 jurídico 30 (Supervisora de Marketing) EDITORA EXECUTIVA Luciene Machado jornalista responsável - MTb 4480 Ederson Krauze é o síndico do Edifício Spazio Porto Planalto, em Porto Alegre PRODUÇÃO EDITORIAL Palavra-Prima - 51 8517.0118 [email protected] reportagem e fotografia Clarissa Thones – Mtb 12.688 Luciene Machado – Mtb 4.480 Conheça as atitudes que promovem um clima de harmonia nos condomínios Luisa Medeiros - Mtb 12.724 Tatiana Gappmayer – Mtb 8.888 capa Fátima Rama FOTO CAPA Bairros planejados, uma realidade que amplia a qualidade de vida dos moradores Estúdio Catafesto COMERCIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS 3216.6103 [email protected] A divisão de atribuições e responsabilidades dos conselhos consultivo e fiscal PROJETO gráfico E EDIÇÃO GRÁFICA Paica Estúdio Gráfico - Tiba geral Faster Mail Logística em Postagem The Best Summer, o evento promovido pela Associação dos Condomínios Horizontais do Rio Grande do Sul 28 A Revista Síndico não se responsabiliza pela Dicas para dispor e instalar corretamente obras de arte e reproduções nos condomínios 32 Nova legislação de prevenção de incêndios exigirá readequações até em condomínios já regularizados segurança 34 Portaria Virtual, tecnologia a favor da segurança 38 DISTRIBUIÇÃO qualidade dos serviços prestados e pelos produtos oferecidos pelos anunciantes, sendo os mesmos de inteira responsabilidade das empresas anunciantes. Não é permitida a reprodução de textos desta publicação sem autorização da editora, por escrito. At e n d i m e n to ao l e i to r Comentários, críticas e sugestões: [email protected] ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 3 produtos & serviços Eolis é reconhecido mais uma vez como um empreendimento sustentável Edifício porto-alegrense que utiliza energia eólica foi certificado com selo da Aqua – Alta Qualidade Ambiental O Eolis, empreendimento comercial da Auxiliadora Predial em Porto Alegre que tem como diferencial a utilização de tecnologias sustentáveis, foi agraciado mais uma vez com o selo da Aqua – Alta Qualidade Ambiental. A certificação, de caráter internacional, foi entregue em maio de 2014. Desenvolvida na França, a certificação foi adequada e é concedida no Brasil pela Fundação Vanzolini, da Universidade de São Paulo, desde 2008. A chancela é concedida a construções sustentáveis e a avaliação considera os padrões de gestão do empreendimento e a qualidade ambiental do edifício. “A Auxiliadora Predial adquiriu a tecnologia para administrar prédios atendendo aos 14 quesitos exigidos. A excelência em todos os indicadores é motivo de satisfação, pois eles se baseiam em desempenhos de eco- construção, eco-gestão, conforto e saúde” lembra Christian Voelcker, vice-presidente da Auxiliadora Predial. Conhecido por ser um dos pioneiros no Brasil a lançar mão de energia eólica como uma de suas fontes de energia, o Eolis foi o primeiro edifício brasileiro a receber a certificação Aqua. Entre seus diferenciais também estão o projeto arquitetônico que valoriza o uso da iluminação natural e ventilação natural das garagens, além da instalação de telhado ecológico e sistema de coleta e reaproveitamento das águas pluviais, entre outros. Saiba mais sobre o Eolis Inaugurado em 2006, o Edifício Eolis está localizado nos altos da Avenida Carlos Gomes, em Porto Alegre. O seu gerador eólico é o responsável pelo abastecimento das áreas comuns do prédio, que conta ainda com cisternas para captação de água da chuva e itens que privilegiam o conforto visual e acústico, gerando economia de até 40% no consumo de energia e até 60% no consumo de água. 6 síndico 203 Eolis, o primeiro edifício brasileiro a receber a certificação Aqua Eolis é reconhecido em todos os quesitos de excelência A concessão do Certificado do Processo Aqua é feita mediante análise de relatórios, provas e visitas às instalações. Conheça os quesitos que compõem a análise: Eco-construção Relação do edifício com seu entorno Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos Canteiro de obras com baixo impacto ambiental Eco-gestão Gestão de energia G estão de água Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício Manutenção – permanência do desempenho ambiental Conforto Conforto higrotérmico Conforto acústico Conforto visual Conforto olfativo Saúde Qualidade sanitária dos ambientes Qualidade sanitária do ar Qualidade sanitária da água ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 7 produtos & serviços Zona Norte de Porto Alegre vive fase de expansão Para atender ao crescimento da demanda na região, agência da Auxiliadora Predial ganha novo espaço e endereço U m perfil diferente começa a ser definido para a Zona Norte da capital gaúcha. Tradicionalmente identificada como uma área de intenso comércio de rua – que tem a Avenida Assis Brasil como uma artéria pela qual milhares de pessoas circulam diariamente – e de via de acesso à região metropolitana, esse extenso território da cidade vem atraindo, nos últimos anos, uma série de empreendimentos que já alteram as características dessa área de Porto Alegre. A inauguração da Arena do Grêmio, a perspectiva de realização da linha 1 do metrô (ligando o Centro até o Terminal Triângulo na Assis Brasil), a ampliação do Aeroporto Salgado Filho, a abertura de shoppings e hipermercados e o lançamento de condomínios de alto padrão e de bairros planejados são algumas das mudanças que impactam diretamente na procura e na oferta de imóveis na localidade. O potencial econômico da região levou o franqueado Arion Peixoto de Oliveira, proprietário da Agência Zona Norte da Auxiliadora Predial, a buscar um ambiente maior para acomodar a equipe e receber os clientes com mais infraestrutura. “Estamos saindo da Rua Panamericana e indo para a Avenida Sertório, o que dará visibilidade para a 8 síndico 203 marca e nos deixará mais presentes no dia a dia dessa área e próximos do nosso público”, explica Oliveira. Ele e os sócios Frederico Viero, Porfírio Peixoto e Marconi Peixoto esperam dobrar os resultados nas três frentes de atuação: condomínios, aluguéis e vendas. Oliveira acrescenta que os novos empreendimentos residenciais e comerciais estão trazendo as classes média e alta para os bairros que compõem a região. “O metro quadrado por aqui está super valorizado”, afirma. O empresário também atribui essa transformação da Zona Norte a uma necessidade contemporânea: a das pessoas morarem perto do lugar onde trabalham, evitando grandes deslocamentos e desperdício de tempo no trânsito. Atuando desde julho de 2013 com vendas, esse setor – que é gerenciado por Viero – será expandido na agência instalada na Avenida Sertório e contará com cerca de 20 corretores para intensificar os negócios. Ao todo, serão aproximadamente 40 profissionais altamente especializados na Zona Norte trabalhando na Unidade, que terá em torno de 180 metros quadrados distribuídos em dois andares, três salas de reuniões e estacionamento próprio. A inauguração ocorreu no início de abril. “Quere- mos desenvolver ainda os segmentos de condomínios e locações da filial”, projeta o empreendedor. O foco será nos bairros Jardim Lindóia, Passo d’Areia, Ecoville, Sarandi, Cristo Redentor e imóveis comerciais no Porto Seco. O diretor nacional de vendas, franquias e marketing da Auxiliadora Predial, Antônio Azmus, frisa a importância das reformulações da loja no momento em que essa região da cidade vem registrando Construções residenciais se expandem por toda a região Norte da Capital um crescimento imobiliário e econômico expressivo. “Essa iniciativa faz parte do processo contínuo da empresa de ampliação do número de franquias não só na Capital, mas também em âmbito de Rio Grande do Sul e em outros estados. Temos participado de inaugurações de agências quase todos os meses”, salienta. Somente na Zona Norte de Porto Alegre, a Imobiliária possui outras três unidades: a da Assis Brasil, Avenida do Forte e Baltazar. Foco no atendimento qualificado Com a construção de empreendimentos de perfis diversificados, além do setor de vendas, aumenta a procura pelos serviços voltados para a administração das edificações. O supervisor de Condomínio da Agência Zona Norte, Tiago Mendes Padilha, comenta que as principais demandas recebidas na Loja estão relacionadas a orientações para os síndicos, uma vez que muitos deles nunca tiveram experiência na função antes, e ao acompanhamento, junto ao gestor, de prédios em fase de implantação. Este tipo de condomínio requer mais atenção no início de suas atividades, quando várias questões precisam ser resolvidas, como a definição da Convenção e do Regimento Interno, por exemplo. Conforme Padilha, um dos diferenciais no atendimento da filial é a constante aproximação da administração do edifício com os condôminos, propon- do reuniões periódicas para sugerir melhorias. “Com essa ação agregamos valor ao patrimônio dos clientes”, ressalta. Outra vantagem do serviço prestado aos moradores, apontado pelo supervisor, é o envio de boletos por e-mail, o que facilita em muito a rotina dos síndicos, já que os documentos podem ser acessados em qualquer lugar. Já na área de aluguéis a maior busca é por imóveis de dois a três dormitórios em edificações com opções de lazer, como ambientes fitness, salão de festas, playground e garagem individual ou rotativa. “Quanto às construções comerciais, a região se destaca pela locação de grandes redes de lojas e depósitos”, descreve o gerente de Aluguéis da agência, Fábio Santos. Ele reforça a facilidade de deslocamento nessa parte da cidade para os municípios da região metropolitana e a oferta de infraestrutura como hospitais, shoppings, escolas, universidades, sem perder a vocação residencial, como os atrativos que têm levado cada vez mais pessoas a escolherem a Zona Norte para viver. Segundo Santos, os clientes terão um atendimento especializado de sua equipe. “Eles conhecem bem os bairros e estão preparados para atender às necessidades dos consumidores, assim como possuímos um vasto estoque de unidades disponíveis”, relata. As expectativas no novo endereço são excelentes, informa o gerente. Como a loja está localizada em uma das avenidas mais movimentadas de Porto Alegre, a estimativa dele é de crescer em 50% na produção mensal de locações. “Estamos certos que essa mudança irá representar um aumento significativo no número de negócios de aluguéis efetuados pela Auxiliadora Predial na região, pelo seu franco desenvolvimento”, projeta. Sócios da agência (da esq. para a dir.): Porfírio Peixoto, Arion Peixoto Oliveira e Frederico Viero Novo endereço Avenida Sertório, 5310/5350 - Porto Alegre/RS ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 9 produtos & serviços Auxiliadora Predial preparada para receber condomínios em fase de implantação A empresa possui estrutura especializada para atender às demandas das edificações, com as particularidades comuns aos seus primeiros anos de funcionamento C om previsão de receber as chaves do Condomínio Porto Planalto, da Construtora MRV, na capital gaúcha, no começo de 2014, o síndico Éderson Krauze ponderou – em conjunto com os futuros vizinhos – diferentes fatores para escolher a Auxiliadora Predial como administradora. Além de pesquisar as opções existentes no mercado, o integrante da direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Visconde de Pelotas, em Porto Alegre, recebeu indicações de pessoas que moram ou já moraram em prédios geridos pela empresa e que tinham boas experiências para compartilhar. “Buscávamos ainda segurança, algo que uma companhia com a história e o tamanho da Auxiliadora nos oferece”, comenta. Mesmo sem ter se mudado para a casa nova, ele conta que vem recebendo um ótimo atendimento e muito apoio operacional. Condomínio Porto Planalto 10 síndico 203 Retornos lentos motivaram a mudança de administradora Paulo Cezar Oliveira é síndico do Condomínio Flora Praças Residenciais Já a falta de eficiência da antiga administradora levou o síndico do Condomínio Flora Praças Residenciais, da Construtora Rossi, também na capital gaúcha, a procurar uma nova empresa para auxiliá-lo na gestão. Cansado com a demora nos retornos às solicitações – a previsão orçamentária, por exemplo, foi entregue após uma espera de dois meses –, o técnico em eletrônica Paulo Cezar de Oliveira aceitou a recomendação de um conselheiro e buscou a Auxiliadora Predial, com quem o condomínio está trabalhando desde novembro de 2013. Apesar do contato ainda ser recente, Oliveira comenta que sentiu uma preocupação maior da Companhia com os clientes. “Até o momento, o que percebi foi uma administradora com uma gestão melhor e uma equipe com conhecimento da área mais apurado”, acrescenta. Por ser uma edificação em fase de implantação (os primeiros moradores mudaram- se em novembro do ano passado), muitas são as questões que surgem e os problemas a serem resolvidos pelo síndico. “Por isso, precisamos de uma empresa que atenda às nossas demandas”, salienta. Operações seguras Os condomínios Porto Planalto e Flora Praças Residenciais são alguns dos novos clientes em fase de implantação (construções recentemente concluídas) que passaram a ser atendidos pela Imobiliária em 2013. Para esse público específico – que apresenta necessidades distintas de edifícios mais antigos e com suas rotinas estabelecidas –, a Auxiliadora Predial conta com uma estrutura com áreas técnicas que geram segurança nas operações. “Procuramos ter processos para todas as demandas e pessoas preparadas e motivadas, o que faz toda a diferença. Temos ainda um plano de gestão para cada imóvel”, adianta o diretor de Condomínios da companhia, Roger Silva. Ele acrescenta que para Condomínio Porto Planalto é administrado por Ederson Krause estar mais próximo dos clientes, a empresa deixa claro seu papel como administradora, assim como faz um alinhamento de trabalho com metas e responsabilidades. “O foco é atuar em equipe com a gestão da edificação”, reforça. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 11 produtos & serviços A responsabilidade de ser o escolhido para auxiliar na gestão Roger Silva, diretor de Condomínios da Auxiliadora Predial afirma que a Imobiliária enxerga a conquista de novos condomínios como o resultado do trabalho desenvolvido nesses 82 anos de história. “O principal ativo de uma empresa são os seus clientes. Quando somos escolhidos em um processo de seleção rigoroso por pessoas com alto nível de exigência, isso mostra que estamos no caminho certo e preparados para recebê-los”, destaca o diretor. Ele ressalta a grande responsabilidade que existe nos serviços prestados pela Imobiliária e os impactos positivos e negativos que eles podem proporcionar. Em razão disso, a companhia valoriza, e muito, a captação de cada edificação. Transparência na prestação de contas Cliente da Auxiliadora Predial há poucos meses, e ainda vivenciado uma fase de ajustes, o Esporte e Vida Condomínio, da Construtora Viver, em Gravataí, já começa a apresentar bons resultados com a nova administradora. Conforme o síndico Fernando Fredo Naciuk, a inadimplência baixou de 60% para 50%. “Esse é um dos nossos grandes problemas. Já passamos por várias empresas nos últimos anos tentando resolver a questão”, revela. Outra mudança observada é a transparência na prestação de contas. “A Edifício Prado Gallerie tem Jandir Carlos Dutra de Faria como síndico organização dos boletos, a facilidade do débito em conta e do acesso às informações atualizadas pela internet são outros pontos positivos”, destaca Naciuk. Roger Silva é diretor de Condomínios da Auxiliadora Predial 12 síndico 203 Gestores qualificados No caso do Condomínio Edifício Prado Gallerie, da Goldzstein Cyrella, em Porto Alegre, os pontos decisivos para fechar o contrato com a Auxiliadora Predial foram a proposta de administração e a qualificação dos gestores. De acordo com o síndico, o economista Jandir Car- los Dutra de Faria, eles procuravam no mercado uma companhia que oferecesse soluções rápidas, bom sistema de gestão e, principalmente, um gestor que não fosse de “gabinete”. “Ou seja, alguém que acompanhe tudo que ocorre no condomínio de forma presencial”, sentencia. Para 2014, a Imobiliária apresentará novidades para melhorar a retaguarda dos síndicos e aumentar a conveniência de quem usufrui de seus serviços “Um dos destaques será o novo Portal”, adianta Silva. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 13 entrevista “Um dos papéis do síndico é educar, sinalizando os limites” Síndico há menos de meio ano, Ederson Krauze, de 27 anos, traz a energia e a versatilidade da juventude para comandar o Edi- Síndico Ederson Krause fício Residencial Porto Planalto, um condomínio recém entregue pela construtora e ainda em fase de implementação. Professor de Geografia e vice-diretor da escola onde trabalha há dois anos, Krauze usa seu perfil de liderança para resolver problemas iniciais de um condomínio de grande porte. Como a possibilidade de ser síndico surgiu em sua vida? Partiu por vontade própria e de uma forma natural, já que compramos os apartamentos ainda na planta e sofremos com o atraso da entrega do empreendimento. Nesse tempo, os moradores se reuniram para fazer cobranças à construtora e através de grupos de discussão nas redes sociais ficamos sempre em contato. Desde final de 2011 busquei o diálogo com a construtora, cobrando alternativas de agilizar a entrega dos apartamentos. Acredito que por ser conhecido desde essa época e pelos condôminos já terem uma confiança em mim, sabendo que sempre briguei pelos nossos direitos, fui escolhido síndico na primeira assembleia, no final de 2013. Apenas outro vizinho se candidatou, mas fui eleito com 99% dos votos. Nunca tinha tido uma vontade ou pretensão, mas acabou acontecendo de forma natural. 14 síndico 203 O Porto Planalto está em fase de implantação Qual foi a reação da sua família? Como morava com meus pais e essa é minha primeira casa própria, eles se preocuparam e ficaram surpresos com a decisão. Eles me alertaram que seria um cargo de muita responsabilidade e ficaram receosos porque achavam que seria uma função difícil, que exigiria envolvimento e precisaria de tempo para desenvolver o trabalho. Mas analisei todos os fatos e aceitei o desafio. Qual é a estrutura física do Spazio Porto Planalto? São 279 apartamentos divididos em 6 blocos. As áreas sociais incluem churrasqueira, cyberspace e uma piscina pequena. Ainda precisamos fazer chamada extra para mobiliar esses espaços e criar regulamentos de uso. Qual a composição administrativa do Condomínio? O síndico, seis subsíndicos (um por bloco) e seis componentes do Conselho Fiscal. Qual é o principal desafio enfrentado? Acredito que o número de moradores, que é grande. Cada um tem uma vontade diferente do outro e aí acontecem os embates, os questionamentos. O grupo é participativo, não 100%, mas creio que 80%. Nesse momento são mais participativos, porque estamos instituindo o Condomínio e temos dois blocos em fase de finalização. Foram entregues 180 das 279 chaves, ou seja, o público ainda vai aumentar. Como foi a escolha pela Auxiliadora Predial? Foi feita em assembleia, a partir de três orçamentos que eu trouxe. Apresentei as mesmas e submeti à votação. Muitos dos condôminos já conheciam o trabalho da Auxiliadora Predial e disseram que tinham boas referências, tanto de conhecidos como particularmente, pois moravam antes em edifícios administrados pela Imobiliária. Tivemos um ótimo atendimento do Vagner, do Departamento Comercial e depois de efetivar o ser- viço, somos acompanhados pela Rita Porto, da Agência Zona Norte – Lindoia. Contar com a Auxiliadora Predial é imprescindível, já que o síndico não tem tempo para administrar um Condomínio deste porte. Toda a parte de compras, contas, pagamentos e registros financeiros, assim como a comunicação com os condôminos é feita pela Auxiliadora. Qual a prioridade de sua administração? A prioridade é a finalização dos últimos dois blocos pela construtora e a entrega de todas as chaves, assim como a segurança. Estamos em um espaço um pouco hostil e a colocação de cercas elétricas e circuito interno de TV é uma grande preocupação. Já contatamos empresas para iniciar essa instalação. Outra questão prioritária é a ocupação dos espaços e mobiliar as áreas sociais. Vocês já enfrentam a inadimplência? Sim, bastante, principalmente porque muitos ainda não se mudaram e alguns a construtora nem consegue o contato para entregar as chaves. Na próxima assembleia, trabalharemos fortemente essa questão, orientando e frisando a importância do pagamento, pois a inadimplência prejudica a coletividade. Em um con domínio todos dependem uns dos outros, por isso é importante buscar essa conscientização. Como é sua rotina como síndico? Estou sempre envolvido, por telefone ou e-mail, resolvendo o que é possível. Mas me envolvo mais quando estou no apartamento. O trabalho exige muita dedicação, pois além de estar em contato direto com a construtora, os vizinhos solicitam questões particulares, que são de seu apartamento, confundindo um pouco esse limite do que é papel do síndico e o que não é. Mas o trabalho está fluindo, pois acredito que um dos papéis do síndico é educar, sinalizando esses limites. Já foi contratada equipe de serviços gerais e portaria? O acordo com a construtora é que ela se ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 15 entrevista comprometeria em manter a limpeza e segurança até a conclusão das obras. Mas já agilizamos a contratação. Qual a sua autoavaliação até agora? Dentro desses quase cinco meses, acredito que estou fazendo um bom trabalho. Nem sempre consigo atender todos, porque é uma função bem trabalhosa, mas dentro das possibilidades estou realizando tudo o que é preciso, com a colaboração dos vizinhos, senão não há possibilidade. O Residencial Porto Planalto possui 279 apartamentos... Quais são as características de um bom síndico? Inteirado de tudo que acontece no Condomínio. Deve buscar soluções o mais breve possível e pensando na sustentabilidade financeira, evitando contas muito elevadas. Em condomínios simples como o nosso, não podemos trabalhar com valores elevados. Deve focar somente no que é necessário e pertinente. Qual seu conselho para quem pensa em ser síndico? Tenha paciência, calma e seja tolerante. Os problemas vão existir, principalmente em obras novas que estão sendo entregues sem testes de habitabilidade. ... divididos em 6 blocos Perfil Lugar especial Uma viagem Um sonho Um livro Meu apartamento, meu primeiro imóvel Alemanha, Áustria e Bélgica Continuar sempre desempenhando meu trabalho com dedicação. Sonho também que consigamos viver numa sociedade mais pacífica e humana, com mais respeito Os didáticos de Geografia Uma personalidade O vizinho ideal Uma alegria Ederson Krauze cumpre sua primeira gestão como síndico 16 síndico 203 Não penso em uma pessoa famosa, mas sim nos meus pais e professores que foram minhas inspirações e marcaram minha vida Aquele que colabora, ajuda, coopera e que não complica por detalhes pequenos. O que busca alternativas para as coisas andarem A minha saúde e o bem-estar de meus familiares, amigos e alunos Futuro Continuar evoluindo, fazer um mestrado, buscar sempre o meu bem-estar e de quem está junto a mim Ser síndico é Ser comprometido e amigo do condomínio ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 17 comportamento Bandeira branca nos condomínios Síndicos que investem energia em atividades de integração têm gestão mais tranquila D iz o ditado que é melhor prevenir do que remediar. Pois alguns síndicos estão levando a premissa a sério – e investindo em ações para evitar conflitos entre os moradores, mantendo um clima de paz e tranquilidade no condomínio. No Condomínio Edifício Riserva, no bairro Menino Deus, a bandeira branca está sempre hasteada. O prédio foi entregue aos moradores em maio de 2013 e, de lá para cá, o trabalho para integrar os condôminos têm sido intenso. Muito disso se deve ao síndico Oneide de Souza Figueiredo, pois ele prioriza a relação entre moradores: “O vizinho é o parente mais próximo”, afirma. Figueiredo é proprietário de um apartamento e não reside no local. Mas engana-se quem pensa que, por isso, está por fora do que acontece no condomínio. Ele está super integrado à vida condominial e distribui sorrisos por onde transita. A própria concepção do espaço ajuda – foi pensado para privilegiar o convívio entre os moradores, com estações de lazer amplas e integradas. Eventos como uma festa de final de ano, já realizada, e a inauguração do espaço das piscinas, programada para ocorrer em breve, dão uma forcinha extra para promover a integração. “Acredito que as confraternizações são uma ótima forma de ligar as pessoas. Tanto que uma das regras que estamos implementando é de que o uso do salão de fes tas, se for somente entre vizinhos, não necessita de pagamento de taxa”, comenta. O síndico também aposta no diálogo para conciliar as opiniões e necessidades de todos. Usando bom-senso como palavra chave para sua gestão, Figueiredo dribla com bom humor os poucos conflitos que já apareceram nesses dez meses de atividades, como o horário de reformas, o uso da piscina por visitantes, a circulação de animais de estimação nas áreas comuns e o barulho. 18 síndico 203 “Temos 72 apartamentos. São, portanto, 72 opiniões diferentes para tentar conciliar e ficar bom pra todo mundo”, afirma. Festa de arromba É no coração de Capão da Canoa, no Litoral, que um condomínio organiza uma das mais tradicionais festas do veraneio. Prestes a completar 35 anos de existência, o Condomínio Edifício Costa Azul tornou o encontro de confraternização dos condôminos em um evento que mobiliza não apenas proprietários e locatários, mas comerciantes, parceiros, prestadores de serviço e até estrangeiros, que programam sua estada de acordo com o calendário da festa. “Todo ano a festa reúne no mínimo 180 pessoas (esse número já chegou a 245). É um encontro animado, com DJ, comida e bebida – tudo preparado durante muitos dias, com muito cuidado, por uma comissão de cinco pessoas”, narra o síndico Cesar Thomaz. Durante o evento da “família Costa Azul”, como ele gosta de chamar, o clima é de amizade e descontração. E é naquele momento festivo que qualquer eventual problema que possa existir entre os condôminos, desaparece. Há até turistas argentinos que fazem questão de alugar apartamentos na época da festa para estar presente. Além desta noite grandiosa, o síndico aposta na conversa para solucionar qualquer problema. “Eu dialogo muito com os condôminos – somente em últimos casos vou para uma advertência ou multa. Acredito que um dos fatores que contribuem é que estou sempre disponível, tomando chimarrão com os condôminos, recebendo-os na minha casa e visitando, sempre que for preciso”, lembra Thomaz, que é síndico há oito anos. Síndico Oneide Figueiredo, do Riserva Menino Deus, implementou uma regra que estimula o convívio: não há cobrança de taxas se o uso do salão de festas for somente entre vizinhos Edifício Altos da Alegria, em Guaíba Edifício Costa Azul, em Capão da Canoa São João e Festa de Natal: alguns dos eventos promovidos pelo Condomínio Altos da Alegria, em Guaíba Atividades próximas à natureza O Condomínio Altos da Alegria, em Guaíba, é um exemplo de que a criatividade, aliada à proposta do espaço, rende excelentes frutos. O espaço conta com 100 mil metros quadrados de área verde, com ampla e variada fauna e flora, onde estão distribuídas 75 unidades, entre casas e lotes – sendo que 70 estão ativas. A divisão entre elas – que têm entre 800 metros quadrados e 4 mil metros quadrados – é toda sem cercas ou muros. Inspirado pela natureza abundante e a ampla área comum, o síndico Bruno Valente realiza, em parceria com os moradores, inúmeras atividades coletivas de integração. Tanto que existe até um departamento de projetos especiais somente para pensar nessas ações. Festa das Bruxas, festa junina, apresentação de Natal, luau, piquenique e caminhada ecológica estão entre os eventos já realizados com a vizinhança. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 19 comportamento Problemas mais comuns Barulho fora do horário permitido Colocação de lixo fora do horário e espaço determinado Presença de animais de estimação Edifício Altos da Alegria, em Guaíba “Essas ações contribuem de forma expressiva para que os condôminos visualizem uns aos outros, estabeleçam laços de convívio e até mesmo de amizade. É impossível entender o funcionamento de uma pequena comunidade, uma célula viva, que são os condomínios, quando os encontros promovidos se resumem a assembleias, quase sempre focadas no debate e solução de problemas”, define Valente. Ao mesmo tempo, as amplas áreas próprias garantem a privacidade e a individualidade de cada condômino, contribuindo para um cenário de harmonia. Quando há algum conflito, o formato de gestão do condomínio é o de buscar sempre a conciliação. Primeiro, é promovido um encontro presencial entre os condôminos que estão em desacordo, para que eles conversem e entendam o que está acontecendo, com o auxílio do síndico na condução de uma solução pautada nas normas do condomínio. Regras, aliás, que estão descritas em um livreto de leitura fácil e em acesso facilitado para consulta. “Divulgar as normas, de forma clara e confortável, é o primeiro passo para fazer com que estas sejam cumpridas”, afirma. O próximo passo será disponibilizar acesso às normas via web. Todos os problemas enfrentados são pautados no relacionamento entre as pessoas e vão desde a proibição do consumo de bebidas em recipientes de vidros na área da piscina, festas na aérea de lazer ou nas casas que extrapolam a emissão aceitável de ruídos ou horário de silêncio, passando pelo latidos de cachorros que perturbam o sono de um ou outro condômino. Mau uso das áreas comuns Mudança em horário proibido Mau uso dos equipamentos comuns (elevador, playground, piscina etc) Discordância nos projetos de reforma do condomínio Carros de visitantes nos estacionamentos ou parados em local inadequado O que previne problemas Entregar para cada condômino as normas do condomínio Ter um cadastro atualizado de todos os moradores Disponibilizar uma cópia das normas do condomínio em uma área comum e de fácil acesso Investir no diálogo para a prevenção e resolução dos problemas Promover eventos de integração entre os moradores Estimular a amizade e parceria entre os condôminos. Estimular a presença dos condôminos nas reuniões e assembleias, para que as resoluções sejam tomadas em conjunto 20 síndico 203 ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 21 produtos & serviços Serviço de cobrança é vital para condomínios Parceria com equipe especializada pode ser a solução para manter o setor financeiro do condomínio em dia M anter a saúde financeira do condomínio em dia é uma das principais preocupações dos síndicos. Além do retorno ao pagamento de despesas que já foram quitadas, como água, luz, funcionários e impostos, manter as contas em dia significa tranquilidade na vida condominial, possibilidade de investimentos em reparos e melhorias na estrutura e, também, reserva para urgências. Essa estabilidade depende, prioritariamente, dos valores pagos mensalmente pelos condôminos. E, nesse momento, a ação do setor de Cobranças da Auxiliadora Predial, que atua em parceira com o escritório de cobrança Becker & Engel, pode prestar um serviço fundamental no combate à inadimplência – com resultados que chegam a reduzir o percentual de pagamentos em atraso em até quatro pontos percentuais. Foi assim no Condomínio Flora, na Zona Norte da Capital. O síndico Paulo Cezar de Oliveira contratou o serviço em novembro e já percebeu bastante diferença: “A equipe da Auxiliadora Predial realiza uma cobrança mais efetiva e incisiva, dentro dos prazos estabelecidos, com condições de negociação que estão fazendo efeito”, comenta. Oliveira narra que a principal dificuldade era o contato com os responsáveis pelos imóveis, já que o condomínio é novo e há, ainda, um percentual de ocupação pouco abaixo dos 50%. No entanto, ele tem percebido que, agora, os condôminos inadimplentes têm procurado a administração para fazer acordos e todo o processo é acompanhado de perto, com orientação especializada, da equipe Auxiliadora e de advogados especialistas no assunto, “Minha expectativa é reduzir a inadimplência de 24% para 16%, em meio ano”, diz otimista. De acordo com a gerente de Cobrança da Auxiliadora Predial, Adriana Oliveira, quando o serviço é contratado, após determinado período de atraso, o condomínio autoriza a cobrança extrajudicial através do escritório parceiro. O escritório, localizado no 6º andar do prédio da Agência Centro da Auxiliadora Predial, conta com uma equipe de nove pessoas para executar as cobranças junto aos condôminos. “Nossa grande luta é para que o condomínio figure entre as prioridades na hora da decisão do que vai ser pago no mês, uma vez que possui taxas mais baixas de juro como cartão de crédito, por exemplo. Em casos de atraso superiores a 45 ou até 30 dias, já podemos utilizar métodos mais eficazes, como a cobrança ativa, por meio de e-mails e torpedos, etc”, explica. Equipe da cobrança ativa À frente da equipe da Cobrança da Auxiliadora Predial, a gerente, Adriana Oliveira Resultados animadores O trabalho se mostra tão efetivo que os números comprovam: a média de inadimplentes em 2013 ficou em 2,39% sendo que os índices divulgados pelo Sindicato da Habitação (Secovi) apontam uma média anual de 6,65% de inadimplência na mesma faixa de atraso. O serviço é inédito no setor imobiliário e utiliza diversos meios para efetivar as cobranças. Entre eles estão e-mails, torpedos, pessoais e em grupo, cobrança telefônica e atendimento pessoal por negociadores. A equipe possui anos de experiência em cobrança bancária e de varejo, além do treinamento técnico disponibilizado dentro da Auxiliadora. Os analistas também contam com o Procob, um serviço de localização de telefones. O auxílio também é disponibilizado diretamente ao síndico. “Além do atendimento pessoal feito no setor, por e-mail ou pessoalmente, estamos visitando alguns condomínios para entender melhor a realidade dos síndicos e alinhar as estratégias de cobrança”, afirma Adriana. Atualmente, o Setor de Cobrança da Auxiliadora Predial atende: Síndico Paulo Cezar de Oliveira, do Condomínio Flora, está satisfeito com os resultados 22 síndico 203 662 condomínios e 2.040 Condôminos ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 23 capa Condomínios da região contam com o Gestão Total da Auxiliadora Predial para ajudá-los na administração e duas agências especializadas na venda de imóveis Jardim Europa: um bairro planejado para o viver bem É no entorno do Parque Germânia, com seus 14,40 hectares de área, que vem se desenvolvendo o Jardim Europa. Apesar de ser um lugar ainda novo em Porto Alegre, são cerca de oito anos desde o lançamento da primeira edificação, o bairro já nasceu inserido em uma região com uma infraestrutura madura, com shoppings centers, hipermercados, hospitais e acesso facilitado a diversas partes da cidade e dos municípios próximos. Hoje, são 11 prédios erguidos em volta do único parque público cercado da Capital, reunindo uma vizinhança de aproximadamente 4 mil pessoas que usufruem de um espaço com mais de 1.200 árvores, 7,30 hectares de área de preservação permanente e 7,10 hectares de ambientes de lazer. E a tendência é de crescimento e de valorização do local, que possui outros três edifícios em fase de construção. Para a implantação do Jardim Europa foram abertas 14 ruas, que fazem a conexão entre as Zonas Norte e Leste. Planejadas assim como o restante do bairro, as vias são amplas, receberam projeto paisagístico e oferecem segurança aos pedestres ao terem suas faixas de passagem deslocadas das esquinas. Entidade fortalecida Também em 2006 foi criada a Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Europa, responsável pela integração do 24 síndico 203 Germânia e do empreendimento na paisagem de Porto Alegre, pela segurança das ruas e do parque e pela manutenção dos equipamentos nele instalados. “Mantida pelos condomínios, a entidade está se fortalecendo como uma voz ativa dentro da comunidade. Juntos temos mais força para pedir soluções para problemas relacionados à segurança, ao recolhimento de lixo e à energia elétrica, por exemplo”, comenta o presidente da Associação, Carlos Augusto Rosa – mais conhecido como Kathu. Ele salienta que a segurança é a sua principal preocupação à frente da entidade, que tem dois veículos para a ronda e câmeras para o monitoramento dos prédios e demais espaços. “E a chave para termos sucesso é a boa comunicação entre os atores envolvidos no processo, com todos falando a mesma língua”, ressalta. Kathu adianta que está tentando aprovar com os demais integrantes a contratação de um consultor em segurança para aperfeiçoar o sistema em funcionamento. A entidade, com exceção de seu presidente, é composta por moradores de diferentes edificações e que ocupam os cargos de vice-presidente, de conselheiros fiscais e de diretores de tesouraria e de comunicação. Parque na porta de casa Um dos primeiros moradores do Condomínio Prado Gallerie, Artur Assis escolheu o Jardim Europa para morar devido às vantagens que ele oferece. Especialmente, pelo fato de poder deixar o carro na garagem e ir a pé até o shopping, supermercado ou jantar fora e de ter uma área verde bem cuidada na porta de casa, onde ele e a esposa caminham diariamente. “Aqui me sinto mais seguro e contamos com a Associação para reforçar os cuidados”, observa. Envolvido com a edificação desde que se mudou, há cerca de um ano e meio, Assis participou da fase de implantação do Condomínio – que possui 72 unidades e uma estrutura de clube, com vários ambientes para o lazer – e logo assumiu como vice-síndico. No dia 12 de março deste ano, passou à função de síndico e tem trabalhado para preservar os espaços comuns, como piscinas, salão de festas e área gourmet e de churrasqueira, e deixá-los 100% em funcionamento. Ele acredita que para exercer bem o cargo é preciso conhecer todas as rotinas que fazem parte do edifício e acompanhar de perto o que vem sendo realizado. Cerca de seis meses atrás, o Prado trocou de administradora e passou a ser atendido pela Auxiliadora Predial, por intermédio do Gestão Total, que disponibiliza um profissional efetivo no condomínio e um assessor especializado nesse perfil de clientes, ajudando nas demandas operacionais e administrativas. “A Jéssica Ivanoff (gestora da edificação pela empresa) vem conseguindo suprir as necessidades do prédio, agilizar as tarefas que precisam de mais tempo, como buscar orçamentos, além de receber as solicitações dos condôminos”, pondera. Assis acrescenta que todos os dias, pela manhã, passa na sala da Administração para ver com a gestora as pendências e qualquer nova questão é comunicada via e-mail. “É importante estar sempre atento e executando as manutenções indispensáveis”, complementa. Artur Assis é síndico do Condomínio Prado Gallerie, no Jardim Europa, Porto Alegre Lazer e esporte para todos os gostos Inaugurado em 2006, dentro das comemorações do aniversário de Porto Alegre, o Parque Germânia possui duas quadras de tênis, uma cancha coberta de bocha, quatro quadras poliesportivas, três playgrounds e um cachorródromo. Funciona da 6h às 19h e, durante o período do horário de verão, até às 21h. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 25 capa Experiência como diferencial 26 Com 136 apartamentos e uma grande infraestrutura, o Cipriani Nuova Architettura também conta com o Gestão Total da Auxiliadora Predial. Porém, para dar a resposta esperada pelos moradores, a Imobiliária promoveu um upgrade no seu serviço e possui na edificação dois gestores: um responsável pela área administrativa e outro pela operacional. A evolução no atendimento é resultado da expertise da Auxiliadora Predial na atuação junto a condomínios de alto padrão, como explica a gerente do Gestão Total, Ângela del Pino. “Quando o Jardim Europa nasceu, estávamos preparados para acolher esse público, com um produto desenvolvido a partir de pesquisas efetuadas pela diretoria da empresa no exterior”, informa. Alexandre Luso de Carvalho, síndico do Cipriani Nuova Architettura, afirma estar satisfeito com a mudança. “Esse novo modelo apresenta uma sistemática que tem oferecido mais qualidade. Sem a equipe de gestão não teria como administrar uma estrutura desse porte. Mas, claro, é essencial estarmos sempre evoluindo”, ressalta. Além da troca de informações diariamente – via e-mail ou telefone –, três vezes por semana Carvalho reúne-se com os dois gestores para verificar as demandas e repassar as diretrizes a serem seguidas. Ele relata ainda que a segurança é um tema vital em seu mandato, já tendo concretizado uma série de melhorias como a instalação de refletores laterais de câmeras de monitoramento, assim como o reforço na divulgação de procedimentos a serem seguidos pelos condôminos e no diálogo com a Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Europa. Vivendo no Cipriani desde 2010, Carvalho também destaca os benefícios do bairro planejado, como a presença do parque, a tranquilidade e a segurança, além da infraestrutura já existente. “Vou ao Germânia todos os dias passear com os cachorros. Como existe o cachorródromo, tenho como deixá-los soltos sem incomodar ninguém ou ter o perigo deles fugirem”, relata. Outra vantagem para ele está ligada ao fator de não precisar muito do automóvel para ter acesso a vários serviços e estabelecimentos. Carlos Augusto Rosa, mais conhecido como Kathu, é o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Europa João Victor Jornada é sócio diretor das agências Jardim Europa e Parque Germânia da Auxiliadora Predial Alexandre Luso de Carvalho é síndico do Cipriani Nuova Architettura, bairro Jardim Europa, em Porto Alegre síndico 203 Agências da Auxiliadora Predial no bairro Com o crescimento do Jardim Europa e da procura por imóveis na região, em 2012 a Auxiliadora Predial abriu a sua primeira agência na localidade, focada em vendas. O sócio diretor da unidade, João Victor Jornada argumenta que o potencial de expansão do empreendimento levou, no começo deste ano, à aquisição de outra loja no bairro: a Agência Parque Germânia. Trabalham nas duas filiais 30 pessoas especializadas no atendimento dos clientes que procuram essa área. Conforme ele, que administra os dois negócios, casais jovens com filhos pequenos são o perfil principal de compradores na região. “Eles vêm em busca de segurança e da comodidade que os condomínios com estrutura de clube oferecem. Há ainda muitas pessoas de fora da cidade e do Estado”, descreve. Jornada projeta que o Jardim Europa será o bairro mais sofisticado e nobre de Porto Alegre nos próximos anos. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 27 geral Eventos esportivos integram condomínios do Litoral Norte The Best Summer Play foi o evento organizado pela Associação dos Condomínios Horizontais do Litoral O s condomínios horizontais do Litoral Norte do Estado contam, desde o início deste ano, com uma entidade representativa para defesa de seus interesses comuns. A Associação pretende reivindicar, junto aos órgãos públicos, melhorias e soluções para problemas de infraestrutura na região. Atualmente, entre Torres e Tramandaí, estima-se que existam cerca de 50 complexos dessa natureza, além dos que estão em fase de aprovação e licenciamento de projeto. Para marcar o início das atividades da Associação dos Condomínios Horizontais do Litoral do Rio Grande do Sul, o Grupo Idealizador da entidade e a Auxiliadora Predial realizaram, nos meses de janeiro e fevereiro, o The Best Summer Play, um evento esportivo de integração. O torneio foi disputado nas modalidades Tênis de duplas e Futebol de 7, para público masculino, com uma programação que incluiu atividades de recreação infantil. Associação funcionará como um conselho consultivo A Associação começou a tomar forma em outubro de 2013, a partir de uma conversa entre o gestor do Atlântida Ilhas Park, Gerson Fischmann, e o gerente comercial da Auxiliadora Predial, Marcelo Borba, sobre as questões comuns na administração dessas estruturas. A partir disso, a empresa promoveu encontros para troca de experiências entre os moradores dos condomínios Atlântida Ilhas Park, Pacific Residence Club, Acqualina Beach Village, Riviera Xangri-lá, Villaggio Atlântida, Lagoa do Passo Village Park e Las Palmas. “A Auxiliadora Predial, por meio da agência Capão da Canoa, está à disposição da Associação, dando apoio para que estes condomínios tenham mais força política na reivindicação de suas demandas”, sinaliza Borba. Além de buscar melhorias nas áreas próximas aos em preendimentos, o grupo pretende exigir maior transparência e progresso para os municípios litorâneos. A entidade também prestará apoio aos síndicos, e buscará padronizar procedimentos e criar parcerias na contratação de prestadores de serviços. 28 síndico 203 produtos & serviços Entenda como funcionam as pesquisas Marcas de Quem Decide Em 2014, a Marcas de Quem Decide entrevistou mais de 600 pessoas, em 47 dos principais municípios gaúchos. Nesta edição, a Auxiliadora Predial consolidou sua posição de liderança, e se manteve em primeiro lugar – posição que ocupa desde 2003. São avaliados simultaneamente os índices de lembrança e preferência de marcas em mais de 100 setores da economia. O estudo é realizado, desde César Gimenez, diretor de Aluguéis da Auxiliadora Predial 1999, pela Qualidata Pesquisas e Conhecimento Estratégico e publi- Imobiliária nota 10! cado todos os anos em parceria com o Jornal do Comércio, de Porto Alegre. Top of Mind O Top of MInd foi lançado em Porto Alegre em 1991, época em que era realizada e publicada na Revista Amanhã, junto com as marcas mais lembradas do Rio Grande do Sul. Em 2011, com um foco voltado para Porto Alegre, o projeto passou a mostrar as pessoas, marcas e empresas que fazem parte da cultura da cidade. Este ano, foram abordadas 72 categorias de diversos segmentos. Somados os resultados obtidos na pesquisa que abrangia todo o Estado e a realizada na Capital, esta é também a décima vez em que a Auxiliadora Predial é apontada como a imobiliária mais lembrada. Auxiliadora Predial é apontada pela décima vez em duas pesquisas como a marca mais lembrada do setor entre os gaúchos A Auxiliadora Predial é a marca mais lembrada pelos gaúchos quando o assunto é imobiliária. E o referendo vem de duas das principais pesquisas de opinião de consumidores promovidas no Estado: Marcas de Quem Decide, produzida pela Qualidata e Jornal do Comércio, e Top of Mind Porto Alegre, da Revista Amanhã. Os resultados foram divulgados no primeiro trimestre de 2014. Líder no mercado de imóveis prontos no Rio Grande do Sul e uma das maiores redes de imobiliárias no Brasil, a Auxiliadora Predial conta com 70 lojas, incluindo as franquias presentes em Santa Catarina e São Paulo, totalizando mais de 45 mil imóveis disponíveis para venda e locação. De acordo com César Gimenez, diretor de Aluguéis da imobiliária, em 2014 a empresa investirá ainda mais em treinamento, ampliação do sistema de cadastramento e relacionamento com seus mais de Antônio Azmus, diretor nacional de vendas, franquias e marketing da Auxiliadora Predial 100 mil clientes da área de condomínios. Para Antônio Azmus, diretor nacional de vendas, franquias e marketing da Auxiliadora Predial, é fundamental continuar capacitando e qualificando ainda mais as equipes com treinamentos e cursos constantes para que o cliente possa receber um tratamento de excelência. “Ser novamente a marca mais lembrada representa o fruto de um árduo trabalho realizado”, avalia o gestor. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 29 jurídico Conselhos Fiscais e Consultivos: uma não-obrigatoriedade necessária Conheça as principais atribuições dos dois conselhos atuantes nos condomínios A lei é clara quanto à faculdade de criação de Conselhos Fiscais: é a convenção de cada condomínio que vai prever a existência desse conselho, assim como as suas atribuições. O Conselho Fiscal é citado no art. 1356 do Código Civil que apresenta como possibilidade a existência deste conselho. Já o Conselho Consultivo é previsto no artigo 23 da Lei 4591, existindo uma discussão doutrinária sobre sua obrigatoriedade ou não. O certo é que, havendo previsão na convenção, deverão ser compostos de três membros e com mandatos de no máximo dois anos. “Não existe obrigatoriedade de criação do Conselho Fiscal, já o Conselho Consultivo divide os profissionais do Direito que discutem a sua obrigatoriedade. O que é indiscutível é o fato de que compete a convenção do condomínio prever a existência dos dois, assim como suas atribuições”, reforça o gerente Jurídico da Auxiliadora Predial Elias de Andrade Rodrigues. Com a prerrogativa de dar pareceres sobre as contas dos síndicos (Conselho Fiscal) e assessorar o síndico na solução de problemas que digam respeito ao condomínio (Conselho Consultivo) a existência ou não desses organismos dependerá da cultura do condomínio e da disponibilidade de quem se candidatar. Quanto ao Conselho Fiscal, considerando que o Código Civil não impõem restrições imagina-se que os membros poderiam até ser pessoas externas ao condomínio. “No entanto, na maioria dos condomínios, realmente acaba sendo dos condôminos esta prerrogativa de candidatura e eleição para compor os conselhos. Considerando a restrição imposta pela lei à participação do inadimplente na assembleia, entende-se que também a candidatura de condômino nesta situação para compor o conselho do condomínio 30 síndico 203 fica prejudicada”, explica Rodrigues. Como regra geral, os conselheiros são eleitos a cada ano, juntamente com a eleição do cargo de síndico. “Mas nada impede que a convenção defina a eleição do conselho por prazo de até dois anos”. Mais uma vez, a convenção determinará o regramento do tempo de mandato dos conselheiros, assim como se estes precisam necessariamente ser condôminos. “Nos casos de condomínios com maior número de unidades é comum serem eleitos três membros titulares e três suplentes” comenta Rodrigues. Perfil de conselheiro Com uma atribuição de auxiliar, fiscalizar e aconselhar, os membros dos Conselhos Fiscal e Consultivo devem ser disponíveis, informados e organizados. “Como a principal função do conselho é fiscalizar as contas do condomínio, sem dúvida um bom conselheiro precisa ser organizado, dedicado e disponível para acompanhar de perto as receitas e despesas do condomínio. Como também, na maioria dos casos, o conselho possui a atribuição de assessorar o síndico, o conselheiro deve ser disponível para atender sempre que chamado para auxiliar o síndico na tomada de decisões em determinadas situações”, reitera Rodrigues, alertando para o fato de que, na maioria dos casos, não existe remuneração para os conselheiros. “Porém, se esta for a vontade do condomínio, juridicamente não haveria problema, desde que previsto na convenção”, finaliza. O que diz a lei? Art. 1.356 do Código Civil - Poderá haver no condomínio um Conselho Fiscal, composto de três membros, eleitos pela assembleia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do síndico. Art. 23 da Lei 4.591/64 - Será eleito, na forma prevista na convenção, um conselho consultivo, constituído de três condôminos, com mandatos que não poderão exceder de 2 anos, permitida a reeleição. Parágrafo único - Funcionará o conselho como órgão consultivo do síndico, para assessorá-lo na solução dos problemas que digam respeito ao condomínio, podendo a convenção definir suas atribuições específicas. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 31 geral Como dispor quadros no condomínio Grandes aliados na ambientação de áreas sociais, a fixação de quadros deve ser planejada uadros são elementos decorativos que ajudam a tornar o condomínio confortável visualmente. Sejam pinturas, gravuras, fotos ou desenhos, conferem estilo e marcam a identidade do local. Eles podem ser boas opções também para espaços que exigem decoração ou uma repaginada rápida, não envolvendo gastos excessivos. “É importante escolher uma temática que seja adequada ao estilo do ambiente. Se for clássico, paisagens podem ser muito interessantes, como imagens de campos ou até mesmo figuras humanas em representações de cenas do cotidiano. Já se for mais contemporâneo – com linhas mais retas e aspecto clean – quadros abstratos podem tornar o espaço estimulante ao apresentar cores mais fortes” orienta a arquiteta Fabiana Mazzotti, que desenvolve projetos de interiores em Porto Alegre. A disposição dos quadros deve ser planejada, levando em consideração a arquitetura do ambiente. “O ideal é que quadros maiores sejam usados em paredes maiores e que sejam vistos de longe, para que o observador tenha uma Fabiana Mazzoti Q Quadros pequenos podem ser combinados, formando um grande painel visão geral do seu desenho. Já os menores podem ser colocados em locais que permitam a aproximação para que seus detalhes possam ser examinados”, explica Fabiana. “Existem inúmeras formas de se dispor e o que determina essa escolha é a análise do espaço que se possui. Podemos agrupar quadros pequenos, formando um grande painel ou dispor quadros lado a lado em corredores, por exemplo”. A arquiteta também alerta que Faça você mesmo Depois de analisar o espaço disponível e o tipo de obra adequado, prepare-se para fixar os quadros: Observe a altura do teto e dos móveis antes de escolher o local para colocar os quadros. Não precisam estar centralizados. O importante é observar o equilíbrio da composição. Antes de furar a parede, teste a posição dos quadros no chão. O melhor é colocá-los sempre no nível da linha do olhar. Assim, se ele estiver acima de um móvel, a distância do quadro para o móvel é de 30 centímetros. Se a distância for contada do chão, a altura ideal é de 1,50 metro. Meça a distância entre eles e só depois dê continuidade ao serviço. Use pregos de aço ou parafusos número 6. Outros materiais podem estragar a parede, além de fazer um furo muito grande, que impede que a tela fique firme na parede. (Fonte do conteúdo do box: http://www.fazfacil.com.br/) 32 síndico 203 a iluminação das obras é crucial para que os quadros estejam bem apresentados. O uso de lâmpadas dicróicas direcionáveis valorizam as peças e as lâmpadas AR 70 conferem um efeito mais dramático e pontual aos quadros. A escolha da moldura adequada Como condomínios são ambientes de fluxo intenso, inclusive de crianças, é preciso evitar materiais frágeis, como as molduras de espelhos. “Na mudança de moradores também pode-se ter uma movimentação inadequada, que cause batidas, quebras e até coloque os moradores em risco de algum acidente”, pontua a arquiteta. As opções mais recomendadas são as molduras de madeira, que agregam beleza, durabilidade e versatilidade, pois podem ser produzidas em diferentes formas, com entalhes e outras texturas, além de possibilitar diferentes pinturas, inclusive douradas, prateadas e envelhecidas. “Também há a opção de utilizar telas sem molduras, que trazem um visual atual e contemporâneo para halls e outros ambientes do condomínio”, fala Fabiana. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 33 segurança Nova legislação exige adaptação nos PPCI de edificações Todas as edificações terão que adaptar seus Planos de Prevenção à Lei Complementar 14.376 E laborada após a tragédia na Boate Kiss, ocorrida em janeiro de 2013, em Santa Maria, e que deixou 242 pessoas mortas, a nova legislação de segurança, prevenção e proteção contra incêndios (Lei Complementar 14.376) traz uma série de mudanças que buscam tornar as construções mais preparadas para impedir que situações como a vivida na cidade gaúcha aconteçam novamente. Discutida ao longo de quase um ano entre diversos setores da sociedade, do poder público e especialistas no tema nacionais e internacionais, a lei foi sancionada pelo governador Tarso Genro em 26 de dezembro do ano passado e, desde então, todos os imóveis e áreas de risco devem atender às exigências e aos critérios técnicos estabelecidos. A LC 14.376 revoga uma normatização de 1997 e incorpora um conjunto de regras, lições e conhecimentos adquiridos nesse período. Divulgação/CREA-RS Parâmetros mais adequados Para o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea/RS), engenheiro civil Luiz Alcides Capoani, a legislação é criteriosa ao proibir as licenças provisórias e rigorosa ao determinar as responsabilidades e atribuições de proprietários, Corpo de Bombeiros e prefeituras. Além disso, é Luiz Alcides Capoani é o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (CREA-RS) 34 síndico 203 justa por introduzir no texto conceitos técnicos que não estavam presentes anteriormente, como a inclusão de novos parâmetros para a avaliação do risco de incêndio das edificações. “Antes, elas eram analisadas apenas por sua área e altura. Agora, passam a ser ponderados também o uso, a ocupação e a capacidade de lotação dos locais, assim como o controle e a extração da fumaça e a carga de incêndio”, detalha Capoani. Ele explica que a carga de incêndio nada mais é do que o potencial de combustão dos elementos que constituem o espaço, como os materiais de acabamento escolhidos, móveis e itens de decoração presentes nos ambientes. Tanto o presidente do Crea/RS como o autor da lei, o deputado estadual Adão Villaverde, utilizam uma comparação simples para demonstrar o quanto a alteração dos critérios de avaliação contri- buirão para aumentar a segurança dos imóveis, a partir da adoção correta dos equipamentos necessários para a realidade de cada construção. Pela regulamentação passada, uma fábrica de gelo e uma empresa de fogos de artifícios que ocupassem um terreno com a mesma área e altura seriam classificadas com o mesmo risco de fogo, independentemente das atividades que cada uma delas exerce. Villaverde acrescenta que caberá ao Corpo de Bombeiros a emissão do alvará de prevenção e proteção contra incêndio (APPCI) e a responsabilidade de fiscalizar e punir os infratores. Já as prefeituras ou os órgãos municipais adequados terão a incumbência de embargar a edificação, quando falharem os recursos da advertência, multa e interdição. “As penalizações serão definidas pelo Executivo já que o Legislativo não pode colocar valores”, complementa. Prazos da IN 001/2014 para adaptação das construções I - Trinta dias para elaboração e entrega do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio, após a notificação; II - T rinta dias para correção do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio, após a notificação; Algumas das atividades... ...desenvolvidas... ...durante o treinamento... ...de pessoal dos condomínios... ...ministrado pelo... ...Corpo de Bombeiros III - d e até quarenta e oito meses para adaptação da edificação ou área de risco de incêndio ao previsto no Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio, a partir da análise e aprovação do PPCI, assim discriminado: a) imediato para a instalação de extintores de incêndio; b) de trinta dias para o treinamento de pessoal; c) de doze meses para a instalação da sinalização de emergência; d) de doze meses para a instalação do sistema de iluminação de emergência; e) de doze meses para adaptação de instalação de inflamáveis e combustíveis; f) de doze meses para o isolamento e adaptação de caldeiras, vasos de pressão e congêneres; g) de doze meses para adaptação das saídas de emergência; h) de doze meses para a colocação de alarme e detecção de incêndio; i) d e doze meses para adaptação dos materiais de revestimento, acabamento e divisórias; j) de doze meses para controle de fumaça; k) de doze meses para elaboração do Plano de Emergência; l) d e vinte e quatro meses para adaptação de centrais de gás e chaminés; m) de vinte e quatro meses para acesso de viaturas de bombeiros; n) de trinta e seis meses para a colocação de hidrantes e mangotinhos; o) de quarenta e oito meses para a instalação dos sistemas automáticos de extinção de incêndio. p) de quarenta e oito meses para execução da compartimentação vertical e horizontal; q) de quarenta e oito meses para execução de sistema de espuma e resfriamento; r) de quarenta e oito meses para a execução do sistema de proteção contra descargas atmosféricas; s) de quarenta e oito meses para a execução de outros sistemas. Fonte: Alessandra Hoffmann, engenheira civil ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 35 segurança Mudanças atingem inclusive prédios com PPCI aprovado e alvarás Mesmo que a nova legislação se encontre na fase de regulamentação das normas técnicas pelo Corpo de Bombeiros, todos os imóveis precisam ser adaptados à LC 14.376, inclusive aqueles que estejam com o seu Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) aprovado e possuam alvará. Até o momento, foi publicado pela corporação a Instrução Normativa 001/2014 (IN 001/2014), que apresenta instruções provisórias para a aplicação da lei. A engenheira civil Alessandra Hoffmann, da AN Hoffmann – Laudos de Engenharia, esclarece que, na data de vencimento dos PPCIs dos condomínios, os documentos devem passar por uma análise de acordo com os conceitos atuais. Os planos precisam ainda contemplar os sistemas apresentados no Anexo B da norma (a íntegra da LC 14.376 pode ser acessada no site do Crea/RS, no link http://www.crea-rs. org.br/site/documentos/LEC%20 14.376.pdf) para obter o Certificado de Aprovação (antigo Certificado de Conformidade) em sua totalidade. “Nessa etapa, deverão ser lançados nas plantas e memoriais os equipamentos antes 36 síndico 203 isentos e agora obrigatórios, já com os prazos máximos para a instalação dos mesmos”, descreve. Alessandra exemplifica que prédios desobrigados a terem iluminação, alarme de incêndio, sinalização de saída, hidrantes e sprinklers (dispositivo que libera jato de água para combater o foco inicial do fogo) podem ter que implementá-los, conforme os critérios e limites estabelecidos na legislação (veja quadro). A engenheira informa também que serão necessários laudos complementares, definidos em função dos parâmetros de avaliação dos riscos das construções e áreas. Além dos laudos elétricos e do SPDA (para-raios), exigidos de todas as edificações, podem ser solicitados plano de emergência, laudo de segurança estrutural contra incêndio, controle de materiais de acabamento e de fumaça e compartimentação horizontal e vertical (que impede a propagação do fogo). Ampliação do prazo Após a emissão do Certificado de Aprovação, os imóveis terão verificados apenas o sistema de proteção por extintores de incêndio e o treinamento de pessoal (Brigada de incêndio), como prevê o artigo 20 da IN 001/2014. “Caso outros itens estejam implantados e em funcionamento, o proprietário e/ou responsável técnico poderá manifestar formalmente no requerimento a intenção de vistoria deles, podendo receber maior prazo de validade para o APPCI”, ressalta. Os alvarás terão prazo de um a três anos, segundo a classificação de ocupação e uso e risco de carga de incêndio. Por exemplo, lugares identificados como “Locais de Reunião de Público”, com médio e alto perigo de fogo, precisarão renovar o APPCI anualmente. Ficam excluídas das determinações da lei as construções de uso residencial exclusivamente unifamiliares e as unifamiliares instaladas no pavimento superior de ocupação mista com até dois andares, mas com acessos individuais. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 37 portaria virtual Solução alia segurança e tecnologia Instalação de gerenciamento de acesso virtual é nova opção para condomínios de todos os portes U ma nova opção de segurança está à disposição dos condomínios. Trata-se do sistema de Gerenciamento de Acesso, também conhecido como Portaria Virtual. Bastante difundido em São Paulo e Santa Catarina, o sistema consiste na instalação de um equipamento ligado a uma central de atendimento, possibilitando que o serviço de portaria seja prestado remotamente. Consultado sobre o sistema, o diretor executivo da GSR Segurança, Luciano Moraes, empresa que atua neste segmento, explica que a tecnologia contrapõe o sistema tradicional, com a presença física de um funcionário na portaria. Por meio de equipamentos ligados a uma rede de internet de alta performance, todo o atendimento passa a ser virtual. “Um painel multiuso instalado no condomínio permite a interligação de câmeras de segurança, porteiro eletrônico, portas e motores através de uma central remota, muitas vezes localizada distante vários quilômetros do local”, explica. 38 síndico 203 Como funciona VISITANTES O visitante, durante as 24 horas do dia, chega ao condomínio e pressiona a tecla “portaria” do interfone. O porteiro atende, de forma remota, ao visitante, que anuncia com qual apartamento quer falar. É feita uma consulta diretamente ao morador, que tem o poder de permitir ou não a entrada do visitante. Diretamente da Central, o porteiro libera (ou não) a entrada daquele visitante. Tudo isso é feito com o apoio das câmeras e de um sistema de informação que além dos dados dos moradores, contém todas as ocorrências. ENTREGAS O motoboy ou carteiro se identifica para o porteiro, na Central. O porteiro contata o zelador do prédio – ou morador que aguarda a entrega – para que vá até a portaria fazer o atendimento. TENTATIVA DE INVASÃO Caso haja alguma tentativa de invasão pelas portas ou muros do condomínio, sensores detectarão e farão contato com a base. Com imagens exibidas nos monitores da central em tempo real, um alarme é disparado e é acionada uma viatura para fazer atendimento no local. Caso algum morador seja abordado na entrada do prédio, ele dispõe de um sistema de socorro silencioso que informa a base do ocorrido. O operador, então, aciona o socorro necessário. ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 39 ADVOGADOS BOMBAS E MOTORES CAIXA D’ÁGUA - IMPERMEABILIZAÇÃO CAIXA D’ÁGUA - LIMPEZA ELEVADORES alimentos ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 41 EXTINTORES DE INCÊNDIO FERRAGENS FACHADAS hidrômetros IMPERMEABILIZAÇÕES 42 síndico 203 INCÊNDIO - PREVENÇÃO LIMPEZA DE FOSSAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS IRRIGAÇÃO LIXEIRAS máquinas e equipamentos LAUDOS - MARQUISES MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 43 monitoramento de alarmes PAINÉIS DE MEDIDORES PINTURAS 44 síndico 203 PINTURAS PISCINAS portaria e limpeza portaria e limpeza ABRIL-MAIO-JUNHO/2014 45 PORTAS AUTOMÁTICAS PORTEIROS ELETRÔNICOS RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL SÍNDICO PROFISSIONAL SISTEMAS DE SEGURANÇA 46 síndico 203 TELHADOS
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